Região Porto e Norte

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REGIÃO NORTE E PORTO TIAT-Técnicas de Informação e Animação Turística TRABALHO REALIZADO POR: Adriana Francisco nº3008 Luana Matias nº3029 Mariana Vieira nº3033 Professora: Marina Pinto

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REGIÃO NORTE E

PORTO TIAT-Técnicas de Informação e Animação Turística

TRABALHO REALIZADO POR:

Adriana Francisco nº3008

Luana Matias nº3029

Mariana Vieira nº3033

Professora: Marina Pinto

Região Porto e Norte

1 TIAT (Técnicas de Informação e Animação Turística)

Índice Introdução: .................................................................................................................................... 3

Caracterização da região: .............................................................................................................. 4

Principais museus da região: ......................................................................................................... 5

Museu Abade de Baçal (Bragança) .................................................................................... 5

Museu da Terra de Miranda (Miranda do Douro) ............................................................ 6

Museu Alberto Sampaio (Guimarães) ............................................................................... 7

Museu dos Biscainhos (Braga) .......................................................................................... 8

Museu Nacional de Soares dos Reis (Porto) ..................................................................... 8

Paço dos Duques (Guimarães) .......................................................................................... 9

Festividades: ................................................................................................................................ 10

Carnaval Transmontano: Caretos de Podence ................................................................ 10

Pauliteiros de Miranda do Douro .................................................................................... 11

Instrumentos ....................................................................................................................... 11

Trajes ................................................................................................................................... 12

Artesanato: .................................................................................................................................. 13

Arte da Filigrana (Gondomar e Póvoa de Lanhoso) ........................................................ 13

Significado: .......................................................................................................................... 13

História: ............................................................................................................................... 13

Rendas de Bilros (Vila do Conde) .................................................................................... 14

Lenços de Namorados (Minho) ....................................................................................... 15

Olaria de Barcelos ........................................................................................................... 15

Lenda do Galo de Barcelos .................................................................................................. 16

Barro Negra de Bisalhães ................................................................................................ 17

Modo de fabrico: ................................................................................................................. 17

Fabrico de Cavaquinhos e Violas (Braga) ........................................................................ 18

Cavaquinho:......................................................................................................................... 18

Viola Braguesa ..................................................................................................................... 18

Máscaras (Trás-os-Montes) ............................................................................................. 19

Produção de Tecido de Burel (Nordeste Transmontano) ............................................... 20

Pontos Turísticos: ........................................................................................................................ 20

Citânia de Briteiros .......................................................................................................... 20

Gravuras rupestres do Vale do Côa ................................................................................. 21

Enquadramento da Gastronomia ................................................................................................ 22

Região Porto e Norte

2 TIAT (Técnicas de Informação e Animação Turística)

Tripas à moda do Porto ........................................................................................................... 22

Cozido à portuguesa ................................................................................................................ 22

Pudim abade de Priscos .......................................................................................................... 23

Rojões: ..................................................................................................................................... 23

Alheira de Mirandela ............................................................................................................... 23

Lampreia .................................................................................................................................. 23

Francesinha ............................................................................................................................. 24

Caldo verde ............................................................................................................................. 24

Arroz doce ............................................................................................................................... 24

Bacalhau a Gomes de Sá ......................................................................................................... 25

Conclusão: ................................................................................................................................... 26

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3 TIAT (Técnicas de Informação e Animação Turística)

Introdução:

No âmbito da disciplina de TIAT- (técnicas de informação e animação turística) foi nos

proposto realizar um trabalho sobre a região Porto e Norte de Portugal, com o objetivo de nos

dar a conhecer o que tem para nos oferecer. Como por exemplo, dando a conhecer a sua cultura,

alguns dos sítios a visitar, como museus, festividades o seu artesanato e a sua gastronomia.

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4 TIAT (Técnicas de Informação e Animação Turística)

Caracterização da região:

Contem cerca de 3,6 milhões de habitantes, a Região do Norte concentra quase 35% da

população residente em Portugal, assegura perto de 39% das exportações nacionais e

representa cerca de 29% do PIB da economia nacional.

Dotada de boas infraestruturas de comunicação e de internacionalização conta com

uma rede qualificada de equipamentos de ciência e tecnologia, o Norte de Portugal vive de

portas abertas para o mundo e de olhos postos no futuro.

Em termos administrativos, o Norte de Portugal é composto por 86 municípios e 1.426

freguesias. Os municípios encontram-se organizados em oito Comunidades Intermunicipais

(CIM), as quais constituem o nível III da Nomenclatura de Unidades Territoriais para Fins

Estatísticos (NUTS), aprovada pela Comissão Europeia.

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5 TIAT (Técnicas de Informação e Animação Turística)

Principais museus da região:

Museu Abade de Baçal (Bragança)

No Museu do Abade de Baçal conservam-se objetos de uso

tradicional, bem como importantes coleções de arqueologia,

ourivesaria e arte sacra.

O museu foi criado em 13 de Novembro de 1915 sob a

designação de Museu Regional de Obras de Arte, Peças

Arqueológicas e Numismática de Bragança.

Em 1935, data da jubilação do Abade de Baçal, passa a

designar-se Museu do Abade de Baçal, em homenagem ao

erudito, investigador e também Diretor do Museu entre 1925 e 1935.

As principais coleções que integram o acervo do Museu são Arqueologia, Epigrafia, Arte

Sacra, Pintura, Ourivesaria, Numismática, Mobiliário e Etnografia. O espólio do Museu tem sido

gradualmente enriquecido através de doações, legados e aquisições.

O museu apresenta atualmente coleções de pintura com quadros de Malhoa, Abel Salazar,

um conjunto de cerca de 70 desenhos de Almada Negreiros, escultura, ourivesaria e mobiliário.

Em 2001 foi adquirida uma importante coleção de máscaras transmontanas.

O museu do Abade de Baçal reabriu no dia 15 de Dezembro de 2006, com a inauguração de

duas exposições temporárias.

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6 TIAT (Técnicas de Informação e Animação Turística)

Museu da Terra de Miranda (Miranda do Douro)

O museu da Terra de Miranda foi fundado em

1982. O museu reflete estes dois tempos da

história da cidade. Está situado no centro histórico

de Miranda do Douro, instalado na antiga Domus

Municipalis da cidade, edifício do século XVII. O

corpo do moderno edifício, cujo alpendre se apoia

na anterior estrutura medieval, através de cinco

colunas.

Fundado em 1982, o museu evoca o tempo

longo do planalto mirandês.

A visita permite descobrir traços característicos da vida social e cultural de uma região cuja

forte identidade, manifesta na presença da língua mirandesa (segunda língua oficial da

República Portuguesa desde 1999),mostrando os trabalhos domésticos e agrícolas, os rituais, a

música, os trajes, as danças, os ofícios tradicionais e mostrando a evolução da cidade.

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7 TIAT (Técnicas de Informação e Animação Turística)

Museu Alberto Sampaio (Guimarães)

O Museu de Alberto Sampaio foi criado em 1928 para albergar as coleções da extinta Colegiada

de Nossa Senhora da Oliveira e de outras igrejas e conventos da região de Guimarães, então na

posse do Estado.

Situa-se em pleno Centro Histórico, no

exato local onde, no século X, a condessa

Mumadona instalou um mosteiro, à volta do

qual foi surgindo o burgo vimaranense. Os

espaços que ocupa pertenciam à Colegiada, e

têm valor histórico e artístico: o claustro e as

salas medievais que o envolvem, a antiga Casa

do Priorado e a Casa do Cabido.

Apresenta importantes coleções de escultura (arquitetural, de vulto e tumulária), cobrindo

o período medieval e renascentista e prolongando-se até ao século XVIII. A coleção de

ourivesaria é das melhores do país: destacam-se o cálice românico de D. Sancho I, a imagem

de Santa Maria de Guimarães (séc. XIII), as cruzes processionais, e o magnífico retábulo gótico

de prata dourada representando a Natividade, de fins do século XIV.

São também de salientar o loudel que D. João I vestiu na batalha de Aljubarrota; o

fresco do século XVI figurando a Degolação de S. João Baptista; a coleção de pintura, dos

séculos XVI a XVIII; a talha maneirista e barroca; os paramentos bordados; a azulejaria e a

faiança.

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8 TIAT (Técnicas de Informação e Animação Turística)

Museu dos Biscainhos (Braga)

Museu instalado num conjunto patrimonial constituído por um imóvel e amplos jardins

históricos datados do século XVIII. Como componente programática ilustra uma casa senhorial

do período barroco, integrando coleções de artes decorativas de mobiliário e cerâmica

portugueses dos séculos XVII e XVIII. O jardim é um dos mais expressivos testemunhos do jardim

Barroco, com notáveis introduções em estilo Rococó, que sobreviveram em Portugal.

Museu Nacional de Soares dos Reis (Porto)

Antigo Museu Portuense de Pinturas e Estampas e primeiro museu público de arte de

Portugal, fundado em 1833. Está instalado desde 1940 no Palácio dos Carrancas, construído nos

finais do séc. XVIII, por uma família abastada do Porto e presentemente classificado como imóvel

de interesse público. Possui coleções de cerâmica, escultura, gravura, joalharia, mobiliário,

ourivesaria, pintura, têxteis e vidros, com destaque para o Desterrado, obra-mestra do patrono

do museu, o escultor António Soares dos Reis. O Museu foi objeto de profunda intervenção de

renovação e ampliação, segundo projeto do arquiteto Fernando Távora que, preservando as

características do edifício histórico, o dotou de novos e qualificados espaços interiores e

exteriores.

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9 TIAT (Técnicas de Informação e Animação Turística)

O Museu Nacional de Soares dos Reis é o primeiro museu público de arte do país, tendo sido

fundado em 1833 sob a égide do liberalismo. Destinou-se a recolher os bens confiscados aos

conventos abandonados do Porto e aos extintos de fora do Porto (mosteiros de S. Martinho de

Tibães e de Santa Cruz de Coimbra).

Paço dos Duques (Guimarães)

O Paço dos Duques de Bragança de Guimarães foi mandado construir no século XV por

D. Afonso, (filho ilegítimo do rei D. João I e de D. Inês Pires Esteves), 1º Duque da Casa de

Bragança e 8º Conde de Barcelos, por altura do seu segundo casamento com D. Constança

de Noronha (filha de D. Afonso, Conde de Gijón e Noronha e D. Isabel, Senhora de Viseu).

Essencialmente habitado durante o século XV, assistiu-se nas centúrias seguintes a um

progressivo abandono e a uma consequente ruína, motivada por fatores políticos e

económicos, que se foi agravando até ao século XX.

Entre 1937 e 1959 realizou-se uma ampla e complexa intervenção de reconstrução

executada a partir de um projeto da responsabilidade do arquiteto Rogério de Azevedo.

Paralelamente, procedeu-se à aquisição do recheio atual,

composto por peças de arte datadas, essencialmente, dos

séculos XVII e XVIII.

Elevado o Monumento Nacional desde 1910, ou seja,

ainda antes da sua reconstrução, o Paço dos Duques de

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10 TIAT (Técnicas de Informação e Animação Turística)

Bragança de Guimarães é atualmente um serviço dependente da Direção Regional de

Cultura do Norte (DRCN) e íntegra o Museu (1º piso), uma ala destinada à Presidência da

República (fachada principal, 2º piso) e uma vasta área vocacionada para diversas iniciativas

culturais (no rés do chão).

Festividades:

Carnaval Transmontano: Caretos de Podence

Despedem-se do inverno e saúdam a primavera, para os

Coretos o Carnaval é um ritual entre o pagão e o religioso, tão

natural como a passagem do tempo e a renovação das estações.

A chegada do mês de Fevereiro, os homens envergam os

trajes coloridos (elaborados com colchas franjadas de lã ou de

linho, em teares caseiros) esconde a cabeça dentro de uma

máscara de lata, prendem muitos chocalhos à cintura e

bandoleiras de campainhas e gastam toda a energia do mundo

para assinalar o calor e os dias maiores para a chegada da

Primavera.

Hoje serão quarenta dezenas os homens com fatos de Correto

e energia para invadir a praça na aldeia domingo e terça-feira de entrudo.

Sendo as mulheres solteiras as vítimas preferidas. Encostam-se a elas e ensaiam estranhas

danças com conteúdo erótico, agitando a cintura e batendo com os chocalhos nas ancas das

vítimas que para bem do corpo acompanham a dança. Dança com o nome chocalhar.

Adaptado ou não a tempos de mais brandos costumes o Carnaval de Podence mantém o

clima fantástico de antes. Sedutores e misteriosos, os Caretos guardam a magia dos tempos em

que as histórias junto à lareira franqueavam a entrada em mundos de sonho.

A eles tudo se permite; o anonimato dá-lhes prerrogativas, dá-lhes poder. Por dois dias no

ano os homens são crianças e quem mais brinca mais poder tem.

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11 TIAT (Técnicas de Informação e Animação Turística)

Pauliteiros de Miranda do Douro

O nome pauliteiro deriva de paulito.

Em Portugal a dança dos pauliteiros de Miranda tornasse-se

emblema da cidade, os praticantes da dança guerreira é

característica das Terras de Miranda chamada de dança dos

paus ou dança de espadas, é representativa de momentos

históricos locais.

Tem a particularidade de ser dançada por oito homens (mais

recentemente também dançada por mulheres).

Em Portugal ainda se encontram outras danças de espadas

sendo a maioria conhecida como “mouricas” das quais

curiosamente nenhuma se tornou tão popular como as danças dos Pauliteiros de Miranda.

Instrumentos Para que os pauliteiros possam executar as suas danças têm que acompanhar sempre pela Gaia

de Foles, Caixa de Guerra, Bombo e Castanholas pois são eles os responsáveis pela melodia de

cada dança.

A Gaia de Foles Mirandesa- Funciona como um instrumento melódico;

Caixa de Guerra- Tem como função fazer sobressair os movimentos rítmicos da música;

Bombo- Serve para marcação do ritmo.

Castanholas- Cada pauliteiro leva um par de castanholas, cada uma em sua mão, que vão ser

tocadas durante a dança.

Os Paus- São usados pelos pauliteiros servem também de instrumentos de percussão, pois as

batidas dadas entre os dançarinos são feitas ao ritmo cadenciado da música.

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12 TIAT (Técnicas de Informação e Animação Turística)

Os instrumentos usados são réplicas fiéis antigas, que mantêm o aspeto e sonoridade dos

mesmos.

Trajes O traje dos pauliteiros tem como modelo os trajes militares greco- romanos, embora

aperfeiçoada.

O chapéu decorado representa o capacete militar podendo estar enfeitada com flores.

O Colete em sorrubeto trabalhado e a camisa de linho imitam a armadura.

A Saia em linho trabalhada, os lenços, as meias altas em lã pura e as botas em pele, fazem

referência a essa época.

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13 TIAT (Técnicas de Informação e Animação Turística)

Artesanato:

Arte da Filigrana (Gondomar e Póvoa de Lanhoso)

A filigrana portuguesa foi integrada no luxuoso património da joalharia em Portugal para

representar temas variados da história, cultura e Tradição Portuguesa, do mar, natureza, religião

ou o amor. São disso exemplo, os corações de Viana, as arrecadas, os crucifixos, os brincos de

fuso ou à rainha, as cruzes de Malta, os colares de conta.

Além de constituir um adereço e marca de distinção social a filigrana portuguesa em

ouro assumia também um investimento e uma mais-valia para as famílias. As peças da filigrana

portuguesa são usadas como adereços valiosos para festas especiais, seja por grupos sociais de

condição elevada, seja por pessoas de menos posses, sendo parte integrante e enriquecendo os

trajes tradicionais portugueses do Minho e do Douro Litoral.

Significado:

Trata-se de uma arte que trabalha o ouro, prata, bronze e outros metais através de graciosos

fios destes materiais, subtilmente entrelaçados que dão origem a obras de arte elaboradas e de

vários padrões.

História:

A filigrana é milenar se bem que não está determinada com precisão a sua origem, sendo

somente conhecido que esta arte era conhecida pelos indianos e chineses, bem como pelas

civilizações Romanas e Grega. Os Árabes contribuíram de forma notável para esta técnica de

ourivesaria, criando, a partir de filamentos delicados e maleavéis, obras de arte que

enriqueceram a estética do design da linha. Porém, quando os Árabes chegaram à Península, a

técnica da filigrana era já trabalhada e dominada pelas civilizações ibéricas. A origem da filigrana

portuguesa remonta aos povos pré-romanos que povoaram o nosso território, conforme é

atestado pelo legado de ourivesaria e joalharia castreja achado em escavações arqueológicas –

principalmente três valiosos torques em filigrana, originais da Póvoa de Lanhoso e expostos no

Museu D. Diogo de Sousa, em Braga. Porém, a técnica moderna da filigrana portuguesa evoluiu,

principalmente, a partir de alguns objectos de culto nos séculos XVII-XVIII, a partir de certos

relicários ou cruzes e, também, tendo como inspiração peças de joalharia, como as arrecadas ou

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14 TIAT (Técnicas de Informação e Animação Turística)

os brincos. O formato único da filigrana portuguesa tem origem no seu temperamento popular,

vincado com maior relevância a partir da segunda metade Oitocentista.

Rendas de Bilros (Vila do Conde)

As rendas sempre adornaram os trajes portugueses, sobretudo os mais ricos, já que

eram caras e o processo de fabrico moroso e meticuloso. Até à mecanização este era um

trabalho feminino e a produção totalmente efetuada pelas mãos hábeis.

A arte da Renda de Bilros é quase um trabalho exclusivo da costa do litoral oeste da

Península Ibérica com antigos centros em Camariña (Província de la Coruña - Espanha, Século

XVI), Vila do Conde, Peniche, Lagos e Olhão.

A origem das rendas não é consensual. A teoria mais aceite, formulada por vários

estudiosos, é a de que são oriundas do oriente (da China ou da Índia), tendo chegado a Portugal

através da Itália no século XV.

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15 TIAT (Técnicas de Informação e Animação Turística)

Lenços de Namorados (Minho)

Os lenços dos namorados é um lenço

fabricado a partir de um pano de linho fino ou de

lenço de algodão, bordado com motivos

variados. É uma peça de artesanato e vestuário

típico do Minho, sendo usado por mulheres com

idade de casar.

Era usado como ritual de conquista. A

rapariga apaixonada bordava um lenço Depois de feito o lenço acabaria por chegar à posse do

homem amado, que o passaria a usar em público como modo de mostrar que tinha dado início

a uma relação. Se o namorado não usasse o lenço publicamente era sinal que tinha decidido não

dar início a relação amorosa e era lhe dado o lenço de volta.

Era um abito das mulheres para os maridos quando ele se ausentava fosse feito um novo

lenço onde podiam ser bordados versos, para além de vários desenhos, alguns personalizados

tendo as suas simbologias próprias.

Existe atualmente uma comissão técnica que funciona como órgão avaliador e de

certificação desde tipo de artesanato regional.

Olaria de Barcelos

A olaria por razões históricas, reflete-se mais

na parte nordeste do concelho de Barcelos, em

especial na freguesia de Manhente, pois contem

terras ricas em água e barro que desde muito cedo

despertaram a cobiça do homem.

A arte em torno do barro modelou em termos sociais, culturais e económico todo este

território que se estende até ao atual concelho de Vila Verde.

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16 TIAT (Técnicas de Informação e Animação Turística)

É atualmente uma produção certificada que se tem reinventado nas formas e conceitos,

face ao aparecimento de novos materiais e utensílios, mas mantendo a sua autenticidade como

arte do concelho de Barcelos.

Em Barcelos existe um Museu de Olaria, que é m repositório vivo da memória da olaria

do concelho é um espaço único onde se vivenciam experiências de vida ligadas ao barro e onde

se projeta o futuro desta arte. As oficinas são tradicionais onde o trabalho na roda e os fornos a

lenha ainda marcam o processo de produção onde deram o nome as essas peças “Louças de

Barcelos”.

O galo de Barcelos é a peça de cerâmica mais conhecida de Barcelos.

Lenda do Galo de Barcelos

A lenda do galo de Barcelos já é muito antiga. Diz-

se que tudo aconteceu no séc. XVI.

Conta a lenda que todos andavam muito

assustados em Barcelos por causa de um crime e o

criminoso ainda andava a solta e deixava as pessoas com

medo.

Certo dia apareceu na zona um galego (espanhol da

região da Galiza) que passou logo a ser o principal suspeito.

As autoridades acharam que era ele o culpado pelo crime e

prenderam-no.

O galego tentou-se defender dizendo que ia a caminho de Santiago de Compostela para

pagar uma promessa, mas ninguém acreditou nele…

Com toda a gente contra o galego, ele sem se poder defender, acabou por ser

condenado à força. O galego pediu um último desejo pedindo que o levassem até ao juiz que o

tinha condenado. Quando o galego chegou a casa do juiz, ele esta a deliciar-se com os amigos

com um grande banquete. Voltou a dizer que estava inocente, mas mais uma vez ninguém

acreditou nele…

Então o condenado reparou num galo assado que estava numa travessa na mesa,

prontinho para comer e disse:

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17 TIAT (Técnicas de Informação e Animação Turística)

- É tão certo eu estar inocente como este galo começar a cantar quando me enforcarem.

Todos se riram da afirmação do homem, mas mesmo assim, resolveram não comer o galo.

Quando chegou a hora de enforcarem o galego o galo assado levantou-se e começou a cantar.

Afinal o homem estava mesmo inocente !

O juiz correu até ao sítio onde ele estava prestes a ser enforcado e mandou soltar

imediatamente.

Passado alguns anos o galego voltou a Barcelos e mando construir um monumento em louvor à

Virgem e a São Tiago para lhes mostrar o seu reconhecimento.

Barro Negra de Bisalhães

O Barro negro de Bisalhães, típico de Vila Real, possui uma técnica única de tratamento.

Este é um dos principais produtos de artesanato da região.

Modo de fabrico:

O barro, depois de britado é espalhado na eira para secar ao sol. De seguida, é transportado

para os "pios" de pedra e moído, até se desfazer em pó, retiram-se as impurezas, mistura-se

com água e amassa-se. Depois, o oleiro dá-lhe forma na roda de oleiro e, antes que esta seque,

ornamenta-se com flores e outras formas.

A cozedura faz-se num forno aberto no chão (soenga). Colocam-se as peças, e cobrem-se

com rama de pinheiro verde, a que se ateia fogo. Quando este começa a ficar com aspeto

avermelhado (em brasa), abafa-se o fogo com caruma, musgo e terra escura, para que não se

libertem fumos e seja obtida a cor negra característica.

Encontra-mos diferentes tipos de louça negra: a "churra" (que é mais grosseira, negra e sem

brilho) e a "gogada" (que é fina e sem defeito).

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18 TIAT (Técnicas de Informação e Animação Turística)

Gogada

Fabrico de Cavaquinhos e Violas (Braga)

Cavaquinho:

É um instrumento da família dos cordofones originários do Minho,

norte de Portugal, que mais tarde foi amplamente introduzido na cultura

popular de Braga

Cavaquinho é um instrumento da cidade de Braga no século XVI. O seu

som próprio está presente na música popular minhota. É presença obrigatória

em qualquer grupo que se proponha representar as tradições desta região.

Viola Braguesa

A existência da Viola Braguesa, ou viola de Braga, surge desde o séc.XVII. é o instrumento

mais popular do Noroeste Português, o Entre Douro e Minho. Toca se a solo ou acompanhada

pelo canto em “Rusgas”, “Chulas” e “Desafios”.

Churra

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19 TIAT (Técnicas de Informação e Animação Turística)

A viola Braguesa pertence a um género musical exclusivamente lúdico e festivo e integra

o mesmo tipo fundamental comum a todos os cordofones da família das ”guitarras” espanholas

e europeias, a que pertence.

Nos dias de hoje, estas Viola têm a abertura central em “boca de raia”, mas os modelos

e representações antigas mostram exclusivamente bocas redondas ou ovais. A Viola Braguesa

tem 10 cordas, armadas em cinco ordens duplas.

Atualmente, esta indústria apenas subsiste nos arredores de

Braga e do Porto, daí abastecendo o resto do País. As madeiras mais

usadas são o pinho de Flandres para o tampo da frente - em

exemplares mais modestos utilizam-se o choupo ou a tília - e a

nogueira para o fundo. Tampo e fundo da viola são normalmente

feitos em duas pranchas de madeira unindo-se os veios

simetricamente. As ilhargas são feitas em nogueira, o braço em

plátano, amieiro, tília ou castanho. A escala é normalmente de pau-

preto ou madeira escurecida, sendo ainda frequentes alguns cavaletes

pintados de preto.

Máscaras (Trás-os-Montes)

O s caretos usam máscaras rudimentares, onde sobressai o nariz pontiagudo, feitas de couro, madeira

ou de vulgar latão, pintadas de vermelho, preto, amarelo, ou verde. A cor é também um dos atributos

mais visíveis das suas vestes: fatos de colchas franjados de lã vermelha, verde e amarela, com enfiadas de

chocalhos à cintura e bandoleiras com campainhas. Da sua

indumentária, faz também parte um pau que os apoia nas

correrias e saltos. A rusticidade do ambiente é indissociável desta

figura misteriosa.

Despedem o Inverno e saúdam a Primavera, para os caretos o

Carnaval é um ritual entre o pagão e o religioso, tão natural como

a passagem do tempo e a renovação das estações.

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20 TIAT (Técnicas de Informação e Animação Turística)

Produção de Tecido de Burel (Nordeste Transmontano)

Produzido com 100% de lã pura, o burel foi durante muito tempo o tecido eleito pelas

gerações de serranos das terras altas portuguesas. Pelo "grande conforto térmico"

proporcionado e pela sua "impermeabilidade natural", o burel era usado para proteger do frio

e abrigar aqueles que mais se expunham às temperaturas baixas como, por exemplo, os

pastores.

Pontos Turísticos:

Citânia de Briteiros As ruínas arqueológicas de Briteiros são uma prova extraordinária da existência de um

importante povoado primitivo, de origem pré-romana, pertencente ao tipo geral dos chamados

"castros" no noroeste de Portugal.

Comprovam nitidamente caracteres da

cultura castreja, ainda que fortemente

romanizados no começo da era cristã.

As numerosas construções, de vários tipos,

dispostas um pouco livremente, mas

obedecendo, contudo, a um ainda que

insipiente esquema urbanístico, oferecem

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21 TIAT (Técnicas de Informação e Animação Turística)

pistas impressionantes e muito objetivas para o conhecimento daquelas gentes tão remotas,

localizadas no cimo dos montes e mesmo assim protegidas por várias cinturas de muralhas, cujos

extensos panos ainda hoje se podem admirar.

O espólio arqueológico destas ruínas encontra-se exposto, em Guimarães, no Museu

Arqueológico da Sociedade Martins Sarmento.

Gravuras rupestres do Vale do Côa

O nome Foz Côa anda hoje associada a descoberta, nos vales dos rios Côa e Douro, de um

elevado número de gravuras rupestres do Paleolítico Superior.

Criada em Março de 2011, para gerir o Parque

Arqueológico do Vale do Côa e o museu do Côa, tem

como fim principais a proteção, conservação,

intervenção e divulgação da arte rupestre, classificada

Património Mundial- UNESCO 1998 e demais

património arqueológico, paisagístico, cultural e

natural, na área do Parque Arqueológico do Vale do Côa.

Pode dizer-se que o conjunto de arte rupestre paleolítico, descoberto no Vale do Côa é até

ao momento o maior que se conhece ao ar livre na Europa Ocidental.

Atualmente são conhecidos mais de 60 núcleos rupestres, disseminados ao longo de 26

quilómetro.

As gravuras do vale do Côa datam entre os 20000 e 10000 anos. As imagens muito

numerosas mas significativas representam cavalos, bovídeos e

caprídeos em estilo naturalista.

As gravuras estão gravadas nas rochas tendo sido utilizadas

técnicas de picotagem e raspagens.

A PAVC é a instituição criada para gerir, proteger,

musealizar e colocar em visita pública a arte rupestre do Vale

do Côa, proporcionando visitas guiadas a três múleos: A cabana

do inferno, a Ribeira de Piscos/ Fariseu e a Penascosa (está

pode ser apreciada em visita noturna).

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22 TIAT (Técnicas de Informação e Animação Turística)

Enquadramento da Gastronomia

Tripas à moda do Porto

É um prato tradicional nascido na cidade

do Porto.

O prato é confecionado com vários tipos

de carne, tripas, enchidos e feijão branco.

Este prato foi um dos candidatos finalistas às 7

Maravilhas da Gastronomia portuguesa.

Cozido à portuguesa

É um prato tradicional português. Trata-se de

uma iguaria composta por uma miríade de vegetais,

carnes e enchidos cozidos.

No que diz respeito aos vegetais, podem ser

cozidos feijões, batatas, cenouras, nabos, couves e

arroz. Nas carnes, é possível ter o frango, entrecosto de porco, entremeada de porco, orelha de

porco, chispe de porco e carne de bovino de diversas partes. Nos enchidos, são típicos o chouriço

de carne, a farinheira, a morcela e o chouriço de sangue. Todos estes ingredientes compõem

um prato muito forte, ideal para o tempo frio do Inverno.

A forma de preparar e a combinação de ingredientes variam um pouco de região para região

Região Porto e Norte

23 TIAT (Técnicas de Informação e Animação Turística)

Pudim abade de Priscos

É um pudim típico de Braga, Portugal sendo uma das

poucas receitas que o abade de Priscos transmitiu para o

público.

O pudim ficou conhecido quando Pereira Júnior, diretor

do Magistério Primário feminino de Braga no antigo Convento dos Congregados, pediu ao Abade

de Priscos receitas para ensinar no magistério.

Rojões: São nacos de carne de porco da

parte da pá ou da barriga, fritos em banha

num tacho, de preferência de ferro.

Alheira de Mirandela

Enchido tradicional fumado, cujos principais

ingredientes são a carne e gordura de porco, a carne

de aves (galinha e/ou peru) e pão de trigo, o azeite e

a banha, condimentados com sal, alho e colorau doce

e/ou picante. Podem ainda ser usados como

ingredientes a carne de animais de caça, a carne de

vaca e o salpicão e/ou o presunto envelhecidos.

Lampreia

É comida sobretudo em arroz de lampreia, com uma

confeção próxima da cabidela, e à bordalesa, um guisado

normalmente acompanhado de arroz.

Região Porto e Norte

24 TIAT (Técnicas de Informação e Animação Turística)

Francesinha

É um prato típico e originário da cidade do Porto.

A francesinha tem a forma de uma sanduíche e é

constituída por linguiça, salsicha fresca, fiambre, carnes

frias e bife de carne de vaca ou, em alternativa, lombo de

porco assado e fatiado, coberta com queijo

posteriormente derretido.

É guarnecida com um molho à base de tomate,

cerveja e piri-piri. Os acompanhamentos de ovo estrelado

(no topo da sanduíche) e batatas fritas são facultativos.

Caldo verde

O caldo verde é uma sopa de couve-galega,

típica da Região do Norte de Portugal continental, mas

muito divulgada e com impacto em todo o país.

Arroz doce

O arroz-doce, também conhecido como arroz de função e arroz de leite, é um prato feito de

arroz cozido em leite e açúcar, temperado com casca de limão, canela em pau, água de flor de

laranja, cravo etc., e em geral polvilhado de canela.

Região Porto e Norte

25 TIAT (Técnicas de Informação e Animação Turística)

Bacalhau a Gomes de Sá

É um prato tradicional em Portugal, da

autoria de José Luís Gomes de Sá Júnior, que nasceu

no Porto.

É muito apreciado pelo seu sabor e requinte,

normalmente acompanhado com Vinho verde tinto

ou Vinho do Douro tinto. É de preparação simples e

relativamente rápida.

Região Porto e Norte

26 TIAT (Técnicas de Informação e Animação Turística)

Conclusão:

Com a realização deste trabalho concluímos que a região Porto e Norte é uma região

com uma grande diversidade cultural, festividades tradicionais, com grande destaque para o

artesanato e grande variedade gastronómica.