Regionalismo e Globalismo

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Regionalismo e globalismo A globalização do capitalismo esta sendo acompanhada da formação de vários sistemas econômicas regionais. Em lugar de ser um obstáculo a globalização, a regionalização pode ser vista como um processo por meio do qual a globalização recria a nação, de modo a conforma-la a dinâmica da economia transnacional. O globalismo tanto incomoda o nacionalismo como estimula o regionalismo. O regionalismo envolve a formação de sistemas econômicos que redesenham e integram economias nacionais, preparando-as para os impactos e s exigências ou as mudanças e os dinamismos do globalismo. E no âmbito do capitalismo global que se desenvolvem vários subsistemas econômicos regionais. São novas realidades, exigindo a reestruturação dos subsistemas econômicos nacionais, em conformidade com as capacidades destes, com as possibilidades da regionalização e com as potencialidades da globalização. O contraponto nacionalismo, regionalismo e globalismo abala a economia e a sociedade, assim como a politica e a cultura, tanto provocando distorções como abrindo horizontes. Desde o termino da segunda guerra mundial e o inicio da guerra fria, desenvolveram-se debates e iniciativas destinados a equacionar e implementar projetos de integração regional. O plano marshal teve um primeiro esboço de projeto de integração regional (união europeia, otan, cei, asean, apec, nafta, mercosul) A despeito das muitas diferenças entre eles, cabe reconhecer que todos combinam nacionalismo, regionalismo e globalismo. A cooperação regional está fadada a assumir formas diferentes. As cooporações transnacionais desempenham um papel básico, que pode ser decisivo na criação, institucionalização e dinamização dos sistemas econômicos regionais. Estas forças propulsoras estão criando um ímpeto enexoravel, no sentido de promover a integração de economias dentro e através das regiões. O fenômeno das zonas de livre comercio, ou zonas francas. São muito características do processo de

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Regionalismo e globalismo A globalizao do capitalismo esta sendo acompanhada da formao de vrios sistemas econmicas regionais. Em lugar de ser um obstculo a globalizao, a regionalizao pode ser vista como um processo por meio do qual a globalizao recria a nao, de modo a conforma-la a dinmica da economia transnacional. O globalismo tanto incomoda o nacionalismo como estimula o regionalismo. O regionalismo envolve a formao de sistemas econmicos que redesenham e integram economias nacionais, preparando-as para os impactos e s exigncias ou as mudanas e os dinamismos do globalismo. E no mbito do capitalismo global que se desenvolvem vrios subsistemas econmicos regionais. So novas realidades, exigindo a reestruturao dos subsistemas econmicos nacionais, em conformidade com as capacidades destes, com as possibilidades da regionalizao e com as potencialidades da globalizao. O contraponto nacionalismo, regionalismo e globalismo abala a economia e a sociedade, assim como a politica e a cultura, tanto provocando distores como abrindo horizontes. Desde o termino da segunda guerra mundial e o inicio da guerra fria, desenvolveram-se debates e iniciativas destinados a equacionar e implementar projetos de integrao regional. O plano marshal teve um primeiro esboo de projeto de integrao regional (unio europeia, otan, cei, asean, apec, nafta, mercosul) A despeito das muitas diferenas entre eles, cabe reconhecer que todos combinam nacionalismo, regionalismo e globalismo. A cooperao regional est fadada a assumir formas diferentes. As cooporaes transnacionais desempenham um papel bsico, que pode ser decisivo na criao, institucionalizao e dinamizao dos sistemas econmicos regionais. Estas foras propulsoras esto criando um mpeto enexoravel, no sentido de promover a integrao de economias dentro e atravs das regies. O fenmeno das zonas de livre comercio, ou zonas francas. So muito caractersticas do processo de globalizao do capitalismo, ao mesmo tempo que contemplando algumas injues do nacionalismo. Enclaves neoliberais. Ao lado de corporaes transnacionais atuam o FMI, BIRD e a OMC. Na economia mundial duas tendncias diferentes e em parte opostas: a internacionalizao e a regionalizao. A primeira baseia-se na ideia de que o comercio entre os trs centros ( eua, comunidade econmica europeia e japao) se caracteriza de forma crescente pelo intercambio intra-industrial. A tese da regionalizao, funda-se na ideia de que a economia mundial esta polarizando-se em ncleos regionais, com o apoio de acordos que reforam os vnculos privilegiados entre estados que convivem no mesmo mbito geogrfico, histrico, cultural e econmico. A dinmica do regionalismo no so interfere na dinmica do nacionalismo como provoca novas manifestaes deste. Esse o contexto em que se situam as ressurgncias de localismos, provincianismos, nacionalismos, etnicismos, racismos, fundamentalismos e outras manifestaes que se multiplicam no mbito da globalizao em curso no fim do sculo XX. Quando o estado-nao se debilita, simultaneamente ao declnio do principio da soberania e transformao da sociedade nacional em provncia da sociedade global, nesse contexto ressurgem uma ou outra e varias daquelas manifestaes. A originalidade dos estudos sobre a crise do estado-nao esta em que desvendam aspectos no s econmicos e polticos, mas tambm sociais, culturais, demogrficos, religiosos, lingusticos e outros do nacionalismo. A nao um processo histrico, uma realidade que se forma e transfomra de modo contraditrio, em geral sob influenciqa dos grupos e classes, ou blocos de poder, dominantes; nem sempre contemplando reinvidicaes de setores sociais subalternos, subordinados ou tutelados. O estado-nao esta sendo seriamente desafiado pelos processos e pelas estruturas que constituem o globalismo. A sociedade nacional como um todoo, e em suas partes, passa a ser influenciada pelas injues e tendncias que se manifestam com a regionalizao e a globalizao. Os mais remotos acontecimentos podem repercutir nas condies de vida e trabalho de indivduos, famlias, grupos sociais, classes sociais, coletividades ou povos. Na crise do estado-nao, pois, esto as relaes, os processos e as estruturas dinamizados e multiplicados pela globalizao do capitalismo. As economias nacionais tornaram-se cada vez mais interdependentes e os processos inter-relacionados de produo, troca e circulao adquiriram um carter global. Muitas industrias manufatureiras trabalho-intensivas tem sido realocadas em regies com relativamente baixas estruturas de custo do trabalho. As referidas mudanas tecnolgicas e a crescente integrao das finanas internacionais so dois fatores gmeos que contribuem para a reestruturao das atividades econmicas. O estado-nao tem um papel importante na criao e institucionalizao do sistema econmico regional as estrututras so conformadas a logica do regionalismo. No mbito das polarizaes envolvidas no contraponto nacionalismo, regionalismo e globalismo, logo sobressai a problemtica sociedade civil e estado nacional. As condies e as possibilidades do projeto nacional na maioria dos pases, esto sendo alteradas. Na medida em que a sociedade civil, a economia nacional e o estado-nao transformaram-se em provncias do lgobalismo, o projeto nacional fica posto em causa. Seja ele autoritrio ou democrtico, liberal ou socialista, as condies e as possibilidades de sua realizao tornaram-se mais difceis. Em primeiro lugar cabe reconhecer que as foras sociais presentes no mbito da sociedade nacional no so homogeneamente identificadas com a nao, a soberania ou a hegemonia. Em segundo lugar, cabe reconhecer que a outra parte das froas sociais presentes no mbito da sociedade nacional possui escassas ou nulas vinculaes com as suas contrapartes em outros pases.