Reforma trabalhista começa a valer em novembro · prévio e metade da multa de 40% sobre o saldo...

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SEM SINDICATO TRABALHADOR NÃO TEM FORÇA! Reforma trabalhista começa a valer em novembro Os 33,3 milhões de brasileiros hoje empregados com carteira assinada devem sentir, ainda este ano, os efeitos das mudanças da CLT aprovadas pelo Governo. A Reforma trabalhista passa a valer em novembro e pode alterar regras de contratos que já estão em vigor. Isso porque, embora boa parte dos pontos dependa de um acordo com participação dos sindicatos, outros podem ser negociados de forma individual, sem a necessidade de intervenção das entidades. É o caso de itens como banco de horas, parcelamento de férias e demissão em comum acordo. Veja as principais mudanças: FÉRIAS » As férias poderão ser fracionadas em até três períodos; JORNADA » Jornada diária poderá ser de 12 horas; TRABALHO INTERMITENDE » O trabalhador poderá ser pago por período traba- lhado, recebendo pelas horas ou diária; TRABALHO REMOTO » Tudo o que o trabalhador usar em casa será formalizado com o patrão via contrato, como equipa- mentos e gastos com energia e internet, e o controle do trabalho será feito por tarefa. DEMISSÃO » O contrato de trabalho poderá ser extinto de comum acordo, com pagamento de metade do aviso prévio e metade da multa de 40% sobre o saldo do FGTS. O empregado poderá movimentar até 80% do valor depositado pela empresa na conta do FGTS, mas não terá direito ao seguro-desemprego. TERCEIRIZAÇÃO » Após a quarentena de 18 meses, a empresa pode demitir o trabalhador efetivo para recontratá-lo como terceirizado. AÇÕES NA JUSTIÇA » O trabalhador será obrigado a comparecer às audiências na Justiça do Trabalho e, caso perca a ação, arca com as custas do processo. Para os chamados honorários de sucumbência, devidos aos advogados da parte vencedora, quem perder a causa terá de pagar entre 5% e 15% do valor da sentença. Em julho o Sindicato dos Empregados no Comércio de Porto Alegre completou 85 anos de fundação e, apesar do momento político e econômico pelo qual o país está passando, que não sustenta motivo algum para festa, reunimos a categoria para comemorar. Comemorar, sim! Celebrar a trajetória de um sindicato que há mais de oito décadas tem honrado o compromisso de defen- der a categoria comerciária e lutar pela garantia e ampliação das conquistas. Sempre estivemos inseridos nas principais lutas e, na batalha travada contra a Reforma trabalhista, infelizmente aprovada pelo Senado, não foi diferente. Não nos calamos. Fomos às ruas alertar a população, fomos à Brasília pressionar os deputa- dos, fizemos paralisação, participamos de atos e temos o sentimento de consciência limpa quanto ao nosso papel de repre- sentar e lutar pelos trabalhadores. Com a aprovação da Reforma trabalhista, que representa um retrocesso e degradação da CLT, o futuro é incerto. Muitos podem concluir que as entidades sindicais estão somente preocupadas com o fim da contribuição sindical obrigatória. Este é um ponto crucial no debate, mas não se trata somente disso. São 117 artigos da CLT que foram alterados prejudicando os trabalhadores. O fim da contribuição é só mais um artifício que, no final das contas, vai arrematar ainda mais o prejuízo para a classe trabalhadora, que não terá uma entidade fortalecida e com poder aquisitivo para oferecer assistência médica, jurídica, educacional, enfim, serviços que em 85 anos de história o Sindec sempre oportunizou para a categoria. Por isso, mais do que nunca, o momento é de reflexão. Nesse país, onde o governo está claramente a serviço da classe patronal e do capital internacional, de que lado a corda tende a arrebentar? A nossa atuação e investimento em prol dos comerciários só se manterá forte o suficiente se tivermos vocês ao nosso lado. A CORDA ARREBENTA SEMPRE DO LADO MAIS FRACO Nilton Neco - Presidente do Sindec-POA Secretário de Relações Internacionais da Força Sindical Secretário-geral da ADS

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SEM SINDICATO TRABALHADOR NÃO TEM FORÇA!Reforma trabalhista começa a valer em novembro

Os 33,3 milhões de brasileiros hoje empregados com carteira assinada devem sentir, ainda este ano, os efeitos das mudanças da CLT aprovadas pelo Governo. A Reforma trabalhista passa a valer em novembro e pode alterar regras de contratos que já estão em vigor. Isso porque, embora boa parte dos pontos dependa de um acordo com participação dos sindicatos, outros podem ser negociados de forma individual, sem a necessidade de intervenção das entidades. É o caso de itens como banco de horas, parcelamento de férias e demissão em comum acordo.

Veja as principais mudanças:

FÉRIAS» As férias poderão ser fracionadas em até três períodos;

JORNADA» Jornada diária poderá ser de 12 horas;

TRABALHO INTERMITENDE» O trabalhador poderá ser pago por período traba-lhado, recebendo pelas horas ou diária;

TRABALHO REMOTO» Tudo o que o trabalhador usar em casa será formalizado com o patrão via contrato, como equipa-

mentos e gastos com energia e internet, e o controle do trabalho será feito por tarefa.

DEMISSÃO» O contrato de trabalho poderá ser extinto de comum acordo, com pagamento de metade do aviso prévio e metade da multa de 40% sobre o saldo do FGTS. O empregado poderá movimentar até 80% do valor depositado pela empresa na conta do FGTS, mas não terá direito ao seguro-desemprego.

TERCEIRIZAÇÃO» Após a quarentena de 18 meses, a empresa pode demitir o trabalhador efetivo para recontratá-lo como terceirizado.

AÇÕES NA JUSTIÇA» O trabalhador será obrigado a comparecer às audiências na Justiça do Trabalho e, caso perca a ação, arca com as custas do processo. Para os chamados honorários de sucumbência, devidos aos advogados da parte vencedora, quem perder a causa terá de pagar entre 5% e 15% do valor da sentença.

Em julho o Sindicato dos Empregados no Comércio de Porto Alegre completou 85 anos de fundação e, apesar do momento político e econômico pelo qual o país está passando, que não sustenta motivo algum para festa, reunimos a categoria para comemorar.Comemorar, sim! Celebrar a trajetória de um sindicato que há mais de oito décadas tem honrado o compromisso de defen-der a categoria comerciária e lutar pela garantia e ampliação das conquistas.Sempre estivemos inseridos nas principais lutas e, na batalha travada contra a Reforma trabalhista, infelizmente aprovada pelo Senado, não foi diferente. Não nos calamos. Fomos às ruas alertar a população, fomos à Brasília pressionar os deputa-dos, fizemos paralisação, participamos de atos e temos o sentimento de consciência limpa quanto ao nosso papel de repre-sentar e lutar pelos trabalhadores.Com a aprovação da Reforma trabalhista, que representa um retrocesso e degradação da CLT, o futuro é incerto. Muitos podem concluir que as entidades sindicais estão somente preocupadas com o fim da contribuição sindical obrigatória. Este é um ponto crucial no debate, mas não se trata somente disso.São 117 artigos da CLT que foram alterados prejudicando os trabalhadores. O fim da contribuição é só mais um artifício que, no final das contas, vai arrematar ainda mais o prejuízo para a classe trabalhadora, que não terá uma entidade fortalecida e com poder aquisitivo para oferecer assistência médica, jurídica, educacional, enfim, serviços que em 85 anos de história o Sindec sempre oportunizou para a categoria.Por isso, mais do que nunca, o momento é de reflexão. Nesse país, onde o governo está claramente a serviço da classe patronal e do capital internacional, de que lado a corda tende a arrebentar? A nossa atuação e investimento em prol dos comerciários só se manterá forte o suficiente se tivermos vocês ao nosso lado.

A CORDA ARREBENTA SEMPRE DO LADO MAIS FRACO

Nilton Neco - Presidente do Sindec-POASecretário de Relações Internacionaisda Força SindicalSecretário-geral da ADS

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No dia 9 de julho a família comerciária se reuniu para comemorar 85 anos de história do Sindicato dos Empregados no Comércio de Porto Alegre. A festa aconteceu no Centro de Eventos Casa do Gaúcho num dia ensolarado e muito especial para a categoria.O ponto alto da festa foi o show “Ventiladores da Alegria”, com os The Voice Kids Anna Lira, Luis Arthur Seidel e Arthur Lima que encantaram a família comerciária com uma apresentação digna de aplausos.Durante a comemoração também foi o momento da diretoria agradecer aos comerciários e reforçar o compromisso da enti-dade com os trabalhadores.“Diante dos últimos acontecimentos do nosso país não temos muito que comemorar, mas não poderíamos deixar passar a data que marca 85 anos de luta de um sindicato que está à frente da categoria buscando a garantia dos seus direitos. Por isso, estejam ao lado da nossa diretoria. Com certeza absoluta vamos continuar lutando firme e forte ao lado de vocês para manter nossos direitos”, afirmou o Presidente da entidade, Nilton Neco.O Secretário-geral do Sindec-POA, Clàudio Janta, reforçou que além da luta sindical, o Sindec atua em outras frentes para melhorar a vida dos comerciários.“Além de ser o timoneiro nesses 85 anos de luta pelos direitos dos comerciários, o Sindec teve papel importante para políti-cas em benefício de toda a população de Porto Alegre. A ampliação do atendimento nos Postos de Saúde e a Escola de Tempo Integral são dois exemplos! Temos muito o que comemorar e muito a olhar para frente, para que o sindicato siga na condução destas vitórias! Parabéns, comerciários, seguimos na luta”, disse Janta.

85 Anos

DOAÇÕES DOS COMERCIÁRIOS SÃO ENTREGUES PARA INSTITUIÇÃO DO CAMPO DA TUCA

Graças à solidariedade dos comerciários, que colaboraram com doações de roupas e alimentos durante a comemoração dos 85 anos do Sindec, a Escola de Educação Infantil Campo da Tuca pode abastecer a despensa que é fonte de alimento para centenas de crianças.O Presidente Nilton Neco, juntamente com o Secretário-geral Clàudio Janta, diretores Sandra Medeiros, João Vilmar, Ezequias Machado e colaboradores Sérgio Costa e Thiago Silva, fizeram a entrega das doações arrecadadas.Foram entregues, além de agasalhos e brinquedos, mais de 300Kg de farinha de trigo que serão destinados à produção de pães na própria panifi-cadora da Instituição. Os diretores do Sindec lembraram que a ação foi possível devido à mobilização da categoria comerciária.

QUEM QUISER CONTRIBUIR

DIRETORIA REFORÇACOMPROMISSO EM DEFENDEROS DIREITOS DA CATEGORIA

ESCOLA DE EDUCAÇÃO INFANTIL CAMPO DA TUCAÉ mantida pela Associação Comunitária do Campo da Tuca, que também desenvolve outros projetos sociais dentro da comunidade, todos eles financiados por doações e voluntários. Quem tiver interesse em ajudar pode entrar em contato pelo telefone (51) 3384 6118 ou ir até a Escola, Rua D nº 200 (CEP: 91510480).

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Na Itália, Neco manteve reuniões com o secretário-geral da UIL, Carmelo Barbagalo, e com o secretário internacional da CISL, Juliano Giuseppe. Na França os encontros foram com a secretária inter-nacional da Força Ouvrière, cra. Andree Thomas, e representantes da Federação da Construção Civil filiados à FO, finalizando com visita à sede da CFDT, onde manteve reunião com o secretário internacional para as Américas da CFDT, Mariano Fandos.Segundo Neco, secretário-geral da ADS, Secretário de Relações Internacionais da Central e Presidente do Sindec-POA, o principal objetivo foi debater, com todas as centrais sindicais, de diversas tendências na Europa, a conjuntura atual no Brasil, a crise eco-nômica internacional e a crise de liderança no sindi-calismo internacional na CSI, além da importância da ADS nas Américas.

Durante os três dias do 8º Congresso Nacional da Força Sindical, realizado em junho em Praia Grande/SP, os 2.392 delegados inscritos, de 28 delegações, incluindo a estrangeira, debateram o Projeto de Resolução, que norteou as discussões. O Congresso terminou com a eleição da chapa que ficará à frente da Central pelos próximos quatro anos. O Presidente Nacional Paulo Pereira da Silva foi reeleito. A Executiva Nacional conta com membros do Sindicato dos Emprega-dos no Comércio de Porto Alegre, o que reforça a grandeza e representatividade do sindicato na defesados trabalhadores.

NECO DEFENDE UNIÃO DOS TRABALHADORESDURANTE INTERCÂMBIO SINDICAL NA EUROPA

SINDEC TEM REPRESENTAÇÃO NA NOVA DIREÇÃO DA FORÇA SINDICAL

Nilton Neco (Presidente do Sindec-POA e Secretário-geral da ADS) Cargo: Secretário de Relações Internacionais da Força Sindical; Clàudio Janta (Secretário-geral do Sindec-POA e Presidente da Força Sindical-RS) Cargo: Vice-presidente da Força Sindical;Valdir Lima (Diretor Jurídico do Sindec-POA) Cargo: 4º Secretário de Saúde e Segurança do Trabalho da Força Sindical; Alex Alves (Diretor do Sindec-POA) Cargo: Secretário de Políticas para a Juventude da Força Sindical;Marcelo Avencurt Furtado (Diretor de Formação Sindical do Sindec-POA) Cargo: 4º Secretário de Meio Ambiente da Força Sindical.Membros da Diretoria: Tânia Ledi Ruchinsque, José Américo Cordeiro e Luís Carlos Barbosa.

Confira os representantes:

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Sindicato dos Empregados no Comércio de Porto Alegre Rua General Vitorino, 113 - Centro - Fone: (51) 3254-5500

PRESIDENTE Nilton Neco JORNALISTA RESPONSÁVEL Gabriella Oliveira MTE 16.332 TEXTOS Gabriella Oliveira MTE 16.332 | DIAGRAMAÇÃO

Fotos: Ana Cristina Silva

Comerciários aprovamprestação de contas do exercício 2016Os comerciários do Sindec-POA aprovaram, por unani-midade, a prestação de contas e o parecer do conselho fiscal da entidade em assembleia ordinária realizada no dia 29 de junho.Os trabalhos foram liderados pelo secretário-geral do Sindec-POA, Clàudio Janta e pelo tesoureiro José Améri-co Cordeiro. A prestação de contas do exercício 2016 foi apresentada aos associados. Na sequência houve a exposição do parecer do conselho fiscal e logo os comer-ciários votaram depositando as cédulas na urna.“Mesmo com todas as dificuldades, o sindicato procura honrar a arrecadação dos trabalhadores. Investimos em melhorias no departamento médico e odontológico, fize-mos readequação na creche, estamos revitalizando a colônia de férias em Rondinha e o setor de homologação está à disposição da categoria, porém tem que ficar claro para o trabalhador que o fim do imposto também compro-mete a continuidade desses serviços", ponderou Janta.

A Sede Esportiva e Recreativa do Sindec-POA, em Ipane-ma, foi palco para o “Arraiá” dos Grupos Maturidade Ativa do Sesc Centro, Redenção, Centro Histórico e Ipanema, este último, uma parceria entre o sindicato e o Sesc, iniciada no ano passado com o intuito de promover a convivência sadia entre os idosos e aposentados.A organização contou com a facilitadora do projeto, Jéssi-ca Finger. Representando o Sindec, participaram os diretores Fernando Marques Gonçalves, Sandra Medeiros e Hilza Morais.

Durante uma fiscalização de rotina, os fiscais do Sindec averiguaram que uma comerciária do Mercado Justin não recebia auxílio-creche da empresa. Por intermédio da fiscalização, a empresa realizou o pagamento do período de maio de 2016 a julho de 2017, totalizando o valor de R$1.441, 81.

Uma comerciária da loja Rana Modas recorreu ao SPC pois a empresa reduziu o seu salário e carga horária. A fiscalização do Sindec analisou o caso e constatou se

Serviço de Proteçãoao Comerciário

Sindec sedia Arraiá do Grupo Maturidade Ativa

Interessados em fazer parte do Grupo em Ipanema, podem entrar emcontato com o Sindecpelo telefone 3254 5528 ou se informar pessoalmente na Rua General Vitorino, 113/ 5º andar(com Sandra ou Hilza).

tratar de unicidade contratual, sendo válido, portanto, o primeiro contrato. A comerciária recebeu a diferença no valor de R$8658,83, referente ao período de dez/2015 a set/2016.

O comerciário da Tipo Veículos trabalhou de 18/01 a 9/03, tendo sido dispensado verbalmente nesta última data pelo empregador. O Sindec notificou a empresa e solicitou o reconhecimento espontâneo do vínculo e desligamento do empregado. Ele recebeu o valor de R$2.131,00, referente a verbas rescisórias, mais R$473,73 de FGTS.

Veraz Comunicação | Agosto/2017