Refrigeração I

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Refrigeração I: ciclo, fluido, processo de compressão Web Este site Tópicos: Diagrama pressão x entalpia | O circuito de refrigeração | O ciclo no diagrama | Valores do ciclo de refrigeração | Fluido refrigerante | O processo de compressão | Refrigeração por absorção | I Diagrama pressão x entalpia (início da página) Na página Termodinâmica I, é dado exemplo de diagrama temperatura x entropia para mudanças de estado líquido/gás. É mais comum o uso do diagrama pressão x entalpia para o estudo do ciclo de refrigeração. A Figura 1.1 dá um exemplo típico. Aqui são considerados somente estados abaixo do ponto crítico (ver definição na página citada). É importante observar as linhas de propriedades termodinâmicas constantes, pois isso facilita a análise do ciclo. Fig 1.1: diagrama pressão x entalpia As linhas de pressão e entalpia constantes são obviamente retas perpendiculares aos respectivos eixos. A linha de líquido saturado marca o início da vaporização, ou seja, nela ainda há 100% de líquido e 0% de vapor. E pontos à esquerda da mesma significam líquidos abaixo da temperatura de vaporização ou sub-resfriados. A linha de vapor saturado marca o fim da vaporização e nela há 100% de vapor e 0% de líquido. Pontos à direita da mesma são vapores acima da temperatura de evaporação, ou vapores superaquecidos. Entre as duas linhas, há misturas de líquido e vapor e as proporções de cada são tanto maiores quanto mais próximas das respectivas linhas de saturação. Considerando o vapor, as linhas verdes indicam proporções constantes (a da esquerda, 10% de vapor e a da direita, 90% de vapor). Notar que as linhas de temperatura constante são diferentes de acordo com a região do diagrama. Na área do líquido, é uma reta praticamente vertical, devido à sua

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Refrigeração I: ciclo, fluido, processo de compressão

 

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Tópicos: Diagrama pressão x entalpia | O circuito de refrigeração | O ciclo no diagrama | Valores do ciclo de refrigeração | Fluido refrigerante | O processo de compressão | Refrigeração por absorção |

I Diagrama pressão x entalpia (início da página)

Na página Termodinâmica I, é dado exemplo de diagrama temperatura x entropia para mudanças de estado líquido/gás. É mais comum o uso do diagrama pressão x entalpia para o estudo do ciclo de refrigeração. A Figura 1.1 dá um exemplo típico. Aqui são considerados somente estados abaixo do ponto crítico (ver definição na página citada).

É importante observar as linhas de propriedades termodinâmicas constantes, pois isso facilita a análise do ciclo.

Fig 1.1: diagrama pressão x entalpia

As linhas de pressão e entalpia constantes são obviamente retas perpendiculares aos respectivos eixos.

A linha de líquido saturado marca o início da vaporização, ou seja, nela ainda há 100% de líquido e 0% de vapor. E pontos à esquerda da mesma significam líquidos abaixo da temperatura de vaporização ou sub-resfriados.

A linha de vapor saturado marca o fim da vaporização e nela há 100% de vapor e 0% de líquido. Pontos à direita da mesma são vapores acima da temperatura de evaporação, ou vapores superaquecidos.

Entre as duas linhas, há misturas de líquido e vapor e as proporções de cada são tanto maiores quanto mais próximas das respectivas linhas de saturação. Considerando o vapor, as linhas verdes indicam proporções constantes (a da esquerda, 10% de vapor e a da direita, 90% de vapor).

Notar que as linhas de temperatura constante são diferentes de acordo com a região do diagrama. Na área do líquido, é uma reta praticamente vertical, devido à sua incompressibilidade. Na vaporização (ou no processo inverso da condensação), é uma linha horizontal, uma vez que, sob pressão constante, há somente troca de calor latente. Na parte gasosa, uma curva aproximadamente conforme indicado.

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II O circuito de refrigeração (início da página)

Fig 2.1: circuito comum de refrigeração

A Figura 2.1 ao lado dá o esquema do circuito clássico de refrigeração.

Recebendo um trabalho externo, o compressor aumenta a pressão do gás, que se condensa pela troca de calor com o ambiente.

Ao chegar na válvula de expansão está na fase líquida e a perda de carga devido ao estrangulamento reduz a pressão e o líquido é evaporado, retirando calor do meio que se deseja refrigerar e reiniciando o ciclo ao retornar para o compressor.

III O ciclo no diagrama (início da página)

A Figura 3.1 mostra o ciclo de refrigeração no diagrama pressão x entalpia.

Fig 3.1: circuito e ciclo de refrigeração

É uma aproximação da situação real, uma vez que, por exemplo, não são consideradas perdas de carga e trocas de calor nas tubulações que ligam os dispositivos.

A compressão se dá teoricamente de forma adiabática. Portanto a linha AB é uma isentrópica (isso não é indicado no gráfico da Fig 1.1 por questão de clareza).

A condensação é isobárica e, portanto, ocorre sob temperatura constante, com redução da entalpia do fluido pela troca de calor com o ambiente.

A expansão é isentálpica, com redução da pressão do fluido, que passa para a região líquido + vapor (ponto D).

Na evaporação isotérmica e isobárica, o aumento de entalpia corresponde ao calor removido do refrigerador.

Na saída do compressor, o vapor está superaquecido e o resfriamento para o início da condensação (BB') é também dado pelo condensador. Na saída do condensador, é comum o líquido estar sub-resfriado (C) e não na saturação (C').

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IV Valores do ciclo de refrigeração (início da página)

A Figura 4.1 contém o mesmo ciclo do item anterior, sem a representação gráfica dos dispositivos.

Desde que é um processo de fluxo contínuo, os valores de entalpia são específicos, isto é, por unidade de massa de fluido (kJ/kg, kcal/kg, etc).

O efeito de refrigeração é a quantidade de calor removida do refrigerador, o que corresponde à variação de entalpia no processo de evaporação. Assim, qref = hA - hD.

O trabalho de compressão é dado por wcomp = hB - hA.

Fig 4.1: ciclo de refrigeração

O calor cedido pelo condensador é dado por qcond = hC - hB. Notar que o valor é negativo, significando sentido contrário ao do efeito de refrigeração.

O coeficiente de eficiência é a relação entre o efeito de refrigeração e o trabalho de compressão: cef = (hA-hD) / (hB-hA).

A capacidade de um refrigerador Q é normalmente dada pela quantidade de calor removida por unidade de tempo (kcal/h). Assim, o fluxo de massa do fluido é dado por:

M = Q / qref (kg/h ou unidade similar).

Portanto, a vazão volumétrica na entrada do compressor é V = M vA, onde vA é o volume específico em A. Ou V = Q vA / (hA - hD).

A relação de compressão é dada por rcomp = pB / pA.

Com as igualdades informadas, é perfeitamente possível o projeto e cálculo de um ciclo de refrigeração para uma determinada capacidade do refrigerador, se disponível um diagrama pressão x entalpia com as curvas de volume específico e temperatura para o fluido a ser usado.

Os ciclos reais, é claro, são um pouco diferente dos ideais. Além do sub-resfriamento do líquido (C'C), o vapor na entrada do compressor está superaquecido, isto é, o ponto A não está exatamente na linha de saturação. E os processos de condensação e evaporação não são perfeitamente isotérmicos, ou seja, as linhas BC e DA são ligeiramente inclinadas.

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V Fluido refrigerante (início da página)

Propriedades físicas, químicas e outras restringem o universo das substâncias fluidas que podem ser usadas em circuitos de refrigeração. Os seguintes atributos são desejáveis para um fluido refrigerante:

- não tóxico e não inflamável.

- alto calor de vaporização para minimizar a quantidade de refrigerante e o tamanho do equipamento.

- baixo volume específico no estado vapor para minimizar o tamanho do compressor.

- baixo calor específico no estado líquido para minimizar a transferência de calor no sub-resfriamento do líquido condensado.

- baixa pressão de na temperatura de condensação projetada para evitar compressores de alta pressão.

- pressão de evaporação maior que a da atmosfera para evitar entrada de ar em caso de vazamento.

Os primeiros fluidos refrigerantes usados foram amônia, dióxido de enxofre, cloreto de metila e cloreto de metileno. Desses, somente amônia continua em uso atualmente.

A amônia é o fluido de maior efeito refrigerante, mas com desvantagens: é tóxica e inflamável sob certas condições. Por isso, o seu uso é limitado a instalações de grande porte, onde o fator energético é importante e em geral há procedimentos de segurança e pessoal especializado na operação dos equipamentos. O risco e a incompatibilidade com certos materiais impedem o emprego em aparelhos domésticos, ar condicionado e similares.

Por volta de 1930 foram introduzidos os compostos de cloro, flúor e carbono (CFC). Além de propriedades térmicas adequadas, não apresentam toxidade e não são inflamáveis. Também foram amplamente usados em alguns processos industriais.

Veja a seguir algumas características de alguns mais usados desde então (o fluido refrigerante é designado pela letra R seguida de um número que o identifica):

R-11 (CCl3F): ebulição 23,7ºC a 1 atm. Apresenta alta temperatura de evaporação e moderada temperatura de condensação. Usado em grandes instalações de resfriamento de água com compressores centrífugos.

R-12 (CCl2F2):ebulição -29,8ºC a 1 atm. Baixa temperatura de evaporação e moderada temperatura de condensação. Empregado em uma variedade de equipamentos, desde refrigeradores domésticos até instalações de médio e grande porte com compressores centrífugos.

R-22 (CHClF2): ebulição -40,8ºC a 1 atm. Baixa temperatura de evaporação e moderada temperatura de condensação. Amplamente empregado em instalações comerciais e industriais e em ar condicionado.

R-502 (CHClF2 48,8% + C2ClF5 51,2%): ebulição -45,6ºC a 1 atm. É uma mistura azeotrópica (a temperatura de ebulição é única, como se fosse uma só substância. Em misturas zeotrópicas, a ebulição ocorre em uma faixa de temperaturas). Usado em pequenos equipamentos, comerciais e industriais, de baixas temperaturas.

R-717 (amônia NH3): ebulição -33,3ºC a 1 atm. Baixa temperatura de evaporação e moderada temperatura de condensação. Usado em instalações de grande porte (fabricação de gelo, armazéns frigoríficos, refrigeração industrial, pistas de patinação, etc).

Passaram-se muitos anos até que, na década de 1970, foi observado um sério problema com o CFC: era o maior responsável pela redução da camada de ozônio na estratosfera, que protege a Terra contra radiações ultravioletas.

Acordos e convenções internacionais foram estabelecidos para eliminar progressivamente o uso do CFC. Foram desenvolvidos compostos à base de hidrogênio, cloro, flúor e carbono (HCFC), que são bem menos nocivos para a camada de ozônio e, por isso, incluídos numa fase intermediária de transição. A transição final deverá ser para compostos de hidrogênio, flúor e carbono (HFC), que não interferem com o ozônio. Mas contribuem para o efeito estufa (aquecimento global), embora em menor escala que o CFC.

Aparentemente, alternativas ecologicamente limpas são a amônia e compostos de hidrogênio e carbono (HC), que também têm boas propriedades termodinâmicas. Conforme dito, amônia é tóxica e inflamável

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sob certas condições. Compostos de HC são altamente inflamáveis. Tudo isso limita o emprego dos mesmos.

Interação com óleo e água:

Os fluidos refrigerantes em geral absorvem certa quantidade do óleo de lubrificação do compressor. Portanto, uma parte do óleo circula pelo circuito. Se a quantidade for excessiva, há prejuízo para o funcionamento. Quando o equipamento está desligado, a menor temperatura do óleo lubrificante favorece sua absorção pelo fluido refrigerante. Em instalações de médio e grande porte, é comum o uso de resistências elétricas para manter o óleo aquecido quando o equipamento não opera. O óleo pode também ser arrastado em forma de gotículas devido ao fluxo no compressor. Separadores de óleo na saída do compressor podem ser instalados para minimizar o problema.A amônia tem grande afinidade por água e, portanto, uma pequena quantidade infiltrada não deve trazer problemas. Demais fluidos normalmente não dissolvem água e sua entrada pode provocar congelamentos internos e corrosão. É comum o emprego de dispositivos secadores que removem a umidade pela ação de um agente dessecante (sílica-gel e outros).

Interação com materiais:

Cobre e latão são bastante usados em circuitos de refrigeração devido à boa condutividade térmica, resistência à corrosão, facilidade de conformação e soldagem. Não podem ser usados com amônia, pois esta reage com metais não ferrosos.

VI O processo de compressão (início da página)

Conforme pode ser visto na página Termodinâmica I, as relações entre volumes, pressões e temperaturas para mudança de condições térmicas de um gás (considerado ideal) entre dois pontos genéricos 1 e 2 são dadas por: v1/v2 = (p2/p1)(1/n) = (T2/T1)(1/(n-1)).

Os processos práticos de compressão podem ser considerados adiabáticos, isto é, sem troca de calor com o meio externo. Neste caso, o parâmetro n da fórmula anterior é dado por n = cp/cv, onde cp e cv são respectivamente os calores específicos sob pressão e volume constantes (para ar n = 1,4, amônia n = 1,3, R-22 n = 1,2).

O gráfico no centro da Figura 6.1 representa um ciclo de compressão. Portanto, a fórmula e parâmetro n dados valem para as transformações 12 e 34 (compressão e expansão).

As transformações 23 e 41 são isobáricas e, neste caso, vale v2 / v3 = T2 / T3. Ou de forma similar para 41.

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Fig 6.1: processo do compressor alternativo

O esquema da figura é de um compressor alternativo. Vale de forma similar para outros tipos.

Em 1, o pistão está no ponto morto inferior e ambas as válvulas fechadas. O gás é comprimido de forma adiabática até 2, quando a válvula de escape é aberta e escoa de forma isobárica pelo movimento do pistão até o ponto 3 (ponto morto superior). Neste instante a válvula de escape é fechada. O gás contido no espaço entre o ponto morto superior e o cabeçote do cilindro se expande até o ponto 4, quando a pressão no interior do cilindro se iguala à pressão da linha de sucção, a válvula de admissão é aberta e o gás é admitido de forma isobárica até o pistão chegar no ponto morto inferior 1, quando a válvula de admissão é fechada e o ciclo reiniciado.

Para um compressor alternativo, o deslocamento volumétrico V (em metros cúbicos por hora) é dado por:V = (/4) D2 L 60 N nc onde D é o diâmetro interno do cilindro em metros, L é o comprimento entre as posições 1 e 2 em metros, N é o número de rotações por minuto e nc é o número de cilindros.

E a potência teórica em quilowatts necessária para a compressão é dada por:

P = (1/860) (hB - hA) V / v. Onde hA e hB são as entalpias de entrada e saída do gás em kcal/kg conforme Fig 3.1, V é o deslocamento volumétrico em m3/h e v é o volume específico do gás na entrada em m3/kg.

Esses valores são teóricos e os reais são sempre mais desfavoráveis. O deslocamento volumétrico V deve ser multiplicado por um fator menor que 1 que depende das características do compressor (em geral, na faixa de 0,6 a 0,9). A potência P deve ser dividida por um fator menor que 1, que depende da eficiência mecânica do compressor (em geral, na faixa de 0,4 a 0,7).

VII Refrigeração por absorção (início da página)

O compressor mecânico não é o único meio de se manter um ciclo de refrigeração. O sistema de absorção usa a energia térmica de uma fonte de calor (exemplo: vapor ou queima direta de um combustível).

Há necessidade de dois fluidos: o fluido refrigerante, que efetivamente remove calor do meio desejado

por evaporação e o fluido absorvente, que deve absorver vapor do refrigerante em baixas temperaturas e ser menos volátil do que este, de forma a liberar vapor de refrigerante por aquecimento.

A Figura 7.1 dá um esquema básico. Além da fonte de calor (vapor, no caso), existe

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necessidade de água de resfriamento (torre, por exemplo) nos locais indicados.

Fig 7.1: refrigeração por absorção

A análise começa pela entrada do condensador, que recebe vapor do fluido refrigerante. Este, por sua vez, é condensado pela serpentina de água de resfriamento.

O refrigerante condensado se expande na passagem pela válvula redutora de pressão (tipo válvula de expansão do ciclo anterior) e, no condensador, troca calor com o meio a resfriar (serpentina de água gelada).

Depois da troca de calor, o vapor do refrigerante passa para o absorvedor, onde é dissolvido pela solução de absorvente. Essa passagem ocorre porque a pressão de valor da solução de absorvente e refrigerante é menor do que a pressão no evaporador. Para manter essa condição, é necessário um resfriamento da solução absorvente, uma vez que a dissolução do refrigerante implica redução de volume e, portanto, aquecimento.

No absorvedor, a solução de refrigerante e absorvente tem a maior concentração de fluido refrigerante e, por isso, é chamada de solução forte.

A bomba de recirculação mantém um fluxo contínuo de solução refrigerante e absorvente entre o absorvedor e o gerador. Neste último, o aquecimento evapora o refrigerante que, por aumento de pressão, se dirige ao condensador e reinicia o ciclo.

Equipamentos de refrigeração por absorção podem ser alternativa interessante quando se dispõe de fontes residuais de calor, oriundas de processos, que, de outra forma, não seriam aproveitadas. Ou em casos de oferta insuficiente de energia elétrica para acionamento dos compressores do ciclo convencional. Em geral são usadas para fornecer água gelada para condicionamento de ar. Nesta aplicação, normalmente são usados água e solução de brometo de lítio como refrigerante e absorvente respectivamente. A solução pode ser facilmente tratada para o descarte e não prejudica a camada de ozônio nem provoca efeito estufa como os gases do ciclo convencional. Mas os equipamentos são mais volumosos e mais caros.

Dados técnicos I: estimativas diversas e outros

 

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Estimativas, valores médios, etc. Muitas vezes você precisa dessas informações, mas elas nem sempre estão rapidamente disponíveis. Nesta página algumas podem ser encontradas.

Importante considerar que a maior parte dos dados informados não devem ser usados para fins de dimensionamento. São mais adequadas para cálculos preliminares, anteprojetos, análises prévias e similares, uma vez que são valores médios encontrados em publicações e outras fontes e podem variar bastante de acordo com as condições.

Tópicos da página: Água fria: estimativas de consumo | Ar condicionado | Chumbadores para concreto | Construção: algumas relações práticas | Pesos específicos aparentes e ângulos de repouso | Poder calorífico superior de alguns combustíveis | Propriedades elétricas de alguns materiais | Taxas de ocupação para ambientes |

Água fria: estimativas de consumo  (início da página)

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Atividade ou ambiente Litros por diaAlojamento provisório (por pessoa) 80Ambulatório (por pessoa) 25Apartamento de luxo (por pessoa) 300 a 400Apartamento padrão médio (por pessoa) 200Casa de luxo (por pessoa) 300 a 400Casa padrão médio (por pessoa) 150Casa popular (por pessoa) 120 a 150Creche (por pessoa) 50Escola externato (por aluno) 50Escola internato (por pessoa) 150Escola semi-internato (por aluno) 100Escritório (por funcionário) 50 a 80Haras (por cavalo) 100Hospital (por leito) 250Hotel com cozinha e lavanderia (por hóspede) 250 a 350Hotel sem cozinha e lavanderia (por hóspede) 120Igreja (por lugar) 2Indústria com restaurante (uso pessoal por funcionário) 100Indústria sem restaurante (uso pessoal por funcionário) 70 a 80Irrigação de jardim (por m2 de área) 1,5Lavanderia (por kg de roupa seca) 30Matadouro de grande porte (por animal abatido) 300Matadouro de pequeno porte (por animal abatido) 150Mercado (por m2 de área) 5Posto de serviço (por automóvel) 100Posto de serviço (por caminhão) 150Quartel (por soldado) 150Restaurante (por refeição) 25Teatro e cinema (por lugar) 2Usina de leite (por litro de leite) 5

Ar condicionado  (início da página)

A unidade de potência usada TR (tonelada de refrigeração) tem as equivalências:1 TR = 12 000 Btu/h = 3 023,9 kcal/h = 3,516 kWDado Valor / unidadeÁrea ocupada por central de água gelada (40-300 TR) 0,3 a 0,6 m2/TRÁrea ocupada por fan-coil (5-30 TR) 0,3 a 0,5 m2/TRÁrea ocupada por self-contained condensação a água (5-50 TR) 0,3 a 0,5 m2/TRÁrea ocupada por self-contained condensação a ar (5-50 TR) 0,3 a 0,9 m2/TRÁrea ocupada por torre de resfriamento e bombas (10-300 TR) 0,05 a 0,1 m2/TRCarga térmica de CPD 8 a 12 m2/TRCarga térmica de escritório 15 a 20 m2/TRCarga térmica de loja 15 a 20 m2/TRCarga térmica de restaurante sem a cozinha 10 a 15 m2/TRPotência elétrica de aparelho de janela 2 kW/TRPotência elétrica de self-contained condensação a água 1,4 kW/TRPotência elétrica de self-contained condensação a ar 1,7 kW/TRPotência elétrica de equipamento de água gelada 1,2 kW/TR

Chumbadores para concreto  (início da página)

Carga para arrancar conforme dados de catálogos de fabricantes. Considerado concreto de 27 MPa. Naturalmente estes valores foram obtidos a partir de ensaios, em condições ideais. Assim, fatores de segurança adequados devem ser usados nas

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aplicações práticas.Tipo Profundidade mm Carga kgf (9,81 N)Bucha plástica 6mm 30 280Idem 8 mm 40 450Idem 10 mm 50 600Metálico leve 1/4" 26 880Idem 5/16" 26 1280Idem 3/8 32 1640Idem 1/2" 38 2790Idem 5/8" 51 3040Idem 3/4" 51 3520Metálico pesado 1/4" 35 1590Idem 3/8" 40 1900Idem 1/2" 52 3200Iem 5/8" 63 4000Idem 3/4" 80 5500

Construção civil: algumas relações práticas  (início da página) Concreto armado: para cada metro cúbico, são usados de 80 a 100 kg de aço estrutural. Para cada kg de aço, são usados cerca de 10 g de arame para amarração.Nas construções, são usados, em média, 12 m2 de forma para cada m3 de concreto. E, para cada m2

de forma, 180 g de pregos.Paredes: para tijolos comuns (5 x 10 x 20 cm), correspondem as seguintes quantidades por m2: 42 unidades para espessura 5 cm, 76 unidades para espessura 10 cm e 148 unidades para espessura 20 cm.Argamassa para fixar azulejos e cerâmicas: consumo de 1,5 a 2,5 kg/m3.Pinturas: massa corrida para madeira ou parede apresenta consumo na faixa de 5 a 8 m2 por galão. Tintas e vernizes, de 30 a 35 m2 por galão.Telhados: telhas cerâmicas comuns (francesa, colonial, etc) têm consumo na faixa de 16 a 25 unidades por m2. Consumo de madeira para estrutura de 0,030 a 0,040 m3 por m2 de telhado.

Pesos específicos aparentes e ângulos de repouso  (início da página) Material kgf (9,81N)/m3 GrausAlvenaria de blocos furados de concreto leve 1000  a 1400  Alvenaria de blocos maciços de concreto leve 1000 a 1700  Alvenaria de pedras 2800  Alvenaria de tijolos comuns 1800  Alvenaria de tijolos furados 1200 a 1500  Areia molhada 2000 35Areia úmida 1800 30Argamassa de argila 2000  Argamassa de cimento 2100  Argamassa de gesso 1200  Argila arenosa 2100 22Argila rígida 2000 15Cal em sacos 1100  Cal hidratada moída 1200 25Cal moída 700 25Carvão mineral bruto 1000 35Carvão mineral em pó 700 25Cimento em pó 1700 20Cimento em sacos 1600  Concreto armado de pedra britada 2500  Concreto de pedra britada 2300  Estante com livros 600  Gesso moído 1500 25Livros empilhados 850  

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Madeira seca (pinheiro) 600  Madeira seca (tipo nobre) 800 a 1000  Papel em rolos 1500  Papel plano empilhado 1100  Pedra britada 1700 35Terra vegetal 1700 25Tijolo moído 1500 35Vidro em placas 2500  

Poder calorífico superior de alguns combustíveis  (início da página) Combustível kcal/kg Combustível kcal/kgAcetileno 9800 Gás pobre 2400-3000Alcatrão 8800 Gasolina 11000Álcool etílico 7200 Hidrogênio 34500Antracito 8500 Lenha 10% umidade 2500-3000Bagaço de cana 40% umidade 2300 Linhito 8% umidade 4500Benzol 9800 Metano 12900Butano 11800 Óleo combustível 10300-10600Carvão mineral betuminoso bom 7500 Óleo diesel 10600Carvão mineral médio 3900 Piche 8500Carvão mineral médio beneficiado 5000-7000 Propano 11950Carvão vegetal boa qualidade 7500 Querosene 10800Casca de amendoim 3200 Resíduos de borracha 4000Casca de quebraço 1800 Resíduos de couro 2000Casca de semente de algodão 2800 Serragem 2500Cavacos de madeira 2500 Torta de óleo de algodão 4500Coque 6000 Torta de óleo de mamona 4500Gás de alto forno 700 Turfa 2500

Propriedades elétricas de alguns materiais  (início da página)

Material Resistivida-de ( m)

Coef temp(x10-4)

Constante die-létrica (50 Hz)

Rigidez dielé-trica (kV/mm)

Acetato de celulose 109 a 1010 - 3,5 a 7 20 a 45Aço 10 a 25 x 10-8 64 - -Alumínio 2,8 a 3 x 10-8 40 - -Bismuto 120 x 10-8 45 - -Borracha vulcanizada 1013 a 1014 - 3,2 a 5 10 a 30Carbono 4 a 10 x 10-6 3 - -Cobre 1,8 x 10-8 39 a 41 - -Constantan 50 x 10-8 0,1 - -Estanho 12 x 10-8 57 - -Ferro fundido 60 a 160 x 10-8 75 - -Latão 6 a 8 x 10-8 10 - -Manganina 44 x 10-8 0,1 - -Mercúrio 97 x 10-8 9 - -Mica 1011 - 4 15 a 40Níquel 6,5 a 10 x 10-8 61 - -Níquel-Cromo 100 a 110 x 10-8 0,002 - -Óleo isolante 1011 a 1012 - 2 a 2,5 10 a 25Ouro 2,3 x 10-8 37 - -Papel isolante seco 1013 - 2 a 2,5 7 a 8Parafina 1014 a 1015 - 2 a 2,3 10 a 30Pexiglass 1014 - 3,5 a 4,5 35Platina 10 x 10-8 38 - -Porcelana > 109 - 6 35Prata 1,6 x 10-8 - - -PVC 1010 a 1014 - 3,4 a 6 30 a 50Tântalo 16 x 10-8 27 - -

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Teflon 1015 - 2 16 a 20Tungstênio 5,5 x 10-8 39 - -Vidro > 1011 - 3,5 a 9 10 a 40

Taxas de ocupação para ambientes diversos  (início da página) Ambiente OcupaçãoApartamentos 2 pessoas / dormitório

Escolas (espaço total) 1 aluno / 25 m2

Escolas (salas de aula) 1 aluno / 1,5 a 2 m2

Escritórios 1 pessoa / 5 a 7 m2

Estacionamentos 1 veículo / 20 a 25 m2

Lojas (pavimento térreo) 1 pessoa / 2,5 m2

Lojas (pavimentos superiores) 1 pessoa / 5 m2

Museus 1 pessoa / 5,5 m2

Restaurantes 1 pessoa / 1,5 m2

Salões de hotéis 1 pessoa / 5,5 m2

Shopping centers 1 pessoa / 5 m2

Supermercados 1 pessoa / 2,5 m2

Teatros e cinemas 1 cadeira / 0,7 m2

Vestiários (armários e pias) 1 pessoa / 0,5 a 0,6 m2

Vestiários (duchas) 1 pessoa / 0,55 m2

Elaborado02/10/02

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