Reformas Religiosas

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 REFORMAS RELIGIOSAS Prof essor José E.M. Knust

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REFORMAS RELIGIOSAS

Professor José E.M. Knust

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ROTEIRO DE ESTUDO PARA ESTA AULA:1

. Religião e Poder naEuropa antes dasReformas

A. Transformações naReligiosidade

I. Crítica à Igreja CatólicaII. Tentativas de Reforma na

Igreja Católica

B. Religião e Política

2.

As ReformasProtestantesA. Luteranismo

I. As Idéias de LuteroII. O Rompimento com a

Igreja Católica

B.

AnabatistasC. CalvinismoD. Reforma AnglicanaE. Disseminação das idéias

da Reforma

3. Católicos e Protestantesna Europa Moderna

A. Reforma e contrarreformaCatólicas

B. Repressão e Intolerânciareligiosa

C. Guerra e Religião naEuropa

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1. RELIGIÃO E PODER NAEUROPA ANTES DAS REFORMAS

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POR QUE ACONTECEU A REFORMA?

´A questão das causas da Reforma é complexa. Paratentar resolvê-la é preciso ir direto ao essencial. OProtestantismo dá ênfase a três doutrinas principais: a

 justificação pela fé, o sacerdócio universal, a infalibilidadeapenas da Bíblia. Esta teologia respondia certamente àsnecessidades religiosas do tempo, sem o que ela não teriaconhecido o sucesso que foi o seu.A tese segundo a qual os Reformadores teriam deixado a

Igreja romana porque ela estava repleta de devassidões eimpureza é insuficiente.µ

Jean Delumeau, Nascimento e Afirmação da Reforma, p.59.

Análise de Historiadores sobre esta época ² Análise 1 

Questão 01

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 A) TRANSFORMAÇÕES NA

RELIGIOSIDADE´ A grande mortalidade e as

transformaçõeseconômicas e sociais

levaram a transformaçõesna religiosidade doseuropeus no final da IdadeMédia.

´ Ganhou força uma grandepreocupação com asalvação das almas. A morte enterra mais uma vítima

(representação do século XV)

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I) CRÍTICAS À IGREJA CATÓLICA

´ A Igreja Católica tevedificuldades para seadaptar às mudanças na

religiosidade popular.´ Críticas à corrupção da

Igreja tornaram-se cadavez mais comuns, em

especial as críticas àvenda de indulgências.

Venda de indulgências

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John Wycliffe: teólogoinglês crítico da influênciada Igreja sobre assuntosseculares e tradutor daBíblia para o Inglês.Acabou protegido daperseguição papal por suainfluência no Parlamento ena Corte ingleses.

 

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Contudo, no Concílio de Constança Wycliffe (mesmo já morto) foi

 julgado herético e seus ossos foram exumados e queimados.

 

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No mesmo Concílio JonHus, líder de ummovimento reformadorna Alemanha, tambémfoi consideradoherético e condenado àfogueira.

 

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Retrato de Erasmo de Roterdã,Humanista Católico crítico da vendade indulgências

 

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CRÍTICA A VENDA DE INDULGÊNCIAS

´Persuadidos dos perdões e das indulgências, aonegociante, ao militar, ao juiz, basta atirarem a umabandeja uma pequena moeda para ficarem tão limpos etão puros dos seus numerosos roubos como quandosaíram da pia batismal. Tantos falsos juramentos, tantasimpurezas, tantas bebedeiras, tantas brigas, tantosassassínios, tantas imposturas, tantas perfídias, tantastraições, numa palavra, todos os delitos se redimem com

um pouco de dinheiro, e de tal maneira se redimem que se julga poder voltar a cometer de novo toda sorte de másaçõesµ

Erasmo de Roterdam, Elogio da Loucura

Textos escritos na época (fontes primárias) ² Fonte 1 

Questão 02

 

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VENDA DEINDULGÊNCIAS

 

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 A CRISE ESPIRITUAL

DA IGREJA CATÓLICA´Toda a Igreja ocidental estava envolvida de alto a baixonuma crise de confiança. (...) De qualquer modo (...) ofracasso mais fundamental da Igreja não residia na suariqueza, no seu mundanismo, na sua imoralidade umtanto exagerada (...) residia sim na sua total incapacidadede proporcionar paz e consolação a gerações conturbadasnuma era de incerteza. A peste, a guerra, o declínioeconômico marcavam o fim da Idade Média cominequívoco mal-estar espiritual. (...)

O misticismo e o milenarismo ameaçavam o controle daIgreja sobre as almas; entre os cultos, o humanismominava o respeito pela sua autoridade e saber.µ

G.R. Elton, A E uropa durante a Reforma, p.23-25.

Análise de Historiadores sobre esta época ² Análise 2

Questão 03

 

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II) TENTATIVAS DE REFORMA DA IGREJA

CATÓLICA´ Disputas internas e a inserção cada

vez mais escancarada dasquestões eclesiásticas na política

secular também minavam aconfiança na Igreja.

´ Setores de dentro e de fora daestrutura eclesiástica começaram a

defender uma reforma da estruturada Igreja, idéia que continuou fortepor séculos sem levar a mudançasde maior significado.

Gregório XIIJoão XXIII e Bento XIII

A Igreja Católica chegou a estar dividida entretrês papas reconhecidos por setores diferentes da Igreja

 

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Concílio de Constança:Convocado para por fimao Cisma e discutirreformas que fizessem

frente às críticas deWycliffe e Hus.

 

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CONCÍLIO DE CONSTANÇA E

 A TENTATIVA DE REFORMAR A IGREJAO concílio de Constança (1414-1418) não se reuniraapenas para por fim ao cisma; tivera também o objetivode condenar as doutrinas hussitas e, mais ainda, de

realizar o desejo, já há tanto tempo expresso, de´reformar a Igreja na sua cabeça e nos seus membrosµ.Ora a impotência pontificial e a anarquia que reinava naCristandade davam, precisamente, uma oportunidade aomovimento conciliar, que defendia a subordinação daautoridade do Papa ao livre consentimento do povocristão. Já antes da reunião do concílio universitárioseminentes tinham pedido a convocação de assembléiaseclesiásticas que supervisionassem o governo da Igreja.

Jean Delumeau, A civi lização do Renascimento, p.122.

Questão 04

Análise de Historiadores sobre esta época ² Análise 3

 

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B) RELIGIÃO E POLÍTICA

´ A Igreja e sua estrutura depoder, com o Papa acima,eram importantes no jogopolítico europeu.

´ Com a ascensão de novospoderes, as monarquias, osconflitos de interesseaumentaram, levando muitos

poderes locais a ver o papadocomo um poder estrangeiro eintrometido.

Papa Gregório VII proibiu as monarquias de

interferir na nomeação do clero, causando conflitos(em especial com o Imperador do Sacro-Império)

 

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O ´AntipapaµClemente III eo Imperador

Henrique IVse unem paraexpulsarGregório VII

Questão 05

 

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2. AS REFORMAS PROTESTANTES

 

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 A) LUTERANISMO

I) AS IDÉIAS DE LUTEROJustificação pela Fé´ Lutero era um monge católico

muito preocupado com a

questão da Salvação.´ Ele não achava possível

compensar todos os pecadoshumanos através das boas

ações.´ A partir disso Lutero

desenvolveu a idéia de que asalvação vinha pela graça

divina, alcançada pela Fé.Retrato de Martinho Lutero

  

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LUTERO E A QUESTÃO DA SALVAÇÃO DAS ALMAS

´Esses ensinamentos [sobre salvação da alma depender davontade humana] em breve deixaram de satisfazer Lutero,que viria a revolucionar a teologia, em virtude de seencontrar perante Deus num estado de desespero. Queriaassegurar-se da sua aceitação, mas só conseguia descobrirem si a certeza do pecado e em Deus a justiça inexorávelque tornava fúteis todos os seus esforços dearrependimento e a sua procura da misericórdia divina. (...)Quando encontrou a resposta, ela brotou diretamente doseu total sentimento de desamparo perante Deus (...)compreendeu que ¶a justiça divina· não queria dizer a ira de

Deus ante o pecado, mas sim o Seu desejo de tornar opecador justo pela força do Seu amor conferido livrementeao verdadeiro crente. Lutero defendia que o homem só se

 justificava (salvava) através da fé.µ

G.R. Elton, A E uropa durante a Reforma, p.14.

Análise de Historiadores sobre esta época ² Análise 4 

  

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LUTERO E A INCAPACIDADE DE SALVAR A ALMA ATRAVÉS DAS BOAS OBRAS

´Portanto, de nada serve à alma se o corpo se cobre devestes sagradas como fazem os sacerdotes e religiosos,nem tampouco se ela permanece nas igrejas e lugaressagrados, tampouco se ela lida com coisas sagradas, nemtampouco se fisicamente faz orações, jejua, faz

peregrinações e pratica todas as boas ações queeternamente poderiam ocorrer no e através do corpo.Nem no céu, nem na terra resta à alma outra coisa a nãoser viver e ser justa, livre e cristã, segundo o SagradoEvangelho (...) Assim, passamos a ter certeza de que a alma

pode prescindir de todas as coisas, menos da Palavra deDeus e fora a Palavra de Deus nada mais pode auxiliá-la.µ

Lutero, Da liberdade do Cristão.

Textos escritos na época (fontes primárias) ² Fonte 2

Questão 07

 

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LUTERO E SUA VISÃO

NEGATIVA SOB

RE O HOMEM

´A base da teologia de Martinho Lutero reside na idéia decompleta indignidade do homem, cujas vontades estão

sempre escravizadas ao pecado. A vontade de Deuspermanece sempre eterna e insondável e o homem jamais pode esperar salvar-se por seus próprios esforços.µ

Adaptado de Quentin Skinner, As fundações do pensamento polí tico moderno,p.288-290.

Análise de Historiadores sobre esta época ² Análise 5

Questão 06

 

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 A) LUTERANISMO

I) AS IDÉIAS DE LUTEROSacerdócio Universal´ Lutero questionava a

legitimidade da estruturaeclesiástica.

´ Defendia uma relação maisdireta entre crente e Deus,sem intermediários.

´ Possíveis sacerdotes sóteriam o papel de ajudarnessa relação, e não deintermediá-la. Culto em uma igreja Luterana:

papel do pastor é diferente dopapel do Padre Católico

 

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 A) LUTERANISMO

I) AS IDÉIAS DE LUTEROInfalibilidade apenas da

Bíblia´

Como negava alegitimidade da estruturaeclesiástica, Luterodefendia que apenas aBíblia era fonte da Fé e

infalível ² o Papa e aestrutura da Igreja nãodeviam ser tratados comotal. Bíblia traduzida para o Alemão por Lutero

 

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LUTERO

PREGA SUASTESES(PINTURA DOSÉCULO XIX)

 

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Edição do século XVI das teses de lutero

 

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 ALGUMAS DAS 95 TESES DE LUTERO

Tese 6: O papa não tem o poder de perdoar culpa a nãoser declarando ou confirmando que ela foi perdoada porDeus (...).

Tese 21: Por isso estão em erro os pregadores deindulgências que dizem ficar um homem livre de todas aspenas mediante as indulgências do papa.

Tese 82: Por que o Papa não esvazia o Purgatório apenas

por caridade, se o faz através do dinheiro que emprega naconstrução de uma Basílica?

Textos escritos na época (fontes primárias) ² Fonte 3

 

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 A) LUTERANISMOII) ROMPIMENTO DE LUTERO COM A

IGREJA´ Frente à pressão da Igreja para que se retratasse e aameaça de excomunhão, Lutero radicalizou e passou acriticar ainda mais durante o Papa e o alto clero.

´

O sucesso do rompimento de Lutero deveu-se à suaaliança com parte da Nobreza alemã. Rejeitando umarevolta social radical, Lutero conseguiu apoio dospoderosos locais.

Dieta de Worms,quadro de AntonVon Werner: Luterodefende seus ideaisfrente ao ImperadorCarlos V

 

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Lutero queima a bula papal que ameaçava excomungá-lo

Questão 08

 

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B) OS ANAB ATISTAS

´ Alguns grupos não aceitaramesse ´conservadorismoµ deLutero e exigiram reformasmais radicais.

´ Os Anabatistas exigiam, alémde mudanças na estruturareligiosa, mudanças naestrutura social, com o fim da

servidão e do dízimo.´ Lutero rejeitou essas idéias e

apoiou a repressão violentaaos anabatistas.

Execução de Maria van Beckum,anabatista holandesa

 

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Representação dos Camponesesanabatistas em rebelião

 

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MANIFESTO DOS CAMPONESES EM REBELIÃO

´Em terceiro lugar, até agora éramos tratados comoescravos, o que é uma vergonha, pois, como o seuprecioso sangue, Jesus Cristo nos salvou a todos, tanto

ao mais humilde pastor quanto ao mais nobre senhor,sem distinção. Por esse motivo, deduzimos dasSagradas Escrituras que somos livres, e livres queremosser. Não que queiramos ser totalmente livres, que não

queiramos reconhecer autoridade alguma; não é isso oque Deus nos ensina. (...)

Textos escritos na época (fontes primárias) ² Fonte 4 

 

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Em quarto lugar, até agora nenhum pobre podiaperseguir a caça, pegar aves ou peixes na águacorrente, o que nos parece uma lei totalmente injusta e

pouco fraternal, mas interesseira e em desacordo com apalavra de Deus (...)Em quinto lugar, somos prejudicados ainda pelos nossossenhores, que se apoderaram de todas as florestas. Seo pobre precisa de lenha ou madeira tem que pagar o

dobro por ela. Nós somos de opinião que deve serrestituída à comunidade toda e qualquer floresta que seencontra em mãos de leigos ou religiosos que nãoadquiriram legalmente.

Textos escritos na época (fontes primárias) ² Fonte 4 

 

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Em sexto lugar, preocupam-nos os serviços que somosobrigados a prestar e que aumentam dia a dia. Exigimosque esse assunto seja examinado cuidadosamente a fim

de que não sejamos sobrecarregados. (...)Em décimo lugar, nossa decisão e resolução final é aseguinte: se uma ou diversas dessas exigências nãoestiverem em consonância com a palavra de Deus, delasabriremos mão imediatamente, desde que se nos prove,

à base das Sagradas Escrituras, que elas estão emdiscordância com a vontade divina.µ

Manifesto dos Camponeses em 1525.

Textos escritos na época (fontes primárias) ² Fonte 4 

Questão 09

 

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Representação da torturade anabatistas pelasautoridades alemães

 

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Retrato de Thomas Muntzer

 

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DISCURSO DE UM LÍDER ANAB ATISTA

´Eis, pois, o auge da avareza, do sonho e da pilhagem denossos Príncipes e senhores: apossam-se de toda criatura,sejam peixes n·água, aves no céu ou plantas na terra; tudodeve ser seu. Em seguida espalham o mandamento deDeus entre os pobres, e dizem: Deus ordenou que nãoroubeis! Contudo, não acharam uso deste mandamento

para si mesmos. Ei-los, então, a sobrecarregar todos oshomens, o pobre camponês, o artesão, e a sufocar eoprimir todo aquele que vive. Assim, quem quer que agarreo menos que seja, deve ser enforcado, e o Doutormentiroso diz logo amém! Os Senhores fazem o mesmo,

para que o pobre se torne seu inimigo; se não queremafastar a causa da revolta, como se melhorará a situação alongo prazo? E se falo assim, sou classificado comosubversivo.µ

Thomas Müntzer

Textos escritos na época (fontes primárias) ² Fonte 5

Questão 10

 

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C) CALVINISMO

A predestinação´ Calvino era um entusiasta das

idéias reformista de Lutero,mas divergiu em um ponto

importante.´ Para ele não bastava abraçar

a Fé em Deus para garantirSua graça, Deus definiria de

antemão aqueles escolhidospara a Salvação ² quedemonstrariam essapredestinação através de sua

Fé e modo de vida.

Retrato de João Calvino

 

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Uma perfeita puritana

litografia de E. Percy Moran:as religiões de origemcalvinistas (como a Puritana)têm uma grande preocupação

com o ascetismo religioso.

  

é á

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CALVINO E A PREDESTINAÇÃO

´Ninguém que queira ser chamado religioso ousa negardiretamente a predestinação pela qual Deus escolhealguns para a esperança da vida e condena outros àmorte eterna. (...)

Por predestinação entendemos o eterno decreto de Deuspelo qual decidiu em seu próprio espírito o que deseja queaconteça a cada indivíduo em particular, pois nenhumhomem é criado nas mesmas condições, mas para alguns

é preordenada a vida eterna e para outros a eternacondenação (...).µ

João Calvino, Instituições da religião Cristã, Livro III, Cap.XXI.

Textos escritos na época (fontes primárias) ² Fonte 6

Questão 11

 

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PROTESTANTISMO E ABUSCA PELO RETORNO AO CRISTIANISMO PRIMITIVO

´Os protestantes não tinham de modo algum desejo deinovar. Seu objetivo era voltar à pureza da primitiva Igrejae livrar a Palavra divina de todos os disfarces que a

traíam. Era preciso eliminar, ainda que pela força, tantosacréscimos idólatras e supersticiosos que os homens,enganados por Satã, haviam ¶introduzido·, ¶inventado·,¶forjado· ao longo dos séculos à custa da mensagem da

salvação.µ

Jean Delumeau, História do medo no Ocidente, p.57.

Análise de Historiadores sobre esta época ² Análise 6

 

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D) REFORMA ANGLICANA

´ Desde a Guerra dos Cem Anos arelação entre o rei e a IgrejaInglesa com o Papa enfrentavaproblemas.

´ Desavenças entre Papa e Reifizeram este proclama-ser chefeda Igreja na Inglaterra ²rompendo com Roma e criando

uma nova Igreja (Anglicana).´ A estrutura e os rituais

mantiveram-se próximos aoscatólicos, mas alguns dogmas dos

reformadores foram adotados.

Rei Henrique VIII da Inglaterra

Fundador da Igreja Anglicana

 

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Abadia de Westminster,templo mais famoso daIgreja Anglicana

 

T t it é (f t i á i ) F t 7

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 ATO DE SUPREMACIA DO REI INGLÊS

´O rei é o chefe supremo da Igreja na Inglaterra (...) Nestaqualidade, o rei tem todo o poder de examinar, reprimir,corrigir tais erros, heresias, abusos, ofensas e

irregularidade que sejam ou possam ser reformadoslegalmente por autoridade (...) espiritual (...) a fim deconservar a paz, a unidade e a tranqüilidade do reino, nãoobstante todos os usos, costumes e leis estrangeiras, todaautoridade estrangeira.µ

Ato de Supremacia de 1534

Textos escritos na época (fontes primárias) ² Fonte 7

Questão 12

 

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COMPARAÇÃO ENTRE ASPRINCIPAIS IGREJAS CRISTÃS NO SÉCULO XVI

Igrejas Bíblia Salvação RitosCatólica Interpretada pela

Igreja. Fonte de fé junto com a tradiçãoCatólica.

Fé em Deus eboas obras.

Missas emLatim, liturgialuxuosa.

Luterana Interpretada pelosfiéis. Única fonte de fé.

Fé em Deus egraça Divina.

Cultos simplesna língua local.

Anglicana Interpretada pelaIgreja Anglicana, mas

os fiéis podemexaminá-la.

Fé em Deus egraça Divina.

Manutenção daliturgia católica,

mas em línguainglesa.

Calvinista Interpretada pelosfiéis. Única fonte de fé.

Predestinação. Cultos simplesna língua local.

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LINHAS PROTESTANTES NA HISTÓRIA

 

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E) DISSEMINAÇÃO DAS IDÉIAS DAREFORMA

´ Não se pode negar a importância dosReformadores, mas suas idéias só ganharam tantoespaço por existirem condições sociais para isso.

´ A insatisfação popular coma Igreja e os interessespolíticos de algunspoderosos foramfundamentais para a

disseminação das idéiasreformadoras.

Monumento aos Reformadores

(Genebra, Suíça): Farel, Calvino, Beze e Knox

 

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E) DISSEMINAÇÃO DAS IDÉIAS DAREFORMA

´ A imprensa também foi importante para que as idéiasdos reformadores pudessem se espalhar pela Europa.

´ A possibilidade de fazer muitas cópias a baixo preço de

livros dos pensadores reformistas garantiu granderapidez a difusão de suas idéias

 

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EXPANSÃO DO PROTESTANTISMO

 

Análise de Historiadores sobre esta época ² Análise 7

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IMPORTÂNCIA DA INVENÇÃO DA IMPRENSA PARA A DISSEMINAÇÃO DA REFORMA

´O envolvimento do povo na Reforma foi tanto causa comoconseqüência da participação da mídia. A invenção daimpressão gráfica solapou o que foi descrito, com certoexagero, como monopólio de informação da Igreja Medieval(...) Os protestantes se baseavam no que pode ser chamado

de ¶ofensiva da mídia· não somente para comunicar suaspróprias mensagens, mas também para enfraquecer a IgrejaCatólica, ridicularizando-a (...).Como somente uma minoria da população sabia ler, e menosainda escrever, presume-se que a comunicação oral deve ter

continuado a predominar (...). Ela teve muitas formasdistintas em diversos contextos, indo de sermões econferências em igrejas e universidades a rumores e boatosnos mercados e tabernas.µ

Peter Burke e Asa Briggs, Uma história social da mí dia, p.83-86.

Análise de Historiadores sobre esta época ² Análise 7

Questão 13

 

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3. CATÓLICOS E PROTESTANTESNA EUROPA MODERNA

 

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 A) REFORMA E CONTRARREFORMACATÓLICAS´ Principalmente a partir do

Concílio de Trento (1545-63),a Igreja reagiu à Reforma.Reforçou a defesa dedogmas católicos atacadospelos protestantes, reforçoua estrutura do Tribunal daInquisição para perseguir osheréticos e criou uma listade livros proibidos (o index).

Concílio de Trento

 

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Index Librorum Prohibitorum:Livro com a lista dos livros proibidos pelaIgreja por serem considerado heréticos

 

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 A) REFORMA E CONTRARREFORMACATÓLICAS´ Além disso, a Igreja tentou

reforçar a preparação deseus padres através dosseminários, apoiou a

atuação das ordensreligiosas e disciplinou aatuação dos seus membrosatravés do aumento do

poder dos bispos.´ A busca por novos fiéis nas

novas regiões descobertas(em especial a América)também foi importante.

Inácio de Loyola: fundadorda Companhia de Jesus,

importante ordem no

período da Contrarreforma

 

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Ruínas de uma missão jesuítaem São Miguel das Missões (RS)

 

Análise de Historiadores sobre esta época ² Análise 8 

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REFORMA CATÓLICA

OU CONTRARREFORMA?´·Contrarreforma· sugere um agressivo ataque católico àReforma Protestante. Implica igualmente que o processode mudança e renovação do catolicismo não teria surgido

sem que a Reforma Protestante viesse estimular a reformada Igreja Católica. (...) Em contraste, a expressão ´ReformaCatólicaµ aponta para uma profunda e genuínarestauração do Catolicismo no século XVI; esta expressãoindica um melhoramento espontâneo do catolicismo. Como

seria de esperar, este ponto de vista (...) tem sido opreferido dos historiadores católicos (...).

Michael Mullet, A contrarreforma e a Reforma Católica nos princí pios da IdadeModerna E uropéia, p.13.

p

Questão 14

 

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B) REPRESSÃO E INTOLERÂNCIARELIGIOSA

´ A partir da divisão da Cristandade Ocidental entreprotestantes e católicos, a intolerância religiosa ganhouforça na Europa.

´ Este é o período de maior atuação da Inquisição naEspanha e em Portugal e dos conflitos religiosos naFrança e na Inglaterra, entre outros exemplos.

 

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Tortura deuma acusadade Heresia

 

Análise de Historiadores sobre esta época ² Análise 9

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PERSEGUIÇÃO DE PROTESTANTESPELOS INQUISIDORES CATÓLICOS

´A perseguição inquisitorial contra os protestantes só sedesenvolveu de uma forma sistemática durante as décadasde 1540 e 1550, tanto na Espanha e em Portugal como na

Itália. (...) Como resultado dessa ação, mais ou menossincronizada nos Estados onde a Inquisição exercia sua jurisdição, houve um considerável fluxo de refugiados,provenientes sobretudo da Itália e da Espanha, para asregiões protestantes da Suíça, da Alemanha e, maIs tarde,dos Países Baixos.µ

Francisco Bethencourt, História das Inquisições, p.344-345.

p

  

Textos escritos na época (fontes primárias) ² Fonte 8 

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CENSURA E DESTRUIÇÃODOS LIVROS ³HERÉTICOS´

´Deus meu, não se cansado os hereges e os inimigos (...)de semear continuamente os seus erros e heresias nocampo da cristandade, com tantos e tantos livros

perniciosos que são republicados a cada dia, é necessárioque não se durma, mas que nos esforcemos para extirpá-los ao menos nos lugares onde isso seja possívelµ.

Cardeal Roberto Bellarmino, 1614.

Questão 15

 

Textos escritos na época (fontes primárias) ² Fonte 9

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PROCESSO INQUISITORIALNA AMÉRICA ESPANHOLA

´Antonio Correa era bufarinheiro ou vendedor demiudezas no Peru. Acusaram-no de apóstata porque,tendo sido batizado, praticava a lei de Moisés. (...)

preparava-se já a Inquisição para lançá-lo à fogueira,quando o réu se manifestou tão contrito que o Tribunaldele se apiedou, limitando-se a condená-lo ao uso desambenito por três anos, com a obrigação, de nos dias de

festa, ouvir missa solene na catedral de Lima, além deoutras práticas piedosas.µ

Ricardo Palma, relatando processo do século XVII em Lima, citado por José

Antonio Lavalle.

 

O SÃO O O

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 A NOITE DE SÃO B ARTOLOMEU

 

Análise de Historiadores sobre esta época ² Análise 10

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O MASSACRE DOS HUGUENOTESNA NOITE DE SÃO B ARTOLOMEU

´As multidões católicas, é claro, ficavam felizes deapanhar um pastor quando podiam, mas a morte dequalquer herege ajudava a causa de limpar a Françadesses pérfidos semeadores de desordem e desunião (...)Os católicos não se contentavam em queimar ou afogar oscorpos heréticos. Isto não era uma purificação suficiente.Os corpos eram humilhados e ofendidos um pouco mais.Sob um inquietante coro de pios e assobios, eles aeram

atirados aos cães, como Jezebel, eram arrastados pelasruas, tinham seus órgãos genitais e entranhas arrancados(...)µ

Natalie Zemon Davies, Culturas do Povo, p.146-150.

p

 

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C) GUERRA E RELIGIÃO NA EUROPA

´ As disputas entre Católicose Protestantes passaram aser um elemento importante

no sistema de alianças daspotências européias.

´ Ter a mesma religião nãosignificava aliança nem ter

religião diferente, a guerra;mas o componente religiososempre se fazia presentenas alianças e nos conflitos. Batalha de Lens (1648),

Guerra dos 30 anos

 

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Capa do documento assinado na Paz deAugsburgo, que botava fim à Guerras dosTrinta Anos e definia que a população de

cada reino deveria seguir a religiãoimposta por seu governante, seja eleCatólico ou Protestante.