Reflexão TDG

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Técnicas e Dinâmicas na Condução cnicas e Dinâmicas na Condução cnicas e Dinâmicas na Condução cnicas e Dinâmicas na Condução de Grupos de Grupos de Grupos de Grupos 1 Este documento é uma reflexão acerca do que aprendi de novo e o que posso fazer de diferente com o que aprendi, com base nas aulas da disciplina de Técnicas e Dinâmicas na Condução de Grupos, leccionada pelos Docentes João Gouveia e José Luís Gonçalves. O que aprendi de novo? O que aprendi de novo? O que aprendi de novo? O que aprendi de novo? O primeiro tema a ser abordado na disciplina foi o planeamento de projectos por objectivos, onde construímos árvores de problemas, de objectivos, quadros de medidas, etc. Esta dinâmica de grupo levou-nos a perceber que não era tão fácil de resolver como pensava. Para realizar esta tarefa é preciso reflectir bem para que haja uma lógica sequencial entre os problemas e as soluções. Num planeamento devemos ter em conta as características do problema, quais os resultados esperados, definição dos objectivos. Foi um tema novo que aprendi e que me enriqueceu bastante os meus conhecimentos. O segundo tema abordado foi a liderança. Durante anos, a liderança foi estudada e entendida como um traço da personalidade, ou seja, dependendo exclusivamente de características pessoais e inatas ao sujeito. Nos dias que correm, entendemos a liderança como uma atitude que depende da aprendizagem social do indivíduo e, desta forma, que pode ser aperfeiçoada.

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Reflexão sobre a disciplina

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Este documento é uma reflexão acerca do que aprendi de novo e o que

posso fazer de diferente com o que aprendi, com base nas aulas da disciplina

de Técnicas e Dinâmicas na Condução de Grupos, leccionada pelos Docentes

João Gouveia e José Luís Gonçalves.

■■■■ O que aprendi de novo?O que aprendi de novo?O que aprendi de novo?O que aprendi de novo? O primeiro tema a ser abordado na disciplina foi o planeamento de

projectos por objectivos, onde construímos árvores de problemas, de

objectivos, quadros de medidas, etc. Esta dinâmica de grupo levou-nos a

perceber que não era tão fácil de resolver como pensava. Para realizar esta

tarefa é preciso reflectir bem para que haja uma lógica sequencial entre os

problemas e as soluções. Num planeamento devemos ter em conta as

características do problema, quais os resultados esperados, definição dos

objectivos. Foi um tema novo que aprendi e que me enriqueceu bastante os

meus conhecimentos.

O segundo tema abordado foi a liderança. Durante anos, a liderança foi

estudada e entendida como um traço da personalidade, ou seja, dependendo

exclusivamente de características pessoais e inatas ao sujeito. Nos dias que

correm, entendemos a liderança como uma atitude que depende da

aprendizagem social do indivíduo e, desta forma, que pode ser aperfeiçoada.

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Segundo White e Lippitt (1939), existem três estilos de liderança, a

autoritária, a democrática e a liberal. O estilo com o qual mais me identifico é o

liberal.

A liderança está relacionada com as competências de comunicação e

de transmissão de ideias. Um líder necessita transmitir confiança e ainda

depositá-la nos outros e nas tarefas que estes desempenham, valorizando,

elogiando e transmitindo apreço pelos resultados que lhe são apresentados. O

líder deve ser capaz de avaliar o seu próprio estilo, ser auto-crítico e

questionar-se. Assim sendo, a liderança é um processo que implica uma

capacidade de conseguir influenciar os outros através da comunicação. A

liderança deve ser alvo de uma auto-crítica e auto-análise, já que ela é um

processo interactivo, que não acontece com uma pessoa isolada.

O líder deve ser capaz de elogiar o trabalho daquele que por ele é

chefiado, sabendo aproveitar o entusiasmo dessa pessoa e incutir-lhe sempre

auto-confiança naquilo que ele faz, levando-o a sentir preocupação e a mostrar

empenho nas suas tarefas. O agradecimento deve, sempre, fazer parte da

atitude de um líder após cada tarefa efectuada. Desta forma, o indivíduo sentir-

se-á valorizado vendo o seu trabalho e dedicação a serem reconhecidos. O

verdadeiro líder não tem necessidade de conduzir, contenta-se em indicar o

caminho. É importante que o líder se relacione positivamente com os

elementos do grupo que lidera. O bom relacionamento entre ambos é essencial

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para o bom andamento das actividades propostas pela empresa, contudo deve-

se manter o profissionalismo no ambiente de trabalho muito claro a todos e

evitar situações de preferência ou afectividade que transpareçam ao grupo.

A liderança é, hoje em dia, entendida como algo que pode ser exercitado

e apreendido, através da adaptação do líder às funções de liderança.

No que diz respeito ao tema da gestão do tempo e das equipas, este

merece alguma reflexão para nos apercebermos se está a ser bem aproveitado

ou não. Para uma boa administração do nosso tempo, devemos tentar obter o

maior rendimento possível com a finalidade de aproveitarmos cada momento

do nosso dia-a-dia, não vivendo em função das tarefas a realizar, mas sim

realizando-as em função do tempo que lhes destinamos. Para tal, devemos

planificar de forma a controlá-las, estabelecendo objectivos, dividindo e

atribuindo prioridades às tarefas do dia. Este planeamento vai ajudar-nos a

começar o dia de forma positiva, com serenidade, sem aquela sensação de ter

muito para fazer em pouco tempo.

Um líder poderá fazer uma boa gestão do seu tempo ao depositar

confiança no trabalho realizado pelos colaboradores. Distribuir tarefas, atribuir

responsabilidades, esperar resultados, sem supervisionar directamente, mas

garantindo um acompanhamento e disponibilizando ajuda e esclarecimento

sempre que estes sejam solicitados.

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O líder não deverá assumir diversas tarefas ao mesmo tempo para se

poder concentrar plenamente no que está a fazer, evitando desperdício de

tempo a pensar na próxima tarefa enquanto ainda não terminou a que está a

dirigir.

Sem uma organização eficaz do tempo e uma pré-definição dos

objectivos a cumprir não há aprendizagem significativa. É necessário definir e

saber o que se pretende, antecipadamente, antes de transmitir aos outros, para

eles iniciarem o seu trabalho.

Outro tema leccionado foi o da Assertividade. O termo pode ser

entendido por algumas pessoas como agressividade ou teimosia, mas

comportamento assertivo pode ser definido como aquele que envolve a

expressão directa, pela pessoa, das suas necessidades ou preferências,

emoções e opiniões sem que, ao fazê-lo, ela experiencie ansiedade indevida

ou excessiva, e sem ser hostil para o interlocutor. É, por outras palavras,

aquele que permite defender os próprios direitos sem violar os direitos dos

outros. A Assertividade é espontânea e está relacionada com honestidade

entre a própria pessoa e os outros, com frontalidade sem desrespeitar os

outros, com racionalidade e em possuir auto-confiança e positividade. Esta

atitude leva a uma redução das tensões interindividuais.

Devemos utilizar a assertividade quando somos criticados, quando

temos de comunicar algo desagradável ou mesmo para afirmar uma resposta.

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Depois de termos abordado este tema levou-me a reflectir sobre

algumas atitudes e, pelo menos, a tentar ser assertiva em futuras situações,

em que normalmente o meu mal é a ansiedade e digo o que penso, por vezes

até a magoar os outros.

A seguir, surge o tema da A A A Avaliaçãovaliaçãovaliaçãovaliação. . . . Todo o plano que tenha como

objectivo planificar algo para ser avaliado tem a sua relevância e, deve ser

analisado ao pormenor, revisto e só depois apresentado e proposto aos

formandos, dando-lhes oportunidade de estarem preparados para o facto de

serem avaliados segundo determinados critérios.

Os objectivos têm como finalidade tornar a missão mais concreta e

alcançar a visão de futuro da organização. Devem ser, ainda, quantificáveis,

com uma concepção temporal, passíveis de ser realizados, compreender a

diversidade de interesses da organização, minimizadores de conflitos,

redutores de consequências indesejáveis e facilitadores de compromisso.

À avaliação de desempenho é atribuído um papel de extrema

importância, pois não só o produto é avaliado mas também todo o seu

percurso. Os objectivos, previamente definidos, servem para o formador avaliar

o percurso e a aprendizagem alcançada, se foi ou não de encontro ao que

estava planeado. A avaliação de desempenho tem como finalidade principal a

averiguação do desempenho pessoal do colaborador, com vista a aperfeiçoá-lo

e de forma a obter melhores resultados da organização. Para tal, é importante

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alcançar alguns objectivos, tais como: fomentar a motivação dos diligentes,

reconciliar os objectivos individuais, promover a confiança entre observadores

e observados, estimular o desenvolvimento profissional e pessoal dos

trabalhadores, impulsionar o auto-aperfeiçoamento, etc.

A avaliação de desempenho é um processo diferente do regime

disciplinar e não deve ser confundido com este. Na avaliação de desempenho

não se trata de aplicar infracções disciplinares, mas sim de saber se o

desempenho agrada ou não às carências do serviço ou entidade e se atinge os

objectivos e resultados esperados e tentar melhorá-lo.

Desta forma, a avaliação de desempenho é um instrumento que tem

como objectivo a melhoria dos resultados dos recursos humanos da

organização.

Na minha opinião, a avaliação de desempenho deve ser entendida como

um sistema de análise e avaliação constante que a organização faz

comparativamente ao desempenho dos seus colaboradores no exercício das

funções, com a finalidade de contribuir para o seu desenvolvimento futuro.

Para mim, o importante num líder é captar a confiança daqueles com

quem trabalha, com o objectivo de trabalhar em parceria com eles. É

necessário fazer uma boa gestão do tempo, definir objectivos e acima de tudo

saber delegar tarefas, estando disponível quando solicitado. Dar ordens e

esperar apenas pelos resultados não me parece a atitude correcta.

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Já tive uma experiência como responsável de loja e procurei fazer o

oposto do gerente que se limitava a estar no escritório, delegava ordens e não

motivava os funcionários e quando chegava a hora de irem à loja os directores

da marca ele usava o termo “nós”, como se ele participasse em alguma tarefa

realizada. Não achando esta atitude a mais correcta, procedi de forma diferente

com os funcionários, como eu considero a mais justa. “Não faças aos outros o

que não gostas que te façam a ti.”

Na disciplina também foi abordado o tema do Coaching, que é um

processo, com início, meio e fim, definido em comum acordo entre o coach

(profissional) e o coachee (cliente) de acordo com a meta desejada pelo

cliente, onde o profissional apoia o cliente na busca de realizar metas de curto,

médio e longo prazo, através da identificação e uso das próprias competências

desenvolvidas, como também do reconhecimento e superação de suas

fragilidades. O Coaching tem como finalidades avaliar os pontos fortes e fracos

e consciencializar-se das suas potencialidades (há pessoas com grandes

potencialidades que não têm auto-estima e pensam que não têm mérito

nenhum e muitas vezes são melhores profissionais do que muita gente); definir

objectivas e metas para futuras melhorias no desempenho (essas pessoas têm

o tal potencial mas não sabem como e quando utilizar); rever progressos;

ajudar a criar alternativas e planos de acção (só porque a estratégia não

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funcionou duma maneira não significa que não é possível de ser conseguida, o

Coach serve para dar soluções para essas situações.)

Esta disciplina foi das poucas que nos leva a pensar sobre as atitudes

que temos no dia-a-dia e em como podemos melhorar.

O nosso percurso constrói-se no dia-a-dia juntamente com as nossas

atitudes e com a ajuda de outras pessoas com as quais aprendemos muita

coisa.