Registo ed226

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www.registo.com.pt SEMANÁRIO Director Nuno Pitti Ferreira | 11 de Outubro de 2012 | ed. 226 | 0.50 O Melhor Petisco | Rua Catarina Eufémia , 14 Horta das Figueiras | 7005-320 Évora 266771284 PUB “Este governo já não tem legitimidade política nem social” 09 Agricultura biológicaaumentou 20 vezes a área Pág.05 Entre 1994 e 2011, o núme- ro de pessoas que estão a produzir de forma biológica cresceu de 234 para quase 6000. Volume de negócios do sector já ronda os 20 milhões de euros por ano. A agricultura biológica ocupou, no ano passado, quase 220 mil hectares de terra em Portugal, o valor mais alto desde 2007. Obras paradas no Baixo Alentejo Pág.03 O presidente da Câmara Muni- cipal de Santiago do Cacém convidou o Secretário de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Sérgio Silva Monteiro, a visitar os troços do IP8/A26 entre Santiago do Cacém e Sines, que se en- contravam em obras que foram canceladas por determinação da Estradas de Portugal após “acordo” com a Estradas da Planície, a subconcessionária do Baixo Alentejo. Programa “O mundo na escola” Pág.11 Trata-se de um programa dedicado a diversas temáticas que, numa primeira eta- pa, incidirá sobre Ciência e Tecnologia, par- tindo-se depois para outras áreas, das artes à literatura. O objetivo é proporcionar uma oportunidade para que os alunos tenham contacto com os profissionais da área abor- dada, rentabilizar bons projetos já em curso e valorizar a experiência de quem no terreno tem desenvolvido as melhores práticas. Festival Internacional de Dança Pág.10 Aproxima-se mais uma edição do FIDANC - Festival Internacional de Dan- ça Contemporânea. A edição de 2012, a 13ª edição, inspira-se na atual diversidade da linguagem da própria dança contemporâ- nea. Ao focar a força excecional que reside nessa diversidade, estão sendo entendidas a diversidade cultural, ideológica, técnica e estética que, de certa forma traduzem as grandes questões da atualidade.

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Edição 226 do Semanário Registo

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www.registo.com.pt

SEMANÁRIO Director Nuno Pitti Ferreira | 11 de Outubro de 2012 | ed. 226 | 0.50€

O Melhor Petisco | Rua Catarina Eufémia , 14Horta das Figueiras | 7005-320 Évora

266771284

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“Este governo já não tem legitimidade política nem social” 09

Agricultura biológica aumentou 20 vezes a áreaPág.05 Entre 1994 e 2011, o núme-ro de pessoas que estão a produzir de forma biológica cresceu de 234 para quase 6000. Volume de negócios do sector já ronda os 20 milhões de euros por ano.A agricultura biológica ocupou, no ano passado, quase 220 mil hectares de terra em Portugal, o valor mais alto desde 2007.

Obras paradas no Baixo AlentejoPág.03 O presidente da Câmara Muni-cipal de Santiago do Cacém convidou o Secretário de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Sérgio Silva Monteiro, a visitar os troços do IP8/A26 entre Santiago do Cacém e Sines, que se en-contravam em obras que foram canceladas por determinação da Estradas de Portugal após “acordo” com a Estradas da Planície, a subconcessionária do Baixo Alentejo.

Programa “O mundo na escola”Pág.11 Trata-se de um programa dedicado a diversas temáticas que, numa primeira eta-pa, incidirá sobre Ciência e Tecnologia, par-tindo-se depois para outras áreas, das artes à literatura. O objetivo é proporcionar uma oportunidade para que os alunos tenham contacto com os profissionais da área abor-dada, rentabilizar bons projetos já em curso e valorizar a experiência de quem no terreno tem desenvolvido as melhores práticas.

Festival Internacional de Dança Pág.10 Aproxima-se mais uma edição do FIDANC - Festival Internacional de Dan-ça Contemporânea. A edição de 2012, a 13ª edição, inspira-se na atual diversidade da linguagem da própria dança contemporâ-nea. Ao focar a força excecional que reside nessa diversidade, estão sendo entendidas a diversidade cultural, ideológica, técnica e estética que, de certa forma traduzem as grandes questões da atualidade.

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Director Nuno Pitti Ferreira ([email protected])

Propriedade

PUBLICREATIVE - Associação para a Promoção e Desenvolvimento Cultural; Contribuinte 509759815 Sede Rua Werner Von Siemens, n.º16 -7000.639 Évora - Tel: 266 751 179 fax 266 751 179 Direcção Silvino Alhinho; Joaquim Simões; Nuno Pitti Ferreira; Departamento Comercial [email protected] Redacção Luís Godinho; Pedro Galego Fotografia Luís Pardal (editor) Paginação Arte&Design Luis Franjoso Cartoonista Pedro Henriques ([email protected]); Colaboradores António Serrano; Miguel Sampaio; Luís Pedro Dargent: Carlos Sezões; António Costa da Silva; Marcelo Nuno Pereira; Eduardo Luciano; José Filipe Rodrigues; José Rodrigues dos Santos; José Russo; Figueira Cid Impressão Funchalense – Empresa Gráfica S.A. | www.funchalense.pt | Rua da Capela da Nossa Senhora da Conceição, nº 50 - Morelena | 2715-029 Pêro Pinheiro – Portugal | Telfs. +351 219 677 450 | Fax +351 219 677 459 ERC.ICS 125430 Tiragem 10.000 ex Distribuição Nacional Periodicidade Semanal/Quinta-Feira Nº.Depósito Legal 291523/09 Distribuição PUBLICREATIVE

Ficha TécnicaSEMANÁRIO

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ordpress.comPedro H

enriques | Cartoonista

“Mundo ao contrário”

A Abrir

Estamos a viver, por estas semanas, uma fase de contestação, bastante mediatizada, um pouco contra tudo e contra todos. Grita-se contra o governo, contra os políticos, contra a troika ou contra o FMI.

Qualquer reflexão sensata chegará à con-clusão que, no final, apesar de ser inteira-mente legítimo fazê-lo, nada disto conta verdadeiramente para alterar a realidade dos factos. Nada disto vai apagar a dívida, dimi-nuir o défice do Estado, criar riqueza ou mais empregos e recuperar poder de compra de todos nós, extremamente penalizado ao lon-go dos últimos anos. Podemos gostar ou não gostar da receita aplicada por este governo, fazer uma avaliação mais ou menos positiva dos resultados, mas não podemos substituir a realidade, sintetizada numa equação: o país não pode gastar sempre mais do que a riqueza que produz. Ponto final. O desprezo por esta equação, ao longo das últimas décadas (e de forma grave, nos últimos 7 anos), conduziu-nos à situação que temos hoje: uma dívida de 180.000 milhões de euros que nos impede de aceder aos mercados e sobrecarrega de modo insuportável as nossas contas mensais. Os mercados financeiros, onde pedimos empres-tado, fecharam a torneira e, quer gostemos ou não, vivemos agora dos milhares de milhões de euros que a troika nos proporciona regu-larmente, por tranches.

Então, que opções temos? Os mais radicais querem rasgar o acordo de assistência finan-ceira, não apresentando, contudo, a solução sobre onde ir buscar o dinheiro para o Estado

continuar a pagar salários, pensões e contas aos seus fornecedores. Existem alguns que pedem mais tempo e mais dinheiro, não se percebendo, no entanto para que serviriam ambos…seria apenas para prolongar o sofri-mento?

Para equilibrar a equação mencionada, de modo sustentável, só existe na minha opinião um caminho. Libertar uma boa parte da ri-queza nacional que é consumida pelo Estado e deixá-la à economia, para que consumido-res e empresas possam fazer as suas opções de investimento. Isto implica corte substan-cial da despesa…e não pode ser apenas pelos quase simbólicos cortes nas fundações, nos carros de serviço ou nos assessores: terá de ser mesmo através da redução de organismos e recursos humanos que não são indispensá-veis às funções do Estado. Por mais doloroso que seja, no curto prazo, por muito que al-guns gritem que é inconstitucional, não me parece que exista alternativa. Naturalmente, haverá que gerir e mitigar o custo social desta ruptura – fazendo-a com equilíbrio e gradu-almente. Mas há, acima de tudo, a obrigação moral de assegurar que o Estado mantenha os recursos básicos para as suas missões funda-mentais e para o apoio aos mais carenciados.

Por muitas manifestações que se façam, por muitas greves que se marquem, por mui-tos comentadores que surjam sempre com uma crítica nova, a matemática não muda. Ou resolvemos a equação ou a equação acaba por nos condenar…A resposta ainda está, por en-quanto, nas nossas mãos!

A EquaçãocARLOS SEZÕESGestor

Assalto à mão armada foi a expressão usa-da por Marques Mendes para caracaterizar a proposta do Governo para o aumento bru-tal de impostos que o Ministro Gaspar nos anunciou.

É inacreditável que após o Pedro Passos Coelho nos ter apresentado em Setembro o fim da crise em 2013 e após nos dizer por diversas vezes que não seria necessário au-mentar a carga fiscal, nos presenteiem com uma proposta que vai destruir o que resta deste País.

O CDS de Paulo Portas, o Partido do Con-tribuinte, do Agricultor, das Reformas So-ciais e Rurais e ainda dos Ex-Combatentes, está numa posição de grande fragilidade, pois as suas bandeiras são deitadas por terra.

Nunca mais poderá dar a cara na rua pe-rante os seus eleitores. Qualquer melhoria da proposta anteriormente anunciada por pres-são de Paulo Portas será insuficiente para ca-lar aqueles que se sentem defraudados com a prestação do CDS no Governo. O Governo

tem sido incapaz de fazer cortes na despesa pública que sejam significaticos e que vão além do corte dos salários.

Todos os que possuem alguma experiên-ca sabem que cortar despesas estruturais na área da Administração Pública é uma tarefa complexa e demorada. Pena foi que quem Go-verna tenha insistido que o nosso problema se resolvia de uma penada com o corte na gor-dura do Estado.

A gordura existente no Estado ainda não foi eliminada, bastando ver a composição dos Gabinetes Ministeriais com o rol impressio-nante de assessores e consultores com ven-cimentos acima dos 4500 euros atribuídos a jovens saídos das estruturas partidárias ou as despesas realizadas em deslocações ao es-trangeiro com enormes comitivas pagas pelo Orçamento de Estado.

Confesso que a redução dstas despesas é importante mais por um imperativo moral e não tanto pela sua expressão no total da Despesa do Estado. A verdadeira redução da

Despesa do estado não é na gordura mas será na estrutura funcional do Estado, nas suas missões, na criação de um Estado mais leve e menos interventivo.

Nesta matéria este Governo parece mais um Governo à esquerda do Bloco e Esquerda, pois nada tem feito para reduzir o papel do Estado na Economia e asfixia as empresas e as famílias com a intervenção do Estado.

Precisamos de menos Estado e melhor Estado numa agenda verdadeiramente so-cial democrata que assegure aos cidadãos o acesso indispensável nas áreas sociais mas em perfeita colaboração com o setor social e privado.

Reorganizar setores como o Ensino Supe-rior é uma urgência de há muitos anos. Um país como Portugal não pode ter um rede com mais de uma centena de instituições de ensi-no superior em que os cursos se repetem de uma Universidade para a outra e de um Poli-técncio para outro.

É preciso fundir instituições, eliminar os

cursos que se repetem sem qualquer diferen-ciação e encerrar os que não tenham viabili-dade económica. Na área da Saúde é urgente que a fusão de Hospitais e destes com Centros de Saúde em Unidades Locais de Saúde que integrem os cuidados continuados.

É fuundamental racionalizar as tecnologias pesadas na área do diganóstico e terapeuti-ca. Há tanto para fazer em todas as áreas da Governação que impressiona como é que um Governo de maioria absoluta, com uma ma-triz ideológica liberal se mostra incapaz de agir e de reformar o Estado e com isso pro-mover a real redução da despesa de forma organizada e sem deixar de proteger os mais frágeis. Só pode ser por incompetência e por completa impreparação para governar.

A receita não pode ser sempre a mesma traduzida no enorme aumento de impostos que em 2013 deixarão o povo em situação de completa miséria. Esta é a receita dos inca-pazes e nós precisamos de receita dos mais audazes e capazes para salvar Portugal.

Assalto à mão armadaAntóniO SERRAnODeputado

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Actual

O autarca está preocupado com as condições rodoviárias e de segurança das populações do Alentejo Litoral.

Igreja/Évora: Ano da Fé tem de enfrentar «distanciamento e indiferença crescentes», diz arcebispo

O arcebispo de Évora quer que o próxi-mo Ano da Fé, que se inicia esta quin-ta-feira, sirva para traçar uma análise “realista” do meio sociocultural que ro-deia a Igreja Católica e leva os fiéis a um empenho renovado no anúncio da sua mensagem.

“Certamente, à nossa volta, encontra-

D. José Alves espera que as comunidades católicas tenham dinamismo renovado

Paragem de obras na autoestrada do Baixo Alentejo coloca em perigo segurança rodoviária

Redação | Registo

O presidente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém convidou o Secretá-rio de Estado das Obras Públicas, Trans-portes e Comunicações, Sérgio Silva Monteiro, a visitar os troços do IP8/A26 entre Santiago do Cacém e Sines, que se encontravam em obras que foram cance-ladas por determinação da Estradas de Portugal após “acordo” com a Estradas da Planície, a subconcessionária do Bai-xo Alentejo

O autarca está preocupado com as condições rodoviárias e de segurança das populações do Alentejo Litoral de-vido ao “abandono da obra e suspensão dos trabalhos de construção dos lanços IP8/A26 entre Relvas Verdes e Grândo-la”. Vítor Proença considera aquele tro-ço um “cemitério de infraestruturas de grande perigo para o tráfego rodoviá-rio e para os moradores que utilizam os caminhos rurais principalmente nas freguesias de Santa Cruz e de São Fran-

O autarca promete não baixar os braços e está a estudar várias medidas

cisco da Serra, onde existiram várias expropriações”.

O autarca que reclama ter acesso ao memorando de entendimento entre a Es-tradas de Portugal e a subconcessionária do Baixo Alentejo desconfia do que con-

sidera ser “o negócio entre a Estradas de Portugal com a Estradas da Planície, sub-concessionária do Baixo Alentejo e que se traduziu na retirada desta subconcessão e suspensão dos trabalhos de construção dos lanços IP8/A26”.

Vítor Proença argumenta ainda que “não se pode abandonar uma obra sem mais explicações, deixando os acessos em pior estado do que se encontravam.”

“Ficámos pior do que estávamos, temos agora ao longo da via taludes de terra que vão desaparecer com a chuva, represen-tando um enorme perigo para as pessoas e bens”, adiantou o autarca.

O autarca promete não baixar os bra-ços e está a estudar várias medidas, tais como a realização de um plenário com as populações, em Santiago do Cacém, para exigir uma solução para o abando-no das obras.

Recorde-se que a empresa Estradas de Portugal (EP) anunciou em comunicado que chegou a um acordo com a SPER-Es-tradas da Planície, Subconcessionária do Baixo Alentejo, acordo este que se tradu-ziu na retirada desta subconcessão e sus-pensão dos trabalhos de construção dos lanços no IP8/A26 entre Santa Margarida do Sado e Beja, ainda no IP8/A26 entre Relvas Verdes e Grândola e no IP2 entre o nó de Monte de Pinheiros e o nó de Ra-mal. Naquele documento é afirmado que no total está prevista uma poupança para o Estado de 338 milhões de euros naquela subconcessão.

remos distanciamento e indiferença crescentes no que toca à vivência da fé. Daremos conta que no interior de mui-tas comunidades se experimenta resig-nação, conformismo e falta de dinamis-mo evangelizador”, disse D. José Alves na homilia da missa a que presidiu na passada sexta-feira, na abertura da As-sembleia Diocesana.

A intervenção, enviada à Agência ECCLESIA, sublinhou que o Ano da Fé (outubro de 2012-novembro de 2013), convocado por Bento XVI, pretende tra-

zer “uma lufada de ar fresco a todos os lugares bafientos”.

Um desafio “possível” de ultrapassar, referiu, “se os evangelizadores tiverem a ousadia de assumir os compromissos batismais, se dispuserem a voltar às ori-gens e se forem fiéis ao Evangelho”,

“Temos de manter viva a coragem, o entusiasmo e a alegria do anúncio, ex-plicando a mensagem evangélica ao mundo que já não a entende, servindo-nos de todos os meios ao nosso alcance, desde os mais simples e diretos até aos

mais sofisticados e virtuais, como são as redes sociais, definidas pelo papa como portais de verdade e de fé e novos es-paços de evangelização, ao anunciar o tema para o próximo dia das comunica-ções sociais”, acrescentou.

O programa da Arquidiocese de Évo-ra para o ano pastoral 2012-2013 propõe um conjunto de “atividades simples de anúncio e de testemunho da fé”, como rezar o credo nos funerais e outras ce-rimónias públicas ou convidar pessoas para visitar uma igreja

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Actual

“Espantam-me algumas coisas de que me apercebo no dia-a-dia.”

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Este artigo de opinião não é nem deve ser uma lição sobre os princípios regidos pela moral ou pela ética. O meu intuito também não é impor categoricamente os valores da ética, como se se tratassem de um remédio para todos os males... Não.

Na realidade, nem todos os problemas quotidianos com que nos deparamos neste princípio de século XXI são resolúveis me-diante respostas moralizantes.

Mas ainda assim, acho que devemos con-siderar, cada vez mais, as ref lexões morais, deontológicas e, claro está éticas, quando vemos aumentada a competitividade e até as responsabilidades nos empreendimentos em que estamos envolvidos.

Enfim, em última instância, a ética e a moral são sectores basilares de qualquer educação digna desse nome... Se não pode-mos ser melhores, então sejamos, pelo me-nos, educados e respeitemos os princípios éticos.

Isto é só um texto, nada mais do que isso. Sendo um texto opinativo, é necessaria-mente pessoal e subjectivo, como o são as relações entre as pessoas.

O objectivo é tão simplesmente enaltecer

valores e princípios que, com algum desen-canto vejo cair em desuso, talvez fruto dos tempos, desta sociedade mediática, consu-mista e redundante?

Espantam-me algumas coisas de que me apercebo no dia-a-dia. Vejo jovens a quem já custa ser leal com o amigo; colegas a quem já incomoda dizer bom-dia pela manhã; fi-lhos que mentem aos pais porque desconhe-cem a virtude da partilha; casais que vivem alheados porque são incapazes de dialogar; pessoas que se tornam subservientes, por-que receiam a atitude do subordinante; su-periores hierárquicos que desrespeitam os colaboradores, porque ignoram o lugar e a importância de cada um para o todo; pais que se distanciam dos filhos porque não conseguem educar com Amor.

Enfim, histórias de homens e mulheres cada vez menos capazes de se distinguirem pela humanidade e pelo respeito mútuo. Não quero com isto dizer que a ética solu-ciona estes problemas. Mas já dizia Aris-tóteles na sua célebre Ética a Nicómaco: Tanto a virtude como o vício estão em nos-so poder. Com efeito, sempre que está em nosso poder fazer, também está a decisão

Ética para todos!niLZA DE SEnADeputada

de não fazer, e sempre que está em nosso poder agir quando é belo fazê-lo, estará em nosso poder não agir quando é vergonhoso. Se podemos ser melhores e se nos é dada a

opção de escolher, porque insiste o Homem em ser despropositado ou, muitas vezes, em semear a arrogância? É evidente que não somos livres de escolher tudo o que nos acontece, mas podemos reagir desta manei-ra ou daquela ao que nos acontece.

Podemos ser equilibrados ou revoltados, corajosos ou temerários, impulsivos ou re-signados, vestirmo-nos de acordo com a última moda ou seguir com o visual de há 10 anos.

Tudo isso é indiferente, desde que tenha-mos a consciência de que agimos de acordo com princípios que nos fazem acreditar que fomos prudentes e que procurámos, tanto quanto possível, acertar.

Sem ferir os outros, sem nos ferirmos a nós próprios. Isso chama-se ética! E não é difícil! Aliás, o importante é termos sempre um princípio de valoração pessoal e univer-sal, em que nos preocupamos connosco e com os que nos rodeiam.

Sobretudo, é importante agirmos com respeito e com Amor. Lembro Gabriel Gar-cia Marquez que diz que «o Homem não deixa de amar porque envelhece, o Homem envelhece porque deixa de amar...».

“Na realidade, nem todos os problemas quotidianos com que nos deparamos neste princípio de século XXI são resolúveis mediante respostas moralizantes”.

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Actual

A agricultura biológica ocupou, no ano passado, quase 220 mil hectares de terra em Portugal.

Idosos são homenageados com semana especial em Vendas Novas

A segunda edição da Semana do Ido-so acontece em Vendas Novas entre os dias 06 e 13 de outubro com uma varie-dade de propostas para os seniores do concelho.

A iniciativa é organizada pelo Mu-nicípio de Vendas Novas em conjunto com vários parceiros locais que, num momento menos favorável para muitas entidades, conseguiram unir esforços

na Feira haverá ainda lugar para a realização do “1º Mercado solidário”

para construir uma semana repleta de diferentes iniciativas e que, na opinião da vereadora do pelouro da ação social, Cláudia Mateus, visa enfatizar a digni-dade da pessoa idosa e proporcionar-lhe momentos de atividade e convívio por vezes tão insuficientes entre este grupo etário.

Para os que apreciam atividades mais culturais haverá sessões de cine-ma clássico português; um workshop para aprenderem a fazer teatro; uma visita guiada ao Palácio das Passagens; a apresentação de uma peça de teatro pela Universidade da 3.ª idade do Bar-

reiro e uma sessão especial da “Hora do conto” destinada a avós e netos. Para os interessados nas novas tecnologias ha-verá sessões de informática. O desporto e atividade física não foram descurados nesta Semana e os idosos poderão par-ticipar num torneio de malha e numa manhã interativa denominada “Velhos são os trapos” onde são convidados a re-alizar um pequeno circuito no jardim público com passagens por diversas es-tações temáticas.

A proteção e saúde dos idosos também não foram esquecidas e para as promo-ver serão realizadas ações de sensibi-

lização sobre segurança, dinamizadas pela GNR, onde serão dados conselhos sobre a proteção da casa e de pessoas em caso de furto, burla e utilização de notas falsas; uma sessão sobre violência e abandono na terceira idade, dirigida ao público escolar e a III Feira do Idoso onde poderão ser feitos rastreios de saú-de, fisioterapia, reiki, massagens e ioga.

Na Feira haverá ainda lugar para a re-alização do “1º Mercado solidário – dar e receber”, iniciativa que consiste na per-muta de bens/serviços de forma direta, sem a circulação de moeda e um desfile de noivas – regresso ao passado.

Agricultura biológica aumentou 20 vezes a área em apenas década e meia

Entre 1994 e 2011, o número de pessoas que estão a produzir de forma biológica cresceu de 234 para quase 6000. Volume de negócios do sector já ronda os 20 mi-lhões de euros por ano

A agricultura biológica ocupou, no ano passado, quase 220 mil hectares de terra em Portugal, o valor mais alto desde 2007. E o número de produtores dedicados a produzir alimentos ou pastagens neste modo de produção disparou de uns escas-sos 234 em 1994 para 5938 no ano passa-do, o número mais elevado dos últimos 17 anos.

Em termos globais a área já represen-ta 5,5% da superfície agrícola utilizada, “situando-se um pouco acima da mé-dia europeia”. As estimativas do sector, citadas pelo gabinete de Assunção Cris-tas, apontam para um volume de ne-gócios que rondará os 20 a 22 milhões de euros, com taxas de crescimento de 20% ao ano.

Há 15 anos, o território ocupado pela produção biológica - que não recorre a pesticidas, adubos químicos de síntese ou organismos geneticamente modificados - pouco ultrapassava os 12 mil hectares. O crescimento foi contínuo até 2007, mas mudanças de política, que, segundo o mi-nistério, “orientaram parte da produção para a produção integrada”, travaram a evolução positiva e fizeram recuar o nú-mero de hectares. As quedas foram ex-pressivas até 2009, mas a curva do cresci-mento voltou a romper no ano seguinte.

De nicho de mercado, a agricultura bio-lógica espalhou-se à grande distribuição e generalizou-se nos formatos especiali-zados, supermercados e mercados de rua. Mas ainda há muito por explorar. “Temos muito para fazer relativamente à produ-ção para o mercado nacional e sobretudo nas exportações”, diz Jaime Ferreira, pre-sidente da direcção da Agrobio, Associa-ção Portuguesa de Agricultura Biológica, que representa seis mil consumidores e produtores. Os portugueses procuram cada vez mais este tipo de produtos mas,

Em termos globais a área já representa 5,5% da superfície agrícola utilizada

para ganhar dimensão, são precisos “mais agricultores e área plantada” e acções de divulgação sobre os benefícios para a saú-de destes alimentos, defende.

À Agrobio têm chegado pedidos de po-tenciais clientes estrangeiros que procu-ram grandes quantidades. Mas só os agri-cultores de grande dimensão “conseguem escala” para responder a essa necessida-de. “Contam-se pelos dedos das mãos os produtores com capacidade de produção”, lamenta Jaime Ferreira.

Mais procura externaNa Quinta do Montalto, em Olival, con-celho de Ourém, a intenção é chegar aos 100 mil quilos de uvas. Os 15,5 hectares de vinha são dedicados em exclusivo à pro-dução de vinho biológico, com as marcas Vinha da Malhada e Cepa Pura a assu-

mirem o rosto de um negócio que já vai na quinta geração. André Gomes Pereira espera vender este ano 90% da produção para o estrangeiro (mais 13% face a 2011), com destaque para Holanda - que absor-ve 20% das vendas -, Alemanha e Estados Unidos.

“Começámos este movimento de en-contrar clientes lá fora em 2007 e agora conhecemos bem o mercado”, sintetiza André Gomes Pereira. Em Portugal, as vendas são residuais, mas, se pudesse, vendia todo o vinho no mercado inter-no. “Lá fora tem mais aceitação. Por cá, o vinho biológico tem uma carga nega-tiva, no início foram vendidos produtos com defeito. Hoje já não é assim”, diz ao PÚBLICO, por telefone. O Cepa Pura tinto da Quinta do Montalto foi distinguido na Alemanha entre mais de 4500 vinhos

(biológicos e não biológicos) e ficou entre os 13 melhores. “O único português e à frente dos vinhos convencionais”, acres-centa.

O mercado externo exige qualidade e tem poder de compra. Andreas Bernhard, que dirige a Risca Grande juntamente com a família Zehnder, começou a culti-var olival em 2002 numa propriedade de 92 hectares em Serpa. Toda a produção de azeite, cerca de 100 mil garrafas, é desti-nada à exportação. Suíça, Alemanha, Sué-cia e Japão absorvem o produto, conside-rado um dos melhores do mundo na sua categoria. “São mercados que têm muito poder de compra e conhecem a produ-ção mundial muito bem. Em Portugal, não há poder de compra e no estrangeiro procuram coisas especiais”, diz Andreas Bernhard. É pela qualidade que o azeite Risca Grande se quer distinguir entre gi-gantes.

Apesar da maioria dos produtores de agricultura biológica se dedicar à cultura do olival (representam 22% de um total de 1299), quase 60% da superfície ocupa-da com este tipo de produção destina-se a pastagens para alimentação animal. Segue-se a floresta (10%), o olival (8,4%) e as culturas forrageiras (prados). Na produ-ção de carne, a evolução também tem sido positiva: em 2011, o número de animais cresceu de 58 mil para 242.359 e há 1240 produtores (mais 4% face a 2010). Contu-do, Jaime Ferreira diz que há problemas para resolver. É difícil encontrar no mer-cado oferta suficiente, não só porque há “produtores dispersos”, mas porque a cen-tralização do abate dos animais dificulta o aumento da produção. “Na agricultura biológica, para haver certificação, o ani-mal não pode entrar no mesmo circuito do abate convencional. Há muito poucos matadouros que façam abate de modo biológico e muita da carne [criada desta forma] acaba na produção convencional”, explica.

A Agrobio aguarda pela reforma da Política Agrícola Comum (PAC) para que haja diferenciação nos apoios concedidos aos agricultores. Além disso, para fazer crescer o sector, “tem de haver uma apos-ta do próprio país”, defende.

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6 11 Outubro ‘12

Actual

O discurso de Eduardo Sá centrou-se na importância dos pais passarem tempo de qualidade com a sua família.

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Psicólogo Eduardo Sá proferiu conferência formativa em Évora

Uma conferência intitulada “Gestão de emoções – o NÃO também é educação”, proferida pelo psicólogo Eduardo Sá, de-correu no passado fim-de-semana em Évora, contando também com a partici-pação de Cristina Caixeiro, do Agrupa-mento de escolas n.º 3, que apresentou o projeto Escola de Pais e de Heldemerina Pires, da Universidade de Évora, como moderadora.

O discurso de Eduardo Sá centrou-se numa reflexão acerca da importância dos pais passarem tempo de qualidade com a sua família, do impacto das me-didas políticas na educação, bem como atitudes e comportamentos de pais, edu-cadores, crianças e jovens, professores e autarquias no que concerne à educação e duração das aprendizagens, as quais devem ser significativas e participadas e ainda sobre a importância da gestão de emoções.

Esta iniciativa, que reuniu cerca de centena e meia de pessoas, inseriu-se no

Esta iniciativa reuniu cerca de centena e meia de pessoas

programa de início do ano letivo 2012/13 e contextualiza-se no plano “Aprender para ensinar +”, que assenta no pressuposto de que a formação contínua e o acréscimo de conhecimento promovem melhores oportunidades educativas.

Os serviços educativos da Câmara Mu-nicipal de Évora foram os organizadores deste evento, que contou também com o apoio da Livraria Dom Pepe, da Uni-versidade de Évora e da EB 2/3 de Santa Clara.

A Câmara Municipal de Ourique apro-vou por unanimidade, em reunião ordinária do passado dia 26 de Setem-bro, a execução dos Planos de Urbani-zação das Freguesias do Concelho de Ourique.

Este processo permitirá uma reor-ganização do território dentro dos perímetros urbanos das freguesias do concelho, valorizando uma melhor e mais eficaz regeneração desse mesmo território e da paisagem.

As áreas em estudo no concelho de Ourique têm uma superfície total aproximada de 360 hectares, sendo que a execução dos Planos de Urbani-zação é da mais fundamental impor-tância para uma reorganização urba-nística que responda às necessidades estratégicas de coesão demográfica e territorial, constituindo um novo instrumento de reforço da competiti-vidade.

Os Planos de Urbanização das Fre-guesias promovem ainda a facilitação dos processos de construção por parte de cidadãos, empresas e instituições até à conclusão definitiva do Plano Director Municipal.

Aprova PU’s das freguesias

Ourique

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ExclusivoEsta ação arrancou com um “paint mob” que decorreu em simultâneo em várias cidades nacionais.

Campanha nacional sobre depressão começou em Évora

Redacção | Registo

A campanha nacional “Saia do escuro. A depressão tem tratamento” teve início com um paint mob por várias cidades nacionais. Contando com o apoio de vá-rias sociedades científicas, associações de doentes e câmaras municipais, esta nova campanha engloba várias iniciativas re-lacionadas com uma patologia que afeta atualmente 20% da população portugue-sa. A campanha pode ser acompanhada pelo portal www.saiadoescuro.pt.

Esta ação arrancou com um “paint mob” que decorreu em simultâneo em várias cidades nacionais - Lisboa, Matosinhos, Coimbra, Évora e Faro – numa iniciativa que contou com a cooperação de todas a câmaras municipais das respetivas cida-des envolvidas nesta ação.

Em Évora juntaram-se, no Jardim Pú-blico, cerca de 90 pessoas para “ajudar a combater” a depressão, onde 6 litros de tinta serviram para colorir o painel onde estavam inscritos, a preto e branco, os principais sintomas da depressão. Sempre com um único objetivo: dar cor ao cenário negro representado pela depressão.

Manifestando-se de forma diferente de pessoa para pessoa, a depressão não esco-lhe idade nem género, apresentando-se em várias dimensões ao nível dos sinto-mas emocionais, físicos e físicos doloro-sos. Tristeza, desinteresse, falta de apetite, cansaço, falta de energia, insónia ou do-res musculares e de costas, são alguns dos sintomas da depressão que não devem ser desvalorizados.

António Palha, presidente da Socie-dade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde

Em Évora juntaram-se, no Jardim Público, cerca de 90 pessoas

Mental (SPPSM), revela que «a depressão é um flagelo que atinge cada vez mais portugueses como mostrou o estudo epi-demiológico apresentado há dois anos onde se salienta a alta prevalência da de-pressão.

A campanha “Saia do escuro. A depres-são tem tratamento» dentro da perspetiva psicoeducativa, pode ajudar aqueles que sofrem de depressão a perceberem que esta é uma doença tratável e que se os doentes forem bem acompanhados po-dem ter de facto uma melhor qualidade de vida”.

Neste sentido, o presidente da SPPSM diz que este tipo de campanhas “são de grande importância já que ajudam os doentes e as suas famílias a perceberem

melhor o que é a depressão e como lidar com esta patologia, fazendo-os sentir que podem estar apoiados na doença. Por outro lado, é igualmente necessário, nos dias de hoje, a divulgação e identificação dos sintomas e, também, o respetivo tra-tamento”.

João Relvas, presidente da Associação Portuguesa de Psiquiatria Biológica, ex-plica que a compreensão da depressão passa pelo entendimento da interação de diferentes fatores biológicos, psicológicos, culturais e sociais e dos seus efeitos recí-procos. “De uma maneira geral o grande público desconhece estes aspetos estan-do muitas vezes a depressão associada a “fraqueza de carácter”, falta de “força de vontade” e outros mitos que tendem a

promover falsos conceitos e uma visão estereotipada que favorece a estigmatiza-ção da doença psiquiátrica em geral e da depressão em particular”.

Por outro lado, o médico destaca tam-bém que é importante dar a conhecer as diversas possibilidades de tratamento, mostrando que a remissão é possível. “O tratamento deve ser feito depois de uma avaliação clínica correta.

A terapêutica pode ter várias vertentes, das quais as principais são as medicações psicofarmacológicas e as psicoterapias, em particular a psicoterapia cognitivo-comportamental. Atualmente, a ênfase do tratamento é colocada na remissão e recuperação do episódio depressivo atual e na prevenção das recaídas e recorrên-cias futuras. Os antidepressivos têm um papel importante nesta estratégia tera-pêutica, devido aos seus menores efeitos secundários e a uma maior aceitação e adesão por parte dos doentes”.

No idoso a depressão é também uma re-alidade, estando muitas vezes associada a casos de suicídio. Lia Fernandes, presi-dente da Associação Portuguesa de Geron-topsiquiatria, confirma que “a depressão é ainda o problema de saúde mental, mais frequentemente ligado ao suicídio na ida-de avançada. Contudo, nem todos os ido-sos que se suicidam estão deprimidos, e nem todos os deprimidos se suicidam.

Apesar disto, detetar precocemente e tratar a depressão ajuda a reduzir o risco individual de suicídio”. De facto, entre as causas mais frequentes de suicídio nos idosos em Portugal, destacam-se sobretu-do as doenças físicas, institucionalização, viuvez, baixo suporte social e doenças psiquiátricas (depressão e alcoolismo). Só assim se compreende que o suicídio seja atualmente uma realidade em cresci-mento, nos mais velhos (correspondendo a ¼ do total de suicídios do país)”.

Osteoporose: uma doença silenciosa e mortal

Num momento em que se assinala mais um Dia Mundial da Osteoporo-se, a APOROS - ASSOCIAÇÃO NACIO-NAL CONTRA A OSTEOPOROSE, re-corda que em cada 30 segundos uma pessoa na União Europeia sofre uma fratura e que um quarto dos doentes que apresentam uma fratura do colo do fémur morre no ano seguinte.

Segundo a presidente da APOROS, Viviana Tavares, “o envelhecimento populacional que se tem registado nos últimos anos e o peso económico que as fraturas representam na eco-nomia portuguesa, tornam determi-nante a prevenção da Osteoporose”.

Os encargos socioeconómicos associados à doença têm tendência a crescer

Em 2010, o peso económico das fratu-ras em Portugal foi de 592 milhões de euros, sendo o custo de cada doente internado com fratura da anca, em média de 6.038 Euros.

Num país cada vez mais “idoso”, onde a osteoporose já afeta mais de 800 mil pessoas, os encargos socioe-conómicos associados à doença têm tendência a crescer. Além dos custos diretamente relacionados com a do-ença, existem ainda os custos ine-rentes à dependência dos doentes das suas famílias, uma vez que apenas 15 a 20% dos doentes em Portugal recu-peram a atividade funcional que ti-nham antes da fratura da anca. Além disso, 30% dos doentes que sofrem uma fratura de anca ficam dependen-tes de terceiros para realizar tarefas domésticas.

Ainda de acordo com a Fundação Internacional para a Osteoporose (IOF) uma em cada três mulheres e um em cada cinco homens acima dos 50 anos poderão vir a sofrer de oste-oporose, sendo fundamental apostar na divulgação da doença e na sua prevenção.

Osteoporose afeta homens e mulheresA osteoporose é uma doença silen-

ciosa que pode afetar tanto os homens como as mulheres, no entanto, as mu-lheres são atingidas em maior núme-ro, em particular após a menopausa. Esta doença é caracterizada pela dimi-nuição da massa óssea (ossos menos densos) e deterioração da arquitetura do tecido ósseo (ossos mais porosos) que, ao reduzir a resistência do osso, aumenta a sua fragilidade e a susceti-

bilidade para as fraturas. O primeiro sinal ou sintoma grave

da osteoporose é a fratura, que pode decorrer muitos anos de uma forma insidiosa sem que o doente se aper-ceba que sofre de osteoporose. Esta dificuldade no reconhecimento da doença faz com que 80% dos pacien-tes com fratura por fragilidade óssea não sejam avaliados nem tratados por osteoporose.

Independentemente da densida-de da massa óssea é necessário que as pessoas adotem hábitos saudáveis precocemente. Uma alimentação rica em cálcio e vitamina D, bem como a prática regular de exercício físico, não fumar e não ingerir bebidas alcoóli-cas são alguns dos hábitos preventi-vos da osteoporose que devem fazer parte da rotina dos portugueses.

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A ciência tem-se encarregue, não só de descontruir muitos dos mitos existentes em torno do café.

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Consumidores de cafeína têm menor propensão para a depressão

Uma investigação conduzida por um gru-po de investigadores de diversas univer-sidades americanas, publicada na revista Arquives of Internal Medicine, concluiu que o consumo de cafeína, a longo prazo, produz efeitos biológicos que diminuem o risco de desenvolver quadros depres-sivos. Sendo a cafeína o estimulante do sistema nervoso central mais utilizado em todo mundo e, tendo em conta que, aproximadamente 80% advém do con-sumo de café, estes resultados assumem especial relevância.

Nesse estudo que decorreu durante 10 anos foram acompanhadas 50.739 mu-lheres sem quaisquer indícios de depres-são. No final do estudo, após terem sido comparados os resultados entre mulheres que consumiam apenas uma chávena de café por semana e outras que ingeriam quatro ou mais cafés diários, foi possível concluir que quanto maior for o consumo de cafeína, menor é o risco de depressão.

A cafeína é o estimulante do sistema nervoso central mais utilizado em todo o mundo

“A Ciência tem-se encarregue, não só de descontruir muitos dos mitos existentes em torno do café, como também de trazer novos conhecimentos sobre os seus bene-fícios. A investigação realizada sublinha,

mais uma vez, as propriedades preven-tiva do café, neste caso face à depressão, uma condição médica que afeta muitos portugueses e que é a principal causa de incapacidade e a segunda causa de perda

de anos de vida saudáveis. Outros estudos têm concluído também pelos benefícios da ingestão do café em várias doenças neurológicas como a Doença de Alzhei-mer e a Doença de Parkinson.

Em suma, existe evidência científica crescente de que a ingestão do café, longe de ter efeitos perniciosos é pelo contrário benéfica em várias doenças com grande repercussão na população.

Nessa medida, para que se possa con-tribuir para uma boa qualidade de vida durante mais tempo, prevenindo as do-enças referidas, os diversos estudos re-comendam a toma de beber 3 a 4 cafés diários“, afirma o neurologista Dr. Vitor Oliveira.

De acordo com o estudo realizado pela Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental (SPPSM): um em cada quatro portugueses já sofreu, em algum momento da vida, de depressão; 59% por cento dos portugueses reconhece a de-pressão como uma patologia que precisa de acompanhamento clínico e medica-ção; e 96% acredita que a crise económica vai provocar um aumenta dos casos da doença em Portugal.

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Exclusivo

“É indispensável o aumento dos salários e em particular do salário mínimo nacional”.

PCP defende aumento do salário mínimo e “controlo” do preço dos combustíveis

Luís Godinho | Texto

O PCP anunciou que vai avançar com uma interpelação ao Governo sobre “polí-tica alternativa” à “política destrutiva que PSD e CDS aplicam, com o apoio do PS”. O anúncio foi feito no final das jornadas par-lamentares do PCP que durante dois dias se realizaram em Beja, durante as quais os comunistas defenderam o aumento do salário mínimo nacional para 515 euros mensais.

“É indispensável o aumento dos salários e em particular do salário mínimo nacio-nal que os governos se comprometeram a aumentar para 500 euros em janeiro de 2011 e que até agora se mantém em 485 euros, abaixo do limiar de pobreza”, disse o líder da bancada parlamentar do PCP, Bernardino Soares, considerando que o aumento dos salários e das pensões “é um aspeto central e indispensável” de uma al-ternativa política.

Fonte comunista avançou ao DN que a proposta tem outro destinatário, além do governo: “Tal como sucedeu com o debate da moção de censura o PS terá de tomar posição, ou a favor dos trabalhadores ou caucionando as opções políticas da direi-ta”.

Bernardino Soares anunciou ainda a apresentação de uma iniciativa legisla-tiva para conter a escalada de preços da eletricidade, gás e combustíveis. A ideia é criar um sistema de preços máximos que “tenha em conta a viabilidade económica das empresas fornecedoras e como refe-rência os respetivos preços médios antes de impostos na zona euro”.

“O cálculo dos preços máximos das di-versas formas de energia será estabelecido a partir dos preços médios europeus cor-rigidos para os consumidores domésticos por fator que tenha em conta o poder de compra nacional”, explicou o dirigente co-munista, anunciando ainda a apresenta-ção de iniciativas parlamentares para des-cer a taxa de IVA na restauração para 13%, “condicionar o regabofe fiscal na Madeira” e parar com o processo de privatização de empresas públicas.

Bernardino Soares diz que o governo “não tem legitimidade política” para con-cretizar a privatização da TAP ou da ANA: “O PCP agendou já uma apreciação parla-mentar sobre o decreto-lei de privatização da TAP e proporá a sua revogação”. Decisão idêntica será tomada quando estiver sobre a mesa a privatização da ANA.

O PCP quer ainda criar um limite má-ximo de pagamento de juros anuais in-dexado a um valor das exportações, à se-melhança do que sucedeu na Alemanha depois da II Guerra Mundial. Segundo Bernardino Soares, a medida permitiria disponibilizar este ano “5 mil milhões de euros para apoiar a atividade económica”.

Ataque ao PS

No discurso de abertura, Jerónimo de

O PcP quer criar um limite máximo de pagamento de juros anuais indexado a um valor das exportações

Sousa endureceu o ataque ao PS apontan-do “baterias” à proposta de António José Seguro para redução do número de depu-tados, considerando que se trata de uma estratégia para “desviar as atenções da po-lítica brutal que está em curso”.

“Não há deputados a mais na Assem-bleia da República, o que há é deputados a mais favoráveis à política de direita e a menos para romper com ela”, disse Jeró-nimo de Sousa, depois de acusar o PS de estar “empenhado em fazer viver este go-verno até 2015” escudando-se “no discurso do partido responsável” para “não pôr em causa” o acordo com a ‘troika’.

Ao falar na redução do número de de-putados, António José Seguro está a “fazer coro com o mais básico populismo”, acres-

centou Jerónimo de Sousa, que vê nessa proposta uma tentativa dos socialistas para “conseguir um velho objetivo” po-lítico: “Garantir para o PS e o PSD um sis-tema eleitoral blindado que lhes permita ter sempre o poder e absoluto e eliminar ou reduzir a ínfima representação quem se lhes opõe”.

“Assim não haveria incómodas moções de censura”, argumenta o líder comunista.

O secretário-geral do PCP disse ainda que o governo “não tem legitimidade po-lítica nem base de apoio social” para “con-tinuar a tomar decisões” como o aumento de impostos e as privatizações. Jerónimo de Sousa definiu o próximo Orçamento do Estado como uma “arma de arremes-so mortífera para as condições de vida do

povo trabalhador e das camadas popula-res”, dizendo que o governo está “crescen-temente isolado” e “distante do povo”.

“O 5 de outubro foi bem o espelho de um poder acossado, com um primeiro-minis-tro longe do país e um governo e um Pre-sidente da República cada vez mais confi-nado ao seu reduto, longe do povo e com medo do povo”, disparou.

Jerónimo de Sousa diz que o país “pre-cisa urgentemente de promover uma al-ternativa” política, tendo ficado “claro” no debate da moção de censura apresentada pelos comunistas que “este governo é um governo do passado” que “quer sobreviver a todo o custo” executando “em nome do capital, uma espécie de fuga para a frente, porque o tempo lhe foge”.

Além das intervenções de Jeróni-mo de Sousa e Bernardino Soares, os deputados comunistas reuniram com diversas instituições do Baixo Alentejo para “tomar o pulso” à região e demonstrar potencilidades econó-micas. No âmbito agrícola, uma das grandes preocupações da Federação das Associações de Agricultores do Baixo Alentejo está associada ao futuro do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA).

“O corte no financiamento, no âmbito do PRODER, na ordem dos 130 milhões

de euros, coloca em causa a conclu-são das obras do EFMA, previsto para 2013, o que poderá conduzir a elevados prejuízos das explorações agrícolas que aguardam a chegada da água do empreendimento”, refere o PCP exem-plicicando com o perímetro de rega que abrange o Concelho de Beja: cerca de 12 mil hectares de olival estão à espera da água.

Já na reunião com a direcção da Escola Profissional de Desenvolvi-mento Rural de Serpa (EPDRS) foram abordados temáticas relacionadas com

o ensino profissional, “ameaçado por força das políticas de conversão da escola pública num mero instituto de formação profissional”

A EPDRS é uma escola pública mas perdeu entre 2010 e 2012 metade do seu financiamento estatal, o que segundo o PCP “contrasta com a propaganda do investimento no ensino profissional”. “Como nas restantes escolas públicas, os professores, além de verem redu-zidos os seus salários e direitos, são confrontados com cada vez mais horas lectivas e turmas maiores.”

Corte de verbas coloca em causa conclusão de Alqueva

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Exclusivo

A edição de 2012, a 13ª edição, inspira-se na atual diversidade da linguagem da própria dança contemporânea.

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FIDANC - Festival Internacional de Dança Contemporânea

E aproxima-se mais uma edição do FI-DANC - Festival Internacional de Dança Contemporânea.

A edição de 2012, a 13ª edição, inspira-se na atual diversidade da linguagem da própria dança contemporânea.

Ao focar a força excecional que reside nessa diversidade, estão sendo entendi-das a diversidade cultural, ideológica, técnica e estética que, de certa forma traduzem as grandes questões da atua-lidade.

O processo criativo e identitário de cada criador, a arte como um espelho da vida, da alma e do coração foram es-tímulos para a programação das 8 obras originais, de criadores como Andresa Soares, Sérgio Pelágio, Pedro Ramos, Pe-ter Michael Detz, Rafael Leitão, Nélia Pinheiro, e dos criadores emergentes, Ricardo Ambrózio, Marco Ferreira, entre outros. Das oito obras programadas uma é estreia absoluta e resulta de um projeto

A arte da dança é um legado para ser vivido: agora e pelas gerações vindouras

de colaboração entre a coreografa Nélia Pinheiro e a coreografa alemã Susanne Linke.

Tratado como um projeto cultural am-plo, o FIDANC atua no período entre 22 de Outubro e 03 de Novembro, como um

espaço aberto ao encontro multidiscipli-nar, ampliando as possibilidades de mis-cigenação das artes.

Ao apresentar as tendências da dança contemporânea no final da primeira dé-cada do século XXI, o FIDANC afirma a cultura como escola maior, no processo de educação e formação, num caminho contemporâneo que aponta novos ru-mos de forma pouco convencional, uma gramática em construção e o suporte de novos conceitos que, certamente, provo-carão reações nada unânimes no públi-co.

A vasta programação do FIDANC diri-gida a crianças, jovens e adultos, revela que a cultura não é só um “negócio”, mas que, representa também, um diferencial excecional na procura da qualidade que a contemporaneidade exige.

O desafio de montar e executar esta programação que ocupa vários espaços descentralizados da cidade de Évora e toca em vários escalões etários foi reco-nhecido pelas entidades que comparti-lham com a CDCE o desafio.

A arte da dança é um legado para ser vivido: agora e pelas gerações vindouras.

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RadarO Ministério da Educação e ciência apresentou o programa «O Mundo na Escola».

Programa ”O mundo na escola“

Trata-se de um programa dedicado a di-versas temáticas que, numa primeira etapa, incidirá sobre Ciência e Tecnologia, partindo-se depois para outras áreas, das artes à literatura. O objetivo é proporcio-nar uma oportunidade para que os alu-nos tenham contacto com os profissio-nais da área abordada, rentabilizar bons projetos já em curso e valorizar a experi-ência de quem no terreno tem desenvol-vido as melhores práticas.

O Mundo na Escola será dirigido pela Professora Ana Eiró, física, professora catedrática da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL), com um vasto currículo em divulgação de ciência. Este programa é financiado pela Funda-ção para a Ciência e a Tecnologia em co-laboração com a Ciência Viva - Agência Nacional para a Cultura Científica e Tec-nológica.

A apresentação de «O Mundo na Esco-la» decorreu na Casa Andresen, Jardim Botânico da Universidade do Porto, e a primeira iniciativa do Programa foi a inauguração da exposição «Insetos em Ordem», desenvolvida pela Universidade de Lisboa e acolhida agora pela Universi-dade do Porto.

O Mundo na Escola vai promover as se-guintes iniciativas:

Itinerância de exposições:Insetos em OrdemA itinerância de exposições já realizadas e de reconhecido mérito permitirá ir ao encontro da comunidade escolar por todo o país. Marcando o arranque do programa «O Mundo na Escola», a exposição «Inse-tos em Ordem» será a primeira a abrir as suas portas.

O Mundo na Escola será dirigido pela Professora Ana Eiró

Neste momento em que os políticos são tão atacados por todos os lados, qua-drantes, esquinas e grupelhos, vem-me sempre à memória a história do cama-rada Fidel, que numa conversa com uma perigosa contra-revolucionária, a aconse-lhava a que fizesse como ele, Presidente Fidel – não se “metesse” na política que só lhe poderia trazer desgostos e aborre-cimentos. Resta acrescentar que esta pe-rigosa contra-revolucionária era sua filha e, mais surpreendentemente, ele estava carregado de razão; que o digam os mi-lhões de Cubanos submetidos a tão cruel destino. Em oposição a isto declaro-me um impenitente político, sem qualquer necessidade de adjectivação do tipo: sou político mas dos sérios, ou dos honestos, ou dos competentes, ou dos amigos do

ambiente, ou qualquer outra alarvidade. Eu sou simplesmente um político (até dis-penso a maiúscula), apenas com uma ca-pacidade de debitar “cavalidades” acima do normal (uma redundância para quem tem a paciência de me ler), e um direito à indignação quase tão grande como o ego do Dr. Francisco Louçã.

Sem mais demoras passo apenas a ex-primir a minha mais profunda revolta pe-las seguintes situações, consequência do desnorte, incompetência, despropósito, falta de vergonha e, porque não dizê-lo, falta de amor pelo próximo e, mais grave ainda, pela ética republicana deste (des)Governo, que pelo que a seguir exponho me parece totalmente socialista, e nem sequer vou falar de política fiscal.

1ª Situação – O Governo pediu um pa-

recer ao Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida, e este emite uma coisa perfeitamente leninista, interpre-tando fielmente a máxima do pensador comunista: “É verdade que a liberdade é preciosa - tão preciosa que precisa de ser racionada.”. Se o fazemos com a liberda-de, bem mais precioso, porque não com seringas ou medicamentos… A esquerda mais à extrema bufa, mas sem razão como se vê, pelo menos neste caso, quando re-clamamos a actualidade de certos pensa-dores.

2ª Situação – O Dr. António Borges, um sinistro Ministro Sombra, encarnação de todos os males, desde belzebu a membro do FMI, chama ignorantes aos empre-sários, voltando mais uma vez a confir-mar, como se fosse necessário, a deriva

esquerdista desta gente. Chamar nomes a empresários é um exclusivo da esquerda bem pensante como toda a gente sabe, tal como cheirar bem dos sovacos, e revelar uma potência sexual muito acima da mé-dia.

3ª Situação – A cereja em cima do bolo, o Sr. Presidente da República trata mal a nossa bandeira nas cerimónias do 5 de Outubro, ainda por cima o último, segun-do as previsões de notáveis comentadores da nossa praça. Mais outro baluarte da esquerda corrompido pelo inimaginável atrevimento de quem se calhar nunca fa-bricou um cocktail Molotov, deu vivas à ETA ou apedrejou um polícia neste triste País. Pois é, sou um político, e com muito gos-to…

“Eu político me confesso”LuíS DARGEntEngenheiro Agrónomo

Desenvolvida e exibida em 2010 e 2011, no Museu Nacional de História Natural e da Ciência (MNHNC), em Lisboa, a expo-sição «Insetos em Ordem» esteve aberta ao público durante nove meses e foi a pri-meira exposição científica montada em território nacional com direito a crítica por parte da prestigiada revista científica «Science».

Comissariada pelas biólogas Patrícia Garcia Pereira e Eva Monteiro, respecti-vamente do MNHNC e do Tagis, a mos-tra apresenta uma chave dicotómica de insetos, sob a forma de um jogo de pista, visual, intuitivo e lúdico que, decerto, vai

envolver jovens de todas as idades.

A Física no dia-a-diaOutra exposição, «A Física no dia-a-

dia», estará nas escolas ao longo deste ano letivo. Baseada no livro com o mesmo nome, de Rómulo de Carvalho, foi origi-nalmente uma iniciativa do Pavilhão do Conhecimento, onde esteve exposta de novembro de 2011 a setembro de 2012. Foi adaptada pelos físicos Pedro Brogueira e Filipe Mendes, professores do Instituto Superior Técnico, para uma versão mais leve que irá permanecer duas semanas em cada escola. A primeira paragem, já

no início de novembro, será na Escola EB2/3 Rainha Santa Isabel na Carreira (Leiria), estando prevista a visita a mais de 30 escolas durante este ano letivo.

grandes Aulas:O Mundo na Escola organizará ainda

«Grandes Aulas», que levarão cientistas nacionais ao contexto escolar. Mais do que uma palestra, as «Grandes Aulas» são eventos que decorrem na escola, des-pertando a curiosidade dos alunos para temas da ciência, de forma dinâmica e envolvente e promovendo a observação e experimentação. Eduardo Marques de Sá, matemático e professor da Universidade de Coimbra, dará a sua «Grande Aula» em Arganil no final de novembro. Jorge Relvas, geólogo e professor da FCUL, fa-lará em Grândola no início de dezembro, apoiado por uma equipa do Centro Ciên-cia Viva do Lousal.

Saber porquê:É um concurso dirigido ao 3.º ciclo

do Ensino Básico e do Secundário para juntar alunos e professores em busca de respostas às perguntas, que vão sendo desvendadas ao longo do ano no site do Programa. As perguntas podem remeter para um conceito científico básico, para uma questão científica específica ou para um cruzamento de áreas diferentes, e devem ser respondidas em pequenos ví-deos de 3 minutos. Também a equipa do «Mundo na Escola» realizará vídeos de 3 minutos com possíveis respostas dadas por um investigador, o qual será a perso-nagem principal do filme apresentado e difundido no site do Programa e nas re-des sociais.

O programa «O Mundo na Escola» terá um website onde a comunidade escolar e as famílias poderão aceder às iniciativas do programa em http://www.mundona-escola.pt .

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A Estação imagem pretende corporizar a entidade como tem desenvolvido a sua actividade no campo da fotografia.

Radar

A avaliação das universidades visava a garantir a qualidade do ensino, e foi reco-nhecida como necessária. Mas ninguém esperava que a avaliação em função da capacidade para diplomar os estudantes no tempo previsto (p. ex., 3 anos para a li-cenciatura) se tornasse um factor de des-truição daquilo que se queria avaliar.

Comparando a universidade a uma empresa e o estudante a um cliente, e mediu-se a “produtividade” duma insti-tuição pela percentagem de alunos que obtêm o diploma no tempo previsto.

Concluiu-se logo que uma universida-de que chumba muitos alunos (que levam portanto mais de 3 anos a licenciar-se), tem um baixo “sucesso escolar”; identi-ficaram-se as disciplinas que chumbam “demasiados” alunos.

Daí resulta que é mau para uma uni-versidade chumbar alunos e os professo-res individualmente têm que deixar de os reprovar. Os alunos não assimilaram a matéria, porque não têm preparação prévia, porque não estudam, porque não vão às aulas ou, se vão, é para brincar com os telemóveis? Nada a fazer, eles têm que passar, senão todos, quase todos.

Uma taxa de 40% de chumbos é exces-siva, de 30%, chama a atenção e contribui para a taxa de insucesso da universidade.

Segundo estes novos critérios, a “boa” universidade é aquela em que toda a gen-te obtém o diploma no tempo previsto, e o bom professor é o que dá boas notas e passa toda a gente (ou quase).

Por outro lado, as universidades, con-frontadas com um “mercado” das candi-daturas cada vez mais competitivo, não podem permitir-se chumbar alunos (so-bretudo nos mestrados, que dão dinhei-ro), porque a reputação de instituição que chumba é, como para o professor, fatal: os candidatos evitam-na.

E assim se reforça, ao contrário do que se desejava, o esquema tradicional em que o que conta é a formatura e não a for-mação. O sociólogo R. Boudon chamou a estes processos que produzem o efeito inverso do que se pretendia, “efeitos per-versos”.

Como no exemplo dos clientes que, te-mendo a insolvência do seu banco acor-rem a retirar as poupanças e provocam aquilo que temiam. Por toda a parte, a formação perdeu a batalha.

José Rodrigues dos SantosAntropólogo, Academia Militar e CIDEHUS,

Universidade de Évora08 de Outubro [email protected]

Um olhar antropológico

A alienação universitária 2 - O “sucesso” obrigatório

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JOSÉ RODRiGuES DOS SAntOS*Antropólogo

Esta não é a Terra Prometida

Sabia que, só em Portugal, segundo um estudo aplicado a 943 pessoas, 58% já foi vítima de algum tipo de violência psico-lógica ou física?

Sabia que destas 943 pessoas, 15 % con-fessa ter receio de vir a ser vítima de al-gum tipo de violência? Sabia que, só na cidade de São Paulo, no ano de 2005, 72% da população LGBT foi vítima de discri-minação pela sua orientação sexual? E sabia que 40% dos entrevistados confes-sou não ter denunciado os agressores?

Esta não é a Terra Prometida é uma performance sobre aceitação e dife-

Esta não é a terra Prometida é uma performance sobre aceitação e diferença

rença, rejeição e silêncios, que parte de relatos de casos reais, fictícios ou de-turpados de violência exercida contra uma minoria. Márcio Pereira, bailarino e performer, em residência artística no espaço da Colecção B, Associação Cultu-ral, em Évora, propõe-nos uma reflexão, simultaneamente plástica e visual, so-bre este tema.

O corpo, instrumento de trabalho do bailarino e casulo da personalidade do indivíduo, movimenta-se nas frontei-ras impostas pela imagem da identida-de, para se concretizar no espaço e para além da máscara, convidando-nos a pensar a nossa relação com os factos e com os segredos e as verdades dos outros.

A não perder nos dias 11, 12 e 13 às 22H na Igreja de São Vicente.

19 Gabinetes de arquitectura candidatos à sede da estação imagem

A Câmara de Mora abriu um concurso público para a recuperação da antiga es-tação de caminho-de-ferro, tendo já re-cebido as candidaturas de 19 gabinetes de arquitectura.

O local, onde ficará instalada a sede da Estação Imagem, incluirá também o Arquivo Municipal e a Biblioteca, actu-almente presentes na Casa da Cultura local, um centro de tratamento de foto-grafia e espaço para exposições, além do acervo daquela associação.

Até ao final do mês de Setembro, a edilidade irá decidir qual o gabinete vencedor de um projecto que representa um investimento global de 1,5 milhões de euros.

O objectivo do futuro espaço visa im-plantar um equipamento cultural que assuma uma função aglutinadora da população residente do concelho e que consiga captar o interesse de potenciais visitantes através de uma oferta lúdico-pedagógica inovadora, ancorada numa componente museológica sobre a Histó-ria de Mora e suas gentes.

A Estação Imagem, assim designa-do o objecto deste concurso, pretende, também, corporizar a entidade com o mesmo nome que tem desenvolvido a sua actividade no campo da fotografia, conferindo-lhe condições para promo-ver novas iniciativas e consolidar os de-sígnios para si estabelecidos.

Para a edilidade, a aposta visa fomen-tar o crescimento cultural da popula-ção que serve; captar novos visitantes e motivar o seu regresso; promover o desenvolvimento do concelho de Mora; divulgar o passado de Mora e projectar o seu futuro, nas suas várias dimensões; e requalificar os edifícios da antiga Es-tação de Mora, devolvendo-os às pesso-as que outrora serviram, e valorize uma estrutura urbana pouco qualificada.

A Estação Imagem será constituída por diversas áreas, sendo a principal uma exposição visitável (área estima-da - 200m²) sobre a história de Mora e

O objectivo do futuro espaço visa implantar um equipamento cultural

das suas gentes o espólio relativo à pre-sença humana neste território ao longo dos tempos, desde a pré-história até à actualidade, integrando, num conceito expositivo inovador, as peças existentes com conteúdos multimédia e soluções técnicas e arquitectónicas que tornem a visita a este espaço uma experiência sensorial única e adequada a todas as faixas etárias.

O futuro equipamento incluirá Bi-blioteca/ Átrio de Entrada (área esti-mada – 150m²), destinado à consulta da colecção bibliográfica da edilidade e de alguns periódicos. A sala de leitura (80m²) deve estar acoplada ao átrio de entrada (por forma a optimizar os recur-sos humanos) e a um espaço público de acesso à internet.

Uma exposição temporária (área esti-mada – 80m²) também está contempla-da, numa zona ampla preparada para acolher mostras temporárias de carác-ter artístico eminentemente visual, cuja base programática estará fundada

numa profunda inter-relação com a Es-tação Imagem.

A sede da associação Estação Imagem (área estimada – 80m²) estará natural-mente aqui. Trata-se de uma entidade que desenvolve actividade no campo da fotografia mas que pode, futuramente, evoluir para outros domínios das artes audiovisuais. Seria o aglomerante da estrutura que herda o seu nome. Para o funcionamento deste projecto prevê-se a utilização exclusiva de um espaço para reuniões e serviços administrati-vos, uma sala de trabalho/formação e um arquivo fotográfico onde se reunirá o legado dos concursos, passados e futu-ros, promovidos pela Estação Imagem.

Uma sala Polivalente (área estima-da – 60m²), instalações Sanitárias/ Téc-nicas/ Sociais (área estimada – 50m²) e ajardinamento exterior completam o concurso ainda em vigor.

Recorde-se que a autarquia de Mora está a investir este ano sete milhões de euros em obras municipais.

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Serva la Bari é um grupo de Sevilha formado em 1999 por Joaquín Moreno, Francisco Morales e carlos Mil-Homens.

Radar

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A comemoração do Dia Mundial da Alimentação – 16 de Ou-tubro – remonta ao ano de 1981. Nesta data dá-se especial destaque à importância da Alimentação na promoção de uma vida saudável.

Dados estatísticos mostram que, no final de 2010, em Portu-gal, dois milhões de pessoas passavam fome. não só por falta de alimentos, mas também por más escolhas alimentares que provocam carências de ferro, cálcio, iodo, vitaminas e outros nutrientes essenciais para o bom funcionamento do organis-mo. Em contexto de crise económica, as más decisões tendem a agravar-se e têm consequências dramáticas na vida dos con-sumidores, como mau aproveitamento escolar e problemas de saúde vários (diabetes, complicações cardiovasculares, in-feções, obesidade, etc.).

Mas esta é uma fome que se mata com uma alimentação equilibrada, que pode ser obtida com uma refeição completa caseira, a um preço mais acessível que, por exemplo, um pa-cote de bolachas.

A este propósito, a DECO – Delegação Regional de Évora, no Dia Mundial da Alimentação, prestará aconselhamento à população acerca das escolhas saudáveis e a baixo custo dos alimentos. no período 10h30 – 13h00, na Praça do Giral-do em Évora, poderá fazer um rastreio nutricional gratuito e saber se tem um comportamento alimentar saudável e como melhorar a sua qualidade de vida. Esta iniciativa conta com o apoio da câmara Municipal de Évora e da nutricionista, Dr.ª Vera Baldeira.

A Direção

Delegação Regional de Évoratravessa Lopo Serrão, n.ºs 15 A e 15 B, r/ch, 7000-629 Évora

telefone: 266744564 – Fax: [email protected] /www.deco.proteste.pt

Alimente-se com conta e em conta!

Serva la Bari apresenta diversos estilos de flamenco “palos” no Outubro Mês da Música

O Outubro Mês da Música, iniciativa cul-tural organizada pelo Município de Re-guengos de Monsaraz, propõe no sábado, dia 13 de outubro, às 21h30, no Auditório Municipal, o espetáculo “Aires Flamen-cos”, com o grupo de flamenco e sevilha-nas Serva la Bari. No domingo, às 17h, no Coreto do Parque da Cidade, realiza-se um concerto com o Quarteto de Trombo-nes da Banda Simão da Veiga, da Casa do Povo de Lavre.

Serva la Bari é um grupo de Sevilha for-mado em 1999 por Joaquín Moreno (can-te), Francisco Morales (considerado um dos melhores guitarristas de flamenco da atualidade) e Carlos Mil-Homens (percus-são), músico natural do concelho de Vila Viçosa mas radicado em Espanha. No espetáculo em Reguengos de Monsaraz atuam também os bailarinos El Maleno e Sofia Abraços.

No sábado, os espetadores poderão apre-

Espetáculos todos os fins-de-semana em Reguengos de Monsaraz

ciar diversos estilos de flamenco “palos”, como Rosas y Alegrías, de la família de las Cantiñas, Tientos-Tangos, Cartagenera del piñana, Granadina y media Granadina,

Soleá por Bulerías, Fandangos, Bulerías, entre outros. Considerado um dos melho-res grupos de flamenco do mundo, Serva la Bari tem como objetivo divulgar a arte

e a cultura flamenca.No âmbito das comemorações do Dia

Mundial da Música que a Direção Regio-nal de Cultura do Alentejo está a promo-ver este mês, realiza-se no domingo um concerto com o Quarteto de Trombones da Banda Simão da Veiga. Constituída por três trombones tenores e por um trombone baixo, esta versátil formação da música de câmara vai interpretar sucessos de diver-sos géneros musicais, do ligeiro ao jazz.

O Outubro Mês da Música continua no dia 20 de outubro, às 21h30, no Auditório Municipal, com o espetáculo “Gentes da Minha Terra”, pela Companhia de Dança Contemporânea de Évora. A partir de fa-dos de Amália Rodrigues foi criado um bailado em sua homenagem, pleno de li-rismo e de imagens oníricas.

A fechar o Outubro Mês da Música re-aliza-se no dia 27 de outubro, às 21h30, no Auditório Municipal, o concerto com a Banda e o Coro Polifónico da Sociedade Filarmónica Corvalense. Os espetáculos “Aires Flamencos” e “Gentes da Minha Terra” são financiados pelo projeto TEIAS - Rede Cultural do Alentejo.

Beja com ModaA organização Miss European Portugal irá realizar no próximo sábado, dia 13 Outubro 2012, pelas 21h30, no palco do Teatro Municipal Pax Julia, um desfile de moda com as modelos e Finalistas Miss European Portugal 2012. As modelos irão desfilar as ultimas tendências de moda de alguns espaços comerciais da região que se associaram a esta iniciativa do Eu-ropean Fashion Tour. Durante o desfile, contamos ainda com a presença da dupla de cantores Denisa Figueira (operação

Triunfo 2007), e Bruno Correia (Operação Triunfo 2010), que animarão esta noite de glamour na bonita cidade Alentejana de Beja.

A apresentação do evento está a cargo da actriz e apresentadora de TV Maria Fa-leiro. A Produção deste evento European Fashion Tour, é organizado por Miss Eu-ropean Portugal, com o apoio da Câmara Municipal de Beja, Marques Soares, Pri-mus Beja, PHAX Swimear Portugal e Sa-lão Cabeleireiros Tânia Nobre.

Sobre o Concurso European Portugal:O Concurso European Portugal é organi-zado pelas empresas Look de Glamour e Escola de Moda Madalena Toscany.

O concurso Miss European Portugal teve a sua primeira edição no ano passado. Em apenas dois meses e meio, este grupo conseguiu erguer estrutura do concurso de uma forma muito competente, tendo em consideração todo o trabalho que com-porta organizar um evento deste tipo.

A equipa portuguesa de 2011, conseguiu

obter o único troféu em competição para equipa, a Taça de Melhor Coreografia em Dança de Equipa. Para além disso, a organi-zação do European Portugal, venceu a can-didatura para organização da Final Europeia em 2012, o que não nos podia ter corrido me-lhor! Assim, nos próximos dias 15 a 20 de Ou-tubro 2012, receberemos na Adriana Beach Resort, no Algarve, 10 equipas de países como Portugal, Inglaterra, França, Holanda, Bélgi-ca, Irlanda, Malta, Escócia e País de Gales, Al-bânia e Kosovo num total de 100 candidatas.

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14 11 Outubro ‘12 Anuncie no seu jornal REGISTOtodos os anuncios classificados de venda, compra, trespasse, arrendamento ou emprego, serão publicados gratuitamente nesta página

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Page 16: Registo ed226

SEMANÁRIO

Sede Rua Werner Von Siemens, n.º16 -7000.639 ÉvoraTel. 266 751 179 Fax 266 751 179Email [email protected]

Mujer.Innova_Lab, Projeto te-mático do Fenix RIEP (Rede Transfronteiriça de Inovação Económica centrada nas Pesso-as), dentro do Programa de Co-operação Transfronteiriça Espa-nha-Portugal, da iniciativa de Talikatao_Cultura y Desarrollo, vai ser apresentado em Portu-gal, no próximo dia 17 de outu-bro de 2012, pelas 15.00h, no Nú-cleo da Igreja de S. Francisco, em Portalegre, e, em Espanha, no 26 de outubro em Los Santos de Maimona (Badajoz) Mujer.Inno-va_Lab, no âmbito das jornadas Mujer Creadora.

O Mujer Innova, surgiu em abril de 2012 e tem como desti-natários as mulheres empreen-dedoras no ramo da cultura e das ICCs no território da Extre-madura e no distrito de Portale-gre, (Portugal) e ainda a empre-sas profissionais, jovens artistas

e empresas emergentes no âmbi-to cultural que trabalhem numa linha de criação em torno a no-vas linguagens teatrais.

Este projeto é uma atividade dos projetos Temáticos dentro do Programa de Cooperação Trans-fronteiriça Espanha-Portugal, em concreto para o “Projeto Fé-nix-Riep”, (Rede Transfronteiriça de Inovação Económica centra-da nas Pessoas), do Ayuntamien-to de los Santos de Maimona, e apresenta-se como um lugar de encontro onde confluem in-quietações, ideias e projetos de mulheres empreendedoras, com o objetivo de criar um espaço transfronteiriço virtual e físico.

De acordo com Sara García Guisado, da Talikatao “Mujer.In-nova_Lab pretende criar laços de colaboração de virtuais e físi-cos. Por um lado, fazendo parte da rede virtual, através de uma

página web que sirva para que mulheres ativas, no âmbito da cultura, da cooperação, da inova-ção social, das novas tecnologias e do empreendimento criativo se deem a conhecer. Por outro lado, através de um encontro presen-cial, com o objetivo de que todas as integrantes se conheçam e per-cebam as possibilidades de cola-boração entre elas. A presentação da web e o primeiro destes labo-ratórios terão lugar, em Portugal, no próximo dia 17 de outubro de 2012, pelas 15.00h, no Núcleo da Igreja de S. Francisco, em Porta-legre, e, em Espanha, no próximo dia 26 de Outubro em Los Santos de Maimona, dentro do encontro Mujer Creadora 2012. As pessoas interessadas podem encontrar a informação completa e o formu-lário de participação na página do projeto: http://mujerinnova-lab.com/.

Avis

BTT do Norte AlentejanoNuma organização da CIMAA-Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo e dos municípios de Avis, Gavião e Alter do Chão, vai realizar-se no domingo, dia 14 de Outubro, em Avis, a última prova do 18º circuito de BTT do Norte Alentejano.Esta prova, por ser a última, terá um percurso completa-mente novo, e ficará a saber-se, quem são os vencedores de cada escalão.Além dos prémios monetários, e dos jer-seys, serão entregues também os da Lancar e sorteadas lembran-ças da Loja S2R e da Bont.Para mais informa-ções consulte o site: www.cimaa.pt

Ponto de encontro transfronteiriço para mulheres criadoras

Portalegre

D.R.

Inserido nas comemorações do 50.º aniversário da elevação de Vendas Novas a concelho, decorre uma mostra retrospetiva de qua-tro décadas de produção artística criativa do autor e é a demonstra-ção de um percurso assinalável no âmbito da medalhística e da numismática. Nela podem ser apreciadas mais de 40 medalhas, algumas produzidas pela Im-prensa Nacional - Casa da Moe-da, outras premiadas nacional e internacionalmente e algumas exemplares de comemorações de efemérides, como é o caso dos 125 e dos 150 anos da Escola Prática de Artilharia de Vendas Novas.

Helder Batista é um escultor e consagrado medalhista nascido em Vendas Novas em 1932 e por isso é com toda a honra que o Município alia esta iniciativa às comemorações do cinquentená-rio do concelho, conferindo-lhe ainda mais dignidade. A sua for-mação académica foi feita na Casa Pia de Lisboa e na Escola Superior (atual faculdade) de Belas-Artes de Lisboa. Os interessados pode-rão visitar a exposição até dia 20 de outubro, de terça a sábado das 14h00 às 18h00 (com entrada pela biblioteca municipal) e ao sábado das 21h00 às 23h00.

Exposição Helder Batista

Vendas Novas

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