REflAccAfi A M i r a i a e r f í f f l í t í f f l t ... · bom para gente rica, que nos pobres...

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I ANNO DOMI 3 STGO, 23 DB SETSMBRO DE 1901 N.° io SEM AN A RI O NOTICIOSO, LITTERARÍO E AGRÍCOLA w, REflAccAfi A M ira ia e rfífflítíffl t Na cobrança pelo correio, accresce ò prémio do vale. , —; --------- (, rr .~y,................ ---------r. r -0.,- .,— T r --------- Avulso, no dia da publicação, 20. réis. M RUA DE JOSÉ MARIA DOS SAN^TOS P n*10 restituem quer sejam ou não publicados. EDITOR— José Augusto Saloio a jld e g a llk g a <s 7' ~! 4 ° Publicações Annuncios— i.a publicação, 40 réis a linha, nos seguintes, 20 réis. Annuncios na 4.? pagina, contracto esp ciai. Os auto-1 íi graphos não se restituem < PROPRIETÁRIO — José Augusto Saloio EXPED IE N TE Acceitam-se com grati dão quaesquer noticias que sejam de interesse pufclico. Não nos cansamos de re petir que a instrucção em Portugal está atrazadissi- ma. E’ infelizmente urna verdade que se impõe aos olhos de todos e que nos envergonha perante as de mais nações. Segundo uma estatística feita sobre o censo de 1898, apurou-se a seguinte per centagem de analphabetos sobre a população do uni verso : Portugal occupa o logar de honra com 67,35 por cento; Italia, 52,g3 ; Polo- nia, 39,82; Hungria, 37,69; Russia,36,42; Áustria,32,70; Grecia, 25,i 8 ; Roumania, 17,75; Bélgica, 15,22; Tur quia da Europa, 14,79; Bo- hemia e Moravia, 8,98; Hespanha, 8,71; Irlanda, 7,28; França, 3,5o; Ingla terra, 3,49; Hollanda, 3, 38; Escócia, 2, 83 ; Allemanha, 2,49; Noruega, 1,02; Sué cia, 0,74; Suissa, 0,60, Di namarca, 0,49. Se nas cidades e víllás a percentagem dos analpha betos é grande, no campo é enorme. E’ rarissimo en contrar ahi um rapaz que saiba ler e escrever. No campo, em geral, os paes dão por mal empregado o tempo que os filhos gastam na Escola, preferindo vel-os entregues á mais profunda mandrice, affirmando (co mo ainda ha bem poucos dias um nos disse) que isto de saber ler e escrever só é bom para gente rica, que nos pobres é perfeitamente dispensável, que os seus paes e avós não sabiam ler e nem por isso deixaram de viver bem, que na Es cola mettem idéas novas na cabeça dos rapazes e que os. estragam para o serviço do campo, e outras mil ra zões íijual delias a mais dis paratada e absurda! Não comprehendem que a melhor fortuna que um pae pode legar a seus fi lhos é a Instrucção, porque essa não está sujeita ás con tingencias da sorte, e uma vez adquirida só acaba com a existência do indivíduo; não -CQmpre.hendcm que a Iast rucç ão cngrandec endo e elevando moral, £ muitas vezes materialmente o ho mem, habilka-o a trilhar desassombradamente o ca minho da vida e a vencer com facilidade os attritos, insuperáveis na maioria dos casos para os inscientes! Veja-se a Suissa! Nesse paiz de tão peque nas dimensões, mas cuja organisação se pode tomar como modêlo, a Instrucção é obrigatoria. P or isso, lá se dão fa ctos, como o que vamos narrar: Um indivíduo resolveu- se a correr toda . a Europa. Encontrava-se já na Suissa quando teve que procurar um ferrador, porque o ca- vallo que montava, pre cisava ferraduras novas. Emquanto o ferrador pro cedia a este trabalho, ia conversando com o viajan te, e perguntou-lhe para onde ia. Respondeu-lhe es te, que se- dirigia á Russia e dissê-lhe ao mesmo tem* po qual o caminho que ten cionava seguir. O ferrador objectou-lhe que esse não era o caminho mais curto e á vista dum mappa que o viajante trazia comsigo, mostrou-lhe o itinerário que devia seguir. Por aqui se vè como a Instrucção está desenvol vida na Suissa e que lá não se limita simplesmente á leitura e escripta. J. M. S. Errata No nosso n.° 8,110 artigo intitulado Samouco, e co meçando na linha 35, onde se lê :— ... situada á beira rio, é surprehendente o es pectáculo que offerece o Tejo, ora, manso cordeiro, espreguiçando-se indolen temente, beijando a praia, leão indomável, etc.— deve lêr-se: — situada á beira rio, é surprehendente o espe ctáculo que offerece o Te jo, ora, manso cordeiro, espreguiçando-se indolen temente, beijando a praia, ora leão indomável, etc. Ao nosso distincto co!la bcjrador, o cxm-,-:sr. Men des Pinheiro, auctor do ar cigo, pedimos desculpa. -iõ5 PeiIIssaos a»s nossos estámaTcIs asslgaaaatcs, que aíada não mandaram pagar as suas asslgaatu- ras. a especial íSaesa de as satisfazerem-, a Sim de são soffrerena interru pção sa reanessa d© nos sd sensansaio. A VIDA N’ALDEIA Brevemente começará o nosso jornal a publicação d’um romance intitulado: A: vida 11aldeia, escripto ex pressamente para 0 Do mingo, por um dos nossos redactores. Temos a certeza de que A.vida ri aldeia, escripta em linguagem simples" e des- pretenciosa, receberá bom acolhimento dos nossos lei tores, proporcionando-lhes uns momentos agradaveis. ; A cpEcan cosnpetlr Pedimos a a':tenção, a quem competir, para os desmandos que o rapazio faz constantemente, ora provocando os transeun tes, ora dizendo palavrás obscenas,' ou impedindo o transito, em risco de mui tas vezes serem attingidos pelos diversos carros que circulam na villa. E’ com especialidade nas ruas de S. Sebastião, Con de, Fabrica e praça de Ser- pa Pinto, é onde se juntam :á tarde e á noite) aosma- gqtes, atirando com pedras e areia. Estamos certos que al gumas providencias se hão de tomar, a bem da moral e do publico. Mais uma vez pedimos para que se não consintam as correrias dos diversos carros dentro da villa, pois ha occasiões em que o mo vimento da população é bastante grande, estando os habitantes á mercê dos bons carroceiros que aqui trabalham. Tanto se importa a elles que qualquer pessoa íique debaixo dum carro ou não. Muitas vezes nem o delica do arreda dizem. Sempre a galope. . . Ficamos hoje por aqui, mas temos que voltar ao assumpto. lâaiva O sr. Annibal Gouveia, carteiro desta villa, foi no dia 18 do corrente, na rua do Pateo do Conde, mor dido por um cão que se julga estar atacado de rai va. No dia seguinte foi a Lisboa para lhe ser exami nada a mordedura. Oxalá que não seja a maldita doença. Novamente pedimos ás auctoridades competentes, para que faça extinguir os cães que não andem açai mados e que não tenham licença. E’ um bem para a huma nidade. Está quasi completamen te restabelecido 0 nosso amigo o exm.° sr. dr. Lu- ciano Tavares Móra, com o que muito nos congratu lamos. O exm.° sr. Manuel Ne ves Nunes, d’Almeida, foi passar alguns dias, para a Quinta Rôta, propriedade do exm.° sr. Antonio Tava res da Silva, no Samoco. Estimamos que tivesse gosado bastante. Não se encontra infeliz mente melhor, o sr. Raphael Gonçalves d’Azevedo, pae do nosso amigo Emygdio Gonçalves d’Azevedo. Fazemos votos pelo seu prompto restabelecimento. Já regressaram a suas casas, vindos do Salaman ca, os nossos estimáveis amigos, os srs. Manuel Fer reira Giraldes e José Ma ria Mendes Junior. Felicitamol-os pela sua vinda. Alcoclsete No domingo passado rea- lisou-se aqui uma soireé, 110 salão da sociedade Phy- larmonica i 5 de Janeiro de i8g8, promovida por uma commissão de rapa zes da mais elevada socie dade. A commissão era com posta dos srs. Manuel Go mes da Costa Sobrinho, Francisco Rodrigues Tiri to, Plagio Gonçalves de Oliveira, João Baptista Pa lhaço Junior, José Lucio da Costa e Manuel de Sousa Leiria, que empregaram to dos os esforços possíveis para conseguirem um bom exito. Foi mestre-sala o sr. Ro- zendo Sampaio d’ 01 iveira, que tambem se mostrou in~ cansavel em conseguir o que, maior brilhantismo e- explendor trouxesse a esta importante festa. Consta-nos que a com missão, desarmára a sala no dia immediato. Deve causar pena a muita gente. Vindimas Começaram na semana passada as vindimas nestas regiões. Calcula-se que a produ- cção este anno seja inferior á de alguns annos anterio- es. Barreiro Realisaram-.se como no ticiámos nos dias i 5 e 16 as festas a Nossa Senhora do Monte do Carmo, no pittoresco Alto de Santa Barbara, na elegante villa do Barreiro. Abrilhantaram estas fes tas, a banda da Armada Real e phylarmonica / de Dezembro de Aldegallega. Esta foi para alli contratada por um dia, e satisfez tanto as exigencias do publico,, que a commissão dos fes tejos chegou a querer que

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I A N N O D O M I3STG O , 2 3 D B S E T S M B R O D E 1 9 0 1 N.° io

SEM AN A RI O N O T I C I O S O , L I T T E R A R Í O E A G R Í C O L A

w , R E f l A c c A f i A M i r a i a e r f í f f l í t í f f l tNa cobrança pelo correio, accresce ò prémio do vale. f í , — ;--------- ( , r r .~y,................— ---------r. r -0 ., - .,— T r ------------------------Avulso, no dia da publicação, 20. réis. M RUA DE JOSÉ MARIA DOS SAN^TOS P n*10 restituem quer sejam ou não publicados.

EDITOR — José Augusto Saloio a j l d e g a l l k g a <s 7' ~ ! 4 °

P u b lic a ç õ e sAnnuncios— i . a publicação, 40 réis a linha, nos seguintes,

20 réis. Annuncios na 4.? pagina, contracto esp ciai. Os auto-1 í i graphos não se restituem <

PROPRIETÁRIO— José Augusto Saloio

E X P E D I E N T E

A c c e ita m -se c o m g r a t i­dão q u a e s q u e r n o t ic ia s q u e se ja m d e in t e r e s s e p u fclico .

Não nos cansamos de re­petir que a instrucção em Portugal está atrazadissi- ma. E’ infelizmente urna verdade que se impõe aos olhos de todos e que nos envergonha perante as de­mais nações.

Segundo uma estatística feita sobre o censo de 1898, apurou-se a seguinte per­centagem de analphabetos sobre a população do uni­verso :

Portugal occupa o logar de honra com 67,35 por cento; Italia, 52,g3 ; Polo- nia, 39,82; Hungria, 37,69; Russia,36,42; Áustria,32,70; Grecia, 25, i8 ; Roumania, 17,75; Bélgica, 15,22; Tur­quia da Europa, 14,79; Bo- hemia e Moravia, 8,98; Hespanha, 8,71; Irlanda, 7,28; França, 3,5o; Ingla­terra, 3,49; Hollanda, 3,38; Escócia, 2,83 ; Allemanha, 2,49; Noruega, 1,02; Sué­cia, 0,74; Suissa, 0,60, Di­namarca, 0,49.

Se nas cidades e víllás a percentagem dos analpha­betos é grande, no campo é enorme. E’ rarissimo en­contrar ahi um rapaz que saiba ler e escrever. No campo, em geral, os paes dão por mal empregado o tempo que os filhos gastam na Escola, preferindo vel-os entregues á mais profunda mandrice, affirmando (co­mo ainda ha bem poucos dias um nos disse) que isto de saber ler e escrever só é bom para gente rica, que nos pobres é perfeitamente dispensável, que os seus paes e avós não sabiam ler e nem por isso deixaram de viver bem, que na Es­cola mettem idéas novas na cabeça dos rapazes e que os. estragam para o serviço do campo, e outras mil ra­zões íijual delias a mais dis­paratada e absurda!

Não comprehendem que a melhor fortuna que um pae pode legar a seus fi­lhos é a Instrucção, porque essa não está sujeita ás con tingencias da sorte, e uma vez adquirida só acaba com a existência do indivíduo; não -CQmpre.hendcm que a Iast rucç ão c ngrandec en do e elevando moral, £ muitas vezes materialmente o ho mem, habilka-o a trilhar desassombradamente o ca­minho da vida e a vencer com facilidade os attritos, insuperáveis na maioria dos casos para os inscientes!

Veja-se a Suissa!Nesse paiz de tão peque­

nas dimensões, mas cuja organisação se pode tomar como modêlo, a Instrucção é obrigatoria.

P or isso, lá se dão fa ctos, como o que vamos narrar:

Um indivíduo resolveu- se a correr toda . a Europa. Encontrava-se já na Suissa quando teve que procurar um ferrador, porque o ca- vallo que montava, pre­cisava ferraduras novas. Emquanto o ferrador pro­cedia a este trabalho, ia conversando com o viajan­te, e perguntou-lhe para onde ia. Respondeu-lhe es­te, que se- dirigia á Russia e dissê-lhe ao mesmo tem* po qual o caminho que ten­cionava seguir. O ferrador objectou-lhe que esse não era o caminho mais curto e á vista dum mappa que o viajante trazia comsigo, mostrou-lhe o itinerário que devia seguir.

Por aqui se vè como a Instrucção está desenvol­vida na Suissa e que lá não se limita simplesmente á leitura e escripta.

J. M. S.

E r r a taNo nosso n.° 8,110 artigo

intitulado Samouco, e co­meçando na linha 35, onde se lê : — ... situada á beira rio, é surprehendente o es­pectáculo que offerece o Tejo, ora, manso cordeiro, espreguiçando-se indolen­temente, beijando a praia, leão indomável, etc.— deve

lêr-se: — situada á beira rio, é surprehendente o espe­ctáculo que offerece o Te­jo, ora, manso cordeiro, espreguiçando-se indolen­temente, beijando a praia, o ra leão indomável, etc.

Ao nosso distincto co!la bcjrador, o cxm-,-:sr. Men­des Pinheiro, auctor do ar cigo, pedimos desculpa.

-iõ5—

PeiIIssaos a»s nossos estámaTcIs asslgaaaatcs, que aíada não mandaram pagar as suas asslgaatu- ras. a especial íSaesa de as satisfazerem-, a Sim de são soffrerena in te rru ­p ção sa reanessa d© nos sd sensansaio.

A VIDA N’ALDEIABrevemente começará o

nosso jornal a publicação d’um romance intitulado: A: vida 11aldeia, escripto ex­pressamente para 0 Do­mingo, por um dos nossos redactores.

Temos a certeza de que A.vida ri aldeia, escripta em linguagem simples" e des- pretenciosa, receberá bom acolhimento dos nossos lei­tores, proporcionando-lhes uns momentos agradaveis.

; A cpEcan cosnpetlr

Pedimos a a':tenção, a quem competir, para os desmandos que o rapazio faz constantemente, ora provocando os transeun­tes, ora dizendo palavrás obscenas,' ou impedindo o transito, em risco de mui­tas vezes serem attingidos pelos diversos carros que circulam na villa.

E’ com especialidade nas ruas de S. Sebastião, Con­de, Fabrica e praça de Ser- pa Pinto, é onde se juntam :á tarde e á noite) aosma- gqtes, atirando com pedras e areia.

Estamos certos que al­gumas providencias se hão de tomar, a bem da moral e do publico.

Mais uma vez pedimos para que se não consintam

as correrias dos diversos carros dentro da villa, pois ha occasiões em que o mo­vimento da população é bastante grande, estando os habitantes á mercê dos bons carroceiros que aqui trabalham.

Tanto se importa a elles que qualquer pessoa íique debaixo dum carro ou não. Muitas vezes nem o delica­do arreda dizem.

Sempre a galope. . .Ficamos hoje por aqui,

mas temos que voltar ao assumpto.

lâaivaO sr. Annibal Gouveia,

carteiro desta villa, foi no dia 18 do corrente, na rua do Pateo do Conde, mor­dido por um cão que se julga estar atacado de rai­va. No dia seguinte foi a Lisboa para lhe ser exami­nada a mordedura.

Oxalá que não seja a maldita doença.

Novamente pedimos ás auctoridades competentes, para que faça extinguir os cães que não andem açai­mados e que não tenham licença.

E’ um bem para a huma­nidade.

Está quasi completamen­te restabelecido 0 nosso amigo o exm.° sr. dr. Lu- ciano Tavares Móra, com o que muito nos congratu­lamos.

O exm.° sr. Manuel Ne­ves Nunes, d’Almeida, foi passar alguns dias, para a Quinta Rôta, propriedade do exm.° sr. Antonio Tava­res da Silva, no Samoco.

Estimamos que tivesse gosado bastante.

Não se encontra infeliz­mente melhor, o sr. Raphael Gonçalves d’Azevedo, pae do nosso amigo Emygdio Gonçalves d’Azevedo.

Fazemos votos pelo seu prompto restabelecimento.

Já regressaram a suas casas, vindos do Salaman­

ca, os nossos estimáveis amigos, os srs. Manuel Fer­reira Giraldes e José Ma­ria Mendes Junior.

Felicitamol-os pela sua vinda.

A lc o c lse te

No domingo passado rea- lisou-se aqui uma soireé, 110 salão da sociedade Phy- larmonica i 5 de Janeiro de i8 g 8 , promovida por uma commissão de rapa­zes da mais elevada socie­dade.

A commissão era com­posta dos srs. Manuel Go­mes da Costa Sobrinho, Francisco Rodrigues Tiri­to, Plagio Gonçalves de Oliveira, João Baptista Pa­lhaço Junior, José Lucio da Costa e Manuel de Sousa Leiria, que empregaram to­dos os esforços possíveis para conseguirem um bom exito.

Foi mestre-sala o sr. Ro- zendo Sampaio d’01iveira, que tambem se mostrou in~ cansavel em conseguir o que, maior brilhantismo e- explendor trouxesse a esta importante festa.

Consta-nos que a com­missão, desarmára a sala no dia immediato. Deve causar pena a muita gente.

V in d im a s

Começaram na semana passada as vindimas nestas regiões.

Calcula-se que a produ- cção este anno seja inferior á de alguns annos anterio- es.

B a r r e ir o

Realisaram-.se como no­ticiámos nos dias i 5 e 16 as festas a Nossa Senhora do Monte do Carmo, no pittoresco Alto de Santa Barbara, na elegante villa do Barreiro.

Abrilhantaram estas fes­tas, a banda da Armada Real e phylarmonica / de Dezembro de Aldegallega. Esta foi para alli contratada por um dia, e satisfez tanto as exigencias do publico,, que a commissão dos fes­tejos chegou a querer que

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2 O D O M I N G O

A V I S C O N D E S S A

Um dia o amor — creança loura Que f a \ perder tanta cabeça—Achou morada encantadora No coração da viscondessa.

A bella estatua muda e fria ,Que fo ra gelo até então,V i animar-se um certo dia Ao sopro ardente da paixão.

Quem f o i o deus myslerioso Que praticou milagre tal?Pois esse peito desdenhoso Ia curvar-se d lei fatal?.

De mil respeitos sendo alvo,Tendo as geraes adorações,Ella passava sempre a salvo,Calcando aos pés os corações.

Mas não se \omba impunemente D'essa creança alada e viva.Um dia acorda e de repente A viscondessa, pensativa,

Sentiu no peito não sei quê. . .Subiu-lhe ás faces o rubor. . .Vencida estava e d mercê Do vingativo deus do amor.

Buscou em si qual o motivo Daquella subita mudança E disse em tom meditativo:« Pois amarei uma creança?

« Dezoito annos! Que delicias!« Quem dera ter edade egual!« Que importa! Offerta-me as primicias « Do seu amor puro e leal!

« Estou quasi velha e nunca amei,«Sinto-me agora reviver.« Está decidido, entregarei « Minfialma virgem de mulher. »

A viscondessa abandonou As festivaes reuniões E o deus alado registou Mais dois amantes corações.

J o a q u im d o s A n j o s .

PENSAMENTOS— Os patetas, os lórpas, os atiradiços, são por via dê

regra os mais festeiros e festejados na sociedade, umas ve-es com a christã virtude da indulgência, outras com o riso ^ombeteiro da ironia.— C. C. Branco.

O homem sem barba é uma creança com muita f o r ­ça.— Oiolas.

— 0 maior ornamento na cara do homem é um bi­gode bem talhado.— Oiólas.

ANNIVERSARIOS

ficasse para o outro, (cus­tasse o que custasse) a que não accedeu devido ao transtorno que iria causar a alguns dos executantes.

No recinto do arraial era grande a confusão de bar­racas de comes-e-bebes, es­cola de tiro, fantoches, pim- pam-pum, muitos tabolei- ros, assim como algumas roletas que são de uso nes- tes arraiaes.

E as auctoridades dor­mem!

O fogo d’artificio agra­dou a todos, sendo o pyro- technico muito palmeado.

Affluiu alli muitos foras­teiros.

Um bravo á commissão de .tão brilhantes festejos.

AO S I . MI NISTRO D M 0 B 1 U S P U B L I C A S

R e c e n s e a m e n to g e r a l tia p o p u la çã o

Decididamente vamos caminhando de mal para peor. Estamos num paiz desgraçado, num paiz de calotice, onde por todos os meios e feitios, se trata de explorar os pequenos e de sugar o suor daquelles que ainda teem a ingenuidade de acreditar sinceramente nas promessas officiaes, re­gulamentos, etc.

Vem isto a proposito da maneira como foram gra­tificados os recenseadores de Aldegallega do Ribate­jo. Como os nossos leito­res devem saber, foi publi­cado o anno passado um decreto, ordenando o re­censeamento geral da po­pulação em todo o reino.

Constituída conforme o mesmo decreto preceitua, a Commissão P arochial desta villa, tratou esta de nomear dois indivíduos aptos para se desempenha­rem da ardua missão de re­censeadores.

Recahiu a escolha nos srs. José Cândido Rodri­gues d’Annunciação, que foi encarregado do serviço

FOLHETIM

Traducção de J. DOS ANJOS

A ULTÍfflA CRUZADAV III

Pegou no cordão da campainha, com vontade cfe prohibir a entrada áquelle aventureiro que; lo g o á pri­meira vez, a tratava, como uma mu­lher vulgar. O seu orgulho revolta­va se.

Conhecia a triste reputação do jo- ven camarista d;i sexagenaria ra nha da Moldavia. Quantas vezes tinham pronuncado em casa d'ella, com um

da villa, e Antonio Fran­cisco Moreira de Sá a quem foi confiado o recensea­mento do campo.

No dia io de setembro do mesmo anno, deram co- meco aos seus trabalhos e>de tal modo se desempe­nharam do seu cargo que o sr. Administrador pessoal­mente os elogiou pelo seu zêlo e diligencia, e a Com­missão Parochial, compos­ta de homens serios e hon­rados, tendo como presi­dente o revd.0 prior João Vicente P ereira Ramos, no seu relatorio definitivo, se referiu aos recenseadores nos termos mais honrosos para estes; propondo para os mesmos a gratificação supplementar de que trata o artigo 28." § 3.° das Ins- trucções para a execuçãodo serviço do recenseamen-. >to geral da população no i.° de dezembro de 1900.

Querem agora saber os nossos leitores o mais cu­rioso da historia? Só no dia 1 g de setembro de 1901, um anno depois, foi que es­tes recenseadores foram avisados para irem receber os honorários que lhes eram devidos pelo seu tra­balho consciencioso e hon­rado. E sabem qual foi a quantia recebida ? Admi­rem .. .

O recenseador da villa, o sr. José Cândido Rodri­gues d’Annunciação rece­beu 62$5oo réis, e o sr. Antonio Francisco Moreira de Sá, a quantia de 15$o6o réis.

Quer dizer: a este ultimo que levou 78 dias a desem­penhar-se da difficil tarefa que lhe foi confiada, que se sujeitou a levantar-se de noite, e a voltar tam­bem de noite, para sua ca­sa, que teve por diversas vezes de caminhar léguas ou em charnecas, ou em caminhos dareia, ou em pinhaes, á procura dos ca- saes geralmente dispersos na nossa região, que teve de voltar aos mesmos ca- saes, uma, duas e mais ve­zes, que prejudicou a sua saude expondo-se ao sol e á chuva, que desenvolveu

desprezo absuluto, o nome de Mohi­low!

Sabia tambem que a sr.a; Stockford adorava o seu amante, que teria sa­crificado a vida para não o perder. E Mohilow já estava farto d elia.

Quasi certa de ter a desforra, de ferir no coração a sua inimiga, de lhe encher os olhos de lagrimas doloro- ras, Regina estava resolvida a tudo, a atraiçoar o homem honrado que lhe dera o seu nome, a ãviltar-se nos braços d’aquelle reles aventureiro.

O ruido da porta que se abria ti­rou-a das suas reflexões.

— Desculpa-me, minha senhora? disse Mohilow a Regina, entrando no salão.

— Bem o ve, replicou ella, com umn inditíerença estudada.

E como elle.se desculpasse, allegan- do um negocio importante, Regina'

um trabalho enforme em convencer os habitantes a dardhe informações exa­ctas, que se prestou a en­cher 5 o 2 boletins, paga-se com 15$^6oque nem chega para satisfazer as despezas imprescindíveis em traba­lhos d’esta responsabilida­de, e nega-se a gratifica­ção, a que de direito tem jus»

Com certeza que S. Ex.il o Sr. Ministro ignora estes factos que são uma vergo­nha para nós todos, e con­stituem urn deplorável pre­cedente, pois que, em vista d’isto, daqui para o futuro ninguém se prestará a des­empenhar estes cargos, com receio que lhe succe- da o mesmo.

Quem sabe quantos fo- ctos analogos se terão dado no nosso paiz!

Esperamos do espirito esclarecido de S. Ex.“ que tratará de remedear isto, de modo que ninguém fi­que descontente.

Completou no dia 19 do corrente o 34.°anniversario natalicio, o nosso amigo Antonio Augusto dos San­tos.

Tambem completou no dia 19 do corrente o 12." anniversario natalicio, o fi­lho José, do nosso amigo Antonio Augusto dos San­tos.

A ambos, enviamos os nossos sinceros parabéns.

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F acada

Pelas 4 horas da manhã de sexta-feira, fòra aggre*- dido com uma facada na cara, por Francisco Rato, o pescador Rodrigo Fadi- nho.

O Fadinho foi curar-se á pharmacia do nosso ami­go Manuel Ferreira Giral- des.

Consta-nos que o Fadi­nho vae dar parte para juizo.

riu-se com ar incrédulo e olhou pa ra elle fixamente.

— Serio? interrompeu ella. Pois eu acredito antes que se demorou em casa da bella sr.a Stockford. Ora con- fe/se.

Não parecia assim mais fria que da primeira vez. Parecia que a queimava uma febre interior, colorindo-lhe asmaçãs do rosto. A voz arrastava-se. sua visava-se, n’um tom monotóno e voluptuoso; o coração batia-lhe em pulsações rapidas. De repente levan- tòu-se, altiva e serena, e tornou a en­cher o salão com o seu riso incrédulo.

— Não vá imaginar, meu caro, que tenho algum interesse por es a pai­xão! exclamou.

E acrescentou negligentemente:— Tem a bondade de pôr o guar­

da fogo no fogão? este lume cega-me!Mohilow calnvarse; nunca estivera

tão perturbado ao pé de uma mulher. Sentia uma sensação desconhecida. Estava acanhado, timido.

Seria por efleito da sombra perfu­mada do salão? Seria o s lencio pro­fundo em que as palavras tinham uma sonoridade musical? Seriam os cabel- lo.v louros de Regina que luziam na seda do canapé? Seria o attractivo capitoso, inexplicável, daquella mu lher? Ivan estava enamorado como um c llegial de dezeseis annos que e:n tudo acredita devotamente.

— Faiemos de outra coisa, tornou a marqueza. La Croix-Ramilies as is- tju ao leilão de Milway? Aquelle sce- ptico incorrigível não larga as saias da pequena Fannv Rob. Sabe quem é,a segunda filha da baroneza Gulden, de Vienna, essa creança viciosa que a'n- da devia an.Jar de saias curtas e que já tem tido tantos amantes?

Vi-a uma noite nos aposentos da rrinha, no meio de um circulo de ca­sacas pretas, d;sse distrahidamente Mohilow. Contava uma aventura p i­cante com um ar virginal, como uma creança que diz as coisas sem as com- préhender.

— E ’ um par bem e g u a l!... Quer unía chavena de chá?

Levantou-se para tocar a campai­nha. Elle recusou.

Então, como dominada pela mes­ma idéa fixa, interrogou-o segunda vez.

— Entao não estava em casa da sr.a Stockford; juram'o?

Regina dissera o final da phrase com uma doçura terna. uma supplica. como quem precisa de ser consolada' e amada. Parecia sofirer.

(Continua; .

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O D O M I N G O 3

Parte hoje, em compa­nhia de sua esposa, para Fornos de Algodres, o nos­so bom amigo e assignan- te, o exm.° sr. Arthur Au­gusto Affonso Coelho.

Desejamos-lhes que go­zem bastante.

Chamamos a attenção dos nossos leitores para o annuncio que na secçãp respectiva vae com respei­to á mercearia do sr. José Bernardo Pires, sob a di­recção do nosso amigo e assignante o sr. Joaquim Pinhão.

Aproveitamos a occa- sião para lembrar que esta casa, situada na rua da Fa­brica, tem um excellente bacalhau sueco a 220 réis o kilo.

■------- — -------------------

Hontem, pelas 10 horas da noite na rua da Graça, um tal Zé Canhoto já mui­to conhecido por provoca­dor, fôra ter as suas turras com uns mundinos em companhia de dois dilectos collegas, estes puzeram-se ao largo quando viram o partido contrario ser supe­rior, sendo então mimosea- do o tal Canhoto com uma forte chavada na cabeça, o que lhe resultou um enor­me ferimento.

S E C Ç Ã O L I T T E t A M A

flôr estava alli guardada. Mas a chave! onde estava a chave? De repente per­cebeu a fita côr de rosa que Fahny tinha ao pesco­ço: lembrou-se da delicada chave que nella se suspen­dia; tirou-a; abriu a caixi­nha, e achou dentro um ramo de flôr de laranjeira, e mais nada. Porque rasão tinha Fanny guardado com tanto cuidado tão mesqui­nha coisa? Mil idéas extra­vagantes lhe vieram ao es­pirito; uma delias o sur- prehendeu; então indo para o sophá, e abalando o bra­ço dessa infeliz mulher, lhe disse:

— «Está aqui flôr de la­ranjeira, que me faz dôr de cabeça; vou deital-a fóra, sim?

— Não, não, disse ella ainda um pouco fóra de s i; não a deiteis fóra.

— Que razão ha para es­timardes tanto estas flores?

— Nenhuma.— E’ mentira! vossa voz

vae enfraquecendo.— A h! matai-me, mas

não me intorregueis.— Que dizeis? Quero sa­

ber o que significam estas flores, e que sentido lhes daes.

(Continua)

A tr a iç ã o d e u m a flôr(Continuação,)

Posto que ligeiramente ferida, Fanny cahiu no chão como uma victima aos pés do sacrificador. Ao grito que seu marido havia dado, acudiram os creados da ca­sa, porém elle os despediu: deitou sua mulher sobre um sophá, prodigalisou-lhe os mais minuciosos cuida­dos, e fez tenção d alli pas­sar a noite. Sem duvida es­perava que lhe levassem em conta este zelo desinteres­sado !

Emquanto reflectia, pen­sando que realmente havia pessoa desconhecida que estava na confidencia de sua mulher, e a malquista­va com elle, sentiu um chei­ro ao principio suave, e de­pois importuno. Procurou desembaraçar-se o mais depressa delia, porque o forte aroma o incommoda- va muito na atmosphera de um quarto fechado. O cheiro era de flôr de laran­jeira; sentia-o muito perto de si, mas não via a flôr Por fim o olfacto o levou £ uma caixinha de cedro on de madama d’Aulnayes ti­nha as suas joias mais pré- ciosas* e reconheceu que a

A c c u sa m o s as s e g u in ­te s a s s ig n a tu r a s r e c e b i­das

Dos exm.os srs. :

Antonio Augusto dos Santos, um semestre, 5oo réis.

Sociedade Philarmonica 0 de Dezembro, um se­

mestre, 5oo réis.Domingos Antonio Sa­

loio, um semestre, 5oo réis.Francisco da Costa Mou­

ra,: um semestre, 5oo réis.Antonio Joaquim da Sil­

va Batana, um ! semestre, 5oo réis.

Manuel Cypriano P io, um semestre, 5oo réis.

José Antonio da Costa, um semestre, 5oo réis.

Francisco dos Santos, um semestre, 5oo réis.

Jacintho Tavares Rama- Iho, um semestre, 5oo réis.

José de Sousa Fortunato, um semestre, 5oo réis.

Francisco da Silva, um semestre, 5oo réis.

Gregorio José Alcobia, um semestre, 5oo réis.

Cesar Augusto Coelho, um semestre, 5oo réis.

Francisco T. S. Ribeira- dio, um semestre, 5oo réis.

Antonio Luiz Gouveia, um semestre, 5 00 réis.

Manuel de Jesus Callado, um semestre, 5oo réis.

Joaquim Sequeira Fana- naya, um s2mestre, 5oo réis.

Joaquim Miguel de Cam­pos, um semestre, 5oo réis.

Justino Simões, um se­mestre, 5oo réis.

Ambrozio da Silva, um semestre, 5oo réis.

Estevam Augusto dO li- veira, um semestre, 5oo réis..

Francisco Maria de Jesus Relogio, um semestre, 5oo réis.

Antonio Rodrigues Cal- leiro Junior, um semestre, 5oo réis. .

Joaquim Manuel Mendes, um semestre, 5òo réis.

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da Silva, Secretario da Ca- mara o subscrevi.

O P r e s i d e n t e

Domingos Tavares

ADUBOSHa para vender ás sac-

cas em boas condicções.Para tratar com Julio

Castro, em Sarilhos Gran­des.

J 0 R N A E SC o IIecçoes d e d if fe r e n -

tc s jo r n a e s q u e s c v e n ­d em .

S e c u lo

Desde o dia 20 de de­zembro de 1897, até ao presente.

S u p p lc m e n to ao S e c u lo

Desde o n.° 1 até ao n.° 165.

P a r o d ia

Desde o n.° 1 até ao n.° 5o.

P im p ã o

Desde o n.° 1 até ao fim do anno passado. Esta col- lecção está incompleta.

Na redacção deste jor­nal, indica-se a pessoa que trata desta venda.

EUCALYPTOS

C O N C U R S O

A Gamara Municipal deste Concelho faz publi­co que se acha aberto con­curso per espaço de 3o dias, a contar da data da segunda publicação deste annuncio no D iário do Go­verno, para o logar vago de guarda do Cemiterio da freguezia de Sarilhos Gran­des, deste Concelho, com o vencimento annual de 24^000 réis. Os concorren­tes deverão apresentar dentro do referido prazo na Secretaria da Camara os seus requerimentos le­galmente documentados.

Aldegallega do Ribatejo, 10 de setembro de 1901.

E eu Antonio Tavares

Na horta do sr. José Bessa, na rua do Poço, d’esta Villa, ha uma gran­de quantidade de EUCA- LYPTOS em vasos pro- prios, para transplantar, que se vendem por mais ou menos preço, segundo a quantidade que se pre­tenda e segundo o seu ta­manho.

CONSIILTORIOMED1C O -C IR U R G IC O

O medico-cirurgião J. J. Marques Guimarães, tendo deixado de dar consultas na Pharmacia Maneira, instal- lou o seu consultorio na Rua Direita, 11° ig , j.° an­dar, onde continua a dar consultas pelos mesmos preços porque as dava n’a- quella pharmacia. Aos po­bres continua tambem a dar consultas gratuitas.

ADEGASArrendam-se em Alde­

gallega, duas, para envasi­lhar, tendo uma lagariça, tanque para deposito d; uvas e agua canalisada pa ra o serviço, e outra so­

mente para envasilhar, ten­do a agua nas mesmas con­dicções.

Teem os respectivos ca­chorros e mais pertences que dizem respeito ás ade­gas.

Quem as pretender, pó- de dirigir-se a Arthur Coe­lho, no Largo da Misericór­dia, d’esta villa.

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4 ' O D O M I N G O

C A S À C O M M E R G I A LDE

J U S T IN O S I M Õ E SR U A D A F A B R JC A ;— Aldegallega

Especialidade em chá. café, rssucar, inanteigas nacionaese estrangeiras, massas; dôres, seraeas,;an-oz, \egumes, azeite, ] etroleo, sabão de tod;.s as qualidades; ai tigos í e fanqueiro e retrozeiro, louças; carne dé porco', taba cos,' etc:, etc.

O propriet rio d’esta casa vende.tudo por preços convidativos, e além d’isso todo o freguez tem direito a uma senha quando compre a importan- cia de 200 réis para cima, e quando juntar 5o senhas terá direito a um brinde bonito e valioso.

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trabalhos typographicos.R.[ D E JO SÉ M A R IA DOS SANTO S

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bres machinas SINGER para coser.Pedidos a AURÉLIO JO ÃO DA CRUZ, cobrador

da casa a SB CO CIí £!.a e concessionário em Portu­gal para a venda das ditas machinas.

Enviâ catalogos a quem os desejar, 70, rua do Rato 70-— Alcochete.

M E R C EA R IA ALDEGALLENSEDE

Jo sé A n ton io N u n es

hTesle estabelecimento encontra-se d venda pelos preços mais convidativos, um variado e amplo sortimento de generos próprios do seu ramo de commercio, podendo po r isso offerccer as maiores garantias aos seus estimá­veis fregueses e ao respeitável publico em geral.

Visite pois 0 publico esta casa.

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R U A . D O G A E S — ALDEGALLEGA DO RIBATEJO

l-TSi

A L D E G A L L S G - A D O R I B A T E J O .Grande estabelecimento de fazendas por preços limitadíssimos, pois que vende

todos os seus artigos pelos preços das principaes casas de Lisboa, e algunsA I N D Á M A I S B A R A T O S

Grande collecção dartigás de Retroseiro.Bom sortimento dartigos de F A N Q U E IR O .

Setins prelos e de cor para fó rro s de fatos para homem, assim como todos os accessorios para os mesmos.

Esta casa abriu uma SECÇÃO ESPECIAL que muito util é aos habitantesdesta villa, e que éa CO M P R A ÈM LJSB O A de todos e quaesquer artigos ainda mesmo os que não são do seu ramo de negocio; garantindo o %êlo na escolha, e o preço porque vendem a retalho as primeiras casas da capital.

B O A C O L L E C Ç Ã O de meias pretas para senhora e piuguinhas para crean- ças de todas as edades.

A CO R PRETA D’ESTE A RTIG O É GARANTIDA A divisa desta casa d GANHAR POUCO PARA VENDER MUITO.

JOAO BENTO & NUNES DE CARVALHO88, R. DIREITA, 90-2, R, DO CONDE, 2

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D E P O S I T OD E

VINHOS, V INAGRES E A G UA RD EN TESE FABRICA DE LICORES

G R A N D E D E P O S I T O D l A C R E D I T A D A F A B R I C A D lJÂNSEN & C.

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CERVEJAS, GAZOZAS, PIROLITOSVENDIDOS PELO PREÇO DA FABRICA

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V in h o sVinho tinto de pasto de i.a, litro 5o rs

» » ». » » 2.?, » 40 »» branco » » V.í, »“ 70 »» verde, tin to .. . . »: » 100 »» abafado, branco » » . i 5o »»• de GoJlares, tinto «ígârràfa 160 »»' Carcavéllos br.co » » 240 »» de Palm élla.. . . » )> 240 »» do Porto, superior » 400 •>)» da M adeira............ ; » . 5oo ».

V h sagrcsVinagre t nto de i . a, lit r o ... . . . 60 is.

» » » 2.a, » ............. 5o »» branco » i . a, » ............. 80 »» » » 2.a, » ............ 60 ».

L icores:L ico r de ginja dé n?; litro .......... 200 »

» » aniz » » . . . . . . 180 »» » tanella.......................... 180 »» »• ros ' ....................1......... 180 »

. >>' ;», hortelã pimenta .......... 180 »Granito................................ .. 280 »■

C o irra garrafa mais 6q réis.

j A g u a r d e n te s| Alcool 40o................... > . .litroI Aguardente de prova 3o°. »1 g in ja ............. »

» de bagaço 20o » i . a» » » 20o » 2.a» » » 18°.»

I » » figo 20 o. v» » Evora 18 ’.»

| C auua B ra u ca| Parati........................ litro1 Cabo V e rd e . .................... »| Cognac............. ......... garrafaI , d .................... »1 G ehebra.. . . . . . . . 1 . .. » '

320 rs. 320 » 240 » 160 » i 5o » 140 » 120 » 140 »

700 rs. 6 0 0 »

I$200 » I$EOO »

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1 CERVEJAS, GAZOZAS E PIROLITOSPosto ém caía do cbrrsurfiidor

| Gerveja 3 e Março, dúzia.,{ » Pilcenei-, j» . . . . . .| » da pipa, meió barril .í GazòãiS, duzia . .............. .! Pirolitos,-faixa,.24 garrafas, .r.,-r 1 '• > j 4 A__ — L - ; 4, /

480' rs. 720 ■ p 75o » 4-20 »r

t 36o »

C a p ilé , l i t r o 8 8 © r é is . cosa g a rra fa 1840 r é is

E M A IS B E B ID A S D E D IF F E R E N T E S Q U A L ID A D E S

PARA REVENDERV E N D A S A D I N H E I R O

PEDIDOS A LUCAS & C.A - ALDEGALLEGA