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INSTITUTO POLITÉCNICO DE VIANA DO CASTELO
ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO
Mestrado em Turismo, Inovação e Desenvolvimento
1º Ano – 1
º Semestre
PLANEAMENTO E GESTÃO DE DESTINOS TURÍSTICOS
Região de Turismo do Centro
Alunos:
Carlos Domingues, n.º 6161
Pedro Silva, n.º 6226
Ano Lectivo: 2010-2011
Docente
Doutor Nuno Fazenda
Viana do Castelo, 29 de Janeiro de 2011
2
Índice
1. Introdução ......................................................................................................................... 1
2. Administração, Destinos e Planeamento ................................................................................ 1
3. Estudo de Caso: Região Centro ............................................................................................. 5
3.1 Visão global .................................................................................................................... 5
3.2 Procura Turística ............................................................................................................. 6
3.2.1 Produtos Principais ................................................................................................... 7
3.2.2 Alojamento e Duração da Estadia ........................................................................... 10
3.3 Análise SWOT .............................................................................................................. 15
3.4 Orientações Estratégicas segundo o PENT ..................................................................... 16
3.4.1 Áreas e Produtos Turísticos Prioritários ...................................................................... 17
3.4.1.1 Touring Cultural e Paisagístico ............................................................................ 17
3.4.1.2 Turismo de Natureza ............................................................................................ 19
3.4.1.3 Saúde e Bem-Estar ............................................................................................... 20
3.4.1.4 Gastronomia e Vinhos.......................................................................................... 22
3.4.1.5 Sol e Mar ............................................................................................................. 24
3.4.1.6 Turismo Náutico .................................................................................................. 25
3.4.1.7 Turismo de Negócios ........................................................................................... 27
3.4.1.8 Golfe ................................................................................................................... 28
3.5 Perspectiva Regional ..................................................................................................... 29
3.5.1 PROT Centro .......................................................................................................... 29
3.5.2 QREN Centro ......................................................................................................... 32
4. Recomendações / Análise .................................................................................................... 34
5. Bibliografia ..................................................................................................................... 36
Anexos ................................................................................................................................... 38
Anexo 1 – Quadro de Dormidas segundo motivo, por NUTS II ........................................... 38
Anexo 2 – Notícia: “Turismo Centro de Portugal - «A nossa cura de emagrecimento fizemo-
la em 2008»” ....................................................................................................................... 38
3
Anexo 3 – Notícia: “QREN Financia Turismo ao Centro” ................................................... 40
Anexo 4 – Recursos turísticos da Região Centro .................................................................. 41
1
1. Introdução
A Região Centro possui um património bastante diverso, sendo património
natural ou construído. Esta região possui um conjunto de cidades “chave”, e pólos de
marca turística: Aveiro, Coimbra, Viseu e Castelo Branco, para além de outras cidades
“médias”, que contribuem para uma estrutura produtiva, onde as palavras inovação e
tecnologia surgem com cada vez mais importância, não descurando no entanto, os
sectores mais tradicionais.
Os produtos principais são variados, permitindo ao visitante usufruir de vários
tipos de experiência, a saber: Touring Cultural e Paisagístico, Natureza, Saúde e Bem-
Estar, Sol e Mar, Turismo Náutico, Gastronomia e Vinhos, MICE e Golfe. A
conjugação destes produtos com marcas tradicionais de grande originalidade e
diferenciação regional como as Aldeias Históricas e de Xisto, concedem a esta região
um enorme potencial turístico que está ainda por explorar.
2. Administração, Destinos e Planeamento
Por todos estes motivos, surge a Entidade Regional de Turismo do Centro de
Portugal (ERTC), organismo público, com o objectivo de valorizar a área turística desta
região de Portugal, através da maximização dos recursos turísticos.
Das competências que lhe assistem, as fulcrais são o planeamento turístico, a
dinamização e a gestão dos recursos turísticos, da promoção turística, do
estabelecimento de parcerias, da instalação, exploração e funcionamento da oferta
turística e da formação e certificação profissional.
No entanto, esta entidade regional possui apenas 2 anos, e teve muitos contra-
tempos, tendo que se adaptar a uma nova realidade. Existiu a necessidade da criação de
novos métodos de trabalho, assim como fundamentalmente a uma melhor organização e
cooperação entre todas as entidades envolvidas neste processo, que tem como objectivo
fundamental fortalecer turisticamente cada região, e fazer com que as restantes
entidades dentro das suas sub-regiões, embora concorrentes entre si, sejam também
parceiras criando uma região forte.
2
No que diz respeito à missão e à estratégia desta entidade, esta encontra-se
dividida em três eixos fulcrais.
O primeiro que tem como objectivo a intervenção directa na estrutura da ERTC,
tendo presente e procurando seguir um trilho onde se destaca a modernização, a
agilização e a racionalização de procedimentos. Uma vez que a procura da ERTC é
principalmente constituída pela comunidade turística interna e externa, mas também por
agentes (empresas) do sector e naturalmente as autarquias.
O segundo encerra objectivos de operacionalidade no sector, procurando
dinamizar uma intervenção activa e uma promoção tecnologicamente moderna,
apelativa e da qual resultem efeitos sinérgicos positivos para o sector.
Um terceiro, onde a inovação e a sustentabilidade da acção sejam “o mote” a
adoptar numa nova forma de fazer turismo e que adapte o sector a eventuais alterações
de contextos económicos, e que se ajuste e dê resposta a alterações sociais, mas também
ambientais.
No que concerne aos objectivos desta entidade, estes foram realizados através
dos grandes domínios de intervenção da sociedade, que são, o planeamento turístico,
dinamização e gestão dos produtos turísticos regionais, promoção turística,
estabelecimento de parcerias, instalação, exploração e funcionamento da oferta turística
e a colaboração em actividades de formação e certificação profissional.
Assim, os objectivos da Entidade Regional do Turismo do Centro de Portugal
são:
Racionalização e Certificação de Procedimentos;
Modernizar, Agilizar e Investir no Turismo;
Qualificar o Território turístico
Promoção do destino Centro de Portugal;
Por outro lado, vamos abordar introdutoriamente o destino Centro. A região tem
cerca de 2 milhões e 700 mil pessoas, distribuídas por 41 cidades, 194 vilas e 1335
freguesias. É uma vasta área (cerca de 28.200 km2), com um conjunto de recursos à sua
disposição que permitem fazer desta região um destino de excelência. Assim, a Região
Centro possui um conjunto elevado de sistemas montanhosos, dos quais se destaca a
Serra da Estrela, a Serra de Montemuro, do Açor, da Gardunha e da Lousã, assim como
grandes bacias hidrográficas, como é exemplo o Rio Mondego, o Tejo e o Vouga.
3
No que diz respeito às zonas protegidas e Redes Natura 2000, esta região
também possui muitos pontos a seu favor. Deste modo, a Região Centro possui cerca de
350 mil hectares de zona classificada como Rede Natura 2000 e cerca de 190 mil
hectares divididos por dez áreas protegidas.
No entanto, esta região também possui pontos fracos como é o caso dos
aeroportos, uma vez que não existe nenhum na região, embora existam 7 aeródromos,
número apenas superado pela Região Norte (9). 1
Por fim, no que diz respeito ao Planeamento da Entidade dos mercados-alvo a
atingir e quais as formas de alcançar estes mercados a Entidade Regional do Turismo do
Centro decidiu seguir alguns métodos tradicionais e apostar noutros.
Assim, a participação em Feiras da actividade desenrolou-se durante todo o ano,
tendo por base as Feiras Nacionais e Regionais, com principais destaques para a BTL
(Bolsa de Turismo de Lisboa), que se realiza no início de cada ano na FIL (Feira
Internacional de Lisboa). A entidade aposta nas experiências que marcam e que
fidelizam o turista à região, oferecendo no seu stand momentos de cariz cultural,
degustações gastronómicas e vínicas, bem como, apresentações técnicas vocacionadas,
exclusivamente, para profissionais. O envolvimento dos agentes turísticos regionais,
procurou afirmar o modelo de cooperação e de proximidade com os profissionais. Outra
das feiras de enorme importância para a Região é a Mundo Abreu, que também se
realiza na FIL, durante o mês de Abril, sendo esta feira a única especializada na venda
directa de viagens ou packages ao consumidor final. A Região aproveita este certame
para promover um conjunto alargado de pacotes e estadias turísticas, vocacionadas para
o período da páscoa e épocas subsequentes. A Mundo Abreu é então uma oportunidade
única para ter conhecimento de novas ofertas turísticas, permitindo a compra de
packages a um preço final mais atractivo. Neste contexto, a marca Centro de Portugal
apresentou-se como um destino onde o segmento famílias, o segmento jovem ou turistas
individuais, poderão viver experiências únicas, complementares aos pacotes turísticos
adquiridos inloco.
No entanto, existem outras feiras nacionais, não vocacionadas directamente e
exclusivamente para o Turismo que são bastante importantes para a Região Centro,
como é o caso da Feira Nacional dos Parques Naturais e Ambiente, a realizar em Olhão
e a Fatacil, Feira de Artesanato, Turismo,
1 Anuário Estatístico da região Norte (2010) pg. 31-39 e 44-48
4
Agricultura, Comércio e Indústria de Lagoa, que permitem à Entidade uma maior
promoção da marca junto do Algarve, destino que na época que se realiza estas duas
feiras (Julho e Agosto respectivamente), atraem não só visitantes nacionais, mas
também estrangeiros.
Por outro lado, esta entidade tenta promover-se também junto das feiras
regionais, como a Expoflorestal em Albergaria-a-Velha, a Bienal do Azeite em Castelo
Branco, a Expofacic de Cantanhede, a Feira de S. Mateus em Viseu, entre outras, que
dão a conhecer ao visitante externo as potencialidades da Região, mas sobretudo ao
residente (ou ao visitante interno), que a maior parte das vezes não conhece as
potencialidades turísticas da sua própria região.
Para além do mercado nacional, a Região Centro aposta cada vez mais no
mercado vizinho, mas também em todo o Mercado Internacional. Assim, no que diz
respeito ao Mercado Espanhol, a Entidade de turismo da Região centro, tem vincado
cada vez mais a sua presença na FIO (Feira Internacional de Turismo Ornitológico), que
embora seja realizada em Portugal, no parque Nacional de Monfrague, é a de maior
expressividade da Península ibérica, para além da sua proximidade geográfica com
Espanha, faz com que a Região seja promovida, com a sua promoção além fronteiras.2
Por fim, a presença na FITUR 2011 (Feira Internacional de Turismo de Madrid),
realizada no presente mês, sendo considerada uma das mais importantes a nível europeu
e mundial, contou com a presença da Região Centro, que apostou numa presença de
alguns produtos que marcam a identidade da Região, como é o caso da Natureza,
Gastronomia, ou do Termalismo. Para além dos produtos, a aposta dos hoteleiros da
Região no certame foi bastante assinalável. No entanto, em entrevista de Pedro
Machado, presidente da Entidade de Turismo da Região Centro, este refere que um dos
grandes objectivos da presença da Região na Feira é o de «reafirmar as características
do destino», e lançar dois produtos novos: “o best off, um guia de alojamento para 2011
e um consórcio com empresas da região Centro a que demos o nome ‘Para os
Sentidos’». Todas estas iniciativas junto nesta feira e neste mercado são extremamente
fulcrais, uma vez que o Mercado Espanhol “Representa 66%, dos 30% de estrangeiros
que entram na região.”3
2 Relatório de Actividades (2009) da Região Centro. Pg – 16-23.
3 Entrevista de Pedro Machado ao Café Portugal na sequência da FITUR
5
3. Estudo de Caso: Região Centro
3.1 Visão global
O turismo desempenha um importante papel no tecido económico do país, quer a
nível produtivo, quer a nível de emprego absorvendo aproximadamente 10% do PIB
(Produto Interno Bruto). Apesar da tendência descendente do Consumo Turístico desde
2008 se reflectir também numa redução da sua proporção em termos do PIB, estima-se
que essa percentagem continue a superar os 10%, em 2009 e 2010. Esta evolução
reflecte um ritmo de crescimento nominal do Consumo Turístico em 2008 e em 2009
inferior ao do PIB da economia nacional avaliado a preços de mercado,
respectivamente, 1,2% e 2,1% em 2008, e -5,0% e -1,7% em 2009.
Por outro lado, as receitas atribuídas a este sector constituem um forte contributo
para o equilíbrio do saldo da Balança Turística Portuguesa. Tendo por base os últimos
dados relativos à Balança Turística Portuguesa disponibilizada pelo Banco de Portugal,
em 2009 as receitas provenientes do Turismo ascenderam a 6 918 milhões de Euros,
enquanto em 2008 tinham atingido os 7 440 milhões de Euros, registando-se, assim, um
decréscimo de 7,0%. Esta queda das receitas turísticas vai de encontro ao contexto
económico global desfavorável, verificando-se níveis de receitas próximos dos de 2006.
Simultaneamente, as despesas turísticas de 2009 fixaram-se em 2 712 milhões de Euros,
o que representa uma regressão de 7,7%, face ao ano transacto, saldando-se a balança
turística em 4 206 milhões de Euros, o equivalente a -6,6% face a 2008. Já a taxa de
cobertura da balança turística de 2009 (255,1%) superou em 1,9%. O registo do ano
anterior, beneficiando da diminuição menos acentuada das receitas face às despesas
turísticas.
No período de 2000 a 2009, as receitas turísticas registaram um crescimento
médio anual de 2,1%, enquanto o crescimento médio das despesas turísticas se fixou em
1,2% ao ano, proporcionando um acréscimo médio do saldo da balança turística para
esse período de 2,8%.
Mantendo a estrutura de anos anteriores, em 2009 o Reino Unido, a França, a
Espanha e a Alemanha foram os principais mercados emissores de fluxos monetários
turísticos para Portugal, e consequentemente para a região Centro, representando cerca
6
de 60% das receitas turísticas globais. Estes foram igualmente os principais mercados
receptores de divisas provenientes do turismo nacional4.
Relativamente à organização do estudo, começa-se pela apresentação dos
principais produtos turísticos de forma a ser possível analisar a actividade da Região
Centro num contexto nacional, abordando as principais áreas. Em seguida, o alojamento
e a duração do mesmo, ou seja, uma procura turística, observando-se os movimentos de
hóspedes e dormidas em todos os meios de alojamento, com especial destaque para as
dormidas na hotelaria. Abordam-se também outros indicadores que lhes estão
associados (taxa de ocupação e estada média), concluindo-se este ponto com uma breve
referência ao fenómeno da sazonalidade inerente à actividade turística. Numa segunda
parte, prossegue-se a caracterização da actividade turística no caso particular da Região
Centro, confrontando-a com o total do país. Neste sentido, procura-se descrever o
turismo na óptica da oferta recorrendo-se essencialmente a indicadores de capacidade de
alojamento, tentando identificar as zonas de maior implantação turística, através da
criação de uma análise SWOT. Posteriormente, abordaremos a Região Centro através da
perspectiva do PENT (Plano Estratégico Nacional para o Turismo).
Por fim, passa-se por analisar a perspectiva regional, com principal incidência no
QREN (Quadro de Referência Estratégico para o Turismo) e o PROT (Plano regional de
Ordenamento do Território), e quais são os seus objectivos, operações e os seus eixos
para fortalecer a Região Centro.
3.2 Procura Turística
No que concerne à procura turística, a entidade de Turismo da Região Centro
tem unido esforços para que cada vez mais esta marca se afirme no panorama nacional
pelos visitantes nacionais e internacionais. Assim, a entidade criou 4 pólos de marca
Turística (Dão-Lafões, Ria de Aveiro, Coimbra e Castelo Branco/Naturtejo), que
possuem como principais domínios de intervenção o planeamento turístico, a
dinamização e gestão dos produtos regionais, promoção turística, estabelecimento de
parcerias, instalação, exploração e funcionamento da oferta turística e colaborar em
actividades de formação e certificação profissional. 5
4 Estatísticas do Turismo (2009), INE (Instituto Nacional de Estatística) pg: 21-23
5 Plano de Actividades da Região Centro. Entidade Regional do Turismo do Centro Pg: 10-11
7
3.2.1 Produtos Principais
No que diz respeito aos produtos para esta região, a Entidade aposta em produtos
estratégicos e produtos estratégicos complementares. Assim, dentro dos produtos
estratégicos temos o Touring Cultural e Paisagístico (onde os Monumentos, os Museus,
a arte Contemporânea, as Aldeias Históricas e as Aldeias de Xisto assumem um papel
preponderante). Outro dos produtos estratégicos é o Turismo de Natureza, que tem
como subprodutos fundamentais as Áreas Protegidas, as Áreas Classificadas, as Serras e
outros espaços de Natureza. Existe também o Turismo de Saúde e Bem-Estar, produto
de cada vez mais importância para o visitante. Neste ponto, as termas, surgem como
forma mais natural deste tipo de turismo, mas também os SPA’s que tem cada vez mais
influência na característica deste produto. As águas minerais são uma dádiva da
Natureza. Esta fonte é aproveitada nas Estâncias Termais, que juntam o conhecimento
da hidrologia médica aos mais modernos equipamentos e técnicas, contando com
profissionais qualificados para assegurar a correcta utilização na promoção da saúde e
da qualidade de vida. Na região Centro, localiza-se o maior número de Termas do país
(11), e é possível sentir os benefícios de uma variedade de águas e experimentar uma
diversidade de programas terapêuticos e de bem-estar termal. Destacam-se pela sua
tradição e importância as termas as Curia, a Malo Clinic Spa do Luso, o Centro Termal
de S. Pedro do Sul e as Termas de Alcafache.
Outro dos produtos estratégicos para esta região é o Sol e Mar, uma vez que a
Região Centro tem uma costa litoral com uma vasta linha de costa (279 km).6 Assim,
faz todo o sentido que as Praias Oceânicas sejam uma forte aposta da Região. Praias
bastante conhecidas como as da Tocha, Quiaios, Mira, Esmoriz ou Cortegaça. No
entanto, o concelho do centro do Sol e Mar por excelência é a Figueira da Foz. Contudo,
nem só das praias oceânicas “vive” a região centro, mas também das praias fluviais,
devido aos fantásticos rios existentes nesta região, sendo que os Concelhos de Arganil,
Góis, Pampilhosa da Serra e Vila de Rei, são as que possuem o maior número de praias
deste tipo.
Outro dos produtos de grande importância para a região, não só pela dimensão
da costa acima referida, mas também pelo grande crescimento deste produto a nível
nacional, é o Turismo Náutico. Este produto turístico ainda se encontra numa fase de
6 Anuário Estatístico da Região Centro (2010). Área, perímetro, Extensão Máxima e Altimetria, por NUT’s
II. Pg. 32
8
crescimento, não existindo em certos locais as estruturas necessárias para a prática deste
tipo de turismo na região. No entanto, já existe um número significativo de cais de
acostagem, (10), destacando-se o concelho de Ílhavo com 4. Assim, o potencial para a
existência de um verdadeiro sector náutico na região Centro, como cenário para o
desenvolvimento da actividade desportiva e económica, continua bem presente:
Linha costeira extensa e bacias hidrográficas afluentes;
Património histórico de particular valor, associado aos Descobrimentos;
Rico e diversificado património etnográfico, decorrente das actividades
piscatórias desenvolvidas nessa mesma faixa litoral;
Sector de construção naval com representatividade socioeconómica;
Maior número de empresas a operar no sector;
Existência de agentes e infra-estruturas passíveis de potenciarem a
Náutica;
A par deste conjunto de aspectos, há ainda que contar com uma maior
visibilidade político-institucional que a Náutica tem vindo a ter, quer em termos da
União Europeia, com o lançamento do Livro Verde para a Política Marítima, quer em
termos nacionais, com a formação da Unidade de Missão dos Assuntos do Mar,
dependente da própria Presidência do Conselho de Ministros.7
Dentro deste produto, a Vela, é o principal desporto náutico que tem como
destino Portugal, devido também às prestações internacionais dos nossos velejadores.
Assim, o desenvolvimento deste produto deverá assentar na vela, pois para além de
existir um elevado número de praticantes na Europa, Portugal possui muito boas
condições para a prática desta modalidade. Desta forma, as estações náuticas são o
subproduto prioritário na medida em que permitem a prática do turismo náutico nas
várias vertentes associado a uma oferta complementar. A estação náutica oferece desde
cursos de vela, windsurf, charter náutico, sendo complementada pela oferta de serviços
e actividades culturais, gastronómicas, desportivas, e espaços de lazer e entretenimento,
como centros comerciais, restaurantes, e serviço de alojamento8, permitindo que o
visitante permaneça no local/região e aumentando o seu gasto médio diário.
Por fim, o último produto que a Entidade do Turismo da Região Centro de
Portugal definiu como estratégico é a Gastronomia e Vinhos. Dentro deste produto, os
7 A Náutica como factor de Desenvolvimento da Região Norte. Projecto Náutica (2008). Pg. 8
8 A Náutica como factor de Desenvolvimento da Região Norte. Projecto Náutica (2008). Pg. 14
9
subprodutos que mais se destacam são os Produtos Regionais, como os Ovos-moles de
Aveiro, o Azeite de Idanha-a-Nova, ou a Vitela de Lafões. Outro dos subprodutos de
grande importância é os pratos típicos, sendo alguns bastante conhecidos, como é o caso
da Chanfana de Coimbra, a Caldeirada de Borrego da Idanha-a-Nova, mas também, e
talvez o mais famoso, o Leitão Assado da Bairrada. As confrarias, são também um
ponto forte dentro deste produto, e uma aposta muito forte da região. Assim, a Confraria
Gastronómica do Leitão da Bairrada (Anadia), a Confraria dos Ovos-moles (Aveiro), a
Confraria da Lampreia (Penacova), a Confraria do Maranho (Sertã), a Confraria do
Medronho (Tábua) e a Confraria Gastronómica do Dão (Viseu), são algumas das que
mais se destacam nesta região. Por último, o enoturismo surge actualmente também
como um dos subprodutos de maior importância a nível nacional e regional, muito
devido à alteração do conceito das “caves”, sendo que o visitante não visita apenas as
caves e prova o vinho, mas também pode pernoitar nessas casas, elaborar o seu próprio
vinho, verificar todo o processo desde a uva até à embalagem (produto final), entre
outros. Muitas são as caves desta região 30, (incluindo as Caves, Casas e Quintas)9,
existindo muitas que são conhecidas do senso comum, como é exemplo as Caves
Aliança (Anadia), Caves Primavera (Águeda), assim como algumas Rotas, como a Rota
da Bairrada, ou a Rota do Dão, assim como o Museu do Vinho da Bairrada (Anadia).
Para além dos produtos estratégicos, a Entidade Regional do Turismo do Centro
aposta nos produtos estratégicos complementares. Assim, um dos produtos é o Turismo
de Negócios. De acordo com a UNWTO, mais de 15% das chegadas de turistas
internacionais provêm deste produto.10
Assim, a Região Centro, tenta responder às
características do mercado, e possuir espaços para reuniões e congressos que satisfaçam
as necessidades dos turistas. Estes espaços estão concentrados nas grandes cidades da
região, Aveiro, Coimbra, Castelo Branco e Viseu, com especial destaque para o Centro
Cultural e de Congressos de Aveiro, as Associações Empresariais de Castelo Branco e
Coimbra, mas sobretudo, pela sua dimensão e capacidade a Aveiro Expo, empresa
municipal. Para além destes espaços existe a aposta cada vez mais forte das unidades
hoteleiras em criar espaços para este tipo de produto, embora a dimensão das salas seja
na maior parte das ocasiões mais pequena.
Por fim, o último produto estratégico complementar é o Golfe. Segundo dados
do Ministério da Economia e Inovação, o Golfe possui um volume de procura bastante
9 Entidade Regional de Turismo da Região Centro. Gastronomia e Vinhos
10 UNWTO. Tourism Highligths 2010 Edition. Internacional Tourism. Pg.3
10
grande, cerca de 2 milhões de viagens internacionais por ano, apenas na Europa, para
além de uma estimada taxa de crescimento de 7% ao ano. Outras das oportunidades da
Região para este produto, é a despesa média diária por pessoa, cerca de 250€.11
No
entanto, este produto encontra-se numa fase muito embrionária na região, uma vez que
existem unicamente 4 espaços para a prática do Golfe, sendo duas academias
(Academia Municipal do Golfe de Cantanhede e Academia de Golfe da Quinta das
Lágrimas), 1 hotel (Hotel Montebelo em Viseu) e o Golfe da Anadia.
3.2.2 Alojamento e Duração da Estadia
Segundo dados do Anuário Estatístico da Região Centro12
, vamos então de
seguida analisar os dados da Hotelaria nesta Região. Assim, a Região Centro, possui,
segundo dados de 2009, em relação ao número de noites, uma estadia média de
hóspedes estrangeiros fixado nas 2,1 noites, contrariando, com a média de 3,6 noites
verificado em Portugal. Destaca-se nesta região a sub-região do Baixo Vouga com 2,1
noites, e em especial para o concelho de Ovar (3,4 noites)13
. Ao invés, a sub-região que
apresenta os piores resultados é o Pinhal Interior Sul e a Beira Interior Norte, com
destaque para Figueira de Castelo Rodrigo com a média de 1 noite. No que diz respeito
à capacidade de alojamento por cada mil habitantes, a Região Centro demonstra que a
sua capacidade hoteleira, encontra-se abaixo da média nacional, 16,2 para a Região
Centro, contrastando com os 25,7 em Portugal. Aqui, a sub-região com maior destaque
é a Cova da Beira, com 21,9 hóspedes por cada 1000 habitantes, em ponto inverso, está
a sub-região do Pinhal Interior Norte, com 4,9 hóspedes por cada 1000 habitantes. Por
consequência, os hóspedes por habitante na região são de 0,9, em contraste com os 1,2
em Portugal. Neste ponto, a sub-região com mais hóspedes por habitante é a Cova da
beira com 1,6 e com menos o Pinhal Interior Norte com 0,3 habitantes. Outro dos
pontos bastante interessantes da Região Centro, é que contrasta totalmente com a média
nacional no que diz respeito à proporção de hóspedes estrangeiros. Deste modo,
enquanto em Portugal a percentagem é de 50,1% em 2009, na região centro esse valor
baixa para os 29,9%. Aqui, a sub-região que mais se destaca é o Baixo Mondego com
39,7% e a sub-região com o valor mais baixo é o Pinhal Interior Sul, com 3,1%. No que
11 Ministério da economia e Inovação. PENT – Produtos Tradicionais: Requalificação. Pg.8 12
Anuário Estatístico da região centro 13
Nesta análise não se analisa as regiões do Pinhal Litoral, Serra da Estrela, Oeste e Médio Tejo, que não fazem parte desta região turística.
11
concerne às dormidas em estabelecimentos por cada 100 habitantes, mais uma vez, a
região destaca-se pelo seu valor ser muito baixo em relação à média nacional. Assim,
Portugal apresenta 342,7 dormidas por cada 100 habitantes, enquanto a região Centro
apresenta 157,4 dormidas. Deste valor, destaca-se a sub-região a Região da Cova da
Beira com 254,9 dormidas, enquanto a sub-região Pinhal Interior Norte apresenta o
valor mais baixo, 45 dormidas. Em relação aos proveitos de aposento por capacidade de
alojamento, e não contrariando a tendência, a região centro apresenta um valor mais
baixo que a média de Portugal. Assim, enquanto no nosso país a média de proveitos é
de 4,3 milhares de €, na região centro é unicamente de 2,8 milhares de euros. A sub-
região que mais se destaca é o Baixo Mondego, com 3,7 milhares de euros, em contraste
com a sub-região, é o Pinhal Interior Norte com 2,3 milhares de euros. Por fim, e outro
dos aspectos muito importantes a nível turístico é a sazonalidade. Aqui, a região centro
mantêm-se “fiel” ao manter valores mais baixos do que a média nacional, mas valores
bastante ligeiros. Assim, a proporção de dormidas entre Julho e Setembro (época alta),
em Portugal foi de 37,5%, enquanto na região centro, foram 36,2%. Dentro destes
valores, a sub-região que sofre mais com a sazonalidade é o Pinhal Interior Sul, com
38,2%, ao invés, a sub-região do centro que menos sofre com a sazonalidade é a Cova
da Beira com 27,9%. 14
No que concerne à estada média no estabelecimento hoteleiro, a Região Centro
continua a ter uma média bastante mais baixa em relação à média nacional. Assim, a
estada média num estabelecimento hoteleiro da região é de 1,8 noites, enquanto em
Portugal, esse valor passa para as 2,8 noites. Dentro da região Centro, a sub-região com
uma média de noites mais superior é Dão-Lafões com 2,2 noites, ao invés, a sub-região
com uma estada média mais baixa é a Beira Interior Norte com 1,4 noites. Neste ponto,
existe um factor que importa referir. Em Portugal, o número médio maior é nos outros
estabelecimentos hoteleiros (4,2 noites), ao contrário da região Centro, onde o tipo de
alojamento com maior média é o Hotel (1,8 noites). No que diz respeito à taxa de
ocupação-cama, os números reflectem claramente a mesma estatística. Assim, a média
de ocupação da Região Centro é de 27,9%, ao contrário, Portugal apresenta uma média
de ocupação cifrada nos 38,3%. Dentro deste, a sub-região que apresenta uma maior
taxa média de ocupação é o Baixo Mondego com 34,4%, ao invés da sub-região Beira
Interior Norte com 23,7%. Neste ponto existe uma “concordância” entre a unidade
14 Anuário Estatístico da Região Centro 2010. Indicadores de Hotelaria por Município, 2009. Pg. 351-352
12
hoteleira com uma melhor média, quer para a região Centro, quer para Portugal, que são
os Hotéis com 31,6 e 40,5% respectivamente.15
Vamos agora analisar os estabelecimentos hoteleiros, no que concerne à sua
capacidade, e aos proveitos que consegue chegar. Assim, segundo dados referentes até
ao dia 31/07/2009, Portugal possuía 1988 estabelecimentos hoteleiros, enquanto a
Região Centro possuía 413. Neste indicador, há que referir que as pensões são o tipo de
unidade de alojamento que possui uma maior quantidade, sendo 804 em Portugal e 196
na Região Centro. Curiosamente, só depois é que vêm os Hotéis, sendo que Portugal
tinha nesta data 681 e a Região Centro 167. No que diz respeito à capacidade do
alojamento, a Região Centro possuía nesta altura capacidade para albergar 38605
pessoas, enquanto Portugal tinha uma capacidade de 273804 visitantes. Dentro deste
ponto, pelas suas características, destacam-se os Hotéis, sendo que os da Região Centro
possuem capacidade para 23859 pessoas, e em Portugal 141575 pessoas. Dentro deste
ponto, e analisando mais especificamente a Região Centro, a sub-região com mais
capacidade de alojamento é o Baixo Mondego com capacidade para 5087 pessoas, ao
invés, a sub-região com menos capacidade é o Pinhal Interior Sul. Por fim, no que diz
respeito aos proveitos de aposento, Portugal apresenta um valor de 1 190 057 milhares
de euros, enquanto a Região Centro, apresenta um valor de 109 398 milhares de euros.
Neste ponto, analisa-se que os proveitos preconizados pela Região centro com cerca de
um décimo do total do país, ou seja, há que criar experiências, animação, e todas as
formas possíveis, para que o visitante permaneça mais tempo na região e
consequentemente, gaste mais dinheiro. Na Região Centro, a sub-região com mais
proveitos é o Baixo Mondego, com proveitos de 18 644 milhares de euros, ao contrário
da sub-região o Pinhal Interior Sul possui proveitos de apenas 967 milhares de euros.16
No que concerne às dormidas e hóspedes em 2009, podemos verificar que
Portugal tem um valor de dormidas bastante elevado, 36 457 069 dormidas, enquanto
dormiram na Região Centro 3 747 517 pessoas. Na Região, a sub-região que apresentou
um maior número de dormidas foi o Baixo Mondego com 617 067 dormidas, ao
contrário da sub-região é o Pinhal Interior Sul com 31 092 dormidas. Dentro deste
ponto, convém referir que os Hotéis foram a unidade preferida, quer para os visitantes
de Portugal quer para os da Região Centro. Assim, as dormidas neste tipo de alojamento
15
Anuário Estatístico da Região Centro 2010. Indicadores de Hotelaria por Município, 2009. Pg. 353-354 16 Anuário Estatístico da Região Centro 2010. Indicadores de Hotelaria por Município, 2009. Pg. 355-356
13
em Portugal cifraram-se nas 20 384 570, enquanto na região Centro foram 2 673 817
dormidas. No que diz respeito ao número de hóspedes, Portugal apresenta um valor de
12 927 907 hóspedes e a Região Centro 2 044 873. Dentro da Região Centro, a sub-
região que apresenta um maior volume de hóspedes é o Baixo Mondego, com 360 459
hóspedes, ao invés, a sub-região com menos hóspedes é o Pinhal Interior Sul com 18
476 hóspedes. 17
Neste ponto, importa referir que tanto ao nível das dormidas, como do
número de hóspedes a sub-região do Baixo Mondego é a que apresenta melhores
resultados, enquanto o Pinhal Interior Sul a que apresenta piores.
No que diz respeito às dormidas segundo o país habitual de residência, que mais
dorme em Portugal, são os Portugueses, fazendo jus ao slogan “Vá para fora cá dentro”,
com 13 242 692 dormidas, o mesmo acontecendo na região Centro com 2 454 594
dormidas nacionais. Dentro da Região do Centro, a sub-região com mais dormidas de
Portugueses é Dão-Lafões com 410 628 dormidas, enquanto o Pinhal Interior Sul tem o
menor número de dormidas de nacionais, 30 210 dormidas.18
Neste ponto, importa
salientar que embora a região de Dão-Lafões tendo sensivelmente menos 160 mil
dormidas (456 916), do que o Baixo Mondego (617 067), consegue obter um maior
número de dormidas de nacionais, 410 628, contra as 351 381 do Baixo Mondego.
No que concerne ao número de hóspedes nos estabelecimentos hoteleiros
consoante o país de residência, Portugal teve um número de hóspedes de 12 927 907
hóspedes e a Região Centro 2 044 873 hóspedes. Dentro deste, a sub-região com o
maior volume de hóspedes foi o Baixo Mondego com 360 459 hóspedes, ao invés, a
sub-região com o menor número de hóspedes foi o Pinhal Interior Sul com 18 476
hóspedes. No que concerne aos hóspedes Portugueses, Portugal teve 6 449 236,
enquanto a Região Centro, teve 1 433 381 hóspedes nacionais. Nesta região, a maior
parte dos nacionais preferiu desfrutar das unidades de alojamento da sub-região do
Baixo Mondego, com 217 526 hóspedes, enquanto a sub-região com menos hóspedes
nacionais foi o Pinhal Interior Sul com 17 902 hóspedes.19
Neste ponto importa realçar
que o volume de hóspedes para a sub-região com mais, e com menos hóspedes não
sofreu alteração, dando ainda mais importância ao dado acima referido, em que numa
sub-região, Baixo Mondego, existiu o maior número de dormidas, mas não o maior
17
Anuário Estatístico da Região Centro 2010. Indicadores de Hotelaria por Município, 2009. Pg. 357-358 18
Anuário Estatístico da Região Centro 2010. Indicadores de Hotelaria por Município, 2009. Pg. 359-360 19 Anuário Estatístico da Região Centro 2010. Indicadores de Hotelaria por Município, 2009. Pg. 361-362
14
número de dormidas de nacionais, que foi para a sub-região Dão-Lafões, embora o
número de hóspedes desta, também seja menor.
Por fim, no que concerne aos estabelecimentos, quartos e capacidade de
alojamento em turismo no espaço rural, Portugal possui 1047 unidades de alojamento
deste tipo, enquanto a Região Centro possui o segundo melhor registo, atrás da região
Norte, com 232 unidades, sendo 86 de Turismo Rural. No que diz respeito ao número
de quartos, Portugal possuía 6733 quartos, e a Região Centro 1 541 quartos. Para
finalizar, no que concerne à capacidade de alojamento total, Portugal possuía 11692,
enquanto a Região Centro 2 656.20
20 Anuário Estatístico da Região Centro 2010. Indicadores de Hotelaria por Município, 2009. Pg. 363
15
3.3 Análise SWOT
Pontos Fortes Pontos Fracos
Boa inserção nas redes transeuropeias e na
articulação do território nacional.
Património natural diversificado com
qualidade paisagística
Recursos naturais: oceano Atlântico (275 Km
de costa), dotação de recursos hídricos,
termais, geológicos, florestais (47% do
território ocupado por floresta, representando
32% da área florestal do país)
Património histórico e arquitectónico
relevante, identidade cultural e produtos
regionais com tradição e qualidade.
Imagem de destino seguro
Acessibilidades
Assimetrias de desenvolvimento intra-
regionais muito acentuadas.
Elevados níveis de poluição dos recursos
hídricos, com impactos negativos na orla
marítima.
Envelhecimento populacional e fraca
capacidade de rejuvenescimento da população.
Fraca acessibilidade intra regional: isolamento
do Interior
Forte sazonalidade
Escassez de mão-de-obra e falta de recursos
humanos qualificados na área do turismo
Destinos concorrentes dentro do país
Região não possui aeroporto
Inadequada descriminação na escolha dos
produtos turísticos do PENT
Oportunidades Ameaças
Valorização dos recursos naturais,
patrimoniais e culturais para o
desenvolvimento turístico, diversificação da
economia regional e dinamização da base
económica local.
Quadro Comunitário de Apoio do QREN
Relativa Proximidade do aeroporto Francisco
Sá Carneiro
Proximidade dos 2 grandes centros urbanos do
País
Futuras portagens na A25
Tendência económica dos próximos anos
16
3.4 Orientações Estratégicas segundo o PENT
O PENT (Plano Estratégico Nacional para o Turismo), é uma iniciativa do
Governo, da responsabilidade do Ministério da Economia e da Inovação, para
concretizar as acções definidas para o crescimento sustentado do Turismo nacional nos
próximos anos, e orientar a actividade do Turismo de Portugal, ip.
Este projecto apresenta uma série de objectivos e linhas de desenvolvimento
estratégico para o sector, que foram materializadas em 5 eixos, através de 11 projectos.
Assim, o Turismo é um dos principais sectores da economia nacional, tendo o
seu peso na economia vindo a crescer nos últimos anos (11% do PIB em 2004). No
entanto, Portugal perdeu quota de mercado a nível internacional, e está muito
dependente de quatro mercados emissores e do desempenho de três regiões (Algarve,
Lisboa e Madeira), tendência que este trabalho pretende demonstrar que é possível
alterar ou pelo menos, minimizar.
O Turismo é também afectado, e muito no nosso país por uma elevada
sazonalidade e limitações nas ligações aéreas.
A proposta de Portugal é apostar nos factores que mais nos diferenciam de
outros destinos concorrentes – “Clima e luz”, “História, Cultura e Tradição”,
“Hospitalidade” e “Diversidade concentrada” – e em elementos que qualificam Portugal
para o leque de opções dos turistas – “Autenticidade moderna”, “Segurança” e
“Qualidade competitiva”.
Seleccionaram-se 21 mercados emissores alvo, incluindo o mercado interno, que
foram diferenciados em função do seu potencial e do posicionamento competitivo de
Portugal, e classificados em 3 grupos:
Mercados Estratégicos: Portugal, Reino Unido, Alemanha, França e
Espanha;
Mercados a Consolidar: Países escandinavos, Itália, Estados Unidos,
Brasil, Japão, Holanda, Bélgica e Irlanda;
Mercados de Diversificação: Áustria, Suíça, Rússia, Canadá, Polónia,
República Checa, Hungria e China.
17
3.4.1 Áreas e Produtos Turísticos Prioritários
Portugal dispõe das “matérias-primas” – condições climatéricas, recursos
naturais e culturais – indispensáveis à consolidação e desenvolvimento de 10 produtos
turísticos estratégicos: Sol e Mar, Touring Cultural e Paisagístico, City Break, Turismo
de Negócios, Turismo de Natureza, Turismo Náutico, Saúde e Bem-estar, Golfe,
Resorts Integrados e Turismo Residencial, e Gastronomia e Vinhos.
Neste ponto, há que referir que através deste projecto, são “apostas” para a
Região Centro o Touring Cultural e Paisagístico, o Turismo de Natureza, Saúde e Bem-
Estar e Gastronomia e Vinhos, não referindo o Golfe e o Turismo Residencial, por fazer
parte do pólo do Oeste. No entanto, a entidade Regional de Turismo da Região Centro
refere que também são produtos de relevância (produtos estratégicos) nesta área o Sol e
Mar e o Turismo Náutico, para além de que são produtos estratégicos complementares
para a região o Turismo de Negócios e o Golfe. Ou seja, apenas o Turismo Residencial
e os City Breaks é que não são aposta da Entidade.
Assim, vamos em seguida abordar especificamente cada produto em que o
PENT refere, mais as apostas de produtos da entidade turística da Região Centro.
Dentro de cada produto, vamos abordar algumas particularidades referentes aos
produtos. Dentro das oportunidades e requisitos do mercado, aborda-se o Perfil do
Consumidor e os requisitos do sector. No que diz respeito às estratégias de
desenvolvimento, vamos abordar as localizações prioritárias e as fases de
desenvolvimento.
3.4.1.1 Touring Cultural e Paisagístico
Deste modo, o Touring Cultural e Paisagístico tem como motivação principal
descobrir, conhecer e explorar os atractivos de uma região. Este Touring pode ser
Genérico, onde o “tour” é a essência do produto, representando 90% das viagens deste
produto. Ou então temático, ou seja, focalizado num determinado tema. Este produto
tem tido um forte crescimento ao longo dos anos, tendo quase duplicado o seu valor
desde 1997 a 2004, segundo dados do PENT. Como principais emissores deste tipo de
turismo surgem a Alemanha, Itália, França e Reino Unido, que representam cerca de
65% das viagens de Touring na Europa.21
Outro dos dados de grande importância, é que
21 Inquérito do European Travel Monitor – 2004, cit in: Touring Cultural e Paisagístico. Pg: 9
18
cerca de 85% dos turistas deste tipo de produto, pernoitam 4 noites ou mais. No que diz
respeito ao gasto médio diário, este varia muito, consoante a forma como se realiza a
viagem, por exemplo, se comprando um “package”, ou de forma própria.
No que diz respeito ao perfil do consumidor deste produto, são maioritariamente
casais sem filhos e reformados, com um nível socioeconómico médio, médio/alto.
Informam-se através de todos os meios de informação disponíveis (Internet, Brochuras,
Familiares e amigos, entre outros), e compram geralmente na Internet e nas Agências de
Viagem. As visitas deste produto são durante todo o ano, mas com mais preponderância
nas épocas altas.22
Em relação aos requisitos do sector é preciso distinguir os requisitos básicos, dos
requisitos chave, para poder competir com êxito. Assim, como requisitos básicos do
sector para este produto são dispor de uma riqueza e variedade de atractivos naturais e
culturais, algo que a Região Centro possui para oferecer. Uma vez que, “com
diversidade cultural e paisagística do seu território, proporciona uma quantidade infinita
de cenários de pura beleza. A sua dimensão e configuração, aliadas às condições de
mobilidade, proporcionam momentos de lazer onde a rota traçada é sempre diferente e
mais surpreendente que a anterior.”23
No entanto, são também necessários factores chave, os factores de diferenciação
do produto num determinado destino, ou seja, criar as melhores condições para o
descobrimento, conhecimento e fruição das atracções do destino. Desta forma, e com as
capacidades da região o PENT confirma que neste contexto, a curto e médio prazo, os
esforços de desenvolvimento da oferta de produtos de touring deveriam concentrar-se
nas regiões do Centro – Norte, Lisboa - Alentejo e nas ilhas dos Açores e Madeira. Na
região constituída pelo Centro e Norte do país, Portugal deveria-se valorizar as rotas do
interior para estimular o desenvolvimento turístico desta parte do território. Por
exemplo, um itinerário que ligue cidades com recursos de alto valor cultural como
Coimbra, Aveiro, Viseu e Guarda. Outras rotas a desenvolver seriam as Aldeias
Históricas.24
Assim, como um resumo deste produto para a região Centro, vamos abordar
quais as linhas de actuação para o desenvolvimento deste produto na região do Centro.
Deste modo, o touring na região do Centro está fundamentalmente focalizado no litoral.
22
Touring Cultural e Paisagístico. Perfil do Consumidor. Pg: 14 23
Turismo do Centro. Disponível em: http://www.turismodocentro.pt/pt/?op=ofertas&tema=1 24 Touring Cultural e Paisagístico. Localizações Prioritárias. Pg: 55-56
19
O interior do país, apesar de contar com muitas atracções de interesse turístico, sofre de
um processo de desertificação humana, provocando uma baixa actividade empresarial e
insuficiente oferta turística. Por este motivo, Portugal deveria estimular o turismo no
interior, seguindo as seguintes linhas de actuação:
Valorização de recursos e atracções ‘virgens’ que possam ser estruturados como
produto turístico.
Reabilitar e reconverter edifícios históricos.
Criar itinerários de touring que incluam visitas a locais de interesse natural,
histórico-monumental e cidades de média dimensão, num curto espaço de
tempo. Por exemplo: Aldeias de Xisto, Aldeias históricas, praias fluviais, Parque
Natural do Tejo Internacional, Serra da Estrela, entre outros.
Cidades importantes: Coimbra, Aveiro, Viseu, Guarda e Castelo Branco.25
3.4.1.2 Turismo de Natureza
O Turismo de Natureza tem como motivação principal viver experiências de
grande valor simbólico, interagindo e usufruindo da natureza. O Turismo de Natureza
pode ser de dois tipos. Natureza soft, que representa 80% das viagens deste produto, que
baseia-se em experiências de actividade ao ar livre de baixa intensidade. Por outro lado,
as actividades de natureza hard, actividades que requerem um elevado grau de
conhecimento e concentração.
Este foi também um produto que praticamente duplicou o seu volume de viagens
de 1997 a 2004. A Alemanha e a Holanda são os principais emissores deste tipo de
turismo, representando cerca de 25% das viagens. Este produto representa um mercado
de 22 milhões de viagens internacionais por ano na Europa. Neste tipo de produto cerca
de 85% das viagens são de 4 ou mais noites. No turismo de Natureza o gasto médio
diário também é muito variado.
Assim, o perfil do consumidor deste produto são famílias com filhos ou casais,
com idades compreendidas entre os 20 e os 35 anos. No entanto, procuram uma
informação mais especializada, através de revistas do âmbito. Compram as suas viagens
sobretudo na Internet e procuram alojamentos pequenos como os hotéis de 3 e 4 estrelas
25 Touring Cultural e Paisagístico. Quadro 12. Pg: 58
20
de pequena dimensão e os Hotéis Rurais. Fazem as suas viagens maioritariamente nas
épocas de Primavera e Verão. 26
O Turismo de Natureza, como todos os outros produtos necessita de factores
básicos. Assim, neste produto é necessário, uma enorme diversidade de recursos
naturais, a existência de espaços naturais protegidos, boas acessibilidades, e limpeza e
conservação das zonas envolventes. Como factores chave, ou factores de êxito, é
necessário que a Região Centro possua abundantes e atractivos recursos naturais (factor
básico) mas que estejam adequadamente organizados e preparados para o seu uso
turístico, através de uma regulamentação clara e rigorosa para proteger e conservar os
espaços naturais, porém compatível com o seu uso turístico.
Assim, o Turismo de Natureza, especialmente na modalidade soft, deveria
concentrar-se (como primeira prioridade) nos Açores, Madeira, Centro e Porto e Norte.
Desta forma, é muito importante este factor para a região Centro, pois é uma das
grandes apostas da Entidade, tendo como slogan “parta de mochila às costas e descubra
mais sobre este paraíso.”27
Por fim, em relação às linhas de desenvolvimento deste produto, o Turismo de
Natureza na Região Centro, encontra-se na fase de Planeamento. Apesar de contar com
bons exemplos de estruturação e desenvolvimento de produtos e rotas de natureza
(Aldeias de Xisto, Rota dos Fósseis, Aldeias Históricas, entre outros), em geral verifica-
se a ausência de infraestruturas e serviços básicos destinados ao uso turístico. Torna-se
necessário realizar um esforço na melhoria das vias secundárias, da sinalização das vias,
das rotas e itinerários pedestres, aumentar a qualidade e quantidade da oferta de
alojamento e de restaurantes, assim como estruturar um maior número de pontos de
informação turística e de centros interpretativos.28
3.4.1.3 Saúde e Bem-Estar
O produto saúde e Bem-Estar tem como motivação principal recuperar o bem-
estar físico e psíquico. Este produto pode dividir-se em Turismo de Saúde; consiste na
realização de um tratamento para uma doença, representando 20% do total deste
produto, Bem-Estar Geral; que baseia-se na experiência do equilíbrio e da harmonia
26 Turismo de Natureza. PENT. Quadro 5. Perfil do Consumidor. Pg: 14 27 Entidade Regional de Turismo do Centro. Turismo de Natureza. Disponível em: http://www.turismodocentro.pt/pt/?op=ofertas&tema=5 28
Turismo de Natureza. PENT. Quadro 16. Lista de Actuação para o desenvolvimento do Turismo de Natureza. Pg: 55
21
mental, representando 60% deste produto e Bem-Estar específico; que consiste no bem-
estar físico e psíquico através de um tratamento específico, representando o mesmo
volume do produto do que o Turismo de Saúde.
Neste produto, existe um volume de 3 milhões de viagens internacionais por ano
na Europa, continuando este mercado a crescer nos próximos anos, a um nível de 5 a
10% anos. A Alemanha é o grande consumidor deste produto, representando 63% do
total das viagens deste produto no conjunto dos consumidores europeus. Para além
disto, a estadia também é bastante longa, uma vez que mais de 87% dos consumidores
pernoitam 4 ou mais noites. O Gasto médio diário neste produto pode variar entre os
100 e os 400€.29
No que diz respeito ao perfil do consumidor deste produto, este é muito
abrangente, uma vez que alcança visitantes de todas as idades. Estes informam-se por
todos os meios possíveis e compram sobretudo na Internet e nas Agências de Viagem.
Em relação ao tipo de alojamento pretendido, este é de elevada qualidade (hotéis de 4 e
5 estrelas) e hotéis de charme, sendo este um dos melhores produtos para combater a
sazonalidade, uma vez que as viagens ocorrem durante todo o ano, viajando duas a três
vezes por ano. 30
No que concerne aos factores de sucesso deste produto, como factores básicos,
podemos referir a disponibilidade de uma quantidade mínima de instalações e
equipamentos e de uma suficiente oferta de serviços especializados. Por outro lado,
quanto aos factores de êxito, desenvolvem-se a partir do cumprimento dos factores
básicos e podem encontrar-se ou serem criados em toda a cadeia de valor do
produto/serviço, tanto nos componentes tangíveis como nos intangíveis. Assim, a
vantagem competitiva ou o factor chave de êxito de um determinado destino de
wellness pode estar baseado na presença de marcas de reconhecido prestígio
internacional, mais do que na quantidade de centros ou instalações.31
As estâncias termais concentram-se no Norte e Centro de Portugal, devido à
riqueza hidrogeológica destas regiões. Entretanto, algumas estâncias termais, numa
tentativa de se adaptarem às novas necessidades e hábitos de consumo, estão a
desenvolver esforços no sentido de diversificar e promover a sua oferta, investindo em
novos equipamentos e qualificação dos recursos humanos.
29
Turismo de Saúde e Bem-Estar. PENT. O Mercado. Pg: 9-11 30
Turismo de Saúde e Bem-Estar. PENT. Perfil do Consumidor. Pg: 14 31 Turismo de Saúde e Bem-Estar. PENT. Requisitos do Sector. Pg: 20
22
Assim, este produto é dentro da Região Centro, e dentro de todo Portugal
Continental, um produto de 2ª prioridade. Deste modo, dentro da região, a Saúde e
Bem-estar encontra-se em fase de desenvolvimento da oferta. Na região existe uma
grande concentração de estâncias termais muito focalizadas na área da saúde. A fim de
alterar esta situação, é necessário centralizar o desenvolvimento da oferta na
requalificação progressiva e na modernização da oferta dos balneários existentes, com
base no desenvolvimento de experiências originais e inovadoras de termalismo e na
criação de uma rede que integre todas as estâncias termais, assim como wellness
facilities.32
Deste modo, na região, é “possível sentir o benefício de uma variedade de águas
e experimentar uma diversidade de programas terapêuticos e de bem-estar termal.
Venha sentir como estas águas favorecem o equilíbrio geral do organismo e como a
vinda às Termas é uma das melhores formas de manter ou de recuperar a saúde!”33
Na região as termas estão um pouco espalhadas por toda a área, sendo que
Anadia e Castro Daire são os únicos concelhos que possuem duas estâncias termais, a
saber, Termas da Curia e Vale da Mó e as Termas do Carvalhal e de Monfortinho
respectivamente.
Por fim, é possível verificar, segundo dados de 2009, que a importância deste
produto no nosso país é cada vez maior. Assim, entre as 17 779,1 milhares de dormidas
(com duração de pelo menos uma noite) na região Centro, 136,4 milhares foram para
este produto, representando o valor mais alto ao nível das regiões. Em relação às
dormidas com duração de 4 ou mais noites, das 11 403,8 milhares de dormidas, 132,7
milhares foram para este produto, apresentando neste campo, também o valor mais
elevado ao nível das regiões.34
3.4.1.4 Gastronomia e Vinhos
Neste produto, a motivação principal é usufruir de pratos típicos e aprofundar o
conhecimento sobre o património enológico e gastronómico de um território. As
viagens podem ser de descobrimento; para conhecer melhor os recursos e gastronomia
de uma área, de aprofundamento; aprofundando o conhecimento sobre um tipo de
32 Turismo de Saúde e Bem-Estar. PENT. Quadro 11 Linhas de Actuação. Pg: 59 33
Entidade Regional de Turismo do Centro. Saúde e Bem-Estar. Disponível em: http://www.turismodocentro.pt/pt/?op=ofertas&tema=3 34 Estatísticas do Turismo. 2009. INE. Quadro 22. Pg. 68
23
produto específico, ou de aprendizagem; podendo visitante realizar cursos de
degustação ou processos de preparação de produtos típicos.
Este é um sector em clara ascensão, que gera cerca de 600 mil viagens
internacionais por ano. França e Holanda são os principais emissores de viagens deste
produto. Em relação aos visitantes que vêm por outros motivos, estima-se que a procura
(procura secundária), seja de 20 milhões de visitantes.
No que diz respeito ao gasto médio diário, este é muito abrangente, podendo
variar entre as 150 e os 450€. Em relação ao potencial de compra, a Espanha e a Itália
são os principais mercados emissores com maior intenção de compra.35
No que concerne ao perfil do consumidor deste produto, quem procura este
produto são maioritariamente homens adultos, com idades compreendidas entre os 35 e
os 60 anos e com elevado poder de compra. Gostam de ter uma informação actualizada
e de qualidade, daí procurarem a mesma em clubes de vinho e revistas especializadas,
comprando as suas viagens em agências de viagem e sites da internet também
especializados. Este consumidor viaja durante todo o ano, mas com especial incidência
no período entre a Primavera e o Outono, e usufruem de hotéis “boutique” ou hotéis de
3 a 5 estrelas. Compram a sua estadia por 3 a 7 dias e compram normalmente 1 vez por
ano, tirando os clientes “entusiastas”, que fazem viagens para este produto 3 a 5 vezes
por ano, sendo as principais actividades as degustações, compra de produtos típicos, ou
relaxar e desfrutar das paisagens.36
Para o sucesso deste produto, é necessário então, os requisitos básicos e de êxito.
Assim, como factores básicos de sucesso deste produto na região Centro, estão, por
exemplo a abundância e variedade de vinhos e gastronomia regionais, a diversidade de
empresas que integram as rotas de vinho e gastronomia, instalações de produção
organizadas e adaptadas especificamente para as visitas turísticas, existência de
restaurantes com oferta variada da gastronomia regional, a oferta de alojamento variada
e de qualidade, a qualidade dos recursos humanos, entre outros. Por outro lado, em
relação aos requisitos chave, os mais importantes são a variedade de cursos e
actividades relacionadas; os centros de interpretação dotados de meios tecnológicos; a
preservação e manutenção das rotas; o prestígio internacional dos pratos típicos; as lojas
35
Gastronomia e Vinhos. PENT. O Mercado. Pg: 9-10 36 Gastronomia e Vinhos. PENT. Perfil do Consumidor. Pg: 12
24
especializadas em produtos típicos e artesanato de qualidade; e os profissionais
capacitados e com vocação para o cliente.37
Assim, no que está instituído no PENT a Região Centro encontra-se como
produto de 2ª prioridade para esta região. Desta forma, este produto encontra-se na
região em fase de planeamento. A região é bastante famosa neste produto
particularmente pelo vinho do Dão. É uma região com um excelente potencial de
desenvolvimento deste produto, devido aos seus vinhos, à sua paisagem, e a rica
gastronomia local. No entanto, este produto encontra-se num grau de desenvolvimento
muito baixo, uma vez que as adegas não estão preparadas para receber turistas. Desta
forma, é necessário criar e estruturar as condições básicas para o desenvolvimento deste
produto, como por exemplo, a criação de rotas, sinalização, adequação das adegas às
actividades turísticas, entre outros. No entanto, nas rotas, é necessário definir uma forma
de entrada eficaz, que traga força e prestígio à rota, assim como criar também uma
forma de chegada dos visitantes que seja potente, emocional e acolhedora. Desta forma,
a rota do Vinho do Dão, por exemplo, embora seja a mais conhecida, necessita de
incluir itinerários que destaquem monumentos históricos, Viseu, paisagens naturais,
termas, entre outros.38
3.4.1.5 Sol e Mar
Os visitantes deste produto têm como motivação principal relaxar, bronzear, e
realizar actividades calmas. A satisfação está internamente ligada com o clima. Dentro
desta motivação, existem 3 sub-motivações ou mercados. Embora todas elas tenham a
ver com o Sol e Praia (Sun & Beach), estas podem ser Upscale Exotic; que estão
relacionadas com o carácter excepcional do local, Upscale Sports; onde a maioria das
experiências estão ligadas aos desportos; ou Upscale Health & Wellness, onde a maioria
das experiências está relacionada com a forma física, através de tratamentos como anti-
stress ou anti-rugas.
Este é um dos produtos, ou talvez o produto com mais importância a nível
mundial. A nível europeu, movimenta cerca de 5 milhões de viagens internacionais. A
procura irá crescer a um ritmo bastante elevado, cerca de 10 a 15% ao ano. Em relação
aos principais emissores, a Alemanha e o Reino Unido são sem dúvida os principais,
37
Gastronomia e Vinhos. PENT. Requisitos do Sector. Pg: 16-17 38 Gastronomia e Vinhos. PENT. Fases de Desenvolvimento. Pg: 56
25
concentrando praticamente 40% do total destas viagens. Por outro lado, o gasto médio
diário também pode ser muito abrangente, dependendo dos mercados que o visitante
procura, podendo o seu gasto ir dos 200 aos 600€ por dia. 39
No que diz respeito ao perfil do consumidor deste produto, são normalmente
pessoas entre os 35 e os 64 anos, emptynesters (casais cujos filhos já saíram de casa). A
maioria das viagens é comprada por packages e são efectuadas em agências da
especialidade. As viagens realizam-se durante todo o ano, dependendo dos destinos e
têm uma duração média de 7 a 10 noites. 40
Em relação aos factores básicos, a satisfazer são precisamente a existência de
excelentes condições de clima e praias atractivas num ambiente natural. Em relação aos
factores de êxito, é necessário criar uma diferenciação, em relação às praias comuns, e
uma especialização, como factores capazes de atribuir um elevado valor acrescentado
em termos de singularidade e elevado nível de qualidade em todos os componentes.41
No entanto, a região Centro tem um problema neste produto, devido ao
desfasamento entre as prioridades do PENT e da entidade regional. A nível nacional, a
região centro não faz parte das prioridades para este produto. A nível da entidade
regional, esta tenta “puxar” este produto, e demonstrá-lo aos visitantes, através das
praias fluviais e oceânicas, mas também através do Surf. Dentro deste produto, às praias
oceânicas da Figueira da Foz, Mira, e Ovar são das mais conhecidas e importantes.
Assim, segundo a entidade “Se pretender a beleza da paisagem das serras, as águas
límpidas e cristalinas dos rios, as várias quedas de água, o chilrear dos pássaros, o
relevo acidentado que proporciona recantos isolados, permitindo aos veraneantes
usufruir do sossego e tranquilidade, tão procurado nesta época estival, então,
aconselhamo-lo a procurar uma das nossas praias fluviais, onde encontra tudo isto e
ainda óptimas infra-estruturas de apoio.”42
3.4.1.6 Turismo Náutico
A motivação principal deste produto é desfrutar de uma viagem activa em
contacto com a água. Dentro deste produto, existem actividades como a Náutica de
Recreio, relacionada com a prática de desportos náuticos como forma de lazer e
39 Sol e Mar. PENT. O mercado. Pg: 10 40 Sol e Mar. PENT. Perfil do Consumidor. Pg: 11 41
Sol e Mar. PENT. Requisitos do Sector, Pg: 17 42
Entidade Regional do Centro. Sol e Mar. Disponível em: http://www.turismodocentro.pt/pt/?op=ofertas&tema=4
26
entretenimento, ocupando este produto cerca de 85% da importância. A náutica
desportiva consiste em experiências baseadas em viagens realizadas e cujo objectivo é
participar em competições náutico-desportivas, representando 15% da actividade.
Este produto representa na Europa cerca de 3 milhões de viagens internacionais
por ano, apresentando uma taxa de crescimento anual entre os 8 e os 10%. Em relação
aos mercados emissores, a Alemanha e os países da Escandinávia são os principais,
representando quase 40% do total das náuticas realizadas pelos europeus. No que diz
respeito ao gasto médio diário, pode variar consoante a actividade realizada entre os 80
e os 500€, dependendo se o visitante pretender usufruir da Náutica de Recreio ou da
náutica Desportiva.43
Em relação ao perfil do consumidor, embora sejam dois tipos bastante distintos,
existem características presentes em ambos. Assim, quem procura este produto são
sobretudo os jovens e os adultos, com idades compreendidas entre os 26 e os 50 anos,
sendo maioritariamente homens. No que concerne aos hábitos de informação, os livros
ou guias e a experiência própria são os mais importantes. Em relação aos hábitos de
compra, procuram hotéis de 3 a 5 estrelas, estações náuticas, procurando
maioritariamente o transporte aéreo, mas também as embarcações próprias. Em relação
às motivações, estão muito dependentes de qual actividade que se vá realizar, a saber, os
passeios de barco, a pesca desportiva, a vela ligeira, o windsurf ou o mergulho. No
entanto, o contacto com a natureza e com o mar, conhecer pessoas e fazer exercício.44
Em relação à região Centro, o Turismo Náutico encontra-se unicamente em 3ª
prioridade, considerando o PENT que a região encontra-se numa fase de
desenvolvimento da oferta. Para desenvolver o Turismo Náutico nesta região, é
necessário investir na qualificação dos portos antigos e na construção de novos, de
forma a incentivar as empresas que operam no sector a criar actividades e experiências
turísticas nesta região.45
Em relação à entidade regional, o Turismo Náutico faz parte dos produtos
estratégicos (o último dos analisados até aqui), na lista dos produtos e respectivas
prioridades com especial relevância no Plano de 2010. Assim, através dos Cais de
43
Turismo Náutico. PENT. O Mercado. Pg: 9-11 44
Turismo Náutico. PENT. Perfil do Consumidor. Pg: 13 45 Turismo Náutico. PENT. Fases de Desenvolvimento. Pg: 55
27
Acostagem, das empresas marítimo-turísticas e organismos oficiais, trazer os visitantes
para esta região e potenciar o turismo Náutico da melhor forma.46
3.4.1.7 Turismo de Negócios
Vai-se agora abordar os produtos que são considerados pela entidade regional
como estratégicos complementares, englobando-se neste o Turismo de Negócios.
Assim, o Turismo de Negócios têm como motivação principal assistir ou participar
numa reunião, podendo as reuniões serem associativas, ou corporativas. As reuniões
associativas são convocadas por organizações, associações e organismos públicos. Por
outro lado, as corporativas são reuniões que possam ser apelidadas de “privadas”, uma
vez que são convocadas por corporações e grupos empresariais.
Falando das reuniões associativas (que são as mais fáceis de quantificar, devido
ao seu cariz público), cifram-se perto das 4 mil nos últimos tempos, tendo um número
médio de 700 participantes por reunião. Assim, o volume de participantes neste tipo de
reunião está nos últimos anos sempre na média dos 3 milhões, sendo a Europa o
principal destino destas reuniões, obtendo cerca de 60% das mesmas.47
O gasto médio diário deste tipo de visitante cifra-se nos 410 dólares americanos.
Este produto concentram a sua actividade fora da sua época considerada
tradicionalmente “alta”, ou seja, a época mais forte é Setembro, Outubro e Junho. Em
relação à duração habitual das reuniões, é de 4 ou 5 dias. No que diz respeito ao tipo de
instalações utilizadas, os Centros de congressos e Conferências obtêm a maior fatia com
cerca de 45% das reuniões associativas.48
No que diz respeito à Região Centro, o Turismo de Negócios, não faz parte das
prioridades do PENT. No entanto é um dos produtos estratégicos complementares que a
entidade regional menciona. Assim, o Centro de Portugal oferece um conceito de
serviço integral e personalizado, fruto do dinamismo empresarial, que se destaca pela
flexibilidade e capacidade de satisfazer as necessidades de qualquer cliente no
desenvolvimento da sua reunião.49
46 Entidade Regional de turismo do Centro. Turismo Náutico. Disponível em: http://www.turismodocentro.pt/pt/?op=ofertas&tema=2 47 Turismo de Negócios. PENT. O Mercado. Pag: 9-11 48
Turismo de Negócios. PENT. O Mercado. Pag: 13-14 49
Entidade Regional de Turismo da região Centro. Turismo de Negócios. Disponível em: http://www.turismodocentro.pt/pt/?op=ofertas&tema=7
28
Para analisar a importância dos dados deste produto na região, mostramos as
estatísticas do turismo nacional em 2009. Assim, dentro das dormidas com a duração de
uma ou mais noites, em Portugal, o número para os negócios foi de 3 379,1 milhares.
Dentro deste ponto, é importantíssimo salientar que a região com maior número é a
Região Centro com 714, 7 milhares de dormidas. Por outro lado, quanto às dormidas
com duração igual ou superior a 4 noites, em Portugal, o total de dormidas para
negócios foi de 2 146,5 milhares, enquanto aqui, a região Centro já não apresenta o
melhor registo de dormidas, mas o segundo, antes do Algarve. No entanto, apresenta um
valor bastante positivo, 439,5 milhares de dormidas. Ou seja, ao analisar estes dados, há
que pensar se os produtos e as prioridades definidas pelo PENT para cada área estão
bem estruturados.50
3.4.1.8 Golfe
A motivação principal neste produto é praticar golfe, em diferentes campos do
habitual. Este produto tem 3 mercados, o Golfe Sun & Fun; que ocorre em destinos de
sol, com uma oferta variada de alojamento e actividades complementares, representando
este mercado 70% do total das viagens deste produto. Golfe e Exotic; que é uma
experiência que ocorre, como o próprio nome indica, em campos exóticos, sendo este o
mercado com menos preponderância, 8%. Por fim, Golfe e Prestígio; que está associado
a prática de golfe em campos de prestígio, onde jogar é exclusividade de clientes VIP.
Este mercado absorve cerca de 22% do total de viagens deste produto. 51
Este mercado representa 1 milhão das viagens internacionais na Europa, sendo
um mercado em franco crescimento, crescendo a 7% ao ano, o que permitirá que este
produto duplique a sua importância daqui a 10 anos. O Reino Unido, Suécia e
Alemanha são os principais emissores deste produto, concentrando os 3, mais de 50%
do total de viagens de Golfe na Europa. Em relação ao gasto médio diário, este cifra-se
na ordem dos 260€, sendo distribuídos por sobretudo o alojamento, as refeições e as
compras e lazer (56%). 52
No que diz respeito ao perfil do consumidor, as pessoas que mais frequentam
este produto são os adultos de 40 e mais anos, sendo maioritariamente homens, com um
nível de instrução elevado e um nível socioeconómico médio/alto. Estes informam-se
50
Estatísticas do Turismo 2009. INE. Quadro 22 – Dormidas, segundo o motivo, NUTS II. 51
Golfe. PENT. O Mercado. Pag: 9 52 Golfe. PENT. O Mercado. Pag: 10-11
29
através da imprensa e clubes especializados, da internet e da informação interpessoal.
Compram normalmente packages e em agências especializadas. Preferem como
alojamento os hotéis com campos de golfe integrados e escolhem o avião como meio de
transporte para o destino e alugam carro para passear no destino. Realizam viagens uma
a três vezes por ano e as principais actividades são para além do Golfe, com
competições e torneios, a gastronomia, compras, saídas nocturnas e visitas culturais.53
Dentro deste produto, o PENT também não refere o Golfe como prioritário para
a Região Centro. No entanto, a entidade regional do Centro considera o Golfe um
produto estratégico complementar, querendo atrair muitos visitantes para a região,
embora os campos para o praticar são unicamente 4. 54
3.5 Perspectiva Regional
Em seguida vai-se abordar o Turismo na Região Centro na perspectiva da
própria região, ou seja, na perspectiva regional. Dentro deste ponto vamos abordar o
QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional) e o PROT (Plano Regional de
Ordenamento do Território), abordando quais os principais eixos de referência ao nível
turístico, os objectivos e o tipo de operações que valorizem a Região Centro.
3.5.1 PROT Centro
Dentro do PROT do Centro, o que é mais importante para referir a nível turístico
são a visão estratégica para a região, o modelo territorial e as normas orientadoras deste
plano.
Assim, no que diz respeito à visão estratégica para a região Centro, a proposta
deste é organizada a partir de uma ideia central, “afirmar geo-estrategicamente a Região
Centro como um território com contributo activo e autónomo para a organização e
desenvolvimento sustentável do território continental, combinando virtuosamente
objectivos de competitividade e coesão.”55
O Policentrismo urbano do centro é
fundamental para combater a tendência dos dois grandes centros urbanos do país
(Lisboa e Porto) e ajudar a consolidar uma base territorial mais alargada de
competitividade na Região para e em torno da rede de centros urbanos, criando
53 Golfe. PENT. Perfil do Consumidor. Pag: 13 54
Entidade de Turismo do Centro. Golfe. Disponível em: http://www.turismodocentro.pt/pt/?op=ofertas&tema=8 55 Sumário Executivo. PROT. 3. Uma Visão Estratégica para a Região
30
condições de animação de territórios mais vastos, promovendo a coesão e recriando
uma nova relação entre centros urbanos e territórios rurais de baixa densidade. Dentro
desta visão estratégica, os objectivos fulcrais são:
Valorizar estrategicamente os activos específicos de internacionalização
da Região;
Viabilizar a transição sustentada da Região para a Sociedade Inclusiva do
Conhecimento;
Uma visão estratégica territorialmente diferenciada para o mundo rural;
Valorizar complementaridades e sinergias entre recursos turísticos
susceptíveis de reconhecimento pela procura;
Valorizar os recursos culturais e patrimoniais como activos específicos
de afirmação;
Valorizar o potencial de energias renováveis da Região como factor de
diferenciação competitiva;
Organizar e valorizar o potencial para o policentrismo;
Potenciar a biodiversidade e as suas mais-valias ambientais;
Implementar políticas de prevenção e mitigação dos riscos;
Uma estratégia para os territórios de baixa densidade.56
Um dos objectivos anteriormente referidos diz respeito à valorização dos
recursos turísticos susceptíveis de reconhecimento pela procura, tendo em vista uma
maior representatividade da Região no contexto dos produtos estratégicos contemplados
no Plano Estratégico Nacional de Turismo (PENT) e o posicionamento face às marcas
Douro e Alentejo, o PROT-C visa sobretudo estabelecer quadros normativos e de
intervenção de requalificação do património cultural, ambiental, urbanístico,
infraestrutural, de recursos humanos e organizacional de modo a criar condições para
que a organização da oferta de recursos turísticos regionais possa transformar-se numa
gama mais consistente de produtos e de nichos de mercado.
No que diz respeito ao modelo territorial, a estrutura territorial abrange as
variáveis económicas, as concentrações urbanas, as infraestruturas arteriais de
mobilidade e os parâmetros de vulnerabilidade social e de exposição ao risco.
Após um estudo das principais fileiras produtivas da Região, o PROT do Centro
define para a componente de inovação uma estratégia organizada em torno de 5 núcleos
56 Sumário Executivo. PROT. 3. Uma Visão Estratégica para a Região. Pag. 5-6
31
urbanos principais, Aveiro, Coimbra, Leiria, Viseu e do eixo urbano Guarda-
Covilhã/Fundão-Castelo Branco, que estruturam três grupos territoriais distintos, mas
complementares, o Baixo Vouga, Baixo Mondego e a Cova da Beira. A implementação
desta estratégia requer o desenvolvimento de uma base infra-estrutural que potencie a
articulação em várias escalas territoriais e em sectores de actividade distintos, com o
tecido empresarial, e destes com a Administração Regional e Local. Propõe-se então a
constituição do Sistema Regional para a Inovação Empresarial (SRIE) que deverá:
Criar ou desenvolver a partir de cada uma das Universidades e do seu
potencial um Parque de Conhecimento e Tecnologia (PCT);
Criar Áreas de Localização Empresarial Certificadas (ALEC) desenhadas
para responder às necessidades do tecido produtivo da região;
Criar Zonas de Actividade Empresarial e de Serviços (ZAES).
Com a dinamização destes objectivos, estes deverão consolidar três tipologias
fundamentais da Rede:
Rede para a criação de conhecimento e tecnologia;
Rede de transferência de tecnologia;
Rede de Apoio Tecnológico.57
Em relação às unidades territoriais, o PROT do Centro apresenta 4 grandes
unidades territoriais, o Centro Litoral, Dão-Lafões e Planalto Beirão, Beira Interior e
Pinhal Interior e Serra da Estrela.
No que diz respeito às normas gerais, estas contemplam orientações
fundamentais para compreender a estratégia do ordenamento proposta. Assim, é
necessário que as estratégias e políticas de ordenamento do território devem contribuir
para a criação de ambientes favoráveis à actividade empresarial inovadora, definir o
conceito e as políticas do desenvolvimento rural, promover políticas públicas de
preservação e valorização dos recursos património cultural, fomentando a produção de
conhecimento sobre os locais de interesse patrimonial da Região, assegurar que a
política de equipamentos e serviços se guie por objectivos de qualidade de vida,
programar a política de transportes e acessibilidades e proteger e valorizar o ambiente.58
Desta forma, como análise do PROT ao nível turístico podemos referir que a
proposta para o desenvolvimento turístico da Região e ordenamento territorial acolhe as
57
Sumário Executivo. PROT. 4. Modelo Territorial. Pag. 7-10 58 Sumário Executivo. PROT. 5. Normas Orientadoras. Pag: 19-21
32
estratégias protagonizadas pelas entidades que representam a organização institucional
do sector na Região Centro: Entidade Regional de Turismo e os Pólos da Serra da
Estrela e Leiria-Fátima (não referenciados no trabalho), procurando compatibilizá-las no
quadro do posicionamento geoestratégico da Região. Este posicionamento possibilita a
viabilização e o reforço de complementaridades e sinergias entre recursos turísticos,
numa lógica de organização da oferta, através da exploração em rede dos activos
culturais e patrimoniais. A criação e consolidação de rotas regionais e o
desenvolvimento de actividades de animação que associem o recreio e o lazer com o
património cultural e natural são a forma de potenciar, os produtos estratégicos
definidos no PENT, mais a representatividade do Turismo Náutico, mas também
religioso (especialmente para o Pólo Oeste), esperando que uma próxima revisão do
plano possa acolher essa maior representatividade. Para tal é necessário que as áreas de
ordenamento turístico consideradas e referidos pólos desenvolvam sinergias e
complementaridades do ponto de vista da transformação de recursos turísticos em
produtos consistentes.59
3.5.2 QREN Centro
Por fim, vai-se analisar o QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional),
com principal visão para a Região Centro. O QREN constitui o enquadramento para a
aplicação da política comunitária de coesão económica e social em Portugal no período
2007-2013. A realização deste grande desígnio estratégico, indispensável para assegurar
a superação dos mais significativos constrangimentos à consolidação de uma dinâmica
sustentada de sucesso no processo de desenvolvimento económico, social e territorial de
Portugal, é assegurada pela concretização, com o apoio dos Fundos Estruturais e do
Fundo de Coesão, por todos os Programas Operacionais, de três grandes Agendas
Temáticas: a Agenda para o Potencial Humano; a Agenda para os Factores de
Competitividade; e Agenda para a valorização do território, sendo todos estes
importantes para a região a nível turístico.60
A Região Centro apresenta um desempenho favorável em termos do crescimento
do PIB (Produto Interno Bruto), uma vez que o retrato do país por regiões demonstra
que o Centro é cada vez mais um pólo promissor, especialmente devido à sua ligação
59
Sumário Executivo. PROT. 4. Modelo Territorial - Turismo. Pag. 10-11 60 Quadro de Referência Estratégico Nacional 2007-2013. Sumário Executivo. Pag: 5
33
com Espanha que permitiu “beneficiar da intensificação de relações entre os dois países
(frequentemente dependentes de serviços não mercantis) e/ou já inseridas numa área de
influência alargada das grandes regiões metropolitanas, mas ainda sem força para se
projectarem em alterações sub-regionais qualitativas visíveis, cuja sustentabilidade em
termos de mercado é muito diferenciada.” Assim, esta região tem um desafio bastante
complexo de especificação e equilíbrio entre todos os sectores.61
No que diz respeito aos serviços básicos cerca de 74% da população nacional era
servida por sistemas de drenagem de águas residuais e 60% tinha as águas residuais
ligadas a sistemas de tratamento; a região do Centro e as Regiões Autónomas da
Madeira e Açores e o Norte, registam os valores mais baixos nestes indicadores. No
centro os principais problemas de risco de erosão costeira localizam-se entre a foz de
Espinho à Nazaré, destacando-se em particular os troços Espinho - Ovar e Aveiro –
Areão. 62
Em relação às determinações regulamentares comunitárias relevantes para a
organização dos programas operacionais, importa ter especialmente em conta que a
conjugação entre disciplina regulamentar exposta e a evolução da situação regional
nacional determina que sejam pela primeira vez impostas em Portugal diferenciações
muito significativas entre as regiões, sobretudo relevantes em termos de intensidade dos
financiamentos estruturais comunitários e, bem assim, no que respeita às tipologias de
intervenções susceptíveis de co-financiamento pelos Fundos Estruturais. Assim, a
Região Centro é integrada no Objectivo Convergência. O Programa Operacional tem o
apoio da FEDER (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional), apoiado nas três
agendas acima referidas.63
Em relação aos apoios, a Região Centro beneficiará da dotação financeira dos
PO Regionais das regiões Convergência do Continente que aumentará 10% em termos
reais face ao valor equivalente do QCA (Quadro Comunitário de Apoio) III.64
Para além disto, o QREN traz mais benefícios à região Centro, no que toca à
Participação Nacional no objectivo de cooperação territorial europeia até 2013, uma vez
que dentro da cooperação transaccional, a Região Centro faz parte do Espaço Atlântico
e do Espaço Sudoeste Europeu, tendo como prioridades temáticas não só as questões
61 Quadro de Referência Estratégico Nacional 2007-2013. Situação Portuguesa. Pag. 24-25 62 Quadro de Referência Estratégico Nacional 2007-2013. Situação Portuguesa. Pag. 35 63
Quadro de Referência Estratégico Nacional 2007-2013. Determinações Regulamentares Comunitárias e Programas Operacionais. Pag. 84-85 64 Quadro de Referência Estratégico Nacional 2007-2013. Programação Financeira. Pag: 91
34
marítimas, mas também conectividade internacional da península ibérica e a prevenção
de riscos naturais.65
Por fim, no que concerne ao potencial humano, facto de grande importância a
nível turístico, a Região Centro, juntamente com o Norte e o Alentejo possuem segundo
dados do Eurostat de 2004, 68,5% da concentração da população residente.66
4. Recomendações / Análise
Neste ponto, vamos descrever algumas melhorias que se pensam que possam ser
realizadas relativamente à Região Centro.
Assim, um dos problemas que o grupo encontrou foi o estudo dos produtos
turísticos da região, uma vez que o PENT atribui para a região Centro determinados
produtos, e a entidade turística da região, atribui para além dos produtos descritos no
PENT mais alguns, ou seja, não existe uma correcta comunicação entre o Governo e a
Entidade Regional o que provoca erros de análise para saber quais são então os
verdadeiros produtos elementares da Região e quais os que se deve apostar.
Outro dos problemas são as situações que são mal aproveitadas e que poderiam
claramente sê-lo, como é o exemplo do Turismo de Negócios. Pelos dados já referidos,
a Região Centro obtêm dos melhores números de dormidas neste produto e as entidades
governamentais e regionais, não o consideram como um dos mais importantes para a
região.
Outra das questões pertinentes e que merece análise é a parte das áreas
consideradas, uma vez que alguns estudos consideram fazer parte da Região os pólos da
Serra da Estrela e do Oeste, mas em outro tipo de estudos, embora também sejam
turísticos, analisam a região Centro como “um todo”, dificultando a análise dos dados.
Em relação à Entidade Regional do Turismo do Centro, esta é relativamente
recente, assim como todas as outras, e existem problemas que daí advêm, como o
desconhecimento por parte do senso comum de como se encontra dividida em termos de
áreas a região, e como promovê-la da melhor forma. Com a criação desta entidade
pretende-se descomplicar um pouco as burocracias em relação às áreas que existiam,
65
Quadro de Referência Estratégico Nacional 2007-2013. 7.3 Objectivos e Prioridades. Pag: 115 66
Quadro de Referência Estratégico Nacional 2007-2013. Anexos. B. Temático Potencial Humano. Pag: 141-142
35
criando então, um destino forte, algo que actualmente, ainda não acontece, uma vez que
as sub-regiões trabalham ainda muito como competidores entre si e não como parceiros.
No que diz respeito aos recursos humanos disponíveis na entidade regional, é
possível observar segundo o plano de actividades da entidade regional para 2010 que
65% não possui qualquer habilitação superior. Não sendo isso motivo para grande
alarme, é importante cada vez mais para os destinos obterem a excelência, possuir
recursos humanos capazes de dar uma melhor resposta aos desafios actuais e futuros do
mercado. Dentro deste ponto gostaríamos de referir que enviamos um pedido de
informação para a entidade regional e para o Turismo de Portugal, para fornecer-nos
dados acerca da região Centro. O Turismo de Portugal respondeu-nos a referir que os
dados deveriam ser pedidos à entidade regional, assim o fizemos, mas até ao dia de
hoje, não obtivemos resposta, daí mais uma vez referirmos que em alguns aspectos, a
coordenação e a comunicação entre a entidade governamental e a entidade regional não
é a melhor.
Por fim, achamos também importante referir, sendo lamentável que na região
Centro ainda não exista um Welcome Center, como em muitas cidades do nosso país já
existe, por exemplo a Vivexperiência em Viana do Castelo, existindo um projecto em
parceria com o QREN da criação de um Welcome Center para Viseu, referindo que só
posteriormente será o projecto alargado a Aveiro, Coimbra e Castelo Branco.67
Esta
situação faz com que o visitante não seja muitas vezes aconselhado da melhor forma,
perdendo-se assim oportunidades de uma estada mais longa dos visitantes.
67 Plano de Actividades 2010 da Região Centro. Rede Regional de Turismo. Pag: 21
36
5. Bibliografia
A Náutica como factor de Desenvolvimento da Região Norte. Projecto Náutica
(2008). Pg. 8
Café Portugal (Acedido em 25-01-2011), Turismo Centro de Portugal - «A
nossa cura de emagrecimento fizemo-la em 2008», disponível em:
http://www.cafeportugal.net/pages/noticias_artigo.aspx?id=3070
Diário As Beiras (Acedido em 25-01-2011), QREN financia turismo ao Centro,
disponível em: http://www.asbeiras.pt/2010/11/qren-financia-turismo-ao-centro/
Estatísticas do Turismo 2009. INE. Quadro 22 – Dormidas, segundo o motivo,
NUTS II.
Estatísticas do Turismo. 2009. INE. Quadro 22. Pg. 68
Entidade Regional Turismo Centro de Portugal (2009), Relatório de Actividades
da Região Centro, ERTC
Entidade Regional Turismo Centro de Portugal (2010), Plano de
Actividades da Região Centro. ERTC
Gastronomia e Vinhos. PENT. Fases de Desenvolvimento. Pg: 56
Golfe. PENT. Perfil do Consumidor. Pag: 13
Inquérito do European Travel Monitor – 2004, cit in: Touring Cultural e
Paisagístico. Pg: 9
Instituto Nacional de Estatística (2009), Estatísticas do Turismo, INE
Instituto Nacional de Estatística (2009), Anuário Estatístico da Região Centro,
INE
Ministério da economia e Inovação. PENT – Produtos Tradicionais:
Requalificação. Pg.8
Quadro de Referência Estratégico Nacional 2007-2013. Sumário Executivo.
Pag:
Quadro de Referência Estratégico Nacional 2007-2013. Situação Portuguesa.
Quadro de Referência Estratégico Nacional 2007-2013. Determinações
Regulamentares Comunitárias e Programas Operacionais. Pag. 84-85
Quadro de Referência Estratégico Nacional 2007-2013. Programação
Financeira.
Sol e Mar. PENT. Requisitos do Sector, Pg: 17
37
Sumário Executivo. PROT. 3. Uma Visão Estratégica para a Região
Sumário Executivo. PROT. 3. Uma Visão Estratégica para a Região. Pag. 5-6
Sumário Executivo. PROT. 4. Modelo Territorial. Pag. 7-10
Sumário Executivo. PROT. 5. Normas Orientadoras. Pag: 19-21
Sumário Executivo. PROT. 4. Modelo Territorial - Turismo. Pag. 10-11
Turismo do Centro (Acedido em 25-01-2011), Gastronomia e Vinhos,
disponível em: http://www.turismodocentro.pt/pt/?op=ofertas&tema=6
Turismo do Centro (Acedido em 25-01-2011), Touring Cultural e Paisagístico,
disponível em: http://www.turismodocentro.pt/pt/?op=ofertas&tema=1
Touring Cultural e Paisagístico. Quadro 12. Pg: 58
Turismo de Natureza. PENT. Quadro 5. Perfil do Consumidor. Pg: 14
Turismo do Centro (Acedido em 25-01-2011), Turismo de Natureza disponível
em: http://www.turismodocentro.pt/pt/?op=ofertas&tema=5
Turismo de Natureza. PENT. Quadro 16. Lista de Actuação para o
desenvolvimento do Turismo de Natureza. Pg: 55
Turismo de Saúde e Bem-Estar. PENT. Quadro 11 Linhas de Actuação. Pg: 59
Turismo do Centro (Acedido em 25-01-2011), Saúde e Bem-Estar, disponível
em: http://www.turismodocentro.pt/pt/?op=ofertas&tema=3
Turismo do Centro (Acedido em 25-01-2011), Sol e Mar, disponível em:
http://www.turismodocentro.pt/pt/?op=ofertas&tema=4
Turismo Náutico. PENT. Fases de Desenvolvimento. Pg: 55
Turismo do Centro (Acedido em 25-01-2011), Turismo Náutico, disponível em:
http://www.turismodocentro.pt/pt/?op=ofertas&tema=2
Turismo de Negócios. PENT. O Mercado. Pag: 13-14
Turismo do Centro (Acedido em 25-01-2011), Turismo de Negócios, disponível
em: http://www.turismodocentro.pt/pt/?op=ofertas&tema=7
Turismo do Centro (Acedido em 25-01-2011), Golfe, disponível em:
http://www.turismodocentro.pt/pt/?op=ofertas&tema=8
UNWTO. Tourism Highligths 2010 Edition. Internacional Tourism. Pg.3
38
Anexos
Anexo 1 – Quadro de Dormidas segundo motivo, por NUTS II
Fonte: Estatísticas do Turismo 2009. INE
Anexo 2 – Notícia: “Turismo Centro de Portugal - «A nossa cura de
emagrecimento fizemo-la em 2008»”
“Em Espanha, na Feira Internacional de Turismo de Madrid (Fitur), a região
Centro aposta numa presença de multiproduto: natureza, gastronomia, termalismo. Uma
mostra em feiras do sector que, de acordo com Pedro Machado, presidente da Entidade
Regional de Turismo do Centro de Portugal, poderá já não ocorrer na Bolsa de Turismo
de Lisboa, em Fevereiro próximo. Isto porque, os anunciados cortes nos orçamentos das
Entidades Regionais de Turismo, podem «perigar os investimentos».
Café Portugal | quinta-feira, 20 de Janeiro de 2011
Na sequência dos anunciados cortes nos orçamentos das Entidades Regionais de
Turismo (ERT) para 2010 e 2011, o Turismo do Centro de Portugal solicitou, dia 19 de
Janeiro, uma reunião de emergência junto do secretário de Estado do Turismo, Bernardo
Trindade. Para Pedro Machado, presidente da ERT Centro, «a Secretaria de Estado do
Turismo não pode dizer a 17 de Janeiro de 2011 que não vai transferir 20% do
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orçamento de 2010 para as ERT. Estas fizeram o planeamento, contrataram produção,
assumiram compromissos, no pressuposto de que o estariam a fazer de boa fé, com base
numa receita expectável durante 2010».
De acordo com o responsável da ERT Centro, «o Turismo de Portugal tem de
olhar para as ERT como estruturas com a sua própria dinâmica e que não lhes é possível
fazer um ajustamento de 40% num mês e meio. Estamos todos de acordo que é uma
oportunidade para emagrecer estruturas que, instaladas, podem incorrer em algum
desperdício. No caso do Turismo do Centro de Portugal somos a única estrutura que
sofreu um corte de 43% com o Decreto-Lei 67/2008. A nossa cura de emagrecimento
fizemo-la em 2008».
Pedro Machado, em declarações ao Café Portugal, no decorrer da Feira
Internacional de Turismo de Madrid (Fitur), sublinhou que «seria mais sério que esse
escorço financeiro pudesse ser previsto atempadamente. Hoje estamos disponíveis para
fechar 2010 e discutir 2011».
Isto, numa altura em que, de acordo com o presidente da ERT Centro, «existem
instrumentos que ainda não estão disponíveis para as agências e que estão sob a alçada
do senhor secretário de Estado do Turismo». Pedro Machado referia-se aos programas
«Turismo 2015», «Pólo de Competitividade 2015». «Foi anunciado um conjunto de
programas a 28 de Setembro de 2010 que até agora não abriram candidaturas», lembrou
o responsável, recordando «a necessidade de aumentar a comparticipação do Feder para
essas candidaturas». «Conjugados esses factores estaremos em condições de responder
ao apelo da Secretaria de Estado do Turismo», concluiu.
Para Pedro Machado não é possível permitir que «periguem investimentos já
contratados. No caso do Turismo Centro de Portugal falamos num investimento global
de nove milhões de euros, com um incentivo de cinco milhões de euros».
«Se este corte for cego é injusto, pois estamos a falar de uma actividade e sector
provavelmente mais exportador do país. Um facto que vai ao encontro do apelo que o
Governo faz todos os dias. Depois, é o sector com mais capacidade e rapidez em termos
de retorno financeiro do esforço que estamos a fazer».
«O Turismo de Portugal tem uma divergência de fundo connosco sobre um
financiamento que nunca recebemos respeitante a quatro mil camas. Paga 9 mil das 13
mil camas que temos na região Centro», adianta Pedro Machado.
O Centro de Portugal apresenta-se na Fitur com o objectivo de «reafirmar as
características do destino», assentado a mostra da região no multiproduto turístico:
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turismo da natureza, gastronomia, termalismo e bem-estar. «Viemos lançar dois
produtos novos: o best off, um guia de alojamento para 2011 e um consórcio com
empresas da região Centro a que demos o nome ‘Para os Sentidos’».
O mercado espanhol é o primeiro mercado emissor estrangeiro no Centro de
Portugal. Representa 66% , dos 30% de estrangeiros que entram na região. Pedro
Machado, destaca nesta relação de proximidade a «boa afinidade linguística, cultural, e
boas acessibilidades, com as auto-estradas número 25 e 29». No entanto, relembra que
«em 2011, há um problema acrescido, que são as scuts. Prevê-se uma quebra de 20% a
30% nas dormidas espanholas, de acordo com os hoteleiros».
Em Fevereiro, de 23 a 27, decorre a Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL). A ERT Centro
de Portugal afirma que «a nossa participação ainda só é uma possibilidade». Pedro
Machado explica que «prende-se com os problemas estruturantes que já referi. Não
vamos fazer promoção interna ou externa se tivermos que sacrificar postos de trabalho.
Vamos ver em que condições conseguimos estar na BTL em função da disponibilidade
dos meios».”
Anexo 3 – Notícia: “QREN Financia Turismo ao Centro”
“Mais turistas, mais dormidas, mais visitas a museus, centros históricos,áreas
naturais. E, claro, mais receitas. A aposta do Centro é séria: se oturismo, na região,
teve crescimento acima da média nacional, mesmo em anos de crise, então
o investimento compensa.
O investimento, aqui, traduz-se na verba recorde de quase 9,5 milhões de euros.
O objetivo é promover a região e os seus produtos turísticos de forma integrada. Em
concreto, o Centro quer fazer publicidade em canais regionais de televisão; colocar a
informação turística no telemóvel; atualizar, modernizar e criar mais sites; provocar
visitas a Portugal e induzir itinerários de férias na região Centro; divulgar os sites de
forma prioritária em motores de busca e redes sociais.
Quem financia tudo isto, em 60 por cento, é o Programa Operacional Regional
do Centro/QREN. O protocolo foi ontem assinado, na Comissão de Coordenação e
Desenvolvimento Regional do Centro.
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O líder do projeto é a Turismo do Centro, que tem como parceiros as quatro
restantes entidades regionais de turismo: Serra da Estrela, Leiria-Fátima, Oeste e Lisboa
e Vale do Tejo.”
Fonte: http://www.asbeiras.pt/2010/11/qren-financia-turismo-ao-centro/
Anexo 4 – Recursos turísticos da Região Centro
Fonte: Informação retirada do sítio na internet da Entidade Regional de Turismo do
Centro
Touring Cultural e Paisagístico
Museus
- Museu Municipal Manuel Soares de Albergaria (Carregal do Sal)
- Núcleo Museológico do Lagar de Varas de parada (Carregal do Sal)
- Museu Casa do Tempo (Castanheira de Pêra)
- Museu a Casa do Neveiro (Castanheira de Pêra)
- Museu Francisco Tavares Proença Júnior (Castelo Branco)
- Museu Cargaleiro (Castelo Branco)
- Museu de Arte Sacra – Convento da Graça (Castelo Branco)
- Museu do Canteiro (Castelo Branco)
- Núcleo Museológico e Etnográfico da Lousa (Castelo Branco)
- Museu Municipal de Castro Daire (Castro Daire)
- Casa Museu Maria da Fontinha (Castro Daire)
- Museu Nacional de Machado de Castro (Coimbra)
- Museu da Ciência (Coimbra)
- Museu Botânico (Coimbra)
- Museu Académico (Coimbra)
- Museu de Física (Coimbra)
- Museu de História Natural – Secção de Zoologia (Coimbra)
- Núcleo da Cidade Muralhada (Coimbra)
- Museu da Água (Coimbra)
- Museu “Memorial da Irmã Lúcia” (Coimbra)
- Casa Museu Miguel Torga (Coimbra)
- Núcleo Museológico de Piódão (Coimbra)
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- Ruínas e Museu Monográfico de Conímbriga (Condeixa-a-Nova)
- Casa-Museu Fernando Namora (Condeixa-a-Nova)
- Casa-Museu Egas Moniz (Estarreja)
- Casa-Museu Marieta Solheiro Madureira (Estarreja)
- Núcleo Museológico do Sal (Figueira da Foz)
- Núcleo Museológico do Mar (Figueira da Foz)
- Espaço Museológico “Casa do Ferreiro” (Góis)
- Centro Cultural Raiano (Idanha-a-Nova)
- Lagar de Varas (Idanha-a-Nova)
- Museu Epigráfico (Idanha-a-Nova)
- Pólo da Gastronomia (Idanha-a-Nova)
- Museu da Vista Alegre (Ílhavo)
- Museu Marítimo de Ílhavo (Ílhavo)
- Navio Museu Santo André (Ílhavo)
- Museu Etnográfico Dr. Louzã Henriques (Lousã)
- Museu Militar do Buçaco (Mealhada)
- Museu do Porco (Mealhada)
- Museu Agrícola (Mealhada)
- Museu Etnográfico da Praia de Mira (Mira)
- Museu Etnográfico da Murtosa (Murtosa)
- Casa-Museu Custódio Prato (Murtosa)
- Museu Municipal de Técnicas Rurais (Oliveira de Frades)
- Museu de Etnomúsica da Bairrada (Oliveira do Bairro)
- Museu de São Pedro da Palhaça (Oliveira do Bairro)
- Casa-Museu da Fundação Dona Maria Emília Vasconcelos (Oliveira do Hospital)
- Museu Municipal Dr. António Simões Saraiva (Oliveira do Hospital)
- Museu de Ovar (Ovar)
- Casa-Museu da Ordem Terceira de São Francisco (Ovar)
- Museu Escolar Oliveira Lopes (Ovar)
- Museu Etnográfico de Dornelas do Zêzere (Pampilhosa da Serra)
- Casa-Museu Comendador Manuel Nunes Corrêa (Pedrógão Grande)
- Igreja da Misericórdia e Museu de Arte Sacra (Pedrógão Grande)
- Museu Pedro Cruz (Pedrógão Grande)
- Museu do Moinho Vitorino Nemésio (Penacova)
- Museu Municipal de Penamacor (Penamacor)
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- Espaço-Museu e Vila Romana do Rabaçal (Penela)
- Centro de Ciência Viva da Floresta (Proença-a-Nova)
- Casa-Museu Camila Loureiro (Sátão)
- Museu Municipal de Soure (Soure)
- Museu do Caramulo – Museu de Arte e do Automóvel (Tondela)
- Museu de Geodesia (Vila de Rei)
- Museu de Arqueologia (Vila Velha de Ródão)
- Museu Grão Vasco (Viseu)
- Museu de Arte Sacra da Catedral de Viseu / Tesouro da Sé (Viseu)
- Museu Tesouro da Misericórdia (Viseu)
- Casa da Lavoura e Oficina do Linho (Viseu)
- Eco-Museu de Torredeita (Viseu)
- Colecção Visitável do Regimento de Infantaria 14 (Viseu)
- Museu Muncipal de Vouzela (Vouzela)
Monumentos
- Museu de Aveiro
- Igreja da Misericórdia (Aveiro)
- Câmara Municipal (Aveiro)
- Arte Nova (Aveiro)
- Igreja da Vera Cruz (Aveiro)
- Parque Municipal Infante D. Pedro (Aveiro)
- Estação Arqueológica do Cabeço do Vouga (Aveiro)
- Museu da Pedra (Cantanhede)
- Capela de Nossa Senhora da Misericórdia (Cantanhede)
- Museu Casa do Tempo (Castanheira de Pêra)
- Santo António da Neve e Poços de Neve (Castanheira de Pêra)
- Castelo Templário (Castelo Branco)
- Catedral (Castelo Branco)
- Jardim do Palácio Episcopal (Castelo Branco)
- Museu Francisco Tavares Proença Júnior (Castelo Branco)
- Parque da Cidade (Castelo Branco)
- Igreja Matriz (Castro Daire)
- Casa da Cerca e Capela das Carrancas (Castro Daire)
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- Ermida do Paiva (Castro Daire)
- Castelos do Mondego (Coimbra)
- Universidade de Coimbra
- Museu da Ciência (Coimbra)
- Museu Botânico (Coimbra)
- Sé Nova (Coimbra)
- Sé Velha (Coimbra)
- Igreja do Mosteiro de Santa Cruz (Panteão Nacional)
- Igreja de São Tiago (Coimbra)
- Mosteiro de Santa Clara-a-Velha (Coimbra)
- Mosteiro de Santa Clara-a-Nova – Igreja da Rainha Santa (Coimbra)
- Igreja de Nossa Senhora de Lurdes (Coimbra)
- Arco e Torre de Almedina (Coimbra)
- Jardins da Quinta das Lágrimas (Coimbra)
- Jardim da Sereia (Parque de Santa Cruz)
- Portugal dos Pequenitos (Coimbra)
- Casa de Francisco Maria de Oliveira Simões (Estarreja)
- Palácio Sotto-Mayor (Figueira da Foz)
- Igreja do Convento de Santo António (Figueira da Foz)
- Igreja de S. Julião (Figueira da Foz)
- Fortaleza de Buarcos (Figueira da Foz)
- Forte e Capela de Santa Catarina (Figueira da Foz)
- Paço de Maiorca (Figueira da Foz)
- Igreja Matriz (Figueiró dos Vinhos)
- Igreja Matriz (Góis)
- Cisterna do Pombal (Góis)
- Capela do Mártir de S. Sebastião (Góis)
- Castelo (Idanha-a-Nova)
- Aldeia Histórica (Idanha-a-Nova)
- Casas de Arte Nova (Ílhavo)
- Palheiros da Costa Nova (Ílhavo)
- Farol da Barra (Ílhavo)
- Castelo de Arouce e Ermidas da Senhora da Piedade (Lousã)
- Palácio Condes de Anadia (Mangualde)
- Ermida da Sª do Castelo (Mangualde)
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- Via-sacra (Mealhada)
- Convento de Santa Cruz do Buçaco (Mealhada)
- Termas de Luso (Mealhada)
- Igreja Paroquial (Mira)
- Mosteiro de Santa Maria de Semide (Miranda do Corvo)
- Santuário do Divino Senhor da Serra (Miranda do Corvo)
- Castelo (Monsanto)
- Castelo de Montemor (Montemor-o-Velho)
- Moinho de Moura e Sula (Mortágua)
- Capela do Forno (Murtosa)
- Capela de S. Paio, Torreira (Murtosa)
- Casa-Museu Custódio Prato (Murtosa)
- Paço dos Cunhas (Nelas)
- Igreja Matriz (Oleiros)
- Casa da Misericórdia de Álvaro (Oleiros)
- Igreja Paroquial (Oliveira do Bairro)
- Igreja de Oiã (Oliveira do Bairro)
- Ruínas Romanas de Bobadela (Oliveira do Hospital)
- Igreja de Lourosa (Oliveira do Hospital)
- Capela dos Passos (Ovar)
- Ponte Filipina (Pedrógão Grande)
- Mosteiro de Lorvão (Penacova)
- Casa da Ínsua – Hotel (Penalva do Castelo)
- Castelo (Penela)
- Castelo do Germanelo (Penela)
- Igreja Matriz (Santa Comba Dão)
- Ponte Românica (Santa Comba Dão)
- Mosteiro São Cristóvão de Lafões – Turismo Rural (São Pedro do Sul)
- Solar dos Albuquerques (Sátão)
- Solar dos Viscondes do Banho (Sátão)
- Alameda da Carvalha (Sertã)
- Castelo (Sertã)
- Monumentos Megalíticos (Sever do Vouga)
- Vila Romana da Ereira (Sever do Vouga)
- Ponte do Poço de S. Tiago (Sever do Vouga)
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- Castelo de Soure
- Fonte da Sereia (Tondela)
- Orca de Juncais (Vila Nova de Paiva)
- Igreja Matriz (Vila Nova de Poiares)
- Muralhas e Torres de Dão Lafões (Viseu)
- Solar dos Condes de Prime (Viseu)
- Estátua e Cava de Viriato (Viseu)
- Casa da Ribeira (Viseu)
Arte Contemporânea
- Cine-Teatro Avenida (Castelo Branco)
- Centro Cívico Devesa (Castelo Branco)
- Centro de Artes Visuais (Coimbra)
- Pavilhão Centro de Portugal (Coimbra)
- Ponte Pedonal Pedro & Inês (Coimbra)
- Teatro da Cerca de S. Bernardo (Coimbra)
- Parque Verde do Mondego (Coimbra)
- Centro das Artes e Espectáculos da Figueira da Foz
- Museu Grão Vasco (Viseu)
Parques e Jardins
- Parque Municipal de Alta Vila (Águeda)
- Parque das Termas da Curia (Anadia)
- Jardim do Paço Episcopal (Castelo Branco)
- Jardim Botânico (Coimbra)
- Jardins da Quinta das Lágrimas
- Parque Verde do Mondego (Coimbra)
- Mata Nacional do Buçaco (Mealhada)
- Parque do Fontelo (Viseu)
Aldeias Históricas
- Piódão (Arganil)
- Idanha-a-Velha (Idanha-a-Nova)
- Monsanto (Idanha-a-Nova)
Aldeias de Xisto
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- Benfeita (Arganil)
- Martim Branco e Sarzedas (Castelo Branco)
- Casal de S. Simão (Figueiró dos Vinhos)
- Aigra Nova, Aigra Velha, Comareira e Pena (Góis)
- Candal, Casal Novo, Cerdeira, Chiqueiro e Talansal (Lousã)
- Gondramaz (Miranda do Corvo)
- Álvaro (Oleiros)
- Fajão e Janeiro de Baixo (Pampilhosa da Serra)
- Ferraria de S. João (Penela)
- Figueira (Proença-a-Nova)
- Pedrógão Pequeno (Sertã)
- Água Formosa (Vila de Rei)
- Foz do Cobrão (Vila Velha de Ródão)
- Lago da Fonte Nova e Canal do Côjo (Aveiro)
- Museu Marítimo de Ílhavo (Aveiro)
- Centro Cultural de Ílhavo
- Museu de Aveiro
- Museu da Cidade Nova
- Fábrica da Ciência Viva
- Ecomuseu da Marinha da Troncalhada
- Santuário de Nossa Senhora de Vagos
-
Natureza
Áreas Protegidas
- Paisagem Protegida da Serra do Açor (Arganil)
- Parque Natural do Tejo Internacional (Castelo Branco)
- Reserva Natural do Paúl de Arzila (Coimbra)
- Reserva Natural da Serra da Malcata (Penamacor)
- Reserva Natural das Dunas de S. Jacinto (Ria de Aveiro)
- Monumento Natural das Portas de Ródão (Vila Velha de Ródão)
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Áreas Classificadas
- Pateira de Fermentelos (Águeda)
- Pateira de Frossos (Albergaria-a-Velha)
- Geopark Naturtejo de Meseta Meridional (Castelo Branco)
- Serra da Gardunha – Rede Natura (Castelo Branco)
- Serra da Penha Garcia e Campina de Toulões (Castelo Branco)
- Bioria (Estarreja)
- Mata Nacional do Buçaco (Mealhada)
- Paul do Taipal – Zona Especial de Protecção (Montemor-o-Velho)
- Paul da Madriz – Zona Especial de Protecção (Soure)
- Reserva Botânica de Cambarinho (Vouzela)
Outros Espaços de Natureza
- Parque Biológico da Lousã (Lousã)
- Grutas de Algarinho e Talismã (Penela)
- Bioparque (São Pedro do Sul)
- Cascata da Cabreira (Sever do Vouga)
- Parque Botânico Arbustus do Demo (Vila Nova de Paiva)
Serras
- Serra da Gardunha (Castelo Branco)
- Serra da Penha Garcia (Castelo Branco)
- Serra dos Alvéolos (Castelo Branco)
- Serra do Mouradal (Castelo Branco)
- Serra da Malacata (Castelo Branco)
- Serra da Lousã (Coimbra)
- Serra do Sicó (Coimbra)
- Serra da Boa Viagem (Coimbra)
- Serra do Buçaco (Coimbra)
- Serra do Açor (Coimbra)
- Serra do Caramulo (Viseu)
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- Serra de Montemuro (Viseu)
- Serra da Arada (Viseu)
- Serra de S. Macário (Viseu)
- Serra da Gralheira (Viseu)
- Serra da Freita (Viseu)
Saúde e Bem-Estar
Termas
- Caldas da Cavaca (Aguiar da Beira)
- Termas da Curia (Anadia)
- Termas de Vale da Mó (Anadia)
- Termas da Ladeira de Envendos (Castelo Branco)
- Termas do Carvalhal (Castro Daire)
- Termas de Monfortinho (Castro Daire)
- Malo Clinic Spa Luso (Mealhada)
- Caldas da Felgueira Termas & Spa (Nelas)
- Centro Termal de São Pedro do Sul (São Pedro do Sul)
- Termas de Sangemil (Tondela)
- Termas de Alcafache (Viseu)
Sol & Mar
Praias Oceânicas
- Praia de S. Jacinto (Aveiro)
- Praia do Palheirão (Cantanhede)
- Praia da Tocha (Cantanhede)
- Praia da Costinha (Figueira da Foz)
- Praia de Quiaios (Figueira da Foz)
- Praia da Murtinheira (Figueira da Foz)
- Praia da Tamargueira (Figueira da Foz)
- Praia de Buarcos (Figueira da Foz)
- Praia Alto do Viso (Figueira da Foz)
- Praia do Relógio (Figueira da Foz)
- Praia do Molhe Norte (Figueira da Foz)
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- Praia do Cabedelo (Figueira da Foz)
- Praia da Cova Gala (Figueira da Foz)
- Praia da Costa de Lavos (Figueira da Foz)
- Praia da Leirosa (Figueira da Foz)
- Praia da Barra (Ílhavo)
- Praia da Costa Nova (Ílhavo)
- Praia do Poço Cruz (Mira)
- Praia de Mira (Mira)
- Praia da Torreira (Murtosa)
- Praia de Esmoriz (Ovar)
- Praia de Cortegaça (Ovar)
- Praia do Furadouro (Ovar)
- Praia dos Marretas (Ovar)
- Praia da Vagueira (Vagos)
- Praia do Areão (Vagos)
Praias Fluviais
- Praia de Piódão (Arganil)
- Praia de Pomares (Arganil)
- Praia da Peneda Cascalheira (Arganil)
- Praia de Côja (Arganil)
- Praia Olhos da Fervença (Cantanhede)
- Praia do Poço Corga (Castanheira de Pêra)
- Praia da Taberna Seca (Castelo Branco)
- Praia da Folgosa (Castro Daire)
Praia de Palheiros de Zorro (Coimbra)
- Praia Fragas de S. Simão (Figueiró dos Vinhos)
- Praia Ana de Aviz (Figueiró dos Vinhos)
- Praia das Canaveias (Góis)
- Praia da Peneda (Góis)
- Praia da Bogueira (Góis)
- Praia Srª da Graça (Lousã)
- Praia Srª Piedade (Lousã)
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- Praia do Monte Branco (Murtosa)
- Praia do Açude Pinto (Murtosa)
- Praia de Cambas (Oleiros)
- Praia do Vau (Oliveira de Frades)
- Praia de Alvoco das Várzeas (Oliveira de Frades)
- Praia de Avô (Oliveira do Hospital)
- Praia do Areínho (Ovar)
- Praia de Janeiro de Baixo (Pampilhosa da Serra)
- Praia de Santa Luzia (Pampilhosa da Serra)
- Praia de Pessegueiro (Pampilhosa da Serra)
- Praia do Mosteiro (Pedrógão Grande)
- Praia da Louçaínha (Vouzela)
- Praia do Malhadal (Proença-a-Nova)
- Praia da Aldeia da Ruiva (Proença-a-Nova)
- Praia da Froia (Proença-a-Nova)
- Praia da Ribeira Grande (Sertã)
- Praia da Quinta do Barco (Sever do Vouga)
- Praia de S. João do Monte (Tondela)
- Praia da Zaboeira (Vila de Rei)
- Praia Fernandaires (Vila de Rei)
- Praia Pego das Cancelas (Vila de Rei)
- Praia Penedo Furado (Vila de Rei)
Náutico
Cais de Acostagem
- Cais do Clube AVELA Associação Aveirense de Vela de Cruzeiro (Aveiro)
- Porto de Recreio da Figueira da Foz
- Porto de Recreio da Associação Náutica da Gafanha da Encarnação ANGE (Ílhavo)
- Porto de Recreio do Clube de Vela da Costa Nova CVCN (Ílhavo)
- Doca de Recreio da Marina Clube da Gafanha (Ílhavo)
- Ancoradouro de Recreio do Jardim Oudinot (Ílhavo)
- Marina Montebelo Lake Resort & Spa (Mortágua)
- Porto de Recreio da Associação Náutica da Torreira ANT (Murtosa)
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- Porto de Recreio do Carregal (Ovar)
- Ancoradouro do Posto Náutico de Vila Velha de Ródão
Gastronomia e Vinhos
Produtos Regionais
- Queijo Rabaçal (Ansião)
- Carne Marinhoa (Aveiro)
- Ovos Moles (Aveiro)
- Queijo de Castelo Branco (Castelo Branco)
- Queijo Picante da Beira Baixa (Castelo Branco)
- Requeijão da Beira Baixa (Castelo Branco)
- Travia da Beira Baixa (Castelo Branco)
- Mel da Serra da Lousã (Coimbra)
- Azeite da Beira Baixa (Idanha-a-Nova)
- Cabrito da Beira e Borrego da Beira (Idanha-a-Nova)
- Queijo Amarelo da Beira Baixa (Idanha-a-Nova)
- Bacalhau de Cura Tradicional Portuguesa (Ílhavo)
- Cabrito da Gralheira (Viseu)
- Carne Arouquesa (Viseu)
- Maça Bravo de Esmolfe (Viseu)
- Maça da Beira Alta (Viseu)
- Vitela de Lafões (Viseu)
Pratos Típicos
- Bucho Recheado (Castelo Branco)
- Cabrito Assado no Forno (Castelo Branco)
- Carapaus no Forno à moda de Alcains (Castelo Branco)
- Empadas de Castelo Branco
- Fígado de Cebolada (Castelo Branco)
- Laburdo (Castelo Branco)
- Maranhos à moda da Sertã (Castelo Branco)
- Plangaio (Castelo Branco)
- Sopa de Favas (Castelo Branco)
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- Sopa de Matação (Castelo Branco)
- Chanfana (Coimbra)
- Sopa de Matança (Idanha-a-Nova)
- Caldeirada de Borrego (Idanha-a-Nova)
- Ensopado de Javali (Idanha-a-Nova)
- Leitão Assado da Bairrada (Mealhada)
- Sopa de Casamento (Miranda do Corvo)
- Rancho à Moda de Viseu
Enoturismo
- Caves Primavera (Águeda)
- Museu do Vinho da Bairrada (Anadia)
- Casa do Canto (Anadia)
- Campolargo (Anadia)
- Caves do Solar do São Domingos (Anadia)
- Comissão Vitivinícola da Bairrada (Anadia)
- Quinta do Encontro (Anadia)
- Luís Pato (Anadia)
- Rota da Bairrada (Anadia)
- Aliança, Vinhos de Portugal SA (Anadia)
- Quinta do Ortigão (Anadia)
- Quinta da Grimpa (Anadia)
- Adega Cooperativa de Vilarinho do Bairro (Anadia)
- Caves Barrocão (Anadia)
- Caves São João (Anadia)
- Colinas de São Lourenço (Anadia)
- Estação Vitivinícola da Bairrada (Anadia)
- Quinta das Bageiras (Anadia)
- Caves Messias (Aveiro)
- Artwine (Cantanhede)
- Adega Cooperativa de Cantanhede
- Quinta de Cabriz (Carregal do Sal)
- Rota dos Vinhos da Beira Interior (Castelo Branco)
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- Horta de Gonçalpares, Sociedade Agrícola LDA (Castelo Branco)
- Quinta da Arrancada (Castelo Branco)
- Adega Cooperativa da Mealhada
- Rota do Vinho do Dão (Viseu)
- Quinta de Lemos (Viseu)
- Casa de Santar (Viseu)
- Quinta da Fata (Viseu)
- Quinta da Boavista (Viseu)
- Casa de Darei (Viseu)
- UDACA União das Adegas Cooperativas do Dão (Viseu)
- Adega Cooperativa de Penalva do Castelo (Viseu)
Confrarias
- Confraria Almas Santas da Areosa e do Leitão (Águeda)
- Confraria da Pateira (Águeda)
- Confraria Gastronómica do Leitão da Bairrada (Anadia)
- Confraria Gastronómica da Região da Bairrada (Anadia)
- Confraria Gastronómica do Bucho de Arganil (Arganil)
- Confraria dos Ovos Moles (Aveiro)
- Confraria Gastronómica de S. Gonçalo de Aveiro
- Confraria do Bolo de Ança (Cantanhede)
- Confraria Gastronómica da Gândara “Aromas e Sabores Gandarezes” (Cantanhede)
- Confraria da Broa de Avanca (Estarreja)
- Confraria Gastronómica do Arroz e Mar (Figueira da Foz)
- Confraria Gastronómica do Bacalhau (Ílhavo)
- Confraria das Peraltas (Lousã)
- Confraria do Mel da Serra da Lousã (Lousã)
- Confraria Nabos e Companhia (Mira)
- Real confraria da Cabra Velha (Miranda do Corvo)
- Real Confraria da Matança do Porco (Miranda do Corvo)
- Real Confraria do Maranho (Miranda do Corvo)
- Confraria da Doçaria Conventual de Tentúgal (Montemor-o-Velho)
- Confraria Gastronómica o Moliceiro (Murtosa)
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- Confraria do Queijo Serra da Estrela (Oliveira do Hospital)
- Confraria da Lampreia (Penacova)
- Confraria do Queijo Rabaçal (Penela)
- Confraria do Maranho (Sertã)
- Confraria Gastronómica do Sever do Vouga
- Confraria do Medronho (Tábua)
- Confraria da Chanfana (Vila Nova de Poiares)
- Confraria de Saberes e Sabores da Beira “Grão Vasco” (Viseu)
- Confraria Gastronómica do Cabrito e da Serra do Caramulo (Viseu)
- Confraria dos Gastrónomos da Região de Lafões (Viseu)
- Confraria Gastronómica do Dão (Viseu)
Negócios
Espaços para Reuniões e Congressos
- NERCAB Associação Empresarial da Região de Castelo Branco
- Coimbra
- AIRV Associação Empresarial da Região de Viseu
- Instituto Politécnico de Viseu
- Universidade Católica Portuguesa
- Centro Municipal de Cultura (Castro Daire)
- Centro Cultural e de Congressos de Aveiro
- Teatro Aveirense
- Centro Cultural de Ílhavo
- Universidade de Aveiro
- Aveiro Expo, E.M.
Golfe
- Golfe da Curia (Anadia)
- Academia Municipal de Golfe (Cantanhede)
- Academia de Golfe da Quinta das Lágrimas (Coimbra)
- Golfe Montebelo (Viseu)
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