Dançando a Bordo, o sucesso sobre as ondas

DISTRIBUIÇÃO INTERNA E GRATUITA - AN O II - Nº 04 - MARÇO/ABRIL – 2006EDITORA REGIONAL:LUIZA BRAGION - EDITOR NACIONAL: MILTON SALDANHA - jornaldancecampinas@gmail.com

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Salsabumba agitaCampinas e acaba

de lançar site

Karen Righettoinaugura novo

espaço

Festival Celta Brasilno Centro deConvivência

Marcelo Amorimdará workshop em

Campinas

Ballet Cubanovem ao Brasil

Conheça oPsicoballet

Dançando a Bordo, o sucesso sobre as ondas

Tango, umafilosofia do

abraço

Entrevista comWagner Axé

2 Março e Abril /2006

Dança de SalãoFaça parte desta comunidade saudável!

Milton Saldanha Luiza Bragion

As portas sefecham?Então vamosabrir outras!

Em dezembro último fomos surpreendi-dos com a notícia de que a Fonte SantaTereza de Valinhos, ótimo ambiente

para praticar a dança de salão, fechava suasportas e extinguia os bailes semanais. O moti-vo alegado pela gerência do local foi o prejuí-zo do restaurante em algumas semanas quan-do as bandas cobravam caro por seu trabalho.Em inúmeras conversas com colegas da dançade salão, tanto professores como alunos, oque se percebe é uma aparente contradição: adança de salão em Campinas está crescendoem número de praticantes, em ritmos traba-lhados e em integração entre as academias. Amídia contribui consideravelmente para isso.No entanto, os estabelecimentos ou casas no-turnas que oferecem bailes ou espaços paradançar diminuem cada vez mais, fechando suasportas ou restringindo o seu funcionamentopara dança de salão apenas durante a semana.Há poucas exceções na nossa região, que ain-da persistem com o passar do tempo e ofere-cem um serviço de qualidade. Mas são rarasexceções, isso é fato. Perante essa situação, oDance Campinas procura respostas. A músi-ca tocada nas casas estaria desagradando e afas-tando os dançarinos? Os locais não teriam ainfra-estrutura necessária (espaço, ventilação,boa pista de dança) para comportar o nossopúblico? O preço cobrado por esse tipo dediversão está alto?

Talvez todas elas juntas ajudem a ex-plicar o fenômeno. O fato é que muitos profes-sores de dança se recusam a levar seus alunosem locais onde o repertório é ruim, onde aspessoas que freqüentam não são educadas. E anecessidade de o aluno sair da academia paradançar é iminente. Ninguém evolui em dança desalão ou se diverte por inteiro se ficar restritoàs aulas. É no baile que o praticante de dançaencontra sua turma, se integra, conhece novospassos, aprende a ronda anti-horária do salão.Esse espaço é, pois, fundamental e deveria serconsiderado como tal. Mas não é que acontecenas poucas casas noturnas existentes em Cam-pinas.

A filosofia do Dance Campinas comoúnico veículo de comunicação que trata especi-

ficamente de dança em Campinas e região é a deque não podemos parar. Não podemos nos iso-lar e deixar fracassar os bailes existentes na ci-dade. Se as portas se fecham, vamos abrir ou-tras!

Iniciativas brilhantes de alguns de nos-sos dançarinos em relação ao assunto valem apena ser comentadas nesse espaço. Uma delasé a Noite do Tango, organizada a cada doismeses pelo Clube do Tango no clube CírculoMilitar de Campinas. Trata-se um evento iné-dito na região e que consegue unir todas as aca-demias de dança em um mesmo salão ao somdos ritmos portenhos e brasileiros de dança desalão. Com ênfase no tango argentino, a pri-meira edição do baile foi fortemente elogiadacom gostinho de “quero mais”.

O segundo baile será em abril e todosos lugares (agora trezentos, 60 a mais que daoutra vez) já estão reservados. Isso mostra acarência dos praticantes de dança em encon-trarem por aqui um lugar gostoso, própriopara bailes, com boa seleção musical e ban-da. A idéia é promover ainda muitas “Noitesdo Tango”, Campinas precisa disso. Precisade diversão saudável e de momentos deintegração social.

Vários outros exemplos podem ser ci-tados. Há duas semanas o telefone do jornaltocou. Era uma amiga de Vinhedo que ligavapara convidar e divulgar uma milonga que seriarealizada em sua própria residência, em mea-dos de março. Lembro de suas palavras: “Seráum baile simples, mas muito gostoso. Querounir mais as pessoas, dançar. O espaço não émuito grande, mas acho que será interessante”.Fantástica atitude.

Também estão de parabéns as academi-as de dança de salão e clubes de lazer quepromovem bailes periódicos e convidam todaa cidade para a festa. O jornal Dance Campi-nas faz questão de apoiar a todas as iniciati-vas de promover o crescimento da dança desalão. E sempre com uma condição: a qualida-de do serviço prestado. Portanto, vamos nosmexer! O processo é lento, aos poucos, masnunca será concluído se não começarmos dealguma forma...

Dançando a Bordoe tango em Floripa.Imagens queficarão parasempre

Ninguém discordou. O Dançando a Bor-do 2006, no navio Costa Victoria, de28 de janeiro a 4 de fevereiro, superou

os dois anteriores, no Costa Tropicale (2004)e no próprio Victoria (2005), e consagrou defi-nitivamente este evento como o maior da dan-ça de salão brasileira. Vários fatores amparamesta afirmação: são mais de 80 aulas (incluindoo Espaço Corpo em Sintonia, de preparaçãocorporal, com Mônica Casagrande); matinêstodas as tardes; quatro bailes simultâneos to-das as noites (dois com todos os ritmos, brasi-leiros e internacionais; country e tango); festastemáticas; noite de gala; orquestra e conjuntomusical; três DJs; 13 professores, 11 personaldancers, 11 bailarinos profissionais; shows depista, com convidados especiais; espetáculosde palco, em teatro (em duas sessões, todas asnoites); palestras e debates; lançamento de li-vro; filmes; eventos paralelos e convivênciasocial em tempo integral, do café da manhã aojantar, durante uma semana, com cerca de 2.400pessoas intensamente participantes. Alguémsaberia apontar algum evento no Brasil, oumesmo no exterior, que chegue perto disso?Ou algum outro cruzeiro que ofereça sequerum décimo deste aparato?

Tudo isso, conjugado com a qualidadeprofissional das nossas equipes de dançarinose bailarinos, todos de grande experiência e refi-nada técnica, sob a supervisão artística dosbrasileiros Theo e Mônica, e do argentinoCristian Rueskorosky, já seriam motivo de so-bra para colocar o Dançando a Bordo em pri-meiro lugar. Mas o evento neste ano foi muitoalém, com as participações especiais dos doismaiores ícones da dança de salão brasileira,Carlinhos de Jesus e Jaime Arôxa. Em momen-tos raros e até inusitados, eles se apresentaramsimultaneamente nas mesmas pistas e no mes-mo palco do belo Teatro Festival, de 650 pol-tronas. Jaime com Bianca Gonzalez; Carlinhoscom Vanessa Nascimento, ambas deslumbran-tes parceiras.

Respeito quem pensar diferente, aqui éuma opinião pessoal, mas de quem detesta avulgarização do elogio. Pelo contrário, quantomais vejo dança, menos gosto de showzinhosque proliferam por aí, principalmente quandosão amadores brincando de profissionais.

Passei a ter melhor noção do que é umverdadeiro bailarino quando, lá pelo início dosanos 70, sentei a poucos metros do palco deum teatro londrino onde ele fazia uma tempo-rada. Seu nome: Nureyev. Desculpem, não éfrescura, mas depois de ver Nureyev dançan-

do, fica realmente impossível engolir aventu-reiros. Seu senso crítico, elevado pelaarrebatadora imagem do gênio, torna-se indo-mável. Quem se habitua com alta qualidade vairejeitar caricaturas, de gente presunçosa, semtalento e sem pudor.

Tango em FloripaAcabo de retornar de uma semana em

Floripa, onde fui cobrir o Festival Internacio-nal de Tango – Florianópolis Tango 2006, alémde montar um stand do Dance e do Dançandoa Bordo, com a colaboração da professora StellaBello, do Tango B‘Aires. Nem em BuenosAires, onde já estive oito vezes, numa delasfazendo um tour tanguero em companhia deJaime Arôxa, tinha visto profissionais tãoapaixonantes. Sobretudo Lorena Ermocida, amelhor do tango que já vi até hoje. Muitosoutros acharam o mesmo, a julgar pela verda-deira consagração que ela viveu no lotado Tea-tro Ademir Rosa, do CIC, o maior deFlorianópolis, com quase mil lugares. Nas au-las, a gente entendia como Lorena chegou lá. Éprofissional até a medula, séria, concentrada.E devota grande respeito aos alunos, respei-tando seus limites e possibilidades.

No palco do teatro, como já contei, ela eseu parceiro Osvaldo Zotto, mais Miguel AngelZotto e Soledad Rivero, Roberto Herrera eJorgelina Guzzi, além dos brasileiros Geovanae Fabián, mostraram tudo o que sabiam e maisum pouco, para delírio do público, formadomaciçamente por gente de dança.

Quando chegou a milonga de encerramen-to, ao ar livre no atrium do hotel, a poucosmestros da piscina e do mar, com o som sedu-tor da espetacular Orquestra Color Tango,conduzida pelo maestro Roberto Alverez, umdos bailes mais lindos da minha vida — (fa-zendo-nos até mesmo esquecer o piso de lajotase inadequado para dançar) – o grupo de pro-fessores do festival deu uma nova e exemplaraula: todos dançaram como se deve dançar numamilonga: suavemente, rasteiro, caminhando, semganchos e outros movimentos perigosos. E,principalmente, sem qualquer tipo deexibicionismo. É assim que os verdadeiros pro-fessores respeitam seus alunos e conquistamtambém o respeito deles. Dá para entender:eles sabem que não precisam provar mais nadaa ninguém em bailinho. Palco é outra coisa.Querem apenas se divertir, como nós. Estãono topo. E lá continuam justamente por atitu-des assim.

Março e Abril /2006

Karen Righetto inaugura nova unidade em Campinas

Fonte Santa Tereza fechasuas portas para bailes

Paulo Zanandré traz rei do samba-rock para aulão em abril

Os admiradores de dança de salão eprincipalmente de samba-rock não

devem perder a oportunidade de participar deum “aulão”, que será ministrado peloprofessor Moskito do Samba na Escola PauloZanandré, dia 16 de abril, às 17h30.Considerado um dos melhores dançarinos eprofessores de samba-rock do Brasil , InácioLoiola de Souza Júnior, mais conhecido comoMoskito, avisa que o aulão é aberto a qualquerpessoa interessada no ritmo. “Não precisa ternoção de samba-rock para participar”, garante. Moskito começou a dançar aos 12 anos e em1996 passou a trabalhar profissionalmente comdança em um projeto social. Depois, montou umacompanhia de dança que participou de concursose festivais internacionais, sempre se especializandono samba-rock, pois acha essencial divulgar a culturaurbana e todas as tendências da cultura black.

Atualmente, o samba-rock é um ritmomuito tocado em bailes e apreciado por muitaspessoas. O ritmo surgiu na década de 50,quando os bailes com grandes orquestraseram inacessíveis para boa parte dapopulação. Então, surgiram bailes com sommecânico, onde desenvolveu-se um estilo dedançar baseado nos rodopios do twistamericano. Na década de 60, a Bossa-Nova eJovem-Guarda passaram a se misturar aosamba, num ritmo eternizado por Jorge BenJor – era o início de um novo ritmo. O nomesamba-rock foi dito pela primeira vez porJackson do Pandeiro e daí em dianteconsolidou-se como um ritmo bem aceito emtodas as camadas sociais. Os interessados em participar do “aulão” naEscola de Dança de Salão Paulo Zanandré devemligar para (19) 3242-0186.

Noite da Prática na Cia. deDança Rodrigo de Oliveira

Para comemorar os aniversariantes do mês demarço e aproveitar o sábado para dançar aosom de todos os ritmos da dança de salão, aCompanhia de Dança Rodrigo de Oliveirarealiza a “Noite da Prática” no dia 18 de março,em Indaiatuba. O baile terá início às oito danoite e os ingressos, a R$ 8,00, já estão sendovendidos na própria escola. Maioresinformações: (19)8123-1364.

Em dezembro de 2005, o hotel Fonte SantaTereza, localizado em Valinhos, anunciou o fimdos bailes semanais de dança de salão que agitavama região. Procurado pela redação do jornal Dance, o gerente do hotel alegou que o motivo principalseria o prejuízo dos bailes em alguns sábados.Muitos dançarinos se surpreenderam com anotícia, pois o local era um dos melhores e maistradicionais para dançar ao som de música aovivo. A partir de agora, a Fonte Santa Terezarealizará bailes eventuais.

“O amor em suas fases e faces” é o novotrabalho da bailarina Gisele Thibes

A partir deste mês, a região doTaquaral em Campinas conta com nova opção em academia de dança. A

bailarina clássica, coreógrafa e professora KarenRighetto acaba de inaugurar a segunda unidadeda Karen Righetto Ballet. A primeira estálocalizada no bairro Vila Teixeira e já existe hácinco anos. Karen relata o desejo de ter uma sede própria:“A abertura dessa nova unidade foi a realizaçãode um sonho, pois a academia está bem localizada,já temos alunos matriculados e agora se tornou anossa sede própria”. Para a proprietária, a novaunidade possui diferenciais: “Levamos um ano emeio para construir esse espaço da maneira quegostaríamos. O diferencial maior é que é umaacademia construída para dança, isto é, pisospróprios, espelhos, instalações, além de váriasmodalidades oferecidas e ótimos professores”.O objetivo da bailarina é manter as duas unidadesfuncionando para atender públicos diferentes.

A nova unidade Karen Righetto Ballet,trabalha com várias modalidades de dança, comdestaque para o balé clássico – Pas Deux eeficiência física, seguindo a metodologia TheRoyal Academy of Dance. Além do balé, a escolaoferece aulas de jazz, street dance e dança desalão. A equipe de professores é diversificada:Karen Righetto, Fernanda Barbosa, RenataSalmazo, Pedro Pupo, Paulo Matulevicius. Juliodará aulas de street dance e o jazz será comandadopor Camila Potyara. Na modalidade dança desalão, as aulas são comandadas por JulianaGianessi e Ricardo Martinez. “Estamosatingindo adultos e crianças com as diversasmodalidades. A arte é um caminho privilegiadopara a educação e os pais devem investir nofuturo de seus filhos”, conclui Karen. As matrículas para os cursos estão abertas.A nova sede fica à Rua Paula Bueno, 357.(19)3294-9228 – nova sede ou (19)3241-9046

– Vila Teixeira. Nova unidade Karen Righetto Ballet: ampla e projetada para dança

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Clube Cultura oferece bailes aos sábados Um amplo restaurante, com pista para dançade salão e buffet de saladas e pratos quentes.Essa é a nova opção de diversão noturna para aregião de Campinas oferecida pelo ClubeSemanal de Cultura Artística de Campinas, emsua sede de campo, localizada no distrito deSouzas. Os eventos, que acontecem duas vezespor mês aos sábados, já estão programados atéo meio do ano. Os próximos bailes serão dia 18

de março (Noite do Outono, ao som da bandaMarcos Fran Tropical Dancing) e 08 de abril(Baile da Páscoa com a banda Força Nobre),sempre às 21h. Os apreciadores da dança desalão podem esperar ritmos variados, comdestaque para bolero e samba de gafieira. Osbailes são abertos para sócios do clube econvidados. Informações e reservas: (19)3231-8944 ou (19)3258-253.

A nova proposta da bailarina clássica Gisele Thibes e suas alunas é abordar,

por meio da dança, temas como amor à arte(dança, pintura, música e teatro), à família,paixão, amores impossíveis, violência e paz.“O amor em suas fases e faces” foi montadoatravés de sugestões, pesquisa e criatividadede alunas de 3 a 30 anos.

O espetáculo acontece noauditório do Instituto de Artes da Unicamp,à rua Elis Regina, 50, dia 25 de março, às19h. O valor do ingresso antecipado éR$10,00 e para estudantes será cobradoR$8,00. Os ingressos podem ser adquiridosna academia Raul Hein Sports (Rua MogiGuaçu, 645, Chácara da Barra) ou naacademia Golden Fitness (Av. Prof AtílioMartini, 230 - Barão Geraldo). Não haverábilheteria no local. (19)9715-9139, comGisele Thibes.

Clube Nipo Brasileiro defineprogramação para 2006

O Instituto Cultural Nipo Brasileiro deCampinas já tem programação

cultural para 2006, incluindo atividadesdançantes. As datas estão sujeitas aalterações. Todos os eventos estão abertospara sócios e não sócios. Além dos eventosdescrito no quadro, todo segundo domingodo mês o Instituto Cultural Nipo Brasileirode Campinas realiza a Feira Oriental, comvenda de comidas típicas, artesanatos,produtos importados, artigos parapresente confecções, produtos orientais,exposição de quadros, apresentação dedanças folclóricas, sorteios de brindes,videokê, entre outras atividades.Osinteressados em adquirir convites para oseventos devem se dirigir à secretaria doclube ou (19)3241-1213.

14/Abril: Bacalhoada30/ Abril: Bingo20/Maio: Jantar Cultural04/ Junho: Festa da Feijoada10 e 11/Junho: Festival do Japão24/Junho: Festa Junina23/Julho: Bingo23/Setembro: Jantar Dançante28/Outubro: Jantar Cultural19/Novembro: Bingo31/Dezembro: Reveillon

Alunas de Gisele Thibes duranteapresentação de ballet clássico

Foto: Divulgação

4 Março e Abril/2006

Banda Salsabumba agita quartas-feiras na região

Começa o 5º Festival Celta do Brasil. Campinas participa.

Performance de dançairlandesa da academia

Banana Broadway

Workshops, exposições, show com música ao vivo e muita dança irlandesa integram o festival

Se você aprecia música latina, passandopor salsa, cha cha cha e merengue, todasas quartas-feiras tem encontro marcado

com a banda Salsabumba. O grupo, vindo dacapital paulistana, se apresenta na casa noturnacampineira Café Cancun, no Galleria Shopping.A banda é composta por quatro integrantes: otecladista Carlos Javier (uruguaio, 28 anos,maestro, compositor e backing), que tambémcuida da direção musical e arranjos; Sandrinho(brasileiro, 23 anos), que faz voz, guitarra ebaixo; Léo (brasileiro, 24 anos), que trabalhacom congas; e pelo baterista Douglas(brasileiro, 30 anos).

A banda nasceu em 2004, fruto da idéia demisturar o ritmo sensual da salsa e latin dancecom a black music e o samba, estilos bemdiferentes, mas igualmente contagiantes na horade mexer o corpo e o espírito. Segundo CarlosJavier, essa mistura de ritmos é o maiordiferencial da banda, que trabalha para ocrescimento da aceitação da música latina noBrasil: “As expectativas de crescimento sãomuitas por aqui. Em primeiro lugar, a salsa e opop latino vêm crescendo rapidamente porcausa da trilha sonora de telenovelas mexicanasespanholas. No Brasil os DJs e academias dedança cada vez divulgam mais os ritmos latinos.

Por isso, temos plena certeza de que nossamúsica estará proximamente tocando nas rádiosdo Brasil inteiro, já que o mercado musical estáprecisando de caras novas”, afirma Javier.

A Salsabumba se define como uma banda demúsica latina moderna e voltada principalmentepara o público jovem que sempre teve interesseem conhecer o ritmo latino caliente. É eclética

em seu repertório, voltado para todo tipo depúblico, daquele que dança a noite inteira, atéo mais exigente que gosta de ouvir boa música.O público pode apreciar ritmos como latindance, salsa, chac ha cha, merengue, pop ezouk. Além de regravações de sucessos comoCorazón Partío (Alejandro Sanz), Maria,Maria (C. Santana) e Corazón Espinado(Maná), já gravou várias músicas próprias,como Ven Conmigo e Me apaixonei. A gravaçãodo CD com faixas compostas pela própriabanda foi um sonho realizado. No currículo, estão vários shows, inclusiveo que aconteceu dia 11 de março de 2005, noHotel Hyatt, que culminou na gravação doDVD. O show da Banda SalsaBumba é idealpara todo tipo de evento onde a alegria, a boamúsica e o prazer de se divertir sejam osprincipais objetivos.

Para o futuro, a Salsabumba já faz váriosplanos, entre eles fazer uma turnê pelo país inteiro levando seu nome SalsaBumba a osquatro cantos do Brasil. Também pretendegravar um hit do segundo CD, que possa tocarnas principais rádios do país, viajar para oexterior e ingressar no mercado latino com suasmúsicas. Visite o site www.salsabumba com.

Com o objetivo de contribuir para o cresci-mento das artes e da cultura em Campinas, aacademia campineira Banana Broadway reali-za o 5º Festival Celta Brasil, entre os dias 15 e19 de março. O projeto, que difunde especial-mente a dança irlandesa, é coordenado peladançarina Fernanda Faez e por toda a equipeBanana Broadway. O festival é um evento iné-dito em proporções e promete ser o maior rea-lizado sobre o assunto até então no Brasil.Haverá múltiplas atividades em uma semana.Serão workshops abertos e fechados, com aparticipação de professores brasileiros e irlan-deses, apresentações de música e dança, bibli-oteca, cdteca e videoteca sobre temas celtas.As apresentações acontecem no Centro deConvivência de Campinas e na Praça Rui Bar-bosa, localizada atrás da Catedral. No período da tarde, haverá cursos de inici-ação à dança irlandesa, com Fernanda Faez eaprimoramento técnico e absorção de conteú-dos tradicionais em Irish Céilí Dancing paraníveis básico a avançado, ministrado porBernadette Chaney. As vagas são limitadas.Serão aceitas até 20 inscrições em cada turmapara que o trabalho seja realmente consistentee o aproveitamento seja máximo. No dia 17,quinta-feira, acontece o esperado Saint Patrick’sDay Show no Teatro Centro de Convivência,com Carol Egan (Irlanda), Banda Grian (SP),Banda The Avallon’s (Pr) e Banana Broadway(Campinas), às 20h30. No sábado, dia 18, acompanhia organizadora realiza aula show napraça Rui Barbosa, às dez da manhã A academia surgiu em 1997, como um es-paço especializado em sapateado americano. A

partir de 1999, aB a n a n aBroadway pas-sou a oferecer cur-so de dança irlan-desa. Hoje é omaior nome dadança irlandesa noBrasil, e a primei-ra Companhia deDança IrlandesaProfissional fun-dada em solo Bra-sileiro. Seus traba-lhos são respeita-dos e seus profes-sores altamente re-quisitados param i n i s t r a rworkshops portodo o país e exte-rior. Fundada em2000 com coreo-grafias de FernandaFaez e Priscila So-ares, a Companhiase consolida comoa primeira e únicaCia profissional deDança Irlandesa dopaís, recebendo elo-gios por onde quer que se apresente. A Cia deDança Irlandesa Banana Broadway tem marca-do presença com sua dança nas celebrações dodia de São Patrício, no Brasil. Em 2006, será oúnico grupo representante da Cultura Irlandesa

nos eventos daParóquia de SãoPatrício de SãoPaulo (SP), que apartir deste anosanciona oficial-mente, feriadomunicipal no dia17 de março , pos-sibilitando queSão Paulo se unadefinitivamenteaos festejos celtasmundiais do Diade São Patrício.Foi aclamada pelopúblico por 3anos seguidos du-rante o FestivalInternacional deJoinville (2003 à2005), por suasperformances, re-cebendo prêmios de 1º e 3º lugares esendo um dos in-dicados como“Melhor Grupodo Festival”. Grandes estre-

las nacionais e internacionais participam do 5ºFestival Celta Brasil. Bernadette Chaney vemdiretamente de Dublin, na Irlanda. Começou aestudar dança irlandesa aos 8 anos. Venceu to-dos os maiores campeonatos de Dança Irlan-

desa competindo com “Solo Dances” e foi amais jovem a vencer o Campeonato NacionalIrlandês na categoria sênior, aos 17 anos deidade. Foi a dançarina mais vista na TV Irlan-desa. Construiu e elevou sua escola como umadas mais importantes e respeitadas daquelepaís.Viajou por toda a Europa e América doNorte. É uma das mais respeitadas juradas emCampeonatos de Dança Irlandesa, comvastíssima experiência e atua como examina-dora há pelo menos 15 anos. A irlandesa CarolEgan também estará por aqui. O talento deCarol foi descoberto quandoainda era muitojovem e passou a ser lapidado por Chaney .Com muito trabalho e dedicação Carol ven-ceu, por muitas vezes, vários campeonatosregionais e nacionais. Fernanda Faez é dança-rina e uma das fundadoras e diretoras da Bana-na Broadway, com estada na Irlanda em 2003e 2005. Na Irlanda Fernanda Faez passou por3 exames da Congress of Irish Dance Teachersno qual obteve notas máximas,em competi-ções de dança irlandesa.

ServiçoFestival Celta BrasilContato: Fernanda Faez ou Jesebel Faez(19) 3234 5564www.bananabroadway.com.br

Integrantes da banda Salsabumba: uma das revelações brasileiras de música latina

Foto: Luiza Bragion

5Março e Abril/2006

Campinas também estava a bordo

Dançando a Bordo 2006 foi mais que um sonho

Jimena Lourenço, bailarina e dona doCentro Cultural Arte Milenar Jimena Lourenço,está com a agenda cheia de novidades. Além dadança do ventre, jazz, yoga, hip hop e dança desalão, sua escola passa a oferecer novos cursosem 2006 como forró, axé e flamenco.

A dançarina também se apresenta noXIV Mercado Persa em São Paulo, no ClubeSírio Libanês, dia 2 de Abril em busca dobicampeonato. Em 2005 o grupo se classificouem primeiro lugar, etapa Estadual (São Paulo),e em 2004 foi considerado destaque do festival.

Em 21 março, a dançarina do ventrese apresenta em São Paulo Capital,juntamente com a banda Orient e o cantor

Jimena Lourenço faz show comTony Mouzayek e convidadas

Tony Mouzayek. Nomes de grandeimportância em território nacional, a bandajá lançou mais de 40 cds, tendo participadoda trilha sonora da novela global “O Clone”.Tony Mouzayek é considerado o RobertoCarlos da música árabe. A grande novidade éque a vinda de Tony mouzayek paraCampinas já está confirmada: no dia 9 dejunho o cantor se apresenta por aqui comJimena Lourenço e convidadas. Um show emgrande estilo que promete uma noite dealegria, cultura e entretenimento. Bailarinasinteressadas em dançar nesta noite árabedevem entrar em contato com o C.C.A.M.pelo telefone (19) 3237.3585.

Entre outros participantes da região, estavam noDançando a Bordo (a partir da esquerda), Marco

Antonio Costa Mercúrio, Thais Maluf de Souza,Sueli Cristina Gama, Maria Tereza Rodrigues Pinto

Fotos: Camila Turriani, Studio RUDA

Carlinhos de Jesus, com Vanessa, mostrou que fazjus à fama no lotado Teatro Festival

Jaime Arôxa emocionou o públicocom sua aula-show

Como em todos os cruzeiros, a Arena Jornal Dance ocupou a piscina central

Tempo bom durante toda viagem ensejou muitas atividades a céu aberto

As aulas, nototal, forammais de 80, nossalões e ao arlivre

Equipe doDançando

a Bordo naaula de

encerra-mento docruzeiro

Baile deCarnaval naArena JornalDance

Theo comanda o axé na Arena JornalDance (piscina central)

Rio preparasegundo Congresso

de DançasBr Danças - Congresso Internacional de

Danças Brasileiras II acontece no Centro Core-ográfico da Cidade do Rio de Janeiro, de 21 a 23de abril, com apoio da Prefeitura através da Se-cretaria da Cultura. Lambada, samba, samba nopé e forró são as grandes estrelas desteencontro, voltado para alunos e professores. Se-rão 45 horas de aulas práticas (sendo 15 pornível: iniciante, intermediário e avançado), alémdos bailes, Mostra Coreográfica e palestras. En-tre os professores e palestrantes estão nomescomo Jaime Arôxa, Jimmy de Oliveira e RachelMesquita. Promoção da Alma da Dança Empre-endimentos Artísticos.www.dancecom.com.br/brdancas.brdancas@dancecom.com.br

Palco de Ipanemarecebe mostra

de tangoO tango sai dos salões e ganha os palcos no

Rio. Graças a uma iniciativa do professor MauroLima, estará sendo realizada a partir das 21ho-ras do dia 30 de março, quinta-feira, no TeatroIpanema (Rua Prudente de Morais 824, 2523-9794), a I Mostra Retoque de Tango, reunindoexclusivamente dançarinos do Rio. Vão se apre-sentar 13 casais, entre eles o formado pelo co-nhecido tanguero Paulo Araújo e a professoraMaria Antonieta, um dos ícones da dança desalão brasileira.

Mas como no Rio tudo acaba em samba,haverá ainda uma apresentação de Carlos Bola-cha e seus sambistas e uma exibição da Theswing´s Companhia de Dança, de Mauro Lima.Uma noitada para ninguém botar defeito.

6 Março e Abril/2006

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Golden Room do Círc Considerada a melhor escola de dança de salão de Campinas pela revista Veja!ulo Mide Campinas

Participação especial de Campinas Tango Show Campinas Tango Show Campinas Tango Show Campinas Tango Show Campinas Tango Show

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7Março e Abril/2006

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29 de abril de 2006 - sábado

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29abril

sábado

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30abril

manhã - avançadotarde - iniciado

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De repente você até gosta.

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12 Março e Abril/2006

São Paulo recebe BalletNacional de Cuba

Psicoballet auxilia nareabilitação de crianças

deficientes Quem já viu, considera uma dasapresentações artísticas mais perfeitas

do mundo, um show de inesquecívelsensibilidade e beleza. Este é o BalletNacional de Cuba, uma das maiorescompanhias de dança clássica da atualidade,que pousará em solo brasileiro no dia 23 deabril de 2006. O espetáculo não poderia ser mais completo,pois apresentará uma antologia, denominada“A Magia da Dança”, que já se apresentou naInglaterra, Espanha, Estados Unidose é considerada entre os críticoscomo a melhor introdução ao mundoda dança para o público que se iniciano gosto pelo ballet e, ao mesmotempo, uma excelente oportunidadepara matar a saudade do apreciadorhabitual, já que a apresentaçãoreunirá clássicos como Giselle, ABela Adormecida, Quebra Nozes, CopéliaDom Quixote, O Lago dos Cisnes eSinfonia de Gottschalk. A idéia, segundo Alicia Alonso, PrimeiraBailarina absoluta e maior diva de todos ostempos, que ainda está à frente do BalletNacional de Cuba, é reunir alguns momentosque marcaram para sempre a história do balletmundial, recriando coreografias e mostrandoum resumo de sua própria trajetória, com muitabeleza e criatividade. Alicia acompanha todos os passos do grupoe, mesmo com problemas de locomoção e visão,

continua sendo a coreógrafa da companhia,que conta ainda com grandes estrelas, como:Viengsay Valdés, Hayna Gutiérrez, AnetteDelgado, Sadaise Arencibia, Yolanda Correa,Joel Carreño, Víctor Gili, Romel Frómeta,Octavio Martín, Miguel A. Blanco, ElierBourzac, entre outros, que estão entre osmelhores bailarinos da atualidade. A turnê, organizada pela produtoraMatakli, começa em São Paulo, onde asapresentações acontecerão na casa de

espetáculos Via Funchal nos dias26, 27, 28 e 29 de abril, a partir das21:30h. A próxima cidade confirmadaé Brasília, nos dias 11 e 12 de maio,no Teatro Cláudio Santoro às20:30h, seguindo para Porto Alegreem 16 e 17 de maio, no Teatro SesiPorto Alegre às 21h. O espetáculoterá duas horas e quarenta e cincominutos de duração, com dois

intervalos de 15 minutos cada. Em São Paulo, os ingressos custarão deR$60,00 até R$200,00 e estarão sendovendidos a partir de 1 de fevereiro nasbilheterias da Via Funchal, que fica na R.Funchal, 65 - Vila Olímpia - São Paulo / Tel.(11) 3846-2300. Os ingressos também estarãodisponíveis através do sitewww.viafunchal.com.br. Quem tem interesseem conhecer maiores detalhes sobre esta turnê,pode entrar em contato com a MatakliProduções pelo telefone (11) 3284-9166.

Marcelo Amorim ministraworkshops em Campinas

Há dez anos a AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente) utiliza opsicoballet. Atividade acompanhada por psicólogos, integra métodos da terapia

com movimentos corporais, para auxiliar no tratamento de crianças commielomeningocele e malformações congênitas.

O Centro de Reabilitação da AACD(Associação de Assistência à CriançaDeficiente) utiliza diversas atividades

para reabilitar e integrar seus pacientes àsociedade. Além dos tratamentos convencionais,como fisioterapia e psicologia, a entidade contacom outros tipos de tratamento, como opsicoballet A atividade é um método de terapiaque utiliza movimentos corporais associados àstécnicas de dinâmica de grupo. Seu objetivo maioré favorecer comunicação social, relaçõesinterpessoais e desenvolver sentimentos de autoestima, segurança e confiança. Essa técnica éutilizada pela AACD há cerca de dez anos eatende atualmente grupos de pacientes entre cincoe dez anos.

Porém, a atividade pode ser praticada porcrianças e adolescentes que tenham entre quatroe 16 anos portadores de qualquer patologiaatendida pela instituição e que caracterizem anecessidade da atividade. Os pacientes atendidos

pela turma de psicoballet são portadores demielomeningocele e malformações congênitas,que apresentam dificuldade para a aceitação decadeira de rodas, órteses e próteses. Psicólogosda entidade são os responsáveis peloacompanhamento da atividade praticadasemanalmente, no período de uma hora, naunidade Central. A AACD é uma instituiçãofilantrópica especializada no tratamento depessoas portadoras de deficiência física,mantém amplo serviço de assistência médica,pedagógica e social voltado, principalmente, àscrianças e adolescentes, promovendo areabilitação e reintegração social dessas pessoas.Hoje, 96% dos pacientes nada pagam pelotratamento. Atualmente, a AACD realiza cercade cinco mil atendimentos por dia em suasunidades: Central (Vila Clementino / SP),Mooca (SP), Osasco (SP), Recife (PE),Uberlândia (MG), Porto Alegre (RS) e NovaIguaçu (RJ).

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(19)3241-0844 ou(19)9125-4015

Foto: Divulgação

Campinas recebe um dos maioresnomes do tango argentino entre osdias 29 e 30 de abril. Vindos de

Brasília, Marcelo Amorim e sua parceiraAnna Elisa ministram dois workshopsimperdíveis: tango e samba de gafieira, quese realizam respectivamente no sábado, dia29, e no domingo, dia 30. As aulas paranível avançado serão realizadas noperíodo da manh. Para os iniciados,durante a tarde (veja anúncio napágina 7). A visita dos dançarinosconta com apoio da Compass Agên-cia de Viagens e Turismo. Marcelo eAnna aproveitam a passagem poraqui para participar da II Noite doTango de Campinas, no sábado e presentei-am os convidados com apresentações detango e samba. Marcelo é dono da Compa-nhia de Dança Marcelo Amorim - CDMA,emBrasília, onde se dedica aos ensinamentosdas danças de salão, tendo o tango comouma de suas maiores paixões. Foi apre-sentado ao ritmo portenho pelo profes-sor argentino Norberto Ésbrez, na Casade Dança Carlinhos de Jesus. Partiu paraa primeira de uma série de viagens aBuenos Aires onde busca aperfeiçoamen-

to anual com diversos ícones do tango naArgentina, entre os quais Osvaldo Zotto &Lorena Ermocida, Roberto & Guiggermina,Julio & Corina, Nito & Elba, GrazielaGonzáles. No Brasil seu mestre é o pro-fessor Paulo Araújo, o qual ministra cur-sos regularmente na CDMA e avaliza otrabalho do casal convidando-os para

eventos que reúnem tangueiros dopaís e exterior. Em agosto de 2005,Marcelo e Anna chegaram às semi-finais do 3º Campeonato Mundialde Baile de Tango, em BuenosAires. Para o samba, Marcelo queé carioca, teve como primeiro mes-tre o renomado professor Jimmy

de Oliveira, seguidos de Carlos Bolacha,Mestre Osvaldo, e outros. Este ritmotambém faz parte da vida e da paixão doprofessor.”Não sabemos muito, pois hámuito o que aprender, mas o pouco quesabemos passamos com clareza, exati-dão, honestidade e fidelidade às raízesdeste ritmo, que hoje caracterizam doiscariocas sambistas como tangueros decarteirinha”, afirma o dançarino. Conhe-ça mais sobre a CDMA acessando o sitewww.marceloamorim.com.br

Março e Abril/2006

Florianópolis vai virar um grande baile.Vem aí o Baila Floripa 2006!

Tango...uma filosofia do abraço

Florianópolis está com tudo quando oassunto é dança. Após sediar o 1ºFestival Internacional de Tango – o

Florianópolis Tango 2006, em março, a cidadese prepara para a quinta edição do Baila Floripa,nome fantasia do oficial Mostra de Dança deSalão de Florianópolis. Trata-se de um eventoanual, organizado pela ACADS – AssociaçãoCatarinense de Dança de Salão, uma dasprimeiras entidades da área criadas no Brasil etambém uma das mais atuantes. O Baila Floripaé o carro chefe das atividades da ACADS.Começou pequeno, mas hoje atinge proporçõesimensas e interessa a dançarinos de todo o país,inclusive muitos jovens. A dança de salão é umapoderosa ferramenta para o alcance de uma vidasaudável, dentro dos conceitos amplos dequalidade de vida. Neste contexto, a ACADSengloba não apenas dançarinos profissionais jáconsagrados, mas também e principalmente

alunos de todos os níveis e o público em geral,pessoas de qualquer faixa etária ou grupo socialque se interessem pela dança, seja esta comoespetáculo ou como atividade física. Em 2006, o evento acontece de 28 abril a1º de maio. Será ampliado e terá muitasnovidades em relação às edições anteriores. Aprincipal é que agrega uma parte competitiva,pagando prêmios de R$1.500,00 para oprimeiro colocado, R$800,00 para o segundoe R$500 para o terceiro. É prática na dançadefinir como festival o que é competitivo; ecomo mostra a simples exibição de trabalhos,sem premiações. O Baila Floripa ocupará quatro dias (um amais em comparação com o ano passado), nopalco do CIC, o maior teatro da cidade, com960 poltronas. Duas noites serão para ascompetições e uma para apresentação de umespetáculo completo. Durante o dia serão

Quem aprecia o tango argentino certamente já ouviu a expressão “Não bas-ta dançar tango, é preciso estudá-lo

para que se possa compreendê-lo em sua tota-lidade”. Sob a coordenação dos professoresNatacha Muriel e Lucas Magalhães, é exata-mente esse o trabalho desenvolvido pelo Gru-po de Trabalho Tango & Cultura do Río de LaPlata, sediado na Unicamp e composto por alu-nos interessados em dançar, escutar e pesquisarsobre tango. O objetivo do grupo é articular umespaço de pesquisa sobre a linguagem do tangono Brasil. Além do período para pesquisa, oprojeto também conta com as aulas práticas detango argentino às segundas-feiras, das 12h30às 14h., na Cafeteria Godiva prédio da Biblio-teca Central da Unicamp. As aulas são abertasà comunidade da Unicamp (embora comece umaturma para pessoas de fora em maio); os coor-denadores enfatizam: o pré-requisito básico éo interesse pela pesquisa em tango, ou seja,pelas células coreográficas originárias e téc-nicas de improvisação (caminhadas, giros,volcadas, colgadas, etc.), ampliando a escutamusical e o conhecimento pela história dotango.

Natacha Muriel é formada em dançasclássicas e folclóricas na Escola Nacional deDança da Argentina ministra aulas de tango hámais de 12 anos na Argentina, Alemanha, Suíçae Brasil. Seguindo o método da Escola Argenti-na de Tango, o projeto busca a integração soci-al entre professores, funcionários e alunos: “Co-meçamos com esse grupo em 2001 e há cincoanos trabalhamos na linguagem do tango comum grupo heterogêneo pertencente à comuni-dade universitária, levando em conta três ex-pressões fundamentais: a música, a dança e apoesia. Esta experiência gerou um grupo de

bailarinos pesquisadores, assim como também,de escutas e leitores críticos. O desafio foi de-senvolver conjuntamente ao ensino tradicionaldo baile de tango, uma reflexão filosófica sobreo corpo no tango-dança, sobre essa estruturaheterogênea em quese baseia a criação,mostrando como adiferença pode ge-rar beleza eexpressividade”,explica a bailarina.

Maria LúciaFagundes (IA-Unicamp) está nogrupo de trabalhohá um ano e doismeses: “É muitointeressante, meapaixonei pelasatividades. É umtrabalho diferen-ciado, pois alémde dançar tango, agente aprende suahistória por meiode vídeos, comen-tários e dos pro-fessores que aNatacha traz daArgentina comoconvidados. Issofaz com que vocêtambém busque informações, é um incentivo àpesquisa”. De fato, os coordenadores assegu-ram que essa necessidade de estudar e criar é omaior atrativo do ritmo portenho.

O GT aborda o tango dentro do circuitomúsica-dança-literatura-filosofia, desde uma

perspectiva holística em que cada participantesegue seu próprio desejo na produção teórica ecoreográfica. A principal diferença entre o en-sino de tango em relação às danças de salão éque o ritmo e as melodias de tango atravessam

o corpo da dupla eorientam suas for-ças na busca de mo-vimentos de umteor absolutamentepessoal, embora semantenha sempreessa tensão, esse ris-co, por serem“dois” no movi-mento, “dois” naescuta musical.

O tango torna-se útil na formaçãode bailarinos con-temporâneos e clás-sicos, atores,folcloristas, educa-dores e terapeutas,assim como aman-tes das danças po-pulares em geral.Por ter nascido nossubúrbios, nas ruasde Buenos Aires eMontevidéu pos-sui, na origem, osprincípios criativos

e da encenação negra do Rio de La Plata, segun-do Natacha.

A metodologia usada é o estudo de ele-mentos coreográficos e variações de média ealta complexidade. Cada movimento é estuda-do buscando conhecer sua história, escola ou

estilo, além da sua articulação musical. As-sim, por exemplo, o tango dos anos 40 é dife-rente do tango composto pelo bandoneonistaPiazzolla ou Gotan Project. Os pesquisado-res das fontes filosóficas do tango mostramque o “abraço de tango” dispõe o corpo comoum objeto de estudo: quando dançamos so-mos pleno corpo, pleno campo de forças e éjustamente nesse campo que a música age.Como professora, Natacha se vê na missão defazer com que o aluno percorra um caminhopróprio, sem a utilização dos clichês do tangoshow, e isso no Brasil é uma tarefa árdua:“Ainda falta essa relação entre o popular e asubjetividade. A evolução dos alunos que fa-zem parte do grupo é perceptível, a metamor-fose que acontece algum tempo depois queingressam no grupo é notável e muitosatisfatória”, conclui.

O Grupo de Trabalho participou devários eventos, entre eles o I e III Dansae daUnicamp (mostra mensal de dança realizadapela Ação Cultural do Sae), Festa das Na-ções 2005, Fórum de Dança de Campinas2005 e apresentações diversas. Em 2006, ocurso conta com trabalhos corporais indivi-duais e em duplas, técnica feminina e mascu-lina de tangodança e apreciação musical deobras relevantes para a história e evoluçãodo tango. Assim, Tango...uma filosofia doabraço, título do projeto 2006-07 do Grupode Trabalho, tem como alvo a produção teó-rica dos participantes, isto é, que além dedançar e criar com o corpo, posam escreversuas experiências pessoais no contato com alinguagem do Tango. Os interessados emparticipar devem entrar em contato atravésdo site

http://ar.geocities.com/jornaldetango

realizadas oficinas de dança de salão e tambéma Mostra Paralela, em diferentes locais. A gradede aulas ainda não está concluída. Haverátambém, como sempre, uma grande festadançante de confraternização. Em Parceria comDancing Team Costa Cruzeiros, a ACADS vaiproporcionar, durante o evento uma audiçãopara integrar a equipe Costa Cruzeiros a bordoda temporada 2006/2007. Na parte competitiva, os dançarinos terãoque interpretar samba, bolero, swing ou rock,soltinho, salsa e tango. Procurando melhorar onível do evento, a ACADS vai selecionar oscandidatos pelo exame de fitas de vídeo. Podemse inscrever pessoas do todo o Brasil e até doexterior. Os participantes, exceto osselecionados só para a Mostra Paralela, poderãodispor de hospedagem, com café da manhã. Vejao regulamento completo no sitewww.acads.org.br.

Natacha Muriel e Lucas Magalhães

Festival Bravosno EC Banespa

Bravo Promoções promove de 28 a 30 demarço o Festival Bravos de Dança 2006, noTeatro Paulo Goulart, do EC Banespa, em San-to Ammaro. Haverá oficinas de balé clássico(Ricardo Scheir), Musical )Francisco Ribeiro),Aulão de Sapateado (Fernanda Faez, KikaSampaio e Susan Baskerville), Aulão de Stree(Djan Andrade, Fábio Murca e Igor Gasparini).Os jurados, fixos e específicos, serão EduardoBonis, Iracity Cardoso, Ricardo Scheir, FábioMurca, Kika Sampaio e Stella Aguiar. Conta-tos com Sandra Riego. 5042-1290.

Jaime Arôxa dará cursopara professores

Jaime Arôxa vai ministrar curso para pro-fessores de dança de salão de 5 a 10 de junho.Serão 32 horas de aula, de segunda à sexta, das10h30 às 12h30 e, no sábado, das 11 às 13 ho-ras, com direito a um baile de encerramento paraos participantes e convidados. Dia 11, domin-go, será realizado um workshop aberto a todosos alunos da escola.

LEVEZA DO SER

24º Festival de Dança de Joinville, um dosmaiores e mais importantes do Brasil, já temdata marcada: 19 a 29 de julho. Entre asatividades, haverá mostra competitiva, mostrade dança contemporânea, projeto Meia Ponta– apresentação de pequenos bailarinos – eprojeto Palco Aberto - apresentações de dançagratuitas em espaços diferenciados. Para ler oregulamento e maiores informações, acesse osite www.festivaldedanca.com.br

Petrobrás abriu a porta do cofre para 107patrocínios de projetos culturais, em diversossetores. Na dança, os beneficiados são o GrupoCorpo (MG), Grupo Galpão (G), CompanhiaDeborah Colker (RJ), Cia Cisne Negro (SP),Quasar Cia de Dança (GO), AfroReggae (RJ).A Petrobrás Cultural totaliza R$62 milhões.

Março e Abril/2006

Companhia de Dança Rodrigo de Oliveiraseleciona integrantes. As inscrições para oexame 2006 estão abertas diretamente na escola,na Rua São Sebastião, 395 – Vila de Todos osSantos, em Indaiatuba. O horário é das 15h às20h e não é necessário ter par. (19)8123-1364.

Noite do Tango – uma milonga inolvidablecaminha para sua segunda edição. A próximamilonga acontece dia 29 de abril no clubeCírculo Militar de Campinas e aguardapersonalidades da dança em nossa região edeoutras cidades. A banda Campinas TangoShow será uma das atrações com repertóriode tangos e boleros. As reservas estão abertaspelo telefone (19) 3241-0844.

Confraria do Tango já definiu toda aprogramação de milongas para 2006 . Apróxima será dia 25 de março, no Clube Homsem São Paulo. Reservas com Thelma ouWilson Pessi (11) 6914.9649. Haverá saídascom ônibus fretado, de Campinas a São Paulo,para tangueiros de nossa região. Informaçõesligue (19) 9125-4015.

Terceira idade terá aulas de dança comcoreografias especiais. As atividadesacontecem na Sala Corpo & Arte do SescCampinas de 4 de janeiro a 29 de dezembrode 2006, às quartas e sextas-feiras, 14h.Matrículas pelo telefone (19) 3737-1515.

Seleção da Oficina e Montagem de Dança2006 – estudantes e profissionais da dançamaiores de 18 anos têm até dia 20 de marçopara se inscrever em oficina gratuita coordenadapor Diane Ichimaru e Marcelo Rodrigues, daConfraria da Dança. Inscrições e maisinformações na Estação Cultura de Campinas(Praça Floriano Peixoto, s/nº - 3705-8017 ou3254-0685), no horário comercial.

Conjunto Folclórico Libanês deCampinas e região convida membros para novaformação. Ainda há tempo de participar e nãoé necessária experiência anterior. O grupo éaberto para homens e mulheres. O convite évoltado especialmente para os homens. Aprimeira apresentação está prevista parasetembro, mês da tradicional Noite Árabe deCampinas, comandada pela bailarina CydaSantos. (19) 3256 0365 / 9173 3093 ouwww.cydasantos.t5.com.br.

Café Tablao recebe dias 15 e 16 de março umadas grandes maestras no flamenco, a bailarinaYara Castro. Realiza show ao lado do guitarristaflamenco Fernando De La Rua, dia 16. Yara eFernando residem há mais de dez anos emMadri, trabalhando com flamenco erepresentando nosso país pelo mundo afora. Oshow também contará com a presença docantaor Diego Zarcón e do grupo Café Tablao.Os ingressos são limitados. (19) 3294-1650.

Tchê e Cia organizam excursão para CaldasNovas. Na programação, um belíssimo hotel ebailes de gala, baile country e um show debolero com a cantora Tânia Alves. Outrasatividades também estão incluídas no pacote,como hidroginástica, parque aquático e citytour. A saída de Campinas será dia 02 de abril,domingo e o retorno está previsto para o dia06. Maiores informações: (19) 3806-3731ou(19)9762-0427.

Nájima e Fahima, renomadas dançarinas doventre de Campinas, se apresentam no dia 23de março, no restaurante L’arabyan. Haverámúsica árabe ao vivo com o cantor e derbakistaJihad. Nesta noite, a comemoração fica porconta do aniversário da dançarina Fahima.

Arte e Prosa, loja de artigos para dança, estámudando de endereço e de nome. Estará a partirdeste mês no Varandas Shopping, esquina daBarreto Leme e via Norte Sul.

Jaime Arôxa está prestes a ganhar biografia.O livro está sendo cuidadosamente preparadopor Milton Saldanha, editor nacional do Dancee Dance Campinas. Após muito trabalho decampo, pesquisa e entrevistas realizadas peloautor, a comunidade da dança do Brasilconhecerá a fundo a história de vida do mestreda dança de salão.

Academia de Dança Nelson Costa oferececurso específico de samba de gafieira às quartas-feiras, das 19h30 às 20h30. A aula é voltadapara alunos de nível intermediário e avançado.Além de novos passos, o professor busca oaperfeiçoamento de movimentos simples e aestética da dança. O curso é a novidade daacademia para 2006 e é só elogios por partedos alunos que ingressaram. (19) 3294-1399.

Estão com tudo as noites dançantes do ClubeSemanal de Cultura Artística de Campinas, queacontecem a cada quinzena, aos sábados.Ótimas bandas, pista e comida deliciosa. Osdançarinos de plantão não podem perder.

Tudo indica que a II Noite do Tango deCampinas vai ser um sucesso. Além dabanda Campinas Tango Showinterpretando boleros e tangos ao vivo,o evento contará com shows de dançaportenha. Marcelo Amorim e Anna Elisavirão diretamente de Brasília paraministrar workshop e se apresentar namilonga. Os pequenos Gabriel Mota eVanessa Lourenço, de apenas 11 anos,também fazem show de tango e geramexpectativa nos campineiros.

Ateliê Solange Cazzaro promove baile de tango

ZAP Centro de Danças amplia seu espaçoe oferece novos cursos

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Os anfitriões eo r g a n i z a d o r e sdo baile SolangeCazzaro e LéoCarioca

Acima o casal Ineida Zanetti e LuisZanotti e amigos sempre presente noseventos da região: Paulo Meirelles,Maria Teresa Rodrigues, ReginaOliveira e José Osvaldo Chaves. Ao lado,as dançarinas Thaís Guerra e IreneSantos.

Fabiana Terra e Gustavo Lilla, professorese proprietários da Cia. Terra, academia de dança,de São Paulo, farão workshop sobre salsa naEscola de Dança de Salão Paulo Zanandré nodia 7 de maio. Considerado um dos melhoresprofessores de salsa da Capital, o casal virá aCampinas para ensinar passos importantesdessa dança que tem cada vez mais novosadeptos. A salsa é um dos ritmos maiscompletos e dançados em todo o mundo. NaCia. Terra são trabalhados cursos de Salsa On1e Salsa On2, que são as formas mais difundidasnos cinco continentes. Quem quiser participar,deve deixar o nome na secretaria da escola, comDayane, pois as vagas são limitadas.

Centro de Dança Jaime Arôxa iniciaem 17 de março o novo curso de teatro,ministrado pelo professor Celso Cardoso,às sextas-feiras, das 18h às 21h. O cursovai até dezembro, com carga horária totalde 100 horas/aula. Para dezembro, estáprevista apresentação pública com todoo elenco de alunos. Voltado para iniciantes,o curso trabalhará a desinibição dosparticipantes. Em seguida, técnicas deimprovisação e o desenvolvimento dacriatividade. (11)3955-0306.

Zap Centro de Danças, localizada noCampinas Shopping, tem muitas novidadespara 2006. Além da ampliação do espaço físico,novos cursos são oferecidos na academia comoo ballet clássico com a professora Andréa

Gregori, e o jazz, com Érika Novachi. Vale apena conhecer o novo espaço e aproveitar asaulas. A academia conta com área de recreaçãopara crianças, estacionamento coberto esegurança.

Dançata, da Al-cione Barros, emSão Paulo, realmen-te pegou nas sextase domingos, semprelotada. A casa ga-nhou nova decora-ção, com muitas flo-res. 3078-1804.

Wagner Axé Rodrigues: “Ainda estamos engatinhando”Março e Abril/2006

Wagner Axé Rodrigues é referência de dan-ça de salão em Campinas. É nome muitopresente na mídia regional. Axé, como é maisconhecido, aos poucos foi conquistando seuespaço na dança. Tem 37 anos de idade e26, de dança. Ao longo de todos esses anos,mais de mais seis mil alunos já passarampor ele. Aprendeu com muitos professoresrenomados do Brasil e a da Argentina. Alémda dança de salão, também é formado emEducação Física pela PUC-Campinas e pro-fessor de artes marciais (Tae Kwon Do). So-bre o apelido “Axé”, ele garante que nadatem a ver com a dança: “Quando estava naescola, eu era o único que não tinha apeli-do e todos queriam arrumar um pra mim.Na época havia um comercial de TV ondevários negros participavam e falavam axé.Desde esse dia, começaram a me chamar as-sim”. Wagner adotou o nome como artísti-co, mas garante que suas aulas não têm nadaa ver com o ritmo baiano “Axé”. Veja a se-guir um bate papo do Dance Campinas como dançarino que, acima de tudo, acreditano crescimento da dança na região.

Como você começou a dançar?Na minha casa todo mundo dança. Nada pro-fissional, mas todos dançam muito e semprefoi assim. Venho de uma família muito festeira,que fazia grupos de samba. Comecei dançandoo tradicional dois pra lá e dois pra cá. No fimda década de 80, a lambada atingia o seu augeno Brasil e foi a partir daí que meprofissionalizei, fui buscar aulas e dar aulastambém. Nessa época conheci grandes profes-sores em Campinas, a Lucy e o Amaury. Eutinha domínio da lambada e do samba-rock,mas não sabia dançar outros ritmos. Fui desco-brindo o bolero, depois o samba...

Quando e como você começou a dar aulas dedança?No fim dos anos 80, eu dava aulas em algumascasas noturnas de Campinas, como Fábrica deAreia e Lambacamp. Quando comecei a fazeraulas, passei a ensinar dança no Centro Luis deCamões, que fica na Rua Regente Feijó. Éramosem quatro professores: eu, a Lucy, Neide eAmaury. Quantas turmas havia naquela época!Depois de um tempo, nossa equipe - com exce-ção do Amaury, decidimos montar uma acade-mia própria. Estávamos crescendo e a idéia erater um espaço nosso. Em 1989, nasceu a “BailaComigo”. Em 1995 nós nos separamos, mas aacademia continuou. Decidi dar aulas em acade-mias da região, em cidades como Vinhedo,Valinhos, Jundiaí e Americana. Nessa eu davaaulas com várias parceiras, tinha uma em cadacidade (risos)! Lembro dos nomes: Ângela,Kátia, Jô e Marielly.

Como nasceu o Centro de Danças WagnerAxé Rodrigues?Em 2003, criei o atual Centro de Danças WagnerAxé Rodrigues. Comecei a ficar muito conheci-do na dança de salão e isso exigia que tivesse umespaço meu. Nesse momento também adotei onome “Wagner”, pois antes todos só me conhe-ciam pelo nome “Axé”. Foi a realização de umsonho, mas trouxe muita responsabilidade. Asatisfação pessoal é imensa. Hoje estamos emtrês professores na academia, eu, Irene Santos eJurandir.

Fez cursos com grandes mestres?Quando comecei a pensar na idéia de meprofissionalizar, fui para o Rio estudar naescola do Carlinhos de Jesus. Passei maisde sete anos lá, fazendo muitas aulas,reciclagens. Tive aulacom o Carlinhos e todasua equipe. Tive, nessaépoca, o prazer de co-nhecer Jaime Arôxa emum encontro de dançari-nos no Rio de Janeiro.Passei, então, a freqüen-tar a escola dele em SãoPaulo. Até hoje faço au-las lá.

Você tem alguma especi-alização?Olha, se eu fosse definirhoje um ritmo no qual souespecializado, diria que é o tango argentino. Éa dança que mais me apaixona e por isso mes-mo me aprofundei nos conhecimentos sobreela, fui para a Argentina aprender a dançar. Naminha opinião, é o ritmo mais difícil porquevocê precisa sentir a música, não pode ter

desespero para dançar. E certamente quemdança tango percebe uma melhora significati-va na dança de outros ritmos de salão. O equi-líbrio é outro, a postura é outra. No caso dotango, posso dizer que já sou uma referência

aqui em Campinas.

Na sua opinião, quem éo maior dançarino doBrasil?Sem pensar duas vezes,minhas referências oumentores da dança de sa-lão no Brasil são JaimeArôxa e Carlinhos de Je-sus. Eles sabem demais esão carismáticos. Mas eucitaria aqui outros nomesfortes como Vítor Costa,Márcia Mello e aKarininha.

Qualquer um aprende a dançar?Sim, desde que haja dedicação. A mulher temuma grande vantagem nessa história – pelo me-nos a maioria já tem a dança no sangue e porisso tem mais facilidade em aprender. Ela tam-

bém é mais desinibida. Mas existe uma desvan-tagem – se a dama for conduzida por um cava-lheiro que dança mal, a dança do casal fica muitoruim, feia. Mas se a dama souber dançar menose o cavalheiro for bom, aí a situação melhoramuito...

Quais são os ritmos mais procurados em suaacademia?Atualmente, são o tango, samba de gafieira eforró. O samba está em destaque, tanto queestamos montando um curso específicona aca-demia, que envolverá pagode, samba de gafieirae samba rock, um ritmo maravilhoso, poucodançado por aqui e difícil.

Ainda faz cursos para aprimorar sua dança?Sim, faço até hoje. A reciclagem é fundamen-tal para um profissional da dança. Quandoos alunos me perguntam quanto tempo vãodemorar para aprender a dançar, costumobrincar: “Depende. Se você quer dançar ape-nas por diversão, nada profundo, não vaidemorar muito. Agora, se você quer ir longe,pensando até mesmo numaprofissionalização, o investimento é maior eo estudo é contínuo”. Se eu não estudar, cor-ro o risco de ser atropelado por meus alu-nos, eles vão acabar virando meus mestres,já pensou? (risos)

Como é sua visão crítica da dança de salãoem Campinas?Acho que a dança de salão em Campinas me-lhorou muito. Está havendo mais integraçãoentre os professores e academias. E deve serassim porque há espaço para todo mundo.Hoje vou a bailes de outras escolas, meusalunos vão a outras academias também. Achoque a mentalidade dos dançarinos está mu-dando. Antes todo mundo tinha medo deperder alunos e por isso não deixavam queeles freqüentassem outros ambientes. Mastodos têm direito de conhecer onde quiser.Para você ter uma idéia de como estamos, nasemana passada estava em um baile emPiracicaba com muitos amigos professores edonos de academias de Campinas e região.Ficamos por lá até às quatro da manhã, nosdivertimos todos juntos e foi ótimo. Acabeide receber um convite de aniversário de umprofessor da região. Porém, muita coisa ain-da está por fazer, a dança em Campinas ain-da está engatinhando, tem que evoluir bas-tante.

Fica chateado quando um bolsista deixa suaacademia para dar aulas ou abrir um esta-belecimento próprio?É claro que não. Se a pessoa tem competênciaeu torço para que o negócio dê muito certo. Cadaum tem liberdade de seguir seu caminho. Masfico muito chateado quando algum bolsista semcompetência nenhuma para ensinar sai da aca-demia e abre um negócio próprio.

De que maneira a mídia contribui com ocrescimento da dança de salão?Além dos jornais impressos, como o DanceCampinas , a televisão é grandeincentivadora. Veja o quadro no programado Faustão – Dança com Famosos. Essa atra-ção está aumentando consideravelmente aprocura por academias, posso dizer quealavancou a dança como um todo. Novelas eminisséries, como a global JK, também im-pulsionam a dança.

Ao lado, o professor edançarino WagnerAxé e, abaixo, comsua parceira IreneSantos

Div

ulga

ção

Se a dama forconduzida por um

cavalheiro quedança mal, a

dança do casal ficamuito ruim, feia ”

“

O jornal Dance Campinas é bimestral e distribuído gratuitamente nas principais instituições de dança, públicas e privadas, da Região Metropolitana de Campinas. Com tiragem de 5 mil exemplares, pode ser encontrado nas melhores academias, bailes, casas noturnas, festivaisde dança, eventos, restaurantes e outros locais, inclusive não dançantes, como bares, padarias, lojas, etc. Está também completo na Internet.

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12 Março e Abril/2006