Registo ed221

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www.registo.com.pt SEMANÁRIO Director Nuno Pitti Ferreira | 06 de Setembro de 2012 | ed. 221 | 0.50 O Melhor Petisco | Rua Catarina Eufémia , 14 Horta das Figueiras | 7005-320 Évora 266771284 PUB Portalegre “Fazer acontecer a regeneração urbana” 03 Seguro não quer mais austeridade Pág.08 Pensada como palco para a “rentrée” socialista, a Universidade de Verão cumpriu os objetivos. Numa sala apinhada para ouvir o líder, António José Seguro chegou rodeado de repórteres de imagem, música típica das campanhas eleitorais e militantes em pé a aplaudi- rem e a agitarem bandeiras. Alterações do clima afectam biodiversidade Pág.04 As alterações climáticas po- dem vir a beneficiar a agricultura di- namarquesa através do aumento no nú- mero de espécies que fornecem serviços de controlo de pragas. Enquanto isso, os países do Sul da Europa enfrentam re- duções substanciais nas espécies bené- ficas. Vera Mantero no Garcia de Resende Pág.12 A coreógrafa pegou em dezenas de cabeças cortadas e encheu-as de coisas lá dentro. Carrinhos de brincar. Colares de pérolas. Cartões de crédito. Aviões milita- res. Crucifixos. Moedas. Notas. Cadeados. Rebuçados. E também sacos de plástico e até uma boneca insuflável. Há de tudo no novo espectáculo de Vera Mantero. Fronteira Palco de História Pág.11 Os vestígios de ocupação huma- na na área correspondente ao atual mu- nicípio de Fronteira remontam a mais de 10 mil anos de história, com diversos mo- numentos megalíticos, entre eles cerca de 30 antas e os dólmenes da Necrópole Me- galítica da Herdade Grande ou as rochas gravadas da Herdade dos Pintos. D.R.

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Edição 221 do Semanário Registo

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www.registo.com.pt

SEMANÁRIO Director Nuno Pitti Ferreira | 06 de Setembro de 2012 | ed. 221 | 0.50€

O Melhor Petisco | Rua Catarina Eufémia , 14Horta das Figueiras | 7005-320 Évora

266771284

PUB

Portalegre “Fazer acontecer a regeneração urbana” 03

Seguro não quer mais austeridadePág.08 Pensada como palco para a “rentrée” socialista, a Universidade de Verão cumpriu os objetivos. Numa sala apinhada para ouvir o líder, António José Seguro chegou rodeado de repórteres de imagem, música típica das campanhas eleitorais e militantes em pé a aplaudi-rem e a agitarem bandeiras.

Alterações do clima afectam biodiversidadePág.04 As alterações climáticas po-dem vir a beneficiar a agricultura di-namarquesa através do aumento no nú-mero de espécies que fornecem serviços de controlo de pragas. Enquanto isso, os países do Sul da Europa enfrentam re-duções substanciais nas espécies bené-ficas.

Vera Mantero no Garcia de ResendePág.12 A coreógrafa pegou em dezenas de cabeças cortadas e encheu-as de coisas lá dentro. Carrinhos de brincar. Colares de pérolas. Cartões de crédito. Aviões milita-res. Crucifixos. Moedas. Notas. Cadeados. Rebuçados. E também sacos de plástico e até uma boneca insuflável. Há de tudo no novo espectáculo de Vera Mantero.

FronteiraPalco de HistóriaPág.11 Os vestígios de ocupação huma-na na área correspondente ao atual mu-nicípio de Fronteira remontam a mais de 10 mil anos de história, com diversos mo-numentos megalíticos, entre eles cerca de 30 antas e os dólmenes da Necrópole Me-galítica da Herdade Grande ou as rochas gravadas da Herdade dos Pintos.

D.R

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2 06 Setembro ‘12

Director Nuno Pitti Ferreira ([email protected])

Propriedade

PUBLICREATIVE - Associação para a Promoção e Desenvolvimento Cultural; Contribuinte 509759815 Sede Rua Werner Von Siemens, n.º16 -7000.639 Évora - Tel: 266 751 179 fax 266 751 179 Direcção Silvino Alhinho; Joaquim Simões; Nuno Pitti Ferreira; Departamento Comercial [email protected] Redacção Luís Godinho; Pedro Galego Fotografia Luís Pardal (editor) Paginação Arte&Design Luis Franjoso Cartoonista Pedro Henriques ([email protected]); Colaboradores António Serrano; Miguel Sampaio; Luís Pedro Dargent: Carlos Sezões; António Costa da Silva; Marcelo Nuno Pereira; Eduardo Luciano; José Filipe Rodrigues; José Rodrigues dos Santos; José Russo; Figueira Cid Impressão Funchalense – Empresa Gráfica S.A. | www.funchalense.pt | Rua da Capela da Nossa Senhora da Conceição, nº 50 - Morelena | 2715-029 Pêro Pinheiro – Portugal | Telfs. +351 219 677 450 | Fax +351 219 677 459 ERC.ICS 125430 Tiragem 10.000 ex Distribuição Nacional Periodicidade Semanal/Quinta-Feira Nº.Depósito Legal 291523/09 Distribuição PUBLICREATIVE

Ficha TécnicaSEMANÁRIO

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w.egoisthedonism.w

ordpress.comPedro H

enriques | Cartoonista

“Lapso religioso”

A Abrir

As conversas em torno do bom aluno multi-plicam-se com intensidade nos vários qua-drantes. Este discurso metafórico, sobre os desafios da nação face aos compromissos assumidos com a troika, recorre a uma mi-tologia académica que procura construir um modelo de estudante que sirva de referência para os seus colegas. O bom aluno pode ser alguém que gosta muito de estudar, ou gosta muito de aprender, tem bom aproveitamento, evita conflitos, entre uma imensidão de tipifi-cações de discutibilidade sem consenso sobre o que é ser bom!

Este primeiro ano da terceira intervenção externa em Portugal dos últimos 30 anos tem tido um impacto extremamente violento no país. Esta condição de bom aluno tem levado

Portugal viver a recessão mais profunda da sua democracia (queda do PIB de 4,8% entre 2011 e 2012) com o consumo, investimento e confiança das famílias e empresas a regista-rem quedas e mínimos históricos.

A quinta avaliação que agora decorre, in-dependentemente dos seus resultados, vem servir para reforçar a tese do aluno aplicado (que é bem diferente de ser bom aluno) em oposição ao mau aluno, que faz batota e não mostra aplicação na prossecução dos seus in-tentemos: a Grécia.

Ser o bom aluno é uma realidade que te-nho muita dificuldade em descrever. Um aluno pode ter bom aproveitamento e não dominar as matérias. Um país pode reduzir o deficit e não resolver os problemas estru-

turais. Um aluno pode ser aplicado, ter boas notas, mas não dominar a regras elementa-res de interação com os seus colegas. Um país pode ficar bem face ao exterior, mas as suas gentes podem viver dias de amargura. Um aluno pode fazer grandes sacrifícios no seu estudo, não ter aproveitamento, e ser aplicado. Um país pode fazer uma redução brutal nos salários, nas pensões e ter um efeito perverso com efeitos no crescimento e na receita. Enfim, há possibilidades para todos os gostos.

São estas perplexidades que tornam difí-cil classificar esta realidade do bom aluno. Não havendo opção face à herança assumida do populismo dos antecessores, este Gover-no não tem alternativa de não ser um aluno

aplicado à medida do professor, seguindo as regras negociadas em “turma” e honrar um compromisso assumido, fundamental para a consolidação da sua imagem exterior de apli-cado e responsável.

Portugal vai conseguir ultrapassar mais esta etapa. Alguns efeitos já são visíveis. Registo aqui um de consciência. Em 2011 houve um desaparecimento de 135 mil fi-lhos das declarações de IRS e a redução da despesa com medicamentos. Não se pode dizer que os portugueses não têm imagina-ção. E não foi a troika, nem o Governo, que criou tamanho exercício de criatividade para sacar alguns milhares de euros, nes-te caso, ao Estado. Afinal, somos todos tão bons alunos!

O bom aluno ou o aluno aplicado?Joaquim FialhoProfessor universitário

A maioria dos portugueses atravessa um deser-to repleto de desesperos, pressões e angústias. Famílias inteiras em situação de desemprego, milhares de pessoas em risco de perderem a possibilidade de habitar em condições condig-nas, reformados com os seus rendimentos pe-nhorados porque de, forma altruísta, aceitaram ser fiadores de filhos e netos que não conse-guem hoje cumprir os seus compromissos.

Os cortes nos rendimentos do trabalho, os aumentos dos bens essenciais, a angústia de quem não sabe se consegue dar aos filhos a formação escolar ambicionada, a rede fami-liar sem margem para mais solidariedade.

Cruzo-me diariamente com pessoas a vive-rem nestas circunstâncias e pergunto-me por-que não reagem, porque não resistem, porque não se juntam aos que se manifestam, aos que lutam organizadamente, aos que acreditam que existe uma alternativa.

Confesso que é com alguma perplexidade que vejo raiva e desespero transformadas em isolamento e em conformismo, numa espécie de praga que ameaça afectar a saúde mental colectiva.

Os arautos das “troikas” confundem esta atitude com apoio às suas políticas e compre-ensão para com os sacrifícios pedidos, como se alguém que ficou sem emprego e sem casa pudesse ser suporte social dos que provoca-ram a situação.

Acreditam que tal atitude se pode manter até que entendam que todos os “ajustamen-tos” estão feitos e que empobrecemos todos o suficiente, que trabalhamos por metade do preço o dobro das horas, que pagamos a saú-de e a educação, que aceitamos a exploração como uma inevitabilidade.

Acreditam que nestas condições de correla-ção de forças não têm sequer necessidade de fingir que aliviam a pressão para garantir que

a panela não explode. Alguns “pensadores” vão aparecendo aqui

e ali alertando para este abastecer silencioso de combustível composto de desesperos di-versos. Não que pretendam inverter a situa-ção, nada disso, apenas pretendem garantir que a corda não parte e que o essencial não muda.

Mas até perante estes alertas a surdez de direita no poder é total e assenta no cumpri-mento da sua agenda ideológica, custe o que custar.

Um melhor conhecimento da história seria suficiente para baixar os níveis de arrogância desta gente. Mas eles têm a crença de que a história chegou ao fim.

Este silêncio dos inocentes, esta contenção (por vezes incompreensível) de quem sofre violenta e diariamente com estas políticas, não pode durar sempre.

Não pode ser sempre eficaz a estratégia de culpabilização das vítimas, assente em ar-gumentação primária e numa comunicação agressiva.

Não irá durar sempre a aceitação de argu-mentos do género: “estás desempregado por-que não antecipaste a mudança”, “a culpa é da falta de empreendedorismo dos portugueses”, “estás a pagar agora o excesso de direitos que tiveste”, “tens a reforma penhorada porque não acautelaste tudo quando foste fiador na compra da casa do teu filho”.

Haverá um momento em que todos os de-sesperos se juntarão e aí a violência da res-posta será equivalente à violência do ataque perpetrado.

Os tais “pensadores” avisados vão dizen-do que nessa altura será a “classe política” o alvo da indignação generalizada. Se os olhos estiverem abertos será esta política de classe o alvo da reposta.

O silêncio dos inocentes

Eduardo lucianoadvogado

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ActualPortalegre desenvolve projecto inovador para a modernização e preservação do centro histórico.

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A Câmara Municipal de Portalegre lan-çou um desafio aos munícipes no âmbito do projeto “Fazer Acontecer a Regenera-ção Urbana”, inserido no Programa JESSI-CA (Joint European Support for Sustaina-ble Investment in City Areas).

Este desafio consiste na participação ativa dos cidadãos através da apresen-tação de ideias que promovam e pre-servem o património e a identidade cultural do Centro Histórico e Zona Comercial da cidade, tornando a zona regenerada ideal para fins empresariais e de animação turística e cultural, sem deixar de ter em conta temas contem-porâneos, inovadores, capazes de criar novas dinâmicas sociais e económicas para esta zona.

Pretende-se desta forma, reunir uma serie de sugestões que ajudem a definir um plano de Regeneração Urbana para a Zona Histórica da cidade abrangendo o Eixo definido pelo Largo José Lourinho, nas Ruas 5 de Outubro, do Comércio e de Elvas, os Largos José Duro, de S. Lourenço, da Fonte Nova, Frederico Laranjo, Luís de Camões, da Misericórdia, Serpa Pinto e de S. Agostinho, e ainda na Praça do Muni-cípio.

As propostas deverão ser enviadas até 30 de Setembro para o email [email protected] ou apresentadas na Divisão de Estudos e Projetos da Câmara de Portalegre.

Esta iniciativa realiza-se em colabora-ção com o NERPOR (Núcleo Empresarial da Região de Portalegre) e com a CIP (Con-federação Empresarial de Portugal).

Para Adelaide Teixeira, Presidente da Câmara de Portalegre “O Município tem muito orgulho em poder participar neste projeto e o nosso principal objetivo é que

Câmara Municipal de Portalegre quer ”fazer acontecer a regeneração urbana“ População convidada a dar ideias

as ideias representem a visão da popula-ção da nossa cidade, que haja uma par-ticipação dinâmica e ativa, e que, acima de tudo, as pessoas se sintam parte deste projeto. Esta iniciativa visa implemen-tar medidas que promovam o concelho, dando “mais vida” às zonas regeneradas e, acima de tudo, que a população se iden-tifique com a cidade em que vive e que usufrua dela.”

Acerca do Programa JESSICA:É uma iniciativa da Comissão Europeia, desenvolvida em colaboração com o Ban-co Europeu de Investimento (BEI) e o Banco de Desenvolvimento do Conselho da Europa (BDCE).

Este Programa promove a regeneração

e o desenvolvimento urbano sustentá-veis, através de mecanismos de engenha-ria financeira. É uma forma inovadora de aplicar os fundos estruturais comu-nitários postos à disposição dos Estados membros a favor de projectos inseridos em intervenções integradas de desenvol-vimento urbano.

Os recursos públicos mobilizados na âmbito da Iniciativa JESSICA permitem alavancar recursos privados, já que esta iniciativa garante condições atractivas para que os investidores privados invis-tam em Fundos de Desenvolvimento Urbano (FDU), sob a forma de parcerias público-privadas ou outras, que viabili-zem operações de regeneração urbana de maior risco ou de rentabilidade menos

atrativa para o mercado.Pretende-se ainda através da recupe-

ração dos fundos estruturais investidos (financiamento reembolsável), assegu-rar instrumentos de financiamento do desenvolvimento urbano que não se es-gotem no período de vigência do atual QREN 2007 – 2013.

No Alentejo:O valor disponível para a região do Alen-tejo, onde se enquadra a Lezíria do Tejo SRU é de 10 milhões de euros.

As duas instituições selecionadas para gerir o Fundo JESSICA nesta região foram o Banco BPI e a Caixa Geral de Depósitos em parceria com o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU).

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Actual

quando o clima muda, normalmente a distribuição das espécies também é alterada.

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As alterações climáticas podem vir a beneficiar a agricultura dinamarquesa através do aumento no número de espé-cies que fornecem serviços de controlo de pragas. Enquanto isso, os países do Sul da Europa enfrentam reduções substanciais nas espécies benéficas. Um novo estudo do Profº Miguel Araújo e vários parceiros europeus apresenta uma perspectiva fu-tura para o controle natural de pragas na Europa.

Quando o clima muda, normalmente a distribuição das espécies também é al-terada. Miguel Araújo, titular da Cátedra Rui Nabeiro/Delta Cafés em Biodiversi-dade na Universidade de Évora e investi-gador do CMEC (Center of Macroecology Evolution and Climate), é o investigador sénior por trás de um novo estudo que investiga como as alterações climáticas futuras podem influenciar as espécies que providenciam um controle natural, e gratuito de pragas para a indústria agrí-

Mudanças Climáticas poderão dividir agricultores europeus em “vencedores” e “perdedores”cátedra comendador rui nabeiro promove estudos sobre a biodiversidade

cola, um serviço que vale biliões de dóla-res anuais numa escala global: “As pragas destroem 25-50% das culturas agrícolas do mundo e a despesa total no contro-le de pragas ultrapassa os US$54 biliões. “Nós não sabemos quanto o controle na-tural de pragas contribui para a produção

mundial de alimentos, mas sabemos que esse valor é extremamente alto”, explica Miguel Araújo.

O estudo incluiu três projecções climá-ticas para os anos de 2020, 2050 e 2080, bem como quatro cenários de efeito de estufa, variando de “moderado” a “pessi-

mista”. Em todos os cenários o Centro e o Norte da Europa ganharam no número de espécies benéficas, enquanto os países do Sul da Europa enfrentaram uma perda dessas espécies.

No total, a pesquisa incluiu 110 ver-tebrados terrestres, sendo que todos eles providenciam serviços de ecossistema gratuitos para a indústria agrícola, quer no controle de pragas de roedores ou no controle de pragas de invertebrados.

Os autores explicam que esses resul-tados não podem ser utilizados como previsões precisas. No entanto, dão uma indicação clara da perda potencial de es-pécies benéficas no Sul da Europa. Uma perda que é particularmente grave nos países dessa região, considerando que geralmente possuem uma maior percen-tagem do PIB baseada na agricultura. Além disso, o estudo observa que o au-mento de espécies benéficas em países como a Dinamarca está condicionado pelas mudanças no uso do solo e polui-ção, factores que não foram contabiliza-dos nos modelos.

Os resultados foram publicados na re-vista BioScience, Julho de 2012.

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Actual

Encontro para promover actividades relacionadas com produção, transformação e comercialização do azeite.

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a delegação regional de Évora da deco nas últimas semanas tem recebido inúmeras reclamações relati-vas às práticas comerciais levadas a cabo por empre-sas de Telecomunicações

muitas têm sido as reclamações de consumidores abordados na sua própria residência, por comerciais de empresas de telecomunicações a tentarem vender os seus produtos/serviços.

numa primeira abordagem é perguntado qual o ope-rador que tem atualmente, e seja ele qual for, infor-mam que, se aderirem ao serviço que está a ser pro-posto, a sua fatura atual ficará reduzida a 10€, por via de um acordo comercial entre operadoras, negócio este bastante vantajoso para o consumidor e motiva-dor para a assinatura imediata do novo contrato.

o consumidor é informado que não terá de fazer nada, uma vez que, é a própria empresa que contacta o seu atual operador de telecomunicações para proce-der á alteração.

ora nada do descrito corresponde à verdade, e aten-dendo ao facto do contrato ser celebrado com recur-so a práticas comerciais desleais e por isso lesivas dos direitos dos consumidores, a dEco já denunciou a si-

tuação à anacom, para garantir a salvaguarda dos in-teresses económicos dos consumidores.

o consumidor pode, no prazo de 14 dias e por carta registada com aviso de receção dirigida ao vendedor (o consumidor deve ficar com cópia e comprovativos do correio), terminar o contrato sem pagar indemni-zação ou indicar o motivo. mas se a Empresa de tele-comunicações não informar o consumidor dos meios para pôr termo ao contrato, o prazo de reflexão passa para 3 meses, em vez de 14 dias.

a dEco manter-se-á atenta a esta situação e a outras de forma a garantir a proteção e salvaguarda dos di-reitos e legítimos interesses dos consumidores.

Isabel Curvodelegação regional de Évora

Travessa lopo Serrão, n.ºs 15 a e 15 B, r/ch, 7000-629 Évora

Telefone: 266744564 – Fax: [email protected] /www.deco.proteste.pt

Operadoras de telecomunicações sem lei

Realiza-se na próxima quinta-feira, dia 13 de setembro, o Encontro Nacional do Setor do Azeite - Da produção aos mer-cados.

A iniciativa é promovida pela Câma-ra Municipal de Ferreira do Alentejo em colaboração com as empresas Car-toil, Cooperativa Agrícola de Moura e Barrancos, Cooperativa Agrícola da Vi-digueira, Elaia/Sovena, Grupo Âncora, Herdeiros Passanha e Monte Novo e Figuerinha.

O Encontro Nacional do Setor do Azeite realiza-se através do programa InAlen-tejo com o objetivo de promover a troca de informação entre agentes de mercado relacionados com a produção, transfor-mação e comercialização de azeite.

A iniciativa conta com a presenças de Jean-Louis Barjol - Director-Executivo do Conselho Oleícola Internacional, Armando Sevinate Pinto - Consultor da Presidência da República para as ques-tões da Agricultura e do Mundo Rural,

Cristas encerra Encontro Nacional do Setor do Azeite em Ferreira do Alentejocâmara de Ferreira e enti-dades do sector promovem olivicultura nacional

entre outros.O encontro decorre todo o dia no Cen-

tro Cultural Manuel da Fonseca, em Ferreira do Alentejo, sendo que a ceri-

mónia de encerramento será presidida pela Ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Ter-ritório, Dra. Assunção Cristas

O projecto “Idosos + Jovens”, do Espaço Solidário de Ourique, é um dos cinco finalistas do Prémio Voluntariado Jo-vem Montepio, uma iniciativa que re-cebeu candidaturas de todo país e que se destina a reconhecer, promover e di-vulgar o voluntariado jovem e as suas actividades e a estimular a apresenta-ção de projectos inovadores ou apoiar a continuidade de projectos já em curso.

O projecto candidatado pelo Espaço Solidário de Ourique, uma parceria entre a Paróquia de Ourique e a Câ-mara Municipal de Ourique, consiste em inúmeras actividades desporti-vas, culturais, ambientais e na troca de saberes entre a população sénior e os jovens, e que será dinamizado pelo Agrupamento de Escuteiros de Ouri-que e pelos jovens da catequese.

O “Idosos + Jovens” será apresen-tado em Braga no próximo dia 19 de Setembro, onde será conhecido o pro-jecto vencedor do Prémio Voluntaria-do Jovem Montepio. Caso o “Idosos + Jovens” seja o vencedor, o prémio, no valor de 25 mil euros, será investido num circuito de manutenção física em Ourique, para jovens e idosos.

Voluntariado Jovem Montepio

Ourique

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Actual

aljustrel promove actividades juvenis para descobrir a natureza e promoção da cidadania com muita animação.

A Barragem do Roxo vai estar em festa este fim de semana. No sábado, irá decor-rer a Roxo Summer Feast, iniciativa desti-nada aos jovens do concelho de Aljustrel, que irá contar com atividades radicais e música non stop com diversos DJ.

Integrado neste evento, será realizado desta sexta-feira a domingo, o Acampa-mento Nacional da Juvebombeiro que se-gundo se prevê irá trazer a este bonito lu-gar cerca de 150 jovens bombeiros de todo o país, que aqui passarão estes três dias, na sequência de uma parceria estabeleci-da entre o município e a Liga dos Bombei-ros Portugueses, procurando-se, por esta via, estimular os jovens do concelho de Aljustrel para o voluntariado e para o en-volvimento em causas humanitárias. A abertura do secretariado do acampamen-to será no dia 7, às 17h30.

No sábado, todos os jovens poderão participar em atividades de descober-ta da natureza (canoagem, tiro ao arco, ponte de cordas, provas de orientação) e

Summer Feast e o Acampamento Nacional da JuvebombeiroParceria com a liga de Bom-beiros anima aljustrel

paintball. Haverá também workshops de Combate a Incêndios com Extintores e de Suporte Básico de Vida, e ainda demons-trações cinotécnica (busca e salvamento

de pessoas pelo binómio homem/cão), e de grande ângulo (resgate de vítimas em zonas de difícil acesso- paredão da bar-ragem) e de mergulho com simulação de

procura e resgate de vítimas. Às 18horas, será aberto o Espaço Músi-

ca “12 Horas de Música Non Stop”, com a animação dos DJ Christian F, DJ Peter Lewis, DJ Holly, DJ Bruno Lopez, DJ Tape, Dj Paulo Vaz, DJ Rui Miguel, Dj Jesus del Souza, Dj Philip Deepe, DJ Escravo.

E para terminar, no domingo, 9, pelas 11 horas, será realizada a receção às enti-dades convidadas, junto ao Quartel dos Bombeiros de Aljustrel, ao que se segui-rá um desfile até aos Paços do Concelho, onde irá decorrer a cerimónia oficial de encerramento do Acampamento Nacio-nal da Juvebombeiro, que contará com a presença do presidente da Liga dos Bom-beiros e do presidente Nacional da Juve-bombeiro.

Recorde-se que este evento integra-se no novo programa municipal “Aljustrel Jo-vem” que irá, ao longo do ano, apresentar várias iniciativas para ocupação dos tem-pos livres da juventude, em áreas como ambiente, empreendedorismo, cultura, desporto e turismo, no sentido de poder atrair e fixar os jovens no concelho de Al-justrel, contribuindo para o seu desenvol-vimento social, económico e cultural.

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ExclusivoTravel Event decorre no Parque de campismo da albufeira do maranhão, em avis, este fim-de-semana.

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De 7 a 9 do corrente mês de Setembro, abeire-se de um dos mais aclamados eventos de Mototurismo realizados em Portugal – o Travel Event, que irá estar em evidência em mais uma edição, a quinta, a decorrer no Parque de Campismo da Al-bufeira do Maranhão, em Avis.

Este Encontro Nacional de Motociclis-tas “com grande apetência pelas viagens, pelo passeio e pelo Mototurismo”, um conceito de viagem cujo meio de trans-porte é a moto, caracterizado essencial-mente pelo espírito de aventura, liberda-de e descoberta, vai voltar a contar com o apoio do Município de Avis e de outras entidades que se associaram ao evento.

A edição de 2012, projetada em moldes semelhantes às anteriores através de uma ampla programação, irá proporcionar a todos os participantes uma agradável confraternização e bem assim, a troca de experiências e conhecimentos entre os

Travel Event Encontro de motociclistas com gosto pelas viagens e aventura

amantes dos veículos de duas rodas. O Parque de Campismo da Albufeira do

Maranhão será, pois, por três dias, palco deste grande evento que recebe viajan-tes portugueses e estrangeiros para um testemunho, na primeira pessoa, de al-guns relatos de viagens e passeios, entre os muitos que se apresentam com roteiros cheios de surpresas e emoções. “Croácia”, “África do Meu Coração”, “Magadan – Vie-na”, “Cabo Norte – Ucrânia” e “Bolívia” se-rão disso o exemplo. Também o “Passeio offroad” e o “Passeio Turístico”, tornados oportunos pela Touratech, estarão na ordem do 2º dia desta “aventura”, assim como a fotografia, os espaços sonoros e a mecânica que se encontram reservados para os Workshops a realizar na tarde deste dia. Conte ainda com vários “test-drives” proporcionados por algumas das marcas de motos presentes no espaço.

O domingo Travel Event será preenchi-do com o “Briefing WTC” a marcar o início do jogo WTC - Waypoint Trail Challenge, e com o derradeiro momento de “despedi-das” entre todos os participantes.

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o teleponto, quase invisível, permite ao líder debitar números e mais números sobre o estado do

Exclusivo

Luís Godinho

Pensada como palco para a “rentrée” so-cialista, a Universidade de Verão cum-priu os objetivos. Numa sala apinhada para ouvir o líder, António José Seguro chegou rodeado de repórteres de imagem, música típica das campanhas eleitorais e militantes em pé a aplaudirem e a agita-rem bandeiras.

“É de Portugal que vos quero falar, do país de que tanto gostamos e de cuja his-tória tanto nos orgulhamos”, dispara o secretário-geral socialista. Os militantes, entre os quais “notáveis” como Almeida Santos ou Maria de Belém, preparam-se para uma hora de discurso. Mais atrás os assessores não largam os ‘tablets’ onde monitorizam os diretos televisivos.

Nas cadeiras sentam-se os cerca de 100 alunos da universidade socialista, dirigentes nacionais do partido – entre os quais alguns protagonistas do ‘socra-tismo’ como Pedro Silva Pereira, Vieira da Silva ou Capoulas Santos – autarcas e militantes anónimos. O teleponto, quase invisível, permite ao líder debitar núme-ros e mais números sobre o estado do país para concluir que o governo tem “falhado em toda a linha”.

Falhou, disse Seguro, quando previu 13,4% de desemprego para este ano e a taxa “ficará acima dos 15,5%”, quando “disse que a economia cairia menos 2,8 por cento” e vai regredir mais de 3% e, sobretudo, quando se comprometeu a re-duzir o défice para 4,5% no final do ano: “Infelizmente, o défice vai ser superior a 5%, tendo atingido no primeiro semestre 6,9%”.

“Para quê tanto sofrimento, tanta dor e tanta angústia se o Governo falhou na execução do seu orçamento e não atingiu as metas contratadas com a ‘troika’?”, per-guntou Seguro, garantindo que agora que ““soou mais uma campainha de alarme” – a derrapagem de 3600 milhões de euros nas contas públicas – é tempo de separar águas: “O PS não está para mais pedidos

de austeridade”.Para o secretário-geral socialista, a

correção orçamental não deve ser feita à custa de mais austeridade mas de um adiamento do prazo para o país cumprir as metas relativas ao défice das contas pú-blicas, à semelhança do que foi consegui-do por Espanha e Irlanda. E será isto que o PS dirá quando se reunir com a ‘troika’.

“Estamos convencidos que iniciaremos a reunião com os responsáveis da ‘troika’ a darem-nos finalmente razão, dez meses depois de lhes termos dito que a receita estava errada”, sublinhou António José Seguro, acrescentando que “voltará a insistir nas nossas propostas com priori-dade ao emprego e ao financiamento da economia”.

Pelo discurso do líder socialista passa-ram ainda as privatizações da TAP, ANA e Estaleiros Navais de Viana do Castelo e a anunciada intenção do governo de con-cessionar o serviço público de televisão a privados. “O Estado não se pode confun-dir com o governo, nem o Estado com o PSD ou com o CDS. O clientelismo político tem que ter um fim em Portugal”, referiu.

“Erro estratégico”

De austeridade falou também Edite Es-trela: “A overdose de austeridade depri-miu a economia e matou o emprego”. No discurso de abertura da Universidade de Verão a eurodeputada socialista disse que apesar do aumento de impostos e da redu-ção de salários Portugal “não irá cumprir” o objetivo de redução do défice para 4,5% no final do ano. E a culpa, acrescenta, é da “receita negociada entre o governo e a ‘troika’” que “não é ajustada à realidade portuguesa”. “Foi um enorme erro estraté-gico”, sublinha.

Numa altura em que a ‘troika’ procede à quinta avaliação do programa de resga-te a Portugal e a poucas semanas da apre-sentação do Orçamento do Estado para 2013, Edite Estrela quer saber como será corrigida a derrapagem de três mil mi-

lhões de euros nas contas públicas. “Será que, finalmente, o governo vai reconhe-cer que errou e que tem de renegociar as metas e o calendário, urgentemente?”, questiona Edite Estrela, considerando que “não é aceitável” o país gastar mais com os encargos da dívida do que com o Serviço Nacional de Saúde nem “susten-tável” pagar todos os anos nove mil mi-lhões de euros em juros da dívida “para enriquecer os usurários do costume”.

Durante quatro dias, mais de uma cen-tena de alunos da Universidade de Verão do PS vão participar em aulas e jantares-debate com “notáveis” do partido (entre os quais o líder da UGT, João Proença, e os ex-ministros Correia de Campos, Elisa Ferreira e Maria João Rodrigues) e inde-pendentes sobre a resposta socialista para sair da crise. Curiosamente o primeiro dia foi em larga medida passado “de cos-tas voltadas” para a atualidade política do país, com o líder parlamentar, Carlos Zorrinho, a recusar falar sobre os temas “quentes” do dia: “Estou aqui como aluno da universidade”.

Os dias foram igualmente marcados pela proposta de concessão a privados do serviço público de televisão. Edite Estrela chegou mesmo a acusar o PSD de querer “reforçar” a sua “influência desmesurada” na comunicação social através da conces-são do serviço público de televisão.

“Tudo leva a crer que esta opção visa o reforço do ‘cluster’ mediático laranja a nível nacional. O que põe em causa o plu-ralismo de opinião e enfraquece a demo-cracia”.

Questionada sobre o significado da expressão “cluster mediático laranja”, a eurodeputada disse ser “claro para os portugueses que há uma influência des-mesurada do PSD na comunicação so-cial”, tanto a nível da propriedade dos me-dia como no do comentário político: “Com a concessão da RTP e o acabar do serviço público de televisão e de radio pode acon-tecer que essa influência seja reforçada e pode ser essa a intenção”.

António José Seguro diz que socialistas ”não estão para mais austeridade“

Pelo discurso do líder socialista passaram ainda as privatizações da TaP, ana e Estaleiros navais de Viana do castelo e a anunciada intenção do governo de concessionar o serviço público de televisão a privados.

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país para concluir que o governo tem “falhado em toda a linha”.

Exclusivo

E ao terceiro dia, os alunos da Uni-versidade de Verão do PS interrom-peram com aplausos o discurso de Ana Gomes: “Vi o ex-ministro Luís Amado na Universidade da JSD, acho que ele está lindamente lá”, desabafou a eurodeputada.

O incómodo dos socialistas pela presença do ex-ministro dos Negó-cios Estrangeiros de José Sócrates na universidade “laranja” pode resumir-se nas declarações de Ana Gomes aos jornalistas: “Não estra-nhei [que fosse à reunião social-democrata], veja o trajeto de Luís Amado quando foi ministro em diversas pastas e veja as pessoas que trabalharam com ele. O chefe de ga-binete do primeiro-ministro de hoje era chefe de gabinete do ex-ministro Luís Amado. Fez muito bem em lá ir”.

Em Castelo de Vide, o ex-ministro de Sócrates aconselhou o PS a não causar uma crise política. A resposta socialista foi dada em Évora por Ana Gomes que, à semelhança do ex-can-didato presidencial Manuel Alegre,

exigiu uma separação de águas: ““Não quero um consenso que seja acrítico em torno de políticas que já se viu que são ruinosas para o país”.

“Nunca receei crises ou ruturas, pessoalmente e no partido, e tam-bém acho que o PS não pode recear crises ou roturas se, de facto a ‘recei-ta’ é a mesma, desastrosa, empobre-cedora e ruinosa para a economia e para os cidadãos portugueses”, acrescentou a eurodeputada socia-lista, numa intervenção durante a qual recorreu à parábola do lacrau e do sapo para se referir à postura de Paulo Portas na coligação gover-namental: “O sapo vai atravessar o canal e o lacrau vai à boleia mas a certa altura o lacrau pica o sapo por-que lhe está na natureza, correndo o risco de ir ao fundo”.

À margem das conferências, o secretário nacional do PS para as questões económicas, Eurico Dias, considerou que o défice de 6,9% esti-mado pela UTAO para o primeiro se-mestre do ano traduz um “falhanço colossal” da estratégia do governo.

Presença de Amado na universidade do PSD incomoda socialistas

Elisa Ferreira diz que Portugal tem de pôr de lado a imagem de “bom aluno” da ‘troika’ e assumir o seu papel enquanto membro da União Europeia. “Portugal não é um bom aluno, é um parceiro. Tem de atuar a nível europeu, não pode estar pas-sivo em relação à agenda europeia”, sublinhou a eurodeputada.

Uma boa oportunidade para o fazer, refere, é a quinta avaliação ao programa de resgate português, atualmente em curso. “Não somos como os gregos, fizemos o que nos recomendaram e não está a resul-tar. Portanto, vamos ver o que tem de ser alterado”. Nem que para isso seja necessário “discutir de forma musculada e ativa” as proposta da ‘troika’.

“Do nosso lado está o resultado da opção que foi tomada”, diz Elisa Ferreira, garantindo ter sido seguida uma agenda “excessivamente re-cessiva” que “matou” todas as dinâ-micas de crescimento da economia: “Estamos no nosso limite em termos de austeridade, temos de dizer que fizemos o trabalho de casa tal como nos foi recomendado e vemos que a economia não relança e que a perda de receitas fiscais inviabiliza a corre-ção dos problemas orçamentais que queríamos resolver”.

Segundo a eurodeputada socia-lista, “não podemos pensar que sozinhos conseguimos sair disto”. Pelo que o governo português tem de olhar “com mais cuidado para a agenda europeia e dizer que temos de ser parte ativa” na redefinição de

funcionamento da moeda única, dez anos depois da chegada do Euro: “Os desequilíbrios aumentaram imenso e os países são chamados a resolver, praticamente só pelos seus próprios meios, as crises e os ajustamentos quando entregaram a nível europeu a maior parte dos instrumentos ne-cessários ao relançamento da econo-mia”.

Questionada pelos jornalistas a propósito do encontro de quinta-feira entre Pedro Passos Coelho e António José Seguro, Elisa Ferreira conside-rou “importante” a existência de um consenso nacional mas disse que este tem de ser “verdadeiro”. “Não pode ser um consenso em que nós obede-cemos à ‘troika’, a ‘troika’ obedece às lógicas dominantes e nós ficamos convencidos que sozinhos podemos fazer tudo”.

Num dia em que a palavra “crise” dominou a generalidade das inter-venções, o líder parlamentar Carlos Zorrinho considerou “normal” que o primeiro-ministro queira ouvir as opiniões do PS sobre política eco-nómica: “Se as tivesse ouvido antes de definir as políticas, não teríamos chegado ao ponto em que agora estamos”.

E o eurodeputado Vital Moreira assegurou que os tempos difíceis não têm fim à vista: “A nossa ideia positi-va, progressista, de que cada geração vive melhor do que a anterior vai ser contrariada, porque esta crise já vai em quatro anos e, não tenhamos dúvidas, não há atalhos para o fim da crise”.

De bom aluno a parceiro da Europa

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“o vício do capitalismo é a distribuição desigual de benesses; o do socialismo é a distribuição por igual das misérias.”

Exclusivo

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Está agora na moda dizer que, pela primeira vez, a próxima geração vai viver pior do que a que a antecedeu. É daquelas “bocas” que se dizem para comprometer o governo em exer-cício (qualquer um; desde que seja de direita) e apelar a uma mudança nas políticas, que vão desde sugestões oportunas, realistas, exequí-veis (só é pena que a maioria reúna apenas uma ou duas destas características) a mas-turbações mentais com que alguns políticos pretendem fazer prova de vida, e que servem apenas para lhes colocar mais uns palmos de terra em cima.

Se com aquilo se quer dizer que será mais difícil no futuro reformar-se em condições obscenas e com anos de “trabalho” insignifi-cantes; usufruir das benesses de uma parafer-nália de fundações, empresas, associações, e o que lhe quiserem chamar, de origem estatal, municipal ou qualquer outra, paga por todos nós; beneficiar de um sistema de ensino que promove a ignorância e a indolência; sujeitar-se a um sistema de justiça que protege o in-fractor e espezinha a vítima; acho muito bem que se acabe com o regabofe.

Em abono da verdade, creio que houve uma ou duas gerações que se apropriaram

indevidamente de recursos que poderiam ter sido distribuídos mais equitativamente por várias, e foi isso mesmo que nos conduziu a esta situação, ainda por cima acompanha-da com discursos que vomitavam palavras como igualdade, solidariedade, justiça, educação… De facto, não houve festa como esta…

Para ser justo, creio que neste conflito ge-racional houve uns, poucos, que beneficiaram e outros, muitos, que simplesmente consen-tiram, e por ironia são, ainda por cima, os primeiros quem mais se revolta e estrebucha, talvez para que não se note muito.

Apesar dos paladinos da afirmação inicial serem quase todos de esquerda, este raciocí-nio deve ser apenas aplicado às sociedades capitalistas pois nas socialistas o que se tem verificado é que geração após geração se vai vivendo cada vez pior ou, dito de outra ma-neira, de vitória em vitória até ao desastre final.

Citando mais uma vez o sempre actual Winston Churchill: “ O vício inerente ao ca-pitalismo é a distribuição desigual das benes-ses; o do socialismo é a distribuição por igual das misérias.”

”Não houve festa como esta“

luíS dargEnTEngenheiro agrónomo

- NegaçãoNão! Não pode estar a acontecer, não necessita-mos de resgate algum, tudo está sob controlo, o país está bem e recomenda-se e os nossos esforços são reconhecidos e apreciados pelos mercados.- RaivaFomos arrastados para esta situação por esse go-verno corrupto, que se recusa a ver o óbvio, nun-ca estivemos tão mal, nunca existiram tamanhas dificuldades, incertezas tão grandes, temos de correr com esses malandros, com esses corruptos, com esses vendilhões do templo.- NegociaçãoSó os nossos parceiros nos podem ajudar, temos de pedir-lhes apoio para que tudo possa ser como dantes, para que a nossa vida melhore, temos de suplicar-lhes que nos resgatem, que com o seu po-der, com a sua força nos salvem, mesmo que nos coloquemos nas suas mãos, mesmo que abdique-mos de nós, apenas assim teremos de novo a com-placência dos mercados. -DepressãoComo é possível? Fizemos tudo o que disseram, fomos mesmo mais além em sinal de boa vontade. Nunca nos disseram que não estávamos no bom caminho, que fazer agora? Sem força para mudar, sem vontade, tudo é negro no futuro que se avizi-

nha. Porque nos abandonaram os mercados? De-sistir, alhear, ficar na sombra tranquila deste país enjeitado.- AceitaçãoPaciência, fomos abandonados, os nossos amigos viraram-nos as costas, dizem-nos que o caminho era nosso, não deles. Tudo o que fizemos sofrer, to-das as prepotências, todas as óbvias submissões… nada evitou este fim, os mercados chamam-nos para outras paragens, afinal estamos tão próximos dos gregos, tão próximos do fim. Resignemo-nos então, aceitemos as nossas crenças, diluamo-nos nos mercados, nesse imenso cosmos de pontos mortos, sumamo-nos no vazio, afinal outros virão.

É assim a vida, quer dos indivíduos, quer dos povos. Por vezes a vida cessa depois de vivida, ou-tras acaba por incúria ou por doença, outras ainda por negligência criminosa.

No nosso caso estamos a ser vítimas de homicí-dio. Só que os deuses, os mercados, já não querem nada connosco e vão acabar por premiar os assas-sinos… até que chegue a sua vez.

Vejam em que fase estamos. Por vezes uma amputação resulta. No caso deste governo é ape-nas a extração de um apêndice podre, pelo menos evita-se uma peritonite, que essa sim, é fatal. Basta olharem para a Grécia.

As cinco fases da mortemiguEl SamPaiolivreiro

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RadarPor cabeço de Vide passava uma estrada subsidiária da importante via militar romana que ligava lisboa a mérida.

Pedro Galego | Texto

Os vestígios de ocupação humana na área correspondente ao atual município de Fronteira remontam a mais de 10 mil anos de história, com diversos monu-mentos megalíticos, entre eles cerca de 30 antas e os dólmenes da Necrópole Me-galítica da Herdade Grande ou as rochas gravadas da Herdade dos Pintos.

Reza a lenda que a vila de Fronteira terá sido primitivamente edificada no ou-teiro denominado “da vila velha”, onde é tradição ter existido uma atalaia nos tem-pos dos romanos. A fundação da Vila de Fronteira é atribuída ao Rei D. Dinis que aqui construiu o Castelo, do qual restam hoje em dia algumas ruínas.

Bem próximo de Fronteira, ainda no concelho, está situado o lugar de Atolei-ros, onde, em 1384, as forças castelhanas foram derrotadas pelo exército comanda-do por D. Nuno Álvares Pereira, num dos episódios decisivos para a manutenção da independência portuguesa durante a chamada crise de 1383-1385.

Depois de séculos em que integrou apenas as freguesias de Nossa Senhora da Atalaia de Fronteira e de São Saturni-no, ao longo do século XIX o concelho de Fronteira contou com múltiplas altera-ções, integrou freguesias dos concelhos de Estremoz, de Monforte e de Sousel, com significativas mudanças sucessi-vas e que incluíram ainda a extinção do próprio concelho de Fronteira (em 1867), integrado no de Alter do Chão, mas logo restaurado (1868).

Em 1855 foram extintos os concelhos de Veiros e Sousel, anexando as suas fregue-sias ao de Fronteira, que desse modo pas-sou a compreender, para além das fregue-sias de Nossa Senhora da Atalaia e de São Saturnino, as freguesias de São Bento de Ana Loura, Santo Aleixo, São Pedro de Al-muro, Rei Salvador, Santo Amaro, Nossa Senhora da Graça de Casa Branca, Nossa Senhora da Graça de Cano, Nossa Senhora da Graça de Sousel e São João da Ribeira.

Em 1863 é restaurado o concelho de Sousel. Depois em 1869 é desanexada a freguesia de São Bento de Ana Loura e em 1871 a de Santo Aleixo, em 1872 foram de-sanexadas as freguesias de Rei Salvador e

Fronteira - Território palco de episódios de HistóriaBem no coração do alto alentejo, a vila de Fronteira tem lugar cimeiro na história nacional. o vasto patrimó-nio que se pode encontrar naquela localidade conta episódios fundamentais para a construção da nação, mas as suas raízes são anteriores aos reinados portugueses.

São Pedro de Almuro, voltando Fronteira a conter apenas as suas freguesias primi-tiva de Nossa Senhora da Atalaia e de São Saturnino, acrescidas da de Santo Amaro.

Depois Fronteira vem ainda a receber as freguesias de Vaiamonte e novamente São Pedro de Almuro que voltam a ser de-sanexada em 1898 para integrar o conce-lho de Monforte.

Finalmente já em pleno século XX, por decreto de 21 de Dezembro de 1932, San-to Amaro passa a integrar o concelho de Sousel e o de Fronteira integra a fregue-sia de Nossa Senhora das Candeias, an-tigo concelho de Cabeço de Vide extinto em 1855 e então integrado no de Alter do Chão.

Em Fronteira existem vários monu-

mentos dignos de registo como a bonita igreja Matriz de 1594, ou as Igrejas do Es-pírito Santo (datada de 1573) e do Senhor dos Mártires (século XVIII), a Capela de Nossa Senhora da Vila Velha, o bonito edifício dos Paços do Concelho, o pelou-rinho ou mesmo a estação de caminhos-de-ferro com bonitos painéis de azulejos com cenas da vida rural.

Em Fronteira encontram-se também, por entre o casario branco de coloridas faixas, moradias senhoriais do século XVIII, mostrando as riquezas agrícolas da região.

A natureza circundante é generosa, possibilitando bonitas paisagens, como na Praia Fluvial da Ribeira Grande, ofe-recendo variadas atividades desportivas

e de lazer a todos os visitantes. Fronteira faz ainda do seu artesana-

to um motivo de orgulho, executando técnicas já ancestrais, com trabalhos em cortiça, tecelagem e bordados, chifre, e a colorida pintura e decoração alentejana em madeira e cerâmica.

Cabeço de vide

É uma das freguesias mais populosas do concelho de Fronteira e uma das que mais história tem para contar. Situada a pouco mais de 10 quilómetros da sede do concelho, Cabeço de Vide situa-se na encosta meridional de um monte, esten-dendo-se até à planície e aí formando um rossio que é tido como o mais amplo entre o Tejo e o Guadiana. Ficou ainda conheci-da como uma das estâncias termais mais importantes do País.

Há quem atribua aos romanos a fun-dação da primeira povoação, mas sabe-se que todo o território da freguesia foi alvo de ocupação humana desde o Neolítico. Comprovam-no os diversos achados ar-queológicos aqui encontrados ao longo dos tempos: machados, facas de pedra las-cada e polida e numerosas antas.

Os romanos devem ter permanecido aqui durante vários séculos. Pelo atual território da freguesia passava uma estra-da subsidiária da importante via militar romana que ligava Lisboa a Mérida. Esta via servia as termas da Sulfúrea, onde fo-ram encontradas ruínas de um balneário e muitos outros vestígios arqueológicos datados da época romana. Um pouco por toda a freguesia foram encontrados abun-dantes testemunhos de uma forte ativi-dade romana.

Segundo a tradição a primeira funda-ção da localidade foi no sítio de Pombal. “Havia uma povoação onde, por ocasião de uma batalha, ficaram por enterrar muitos mortos do que resultou uma pes-te, alguns feridos subiram ao cabeço do outeiro e assim que respiraram os ares puros logo recuperaram a saúde, vendo isto, os que ficaram em baixo foram su-bindo ao alto do monte e lhe chamaram dali diante Cabeço de Vida e pelo tempo em diante Cabeço de Vide.”

No ano de 1160, D. Afonso Henriques conquistou a povoação que foi retomada e destruída pelos árabes em 1190. Alguns anos depois foi reconstruída no alto do Cabeço para melhor se defender dos ini-migos. Foi então levantado, ou recons-truído, um castelo e edificada uma cerca muralhada em torno da povoação.

No séc. XVI, Cabeço de Vide foi doada a um dos mais ilustres homens de armas e célebre Diogo de Azambuja. Este século foi época de ouro da vila que começou, em 1498, com a fundação da Santa Casa da Misericórdia por D. Leonor. Em 1512, D. Manuel I concede novo foral a Cabeço de Vide.

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12 06 Setembro ‘12

E tudo é mostrado ao espectador de uma forma especial: dentro de cabeças humanas.

Radar

Se há revoluções cujo programa está no essencial bem estudado, esta é uma delas: a reordenação da utilização do território, nomeadamente arborizado, ou melhor, a transformação da relação das nossas sociedades com os espaços “rurais”.

Se ela não se realiza é porque, apesar da evidência das soluções de base, os obstáculos, grandes e pequenos, à sua realização, são de tal modo numerosos e intrincados que qualquer passo impor-tante é bloqueado. Veja-se a evidência da necessidade de mudar – radicalmen-te – a implantação das diversas espécies florestais.

Em Portugal, isso significaria substi-tuir vastíssimas áreas de pinhal pelas es-pécies de folha caduca que aí vingavam antes de a monocultura ter demonstrado tantas vantagens para os proprietários (resinagem, minas, pasta de papel, etc.).

A substituição do carvalho e do cas-tanheiro (e outras espécies endémicas) pelo pinhal transformou essas áreas em verdadeiros paióis. Ao pinheiro juntou-se o eucalipto. O que seria absolutamen-te necessário (replantar as espécies de folha caduca em grande escala) tem sido, na prática, impossível.

Como não se pode voltar atrás, as solu-ções têm que ser vistas como novos mo-dos de relação económica e social com a floresta. Tirando as lições de antigas técnicas, têm vindo a ser criadas novas empresas rurais (agro-florestais) que per-mitem manter uma presença humana activa e eficaz.

A criação de gado, cujos produtos prin-cipais têm sido a carne, o leite (e para os ovinos, a lã), pode agora “produzir espa-ço habitável”.

São a carne, leite ou lã que se tornam subprodutos da criação de gado. Encos-tas inteiras, devidamente vedadas por sectores, podem ser “limpas” por uma sucessão racional de espécies e de tem-pos de presença nos parques. Corta-fogos desse tipo já mostraram que são eficazes.

A obrigatoriedade de cessão das terras a empresas deste tipo não cerceia direi-tos de propriedade, diminui custos e tor-na rentáveis pequenas empresas locais, porque ao rendimento habitual das ma-nadas ou rebanhos se junta o pagamento do trabalho efectuado pelo novo campo-nês, que tem como ferramentas… o den-te e o pé dos seus animais.

José Rodrigues dos SantosAntropólogo, Academia Militar e CIDEHUS,

Universidade de Évora21 de Agosto 2012

[email protected]

Um olhar antropológico

A causa perdida dos incêndios: 4 – A revolução necessária

87

JoSÉ rodriguES doS SanToS*antropólogo

A coreógrafa pegou em dezenas de ca-beças cortadas e encheu-as de coisas lá dentro.

Carrinhos de brincar. Colares de péro-las. Cartões de crédito. Aviões militares. Crucifixos. Moedas. Notas. Cadeados. Rebuçados. E também sacos de plástico e até uma boneca insuflável. Há de tudo no novo espectáculo de Vera Mantero. E tudo é mostrado ao espectador de uma forma especial: dentro de cabeças huma-nas.

Imagine-se um manequim decapita-do. E agora imagine-se a cabeça desse manequim virada ao contrário e usada como recipiente. Cheia de areia, diaman-tes ou apenas fumo. São cabeças como essas as que são manipuladas pelos bai-larinos e co-criadores – Christophe Ives, Marcela Levi e Miguel Pereira – que se juntaram à coreógrafa lisboeta neste projecto, que sobe ao palco do Teatro Gar-cia de Resende, no próximo sábado, dia 8 de Setembro, pelas 21h30, integrado na rede CULTURBE – Braga, Coimbra e Évora, organizado pelo Cendrev – Centro Dramático de Évora.

Chama-se Vamos sentir falta de tudo aquilo de que não precisamos e o nome não pretende ser fatalista nem nostálgi-co – é irónico.

Direcção artística de Vera Mantero, interpretação e co-criação Christophe

”Vamos sentir falta de tudo aquilo que não precisamos“Vera mantero & guests no Teatro garcia de resende, dia 8 de Setembro, pelas 21h30

Ives, Marcela Levi, Miguel Pereira e Vera Mantero. Dispositivo cenográfico e figurinos de Nadia Lauro, colaboração dramatúrgica de Rita Natálio, música e

sonoplastia de Andrea Parkins, desenho de luz de Erik Houllier, operação de som de Rui Dâmaso e operação de luz de Je-an-Marc Segalen.

D.R.

A exposição de pintura “Tauromaquia”, de Lucia Parra, está patente até ao dia 30 de setembro na Casa Monsaraz, na vila medieval de Monsaraz. A mostra está in-tegrada no ciclo de exposições Monsaraz Museu Aberto e pode ser apreciada todos os dias entre as 10h e as 12h30 e das 14h às 18h.

Lucia Parra começou a pintar em finais da década de 1970, tendo aprendido com autores como Mariano Viguera, Jorge Pombo, Ernest, Nacho Frisuelos e Ninni Wallin. Atualmente, a pintora espanho-la, natural de Villanueva del Fresno, tra-balha sobretudo a técnica do óleo, desen-volvendo também projetos de ilustração e fotografia. Antes experimentou tendên-cias geométricas e criativas, mas regres-sou aos princípios figurativos.

Nesta mostra em Monsaraz, Lucia Par-ra apresenta quadros a óleo e desenhos de momentos que se vivem numa corrida de toiros. A artista tem explorado nos úl-timos anos a pintura taurina e nos seus quadros estão retratados, por exemplo,

Pintora espanhola Lucia Parra apresenta exposição “Tauromaquia”ciclo de exposições monsaraz museu aberto

matadores de toiros como António Ferre-ra, Alejandro Talavante e Miguel Angel Perera, mas também o cavaleiro portu-guês João Moura Caetano.

Lucia Parra apresentou os seus traba-lhos em julho na bienal cultural Monsa-raz Museu Aberto, seguindo-se esta mos-tra na Casa Monsaraz.

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coleção de artes do ar.co é constituída por obras variadas de desenho, Pintura, gravura, cerâmica...

Radar

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Sines acolhe uma seleção de obras de artes plásticas da Coleção de Artes do Ar.Co, incluindo novas obras nunca expostas neste âmbito. Única no seu género, a Coleção de Artes do Ar.Co é constituída por obras doadas pelos seus autores, abrangendo as mais variadas áreas das artes visuais (Desenho, Pin-tura, Gravura, Instalação, Vídeo, Escul-tura, Joalharia, Cerâmica, Ilustração/Banda desenhada, Fotografia, etc.).

O projeto da coleção ganhou uma dimensão intencional e sistemática a partir de meados dos anos 90. Com um imperativo de critério, mas grande in-formalidade – à margem da atividade escolar e dependente, muitas vezes, da oportunidade – a Coleção foi crescendo a partir de ofertas de ex-alunos, profes-sores, ex-professores, mas também de autores / artistas sem qualquer ligação formal ou direta com a escola.

A secção de Artes Plásticas da Coleção encontra-se em regime de empréstimo no Museu do Chiado, por protocolo as-sinado com o Instituto Português de

Exposição “Shoreline Artes Plásticas na Coleção do Ar.Co”centro de artes de Sines e centro cultural Emmerico nunes até 29 de Setembro |

Museus. No mesmo regime, a secção de Cerâmica da Coleção encontra-se em de-pósito no Museu Nacional do Azulejo.

Centro de Artes de Sines e Centro Cultural Emmerico Nunes até 29 de

setembro | Todos os dias, 14h00-20h00 | Parceria Ar.Co – Centro de Arte e Comu-nicação Visual / Câmara Municipal de Sines / Centro Cultural Emmerico Nu-nes

Os Azeitonas são uma das bandas mais solicitadas do momento. A sua alegria, energia e irreverência são absoluta-mente contagiantes. A banda nasceu em 2002 no Porto e o reconhecimento surgiu com o grande êxito “Anda co-migo ver os aviões”. Nos últimos anos têm sido presença assídua nas maiores semanas académicas do país (Coim-bra, Porto, Braga, Aveiro, Covilhã, Vila Real, entre outras) e em alguns dos maiores festivais, nomeadamente no Rock In Rio, Marés Vivas e Crato.

Festa dos Capuchos

Vila Viçosa

O Fado é a marca, Amália a inspiração. Numa atmosfera marcada pela voz

de Amália, e por imagens da sua vida, os corpos falam a voz da saudade, o pulsar interior das gentes da terra, da mulher, do homem. Os corpos envol-vem-se em encontros e desencontros, ou abandonam-se à paixão.

A 15 de setembro, no auditório do Centro Cultural de Redondo, às 21h30.

Gentes da Minha Terra

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14 06 Setembro ‘12 Anuncie no seu jornal REGISTOTodos os anuncios classificados de venda, compra, trespasse, arrendamento ou emprego, serão publicados gratuitamente nesta página

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SEMANÁRIO

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O português Carlos Sá, atleta natural de Barcelos patrocina-do pela Sport Zone, através da marca Berg Outdoor, conquistou o 4º lugar na ultramaratona de montanha Ultra-Trail do Monte Branco (UTMB), competição con-siderada como a prova rainha das ultramaratonas na Europa.

De carácter anual e já na sua 10ª edição, a prova circunda o maciço da maior montanha da Europa, o Monte Branco, atra-vessando três países – França, Itália e Suíça. Este ano, devido às más condições climatéricas, a organização foi obrigada a re-duzir a distância da prova dos 167km inicialmente previstos para 104km, passando ainda dos 10.000m de desnível positivo para os 6.000m.

Adicionalmente, e dada a im-possibilidade de garantir a per-feita segurança dos atletas na

montanha por parte das autori-dades italianas e suíças, a prova realizou-se exclusivamente em França. A prova decorreu pela noite, debaixo de vento, chuva e neve, requerendo um treino exigente, com material adapta-do às circunstâncias e uma capa-cidade de autonomia pessoal de exceção.

Todo o material foi desenvol-vido pela Berg Outdoor com a colaboração do atleta de acordo com as especificidades da prova, valorizando questões de imper-meabilidade, respirabilidade, le-veza e conforto. Para tal, Carlos Sá utilizou um casaco imperme-ável com 15000mm de coluna de água extremamente respirável, uma t-shirt sem costuras e com coolmax fresh fx.

Para minimizar a fadiga, fo-ram utilizados uns corsários ul-timate 3/4 Tight de compressão,

bem como a 3F socks (meias de compressão), com um sistema de polaina para evitar entrada de resíduos. Para carregar os artigos obrigatórios neste tipo de prova, o atleta português utilizou a mo-chila Lyxn 5+5, com 10L capaci-dade e apenas 290 gr de peso, er-gonómica e com acesso frontal a toda a alimentação e hidratação necessárias durante a prova.

Depois de um excelente 5º lu-gar na Marathon Des Sables, Car-los Sá classificou-se agora na 4ª posição da geral de uma das mais duras provas do mundo, que reu-nia a elite mundial da atualida-de. O atleta português cumpriu os 104 km em causa em 11h22:39.

O ultramaratonista português foi apenas superado pelo francês (François D’häene), o sueco (Jo-nas Buud) e o norte-americano (Mike Foote), tendo ficado a es-cassos 00h03:39 do pódio.

Festival do Crato 2012

Mais de 46.000 visitantesMais de 46.000 pessoas visitaram o FESTIVAL DO CRATO e as suas mostras de Artesana-to e Gastronomia na edição de 2012, supe-rando assim os números atingidos na edição no ano anterior. Para isso contribuiu a enorme afluência de público na noite de 4ªf, 29 de Agos-to e o record histórico de afluência de visitantes no último dia do Festival.Em 2012, passaram pela vila do Crato alguns dos melhores projectos nacionais como Mafalda Arnauth, Amor Elec-tro, Cais Sodré Funk Connection, Boss Ac, A Naifa, Sétima Legião, Dead Combo & a Royal Orquestra das Caveiras, Pedro Abrunhosa ( que recebeu a dupla platina entregue pelo Presiden-te da Câmara Municipal do Crato, João Teresa Ribeiro) e Buraka Som Sistema.A edição de 2013 está agendada para 28, 29, 30 e 31 de Agosto.

Carlos Sá conquista 4º Lugar no Ultra-Trail do Monte Branco

Desporto

D.R.

“Fazer um 4º lugar no Monte Branco é inacreditável.”

Escrever e descrever os sabo-res que ainda hoje se conser-vam por estas serras é tarefa obrigatória porque urgente se torna.

A massificação das comidas rápidas chega hoje a todos os recantos, por isso urge que se guardem estes saberes de sabores fazer antes que seja tarde (Jorge de Oliveira - Pro-fessor da Universidade de Évora).

A alimentação tradicional de Marvão encontra-se perfei-tamente enraizada na milenar tradição mediterrânica, onde o pão, o azeite, o porco, a ovelha, o cabrito, a castanha e as legu-minosas assumem especial re-levo, condimentados com ervas aromáticas cuidadosmente se-leccionadas.

Completava a dieta local a pesca no Sever e o coelho, a le-bre e a perdiz caçados por entre giestas e grandes afloramentos graníticos, que marcam, de for-ma indelével, as paisagens de Marvão(Vítor Frutuoso - Presi-dente da Câmara Municipal de Marvão)

Dia 9 de Setembro, 17.30 h, Moinho da Cova - Portagem (Marvão)

À mesa com a tradição

Marvão

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