Registo ed161

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www.registo.com.pt SEMANÁRIO Director Nuno Pitti Ferreira | 30 de Junho de 2011 | ed. 161 | 0.50 PUB Agentes culturais voltam a manifestar-se em Évora Pág.09 As relações “difíceis” entre a Câmara de Évora e agentes culturais da cidade motivou nova manifestação. Em causa continua o não pagamento dos subsídios relati- vos a 2009 e 2010. A Plataforma Cultura Évora fala ainda em “indefinição de critérios e falta de cumprimento com os compromissos assumidos”. Transportes Trevo soma 1 milhão Pág.15 A Trevo, empresa de Transportes Rodoviários de Évora, celebra amanhã, dia 1 de Julho o seu primeiro aniversário com mais de 1 milhão de passageiros trans- portados, numa cidade com cerca de 50 mil habitantes, su- perando as expectativas inicialmente definidas pelos seus responsáveis. Governo exonera todos os governadores civis Pág.03 Fernanda Ramos, Manuel Monge e Jaime Es- torninho deixaram esta semana de ser governadores civis nos distritos de Évora, Beja e Portalegre, depois de os res- pectivos pedidos de exoneração terem sido aceites. O Exe- cutivo decidiu não nomear novos governadores e avançar com o processo para a extinção dos governos civis. Gilberto Messias em ENTREVISTA “SE Não NoS MANTIVERMoS NA III DIVISão NAcIoNAl SINTo-ME DERRoTADo” Presidente do Redondense, eleito dirigente desportivo do ano, Gilberto Messias conta tudo sobre a crise directiva em que o clube mergulhou. 06/07 D.R. Pilotar um barco-casa entre a marina de Amieira e Monsaraz. Ou aventurar-se até um pouco mais longe. O desafio está lançado. com a casa Navegar 12 D.R. D.R. às costas ARTESANATo Aldeia da Terra A dois passos de Arraiolos, foi inaugurada esta semana a Aldeia da Terra, projecto mais recente da Oficina da Terra, loja e conceito que se tornaram famosos pela construção de figuras em terracota e que agora decidiram criar a aldeia mais caricata de Portugal através de um jardim de esculturas. Edifícios, figuras, personagens, tudo serve para compor esta localidade em miniatura que promete fazer delícias de mi- údos e graúdos, sobretudo dos apreciadores desta arte manual. Situada no sopé da vila de Arraiolos a Aldeia da terra está a tomar forma como um espaço de mostra permanente da Oficina da Terra, vocacio- nado para uma visita também pedagógica. 19

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Edição 161 do Semanário Registo

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www.registo.com.pt

SEMANÁRIO Director Nuno Pitti Ferreira | 30 de Junho de 2011 | ed. 161 | 0.50€

PUB

Agentes culturais voltam a manifestar-se em ÉvoraPág.09 As relações “difíceis” entre a Câmara de Évora e agentes culturais da cidade motivou nova manifestação. Em causa continua o não pagamento dos subsídios relati-vos a 2009 e 2010. A Plataforma Cultura Évora fala ainda em “indefinição de critérios e falta de cumprimento com os compromissos assumidos”.

TransportesTrevo soma 1 milhãoPág.15 A Trevo, empresa de Transportes Rodoviários de Évora, celebra amanhã, dia 1 de Julho o seu primeiro aniversário com mais de 1 milhão de passageiros trans-portados, numa cidade com cerca de 50 mil habitantes, su-perando as expectativas inicialmente definidas pelos seus responsáveis.

Governo exonera todos os governadores civis

Pág.03 Fernanda Ramos, Manuel Monge e Jaime Es-torninho deixaram esta semana de ser governadores civis nos distritos de Évora, Beja e Portalegre, depois de os res-pectivos pedidos de exoneração terem sido aceites. O Exe-cutivo decidiu não nomear novos governadores e avançar com o processo para a extinção dos governos civis.

Gilberto Messiasem ENTREVISTA“SE Não NoS MANTIVERMoS NA III DIVISão NAcIoNAlSINTo-ME DERRoTADo”Presidente do Redondense, eleito dirigente desportivo do ano, Gilberto Messias conta tudo sobre a crise directiva em que o clube mergulhou.

06/07

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Pilotar um barco-casa entre a marina de Amieira e Monsaraz. Ou aventurar-se até um pouco mais longe. O desafio está lançado.

com a casaNavegar

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às costas

ARTESANATo

Aldeiada TerraA dois passos de Arraiolos, foi inaugurada esta semana a Aldeia da Terra, projecto mais recente da Oficina da Terra, loja e conceito que se tornaram famosos pela construção de figuras em terracota e que agora decidiram criar a aldeia mais caricata de Portugal através de um jardim de esculturas. Edifícios, figuras, personagens, tudo serve para compor esta localidade em miniatura que promete fazer delícias de mi-údos e graúdos, sobretudo dos apreciadores desta arte manual. Situada no sopé da vila de Arraiolos a Aldeia da terra está a tomar forma como um espaço de mostra permanente da Oficina da Terra, vocacio-nado para uma visita também pedagógica. 19

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O governo PSD/CDS-PP entrou em fun-ções. A sua propensão para a demagogia ficou imediatamente revelada na reduzida quantidade de Ministros e na deslocação a Bruxelas do Primeiro-Ministro.

A ideia de que um governo mais pequeno sai mais barato ao erário público é comple-tamente falsa. Quanto mais pastas acumu-lar um Ministro mais Secretários de Esta-do, Sub-secretários e Assessores terá de ter para ter a mínima capacidade de despacho em relação às várias matérias que lhe são colocadas. Donde os custos em gabinetes em lugar de diminuir de facto aumentam. Fica a imagem.

A deslocação do Primeiro-Ministro em classe económica no voo da TAP para Bruxelas foi apresentada como um novo estilo de actuação para um menor gasto. Absolutamente falso! A companhia aérea portuguesa não cobra ao Estado nem um tostão pelo transporte de membros do Go-verno em missão ao estrangeiro. Donde o Primeiro-Ministro poderia ter-se deslocado em primeira classe, em classe económica ou no porão, que o custo seria exactamen-te o mesmo para o erário público. Ficou a imagem.

O governo decidiu, na sua primeira reu-nião, exonerar os Governadores civis. Não procedeu a qualquer acção que visasse a substituição dos Distritos pelas Regiões Administrativas. Mantêm-se as funções só que desempenhadas pelos Secretários dos Ex-Governadores. Nada foi feito em rela-ção às CCDR’s. Resultado para os cofres públicos da medida? Pouco ou mesmo des-prezável. Ficou a imagem.

O governo português começou o seu mandato da melhor forma. Engodando os portugueses a pensar que está a fazer sa-crifícios próprios quando na realidade se prepara para impor condições ainda mais duras do que as previstas na troika. Prevê privatizar ainda mais empresas e serviços públicos, destruir as fundações da escola pública e do serviço nacional de saúde, e para tanto até colocou um homem da banca à frente deste último ministério. Verdade seja dita, foi isso mesmo que veio afirman-do antes e durante a campanha eleitoral.

O governo português já tornou público que pretende tornar o despedimento mais fácil e barato, conduzindo à miséria e de-sespero milhares de famílias, sem que a produção tenha condições de crescer uma décima que seja. Aliás o acordo da troika

previa a contracção da economia em 2,2% ao ano, nos próximos dois anos. Com as medidas brutais que PSD/CDS-PP querem impor a contracção deverá ser ainda maior, com uma imoral concentração de riqueza nas mãos de uma minoria reduzidíssima.

A infame teoria da cascata de rendimen-tos, em que se se aumentasse a riqueza dos mais ricos esta se espalharia a partir daí para as classes mais desfavorecidas, não só não funcionou em lado nenhum como dei-xou atrás de si um rasto de destruição so-cial que não é superável no actual quadro e, pasme-se, ainda que apresentando-se como liquidatário do estado e do país, para gáu-dio da União Europeia, o chefe do governo não só não travou a subida das taxas de juro como esta subida se contagiou de imediato à Espanha e Itália, como aliás era por de-mais evidente.

A tentativa de não deixar pedra sobre pedra está aí e, prevendo que numas futu-ras eleições possam vir a ser alvo da fúria dos eleitores ao sentirem-se enganados, avançam já com a tentativa da liquidação da constituição e das normas proporcionais eleitorais, para, com o ignominioso argu-mento de poupança, arredarem as vozes dissonantes do caminho e prosseguirem com as políticas liquidatárias. Assim lhes dê o PS a mão.

A Abrir

Director Nuno Pitti Ferreira ([email protected]) Editor Luís Maneta

Propriedade

PUBLICREATIVE - Associação para a Promoção e Desenvolvimento Cultural; contribuinte 509759815 Sede Rua Werner Von Siemens, n.º16 -7000.639 Évora - Tel: 266 751 179 fax 266 751 179 Direcção Silvino Alhinho; Joaquim Simões; Nuno Pitti Ferreira; Departamento comercial Teresa Mira ([email protected]) Paginação Arte&Design Luis Franjoso cartoonista Pedro Henriques ([email protected]); Fotografia Luís Pardal (editor) colaboradores Pedro Galego; Pedro Gama; Carlos Moura; Capoulas Santos; Sónia Ramos Ferro; Carlos Sezões; Margarida Pedrosa; António Costa da Silva; Marcelo Nuno Pereira; Eduardo Luciano; José Filipe Rodrigues; Luís Martins Impressão Funchalense – Empresa Gráfica S.A. | www.funchalense.pt | Rua da Capela da Nossa Senhora da Conceição, nº 50 - Morelena | 2715-029 Pêro Pinheiro – Portugal | Telfs. +351 219 677 450 | Fax +351 219 677 459 ERc.IcS 125430 Tiragem 10.000 ex Distribuição Nacional Periodicidade Semanal/Quinta-Feira Nº.Depósito legal 291523/09 Distribuição Miranda Faustino, Lda

Ficha TécnicaSEMANÁRIO

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“Jesus apanhado pelo furacão”

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ordpress.comPedro H

enriques | Cartoonista

Comissão liquidatáriaCArlos MourAEngenheiro

“A deslocação do Primeiro-Ministro em classe económica no voo da TAP para Bruxelas foi apresen-tada como um novo estilo de actuação para um menor gasto. Absolutamente falso! A companhia aérea portuguesa não cobra ao Estado nem um tostão pelo transporte de membros do Gov-erno em missão ao estrangeiro“.

Fernando Nobre sujeitou-se a dois escrutí-nios para ser eleito Presidente da Assembleia da República e não o conseguiu. Não obteve sequer a totalidade dos votos da sua bancada.

Não foi uma derrota, foi a derrocada. Nobre perdeu de uma assentada a remota hipótese de afirmação política, perdeu par-te substancial dos apoios ao seu negócio de família, perdeu a pouca credibilidade de que ainda dispunha.

Vem-me à memória a história do rei ludi-briado pelos falsos alfaiates que lhe propuse-rem veste digna dos deuses, tão sublime, tão etérea, que apenas aqueles que mantivessem na alma a pureza das crianças a poderiam ver. Nada lhe vestiram, mas quer o rei, quer os súbditos, por receio do juízo dos outros, fingiam ver roupas a cobrir a nudez do mo-narca. Foi preciso uma criança gritar que o rei ia nu, para que se descobrisse o engodo.

Foi assim com Fernando Nobre, na ânsia de protagonismo, só se apercebeu da sua nu-dez tarde demais.

Passos Coelho nunca teve dúvidas, sabia ele bem demais que a eleição estaria sempre condenada ao fracasso. Afirmou a quem o quis ouvir que tinha dado a sua palavra e, para um homem honrado, a palavra dada é sempre para respeitar.

Se Nobre o tivesse querido ouvir, se não estivesse tão ausente da sua nudez, tê-lo-ia libertado do seu compromisso e Passos a

contragosto teria respeitado essa decisão.Não foi isso que aconteceu. O líder do go-

verno pode então encenar a rábula da palavra dada, dizer que com ele o prometido é devi-do, que sob a sua liderança o governo assu-mirá os seus compromissos.

Passos Coelho não perdeu, conquistou isso sim, uma retumbante vitória. Porque a pala-vra dada é todo o conteúdo do seu programa de governo; o cumprimento do memorando de entendimento assinado com a troika; esse sim, o verdadeiro desígnio desta legislatura.

Assim o afirmou o Presidente da Repú-blica no seu discurso de hoje, (escrevo estas palavras no dia 21) assim o sublinhou o já Primeiro-ministro no seu discurso de toma-da de posse.

O que se espera deste governo é que faça cumprir o acordado, contra ventos e marés, contra tudo o que possa advir deste trágico erro… o objectivo é simples: cumprir o acordo.

Se assim não fosse, o governo seria ava-liado, pelos seus objectivos, não pela sua inexperiência, os ministros seriam questio-nados acerca dos seus projectos, nunca pela sua idade, o Primeiro-ministro falaria do seu programa, nunca da palavra dada…

Fernando Nobre prestou de facto o seu primeiro serviço à democracia, como disse Miguel Macedo, só que o serviço foi outro; provou a todos nós como é fácil manipular um manipulador.

O rei vai nuMiguEl sAMpAiolivreiro

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Política

Luís Maneta | Registo

Fernanda Ramos (Évora), Jaime Estorninho (Portalegre) e Ma-nuel Monge (Beja) – se a Histó-ria se escrever de acordo com as intenções do actual Governo, fo-ram estes os últimos governado-res civis do Alentejo. Todos eles foram exonerados esta semana, por decisão do Conselho de Mi-nistros, depois de o primeiro-mi-nistro ter anunciado no discurso de tomada de posse que não iria nomear novos governadores.

“Fica assim iniciado um cami-nho que se vai concluir de forma tranquila, que levará à extinção completa dos governos civis”, diz o ministro da Administração In-terna, Miguel Macedo. “Com esta decisão julgo que, no enquadra-mento constitucional existente, cumprimos uma promessa polí-tica”.

Miguel Macedo garante que o Governo irá apresentar até 15 de Outubro – ou seja, antes da apro-vação do próximo Orçamento do Estado – um conjunto de propos-tas legislativas para “garantir que toda a matéria que tenha a ver com a redistribuição de com-petências que neste momento estão nos governos civis esteja completa”.

Até lá, cabe aos secretários dos governos civis “assumir respon-sabilidades” decorrentes das competências destes organis-mos que serão “redistribuídas pelas diversas estruturas da ad-ministração central e local”.

Miguel Macedo quer “acertar” com a Associação Nacional de Municípios a redistribuição de competências actualmente exis-tentes nos governos civis. Mas o Registo sabe que além das autar-quias está também sobre a mesa a transferência de competências para outros organismos do Esta-do. “O mais certo é que a emissão de passaportes, por exemplo, seja assumida pelo Serviço de Es-trangeiros e Fronteiras”, diz fon-te do MAI.

“Este Governo assume poli-ticamente que não vai nomear novos governadores civis. Não existindo essa nomeação, caímos numa situação de vagatura do cargo e o Estado tem de assumir o exercício dessas competências. Continuará a haver vagatura do cargo até que a Constituição da República seja revista”, esclarece o secretário de Estado da Presi-dência do Conselho de Minis-tros, Luís Marques Guedes.

Entre os principais “entraves” à extinção dos governos civis – além da própria Constituição – estão as competências destes or-ganismos no processo eleitoral. “Sem revisão da Lei Eleitoral os governos civis não poderão aca-

Os últimos governadoresO Governo exonerou todos os governadores civis. Transferência de competências até 15 de Outubro.

Fernanda Ramos

Jaime Estroninho

Manuel Mongepolíticas nestes assuntos corre-se o risco de tomar decisões menos apropriadas”.

Um secretário-geral no de-sempenho de funções resume o sentimento que se vive nos go-vernos civis depois do anúncio de Pedro Passos Coelho: “Vamos ficar aqui em banho-maria à es-pera de alterações legislativas que não se sabe quando pode-rão ser feitas”. “Nada disto é pro-

priamente novo pois o fim dos governos civis já foi anunciado noutras ocasiões”.

Já o deputado social-demo-crata e ex-governador civil de Portalegre, Cristóvão Crespo, diz que a não nomeação de governa-dores é “o primeiro passo” para o fim dos governos civis. “O Estado tem de dar sinais claros de con-tenção e esta é uma medida em-blemática”.

bar”, avança um ex-governador do PSD. “Transferir competên-cias como a emissão de passa-portes ou a autorização para a realização de manifestações é fácil. Mas quando está em cau-sa o processo eleitoral as coisas complicam-se”.

No discurso de tomada de pos-se, Pedro Passos Coelho anun-ciou que o novo Governo não irá nomear novos governadores, como “exemplo de rigor e con-tenção”, passando a gestão cor-rente a ser assegurada de forma “transitória” pelos secretários dos governos civis. O problema é que existem casos (como Évo-ra) em que esse lugar está vago. E as competências dos secretá-rios distritais são meramente administrativas, não incluindo aspectos relacionados com o pro-cesso eleitoral.

Cabe aos governos civil, por exemplo, a decisão final quanto ao mapa das assembleias e sec-ções de votos, a distribuição dos boletins, o reconhecimento da impossibilidade de realização das eleições e a condução do pro-cesso de apuramento dos resul-tados eleitorais.

“Os governos civis são um elo da máquina eleitoral cujas fun-ções terão de ser desempenhadas por alguém e que não podem ser transferidas para as autarquias. A confusão que se está a criar é o resultado de decisões precipi-tadas”, diz o governador civil de Beja, Manuel Monge, que pediu a exoneração do cargo na passa-da terça-feira.

“Esta é uma questão constitu-cional e de organização do Esta-do. Quando se metem querelas

Quem são os governadores civis?São os representantes do Governo nos 18 distritos do Continente. O gover-nador civil é nomeado e exonerado pelo Governo, em Conselho de Minis-tros, por proposta do Mi-nistro da Administração Interna, de quem depen-de hierárquicamente.

Quais as suas competências?Além de atribuições próprias na organização do processo eleitoral, o governador civil exerce competências na repre-sentação do Governo; aproximação entre o cidadão e a Administra-ção Pública; segurança e protecção civil.

Qual o orçamento?O funcionamento dos 18 governos civis custa cerca de 27 milhões de euros por ano, incluindo transferências do Orça-mento de Estado e recei-tas próprias resultantes, por exemplo, da emissão de passaportes e cobrança de contra-ordenações rodoviárias.

Registo

Redacção | Registo

A Associação “Alentejo de Excelência”, promotora dos eventos Fórum Alentejo elegeu na passada sema-na os seus novos órgãos dirigentes para o mandato 2011-2013.

Carlos Sezões, 36 anos, consultor em gestão de recursos humanos, con-tinua como presidente da instituição neste novo mandato. Para vice-presi-dentes entram José Santos, secretário-geral da Turismo do Alentejo ERT e Artur Alves, gestor na cadeia de distribuição AKI.

Para a mesa da assem-bleia-geral entra Henrique

Sim-Sim, quadro da Funda-ção Eugénio de Almeida, e no conselho fiscal conti-nua João Filipe de Jesus, economista a trabalhar no Montepio.

A associação, entidade dedicada ao debate de estratégias para um desen-volvimento sustentável do Alentejo, anunciou que pretende, neste novo ciclo, implementar projectos con-cretos junto da comunidade alentejana.

A par da realização de eventos, iniciativas como a promoção do empreendedo-rismo e inovação nas esco-las ou a sensibilização para a empregabilidade estão na agenda da associação.

Carlos Sezões reeleito para novo mandatoAssociação “Alentejo de Excelência”

D.R.

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4 30 Junho ‘11

Política

A cair de maduros

O local chama-se Horta das Laran-jeiras, fica em Évora junto ao Ros-sio de S. Brás e é utilizado durante a Feira de S. João para a instalação de Tasquinhas sorteadas entre o movi-mento associativo local.

Nesse espaço, com laranjeiras, entendeu a Plataforma da Cultura em Évora colocar algumas laranjas em cartolina com frases de sensibi-lização para a importância da acti-vidade cultural.

Frases como “a cultura dá fru-tos”, “cultura igual a cidadania” ou “cultura gera riqueza” eram o sumo das laranjas de cartolina.

Fê-lo em dia de inauguração de Feira, com o espaço já composto de visitantes e com a atitude provoca-tória que permite agitar consciên-cias. Nada mais que isto.

Ao saber de tal acção por parte dos agentes culturais da cidade, o Presidente da Câmara Municipal comunicou de imediato aos servi-ços camarários que, acompanha-dos da PSP rapidamente trataram de impedir a colocação das laran-jas nas laranjeiras e procederam à identificação de alguns dos artistas e dirigentes associativos que parti-cipavam na acção de sensibilização.

Os argumentos aventados por po-lícias e fiscais municipais, centra-vam-se em torno do “regulamento” que não permitiria a colocação de publicidade não autorizada.

Confusão estabelecida e os fun-cionários municipais, alguns visi-velmente constrangidos, limparam

as laranjeiras das laranjas cultas, perante a estupefacção dos visitan-tes da Feira perante tal aparato e sanha no cumprimento do “regula-mento”, chegando mesmo a retirar laranjas de cartolina que tinham sido colocadas nos espaços das Tas-quinhas.

Percebe-se… o “regulamento” permite que se coloque uma carto-lina com a frase “há caracóis”, mas já não permite que se coloque com a frase “a cultura dá frutos”, ainda que com a concordância da institui-ção que pagou para a utilização do espaço.

Tudo isto não passaria de uma longa anedota mal contada, se não estivesse em causa um estilo de exercício de poder que para além de distante dos cidadãos, agora ainda se permite chamar a polícia quando imagina que 10 pessoas juntas com cartolinas na mão são um perigo para a paz e tranquilidade públicas e uma ofensa ao todo poderoso “re-gulamento”.

A gestão do PS, que rapidamen-te trocou o diálogo pela conversa de surdos, agora conseguiu ir mais longe ao mandar identificar como perigosos prevaricadores as pesso-as com quem deveria estabelecer diálogo.

Não deixa de ser curioso que os agentes culturais, que se encon-tram em situação particularmente difícil devido ao incumprimento de compromissos e ao defraudar de expectativas criadas pela Câmara

EduArdo luCiAnoAdvogado

O início

Partilho da opinião daqueles, e são muitos, que afirmam que os sinais dados pelo novo Governo de Passos Coelho são positivos e marcam a di-ferença. Desde logo o seu discurso de tomada de posse, que se revelou esperançoso e determinado.

Em poucas palavras, o Primeiro-ministro disse tudo: “uma socieda-de mais aberta, com um Estado que não é um instrumento de obtenção de regalias injustificadas, que não se torna opaco para esconder re-lações pouco apropriadas entre os recursos que são públicos e os in-teresses que são privados. Um Es-tado que não desista do combate à corrupção.

Um Estado que articula e realiza o interesse comum. Um Estado que ajuda a sociedade a florescer e não a sufocá-la. Um Estado que não in-timida a criatividade empresarial, nem a inovação.”

A eleição da Presidente da As-sembleia da República, Assunção Esteves, cujo percurso profissional e político lhe confere uma legitimi-

dade acrescida, representa também a tão esperada nova geração de po-líticos, livres, cultos e de princípios éticos e morais comprometidos ape-nas com o interesse público. Uma mulher, sim. A primeira mulher a assumir tamanha responsabilida-de e que estará à altura, não tenho dúvidas, do desafio que lhe foi co-locado.

O seu discurso, desprendido e genuinamente comprometido com a democracia, foi uma lufada de ar fresco que esperamos ver repercuti-da nos quatro anos de mandato.

Passos Coelho já deu provas de que é um homem de palavra. Segu-ro nas suas convicções, já começou a executar algumas medidas que faziam parte do seu programa elei-toral, que de forma corajosa, reve-lou ao eleitorado antes do dia 5 de Junho.

O facto de não ter nomeado Go-vernadores Civis é prova disso, em coerência com a sua intenção de ex-tinguir tal organismo. É um sinal, que para muitos não tem qualquer

sÓniA rAMos FErroJurista

significado, mas indicador do seu carácter, recto e de grande lisu-ra, de homem que cumpre as suas promessas. Nos dias que correm, e depois de Sócrates e da institucio-nalização da mentira e da falta de honradez, este sinal, caros leitores,

“Uma mulher, sim. A primeira mulher a as-sumir tamanha responsabilidade e que estará à altura, não tenho dúvidas, do de-safio que lhe foi colocado“.

“Nesse espaço, com laranjeiras, entendeu a Plata-forma da Cultura em Évora colocar algumas laranjas em cartolina com frases de sensi-bilização para a importância da actividade cul-tural“.

faz toda a diferença.Viajar em classe turística/econó-

mica, nos voos com duração infe-rior a quatro horas, outro sinal, sim, mas também revelador de uma nova atitude política, responsável e cons-ciente, que ao contrário do Gover-no anterior, se preocupa em avaliar meticulosamente cada gesto que implique uma despesa para o erário público.

Alguns comentadores apelidam esta atitude de populista, porque a dignidade do cargo de Primeiro-ministro não se compadece com a simplicidade e o mau cómodo da classe turística.

Nada mais “terceiro mundo”, à boa maneira latina. Frequentemen-te os iluminados da comunicação social confundem a dignidade dos cargos políticos com as mordomias que lhe costumam estar associadas.

Na maior parte dos países da Eu-ropa, os titulares de cargos políticos não gozam dos privilégios que nós, latinos, gostamos de ostentar. No parlamento inglês, tido como um

exemplo, não há lugares marcados para os Deputados na Câmara dos Comuns, não há batalhões de as-sessores, nem carros, residências pagas, viagens de avião gratuitas, ou quaisquer outras mordomias e não consta que seja por isso que o seu desempenho seja medíocre ou que o exercício da democracia seja menor.

O sistema sueco é igualmente despojado de privilégios e o Pri-meiro-ministro tem residência ofi-cial de trezentos metros quadrados, sem funcionários pagos pelo Esta-do. E é por isso que desempenha as suas funções com menos mérito ou dignidade? Não me parece.

Os sinais são importantes e mora-lizam. O exemplo é fundamental. É preciso muito mais, mas este come-ço marca o início da mudança e da ruptura com décadas de ostentação e futilidades à custa do contribuin-te. E acima de tudo, estes exemplos revelam que os sacrifícios não são só para os “comuns”, são para os “lordes”, também.

Municipal Évora, tenham decidido realizar uma acção de sensibiliza-ção tranquila e divertida e que os responsáveis pela situação criada tenham respondido com a polícia.

O grau de apodrecimento do po-der também se mede pela intolerân-cia com que reage ao que acha ser adverso. E se este poder municipal acha que a afirmação “cultura igual a cidadania” é uma crítica, então está politicamente morto e ainda não se apercebeu do facto.

D.R.

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Política

Assis diz que ”não há militantes que sejam donos dos votos“Candidato reúne com apoiantes em Évora e diz-se pouco impressionado com adesão de “notáveis” à candidatura de António José Seguro.Redacção | Registo

Francisco Assis diz que na corrida para a liderança do PS não está em causa o “apoio de federações mas de militantes”. E deixa o recado: “Dirijo-me a cada mili-tante do PS, não há militantes que sejam donos dos votos”.

Foi esta a reacção de Assis, em Évora, quando questionado sobre o apoio ex-pressivo de 15 dos 18 membros do secre-tariado da Federação à candidatura de António José Seguro. Em Évora, Capoulas Santos e Fernanda Ramos são os nomes mais sonantes ao lado de Assis. Todos os outros – incluindo Carlos Zorrinho, Hen-rique Troncho e toda a lista de deputados apresentadas nas últimas eleições – posi-cionaram-se ao lado de Seguro.

“Esta é uma candidatura de projecto que envolve algumas rupturas. É por isso natural que alguns dirigentes intermé-dios e autarcas, alguns deles há muito tempo no desempenho das suas funções, não se reconheçam inteiramente numa candidatura que visa modificar e alterar”, diz Francisco Assis. “É uma candidatura de mudança. Não pode ter como referên-cias fundamentais elementos que apos-tam muito na continuidade”.

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“Não faremos a Pe-dro Passos Coelho aquilo que, nal-guns momentos, o PSD nos fez a nós. Estaremos sempre ao lado do Gov-erno português quando o Governo português se em-penha em salva-guardar os inter-esses do país “.

Assegurando que a candidatura está a correr “muitíssimo bem”, Assis insiste: “Sei distinguir o que são os apoios de al-gumas estruturas do Partido daquilo que são os apoios dos militantes do PS”.

“Esta é uma candidatura de projecto,

ruptura e que quero que sejam apreciadas pelos militantes”.

Entre as propostas defendidas por Francisco Assis na moção “A força das ideias” inclui-se a mudança no processo de escolha dos candidatos do partido às autárquicas, envolvendo não militantes no processo de decisão. E isso, ao “mexer” com dirigentes que “queriam que tudo continuasse na mesma”, pode causar “al-gumas resistências”: “Não faria sentido que assim não fosse. No que estou certo, é que no diálogo directo com os militantes as coisas estão a funcionar de outra for-ma”, acrescentou.

Já em Portalegre, Francisco Assis – cujo mandatário distrital é o “histórico” Jaime Estorninho – vincou a diferença entre as propostas de PS e PSD: “A receita da direi-ta portuguesa é promover o aumento da competitividade através da compressão a prazo do factor custo do trabalho. Esse não será o nosso caminho”.

À “desregulação”, o candidato contrapõe com a “democratização” dos mercados. E explica: “queremos um mercado para to-dos e não um mercado para alguns. Isso requer um PS que não ceda a interesses corporativos e a lógicas de interesses ins-talados. Requer um PS que muitas vezes diga sim ao Governo, se o Governo actuar de forma correcta. Diremos, certamente, muitas vezes não”.

“O Partido Socialista deverá estar, como demonstrou no passado, disponível para assumir compromissos”. Passado que para Francisco Assis, deve ser discutido e assumido, considerando-o como essen-cial para um projecto de futuro.

“Quem pretende passar directamente para o futuro recusando falar do passa-do recente, isto é, da governação socia-lista, comete um erro. Na Assembleia da República, onde se travarão os próximos combates políticos, serão obrigados a fazê-lo. Por isso, para defenderem o futuro de Portugal vão ter de falar do passado do PS”, adverte.

Em Évora, Francisco Assis disse prosseguir uma “candidatura de projecto” que envolve rupturas.

D.R.

Depois de Francisco Assis será a vez de António José Seguro se reunir com apoiantes em Évora. A moção “O Novo Ciclo” será apresentada dia 6 de Julho, pelas 21h00, no Palácio de D. Manuel.

Numa carta dirigida aos militantes do distrito, o deputado Carlos Zorri-nho justifica o apoio a Seguro com a “preparação de uma plataforma forte e alargada de oposição e de uma alter-nativa política ganhadora”.

Além do apoio no secretariado da Federação Distrital de Évora e dos líderes distritais da JS e das Mulheres Socialistas, António José Seguro vai apresentar “coordenadores conce-lhios” na campanha para a sucessão de Sócrates.

“A seguir às escolhas democráticas que faremos, o vencedor será o nosso Secretário-geral, o nosso candidato a primeiro-ministro e o líder da oposi-ção em Portugal e o que não vencer continuará a ter um papel determi-nante no futuro do nosso Partido”, antecipa Carlos Zorrinho.

Seguro a 6 de JulhoO PS/Évora diz que a crise financeira “não pode servir de desculpa” ao novo Governo para “jogar o Alentejo nova-mente no esquecimento, onde sempre esteve durante os governos do PSD”.

Num comunicado saído da primeira reunião pós-eleições da comissão po-lítica distrital de Évora do PS, a única referência ao pior resultado do partido no distrito nos últimos 20 anos é para expressar “congratulação pela vitória do PS em Évora e no Alentejo, resul-tante da prioridade concedida pelos socialistas à região, sem paralelo na história da nossa democracia”.

Recordando o investimento em pro-jectos como o Alqueva e a Embraer ou em equipamentos de saúde, educação e segurança social, o PS/Évora diz-se “empenhado em exigir que se mante-nha o mesmo nível de investimento no futuro desta região, procurando que se respeite o processo e os prazos de construção do Hospital Distrital de Évora e a construção da linha de alta velocidade”.

Crise não é desculpa

com ideias claras para o país e para o PS, com ideias que até significam alguma

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Entrevista

”Se não nos mantivermos na III Divisão sinto-me derrotado“

Gilberto Messias, presidente da direcção do Redondense Futebol Clube, eleito dirigente do ano na Gala Distrital de Futebol.

Luís Maneta | Registo

Foi eleito dirigente do ano a nível do desporto distrital. Estava à espera deste pré-mio?

Não estava à espera, digo-o com toda a sinceridade.

Mesmo depois de uma épo-ca em que o Redondense ga-nhou o Distrital, a Taça e vá-rias provas nos escalões de formação?

Fizemos uma boa época mas há “dinossauros” no distrito … às vezes quem ganha os campe-onatos não ganha os prémios do

desporto distrital. O ano passa-do, por exemplo, ficámos em ter-ceiro e o Paulo Sousa ganhou o prémio de melhor treinador.

Então a que é que atribui este prémio?

Atribuo-o ao nosso trabalho, foi um ano muito intenso. So-mos uma equipa pequena com poucas ajudas, apenas a da Câ-mara e da Junta de Freguesia, enquanto em cidades como Évo-ra e Montemor há um mercado muito maior, com muitas outras possibilidades de apoio.

Ou seja, um orçamento me-

nor obriga a uma maior en-trega por parte dos dirigen-tes?

É isso. Somos das equipas com menos patrocínio, ganhámos o que ganhámos durante a época e demos um “salto” financeiro de 19 mil euros. Tinha herdado uma dívida um pouco compli-cada, pagámos uma parte dessa dívida … não foi fácil. Arrisco-me mesmo a dizer que fomos o único clube do distrito que deu lucro.

Conjugar resultados despor-tivos e financeiros é atípico?

É, é … uma coisa é certa, tive

a sorte de reunir uma grande equipa neste clube, formada por pessoas dedicadas. Este resul-tado é um pouco de todos nós. Quanto aos grandes patrocínios, todo o dinheiro que entrou no Redondense foi trazido por nós, pessoalmente ou através das pessoas que trabalham connos-co na empresa Messias & Irmãos.

O orçamento do Redondense nem sequer era dos mais ele-vados do distrital?

Não. Posso dizer-lhe que ain-da há dias esteve aqui na minha casa toda a direcção do Escoural, estivemos a falar e soube que o

orçamento deles era superior ao nosso.

Fizeram a época com quan-to?

Com 93 mil euros.

Mesmo assim foi possível ga-nhar o campeonato e a taça. Isso deve-se ao facto de uma grande parte do plantel ser de Redondo?

A vila tem tido sempre gran-des jogadores. Este ano conse-guimos ir buscá-los todos … o Manuel do Carmo, que jogou no Vitória de Setúbal, muitos outros e um grande treinador, o Paulo

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jogadores “sentem” a camisola que vestem. Tivemos aqui joga-dores de fora, correu tudo muito bem, sem eles não teríamos con-seguido ganhar o que ganha-mos mas a base tem de ser for-mada pelos jogadores da terra. Quer outro exemplo: integrámos no plantel dois jogadores forma-dos nas escolas do clube que só daqui a dois anos passam a se-niores.

Sendo difícil, a manutenção é o objectivo para a próxima temporada?

Se não o alcançar sinto-me derrotado. Estive dois anos no Redondense, depois saí porque o clube não estava estruturado como eu queria … uma coisa é certa, o ano passado fizemos um grande trabalho mas já havia bases lançadas. No caso dos mi-údos, então, é um projecto que já vem de há 5 ou 6 anos, com pessoas a trabalharem aqui de borla. Este ano colheram-se os louros.

E no futebol sénior?É como lhe disse, é importante

ter os pés bem assentes no chão. Isso tenho. E por isso posso dizer que temos condições para nos mantermos na III Divisão Na-cional. O meu objectivo despor-tivo é esse mas quero também recuperar o passivo do clube, manter o nosso bom nome. Nada de nos endividarmos. Quando acabou o último jogo da última temporada, não devíamos um cêntimo a jogador nenhum. Muito ou pouco, cumprimos o que estava combinado e se olhar aqui à volta [no Distrital] não é bem assim.

Tendo ganho o campeonato e a taça, o que menos se imagi-naria era uma crise directi-va. A verdade é que só depois de quatro assembleias-ge-rais é que o gilberto Messias anunciou a continuação à frente do Redondense. O que é que passou?

Já o ano passado houve uma situação idêntica e eu, confiando nalgumas pessoas, dei a cara. Aí sim, sinto-me derrotado. Estou a falar do ano passado, de promes-sas de apoio que não chegaram a ser concretizadas. Falhou de um lado, avançámos para outro e levámos as coisas a bom por-to. Tenho a minha vida, o meu trabalho, uma vida profissional complicada e queria deixar o clube. Queria mesmo sair, dei-xando-o livre de encargos, o que não foi possível.

Ainda não respondeu à per-gunta. Tendo obtido sucesso financeiro e desportivo, o que é que estava em causa?

Estava a querer fugir à questão mas uma vez que a coloca por duas vezes vou ter de responder. Olhe, o que se ouvia por aqui depois das vitórias no distrital e na taça e da subida à III Divi-são, é que o clube não acabava

“Decidi avançar novamente [para a presidência]num momento de alguma raiva. Tinha prometido à minha famí-lia que a última temporada seria mesmo a última, para mim. Mas há uma expressão que gosto de usar e que se aplica a esta circunstân-cia: uma parede que eu faça não é qualquer um que a consegue derrubar”.

se nos fossemos embora. Com toda a gente que acompanhava o Redondense fiquei convenci-do que alguém iria avançar. E não avançaram porquê? Não há meios, não há dinheiro … quem é que aguenta o clube com redu-zidos apoios como aqueles que nos temos?

Ninguém se chegou à frente?Ninguém. Fui à Câmara, Junta

de Freguesia e Adega para nos dizerem até onde poderiam ir [quanto a patrocínios] para a III Divisão. A minha ideia era che-gar à assembleia-geral com esses apoios, dizer às pessoas que as condições eram aquelas e, nessa circunstância, não faltariam lis-tas para os órgãos sociais. Quan-do havia muito dinheiro, havia três ou quatro listas.

Esses apoios falharam?Falharam … a gente sabe que

o país está a viver um momen-to de crise muito complicado. A Adega Cooperativa, por exem-plo, cortou todos os patrocínios, ficou tudo a zero. Tenho espe-rança de o Redondense ser uma excepção, estou convencido que continuarei a contar com a aju-da deles. Mas a Junta de Fregue-sia apenas se disponibilizou a dar 750 euros por ano. Ou seja, dá 750 euros por cada equipa … mesmo a sénior, sendo a equipa que vai levar o nome da terra a um campeonato nacional.

É uma verba baixa?Muito baixa. Não sei as difi-

culdades que as pessoas têm … fiquei muito desiludido. Fomos à Câmara e também nos prome-teram uma verba muito “curta”. Tentei convencer as pessoas para avançarem com uma lista, que as coisas podiam ser alteradas, mas ninguém o quis fazer, os jo-gadores estavam a querer sair …

Até que?Até que houve uma assem-

bleia-geral em que os sócios disseram que se não houvesse futebol sénior não haveria nada, fechávamos portas. Era triste ver todo este trabalho ir por água abaixo.

E, para si, inaceitável?Inaceitável … decidi avançar

novamente num momento já de alguma raiva. Tinha prometido à minha família que a última temporada seria mesmo a últi-ma, para mim. Mas há uma ex-pressão que gosto de usar e que se aplica a esta circunstância: uma parede que eu faça não é qualquer um que a consegue derrubar.

Ou seja, está no início de uma época em que o orçamento não está definido?

Da Câmara Municipal de Re-dondo já ouvimos.

E não ficou satisfeito, pelo que vejo?

Nada, nem estou minima-mente com vontade de ir lá pedir mais um cêntimo sequer. As pes-soas têm de sentir o trabalho que está a ser feito no Redondense e saber as obrigações de cada um. Não vou mendigar nada.

<Com um orçamento de 93 mil euros, o Redondense fechou

uma temporada “de ouro” com vitórias no Distrital e na Taça da Associação de Futebol de Évora, conseguindo ainda um

lucro de 19 mil euros.>

93NÚMERo

“Ganhámos o que ganhámos durante a época e demos um “salto” financeiro de 19 mil euros. Arrisco-me mesmo a dizer que fomos o único clube do distrito que deu lucro.”.

D.R.

Sousa, que também é da terra. Pegámos no Redondense com 22 mil euros de dívida, não tinha crédito em lado nenhum e nem sequer os jogadores acreditavam no clube. Este ano sucede preci-samente o contrário, apesar de os orçamentos continuarem a ser baixinhos, não podemos entrar em loucuras.

Por falar nisso, vai disputar a III Divisão Nacional com que orçamento?

Estamos a apontar para os 120 mil euros.

Não dá para grandes sonhos.Dá para manter na III Divisão.

A aposta nos jogadores da terra será para manter … alguns já assinaram. Não vamos entrar em campeonato para fazer má figura mas sempre que houver a opção por um jogador da terra é essa a que iremos tomar. É essa a nossa obrigação, enquanto Re-dondense Futebol Clube.

Isso porquê?Olhe, dá gosto ver quando os

A III Divisão Nacional é um sonho?

Para mim é. Tanto que depois de termos chegado até aqui, con-seguido garantir a subida, ser-mos os melhores, não podíamos pura e simplesmente fechar as portas, desistir.

Isso esteve em causa?Esteve tudo em causa, da parti-

cipação no nacional da III Divi-são a termos aqui um único mi-údo que fosse a jogar à bola. Isso eu não poderia admitir e estou cá para ver como é que as coisas se vão desenrolar. Não vai ser fácil mas pode ter a certeza que não nos param o andamento.

Já tem treinador?Já. O Paulo Sousa vai continu-

ar a ser o treinador do Redon-dense, dá-nos garantias … ele é que tem de estruturar a equipa.

Vai haver grandes mexidas?Vamos ter 17 atletas de Redon-

do num plantel de 23. Acho que é muito bom.

E nos escalões jovens?Vamos prosseguir o trabalho

dos anos anteriores e fazer mais duas equipas. Fomos campeões em benjamins e iniciados. Aliás, em iniciados subimos ao Nacio-nal mas como os jogadores atin-gem o limite de idade não temos equipa para poder competir.

Do ponto de vista de insta-lações, qual o ponto de situ-ação?

Estamos muito bem a esse ní-vel. Aliás, deixe-me dizer-lhe que a esse nível a Câmara Municipal tem feito um trabalho excelente, tem-nos ajudado muito. Vamos inaugurar um ginásio que será dos melhores do distrito.

O que é que leva um empre-sário a meter-se nestas aven-turas do futebol distrital?

Nunca joguei futebol, não te-nho filhos a jogar futebol, nem sequer sou de cá mas de Borba …

… todas as condições para não se meter nisto!

Todas, mas prezo ter amigos por todo o lado … foi também por pressão deles e dos meus ir-mãos.

O desporto é uma paixão sua?Gosto muito mas futebol nun-

ca soube praticar. Já no tiro aos pratos fui campeão pelo distrito e campeão nacional em pombos. No Redondense temos apenas futebol. Até havia condições para outras modalidades, se ca-lhar é isso que irá acontecer no futuro mais próximo.

Por agora é manter.Foi o ano do impasse, temos

de manter o que está. Enquan-to aqui estiver não haverá um miúdo que queira jogar futebol e não tenha equipamentos, não faça exames médicos, não tenha as condições de um craque para poder jogar. A porta está sempre aberta a toda a gente. Enquanto jogam futebol não têm tempo para outras coisas. Aqui prati-cam desporto e aprendem a ser homens.

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8 30 Junho ‘11

Política

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Évora atribui medalhasRedacção | Registo

Os cidadãos António Marreiros, Maria do Céu Caeiro Rosado da Fonseca e João Rosa-do da Fonseca e o Rancho Folclórico “Flor do Alto Alentejo” foram ontem homena-geados pela Câmara Municipal de Évora com a atribuição das Medalhas de Mérito Municipal – Classe Prata, na habitual ceri-mónia do Dia de S. Pedro, feriado munici-pal. O jovem Dárcio Filipe Jacob de Sousa foi também distinguido com a atribuição da Bolsa por Mérito Académico.

Nascido em Évora, em 1966, António Maria Gordicho Marreiros foi um reco-nhecido árbitro internacional de ande-bol. Iniciou a prática deste deporto aos 12 anos e aos 16 adquire o curso de árbitro, tendo vindo, na idade adulta, a tornar-se uma das grandes figuras da arbitragem nacional e internacional do andebol, cuja estima e consideração ainda hoje ecoam, apesar da sua retirada do meio desporti-vo, há cerca de cinco anos.

Ao decidir criar a sua própria empresa na área da saúde, o casal Maria do Céu e João Rosado da Fonseca abriu em Setem-bro de 1992 a CDI – Clínica de Diagnóstico pela Imagem, L.da.

Ambos eborenses, e nascidos em 1953, Maria do Céu licenciada em Medicina e especialista de Radiologia, e João Rosado da Fonseca Técnico de Radiologia e pós-graduado em Administração e Ensino, já

antes haviam participado na criação de outra empresa similar, o CRX, tendo ain-da trabalhado noutras clínicas da cidade.

Finalmente, o Rancho Folclórico “Flor do Alto Alentejo” define-se como um gru-po que ao fim de 30 anos continua a ten-tar preservar o folclore, a cultura, os cos-tumes e as tradições do Alentejo. Criado a 26 de Abril de 1981, a partir de uma festa de Natal do Hospital do Espírito Santo de Évora, está legalizado como associação

desde 2004 e actualmente tem 50 elemen-tos e perto de 140 sócios.

Arlindo Ferreira e a esposa, Fátima Fer-reira, Antónia Leal, Margarida Marreiros, Eduíno, Baltazar, Maria do Rosário San-tos e António José Santos foram os seus fundadores, e as danças que compuseram as primeiras actuações são as que ainda hoje identificam o grupo e o fazem ser aplaudido nas suas deslocações por todo o país: as chotiças, as saias e os puladinhos.

Câmara Municipal distingue personalidades no dia da cidade.

Entretanto, um júri designado para o efeito decidiu conceder a Bolsa por Mérito Académico 2011 – galardão atribuído pela Câmara Municipal de Évora desde 2009 - a Dárcio Filipe Ja-cob de Sousa, de 24 anos de idade, re-sidente em Évora, Mestre em Biologia da Conservação pela Universidade de Évora, devido ao seu trabalho de tese de mestrado “Padrões de deslocação e actividade diária do barbo-comum (Barbus bocagei, Steindacher 1985), num curso de água mediterrânico de tipo intermitente”.

Mérito Académico

Redacção | Registo

A Assembleia Municipal de Évora aprovou uma proposta destinada a alterar o Regulamento

Municipal de Atribuição de Lotes, visando facilitar a instalação de acti-vidades económicas no concelho.

Trata-se da alteração de dois artigos do regulamento para autorizar tam-bém a contratação de “leasing” imobi-liário pelos empresários como meio de financiamento da aquisição de lotes, algo que não estava contemplado ain-da em regulamento e ao qual actual-mente as empresas recorrem.

A assembleia debateu ainda a situ-ação financeira do município, fez o balanço da actividade da Câmara Mu-nicipal no último trimestre e tomou outras deliberações.

Quanto à situação financeira, o presidente da Câmara Municipal de Évora referiu, entre outros aspectos, a diminuição das receitas de capital em relação ao ano passado, nomea-damente devido à diminuição das transferências do Estado e do co-financiamento comunitário.

Registou-se, no entanto, um equi-líbrio nas receitas correntes e uma redução da cabimentação em um 1,2 milhões de euros, o que segundo a autarquia “traduz o esforço na redução das despesas”.

“A dívida de curto prazo está esta-bilizada e os empréstimos de médio e longo prazo estão controlados”, refere fonte do município, segundo a qual José Ernesto Oliveira reconheceu que, “sendo uma situação difícil”, a Câmara “continua a trabalhar no sentido da sua resolução, aguardando também indicações em relação à política do novo Governo no que respeita às autarquias”.

Na reunião foi também aprovado o projecto do novo Regulamento do Cartão Social do Munícipe, com 21 votos a favor (PS e PSD) e 16 contra (CDU e BE).

Esta proposta resultou de uma avaliação efectuada dos seis anos de implementação do Cartão Social do Munícipe Idoso e visou melhorar as respectivas normas, redireccionando e ampliando os apoios a conceder no seu âmbito, bem como aperfeiçoar os critérios de atribuição, de modo a racionalizar a utilização dos recursos disponíveis. Actualmente são 2156 pessoas que usufruem destes benefí-cios.

Mereceu igualmente aprovação a proposta da Câmara relativa ao projecto de Regulamento da Comissão Municipal de Economia e Turismo de Évora com 21 votos favoráveis (PS e PSD) e 15 contra (CDU e BE). O ponto incidiu sobre a criação pela Câmara da Comissão Municipal de Economia e Turismo de Évora e respectivo projecto de regulamento.

Esta comissão é um órgão de coorde-nação, consulta, concertação e estudo para as matérias económicas em geral e para o Turismo em particular, aten-dendo à importância que este sector assume no concelho como alavanca estratégica do desenvolvimento con-celhio e que reunirá um vasto leque de intervenientes públicos e privados das vertentes da economia e turismo locais.

Assembleia aprova regulamento

Évora

Beja quer comboioO presidente da Assembleia Municipal de Beja (AMB) expressou a sua preo-cupação face às notícias que dão conta do possível encerramento da linha ferroviária até Beja. De acordo com o jornal Público o Governo de José Sócrates propôs à troika o encerramento de 794 quilómetros de vias-férreas com particu-lar incidência no Norte e no Alentejo.

O estudo realizado por uma equipa conjunta do Ministério das Finanças e do Ministério das Obras Públicas e Transportes, prevê o fecho da Linha do Alentejo entre Casa Branca e Ourique (116 quilómetros). Beja ficaria assim sem comboios.

Segundo a Rádio Pax, Bernardo Loff, apelou às forças políticas e ao grupo de cidadãos para que tomem uma posição de forma a evitar o encerramento das ligações ferroviárias à capital do distrito.

No período de intervenção do público Florival Baiôa, membro do movimento criado em defesa das ligações ferroviá-rias, assegurou que o acordo feito pelo Governo socialista é “uma facada nas aspirações de Beja”.

Luís Matias | DianaFM

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Regional

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Atraso no pagamento de subsídios provoca protestos em Évora

Os principais agentes culturais de Évora aproveitaram o feriado municipal de on-tem para manifestar preocupação com o “esvaziamento cultural da cidade” e exi-gir ao município o pagamento de subsí-dios em atraso referentes a 2009 e 2010.

Fonte da Plataforma Cultura Évora avançou ao registo que a relação entre a generalidade dos agentes culturais e o município se encontra “numa fase muito difícil” desde 2009 em resultado da “inde-finição de critérios, falta de cumprimento com os compromissos assumidos, e atraso nos pagamentos contratualizados”

Actualmente, a maioria dos agentes ainda não recebeu os subsídios protoco-lados com a autarquia, relativos a 2009. “Nenhum dos protocolos de subsídio an-teriormente estabelecidos foi cumprido, nem se fizeram novos protocolos, nem pagos”.

“Desde o início de 2010 que a Platafor-ma Cultura Évora solicita reuniões para resolver este problema, e não houve nunca qualquer resposta do executivo camarário”, refere a mesma fonte, acres-centando que “alguns agentes culturais (uma minoria)” contratualizaram com a Câmara Municipal um financiamento ao abrigo do InAlentejo, “não estando estes financiamentos pagos na totalidade”.

Citado na página online da Diana FM,

o director do Centro Dramático de Évora (CENDREV), José Russo, reconheceu que a situação da autarquia “é complicada”, devido aos cortes nas transferências do Estado, mas reivindicou que se encontre “uma solução para o problema”.

A acção de protesto incluiu a distribui-ção de folhetos e a exibição de cartazes, em forma de laranja, com mensagens como “por uma cidade cultural activa” e “cultura dá frutos”.

“O que exigimos é que se encontre uma solução para o problema, que se estabele-ça um plano de pagamentos, que se faça um acordo e que as coisas se resolvam, porque os meses não podem passar e os anos não podem passar sem que haja uma solução”.

O responsável lamentou que “metade dos subsídios de 2009 e de 2010 estão por pagar” aos agentes culturais da cidade e em relação a este ano “ainda não existe um regulamento de atribuição de subsí-dios à actividade cultural”.

A Câmara de Évora diz que o município está a negociar com entidades bancárias a hipótese de contrair um empréstimo que permita fazer o saneamento financeiro da autarquia. “Assim que este processo estiver concluído o plano de pagamento será feito”, garante a vereadora da cultura, Cláudia Pereira.

Câmara Municipal ainda não pagou verbas relativas a 2009 e 2010.

A relação “muito difícil” entre autarquia e agentes culturais já motivou vários protestos em Évora.

D.R.

Redacção | Registo

A Câmara de Mora comemora o sétimo aniversário do Cartão Municipal Jovem em Julho com um vasto programa de ac-tividades para os mais novos. Hidrospe-ed, “aquapedestre”, pesca desportiva, ca-noagem, orientação e acampamentos são as actividades a que os jovens morenses podem recorrer para se divertir e passar bons momentos de lazer e de férias.

Com transportes assegurados, os par-ticipantes de hidrospeed percorrem um troço de águas bravas com uma pequena prancha e umas barbatanas onde sentem a verdadeira adrenalina dentro de água.

Com início nas Azenhas da Seda, a “aquapedestre” desenvolve-se num per-curso ao longo da ribeira, onde se vai ao encontro de uma aventura aquática e descobrir pequenos açudes e antigas aze-nhas repletas de histórias.

Duas horas de pesca desportiva na ri-beira do Raia exigem paciência e perícia para levar os peixes a morder o anzol… enquanto no badminton são testados os reflexos e a concentração…

A canoagem tem dois desafios à esco-lha: remar entre a Ponte da Amizade em Cabeção e o Açude do Gameiro, em ritmo de passeio, desfrutando da envolvente natural…ou entre a Ponte do Gameiro e a Ponte do Paço, também em ritmo de passeio.

Os jovens morenses podem ainda fazer provas de Orientação, uma aventura em

meio natural e um desafio à capacidade de orientação em espaço aberto, a partir das referências do mapa.

Acampamentos em Santo André

A edilidade programou também a inicia-tiva “12 Horas a Nadar”, na piscina muni-cipal e organiza, por fim, acampamentos para quem gosta de dormir com as formi-gas, de mergulhar nas ondas do mar e de conviver com os amigos.

Na Lagoa de Santo André organizam-se acampamentos para jovens dos 8 aos 11 anos (18 a 20 de Julho) e dos 12 aos 17 anos (20 a 22 de Julho).

Actualmente cerca de 800 jovens bene-ficiam dos apoios inerentes ao Cartão Mu-nicipal lançado pela Câmara Municipal em 2004, nomeadamente descontos em iniciativas culturais e no apoio na aqui-sição e construção de casas, entre outros.

Jovens de Mora com mês ”em grande“

O Centro de Férias do Município de El-vas volta a ser implantado este Verão pela câmara, com a finalidade de pro-porcionar férias na praia aos alunos do primeiro ciclo do Ensino Básico (do 1º ao 4º ano) que o desejem. Este programa social da autarquia elvense já se realiza anualmente desde 2005 e é destinado, sobretudo, a crianças de famílias de maiores dificuldades financeiras.

Férias em Elvas

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Regional

Nos meados do século XIX, Karl Marx construiu uma teoria do capitalismo que provocou um enorme choque e repulsa nas esferas dirigentes, e entusiasmo nas classes dominadas dos países europeus industrializados. A teoria e o diagnóstico em que assentava eram, assim o tempo veio a demonstrar, poderosos. Incómodos, mas extraordinariamente esclarecedores. Marx mostrava que as sociedades capitalistas se organizavam em torno duma contradição principal, entre as classes dominantes, possuidoras dos meios de produção (O “Capi-tal”) e as classes trabalhadoras, que apenas possuíam a sua capacidade de trabalho (o “Proletariado”), que se opunham em todos os aspectos da vida da sociedade (económi-cos, sociais, políticos).

Daí, Marx retirava a previsão de que a contradição entre Capital e Trabalho só podia agudizar-se e culminar na explosão social e no fim do capitalismo. A história seguiu um curioso caminho. O diagnóstico em si tornou-se de tal modo óbvio, que, iro-nicamente, ele foi adoptado até pelas classes dirigentes (sem que elas o reconheçam). Mas a previsão, ela, foi desmentida. Ora, foi o primeiro facto (até os capitalistas se torna-ram “marxistas”) que explicou o segundo (não se deu a explosão). Não sem conflitos, não sem crises, as classes opostas foram estabelecendo um terreno de negociação e de compromisso: o “Social”. No campo social, o “estado social”, o “welfare state”, construiu um conjunto de mecanismos de “redistribuição” que atenuaram drastica-mente a dureza da condição operária (das 16 às 8 horas de trabalho, proibição do trabalho infantil, protecção social - saúde, reformas, etc.). E também no campo político (legaliza-ção dos sindicatos e dos partidos operários, direito de voto, etc.).

O sociólogo Marcel Gauchet descreve assim o processo de “pacificação” das nossas sociedades: extinguem-se as greves in-surreccionais, as revoltas urbanas devas-tadoras… Os mecanismos de negociação mostram-se capazes de moderar a dissime-tria das forças entre patrões e operários, e arrebatar uma parte da “mais-valia” a favor dos “proletários”. O nascimento do “estado social” marca o fim da profecia de Marx: o Capitalismo tinha sido capaz de desmenti-la… reconhecendo o essencial da sua aná-lise. Mas os tempos mudam, as estruturas sociais também. Como se apresentam hoje as contradições cuja “redução” pela negocia-ção e pelo compromisso foi e é vital para as nossas sociedades?

*CIDEHUS - Universidade de Évora e Academia Militar

[email protected]

AntropólogoJosé rodrigues dos santos*

Um olhar antropológico As novas lutas de classes e o futuro das democracias: 1- A pacificação

30Simulador testa conhecimentos sobre segurança rodoviária

Redacção | Registo

Alunos e professores da Escola de Santa Clara dinamizaram diversas actividades lúdicas e pedagógicas de prevenção rodoviária na Praça do Giraldo, em Évora, complementan-do-as com danças e saltos em tram-polim.

As actividades incluíram um cir-cuito de bicicleta em pista com obs-táculos, que incluiu também recolha selectiva de lixos e um simulador de condução que deu aos alunos uma melhor percepção da realidade.

O evento, que contou com o apoio logístico da Câmara Municipal de Évora, esteve centrado nas activi-dades de educação rodoviária e am-biental e insere-se no programa de ensino desenvolvido pela escola, o qual procura aliar conhecimentos obtidos em contexto teórico com a prática, sem faltar também a compo-nente lúdica.

A par deste evento, foi também criada uma exposição sobre preven-ção rodoviária com trabalhos dos alunos do 1º, 2º, 3º e 4º ano do Agru-pamento de Escolas, que engloba, além dos alunos de Santa Clara os das escolas da Horta das Figueiras e de S. Mamede. Esta mostra, patente na EB 2,3 de Santa Clara, está aberta ao público durante todo o Verão.

“A brincar também se aprende”, considera José Manuel Seixas, pro-fessor na Escola de Santa Clara e principal responsável por estas ac-tividades, que desde 1986 organiza com alunos este tipo de acções cen-tradas na prevenção rodoviária (e agora também com uma componen-te ambiental).

“Este espaço é o melhor para mos-trar o que temos feito na escola e também para dar a conhecer a quem anda mais distraído a importância

D.R.

Alunos da Escola de Santa Clara organizam iniciativas para prevenir comportamentos de risco.

vias rodoviárias sem seguir a sinalé-tica nem respeitar as regras de trân-sito.

A Câmara Municipal de Elvas or-ganiza o programa social “Férias Activas”, nas diversas localidades do concelho, destinado aos alu-nos do primeiro ciclo do Ensino Básico, do primeiro ao quarto ano de escolaridade.

A finalidade deste programa é permitir a ocupação das crianças, durante o dia, com actividades pedagógicas e lúdicas, com vista a solucionar a dificuldades das famílias trabalhadoras, duran-te os horários laborais. Com as “Férias Activas”, os pais passam a ter uma ocupação segura para os seus filhos, durante as férias gran-des de Verão.

Alunos de Elvas ocupados nas férias

destas questões de prevenção rodo-viária”, explicou o docente, lamen-tando que, apesar dos progressos fei-tos com os jovens nesta área, ainda exista muita gente que circula nas

Balcão Único em ReguengosO município de Reguengos de Monsaraz inaugura esta manhã o Balcão Único Municipal que visa a qualificação e a simplificação do atendimento aos cidadãos e a imple-mentação de um novo modelo de atendimento.

O Balcão Único Municipal vai funcionar no edifício da autarquia, resultando na fusão dos serviços municipais prestados num único local e na promoção da polivalência dos recursos de atendimento.

Neste local, poderão ser tratados assuntos relativos aos ramais de água, de esgotos domésticos e plu-viais, passes escolares, cedência e utilização de viaturas municipais e outras questões autárquicas.

Segundo o presidente da Câma-ra Municipal de Reguengos, José Calixto, o projecto visa “promover a eficiência dos serviços através da rentabilização do uso das novas tecnologias, permitindo ajudar a melhorar e controlar as operações, minimizar as demoras, tornar os

processos efectivos e eficientes, reduzir custos, eliminar erros e desperdícios”.

Neste novo serviço poderá tam-

bém ser efectuado o registo de aloja-mento local, emissão de certidão de compropriedade de prédio rústico, certidão comprovativa de destaque de parcela, certidão de toponímia, fornecimento de cópias de elemen-tos de processos, depósito e segunda via de ficha técnica de habitação e declarações diversas.

Nos próximos meses serão im-plementados novos serviços como concessão e renovação do cartão de vendedor ambulante, contrato de fornecimento de água/ou alteração de dados, pagamento de água e de execuções fiscais, entre outros.

“O Balcão Único Municipal vai abranger o conceito de balcão integrado que permitirá num único momento e espaço a prestação de um serviço que antes implicava a participação de diversos inter-venientes, mas também o balcão multi-serviços com a concentração de serviços que permitem tratar de vários assuntos numa única interac-ção e local”, acrescenta o autarca.

D.R.

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Luís Maneta | Registo

Apaixonado pelo “mar”, Manuel Marques diz que não irá esque-cer a experiência vivida com a família e amigos nas águas (bem mais) tranquilas de Alqueva: “Foi extraordinário”. Três dias depois de ter zarpado rumo à descoberta de 92 quilómetros de albufeira, entre Amieira e Ju-romenha, Manuel Marques re-gressa com a certeza de uns dias bem passados. “Pernoitar junto ao local de embarque de Monsa-raz é uma experiência única. Foi fabuloso acordar com a nature-za a despontar no meio daquele lago imenso, algo que só se con-segue com este tipo de turismo pois de outra forma a sensação não é a mesma”.

Proveniente de Lisboa, o grupo formado por 4 adultos e 4 crian-

ças escolheu o fim-de-semana prolongado para navegar num dos 15 barcos-casa que consti-tuem a oferta da Amieira Mari-na. Cerca de 70% dos clientes são portugueses. Muitos aproveitam o período de férias para pilotar estes barcos, tarefa que de tão simples não exige carta de ma-rinheiro. Outros chegam com vontade de celebrar momentos especiais.

“Foi uma prenda de aniver-sário. Gostei muito”, diz Rita Coelho, depois de um fim-de-semana passado no maior lago artificial da Europa cujo progra-ma incluiu uma paragem junto à aldeia ribeirinha da Estrela, mesmo encostada à água. “Foi muito fácil conduzir o barco. Como o limite de velocidade é muito baixo só é necessário al-gum bom senso”, garante o na-

morado, Pedro Sá.Com capacidade para alojarem

entre 2 e 12 pessoas, os barcos-casa estão dotados de condicio-nantes técnicas que possibilitam uma navegação segura. Cada barco tem GPS com a cartografia da barragem, existe uma sonda que previne o risco de encalhar em objectos não visíveis à su-perfície quando o piloto decide sair do caminho e a velocidade é limitada. Além do mais, a em-presa dispõe de um sistema de comunicações em toda a zona da barragem para uma assistên-cia em tempo real.

É a chegada do sol que traz mais vida à marina de Amieira. “Estamos com 90% de barcos na água. Com o aparecimento do sol, esta ligação à água é perfeita e temos muitas reservas para o Verão”, revela Manuel Maia, di-

rector da empresa que em 2006 iniciou um investimento de 4 milhões de euros, tornando-se no primeiro operador turístico a promover o Alqueva. A ideia era transformar os barcos numa espécie de “centro gravitacional” da albufeira, permitindo a nave-gação por entre diversos pontos de interesse a construir nas mar-gens.

Passados 5 anos, apenas um dos inúmeros projectos turísticos anunciados para a região está a ser construído e com atraso em relação às datas inicialmente anunciadas. “Continuamos a estar sozinhos no terreno e mui-tas vezes a puxar sozinhos pelo Alqueva. Ainda está muito por fazer para construir este desti-no turístico”, diz Manuel Maia, garantindo que a concorrência espanhola irá apertar: “Eles co-

Amieiranavegar com a casa às costas

A albufeira de Alqueva é navegável até Juromenha

“Continuamos a estar sozinhos no terreno e muitas vezes a puxar sozinhos pelo Alqueva. Ainda está muito por fazer para construir este destino turístico” Manuel Maia,

(Amieira Marina)

Actual Turismo

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A não perder

Casal holandêsinaugura quinta

Enquadrada num espaço natu-ral privilegiado pela calma e sossego, a Quinta Serra de São Mamede situa-se no Parque Natural da Serra de São Mame-de, no distrito de Portalegre, a cerca de um quilómetro do cen-tro da vila de Castelo de Vide.

A quinta é constituída por quatro casas singulares que apresentam uma decoração que cruza a modernidade com a tra-ça original e onde o conforto, o espaço e a luz assumem parti-cular relevância.

Dos quartos, às salas, passan-do pelas áreas exteriores, a uni-dade oferece aos turistas um harmonioso ambiente onde coabitam os símbolos da rurali-dade e a qualidade dos tempos modernos.

A par do alojamento, os hós-pedes podem ainda desfrutar da piscina, apreciar as centenas de oliveiras, eucaliptos, sobreiros ou carvalhos que constituem a paisagem envolvente ou, sim-plesmente, saborear afamados produtos regionais, como os queijos, os vinhos ou os enchi-dos alentejanos.

Na recepção da Quinta estão disponíveis informações sobre as diferentes ofertas turísticas da região, mas também livros e

jornais. Nascidos na Holanda, nos fi-

nais dos anos 50, Wim e Elseli-ne Alternaar partilham a vida desde 1975. Antes de terem co-nhecido Portugal, mais concre-tamente o Alentejo, as férias do casal eram passadas na Anda-luzia, em Espanha. Contudo, o excessivo crescimento de cons-trução turística nos destinos es-panhóis, acabou por levar Wim e Elseline, em 2005, à descober-ta do Norte Alentejano, mais concretamente do concelho de Castelo de Vide.

A natureza autêntica, as al-deias e vilas pitorescas e a hos-pitalidade levaram o casal a apaixonar-se pela região. Com um vasto conhecimento sobre diferentes destinos turísticos no mundo, decidiram escolher o Alentejo como destino de eleição para passar as férias anuais e a opção de comprar uma casa foi apenas o primeiro passo para se mudarem de vez para o Alentejo.

A reconstrução das quatro casas da Quinta demorou dois árduos anos, mas para Wim e Elseline o importante é contri-buir para o crescimento e quali-ficação do Alentejo, uma região onde acreditam haver espaço para ser feliz.

Norte Alentejano

D.R.

Cada barco-casa é uma espécie de mini aparthotel que, além dos quartos, dispõe de cozinha, sala comum, zonas de solário e espaço para barbecue exterior. Há igualmente dois pontos de comando, um interior e outro exterior no tombadilho, permi-tindo efectuar uma navegação com ampla visibilidade.Para um programa de fim-de-semana, a empresa sugere um circuito com navegação até ao paredão da Barragem de Alque-va e dormidas junto aos cais da Aldeia da Estrela e de Monsa-

raz, de onde há ligações para alguns restaurantes tipicamente alentejanos.Os programas mais demorados podem incluir Juromenha e Cheles (já no lado espanhol), bem como Mourão e a Aldeia da Luz, construída próximo do local onde a velha aldeia ficou submersa pelas águas da albufeira.A Amieira passará este ano a ser a primeira marina de águas interiores com a bandeira azul que certifica a qualidade am-biental do projecto.

Dormir sobre a água

D.R.meçam a acordar para o Alque-va, estão a delinear um plano de intervenção e se não tomarmos a dianteira passam-nos à frente”.

São sobretudo as famílias e os grupos de amigos que mais pro-curam os barcos-casa, cujos pre-ços em Julho começam nos 877 euros para um fim-de-semana de duas noites. Mas há também clientes habituais provenientes de países como França, Alema-nha, Suíça e, mais recentemen-te, Inglaterra. “São países onde há a tradição de andar de barco através de canais que passam pelas cidades. Aqui oferecemos um contacto directo com a na-tureza, sem percursos definidos e com 1150 quilómetros de mar-gens que podem ser explorados”, acrescenta o administrador da Amieira Marina.

As embarcações que nave-gam no Alqueva foram adqui-ridas nos estaleiros da Nichols no Norte de França, empresa que funciona igualmente como central de reservas para pessoas que se mantém fiéis ao produto mas querem experimentar no-vos destinos. Há ainda clientes habituais que regressam todos os anos ao interior do Alentejo, alguns para uns dias de pesca. E outros que descobrem novos ni-chos de mercado: “Estamos a ser muito procurados para despedi-das de solteiro”.

D.R.

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Regional

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Meio milhão de portugueses sofre de disfunção eréctilUnidade móvel da Sociedade Portuguesa de Andrologia estaciona hoje na Praça do Giraldo, entre as 9h00 e as 19h00.

Redacção | Registo

Em Portugal há 500 mil homens com disfunção eréctil. Destes, apenas 10% a 20% estão diag-nosticados e estima-se que só 10% estarão em tratamento. Os números tornam-se ainda mais graves quando sabemos que 68% dos homens com hiperten-são têm disfunção eréctil e que 40% dos homens com disfunção eréctil sofre de doença coronária significativa.

Mais do que um local de es-clarecimento e aconselhamen-to, a unidade móvel “Saúde em Movimento” é sinónimo de esperança para os homens que ainda não tomaram a iniciativa de procurar a ajuda de um pro-fissional de saúde.

Devolver a esperança. Mostrar aos portugueses que a disfun-ção eréctil tem tratamento e que quanto mais cedo for detectada mais depressa poderão recupe-rar a sua vida sexual. São estes os principais objectivos da uni-

dade móvel “Saúde em Movi-mento”, uma acção promovida pela Sociedade Portuguesa de Andrologia (SPA) e a Associação Portuguesa de Urologia (APU) com o apoio da Lilly Portugal.

Num país onde ainda há mui-tos homens que sofrem em silên-cio, o objectivo desta iniciativa é mostrar-lhes que é possível re-

cuperar a sua vida sexual, bas-tando, para isso, que procurem ajuda. Podem dar o primeiro passo entre os dias 28 de Junho e 2 de Julho, nas principais praças das cidades de Lisboa, Portimão, Évora, Viseu e Porto.

“Temos grandes expectativas em relação a esta acção”, refere Jorge Rocha Mendes, presiden-

a física (através da recolha de va-lores como a glicemia e a pressão arterial) e a psicológica

te da Sociedade Portuguesa de Andrologia. “O sucesso dos anos anteriores e o contínuo alarga-mento da iniciativa a outros pa-íses são bons motivos para este optimismo. Queremos ajudar os portugueses a quebrar o silêncio e este é um dos melhores veícu-los para o conseguirmos”.

Com diferentes origens e cau-sas associadas, a disfunção eréc-til está ligada a outras patologias graves como a hipertensão arte-rial, as doenças coronárias ou a diabetes. O excesso de peso e o consumo do tabaco são outros dos factores com implicação di-recta neste problema que afecta, actualmente, meio milhão de Portugueses.

Entre os dias 28 de Junho e 2 de Julho, a unidade móvel vai levar a cinco cidades uma equi-pa de profissionais de saúde para informar e aconselhar quem procura soluções para proble-mas relacionados com a Disfun-ção Eréctil. Sob análise estarão ambas as vertentes do problema:

A disfunção eréctil é defini-da como a incapacidade em atingir ou manter uma erecção suficiente para manter uma relação sexual. Estima-se que aproximadamente 189 milhões de homens em todo o mundo sofrem da doença.

Especialistas acreditam que cerca de 80 a 90% dos casos estão relacionados com situações clínicas como a hipertensão, a diabetes, a hiperlipidémia e a depressão, podendo ainda estar associada a outros factores como lesões neurológicas e utilização de fármacos (anti-hipertensivos e anti depressivos). Os restan-tes 10 a 20% estão associados a factores psicossociais, como o tabagismo e o stress.

Problemas clínicos explicam casos

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Economia & Negocios

A Adega Cooperativa de Por-talegre lançou recentemente a nova colheita de vinhos brancos Conventual Reserva e Conventual Branco 2010.

“Este é um ano magnífi-co para apreciar os nossos vinhos brancos, Ideais para acompanhar as refeições leves de Verão e até mesmo para beber um pouco bem fresco num fim de tarde quente”, diz Maria Fernanda Dias, directora executiva da Adega de Portalegre

Os dois vinhos têm um típico carácter alentejano, são dotados de uma frescura pró-pria da região e ideais para acompanhar pratos de peixe, saladas condimentadas e mariscos cozinhados.

O Reserva Branco 2010 venceu recentemente uma medalha de Prata no Con-curso Nacional de Vinhos Engarrafados e resulta das castas Arinto, Fernão Pires e Roupeiro. Tem uma aparên-cia límpida e brilhante, cor citrina com reflexos verdes, um aroma a citrinos e tropi-cais.

Adega lançabrancos

Portalegre

Pela primeira vez, um segundo serviço de ligação da Europa com o Extremo Oriente passou por Sines. Como é sabido, Sines está ligado semanalmente com aquela região do mundo atra-vés do Lion Service, tocando os portos de Qingdao, Pusan, Ningbo , Shangai, Nansha, Hong Kong, Yantian, Chiwan e Singapura.

Face ao recente disparo de acréscimo de carga entre Sines e o Extremo Oriente, tornou-se necessário recor-rer ao serviço SILK para dar escoamento ao volume de contentores. Tratou-se do navio MSC Laurence, com uma capacidade de 12.400 TEU, que utilizou Sines como plataforma giratória de carga entre a Europa e América do Norte (costa atlântica) com o Extremo Oriente.

Recorde-se que está previs-to para breve o inicio do ser-viço directo de Sines com o Brasil, o que virá ainda mais reforçar o papel que Sines representa enquanto porto de águas profundas.

Para além do negócio de “transhipment” entre estes gigantes dos mares, que só com Sines é possível ter em Portugal, a economia nacional fica, assim, ligada directamente aos principais mercados internacionais, eli-minando a lógica de depen-dência de ligações a outros portos.

Sines inauguraserviço

PortosEmpresa de transportes de Évora soma um milhão de passageirosEmpresa comemora amanhã o primeiro aniversário e garante que saldo é “extremamente positivo”.

Pedro Galego | Registo

A Trevo, empresa de Transportes Rodoviários de Évora, celebra amanhã, dia 1 de Julho o seu pri-meiro aniversário com mais de 1 milhão de passageiros transpor-tados, numa cidade com cerca de 50 mil habitantes, superando as expectativas inicialmente defi-nidas pelos seus responsáveis.

Para assinalar o primeiro ani-versário, e de forma a envolver toda a comunidade, a empresa vai oferecer à população de Évo-ra, viagens gratuitas durante todo o dia. A iniciativa represen-ta um esforço da empresa para que todos possam experimentar a qualidade do serviço e usu-fruir da segurança e conforto dos veículos.

De acordo com Pedro Deus, administrador da Trevo, o ba-lanço é “extremamente positivo e os números superaram as nos-sas expectativas”. “O aumento do número de passageiros é um in-centivo para continuar a inovar e a optimizar o serviço em Évora. O nosso objectivo para os próxi-mos anos é continuar crescer e poder contribuir cada vez mais para a melhoria da qualidade de vida da população quer do ponto de vista da mobilidade quer do ponto de vista ambiental.”

Durante o primeiro ano de actividade, os novos autocarros da Trevo percorreram mais de 1 milhão de quilómetros na ci-dade de Évora. De destacar que

sumo de combustível. Durante este período verifi-

cou-se, um aumento de 25% no número de passes mensais, o que representa uma maior fideliza-ção e confiança por partes dos clientes. Recorde-se que a Trevo representa um investimento superior a três milhões de euros em autocarros, bilhética e equi-pamentos de apoio aos utentes, tendo sido responsável pela cria-ção de 42 postos de trabalho di-rectos.

O facto de numa altura de crise para muitas empresas de transportes de passageiros esta-rem a passar sérias dificuldades, a Trevo estar a apresentar resul-tados muito positivos. Até à data, o mês de Maio de 2011 foi o que melhores resultados apresentou, com cerca de 100 mil passageiros em toda a rede Trevo.

Segundo dados a que o Re-gisto teve acesso, desde a sua implantação, o número de pas-ses mensais subiu 25 por cento, registando-se novas adesão ao ritmo de mais dois por cento ao mês, sensivelmente.

“A Trevo pretende melhorar e ajustar a oferta consoante a pro-cura. Os transportes colectivos são a melhor opção em termos de mobilidade e principalmente em termos económicos. É impor-tante que as pessoas percebam que com um passe de 19,75 eu-ros por mês é possível percorrer a cidade nos variados sentidos”, acrescentam os responsáveis.

Os eborenses cedo se habitua-ram à nova imagem das carrei-ras urbanos, que passaram da cor vermelha ao verde. Para Maria Costa, de 66 anos, os autocarros Trevo primam pelo conforto e rapidez. “Às vezes há atrasos, mas nunca são muito grandes. Chegamos facilmente e depressa onde queremos e são muito confortáveis. Não tenho passe porque não preci-so de andar todos os dias, mas quando ando gosto muito”, diz esta passageira. Por seu turno Joaquim Rabaça, de 71, diz

que não há melhor forma de se deslocar do bairro onde vive, na Malagueira, até ao centro. “Escuso de pegar no carro e gastar dinheiro do parquíme-tro quando preciso ir ao banco, ou comprar qualquer coisa”, es-clarece o utente que faz parte de uma das grandes manchas de passageiros, as pessoas mais idosas.

O Trevo é também bastante utilizado pelos estudantes dos vários graus de ensino e pelos trabalhadores do comércio e serviços do centro histórico.

Clientes destacam conforto

a nova frota é dotada da mais alta e inovadora tecnologia, com motores que respeitam a norma

“Euro 5” que cumpre a redução de emissão de gases poluentes bem como a diminuição do con-

Luís Pardal | Arquivo Registo

Luís Pardal | Arquivo Registo

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16 30 Junho ‘11

Economia & Negocios

O município de Borba está a preparar a candidatura a “Ci-dade Criativa Gastronómica” da UNESCO, com o objectivo de divulgar e valorizar a gastronomia do concelho e da região. “Bastante aprecia-da pela riqueza de aromas e paladares, devido ao recurso a inúmeras plantas e ervas aromáticas, a gastronomia alentejana desempenha um papel fundamental na promoção turística da região, evidenciando saberes e conhecimentos que têm sido passados e aprimorados de geração em geração, utilizan-do produtos regionais que muito contribuem para o desenvolvimento sustentável da região”, sublinha fonte autárquica.

A candidatura será apre-sentada à Rede de Cidades Criativas, programa da UNESCO lançado em 2004, destinado a promover o desenvolvimento social, económico e cultural das cidades, permitindo partilhar experiências e criar novas oportunidades numa plata-forma global, nomeadamente para actividades baseadas na noção de turismo criativo.

O município diz estarem reunidas as condições para a aprovação da candidatura, dado que a sua gastronomia “reúne a maioria dos critérios e características necessário para integrar a rede, por estar bem desenvolvida e ser característica da região, recur-sos a ingredientes endógenos, conhecimentos e práticas tradicionais”.

Actualmente, apenas três cidades receberam esta dis-tinção: Popayan (Colômbia), Chengdu (China) e Östersund (Suécia).

Borba candidatagastronomia

Turismo

“A suinicultura é um impor-tante sector da nossa econo-mia agrícola e a base de tradi-ções alimentares de prestígio entre os portugueses”, disse o Presidente da República, Ca-vaco Silva, numa mensagem dirigida aos participantes no II Congresso Iberoamericano de Suinicultura que decorreu em Évora.

Defendendo a importân-cia de “preservar” as tradi-ções alimentares ligadas à carne de porco, cujas raças autóctones constituem um “legado zootécnico de grande valor genético”, Cavaco Silva mostrou-se esperançado em que a actual crise do sector seja ultrapassada, “assegurar-lhe um futuro sustentável em Portugal, na Europa e no mundo”.

Cavaco destacasuinicultura

Agricultura

Redacção | Registo

A Real Living, franchising de imobiliário, realizou a sua Convenção Nacional em Évora onde apontou os caminhos para o futuro. Sob o lema “Real Moments”, a empresa reuniu os colaboradores em Évora, tendo ainda participado Sandy Sue do Grupo Brookfield Residential Services, a casa-mãe da compa-

nhia.Com um total de 14 unidades

franchisadas a nível nacional, a Real Living aproveitou a oca-sião para transmitir respostas à nova conjunta socio-económica do país.

Aos franchisados, o director-geral, Pedro Ribeiro, apresentou os principais objectivos para a rede e as principais medidas para assegurar o seu contínuo

crescimento. Foi abordada a internacionalização da mar-ca, através da presença de um representante da casa mãe, o gigante canadiano Brookfield.

Durante o evento, foram atribuídos os prémios da rede relativos a 2010, que visam distinguir os colaboradores e as unidades franqueadas pela sua performance e contributo para o negócio da rede.

A Real Living chegou ao mercado nacional em Abril passado, fruto da sua aquisição em 2009 pelo Grupo Cana-diano Brookfield Residential Services, em conjunto com a GMAC Real Estate. A rede registou no ano passado um crescimento de 11 por cento do volume de negócios em relação ao período homólogo de 2009.

Real Living quer internacionalizar-se

Maior produtor nacional de uvas de mesa inicia vindimasEmpresa que produz uvas sem grainha quer aumentar quota de mercado e apostar na exportação.

Redacção | Registo

A Herdade Vale da Rosa, produ-tor de uvas de mesa de Ferreira do Alentejo, já iniciou a campa-nha, num ano que prevê ser es-pecialmente bom para o seu pro-duto. São o principal produtor nacional de uvas sem grainha, um produto que tem cada vez mais procura a nível nacional e que a marca exporta fortemente para o norte da Europa.

Este Verão a marca vai comer-cializar as uvas sem grainha numa nova caixa, em tons de rosa, preto e dourado, de modo a permitir uma mais fácil iden-tificação do produto nos pontos de venda. As uvas com grainha vão continuar a ser comerciali-zadas com a caixa cor-de-rosa já conhecida pelos consumidores.

“É cada vez mais importante escolher produtos nacionais, es-pecialmente quando têm eleva-dos padrões de excelência como o caso das uvas sem grainha Vale da Rosa”, diz António Sil-vestre Ferreira, administrador da empresa. “Acreditamos que a uva sem grainha é o futuro e identificamos já esta tendência

algumas variedades de uva sem grainha na Europa. A Herdade iniciou a exportação de uva sem grainha em 1972 e vende cerca de 25% da produção de uva sem grainha no estrangeiro, sobretu-do em Inglaterra.

Um trabalho de croché

Proprietário do Vale da Rosa, António Silvestre Ferreira diz que produzir uvas sem grainha obriga a um investimento “subs-tancialmente maior” do que nas variedades comuns. “Dão muito mais trabalho, sobretudo quan-do o negócio é a qualidade do produto final”.

Debaixo das estufas traba-lham em média, ao longo do ano, 350 pessoas, sendo que no período das vindimas, entre Junho e Novembro, são contra-tados mais 200 trabalhadores. Todos os cachos são vistos um por um e milhares de bagos são cortados directamente para o chão. “Um cacho só pode ter um determinado número de bagos e cada planta não pode ter mais do que um determinado número de cachos. Só assim se consegue exaltar a qualidade da fruta”.

O objectivo é que as uvas que chegam às prateleiras dos super-mercados sejam “mais atraentes, mais grossas e com mais cor”. “A Sophia, por exemplo, quer-se com 90 bagos. Durante o ano te-mos centenas de trabalhadores a contá-los e a eliminar o excesso. Tem de ser assim, não há outro caminho. Costumamos dizer que é um trabalho de croché fei-to apenas com uma tesoura”.

Também ao contrário da pro-dução de uva para vinho, aqui não é possível mecanizar a vin-dima sem perda de qualidade.

Além uva sem grainha, a em-presa produz variedades mais “tradicionais”, como a Red Glo-be, Cardinal ou Moscatel Rosa-do, tendo igualmente investi-do numa linha de embalagem própria e de tecnologias de frio que permitem efectuar todas as operações de controlo e emba-lamento a temperaturas muito baixas, como forma de preservar a qualidade do produto.

Propriedade de António Silvestre Ferreira (foto em baixo), Vale da Rosa exporta uvas para diversos países europeus.

nos países como a Inglaterra onde a percentagem de uva sem grainha consumida já é o dobro da uva com grainha”, acrescenta.

Com um forte investimento em estufas que permitem ante-cipar a campanha e a utilização de um sistema inovador em Por-tugal, o qual permite alargar a época de produção das uvas, este foi mais um ano em que todos os esforços se uniram de forma a conseguir-se, uma vez mais, um produto final de grande qualida-de e excelência.

As uvas Vale da Rosa podem ser encontradas à venda em di-versas superfícies comerciais e alguns pontos de venda no mer-cado tradicional.

Paralelamente a marca vai apostar numa forte ligação à restauração, estando a preparar uma acção específica para mar-car presença em restaurantes premium de Lisboa, onde é pro-curada por um público ainda mais exigente a nível de palada-res.

Situada no Concelho de Fer-reira do Alentejo, a Vale da Rosa é actualmente o maior produtor nacional de uva de mesa e de

<A Herdade de Vale da Rosa emprega anualmente uma

média de 350 pessoas, número que durante as vindimas

ascende a 550.>

550NÚMERo

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Economia & Negocios

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Formar um (verdadeiro) Governo

E, depois de semanas de especula-ção, já temos o desfecho anunciado. O 19º Governo em 37 anos de demo-cracia (média de um governo a cada 1,9 anos!) já tomou posse, primeiro com os ministros e, esta semana, com os respectivos secretários de estado. O anúncio dos novos protagonistas trouxe consigo o habitual frenesim de análises, críticas, dúvidas ou cer-tezas. Não deixei de notar as sentenças su-márias de alguns comentadores de ocasião, relativamente ao carácter inesperado de muitos nomes, ao facto de serem novidades absolutas em ter-mos governativos e, como não podia deixar de ser, o facto de alguns serem supostamente segundas escolhas.

O povo diz, e bem, que se “é preso por ter cão e preso por não ter”. Se é uma figura com experiência, está gasto, se vem do interior do partido é mau porque é uma figura do aparelho, se é independente não serve porque não tem peso político…Enfim, há que ter paciência…

Não venho aqui trazer um rosário de elogios aos novos protagonistas. Gostaria apenas de reflectir em pou-cos segundos sobre as características que um verdadeiro governo deve ter e o que entendo ser o papel de um mi-nistro.

Um governo deve, acima de tudo, estar capacitado para executar uma visão clara e uma estratégia objec-tiva do que se pretende para o país. Essa estratégia deve ser desdobrada em metas concretas nas várias áreas, sejam a economia, a educação, a cul-tura, o ordenamento do território ou o ambiente.

Por isso, um verdadeiro governo não deve ser um mero somatório de ministérios, ministros e políticas sec-toriais avulsas. É necessário que haja o mínimo de homogeneidade e con-sistência. Noto isso neste governo.

Vejo uma arquitectura de governo e pessoas com uma visão clara de sociedade e do respectivo papel do Estado. Vejo o foco na competitivi-dade da economia, na libertação da sociedade civil e na mobilização de recursos para criar empregos e rique-za e assegurar a coesão social do país.

Por sua vez, um ministro, qualquer que ele seja, deve acima de tudo ser uma pessoa orientada a decisões. A priori, deve conhecer a sua área e os dossiers mais prementes.

Mas não pode depois estar acomo-dado ao conforto do lugar, lançando de tempos a tempos um discurso re-dondo e vazio.

Penso que todos estamos um pouco fartos deste perfil tradicional de mi-

nistro, que vive da sua pose majestá-tica entre inaugurações e cerimónias inúteis e entediantes.

É por isso que não me importo nada de ver desconhecidos ou supos-tos inexperientes assumirem funções governativas desde que venham dota-dos com elevada reputação técnica e com claras competências de gestão e capacidade de ultrapassar obstáculos e tomar decisões.

Aliás, é fácil recordar nomes con-sagrados que foram nulidades ou desastres nas suas pastas e segundas escolhas que surpreenderam e deixa-ram a sua marca.

Sinceramente, sem entrar em aná-lises individuais, é isto que vejo neste novo governo. Um conjunto coeso de pessoas, de uma nova geração, com uma visão clara do que querem para o país num prazo de 10 anos e orienta-dos a executar.

Terão sucesso? Ninguém sabe, é impossível prever. Mas esta será uma missão de todo o País, não apenas de um conjunto de pessoas que, momen-taneamente, está no governo.

Se formos uma sociedade respon-sável, com consciência cívica e com sentido de cidadania, venceremos este desafio. Caso contrário, nem o melhor governo do mundo nos poderá valer.

CArlos sEzõEsgestor/Consultor

D.R.

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18 30 Junho ‘11

Cultura

Criação de Madalena Victorino no Noites na NoraO universo de “Raul, o Pastor”, conto ilustrado de Eva Muggenthaler, tem vindo a inspirar a coreógrafa Madalena Victorino.

Para miúdos a partir dos 3 anos, “Ovelhas Clandestinas”, conta a história de Raul, um rapaz pas-tor, que, um dia, decidiu deixar o campo e partir para a cidade le-vando, sem saber, as suas 24 ove-lhas, clandestinas, nas malas

Quando se deixa uma terra leva-se sempre na bagagem o cheiro das memórias, por isso, as ovelhas de Raul não o deixam esquecer o campo. Mesmo quan-do ele se apaixona, na cidade, a lã das saudades que se desfia das ovelhas puxa-o de volta para o campo. Um espectáculo sobre amores e saudades, que viaja na linha dos comboios que partem e que chegam.

O espectáculo pode ser visto dia 17 de Julho, pelas 22h00, em Serpa, durante a iniciativa cul-tural “Noites da Nora”, promovi-da pela Baal 17 com o apoio do Ministério da Cultura e da Câ-mara Municipal de Serpa.

Mais do que uma referência na dança contemporânea em Portugal, Madalena Victorino, uma das mentoras no desenvol-vimento dos serviços educativos do nosso país frente ao Serviço de Educação do Centro Cultural de Belém entre 1996 e 2008, tem vindo a desenvolver trabalho nas áreas da pedagogia da dan-ça, das artes na comunidade e na educação, assim como das relações entre o teatro e a dança.

Estudou técnica de Dança Contemporânea na London School of Contemporary Dan-ce (1974-1977) e licenciou-se em Pedagogia da Dança na Univer-sidade de Londres, Goldsmith’s College 1, Laban Centre for Mo-vement and Dance, em 1980. Depois da formação desenvol-vida no estrangeiro, desde que regressou a Portugal dedicou-se apaixonadamente à introdução e desenvolvimento da Dança na

“As Leis fundamentais da es-tupidez humana” estreia no Pa-lácio da Galeria, em Tavira, no dia 16 de Julho, pelas 22 horas. Segue depois para Serpa, e sobe

Naturalizar a estupidezCarlo Maria Cipolla (1922-2000) economista italia-no, publica em 1950 o en-saio “As leis fundamentais da estupidez humana”. Passado mais de meio sé-culo, o Al-MaSRAH Teatro propõe-se a “neutralizar” os estúpidos.

Comunidade, numa visão que propõe a Dança “como movi-mento humano e não como uma mestria muito especializada” só acessível a alguns.

“Caruma”, o espectáculo que fez a convite da Companhia Ins-tável, foi considerada a peça do ano em 2007 pela imprensa es-pecializada, e percorreu o país juntando gentes de diferentes idades e corpos; “Contra-bando”, criado para a companhia Comé-dias do Minho, percorreu cinco concelhos do Vale do Minho, in-vadindo as casas e os quotidia-nos das pessoas.

Em 2010, “Vale”, a partir do pa-trimónio dos lugares e das gen-tes do Vale do Tejo arrecadou o prémio para a Melhor Coreogra-fia dos Prémios Autores da RTP e Sociedade Portuguesa de Auto-res, juntando em palco 13 intér-pretes vindos da dança, teatro e da música, mas também partici-pantes locais.

“Ovelhas Clandestinas”, pro-duzido pelo Sou Movimento e Arte, junta assim Madalena Victorino, coreógrafa da terra, de memórias, de movimentos humanos, ao projecto SOU Mo-vimento e Arte, de Vanda Melo, presença assídua no Festival Noites na Nora onde tem vin-do a desenvolver residências de criação artística a partir de reco-lhas na comunidade.

E junta a sensibilidade de duas mulheres que assumem a terra e as memórias na criação artística. Só por isso, mas não só, faz todo o sentido a sua presen-ça no Festival Noites na Nora e no percurso da Baal17 que, igualmente, e numa aproxima-ção estreita às problemáticas que envolvem o contexto rural onde se insere, se propõe traba-lhar o mundo rural como maté-ria de criação artística.

ao palco do Noites na Nora, no dia 21, pelas 22h30

Partindo do princípio que, afinal, somos todos um pouco estúpidos, o melhor será mes-mo “neutralizar” a categoria dos pura e simplesmente es-túpidos, “um grupo de indiví-duos, não organizado – muito mais poderoso que a Máfia ou o Complexo Militar-Industrial –, veículo de uma das mais poderosas e obscuras forças que impedem o crescimento do bem-estar e da felicidade”.

É com este propósito e não “fruto de cinismo, nem um

exercício de derrotismo social” que o AL-MaSRAH Teatro se lançou à adaptação para teatro de “As leis fundamentais da estupidez humana”.

A já de si irreprimível pausa de comicidade e humorismo que é o ensaio de Carlo M. Cipolla, transforma-se assim num espectáculo para dois actores (Pedro Ramos e Bruno Martins), onde todos os mo-mentos são passados “em torno de um esforço construtivo para investigar, conhecer e, se pos-sível, neutralizar a Estupidez Humana”.

Lêndias d’Encantar estreia peça inspirada em ShakespeareRedacção | Registo

A Catarina divorciou-se, a Bianca também e o Pedro idem. A Catarina e o Pedro são vizinhos. A Bianca e a Catarina são amigas. A Bianca é carente e o Pedro um “furacão”, já a Ca-tarina é uma fera. A Catarina tem um trauma com Shakespe-are. A Bianca não sabe bem o que “isso” é e Pedro conhece-o de cor.

As frustrações, as culpas, as indecisões estão em cima da

mesa, o divórcio de cada um e as mágoas que provocaram. As diferentes reacções ao amor e ao que se espera das relações e a posição de cada um nessas mesmas relações: o papel do homem, o papel da mulher.

E se, como diria o grande mestre, “Tudo bem o que bem acaba”, esta peça não é excep-ção. Bianca gosta de Pedro que tem um plano infalível para que Catarina o ame.

Para a construção de “O Jantar das Feras”, que hoje

“O Jantar das Feras” tem estreia marcada para esta noite no teatro municipal Pax Julia, em Beja.

“Estava-se na véspera de Ano Novo, em Paris, na noite em que ela mudou a miserável vida dele.” Ele é Voltaire. Ela é Gabrielle Émilie, Marquesa de Châtelet. Ambos se refu-giam numa relação de amor e conhecimento.

Foi sobre esta união históri-ca que Arthur Giron escreveu e ‘a bruxa TEATRO’ (‘abT’) se propôs a encenar.

A estreia está marcada para 14 de Julho, nos antigos celei-ros da Epac, à Rua do Eborim, em Évora.

“Émilie e Voltaire” em “a Bruxa”

estreia às 22h00 no Pax Júlia – Teatro Municipal de Beja, a companhia de teatro Lendias

d’Encantar partiu da peça “A Fera Amansada” de Shakespea-re, actualizou-a e tentou perce-

ber quem seria a Catarina hoje em dia e como funcionaria a mente retorcida de um Petru-chio, a quem chamou Pedro.

Um espectáculo muito bem-disposto, divertido e que ao mes-mo tempo aborda os temas in-temporais do amor, das relações e em especial das conquistas.

Texto e encenação do cubano Julio César Ramírez (que já as-sinou várias colaboração com a companhia). Interpretação de Ana Ademar, António Revez, Marisela Terra e Rafael Costa.

D.R.

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19

Cultura

Pedro Galego | Registo

A dois passos de Arraiolos, foi inaugura-da esta semana a Aldeia da Terra, projecto mais recente da Oficina da Terra, loja e conceito que se tornaram famosos pela construção de figuras em terracota e que agora decidiram criar a aldeia mais cari-cata de Portugal através de um jardim de esculturas.

Edifícios, figuras, personagens, tudo serve para compor esta localidade em miniatura que promete fazer delícias de miúdos e graúdos, sobretudo dos aprecia-dores desta arte manual.

Esta ideia, segundo Tiago Cabeça, gran-de mentor da Oficina da Terra, “germi-nava há bastantes anos, no entanto só agora que se está a materializar”. Situada no sopé da vila de Arraiolos a Aldeia da terra está a tomar forma como um espaço de mostra permanente da Oficina da Ter-ra, vocacionado para uma visita também pedagógica.

No local estão já a funcionar a funcio-nar as oficinas dos criadores. Cheia de casinhas, personagens, viaturas, bom hu-mor e traquinice a aldeia vai certamente surpreender os seus visitantes.

A Aldeia da Terra – Jardim de Escultu-ras foi considerado um Projecto de Inte-resse Cultural pela ministra da Cultura em Outubro de 2009 e promete tornar-se num pólo de atracção daquela região.

“Foi para nós mais uma consagração de um esforço e dedicação de doze anos de trabalho singulares. Igualmente por parte do Turismo do Alentejo, recebeu a classificação de Projecto de Interesse Tu-rístico”.

O projecto foi igualmente apoiado na sua implantação por via de fundos comu-nitários do PRODER. Entretanto será um projecto absolutamente autónomo e au-

to-suficiente, que “pretende cativar o tu-rismo para uma zona deste nosso Alente-jo interior por vezes esquecido, apostando justamente num tipo de turismo cultural que se tem vindo a sacrificar em prol do turismo massificado”.

“A Aldeia da Terra abriu portas há menos de uma semana e já se pode considerar uma ideia muito original e uma diferente aposta turística e cultural. Na realidade é justamente a prova de que não só a arte é auto-sustentável como gera-dora de receitas”, acrescenta Tiago Cabeça que há 12 anos trabalha também com Magda Ventura nesta arte.

“Já nos passou pelas mãos todo um mundo de emoções. Como a maior parte destas peças são fei-tas por encomenda e peças únicas rapidamente desaparecem para casa de seus donos. É claro que ficamos contentes, mas também ficamos com pena de algumas. Por isso resolve-mos tentar encontrar uma solução. Este novo projecto é justamente isso criar para mostrar a todos e não só a alguns, com muita boa disposição e surpresas para quem nos visitar”, re-mata.

LocalizaçãoA Aldeia da Terra fica em Arraiolos, à Estrada das Hortas. Quem chega de Évora, no primeiro semáforo das Ilhas corta à esquerda e segue as indicações.

VisitaA aldeia está aberta todos os dias das 10h às 18h, durante o tempo seco. As persona-gens terão que ser recolhidas no inverno mas os edifícios criados são resistentes à meteorologia.

Oficina da Terra inaugura cidade em terracotaProjecto abriu próximo de Arraiolos e integra jardim de esculturas.

D.R.

D.R.

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20 30 Junho ‘11

Roteiro

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Montemor-o-novoTheaTron em S. Geraldo4 de Junho , pelas 21h00.Theatron Associação Cultural apresenta a peça “zaragatas em Chiozza”. Chiozza, é uma pequena localidade piscatória próxima de Veneza e é nela que se desenvolve esta comédia de Carlo goldoni, um dos maiores dramaturgos italianos do séc.XViii.

TeaTroÉvoraexpoSição VinhaS daS CaliçaS: neCrópole da idade do Ferro15 de Maio a 30 de JulhoEstá a ter lugar no Convento dos remédios a exposição itinerante intitulada “Vinha das Caliças: uma necrópole da idade do Ferro”. Esta exposição faz uma apresen-tação dos trabalhos arqueológicos realizados na necrópole (cemitério).

expoSiçãoViana do Alentejo1º ConCurSo de BandaS de GaraGem “aBana Viana”8 de Julhoinserido na programação do Festi-val Jovem “Abana Viana”, a partir das 22 horas, vai decorrer o 1º Concurso de Bandas de garagem “Abana Viana”, organizado pela Câmara Municipal de Viana do Alentejo.

mÚSiCaportelpaSSeioS por Cá…29 de Março a 30 de outubronesyes passeios descobrem-se habitos e tradições ancestrais que marcam a vida do homem rural, caminha-se á noite á descoberta das estrelas, navega-se nas águas do grande lago de Alqueva e promo-vem-se sabores desta região, para não esquecer o que passou por cá.

ouTroSCinemaViana do AlentejoThe meChaniC “o proFiSSional”o Cine-teatro Vianense exibe dia 1 de Julho o thriller “The Mecha-nic – o profissional”, para maiores de 16 anos. realização: simon WestCom: Jason statham, Ben Foster, donald sutherlandgénero: Acção, Thriller

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Lazer

7 3 4 2 1

1 6 5 3

9 5 6

5 6 9 7

9 2 5 6

8 3 4 9

6 1 9

7 2 8 3

1 5 9 3 6

sudoKu

nota: o objectivo do jogo é completar os espaços em branco com algarismos de 1 a 9, de modo que cada número apareça apenas uma vez na linha, grade e coluna.

Beastly

Sugestão de livroSugestão de filme

Direcção: Daniel Barnz Autora: Maria José costa FélixSinópse:

A morte acenou-lhe, por mais de uma vez, ao longo dos anos, levando-a gradualmente a tomar consciência de que esta vida efémera não é a verdadeira vida e existe outra, eterna.neste livro, Maria José Costa Félix fala da possibili-dade que todos nós temos de continuar vivos, mesmo quando confrontados com uma experiência de perda: de alguém de quem gosta-mos ou de alguma coisa a que estamos ligados. Con-vida assim o leitor a acredi-tar na vida sempre possível para lá de qualquer espécie de morte que venha ter com ele. na possibilidade que tem de a enfrentar e

Morrer e Renascer

Sinópse:

o nome português dado ao filme foi Beastly - o Feitiço do Amor, conta a história de Kyle (Alex pettyfer), um rapaz de 17 anos mimado, superficial e incrivelmente popular no liceu. Total-mente convencido que a sua aparência física é o mais importante, Kyle cai no erro de escolher Kendra (Mary-Kate olsen), uma bruxa disfarçada de estu-dante, para o seu mais re-cente alvo de humilhação. decidida a dar-lhe uma lição, Kendra transforma-o em alguém tão pouco atraente por fora como é por dentro. Agora, Kyle tem um ano para encon-trar alguém que consiga ig-

Carta Dominante: 10 de Copas, que sig-nifica Felicidade.Amor: Sentirá que tudo corre na perfei-ção. Que a alegria de viver esteja sempre na sua vida!Saúde: Cuidado com os esforços físicos.Dinheiro: Não se descuide, pois está a ir por um óptimo caminho a nível profissio-nal.Números da Sorte: 17, 23, 45, 2, 19, 40Pensamento positivo: A felicidade ale-gra o meu coração!

Carta Dominante: 8 de Ouros, Esforço Pessoal. Amor: O seu coração está um pouco dividido, pense bem qual o caminho que deve seguir. Tenha a convicção de que é uma pessoa com um potencial intelectual enorme. Aprenda a soltar toda essa Força e Luz interior que desconhece. Saúde: Faça uma limpeza geral aos seus dentes para poder ter um sorriso radiante.Dinheiro: A vitalidade e esforço no tra-balho estão a ser muito favoráveis para si.Números da Sorte: 20, 47, 6, 22, 45, 9Pensamento positivo: Graças ao meu esforço e confiança em mim próprio con-sigo vencer todos os obstáculos.

Carta Dominante: 9 de Copas, que signi-fica Vitória.Amor: Poderá reencontrar um antigo amor. Esteja receptiva pois o Cupido pode bater-lhe à porta!Saúde: Evite situações de stress.Dinheiro: Faça contas à vida e veja bem com o que pode contar. Números da Sorte: 49, 15, 39, 22, 1, 30Pensamento positivo: Tenho a capaci-dade para vencer todos os desafios que a vida me apresenta.

Carta Dominante: Rei de Espadas, que significa Poder, Autoridade.Amor: A concórdia e o amor reinarão na sua relação afectiva. A felicidade na sua casa depende da educação que der aos seus filhos, por isso, preste atenção à for-mação que lhes dá.Saúde: Tente controlar as suas emoções para que o seu sistema nervoso não se ressinta.Dinheiro: Não haverá nenhuma alteração significativa.Números da Sorte: 24, 17, 46, 30, 9, 11Pensamento positivo: Sei usar a minha autoridade com justiça e rectidão.

Carta Dominante: 5 de Ouros, que signi-fica Perda/ Falha.Amor: Lute pelo verdadeiro amor, não se deixe influenciar por terceiros. Você mere-ce ser feliz!Saúde: Não invente doenças quando real-mente não as tem.Dinheiro: Este é um bom momento para investir, aproveite.Números da Sorte: 21, 30, 25, 11, 5, 32Pensamento positivo: Acredito que posso recuperar o que perdi, estou sempre a tempo de vencer.

Carta Dominante: 6 de Paus, significa Ganho.Amor: O seu companheiro poderá estar mais afastado mas não será nada de preo-cupante. A força do impulso está em si e só você pode criar as circunstâncias propícias à realização dos seus projectos. Tome a ini-ciativa, é você que cria as oportunidades!Saúde: Muito favorável, aproveite e prati-que exercício físico.Dinheiro: Notará que o seu esforço a nível de trabalho será recompensado.Números da Sorte: 41, 23, 47, 36, 21, 27Pensamento positivo: Ganho o respeito dos outros porque me respeito a mim mesmo.

Carta Dominante: Rainha de Espadas, que significa Melancolia, Separação.Amor: Poderá ter que enfrentar uma separação. Procure ter pensamentos optimistas e ver as situações pelo lado positivo.Saúde: Possíveis dores de rins.Dinheiro: Avalie os seus gastos.Números da Sorte: 12, 41, 20, 36, 4, 17Pensamento positivo: Enfrento com op-timismo mesmo as situações mais difíceis.

Carta Dominante: Valete de Paus, que significa Amigo, Notícias Inesperadas.Amor: Irá manifestar-se em si uma grande energia sensual. Enfrente os seus medos e as suas dúvidas e será feliz!Saúde: Não seja céptico quanto à medici-na natural.Dinheiro: Resolverá os seus problemas facilmente.Números da Sorte: 22, 17, 36, 40, 9, 25Pensamento positivo: Estou disponível para as alegrias que a amizade me traz!

Carta Dominante: 3 de Paus, que signi-fica Iniciativa.Amor: Não viva ansioso com a ideia de per-der a pessoa que tem ao seu lado, aprovei-te antes todos os momentos que tem para estar com o seu companheiro. Viva a sua vida para que o seu exemplo possa servir de modelo aos outros!Saúde: Não se desleixe e cuide de si.Dinheiro: As suas economias estão a des-cer, tenha algum cuidado.Números da Sorte: 12, 4, 32, 47, 19, 7Pensamento positivo: Graças ao meu es-pírito de iniciativa alcanço aquilo que desejo.

Carta Dominante: Valete de Copas, que significa Lealdade, Reflexão.Amor: Permita que a sua relação seja mais liberal, não é a prender a outra pessoa que conseguimos que ela nos ame. Seja pa-ciente e compreensivo com as pessoas que vivem a seu lado!Saúde: Tente não andar muito tenso.Dinheiro: Sem preocupações.Números da Sorte: 14, 19, 23, 46, 2, 42Pensamento positivo: Sou leal e sincero para com os outros e comigo mesmo.

Carta Dominante: os Enamorados, que significa Escolha.Amor: Exprima os seus sentimentos sem ter medo de ser rejeitado. Com os nossos pensamentos e palavras criamos o mundo em que vivemos!Saúde: Cuidado com o calor. Dinheiro: Poderá ter que optar por um ou outro emprego que lhe surja.Números da Sorte: 33, 20, 4, 36, 19, 1Pensamento positivo: Aprendo a esco-lher aquilo que é melhor para mim.

Carta Dominante: Rei de Paus, que sig-nifica Força, Coragem e Justiça.Amor: Seja mais audaz no amor. “Ama o próximo como a ti mesmo” – Esta foi a mensagem que Cristo nos deixou; se a se-guir será feliz!Saúde: O excesso de ansiedade não é fa-vorável para a sua saúde.Dinheiro: Seja mais equilibrado nos seus gastos.Números da Sorte: 20, 13, 4, 26, 7, 10Pensamento positivo: Tenho a força e a coragem necessárias para exercer a justiça na minha vida!

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norar o seu passado e possa amá-lo, ou vai permanecer um “monstro” para sempre. A sua única esperança é lindy (Vanessa Hudgens), uma colega discreta a quem ele nunca tinha dado atenção, podendo ser ela a única hipótese de ele provar que só o amor nos pode salvar... um filme realizado por daniel Barnz, produzido pela CBs Films!

como dizer-lhe: mesmo que me afastes de quem eu amo, me tires algo a que estou agarrado, a saúde ou até este corpo meu conhecido, sei que tudo isso é apenas parte da minha vida.Afinal, não estaremos nós tantas vezes a mor-rer de alguma forma e a renascer para algo que desconhecemos?

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Desporto

Redacção | Registo

Nuno Matos e Filipe Serra re-gressaram às vitórias em Re-guengos de Monsaraz, garantin-do o melhor tempo acumulado no conjunto das cinco passagens que compunham a prova extra-campeonato organizada pela So-ciedade Artística Reguenguense e inscrita no calendário da Fede-ração Portuguesa de Automobi-lismo e Karting (FPAK).

Proposta pelo clube alenteja-no em substituição do recente-mente anulado Rali TT Serras do Norte, a denominada “Prova Teste TT” juntou à partida um total de 17 equipas, numa espé-cie alargada de sessão de testes aberta à participação de todo o

tipo de viaturas todo-o-terreno.Embora estipulando como

objectivo cumprir o máximo de quilómetros possível ao volante do Astra Proto estreado no início da temporada, até para validar algumas afinações ensaiadas no decurso da prova, a verdade é que o resultado final confirmou todo o potencial competitivo deste projecto.

Com efeito, Nuno Matos e Fi-lipe Serra não só estabeleceram o melhor tempo absoluto ao tra-çado de 17 quilómetros proposto pela equipa da Sociedade Artís-tica Reguenguense (e logo por mais de 1 minuto de diferença relativamente à segunda equi-pa mais rápida), como também se cotaram como a equipa mais

consistente ao longo de toda a prova, triunfando com 5m09s de vantagem no conjunto das cinco passagens regulamentares, ape-nas falhando o pleno de vitórias por força de um ligeiro erro no percurso do sector inaugural.

“Ganhasse ou perdesse, o re-sultado seria sempre secundário, pois queria sobretudo aproveitar esta prova para testar algumas afinações da suspensão e acu-mular mais alguns quilómetros”, disse Nuno matos. “Fazendo um rápido balanço, é óbvio que saio daqui bastante satisfeito, uma vez que fomos consistentemente a equipa mais rápida em pista. Se em Góis já tínhamos garantido o melhor tempo absoluto, agora conseguimos também a vitória

no acumulado de tempos, sinal de que conseguimos ser rápidos mas também regulares”.

Segundo o piloto alentejano, tratou-se de um “excelente teste em ambiente de competição e onde também não faltou o indis-pensável convívio entre todos os participantes”.

Aproveitando esta prolongada pausa no Campeonato de Por-tugal de Todo-o-Terreno, Nuno Matos e Filipe Serra confirma-ram, entretanto, a sua inscrição na 28ª edição da Baja Espanha Aragon, a quarta jornada do ano pontuável para a Taça do Mun-do FIA de Todo-o-Terreno e que se vai disputar na região de Sara-goça entre os próximos dias 22 a 24 de Julho.

Nuno Matos e Filipe Serra regressam às vitóriasPiloto alentejano vence prova disputada em Reguengos de Monsaraz e ganha “embalagem” para Nacional de TT.

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Com um registo de qua-tro títulos conquistados em outros tantos anos de competição, Nuno Matos, o mais jovem português de sempre a conquistar um título mundial de Todo-o-Terreno, concretiza em 2011 a ambicionada subida ao mais competitivo Agru-pamento T1.Em competição, o pilo-to aposta no Opel Astra Proto para se bater com os melhores protagonistas do Campeonato de Portugal de Todo-o-Terreno.“Após o bicampeonato na categoria T8, em 2007 e 2008, o título nacional de T2, em 2009, e a vitória na Taça Internacional FIA de Bajas, no ano passado, o passo seguinte só podia ser mesmo a subida à catego-ria que justamente repre-senta o expoente máximo desta disciplina”.

Quatro títulos conquistados

A Universidade de Évora e a Associação Académica distinguiram os desportistas que representaram a institui-ção nas diversas modalidades no ano lectivo de 2010/2011, na I Gala do desporto Uni-versitário da Universidade de Évora.

No decorrer da gala foram entregues prémios e bolsas de mérito académico e des-portivo para o melhor atleta masculino, Jandir Veiga (taekwondo), e para a melhor atleta feminina, Mariana Machado (bodyboard).

Rui Raimundo ( taekwon-do), foi eleito o melhor trei-nador, enquanto a equipa de rugby de “sevens” foi distin-guida como a melhor equipa do ano.

Armando Raimundo, do-cente do proto-departamento de Desporto e Saúde, recebeu das mãos do gestor desporti-vo da Universidade de Évora, Sérgio Pereira, o Prémio Excelência pelo seu contribu-to para o desenvolvimento da actividade desportiva na Universidade de Évora.

Gala do desporto universitário

PrémiosD.R.

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SEMANÁRIO

Sede Rua Werner Von Siemens, n.º16 -7000.639 ÉvoraTel. 266 751 179 Fax 266 751 179Email [email protected]

Redacção | Registo

Nos próximos dias 2 e 3 de Julho, a Associação Portuguesa da Do-ença Inflamatória do Intestino (APDI), com o apoio do GEDII (Grupo de Estudos da Doença Inflamatória Intestinal) e do Ab-bott, vai promover o primeiro acampamento para jovens por-tadores desta doença, no Parque de Campismo de Montargil.

Esta iniciativa, que conta já com a participação de mais de 80 jovens com idades entre os 18 e 25 anos, tem como objectivo pro-porcionar um momento de in-teracção e troca de experiências entre os participantes e procurar assim contribuir para que estes doentes consigam lidar melhor com o estigma social a que estão muitas vezes sujeitos.

De acordo com Ana Sampaio, presidente da APDI, “é uma oportunidade única para estes jovens encararem a doença de uma forma mais positiva e per-ceberem que podem levar uma vida igual à de qualquer outra pessoa”.

O programa inclui actividades para falar da problemática da doença, mas também workshops de culinária para desmistificar a ideia de que só podem comer al-guns alimentos, e ainda activi-dades desportivas.

A doença inflamatória do in-testino, que engloba a doença de Crohn e a colite ulcerosa, mani-festa-se frequentemente entre os 15 e 30 anos mas pode surgir em jovens de qualquer idade, sobre-tudo a partir da primeira década de vida.

As crianças e jovens que so-frem desta patologia do foro in-testinal têm de lidar com surtos de dor abdominal e diarreia, o que obriga à necessidade de usar, de forma inesperada e frequente, a casa de banho. Na escola e nou-tros locais sociais, a doença pela sua natureza, desencadeia bas-tante desconforto físico e emo-cional, levando ao isolamento e à perda de actividade.

Portel

Festival jovem em JulhoRedacção | Registo

Concertos, desportos radicais ... e muito mais. Em Portel, Julho é o mês dedicado à juventude, numa iniciati-va da autarquia local em colaboração com associações juvenis e desportivas do conce-lho.“Criámos uma platafor-ma conjunta para dar outra expressão a even-tos que se realizavam nesta altura”, diz Jorge Roque, da Câmara de Portel.“A ideia é anteciparmos aos festivais de Verão, tendo uma oferta para quem não se pode des-locar a esses certames e capaz de trazer pes-soas ao concelho”.Segundo Jorge Ro-que, estão agendadas diversas iniciativas ao longo de todo o mês de Julho. “Será um mês dedicado à Juventude, com concertos, des-porto e outros eventos. Depois, com o Agosto em Festa, haverá pro-postas destinadas a um público mais adulto que visita o concelho por esse altura”.No primeiro fim-de-se-mana da iniciativa “Por-tel + Jovem”, o desta-que vai para o concerto de Quim Barreiros (já esta noite), sendo que os Tara Perdida São cabeça-de-cartaz dia 1 de Julho e, no dia se-guinte, os ritmos ficam por conta dos Nefta e dos Noidz.Mais para o final da noi-te pode sempre contar com a actuação dos dj’s: MastikSoul passa por lá no sábado.

Jovens provam que doença não é limitação

MontargilD.R.

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Ler e contar é no lugarRedacção | Registo

Histórias que vão encher um dia inteiro, numa espécie de mara-tona ou sessão “não stop” de con-tos, é o que está a ser preparado para sábado, 9 de Julho, na asso-ciação “é neste país” em Évora.

“Quem conta um conto au-menta um ponto”, diz o velho adágio popular, e assim tem sido no último ano, no centro históri-co de Évora, no número 8 da Rua da Corredoura.

Todas as manhãs de sábado, ali se contam e ouvem contos. Tra-dicionais, originais, com música, com marionetas, e nas demais formas que a imaginação ou a arte de ler ou dizer permite. A porta está aberta a todos e a en-trada gratuita.

Cerca de meia centena de contadores encontraram-se ao longo do último ano com 1500 ouvintes-espectadores, onde se incluem avôs e netos, pais e filhos, amigos, de todas as ida-des.

“Com quantos pontos se con-ta um conto ?” é o nome destas manhãs de fim de semana, “onde a leitura e/ou a narração de his-

tórias assumem um papel cru-cial na promoção da leitura e da valorização cultural da tradição oral” segundo Gertrudes Pastor, presidente da associação cultu-ral “é neste país”, promotora des-tas iniciativas culturais de pen-dor ludico-pedagógicas.

Os cerca de 50 contadores, con-vidados desta associação, são os pais, avós, educadores, crianças, artistas e outros voluntários, quase sempre elementos do pú-blico a quem se dirigem as his-tórias.

A dinâmica gerada semana após semana foi fazendo surgir não só novos contadores como alguns escritores de textos origi-nais.

O marionetista Manuel Costa Dias, do grupo TRULÉ, inspira-do nas suas marionetas, é um dos que já escreveu vários con-tos para serem lidos enquan-to “os bonecos”, desenvolvem performances no mesmo palco. Susana Coelho, Margarida Jun-ça, José Pinto de Sá, Antonieta Felix, são outros autores que já apresentaram os seus contos ori-ginais neste espaço.

Outros contos populares de

tradição oral, ou assinados por autores reconhecidos no mundo dos livros, são lidos ou contados ao jeito de quem os traz. São nar-rativas simples, lengalengas, po-esias, contos ou histórias de vida que procuram despertar a ima-ginação, aguçar a lógica, activar a memória e, sobretudo, divertir e dar prazer.

“Ler e contar é no lugar”, eis o título para um sábado inteiro (9 de Julho) cheio de histórias.

A começar às 10h30 até cerca da meia-noite. Está prevista a possibilidade dos participantes almoçarem naquele mesmo lu-gar sob inscrição prévia.

Do programa faz parte uma recepção com marionetas, segui-da de rubricas como “Em poucas palavras”, “ Contos nunca Ouvis-tos” e “Favas contadas” antes do almoço. A tarde começa com “ Hoje não há sesta (até porque é sábado) ”, “ Contar ao desafio” e uma pausa antes de “Conto co-mer qualquer coisa” (ao jantar). Para cerca das 22h00 anunciam-se os “Jardins de Verão”, uma sessão de elogio à poesia com a escritora Maria Sarmento entre outros convidados.