REFLEXOES TEOLÓGICAS
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uma relação de medo e culpa
eflexões teológicasR Edição IV - Número 4 - Ano 201327 de março de 2013
LIÇÕES DO EVANGELHO SIMPLES
RUÍDO NA COMUNICAÇÃO DA IGREJA
PROIBIÇÕES RELIGIOSASE A CULTURA DO CASTIGO
8,9
2 m
m
REFLEXÕES TEOLÓGICAS
DiretorJeferson Costa
Editor
Rev. Paulo Cesar Lima
Diretor de ArteJeferson Costa
Colaboradores Drª Elisabeth Lima
Marco Antonio dos SantosSérgio Verine
Leonardo da SilvaWilson Peixoto
Publicidade Jeferson Costa
Contato
(21) 8647-6266 8156-6726
/reflexaoteologica
Editorialsenão passarmos pela experiência de “nascermos de novo”. O que é isso? Quando Jesus disse que um homem deve nascer de novo, Nicodemos o interpretou mal, e essa interpretação equivocada surge do fato de que a palavra traduzida de
novo, no grego a)nwqen (anothen), tem três significados diferentes: a) pode querer dizer desde o princípio, por completo, radicalmente; b) pode significar de novo, no sentido de segunda vez e c) pode também referir-se à palavra de cima, do alto e, portanto, de Deus.
A ideia de Jesus em relação ao novo nascimento é você experimentar uma mudança tão radical na vida, comparada a um renascimento. É como passar por uma experiência que só pode ser descrita como um voltar a nascer de novo, ou seja, ser criado de novo. Às vezes faz-se referência a esta mesma ideia como uma mor te, seguida por uma ressurreição ou re-criação. Paulo fala do cristão como alguém que morre com Cristo e ressuscita para uma vida nova (Romanos 6:1-11).
Quando Nicodemos aproxima-se de Jesus e, maravilhado com os sinais do ministério do Filho de Deus, lhe diz: “Rabi, bem sabemos que és Mestre, vindo de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele” (João 3:2), a resposta de Jesus a ele é que o que de fato importa não são os sinais e maravilhas; o que importa de verdade é que na vida interior de um homem aconteça uma mudança radical semelhante a um novo nascimento. Aliás, sem a experiência r a d i c a l e c o m p l e t a d o n ovo nascimento, o homem se torna um religioso formal, exagerado no cumprimento de normas e/ou princípios, mas sem paixão, sem vida.
Que você, leitor, possa dar um mergulho profundo nas matérias des ta 4a Ed i ção da Rev i s ta Reflexões Teológicas. Afinal, é a Revista que, hoje, faz o maior sucesso no meio evangélico.
Venha e confira.
Editor.
As proibições religiosas estão fundamentadas na d ico tomia recompensa e castigo e tem a ver com um sistema de manutenção de dependências. Ou seja: para não ser castigado, eu tenho que seguir, à risca, as proibições. Mas, como o homem é fraco, e faz o que não quer e quer o que não pode fazer, ele termina voltando sempre para as mãos do sacerdote, que, por sua vez, lhe aplica o castigo (penitência para os pobres e indulgência para os ricos) em troca do perdão.
A religião realiza o encantamento do m u n d o , e x p l i c a n d o - o p e l o maravilhoso e misterioso. O grupo que detém o saber religioso, tornar-se detentor do poder mais elevado: o d e e n c a n t a r, d e s e n c a n t a r e reencantar o mundo. Por isso, num primeiro momento, o poder religioso concentra-se nas mãos de um só, que possui também a autoridade militar e o domínio econômico sobre toda a comunidade.
Mas nada pode ser tão ruim quanto a religião que esvazia o homem da alegria, da espontaneidade, do prazer, do amor, da comunhão com seu vizinho, das atitudes mais inocentes de carinho e amizade. Uma religião que obriga alguém a deixar de ser gente como qualquer um outro; que o afasta do convívio comum dos humanos; que o obriga a agir de forma sectária com o grupo social em que vive; que faz o cristão ser implacável com as falhas humanas e até com as suas, trans-formando a pessoa em alienígena social, está totalmente vazia de propósito cristão. O legalismo consegue esvaziar uma pessoa de suas maldades antigas, mas a deixa completamente vazia das virtudes cristãs. Isto porque a lei não tem nenhuma força libertadora – pois o homem que vive segundo a lei, frequentemente faz o contrário do que pensa. Ele quer algo segundo a lei e faz justamente o que não quer. O homem submetido a lei é um esquizofrênico, porque faz o que não quer e quer o que não pode fazer (Rm 7.15).
MERAMENTE RELIGIOSO
Tornamo-nos meros e frios religiosos
uma relação de medo e culpa
eflexões teológicasR Edição IV - Número 4 - Ano 201327 de março de 2013
LIÇÕES DO EVANGELHO SIMPLES
COMUNICAÇÃO DA IGREJA: UM GRANDE DESAFIO
PROIBIÇÕES RELIGIOSASE A CULTURA DO CASTIGO
«DO SENHOR É A TERRA, SUA PLENITUDE
E TUDO O QUE NELE HÁ!»
Pelos Caminhos da Igreja
Marco Antonio dos
Santos,
é formado em
Administração de
Empresas
e contabilidade.
membro da Catedral da
A.D em Jardim Primavera
/marcoantoniodossantosevangelistamarcoantonio
[email protected][email protected]
Marco Antonio
OS CAMINHOS DA MATURIDADE CRISTÃ
O irmão mais velho queria
s u a r e c o m p e n s a , s e
julgava mais merecedor,
pois tinha feito mais e
melhor, porém, se via como
u m e s c r a v o , n ã o
compreendia que sua
relação era de um filho para
com o pai, e é sob esta ótica
que o pai amorosamente
declara que tudo que tem é
dele. O grande problema é
que ele servia ao pai pela
motivação errada, mesmo
liberto e levando uma vida
abençoado estava preso a
religiosidade e por isso era
legalista e todo legalista e
j u i z pe r ve r so. Nesse
prisma, o apóstolo Paulo
u l t r a p a s s a a
compreensão humana
quando declara: “E ainda
que eu distribua todos os
meus bens en t re os
p o b r e s e a i n d a q u e
entregue o meu próprio
corpo para ser queimado,
se não tiver amor, nada
disso me aproveitará” (1
Co 13.3). Não é o quê
fazemos que conta, mas a
motivação em fazê-lo que
importa para Deus, pois o
Todo-Poderoso não quer
saber o tamanho do nosso
sacrifício ou da nossa
obra, mas a intensidade do
nosso amor. Muitos são
pegos no contrapé do
Parte 2
amor de Deus, o Ágape,
pois, mais do que lavar a
consciência, ou seja, um
ato de compensação, o
ajudar deve visar em
primeira instância o outro.
Nossa própria satisfação
deve ser um ato segundo,
o q u a l s u r g e c o m o
c o n s e q u ê n c i a d a
motivação correta: ajudar
por ajudar, ajudar por amor.
“E tudo quanto fizerdes,
fazei-o de todo o coração,
como ao Senhor e não aos
homens” (Co. 3.23). A
i g r e j a d e h o j e t e m
exatamente a cara de
Jonas em que as pessoas
se preocupam mais com o
g r a n d e p e i xe q u e o
engoliu do que com a
m e n s a g e m e o
ensinamento de um Deus
misericordioso que quer
resgatar o seu povo e para
tanto enviou a terra o seu
filho para morrer por nós
na cruz do calvário. Nos
preocupamos mais em
agradar aos homens do
que agradar a Deus. Uma
igreja que se preocupa
mais com o pano de fundo
da mensagem do que com
o verdadeiro ensinamento
d a m e n s a g e m . N o s
preocupamos com roupas,
adornos, ou seja com o
exterior do que com o
inter ior das pessoas,
Jonas tipifica a igreja de
h o j e e m
que a morte dos ninivitas é
mais esperada, mas se
p r e o c u p a c o m a
aboboreira (pessoas de
dentro do que as pessoas
de fora), na qual segundo a
bíbl ia (Vs. 4.10) “não
trabalhaste, nem fizeste
crescer; que em uma noite
cresceu e, em uma noite
morreu”, e que segundo o
Vs. 11 o problema de
N í n i v e e r a f a l t a d e
conhecimento do caminho
cer to a ser percorrido.
Jesus disse: “Eu sou o
caminho a verdade e a
vida ninguém vai ao pai
senão por mim”. Lembre-
se no cap. 8 de atos da
igreja executados através
de Jesus nos conta a
história do evangelista
Filipe que ao se encontrar
com o homem etíope que
estava lendo o livro do
profeta Isaías, e ao avistá-
lo pergunta para ele
“Entendes tu o que lês? E
ele disse: Como podereis
entender, se alguém me
não ensinar”. Jesus veio
para dar luz ao cego, e só
pode dar luz quem tem luz
para dar. O caminho de um
cristão tem que estar
sempre iluminado para
que resplandeça a luz de
Cristo e a sua glória possa
se manifestada, por isso O
Senhor no evangelho de
M a t e u s c a p . 5 . 1 6
p r o f e r i n d o a s b e m -
aventuranças para os
discípulos Ele diz que:
“Assim resplandeça a
vossa luz d iante dos
homens, para que vejam
as vossas boas obras e
glorifiquem o vosso Pai
nos céu”.RT
REVELAÇÃO GOSPELRevelação Gospel
Cantora Rosi Bastos, f i lha do
s a u d o s o P r O s m a r M i e l g o
Gonçalves, fundador da AD em
Saracuruna , presidida hoje pelo Pr
Genival Leal. Revela-se em seu
primeiro álbum RECEBA UNÇÃO
como cumprimento da promessa de
Deus para sua vida! Esposa do Pr..
Evandro Vicente da Silva, pregador
da Palavra de Deus, os quais tem
depositado suas vidas a serviço do
Mestre.
2778-26877680-1680 8036-8832
(21)
Lições doEvangelho Simples
Jeferson Costa, casado
com Jucilede Rocha,
filho da D. Lúcia e Seu
Hélio. É bacharel em
Teologia pelo SEMTEL -
Seminário Teológico
Livre, serve a Deus
como Evangelista na
Catedral da Assembleia
de Deus em Jardim
Primavera, Duque de
Caxias - RJ.
COMUNI-CAÇÃO
RUÍDO NA
Ao lermos o texto de Atos 2,
somos logo convidados a
interpretá- lo. Daí nasce
a lgumas in terpre tações
chamadas de “tradicional” e
“pentecostal”.
O últ imo grupo tende a
interpretar o texto sob as
“línguas como de fogo”. É
uma interpretação, no mínimo,
quente e fervorosa.
Todavia, quero conduzir o
presente texto na perspectiva
do versículo 8: “Como, pois, os
ouvimos, cada um, na nossa
própria língua em que somos
nascidos?”
Segundo o texto a multidão
ficou pasma com aquele
g r upo de pessoas que
«Muitas de nossas igrejas pecam, quandoo assunto é a proclamação do evangelho»
falavam “sobre as grandezas
de Deus” , de forma que eles
entendiam em seus próprios
idiomas.
O que chama a atenção do
povo não é outra coisa senão
a comunicação existente
entre eles e o “grupo que
orava e foi visitado por Deus” .
Eu não somente diria, como
digo, que o grande desafio da
Igreja atual está em se tornar
inteligível em sua mensagem
e proposta para um mundo
que se arruína a cada dia que
se passa.
O desafio está em a igreja
d e i x a r d e p r o d u z i r u m
linguagem para dentro, com
seus “santos” jargões e gírias
“gospelrizadas” e, começar a
trilhar um caminho de dentro
para fora. De dentro de suas
estruturas passo ao mundo
que está do outro lado das
nossas paredes.
A q u i e s t á o G R A N D E
DESAFIO, diante do qual não
podemos fugir, nem escapar.
O desafio, que não é pequeno,
n e m d e s o m e n o s
i m p o r t â n c i a , e s t á n a
proclamação as grandezas
de Deus!
Quando não cumpre seu
papel de evangelizadora e
proclamadora do Evangelho,
a Igreja desce a ribanceira,
ca indo nos abismos da
i n c r e d u l i d a d e , d a
complacência, da mornidão.
O desafio é ser tocado por
Deus e conseguir expressar
as grandezas divinas em alto
e bom som!
/jeferson.costa.798
@evjefersoncosta
www.jeferson-costa.blogspot.com
Aqui escreverá sobre
vários assuntos e
aspectos que digam
respeito a simplicidade
do evangelho de Cristo
Jesus.
Catedral da Assembleia
de Deus em Jardim
Primavera, Duque de
Caxias - RJ.
Aqui escreverá sobre
vários assuntos e
aspectos que digam
respeito a simplicidade
do evangelho de Cristo
Jesus.
Estamos nos preparando para
participarmos ativamente da 41ª
AGO da CGADB.
C o m d o i s ô n i b o s l o t a d o s
estaremos nos dirigindo a essa,
que será, uma grande Assembleia
G e r a l O r d i n á r i a d a n o s s a
Convenção Geral.
Nessa oportunidade, não somente a
C M A D E R J E , m a s t o d a s a s
convenções co-irmãs estarão se
dirigindo para Brasília com o objetivo
de fazer parte da história da maior
d e n o m i n a ç ã o d o B r a s i l , a
Assembleia de Deus.
Oremos, portanto, ao Senhor, para
Vera Estanislau é secretária
adjunta da CMADERJE e
escreverá todas as semanas
nessa coluna.
Esta coluna se propõe a
noticiar informações, avisos,
palavras de reflexão a todos
os ministros e amigos da
CMADERJE.
Por isso, desde já, fiquem a
vontade para ler e opinar
nessa coluna.
CMADERJE CONVENÇÃO DAS ASSEMBLEIAS DE DEUS DO
ESTADO RIO DE JANEIRO E OUTROS
que tudo ocorra dentro do quer e
vontade do Senhor.
A 41ª AGO se dará dos dias 08 a 12
de abril de 2013, no Ginásio Nilson
Nelson, localizado na cidade de
Brasília, Distrito Federal, junto ao
Eixo Monumental (Via N1 Oeste),
entre o Estádio Nacional de
Brasília e o Palácio do Buruti, Asa
Norte.
Qualquer ministro da nossa
CMADERJE que tiver dúvidas a
respeito da nossa ida à Brasília,
favor ligar para nosso escritório, no
horario comercial: (21) 3656-5178 /
7808-5604.
Paz da parte de Deus,
Irª Vera Estanislau
Disco-tindo
SérgioVerinePor Sergio Verine,
Filho único de um
carioca, Luiz, com
uma pernambucana,
Maria. No mais,
fundador da banda
de rock Louca
Sophia.
Quinta-feira passada (21)
meu “amigo de fé e irmão
c a m a r a d a ” ( l e i a - s e
computador) bateu as
botas do nada, de repente,
morte súbita. E agora me
flagro distante, recordando
o s n o s s o s m e l h o r e s
momentos jun tos e a
possível perda eterna de
fotos, vídeos e textos –
inclusive a coluna da vez –
arquivados nele ao longo
do tempo.
Mas, para não ficar só na
lamúria... (segue o clichê
“herético”) há males que
vem pro bem, vejamos:
Bastaram-se uns dias sem
caixote digital para que eu
mudasse de costume e
percebesse o tanto de
tempo que não lia um bom
livro virando suas páginas –
como em nossa revista – ao
invés de descer a barra de
rolagem, o tanto de tempo
que não ouvia meus CDs e
discos, curtindo o encarte
do primeiro e a magia do
segundo, o tanto de tempo
que não saia de casa para
curtir um dia de sol (similar
àquele que usava como
plano de fundo na área de
trabalho do falecido).
Enfim, refletindo, afirmo
sem sombra de dúvida ter
tirado proveito da “perda”.
Não que eu pretenda viver
sem tal tecnologia (o vício
segue f i rme e for te!) ,
porém, conciliá-la com a
“vida real”. Afinal, aqui
estou eu em pleno sábado
a noite, enfurnado numa lan
h o u s e t u m u l t u a d a ,
pagando r$ 2 reais a hora,
para escrever e enviar esse
texto ao Jeferson.
(risos) abraços!!!
QUE TAL ESTUDAR COM O
REV. PAULO CESAR LIMA
NA SUA IGREJA OU
CIDADE?
O SAL - SEMINÁRIO AVANÇADO PARA LÍDERES - É MINISTRADO PELO REV. PAULO CESAR LIMA.É UM CURSO QUE VIDA A PREPARAÇÃO DO OBREIRO PARA ATUAR NA SEARA DO SENHOR.
(21) 8647-6266 8156-6726
LIGUE PARA
« O Rev. Paulo Cesar Lima
é um dos mais conceituados
teólogos evangélicos do Brasil.
Estudar com ele é mais que uma
oportunidade. É um privilégio.»
« O que mais nos chama a atenção
no Rev. Paulo Cesar Lima é a sua humildade.
A simplicidade desse grande homem
de Deus nos cativa e nos faz
respeitá-lo.»
Pr. Flávio Constantino
Ev. Jeferson Costa
Wilson Peixoto Silva é
desenhista e ar t ista
plást ico. Um grande
profissional nessa área.
Aqui em REFLEXÕES
TEOLÓGICAS exibirá
suas charges sobre
ques tões soc ia i s e
atuais.
O Rev. Paulo Cesar Lima é Pastor Presidente da Catedral da Assembleia de Deus em Jardim Primavera; é Presidente da CMADERJE – Convenção de Ministros das Assembleias de Deus do Estado do Rio de Janeiro e outros. É doutor em Teologia pelo Living Light Bible College, USA; é Psicanalista Clínico, Jornalista e Licenciado em Filosofia. Como escritor já vendeu mais de 100 mil livros. Seus maiores sucessos foram “Os Mais Difíceis Temas da Bíblia” e “O Que Está Por Trás do G12”, ambos lançados pela CPAD.
Rev. Paulo Cesar Lima
u começo esta
Ematéria com o
filósofo alemão
que entrou para a história
como o mais nefasto dos
c r í t i c o s d a r e l i g i ã o :
Nietzsche. Há pelo menos
quatro coisas ditas por ele
s o b r e o c o m b i n a d o
religião/proibição no seu
livro “Anticristo” contra as
q u a i s n ã o p o d e m o s
argumentar e das quais
não podemos fugir, por se
tratarem de realidades
incontes táve is. Então
vejamos:
Primeiro ele diz que os
sacerdotes, abusando do
nome de Deus, criam uma
“vontade de Deus” universal,
dominante, que castiga ou
recompensa segundo o
grau de obediência. O
“sacerdote” abusa do nome
de Deus: chama “reino de
Deus” a um estado de coisas
no qual ele é quem fixa os
valores das coisas: chama
“vontade de Deus” aos
meios que ele (o sacerdote)
emprega para alcançar ou
manter tal estado de coisas;
com cinismo glacial, mede
os povos, as épocas, os
indivíduos conforme foram
ú t e i s o u r e s i s t i r a m à
preponderância sacerdotal.
PROIBIÇÕES RELIGIOSAS
E A CULTURA DO CASTIGO
Esta “vontade de Deus” passa a ser
a condição de conservação para o
poder do sacerdote.
Em segundo lugar Nietzsche
dec lara que os sacerdotes,
referindo-se à instituição religiosa
da sua época, ordenam tudo de tal
m o d o q u e s e t o r n a m
“indispensáveis em toda a parte”.
Em todos os acontecimentos
naturais da vida, o nascimento, o
casamento, a doença, a morte, para
não falar do sacrifício aparecem os
santos parasitas, nas palavras do
desesperado filósofo alemão, para
os “desnaturalizarem”, na sua
linguagem... para “os santificarem”.
Em terceiro lugar Nietzsche fala da
instituição religiosa que sobrevive
de sanções. D iz e le que o
sacerdote despreza, “profana”, a
natureza: só por esse preço existe.
A desobediência a “Deus”, isto é, ao
sacerdote, à “lei”, chama-se agora
“pecado”; os meios de “reconciliar-
se com Deus” são, como é justo,
meios que asseguram ainda mais
profundamente a submissão ao
sacerdote; só o sacerdote “salva”...
Em quar to e último lugar ele
declara que o sacerdote vive do
pecado. Em toda a sociedade
organizada sacerdotalmente, os
“ p e c a d o s ” t o r n a m - s e
indispensáveis: são propriamente os
instrumentos do poder. O sacerdote
“ v i v e ” p e l o s p e c a d o s , t e m
necessidade de que se “peque”...
Princípio supremo: “Deus perdoa ao
que faz penitência”, ou, por outro
modo: “ao que se submete ao
sace rdo te ” . Como pode se r
observado, a religião que Nietzsche
está a criticar (referindo-se à sua
época) é a que, segundo ele, mata a
Deus. Ela se desenvolve num
terreno completamente “falso”, onde
toda a natureza, todo o valor natural,
toda a “realidade” têm contra si os
inst intos mais profundos das
classes dirigentes, uma forma de
in imizade de mor te contra a
realidade.
O “deus” que Nietzsche deseja
enterrar é o “deus” institucionalizado,
privatizado pela religião dominante,
um anti-reino, que se insurge contra
os pobres e miseráveis da terra: os
excluídos. Quando Nietzsche
anuncia a morte de Deus, ele fala do
“deus que tem que morrer mesmo,
porque é o 'deus' das nossas
cabeças, o 'deus' inventado, o 'deus'
que não é vivo”, um “deus” segundo a
imagem e semelhança do homem.
Isto fica muito claro na sua oração,
traduzida por Boff no livro “Tempo de
Transcendência”, com o título “A
Oração ao Deus Desconhecido”.
Antes de prosseguir em meu
caminho e lançar o meu olhar para
a frente uma vez mais, elevo, só,
minhas mãos a Ti na direção de
quem eu fujo.
A Ti, das profundezas de meu
coração, tenho dedicado altares
fest ivos para que, em cada
momento, Tua voz me pudesse
chamar.
Sob re esses a l t a res es tão
gravadas em fogo estas palavras:
“Ao Deus desconhecido”.
Seu, sou eu, embora até o presente
t e n h a m e a s s o c i a d o a o s
sacrílegos.
Seu, sou eu, não obstante os laços
que me puxam para o abismo.
Mesmo querendo fugir, sinto-me
forçado a servi-Lo.
E u q u e r o T e c o n h e c e r ,
desconhecido.
Tu, que me penetras a alma e, qual
turbilhão, invades a minha vida.
Tu, o incompreensível, mas meu
semelhante, quero Te conhecer,
quero servir só a Ti.
Da colocação Nietzschiana acima,
depreendemos que as proibições
religiosas estão fundamentadas na
dicotomia recompensa e castigo e
tem a ver com um sistema de
manutenção de dependências. Ou
seja: para não ser castigado, eu
tenho que seguir, à r isca, as
proibições. Mas, como o homem é
fraco, e faz o que não quer e quer o
que não pode fazer, ele termina
voltando sempre para as mãos do
sacerdote, que, por sua vez, lhe
aplica o castigo e lhe faculta o
perdão.
SISTEMA DE ENCANTAMENTO,
D E S E N C A N T A M E N T O E
REENCANTAMENTO
A religião realiza o encantamento do
m u n d o , e x p l i c a n d o - o p e l o
maravilhoso e misterioso. O grupo
que detém o saber religioso, tornar-
se detentor do poder mais elevado: o
de encan ta r, desencan ta r e
reencantar o mundo. Por isso, num
primeiro momento, o poder religioso
concentra-se nas mãos de um só,
que possui também a autoridade
militar e o domínio econômico sobre
toda a comunidade.
À medida que as relações sociais se
tornam mais complexas, com
divisões sociais do trabalho e da
propriedade, o poder passa por uma
d iv i s ã o : u m g r u p o d e t é m a
autoridade religiosa e outro, a militar
e econômica. Porém, todo o saber da
comunidade é história sagrada,
interpretação da lei divina, rituais e
e n c o n t r a - s e n a s m ã o s d a
autoridade religiosa, que passa,
dessa maneira, a ser o braço
intelectual e jurídico indispensável
da autoridade econômica e militar.
Mas nada pode ser tão ruim quanto
a religião que esvazia o homem da
alegria, da espontaneidade, do
prazer, do amor, da comunhão com
seu vizinho, das atitudes mais
inocentes de carinho e amizade.
Uma religião que obriga alguém a
deixar de ser gente como qualquer
um outro; que o afasta do convívio
comum dos humanos; que o obriga
a agir de forma sectária com o
grupo social em que vive; que faz o
cristão ser implacável com as fa-
lhas humanas e até com as suas,
transformando a pessoa em
alienígena social, está totalmente
vazia de propósito cristão. O
legalismo consegue esvaziar uma
pessoa de suas maldades antigas,
mas a deixa completamente vazia
das virtudes cristãs. Isto porque a
le i não tem nenhuma força
libertadora – pois o homem que
vive segundo a lei, frequentemente
faz o contrário do que pensa. Ele
quer algo segundo a lei e faz
justamente o que não quer. O
homem submetido a lei é um
esquizofrênico, porque faz o que não
quer e quer o que não pode fazer
(Rm 7.15).
Na parábola da “Casa Vazia” Jesus
assevera que é sempre possível,
para quem vive de leis e normas
legalistas, ser povoado pelas
maldades mais irracionais e as
perversões mais hediondas. Pois
geralmente os que são muito
“escada da Penha”, “pagador de
promessas” , “ jus t iça própr ia ”
escondem maldades inomináveis e,
por con ta d isso, buscam os
caminhos da proibição, como forma
de se conterem.
O s f a r i s e u s e e s c r i b a s
transformaram a religião num
conjunto de normas insuportáveis,
convertendo a vida alegre em algo
deprimente; e o homem, em vez de
receber ajuda da religião, passa a
ser tor turado por ela. Não é
suficiente tirar as mazelas de um
jardim; é preciso semear e plantar
flores novas até ocupar o espaço
daquelas que foram destruídas. Em
nenhum outro lugar é isto tão certo
como no mundo dos pensamentos.
Muitas vezes somos perturbados
p o r m a u s p e n s a m e n t o s .
Comumente, a nossa reação contra
isso é ficar repetindo para nós
mesmos as palavras: “Não devo
pensar!” “Não posso pensar!” Porém
o que estamos fazendo é fixar mais
na nossa mente aquilo do qual
queremos nos livrar. A solução é
pensar em outra coisa e encher a
mente disso. Ou seja: vencemos o
mau pensamento pensando em
coisas boas. Isto porque não nos
tornamos bons deixando de fazer
certas coisas, mas fazendo as
coisas certas.
De acordo com o filósofo paulista
Paulo Ghiraldelli, na religião cristã
as prát icas sexuais são as
p re fe r idas como o foco de
proibições. Ora, o sexo deixa as
pessoas felizes e autoconfiantes, e
pessoas assim possuem pouca
vontade de procurar a igreja para
pedir algo e pagar para receber
milagres e coisas do tipo. As regras
de proibição se tornam então
meros arranjos para que a igreja
que visa dinheiro ainda se pareça
com uma entidade que sabe proibir
e, portanto, apareça na consciência
popular como sendo de fato uma
igreja. O resto fica por conta do
tamanho do templo e da oratória do
pastor.
A RELIGIÃO DO “NÃO PODE”
Na parábola da “casa vazia”
( M a t e u s 1 2 . 4 3 - 4 5 ; L u c a s
11.27,28), Jesus objetiva chamar a
atenção dos seus ouvintes para a
realidade de quem vive a religião do
“não pode”, mas que, no final, se vê
totalmente fragilizado e vulnerável
às tentações. A parábola retrata a
condição decadente da nação de
Israel na figura de um homem liberto
de demônio com vida melhorada,
reformada e modificada, mas com
a b s o l u t a a u s ê n c i a d a
transformação operada pelo poder
de Deus. Ou seja: os velhos ídolos
haviam sido banidos da nação, e não
havia mais idolatria aparente, como
antes do exílio babilônico. Mas
novos “deuses” haviam entrado em
cena – muito piores do que os
antigos: avareza, orgulho, provincia-
lismo, nacionalismo exacerbado,
sectarismo, radicalismo, legalismo,
ritos de purificação, sábado, jejum e
coisas semelhantes. A rigor, esses
novos ídolos são mais sutis e mais
perigosos do que os ídolos grotes-
cos e estranhos do paganismo.
O perigo de uma religião alienante é
que quase sempre se apresenta
negativamente com suas neuro-
regras do “não toque”, “não pode”,
“não faça”, “não vista”, “não prove”,
etc. (Colossenses 2.20,21).
O problema com uma religião desse
tipo é que “limpa” o homem mediante
proibições, restrições sobre todos os
seus maus hábitos e atitudes, mas
não pode mantê-lo limpo por muito
tempo.
O objetivo desta reflexão não é o de
passar a ideia de um cristianismo
sem lei e sem critérios, onde tudo é
reg ido pelos sent imentos e
emoções – pois o próprio Jesus
declarou que não veio para abolir a
lei, mas para cumpri-la. Todavia,
não podemos deixar de repudiar
um cristianismo saturado de
proibições extremamente legalista.
Segundo Jesus, a religião não pode
ser compreendida como a arte do
possível, que faz o homem pensar
que é só guardar algumas leis e
segui-las rigidamente e pronto: as
b ê n ç ã o s d e D e u s s ã o
conquistadas. Mais: a religião não
pode ser entendida como uma
cerca de proibições que tolhe toda
e qualquer iniciativa humana e
mortifica a liberdade.
Uma pessoa reformada pela
religião pode até fascinar muita
gente em face da sua melhora, mas
não a si própria, porquanto sabe o
e s f o r ç o q u e é m a n t e r a s
aparências.
Mas, de acordo com o ensino de
Jesus, libertação cristã não é você
deixar de fazer o que não pode,
porém é você não deixar de fazer o
que pode. Ou seja: libertação cristã
não é você deixar de fazer o mal,
mas é você vencer o mal com o bem.
É preciso deixar claro que Jesus,
nesta parábola, quer nos alertar
sobre os perigos de viver uma religi-
ão fundamentada tão somente em
proibições. Isto porque a religião
c a l c a d a e m p r o i b i ç õ e s
frequentemente se esvazia de
ações positivas.
O QUE ACONTECE QUANDO SE
PROÍBE DEMAIS
O que acontece quando alguém vive
uma religião fundamentada numa
mul t idão de reg ras, nor mas,
proibições, interdições?
1. O HOMEM TRANSFORMA-SE
NO AGENTE DA SUA PRÓPRIA
TRANSFORMAÇÃO. É mui to
comum alguém que tenta viver
segundo a lei preferir mais as suas
ideias acerca de Deus as ideias de
Deus acerca de si mesmo. Não é
aquilo que Deus acha, mas, sim, o
que ele acha do assunto. Por isso
mesmo o legalismo se constitui no
pior dos atos de rebelião contra
Deus. Pois lidamos com as bênçãos
de Deus como se fossem resultado
de nossos serviços prestados. Por
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isso quem vive de justiça própria
está sempre obcecado por mostrar
a comunidade a que pertence o
quanto é justo e reto, numa intermi-
nável demonstração de superiori-
dade. A implicação disso é que se
confunde habilidade humana com
potencialidade de Deus.
2. O HOMEM FICA NEURÓTICO
COM A PREOCUPAÇÃO DO “NÃO
FAZER”. Estranhamente, pessoas
há que se preocupam tanto com o
não fazer o mal que se esquecem
de fazer o bem.
Qualquer prática cristã que se erga
sob o infeliz preconceito do “não
faça” tende a inibir e bloquear os
atos espontâneos de bondade e de
solidariedade. O legalismo, além de
só apontar o que não se pode fazer,
fecha toda e qualquer possibilidade
de se fazer, razão por que o
l e g a l i s t a é e x t r e m a m e n t e
assombrado pelo medo, porque
está sempre diante do iminente
perigo de pecar.
Na realidade, tudo isso pode vir a
acontecer com uma pessoa nos
atos de obediência para conquistar
a salvação devido à forma negativa
de enxergar os Dez Mandamentos
(Ex 20.2-17; Dt 5.6,21). A forma da
l e i m o r a l , c o m o s e a c h a
p r i n c i p a l m e n t e n o s D e z
M a n d a m e n t o s , e r a
esmagadoramente negativa. Isto,
porém, nada tinha a ver com o tom
ou o alvo daquela lei. É sempre
muito mais fácil falar de restrições
usando poucas palavras do que
expô-las de forma prolixa, para não
passar a ideia de pouca liberdade.
Além disto, todo ato moral é, ao
mesmíssimo tempo, o refrear-se de
um modo contrário da ação, e a
adoção do seu oposto. Assim sendo,
não faria qualquer diferença se a lei
fosse co locada nega t iva ou
positivamente. Ademais, quando um
mal era proibido, como por exemplo,
o assassinato, aquela lei não era
cumprida quando as pessoas
meramente se abst inham de
violentamente arrancar a vida do
seu próximo. Somente era cumprida
quando homens e mulheres faziam
tudo quanto lhes era possível para
ajudar a vida dos seus vizinhos. A
inatividade no campo moral nunca
poderá ser o cumprimento da lei;
isso é equivalente a um estado de
morte.
A TEOLOGIA DO “GRANDE PAI”
Apesar dos avanços do pensamento
teológico no Brasil, é sabido por
todos nós – quer admitamos ou não
– que somos ainda controlados
pela cultura judaico-cristã, que
exerce influência fundamental em
nosso modus vivendi e modus
faciendi. Quando eu digo cultura
j u d a i c o - c r i s t ã , r e f i r o - m e à
cosmovisão, es t i lo de v ida,
estereótipos, maneira de encarar a
lei, a obediência, o pai, a mãe, a
mulher, a irmã, o líder... . Falo assim
porque nosso viver religioso é
muito mais judaico do que cristão.
Isto porque não conseguimos ser
cristãos pelas propostas de Jesus.
Vivemos, até hoje, debaixo de um
arquétipo2 teológico que reproduz
um inconsciente coletivo ao qual
ainda estamos submetidos. Eu
chamo essa cultura de opressão de
“a teologia do 'Grande Pai'”.
A teologia do “Grande Pai” é aquela
em que o pai tem domínio sobre
tudo e todas as coisas. O pai é
agente absoluto. A boa relação
com ele é uma questão de vida ou
morte. Por ser judaico-cristã, essa
teologia tem a boia patriarcal – o
pai é a referência emblemática do
clã – e por isso figura como o mais
importante símbolo de poder. Por
isso mesmo ainda que o pai morra
fisicamente, não deixa de ter sua
influência sobre o grupo.
Para explicar ao leitor onde eu quero
chegar com esta proposta, nesta
pequena reflexão, tenho que fazer
parada obrigatória em um dos textos
antropoides de Freud – Totem e
Tabu. Freud (1913), ao escrever
sobre “Totem e Tabu”, tinha o objetivo
de só falar sobre a origem do
t o t e m i s m o n a s p r i m e i r a s
civ i l izações. Só que as suas
pretensões transcendem os limites
d e s e j a d o s i n i c i a l m e n t e e
estabelecem, mesmo sendo contra
a sua vontade, pressupostos sobre a
origem da religião. Hoje este escrito
– que, na época, não causou tanto
impacto – é considerado leitura
perigosa.
O vienense Sigmund, fazendo
v ia gem an t ropo lóg i ca pe las
c i v i l i z a ç õ e s h u m a n a s m a i s
primitivas, percebeu que os homens,
desde eras remotas, aceitam
passivamente proibições que lhes
s ã o i m p o s t a s s e m m e s m o
indagarem sobre a origem delas.
“Tudo é proibido, e eles não têm
nenhuma ideia por quê e não lhes
ocorre levantar a questão. Pelo
c o n t r á r i o , s u b m e t e m - s e à s
proibições como se fossem coisa
natural e estão convencidos de que
q u a l q u e r v i o l a ç ã o t e r á
automaticamente a mais severa
punição.”
Os tabus para valerem, sempre se
associam com os “espíritos, o
sobrenatural porque esperava-se
que a penal idade proviesse
automaticamente do poder divino.
“A violação de um tabu transforma
o próprio transgressor em tabu
(...)”. Certos perigos provocados
pela violação podem ser evitados
por atos de expiação e purificação.
A CULTURA DO CASTIGO
A cultura do castigo origina-se da
crença em uma divindade que
pune. Por convenção, insistimos em
acreditar que todo erro tem que ser
punido.
Para os antigos hebreus, as
e n f e r m i d a d e s e s t a v a m
in t imamente assoc iadas ao
pecado. As enfermidades eram
consideradas resultado da ira de
Deus. Acreditavam que Deus era
sempre a Causa Final por trás de
uma enfermidade, mesmo que
alguma agência física fosse
considerada a força por trás de uma
enfermidade. Também desprezavam
quase totalmente o livre arbítrio do
ser humano que o torna agente ativo
e responsável pelos seus atos. Esta
forma de os antigos pensarem
baseava-se fundamentalmente no
fato de que tudo estava diante da
presença de Deus.
A verdade fundamental de tudo
quan to apresen tamos sobre
“proibições rel ig iosas” é que
qualquer rel igião calcada em
proibições frequentemente se
esvazia de ações positivas.
Concluo, portanto, dizendo que esta
matéria não tem por objetivo eximir
pessoas de suas obrigações éticas,
de valores cristãos que devem ser
c u l t i v a d o s , a m p l i a d o s e
experienciados na própria vida, nem
sequer incentivar qualquer tipo de
conduta d iscrepante com os
princípios ensinados pelo Filho de
Deus; antes, nossa meta-alvo com
esta crônica é fazer crítica visceral a
toda religião que, em nome de
verdades pessoais, subjetivas,
proíbe o que Deus permite e permite
o que Deus proíbe.
Rev. Paulo Cesar Lima
por leonardo da silvaTEOLOGIA E MISSÃO
Leonardo da Silva
s e r v e a D e u s
como Evangelista
na Catedral da
Assembleia de
Deus em Jardim
P r i m a v e r a , é
c a s a d o c o m
Isabela Barreto,
p a i d e M a r i a
Clara, bacharel
em teologia no
S e m i n á r i o
Teólogico Livre
L U T E R A N D O .
Escritor de vários
c o m e n t á r i o s
teológicos.
Nes ta Rev i s ta
e s c r e v e r á n a
c o l u n a
CONSTRUICIDA
DES.
A teologia é a atividade da
igreja que se dá no interior
de sua missão, isto é, no
i n t e r r e g n o d e s u a
existência temporal por
causa de sua missão. Essa
reflexão que se dá na
comunidade da fé em
relação com a comunidade
humana tem um propósito.
A teologia não se fixa num
determinado momento da
historia da igreja, mas é
sempre refeita em cada
nova geração. A par tir
dessa reflexão, a igreja
procura comunicar os dons
que acredita possuir ao
m u n d o i n t e i r o . E s s e
dinamismo comunidade da
fé - comunidade do mundo
da obra teológica depende
de cer tas convicções
próprias ao mundo cristão.
Pois a igreja existe por
causa do mundo e o
mundo só tem sentido
pleno na consumação em
Deus. A Historia do mundo
adquir i assim sent ido
d i v i n o . A s
Escrituras falam
do Deus que cria o mundo,
a fé na historia, e encarna
pela salvação de todos os
elementos narrados nas
Escrituras e estes não são
de ordem eclesiástica, são
mundanas segundo os
autores sagrados e não
apenas da igreja. Poder-
se-í-a dizer que só se
interessa da igreja na
medida em que ela faz
parte do mundo e se torna
veículo da missão de Deus
no mundo.
A teologia não se fixa num determinado momento da historia da igreja, mas é sempre refeita em cada nova geração.
« «
A teologia ao ser engendrada no
contes to do mundo, dá no
contexto de um mundo visto como
objeto do amor de Deus. Um
mundo levado por Deus ao seu fim
em meio de contradições e
rebeldia. É no contexto da missão
de Deus no mundo que a reflexão
t e o l ó g i c a r e l a c i o n a n d o a
experiência da fé com a humana
universal, vem a ser instrumento
da compreensão de nossa vida e
destino.RT
PENSO EM AUTOELÉTRICA?
PENSOU EM STAUROS!
Auto Elétrica
StaurosSEU CARRO NAS MÃOS CERTAS
ESPECIALIZADA EM TODAS AS MARCAS
NACIONAIS E IMPORTADAS
Direção: Léo e Cléber
(21) 8832-9098 / 9902-9472 /7885-5047 / id 935*14860
PENSOU EM GRÁFICA?
PENSOU HABITAT VISUAL!!