Registo ed209

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www.registo.com.pt SEMANÁRIO Director Nuno Pitti Ferreira | 31 de Maio de 2012 | ed. 209 | 0.50 O Melhor Petisco | Rua Catarina Eufémia , 14 Horta das Figueiras | 7005-320 Évora 266771284 PUB Évora Numa cerimónia realizada ontem, ao inico da tarde, no auditório da CCDR- Alentejo, presidida pelo Ministro Pedro Mota Soares, o Centro Distrital de Segurança Social de Évora protocolou com IPSS`s apoios para o desenvolvimento da medida excecional das cantinas sociais, inserta no Programa de Emergência Alimentar. “Garantimos a partir desta data a abertura de vinte cantinas sociais, distribuídas por todos os concelhos, e que permitirão dar auxílio e resposta a situações de grave carência social”. 03 03 D.R. Segurança Social protocola Cantinas Sociais ERASMUS comemora 25 anos Pág.11 A cidade de Évora vai ser pal- co, de 31 de maio a 2 de junho, de um encontro internacional de jovens que irá assinalar o 25º aniversário do pro- grama ERASMUS e da classificação do Centro Histórico como Património da Humanidade. Sob o lema “(Ex) Change your Life in … Évora“ D.R. D.R. À procura de mais espaço público Pág.08 A Arquitectura e o Urbanis- mo desenvolvem uma relação que condiciona a qualidade do espaço público em Évora. Saber dessa relação e do que ela pode trazer a esta cidade contemporânea que quer ser educa- dora, é a proposta para o fim de tarde desta quinta feira, 31 de Maio. Empreendedores de Beja lançam “FarmVille” com autênticos produtos hortícolas Gerir uma horta a partir de um aparta- mento é a proposta que um grupo de em- preendedores de Beja se prepara para lan- çar num projecto experimental. O projecto chama-se MyFarm.com, por estratégia co- mercial. E qualquer semelhança com o popular jogo da internet FarmVille não é pura coincidência, apesar de não se tratar de um jogo mas de uma autêntica activi- dade agrícola. A única diferença em relação à agricultura tradicional é que aqui será tudo gerido atra- vés da Internet por quem de outra forma dificilmente teria acesso a uma quinta ou a uma horta. 07 07 D.R.

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Edição 209 do Semanário Registo

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www.registo.com.pt

SEMANÁRIO Director Nuno Pitti Ferreira | 31 de Maio de 2012 | ed. 209 | 0.50€

O Melhor Petisco | Rua Catarina Eufémia , 14Horta das Figueiras | 7005-320 Évora

266771284

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Évora Numa cerimónia realizada ontem, ao inico da tarde, no auditório da CCDR- Alentejo, presidida pelo Ministro Pedro Mota Soares, o Centro Distrital de Segurança Social de Évora protocolou com IPSS`s apoios para o desenvolvimento da medida excecional das cantinas sociais, inserta no Programa de Emergência Alimentar.“Garantimos a partir desta data a abertura de vinte cantinas sociais, distribuídas por todos os concelhos, e que permitirão dar auxílio e resposta a situações de grave carência social”.

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.Segurança Social protocola Cantinas Sociais

ERASMUS comemora 25 anosPág.11 A cidade de Évora vai ser pal-co, de 31 de maio a 2 de junho, de um encontro internacional de jovens que irá assinalar o 25º aniversário do pro-grama ERASMUS e da classificação do Centro Histórico como Património da Humanidade. Sob o lema “(Ex) Change your Life in … Évora“

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À procura de mais espaço públicoPág.08 A Arquitectura e o Urbanis-mo desenvolvem uma relação que condiciona a qualidade do espaço público em Évora. Saber dessa relação e do que ela pode trazer a esta cidade contemporânea que quer ser educa-dora, é a proposta para o fim de tarde desta quinta feira, 31 de Maio.

Empreendedores de Beja lançam “FarmVille” com autênticos produtos hortícolasGerir uma horta a partir de um aparta-mento é a proposta que um grupo de em-preendedores de Beja se prepara para lan-çar num projecto experimental. O projecto chama-se MyFarm.com, por estratégia co-

mercial. E qualquer semelhança com o popular jogo da internet FarmVille não é pura coincidência, apesar de não se tratar de um jogo mas de uma autêntica activi-dade agrícola.

A única diferença em relação à agricultura tradicional é que aqui será tudo gerido atra-vés da Internet por quem de outra forma dificilmente teria acesso a uma quinta ou a uma horta.

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A Abrir

Director Nuno Pitti Ferreira ([email protected])

Propriedade

PUBLICREATIVE - Associação para a Promoção e Desenvolvimento Cultural; Contribuinte 509759815 Sede Rua Werner Von Siemens, n.º16 -7000.639 Évora - Tel: 266 751 179 fax 266 751 179 Direcção Silvino Alhinho; Joaquim Simões; Nuno Pitti Ferreira; Departamento Comercial Teresa Mira ([email protected]) Redacção Luís Godinho; Pedro Galego Fotografia Luís Pardal (editor) Paginação Arte&Design Luis Franjoso Cartoonista Pedro Henriques ([email protected]); Colaboradores António Serrano; Miguel Sampaio; Luís Pedro Dargent: Carlos Sezões; António Costa da Silva; Marcelo Nuno Pereira; Eduardo Luciano; José Filipe Rodrigues; José Rodrigues dos Santos; José Russo; Figueira Cid Impressão Funchalense – Empresa Gráfica S.A. | www.funchalense.pt | Rua da Capela da Nossa Senhora da Conceição, nº 50 - Morelena | 2715-029 Pêro Pinheiro – Portugal | Telfs. +351 219 677 450 | Fax +351 219 677 459 ERC.ICS 125430 Tiragem 10.000 ex Distribuição

Nacional Periodicidade Semanal/Quinta-Feira Nº.Depósito Legal 291523/09 Distribuição PUBLICREATIVE

Ficha TécnicaSEMANÁRIO

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ordpress.comPedro H

enriques | Cartoonista

“Impostos... só para alguns!”

Agora que decore mais uma avaliação da Troika sobre a implementação do Memoran-do de Entendimento, os Portugueses assistem perplexos às afirmações do Governo e da Troika, de que estaremos no bom caminho.

Vejamos se será assim. Segundo as proje-ções da OCDE, este ano, a economia portu-guesa deverá continuar em recessão ao apre-sentar uma contração do PIB de 3,2%, valor mais pessimista que o apontado pelo governo (-3,0%).

Em 2012, Portugal apresentará a 2ª reces-são mais pronunciada das 34 economias da OCDE, a seguir à Grécia. Também a zona euro deverá entrar em recessão (-0,1%), em-bora a sua intensidade seja mais ténue que a projetada para Portugal.

Segundo a OCDE, a economia portuguesa deverá contrair 2,9% no 4º trimestre deste ano, sendo a maior contração das 34 econo-mias pertencentes a esta organização, en-quanto a zona euro já deverá crescer no final do ano (0,2%).

Para o ano, Portugal deverá continuar em recessão económica (a 2ª maior, a seguir à Grécia), contrariando a projeção do gover-no que aponta para um leve crescimento de 0,6%. Também Itália, Eslovénia, Espanha e Grécia deverão continuar em recessão em 2013.

A economia da zona euro expandir-se-á em 0,9% e a da OCDE em 2,2%. O Con-sumo Privado deverá apresentar, nos dois anos, a maior quebra de todos os países da OCDE, com decréscimos de 6,8% e 3,2%, respetivamente, enquanto a zona euro já deverá apresentar um ligeiro crescimento em 2013.

O investimento sofrerá, este ano, a 2ª maior quebra de todos os países da OCDE (a seguir à Grécia), e a maior em 2013, enquanto a zona euro já deverá apresentar um crescimento para o ano.

A taxa de desemprego atingirá os 15,4% este ano (15,8% no 4º trimestre) e deverá con-tinuar a crescer, atingindo no conjunto do ano

que vem 16,2%. No entanto, deverá assistir-se no 4º trimestre de 2013 a uma taxa de de-semprego 16,3%. Segundo a OCDE, Portugal apresentará o maior crescimento na taxa de desemprego em 2013 (juntamente com a Es-panha), quase 3 vezes maior que o esperado para a zona euro (de 10,8% em 2012 para 11,1% em 2013).

Esta previsão vem assim contrariar a do governo, que antevê uma diminuição da taxa de desemprego já para o ano. O Défice pú-blico deverá crescer, este ano, para 4,6% do PIB (4,2% em 2011), revisto em baixa face ao previsto no Documento de Estratégia Orça-mental ou no acordado no Programa de Ajus-tamento e Estabilidade Financeira (4,5%).

A Dívida Pública deverá continuar a cres-cer em 2012 e 2013, de 114,5% para 120,3% do PIB. Esta projeção é a mais pessimista de todas as que se tem elaborado para a dívida pública portuguesa. Ora olhando, para toda esta informação técnica, temos razões para estar preocupados! Um ano de Troika e um

ano de Governo e que temos é:• Mais desemprego, com 1 milhão de de-sempregados;• A dívida pública a aumentar;• Redução brusca do Consumo Privado e aumento da falência de empresas;• Redução de Investimento Privado e para-gem do investimento público;• Aumento dos Impostos;• Cortes dos subsídios de natal e de férias;• O Pais está parado, sem actividade eco-nómica;• Há cada vez mais Portugueses e Portu-guesas a passar fome;

Temos um Governo perdido, desorientado, surpreendido pela dimensão do Desem-prego e que não consegue apresentar aos Portugueses um plano de saída da crise. Tantos sacrifícios para chegarmos a pro-jeções económicas como nos apresenta a OCDE? Ou arrepiamos caminho ou não aguentamos socialmente mais um ano des-tas politicas.

Estamos no bom caminho, dizem a Troika e o Governo. Será assim? António SerrAnoDeputado

Não muito longe da fronteira, encontramos no coração da Extremadura espanhola a bela cidade de Cáceres. É uma cidade de dimen-são média (cerca de 95.000 habitantes), con-siderada Património da Humanidade pela UNESCO desde 1986, mais ou menos pela mesma altura de Évora. Mantendo o seu ca-riz medieval, com todo o seu esplendor, é possível encontrar imponentes torres forti-ficadas, palácios sumptuosos e jardins es-condidos em recantos insuspeitos. Com toda esta monumentalidade, sendo um dos centros históricos mais bem conservados da Europa, Cáceres não se contenta, entretanto, em ser apenas uma cidade de património. A cidade aposta em eventos de cultura contemporânea dos quais se destaca, pela sua importância, o WOMAD.

O WOMAD, correspondente às siglas “World Of Music, Arts & Dance”, é um fes-tival internacional onde se inclui música po-pular, música étnica, artes teatrais, artes de rua, entre outras actividades. Sendo realizado também em outras cidades espalhadas pelo mundo, celebra-se em Cáceres desde 1992. É um evento vivido e assumido com orgu-lho por toda a cidade, tenho nos últimos anos atraído audiências na ordem dos 50.000 visi-tantes. É fácil concluir os benefícios directos e indirectos que uma organização deste nível traz à cidade, em termos de notoriedade, re-putação e ganhos para a hotelaria, restaura-ção e comércio tradicional.

O WOMAD 2012 de Cáceres desenrolou-se

no passado fim-de-semana e relembrou-me as semelhanças entre Évora e esta bela cidade espanhola e as diferentes formas de aprovei-tar a cultura, como estratégia de crescimento e de marketing territorial.

Será que Évora, com as suas imensas po-tencialidades, poderia começar a reflectir em passar de um modelo de cidade de Património para um paradigma de capital cultural, com 2 ou 3 eventos-âncora, de cultura contemporâ-nea, que lhe proporcionem ambientes vibran-tes e atractivos, como este caso de Cáceres que mencionei antes? Que, por exemplo, pro-porcionem uma agenda cultural que façam o visitante/ turista ficar uns 3 dias em vez de 1 dia ou meio-dia, como acontece na maioria dos casos?

Muitas vilas e cidades já o fazem em Por-tugal, com sucesso – para não ir muito longe lembro-me desde já o Festival Islâmico de Mértola, o festival Músicas do Mundo em Si-nes ou o Festival Internacional de Chocolate, em Óbidos.

Com eventos destes, pode concretizar-se uma visão de futuro – Évora, capital cultural, materializada em praças e ruas cheias e gente (turistas de todo o mundo), a fervilharem de restaurantes, cafés, esplanadas, bares e lojas de produtos locais. Obviamente que as infra-estruturas de apoio são importantes…mas o essencial são boas ideias, concretizáveis, com escala para envolver toda a cidade. Com tra-balho, envolvimento cívico e vontade políti-ca, tudo isto é perfeitamente possível.

Évora, cidade do Património…ou Évora, capital Cultural?

cArLoS SeZÕeSGestor

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ActualPedro Mota Soares - “este é o tempo e o momento de agir”.

Numa cerimónia realizada ontem, ao inico da tarde, no auditório da CCDR- Alentejo, presidida pelo Ministro Pedro Mota Soares, o Centro Distrital de Segu-rança Social de Évora protocolou com IPSS`s apoios para o desenvolvimento da medida excecional das cantinas sociais, inserta no Programa de Emergência Ali-mentar.

“No distrito de Évora, garantimos a partir desta data a abertura de vinte can-tinas sociais, distribuídas por todos os concelhos, e que permitirão dar auxílio e resposta a situações de grave carência social”. “Cientes das dificuldades, a Segu-rança Social e as Instituições que estão no terreno e conhecem as necessidades das famílias, porque as vivenciam diaria-mente, reconhecem nesta medida o Esta-do Social que não pode deixar de ser, efe-tivamente, o último garante dos cidadãos em dificuldades.” referiu Sónia Ramos Ferro, Directora Distrital.

A dirigente manifestou, ainda, satis-fação pelo facto das “instituições terem, mais uma vez aceite, prontamente, cola-borar com o Centro Distrital de Évora nes-ta resposta social e que de imediato provi-denciaram a sua operacionalização.”

Para finalizar a sua intervenção, Sónia Ferro afirmou que “tem sido uma honra trabalhar com todas as instituições deste distrito, em prol daquilo que nos une: os cidadãos, especialmente os mais desfavo-recidos e a construção de uma sociedade mais justa e solidária.”

Assinados os protocolos, Pedro Mota Soares, congratulou-se com a rapidez de resposta da Segurança Social de Évora, di-zendo ainda que, “este é o tempo e o mo-mento de agir”.

“Sabemos que muitas famílias estão a atravessar sérias dificuldades, por isso queremos contratualizar com as institui-ções sociais a confecção e distribuição de refeições para consumo em espaço pró-prio ou para consumo em domicílio”.

Segurança Social protocola Cantinas SociaiscDSS de Évora assinou protocolos com 20 iPSS`s do distrito.

Anunciando o apoio do Governo a uma rede de centenas de cantinas sociais, por todo o país – neste momento existem apenas 62 – através da linha de crédito destinada às Instituições Particulares de Solidariedade Sociais (IPSS), cujo valor é de 50 milhões de euros, o Ministro subli-nhou a necessidade de “agir no imediato”, respondendo ao momento de emergência

actual: “Queremos criar esta rede solidá-ria de cantinas sociais que sirva pessoas que estejam mais expostas à exclusão social, como aquelas que já foram identi-ficadas no âmbito do Programa de Emer-gência Social”, ou seja, idosos com baixos rendimentos, famílias no desemprego com filhos a cargo e pessoas com defici-ência, cuja dificuldade em ingressar no

Programa de Emergência Social no terrenoPeS apresentado em Agosto de 2011 está 100% em marchaO Ministro da Solidariedade e da Seguran-ça Social, Pedro Mota Soares, afirmou que “100% das medidas do Programa de Emer-gência Social [PES] estão em marcha”, ain-da que algumas estejam em fase de contra-tualização, devido a alterações na lei.

Exemplificando com o mercado social de arrendamento, “em que foi preciso constituir um fundo imobiliário e criar regras próprias para podermos colocar as casas neste fundo antes de as disponibi-lizarmos”, o Ministro acrescentou que as casas disponíveis advirão, não só da car-

teira de imóveis de instituições bancá-rias, mas também do próprio Estado.

De acordo com Pedro Mota Soares, o mesmo aconteceu com a linha de crédi-to no valor de 50 milhões de euros para as Instituições Privadas de Solidariedade Social (IPSS), em que foi necessário ne-gociar com um conjunto de instituições bancárias.

Sublinhando que “neste momento todas as medidas do PES estão de facto em mar-cha”, Pedro Mota Soares lembrou também o caso da nova legislação dos lares e cre-ches, que “já foi publicada e está efetiva-mente no terreno”, bem como o aumento das pensões mínimas, rurais e sociais.

“Neste momento cerca de um milhão de portugueses já viram as suas pensões

aumentadas em 3,1% desde janeiro de 2012, o que correspondia a um compro-misso do próprio Governo”. Em vigor, está também o decreto-lei relativo ao subsídio de desemprego, que prevê uma majora-ção deste subsídio para os casais desem-pregados com filhos a cargo.

Nas medidas em fase final de aplicação, o Ministro referiu também o protocolo de dinamização do banco de medicamentos, o plano nacional de voluntariado e um protocolo com o Ministério da Adminis-tração Interna para a sinalização da po-pulação mais idosa.

Sobre o Fundo de Socorro Social, Pedro Mota Soares explicou que a verba, no va-lor de 10 milhões de euros, já foi atribuída e que “muitas instituições já recorreram a

este fundo”, garantindo - contudo - de que haverá “permanentemente» a capacida-de de lhe alocar mais verbas: “Este fundo serve e deve servir acima de tudo como um verdadeiro fundo de emergência so-cial, garantindo que muitas instituições que estão hoje numa situação de dificul-dade podem aceder a este fundo e nesse sentido garantir a sua manutenção”.

O PES foi apresentado em agosto de 2011, tendo entrado em vigor em outubro, com o objetivo de combater a pobreza e a exclusão social, atuando em cinco áreas essenciais: famílias, idosos, deficientes, voluntariado e instituições sociais. Vi-gorando até ao final de 2014, vai custar à volta de 630 milhões de euros, chegando a cerca de três milhões de pessoas.

mercado de trabalho é elevada.“Para chegarmos a estas pessoas, sem-

pre por via das instituições e num com-promisso de preservação da intimidade e anonimato, decidimos reforçar as ver-bas», passando dos actuais 2,7 milhões de euros para os tais 50 milhões de euros”.

Como explicou Pedro Mota Soares, “es-tas verbas não servirão para criar novos equipamentos, pois iremos aproveitar aquelas que já existem nas instituições. Serão exclusivamente para suportar re-feições”.

O ministro reforçou, ainda, “o papel central que as IPSS`s têm em todo este processo”.

“Tem sido uma honra trabalhar com todas as instituições deste distrito, em prol daquilo que nos une: os cidadãos, especialmente os mais desfavorecidos e a construção de uma sociedade mais justa e solidária.”

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os resultados colocam o nosso país em 25.º lugar na lista de 29 países da ocDe.

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Por mais que me esforce para entender a crise como uma oportunidade de mudança, não consigo analisá-la numa ótica que não seja negativa. Não basta o discurso recor-rente, em que se tenta propagar o chavão da oportunidade para ocultar as dificuldades de quem vive num quotidiano de desespero.

De facto, esta crise poderia ser uma oportunidade para as lideranças políticas e económicas poderem repensar os jargões e, de uma vez por todas, adaptarem um discurso de realismo e de pedagogia do caminho para ultrapassar as dificuldades.

Esta crise tem dois rostos. Um, o dos que estão cada vez mais pobres, sem emprego, não conseguem pagar a renda da casa, têm os seus salários reduzidos, sofrem as di-ficuldades do quotidiano, não conseguem suportar o pagamento dos estudos dos seus filhos, desesperam por dias melhores. O outro rosto, é o das lideranças frouxas, centradas no populismo exacerbado, das

má decisões, e que pouco ou nada sentem as dificuldades do cidadão comum.

Este jargão da crise como oportunida-de leva-me até à relação dual entre risco e oportunidade. O risco de impasse face ao que vai acontecer e, por outro lado, a mu-dança que poderia resultar duma oportu-nidade. É uma dualidade interessante para discursos que gostam do recurso a chavões. Se olharmos para eles com perspicácia, facilmente nos apercebemos da sua redun-dância e do seu esvaziamento de sentido.

Quando fazemos análise sistémica, en-contramos na crise do sistema um catali-sador que obriga a uma mudança. Por esta razão, se fala em oportunidade. Só neste contexto faz sentido falar na crise como uma oportunidade.

Neste momento, os sistemas micro vi-vem as consequências da crise por fazerem parte desse sistema, sofrem a mudança por serem uma parte do coletivo. Quando não

se tratam de mudanças reais (de tipo II ou de 2ª ordem, como sustenta a Teoria dos Tipos Lógicos), mas sim ajustamentos (de tipo I ou de 1ª ordem) subjugados ao po-der do ponto nodal da crise, também faz sentido sentirmo-nos mais oprimidos (em impasse). O que vivemos neste momento são ajustamentos que procuram atingir um fim, e não mudanças que resultam duma oportunidade.

A repartição dos “sacrifícios por todos” está também entre os jargões mais utiliza-dos. Na prática, há uns que sentem os sa-crifícios mais que outros. A classe média ( já nem falo da baixa…), os trabalhadores dependentes e muitos outros que vivem dum salário que mal lhe dá para suprir as necessidades básicas constituem um grupo muitíssimo grande de portugueses que não escapam às medidas seletivas de austeri-dade. Há quem ganhe com os sacrifícios. E não é difícil fazer esse exercício. Este

discurso faz-me lembrar a metáfora do co-veiro, que não deseja a morte a ninguém mas, por outro lado, não quer que o seu negócio se extinga. Pois é, todos pagamos o escândalo do BPN e uns outros tantos maus negócios que nos deixaram à beira da cova.

Agora, veio Hollande tentar impor o discurso do crescimento. Não creio que a ideia cole! Pois, nem sempre uma mentira dita muitas vezes passa a verdade. Aqui, não será o caso de passar a verdade. Como vamos crescer se não há dinheiro? Não é só por mudarmos o discurso que as econo-mias começam a crescer.

Estes, e outros jargões que nos vão bombardeando diariamente, não passam de paliativos para atenuar insatisfação e a eclosão de movimentos sociais que vão entoando a voz do descontentamento.

Realmente, esta crise tem sido uma oportunidade para a semântica!

Jargões que fazem o discurso da criseJoAquiM FiALhoProfessor universitário

A UNICEF apresentou na passada terça-feira um relatório que pretende medir a po-breza infantil.

Baseado em dados indicadores de 2009, o relatório não tem ainda em conta o apro-fundamento da crise e as consequências das políticas de austeridade impostas em países como Portugal.

Os resultados colocam o nosso país em 25.º lugar na lista de 29 países da OCDE e apontam para a existência de 27% de crian-ças portuguesas em situação de carência.

Ou seja, com base num relatório constru-ído com dados anteriores a 2009, uma em cada 4 crianças até aos 16 anos de idade vi-via em situação de carência.

De referir ainda que 14,7% das crianças

portuguesas vivem abaixo do limiar da po-breza, o que significa que nas suas casas o rendimento anual por adulto é 50% abaixo da mediana da distribuição de rendimentos, cerca de 400 euros.

Olhando para esta fotografia da nossa re-alidade, não podemos deixar de pensar nos que nos atiram à cara que todos temos culpa da crise porque vivemos acima das nossas possibilidades e que classificam, de forma hipócrita, o empobrecimento generalizado da maioria, como um ajustamento da rea-lidade.

Ao insistirem na tese de que todos vive-mos acima das nossas possibilidades, estão a admitir que 27% das crianças portuguesas não deveriam viver em situação de carência

mas sim de indigência, porque as “nossas possibilidades” não dão para mais.

Refiro aqui as crianças pela actualidade do relatório, mas poderia lembrar os refor-mados e pensionistas que vivem abaixo do limiar da pobreza ou os desempregados sem protecção social, ou a situação cada vez mais comum de gente que, apesar de ainda ter emprego, o seu salário não chegar para dar resposta às necessidades mais básicas.

Bastaria pensar um pouco nesta realidade para concluir que a insistência na teoria que andámos todos a esbanjar à “tripa forra” e que agora estamos a sofrer as consequên-cias desse despautério, não passa no teste da realidade do dia-a-dia.

Daqui a uns anos, quando for publica-

do novo relatório com referência a dados de 2012, vamos verificar que a percenta-gem de crianças a viver abaixo do limiar da pobreza aumentou substancialmente e, seguramente, nessa altura não vai apare-cer nenhum gabarolas a querer ficar com os louros das políticas de “ajustamento” e ninguém vai querer ser o alvo dos elogios da “troika” da “ajuda”.

Andámos “todos a viver acima das nos-sas possibilidades” e agora “temos todos que fazer sacrifícios” repetem a cada passo. A minha prima Zulmira acha que, na me-lhor das hipóteses, uns sacrificam o segun-do iate e outros sacrificam o almoço. Tudo isto porque os primeiros viveram acima das possibilidades dos segundos.

Acima das possibilidadeseDuArDo LuciAnoAdvogado

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Actual

Passos tem de esclarecer se há “uma nebulosa envolvendo os serviços secretos, o PSD e interesses privados”.

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António José Seguro desafiou ontem o primeiro-ministro a esclarecer se há uma nebulosa envolvendo um suposto triân-gulo serviços secretos, o PSD e interesses privados, dizendo estar em causa o Esta-do de Direito.

Seguro declarou que o primeiro-minis-tro tem de esclarecer se há neste momen-to “uma nebulosa envolvendo os serviços secretos, o PSD e interesses privados”, adiantando que não quer tirar conclu-sões sobre estas suspeitas, mas que exige o apuramento dos factos.

“Como foi possível elaborarem-se rela-tórios sobre jornalistas, em particular o diretor do jornal “Expresso [Ricardo Cos-ta]? Como foi possível que tenha sido ela-borado um relatório sobre um membro do Conselho de Estado, fundador de um dos partidos estruturantes do regime demo-crático [Pinto Balsemão]. Como se chegou até aqui?” questionou Seguro.

Seguro disse que tratará a matéria das “secretas” com “sentido de Estado”, antes de referir que levantou esta questão junto do primeiro-ministro no início da legisla-

Seguro exige esclarecimento sobre SecretasPS ontem no debate parlamentar com agenda nas secretas e privatizaçao da rtP

tura quando o ex-presidente da TVI Ber-nardo Bairrão saiu da lista de potenciais secretários de Estado do atual executivo.

“O senhor primeiro-ministro disse-me que não há nenhum caso Bairrão e disse que não tinha havido nenhuma infor-mação proveniente dos serviços de infor-mação da República que tivesse propor-

cionado uma alteração do convite feito ao dr. Bernardo Bairão, mas o diretor do jornal Expresso, dias depois, voltou a es-crever que tinha havido.

“Temos que cooperar no sentido de ra-pidamente, com serenidade, esclarecer estas situações, afastar todas as nuvens, apurar as responsabilidades e restituir

a credibilidade aos serviços de informa-ções. Não está só em causa a falta de con-fiança que os portugueses vão sentindo, está também em causa a liberdade e os direitos das pessoas que foram alvo de in-quéritos”, realçou o líder do PS.

Privatização da RTPSeguro aconselhou Passos a pensar duas vezes se o seu Governo ainda dispõe de condições objetivas para concretizar a privatização da RTP.

“Por razões ideológicas temos divergên-cias quanto à privatização da RTP. Eu sou contra e o senhor primeiro-ministro é a favor. Mas aconselho-o a ler todas as no-tícias que têm surgido e a pensar duas ve-zes se o seu Governo ainda tem condições para avançar com a privatização da RTP”, afirmou António José Seguro.

Seguro disse ao primeiro-ministro que o PS “será implacável no apuramento de toda a verdade”.

“Não tiraremos nenhuma conclusão pre-cipitada nem faremos insinuações, mas há uma coisa senhor primeiro-ministro que pomos em primeiro lugar: O interesse na-cional, o Estado de Direito e as liberdades que devem ser garantidas por todos os ser-viços da República aos cidadãos portugue-ses”, destacou o líder do PS.

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Exclusivoo agricultor online vai poder escolher os produtos que pretende semear e o local da horta.

Luís Godinho | Texto Gerir uma horta a partir de um apar-tamento é a proposta que um grupo de empreendedores de Beja se prepara para lançar num projecto experimental. O pro-jecto chama-se MyFarm.com, por estra-tégia comercial. E qualquer semelhança com o popular jogo da internet FarmVille não é pura coincidência, apesar de não se tratar de um jogo mas de uma autêntica actividade agrícola.

A única diferença em relação à agricul-tura tradicional é que aqui será tudo geri-do através da Internet por quem de outra forma dificilmente teria acesso a uma quinta ou a uma horta.

“Não gosto muito de comparar o nosso projecto com o FarmVille pois as pessoas pensam logo num jogo e isto não é um jogo, será uma uma horta real com pro-dutos reais”, diz Luís Luz, professor do Ins-tituto Politécnico de Beja que em Março lançou a um grupo de alunos de agrono-mia e ambiente o desafio de avançarem para a concretização de um projecto ino-vador capaz de criar emprego.

Nos encontros informais surgiram muitas ideias, tendo sido seleccionada esta. “Tive a sorte de reunir um grupo de alunos que quis participar nesta aventu-ra, falou-se sobre eventuais ideias de ne-gócio e optámos por esta porque devido às suas características inovadoras parece-nos ter mais condições de êxito”.

Ao aceder à sua página na Internet, o agricultor online vai poder escolher os produtos que pretende semear e o local da horta onde o quer fazer, tomar decisões ao nível do tratamento das culturas, utiliza-ção de produtos químicos ou produção biológica sem ser necessário sair de casa. “A horta é da pessoa. Nós damos o aconse-lhamento técnico e fazemos o trabalho de campo mas o nosso objectivo é que a pes-soa sinta a horta como sua. As decisões, embora baseadas nos nossos conselhos, são sempre das pessoas”, explica Luís Luz.

Durante todo o período, o agricultor pode ainda acompanhar online o cres-cimento das plantas e decidir quando é a melhor altura de efectuar as colheitas. Depois é esperar que os produtos lhe se-jam entregues em casa.

Logo na página inicial, os clientes terão a planta da sua horta e a indicação dos produtos que podem semear, consoante a época do ano. “Não haverá morangos no Inverno, as pessoas têm de se habitu-ar à sazonalidade dos produtos agrícolas”, adverte o docente, licenciado em Enge-nharia Zootécnica e mestre em Sistemas de Informação Geográfica, acrescentando que nesta fase a ideia é “não avançar com grandes aventuras” em relação ao cabaz disponíveis.

A aposta vai para os produtos que as pes-soas mais consomem no dia-a-dia, como

Empreendedores de Beja lançam ”FarmVille“ com autênticos produtos hortícolasJovens empreeendedores de Beja implementam projecto inovador na internet

Quando a horta estiver a produzir em pleno, o gestor da parcela passa a receber em casa, uma vez por semana, um cabaz com os produtos da sua própria explo-ração. O serviço custa 25 euros mensais por cliente, acrescido de um sistema de pontos – cada ponto vale 10 cêntimos – destinado a pagar despesas como o alu-guer da parcela de terreno ou o serviço de entrega.

Além de gastar pontos, cada pessoa pode também ganhá-los. Basta, por exemplo, que dê uma ajudinha na altu-ra da sementeira ou das colheitas, deslo-cando-se à sua própria horta para “meter a mão na terra”.

Luís Luz diz que as contas estão feitas. E, no final, os produtos hortícolas vão fi-car com um preço idêntico ao que custa-

ria a sua aquisição num hipermercado, com a vantagem de, desta forma, todo o processo produtivo ser controlado pelo consumidor final. ”Trata-se de um servi-ço inovador que aposta numa horta que é ao mesmo tempo virtual e real, a qual permite aos clientes o acesso a produtos escolhidos e produzidos especificamen-te para eles, num processo em que a pro-dução e a qualidade podem ser sempre acompanhadas”.

Por uma questão de competitividade do preço-final, foi entretanto abando-nada a ideia de instalar na zona de Beja toda a área produtiva, gerida a partir de qualquer ponto do país.

“Feitas as contas, entrega dos produ-tos a circular por todo o país iria enca-recer bastante o serviço”. Assim, como

a perspectiva é que seja “relativamen-te fácil encontrar terreno disponível na periferia das grandes cidades”, as hortas irão nascer mais próximo dos locais de residência dos agricultores “online”, o que poderá constituir um incentivo à sua participação nas tare-fas agrícolas.

O próximo passo é a constituição for-mal da empresa que terá como sócios o professor Luís Luz e seis alunos do Ins-tituto Politécnico de Beja: André Mira, Nelson Lopes, Raul Santos, Rodrigo Filipe, e Tiago Nunes, todos eles de En-genharia Agronómica, e Sara Biscaia, aluna de Engenharia do Ambiente. De-pois é abrir a página na Internet, esperar pelas incrições dos clientes e começar a produção.

Preço final idêntico ao dos hipermercados

batatas e vegetais. “Os mais exóticos tam-bém estão na nossa cabeça mas isso será numa fase posterior”. Todas as operações realizadas na parcela são igualmente gra-vadas e estarão disponíveis, pelo menos por 48 horas, para o caso de o cliente não as poder ver em tempo real.

Por agora, o projecto irá arrancar com 20 parcelas de terreno cedidas pelo Ins-

tituto Politécnico de Beja, sendo que as pré-inscrições deixam adivinhar que o número de interessados será bastante su-perior.

Uma vez testado, o projecto será alarga-do a cidades da península de Setúbal e da Grande Lisboa.

“Com os problemas de segurança ali-mentar que têm surgido, e em que o re-

cente caso dos pepinos é um exemplo, esta é uma forma de as pessoas terem a garantia que os produtos da sua horta, produzidos de acordo com aquilo que elas decidiram, são aqueles que irão consu-mir”, garante Luís Luz. No fundo, trata-se de tornar real o “velho” sonho de muitas famílias citadinas em ter uma quinta, por pequena que seja.

A equipa do projecto MyFarm.com: Rodrigo Filipe, Luis Luz, Sara Biscaia, Tiago Nunes, Nelson Lopes e Raúl Santos.

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“reforçar a vertente da participação numa reflexão conjunta sobre construção de espaço público em Évora”.

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em todos os países desenvolvidos, esta patologia continua a ser um grave pro-blema de saúde pública, constituindo a primeira causa de morte e incapacidade permanente no nosso país, além de con-duzir a mais de 25 mil internamentos por ano.

Temos receio que este quadro se de-teriore devido a restrições financeiras que dificultem, por exemplo o acesso à execução de exames complementares de diagnóstico como a ultrassonografia da circulação cerebral, um método não invasivo que permite a deteção de situ-ações de risco de AVC e também as maio-res dificuldades no acesso a cuidados de saúde”.

Perante esta situação, a SPN considera que é fundamental que a população co-nheça os primeiros sinais de alerta para o AVC, para que este possa ser tratado o mais rapidamente possível, evitando dé-fices que podem ser devastadores ou mes-mo levar à morte.

Victor Oliveira explica que “o que carac-teriza um AVC é o início súbito de défices.

Os mais típicos são falta de força num bra-ço, dificuldade em falar e aparecimento de boca ao lado. Tais sinais devem ser do conhecimento de toda a população para que se possa agir a tempo”.

O especialista aconselha a que “logo que sejam identificados estes sinais de alarme se chame imediatamente o 112. A partir daí o assunto fica entregue a pro-fissionais habilitados que desencadeiam um conjunto de procedimentos que vi-sam chegar rapidamente (via Verde do AVC) à unidade hospitalar adequada se iniciar o tratamento adequado (Unidade de AVC)”.

É importante frisar que a maneira mais eficaz para se chegar a tempo ao hospital é marcar o 112 e aguardar a chegada do INEM.

As sequelas produzidas pelo AVC de-pendem da localização no cérebro e a extensão das lesões e também da forma como se manifesta, podendo tratar-se de uma hemorragia (rotura / derrame) ou uma isquémia (entupimento). “Muitos AVC, se não forem tratados a tempo, po-

dem deixar sequelas definitivas e em al-guns casos tão graves que o doente ficará em cadeira de rodas ou mesmo acamado até ao fim da vida. Por isso se considera o AVC como uma emergência e para as emergências deve-se chamar o 112” , re-força o neurologista.

A SPN recomenda “uma aposta clara na prevenção das principais situações que predispõem para o AVC, o que passa por tratar rigorosamente a hipertensão arte-rial e a diabetes e combater o tabagismo e a obesidade. A origem genética existe, de facto, mas é responsável apenas por um número muito reduzido de casos. Ou seja, a esmagadora maioria dos AVC são consequência dos fatores anteriormente apontados, por isso, em grande parte, pre-veníveis”.

As doenças vasculares cerebrais são, em Portugal, a terceira causa de anos de vida perdidos, pelo que o presidente da SPN salienta que “ é melhor prevenir um AVC do que tratar as suas consequências. Quando acontece é uma emergência e deve ser tratado como tal”.

Crise económica pode aumentar casos de AVCPatologia continua a ser a primeira causa de morte em Portugal e origina mais de 25 mil internamentos por ano

A Arquitectura e o Urbanismo desenvol-vem uma relação que condiciona a qua-lidade do espaço público em Évora. Saber dessa relação e do que ela pode trazer a esta cidade contemporânea que quer ser educadora, é a proposta para o fim de tar-de desta quinta feira, 31 de Maio.

A arquiteta paisagista Aurora Cara-pinha e o arquitecto urbanista Jorge Silva vão encontrar-se à mesa do café Condestável, em pleno centro histórico de Évora, num ambiente informal, e de livre acesso, para debaterem como pode esta cidade tornar-se mais cidade e edu-cadora.

Este 5º debate do ciclo “Habitar a Cida-de. Construir Espaço Público” propõe-se, segundo a organização, “reforçar a ver-tente da participação de todos os interes-sados numa reflexão conjunta sobre as possibilidades de construção de espaço público em Évora”. Para atingir esse ob-jectivo, na mesa motivadora do debate estarão dois especialistas e um jornalista moderador.

Aurora Carapinha é Professora e inves-tigadora na Universidade de Évora, Dou-tora em Artes e Técnicas da Paisagem, É também, desde Dezembro de 2009, Di-rectora Regional de Cultura do Alentejo; mas é na qualidade de docente e de inte-ressada na cidade que aceitou colaborar com estes debates coorganizados pelo CIDEHUS – (Centro interdisciplinar de História, Culturas e Sociedades) e pelo Departamento de Filosofia da Universi-dade de Évora.

Referindo-se à complexidade que é marca da cidade, Aurora Carapinha afir-ma que

“O problema da heterogeneidade reside nas relações entre os heterogéneos. Mas diversidade é sempre enriquecedora.”. Confrontada com a decisão de Évora que-rer ser uma cidade educadora, comenta “

À procura de mais espaço público em Évoraciclo de debates sobre as cidades educadoras prosseguem em Évora

tem todo o sentido resolver pela educação estas heterogeneidades que são ricas. Sa-bemos também da Biologia que quanto mais diverso for o ecossistema maior é a sua capacidade de resposta”.

Jorge Silva é arquiteto desde 1070. Foi vereador da Câmara Municipal de Évora, responsável pelo Pelouro da Habitação, Urbanismo e Obras no triénio 77/80.É, desde então, coordenador da AO- Oficina de Arquitectura, Lda. Também leccionou

na Universidade Técnica de Lisboa, e é um profundo conhecedor de Évora, cida-de a que se mantém ligado.

“Construir a ‘cidade na cidade’; des-confiar das tendências enquanto des-tino e aceitá-las enquanto método de prospecção do futuro; associar políticas a estratégias e estratégias a uma visão de mudança, afrontando o binómio: necessi-dades (o rol normal de desgraças) versus potencialidades; ou a cidade como sonho

colectivo, causa partilhada” - são apenas algumas das estratégias de intervenção na cidade que o arquiteto Jorge Silva tem vindo a propor em diferentes contextos.

O caso concreto da Évora dos nossos dias, a cidade que deseja ser educadora, ficará esta tarde no centro do debate. No próximo mês, a 28 de Junho, será a vez de discutir o papel

dos “agentes económicos na construção de uma cidade educadora”.

Redacção | Registo A crise económica que atravessamos pode levar a um retrocesso na diminui-ção dos casos de acidentes vasculares ce-rebrais (AVC). Este alerta é dado pela So-ciedade Portuguesa de Neurologia (SPN).

As dificuldades financeiras refletem-se na aquisição da medicação, no acesso aos cuidados de saúde, na obtenção de exa-mes complementares de diagnóstico bem como na prática de uma alimentação saudável e estão também na origem de quadros depressivos, tudo isto aumenta o risco da doença.

Victor Oliveira, presidente da SPN, de-fende que “apesar de se ter assistido a uma diminuição do número de casos de AVC em Portugal, como aliás acontece

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Porque viajar é preciso, como dizia o poeta.

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Uma das características mais marcantes da vida moderna parece encontrar-se nas mobilidades. Circula-se pelo globo com a facilidade (e a rapidez) de um fósforo, en-tre as malhas da rede virtual e a sempre presente vivência da realidade. E desloca-mo-nos, continuamente.

Porque viajar é preciso, como dizia o poeta, em Junho exploramos esta condi-ção global e moderna através do imagi-nário da viagem em todas as suas dimen-sões. A viagem global, a viagem histórica ou a narrativa de viagem, o céu, o mar e a terra, sim. Mas também as migrações, os exílios e as fugas. A viagem talvez seja a forma mais actual de, entre a condição do homo viator e a errância globalizada, pensar os nosso destinos. Será, como quer Michel Onfray, que nos situamos sempre entre a imobilidade das raízes e os fluxos do nomadismo?

Assim, em mês mobilidades, a programa-ção dos Ciclos de São Vicente propõe uma viagem pela diversidade cultural brasi-leira.

Dança, música e teatralidade dão forma a Viandeiros, um espectáculo que potencia a capacidade expressiva do actor em pal-co. Luiz Canoa, criador e actor de Viandei-ros, dá vida a oito personagens que nos guiam numa verdadeira viagem senso-rial pela diversidade cultural brasileira. Com base em pesquisas realizadas por várias regiões do Brasil e testemunhos de mestres e artistas de várias àreas da cul-tura brasileira, nascem José Borba, um político, pai de santo e palhaço de Per-nambuco, Adelino, cantor de rua cego do Ceará, Zé Firmino, mestre de Folia de Reis em Minas Gerais ou Uiré, índio Xavante do Mato Grosso do Sul.

É a partir de transformações vocais e corporais, que trazem sotaques e com-

Ciclos de São Vicente Viandeiros

um espectáculo de Luiz canoa a 6 de Junho às 22 horas na igreja de São Vicente em Évora

portamentos diversos, que Canoa nos convida a viajar pela tradição e cultura popular, levantando ainda questões so-bre liberdade, poder, contemporaneidade e religião.

Premiado no único concurso de mo-nólogos do Brasil, o Concurso Nacional de Monólogos de Festival de Teatro de Teresina, e vencedor de prémios de me-lhor actor, direcção e sonoplastia no 7º Festival de Teatro de Campo Mourão, em 2007, Viandeiros é uma simbiose entre re-ligião e ambiente lúdico, entre tradição e universalidade, um mergulho na região arquetípica da alma humana, mais preci-samente um contacto com aquilo a que o autor chama de “Homem Mítico Brasilei-ro”.

Luiz Canoa e Teatro AlkmicoLuiz Canoa nasceu em São Paulo, em 1969, e desde muito cedo estabeleceu con-tacto próximo com a religiosidade popu-lar afrobrasileira, fez parte de grupos fol-clóricos e participou em grupos musicais e de teatrode amadores. Em 1992, quando começou a estudar música na Universi-dade UNICAMP, em São Paulo, desenvol-veu trabalhos em grupos como Salsam-bando, Banda Folela e Big Band passando a interagir a sua arte musical com o tea-tro. Mas foi quando ingressou no Mestra-do em Artes daUnicamp com o trabalho “A Presença Cénica na Obra de António Nóbrega”, que mergulhou na relação da dança popular como treino e possibilida-de de criação. Viajou por diversas regiões do Brasil estudando as manifestaçõespo-pulares, de onde saiu a inspiração para o espetáculo Viandeiros.

Foi em 2004 que Luiz Canoa criou Vian-deiros, espectáculo que deu ainda inicio à Companhia Teatro Alkmico sediada na cidade de Florianópolis, estado de Santa Catarina, Brasil. A múltipla possibilidade criativa é o alicerce e o campo de pesqui-sa da companhia, que se serve da frontei-ra entre música, a teatralidade e a dança para dar forma a espectáculos com base na tradição cultural brasileira.

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A Diterra tem apostado ao longo dos anos, em produtos portugueses de qualidade.

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A Diterra, empresa de Comércio Agro-In-dustrial do Alto Alentejo, celebra 10 anos de existência e vai estar presente com os produtos Almojanda e Fadista na 49ª Fei-ra Nacional de Agricultura de Santarém – Nave A salão “Prazer de Provar” que se realiza no CNEMA entre 2 e 10 de Junho.

No ano em que celebra os 10 anos, a Diterra apresenta neste grande certame nacional os principais produtos da marca Almojanda: Azeite Virgem Extra, Azeite Virgem Extra Cogumelo, Azeite Virgem Extra Malagueta, Vinagre de vinho bran-co com orégão, Pasta de Azeitona, e as compotas de abóbora, tomate, figo e mel.

Ainda para assinalar esta data, a Diter-ra vai oferecer ao visitante mais atento e criativo um cabaz de produtos.

A Diterra tem apostado ao longo dos anos, em produtos portugueses de qua-lidade aliados a embalagens com design atraente que agradam aos consumidores mais exigentes. O crescente número de pontos de venda de produtos Almojan-da e Fadista são a prova disso. O azeite é o produto principal, comercializado com

Diterra celebra 10 anosPassatempo dá cabazes a apreciadores de Almojanda e Fadista

as marcas Almojanda e Fadista e é apre-ciado não só em Portugal mas também além-fronteiras: no Canadá, Luxemburgo e Angola entre outros países.

Para Teresa Mendes, responsável co-mercial da Diterra, “o balanço de 10 anos de vida da Diterra é francamente positi-

vo, temos crescido, apostado em novos produtos e novos mercados com suces-so. É sempre com agrado que voltamos a Santarém. Ao longo dos anos, sempre que temos marcado presença neste certame, temos colhido uma excelente aceitação por parte do público que já conhece e re-

conhece a qualidade dos nossos produtos. Para este ano, temos expectativas igual-mente elevadas: acreditamos que vamos continuar a ter a excelente aceitação à se-melhança das outras edições, não só pelo consumidor final como pelos profissio-nais que visitam a feira.

Acerca da DITERRAA DITERRA – Comércio Agro-Industrial, Lda. é uma empresa familiar fundada em 2002 com sede no Alto Alentejo, conce-lho de Portalegre. Em 2004, lançou a sua própria marca de Azeite Virgem Extra: Almojanda. No início de 2008, licenciou uma Unidade de Embalamento de Azeite na Herdade de Almojanda.

Em 2009 surgiu um novo desafio, o lan-çamento de uma nova marca: Fadista, um Azeite Virgem Extra embalado de for-ma inovadora, em PET, destinado ao mer-cado internacional e ao canal HORECA e em 2011 é lançado o Azeite Virgem Extra Fadista Alho.

Além do Azeite Virgem Extra, a DITER-RA comercializa também Vinagre, Pasta de Azeitona, Biscoitos, Mel e Compotas da marca Almojanda. No Natal ou em ocasi-ões especiais, a DITERRA dispõe de caba-zes com os produtos que comercializa, em lojas gourmet e supermercados.

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RadarÉvora - 31 de maio a 2 de junho - encontro internacional para assinalar o 25º aniversário do programa erASMuS.

A cidade de Évora vai ser palco, de 31 de maio a 2 de junho, de um encontro inter-nacional de jovens que irá assinalar o 25º aniversário do programa ERASMUS e da classificação do Centro Histórico como Património da Humanidade.

Sob o lema “(Ex) Change your Life in … Évora“, este encontro tem como pontos altos a realização, no dia 1 de junho, pe-las 10h00, no auditório da CCDR – Alen-tejo, da conferência “Ontem, Hoje e a Amanhã…” Património e Juventude, que contará com a presença de Gustavo Alva-Rosa da Agência Nacional – Erasmus Por-tugal; Clara Bertrand Cabral – Comissão Nacional da UNESCO – Portugal; Rafael Pérez de la Concha - Organização das Ci-dades Património Mundial (OCPM) - Co-ordenador do Secretariado da Europa do sul e Mediterrâneo.

A manhã do dia 1 de Junho prossegue com a realização, no mesmo local, da Ses-são Solene de Apresentação do Projeto “Jovens Embaixadores de Évora“ e Come-morativa dos 25 anos do Programa Eras-mus. Nesta cerimónia irão usar da pala-

ERASMUS celebra 25 anos em ÉvoraerASMuS quer apoiar a criação de um espaço europeu de ensino Superior

A autarquia de Portalegre decidiu abrir gratuitamente o Museu Municipal de Portalegre e o seu Núcleo Rural – Museu dos Bonecos Coleção Emílio Relvas (fre-guesia do Reguengo) até ao dia 2 de junho como forma de assinalar as suas abertu-ras, que coincidiram com o Dia da Cidade e devido à comemoração recente do Dia Internacional dos Museus.

O novo Espaço Cultural-Museu Munici-pal, agora renovado, destaca-se pela riquís-sima coleção de Arte Sacra proveniente, na sua quase totalidade, de dois antigos Conventos de Portalegre: Santa Clara e São Bernardo, e de doações de particulares, possuindo ainda uma coleção de Faiança que traça a história da Faiança Portuguesa entre o Sec. XVII e o Sec. XX.

Neste momento, na Sala de Exposições Temporárias está patente uma mostra de pintura sobre Portalegre, com obras de pintores portugueses contemporâneos, como Manuel d’ Assumpção, João Tava-

Portalegre convida população a visitar novos MuseusAposta na cultura através da abertura gratuita do Museu Municipal até 2 de Junho

vra Cláudia Sousa Pereira – Vereadora da Câmara Municipal de Évora; Luís Maduro - Presidente do Erasmus Student Newtork Portugal; Gustavo Alva-Rosa - Agencia Nacional do PROALV; Carlos Braumann - Reitor da Universidade de Évora e José Ernesto d’Oliveira - Presidente da Câmara

Municipal de Évora.Recorde-se que o Programa ERASMUS

tem como objetivo apoiar a criação de um Espaço Europeu de Ensino Superior e re-forçar o contributo do ensino superior e do ensino profissional avançado no pro-cesso de inovação a nível Europeu.

A Comissão de Melhoramentos do Concelho de Sousel está a desenvol-ver uma iniciativa integrada no Ano Europeu do Envelhecimento Activo e da Solidariedade entre Gerações que tem por objectivo reunir livros que farão parte de uma Biblioteca para os utentes do Lar de Terceira Idade de Cano e do Mini Lar de Santo Amaro, Concelho de Sousel.

A importância deste projecto é sustentada pelo facto de os livros permitirem a realização de activida-des de promoção da leitura com estes idosos, favorecendo a troca de ideias e opiniões, a socialização e o convívio, ajudando a minimizar a percepção de isolamento e carência afectiva e social tão presente na população sé-nior. Esta iniciativa pretende também contribuir para a aquisição de novos conhecimentos, permitir a expres-são e exteriorização de sentimentos, contribuir para combater a iliteracia e promover o desenvolvimento de competências associadas à expressão e tradição oral.

Estas actividades permitirão tam-bém desenvolver o pensamento criati-vo, estimular a fantasia, favorecer des-cobertas e lembranças, e transportar os seniores a outros lugares e outros tempos, promovendo a saúde mental, processos de auto-conhecimento e de valorização pessoal.

Biblioteca Geracional

Sousel

res, Arsénio da Ressurreição, Benvindo Ceia, Abel Santos e Miguel Barrias, entre outros.

A partir de dia 2 de junho o Espaço Cul-tural - Museu Municipal de Portalegre irá disponibilizar ao público visitas guiadas individuais e em grupo e um Serviço de Educação, destinado, essencialmente, às

visitas de grupos escolares.Já o seu Núcleo Rural - Museu dos Bo-

necos Coleção Emílio Relvas, situado na freguesia do Reguengo, apresenta uma coleção de peças de madeira talhadas à mão pelo Senhor Emílio Relvas e abor-dam temáticas como: a Vida Quotidiana, a Religiosidade, a Natureza, entre outras.

Por ocasião da comemoração do seu 21º aniversário, o Centro de Estudos da Avifauna Ibérica organiza no próximo dia 10 de Junho, domin-go, um passeio pedestre ao longo do aqueduto Água de Prata para associados e quem mais se queira juntar.

Caminhamos para o final da Primavera e na semana em que se comemora o aniversário do CEAI, comemora-se também o Dia Mundial do Ambiente.

Que melhor maneira de celebrar estas datas do que um percurso pela natureza, numa paisagem que nos diz tanto, o Montado? Aberto a todos quantos queiram participar, com este passeio o CEAI pretende juntar associados e pessoas que partilhem as mesmas paixões.

Entre uma paisagem dominada pelo Montado e resquícios de bosques tipicamente mediterrânicos, o orni-tólogo João Luís Almeida orienta-nos durante um passeio em que vão poder ser observadas diversas espécies de aves, onde abundam passeriformes e aves de rapina.

Percurso pedestre

Aniversário do CEAI

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A cidade de Badajoz celebrará de 28 de Maio a 2 de Junho a segunda edição da sua “shopping week”.

Radar

A formação do par “Cristianismo / Islão” obedeceu desde o início a um esquema que o antropólogo René Dumézil con-ceptualizou sob o termo de “mimético”. Nessas situações miméticas surgem dois contendores que se assemelham (“são “gé-meos”) e se posicionam “cada um queren-do o que o outro tem”, tornando-se esse “espelhismo”, obsessivo.

O esquema de referência foi instituído pela confluência entre religião e império, quando, no século IV, os imperadores ro-manos de Ocidente e de Oriente declara-ram o Cristianismo como religião única e obrigatória do Império.

A realização desse sonho totalitário le-vou pelo menos seis séculos, ao ser o im-pério romano do Ocidente desmantelado pelos bárbaros a partir de 476.

Com a progressiva cristianização da Europa foi-se constituindo uma entida-de política e militar: a “Cristandade”, que culminou com a capacidade de acção conjunta expressa nas cruzadas lançadas a partir dos finais do século XI.

Entretanto, a Leste surge a partir do sé-culo VII com a pregação de Maomé um projecto concorrente, que se lança na construção dum conjunto político-mili-tar simétrico, seguindo o modelo impe-rial europeu: a “Umma”, comunidade dos crentes do Islão.

Expandindo-se do Médio Oriente para Oeste o Islão controla toda a margem sul do Mediterrâneo, e avança para Norte até à Anatólia (actual Turquia). Dois sistemas rivais, definidos em oposição recíproca (em “espelho”), estruturam a história e as culturas irmãs e inimigas do Cristianis-mo e do Islão: cada uma delas é a “infiel” da outra. O equilíbrio relativo sofrerá dois grandes abalos.

O primeiro é o da expansão europeia para Oriente, onde os Portugueses se de-frontam (século XVI) com a potência mu-çulmana e inauguram um ciclo de confli-tos radicais entre religiões pelo controlo territorial.

O segundo mais decisivo ainda, é pro-vocado pela revolução industrial na Eu-ropa do século XVIII. Ao equilíbrio relati-vo que durara sete ou oito séculos sucede um profundo desequilíbrio tecnológico, económico e militar. O Ocidente, cono-tado com a “cristandade” desestabiliza a imensa zona de influência muçulmana que se estendia das costas atlânticas ao Pacífico. É o ocaso da civilização árabo-islâmica, fonte de imensa frustração e ressentimento.

José Rodrigues dos SantosAntropólogo, Academia Militar e CIDEHUS,

Universidade de Évora28 de Maio 2012

[email protected]

Um olhar antropológico

Guerras de religião: 2. Cristianismo e Islão, gémeos miméticos

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JoSÉ roDriGueS DoS SAntoS*Antropólogo

Aguiar volta a estar em festa de 8 a 10 de junho. Marchas populares, música, caminhada da primavera, danças, btt e uma sardinhada popular são alguns dos ingredientes da Festa da Primavera, orga-nizada pela Câmara Municipal de Viana do Alentejo com o apoio da Junta de Fre-guesia de Aguiar e das associações locais.

Sexta-feira, 8, o destaque vai para as marchas populares do Concelho que saem à rua a partir das 20h30 e, ainda para o lançamento do livro “Devagar, se começa a rimar” de Rosália Dias. A noite termina com um espetáculo musical com os SoulSecrets, seguido de Dj’s da Fregue-sia, organização do Grupo Associativo de Jovens de Aguiar.

Aguiar em Festa de 8 a 10 de junhocâmara de Viana do Alentejo e Junta de Freguesia promovem Festa da Primavera

No sábado, a partir das 9h00 decorre a Caminhada da Primavera, que este ano tem partida e chegada de Aguiar, num total de 9,7 km.

À tarde, o Grupo Cultural e Desportivo de Aguiar promove um jogo de futebol que põe frente a frente os veteranos. Por volta das 19hoo, os alunos do Clube de Saúde Sénior efetuam uma demonstra-ção das suas atividades. A dança volta a marcar presença na Festa da Primavera, a partir das 21h00, com a Secção de Dança da Casa do Benfica em Viana do Alentejo e a Classe de Dança da Associação Eques-tre de Viana do Alentejo. A noite prosse-gue com um baile com a Bandam@ais e os Dj’s da Freguesia.

O terceiro e último dia da Festa da Pri-mavera é dedicado ao BTT. A partir das 9h00, a Associação Galopar & Pedalar - Clube realiza a IV Maratona BTT Aguiar e para os mais novos uma Gincana de BTT.

Para os mais pequenos haverá ainda in-sufláveis e jogos tradicionais.

Às 12h30, como vem sendo hábito e porque é tempo de santos populares e de sardinha assada, o Município oferece uma sardinhada à população. Durante o fim de semana, também nos restaurantes aderentes haverá sardinha assada (Café-Restaurante “A Esquina”, Restaurante “O Bola”, Café - Restaurante “A Romeirinha” e o Bar do Grupo Cultural e Desportivo de Aguiar). E, a meio da tarde a Junta de Freguesia de Aguiar organiza um Torneio de Malha.

A encerrar a Festa da Primavera, às 21h30, vai estar em palco o espetáculo “Cantar Portugal”, com o qual se poderão recordar músicas de Carlos Paião, António Variações, Rui Veloso, José Cid, Sara Tava-res, Adelaide Ferreira, Marco Paulo, Doce, Jáfumega, Pedro Abrunhosa, Mariza, Dul-ce Pontes, GNR, UHF e Xutos e Pontapés.

A cidade de Badajoz celebrará de 28 de Maio a 2 de Junho a segunda edição da sua “shopping week”, uma iniciativa que conta com a participação de mais de 200 estabelecimentos comerciais, 30% mais que em Outubro de 2011, e um programa alargado de actividades.

Organizada pelas associações de comer-ciantes do centro de Badajoz, em parceria com a Câmara Municipal, o Governo re-gional da Extremadura e outras entida-des, esta semana comercial inclui des-contos e promoções especiais, desfiles de moda na rua, apresentações de produtos, música, um mercado de artesanato e an-tiguidades, degustações gastronómicas, aulas de danças latinas, demonstrações de maquilhagem, actividades infantis, visitas guiadas, “tapa shopping” (2,50 eu-ros por uma tapa e uma cerveja ou copo de vinho) e a abertura daslojas até à meia-noite do próximo 2 de Junho, sábado.

Com esta iniciativa, Badajoz quer ani-mar a actividade económica e consolidar a sua vocação comercial e de serviços, reconhecida pelos portugueses que vi-vem perto da zona fronteiriça. De facto, segundo dados do “Observatório de Bada-joz”, um projecto promovido pela Câmara Municipal no qual participam políticos, empresários e profissionais, 20% das ven-das totais na cidade corresponde a portu-gueses. As principais razões da visita têm a ver com a oferta comercial, incluída a compra de combustível, embora outros motivos, como os cuidados de saúde nos hospitais públicos e privados da cidade, começam a ter um peso significativo, de acordo com o observatório.

Os organizadores da “Badajoz Shopping Week” estão à espera de uma grande aflu-ência de público português e lembram que na primeira edição (10-15 de Outubro

Segunda edição ”Badajoz Shopping Week“reúne 200 lojas e alarga o seu programa de actividades

de 2011) umas 100 mil pessoas foram à Rua Menacho (a principal zona comer-cial de Badajoz) entre a sexta-feira e o sá-bado, mais do dobro da média habitual de

um fim-de-semana.Entre outras iniciativas, será sorteado

um prémio de 6 mil euros para realizar compras nas lojas da cidade.

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o torneio contou com a presença de 24 equipas em representação de 9 clubes.

Radar

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Decorreu este sábado, 26 de Maio, no Campo Municipal de Borba, o 3.º Torneio de Futebol Infantil e II “Cidade de Bor-ba”, numa organização do Sport Clube Borbense e Município de Borba, com o apoio da Associação de Futebol de Évora e Núcleo de Árbitros da Zona dos Mármo-res. O torneio contou com a presença de 24 equipas em representação de 9 clubes, Sport Clube Borbense, Grupo Desportivo e Cultural de Rio de Moinhos, O Calipo-lense, Sport Clube Bencatelense, Redon-dense Futebol Clube, CCD Terena, Spor-ting Clube Campomaiorense, Juventude Desportiva da Terrugem e LCD Arraio-lense, reunindo cerca de 300 miúdos, dos 5 aos 13 anos, nas categorias de Petizes, Traquinas, Benjamins e Infantis.

Na categoria de Petizes, a vitória coube à equipa do Sporting Clube Campomaio-rense, em Traquinas venceu a equipa do Sport Clube Borbense, em Benjamins a vitória foi da equipa do Redondense Futebol Clube e, em Infantis, ganhou a

Torneio de futebol infantil reuniu cerca de 300 atletasBorba reuniu centenas de jovens desportistas em torneio infantil

No próximo dia 9 de Junho, às 22h00, Teresa Salgueiro estreia-se no palco do auditório do Centro Cultural de Redondo, por ocasião do seu sexto aniversário.

Depois de 25 anos de carreira dedi-cada à música, com especial destaque para os Madredeus cuja projeção ca-tapultou a vocalista para o panorama musical internacional, Teresa Salguei-ro apresenta o seu álbum de originais intitulado “O Mistério”.

Após diversos concertos realizados em toda a europa desde a Itália, à Eslovénia passando por Montenegro, Inglaterra e Espanha, Teresa Salgueiro convida a desvendar o “mistério” presente no seu último trabalho, em Redondo.

Teresa Salgueiro

Redondo

equipa do LCD Arraiolense. Foram ainda atribuídos prémios à defesa menos batida e melhor marcador em cada uma das ca-tegorias.

Um dia dedicado ao futebol infantil,

repleto de emoção, às quais se associaram os pais e familiares, que acompanharam de perto as prestações dos miúdos, fomen-tando a prática desportiva e convívio en-tre as equipas.

A Câmara Municipal de Portalegre orga-niza o Festival de Ginástica, no âmbito das Comemorações das Festas da Cidade e do Projecto Vivacidade Sénior, dia 3 de Junho, das 15h00 às 17h00 no Pavilhão Desportivo Municipal.

Este Sarau de Ginástica com entrada gratui-ta, conta com cerca de 12 Grupos, entre os 4 e ao 80 anos, que representam Escolas, Clubes e Associações do Distrito de Portalegre e o Mu-nicípio da Cidade, com esquemas gímnicos e ginástica acrobática, desportiva e sénior.

Para Ana Manteiga, Vereadora com o Pelouro do Desporto “Esta é uma activi-dade que irá dinamizar a cidade e criar um ambiente mais descontraído e um convívio entre os jovens e a população sénior. Pretendemos com esta iniciati-va promover o Desporto e incentivar os agentes locais e a população a apostar e a participar nesta modalidade.”

Festival de Ginástica em PortalegrePavilhão Municipal é palco de uma tarde cheia de ritmo

À semelhança de anos anteriores, e no âmbito do Projeto de Educação para a Saúde, em articulação com o grupo dis-ciplinar de educação física, o Agrupa-mento de Escolas n.º 2 de Évora orga-nizou a III CorridaSolidária Médicos do Mundo. Assim, no dia 23 de maio decorreu, no Campo de Jogos da Esco-la Sede (E.B. André de Resende), a ati-vidade intitulada “EstafetaSolidária”, destinando-se a toda a comunidade educativa.

Para além dos alunos, educadores/professores e assistentes operacionais, salienta-se a participação de inúmeros pais e/ou outros familiares. Estiveram, ainda, presentes três representantes de Médicos do Mundo da Delegação de Évora, assim como a Unidade Mó-vel de Saúde de Évora, na qual alguns arranhões foram tratados aos alunos mais atrevidos...

A iniciativa contou com cerca de 500 participantes, do Ensino Pré-Escolar, 1.º, 2.º e 3.º Ciclos. Este ano a Corrida-Solidária teve como tema a “Parceria Global para o Desenvolvimento, En-velhecimento Ativo e Solidariedade entre Gerações”.

A CorridaSolidária é uma proposta da organização não governamental Mé-dicos do Mundo para fomentar a cons-ciência sobre a solidariedade entre os mais jovens, a favor da Educação para o Desenvolvimento e para a Saúde.

Estafeta solidária

Évora

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Decorre de 5 a 9 de Junho, na próx-ima semana, no Teatro Garcia de Resende, a 5ª edição do Festival das Companhias da Descentralização que reúne em Évora espectáculos de seis companhias sediadas fora dos principais centros urbanos do país: A Escola da Noite, de Coim-bra; Teatro das Beiras, da Covilhã; Teatro do Montemuro, de Campo Benfeito - Castro Daire; ACTA – A Companhia de Teatro do Algarve, de Faro; Companhia de Teatro de Braga e Centro Dramático de Évora - Cendrev.

Para o dia da abertura do Festi-val, 5 de Junho, a Companhia de Teatro de Braga, apresenta “Jardim”, de Alexej Schipenko, pelas 21h30, na Sala Principal do Teatro Garcia de Resende. Uma história muito conhecida em Portugal e, neste espectáculo, é contada de uma ma-neira diferente - talvez como diário de Inês de Castro.

Neste diário ela descreve o seu

primeiro encontro, o amor, a vida com Pedro, e o seu assassinato. Contudo, o seu diário continua para lá da sua morte. Até à exuma-ção do seu corpo e coroação como rainha de Portugal, Inês relata o que acontece com aqueles que per-manecem vivos.

“Provavelmente um Pessoa”, de Abel Neves, estará em cena no dia seguinte, dia 6, pelas 21h30, na Sala Estúdio do teatro e no dia 7, pelas 18h30, produção do Teatro das Bei-ras, da Covilhã.

A co-produção mais recente en-tre o Cendrev – Centro Dramático de Évora e A Escola da Noite, de Coimbra “O Abajur Lilás”, de Plínio de Marcos, sobe de novo ao palco do Teatro, no dia 7, pelas 21h30, na Sala Principal do teatro, para aqueles que não tiveram ocasião de ver ou até mesmo para aqueles que queiram rever.

Para os mais pequenos, “De Ulisses…Não Digas Tolices” – A

Guerra de Tróia, de Alexandre Honrado, estará em cena no auto-carro da VATe – Serviço Educativo da ACTA – A Companhia de Teatro do Algarve, com visitas gratuitas ao espaço no dia 7 (5.ª feira) e ses-sões de espectáculo no dia 8 (6.ª fei-ra), às 10h30 e às 15h00, para grupos escolares e dia 9 (sábado), às 12h00 e às 18h30, para o público em geral.

ACTA – A Companhia de Teatro do Algarve, apresenta dois espec-táculos “Cavalo Manco Não Trota”, de Luis del Val, no dia 8, às 18h30, na Sala Estúdio e ainda “Laço de Sangue”, de Athol Fugard, às 21h30, na Sala Principal do Teatro. Ambos os espectáculos contam com a in-terpretação de Luis Vicente, direc-tor artístico da Companhia.

“Louco na Serra”, de Peter Cann e Steve Jonhstone, marcará o encer-ramento do V Festival das Compan-hias da Descentralização, pelo Teatro do Montemuro, no dia 9 de Junho, pelas 21h30, na Sala Principal.

Évora

Ciclo de debatesÉvora prossegue Ciclo de debates “Habitar a Cidade, Construir Espa-ço Público”Contributos da Arquitec-tura e do Urbanismo.Na mesa motivadora deste debate estarão dois especialistas na construção de cidade, profundos conhecedores do caso de Évora: A Prof. Aurora Carapinha é Arquiteta Paisagista e Professora na Uni-versidade de Évora. O Arquiteto Jorge Silva foi o impulsionador do primeiro PDM de Évora, da encomenda do Pro-jecto da Malagueira ao Arquitecto Siza Vieira, Professor Universitário e Director da Oficina de Arquitectura.A moderação estará, desta vez, a cargo de um jornalista: Paulo Nobre.O Objectivo é reflectir em público, com os cidadãos interessados, como construir mais Cidade, na perspeciva Educadora, em Évora.Hoje pelas 17 horas

Companhia de Teatro de Braga abre festival das companhias em Évora

Teatro

D.R.

5ª edição do Festival das Companhias da Descentralização

A Entidade Regional de Turismo do Alentejo tem em curso um projeto para atrair investidores estrangeiros para a região. O presidente António Ceia da Silva adianta à DianaFm que existem 170 projetos turísticos identifi-cados que necessitam de novos parceiros. “A banca não empresta dinheiro, não há liquidez finan-ceira, não há capacidade para suportar as contrapartidas na-cionais, os próprios investidores que conseguiram financiamento têm dificuldade em cumprir as amortizações e querem prazos maiores”, disse.

O presidente da Turismo do Alentejo não revela o montante necessário para alavancar estes projetos, mas diz onde estão os in-vestidores. O Brasil e os Emirados Árabes Unidos são os primeiros países onde se irão procurar in-vestidores, “até porque já existem algumas manifestações de inter-esse”. Angola é outro dos países que oferece potenciais investi-dores, “mas para já ficou de fora porque é muito difícil a obtenção de vistos e a deslocação seria mais morosa”, segundo o responsável.

Também de fora está a Europa “que não é um bom destino para procurar investimento”.

Investimento estrangeiro

Turismo

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