REGRAS DE MEDICAO NA CONSTRU'CAO - · PDF fileCurso sobre Regras de Medi~ona Constru~o "' 4....

LaooratorlO NaCIOnal ae l:ngenhana Civil

CURSO SOBlE

REGRAS DE MEDICAONA CONSTRU'CAO

M. SANTOS FONSECA

r;:::

LABORATORIO NACIONAL DE ENGENHARIA CIVIL

Curso sobre

-REGRAS DE MEDICAO -NA CONSTRUCAO

Lisboa . 2000

Copyright © Laboratorio Nacional de Engenharia Civil Sector de Ediyoes e Artes GnHicas do CDIT A v, Brasil, 101 - 1700-066 Lisboa

la ediyao 1997 2~ ediyao 1998 3" ediyao 1998 4a ediyao 1999 5" ediyao 2000 (aclualizada) 6a ediyao 2000

Tiragem: 200 exemplares

Palavras-chave: Mediyao de obras I Construyao de edificios I Curso

COU 69.003.123(07) ISBN 972-49-1739-8

iNOICE

pag.

INTRODUl;AO IX

PREAMBUlO .......................................•........... IX

OBJECTIVOS CAS MEDI<;OES XI

PRINCiplOS DE BASE ............•...............................................................................•.. XIV

O. REGRAS GERAiS 1

. 1

. 1

.. __ 3

0.1 DEFINI<;CES _........ . .

0.2 CONDIC;6ES GERAIS .

0.3 UNIOADES DE MEDIDA " .

1. ESTALEIRO ....................................................•.........................................•...•..............•.............5

1.1 REGRAS GERAIS __ . . 5

1.2 lNSTALAt;:OES PROVISQRIAS DO ESTALE1RO.......... _...... __ 7

1.2.1 Instalal;oes destinadas ao pessoal e para funcionamento dos servit;os de esta/eiro. . 7

1.2.2 Instalar;:6es de vias de acesso. caminhos de circular;:ao e vedal;oes 7

1.2.3/nstalar;:ao de redes de afimentac;;ao. de distribuir;:ao e de esgoros . 7

1.3 EaulPAMENTOS DO ESTALEIRO. . _ 8

1.4 PessoAL DO ESTAlEIRO.... .. __ . .. 9

2. TRABALHOS PREPARATORIOS....................................................................•.......................11

2.1 REGRAS GERAIS __ .. _ .

2.2 DESVIO DE OBSTACULOS .

. 11

. 14

...... __ __ 15

. 15

..................... " 16

. 18

..__ .. __ .. __ .. __ 19

______ .20

2.3 PROTECQOES .

2.4 DRENAGENS .

2.5 DEsMATAt;:AO. .. .

2.6 ABATE OU DERRUBE DE ARVORES .

2_7 DESENRAlZAMENTOS . .

2.8 ARRANQUE E CONSERVAQAO DE lEIVAS (PlACAS DE RELVA)

3. DEMOLll;OES __ __ .. 21

3_1 REGRAS GERAIS .. ............................. 21

Curso sobre Regras de Medi~o na Constru~o "'

4. MOVIMENTO DE TERRAS 25

4.1 REGRAS GERAIS 25

4.2 TERRAPLENAGENS 31

4.2. 1 Decapagem au remOf;ao de terra vegetal. .. 31

4.2.2 Escavar;ao. .. 32

4.2.3 Arerra . .. 33

4.2.4 Regularizar;ao e compactar;ao superficial .. 34

4.2.50bservar;6es .. 35

4.3 MOVIMENTO DE TERRAS PARA INFRAESTRUTURAS . 38

4.3.1 Escavar;ao livre .. 38

4.3.2 Abertura de vafas, trincheiras e por;os . .. 39

4.3.3 Reposir;ao de terras ou aterro para enchimento.. . 42

4.3.4 Regularizacao e compactacao superficial.. . 42

4.3.5 Escoramento e entivar;ao .. 42

4.3.6 Movimento de ferras para canalizar;6es e cabos enterrados . 44

5. PAVIMENTOS E DRENAGENS EXTERIORES .........................................................•.............. 45

5.1 REGRAS GERAIS . . 45

7. 2. 3 Lajes rnacicas ..

6. FUNDA<;:OES 51

6.1 REGRAS GERAIS .. 51

6.2 FUNDAC;OES INDIRECTAS . .. .. 53

6.2. 7 Regras gerais. .. 53

6.2.2 Estacas prefabricadas e esracas maldadas . 58

6.2.3 Peg6es . 62

6.3 FUNDAC;OES DIRECTAS..... . _ .. 64

6.3. 7 Regras gerais... .. .. .. 64

6.3.2 Proteccao de fundacoes .. .. .. .. 64

6.3.3 Enrocamentos e massames . 64

6.3.4 Muros de suporre e paredes. .. . 65

6.3.5 Sapatas e vigas de fundaryao . 65

6.4 COFRAGENS DE PROTECC;AO DE FUNDACOES, MASSAME. SAPATAS, VIGAS DE FUNDA<;AO, MUROS DE

SUPORTE E PAREDES. . 68

7. BETAo, COFRAGEM E ARMADURASEM ELEMENTOS PRIMARIOS 69

7.1 REGRASGERAIS .. 69

7.2 SETAo "'-' . . 70

7.2. 1 Regras Gerais .. 70

7.2.2 Paredes _........................................... .. 76

.............. ..77

IV Curso sobre Regras de Medicao na Constru~o

7.2-4 Escadas ,...... . 78

7.2.5 Pi/ares e montantes. . 79

7.2.6 Vigas, finteis e cintas . 81

7.2.7 Esclarecimentos . 83

7.3 COFRAGENS •...... . . 84

7.3.1 Regras gerais...... . , ,., 84

7.3.2 Cofragens de paredes, cortinas e patas, tajes macif;as, escadas, pi/ares e montantes,

vigas, iinteis e cintas .. .. 87

7.3.3 Juntas de dilarac;:ao.. . 87

7.4 ARMADURAS ........................•................. . 88

7. 4.1 Regras gerais.......... .. .. 88

7.4.2 Ac;:o em varao............ . 90

7.4.3 Redes elecrrossoldadas.... . . , 92

7.4-4 Perris metalicos... .. .. 93

7.4.5 Armaduras de pre-esfou;o.. ...... 94

7.4.6 Esclarecimento.. ...94

7.5 ELEMENTOS PREFABRICADOS DE SETAo . 96

7.5.1 Regras gerais.. .. 96

7.5.2 Guias de lands, degraus, madres. fileiras, frechas e elementos semefhantes. peitoris.

so/eiras, ombreiras. vergas e laminas.. . 97

7.5.3 Escadas e asnas . " 97

7.5.4 Varaseripas.. .. 97

7.5.5 Grelhagens.. .. 98

7.5,6 Lajes aligeiradas. . . , 98

7.5.7 Esclarecimenros .. 100

8. ESTRUTURAS METAL/CAS 101

8.1 REGRASGERAIS ..

8.2 ELEMENTOS ESTRUTURAIS .

101

105

9. ALVENARIAS 107

9.1 REGRAS GERAIS .. .. 107

9.2 FUNOA<;OES . 110

9.3 MUROS DE SUPORTE, DE VEDA<;Ao E CORTINAS. PAREDES EXTERIORES E INTERIORES 111

9.4 PILARES .. .. 117

9.5 ASOSADAS.... .. 117

9.6 ARCOS. . 117

9.8 PAINt:IS DE BLOCOS .. 120

Curso sobre Regras de Mediyao na Construyao v

10. CANTARIAS ....................................................•....................................................................121

10.1 REGRASGERAIS _ 121

10.2 MUROS DE SUPORTE, DE VEDAt;AO, PAREDES EXTERIORES E PAREDES INTERIORES 123

10.3 PILARES . 128

10.4 ARCOS 129

10.5 ABOBADAS...................... . 129

10.6 ESCADAS.......................... . _.129

10.7 GUARNECIMENTODE vAos . __ _. . _ 131

10.8 GUARDAS, BALAUSTRADAS E CORRIMAos.. . 132

10.9 REVESTIMENTOS _. __ 132

11. CARPINTARIAS ............................••..••.•••.•..•.....•.••............................................................... 133

11.1 REGRAS GERAiS 133

11.2 ESTRUTURAS DE MADEIRA . 135

11.3 ESCADAS............................. .. . 137

11.4 PORTAS, JANELAS E OUTROS ELEMENTOS EM vAOS . 138

11.5 GUAROAS, BAlAUSTRADAS E CORRIMAos............. . 140

11.6 REVESTIMENTOS E GUARNECIMENTOS DE MADEIRA.......... . 141

11 .7 DlvIs6RIAS LEVES .. 141

11.8 EauIPAMENTOS...... . 141

12. SERRALHARIAS 143

12.1 REGRASGERAIS . _.... _ _ _.... . 143

12.2 PORTAS, JANELAS E OUTROS COMPONENTES EM vAos. . 145

12.3 FACHADAS-CORTINA.. . __ . 149

12.4 GUARDAS, BAlAUSTRADAS E CORRIMAos.. . 154

12.5 REVESTIMENTOS. . _ . 154

12.6 DlvIs6RIAS lEVES E GRADEAMENTOS.. . 154

12.7 EaulPAMENTO . 154

13. PORTAS E JANELAS DE PLAsTICO.............•..••................................................................ 157


14. ISOLAMENTOS E IMPERMEABILlZA<;OES 159

14.1 - REGRAS GERAIS .

14.2 ISOlAMENTOS . ..

14.2.1 Regras gerais.. . .

14.2.2/so/amencos com placas au mantas. . .

14.2.3 Isolamenco com material a granel au moldado "in situ"..

14.2.4 Sistemas de isolamentD COmpostD.

159

.160

. 760

. 762

. 762

763

VI Curso sabre Regras de Medic;:ao na Canstruyao

74.2.5 Trabal/los acessarios.. '. 163

14.3 IMPERMEABILlZAyCES ... _ 163

14.3.1 Regras gerais . 163

14.3.2 Impermeabilizaf;ao de cobenuras em terraf;o ou inclinadas.............. 164

14.3.3 Impermeabilizaf;Bo de paramentos venicais....... 168

14.3.4 Impermeabifizaf;ao de elementos enterrados 169

14.3.5 fmpermeabilizaf;ao dejuntas . 169

15. REVESTIMENTOS DE PAREDES, PISOS, TECTOS E ESCADAS 171

15.1 REGRAS GERAIS _....................... ..............•... . 171

15.2 REVESTIMENTOS DE PARAMENTOS EXTERIORES E INTERIORES 191

15.3 REVESTIMENTOS DE PAVIMENTOS EXTERIORES E INTERIORES.................. . 195

15.4 REVESTIMENTOS DE ESCADAS......................................... . 197

15.5 REVESTIMENTOS DE TECTOS EXTERIORES E INTERIORES 199

16. REVESTIMENTOS DE COBERTURAS INCLlNADAS 201

16.1 REGRAS GERAIS .

16.2 RevEsTIMENTOS DE COBERTURAS .

16.3 DRENAGEM DE AGUAS PLUVIAIS .

__ ..... 201

..204

.... 207

17. VIDROS E ESPELHOS 211

17.1 REGRASGERAIS.. . 211

17.2 CHAPADEVIOROEMCAIXILHOS ..213

17.3 DIVISORIAS DE VIDRO PERFILADO.... . __ . 213

17.4 PORTAS E JANELAS DE VIDRO _....... . .. 213

17.5 PERSIANAS COM LAMINA DE VIDRO 213

17.6 ESPELHOS. __ .. . 213

18. PINTURAS 215

18.1 REGRASGERAIS _. ._......... . 215

18.2 PINTURA DE ESTRUTURAS METALICAS . . 218

18.3 PINTURA DE PORTAS E PORTCES... .219

18.4 PINTURA DE JANELAS E ENVIORAC;::ADOS . 220

18.5 QUTROS ELEMENTOS EMVAOS_ . _ __ ' 223

18.6 PINTURA DE GRADES, GUARDAS. BALAUSTRAOAS E CORRIMAos . .. 224

18.7 PINTURA DE EaUIPAMENTO FIXO E MQVEL _...... .. .. 225

19. ACABAMENTOS 227

19.1 REGRASGERAIS....... . _ 227

192 AFAGAMENTO E ACABAMENTQ DE PAVIMENTOS DE MADEIRA E cORnC;::A 227

Curso sabre Regras de Mediyao na Construyao VII

21.1 REGRAS GERAIS .

21.2 AUMENTAc;::Ao GERAL ..

21.3 COLUNAS, MONTANTES E DERIVAc;::OES .

21.4 INSTALAQOES DE ILUMINAc;::AO, TOMADAS EFORQA-MOTRIZ .

21.5 INSTALAQOES ELECTRICAS ESPECIAIS .

19.3 ACABAMENTO DE PAVIMENTOS DE LADRILHOS CERAMICOS, DE MARMORE E

PASTAS COMPOSITAS . 228

19.4 ACABAMENTO DE PAVIMENTOS COM ALCATIFAS, TAPETES OU PASSADEIRAS . 229

19.5 ACABAMENTO DE PAREDES COM PAPELCOLADOOU PANOS OECORATIVOS 230

19.6 QUTROS ACABAMENTOS 231

20. INSTALAc;:OES DE CANAlIZAc;:Ao .................................................•........••....•...•....•.•.....•.• 233

20.1 REGRAS GERAIS .....................................................•....................................................... 233

20.2 ESGOTO DOMESTICO OU DE AGUAS RESIDUAlS .........................•.•........................................ 236

20.3 ESGOTO DE AGUAS PLUVIAIS....... . 239

20.4 DISTRIBUIQAO DE AGUA . 240

20.5 APARElHOS SANITARIOS . 241

20.6 DISTRIBU1<;Ao DE GAS 242

20.7 EVACUAQAO DE UXO 243

21.INSTALAc;:OES ELECTRICAS 245

. 245

. 248

. 250

. 252

. 254

22. ASCENSORES E MONTA-CARGAS 251


23. ELEMENTOS DE EQUIPAMENTO FIXO E MDVEL DE MERCADO 259

23.1 REGRAS GERAIS ............................................2~

24. INSTALAc;:OES DE AQUECIMENTO POR AGUA OU VAPOR 263

24.1 REGRAS GERAIS .. _ 263

24.2 GERADORES CALORiFICOS............ .. ... 265

24.3 CONDUTOS E TUBAGEM . 266

24.4 DlsPoslTIvos DIFUSORES, ACELERAOORES E DE CONTROLE . 268

25.INSTALAc;:OES DE AR CONDICIONADO..........•................................................................. 269

25.1 REGRASGERAIS._ . . 269

25.2 UNIDAOES DE TRATAMENTO 00 AR. .. . 271

25.3 CONOUTOS, FILTROS, GRELHAS E OIFUSORES................ . 272

BIBLIOGRAFIA 274

VIII Cursosobre Regras de Mediyao na Construvao

INTRODU<;AO

Preambulo

As regras de mediC;:3o, que se apresentam neste texto e S8 destinam a quantificar

as diferentes trabalhos de constrUl;:ao, resultam de urn trabalho de base realizado pelo

LNEC [1], que tal discutido, revisto e ampliado em reuni6es com urn grupo de trabalho

constituido na decada de 70 por representantes de diferentes entidades publicas e

particulares relativas a trabalho5 de constrw;:ao civil e ainda por especialistas em

materias espedficas relacionadas com as instaJac;6es em edificios, nomeadamente

efectricas e electromecanicas e as de evacuac;ao de jixos, 85g0t05, agua, aquecimento e

ventilac;ao.

No texto base procurou-se definir regras de medi930 com base em criterios mals

precisos do que os que eram correntemente utilizados e sempre com a intenyao de nao

serem introduzidas modificayoes radicais que dificultassem a utilizayao facil e imediata

pelos medidores, embora conscientes que a aplicayao das regras propostas exigia a

formayao dos diferentes intervenientes na elaborayao dos projectos, sobretudo dos

medidores e oryamentistas. 0 LNEC considerou, assim, que as regras de mediyao

estabelecidas constituiam um documento primario, com caracteristicas que 0 situavam

ainda aquem das normas aplicadas noutros paises europeus e que necessitava de

revisoes e aperfeiyoamentos, a medida que se generalizasse a sua aplicayao.

Desde 1986, tem vindo a ser atribuida especial importancia as medi90es, tendo em

consideray30 as disposiyoes legais relativas a empreitadas de obras publicas,

estabelecidas actualmente no Decreto-Lei nO 59/99 1 de 2 de Maryo [2], Art° 202°, no

qual se faz referencia a que os metodos e criterios a adoptar para realizayao das

medi90es serao obrigatoriamente estabelecidos no caderno de encargos e, em caso de

alterayoes, os novos criterios de mediy30 que porventura se tornem necessarios,

deverao ser desde logo definidos.

A Portaria 428/95 de 10 de Maio, do Ministerio das Obras Publicas, Transportes e

Comunicayoes [3], que regulamenta os concursos para empreitadas e fornecimentos de

obras publicas, estabelece tambem a seguinte ordem de prioridade a observar na

Curso sobre Regras de Medi~o na Construyao IX

mediyao de trabalhos quando nao sao estabeJecidos outros criterios no caderno de

encargos:

Normas oficiais de medic;ao que se encontrem em vigor;

Normas definidas pelo Laborat6rio Nacional de Engenharia Civil (LNEC);

Criterios geralmente utilizados ou os que forem acordados entre 0 dono da obra

e 0 empreiteiro. "

Salienta-se que, embora nao existam normas oficiais de mediyao nem normas

definidas pelo LNEC, tern vindo a ser pratica corrente considerar como "normas do

LNEC", os criterios definidos na pUblicay8.o base anteriormente referida, bern como tern

vindo a ser referencia quer nos cursos de Engenharia Civil das universidades

portuguesas quer em outros de forma98.0 profissional.

A presente publica98.0 e constituida pela revisao e actuaJizayao do anterior texto,

tendo em vista, numa primeira fase, 0 estabelecimento das "normas definidas pelo

Laborat6rio Nacional de Engenharia Civil" referidas na Portaria 428/95 e, numa segunda

fase, 0 estabelecimento de normas oficiais de mediyao. Por estas razoes, soJicita-se a

todas as entidades interessadas a apresentay30 de sugestoes que contribuam para °aperfei90amento das regras propostas e que possibilitem a sua aplicayao ao caJculo

mais eficiente e mais precise das mediyoes na construy30

Para a realizac;ao da presente versao, salienta-se a colaborayao prestada pelos

seguintes tecnicos do LNEC e docentes do curso:

- EngO Antonio Caba90 ( BoJseiro de Investigar;ao):

- Eng O Tecnico Fernando Oliveira (Tecnico Especialista Principal)

- Tecnico de Arqa e EngaJose G. Gon9aJves Espada ( Tecnico Especialista).

Objectivos das medir;6es

As mediyoes na constru93o e as regras a elas associadas constituem a modo de

definir e quantificar, de uma forma objectiva, as trabalhos previstos no projecto ou

executados2 em obra. Constituem, assim, uma das actividades importantes do projecto,

sendo tambem fundamental para as principais entidades envoJvidas no processo

x Cursa sabre Regras de Medil;:<3o na COnStru'Y3o

construtivo, nomeadamente 0 dono de obra e 0 empreiteiro, desde 0 anuncio do

concurso, base essenciaI para a apresentayao e avaliayao das propostas e elaborac;:ao

de documentos contratuais, a elaborac;:ao de autos de mediyao e controlo da facturac;:ao,

isto e, a gestao e controlo econ6mico, desde as fases de planeamento ade execuyao.

Oeste modo, as mediyijes dos trabalhos previstos no projecto ou executadas em

obra devem ser entendidas por cada uma das entidades envolvidas como realizadas

com regras bern definidas, tendo em vista atinglr os seguintes objectivos:

a) Possibilitar, a todas as empresas que apresentam propostas a concurso, a

determinayao dos custos e a elaborayao de on;:amentos, com base nas mesmas

informac;:6es de quantidades e nas condic;oes especificadas3 para os trabalhos

indicados no projecto;

/- b) Elaborar Jistas de trabalhos, de acordo com sistemas de c1assificayao que

individualizem cada trabalho segundo grupos espedficos que possibiJitem, as varias

entidades envolvidas no processo, analises comparativas de custos e avaliac;:oes

economicas de diferentes soluc;:oes;

c) Proporcionar as entidadesadjudicantes a avaliac;ao das propostas cujos pre90s

foram formulados com identico criteria, bern como permitir, de um modo facilitado, a

quantificayao das varia90es que se verificarem durante a constru930, devidas a

trabalhos a mais e a menos ou a erros e a omissoes de projecto;

d) Possibilitar as empresas um acesso simplificado a informa9aO eventualmente

tipiflcada e informatizada relativa a trabalhos-tipo, permitindo assim a formula9ao de

propostas para concursos com bases deterministicas solidas, nomeadamente as

relativas a custos de fabrico, directos, indirectos, de estaleiro, de sub-empreitadas, etc;

e) Proporcionar as empresas adjudicatarias uma sistematiza9aO de procedimentos

relacionada com 0 controlo dos diversos trabalhos a executar, nomeadamente os

devidos a rendimentos de recursos que proporcionam 0 calculo das quantidades de

materia is e a avalia930 das quantidades de mao-de-obra, de equipamentos ou de outros

recursos a utilizar na execu930 dos trabalhos;

o Facilitar 0 estabelecimento dos pIanos de inspec930 e ensaios aplicados ao

controlo da qualidade e da seguranc;a4 na execuy30 dos diferentes trabalhos;

g) FacHitar a elabora930 dos autos de medic;aos e 0 pagamento das situa90es

mensais, no prazo de execuyao da obra, e a elaborac;:ao da conta da empreitada6,

quando da recep9ao provis6ria da obra;

Curso sobre Regras de Mediyao na Conslruyao XI

h) Estabelecer as bases para que as empresas realizem a analise e 0 controle de

custos dos trabalhos.

1 Este Decreta-Lei, que revogou a Decreta-Lei 405/93 de 10 de Dezembro, manteve a redacyao do

artigo relativo as mediyaes dos trabalhos, antes ja descrito noDecreto~Lei 235/86 de 18 de Agosto. Salienta

se que a D.L. 235/86 (que revogou a Decreto-Lei 48871 de 19 de Fevereiro de 1969) tomou obrigat6ria a

indicayao das regras de medi~o no caderno de encargos, em substituiyao da anterior redaCY80 "Quando for

julgado conveniente, a caderno de encargos rndicara ..

2 Segundo a Artigo 203 do Decreta-Lei 59/99 do capitulo relativo ao pagamento por mediyao,

devera proceder-se obrigatoriamente a mediy<3o de todos os trabalhos executados, mesmo que estes nao se

considerem previstos no projeclo nem devidamente ordenados e independentemente da questao de saber se

devem ou nao ser pagos ao empreiteiro.

3 Na proposla de empreitada por serie de prec;os (Artigo 76° do Decreto-Lei 59/99), a preC;o total sera

o que resultar da soma dos produlos dos preC;os unitarios pelas respectivas quantidades de Irabalho

conslanles do mapas-resumo, e nesse senlido se cansiderara corrigido 0 preyo total apresentado pela

empreiteiro, quando diverso do que os referidas calculas produzam.

4 A esle prop6sita deve salientar-se as recentes disposic;6es estabelecidas no Decreta-Lei nO 155/95,

de 1 de Julho [31]. (Transposiyao da Directiva nO 92f571CEE de 24 de Junha de 1992) acerca da "Seguranya

e SaLide a Aplicar nos Estaleiros Temporarios ou M6veis" que, entre outras exigencias, estabelece a

obrigatoriedade de existir urn "Plano de Seguranya e Salide" [11], sendo para 0 efeito a caraclerizayao dos

trabalhos a executar urn elemento fundamental

S Salienta-se que os autos de medio:;ao, alem dos traba/hos previstos (cuja natureza e quantidades

foram previstas como base do concurso), devem ser discriminados, quando existirem, com as seguintes

designayoes e significados·

- Trabafhos devidos a erras do projecw: sao trabafhos da mesma especie dos previstos cujas

quantidades a mais e a menos resultam de erras do projeclo reclamadas pelo empreiteiro

nos prazos legais.

Trabalhos devidos a omiss6es do projecto: sao trabalhos de esptkie diferente dos previslos

resultantes de omissoes do projeclo reclamados pelo empreiteiro nos prazos legais.

Trabafhos a mais e a menos da mesma especie dos previstos: sao trabalhos da mesma

natureza dos previsloS au das omissoes, executados nas mesmas condiyoes, e cujas

quantidades diferiram das previstas.

Trabalhos a mais e a menos de especie diferente dos previstos: sao trabalhos de natureza

diferente dos previslos e das omiss5es, ou executados em condiyoes diferentes das previstas.

Estes trabalhos devem ainda ser subdivididos em·

XII Curso sobre Regras de Medi~o na Constru~o

- traba/hos com pre(os ja acordados: discriminados com a indica~ao das dalas em que

os pre~os foram acordados, lendo em vista a definiyao dos Indices base para calculo

da revisao de pre90s.

- traba/hos com prer;os por acordar.

6 Duranle a execu~ao dos trabalhos, a siluayc10 dos pagamentos e efectuada com base na sua

medi~c1o (mensal, salvo eslipulayao em contn3rio), sendo para lal elaborada a respecliva conla correnle no

prazo de 11 dias, com especificayao das quantidades de trabalhos apuradas, dos pr~s uni!<'uios, do total

crediiado, dos descontos a efecluar, dos adianlamentos concedidos ao empreileiro e do saldo a pagar a

este.

Para a liquidayao da empreitada (no prazo de 44 dias apos a recepyao provisoria) e elaborada a

conta da empreilada da qual constam enlre oulros, as valores de todas as medity6es efectuadas, 0 mapa

de lodos as trabalhos executados a mais ou a menos dos prevlslos no contrato, com a indicayao dos prec;os

unitario$ pelos quais 58 procedeu a sua liquida~aa, bem cama daqueles sabre os quais exislam

reetamar;oes

Salienta-se que, no casa de existirem reclamac;oes, segundo 0 Artiga 222 da Decreta-Lei 55/99, 0

empreiteira pode rectamar da nolificar;ao da conla final, desde que niio inclua novas reetama¢es relativas

a medi<;:oes au de verbas que constituam mera e fiel reprodu<;:ao das contas das mediltoes au das

reclama<;:6es ja decididas.

Curso sabre Regras de Medir;ao na Construyao XIU

Principios de base

As medic;oes podem ser elaboradas a partir do projecto OU da obra, sendo as

regras de medic;ao aplic3veis a ambos as casos; porem, na mediyao sobre projecto, as

medidores deverao ter conhecimento e experiencia suficientes para poderem equacionar

e procurar esclarecer, junto dos autores dos projectos, as faltas de informaltao que sao

indispensaveis a determina9ao das mediy6es e ao calculo dos custos dos trabalhos.

Apesar de cada obra possuir, em regra, particularidades que a diferenciam das

restantes, podem ser definidos alguns principios de base a ter em considerac;ao na

elaboraC;<3o das mediyoes, nomeadamente as seguintes:

a) 0 estudo da documentac;ao do projecto - peyas desenhadas, caderno de

encargos e calculos - deve constituir a primeira actividade 1 do medidor.

b) As mediyoes devem satisfazer as peyas desenhadas do projecto2 e as

condiyoes tecnicas gerais e especiais do caderno de encargos, pois podem existir erras

e omissoes3 que 0 medidor deve esclarecer com 0 autor do prajecto_

c) As mediyoes devem ser realizadas de acordo com as regras de medic;ao

adoptadas e, na falta, 0 medidor deve adoptar criterios que conduzam a quantidades

correctas. Estes criterios devem ser discriminados, de forma clara, nas mediyoes do

projecto.

d) As mediyoes devem ter em considerayao as normas aplicaveis a construyao,

nomeadamente aos materiais, produtos e tecnicas de execuyao.

e) Dentro dos limites razoaveis das tolen3ncias admissiveis para a execuyao das

obras, as medi90es devem ser elaboradas de modo a que nao sejam desprezados

nenhum dos elementos constituintes dos edificios.

o Durante 0 calculo das mediyoes devem ser realizadas as verificayoes das

operayoes efectuadas e as confrontayoes entre somas de quantidades parcelares com

quantidades globais. 0 grau de rigor a obter com estas verificayoes e confrontayoes

depende, como e evidente, do custo unitario de cada trabalho.

g) A lista de trabalhos deve ser individualizada e ordenada segundo os criterios

seguintes:

Os trabalhos medidos devem corresponder as actividades que sao

exercidas por cada categoria profissional de operario;

XIV Cursa sabre Regras de Medj~o na Construyaa

As medi90es devem discriminar todos os trabalhos, principais e

auxiliares, com uma definiyao clara de cada trabalho e indicarem as

caracteristicas rna is importantes necessarias a sua execuyao. Sempre que

possivel, esta definiyao deve ser esclarecida com a referencia as peyas

desenhadas e as condiyoes tecnicas ou de outras informayoes existentes

noutras pe9as do projecto.

As mediyoes devem ser decompostas par partes da obra que facilitem a

determina9ao das quantidades de trabalho realizadas durante a

progressao da constru9ao bern como a comparayao de custos com

projectos similares.

1 Tendo como referenda a Portaria 428/95 de 10 de Maio, do Ministerio das Obras Publicas,

Transportes e Comunicay6es, considera-se importante salientar que, em caso de divergencias entre esses

documentos integrados no contrata, as regras de interpretay.3a dos documentos que fazem parte de uma

empreitada sao as seguintes:

A) 0 estabelecido no proprio titulo contratual prevalecera sabre 0 que constar de todos os

demais documentos;

B) 0 estabelecido na proposta prevalecera sobre todos os restantes documentos, salvo naquila

em que tiver sido alterado pelo titulo contratual;

C) Nos casas de conflito entre 0 caderno de encargos e 0 projecto, prevalecera 0 primelra

quanta a definiyao das condiyoes juridicas e tecnicas de execuyao da empreitada e a

segundo em tudo 0 que diz respeito a propria obra;

0) 0 programa de concurso s6 sera atendida em ultimo lugar.

2 Ter em atenyao que, quanto a eventuais divergEfmcias que existam entre as varias peyas do

projecto, aplicam-se as seguintes regras:

A) As peyas desenhadas prevalecerao sabre tadas as autras quanta a lacaliz39.3a, as

caracteristicas dimensionais e a dispasi9.30 relativa das suas diferentes partes;

B) Havendo divergencias entre peyas desenhadas considera-se na pratica corrente que 0

elemento a maior escala prevalece sabre outro a escala mais reduzida;

C} 0 mapa de mediyoes prevalecera no que se refere a natureza e quantidade dos trabalhos;

0) Em tudo a mais prevalecera 0 que constar da memoria descritiva e restantes peyas do

projecto.

3 Deve ter-se em atenyao a estabelecido no Decreta-Lei 59/99 de 2 de Maryo relativamente a

reclamayoes quanta a erras e omiss6es de prajecto, e respectivos efeitos, nameadamente nos artigos 14° a

16°, em que sao definidos prazos (limite inferior e superior) de reclamac§a a partir da data de consignac§o.

Curso sabre Regras de Medic;:ao na Construyao xv

e a justificayao da reclamayao, ista e, natureza ou volume de trabalhos ou erros de cillculo do mapa de

medi~6es por se verificarem divergencias entre este e 0 que resulta das restantes peyas do projecto

Saliente-se ainda que, segundo 0 artigo 15°, no caso de 0 projec!o base ou variante ser da autoria do

empreiteiro, este suportara os danos resultantes dos erros ou omiss5es desse projecto ou dos

correspondentes mapas de mediyaes, exceplo se resultarem de deficiencias dos dados fomecidos pelo dono

da obra.

XVI Curse sobre Regras de Mediyao na Construyao

o. REGRAS GERAIS

0.1 Definic;:6es

a) As medigoes de urn projecto ou de uma obra sao a determinag80 anatitica e

ordenada das quantidades dos diferentes trabalhos que sao a base da determinag80 dos

encargos definidos no projecto OU que integram a obra.

b) A [ista ou mapa de medigoes e a descriyao resumida das quantidades dos

trabalhos e dos encargos calculados nas medigoes.

c) 0 orgamento e 0 resultado da aplic8gao dos pregos unitarios as descrigoes das

quantidades dos trabalhos indicados na lista de medigoes.

0.2 Condic;:6es gerais

a) As medigoes devem descrever, de forma completa e precisa', as trabalhos

previstos no projecto au executados em obra.

b) Os trabalhos que impliquem diferentes condigoes au dificuldades de execugao

sefao sempre medidos separadamente em rubricas pr6prias.

c) As dimensoes a adoptar serao em regra as de cada elemento de construlfao

arredondadas ao centimetro. Esta regra nao e aplicavel as dimensoes indicadas na

descrilfao das medigoes. Sempre que possivel, nas medir;oes de projecto, as dimensoes

serao as indicadas nas cotas dos desenhos ou calculadas a partir destas.

d) Salvo referenda em contn3rio, 0 calculo das quantidades dos trabalhos sera

efectuado com a indicagao das dimensoes segundo a ordem seguinte:

- em planas horizontais, comprimento x largura x altura ou espessura.

- em pIanos verticals, comprimento x largura ou espessura x altura,

conSiderando-se como comprimento e largura as dlmens6es em planta dos

elementos a medir.

Curso sobre Regras de Mediyao na Cemstruyao

e) As dimens6es que nao puderem ser determinadas com rigor deverao ser

indicadas com a designagao de "quantidades aproximadas".

f) As medigoes devem ser apresentadas com as indicagoes necessarias a sua

perreita compreensao, de modo a permitir uma facH verificagao au ratificagao, e a

determinagao correcta do custo. Em regra, as dimensoes utilizadas na medigao deverao

ser sempre passiveis de verificagao facil e clara.

g) Recomenda-se que as medig6es sejam organizadas por forma a facilitar a

determinagao dos dados necessarios a preparagao da execugao da obra e ao contrale de

praduc;:ao, tendo em vista a repartig30 dos trabalhos por diferentes locais de construgao

e 0 calcuJo das situagoes mensais de pagamento e contrale de custos.

h) Os capituJos das medig6es e a lista de medig6es poderao ser organizados2 de

acardo com a natureza dos trabalhos ou par elementos de construgao. Quando 0 criterio

de organizag30 for 0 da natureza dos trabalhos, estes deverao ser integrados nos

capitulos indicados nestas regras e apresentados pela mesma ordem.

i) As medigoes dos 1rabalhos exteriores ao ediffcio (acessos, jardins, vedagoes,

instalayoes exteriores ao perimetro do edificio, etc.) deverao ser, no seu conjunto,

apresentadas separadamente3 dos trabalhos relativos ao ediffcio.

j) Devera indicar-se sempre a nome do tecnico au dos tecnicos responsaveis pela

elaboragao das medigoes e lista de medigoes.

k) Sempre que as medigoes de certas partes do projecto, nomeadamente as

relativas as instalagoes, forem elabaradas par outros tecnicos, 0 nome destes tecnicos

deve vir referido no inicio dos respectivos capitulos.

1 Recomenda-se que esla deseriyao, sempre que possivel, seja sucinla e indique as refereneias dos

desenhos e das rubricas dos eadernos de encargos relativas a esses trabalhos.

2 A organizayao dos capitulos segundo a nalureza dos trabalhos e a que permite a empreiteiros e

subempreileiros uma mais faei! elaborayao das propostas a concurso.

3 Esta divisao permite uma analise mais rapida dos custos relativos ao edificio e com menos

probabilidade de erro. Alem disso, permile uma preparayao mais faeil dos trabalhos.

2 Curso sobre Regras de Medit;ao na Construyao

0.3 Unidades de medida

a) As unidades base de medida sao as seguintes:

UNIDAOE DESIGNACAO SfMBOLO

Generica unidade un

Comprimenro metro m

Superficie metro quadrado m'

Volume metro cubico m'

Massa quilograma kg

Forr;a quiJonewton kN

TemDo hora, dia h.d

b) as resultados parciais dos calculos das medh;oes obedecerao, em regra, aos

arredondamentos seguintes:

MEDIDA ARREOONOAMENTQ DA CASAl

metro (m) centimetro (em)

metro quadrado (m2) decimetro quadrado (dmz)

metro cubico (m3) decimetro cubico (dm3

)

quj!ograma (ko) hectoqrama (ha)

quiJonewton (kN) decanevvton (dN)

As quantidades globais a incluir nas listas de medic;oes obedecerao, em geral, aDs

arredondamentos seguintes:

MEDIDA ARREDONDAMENTO DA CASA4

metro (m) decimetro (dm)

metro quadrado (m2) decimetro quadrado (dml

)

metro cubico (m3) decimetro cUbico (dm3

)

quiloQrama (kq) quilograma (kq)

quilonewton (kN) quiJonewton (kN)

Curso sabre Regras de Medityao na Construyao 3

c) Quando a aplicay<3o destas regras tiver como resultado a elimina«;ao da

indicat;:3o da quantidade de qualquer rubrica, devera ser indicada a quantidade

exacta.

d) Quando 0 pre«;o dos trabalhos 0 justifique, estes arredandamentos padem

ser modificadas para mais au para menos. Neste casa, a dacumenta relativo as mediyoes

deve mencianar a criterio adoptado na definiy30 dos arredondamentos.

1 Conceito definido na Norma Portuguesa NP-37

4 Curso sobre Regras de Medi<;:ao na Construyao

1. ESTALEIRO

1.1 Regras Gerais

a) As mediyoes do estaleiro1- trabalhos de montagem, explorac;ao e desmontagem

das instalac;oes e equipamentos necessarios a execuc;ao da obra - podem ser

individualizadas nos subcapitulos seguintes:

- Instalac;6es provis6rias do estaleiro

- Equipamento do estaleiro

- Pessoal do estaleiro

b) As medic;6es das instalac;6es provis6rias destinadas ao pessoal - casa do

guarda, dormit6rio, instalac;:oes sanitarias, refeit6rio, habitac;6es e Qutras - serao

realizadas de acordo com as elementos seguintes:

- legislac;:ao em vigor2;

- area do terreno disponivel para implantac;ao do 85tale1ro;

- quantidade de pessoal a empregar para a execuc;ao da obra.

c) As medic;6es das instalac;6es provis6rias para funcionamento dos serviyos do

estaleiro - escrit6rio, armazens, oficinas e outras - das vias de acesso e de circu!ay8o,

das redes de alimentagao e distribuiyao, dos equipamentos e do pessoal de estaleira 56

serao elaboradas nos casas seguintes:

- Nas obras executadas por percentagem;

- Quando 0 projecto estabelecer as condi90es necessarias a sua utilizagao;

- Quando 0 oryamento for calcuIado com base na subdivisao do prevo da

obra em custos directos, custos de estaleiro e custos indirectosJ,

d) As mediyoes relativas ao estaleiro indicarao as informayoes seguintes:

- Localizagao da area destinada ao estaleiro, medigao respectiva e acessos

existentes;

~ Redes de aguas e esgotos, electricidade4 e telefones que podem ser

utilizadas durante a execugao da obra;

Curso sobre Regras de Medi~o na Construyao 5

- Limitac;:oes impostas pelo projecto ou por outras clrcunstancias relativas a

utilizac;:ao da area destinada ao estaleiro.

e) As medic;:oes indicarao a natureza dos materiais a aplicar na execuc,::ao das

instala90es provis6rias.

1 Segundo 0 Decreta-Lei 59/99 de 2 de Man:;:o, no capitulo relativo as disposigoes comuns relativas a

empreitadas par prego global e por serie de pregos (artigo 24), 0 empreiteiro tern a obrigagao, salvo

estipulayao em contrario, de realizar a sua custa todos os trabalhos que, par natureza ou segundo 0 usa

corrente, a execugao da obra implique como preparat6rios e acess6rios, nomeadamente:

- 0 fornecimento, construgao e manutenr;ao do estaleiro;

- Os meios necessarios para garantir a seguranya das pessoas na obra e do publico em geral;

- A construyao de acessos ao estaleiro e das circular;oes internas.

Os encargos relativos a montagem e desmontagem do estaleiro sao da responsabilidade do dono da

obra e constituirao um prer;o conlratual unitario.

, o dimensionamenta deve ser efeetuado eonsiderando a regulamentar;ao existente, nomeadamente:

- "Regulamento das Instalar;6es Provis6rias Destinadas ao Pessoal Empregado nas Obras"

Decreta-Lei nO 46427, de 10 de Julho de 1965.

- "Sinalizar;ao de Obras e Obstacutos Ocasionais na Via Publica" - Decreto Regulamentar nO

33/88, de 12 de Setembro.

- "Regulamento Municipal sabre a Ocupar;ao de Via Publica com Tapumes, Andaimes,

Depositos de Materiais, equipamentos e Contentores para Realizar;ao de Obras. Edital da

Camara Municipal de Lisboa nO 108/92 de 24 de Setembro.

- "Seguranr;a e Saude a Aplicar nos Estaleiros Temporarios ou Moveis" - Decreto-Lei nO

155/95, de 1 de Julho. (Transposir;ao da Directiva nO 92/57/CEE de 24 de Junho de 1992).

Portaria 101/96 de 3 de Abril que regulamenta 0 D. L. 155/96, relativo as prescrir;oes

minimas de seguranya e saude a aplicar nos estalelros temporarios au m6veis.

,Nos casas de empreitadas em que nao sejam aplicadas as condiyoes referidas em (1), isto e, em

que as mediyoes do estaleiro nao forem elaboradas, as respectivos encargos serao considerados incluidos

nas percentagens relativas a custos indirectos a ter em conla no prer;o composto de cada trabalho e

determinado no oryamento.

4 Devera indicar-se, relativamenle a energia electrica, ° numero de fases, ° valor da tensao e a

potencia maxima que 0 estaleiro podera dispOL

6 Curso sobre Regras de Mediyao na Construyao

1.2 Instalac;:6es provis6rias do estaleiro

1.2.1 Instalat;oes destinadas ao pessoal e para funcionamento dos serviqos

de estaleiro

a) A mediyao sera realizada em m 2 segundo a area determinada em projecc;ao

horizontal da envolvente exterior de cada instalayao ou a unidade (un), considerando

sempre separadamente cada tipo de instalayao.

b) A medi9Bo engloba lodos as trabalhos relativos a execuyao de cada instalaC;<3o,

incluindo as redes de aguas, 8Sg0t05, electricidade, telefones, gas e outras.

e) A mediC;8o compreende 0 transporte, montagem, explorac;ao, conserva9:3o e

desmontagem de cada instalay8o.

d) Sempre que necessaria as operac;oes da alfnea anterior poderao ser rnedidas

em rubricas pr6prias.

1.2.2 Instalat;6es de vias de acesso, caminhos de circulaqao e vedaq6es

a) A medi<;3o sera realizada aunidade(un).

b) A medi<;ao inclui todos os trabalhos necessarios a sua execuC;3o,

nomeadamente terraplenagens, drenagens, pavimenta<;ao, conserva93o e reposi<;ao do

terreno nas condi<;oes indicadas no projecto.

1.2.3 Instalat;ao de redes de alimentat;ao, de distribuit;ao e de esgotos

a) As redes de alimenta<;ao e distribui<;30 de aguas, electricidade, telefones, gas ou

outras e as redes de eS90tos serao medidas a unidade(un).

b) A medi<;ao engloba todos os trabalhos necessarios a montagem, explora<;c1o,

conserva<;ao e desmontagem destas instala<;oes.

Cursa sabre Regras de Mediyaa na Canstruyao 7

1.3 Equipamentos do estaleiro

a) As medic;:5es relativas a maquinas - gruas, centrais de betonagem, vialuras,

tractares, etc. -, a ferramentas e utensiJios, ao equipamento auxiliar - andaimes,

maquinas de oficinas e outras - e a Qutros meios mecanleos sao, em regra, incluidas

nas medic;:oes dos diferentes trabalhos em que este equipamento e utilizado.

b) As medi96es destes equipamentos podem no eotanto, sempre que seja

necessaria, serem individualizadas em rubricas proprias, e serem apJicadas regras

especificas 1.

1 A unidade de medi~ao e a hora efectiva de trabalho de cada unidade de equipamento.

A unidade de mediyao pode ser a hora de permanencia na obra, de cada unidade de equipamento,

quando a determina<;ao do tempo efectivo de lrabalho for dificil au nao se juslificar,

A medi9ao do tempo relalivo a cada equipamento sera, em geral, individualizada em rubrica propria

A medigao engloba lodos as lrabalhos e encargos relativos a cada equipamento, designadamente,

amortizac;;ao, transporte, montagem, explora9ao, conserva9ao e desmontagem

B Curso sobre Regras de Medit;:ao na Construo;:ao

1.4 Pessoal do estaleiro

a) As mediyoes relativas ao pessoal do estaleiro - director tecnico, encarregado,

pessoal de escrit6rio e de armazem, operarios de Jimpezas, cargas e descargas,

guardas, enfermeiro, etc. - sao, em geral, incluidas nas medi90es dos diferentes

trabalhos da obra.

b) Quando for necessaria a constituig.3o de rubricas pr6prias para 0 pessoal do

estaJeiro, deverao ser aplicadas regras especificas1_

j A unidade de medi9;3o e a tempO de permanencia na obra, de cada unidade de pessoal. A medi~o

do tempo de cada unidade de pessoal sera, em geral, individualizada em rubrica propria. A mediyao engloba

lodos as encargos relativQs a cada unidade de pessoal, nomeadamente, vencimentos e salarios, encargos

sociais, transportes e oulros respeitantes a sua remunera~o. A medi~o de encargos com viagens e

estadias sera, em geral. individualizada em rubrica propria. salvo indicayao contraria do caderno de

encargos.

Curso sobre Regras de Medi~o na ConstruyBo 9

2. TRABALHOS PREPARATORIOS'

2.1 Regras gerais

a) As informar;oe:! relativas a planimetria3 e aftimetria4 e as resultados do

reconhecimento au da prospeCf;ao geotecnica5 do terreno, que sao indicados no

projecto, serao referidos nas medic;:oes.

b) As informagoes sabre a existemcia de redes de distribuigao - agua, eS90t05, gas,

electricidade, etc - au quaisquer outros obstaculos a realizac;:ao dos trabalhos serao

apresentadas no enunciado das medir;:oes.

c) As medidas para a determinaC;:<3o das medic;6es serao obtidas a partir das

formas geometricas indicadas no projecto e sem consideraf;3o de empolamentos6.

1 Este capitulo refere-se as regras de medivao dos trabalhos necessarios para a preparavao da

execu~o das obras. As mediyoes de QuIros lrabalhos que tambem anlecedem em geral a execU!;:ao da

obra, como por exemplo a execU!;:ao das vias de acesso ao estaleiro, de veda~oes ou tapumes da obra, dado

que pela sua natureza sao pr6prios da implantayao e organiza~ao do EstaJeiro, sao assim consideradas

nesse capitulo. As demoli~6es, que tambem poderiam estar englobadas nesta rubrica, sao no entanlo

consideradas, pela sua importancia, no capitulo relativo a Demoli~6es.

2 Eslas informa~oes au sao devidamente explicitadas no enunciado das medi~oes ou entao indicam

se as refen§ncias das pe~as do projecto onde sao mencionadas.

J Planimelria: e a projecyao ortogonal dos pontos do terreno sabre uma supenicie de nivef

(Especificayao E1 -lNEC - Vocabulario de Estradas e Aerodromos).

~ Altimetria: conjunto das alturas dos pontos do terreno acima de uma superficie de nivel de

referenda (Especificayao E1 - lNEC - Vocabulario de Estradas e Aerodromos). Para que 0 levantamento

topografico do terreno destinado a execu~ao duma obra, possa dar as informayoes necessarias a execuyao

das medi~6es deve considerar, em regra, as seguinles pontos:

Curso sabre Regras de Mediyao na Construyao 11

a) indica9ao do relevo do terreno, principalmente atraves de curvas de nivel ou de colas de

ponlos notaveis;

b) localizayao e descriyao da vegeta9ao e dos acidentes naturais que tenham implicar;:oes com

a execuyao dos trabalhos, como par exemplo:

- arvores, arbustos e zonas arrelvadas ou ajardinadas:

- lagos, panlanos, rios ou outros cursos de agua;

c) localizayao de construyaes existentes para demolir ou residuos de construr;:6es antigas,

indicar;:oes de p090s, caves, galerias subterraneas, elc.;

d) localiza9ao de edificios Que possam ser afectados pelos trabalhos de terraplenagem ou de

demohyao;

e) implantar;:ao das redes de agua, de esgotos, de gas, de eleclricidade e de telefones ou de

partes que as constiluem, desde que possam ser localizadas a superficie do terreno.

5 Dos resultados do reconhecimento au da prospecyao geotecnica do terreno, podem ter interesse

para a mediyao elementos da seguinte natureza:

- constru90es ja execuladas que tenham implica96es com as obras a realizar, nomeadamente:

funda96es de edificios demolidos au a demolir, caves, p090s, galerias subterraneas, elc.,

- nivel freiltico, se esle for atingido pelas escavay6es ou tiver implicayoes com a execuyao

deslas. Tem importancia fazer referencia a necessidade da realiza9ao debombagens para

esgoto das aguas durante as escava90es;

- necessidade ou possibilidade do emprego de explosivos e as principais limita96es a ter em

considerayao na sua utiliza<;ao;

eXlstencia de acidentes geologicos (falhas, diaclases, camadas com inclinay6es

desfavorave;s, etc.) que exijam precauy6es especiais, trabalhos de consolida<;ao, etc.

Refira-se Que a medi<;ao das bombagens podera ser realizada segundo as regras seguintes'

a instala<;ao do equipamento, a respectiva permanencia em obra e a tempo de

funcionamenlo serao medidos em rubricas pr6prias;

- a instalayao do equipamento sera medida em kW de potencia instalada;

- a permanencia em obra sera medida em kW/dia;

- 0 funcianamento sera medido em kW/hara.

as custos unitarios indicados nesta recomendayao deverao ser sempre apresentados nas

proposlas.

6 Esla regra tern como objeclivo evitar 0 estabelecimenlo de connilos resu1tanles da eXistencia de

diferentes crjterios para 0 calculo dos empolamenlos dos terrenos e para a execur;:ao do movimento de

terras necessario a execuyao de determinados trabalhas. Par esse motivo, as unidades a considerar na

determinar;:ao das mediy6es deverao ser exclusivamente obtidas das plantas e pems do terreno e dos

desenhos e cotas dos elementos enterrados indicados no projeclo, sem considerayao dos acrescimos de

movimento de terras dependentes do modo de execur;:ao dos trabalhos nem dos volumes resultanles dos


empolamentos na medi9ao do transporte de terras. Estes acresc;mos de movimenlo e transporte de (,:. '",-os

serao considerados nos custos unilarios dos respectivos Irabalhos, que serao devidamente majorados

Curse sabre Regras de Mediyao na Construyao 1:1

2.2 Desvio de obstaculos'

a) Regra geral, as trabalhos de desvio de qualquer obstaculo a execw;ao da obra

serao medidos a unidade(un), com indicayc30 resumida da natureza desses trabalhos.

b) A mediyc30 do desvio de canalizay6es e de cabos enterrados2 sera feita medindo

separadamente 0 movimento de terras necessaria, segundo as regras enunciadas em

MovimenlO de terras para canaliza<;6es e cabos enterrados, e a remocyc3o e reposi<;c30

das canalizar;oes e dos cabos, pelos mesmos criterios relativQs a sua montagem.

1 Esta rubrica fefere-s8 aos Irabalhos de deslocar;ao de determinados elementos que, por eslorvarem

a execUl;:ao da obra, lem de ser colocados noutros locais, provisoria au definitivamente. Distinguem-se,

portanto, da simples demoliyao, pelo que sao considerados neste capitulo. Como exemplo, podem

cons'rderar-se os desvios de cabas de transporte de energia aleclrica au de telefones (geralmente executados

pelas empresas fornecedoras de energia e companhias de telefones, a que deve ser indicado no enunciado

da mediy8o), de canalizayoes, etc.

2 As mediyoes destes trabalhos podem ser consideradas em conjunto, neste capitulo, ou indicadas

nos capitulos de Movimento de terras, e Instalayoes de canaliza9ao) consoante 0 criterio que 0 medidor

pense mais conveniente para uma mais facil or9amenta9ao.

14 Curso sobre Regras de Mediy80 na Constru98o

2.3 Proteq:oes

a) A medigao sera realizada a unidade (un).

b) A medi<;;ao engloba todas as operagoes e materiais necessarios para assegurar

a protecgao de qualquer construgao au vegetagao existente no local da obra e

que nao deva ser afectada durante a execuryao dos trabalhos.

2.4 Drenagens1

a) A medic;:ao da drenagem de quatquer lengol de agua superficial sera realizada

em m 2 de superficie do terrene a drenar, medida em planta.

b) A medigao engloba todas as operac;oes necessarias aexecugao das drenagens.

c} A drenagem de aguas freaticas a executar, aquando da realiz8gao de

movimento de terras, sera incluida na medigao destes trabalhos.

1 Refere-se as drenagens preparat6rias do terreno de constrUl;:ao e nao as drenagens necessarias a

protecyao do edificio, que serao considerados em Pavimencos e drenagcns exleriores, nem as indicadas na

alinea c) deste sUbcapitulo

Curso sobre Regras de Mediyao na Construyao 15

2.5 Desmatac;ao

a) A mediyao sera realizada em mO!.

b) A medi9ao refere-se a desmatayad de arbustos, sebes au a.rvores com menos

de 0,10 m de diametro, determinado a altura de 1,20 m do solo (diametro a altura do peito

DAP)'.

c) A medi9ao sera efectuada segundo as areas determinadas em projec93o

horizontal.

d) A medit;ao engloba todas as operagoes relativas a execw;:ao dos trabalhos de

desmata<;<3o, nomeadamente: abate, empilhamento, carga, transporte, remogao e

descarga3.

e) Sempre que necessaria, as operayoes da alinea anterior poderao ser separadas


f) As medi<;oes indicarao, sempre que passivel, 0 local de deposito au vazadouro

dos produtos da desmatagao4.

1 Segundo 0 Vocabulario de Estradas e Aerodromos, a desmala9ao e a "operayao que consiste em

limpar 0 terreno de lodos as obslaculos de natureza vegetal, antes de iniciar os Irabalhos de uma

lerraplenagem"

Sa!iente~se ajnda que terrapleno ou terraplano e sin6nimo de terreno plano e terraplenar ou

lerraplanar significa formar terrapleno em. Por esle motivo, resolveu-se restringir 0 significado do lermo

lerraplenagem (ulilizado correntemenle com uma aplicayao mats vasta) as operayoes de regularizayao do

terreno, geralmente efecluadas anles da implantayao definitiva da obra.

Assim, considera-se que esta rubrica s6 se refere a arbustos, sebes ou arvores com menos de 0,10 m

de djamelro a altura do peilo (OAP). As regras de mediyao do abate de arvores com mais de 0,10 m de

diametro e do arranque de leivas sao traladas nas rubricas Abare au derrube de arvores e Arranque e

conscrva.;:ao de leivas (placas de relva), respectivamente,

2 OAP (diamelro a altura do peito) - a-vores com mais de 0,10 m de diametro, determinado a altura de

1,20 m do solo,

16 Curso sobre Regras de Mediyao na Conslruyao

D > 0.10 r1\ (Medigao a unidade(un))

o ::; O. 10 III (Med'u;:ao em m2)

3 Quando 0 projecto permitir a extingao directa pelo fogo da vegetayao do local do terreno de

conslruyao, a mediC(ao devera lazer referenda a esta condiyao. ~ necessario considerar que a destruic;:ao

pelo fogo nao exclul a posterior limpeza do terreno e 0 transporte dos produtos resullanles.

4 Para a elaboraC;:80 do orc;:amento, e necessario 0 conhecimento da distancia media de transporte a

deposito ou vazadouro, dos produtos resultantes destes IrabaJhos

Considerando ainda que apesar da indicac;:ao da distanda media de transporte, aquando da

realizac;:ao da obra, pode nao ser possivel utilizar os locais de vazadouro previslos, afigura-se importante

que se indique, nas proposlas a concursO, 0 custo de transporte de 1 m3 do produto desmatado, a 1 km de

distancia, de forma a possibilitar 0 calculo dos trabalhos a mais ou a menos,


2.6 Abate ou derrube de arvores

a) A medigao sera realizada a unidade(un) 1.

b) A medigao refere-se ao abate au derrube de arvores com mais de 0,10 m de

diametro, determinado a altura de 1,20 m do solo (diametro a altura do peito - DAP) e

incluj 0 arranque de ralzes2.

c) A medi9<30 engloba todas as operac;oes relativas a execug<3o dos trabalhos de

abate ou derrube, designadamente: abate, desponta, descasque, opera9<30 de torar,

empilhamento, transporte, remoc;:ao ou descarga.

d) Sempre que necessaria, as operaryoes da alinea anterior poderao ser separadas


e) As mediyoes indicarao, sempre que passivel, 0 local de dep6sito3 au vazadouro

dos produtos do abate ou derrube de arvores.

A mediyao devera indicar, portanto, a numero de arvores a abater ou 0 numero de arvores par

hectare. Seria util, para a elaboray3a do oryamento. a indicayao da especie e a diametra media das arvores

a altura do peito.

2 Como foi referido na alinea b) do subcapitulo relativa a Desmata9ao, tem-se: a mediyao refere-se a

desmata930 (ver nota do respectivo capitulo) de arbustos, sebes ou arvores com menos de 0,10 m de

diametra, determinado a altura de 1,20 m do solo (diametro a altura do peito DAP).

J Para a elaborayao do or9amenlo, e necessario 0 conhecimento da distancia media de transporte a

deposito au vazadauro, dos produtos resultantes destes trabalhos.

Considerando ainda que apesar da indica9<lO da distanda media de transporte, aquando da

realizayao da obra, pode nao ser possivel ulilizar os locais de vazadouro previstos, afigura-se importanle

que se indique, nas propostas a concurso, 0 custo de transporte de 1 m J dos produtos resultantes do abate

ou derrube, a 1 km de distancia, de forma a possibilitar 0 calculo dos trabalhos a mais ou a menos.

18 Curso sobre Regras de Mediy.llo na Constru9ao

2.7 Desenraizamentos

a) A mediC;::8o sera realizada a unidade(un) 1.

b) A mediC;::8o engloba todas as operac;::oes refativas a execuC;::8o dcs trabalhos de

desenraizamento nomeadamente: arranque de raizes2, empilhamento, carga, transporte,

remoc;ao, descarga, e as trabalhos a realizar com a sua eliminayao, quando necessaria.

c) Sempre que necessaria, as operac;::oes da alinea anterior poderao ser separadas


d) As medic;::5es indicarao, sempre que passiver, 0 local de dep6sito3 au v8zadouro

dcs produtos de desenraizamentos.

1 Se nos mesmos locais houver necessidade de S8 executa rem volumes apreciaveis de

lerraplenagens, paden'! ser desnecessario considerar as desenraizamenlos

:/ 0 arranque de raizes pode implicar uma posterior reposiyao de terras que, nestes casos, tambem

esta compreendida na mediyao.

3 Para a elaborayao do oryamenlo. e necessaria 0 conhecimento da distancia media de transporte a

deposito ou vazadouro, dos produtos resultantes destes trabalhos. Considerando alnda que apesar da

indicayao da distancia media de transporte, aquando da realizayao da obra, pode nao ser possivel utilizar os

locals de vazadouro previstos, afigura-se importante que se indique, nas propostas a concurso, 0 custo de

transporte de 1 m3 de produto desenraizado a 1 km de distancia, de forma a possibilitar 0 calculo dos

trabalhas a mais ou a menas.

Curso sabre Regras de Mediyao na Construyao '9

2.8 Arranque e conservac;:ao de leivas (placas de reiva)

a) A medi930 sera reaJizada em m2.

b) A mediyao engloba todas as opera90es relativas a execuy30 dos trabalhos de

arranque e conserva93o de leivas, nomeadamente: arranque, empHhamento, carga,

transporte. deposito e conservac;:ao.

c) Sempre que necessaria, as operayoes da alinea anterior poderao ser separadas


d) As mediyoes indicarao, sempre que passivel, 0 local de deposito das leivas, e as

metodos de deposito e conservay3o.

e) A mediy30 do arranque de leivas unicamente para remoy3o, sera incluida no

sUbcapftulo Oecapagem OU remo(:ao de terra vegetaf do capitulo Movimento de terras.

20 Curso sobre Regras de Medi9ao na ConstrUl;a.o

3. DEMOll<;OES

3.1 Regras gerais

a) As medi<;oes serao reaJizadas tendo em aten930 que as demoli90es1 poderao

ser totais2 ou parciais3• A escolha do criteria depende princlpalmente dos meios e dos

metodos a empregar.

b) A medig30 das demoligoes totais paden3: ser efectuada quer a unidade(un) quer

par elementos de construg<3o, con forme for mais adequado.

c) A medi9<3o das demoliy68s parciais sera efectuada par elementos de

construg3o.

d) As unidades de med1y3o das demoligoes par elementos de construy30 serao

identicas as que seriam utilizadas na respectiva execuyad.

e) As medl90es serao individualizadas em rubricas pr6prias, de acordo com as

principals caracterfsticas dos trabalhos, nomeadamente:

- natureza e dimens5es dos elementos;

- qualidade dos materiais;

- condiyoes de execuyao.

f) A pertenya dos produtos da demoliyao e 0 seu destinOS serao referidos nos

artigos de mediyao.

g) Quando das demoliyoes provenham materiais recuperaveis, as mediyOes serao

agrupadas em artigos pr6prios e devem ter em considerayao os encargos da limpeza,

armazenamento e conservay3o.

h) A mediyao engloba todas as operayoes relativas a execuy30 dos trabalhos de

demoliyc3o, nomeadamente:

- carga, transporte e descarga dos materiais demoHdos;

- andaimes;

- estaberecimento de meios de protecyao e de seguranya6 necessaries aexecuyc3e des trabalhes;

-limpezas.

Curso sobre Regras de Mediyao na ConslnJryao 21

i) Sempre que necessaria, as aperac;6es da alinea anterior poderao ser separadas

em rubricas proprias 7;

j) As medic;6es indicarao a distancia media de transporte6 e, sempre que passive!,

a local de deposito au vazadouro dos produtos de demolic;ao.

1 Esle capitulo enuncia as regras destinadas nao s6 a demolic;::oes de construc;::oes existentes, com

vista a execuc;::ao de novas construc;::6es, como tambem as demolic;::oes resultantes de alterac;::6es durante a

execuyao das obras.

2" As demolic;::oes completas de construyCies serao tratadas num unico artigo no qual devem ser

discriminados e descritos os seguintes pontos:

1- A responsabilidade de cada interveniente, em particular no caso de prejuizos em

construc;::6es vizinhas;

2 - A profundidade da demolic;::ao:

3 - A propriedade dos materiais recuperaveis:

4 - 0 transporte e a deposito dos produtos de demoliyao e dos materiais recuperaveis.

3 As regras de mediyao de demolir;6es devem ter em conta principalmente as meios e as metodos a

empregar, A separar;ao das medic;::6es em demolic;::6es totais e parciais permite, em regra, estabelecer a

diferenciayao dos meios a utilizar, dado que nas demolir;6es totais podem ser uti!izadas, com frequencia,

maquinas, explosivos ou dispositivos medlnicos de pol€mcia elevada, ao passo que nas demolic;::oes parciais

sao geralmente usadas ferramentas manuais ou pequenos equipamentos. Para 0 estabelecimento destes

criterios, e necessario, portanto, indicar a localizac;::ao e a definic;::ao das canslrw;:6es au parte das

construr;oes a demolir,

4 A aplicac;::ao desta regra levanta por vezes alguns problemas que terao de ser resolvidos de acordo

com a melhor criteria do medidor. A medic;::.3o da abertura dum VaG numa parede, por exemplo, pode parecer

ter maior semelhanc;::a com a da execu<;3o da alvenaria e ser expressa em m 2 ou em mJ. No entanto, a area

limitada do trabalho, a necessidade de execuyao de linteis, etc.. aconselham como mais apropriada a

medir;.3o a unidade(un).

5 As medic;::oes devem englobar as seguintes indicar;6es fornecidas, em regra, pelo autor do projecto

(TEIXEIRA TRIGO, J., GASPAR BACAlHAU, J. - Cadernos de Encargos-Tipo para a Construyao de

Edificios. Documentos Parciais - 2 LNEC. Usboa, 1971.):

- "as materiais que ficarao propriedade do dono da obra:

- os materiais cujo reemprego esta autorizado nas construc;::oes e vedar;aes provisorias, .

22 Cursa sabre Regras de Mediyao na Construyao

6 A importancia dos escoramentos das constru¢es a demolir ou de construr,::oes vizinhas e das

protecyoes (nomeadamente laipais de vedayao) poden.Oj conduzir a separayao da medit;ao destes trabalhos

em rubricas proprias.

7 Sempre que houver necessidade de transportar para fora do local da abra grandes quantidades de

produtas resultantes da demolir;:ao, podera justificar-se a estimativa da cubicagem dos materiais a remover e

medir em rubricas pr6prias as operar,::oes de carga, transporte e descarga destes materia is,

a Para a elaborat;ao do oryamento. e necessario 0 conhecimento da disUincia media de transporte a

deposito au vazadouro, dos produtos resultantes destes trabalhos. Considerando ainda que apesar da

indicayao da disUmcia media de transporte, aquando da realizayao da obra, pode nao ser possivel utilizar as

locais de vazadouro previstos. afigura-se importante que se indique, nas propostas a concurso, 0 custo de

transporte de 1 m3 dos produtos resultanles das demolir,::oes a 1 km de distancia. de forma a possibilitar 0

calculo dos trabalhos a mais ou a menos.

Curso sabre Regras de Mediya.o na Constru~a 23

4. MOVIMENTO DE TERRAS

4.1 Regras gerais

a) As medigoes de movimento de terras 1 serao individualizadas nas rubricas

seguintes:

- Terraplenagens2

• Movimento de terras para infraestruturas3

b) Serao referidas nas mediyoes as informagoes4 mencionadas no projecto,

refativamente as condi90es seguintes:

- planimetria 5 e altimetria6, espedalmente no casa de releva acidentado ou de

grande inclinag30 7;

- natureza e hidrologia do terreno de acordo com as resultados do

reconhecimento ou da prospecg3o geotecnica8;

- existencia de redes de distribui9c30 de aguas, 8s90t05, electriddade,

telefones e gas ou outras instalagoes e quaisquer construry6es OU

obstaculos que possam ser atingidos durante a execugc30 dos trabalhos 9;

- existE!Ocia de terrenos infestados ou infectados;

- localizag3o de construgoes na vizinhan9a do edificio que possam ser

afectadas pelas escavagoes.

c) A ciassifica930 dos terrenos sera realizada de acordo com a Especifica930

LNEC - E 217 - "Funda90es Directas Correntes. Recomenda90es"1O.

d) As medigoes ser30 agrupadas em rubricas pr6prias de acordo com as condiyoes

de execu930 ou com os meios a utilizar11 na realizag30 dos trabalhos. Segundo este

criterio, na medig30 destes trabafhos podem asslm ser eonsideradas diferentes classes

de terrenos 12;

e) as trabalhos realizados em eondit;6es especiais devem ser medidos em rubricas

pr6prias, nomeadamente nos casos seguintes:

- trabalhos realizados abaixo do nivel freatieo. as trabalhos relativos a

bombagens13 poderao ser medidos durante a execw;ao das escava<;:6es;

Curso sabre Regras de Medi9ao na Construyaa 25

- trabalhos realizados em locais infectados ou infestados;

- trabalhos realizados em terrenos com relevo muito acidentado ou de grande

inclinaryao;

- escavaryoes junto de construc;oes que obrigam a adopryao de medidas

especiais de seguranrya.

1) As medidas para a determinaryao das medit;oes serao obtidas a partir das formas

geometricas indicadas no projecto14, sem considerac;ao de empolamentos1 5

,

g) 0 aluguer de locais para deposito, as taxas de vazadouro OU 0 custo de terras

de emprestimos serao referidos nos artigos de medigao respectivQs.

1 As diflculdades de previs3o, na lase de projeeto, das quantidades exactas de cada tipo de terreno e

das condiyoes de execuy30, aconselham ao estabelecimento dum regime de pagamento destes trabalhos

sob a forma de preyos unilarios - serie de preyos - aplicaveis as quantidades de trabalhos efectivamente

realizados durante a execu9ao da obra (Decreto-Lei nO 59/99 de 2 de Maryo, Art°. 19) [2J

.2 Terrapleno ou terraplano e sin6nimo de terrene plano e Terraplenar ou Terraplanar significa formar

terrapleno em Por este motivo, resolveu-se reslringir 0 significado do termo terraplenagem (utiJizado

correntemente com uma aplica9ao mals vasta) as operayoes de regulariza9ao do terreno, geralmente

efectuadas antes da implanta930 definitiva da obra.

3 Consideram-se todas as operayoes de movimentayao de terras necessarias a execuyao de

fundayoes e de outras obras enterradas (caves, depositos, cabos e canalizat;:oes enterradas)

4 Estas informayaes ou sao devidamente explicitadas no enunciado das mediyaes ou entao, indicam

se as referencias das peyas do projec!o onde sao mencionadas.

5 Planimetria: e a projec~o ortogonal dos pontos do terreno sabre uma superficie de nivel. (Cf.

Especificat;:3o E1 - LNEC - Vocabulario de Estradas e Aerodromos)

., Allimetria: conjunto das alturas dos pontos do terreno acima de uma superticie de nivel de

referencia. (Cf. . Especiflcayao E 1 . LNEC - Vocabulario de Estradas e Aerodromos)

Para que 0 levantamento lopografico do terrena destinado a execu~o duma obra, possa dar as

informayoes necessarias a execu930 das mediyoes deve considerar, em regra, as seguinles pontos:

a) indica~o do relevo do terreno, principalmente atraves de curvas de nivel au de cotas de

pontos notaveis:

b) localiza93o e descrir;::ao da vegetayao e dos acidentes naturais que tenham implicayaes com

a execur;::ao dos trabalhos, como por exemplo:

- ,illvores, arbus!os e zonas arrelvadas au ajardinadas:

- lagos, pantanos, rios ou outros cursos de agua;

26 Curso sabre Regras de Medi~o na ConstruyAo

c) localizar;:ao de construr;:oes existentes para demotir ou residuos de canstrur;:oes antigas,

indica0es de po90s, caves, galerias subterraneas, etc_:

d) 10calizar;:.30 de ediffcios que passam ser afectados pelos trabalhos de terraplenagem ou de

demoliyao;

e) impfantayao das redes de agua, de esgotos, de gas, de electricidade e de telefones ou de

partes que as constituem, desde que possam ser Jocalizadas a superficie do terreno.

7 Tem interesse referir no enunciada das medir;:oes as informar;:6es sobre planimetria e altimetrias

que possam influenciar as custos das terraplenagens, designadamenle as seguintes:

- exislencia de edificay6es que exijam a execuyao de escoramenlos ou utihza~o de outras

medidas especiais de protecyao e seguranya;

- presenya de maciyos rochosos ou de oulros acidentes que obriguem a utilizayao de meios

especiais de escavayao:

natureza do relevo do local de construyao, sobreludo as informa0es que completem 0

levantamento lopografico do terrena apresenlado com a projecto:

- existencia de terrenos aJagados ou panlanosos que exijam a execuyao de drenagens

a Dos resultados do reconhecimenlo ou do estudo reconhecimento ou da prospecyao geolecnica do

terreno, podem ler interesse para a mediyao elementos da seguinte natureza:

- conslruyoes ja executadas que ten ham implicay6es com as obras a realizar, nomeadamenle'

fundayoes de edificios demolidos ou a demolir, caves, POyOS, galerias sublerraneas, etc:

- nivel freatico, se este for atingido pelas escavayoes ou liver implicayoes com a execuyao

deslas, Tern importancia fazer referencia a necessidade da realiza9ao de bombagens para

esgoto das aguas durante as escava0es;

- necessidade ou possibilidade do emprego de explosivos e as principais limila90es a ter em

considerayao na sua utilizayao;

exislencia de acidentes geol6gicos (falha5, diaclases, camadas com inclinayoes

desfavoraveis, etc.) que exijam precauy6es especiais, trabalhos de eonsoJidar;:ao, etc,

9 Nesles casos, deve indicar-5e se as redes, inslala0es, ou construy6es, lerao de ser removidas de

forma provisoria ou definitiva.

TO Para explieitar 0 significado dos termos de classificayao de eada lipo de terreno, bern eOTo dos

meios de eseav39ao adequados, indieam-se 3 seguir algumas notas extraidas da especificar;:ao E 217

LNEC:

- Roehas duras e sas, roehas igneas e algumas metam6rficas, em estado sao,

Rochas pouco duras ou medianamenle alteradas rochas sedimenlares (calcarios. gr6s

duros. xistos. ere.). algumas rochas meram6rficas (gneisses medianamenle alterados.

xistos eristaJinos, etc.) e rochas ;gneas medianamcnre a/leradas.

Rachas brandas au muito alteradas: rochas igneas e metamorficas muito a/(cradas e

algumas roehas sedimentares (argilicos, siMas, ere.).

Curso sobre Regras de Mediyao na Constl1Jyao 27

28

- Solos incoerentes. sao compoS(QS principalmente pelas maiores parficulas provenientes da

desagregar.;ao de rochas: seixos e areias.

- Areias e mlsturas areia-seixo, bem graduadas e compactas: sao as areias naturais, quando

elas possuem particulas que se distribuem numa gama extensa de dimens6es cam

predominia das grossos ou ainda depositos naturais de seixos bem graduados e formadas

por fragmentos de rocha desde subangulares a arredondados. quando apresentam os

intersticios preenchidos por material arenoso. No estado compac(Q, os depositos bem

graduados oferecem grande resistencia ;; penerrar.;ao duma barra cravada amao.

- Areias e misturas areias-seixo, bern graduadas mas soltas: sao depOsi(Qs que oferecem

pequena resistencia apenetrar.;ao duma barra e que podem ser facilmente escavados J pt!.

Areias unlformes cornpactas: sao aque/as em que as dimensoes da maior parte das

partfculas se situam dentro duma gama bastante estreita. No estado compacto. oferecem

grande resistencia apenetrar.;ao duma barra cravada J mao.

· Areias uniformes soltas. sao aquelas que aferecem pequena resistencia J penetrar.;ao duma

barra,

· Solos coerentes, neste grupo inc/uem·se as argilas e os siltes. Sao rambcm abrangidos as

solos que possuem uma percentagem de 8rgila ou silte suficiente para condicionar 0 seu

compartamento. como sucede com as argilas arenosas.

· Solos coerentes rijos. sao aqueles em que a sua remor.;ao e muito dif/cil com picareta au pa

mccanica. sendo par vezes necessaria 0 emprego de exp/osivos p,H3 0 desmonte des/es

terrenos.

· Solos coerentes muito duros: sao aquetes em que a sua remor;ao e ainda dificil com picareta

ou pa mecanica, as pcdar;os cortados de fresco sao de tal modo duras que e impasslvel

molda·los por pressao entre as dedos.

- Solos coerentes duros. sao aqueles em que a sua remor.;ao e diifcil com enxada. as pedar;os

cortados de fresco sao muito dificeis de moldar entre os dedos.

Solos coerenles de consistencia media: sao aqueles em que a sua rcmor;:aa e facil com

enxada. as pedar;os corrados de fresco podem ser moldados por pressao forte entre as

dedos. Quando pisado, este solo apresenta vest/gios do tacao do calr;:ado

- Solos coerentes moles. sao aque/es em que a sua remor;ao e facil com a pa. Os pedar;os

cortados de fresco sao faceis de moldar entre os dedas.

· Solos coerentes muito moles: os pedar;:os corradas de fresco sao facilmente espremidos na

mao.

- Turfas au depositos turfosos: sao farmados pela acumular.;aa de materia vegetal, de tex/ura

fibrosa au esponjasa. resu/tante da fraca incarbanizar.;ao dG cerlOS vegGtais, Os deposiws

turfosos sao farmados principa/mente par lurfa e humus. misturados em proporr;oes

variaveis com areia fina, silte ou argila.

Curso sobre Regras de Mediyao na ConSlruyao

- Aterros e entulhos: sao aque/es em que a resislencia dos maleriais depende da sua natureza,

espessura e idade, bern como dos melodos utilizados na sua compactacao. Os emu/has

rem muitas vezes marerias quimicas e sao insalubres.

11 0 enunciado dos meios com que e possivel proceder-se a escava~ao dos diferentes tipos de

terrenos destina-se apenas a indicar um criterio pratico para a c1asslficayao dos terrenos.

Na elaborayao das mediyoes de projecto, desconhecem-se, em geral, os meios com que a

empreiteiro ira executar as opera96es de movimento de lerras, pelo que nao e passive! classifica-las

segundo este criterio.

Par este motivo, a (mica metoda de c1asslfica9ao destas medi96es e a da considerayao dos tipos de

terreno a movimentar (especialmente no caso das escavayaes e das condiyoes especiais de execuyao

indicadas na alinea e) desle capitulo}.

12 Classe A - Terrenos cujo desmonle s6 e possivel par meio de guilho, martelo pneumalico au

explosivos: rochas duras e sas, rochas pouco duras ou medianamente alteradas e, evenlualmente, solos

coerenles rijos

Ciasse 8 - Terrenos cuja escavayao pode ser executada com picarela ou com meios mecanicos:

rochas brandas au muito alteradas, solos coerentes rijos, solos coerentes muito duros e, evenlualmente,

solos coerentes duros e misluras areias-seixo bern graduadas e compactas.

C/asse C - Terrenos que podem ser escavados a picarela, a enxada au par meios mecanicos. solos

coerenles duros, solos coerentes de consistencia media, areias e misturas areia-seixQ bern graduadas e

compactas e, eventualmente, areias uniformes compactas, tunas e depositos tunosos, aterros e entulhos.

Ciasse D - Terrenos facilmente escavados a pa, a enxada au par meios mecfmicos: areias e misturas

areia-seixQ bern graduadas mas sallas, areias uniformes compactas, areias uniformes sallas, solos

coerentes moles, solos coerentes muito moles, lodos, tunas e depositos turfosos, alerros e enlulhas.

13Excepla quando loda a estrutura abaixa da superficie do terreno tiver de ser executada

simultaneamente com os muros de suporte, caso em que sera infraeslrutura e estrutura abaixo daquela

supert'icie.

14 Como exemplo, consideram-se duas formas possiveis de abertura de valas com volumes de

escavayao V1 e V2 para a execurrao da sapata de volume V.

,>, , , , ,

], , , ,,l~

, ,-"

_. • -V2 ! V

--c·~~ .Vl e V2 volumes escavados

V· Esc aval; iio necessaria para conter a sapata

A largura e a altura a determinar para 0 calculo do volume V, a considerar na mediyao, e a

exciusivamente necessaria para conter 0 volume da sapata.

Se a custo do m) de escavayao de terreno de determinada cJasse em abertura de valas for de

500$00, a empoJamenlo deste terreno for de 15% e a custo unitario de transporte de 1 m3 for de 300$00.

havera que, para as duas hip6leses de execu~o consideradas. determinar as seguinles custos unitarios.

Curso sabre Regras de Mediyaa na Constru~o 29

Na escava9ao de volume V1 executaram-se taludes destinados a evitar 0 escorregamenlo dos

terrenos para 0 leito da va!a. 0 custo e:

C =500$00 x V1/V + 300$00 x 1.15 xV1/ V

No segundo exemplo foram utilizadas entiva90es e a maior ou menor largura da vala depende do

criterio do executanle, 0 custo e:

C = 500$00 x V2 IV + 300$00 x 1.15 x V2 IV

15 Esta regra tern como objectivo evitar 0 estabelecimenlo de conflitos resultantes da existencia de

diferentes criterios para 0 calculo dos empolamentos dos terrenos e para a execuyao do movimenlo de

terras necessaria a execuyao de determinados Irabalhos. Par esse motivo, as unidades a considerar na

determinayao das mediyaes deverao ser exclusivamente obtidas das plantas e perfis do terreno e dos

desenhos e cotas dos elementos enlerrados indicados no projecto. sem considerayao dos acrescimos de

movimento de terras dependentes do modo de execuyao dos trabalhos nem dos volumes resultantes dos

empolamentos na mediyao do transporte de terras. Estes acrescimos de movimenlo e transporte de terras

serao considerados nos custos unitar;os dos respectivos trabalhes, que serae devidamente majorados como

ja foi exemplificado.


4.2 Terraplenagens

4.2.1 Decapagem au remat;ila de terra vegetal

a) A medic;ao sera realizada em:

- m2 para trabalhos cuja profundidade naD ultrapassa 0,25 m;

- m3 para trabalhos cuja profundidade ultrapassa 0,25 m.

b) A medic;ao em m2 sera efectuada segundo as areas determinadas em projecgao

horizontal.

c) A medigao em m3 sera efectuada a partir das areas determinadas em projecgao

horizontal mUltiplicadas pela profundidade media das escavac;:oes.

d) A medic;:ao engloba as operac;:oes relativas a execury<3o dos trabalhos de remoc;:ao

da camada superficial de terra vegetal, nomeadamente: escavac;:c3o, carga, transporte',

descarga e espalhamento.

e) Sempre que necessaria, as operac;:oes da alfnea anterior poderao ser medidas


f) As medic;6es indicarao a distimcia media provavel de transporte2 e, sempre que

passivel, a local de deposito au vazadouro dos produtos da decapagem 3.

1 a transporte, incluindo geralmente a carga e descarga, convem ser medido em rubricas pr6prias.

pelas raz6es descritas na alinea f) desta rubrica.

2 Para a elaborar,;ao do oryamento, e necessaria 0 conhecimento da distancia media de transporte a

deposito au vazadouro, dos produtos resultantes destes trabalhos. Considerando ainda que apesar da

indicar,;ao da distancia media de transporte, aquando da realizar,;8o da obra, pode nao ser passive! utilizar as

locars de vazadouro previstos, afigura-se importante que se indique, nas propostas a concurso, 0 custo de

transporte de 1 m3 de produto de escavar,;ao a 1 km de d'istancia, de forma a possibilitar 0 calculo dos

trabalhos a mais au a menos.

3As lerras resultantes da decapagem nao podem ser utilizadas na realizayao de aterros. No entanto,

muitas vezes podem servir para a execuyao de zonas ajardinadas, 0 que, neste casa, devera ser indicado no

enunciado das mediyoes, assim como 0 local do seu deposito.

Curso sabre Regras de Medir,;ao na Construryao 31

4.2.2 Escava~ao1

a) A medigao sera realizada em m3.

b) A medlgEio engloba todas as operagoes2 relativas a execuyao dos trabalhos de

escavagao, nomeadamente: escavagao, baldea<;ao, carga, transporte3 e descarga.

c) Sempre que necessario, as operay5es da allnea anterior poderao ser separadas


d) As medig6es indicarao a distancia media provavel de transporte4 e, sempre que

possive!, 0 local de aterro, de deposito ou vazadouro dos produtos da escavayao.

e) As alvenarias, bet6es ou outras obras enterradas serao deduzidas da medigao e

consideradas no capitulo de Demofk;6es.

f) A escavayao de terras de deposito ou de emprestimoS sera tambem inclufda

nesta rubrica.

Ver 0 sub-subcapitulo Observaqoes deste subcapitulo,

2 Haver<3 muitas vezes que considerar tambem a regularizayao das supenicies resultanles da

escava9ao (principalmenle as supenicies verticais nao consideradas em Regu/arizar;fJo e compactar;fJo

superficia~ .

3 0 transporte, incluindo geraJmente a carga e descarga, convem ser medido em rubricas proprias,

pelas raz6es apontadas na alinea f) desta rubrica.

4 Para a elaborayao do on;:amento, e necessario 0 conhecimento da distancia media de transporte a

deposito ou vazadouro, dos produtos resultantes destes trabalhos. Considerando ainda que apesar da

indicayao da distancia media de transporte. aquando da rea!izayao da obra. pode nao ser possivel utilizar os

locais de vazadouro previstos, afigura-se importante que se indique, nas propostas a concurso, 0 custo de

transporte de 1 m3 de produto de escavayao a 1 km de dislancia, de forma a possibilitar 0 calculo dos

Irabalhos a mais au a menos.

5As escavar;:oes para a obtenyao de terras de emprestimo - necessarias quando 0 volume de aterro e

superior 130 de escavayao, ou quando as terras resultanles des/a operayao sao improprias para alerro

devem constituir rubricas proprias a incluir na rubrica geral de medir;:ao.


4.2.3 Alerra'

a) A mediyao sera realizada em mJ.

b) A mediyao indicara a origem dos locais de escavayao dos produtos a utilizar no

aterro, nomeadamente, de escavayao na propria obra, de deposito ou de emprestimo.

c) A mediyao eng/oba todas as operayoes necessarias2 a execuyao dos trabalhos

de aterro, nomeadamente espalhamento e compactayao. Se 0 projecto indicar outras

operay:oes, estas serao transcritas para as mediyoes.

d) Sempre que necessario, as operayoes da arinea anterior poderao ser separadas

em rubricas pr6priasJ.

e) As mediyoes rndicarao a espessura das camadas de aterro, interessadas na

compactay:ao, que for mencionada no projecto.

f) As terras usadas provenientes de deposito ou de emprestimo4 serao medidas na

rubrica de Escavm;:ao.

Ver 0 sub-subcapftulo Observaq6es deste subcapilulo

Certos Irabalhos, muitas vezes necessarios a preparayao dos alerros, nomeadamenle de drenagem,

desmata<;:ao, demoliiYao e decapagem, devem ser medidos em rubricas proprias, segundo as regras jii

indicadas.

3 Para mais fadl or9amenla<;:ao podera haver conveniencia em medir algumas opera90es em rubricas

proprias como, por exemplo, a compaclayao.

4 As escava90es para a oblen<;:ao de lerras de empreslimo - necessarias quando 0 volume de aterro

e superior 030 de escava9ao, ou quando as lerras resultantes desta operaqao sao improprias para alerro

devem constituir rubricas proprias a incluir na rubrica geral de medi<;:ao.

Curso sobre Regras de Mediyao na Constru9ao 33

4.2.4 Regularizaqao e compactaqao superficial'

a) A mediyao sera realizada em m2.

b) As mediyoes serao efectuadas segundo as areas determinadas em projec9ao

horizontal. A mediyao da regularizayao e compactayao superficial de taludes de

diferentes inclinayoes devera fazer-se em rubricas separadas2•

c) A medity80 engloba todas as operayoes necessarias a execuyao dos trabalhos

de regularizatyao e compactayao.

d) Sempre que necessaria, as operayOes da alinea anterior paderao ser separadas


e) As mediyoes indicarao a espessura da camada de aterro au de terreno,

interessada na compactayao, que for mencionada no projecto.

1) A compactay<3o superficial de terras s6 sera considerada isaladamente quando

nao for acompanhada de reposity<3o de terras.

, Esta rubrica refere-se a regulariza9ao e compactayao superficial de taludes e pfataformas naturais

au resultantes de escava90es e na supressao das suas irregufaridades. A considerayao da medi9ao deste

trabalho em rubricas pr6prias justifica-se quando a caderno de encargas Ihe fizer menyao especial.

2 Estas regras nao se referem a regularizay.3o de paramentos resultantes de escavayoes, cuja

mediyao estara inclulda na pr6pria escavayao

34 Curso sabre Regras de Medi9.3a na Canstru9.30

4.2.5 Observa('oes

AS metodas para a cteterminagao dos volumes de escavagao e de aterro,

necessarios a medigao das quantidades de trabalho, dependem sobretucto dos

elementos seguintes:

- Configurag3o do terreno1, principalmente do releva e das dimens5es

superficiais da zona de trabalhos;

- Quantidade de terreno a movimentar.

Urn dos metodos mais utilizados consiste na decomposi<;:30 do volume total das

terraplenagens por pianos verticais paralelos (perfis ou secyOes transversais). Neste

metoda, 0 volume de escavagc30 ou de aterro entre dois perfis contiguos e obtido pela

intersecgao daqueles pianos com a superficie natural do terreno, podendo deste modo a

superficie final de terraplenagens ser calculada pela aplicag<3o da formula seguinte

(Regra de Simpson):

v = d (5 + 5 + 45 )6 [ 2 III

em que:

8 1 e S2 - area dos perfis

d - distancia entre as perfis 8 1 e 82

Sm - area do perfil a meia distancia

entre 8 1 e 8 2

5,/"--

/

Este volume podera ainda ser determinado dum modo menas rigoroso, utilizando a

f6rmula:

au ainda com menor rigor,51 + 5°_

V = ---'---=- x d2

Este metodo pode ser aplicado quando os perfis tiverem pequena secr;ao e 0

trabalho se desenvorver ao lange dum eixo de comprimento razoavel.

Contudo, 0 metodo de mediC;:8o mais corrente em terraplenagens para edificios

consiste na decomposig8o do volume total por planas verticais para obteng.3a em planta

de figuras geometricas simples, a que carrespandam rerevos a mais passivel regulares.


Esta operac;ao e, em regra, de realizac;ao simples, sobretudo quando se dispoe da

representay30 das curvas de nivel.

Os volumes correspondentes a cada ~__/~

uma das figuras sao, com certa

/c 6rf--;."...----/

Exemplo para 0 volume A:

aproximac;ao, 0 produto das respectivas

areas peJa media aritmetica das diferenc;as

de cotas dos seus vertices, relativamente ao

plano final da terraplenagem. Estas

diferenc;as de cotas podem ser obtidas a

partir das cotas das curvas de nivel.

al x a2---(C5+ 06+ c7 + c8)

4c;"-------

,/cl0

Outro metoda fundamentado no mesmo prindplo consiste em estabelecer uma

malha rectangular sabre a planta tapagrafica do terrena. Quanta mais apertada for a

malha mais exacto sera 0 calcuJo.

Volume total dum aCerra, representado pela planta e perris indicados:

11 12

13 I~

15 I.

[ - pontos do interior da malha

dl x d2--(LV+2LP+4L I)

4

P - diferen9as de cotas entre os pontos

do perimetro da malha e 0 plano de

terraplenagem

VI

v -diferenc;as de cotas entre as pontos

dos vertices da malha e a plano de

terrraplenagem

V3

P4

PS

V~IP3

d2

P2

P6

P'

P7

v,

P8

P9

V4

P10


1 Em terrenos com declive acentuado em que, por exemplo, os perfis transversals sao multo

diferentes, 0 metodo a utilizar deve ser mais rigoroso do que nos pouco acidentados. Em trabalhos onde a

dimensao dominante e a comprimento e as sec((3es transversais sao variaveis (por exemplo, estradas e

caminhos de ferro), as metodos devem ser mais exactos do que nas terraplenagens que se desenvolvem em

superficies planas, com alturas de escavay30 sem grandes variayoes.

:2 Para pequenas quantidades podem ser utilizados metodos aproximados, ao passo que nos

trabalhas que envolvam grandes escavayoes e aterros os metodos devem ter regras sufidentemente

rigorosas para S8 evitarem erros importantes.

Curso sabre Regras de Mediyao na Conslruyaa 37

4.3 Movimento de terras para infraestruturas

4.3.1 Escava(:ao livre 1

a) A medi~ao sera realizada de acordo com as regras indicadas no sUbcapituJo

anterior.

b) Na medic;ao da escavac;ao livre ainda ha que considerar a escava<;ao em

profundidade e escavagao a superfici6.

1 As definiyaes a seguir indicadas para as diferentes tipos de escava~o ("Classificayao das

escavayoes" constantes no Irabalho de TEIXEIRA TRIGO e GASPAR BACALHAU: Caderno de Encargos

Tipo para a Construc;:ao de Edificios. Documentos Parciais-2) tern par base 0 respectivo comprimento,

largura e profundidade. sendo esla medida na vertical, a partir do nivel do terreno existente no inicio da

escavay30:

- Vala" Largura nao superior a 2 metros e profundidade nao superior a 1 metro.

- Trincheira: Largura nao superior a 2 metros e profundidade superior a 1 metro; ou largura

superior a 2 metros e profundidade superior a metade da targura.

- POlfO . Camprimento e largura sensivelmente iguais, e profundidade superior a 1 metro e a

metade da largura.

Escavalfao livre: largura superior a 2 metros e profundidade nao superior a metade da

largura.

2 Ver 0 sUb-subcapitulo ObselVa~6es do subcapilulo anterior

3 As escavaryoes em profundidade (que se realizam abaixo do nivel do solo) e as escava<;6es a

superficie (caso da escavayao de encostas) correspondem diferentes condi<;oes de execuyao.

38

Escavac;;ao em profundidade Escavac;;ao a superficie

Curso sabre Regras de Mediryao na Construyao

b) A determinayao das medidas obedecera as regras seguintes:

- As dimens6es em planta sao as indicadas no projecto2;

- As alturas ou profundidades serao medidas a partir do nivel do terreno

antes da execuy<3.o das escavay6es e incluem a espessura do betao de

protecy<3o ou de Iimpeza.

c) Os volumes de escavayao devem ser considerados divididos em diferentes

camadas com 1,50 m de espessura em profundidade;3.

d) A escavayao de valas e de trincheiras com desenvolvimento em curva devem

ser medidas em rubricas proprias.

e) A mediyao engloba todas as operayoes relativas a execuyao dos trabalhos de

eSCaVay30, nomeadamente: escavay<3o, baldeayao, carga, transporte e descarga.

f) Sempre que necessario as operayoes da alinea anterior poderao ser medidas

separadamente em rubricas pr6prias.

g) As mediy6es indicarao a distancia media provavel de transporte4 e, sempre que

possivei, 0 local de aterro, de deposito ou vazadouro dos produtos da escavayao.

1 Como ja foi referido no sub-subcapitulo anterior, as definiiYoes a seguir indicadas para os diferentes

tipos de escava<;:ao tem por base 0 respectivo comprimento, largura e profundidade, sendo esta medida na

vertical, a partir do nivel do terreno existente no inicio da escavaiYao:

- Vala: largura nao superior a 2 metros e profundidade nao superior a 1 metro.

- Trincheira: largura nao superior a 2 metros e profundidade superior a 1 metro; ou largura•

superior a 2 metros e profundidade superior a metade da largura.

- Poc,:o : Comprimento e largura sensivelmente iguais, e profundidade superior a 1 metro e a

metade da largura.

- Escavac,:ao livre: largura superior a 2 metros e profundidade nao superior a metade da

largura.

Curso sobre Regras de Medityao na Construyao 39

2 As dimens6es em planta sao as indicadas no projecto, nao sendo de considerar quaisquer

acrescimos destinados iI execuc;:ao de moldes, entivac;:oes au outro tipo de trabalhos. As dimens6es

minimas em planta a considerar na mediyao sao:

- valas e trinchelras ale 1,50 m de profundidade 0,50 m;

- lrincheiras de profundidade superior a 1,50 m a dimensao minima em planta a considerar na

mediyao sera de 0,65 m;

- po<;os de profundidade superior a 1,50 m, a dimensao maxima em planta nao podera ser

inferior a 1,60 mea minima inferior a 0,80 m.

3 A medic;:ao das escavayaes correspondentes a camadas a diferentes profundidades devera ser

realizada em rubricas proprias (escavayaes ate 1,50 m de profundidade, de 1,50 m a 3,00 m, etc.). A partir

dos 6 m de profundidade as diferentes camadas a considerar terao a espessura de 3 m. a objectivo destas

regras e 0 de ler em conta a variac;:ao das condit;:6es de execuc;:ao das escavayOes a diferentes

profundidades no easo de trineheiras e POyOS, tendo em considerac;:ao a cfassificay80 dos terrenos como se

indica no seguinle exemplo esquematico.

Para ° calculo de uma escavac;:ao em

trineheira com 2,80 m de largura, 0 eomprimento,

igual para todas as camadas, e represenlado par l

e verifiea-se a existencia de terreno da classe C

ale 4,00 m de profundidade e de terrena da classe

A a partir desta cota.

Assim tem-se:

o~...

o-...

0'~- L500.,-

3.000.,-

4.500.,- 6.00

0~

'"8.00

Terreno da c1asse C: (Terrenos que podem ser escavados a picareta, a enxada ou par meios

mecanicos: solos coerentes duros, solos coerentes de consislencia media, arelas e misturas areia-seixo bern

graduadas e compactas e, eventualmente, areias uniformes compactas, lurfas e depositos turfosos, aterros

e enlulhos),

- Escavay30 ate 1,50 m de profundidade:

V1 = l x 2,80 x 1,50

40 Curso sobre Regras de Medi~o na Construyao

- Escavayao entre 1,50 m e 3,00 m de profundidade:

V2 = l x 2,80 x 1,50

- EscavaiYao entre 3,00 m e 4,50 m de profundidade:

V3 = l x 2,80x 1,00

Terreno da classe A: (Terrenos cujo desmonte s6 e possivel par meio de gUilho, martelo

pneumatico ou explosivos: rochas duras e s.§s, rochas pouco duras ou medianamente alteradas e,

eventualmente, solos coefentes rijos).

- Escava~o entre 3,00 m e 4,50 m de profundidade:

V4 =l x 2,80 x 0,50

- Escava~o entre 4,50 m e 6,00 m de profundidade:

V5 =l x2,80 x 1,50

- EscavaiYao entre 6,00 m e 9,00 m de profundidade:

V6 = L x 2,80 x 2.00

4 Para a elaborar;ao do oryamento, e necessario 0 conhecimento da distancia media de transporte a

deposito ou vazadouro, dos produtos resultantes destes trabalhos. Considerando ainda que apesar da

indiear;ao da dislaneia media de transporte, aquando da realizayao da obra, pode nao ser passivel utilizar os

locais de vazadouro previstos, afigura-se importante que se indique, nas propostas a concurso, 0 custo de

trans porte de 1 m3 de produto de escavar;ao a 1 km de distancia, de forma a possibilitar 0 caleulo dos

trabalhos a mais ou a menos

Curso sobre Regras de Medir;ao na Constru~o 4'

4.3.3 Reposic;ao de terras ou aterro para enchimento

a) A mediyao sera realizada em m3•

b) A mediC;::3o engloba todas as operac;::oes necessarias a execUl;ao dos trabalhos

de aterro.

c) As medic;oes mencionarao as caracteristicas e as espessuras das camadas de

aterro mencionadas no projecto.

d) As medic;oes indicarao a origem dos locals de escavac;::ao dos produtos a utilizar

no aterro.

4.3.4 Regularizat;ao e compaclat;ao superficial

a) A medic;ao sera realizada em rrr.b) As medi90es serao efectuadas segundo as areas determinadas em projecc;ao

horizontaL

c) Estas regras nao se referem a regularizac;ao de paramentos verticais de

escava<;oes, cuja medic;ao estara incluida na propria escava9ao,

d) A medigao da compactagao e regularizagao superficial de taludes de djferentes

inclinagoes devera fazer-se em rubricas separadas.

e) As medi90es indicarao a espessura das camadas de terreno interessadas na

compactagao.

1) A compactagao superficial de terras s6 sera considerada isoladamente quando

nao for acompanhada de reposigao de terras.

g) A escavagao de terras de deposito ou de emprestimo necessarias a execugao

dos aterros sera incluida no sub-subcapftulo Escavacao livre do presente subcapitulo.

4.3.5 Escoramento e entivaqao J

a) A medic;::ao sera realizada em rrr de paramenta escorado e entivado.

b) Sempre que necessario, as medigoes serao realizadas de mado a que os

trabalhos fiquem individualizados segundo:

- a natureza dos materiais empregadas para 0 escoramento au entlvagao;

- as condiyoes de execuyao dos trabalhos.


ITa) como foi referido no subcapitulo Prineipios de base, 0 medidor devera ter em conta a

necessidade do escoramenlo e da entivayao ou apenas do escoramento sempre que, de acordo com as

caracteristicas do terreno, seja prevista a sua aplicayao. Oeste modo, os medidores devem ter conhecimento

para poderem equacionar e procurar esclarecer, juntos dos autores dos projectos, as (altas de informacao

que sao indispensaveis adeterminayao das mediyaes, nomeadamenteas do caderno de encargos quando

nao indicam a sua necessidade, ou a ulilizacao de materiais especiais quando a natureza da escavavao 0

justifique "a priori".

Para este efeito devem ser consideradas as dispasi0es contidas na Decreta-lei nO 155/95, de 1 de

Julho, "Seguranya e Saude a Apricar nos Estaleiros Temporarios ou M6veis", (Transposi9aa da Directiva n°

92/57/CEE de 24 de Junho de 1992) [31] e {11J.

Cursa sobre Regras de Mediyao na Construyao 43

4.3.6 Movimento de terras para canalizaqoes e cabos enterrados

a) As opera90es de abertura de valas au trincheiras, seu escoramento e entiva903o,

reposiyao de terras e compactagao, necessarias ao movimento de terras destinado a

execuy8.o de canaliza96es e cabos enterrados, poderao ser medidas em conjunto, sendo

neste caso, a medi<;8:o realizada em m 3 de terreno a movimentar.

b) Quando se adoptar a regra da alinea anterior, os volumes de movimento de

terras correspondentes as diferentes camadas indicadas na alinea b}' do 5ubcapitulo

Abertura de va/as, trincheiras e pOt;OS, serao medidos separadamente em rubricas

pr6prias.

c) Quando nao se adoptar a regra da alinea a) e forem medidas separadamente aF

escava~ao, a reposi~8.o de terras e a compacta<;ao, 56 saO deduziveis os volumes

ocupados pelas canaliza<;6es e cabos enterrados iguais au superiores a 0,1 m 3 par metro

de tubagem.

I A determina~o das medidas obedecera as regras seguintes:

As dimens6es em planta sao as indicadas no projecto, mio sendo de considerar quaisquer

acrescimos destinados a execuc;ao de moldes, entivac;oes ou outro tipo de trabalhos. As dimensoes

minimas em planta a considerar na medivao sao:

- valas e trincheiras ate 1,50 m de profundidade 0,50 m;

- trincheiras de profundidade superior a 1,50 m a dimensao minima em planta a considerar na

mediyao sera de 0,65 m;

- POyOS de profundidade superior a 1,50 m. a dimensao maxima em planta nao podera ser

inferior a 1.60 mea minima inferior a 0.80 m.

As alturas ou profundidades serao medidas a partir do nivel do terreno antes da execuyao das

escavayoes e incluem a espessura do belaa de prOlecyao au de Iimpeza.

44 Cursa sabre Regras de Mediyao na Canstruyaa

5. PAVIMENTOS E DRENAGENS EXTERIORES

5.1 Regras gerais

a) As medi<;6es reJativas a pavimentos exteriores serao individuaHzadas em

rubricas relativas a pavimentos permeaveis au impermeaveis1.

b) As medit;:oes relativas a drenagens exteriores serao individualizadas em rubricas

designadas por enterradas e superficiais2.

c) Serao referidas, nas medigoes, as informagoes mencionadas no projecto

refativamente as condiyoes seguintes:

- planimetria3, altimetria 4

, releva e inclinar;:oes;

- possibilidade au tendencia para alterar;:oes nas condi<;oes existentes, face a

exigE'mcias da obra.

d} Neste capitulo miD deverao incluir-se as trabalhos de protecy<3o contra

infiltrar;:oes no interior dos edificioss, salvo quando a sistema previsto constitua urn todo,

isto e, quando as infiftrar;oes que ali se acautelam possam vir a resultar de condir;oes

particulares dos pavimentos envolventes, e que nao possarn ser corrigidos

completamente no tratamento destes6.

e) Quando existam muros de suporte ou de espera 7, na formar;ao de socalcos ou

na rnodera9ao de acidentes, e que para alem da forma, de agulheiros au outras defesas,

a incluir na rnedir;ao do betao au alvenarias de que forern constituidos, existarn tubas de

esgata, drenos, imperrneabilizagoes au varas de recolha, deveraa ser medidos neste

capitulo e, para tanto, bern caracterizados no project08.

f) as tratamentos superficiais de remate, protecr;ao au embelezament09, devem ser

medidos em m Z e perfeitamente caracterizados quanta a obra aparente e quanta aos

trabalhos de preparar;ao ou suporte 10 Nestes casas, cada urn destes trabalhos deve ser

objecta de medigao particular, na qual se indicara a posigao e funr;ao no conjunto 11.

g) A medir;ao destes trabalhos sera realizada nas seguintes candigoes;


1) movimento de terras de acordo com 0 que foi indicado no capitulo

Movimento de terras, com a indiC3yao de eventuais embarayos ao livre

desenvolvimento dos trabalhos e caracteristicos deste tipo de obras.

2) as trabalhos de impermeabilizayao seraO medidos em m 2 de superficie a

tratar, devendo indicar-se a natureza do suporte, a espessura das

camadas e a sua especifica980 tecnica.

3) a mediJ;:ao da impermeabilizaJ;:ao em caleiras e relevos, e a protecyao

desta contra choques au atritos, quando com desenvolvimento inferior a

1,00 m, sera feita em me bern caracterizada.

4) a medi<;:ao dos tubos de esgoto ou de drenagem, sera feita em m, mas

ficando bem individualizados os artigos relativos a:

- tubos de drenagem nomeadamente de betao ou material ceramico

- tubos porosos au perturados

- meios-tubos (caleiras) por exemplo de betao au material ceramico 12•

os trabalhos de drenagem par blocagem, quer em contacto com

muros, quer em valas livres, seraa decampostos nas aperayoes

especificas que exigem medidas em separado, de acordo com as

recomenda<;:6es aplicaveis das respectivas especial idades.

- as obras de alvenaria e betaa em caixas de passagem, filtros, sarjetas

e sumidouros, seraa igualmente medidas de acordo com 0 que se

recomenda nos capitulos das especialidades aplicaveis.

1 A definiyao do tipo do terreno nas condiiYoes propostas (permeaveis e impermeaveis), permitira,

pelo relacionamento das quantidades e quafidade do trabalho com a epoca do ana prevista para a sua

realizaiYao. encontrar factores diversificantes nos melodos a praticar e, portanto, do custo. Se em terrenos

permeaveis, em epocas de chuvas, s6 em casas especiais sera de prever trabalhos de proteq:ao a

alagamento de valas, a bombagens, etc., aconlecendo 0 conlrario nos terrenos impermeaveis.

A medi<;ao das bombagens podera ser realizada segundo as regras seguintes:

- a instalaiYao do equipamento, a respactiva permanencia em obra e 0 tempo de

funcionamento serao medidos em rubricas pr6prias:

- a 'Instala<;ao do equipamento sera medida em kW de polen cia instalada;

- a permanencia em obra sera medida em kWfdia,

- 0 fundonamento sera medido em kW/hora

46 Curso sobre Regras de Medi~ona Constru~o

Os custos unitarios indicados nesla recomendayao deverao ser sempre apresentados nas propostas.

2 A separayao dos trabalhos enterrados e superfidais, justifica-se nao s6 pela natureza dos trabalhos

espedficos, como ainda por deverem corresponder a fases distintas, embora de possivel sobreposi~o,

quando a dimensao da obra 0 juslifique e possibilite.

3 Planimetria: e a projec~o ortogonal dos pontos do terreno sobre uma superfide de nivel.

(EspedficaiYao E1 - lNEC - Vocabulario de Estradas e Aerodromos)

4 Altimetria: conjunto das alturas dos pontos do terreno acima de uma superficie de nivel de

referenda. (Especificayao E1 - lNEC ~ Vocabulario de Estradas e Aerodromos)

Para que 0 levantamento topografico do terreno destinado a execu~o duma obra, possa dar as

informaiYoes necessarias a execuyao das medi0es deve considerar, em regra, os seguintes pontos:

a) indicayao do relevo do terreno, principalmente atraves de curvas de nivel au de cotas de

pontos notaveis;

b) lacaHZ8iY8a e descriiYao da vegetayao e dos acidentes naturais que tenham implicayoes com

a execu«.3o dos trabalhos, como por exemplo:

- arvores, arbustos e zonas arrelvadas ou ajardinadas:

- lagos, pZlntanos, rios OU outros cursos de agua:

c) !ocalizayao de construyoes exislentes para demolir ou resjduos de construy6es anligas,

indica<;oes de pOyOS, caves, galerias sublerraneas, etc.

5 A origem das infiltra<;oes de agua no interior de pisos enterrados de edificios pode projectar-se para

alem da area dos trabalhos de pavimentayao e drenagem a que este capitulo se refere, como len<;ois

freaticos, agua acumulada resultanle de infiltrayoes distantes e outras, pelo que e comum em tais casas a

recurso a sistemas separados.

6 Na figura apresenlam-se esquematicamente exemplas de sistemas a incluir neste capitulo.

SiSTEMA FORMANDO UM TODO

EXTERIOR·INTERIOR

Curso sabre Regras de Medi«.3o na Constru<;ao

SISTEMA EXTERIOR

SEPARADO

Ded.ve

47

7 A constru~o dos muros de suporte e espera, a medir no Capitulo correspondente aos trabalhos

aplicaveis, e que na sua forma ja devem prever-se as condit;6es de protec~o adequadas, nomeadamente

drenagens, devera prevenir as condi<;oes de funcionamento das protec<;oes, e compreender portanto, as

bases para caleiras, agulheiros ou outros atravessamentos.

8 Os trabalhos a incluir neste Capitulo serao os previstos para ah~m do betao ou alvenarias desses

muros, nas condi<;oes antes referidas, como por exemplo os drenos, escoamentos e tratamentos

superficiais.

EXEMPLO DE SOLU<;OES DE PROTECC;Ao DE MUROS DE SUPORTE. FACE

A SITUAC;OES DIVERSAS DE MODULAC;Ao

9 Entende-se par tratamentos superficiais de remate, protec<;ao ou embelezamento, os trabalhos de

acabamento dcs pavimentos ainda quando integrados na fun<;80 de drenagem au protecc;ao contra

infiltra<;oes. Cabem nesta classificac;ao a relva sabre camada de terra vegetal, a calc;ada de mosaico de

vidrac;o ou de cubos, 0 lajedo de pedra, ladrilhos, tijoleiras, etc., e os respeclivos suportes. A medi<;ao destes

e feita em m 2,

Entende-se par tratamentos de remale, as valetas, caleiras superfidais, lancis, bordaduras ou pec;as

especiais com a fun<;ao de limitar zonas de revestimento, au garantir e disciplinar a escoamento de aguas

supeJiiciais, e sao todos eles medidos em m.

10 Devera entender-se como suportes ou/e trabalhos preparat6rios, a abertura de caixas, eventual

macadame, camadas de balastro, enrocamenta e massame, etc., de acorda com as exig€mcias do

acabamento a aplicar.


Suporte

Relva

Suporte

Reve~timento

t Funoo c:E caii(<1 regularizacb tCubo~

r- ---

---~--'. ~~-~. . .~.

-,1FundJ cE c;~~-~

l1ASSINALAM-SE AS FASES

DE EXECUc;AO QUE DEVEM

SER MEDIDAS EM

SEPARADO

Suporte

RevestimentoLadrilho~

J--t Fund:! d:; caii(a reQularizacb t

Macadame Adallo

12 Alem da especifica<;30 dos tubas devera tambem definir-se claramente a natureza do leite de

asse:1tamenlo. as condi90es de liga<;3o entre tubes e, se for casa disso, as condi90es e materiais de

proteC!fao superiores.

Cursa sobre Regras de Medir;ao na Constru<;:aa 49

6. FUNDAC;OES

6.1 Regras Gerais

a) As medilYoes relativas as funda<;6es serao particularizadas nos sUbcapitulos

seguintes:

Fundaf;oes indirectas

Fundar;6es directas.

b) As medic;:oes dos trabalhos serao realizadas de modo a fica rem individualizados

as trabalhos de betao, cofragens, e armaduras 1 e ordenadas em rubrica de trabalhos

relativos a infraestruturas2.

c) As medic;:oes deverao indicar as referencias de identiflca9ao mencionadas no

projecto, de forma a assegurar a coordenat;:ao das pec;as escritas e desenhadas

e a permitir a sua verificag<3o.

1 A discrimina9.30 das medi90es de cofragens e armaduras em rubricas diferentes das do betao e

essencial, na medida em que permite:

- A delerminayao mais precisa das quantidades de materiais (madeira de cofragem, varoes de

ayo para armaduras, cimento, inertes, etc.) a utilizar na execu<;ao da obra.

- A oblen<;ao mais correcta de or<;amentos, pois a incidencia relativa dos respectivos custos e,

em geral, muito diferenciada nas diversas partes constituintes da estrutura (sapatas, vigas

de funda<;ao, muros de suporte, etc).

Z Em geral, podem definir-se como trabalhos de infraestrutura dum edificio os que sao executados

abaixo do nivel superior do tosco do primeiro pavimento.

Curso sabre Regras de Medi9Ao na Constrw;:aa 51

Nos casas em que este pavimento nao esteja em contacla

directo com 0 solo e for constituido por lajes de betao, esta parte da

estrutura pode ser considerada como fazendo parte da superestrutura.

Contudo, as pilares, paredes e embasamentos, ate ao nivel desta laje,

serao incluidos na infraestrutura.

A adopc;:ao deste criteria lem a vantagem de permitir que na

medic;:ao de edificios iguais, mas com infraestruturas diferentes, se

possam indicar as mesmas quanlidades de superestrutura.

Quando existam caves no edificio, como 0 primeiro pavimento

fica a nivel inferior ao da superficie do lerreno, para aplJcayao desta

recomendayao pod era considerar-se que as tascos da envolvente das

caves (muros de suporte, paredes e pilares exleriores, etc.) podem ser

incluidos nas rubricas de infraestrulura e as toscOSI'1

, elementos de

constrw;ao e revestimentos interiores, serao medidos nas rubricas de

superestrulura

No enlanto podem ser definidas outras fronteiras entre

infraestrutura e superestrutura, que devem ser sempre mencianadas na

mediyao.

n Excepto quando lada a estrutura abaixo da superficie do lerreno liver de ser

executada simultaneamente com a mum de suporte, caso em que sera infraestrutura

e estrutura abaixa daquela superficie.

SUPERESlRUTURA

INFRAESTRUlURA

SUPERESTRUlURA

INFRAESTRUlURA

SUPERESTRUTURA

muros de supOIte

SUPERESTRUTURA

n·JFRAESTRUTURA

52 Curso sabre Regras de Medi~ona Constru~o

6.2 Funda<;6es indirectas1

6.2.1 Regras gerais

a) As medi90es relativas as funda90es indirectas serao particularizadas nos

subcapitulos seguintes:

Estacas prefabricadas e cravadas no terreno e estacas moldadas no

terreno;

Pegoes.

b) Serao referidas nas medigoes as informagoes mencionadas no projecto,

relativamente as condic;oes seguintes:

planimetria e altimetria, especialmente no case de reieva acidentado ou de

grande inclinag302;

natureza e hidrologia do terreno, de aeardo com as resultados do

reconhecimento au da prospeCy30 geotecnica3;

existencia de fedes de distribui9<30 de agua, esgot05, electricidade, gas,

telefones au Dutras instalac;oes e quaisquer construy6es au obstaculos,

quando possam ser atingidas durante a execuc;:ao dos trabalhos. Nestes

casas, deve indicar-se se as redes, instalac;:oes, construc;:oes ou obstaculos

teraa de ser remavidos de forma provis6ria ou definitiva;

lacalizac;:ao de construc;:oes na vizinhanc;:a do ediffcio que possam afectar 0

trabalho de execuc;:ao das fundac;:oes. Se existirem, devem indicar-se as

implicac;:oes das construc;:oes na execuC;:<3o das fundac;:oes;

existEmcia de terrenos infestados ou infectados;

c) A medic;:ao englaba todas as operac;:oes relativas a execuc;:ao das trabalhos,

nomeadamente:

escavaC;:3a au furavao;

baldeac;:ao;

cotocaC;:3a de armaduras;

betanagem;

carga;

transporte a vazadouro;

descarga dos produlos de escavac;iio;


• mudanya do equipamento.

d) Sempre que necessaria, as operayoes da alinea anterior poderao ser separadas

em rubricas pr6prias".

e) Serao indicados em rubricas pr6prias os trabalhos de instalayao do estaleiro, tais

como:

transporte de equipamento;

montagem e organizayao do estaleiro;

fornecimento de agua e energia electrica nos locais de trabalho,

respectivamente com caudal e potencia necessarias.

f) Todos os trabalhos, cuja realizayao e necessaria devido a condiyoes especiais,

devem ser medidos em rubricas pr6prias, tendo-se por exemplo:

bombagens, quando necessarias a trabalhos realizados abaixo do nivel

freatic05;

movimento de terras, quando os terrenos se apresentarem com relevo

muito acidentado ou com grande inclinayao;

demolh;oes e trepanagens, se existirem obstaculos aparentes ou

enterrados nao correntes, devendo-se neste caso particular apresentar

sempre °seu custo unitario.

entiva(;oes e/ou escoramento, devido a existencia de construyoes na

vizinhanya dos trabalhos au a sua necessidade quando da escava9ao para

execuyao dos pegoes;

imobiliza90es de equipamento e pessoal, quando existirem paragens

excepcionais nao imputaveis ao empreiteiro;

g) As fura90es au escava90es nao betonadas de estacas au POyOS serao medidas

em metros (m), em rubricas pr6prias.

h) As medidas indicadas no projecto para a profundidade das funda90es serao

sempre consideradas como "quantidades aproximadas" I a rectificar de acordo com as

profundidades reais atingidas durante a execu9ao das obras.

i) As medidas para determinayao das medl90es serao obtidas a partir das formas

geometricas indicadas no projecto.

j) As medlyoes serao individualizadas em rubricas pr6prias, de acordo com as

condi(:oes de execu(:3o ou com os meios a utilizar na realizayc30 dos trabalhos.

54 Curso sabre Regras de Mediyao na Construyao

k) Oeve ser e(aborada uma descrivao sumaria dos trabalhos, contendo 0 processo

de execw;ao das fundac;oes, cota de execuyao dos trabalhos e os materiais a adoptar,

nomeadamente as referidas nas Regras Gerais descritas no subcapitulo Betoo, do

capitulo BeMa, Armadura e Cafragem em Elementos primarios e no subcapitulo

Armaduras do mesmo capitulo.

I) Outros tipos ou condiy5es de funday6es especiais, nao previstas no presente

capitulo, serao tratados dentro do mesmo espirito, isto e, as mediyoes deverao

discriminar as regras que forem adaptadas, de forma a evitar ambiguidades na

determinac;ao das medidas e no d.llculo das medic;oes e a permitir a sua verificac;ao.

lAs fundayoes indirectas sao um tipo de funda90es cujas soluyaes mais correntes tem designa¢es

de estacas e pegdes, existindo ainda outros tipos de funda90es especiais, nomeadamente:

- recal9amentas (estacas cravadas estaticamente, pegoes, etc.):

- consolidar,;:ao de terrenos (inJecyoes de cimento, estacas de areia, compaclar,;:ao por vibro

flutuar,;:ao, etc,).

Neste capitulo abordam-se apenas as fundar;oes indirectas, porque para as reslantes, as

respectivas condiy5es de aplicayao sao especificas para cada caso e consequentemente apresentam certa

dificuldade de normalizayao (caso dos recalr,;:amentos), ou porque sao ja aJtamente especiaJizados e com

relalivamente pouca experiencia entre nos (caso da consolidayaa dos terrenos). Oeste modo, estes tipas de

fundayOes deverao ser tratados especificamenle em capitulos pr6prios e segundo regras que deverao ser

devidamente explicitadas

2 Planimetria: e a projecr,;:ao ortogonal dos ponlos do terreno sabre uma superficie de nivel.

(Especiflcayao E1 - LNEC - Vocabulario de Estradas e AerOdromos)

Altimetria: conjunto das alturas dos ponlos do terreno acima de uma superficie de nive! de

referenda. (Especificayao E1 - LNEC - Vocabulario de Eslradas e Aer6dromos)

Para que 0 levantamento topogrMico do terreno deslinado a execuyao duma obra, possa dar as

informayoes necessarias a eXeCUyaO das mediyOes deve considerar, em regra, os seguintes pontos:

a) indicaya.o do releva do terreno, principalmente atraves de curvas de nlvel ou de colas de

pontos notaveis;

b) localizayao e descriyao da vegelayao e dos acidentes naturais que tenham implicar;:6es com

a execur,:ao dos trabalhos, como par exemplo:

- aNores, arbustos e zonas arrelvadas au ajardinadas;

- lagos, pantanos, rios ou oulros cursas de agua;

c} localizayao de construy5es eXistentes, para demolir ou res'lduos de construyoes antigas.

indica¢es de pOyOS, caves, galerias subterraneas, etc,;

d) localiza9ao de edificios que possam ser afeClados pelos trabalhas de lerraplenagem ou de

demoliyao:


e) implantayiio das redes de agua, de esgotos, de gas, de electricidade e de telefones ou de

partes que as constituem, desde que possam ser localizadas a superficie do terreno.

3 Dos resultados do reconhecimento ou do estudo reconhecimento ou da prospecc;;ao geotecnica do

terreno, podem ter interesse para a mediC;;ao elementos da seguinte natureza:

- construc;oes ja executadas que tenham implica95es com as obras a realizar, nomeadamente:

fundayCies de edificios demolidos ou a demolir, caves, poyos, galerias subterraneas, etc.;

- nivel freatico, se este for alingido pelas escavac;:6es au tiver implicac;:oes com a execuc;:ao

destas. Tern impormnda fazer referenda a necessidade da reahza980 de bombagens para

esgoto das aguas durante as escavac;:6es;

- necessidade ou possibilidade do emprego de explosivos e as principais limitaC;;Qes a ter em

considerayao na sua utllizac;:ao;

existencia de acidenles geol6glcos (falhas, diaclases, camadas com inclinac;:oes

desfavorilVeis, elc.) que exijam precauyCies especiais, trabalhos de consolidayao, etc..

4 A fundac;.3o propriamente dila, contempla apenas as operat;0es de escavat;ao (caso dos pegoes) ou

furat;.3o (caso das estacas). baldeac;;ao, colocac;;ao de armaduras, betonagem e mudanya de equipamento.

Todas as reslanles operac;:6es, lais como carga, transporle a vazadouro e descarga dos produtos

poderao ser incluidas no capitulo Movimento de terras para infraestruturas, no caso de nao serem

executados pelo empreiteiro de fundaC;;oes indirectas

Comprimentos a considerar nas medic;;oes

Saliente-se ainda que, lal como se

represenla na figura, pode ainda haver interesse

em indicar a mediyao da escavac;;ao ou furayao

nao betonada, desde que os Irabalhos sejam

executados a partir de uma certa cota e as

fundayCies atinjam outra cola nitidamente inferior

(ver alinea g) ) deslas regras gerais.

56

,A medic;:ao das bombagens pod era ser realizada segundo as regras seguintes:

a insla!aC;;ao do equipamenlo, a respectiva permanencia em obra e 0 tempo de

funcionamento serao medidos em rUbricas prop"rias;

- a instalat;.3o do equipamento sera medida em kW de polencia instalada;

Curso sabre Regras de Mediyao na Construq.3o

- a permanencia em obra sera medlda em kW/dia;

- 0 funcionamento sera medido em kW/hora.

Os custos unitarios lndicados nesta recomenda~o deverao ser sempre apresentados nas propostas

Curso sobre Regras de Medic;ao na Construyao 57

6.2.2 Estacas prefabricadas e estacas moldadas

As estacas prefabricadas e estacas moldadas sao fundac;oes indirectas cujos

modos de execuy30 sao diferentes, isto e, as primeiras sao, como 0 nome indica,

prefabricadas1 em estaleiro e posteriormente cravadas no terreno, e as segundas,

estacas moldadas, podem ser:

- eravadas e mofdadas no terreno2;

- mofdadas com entubamento e extracc;ao do terreno3;

- mofdadas sem entubamento e com extracc;ao do terreno4•

As regras de mediyao a considerar para este tipo de funda90es sao as seguintes:

a) A medil;ao sera realizada em m.

b) 0 comprimento das estacas sera medido pelos seus comprimentos reais, reals

desde as faces inferiores das sapatas ate as respectivas extremidades inferiores das

estacas. s.

c) As medir;oes de estacas serao individualizadas, em rubricas pr6prias, de acordo

com as suas principais caractedsticas, nomeadamente:

- diametro das estacas;

- materiais constituintes (caracteristicas do betao e das armaduras e

respectivas - secr;oes nas estacas de betao armado);

- inclinayao das estacas;

- meios e condiyoes de execuyao.

d) A mediyao da estaca compreende a furayao, baldear;ao de terras, colocar;ao de

armadura, betonagem, carga e transporte a vazadouro das terras sobrantes e mudanr;a

de equipamento.

e) Sempre que for conveniente, as operac;:6es indicadas na alinea anterior poderao

ser medidas em rubricas pr6prias.

1) a corte da caber;a da estaca e respectiva reparac;:ao de armaduras sera medido aunidade.

g) as ensaios de carga sobre estacas serao medidos a unidade e individualizados

de acordo com a sua carga maxima de ensaio.

h) as ensaios para cargas maximas diferentes serao medidas em rubricas pr6prias.

58 Curso sabre Regras de Medic;;aa na Construyao

Como exemplo esquematico de estacas prefabricadas e cravadas no terreno, tem-se:

Estas estacas poderao

ser de madeira, betao

armada au metalicas, sendo

as operayaes de execu9ao

representadas na figura.

2 Como exemplo esquemalico de estacas cravadas e moldadas no terreno tem-se:

Sao estacas cravadas

com tubo moldador e

//

ponteira obturada, metalica

ou de belao, e betonadas no

lerreno com retirada

simullfmea do tuba

maldador, ficando a ponteira

perdida como se representa

na figura.

J Como exemplo esquematico de estacas moldadas no terreno (com entubamento e extract;;ao do

terreno) tem-se:

Curso sabre Regras de Mediyao na Constfu<;:8o 59

Eslas eslacas sao

executadas par furayao

com enlubamento e

posleriormenle belonadas

no terreno. Para a furar;80

recorre-se a limpadeira,

Irt3pana, etc.

4 Como exemplo esquematico de estacas moldadas no terreno (sem enlubamenlo e com exlracyao

do terreno) tem-se:

7

Eslas estacas sao

executadas por furar;ao sem

entubamento e posteriormente

betonadas no terreno. Para a

furar;ao recorre-se a trado,

circula9.30 inversa, etc.

60 Curso sobre Regras de Medi9ao na Constru9ao

-------

5 Exemplo de medi~o

do comprimenlo de uma

eslaca inclinada (segundo a

seu comprimento real).

PLANTA

Curso sabre Regras de Mediyao na ConstrUl;:ao 61

6.2.3 Pegoes1

a) A mediyao sera realizada em m.

b) 0 comprlmento do pegao sera medido na vertical, na totalidade da parte

betonada.

c) As medic;:oes de peg6es serao individualizadas em rubricas pr6prias de acordo

com as suas principais caracteristicas, nomeadamente:

- secg80 dos pegoes2;

- secg8o, tipo e classe das armaduras;

- caracteristicas do betao;

- meios e condigoes de execuyao.

d) A medig30 do pegao compreende a escavagao, baldeagao de terras, COlOcay30

das armaduras, betonagem, carga e transporte a vazadouro e descarga das terras

sobrantes.

e) Sempre que for conveniente, as operac;:6es indicadas na aHnea anterior poderao

ser medidas em rubricas pr6prjas.

f) 0 escoramento e/ou entivayao sera sempre medido em rubricas pr6prias, pelas

regras indicadas no sub-subcapftulo Escoramento e entivat;ao do subcapftulo

Movimento de terras para infraestruturas3•

g) As bombagens4 serao sempre medidas em rubricas pr6pnas, de acordo com

regras que deverao ser devidamente descriminadas.

1 Os trabalhos de execuyaa de peg6es au funday6es em POyOS serao considerados neste capitulo

sempre que forem executados par empresas especializadas em funday6es especiais; caso contrario serao

considerados nos capitulos Movimento de Terras e HetOes, segundo as regras neles enunciados.

2 Este tipo de fundayao indirecta pode ter varias formas de secyao nomeadamente circular,

quadrada, rectangular, eliplica, etc. Atendendo a que se trata de um tipo de fundayao em que geralmente e

de execuyao manual, as suas dimens6es em planta deverao ser tais que permitam a execu9fiio dos

Irabalhos. Como exemplo de secy6es tem-se:

62 Curso sabre Regras de Medi~o na Constru~o

il""':' } 1 20 "1.60m~" -, mt1 _- 1:- __·.·._I"080m

Tipos correntes de seccao transversal

3Tal como foi referido no sUbcapitulo Principios de base, 0 medidor devera ter em consideray~o a

eventual necessidade do escoramenlo e da entivayao au apenas do escoramento sempre que, de acordo

com as caracteristicas do terreno, seja previsla a sua aplicayao. Devern asslm ser consideradas as

disposls:oes contidas no Decreta-Lei nO 155/95, de 1 de Julho, "Segurany3 e Saude a Aplicar nos Estaleiros

Temporarios au M6veis", (Transposiyao da Directiva nO 92/57/CEE de 24 de Junho de 1992) [311 e [11].

4 A medi9.3o das bombagens podera ser realizada segundo as regras seguintes:

- a instalarrao' do equipamento. a respecflva permanencia em obra e 0 tempo de

funcionamento serao medidos em rubricas pr6prias;

- a instalayao do equipamenlo sera medida em kW de palencia inslalada;

- a permanencia em obra sera medida em kWfdia:

- 0 funcionamenta sera medida em kWfhora.

as custos unitarias indicados nesta recomendayao deverao ser sempre apresentados nas proposlas.

Curso sobre Regras de Mediyao na Construvaa 63

6.3 Fundac<oes directas

6.3.1 Regras gerais

a) As medj~6es dos trabalhos serao realizadas de modo a ficarem individualizadas,

em sUbcapituJos proprios, as trabalhos de betao, cofragens e armaduras.

b) As caracteristicas a especificar ao betaa sao as referidas nas Regras Gerais

descritas no subcapitulo Betao, do capitulo Setao, Cofragem e Armaduras em

Elementos primar;os.

c) As caracteristicas a especificar para as Cofragens e Armaduras, sao as referidas

nos respectivos subcapitulos do capitulo Setao, Cofragem e Armaduras em Elementos

primar;os.

6.3.2 Protecr;ao de fundar;oes

a) A mediy3.o sera realizada em m 2•

b) A mediyao indicaf(~ a espessura da camada de betao para protecC(3o e

regularizac;ao da base de funda<;oes.

c) 5e existirem moldes laterais, a sua mediyao sera realizada em rubrica propria e

incluida em Cofragens de protecr;ao de fundar;6es do presente capitulo.

6.3.3 Enrocamentos e massames

a) A medic;ao sera realizada em m 2•

b) A mediyao indicara as caracteristicas e as espessuras das camadas de

enrocamento e de massame.

c) A mediyao engloba todas as operac;oes relativas a exeCu9.3a dos trabalhos de

massame, nomeadamente: preparay.3o do solo das fundayoes, enrocamento e betao.

d) Sempre que necessario as operayoes da aHnea anterior poderao ser separadas

em rubricas proprias, par exemplo 0 caso da medic;ao da preparayao do solo das

fundayoes podera ser incluida par exempJo nas rubricas relativas a Regularizaq-ilo e


compactaf;ao superficial em terraplenagens ou de movimento de terras para

infraestruturas.

6.3.4 Mums de suporte e paredes

a) A mediQao sera reaJizada em m 3.

b) A determinaQao das medidas para calculo das mediQoes obedecera as regras

seguintes:

- Os comprirnentos serao determinados segundo figuras geometricas

simples.

- As alturas, imediatamente acima das fundayoes, serao as distancias entre

as faces superiores das sapatas ou vigas de fundaQao e 0 nivel do tosco do

primeiro pavimento como se indica j.

- No caso da secQao transversal ser variavel, a mediyao podera ser realizada

a partir da secQao transversal media.

6.3.5 Sapatas e vigas de fundac;ao

a) A mediyao sera realizada em m 3•

b) No caso de sapatas isoladas com formas geometricas complexas a mediy8.o e

efectuada par decomposiyao em figuras geometricas simples. Para sapatas continuas

ou vigas de fundayao, 0 volume sera obtido multiplicando a area da secy8.o transversal

de cada troyo pelo respectivo comprimento. Os comprimentos dos troyos das sapatas

serao determjnados segundo figuras geometricas simples.

c) Para sapatas continuas, cuja secyao pode ser decomposta num rectimgulo e

num trapezio, serao de desprezar as diferenQas de volume resultantes da aplicayao do

metoda indicado na alinea anterior relativamente ao seu valor real.

d) No caso da seC\=ao transversal das sapatas continuas ser variavel, a mediy80

podera ser realizada a partir da secQao transversal media, tal como se exemplifica na

fjgura 4.

Curso sabre Regras de Medi~o na Canstru~o 65

1 Paredes entre a fundar;ao e primeiro piso

Sendo h (altura imediatamente acima das

funda0es) a distancia entre as faces superiores

das sapatas e 0 nivel do tro<;:o do 112 pavimento.

Refira-se ainda que, se adoptar 0 nivel do tosco do 1 12 pavimento como limite entre infraestrutura e

superestrutura, a medi<;:ao das paredes de betao abaixo deste nivel deve ficar incluida na rubrica de

infraestruturas_

2 Sapatas isoladas (quadradas)

o volume total da sapata e:

em que:

\~ =(--\1 +-\~ +J-'\I +A2)~

Esta formula da-nos exactamente 0 volume

do tronco de piramide de bases paraJelas, ao

contrario da formula mais empregada-

. ( ) h - hi\ = AI +1\2 --,-

que origina erros tanto maiores quanta maior for a

diferen<;:a de areas A1 e A2

J Quando as plantas do projecto indicam as medidas entre eixos, a aplica~o desta regra pode

facilitar 0 calculo da medi<;:ao.


CORTE x-xBel~o de protecQ~o

volume das sapatas nos troyos AB, Be e CD

Como exemplo, tem-se a determinayao do

Nos casas em que as cotas nao forem assim representadas, poder-se-a proceder como se indica na

ftgura (ver para mais pormenor 0 capitulo respeitante a Alvenarias), isto e, para que se tome possivel fazer

a revisao das medi¢es, deverao indicar-se sempre se as cotas sao exteriores (abreviadamente c. ext.), 0

que significa que tem como limite faces exteriores da alvenaria.

fe I

c @CD"

~

0

~

I"I b 1"IA

Parede 1-C '= d

Parede 1-A c:= b

Parade 1-8 c:= c (c. int.)

Parede 1-3 = e (c. in!.)

Parade 2-3 = f + h (c. ext.)

Parede 1-2 c:= 9 (c. int.)

- PAREDES EXTERIORES

- PAREDES INTERIORES

4 Refira-se que esta regra s6 e aplicavel quando, com a simplificayao das operay5es, se obtiverem

resultados muito aproximados dos valores corredos.

Como exemplo, na planta de fundayoes indicada na

figura, a trayo AS e de secyaa variavel, pelo que a seu

volume sera 0 produto do comprimento c1 (medido entre

eixos), pela area da seq:ao media (representada pelo corte

X-X) que neste caso e a secyao a meia distancia de A e 8:

Na medir;ao do tror;o EO esla regra nao pode ser

aplicada.

E

AI u' I B

Seccao tran$l.oer~~ T-Tmedia d,) tro.;:o~CORTE X-X

I b 13:


6.4 Cofragens de proteq:ao de fundac;;6es, massame, sapatas,

vigas de fundac;;ao, muros de suporte e paredes.

a) A mediy<3o sera realizada em m 2•

b) As medidas para a determinag8.o das medi90es sao obtidas das superficies

moldadas, considerando como limites dos elementos as indicados nos subcapitulos

anterio res.

68 Curso sabre Regras de Medi~o na Construyao

7. BETAo, COFRAGEM E ARMADURAS EM ELEMENTOS

PRIMARIOS

7.1 Regras Gerais

a) As medi~6es dos trabalhos de betao, betao armada e betao armada

pre-esfofc;ado serao realizadas de modo a ficarem individualizados, em sUbcapitulos

pr6prios, as trabalhos de betao, cofragens, armaduras e elementos pre-fabricados em

betao'.

b) As medigoes serao, em regra, ordenadas na rubrica reJativa a parte global da

obra designada par superstrutura2.

c) As medigoes serao discriminadas par elementos de construg<303.

d) As medigoes deverao indicar as referencias de identificagao mencionadas no

projecto para cada elemento de construg<3o, como ja foi referido na affnea anterior, de

forma a assegurar a coordenag<3o das pegas escritas e desenhadas e a permitir a sua

verificac;;3o.

1 A djscrimina~ao das medi~6es de cofragens e armaduras em rubricas diferentes das do betao e

essencial, na medida em que permite:

- A determina~ao mais precisa das quanlidades de materials (madeira de cofragem, prumos

de madeira au melalicos, var6es de a~o para armaduras, cimento, inertes, etc.) a utilizar na

execuyao da obra.

- A oblenyao mais correcta de on;:amentos, pois a incidencia relativa dos respeclivos custos e,

em gera!, muito diferenciada nas diversas partes constiluintes da superstrutura (pHares,

vigas, lajes, etc),

2 Em geral, podem definir-se como lrabalhos de superstrulura dum edificio as que sao execulados

acima do nivel superior do tosco do primeiro pavimento. Ver nola da alinea b) das regras gerais do

capitulo anterior.

3 Em regra, devem ser os definidos nas pe~as escritas e desenhadas do projecto (pilares, lajes.

vigas, etc,) e devem ser identificados nas mediy5es segundo as mesmo simbolos ou c6digos utilizados no

projecto.


7.2 Betao

7.2.1 Regras Gerais'

a) Ver tambem regras gerais do presente capitulo.

b) As medi90es serao realizadas de modo a fica rem individualizados as trabalhos

de betao2 relativQs as seguintes rubrica~:

- betao armada;

- betao armada pre-esfor~do;

- Qutros bet5es, nomeadamente os bet5es celulares autoc1avados, os de

agregados leves, etc.

c) Cada rubrica das medi96es sera decomposta, de preferemcia, de acordo com as

diferentes caracterfstic8S4do betao indicadas no projecto designadamente:

- classes de resistencia e qualidade5:

- classes de exposir;ao6;

- Qutras caracteristicas exigidas pelo projecto, tais como maxima dimensao

dos inertes, consistemcia, relayao aQua ligante e Qutras particularidades de

composiya07;

- condiyoes de colocayao8.

d) As medidas para calculo das medi90es serao obtidas a partir das formas

geometricas indicadas no projecto. No entanta nao seraa deduzidos:

- os volumes das armaduras, ordinarias ou de pre-esfor90 (incluindo as

bainhas);

- as volumes correspondentes a reentrancias ate 0,15 m de comprimento do

perfil de cada reentrancia e as volumes correspondentes a chanfros ate

0,10 m de comprimento do respectivo perfil sem chanfro9.

- os volumes relativos a aberturas, cavidades au fura90es existentes nos

elementos de constru930 iguais au inferiores a 0.10 m3 como se exemplifica

na figura 10.

70 Curso sabre Regras de Mediyaa na Canstruyao

e) A medi<;ao engloba todas as opera<;5es relativas aexecUl;ao dos trabalhos de

betao, nomeadamente: fomecimento e transporte de materiais, prepara<;ao, carga,

transporte, coJoca<;ao em obra, compacta<;ao (vibra<;ao) e cura.

f) Sempre que necessaria, as opera<;5es da alinea anterior poderao ser separadas


1 Nos termos do nO 1 do artigo 1° do Decreto-Lei 330/95 de 14 de Dezembro, a produv8.o, colocayao

em obra e verificav80 da conformidade dos beloes de lIganles hidraulicos devem obrigaloriamente satisfazer

as condiV6es estabeJecidas na Norma Portuguesa NP ENV 206 "Setao. Comportamento, produyao e

crilerios de conformidade~. Esla pre-norrma europeia que sera substituida muito provavelmenle em

1998/1999 pela norma definiliva EN 206, revogou a Regulamento de Setoes de Ugantes Hidraulicos (RBLH)

e a Cademo de Encargos para 0 Fornecimento e RecePvao das Pozolanas. estabelece alteravoes

significativas nas designar;:6es dos beC6es que 0 meio lecnico nacional tem vindo a ulilizar.

Na NP ENV 206 a especificav80 do belaa e considerada de urna forma em que sao descriminadas as

caracteristicas que podem ser objeclo de especificav80 para duas situavoes dislintas·

- Bet6es de cornportamenta especificado:

- Bel6es de com pasiv.30 prescrita.

Para os de comportamento especificado, quem encomenda indica as caracterislicas de

comportamento pretendidas para 0 betae. e 0 produtor responsabiliza-se pela satisfayao das caracterlsticas

eXigidas. tendo a liberdade de escolher a composic;ao adequada. Os elementos base a especificar sao:

- Classe de resistencia:

- Maxima dimensao do inerte;

- CJasse de exposiv80;

- Cia sse de consislenda.

Para os de composivao prescrila, quem encomenda indica a composiv80 que prelende, e 0 produtor

responsabiliza-se pelo fabrico da composiv8o mas sem qualquer responsabilidade pelo seu desempenho.

Os elementos base que devem ser indicados sao:

- Dosagem de cimento;

- Tipe de cimento e c1asse de resistencia:

- Classe de consistencia ou relayao Agua/Cimento:

- Tipos de inerte:

- Maxima dimensao do inerte e sua granulometria:

- Tipo de dosagem de adjuvantes e adivoes:

- Origem dos constiluintes, usando adjuvantes ou adivoes.

Embora tendo em consideraqao que cada rubrica das mediyoes devera ser decomposta. de

preferencia. de acordo com as diferentes caracteristicas do betao indicadas no projecto, as mediyoes devem

no entanto, sempre que passive!, ter em consideravao eventuais prescril?5es dos cadernos de encargos, pois

podem originar diferentes custos, bem como exigir caracteristicas tecnicas especlficas para os elementos de

construyao a betonar

Curso sobre Regras de Medivao na Constru~o 71

;/ Saliente-se ainda que. em geral, este capitulo s6 se refere a beloes de ligantes hidrauJicos pais os

betoes de beluminosos, em gerar, aplicam-se em revestimentos de pavimentos terreos e portanto devem ser

inclu idos no respectivo capitulo.

3 Refira-se que, a individualizayao dos betoes em grupos pr6prios justifica-se, par terem de satisfazer

condi95es de resist€mcia, de forma e de aspecto e condiyaes de execuyao que implicam custos diferentes.

as elementos pre·fabricados em betao, incluindo os respectivos moldes e armaduras, sao medidos segundo

regras pr6prias.

4 a custo dos betoes e estabelecido, geraJmente, de acordo com as respeclivas composir;oes

(natureza e dosagem dos componentes, em particular os tipos de cimento), meios de fabrico, condir;oes de

aplicar;<3o (transporte, colocayao, compaclayao e cural e classes de exposiyao dos elementos a belonar,

peio que interessaria conhecer estes dados ao fazer a mediyao.

No entanto, as projectos indicam apenas as caracterislicas finals de resislencia mecanica e

durabilidade e nao estabelecem a composiyao dos betoes que deve ser estudada no inicio da execur;ao da

obra, A medir;ao do projecto sera elaborada de acordo com as caracteristicas referenciadas no projecto,

mas dado que para as mesmas caracteristicas finais podem corresponder composir;oes diferenles, sempre

que possivel, devera ter-se em alenc;:ao as informayaes ja exislentes, e as condic;:oes particulares de fabrico,

transporte. cOlocar;ao, compactac;:ao e cura, entre outras,

S Para as beloes de comportamente especificado, 0 elemente base a especificar e a c1asse de

resistencia As classes de resistencia definidas pela NP ENV 206 dizem respeito a ensaios realizades em

cubos com 15 cm de aresta au em cilindros de 15 x 30, sendo as designar;5es constituidas pela letra C

seguida da classe de resislencia em cilindros de 15x30 e em cubos de 15 cm de aresta (p, ex, C20f25)

A equivalencia (em MPa) enlre a resistencia determinada em cubos de 20 e de 15 cm de aresta e'

I Cuba de 20 I Cuba de 15 I Cilindro 15 x 30 I15 15 1220 20 1625 25 2030 30 2535 37 3040 45 3545 50 4050 55 4555 60 50

Para os de composir;ao prescrita, quem encomenda indica a composiyao que pretende, e 0 produtor

responsabiliza-se peJo fabrico da composic;:ao mas sem qualquer responsabilidade pelo seu desempenho.

as elementos base que devem ser indicados sao:

- Dosagem de eimento, lipo e ciasse de resiscencia:

- Classe de consiscencia ou relar;ao Agua/Cimento;

- Tipos de inerte;

- Maxima dimensao do inerte e sua granulametria;

- Tipo de dosagem de adjuvantes e adir;oes;

- Origem dos constituintes, usando adjuvantes au adit;6es,

72 Curso sobre Regras de Mediyao na Construc;:ao

AS ripos de cimento, estaa caracterizados nas seguinles narmas portuguesas:

- NP 2064 - "Clmentos. Definil(oes, composiyao, especifical(oes 8 criterios de conformidade",

que foi objecto da Emenda 1 - 1995;

- NP 2065 - "Cimentos. condiryaes de farnecimento e recepyao";

NP 4326 - "Cimenlos brancos. Composiyao. lipos, caracteristicas e verificayao da

confonnidade".

Na NP 2064 definem-se 4 tipos basicos de cimento portland (I, II, III e IV), sendo para cada um

associadas caracteristicas especlficas e pr8l(os diferenles, e cujas caracterislicas e designal(oes sao:

Designa«;ao ripo Clinquer portland Classes de reslstencia(%) (MPa)

Portland I 95 a 100 32.5 a 42.5; 32.5R a 52.5RPortland comDOS(O II 65 a 94 32.5 a 42.5; 42.5R a 52.5RPortland de escaria 11-8 65a 94 32.5 a 42.5; 42.5R a 52.5RPort/and de Dozolana II-Z 72 a 94 32.5 a 42.5; 42.5R a 52.5RPortland de cinzas vo/ames II-C 72a94 32.5 a 42.5; 42.5R a 52.5RPorrland de filer Il-F 80 a94 32.5 a 42.5', 42.5R a 52.5RDe alro-fomo '" 20a 64 32.5 a 52.5RPozoltmico IV >60 32.5 a 42.5; 42.5R a 52.5R

As classes de resistencia sao definidas pelo limite inferior da resistenc;a aos 28 dias, e a letra R

quando existir, significa que tem resistencias iniciais mais altas aas 2 dias, para igual resistencia aos 28

dias

A designa<;20 dos cimentos e constituida pelo tipo e dasse de resist€mcia, tendo-se como exemplos

IV 32,5; I 42.5R, II-C 32,5

Embara tendo em consideral(ao que cada rubrica das medi0es devera ser decomposta, de

prefer€mcia, de acorda com as diferentes caracteristicas do betao indicadas no projeclo, as medil(oes devem

no entanto, sempre que possivel, ter em consideral(ao eventuais prescril(oes dos cadernos de encargos, pais

podem originar diferentes custos, bem como exigir caracteristicas tecnicas especificas para os elementos de

construl(ao a betonar,

Quanta aconsislencia, a NP ENV 206 introduziu classes que facililam a especificayao ou encomenda

do betao em funyao dos metodos de ensaio utilizados para a sua mediyao. As classes sao:

Classes de abaixamento Classes VebeClasse Abaixamento em mm Classe Veoo em senundos

81 10 a 40 VO > 3182 50 a 90 V1 30 a 2183 100 a 159 V2 20 a 1184 ;;> 160 V3 10 a 5

V4 <4

Classes de com actalf:ao Classes de espalhamentoClasse Grau de com actabilidade Classe Diametro de espalhamento ( mm)

co > 1,46 F1 <340C1 1,45a1,26 F2 350 a 410C2 1,25 a 1,11 F3 420 a 480C3 1,10a 1,04 F4 490 a 600

Curso sobre Regras de Medit;aO na Construyao 73

6 As classes de exposu;ao sao estabelecidas na NP ENV 206 em fun~ao do tipo de ataque e

respectivas consequencias para 0 betao e respectivas armaduras (carbonatayao e c1oretos), estabelecendo

se exigencias de valores limite para dosagens minimas de ligante, maxima razao agualligante e tambem

uma classe de resistencia minima. Estas exigencias devem ser satisfeitas simultaneamente.

Como exemplo, as classes de exposiyao relacionadas com a deleriaral(ao do betao por corrosao das

armaduras devido a carbonala<;:ao, sao (E 378 - guia para a utiliza<;:ao dos ligantes hidraulicos):

EC1 - Ambientes secos (raramente humidos), com HR < 45%, como por exemplo no interior

de edificios ou Qutras estruturas em ambiente seco;

EC2 - Ambientes humidos (raramente secos), com HR > 85%, como par exemplo em partes

de estruluras de reten<;:80 de agua ou em funda<;:6es;

EC3 - Ambienles com humidade moderada (raramente humidos), com 45% < HR < 85%,

como por exemplo no betao protegido das chuvas e nao sujeito a condensayao.

EC4 - Ambientes com dclos de molhagem/secagem, como par exemplo betao em contaclo

com aQua (par exemplo da chuva) au sujejto a condensayao.

Como exemplo (ver restantes classes da Especifica<;:ao LNEC 378), as exigencias de composiyao

sao:

Classe de Dosagem minima de Maxima razao Ale Classe de resistencia minimaeXDosi<;ao liaante (kafm1

EG1 260 0,65 C20/25EG2 280 0,60 C25/30EG3 300 0,60 C28/35EG4 320 0,55 C28/35

7 Nos casos de bel6es especiais podem lambem ser consideradas outras caracleristicas de

interesse, como as enunciadas nesla alinea, e oulras. como por exemplo: permeabilidade, f1uE1Ocia,

capacidade de absoryao, etc.

8 lncluem a compactayao e cura. Refira-se que essas condiy6es, podem originar rubricas

individualizadas nas mediy6es, sempre que se verificar uma diferenciayao nitida com as custos correnles

dos betoes como por exemplo nos casos seguintes:

- betao em elementos de construyao com forma geometrica complexa

- batao em zonas submersas;

- betao em grandes massas

9 Exemplos de reentrancias e chanfros:

74 Curso sabre Regras de MediyAo na Construyaa

Exemplo de reentrinCi<J E)(emplo de chanfro

Comprimenlo do perfil = 8+2x3=14 cm.

Chanfro de 7 em (7~ := 5~ + 52).

.. ",""..~

, ,,

",~~~N

,",

10 Para que 0 volume da fura~ao, relaliva a colocagao duma

1ubagem no interior da pilar, nao seja deduzido, e necessario que

o volume eorrespondenle a eada tror;;o do pilar entre faces

superiores das lajeS de anda~es adjaCentes seja inferior a 0,10 m3,

ista e:

EJj,..., ~I.•.- =t........-

De igual modo, no caso de abertura numa parede nao se

fara a deduyao do volume correspondente se:

Curso sobre Regras de Medir;ao na Construr;ao 75

7.2.2 Paredes

a) A medi<;3o sera realizada em m3•

b) A determina<;3o das medidas para calculo das medi90es obedecera as regras

seguintes:

- Os comprimentos serao determinados segundo figuras geometricas

simples.

- As alturas serao determinadas entre as faces 5uperiores das lajes au das

vigas de betao1,

- No casa da secyao transversal ser variavel, a medi<;ao podera ser realizada

a partir da secyao transversal media.

1 Paredes entre lajes au vigas

Como exemplo, sendo h1 a distancia entre as

faces superiores das lajes au das vigas de betao,

tem-S8.

V j =2 x(c 1 +( 2 ):.<11 1 xc


7.2.3 Lajes macit;as

a) A medi930 sera realizada em m 3.

b) A determina9ao das medjdas para 0 calculo das medi90es obedecera a regra

seguinte:

o comprimento e a largura serao determinados entre as faces das vigas,

linteis, pilares e paredes entre as quais as tajes se inserem 1.

1As dimensoes de superficie das lajes sao

delerminadas entre as faces das vigas principais

e secundilTias onde estao inseridas.

Exemplo:

Quando as lajes S8 apoiam em paredes

que nao sao constituidas por beUlo armada, deve

considerar-se na mediyao a parte da laje

encastrada na parede.

DIEI·c·,~H-c-'~D ~

Ij[-c-JINa medi~o das lajes fungiformes serao deduzidas as areas correspondentes aos capiteis, que sao

medidos com as colunas ou pilares.

Curso sabre Regras de Medj~ao na C"nstru~ao 77

7.2.4 Escadas

a) A medi<;ao sera realizada em m J.

b) Nesta rubrica, sera incluida a medi<;3o de lodos os elementos que constituem as

escadas, nomeadamente patins, patamares, lanyos de degraus e cortinas das guardas1•

c) Sempre que necessaria, as elementos da aHnea anterior poderao 5er separados


d) A determinac;:ao das medidas e das unidades para 0 calculo das medic;:6es

obedecera as mesmas regras dos elementos de constrU9<3o equivalentes aos das

escadas.

I No exemplo nao S8 considerou a mediyao dos patamares, que e incluida na das !ajes dos

pavimentos, e mediram-se separadamenle as lanyos de degraus e 0 patim.

Como exemplo de calculo tem-S8 :

Patim

l=f:lY'ZX("}

au, sendo No numero de degraus:

~f-_--"-C1-'-----__--",c",,-2-tf----;--

[ ,. -, J]X"I+~_ [ "I\ _;'Y. --x'_1

ros a

Lan90S de degraus:

(

ex(p 1 x, P, JJV 2 x _,_ x [ x ('1 + IV x t

cos a 4 4


7.2.5 Pi/ares e montantes

a) A medi~o sera realizada em m 3,

b) A determinac;ao das medidas para 0 calculo das medic;oes obedecera as regras

seguintes:

- As alturas serao determinadas entre as faces superiores das lajes ou das

vigas de betao;

- As alturas, imediatamente acima das funda90es, serao as distflncias entre

as faces superiores das sapatas ou vigas de fundalYSo e 0 nivel do tosco do

primeiro pavimento;

- No caso da secc;ao transversal ser var;avel, a medic;ao podera ser realizada

a partir da secc;ao transversal media2,

1 Sendo h1 a disUi.ncia entre as faces superiores das Jajes ou das vigas de betao, e h2 a altura

imediatamenle acima da fundatyao (d'istancia entre as faces superiores das sapalas e 0 nivel do toseo do 12

pavimento), lem-se:

Ate ao nivel do 1Q pavimenlo:

001 2 pavimento ao 22 pavimento:

Reflra-se ainda que se adoptar como limite enlre infraestrutura e superestrutura 0 nivel do loseo do

12 pavimenlo, a medi<;ao dos tro90s dos pilares abaixo deste nivel deve flear ineluida na rubrica de

infraestruras.

2A mediyao de pilares de secyao variavel s6 pode ser realizada a partir da secyao transversal media,

quando 0 valor assim obtido for muito aproximado do correclo,

Curso sobre Regras de Medir;ao na Conslrutyao 79

Seeyao transversal media, seeyao do pilar a meia

distancia entre os seus extremos:

V=axbxh

~~L,je--+Viga

Corte X-X

Como exemplo em que esta regra nao e aplieavel, eonsidera-se e case de um pilar com capitel numa

laje fungiforme:

Corte X-X

sende:

80 Curse sabre Regras de Mediyae na Construyae

7.2.6 Vigas, Iinteis e cintas

a) A medic;ao sera realizada em m3.

b) A determinac;ao das medidas para 0 calculo das medic;oes obedecera as regras

seguintes:

- Os comprimentos serao determinados segundo formas geometricas simples,

definidas pelas faces dos pilares ou das vigas que interceptam as vigas,

linteis ou cintas 1.

- No caso da secc;ao transversal 5er variavel, a medic;ao podera ser realizada

a partir da secC;3o transversal media2.

c) A mediC;3o dos volumes incorporados na espessura das lajes sera incluida na

mediC;3o do betao das vigas, linteis e cintas.

h

~j c ~

•~

c (comprimento), e a distancia enlre as

faces dos pilares au das vigas que intereeplam

as vigas.

b (Iargura), e a medida indicada no

projeeto.

h (altura), e a distimcia entre 0 plano inferior da

viga e 0 seu plano superior (incluindo a espessura da

laje),

Para ambos os casas tem-se que:

Saliente-s8 ainda que se a viga e apoiada em paredes ou pilares constituidos par materiais diferentes

do betao. a parte encastrada sera medida peJo seu valor efectivo.

~ Saliente-se que. como ja fai anteriormente referido para os pilares. esta regra s6 e ap/ieavel nos

casos em que os valores assim caleulados sejam equivalentes aos correctos.

Cursa sobre Regras de Medir;:ao na Constru~o 81

No exemplo. e mais correcto fazer a mediryao segundo

as formas geomelricas do projecto, tendo-se assim:

82 Curso sabre Regras de Mediryao na Canstru~o

7.2.7 Esclarecimentos

1 - Os elementos de construgao para os quais se defrnem as regras de

medigao constituem os mais representativos na construgao de edificios.

2 - Para outros elementos, as regras de medigao aplicaveis sao, em geral,

identicas as que foram mencionadas.

3 - Sempre que nao seja exequivel esta aplicayao, poderao ser defrnldas

regras especifrcas para outros elementos de construg<3o.

4 - No caso da alinea anterior, as medigoes deverao discriminar as regras

que forem adoptadas, de forma a evitar ambiguidades na determina9ao

das medidas e no calculo das medi90es e a permitir a sua verificagao.

Cursa sabre Regras de Medityao na Canstrutyao 83

7.3 Cofragens

7.3.1 Regras gerais'


b) As medi90es serao realizadas de modo a ficarem individualizadas, em rubricas

proprias, os trabalhos relativos a cada especie de cofragens nomeadamente as

seguintes:

- cofragens correntes2•

- cofragens especiais - (por exemp[o, cofragens para betao com superficies

vistas, cofragens com formas complexas, moldes em juntas de dilata930 e

outroS)3.

c) Cada rubrica de mediy30 sera decomposta, de preferencia, de acordo com as

caracterfsticas das cofragens, nomeadamente:

- natureza dos materiais4 (madeira, metalicos ou Qutros);

- cOl'ldiyoes particulares de execuyao5.

d) As cofragens perdidas deverao ser medidas em rubricas pr6prias.

e) As medidas para determinac;::ao das medic;::5es serao obtidas a partir das formas

geometricas das superficies de moldagem indicadas no projecto Nas lajes e vigas com

inclinayao superior a 15° devera tambem considerar-se a moldagem das superficies

superiores.

o As deduc;::5es relativas a aberturas6 a executar nos moldes, s6 serao

consideradas quando a sua area for superior a 0,50 m 2 como, por exemplo, nos casos

seguintes

- aberturas existentes nos elementos de construc;::ao;

- atravessamentos de tubas, cabos ou condutas;

- intersecc;6es de vigas com paredes, e de vigas secundarias com vigas

principais.

g) A medic;::ao engloba todas as operac;::6es relativas a execuc;::ao dos trabalhos de

cofragens nomeadamente fornecimento e transporte de materiais, fabrico, montagem,

desmontagem, carga, transporte, descarga, reparac;::6es e limpezas 7

h) Sempre que necessario, as operac;::oes da aHnea anterior poderao ser separadas


84 Cursa sabre Regrasde Mediyaa na Canstruyao

i) Os elementos de constrw;:ao8 a considerar, serao os mesmos que forem

indicados nas medi<;:6es de betao. As medi<;:6es correspondentes a cada tipo de

elemento serae feitas separadamente, em rubricas pr6prias.

j) A medi<;:ao des escoramentos e cofragens para a executyao das lajes aligeiradas

sera incluida na medityao destes elementos como sera descrito nessa rubrica 9 (alineas e)

e 0 de elementos prefabricados de betao ).

10 termo cofragem usa-se, em linguagem vulgar, para designar os moldes (dispositivoS destinados a

canter e dar forma as massas de betao e as estruturas de suporte dos moldes (escoramentos, cavaletes,etc).

Quando estas estruturas se destinam a suportar elementos de grande vao, construfdos a grande altura do

soto, sao denominadas dmbres.

2 As que sao executadas em madeira de pinho, sem exigencias especiais de acabamento das

superficies moldadas, aplicadas em elementos com superficies planas, de desenvolvimento rectilineo. Em

edificios, pode considerar-se que a altura corrente dos escoramentos nao ultrapassa 4 metros,

3 A discriminar,;:ao das cofragens especiais tern de ser fundamentada nas condiyoes de execuyao

previstas no projecto mas, a titulo meramente indicativo, podem indicar-se as condir,;:oes seguintes

- exigencias especiais de acabamento das superficies moldadas como par exemplo, as moldes

para superficies de betao aparente ou para superficies a revestir com acabamentos de

pequena espessura;

- moldagem de superficies nao planas, como por exemplo, superficies curvas, superficies com

recortes, reentrancias, molduras, elc,:

- escoramentos com altura superior a 4 metros au com pes dlreitos pouco correntes, como,

par exemplo, p6rticos de naves industria is, arcos, etc.;

- condir,;:oes especiais de desmoldagem que exijam disposiy6es especiais de seguranr,;:a au a

inulilizar,;:ao dos moldes.

Salienta-se que, cadernos de encargos-tipo elaborados no LNEC [4], consideram tres classes de

acabamento designadas por A 1, A2 e A3, para as superficies desmoldadas de betao:

Classe A 7: Superficies em contacto com 0 terreno au com macir,;:os de beUlo. Elementos de

fundar,;:ao, moldados em obra.

Classe A2: Superficies que se destinam a revestimentos com argamassa ou que, nao tendo

qualquer revestimento, ficarao permanenlemente ocultas,

CIasse A3: Superficies de betao aparente ou com revestimentos muito delgados,

4 As rubricas das medir,;:oes devem fazer referencia as caracteristicas dos maldes e a natureza dos

materiais prevjstos no projecto Se 0 projeclO for omisso (em regra, nestes casas, "compete ao empreiteiro a

elaborayao do prolecto de moldes e cimbres, incluinda os dispositivas de desmoldagem e de

descimbramento"[4J) quanta a estes elementos, as mediy6es deveraa prever para as cofragens as lecnicas

mais usuais de execuyao.

Curso sabre Regras de Mediyaa na Construyaa 85

S Constituem em geral urn factor para a individualizagao das rubricas de medigao Quando originam

custos diferentes das cofragens, nomeadamente nos casos seguintes:

- numero de uliliza9Qes das cofragens: a repeti~o, em elementos de conslruyao iguais,

origina 0 melhor aproveitamento dos materiais e aumenta 0 rendimento da mao-de-obra;

altura dos escoramentos'. em ediflcios, os pes direitos superiores a 3,60 m podem

considerar-se pouco correntes e. por isso, nestas condi90es, as cofragens tern, em regra,

custos mais erevados.

- as cofragens de superficies inclinadas, elementos com supeliicies curvas, areas e ab6badas,

devem em geral, ser individualizados em rubricas pr6prias, pois os custos respectivos sao

diferentes das restantes cofragens.

6 Esta regra destina-se a facilftar a elaborayao da mediyao, de modo a deduzirem-se apenas as

aberturas ou cortes signifjcalivos na continuidade da cofragem. Claro que a execu9aO da abertura na

cofragem representa normalmente urn encargo maior pois a area de cofragem Que se retira e geralmenle

disperdi9ada, esle encargo devera portanlo ser tornado em conta no pre90 unitario de cofragem.

7 Refira-se ainda que nestas operay6es tambem sao incluidos os tratamentos com pradutos Que

facililam a desmoldagem e que impedem a aderencia do betao au que melhoram 0 acabamento das suas

superficies. E habilo de alguns medidores incluir na medi9ao da cofragem a salpisco de argamassa de

cimento e areia nas superficies de betao 0 qual se destina a melharar a aderencia do reveslimento de

argamassa Claro que sera de evilar esla procedimento nos casos em que este trabalho nao for realizado

pelo mesmo empreiteiro Que executa as cofragens.

6 Em regra, devem ser os definidos nas peyas escritas e desenhadas do projecto (sapatas, pilares,

lajes e vigas etc,) e devem ser identificados nas mediyoes segundo os masmo simbolos ou c6digos

ulilizados no projecto.

9 e) A mediiYtiio engloba todas as operayoes relativas a execuyao dos trabalhos das lajes aligeiradas,

nomeadamente 0 fornecimento e transporte de elementos e de materia is, - vigotas prefabricadas, blocos de

cofragem, betao da laje superior (Iajeta), betao das nervuras transversais (tarugos), betao das zonas

maciyas, moldes e cimbres - carga e descarga, montagem e colocayao em obra, cofragem, escoramento,

compactay80 (vibrayao) e cura do betao, Saliente-se ainda que as armaduras de compressao serao

medidas segundo regras pr6prias e inclufdas no sub-capitUlO relativo a armaduras.

f) Sempre que necessaria, as opera90es da alfnea anterior poderao ser medidas separadamente em

rubricas pr6prias. Neste caso 0 assentamento do conjunto des vigotas e dos blocos seda medido em m 2,

incluindo a cofragem e a escoramen/o e 0 betao da lajela e, as zonas maciyas, segundo as regras do sub

capitulo relativa a Lajes mac;t;as.

86 Curse sobre Regras de Mediyao na Constru~o

7.3.2 Cofragens de paredes, cortinas e palas, Jajes maclt;as, escadas,

pi/ares e montantes, vigas, linteis e cintas

a) A medigao sera realizada em m 2.

b) As medrdas para a determinagao das medigoes sao obtidas das superficies

moldadas, considerando como Iimites dos elementos os indicados na rubrica betAo.

c) Em escadas as cofragens destinadas a moldagem dos degraus serao medidas

em separado.

7.3.3 Juntas de dilatar;iio

a) A medigao dos moldes (cofragens) perdidos necessarios a execugao das juntas

de dilatagao sera realizada em m, indicando a natureza do material e a sua espessura.

b) As solugoes especiais de ligagao au encaixe obtidas por cofragem serao

medidas em m.

c) A medigao dos vedantes ou empanques e das juntas1 metalicas de vedagao au

refechamenta de juntas, regra geral, sera realizada em m.

1 Saliente-se que, os casos especiais de veda9ao de Juntas em coberturas sen30 considerados no

capitulo Revestimenros de Coberturas IncJinadas. ou no capitulo Isolamenlos e Impermeabilizacoes, para a

caso de terra90s,

Curso sobre Regras de Medit;a:o na Constru~o 87

7.4 Armaduras

7.4.1 Regras gerais


b) As medigoes das armaduras serao realizadas de modo a fica rem

individualizadas em rubricas pr6prias1, as trabalhos relativQs aDs diferentes tipos de

agos2 utilizados em armaduras, nomeadamente em:

- var6es;

- redes electrossoldadas;

- perfilados;

- armaduras para pre-esforgo.

c) Cada rubrica das medigoes sera decomposta, de preferencia, de acordo com as

caracteristicas gerais das armaduras indicadas no projecto, nomeadamente as de

natureza regulamentar e das condic;:oes de aplicac;:ao.

d) As medidas para determina9ao das medi90es serao obtidas a partir das formas

geometricas3 indicadas no projecto. Refira-se que esta regra destina-se a facilitar 0

calculo das medig6es e esta de acordo com 0 criterio adoptado ja em casos

semelhantes.

e) As percentagens para quebras, para desperdicios OU para sobreposi96es,

quando estas nao estiverem assinaJadas no projecto, serao previstas nas composi<;5es

dos custos, como foi justificado na nota da alinea anterior.

f) A medigao engJoba todas as operag6es4 reJativas a execuy30 dos trabalhos de

armaduras, nomeadamente fornecimento e transporte de a<;os, dobragens, armagoes,

Iigayoes, emendas, carga, transporte, descarga e coloca<;ao em obra.

g) Sempre que necessario, as opera<;:6es da alinea anterior poderao ser separadas

em rubricas proprias 5

h) Os elementos de construg3o a considerar em cada projecto, nas medig6es de

armaduras, serao os mesmos que foram indicados nas medigoes de betao.


1 A individualizayao das rubricas das medi90es de acordo com os diferentes a90s utilizados tem as

vanlagens seguintes:

- possibilita 0 calculo dos custos dos diferentes a90s;

- facilila a encomenda e aquisil;:ao dos diferentes a90S durante a execuyao da obra.

A ardenayao das medi90es de armaduras deve ser, sempre que possiveJ, semelhante a adoptada na

mediyao do betao e das cofragens e, par esta razao, as rubricas respectivas del/em ser agrupadas de

acordo com os conjuntos seguintes:

- partes globais da obra:

- trabalhos de infraestrutura;

- lrabalhos de superstrutura;

- diferentes lipos de trabalho:

- betao armado;

- betao pre-esforr;ado;

- outros betoes;

- elementos de constru9ao.

Considera-se outros be16es, quando sao utilizadas redes de a90 au de outros materiais (par exemplo,

redes de arame zincadoj como armaduras de revestimentos, a sua medir;ao sera incluida nas rubricas de

medi9ao destes reveslimentos.

2 Os lipos de armaduras utilizadas para os diferentes tipos de betao (betao armada, betao pre

esfor9ado e betao armado pre-esfor9ado) eslao caracterizados nos artigos 21 a 29 do Regulamenlo de

Estruturas de Belao Armado e Pre-esforyado (REBAP) [5J, sendo neles salienlado pormenarizadamente a

caracteriza~o dos diferentes tipos de ayo de armaduras ordinarias e de pre-esfon;:o, nomeadamente, as

earacteristicas mecanicas, geometricas, de fabrico, a aptidao aos diferentes tipos de soldadura, etc,

3 0 medidor, tanto quanta possivel, deve limitar-se a fazer a medir;ao com base nas informayoes

indicadas no prajeeto, de modo a reduzirem-se as poss/veis interpreta90es diferenles de empreileiro para

empreiteiro, pois eslao sujeitas as lecnieas construtivas adoptadas por cada um, Oeste modo devera medir

apenas as quanlidades de armaduras indieadas no projeclo, isla e, as quebras e as sobreposiyOes (quando

nao indicadas nos desenhos) serao tidas em conla no caleulo dos preyos compostos, sob a forma de

percentagens

4 As operayoes indicadas S80, em regra, as mais correnles, mas quando 0 projecto preveja a

realizayao de aulros trabalhas, estes devem ser incluidos nos preyos unilarios como par exemplo, os'casos

seguintes'

- dispositivos metalieos de amarra9ao ou solidarjzayao dos elemenlos de betao;

- espayadores e conjuntos especiais a ulilizar na montagem das armaduras

5 Esla separar;ao sera, em regra, recomendavel quando 0 projecto indiear, para algumas das

operayoes, eondiyoes de execur;ao que introduzam allera90es importanles nos processos correntes de

constrUyao.

Curso sobre Regras de Medi980 na Construyao 89

7.4.2 Aq-o em varao 1

a) A medigao sera realizada em kg;

b) A determinagao das medidas para 0 calculo das medigoes obedecera as regras

seguintes:

- Os comprimentos serao determinados em m e convertidos em kg, de

acordo com a massa nominal dos varoes.

- Os comprimentos serao medidos tendo em consideragao os levantamentos,

os ganchos de amarra980 e as sobreposiy6es, quando estas estiverem

assinaladas no projecto.

- As emendas de varoes, por soldadura electrica au par Iigag6es roscadas,

serao medidas aunidade (un).

c) A medigaa de cada diametro nominal sera individualizada em rubrica pr6pria 2.

1 Neste subcapitulo ah~m dos var6es simples, consideram-se incluidos os conjuntos pre-fabricados

de var6es e outros lipos de varoes de sec<;:aa nao circular. Regra geral eslas armaduras sao designadas par

armaduras ordinarias e como fai referido nas regras gerais devem ser caracterizadas quanta a:

1 - Caracterislicas mecanicas, de adere!ncia e processo de fabrico;

2 - Caracteristicas geometricas;

3 - Soldabilidade do ayo;

4 - condiyoes de aplicayao.

Quanta ascaracterist;cas mecanicas, e a lensao de cedencia para os a<;:os cujo processo de fabrico e

laminado a quente (simbolo N) e, tensao limite convencional de proporcionalidade a 0.2% para os ayos

endurecidos a fria (simbolo E) (por toryao, tracyao, trefilagem, ou laminagem a frio).

As caracteristicas de aderencia sao fun<;:ao da configurayao da superficie, isto e, lisa (simbolo L) ou

rugosa (simbolo R) (nervurada ou deformada)

As caracteristicas geomerricas das armaduras ordinarias do tipo corrente, sao formadas par var6es

redondos simples au conslituindo redes elecrosoldadas. As dimens6es dos var6es A235 NL (diametros e

massas nomina is dos varoes) sao especificadas na NP-332. Os diametros e massas nominais das restantes

armaduras e das que nao sejam c1assificadas como de lipo corrente sao, em geral, estabelecidos nos

respectivos documentos de classifica<;:aa au homologayao.

Segundo 0 REBAP eslao caraclerizadas as seguintes designa<;:oes para armaduras corremes:

- A235 NL; A235 NR;

- A400NR; A400 ER; A400 EL;

- A500 NR; A500ER;

- A500 EL s6 sob a forma de redes electrossoldadas

90 Curso sobre Regras de MediC:§o na Construyaa

Salienta-se ainda que 0 emprego de armaduras ordinarias, com exceP9ao das de a90 A235NL,

necessitam de previa classifica9ao au homologayao efectuada pelo lNEC e que devem ainda possUir

marcas indeleveis que permitam a sua facH idenlificayao em obra, sendo assim muito importante a

caracterizayao descrita.

Quanta asoldabilidade do ayo, salienla-se que regra geral, todos os aVOs devem ser soldaveis pelo

processo de soldadura electrica tapa a lopo, com projecyao de particulas. Porem, para a sofdadura pelo

processo de arco eleclrico com metal de adiyao, que e 0 processo mais utilizado para soldar var5es em

obra, a aptidao dos diferentes tipos de avo e mais diferenciada, com relevfmcia quando 0 lear de carbono e

mais elevado

Salienta-se ainda que 0 aquecimento inerenle ao processo pade comprometer a aplidao dos aVOs

endurecidos para a sofdadura e, quando necessaria a aplidao dos avOs aos diferentes lipos de soldadura,

essa aptidao deve ser referida, pois exige a verificayao com base em ensaios espedficos,

Quanta as condir;oes de aplicar;ao, s6 sao em geral de recomendar quando se tratar de armaduras

especiais e em quantidades que influenciem os custos dos elementos em que sao aplicados.

2 A individualizayao da mediyao de cada diametro juslifica-se nao s6 par facilitar a encomenda dos

var6es como lambem. par a mao-de-obra par quilograma variar com a diametro.

Curso sobre Regras de Medicao na Construyao 91

7.4.3 Redes e/ectrosso/dadas

a) A medi<;ao sera realizada em kg.

b) A determina<;ao das medidas para 0 calculo das medi<;6es obedecera as regras

seguintes:

- As areas serao determinadas em m2 e convertidas em kg, de acordo com a

massa nominal das redes.

- As dedu90es relativas a aberturas existentes nas redes electrossoldadas 56

serao consideradas quando a sua area for superior a 0,50 m2.

- As areas serao medidas tendo em considerac,::ao os levantamentos, liga90es

de amarrac,::ao e as sobreposi<;oes quando estas estiverem assinaladas no

projecto.

c) A mediy8.o de cada tipo de rede sera individualizada em rubrica propria 1.

1 As caracteristicas de cada tipo de rede sao as indicadas no respectivo documenlo de dassificayao

au homologayao (dimens6es das malhas, c1asse e tipo de var6es que as constiluem).


b) A determinagao das medidas para 0 calculo das medig6es obedecera as regras

seguintes:

- as comprimentos serao determinados em m e convertidos em kg, de

acordo com a massa nominal dos perfrs.

As ligat;0es entre perfis, por soldadura electrica, parafusos ou por rebites,

poderao, sempre que necessario, ser medidas aunidade(un).

c) A medit;ao de cada secgao nominal sera individualizada em rubrica propria'.

I A designa~ao e as caracterrsticas dos pems sao as indicadas nas Normas Portuguesas (ver 0

capitulo Estruturas metiificas). nos documentos de homologaryao ou, na sua falta, nas designaryoes

adoptadas pelos fabricantes.


7.4.5 Armaduras de pre-esfort;:o'

a) A mediy<3o indican3, sempre que passive], a forqa minima de pre-esfon;o util,

expressa em kN, que e necessaria instalar.

b) A mediyao das armaduras de pre-esforyo deverao ser realizadas em kN.m

correspondentes aD produto do valor de pre-esforc;o util final minima instalado e definido

no projecto, pelo comprimento real do cabo entre ancoragens.

c) No case das armaduras e 0 respectivQ sistema de pre-esforyo estarem indicadas

no projecto, a medic;ao podera ser realizada em kg, sendo determinada pelo valor

nominal normalizado das armaduras referenciadas e pelo comprimento real do cabo

entre ancoragens.

d) As bainhas deverao ser medidas em m com 0 comprimento real do cabo entre

ancoragens, e estas serao medidas a unidade(un).

e) A medigao engloba todos os trabaJhos relativos a execugao das armaduras de

pre-esforgo, nomeadamente fornecjmento e transporte de todos os materials,

prepara9ao, montagem e todas as operayoes de pre-esforgo, incJuindo a caJda de

injecg8o.

o Sempre que necessario, as operagoes da alfnea anterior poderao ser separadas


g) A mediy80 das armaduras nas zonas de amarrayao das armaduras de

pre-esforyo e feita segundo as regras definidas no sub-capitulo AfO em varao.

7.4.6 Esclarecimento

1 - Os tipos de avo indicados - var5es, redes eJectrossoldadas e perfilados - sao as

mais representativas na construy8o de edificios.

2 - Para outros tipos de agos, as regras de mediyao aplicaveis serao, em geral,

identicas as que foram mencionadas.

3 - Sempre que nao seja exequlvel esta aplicay8o, poderao ser definidas regras

espedficas para outros tipos de avos.

94 Curso sobre Regras de Mediyao na Constrw;:ao

catculo das medi<;:oes e a permitir a sua verificayao.

5 - as elementos de construgao a considerar no ordenamento das medi90es das

armaduras serao os mesmos que, para cada projecto, foram discriminados nas mediy6es

de betao.

1 Os ayOS para as armaduras de pre-esforr;o (REBAP, Art. 26,' - "As armaduras de pre-esfor<;:o

devem ser caracterizadas pelo seu processo de fabrico, pela sua consiitui<;:ao e pelas suas propriedades

mecanicas e de aderlmcia"), sao tambem correntemente designados par ayos de alta resist~ncia. Estes a<;:os

sao consideravelmente diferentes dos ar;os para armaduras ordinarias, pois tem teores de carbono que

podem variar de 0.7 a '.0 %, bem como podem canter outros elementos constituintes nomeadamente 0

molibdenio, titanio, cromio, sillcio, magnesio, niquel, elc, cujas funyaes sao de aumentarem a dureza,

lemperabilidade e de reduzirem a influ€!ncia de elementos nocivos, nomeadamenle do enxofre e fosforo

resultanles do coque e dos minerios de ferro.

Podem ainda ser constituidas por diferentes secr;6es e formas, nomeadamente fios. var6es, cord6es

e cabos apresentando-se assim com uma grande variedade de tipos e caracteristicas que influenciam de

forma relevanle os sistemas de aplica<;:ao das foryas, bainhas, amarrar;6es, etc., exigindo assim veriflcar;6es

apropriadas. Do REBAP, salientam-se as propriedades de relaxayao e fadiga, artigo 28 (relaxar;ao) e

comentario ao artigo 26 (fadiga), bem como as relay6es tens6es-extens6es de calculo (artigo 29), que nao

podem ser definidas como a fcram para as armaduras ordinarias.


7.5 Elementos prefabricados de betao'

7.5.1 Regras gerais


b) As medi.;:6es de elementos de construc;ao prefabricados em betao serao

realizados de modo a ficarem individualizados as elementos com as mesmas

caracteristicas tipol6gicas2.

e) Cada rubrica de medic;6es sera decomposta de acordo com as caracteristicas

seguintes:

- natureza e qualidade dos materiais constituintes, nomeadamente as do

betao e das armaduras segundo as caracteristicas indicadas

respectivamente nas regras gerais do subcapitulo BetaD e nas regras gerais

do subcapitulo Armaduras.

- tipo de acabamento das superficies dos elementos;

- sistemas de liga930 au de articulac;;ao entre os varios elementos.

d) As medic;6es deverao indicar as referencias de identifica9<30 mencionadas no

projecto para cada elemento de constru9ao prefabricado, de forma a assegurar a

coordenar;:8.o das pe9as desenhadas e escritas e a permitir a sua verifica98.o.

e) A medi98.o engJoba todas as opera90es relativas a execu98.o dos trabalhos de

elementos de construr;:ao prefabricados em betao, nomeadamente fabrico, carga,

transporte, descarga, montagem e coloca9ao em obra.

f) Sempre que necessaria, as opera90es da alinea anterior poderao ser separadas


1 Este subcapitulo refere-se aOs elementos prefabricados em filbrica e aos premoldadcs no estaleiro.

No entanto, entre os prefabricados, estas regras s6 consideram as elementos mais divulgados entre n6s e

de passivel utilizayao pelos sistemas tradicionais de constrUl;ao, jil que as regras de medi~ao dos elementos

dos sistemas mais fechados, ainda pouco divulgados no nossa Pais serao estabelecidos pelos produtores.

2 Elementos com as mesmas fun~6es (madres, par exemplo), executadas com maleriais e

dimensoes idEmticas.

96 Curse sobre Regras de Mediyao na Censtruyao

a) A medi9ao sera realizada em m.

b) As medidas serao determinadas de acordo com a maior dimensao das

superficies indicadas no projecto. No caso de nao haver pormenoriza93o das soleiras e

peitoris, deverao ser consideradas as dimensoes entre as faces dos vaos.

c) As medi90es indicarao a sec9ao dos elementos.

d) A medir;:ao dos elementos com a mesma sec9ao sera individualizada em rubrica

propria.

7.5.3 Escadas e asnas

a) A mediy30 sera rea[izada em un.

b) As medic;:oes indicarao a medida do comprimento do vao da asna ou do

desenvolvimento da escada e as suas caracteristicas tipologicas.

c) A medir;<3o dos elementos do mesmo tipo e com comprimento igual sera

individualizada em rubrica propria.

7.5.4 Varas e ripas

a) A medir;:ao das ripas sera realizada em m2, indicando 0 respectivo afastamento.

As varas serao medidas em m.

b) A determinac;:ao das medidas para 0 calculo das medir;:oes obedecera as regras

seguintes:

Os comprimentos e as larguras serao determinados segundo formas

geometricas simples, definidas, sempre que possivel, pelos limites de

superficies com a mesma inclinayao.

Os comprimentos e as larguras serao medidos segundo a superficie

inclinada da cobertura.

c) As medic;:oes indicarao as secc;:oes dos elementos.

d) A mediC;:<3o dos elementos com a mesma sec9ao sera individualizada em rubrica

propna.

Curso sobre Regras de Mediyao na Construy8o 97

7.5.5 Grelhagens

a) A medil;:ao sera realizada em m2•

b) A determinac;ao das medidas para 0 calculo das medic;oes obedecera a regra

seguinte:

- 0 comprimento e a largura serao determinados entre as faces das lajes,

vigas e linteis, pilares e paredes entre as quais estes elementos S8 inserem.

c) As mediy5es indicarao a secC;8o dos elementos e as suas caracteristicas

tipol6gicas.

d) A medic;ao de elementos do mesmo tipo e secC;3o igual sera individualizada em

rubrica propria.

7.5.6 Lajes aligeiradas

a) A medic;ao sera reatizada em m 2.

b) A determinagao das medidas para a calculo das medic;oes obedecera a regra

seguinte:

- Os comprimentos e as larguras serao determinados entre as faces das

vigas, linteis, pilares e paredes entre os quais as lajes se inserern.

c) As mediyoes indicarao a espessura da laje e as suas caracteristicas tipol6gicas.

d) A mediyao das lajes aligeiradas do mesmo tipo e caracteristicas sera

individualizada em rubrica propria.

e) A mediyao engloba todas as operayoes1 relativas a execuyao dos trabalhos das

lajes aligeiradas.

f) Sempre que necessario, as operayoes da alinea anterior poderao ser medidas

separadamente em rubricas pr6prias. Neste caso 0 assentamento do conjunto das

vigotas e dos blocos seria medido em m 2, induindo a cofragem e 0 escorarnento e 0

betao da lajeta e, as zonas maciyas, segundo as regras do subcapitulo relativo a Lajes

macu;as.

98 Curso sobre Regras de Medi~o na Constru~o

1 Nomeadamente fornecimento e transporte de elementos e de materiais, - vigotas prefabricadas,

blocos de cofragem, betao da laje superior (Iajeta), betao das nervuras transversais (tarugos), betao das

zonas maciyas, moldes e cimbres - carga e descarga, montagem e colocagao em obra, cofragem,

escoramento, compaclai;(.3o (vlbrai;(.3o) e cura do betao, Safiente-se ainda que as armaduras de compressao

serao medidas segundo regras pr6prias e inciuidas no subcapitulo relativo a Armaduras.


7.5.7 Esclarecimentos

1 - A grande diversidade de elementos de construyaa prefabricadas em betaa e a

sua canstante evalur:;:3o, tornam impraticavel 0 estabelecimento de regras de medir:;:ao

que sejam apllcaveis, de forma explicita e univoca, em todas as circunst<'incias.

2 - Por isso, as regras definidas destinam-se apenas a constituir exemplos de

aplicar:;:3o a alguns elementos de construy30 utilizados com maior frequencla.

3 - Para outros elementos de construr:;:ao prefabricados, e necessario, para cada

casa, estabelecer as regras de mediyao correspondentes, tanto quanto posslvel, de

acordo com as regras prescritas para 0 betao e para os outros elementos pre-fabricados

em betao.

4 - No caso da alfnea anterior, as mediyoes deverao discriminar as regras que

forem adoptadas, de forma a evltar ambiguidades na determina«30 das medidas e no

calculo das medir:;:oes e a permitir a sua verificar:;:ao.

100 Cursa sabre Regras de Mediyao na Constru9ao

8. ESTRUTURAS METAuCAS

8.1 Regras gerais1

a) As medi<;oes de estruturas melallcas serao, em regra, agrupadas em rubricas

relativas a, partes globais da obra, nomeadamente as seguintes:

- estruturas;

- pavimentos;

- escadas;

- estrutura da cobertura.

b} As medir;6es serao indivjdualizadas em rubricas pr6pnas, de acorde com as

caracteristicas dos trabalhos, principalmente as seguintes:

- natureza do metal ou das ligas au dos seus elementos principais2;

- secr;oes nominais e forma dos elementos constituintes3;

- tipo de liga9ao das per;as4

;

- tipo de protec~o e acabamento;

- condiryoes de execUt;ao.

c) A medir;<3o engfoba todas as operar;oes relativas a execuy<3o dos trabalhos,

nomeadamente:

- fabrjco em oficina au estaleiro, dos elementos que irao constituir a estrutura;

- decapagem e aplicayao sobre estes elementos duma camada de protecyao,

sempre que as especificayoes do projecto exigirem a execUI;ao destes

trabalhos antes do respectivo fornecimento, cujas medidas serao

determinadas pelas regras definidas no capitulo Pinturas;

- fornecimento, carga, transporte e descarga de todos as elementos e

materia is no local da obra;

- montagem e desmontagem de andaimes e cimbres;

- cofocayao, montagem e afinayao dos elementos estruturais e sua ligayao

definitiva, nomeadamente: rebitagem, aparafusamento ou soldadura.

d) Sempre que necessaria, a mediyao das operayoes da alinea anterior poderao

ser separadas em rubricas proprias.

Curso sobre Regras de Mediyao na Constru~o 101

e) As medigoes serao discriminadas por elementos de construg<3o.

f) As medigoes dos perfis que constituem as estruturas metalicas serao agrupadas

nas rubricas correspondentes if; seguintes classes, estabelecidas de acordo com a

massa por metro dos periis:

Classe A - massa igual ou inferior a 10 kg/m;

Classe B - massa superior a 10 kg/m mas igual ou inferior a 20 kg/m;

Ciasse C - massa superior a 20 kg/m mas igual ou inferior a 50 kg/m;

Classe 0 - massa superior a 50 kg/m mas igual ou inferior a100 kg/m;

Ciasse E - massa superior a 100 kg/m

g) Os perils curvos ou alveolares devem ser medidos separadamente em rubricas

pr6prias.

, Os trabalhos relativos a elementos metalicos nao constituintes de estruturas (portas, janelas e

outros elementos em va os, guardas, revestimentos. mobiJiario, etc.) deverao ser incluidos no capitUlo

relativo a Serralharias

2A NP EN 10020 (Defini~ao e c1assifica<;:ao dos a<;:os) efectua a c1assifica9ao dos a<;:os (com base na

composi<;:ao quimica dos elementos presentes), em nao-ligados e /igados e define para cada urn deles,

e/asses de qualidade considerando diferentes propriedades ou exigencias de utiliza~ao_

Assim, sao classificados como nao-ligados quando nenhum dos elementos presentes nO vazamento

alinja os teores limites estabelecidos na NP EN 10020 e sao considerados ligados quando e atingido pelo

menos um dos leores limites estabelecidos na Norma citada.

Os a<;:os ntlO·/igados sao tambem classificados em at;os de base quando nao sao prescritas

exigencias especiais de fabrico, ou em ar;:os de qualidade nao-ligados, quando e exigida maior pureza,

nomeadamente no que se refere c'E inclusoes nao metalicas (par exemplo quando sao destinados a

tratamentos termicos de tempera e revenido).

Os a90s ligados sao classificados como at;os de qua/idadc ligados aos que, embora podendo ser

utilizado$ em aplica90es semelhantes ffi dos ayos de qualidade nao-ligados, possuem no entanto

propriedades especificas que requerem a adi~o de elementos de liga_ Fazem parte desta classe par

exempla as ayos soldaveis de grao fino para constru9ao metalica e a90s ligados para carris

Existe ainda a classe de a<;:os especiais ligados, casos dos avos inoxidaveis e os a90s rapidos.

3 Da NP EN 10079 (Defini9ao das produtos de avo) considera-se relevante salientar os produtos

acabados, e destes, os produtos fongos, cujas principais designac;::oes sao:

Perfilados pesados cujas secyoes transversais se assemelham ffi letras I, H ou U e de

alturas iguais ou superiares a 80 mm com designayoes de:

- Perfis I, NP-339, 80 x 42 x 3.9 a 160 x 74 x 6.3 (mm)

- Perfis U, NP-338, 80 x 45 x 6.0 a 180 x 70 x 8.0 (mm)

laminados correntes (barras) de sec~o transversal circular, quadrada, rectangular,

hexagonal, etc. Incluem-se nesla categoria os perfi/ados ligeiros I, H ou U de altura inferior

a 80 mm, a canroneira, os perfilados ligeiros T e Z. 0 varao (secyao transversal circular


igual ou superior a 5 mm) e 0 verga/hao (seoyao transversa! quadrada de lado igual ou

superior a 6 mm); cujas secyOes sao para cada categoria:

- Varao redondo, NP-331, de 6 mm a 80 mm

Vergalhao em barras quadradas, NP-333, com secy6es de 10 a 80 mm e barras

rectanguJares, NP-334, com secyCies de 16x5 a 150x25 mm.

- Cantoneiras de abas Iguais, NP-335, de espessuras variaveis e com dimens6es de 20

a 150 mm (salienta-se a ausencia das cantoneiras de abas desiguais).

- Barras J , NP-339, (50x30x3.5 e 60x30 x 3.5 (mm), barras T, NP-337, (25 a 70 mm) e

barras U, NP-338, (30x15x4 a 65x42x5.5 (mm))

A NP EN 10025 (Produtos laminados a quente em alios de construy8o nao ligados.) classifica os

a~as de constru~ao nao ligados, e estabelece as condi<;oes tecnicas de fomecimento, isto e, espedfica as

requisitos para as produtos lon90s laminados a quente que se destinem a ser utilizados no fabrico de

es1ruturas soldadas ou rebiladas.

Assim, em funliao das caracterislicas qualilarivas preeendidas, as designalioes podem ser

constituidas pela referenda a:

- Designaliao da forma e dimens6es dos produtos, cUjOS exemplos sao:

- Perfilados r e U, cujas seC'Y6es sao em forma de I ou U e designados correntemente

por perfis I normal (INP) e perfil U (UNP),

- Perfilado IPE, cujas secli6es sao em forma de I de dimensoes referidas na NP-2116.

- Perfilados HE, de secyoes em forma de H e de dimens6es referidas na NP-2117 e que

engloba as series identificadas pelos simbolos A, B e M, com significados de

aligeirada (A), media au corrente (B) e refor<;ada (M), sendo as designa<;oes de HEA.

HEB e HEM. Estes perfilados sao lambem correntemente conhecidos por perfis

"Grey" das series DIE (economico), DIL (aligeirado) e DIR (refor<;ado).

- Referencia aNP EN 10025;

- Simbolo Fe;

• Indicaliao do valor minima garantido para a tensao de rotura atrac<;ao (NI m\

Designa<;ao da qualidade e graus de qualidade quanta a soldabilidade e aos valores

garantidos da resistencia ao choque;

- Eventualmenle do simbolo do ripo de desoxidar;aa (FU au FN);

- Eventualmenle do simbolo de apeidao a aplicar;oes especiais;

- Eventualmente da letra N, se as produtos sao fornecidos no estado N, sendo desnecessario

para as produtos planas das qualidades 01 e 001.

Quanta adesigna<;ao da qiJalidade e graus de qiJafidade, salienta-se:

- Sao especiflcadas 6 qualidades: 0, B, C, 0, DO e 2 em que as produtos das qualidades 0 e

DO subdividem-se respectivamente em 2 qualidades 01, 02, e 001, 002;

- as alios das qualidades 0, 2 e B sao a<;os de base e as C, 0 e DO (e correspondenles 01,

02 e 001, 002) sao alios de qualidade. sendo as respectivas qualidades distinguidas peJa

soldabiJidade e pelos valores especificados da resistencia ao choque,


Quanta ao lipo de desoxidar;ao,. consideram-se os lipos:

FU - Ar;o efervescente

FN - Ar;o efervescente nao autorizada (au semi-calmado, isto e, naO totalmente

desoxigenado, existindo ainda oxigenio suficiente para reagir com 0 carbono durante a

solidifica<;:ao, 0 que provoca um aumento da massa que compensa a contracyao de

solidificayao)

- FF - A<;:o lotalmente calmado que contem em quantidade suficiente elementos tixadares do

azoto (por exemplo aluminio em percentagem de 0.020). Em caso de utiliza<;:ao de outros

elementos, estes devem ser indicados nos documentos de controlo.

Para s{mbolos de aplidao a aplica<;:oes especiais, a norma considera:

- KQ ~ Aptidao aquinagem a frio

- KP - Aptidao a perfilagem a fria com roletes

- KZ - Aptidao aestiragem a frio

Como exemplo de designa<;:ao tem-se·. PerlillPE NP EN 10025 Fe 510 C KQ.

4 Segundo 0 REAE [6], as ligayCies na constru<;:ao metalica podem ser executadas de diferenles

modos, nomeadamente par rebites, por parafusos e par soldadura. Eslas Iiga<;:6es sao opera<;:6es de

importancia fundamental sob 0 ponto de vista de seguranya estrutural, com deslaque para a de soldadura

que, alem das caracteristicas de soldabilidade do a<;:o, deve ser realizada por soldadores especializados e

tern incidencia significativa na elabora<;:ao do pre<;:o do trabalho a executar


8.2 Elementos estruturais

a) A medic;ao sera reaHzada em kg 1.

b) A medi930 indicara, alem do elemento estrutural, as tipos e dimens6es dos

perfls2, tubas, chapas e outros elementos constituintes.

c) A determina930 das medidas para 0 calculo das medit;:Des obedecera ffi regras

seguintes:

1- No casa dos penis e tubas, as comprirnentos serao determinados em m e

convertidos em kg, de acordo com a massa nominal;

2 - No casa das chapas, a area sera determinada em m 2 e convertida em kg,

de acordo com a massa nominal;

3- Em elementos de Qutro formato, devera indicar-se a massa por unidade

(kg/un);

4- A avaHay30 da massa de rebites e parafusos podera 5er fella por

contagem au em percentagem;

5- Nao serao feitas dedUl;;6es para entalhes e furos. Nos periis cortados

obtiquamente, a medida sera a do maior comprimento do perfil.

6- As medidas para a determina9<30 da medi930 de chapas de superficie

irregular serao obtidas a partir do menor recttmgulo circunscrito a essas

superficies.

1 A massa a considerar na medic;ao sera sempre 0 da secyao nominal dos pems, ou da espessura

nominal das chapas.

2 A designayao da forma e dimensoeS dos produtos, sao como exemplo:

- Perfilados leU, cujas secc;oes sao em forma de I ou U e designados correnlemente par

perfis I normal (INP) e perfil U (UNP).

- Perfilado IPE, cUJas secc;oes sao em forma de I de dimens6es referidas na NP-2116.

- Perfilados HE, de secc;6es em forma de H e de dimens6es referidas na NP-2117 e que

engloba as series identificadas pelos simbolos A, B e M, com significados de aligeirada (A},

media ou corrente (8) e reforc;ada (M), sendo as designac;6es de HEA, HEB e HEM. Estes

perfi!ados sao lambem correntemente conhecidos por perns "Grey" das series DIE

(econ6mico), OIL (aligeirado) e OIR (reforc;ado).


9. AlVENARIAS

9.1 Regras gerais

a) As medigoes de alvenarias serao agrupadas nos subcapitulos seguintes:

- alvenarias;

- paineis de blocDs

b) As mediyoes serao realizadas de modo a serem individualizadas e descritas em

rubricas proprias, de acordo com as principais caracterfsticas 1 das alvenarias au dos

paineis, nomeadamente:

- natureza, forma e dimens6es dos materiais constituintes2.;

- dimens6es das alvenarias au dos paineds3;

- composigao das argamassas;

- acabamentos dos paramentos4;

- condi90es de execu c;;aos.

c) As mediy6es de alvenarias serao, em regra, ordenadas em rubricas pr6prias6

relatlvas ffi partes globais da obra, nomeadamente as seguintes:

- trabalhos de infraestrutura7;

- trabalhos de superestrutura.

d) As medigoes serao discriminadas por elementos de construc;ao8.

e) A medi<;ao engloba todas as opera<;oes relativas aexecug30 dos trabalhos de

alvenarias e paineis, nomeadamente: fornecimento e transporte de materia is, fabrico de

argamassas, cargas e descargas e execu93o.

f) Sempre que necessario, as medi<;oes das opera<;oes da alinea anterior poderao

ser separadas em rubricas pr6prias.

g) 0 tratamento dos paramentos a vista das alvenarias podera ser medido em

separado pelas regras indicadas no capitulo Revestimentos mas sera sempre inclufdo

neste capitulo de Alvenarias.

Curso sabre Regras de Medityao na Construyao 107

h) As deduyOes reJativas a aberturas au cavidades existentes nos elementos de

construyao, s6 serao consideradas quando a sua area for superior a 0.50 m2, por

abertura ou cavidade.

1 Estas caracterfsticas constituem 0 resume das condiyoes tecnicas de maior interesse para a

determinayao de custos e para a eXeCUyaO de cada tipo de alvenaria, as quais devem ser discriminadas nas

peyas escritas e desenhadas do projeclo, designadamente no caderno de encargos.

2 De entre estas caracteristicas, convem, em regra, especificar as seguintes:

- natureza dos tijolos au blocos: barro vermelho (em regra e dispensavel citar a natureza dos

tijolos ou blocos de barro vermelho e da forma de paralelipipedo, por estas caracteristicas

serem as mais correntes), barro refractario, argamassa de cimento ou betao com a

respectiva dosagem e granulometria de inertes, etc,;

- nalureza das rochas ou de outros materialS: basalto, granito. adobe, etc.;

- forma dos tijolos au blocos: maciyos ou furados sendo, neste caso, indicado a numero de

furos; forma de paralelipipedo, forma de cuba ou outras quando seja necessario;

- forma irregular ou aparelhada de pedras (nesle caso devem ser indicadas as principais

caracteristicas do aparelho das pedras: apare!ho rustico, regular, tosco ou outros);

- dimens6es dos materiais: comprimento, largura e altura para forma de paralelipipedo; outras

dimens5es definidoras da forma dos materiais como. par exemplo. as limites das larguras,

alturas ou comprimentos das pedras.

As dimensoes das alvenarias sao referidas, geralmente, a sua espessura. Em regra, as projectos

dimensionaram esla espessura nas medidas "de hmpo", isto e, consideram a alvenaria como elemenla de

constrw:;ao concluido com as respectivos reveslimentos. A fim de se evitarem interpretayoes dUbias, e

vantajosa a discriminayao das dimens6es dos materiais que constituem as a!venarias e, imediatamente a

seguir. especificar. para cada caso, as medidas "de Iimpo" das alvenarias.

Dutra forma podera consistir na indicayao da espessura "de tosco", descriminando a seguir a medida

"de Iimpa" indicada no praJecto.

As alturas das alvenarias podem tambem ser indicadas na descriyao de cada rubrica quando

constiluem urn caso particular do proJeclo: paredes divis6rias com a altura das vergas das portas (par

exemplo divis6rias de sanitarios nas casas de banho), chamines, muras de vedayao e outros casos.

4 Os acabamentos dos paramentos das alvenarias devem ser descriminados em cada rubrica,

designadamente nos aspectos seguintes:

- paramenlos sem revestimento ou com a material de alvenaria ",3 vista": tipo e forma das

juntas. lratamentos particulares das superficies e seu aspecta final.

- paramentos com revestimento: indicayao dos revestimentos em cada urn das paramentos,

nomeadamente nos casos em que esta descriminacao facilite a mediy.3o das rubricas de

revestimentos.

Em regra, quando a acabamento de paramentos sem revestimento au com 0 material de alvenaria "a

vista" der origem a urn acn§scimo importante de encargos durante a execuc;;ao da alvenaria ou exigir a

108 Curso sobre Regras de Medic;;ao na Construyao

utiliza9.30 de mao-de-obra especializada, ou de outros recursos diferentes dos empregados durante a

constru9ao da alvenaria, a medi930 do respectivo acabamento podera ser feila em separado (ver alinea f)

destas "Regras gerais~). Do mesmo modo, as coroamentos das alvenarias devem constiluir, em geral, uma

rubrica propria de medi9ao.

5 As condi96es de execu930 das alvenarias que possam ter imporUmcia especial no custo dos

trabalhos podem originar a constitui<;;ao de rubricas proprias de medi930 como, por exemplo, as seguinles:

- alvenarias em chamines de condutas de fumo ou ventilayao;

- a!venarias com funr;6es especiais de resistencia;

- alvenarias com func;6es decorativas;

- alvenarias com func;6es especiais;

- alvenarias com paramentos curvos ou com outras superficies nao planas.

Os paineis de blocos de tijolo, gesso e outros materiais, com excep9i!o dos paineis de betao, serao

incluJdos na rubrica paineis de blocos.

6 Em regra, as medir;oes devem ser individualizadas em grupos de rubricas ordenadas segundo a

sua localizaiY3o no edificio, como par exemplo:

- alvenarias em infraestrulura: sapatas de fundayao, muros de suporte, elc.;

- alvenarias em superestrutura exteriores: (fachadas e empenas do edificio) e interiores;

- alvenarias em lrabalhos exteriores ao edificio: veda96es, anexos, etc

Eventualmente, quando tal se justifique pe/a sua importancia, as alvenarias situadas acima da

cobertura tambem pod em constituir urn grupo especial de rubricas de medi9ao,

7 Em regra, as infraestruturas em alvenaria compreendem as sapalas e a parte das paredes ale a

camada de impermeabilizac;ao das fundac;6es ou ate ao nivel do tosco do primeiro pavimento (Ver neste

capitulo a rubrica Funda(:6es).

a Os elementos de construc;ao a considerar sao, em geral, os enunciados nas rubricas destas regras.

Curso sobre Regras de Mediyao na Conslruc;ao 109

9.2 Fundaf;oes

a) A medi9<30 sera reatizada em m J.

b) No casa de sapatas continuas, 0 volume sera obtido multiplicando a area da

sec9ao transversal de cada tr090 pelo respectivQ comprimento. Os comprimentos dos

troyOS das sapatas serao determinados segundo figuras geometricas simples1.

c) No casa da sec9ao transversal das sapatas continuas ser variavel, a mediyao

podera ser realizada a partir da sec9ao transversal media2,

1 Quando as plantas do projecto indicam as medidas entre eixos, a aplicar;ao destas medidas pode

facilitar 0 calculo da medi~ao. No entanto, nos casas em que as cotas em planta nao vern referenciadas aos

eixos, au quando as medidas sao obtidas directamente da obra, e evidente que, em geral, as dimens6es

serao determinadas de acordo com as criterios seguintes:

- Comprimentos e larguras: serao as que resultam do parcelamento mais adequado das

se~oes como, por exemplo, das que t1verem a mesma largura.

- Alturas de sapatas: distancia entre a face inferior das fundaiYoes e 0 plano superior das

sapatas de fundaiY.3o,

- Altura das paredes de funda<;ao: distancia entre a plano superior das sapatas e a camada

de impermeabilizaiY.3o ou 0 nivel superior do toseo do primeiro pavimento

A camada de impermeabilizaiY30 refere-se a camada horizontal impermeabilizante colocada

entre a ensoleiramenlo e as paredes em elevaiYao, e que se destina a prateger estas paredes

das inflitraiYoes de humidades pravenienles do terreno (ver figuras no subcapflula seguinte),

2 Esta regra tem par obJectivo simplificar 0 calculo das medliYoes desde que a sua aplicaiY30 nao de

origem a erras relevantes.

Nos casas em que a regra nao for aplicavel, as mediiYoes devem ser calculadas a partir das formas

geametricas indicadas no prajecto.

110 Cursa sabre Regras de Medi~a na Construyao

-'-,-tl!--'.j

'.~;'x'

"!

'"-:i

9.3 Muros de suporte, de veda«;:ao e cortinas.

Paredes exteriores e interiores

a) A mediC;:<3o sera realizada em:

- m 2 para espessuras inferiores ou iguais a 0,35 m ;

- m 3 para espessuras superiores a 0,35 m 1.

b) As mediyoes das paredes constituidas por dois ou mais panos de alvenaria

serao realizadas em m 2 e agrupadas em rubficas pr6prias, englobando, cada uma, 0

conjunto dos panos2.

c) Em cada rubrica, serao indicadas as caracteristicas dos panos que constituem a

parede.

d) A medic;:ao de muros e paredes que apresentem dificuldades especiais de

execu9ElO sera separada em rubricas proprias3,

e) A determjnaC;:<3o das medidas para a calculo das medi<;:oes obedecera, em geraJ,

ffi regras seguintes:

1- as comprimentos serao determinados segundo formas geometricas

simples 4.

2- As alturas das paredes de fundagao serao a distancia entre 0 plano

superior das sapatas e a camada de impermeabilizayao OU 0 nlver superior

do tosco do primeiro pavimentos.

3- As alturas, imediatamente acima das paredes de fundagao, serao

definidas a partir da camada de impermeabilizagao ou do nivel superior do

tosco do primeiro pavimento.

4- Em construg6es com estrutura resistente de outro material, as medidas

serao determinadas entre as faces dos elementos resistentes.

f) A medigao de rnolduras e outros elementos (cornijas, pilastras, etc.) de

alvenarias, salientes das paredes, sera realizada em m. No entanto, na medigao dos

muros ou paredes nao deve ser deduzido quafquer volume resurtante da medigao, em

separado, das sali~ncias relativas i:queles guarnecimentos.

Curso sobre Regras de Medi<;:ao na Conslruyao 111

i

:~II,.I,

1 Esta espessura refere-se a cada pano constituinte da alvenaria, cujas dimens6es sao referidas,

geralmente, a sua espessura. Em regra, os projectos dimensionaram esta espessura nas medidas Hde

hmpo", isto e, consideram a alvenaria como elemento de construyao conduido com as respectivQs

revestimentos. A fim de se evitarem interpretayoes dubias, e vantajosa a discriminar;;ao das dimensoes dos

materiais que constituem as alvenarias e, imediatamenle a seguir, especificar, para cada caso, as medidas

"de limpo" das alvenarias.

Outra forma podera consistir na indicayao da espessura "de tosco", deseriminando a seguir a medida

Hde limpo" indicada no projecto.

As espessuras nominais dos revestimentos poderao ser avaliadas a partir do projecto. No entanto, as

condiyoes de execuyao (como, por exemplo, 0 grau de uniformidade da dimensao dos tijolos ou blocos e a

precisao do nivelamento ou do alinhamento vertical no seu assentamento) e os processos de construyao

adoptados na obra (nomeadamente a utilizayao de maquinas de projectar para a exeeuyao de rebocos e

outros revestimentos e os metodos de assentamento de azulejos, marmores e outros materiais) podem

eondicionar a espessura efectiva dos revestimentos. Por esta razao, se 0 projecto definir para as alvenarias

as respectivas tolerancias de acabamento das superficies (aspecto com interesse para 0 dimensionamento

de componentes, equipamento ou mobiliario inserido no loseo do edificio, como por exemplo. portas,

janelas, banheiras, lavatorios, armarios, etc.) estas tambem devem ser diseriminadas nas rubricas de

medir;;ao das alvenarias.

2 Em cada rubrica devem ser agrupadas as mediyoes de alvenarias com 0 mesmo numero de panos

e que tenham as mesmas caracteristicas, de acordo com a regra indicada na alinea a) das Regras gerais

deste capitulO, isto e, agrupadas nas rubricas alvenarias e paineis de blocos.

3 As eondiy6es de execuy.3o das alvenarias que possam ter importancia especial no custo dos

trabalhos podem originar a constituiyao de rubricas proprias de mediyao como, par exemplo, as seguintes:

- alvenarias em chamines de condutas de fumo au ventilayao:

- alvenarias com funyoes especiais de resisteneia;

- alvenarias com funr;;oes decorativas;

- alvenarias com funyoes especiais:

- alvenarias com paramentos curvos au com outras superficies nao planas

Os paineis de bloeos de tijolo, gesso e outros materiais, com excepr;;ao dos paineis de belao, serao

incluidos na rubrica paineis de blocos.

112 Curso sobre Regras de Mediyao na Construyao :i'

---------

4 Para uma representa<;:ao em planta. em que as cofas vern referidas aos eixos tem-S8

Parede 1-A=a

Parede1-B=b

Parede 3 - B = c

B +--'

d

®

@

Safienta-se que nos cruzamentos das paredes de diferentes espessuras, a medi<;:ao nao e

correctamenle exacla, mas 0$ erras carnelidos, por exceS$O, sao de desprezar no casa de alvenarias com

espessuras correnles.

Quando as colas do proJeeto estiverem referidas a, dimens6es nomina is das paredes, as medidas a

considerar sao as seguintes~

- Comprimentos: distancias indicadas nas plantas entre faces de pilares e paredes de betao

ou oUlros elementos que Iimilam as alvenarias, ou 0 comprimento destas quando nao Iimitadas par aqueles

elementos

Quando as paredes nao sao limitadas por elementos de oulro material, e dificil adoptar urn

criteria unico para delimitar as fronteiras de cada troyo de parede. Nestes casas, e para

que se torne passivel fazer a revisao das medil(oes, deverao indicar-se sempre se as catas

saa exteriores (abreviadamenle c. ext), ista e, tern como limite faces exteriores da

alvenaria, par exemplo as paredes 1-A e 2-8 da figura, au se sao interiares (abrev. c. int.),

como por exemplo as paredes 1-3 e 1-2.

Ex.: Mediyao de alvenarias dum projecto em que a indicayao das colas nao vern

referenciada aos eixos·



Parede 1-A =b

Parede 1-B =c (c. int.)

Parede 1-C = d


Parede 1-2 = g (c. int.)

Parede 1-3 =e (c. inL)

Parede 2-3 = f + h (c. ext)

e

®'"

c ®CD"'""'"la, b , a,

A

114

A mediy80 das paredes devera ser feita segundo uma determinada ordem que se

recomenda seja a de se iniciar a mediyao pelas paredes exteriores e 56 depois pelas

paredes interiores, seguindo sempre da esquerda para a direita e de baixo para cima.

- Alturas: distimcias indicadas nos cortes, alyados e pormenores do projecto entre as toscos

dos pavimenlos e dos tectos ou outros elementos que limitam as alvenarias (como vigas, par

exemplo) ou as alturas das alvenarias quando nao limitadas por aqueles elementos. Neste

caso, convem delimitar as partes das paredes entre pisos (geralmente entre faces superiores

de pavimentos) e indicar separadamente as quantidades relativas a cada piso, de modo a

informar melhor a organizayao e planeamento da obra.

NOTAS SUPLEMENTARES

a) Pode admitir-se que a espessura do reboca em revestimento de paredes, quando

nao especificada no projecto, e. em gera!, de O,01Sm.

b) Na ordenayao das mediy6es de alvenarias e com frequencia vantajoso agrupar ou

indicar, em cada rubrica, aquelas em que as paramentos tenham 0 mesmo

revestimento; deste modo, as areas medidas podem, em certos casos, ser utilizadas

com maiar facilidade nas mediy5es de revestimentos (principalmenle para

revestimentos exterioresj

c) Sempre que possivel, as paredes serao agrupadas, em cada rubrica, por espessuras

e alturas iguais; assim, urna vez obtidos as comprimentos, as superficies e as

volumes serao calculados com menos operay5es.

d) Para se evitarem repetiyaes, e conveniente proceder anumerayao das paredes sobre

as desenhos, ou referencia-Ios a partir dos numeros dos compartimentos que

Curso sabre Regras de Mediyao na Construyao

limitam, Neste caso, par exemplo, a parede entre a comprimenta 1 e 2 seria

designada par parede 1-2.

e) As aberturas ou cavidades a deduzir serao de preferencia agrupadas em eanJunto

(nas rubricas relativas a; paredes correspandentes e par piso), de modo a ser

efeetuado 0 menor numero de apera~6esde diminuiyao.

f) As medidas para a deduyao de aberturas ou cavidades serao obtidas a partir das

cotas do projeeto, Isto e, eonsiderando as medidas de "Iimpo" dos revestimentos de

alvenarias que limitam os vaos.

g) Os linteis dos vaos (ver flgura) sao, em regra, incluidos na medi~ao de alvenarias,

No entanto, nos casos em que estes linteis tomem necessaria a construyao de

elementos especiais (par exemplo nas caixas de estores au elementos de betao com

forma especial) a sua medl<;:ao pode ser diseriminada em rubrica propria.

Neste exemplo e logieo que se

deduza, pela sua complexidade a area

ocupadOl, 0 lintel C dOl mediyao dOl

parade de alvenaria A e fique

englobado no capitulo relativo a

"Betao, betao armada e beUio pre"

esfor<;:ado"

A alvenaria de protec<;:ao B. com a

altura hZ, devera ser medida em

rubrica diferente dOl do pano de parede

principal A.

A altura dOl area a deduzir na mediyao

da parede A sera portanto h 1,

contando com a altura do lintel e do

peitoril do vao,

h) As aivenarias destinadas a proteger uma superficie ou a aumentar a espessura de

elementos ja existentes (ver figura anterior) serao tambem medidas em m 2


5 Como exemplos esquematicos, tem-se:

Nesle caso, a mediyao da altura da parede de

funda9.3o sera feita desde 0 nivel superior da sapata ate

ao nivel da camada de impermeabiliza<;:ao.

h1 - altura da sapata de fundayao

h2- altura da parede de fundayao

116

Neste caso, a mediyao da parede de

fundayao sera efectuada ate ao nivel do tosco do

primeiro pavimento, dado que a este nivel,

estabelece-se uma fronleira mais relevante entre a

fundayao e a superestrutura.


h2- altura da parede de fundayao

Curso sobre Regras de Mediyao na Construyao

9.4 PHares

a) A medig80 sera realizada em m 3.

b) A determinac;:ao das medidas para 0 calculo das medic;:6es obedecera a; regras

seguintes:

1- As alturas imediatamente acima das fundac;:6es serao as distancias entre

as faces superiores das sapatas ou vigas de funda~o e 0 nrvel do toseD

do primeiro pavimento.

2- No casa da secc;:ao transversal ser variElVel, a mediyao podera ser

realizada a partir da secgao transversal media.

9.5 Abobadas

a) A medic;:ao sera realizada em m2.

b) A determina<;ao das medidas para 0 careulo das medic;:oes sera realizada em

projecyao horizontal.

c) A medic;:ao indicara a espessura constante da ab6bada, au as valores limite se a

espessura nao for constante.

d) As medic;:6es dos macic;:os de enchimento serao realizadas em rubricas proprias

e ao m 2 ou m 3 conforme a espessura e respectivamente iguai ou inferior a 0.35 m ou

superior a esta espessura.

9.6 Arcos

a) A medic;ao sera reafizada em m 3.

b) A determinaC;<3o das medidas para 0 caJculo das medi<;oes obedecera a regras

especificas 1.

c) As paredes dos timpanos apoiados nos areos serao medidas de acordo com as

regras indieadas para as paredes2.

1 Ver lambem Figura da nota seguinte:

1- Os eomprimentos serao determinados segundo 0 desenvOlvimento da linha media da testa

do area.

2- As larguras serao detenninadas pela Jargura media da aduela.

Curso sabre Regras de Medi~o na Construr;:ao 117

3- A espessura sera determlnada pela espessura media da testa.

,e - linha media da testa

b - largura media da aduela

e - espessura media da testa

Areo de alvenaria:

V=rxbxe (m3)

Sendo:

C;O It X r (m)

Parede do timpano:

118 Curso sobre Regras de Mediyao na Construc;:ao

9.7 Escadas

a) Nesta rubrica, sera induida a mediy30 de todos as elementos que constituern as

escadas nomeadamente: patins, patamares, lanyos de degraus e cortinas de guardas1.

b) Sempre que necessaria, as elementos da aHnea anterior poderao ser separados


c) A determinay30 das medidas e das unidades para 0 calculo das mediryOes

obedecera is mesmas regras dos elementos de construeyao equivalentes aos das

escadas2.

1 Como exemplo tern-58 uma escada com

paredes de suporte dcs lam;os em alvenaria de

tijolo com espessura superior a 0,35 m,

enchimento cI enrocamento, moldagem dos

degraus com tijolO, e uma cortina de guarda de

alvenaria de tijolo com menos de 0,35 m de

espessura, assente a partir da parede de

suporte.

paredesde

suporte

,

N.c

{~

.c

J c1 021-

<~~ ~

'"u

~

- Paredes de suporte (m\

1V::=-xd1 xc

1x c42

- Cortina de guarda (m2):

,I';" X-X,I" Xii, x'.l Uli ,"",I" "-<l_? ;'"1, -

com N:o numero de degraus

- Moldagem dos degraus (m 3)


9.8 Paineis de blocos

a) Em geral, a mediyao dos paineis (refere-s8 a paineis com bloeDs de ge550, tijo[o,

etc) sera realizada de acordo com as regras relativas a paredes de alvenaria.

b) No entanto, sempre que conveniente, poderao ser adoptadas Qutras regras de

mediyao, que deverao ser devidamente discriminadas.

c) As medi<;6es das 11ga<;6es entre as paineis, e entre estes e outros elementos de

constru<;ao, poderao ser realizados em separado. Neste casa, a mediyao podera ser

realizada em m ou aunidade (un).

d) Deverao indicar-se sempre as caracteristicas dos paineis e dos bloeDS

constituintes e as respectivas dimens6es1.

1 Na indicayao das caracleristicas dos paineis, devera referir-se S8 estes sao mOntados ja com

acabamenlo e, neste case, qual a sua censtituiy80.


10. CANTARIAS

10.1 Regras gerais

a) Em gerat as medi~5es de cantarias serao individualizadas nos seguintes

sUbcapitulos:

- cantarias de pedra natural;

- cantarias artificiais.

b) As medig6es serao realizadas de modo que as elementos com as mesmas

fungoes construtivas sejam individualizados e descritos, em rubricas proprfas, de acardo

com as suas principais caracteristicas, nomeadamente:

- natureza e qualidade da pedra au material artificial;

- formas geometricas e dimens6es;

- acabamento dos paramentos vistas;

- modos de assentamento e Jigac;ao, composic;ao e dosagem dos figantes.

c) Em regra, as medig6es engfobarao todas as operagoes relativas aexecu<;:ao dos

trabafhos, nomeadamente: fabrico, fornecimento, carga, transporte, descarga,

assentamento e montagem e desmontagem de andaimes e cimbres.

d} Sempre que conveniente, as opera~6es da aHnea anterior poderao ser

separadas em rubricas pr6prias.

e} Regra gerar, a medigao dos perfis1 de cantaria sera realizada de acordo com as

seguintes criterios:

1- Para espessuras inferiores a 0,15 m e para qualquer rargura, a unidade de

medigao sera 0 m;

2- Para espessuras iguais au superiores a 0,15 m e largura inferiores a 0,40

m, a medigao sera em m;

3- Para espessuras iguais ou superiores a 0,15 m e larguras iguais au

superiores a 0,40 m, a medigaa sera em m3•

Cursa sabre Regras de Medi~o na Canstru~a ,2'

f) A mediyao de placas2 de espessura inferior a 0,15 m sera realizada em m2. No

caso da espessura ser igual ou superior a esta dimensao, a unidade de mediyao sera 0

m'.

g) Regra geral, a medir;ao dos elementos nao considerados nas aUneas e) e f)J

sera realizada em m3, exeepto se estes elementos tiverem formas geometrieas

complexas, caso em que a medig80 sera realizada 8unidade (un).

h) As medigoes de cantarias especiais, nomeadamente as obras de arte (estatuas,

motivos ornamentais, etc) serao realizadas segundo regras proprias que deverao ser

convenientemente explieitadas.

i) Os elementos de desenvolvimento eurvo ou paramentos curvos serao medidos

em rubrlcas proprias, ou, pelo menos, as suas partes nao reetilineas ou nao planas.

j) As medidas para 0 calculo das medlr;oes serao obtidas do menor paralelepipedo

rectangular em que for posslvel inscrever cada uma das pegas. Exeluem-se desta regra

as medir;oes feitas em m 2.

No enunciado das medir;oes deverao indiear-se sempre as dimensoes obtidas pela

utilizagao deste criterio.

I Consideram-se como perfis os elementos prismaticos de SeCyaO constante, em que a comprimento

e a dimensao predominanle: molduras, corn'ljas, corrimaos. rodapes, ombreiras, vergas, etc.

2 As placas sao os elementos em que as dimensoes de superficie sao predominantes. Utilizam-se,

geralmente, como componentes de revestimento.

3 Como exemplo, podem citar-se os cachorros. as misulas, as bases e capiteis de pilares quando

nao soJidarios ao fuste, simples dados, balaustres, etc.

122 Curso sobre Regras de Medir;:ao na Construyao

10.2 Mums de suporte. de veda<;ao. paredes exteriores e paredes

interiores

a) A medit;ao dos muros e paredes, constituidos par bloeDS de pedra aparelhada 1,

sera realizada em:

- m2 para espessuras inferiores au iguais a 0,35 m;

- m 3 para espessuras superiores a 0,35 m.

b) S6 serao feitas deduc;6es para vaos au aberturas com mais de 0,50 m 2 par

cada VaG au abertur3.

c) A medic;:ao de muros e paredes que apresentem dificuldades especiais de

execuc;:ao sera separada em rubricas pr6prias.

d) Em cada rubrica, serao considerados apenas as elementos com a mesma

espessura.

e) A determinac;.3o das medidas para 0 calculo das medig6es obedecer<3, em geral,

<l; regras seguintes:

1- Os comprimentos serao determinados segundo formas geometricas

. I 'simp es .

2· As alturas das paredes de funda930 serao a distancia entre a plano

superior das sapatas e a camada de impermeabiliza9ao au 0 nfvel superior

do tosco do primefro pavimento3.

3- Em constru90es com estrutura resistente de outro material, as medidas

serao determinadas entre as faces dos elementos resistentes.

1 A medity.3o dos trabalhos de construyao de mllros Oll paredes em pedra s6 sera incluida no capitulo

de cantarias quando, para a sua executyao, for necessario a intervenyao de canceiros.

2 Para uma representaty.3o em pJanta, em qlle as COlas vem referidas aos eixos tem-se:

Curso sobre Regras de Medit;ao na Construyao 123

Parede1-A=a

BParede1-B=b

Parede 3 - B = c

®

Salienta-se que nos cruzamenlos das paredes de diferentes espessuras, a medi<;:ao nao e

correctamente exacta, mas as erros cometidos, por excesso, sao de desprezar no caso de alvenarias com

espessuras correntes.

Quando as colas do projecto estiverem referidas <Ii dimens5es nominais das paredes, as medidas a

considerar sao as seguintes:

Comprimentos: distancias indicadas nas plantas entre faces de pilares e paredes de betao au

outros elementos que limltam as alvenarias, ou a comprimenta destas quando nao

limitadas par aqueles elementos.

Quando as paredes naa sao limitadas par elementos de outro malerial, e dificil

adoplar urn criteria Dnica para delimitar as fronleiras de cada tro<;:o de parede.

Nesles casas, e para que se tome passivel fazer a revisao das medi<;:6es, deverao

indicar-se sempre S8 as colas sao exteriores (abreviadamente c. ext.), isto e, tern

como limite faces 8xteriores da alvenaria, por exemplo as paredes 1-A e 2-B da

figura, ou se sao interiares (abrev. c. int.), como por exemplo as paredes 1-3 e 1-2.

Exemplo: Mediyao de alvenarias de um projeclo em que a indica<;:ao das cotas nao

vern referenciada aos eixos:

124 Curso sobre Regras de Mediyao na Constrw;ao

'

3:<~

'-.r


Parede 1-A = b

Parede 1-8 = c (c. int.)

Parede 1-C = d


Parede 1-2 =9 (c. Int.)

Parede 1-3 = e (c. int.)

Parede 2-3 = f + h (c. ext.)

c

e

®I

A

f

"

A mediy80 das paredes devera ser feila segundo uma determinada ordem que se

recomenda seja a de se iniciar a mediy80 pelas paredes exleriores e s6 depois pelas

paredes interiores, seguindo sempre da esquerda para a direita e de baixo para

eima.

• Alturas: dislaneias indieadas nos cortes, alyados e pormenores do projedo entre as loscos

dos pavimenlos e dos teetos ou oulros elementos que limilam as alvenarias (como

vigas. por exemplo) ou as alturas das aIVenarias quando nao limitadas por aqueles

elementos. Nesle caso, convem delimitar as partes das paredes entre pisos

(geralmente entre faces superiores de pavimentos) e indicar separadamenle as

quantidades relativas a cada piso, de modo a informar melhor a organizayao e

planeamento da obra.

NOTAS SUPL£MENTARES

a) Pode admitir-se que a espessura do reboco em revestimento de paredes,

quando nao especificada no projec10, e, em geraf, de 0.075 m.

b) Na ordenayao das medig6es de cantarias e com frequencia vantajoso agrupar

au indicar, em cada rubrica, aquetas em que os paramentos ten ham 0 mesmo

revest/mento; deste modo, as areas medidas podem, em certos casos, ser

ulilizadas com maior facilidade nas medigoes de revestimenlos (principaimente

para revestimentos exteriores),

c) Sempre que possive!, as paredes serao agrupadas, em cada rubrica, par

espessuras e alturas iguais; assim, uma vez obtidos as comprimenlos, as

superficies e os volumes serao calcutados com menos opera90es.

d) Para se evitarem repetivoes, e conveniente proceder anumerag80 das paredes

sobre as desenhos, ou referencia-Ios a partir dos numeros dos compartimentos

que timitam. Neste caso, por exemplo, a parede entre 0 comprimento 1 e 2 seria

designada por parede 1-2.

Curso sobre Regras de Medit;ao na Construyao 125

e) As aberturas ou cavidades a deduzir serao de preferencia agrupadas em

conjunto (nas rubricas relativas a; paredes correspondentes e por piso), de modo

a ser efectuado 0 menor numero de opera¢es de djminui~o.

f) As medidas para a dedu~o de aberturas ou cavidades serao obtidas a partir

das colas do projecto, isto e, considerando as medidas de "Iimpo" dos

revestimentos de alvenarias que limitam os vaos.

g) Os linteis dos vaos (ver figural sao, em regra, incluidos na medicao de

alvenarias. No entanto, nos casos em que estes linteis tornem necessaria a

constrw:;:ao de elementos especiais (por exemplo nas caixas de estores ou

elementos de betao com forma especial) a sua mediyao pode ser discriminada

em rubrica propria.

[xemplo:

Neste exemplo e 16gico que se deduza,

pela sua compfexidade e area ocupada, 0 lintel

C da medir;ao da parede de alvenaria A e fique

englobado no capitulo relativo a "8elao, betao

armada e belao pre-esfon;:ado".

126

A alvenaria de protecr;ao S, com a altura

hZ, devera ser medida em rubrica diferente da

do pana de parede principal A

A altura da area a deduzir na mediiYao

da parede A sera portanto h7, contando com a

altura do lintel e do peitoril do vao. @

h) As alvenarias destinadas a proteger uma superficie ou a aumentar a espessura

de elementos ja exislentes (ver figura anterior) serao tambem medidas em m 2•

Curso sobre Regras de MediiYao na Construyao';,

I

J Como exemplos esquematicos tem-se:

Neste caso, a medi9ao da altura da parede de

fundayao fol feita desde 0 nivel superior da sapata ate

aD nivel da camada de impermeabiliza9ao.


h2- altura da parede de funda9ao

Curso sobre Regras de Medl<;ao na Construy8.o

Neste caso, a mediyao da parede de

funda9ao fOI efeetuada ate ao nivel do tosco do

primeiro pavimenlo, dado que a este nivel,

estabelece-se uma fronteira mais relevante entre a

fundar;ao e a superestrutura.


h2- altura da parede de funda9ao

127

10.3 Pilares

a) A medic;ao dos pHares e coJunas sera reaJizada em m3 OU em un.

b) Em qualquer dos casas, deverao indicar-se as suas caracteristicas geometricas.

c) Os capiteis, bases de pilares e Qutras obras similares, sempre que nao

constituam urn conjunto monolitico com 0 fuste, serao medidos em separado, segundo

as regras indicadas na alinea h)1 das Regras Gerais deste capitulo.

1 As mediyoes de cantarias especiais, nomeadamenle as obras de arte (estaluas, motivos

omamentais. elc) serao realizadas segundo regras pr6prias que deverao ser convenientemente expficiladas.

128 Curse sabre Regras de Mediyao na Construyao

10.4 Arcos

a) A medi<;ao sera realizada em m3 ou em m.

b) As medidas serao determinadas de acordo com a m310r dimensao das

supelflcies que ficam aparentes na construg8o.

10.5 Ab6badas

a) A mediC;8o sera rea Iizada em m 2.

b) A determina980 das medidas para 0 calculo das medic;oes sera realizada em

projecr;ao horizontal.

c) A medig80 indicara a espessura da ab6bada.

d) As medi¢es dos madgos de enchimento serao realizadas em rubricas pr6prias.

10.6 Escadas

a) Nesta rubrica, sera incluida a medi<;:ao dos elementos que constituem as

escadas, nomeadamente: degraus, patins, patamares e estruturas de suporte'.

b) Sempre que necessaria, as elementos da aHnea anterior poderao ser separados


c) A determinagao das medidas e das unidades para 0 calculo das medic;oes

obedecera <3:; mesmas regras dos elementos de construyao equivalentes aos das

escadas de alvenaria2.

d) A medic;ao de degraus isolados sera realizada de acordo com as Regras Gerais

deste capitulo.

e) Os revestimentos de escadas, tais como cobertores, espelhos, guarda-chapins,

rodapes e lambris serao medidos em rubricas pr6prias, pelas regras indicadas no

subcapitulo Revestimentos do presente capitulo.


Elementos que conslituem as

escadas, nomeadamenle: degraus. palins,

patamares e estruluras de suporte

:2 Paredes de suporte (m3)

moldagemdos degrau3

paredesde

suporte

Cortina de guarda (rn")

Moldagem dos degraus (m3)

com N= numero de degraus

IV =-Xd l xCI X(4

2

130

{1_---=-c',-------

qu

Curso sabre Regras de Mediyao na Constru~ao

10.7 Guarnecimento de vaos

a) As medic;oes serao, em regra, ordenadas em rubricas relativas a:

- guarnecimentos de vaos exteriores;

- guarnecimentos de vaos interiores.

b) Cada rubrica sera decomposta, de preferemcia, de acordo com 0 tipo de vaa,

nomeadamente port6es, partas, janelas, etc.

c) As medic;oes dos guarnecimentos de vaos, nomeadamente ombreiras, vergas,

peitoris e soleiras, serao realizadas segundo as Regras Gerais, deste capitulo,

especiaJmente as indlcadas nas aHneas e), 0 e 9)'.

d) As medidas para a determinac;ao das medic;6es sao as maiores das superficies

vistas.

1 e) Regra geral, a medi<;ao dos pedis (ver nota das Regras Gerais deste capitulo) de cantaria sera

reallzada de acordo com as seguintes criterios:

1- Para espessuras inferiores a 0,15 m e para qualquer largura, a unidade de mediiYao sera a m:

2- Para espessuras iguais au superiares a 0,15 m e largura inferiores a 0,40 m, a medi<;:<3o sera em

m.

3- Para espessuras iguais au superiores a 0,15 m e larguras iguais ou superiores a 0,40 m, a

medic;:ao sera em m J

f) A medic;:ao de placas (ver nota das Regras Gerais deste capitulo) de espessura inferior a 0 15 m

sera reaJizada m 2. No caso da espessura ser igual ou superior a esta dimensao, a unidade de medi<;:<3o sera,

om.

g) Regra geral, a medic;:ao dos elementos nf10 considerados nas alineas anteriores sera realizada

em m l, excepto se estes elementos tiverem formas geometricas complexas, caso em que a mediiYao sera

realizada a unidade (un).

Curso sabre Regras de Mediyao na ConstrU<;:<3o 131

10.8 Guardas, balaustradas e corrimaos

a) As medigoes serao feitas separadamente, conforme as guardas au balaustradas

se situem em;

- escadas;

- varandas;

~ coberturas.

b) Regra geral, a mediyao sera realizada em m para 0 conjunto dos elementos,

sendo as medidas determinadas pelo desenvolvimento do corrimao.

c) Sempre que necessaria, a mediyao dos varios elementos componentes

(corrimaos, balaustres, etc.) pode ser feita separadamente pelas regras indicadas nas

Regras Gerais deste capitulo.

d) as troyos GUIYOS dos carrimaos poderao ser medidos aunidade (un).

10.9 Revestimentos

a) Sempre que a estereotomla das pegas que constituem as revestimentos estiver

perfeitamente definida, a respectiva medigao sera realizada de acordo com as Regras

Gerais deste capitulo.

b) No casa de revestimentas com piacas de menos de 0,15 m de espessura, a

mediyao devera ser realizada em mZ para a conjunta das pe9as de identica espessura,

devendo indicar-se sempre as dimens6es das placas.

c) Quando a estereatomia das peyas nao estiver definida, a medi9ao devera ser

indicada com a designagao de "quantidades aproximadas".


11. CARPINTARIAS

11.1 Regras gerais

a) As medi\X>es serao realizadas de modo a que as elementos com as mesmas

fungoes construtivas sejam individualizados e descritos, em rubricas proprias, de acordo

com as suas principals caracteristicas, nomeadamente:

- caracteristicas principais e secundarias, e classes de escolha1;

- secc;:oes nominais e forma dos elementos constituintes;

- meios de fixac;:ao e Jigac;:ao entre pec;:as e de assentamento dos elementos2;

- tear de humjdade;

- tipo de preservac;:ao das madeiras;

- tipo e qualidade do acabamento3;

- condil;6es de execuc;:ao.

b} Regra geral, a medi9<3o engfobara as operac;:6es de fabrico, fornecimento e

assentamento, induindo as elementos principals e acessorios, nomeadamente:

ferragens, vedantes, bites, etc.

c) Sempre que for conveniente, as operayoes da alinea anterior poderao ser

conslderadas em rubricas separadas4.

d) as elementos curvos ou com superficies curvas deverao ser sempre medidos

em rubricas separadas.

e) Quanta ffi ferragens, deverao enunciar-se as suas caracteristlcas principals,

nomeadamente:

- tipo de ferragem;

- natureza dos metais ou das ligas, ou dos seus elementos principais;

- dimensoes;

- meios de frxayao;

- tipo de protecyao e acabamento.

f) Regra geraJ, a pintura e outros acabamentos semeJhantes (envernizamento,

enceramento, etc.) serao considerados no capitulo relativo a Pinturas, principalmente

quando estes trabalhos forem executados no estaleiro da obra 5.

Curso sobre Regras de Medir;:ao na Construr;:ao 133

1 Como facilmente se compreende, e indispensavel indicar, pormenorizadamente nao s6 0 tipo da

madeira, ou madeiras, que conslituem 0 elemenlo, bem como as eXigl§ncias eslabelecidas na NP 4305 para

as diferenles classes de qualidade (E e EEl, nomeadamente, as de resistencia meciinica, n6s, inclinayao do

fio, taxa de crescimento, , fendas, descaio, bolsas de resina e empenos. Para madeiras importadas deve ter

se ainda em alenr;:ao a classe de resistl§ncia (C14 a C40 para madeiras resinosas) definidas na EN 338-

2 De urn modo geral, estas indicar;:6es deverao constar dos desenhos de pormenor, sobretudo no que

diz respeito aos meios de fixar;:ao e ligayao entre pe<;:as. No que respelta a assentamento devera ser descrito,

nao s6 0 modo como 0 mesmo se efectuara, mas ainda 0 local e 0 lipo de fixar;:ao pretendido.

Exemplos: guarnecimento de alizar fixado por tacos e pregos au por grampos metalicos a paredes de

alvenaria, guarnecimentos de ara fixado por parafusos a elementos de cantaria de enquadramento do vao,

etc.

3 Devera ser sempre referido 0 lipo de acabamento, pintura, envernizamento ou enceramento, pais a

mesma determina a menor ou maior perfeir;:ao de execur;:ao e acabamento da superficie virgem das peryas.

4 Sempre que se trate de conjunlas que nao venham prontos da fabrica, e obriguem no eslaleiro aexecur;:ao de trabalhos de acabamento, colocayao de ferragens, etc., e de loda a vantagem considerar

rubricas separadas, de acordo com a origem das diferentes per;:as, pais ficara assim grandemente faci!itada

nao s6 a orr;:amentar;:ao, como ainda a propria aquisir;:ao na altura da execur;:ao da obra.

5 Tratando-se de elementos que venham prontas de fabrica, nao havera qualquer interesse na

separar;:ao das rubricas, caso dos estores, mas ja a mesmo se nao verifica quando 0 fornecimento, a

assentamenlo e 0 acabamento sao feitos por sub-empreiteiros diferentes, situar;:ao em que e de lodo

imprescindivel a referida separar;:ao.


11.2 Estruturas de madeira

a) As medic;:oes de estruturas de madeira serao, em regra, agrupadas nas

seguintes rubricas principais;

- estruturas de paredes ou divisorias;

- estruturas de pavimentos;

- estruturas de coberturas;

- estruturas diversas.

b) As escadas serao medidas pelas regras enunciadas no subcapitulo relativQ a

Escadas, e as estruturas de apaia au fixa930 de revestimento serao consideradas no

subcapitulo Revestimentos e guarnecimentos de madeira.

c) Regra geral, a mediyao das diversas pec;:as constituintes dos elementos da

estrutura devera ser reaJizada em rubricas pr6prias, obedecendo is regras seguintes:

1- Os perfis serao medidos em m, com indicac;:.3o da dimenS<3o das

respectivas secc;:oes.

2- Os perils com diferentes secgoes serao medidos em rubricas separadas_

3- Sempre que necessaria, os periis com comprimentos diferentes poderao

ser medidos em rubricas separadas 1.

4- As pegas com outro formato poderao ser medidas aunidade (un) ou em

m'.

d) As estruturas complexas, nameadamente as asnas, as estruturas farmadas por

elementos curvos ou de momenta de inercia variavel e as estruturas Jaminadas poderao

ser medidas aunidade (un) ou em m 3, consoante a criterio do medidor, que devera frcar

sempre expresso2•

e) As estruturas de pavimentos poderao ser medidas em m 2, com medidas iguais a

do respectiva revestimento3.

f) Nas estruturas de coberturas, as fileiras, rincoes, madres e varas serao medidas

em m. As ripas deverao medlr-se em m2

de vertente.

g) A determinagao das medidas para a calculo das medigoes obedecera as regras

seguintes4:

1- As medidas a considerar, qualquer que seja a unidade de medigao, serao

as do limpo das pec;:as, adoptando sempre as suas majores dimensoes.

2- Nao serao feitas deduy6es para entalhes e furos.

Curso sabre Regras de Mediyao na Canstru~o 135

1 Para alender avariac;:ao do custo do m 3 de madeira com 0 comprimento dos periis (vigas, barrotes

e pranchas)

2 E absolulamente indispensavel definir 0 criterio seguido na medic;:ao. 0 qual devera esclarecer ainda

as secryoes dos diferentes elementos constiluinles da estrutura, ate para atender avariac;:ao do custo por mJ

para as diferentes secyOes correntes.

3 No caso dos pavimenlos tradicionais de madeira, a mediyao da estrutura seria quantitativamente

igual ado solho.

4 Tanio quanta possivel devera procurar~seque as secc;:oes a utilizar sejam as correntes do mercado,

com vista a evitar as aesperdicios que. a existirem, deverao ser considerados na composh;:ao do prec;:o. Por

outro lado, nao podera deixar de se considerar, na medic;:ao, as comprimentos de encastramento e as

correspondenles a sobreposic;:oes au liga,.6es.


11.3 Escadas

a) As escadas de madeira, regra geral, serao rnedidas aunidade (un), inc/ulndo

todos as seus elementos principais e acessorios1

, com indica<;ao do numero de degraus

e das suas dimensoes principais.

b) Sempre que for conveniente, as diversos elementos das escadas podem ser

medidos separadamente em rubricas pr6prias. As unidades e criterios de mediy<3o a

aplicar neste casa serao as indicadas noutros subcapitulos relativDs a elementos

semerhantes2. Assim, as guardas seriam conslderadas no subcapitulo Guardas,

balaustradas e corrimaos, e as cobertores, espelhos e rodapes, no subcapituio

Revestimentos e guarnecimentos de madeira.

c) Os patamares, para efeito de medi9ao, serao sempre considerados como

fazendo parte dos pavimentos.

Pernas, guarda-chapins, guardas. rodape, cobertores, espelhos, pat,ne" '=1'_

;1 Neste casa, as pernas, guarda-chapins. rodapes, cabertores e espeIhlj', :>,,:rJ;~rn medidos em m.

Curso sobre Regras de Medic;:ao na Construc;:ao 137

11.4 Portas, janelas e outros elementos em vaos 1

a) As medir;oes serao efectuadas separadamente, conforme as elementos se

situem em:

~ paredes exteriores;

- paredes interiores;

- pavimentos;

- coberturas.

b} Regra geral, a medigao sera realizada a unidade (un), para a conjunto dos

elementos principais e acessorios, com indicagao das seguintes caracteristicas, alem das

indicadas nas Regras Gerais deste capitulo:

- constituir;ao2;

- tipo de movimento au modo de abrir;

- numera de folhas m6veis e fixas3;

- dimens6es;

- tipo de ferragens.

c) Os guarnecimentos de vaos de portas serao medidos separadamente em fubrica

pr6prja4

• A mediyao dos guarnecimentos sera feita em m, com indicar;ao das respectivas

secyoes.

d) A medir;ao de grades e caixirhos fixos, ainda que de dimens6es diferentes,

compostos par elementos semelhantes, podera ser realizada conjuntamente em m 2.

e) No enundado da mediyao, devera indicar-se sempre as medidas dos elementos

e as dimens6es totals entre faces do enquadramento do vaos, ou entre faces do

guarnecimento do vao6, no caso deste nao ser de madeira.

f) Os estores serao considerados no capitulo Elementos de Equipamento Fixo e

Move! de Mercado. As caixas de estore serao medidas aunidade (un).

g) A mediyao dos vidros sera incluida no capitulo relativo a Vidros.

h) Sempre que for conveniente, as ferragens e outros elementos secundarios

poderao ser medidos separadamente em rubricas proprias 7 sendo, neste caso, a

medi<;:ao de cada pega realizada a unidade (un), excepto os elementos com forma de

perfil ou de fitaN, que serao medidos em m.


, Esta rubrica considera, alem das portas e janeJas, todos ou outros elementos em vaos,

nomeadamente portoes, envidrayados, grades, alyapoes, cfarab6ias, etc.

Consideram-se vaos todas as aberturas praticadas nas paredes, que se destrnem quer acircula~ao de

pessoas ou equipamentos, quer ao arejamento ou simples jJumjna~o dos compartimentos ou ate a permitir

a visibilidade de compartimento para compartimento, ou destes para 0 exterior.

2 Devera ser perfeitamente definida a conslituiyao do elemenlo que preenchera 0 vao, indicando-se a

constituiyao da respectiva estrutura, se maciva, alveolar ou engradada com aJmofadas ou aberturas para

vidros, etc..

3 0 tipo de movimento ou modo de abrir deve ser especificado de acordo com a terminologia

constante do relat6rio respeitante aos Ensaios de Qualificayao de Componentes de Edificios, elaborado pelo

LNEC

4 Justifica-se a criteria indicado nao so porque para uma mesma porta 0 guarnecimenta pode ter

desenvolvimento diferente, de aeordo com a espessura da parede em que a mesma se situe, como ainda

porque a seu pormenor de exeeUl;:ao pode tambem variar, alem de que a proprio tipo de madeira pode nao

ser 0 mesmo da porta. Par outro lado nao e de modo nenhum pratico, na on;amenta9ao, integrar 0 valor do

guarnecimento no da porta, pelas razoes atras apresentadas.

5 Por guarnecimento do vao entende-se 0 conjunto de pevas fixas que se interpoem entre a parede e

o aro. servindo para fixaya.o deste, ou mesma da folha, no caso de nao existir aquele. Na ultimo casa, pode

ser de arc au de alisar. D'[z-se de arc quando e constituido par uma eslrutura que, fixada ao conlarno do

vao, serve de suporte afolha, caixilho ou porta, nao constituindo contudo revestimento deste. Diz-se de alisar

quando reveste lateral e interiormente 0 conlorno do vao, servindo simultaneamente de suporte afolha.

SPor enquadramento do vao ou contorno do mesmo compreende-se 0 limite definido pelos elementos

do guarnecimenlo, entre os quais se siluam a folha ou folhas, m6veis ou fixas

7 Especialmen!e quando a elementos seme/hantes corresponderem ferragens diferenles. Contudo, a

respeetiva medi9ao ficara sempre incluida neste capitulo

8 Como par exemplo, os vedantes.

Curso sobre Regras de Medi<;:ao na Constru~o 139


a) As medic;6es serao feitas separadamente, conforme as guardas au balaustradas

S8 situem em:

- escadas:

- varandas;

- coberturas.

b) Para 0 case das guardas de escada ver 0 subcapitulo Escadas.

c) Regra geral, a mediyao do conjunto dos elementos da guarda sera realizada em

m, sendo as medidas determinadas perc desenvolvimento do corrimao.

d) Sempre que necessaria, a mediyao de cada um dos elementos das guardas e

balaustradas pode ser feita separadamente, sendo, neste case, as balaustres medidos aunidade (un) e as Qutros componentes' em m.

e) Os trDyos curvo.s das guardas, balaustradas e corrimaos serao medidos

separadamenteaunidade (un)

1 Oeduz-se desta regra que os corrimaos isolados serao medidos em m, sendo a medida a do seu

maior comprimento.

140 Curso sabre Regras de Medj~a na Constru~o

11.6 Revestimentos e guarnecimentos de madeira

a) Regra geral, as medigoes serao realizadas de acordo com as regras indicadas

no capitulo Revestimentos, seodo no entanto incJufdas neste capftulo quando estes

trabalhas forem realizadas pelo empreiteiro de carpintarias.

b) as rodapes e as sancas serao discriminados em rubricas proprias, com a

indicac;ao da sua secg8.o. A medig.3o sera realizada em m. 0 comprimento sera medido

sabre 0 paramenta em que estiverem colocadas.

c) As estruturas leves au ripado para suporte au fixag80 de revestimentos seraa

medidos em m l. As rnedidas para a determinag30 da mediyao serao as dos respectivQs

revestimentos.

11.7 Divis6rias leves

a) As divis6rias leves e as gradeamentos de vedag8.o sen30 medidos em

incluindo as respectlvas estruturas.

11.8 Equipamentos

,m,

a) As medigoes dos elementos de equipamento serao agrupadas nas seguintes

rubricas:

- Equipamento fixo':

- Equipamento movef.

b) Regra geraJ, a medigao sera realizada a unidade (un), incluindo todos os

elementos principais e acess6rios.

c) Os armarios fixos integrados em paredes poderao ser medidos em m 2, desde

que as gavetas e pratefeiras sejam medidas separadamente aunidade (un), OU constem

apenas de aros e portas. Neste caso, as medidas para a determinagao das medigoes

serao as da 5uperficie vista do exterior.

1 Como por exemplo: roupeiros e armarios fixos, caixas de correio e de contadores, etc.

2 Refere-se em geral a todo 0 mobiliario.

..Curso sobre Regras de Medi~o na Constru~o '4'

12. SERRAlHARIAS

12.1 Regras gerais

a) As medic;oes de serralharias 1 serao individualizadas nos subcapitulos seguintes:

- serralharias de aluminlo2

- serralharias de ago e outro metais.

b) As medi«6es serao individualizadas em rubricas pr6prias de acordo com as suas

principals caracteristicas, nomeadamente as seguintes:

- natureza do metal ou das ligas ou dos seus elementos principais;

- secc;oes nominais e forma dos elementos constituintes;

- meies de fixac;ao e ligac;ao entre per;8S e de assentamento dos elementos;

- tipo de protecy.3o e acabamento3;

- condig5es de execw;ao.

c) Regra geral, a medi9:i0 englobara as operayoes de fabrico, fornecimento e

assentamento, incluindo os elementos principais e acess6rios, nomeadamente.

ferragens, vedantes, bites, etc.;

d) Sempre que for conveniente, as operagoes da alinea anterior podero3o ser

separadas em rubricas pr6prias;

e) Devera indicar-se, no enunciado das medigoes, os meios de fixago3o e ligago3o

das pegas. Quanta <'s ferragens, as caractedsticas principais a indicar serao:

~ tipo de ferragem;

- natureza do metal constituinte;

- tipo de protecgao e acabamento;

- dimensoes;

- meios de fixaC;30

f) Regra geral, a pintura e outros acabarl)entos semelhantes ser80 considerados na

rubrica Pinturas, principalmente quando estes trabalhos forem executados no estaleiro.

No entanto, a mediy80 compreendera a decapagem 4 e a apHcay80 sabre as elementos

Curso sobre Regras de Mediyao na Conslru~o 143

duma protecvao, sempre que as especificavoes do projecto exigirem a execuc;ao destes

trabalhos antes do fornecimento daqueles elementos.

1 As mediy6es de estruturas metalicas serao integradas na rubrica relativa a Estruturas mecalicas.

2 Das serralharias de aluminio salienta-se a caixilharia constituida par perfis de aluminio, cuja

utilizalfao tern vindo a ser muito considerada em componentes de edificios, nomeadamente em janelas,

portas, divis6rias e em fachadas-cortina. Independentemente dos preryos do minario, a tecnologia de

extrusao dos perfis deve ser acompanhada por rigaroso controle de qualidade, nomeadamente quanto aexecuryao e manutenyao das matrizes de extrusao e no controle dimensional e de Iinearidade dos perfis

extrudidos, com relevancia acentuada nos casos de perfis de see<;:oes transversais complexas.

Por outro lado, as perfis de afuminio necessitam de uma protecyao (anodizayao ou termolacagem)

que, devido aos grandes consumoS energaticos envolvidos, tern incidencia muito significaliva no custo final.

Oeste modo, devera ser especificada na descrilfao lodas as caracteristicas necessarias para considera~o

no preryo a estabelecer pelo orr,;;amentista, como se refere na alinea seguinte das presentes regras gerais.

3 Devido ao ataque dos agentes almosfaricos, torna-se necessaria nos perfis de aluminio uma

protecyao anli-carrosiva, bern como a necessidade de fazer referenda distinta ao tipo de prolecryao, isto a,

aluminios anodizados e termolacados, pois a cada um deles sao associados diferentes custos e tecnicas

para a sua obtenr;ao

A anodizaryao de perfis de aluminio e efectuada par processo eletrolitico de oxidalfao superficial do

male rial e nem sempre a verificada a satisfar;ao de especificaryoes relativas acamada de anodizar;ao exigida

(conforme a agressividade do ambiente ande van ser aplicados), nem as relativas a exigencia da

colmatagem posterior dos paras da camada de oxidao:;:ao criada, ([26J a [28]), padendo assim ser verificadas

difereno:;:as acentuadas nos preryos de venda devido ao grande consumo energatico envolvido em cada caso.

Salienta-se que 0 pracesso depende do tempo de passagern da corrente elactrica.

Os perfis anodizados podem ainda apresentar cores que vao desde 0 cinzento do aluminio produzido

nas condiryoes referidas, ao anodizado colorido devldo aintrodur;ao nos poras da camada an6dica e anles da

operalfao de colmatagem, de pigmentos inorganicos ou organicos.

A termolacagern, ou mais simplesmente lacagem de perfis de aluminio a um tratamento de

superficie cuja diferenrya principal relativamente a anodiza~o consiste na aphcary<3o ao perfil. de uma tinta,

pulverizada na superficie do aluminio previamente tratada, e potimerizada em estufas que podem atingir

temperaturas a cerca de 220°C. Esle pracesso permite a comercializa<;:ao dos perfis com varias cores e tern

vindo a ser utilizados como alternativa significativa aos aluminios anodizados. Refira-se que os consumos

energeticos para a lermolacagem a menos de metade dos devidos a anodiza<;:ao, todavia exislem varios

tipos de tintas com custos e caracteristicas diferentes.

4 Em serralharias de alfo, havera que considerar a decapagem e metalizar;ao, sempre que as

especificar;oes do projecto a eXigirem. Como ja foi referido na nota anterior nas serralharias de aluminio

havera que considerar a anodiza~o ou a lermolacagem bern como a respectiva protec<;:ao ata ao

acabamento dos trabalhos de montagem na obra.

144 Curso sabre Regras de Medi~o na Construyao

12.2 Portas,janelas e outros componentes em vilos

a) As medigoes serao efectuadas separadamente, conforme as componentes 5e

sitvern em:

- paredes exteriores;


- pavimentos;

- coberturas.

b) Regra geral a medigao sera realizada <3unidade (un) para 0 conjunto das partes

principais (guarnecimentos au arcs, caixilhos fixos au folhas moveis) e acess6rios, e

individualizadas em rubricas proprias de acordo com indica9<3o das seguintes

caracterrsticas:

- natureza do metal au das ligas ou dos seus elementos principals;

- secgoes nominais e forma dos elementos constituintes;

- meios de fixay<3o e ligag<3o entre pe9as e de assentamento dos elementos;

- tipos de revestimento e de acabamento;

- classe de permeabilidade ao ar, de estanquidade aagua e resistemcia is

acc;oes do vento (AEV)l~

- tipo de movimento au modo de abrlr;

- numero de foJhas m6veis e fixas;

- dimens6es;

- tlpo de ferragens.

c) Nos casos em que 0 unico elemento metalico do VaG seja a aro ou 0

guarnecimento2, a medic;ao sera em m.

d) A mediC;ao de caixilhos fixos e grades 3, ainda que de dimens6es diferentes mas

de composic;ao semelhante, podera ser realizada conjuntamente em m 2. A medic;ao dos

respectivos aros considera-se incluida naquela area.

e) No enunciado da medic;ao devera indicar-se sempre as medidas dos

componentes e as dimens6es totais entre faces do enquadramento do vao 4• 0 medidor

devera considerar as dimens6es entre faces interiores do guarnecimento do va0 5 no caso

deste nao ser metalic06.

o Os estores serao considerados no capitulo relativo a Elementos de

Equipamento Fixo e M6vel de Mercado. As caixas de estore serao medidas a

unidade (un).

Curso sobre Regras de Mediyao na Construr;8o 145

g) A mediyao dos vidros sera incluida na capitula Vidros.

h) Sempre que necessaria, as ferragens paderaa ser medidas separadamente em

rubricas pr6prias7 sendo, neste casa, a mediyao realizada aunidade (un).

1 Das exigencias funcionais aplicadas a janelas, all~m das de seguranya e de durabilidade, salientam

se as de habitabilidade (confarta termico de Inverna e de Verao), conforto acustico e safubridade, em que as

parametros de permeabilidade ao ar e de estanquidade aagua, par serem dependentes da quantificavao da

aCyao do vento (factores de vefocidade e rugosidade caracteristica do lerreno) e da localizayao do edificio e

da janela no edificio (cota aeima do terreno e prolect;:ao ofereeida par oulras construyOes), sao considerados

de grande importaneis.

Com base no RSAfP {13] e em esludos realizados no LNEC [15], que contempfam uma influencia

diferente da rugosidade do cerreno para permitir a inclusao de edificios isolados em locais pIanos e em

relayao aos quais os vaJores indicados no RSAEP sao insuficientes, foi tam bern considerada a possjbilidade

de existir proceC/;ao contra a vento, que reduz 0 efeito na fachada onde a janela esta instalada.

D zonamenro considerado e c1assificado de Zona A e de Zona B. Da primeira, fazem parte a

generalidade das regioes (excepto as siluadas em locais que conduzem a uma exposiyao ao venIa

desfavoravel, como e 0 casa de alguns vales e estuarios) e, da segunda, os arquipelagas dos Ayores e da

Madeira e as regi6es do continente siluadas numa faixa costeira com 5 km de largura au a altitudes

superiores a 600 m.

Para cantemplar a rugosidade aerodinamica do solo foram estabelecidos os Ires tipos de rugosidade:

. lipo I, para locais situados no interior de zonas urbanas em que predominem aS edificios de

media e grande porte;

- lipo II, para a generalidade dos restantes locais, nomeadamente os rurais com algum relevo e

as situados na peri feria de zonas urbanas:

tipo III, para locais situados em zonas planas au nas proximidades de extensos planas de

agua nas zonas rurais.

Quanto a altura aelma do solo as janelas sao caraclerizadas ate alturas que nao excedam 100 m

(medida desde a cota media do solo no local da construvao ate ao centro da janela), devendo para Iocais

mais altos a caixilharia ser objecto de estudos especificos. Sao assim estabelecidos as seguintes valores

limite para altura de janelas, seme!hanles a; alturas de referencia para edifieios definidas no RSIEH [16J:

- altura aeima do solo inferior a 10m (de uma forma geral ediffcios ate 3 pisos);

- altura acima do solo compreendida entre 10 m e 18 m {inclui em geral edjfieios ale 6 pisos;

- altura acima do solo compreendida enlre 18 m e 28 m (em geraf edificios ate 9 pisos);

- altura aeirna do sofo compreendida entre 28 m e 60 m (em geral edificios ale 20 pisos);

- altura acima do solo compreendida entre 60 m e 100 m (em geral edificios ale 34 pisos),

o efeda de proleer.;tJO lem em considerayao a protecyao contra 0 vento conferida par outras

conslruy6es, dislinguindo-se as dassificayoes de faehada abrigada e fachada nao abrigada quantlficadas de

acordo com as distancias existenles entre fachadas de edifieios (ale 15m e entre 15 e 30m) (15].

No quadro seguinte apresentam-se as classes de janelas a considerar em funyao das alturas acirna

do solo, zonarnento do local do edificio e do efeito de protecyao, para as rugosidades do tipo I, II e III

anteriormente referidas.


Fachadas Fachadas naa abriaadas

Cota abriQadas Reqiao A Reqiao B

(m) I e II I " III I " "A1 A1 A2 A2 A1 A2 A2

< 10 El E1 E2 E3 E2 E2 E3

V1 V1 fA) V2 V3 V2 V2 V3

A1 Al A2 A2 A1 A2 A2

10 a 18 E1 E2 E2 E3 E2 E2 E3

V1 V2 V2 V3 V2 V3 V3

A1 Al A2 A2 A2 A2 A2

18 a 28 El E2 E2 E3 E2 E3 E3

V2 V2 V3 V3 V2 V3 V3

A2 A2 A2 A2 A2 A2

28 a 60 E2 E3 E3 E3 E3 E4

V2 V3 V3 V3 V3 '"A2 A2 A2 A2 A2 A3

60 a 100 E3 E3 E4 E3 E4 E4

V3 V3 V3fB ) V3 V31Bl ,e>

1"1 • A ulilizayao de jal1elas V1 e aceilallel nos casas em que 0 coeflQenle de pressao nao e~cede 1,1 Em situao;::oes maisgravosas delle optar-se por utilizar janelas Vi que adicionalmente satisfat;am as condio;;oes impostas no ensaio dedeforma9ao apressao de 620 Pa au Ulilizar janelas V2

(HJ _A utilizayao de )ane1as V3 e IImitada a alturas ate 80 m.

lei Para estas e~posi<;;Oes a resistEmcia mecanica das jane1as deve ser superior aexigivel a uma jane1a com a dassflca~o V3 edetenninada de acorda com 0 RSAEP [13]

Salienta-se que a select;:.3o das janelas recomendada no quadro refere-se a extgencias minimas,

sendo portanto do ponto de vista tecnico aceiUlvel a especifica9§o de uma janela com a classificat;:.3o A3 E3

V3 num local para 0 qual e satisfat6rio apenas a dassificat;:ao A1 E1 V1 Esta situayao devera ser em regra

evitada uma vez que lem custos acrescidos.

2 Sucede em determinados tipos de obra, a necessidade de que 0 guarnecimento do VaG seJa

metalico, por exemplo portas de corredores de hospitais sujeitas apassagem frequente de macas, embora a

respectiva folha seja de madeira. Neste caso, as pe9as em madeira serao consideradas no capitulo relativo

a Carpintarias.

3 Refere-se exclusivamente a caixilhos com ladas as folhas fixas.

4 Par guamecimcmo do VaG entende-se 0 canjunta de pe93s fixas que se interp5em entre a parede e

a aro, servindo para fixa9.3o desle, ou mesmo da folha, na caso de nao existir aquele. Na ultimo caso, pade

ser de aro au de alisar. Diz-se de aro quando e constituido por uma estrutura que, fixada ao contorna do

vao, serve de suporte atolha, caixilho au porta, nao constituindo contudo revestimenta deste. Diz-se de alisar

quando reveste lateral e interiormenle 0 contorno do vao. servindo simultaneamente de suporte Molha.

Curso sobre Regras de Medi~ona Constru~ao 147,i

5 Par enquadramento do vao ou conlOrno do mesmo compreende-se a limite definido pelos

elementos do guamecimento, entre os quais se situam a folha ou folhas, m6veis au fixas.

6 Para portas, a altura sera limitada inferiormente, em qualquer dos casas, pelo nivel superior do

revestimento dos pavimentos ou das soleiras.

7 Especialmente quando a elementos semelhantes corresponderem ferragens diferentes. Contudo, a

respectiva mediyao ficara incluida neste capitulo,

148 Curso sabre Regras de Mediyao na Construyaa

12.3 Fachadas-Cortina'

a) As medir;oes serao efectuadas separadamente, Gonforme as elementos

constituam:

- Fachada-Cortina Continua 2;

- Fachada-Cortina Verticalmente lnserida3;

b) Regra geral, a mediyao sera realizada ao m 2, para 0 conjunto dos elementos

que constituem a fachada-cortina (montantes e travessas4, bites, vedantes e

elementos de fixa.;ao5).

c) No enunciado da medi9.3o devera indicar-se sempre a designayao da fachada-

cortina6, bem como da indic8g.30 das caracteristicas seguintes;

- natureza do metal ou das Iigas OU dos seus elementos principais;

- meios de fiX8r;ao e ligag.3o entre pe98s e de assentamento dos elementos;

- tipos de revesttmento e de acabamento 7;

- classe de permeabilidade ao ar, de estanquidade aagua e resistEmcia ffi

acc;oes do vento (AEV)8;

- trpo de movimento ou modo de abrir das partes movers;

- dimensoes;


d) A medig80 dos vidros sera incluida no capitulo Vidros.

e) Sempre que necessaria, as ferragens paderao ser medidas separadamente em

rubricas proprias9 sendo, neste caso, a medigao reaJizada aunidade (un).

1 Segundo OLIVEIRA BRAZ [29), como consequencla do desenvolvimenlo tecnol6gico e das

lend€mcias arquitect6nicas nos edifidos, as areas envidrar;:adas tem vindo a ser progressivamente

aumentadas, sendo actualmente muito consideradas como solur;:oes de revestimento total da envolvente

vertical do edifido atraves das designadas fachadas-cortina.

As primeiras fachadas-cortina aplicadas e ainda actualmente consideradas sao constjtuidas por uma

estrutura reticulada de perfis de aluminio visiveis do exterior e cUjos vaos sao preenchidos por vjdros fixados

por aparafusamento pelo exterior de um perfil denominado Bite e sendo assim designadas norma/mente por

Fachadas VEB (Vidros Exteriores com Bites).

Tendo em vista a reduyao maxima dos perfis met<'lIicos nas fachadas, previlegiando a maior area de

vidro passive!, tem sido consideradas fachadas-cortina em que a estrutura de aluminio fica oculta do

exterior, sendo as vidros directamente colados ao metal de suporte atraves de colas especiais de silicone,

Curso sabre Regras de Mediyao na Construyao '49

L:

eliminando-se assim os bites de fixayao. Estas fachadas-cortina designam-se vulgarmente por Fachadas

VEe (Vidros Exteriores Colados).

Salienta-se ainda que desde 0 inicio da decada de 90, a aplicayao destes componentes nos edificios

tem crescido fortemente em Portugal, sendo actualmente vulgar a utilizayao de fachadas-cortina VEB em

edificios de habital;:ao e adminislrativos e as fachadas-cortina VEe com aplical;:ao jil significaliva nos

edificios adminislrativos.

;< Fachada [eve com um au varios panos

todos eles posicionados afrente do bordo da laje

e que nao e inlerrompida pelas paredes divis6rias

ou pelos pilares do edificio.

3 Fachada leve com urn ou varios panos

todos eles posicionados a frente do bordo da laje

mas que e interrompida pelas paredes ou pelos

pilares,

150

Fachada-Cortina

Fachada-Cortina

Inserida

Curso sobre Regras de Mediyao na Construyao.Jf,:":'~

.>.

4 Os montantes e as travessas sao as

elementos principais de suporte da fachada,

dimensionados para satisfa~o das exigencias

relativas a:

esfon;;os devidos a ac~o do venlo e ao

peso proprio da fachada;

- efeitos das varia<;oes dimensionais de

origem termica;

choques provenienles do exterior e do

interior;

- deforma«6es de fundonamento inferiores ffi

admissiveis.

devendo assim serem concebidos e Laje

"~C..~

Co

='E

Montante5 A concep<;3o e 0 dimensionamento dos

elementos de ligayao da fachada ao edifido

deverao ler em Gonta, nomeadamenle as

exigencias relativas a:

- Iransmitir aestrutura do edificio as esfor<;os verticais resultantes do peso prOprio da fachada

e as esforyos hOrlzontais devidos aac<;BO do vento;

- permitir as varia<;oes dimensionais de origem termica das estruturas de suporte da fachada

cortina_

~ possibilitar a eventual desmontagem da fachada

Curso sabre Regras de Medi<;ao na Constru<;a0 151

Montante

Travessa6 Fachadas VEB (VidroS EXleriores

com Biles) constituidas por estrutura

reticulada de perfis de aluminio e cujos vaos sao

preenchidos par vidros

aparafusamento pelo exterior

denominado Bite.

fixados par

de urn perfil

Fachadas VEC (Vidros Exteriores

aluminio em que as vidros 'sao directamente

colados ao metal de suporte atraves de colas

especiais de silicone.Vidros

Colagem estrutural

'-.'-;1c·

~I

r,nressa 2 r

h:f==-;E"cO I'-II---Vedante '...........~.._.---i

Perfil de colageiTI estrutural

Colagem deEstanquldade

L-.....,constituidas par estrutura deColadas)

7 Cor do revestimenlo anodico e valor nominal da espessura da camada, bern como de colmatagem

eficaz. Cor, brilho e espessura do revestimenlo por lacagem, bern como exigencia de revestimento anti

corrosivo das peyas de ayo integradas na fachada-cortina (de preferencia galvanizayao a quente par

mergulho)_

8 Sendo as fachadas-cortina de aIuminio e vidro constituidas, alem do vidro e dos sistemas de

fixayao a estrulura de suporte de todo conjunlo, por perfis de aluminio complementados par perfis de

vedayao e acessorios diversos (conjunto de materiais denominado Serie de A/um/nio), devem tambem ser

aplicadas as exigeneias estabelecidas na alinea b) do subcapitu!o Portas, jane/as e outros elementos em

vaos,

Salienta-se que no nosso pais as Series de Aluminio sao concebidas, fabricadas e comerdalizadas

na forma de Kit, sendo 0 gamista (enlidade responsaveJ pela seriel responsavel apenas pela quaJidade da

serie que fomeee, escapando-lhe totalmente a eonduyao das etapas da sua inslalayaa nOS edif1cios,

nomeadamente quanto a

- adaptayao a soluyoes arquilectonicas do edificio;

- aos elementos de enchimento em vidro e respectiva produyao;

a execuyao da caixilharia e a sua montagem na obra, tarefa que deve ser atribuida a

instaladores especializados na serie:

- ainspecyao e ensaio da caixilharia, que e uma atribuiyao do controlo da Qualidade da obra.

152 Curso sabre Regras de Mediyao na Constrw;ao

Salienta-se assim que, tal como foi referido no sUbcapftulo Principios de base, podendo as

medis:oes ser elaboradas a partir do projecto au da obra e as regras de mediyao serem aplicaveis a ambos

as casos, na mediyao sobre projecto, os medidores devem ter conhecimento para poderem equacionar e

procurar esdarecer, juntos dos aulores dos projectos, as faltas de infonnas:ao que sao indispensaveis a

determinayao das medis:oes, ao calculo dos custos dos trabalhos e ao born desempenho dos trabalhos a

especificar.

9 Especialmente quando a elementos semelhantes corresponderem ferragens diferentes. Contudo, a

respectiva mediyao ficara inclufda neste capitulo.



a) As medi90es serao feitas separadamente conforme as guardas 58 situem em:

- escadas e patamares;

- varandas;

- coberturas.

b) Regra geral, a medig<3o sera realizada em m para 0 conjunto dos elementos,

sendo as medidas determinadas pelo desenvolvimento do corrimao.

c) Sempre que necessaria, a mediy80 de cada urn dos componentes das guardas

pode ser feita separadamente sendo, neste casa, as balaustres medidos aunidade (un)

e os Qutros componentes em m.

12.5 Revestimentos

a) Regra geral, as medic;:oes serao realizadas de acordo com as regras indicadas

no capitulo Revestimentos.

b) As estruturas leves au grades de suporte, para apoio au fixayao de

revestimentos, serao medidas em m2,

12.6 Divisorias leves e gradeamentos

a) As divis6rias leves e os gradeamentos metalicos1 serao medidos em m 2,

incluindo a respectiva estrutura.

12.7 Equipamento

a) As mediyoes de equipamento ou de componentes de equipamento serao

agrupadas nas seguintes rubricas:

- Equipamento fixo;

- Equipamento move!.

b) Regra geral, a mediyao sera realizada a unidade (un), incruindo todos os

elementos principais e acessOrios. No entanto, sempre que necessario, a medi9ao de

cada componente do elemento a medir pode ser feita separadamente utilizando-se a

mesma unidade de mediyao.

154 Curso sabre Regras de Mediyao na Constru~o

c) As portas de elementos de equipamento cujas outras partes sao executadas

com material nao metalico, serao medidas segundo as regras indicadas na rubrica

Portas, janelas e outros elementos em V30S, nomeadamente na alinea cf

1 Nomeadamente grades divis6rias no interior do edificio e grades de veda~o

2 c) Nos casos em que 0 (mica elemento metalico do vao seja 0 aro ou 0 guarnecimenlo, a mediyao

sera em m, caso por exemplo de portas de corredores de hospitais sujeitas apassagem frequente de macas,

embora a respectiva folha seja de madeira. Neste caso, as peyas em madeira serao consideradas no

capitulo relativo a Carpinrarias.

II,,


13. PORTAS E JANELAS DE PLAsTICO

13.1 Regras gerais

a) As medig6es serao efectuadas separadamente, conforme os elementos 58

situem em:

- paredes exteriores;


~ coberturas.

b) Regra gera!, a medic;:ao sera reaJizada a unidade (un), para 0 conjunto de

elementos principais e acess6rios comuns, com indicac;:8.o das suas caractedsticas,

nomeadamente:

- caracterizagao e especificac;:ao dos perfis adoptados, do plastico utilizado e

da cor escolhida.

- tipo, descric;:ao e localizac;ao dos refaryos incorporados'.

- meios de lig89<30 entre as pec;:as das folhas e da fixac;ao destas aos aros au

guarnic;:oes2.

- constituic;:8.o, numero de folhas de cada unidade e tipo au modo de abrir3.

- dimensoes.

- tipo e material de constituic;:ao das ferragens de movimento e manobra e

respectivo acabamento.

- quando com zonas envidrac;adas, caracterizar 0 modo e/ou material de

fixa9ao dos vidros.

c) No enunciado da medic;ao, devera indicar-se sempre a dimensao do

enquadramento de cantaria ou alvenaria, como 0 vivo de luz do arc ou guarnecimento4•

d) as arcs ou guarnecimentos, quando destacaveis, serao medidos

separadamente em rubrica propria5, devidamente caracterizados e em m.

e) as estores serao considerados no capitulo relativo a Elementos de

Equipamento Fixo e Movel de Mercado, no entanto, quando a caixa do enrolador

(bobine) constitua prolongamento do aro e do mesmo material, devera ser medida em


conju nto com este. Nestas condigoes, a medigao passara a ser a unidade (un) bem

caracterizada.

f) A medir;ao' dos vidros sera incluida no capitulo Vidros.

t De um modo geral, a tipo, descriyao e localizayao dos reforyos deverao constar dos pormenores,

sobretudo no que diz respeito aos reforyos de rigidez e Iigayaes entre peyas, como na compensayao dos

cortes e aberturas para ferragens de movimento, manobra e fecho.

2 No que respeita ao assentamento, devera definir-se bem, nao s6 a modo como a mesmo se

efectuara, como a localizayao e tipo dos acess6rios de fixayao. Esta recomendayao adquire especial

relevancia quando se trate de portas ou janelas de batente, porquanto neste tipo de componentes, a cada

fixayao devera corresponder urn reforyo com caraclerfsticas apropriadas e que deverao ser incorparadas no

fabrico.

3 Par unidade, devera indicar-se a sua conslituiyao (falhas fixas e m6veis) e 0 tipo de movimenta9ao

e fecho adopladas. Quando para folhas m6veis se preveja dais tipos de movimento possiveis (batente

basculante au guilhotina) devera indicar~se 0 tipo de comando previsto.

4 0 que caracleriza a dimensao do vao e a limite definido pelos elementos da guarni9aa au aro,

excluidos as buceis, e ha casas em que as folhas (sobreposlas ou de caner) exigem dimens6es superiores a

dimensao nominal do vao. Oai a recomendayao.

s Justifica-se 0 criterio proposto, quando 0 fornecimento e assenlamento devam ser praticados em

fases dislintas e quando em vaos inleriores, para 0 mesma tipo e dimensao de falhas, existam alisares com

Jarguras diferentes, impostas par diferentes espessuras de paredes.

158 Curso sabre Regras de Mediryao na ConstrUl;:ao

14. ISOLAMENTOS E IMPERMEABIUZA<;OES

14.1 - Regras gerais

a) As medj~6es serao agrupadas em dais subcapitulos correspondentes aos

diferen{es trabalhos a realizar':

- isolamentos;

- impermeabinza<;:oes.

b) No enunciado da mediyao devem ser explicitadas as caracterfsticas dos

materiais, bem como 0 seu modo de corocac;:ao em obra, nomeadamente:

- natureza dos materiais constituintes;

- condic;6es de execug3o.

1 A individualizagao das medic;:6es nos dais subcapitulos considerados e, naG s6 desejavel mas

eXigivel dada a caracterislica aut6noma dcs trabalhos a efectuar e que justificaria, par sl 56, tratamento em

capilulos independentes. Estes traba/has agruparam-se num unieD capitulo porque, de certa modo, S8

manffesta a tendencia de serem realizados pelo mesmo empreiteiro.

Curse sobre Regras de Mediyao na Conslruyao 159

14.2 Isolamentos

14.2. 1 Regras gerais

a) Consideram-se neste sub-subcapitulo as isolamentos referentes a tada a

construyao, com excep~ao dos destinados a canalizaf;oes;

b) As medi90es serao agrupadas em rubricas correspondentes a natureza dos

isolamentos a realizar1;

- isolamentos termicos2;

_isolamentos acusticos 3.

c) Em cada urn destes par<3grafos, as medi90es devem ainda separar-se em

rubricas, consoante as caracteristicas do tipo de isolamento preconizado4,

nomeadamente:

- isolamento com pIacas au mantas;

- isolamento com material a granel ou moldado "in situ";

- sistemas de isolamento composto.

IA separayao da mediy30 dos trabalhos de isolamento em dais paragrafos - isolamentos termicos e

acusticos - e necessaria par tqueles corresponderem, de forma geral, execuyoes distintas e a utifiza~o de

materiais diferentes.

'60

,

A - Laje de cobertura

B - Impermeabilizayao

C - Isolamento termica

o - Camada de forma

E - Camada de betonilha

F - Lajelas de sambreamento

C=:==FB 0A

Isolamento termico com placas{Cobertur it invertida)

lsolamento termico com placas

",==~===i.B

~~com material a granel

Curso sabre Regras de Mediyao na Construyao

1 - Isalamenta acustica com bandas

- Bandas de fa mineral com 0.25m de

largura, sabre 0 pavimenla

2 - Isolamento acustica com material a granel

- Cinzas (residuas de combuslao) sabre

feltras betuminosas

3 - Sistema de isolamento acustico

- Telas de la mineral e n6dulos au flacas de

la mineral

1501anlento acustico corn band as

Isolarnento acusticocorn material a gr anel

Sistema de isolanlento acustico

4 0 interesse em individualizar em rubricas pr6prias consoante as caraclerislicas do tipo de

isalamento preconizada advem de depender desle. dum modo geraC a forma de mediyao (ver notas

anleriares).

Curso sabre Regras de Mediyao na Canstruyao 161

14.2.2 Isolamentos com placas au mantas

a) A mediy<3o de isolamentos aplicados com desenvolvimento em superficie e

executados quer par placas au por mantas, sera realizada em m2•

b) A mediyao de isolamentos com desenvolvimento linear, de largura constante e

limitada, executados com placas ou bandas, sera realizada em m (definindo-se a

respectiva largura).

14.2.3 Isolamento com material a granel au moldado "in situ"

a) A medig<3o de isolamentos com material a granel sera realizada em m J,

b) Poderao, todavia, ser realizadas em m2 de superficie isolada, desde que a

espessura do material de isolamento seja canstante - ou varie linearmente, de forma a

ser passiveI considerar-se 0 seu valor medio - e se tenha em atengc10 0 referido na

alinea b)J das Regras Gerais do capitulo Isolamentos e impermeabilizar;6es,

1 b) No enunciado da mediyao devem ser explicitadas as caracteristicas dos materiais, bem como a

seu modo de colocayao em obra, nomeadamente


- condiyoes de execuyao

162 Curso sabre Regras de Mediyao na Canstruyao

14.2.4 Sistemas de iso/amento composto

a) No caso dos sistemas de isolamento termico ou acustico, os seus elementos

constituintes deverao ser medidos conjuntamente numa (mica rubrlca, considerando que

os trabalhos sao executados pelo mesmo empreiteiro.

14.2.5 Traba/hos acessorios

a) A mediyao de dobras au sobreposiy6es sera realizada em m, tendo-se

particularmente em atenyao as prescrifYoes ja referidas na alinea b) das Regras Gerais

deste capitulo. Podera, todavia, ser realizada em m2, no caso de dobras ou

sobreposiy6es executadas por prolongamento dos materials aplicados em superficie

corrente.

b) A medi<;:ao de outros trabalhos de isola mento, necessarios para a passagem de

canalizayoes, chamines, condutas diversas, ou para as ligayoes na periferja do

isolamento, sera realizada, quer a unidade (un) quer ao metro (m), precisando-se as

caracteristicas dimensjonais e particulares do trabalho considerado.

14.3 Impermeabilizat;oes

14.3.1 Regras gerais

a) As mediyoes serao efectuadas de modo a serem individualizadas em rubricas 1

propnas, correspondentes aos diferentes trabalhos de impermeabilizayao,

nomeadamente:

- jmpermeabilizagao de coberturas em terrayo au inclinadas;

- impermeabiliza9ao de elementos verticais;

- impermeabilizafYao de elementos enterrados;

- jmpermeabillzayao de juntas.

b) As medifYoes englobam a fornecimento e 0 assentamento de todos os materials

e acessorios necessarios aexecu980 dos trabalhos de impermeabilizay.3o.

1 A individuaJiz81(<30 em rubricas pr6prias dos trabalhos de impermeabilizay<3o em coberturas em

terrayo, paramentos verticais. elementos enterrados e juntas, e necessaria por aqueles trabalhos

implicarem, de forma gera!. execuyOes distintas e aplicarem materiais diferenciados.

Cursa sabre Regras de Mediyao na Construyao 163

14.3.2 Impermeabilizaqao de coberturas em terraqo ou inc/inadas

a) As camadas de forma de espessura variavel para a realizac;ao de pendentes em

coberturas em terrac;o serao medidas em m2 de superffcie coberta, devendo ser indicada

a sua espessura media. No caso de nao ser atribuida ao empreiteiro de

impermeabiliza90es a realizac;ao daquela camada de forma, a sua mediC;ao devera ser

incJuida em geral no capitulo Revestimentos, ou particularmente no capitulo

Isolamentos, se se tratar de camadas com func;ao simultanea de isolamento termico t.

b) A medic;ao do sistema de impermeabilizaf;3o - betume asfaltico vazado a

quente, emulsoes betuminosas, feltres au telas betuminosos, membranas betuminasas

au sinteticas, etc. - sera efectuada em m2 de superficie coberta. Esta superficie e

calculada a partir das faces das platibandas ou dos bordos interiores das caleiras

perimetrais, quando estas existam.

c) A medic;ao de caleiras, relevos e protecc;oes da impermeabilizac;ao, na sua

ligac;ao a platibandas e cdnstruc;oes emergentes da cobertura (muretes de juntas de

dilatac;ao2 aberturas de iluminaC;8a ou ventilac;ao etc.), sera realizada em m. No caso de

elementos de pequena dimensao3- com desenvolvimento inferior a 1,00 m a medi980

devera ser realizada par unidade (un). No caso de aberturas de ventilac;ao au

iluminac;ao de pequena dimensao4 justifica-se a sua medi9ao aunidade (un).

d) A medic;ao de camadas de protecf;ao da impermeabilizac;:ao sera. efectuada em

m2 de superficie coberta, com indica9ao da sua espessura e canstituic;ao.

Consideram-se camadas de protecc;ao, samente as realizadas pelo empreiteiro de

impermeabiliza9ao. Assim, revestimentas de ladrilhos ou lajetas de sombreamentoS,

devem ser medidos no capitulo Revestimentos.

e) As superficies das aberturas de esgotos pluviais, de chamines au de autros

elementos 56 serao deduzidas, nas camadas de forma, impermeabilizac;ao e camadas

de protec9ao, quando as suas areas forem iguais ou superiores a 1,00 m 2.

o Todos as trabalhos complementares de drenagem de aguas pluviais - rufos,

funis, grelhas de protec930, tubas de queda - serao medidos pelas regras indicadas no

capitulo relativa a Coberturas.

1 A inclusao no capitulo Revestimcntos da camada de forma justifica-se sempre que se considere a

sua execuyao pelo empreiteiro gera1, para assim ser possivel individualizar as mediyoes correspondentes ffi

164 Curso sabre Regras de Mediya;o na Construyao

,.1

:..,.~

.','

'."

sub-empreitadas. Podera, todavia, dar-se 0 caso de a camada de forma ser simultaneamente isolante.

Considerar-se-a, entao, a sua medil;ao em Iso/amencos, caso nao se preveja a sua execul;i3o pelo

empreiteiro gera!.

Como exemplo apresenta-se a camada de forma nos sistemas de impermeabilizal;i3o correntes

utilizadas para coberturas em terral;O, em que s6 excepcionalmente a camada de forma e executada pelo

empreiteiro que realiza a impermeabi!izal;ao salvo, eventualmente, na solw;:ao em que aquela camada esimultaneamente isolante.:

A - Laje de cobertura

."ECoA

-_ ... ---- ...~~~~_;:ri,;:;·~:g~~~~FC - Isolamento termico

o -Camada de forma

B - lmpermeablliz8l;.30

E - Camada de betonilha

F - Camada de dessolidarizal;3o

(filme de PVC au geatextil)

Nas salur;;6es em que se aprica uma camada de betonilha para aplicayaa da impermeabilizayao, a

sua medir;;aa devera ser efectuada conjuntamente com a camada de forma, devendo existir ainda uma

camada de dessolidarizayao entre a camada de isolamento termico e da betonilha (ver figura)_

2 A medir;;ao destes pontes singulares da impermeabilizal;ao em m justifica-s8 per ser normalmente

con stante ° seu desenvelvimento lateral, como se verifica na figura, em que se apresentam solug6es de

mureles de juntas de dilatayao,

A - Tampa meta-lica com

juntas transversais

de dilatar;.3o

8 - Grampo de fixar;ao

da tampa

C - Empanque com

mastique

betuminoso

0- Feltra de

recobrimento

E - Plaea de cofragem

deformavel

Curso sabre Regras de Mediyao na Construl;i30 165

Com feltros betuminosos

Com emulsao betuminosa armada

com fibra de vidro

Com mastiques betuminosos

~<,

~

" •"

• Exemplos de Iigayoes da impermeabiliz3yaa a aberturas de ventilayao au i1uminayao

5 Os revestimentos de ladrilhos au laJetas de sombreamento, como se indicam nas figuras devem ser

medidos no capitulo Revestimentos.


Prolec9ao da impermeabilizayao com ladrilhos

Ladrilhos assentes com argamassasobre leilo de areia

EmpanQue cl mastique

Chapa metalicaPlaca de cofragem deformio.rel

Imperme<lbilizacao em duas camada~

Protecyao da impermeabilizayao com revestimento de lajelas de betao

Curso sobre Regras de Medi~o na constrUl;:ao 167

14.3.3 Impermeabilizat;ao de paramentos verticais 1

a) A medigao de impermeabilizac;6es de paramentos verticais com materiais

identicos aos utilizados em coberturas em terrayo sera efectuada pelas regras do

capitulo Reveslimentos .

lAs impermeabilizalt0es de elementos verticais implicam a necessidade duma definiyao previa dos

revestimentos de acabamenlo e do pormenor das suas tecnicas de aplicaltao, tendo em conla a dificuldade

de, em geral, assegurar a aderencia dos rebocos comuns de acabamento, e portanto a sua estabilizayao,

quando se aplicam sabre bases beluminosas ou de membranas.


14.3.4 Impermeabiliza{:ao de elementos enterrados

a) A medil;:ao de impermeabiliza~6es de elementos enterrados com materiais

idE'mticos aos utilizados em coberturas em terra~o sera efectuada de acordo com as

regras anteriores.

b) Todos os trabalhos acess6rios relativos a drenagem de aguas pluviais e

subterraneas serao considerados no capitulo Pavimentos e drenagens exteriores ou

no capitulo Instala{:oes de canaliza9ao.

14.3.5 Impermeabilizat;ao dejuntas

a) A mediyao de impermeabilizag6es de juntas de coberturas em terra~o sera

realizada em m tendo particularmente em atenyao 0 estabelecido na alinea b)' das

Regras Gerais relativas a Isolamentos e impermeabiliz3f;oes, ista e, com referenda

explicita da sua constituigao, em pormenor e materiais aplicados.

b) A medigao de impermeabiliza90es de juntas em elementos verticais sera

realizada de forma identica areferida na alinea anterior.

1 b) No enunciado da medi9.30 devem ser expliciladas as caracleristicas dos materia is, bern como 0

seu modo de colac3yao em obra, nomeadamente:

- natureza dos materiais conslituinles;

- condiyoes de execur;.3o.

Curse sabre Regras de Medi9ao na Canstruyao 169

15. REVESTIMENTOS DE PAREDES, PISOS, TECTOS E

ESCADAS

15.1 Regras gerais1

a) As medic;6es de revestimentos serao discriminadas em:

1 - Revestimentos de paramentos exteriores de paredes2:

i) Revestimentos de estanquidade3- podem ser constituidas par elementos

descontfnuos4- de fixac;ao directa ao suporte ou independentes - par

ligantes hldraulicos armados5 e par figantes sinteticos armadas com rede de

ftbra de vidrd,

ii) Revestimentos de jmpermeabiliza~ao7- sao deste tipo as revestimentos

tradicionais de liganres hidraulicos8, (constituidos por crespido9,camada de

base JO e camada de acabamento l1) e as revestimentos nao-lradlcionais de

ligantes hidrtJUlicos l2.

iii) Revestimentos de isolante termico13 - sao deste tipo as sistemas de

isolamento lermico por revestimento espesso sobre isofante14, as sistemas

de iso/amento termica por revestimento de/gado sabre isolante JS, as de

argamassas de ligantes hidraulicos com inertes de material isolante '6, as

sistemas de isolamento termico par elementos descontfnuos

prefabricados17 e os sistemas de isolamento termico abOdos par projecf;8a

"in situ" de isolante'8.

iv) Revestimentos de acabamento ou decorativos19 - sao deste tipo as de

Jigantes hidraulicos (tradicionais au nao-tradicionais)20, as revestimentos

delgados de massas pfastica~l, as delgados de ligantes misto~2. e tambem

as de elementos descontfnuas23.

Cursa sabre Regras de Medi~o na Canstru~a 171

2 . Revestimentos de paramentos interiores de paredes24

i) Revestimentos de regularizaf;3025 - sao deste tipo as revestirnentos de

ligantes hidraulico$26, as que tern como base a gesso (argamassas de

gesso e areia27; esbo(os de gesso, cal apagada e areia28 pastas de

gess029; argamassas de gesso e inenes leves30

, as misturas pre

doseadas31) e os de liganres sinteticos32

.

ii) Revestimentos de acabamento33- sao deste tipo as revestimentos de

Iigantes hidraulicos34; os de cal apagada35

; as de cal apagada e gess036; as

de gesso (estuquesyJ7; as constituidos par produtos de cal apagada e

gesso pre-doseadas38 e as ligantes sinreticos39

iii) Revestimentos resistentes a agua40- sao deste tipo as revestimentos

ceramicas41; os de pedra42

; as epaxfdicos43 e os de Iiganres sinteticos

envernizadas au esmaftados44.

3· Revestimentos de piS045 interiores e exteriores (inelui terra.;:os):

i) Revestimentos exeeutados "in situ,,46 - sao deste tipo as betonilhas,

calyadas, etc.

ii) Revestimentos manufaeturados47- sao deste tipo as revestimentos de

piso seguintes:

- plasticos (vinilicos flexfveis sem suporte4f1, vinflicos f1exfveis sobre

base resilienre49 e os vinfficos semi-flexfveis sem OU com amianto50);

- eeramicosS 1,

-ladrilhos hidraulicos52;

- ladrilhos ou placas naturais53;

- Tacos e parquetes;

~ Aglomerados de cortiya;

4 - Revestimentos de teetas interiares

Em geral sao aplicaveis as classificayoes dos revestimentos de paramentos interiores

de paredes das presentes regras gerais e ainda as estafes e os tectos falsos par

componentes54.

5 - Revestimentos de teetas exteriores

6 - Revestimentas de escadas (Ianf;os e patins)

172 Curse sabre Regras de Medj~ao na Consuuyao !.

b) As mediyoes serao efectuadas de modo a serem individualizadas em rubricas,

tendo em atenyao as caracteristicas das camadas de revestimento e das superficies a

revestir, nomeadamente.


- composiy<3o das argamassas;

- dimensoes das peyas de revestimento (dimens6es de ladrHhos, de

componentes de tectos falsos, etc);

- acabamentos das superficies de revestimento;

- natureza, forma e posiyao das superficies a revestir;

- condiyoes de execuyao e metodos de assentamento55;

c) Em regra, as diferentes camadas que constituem os revestimentos serao medidas

em rubricas separadas, sobretudo se forem de materiais diferentes.

d) Sempre que conveniente, as camadas referidas na allnea anterior poderi;lo ser

d b · "agrupa as na mesma ru fica .

e) As medidas dos revestimentos serao obtidas a partir das cotas indicadas no

projecto, ou directamente na obra, de modo a traduzirem, regra geral, a totalidade da

superficie a revestir, nao sendo deduzivejs as juntas de assentamento desses

revestimentos.

f) As mediyoes das superficies a revestir incluem as respectivas arestas57.

g) As mediyoes englobam 0 fornecimento de materiais e todas as operayoes58 (carga,

transporte, descarga, preparac;ao e apficacyao dos materiais, montagem e desmontagem de

andaimes limpezas etc.) necessarias aexecuyao dos revestimentos.

h) Sempre que necessaria, as operacyoes referidas na alinea anterior poderao ser

separadas em rubricas pr6prias.

1 Os revestimentos com cantarias. madeira, componentes met<'Jilicos, vidros e espelhos, exceptuando as

calo:;:adas, e as tacos e parquetes-mosaico de madeira (que sao abrangidos neste capitulo) serao considerados

respeetivamente nos capilulos Cantarias, Carpintarias, Serralharias e Vidros e Espelhos. As aplicao:;:oes de

papel, de alcatira ou de tecidos, sao consideradas como acabamentos e, como lal, incluidas no capJlulo

Acabamentos. Os revestimentos de coberturas inclinadas sao considerados no capitulo Revestimentos de

coberturas inclinadas.

2 As regras estabelecidas sao baseadas no principia de dar mais reJevancia a designao:;:ao do tipo e

complexidade dos traba!hos a executar, do que a pormenores relacionados com a mediyao detalhada desses

trabalhos. Para esse efeilo considera-se uma classificayao dos diferentes trabalhos baseada no levantamento

exaustivo desenvolvido par LUCAS [171 que teve em vista, alem de agrupar as diferentes soruy6es por classes

Curse sobre Regras de Medio:;:ao na Constru~o 173

3 Urn revestimento de estanquidade e 0 que garante praticamente por si s6 a estanqUidade a agua do

conjunto laseD da parede-revestimento, mesmo se ocorrer fissura980 fimitada do suporte Sao deste tipo, os

revestimentos constituidos por elementos descantinuos - de fixayao directa ao suporte ou independentes - os

de ligantes hidraulicas armadas e os de ligances sinteticos armadas com rede de fibra de vidro.

" Revestimentos por elementos descontinuos - podem ter a forma de placas. reguas ou ladrilhos bern

como serem constituidos por elementos prefabricados de fibrocimento. betao, metal, plastico, madeira,

materials ceramicos e pedra natural. Podem ser fixados directamente ao suporte, ou mais frequentemente, par

intermedio de uma estrutura metalica ou de madeira, ou ainda por dispositivos metalicos de pequenas

dimens5es para fixayao pontual. Os primeiros sao designados par revestlmentos descontinuos de fixavao

directa e os segundos, par revestimenlos independemes do suporte. Estes reveslimentos podem ainda ser de:

- reduzidas dimensoes fadais - Iradicionalmente execulados por fixa9<30 dos elementos sobre

uma estrutura de madeira (varas e ripas) e esla fixada a parede directamente, 01.1 por liga9ao

realizada por esquadros que formam uma caixa de ar enlre a estrutura eo suporte. Saliente-se

que actualmente as estruturas de fixa980 mais correntes sao de penis metalicos, sendo os

elementos pregados ou agrafados com juntas horizontais de recobrimento e as verticais

desencontradas. Os materiais constituintes dos elementos do revestimento podem ser de barro

vermelho, madeira, fibrocimento e pedra natural ou artificial Saliente-se que a pedra artificial

tern menor e melhor regularidade de dimens5es, no entanto podem existir problemas de

durabilidade, devendo por isso serem submetidas a ensaios de envelhecimento.

- em forma de Mminas - Tal como nos nos anteriores, as laminas sao fixadas tradicionalmente

numa estrutura de madeira 01.1 de perfis met<3licos, por aparafusamento, pregagem 01.1

agrafagem, formando juntas de recobrimento com a maior dimensao na horizontal 01.1 na

vertical, salientando-se que a primeira solU980 resolve mais facilmente a estanquidade das

juntas entre elementos. Os materiais mais comuns sao laminas de madeira, metalicas (ayo 01.1

aluminio) e de plastico (termoendurecido 01.1 termoplastico)

- de grandes dimensoes faciais - °materia! mais utilizado para obtenyao destes revestimentos,

e 0 fibrocimento, preferencialmente do tipo silico-calcario e autoclavado para que nao existam

varia90es dimensionais significativas. Pode ser tam bern utilizado 0 fibrocimento norma! desde

que tenham os furos de fixayao ovalizados, bern como placas de material plastico 01.1 de chapa

zincada. a sistema de fixayao ao suporte e identico aos anteriores e as juntas sao de

recobrimento .

174

• de pedra natural - neste tipo de revestimentos os elementos mais correntes sao de pedra

natural, nomeadamente granitos e calcarios. As juntas entre placas sao sempre de topo e nao

sao tornadas estanques, pelo que so poderao ser revestimentos de estanquidade se forem de

fixayao directa e os dispositivos de fixayao Ihes conferir uma caixa de ar entre a parede e se

esta for ventilada e munida dos dispositivos necessarios a evacuayao para 0 exterior da agua

inmtrada pelo revestimento. No caso conlrario apenas sera c1assificado como revestimento

decorativo.

Curso sabre Regras de Mediyao na Constru~O

As placas de pedra sao geralmente de forma rectangular com dimensoes variaveis e a

espessura e condicionada pela natureza da rocha, dimensoes da placa, modo de fixa9ao e

peras aCyOes a que sao sujeitas. Assim, as placas sao consideradas resistentes ou nao

resistenles, tendo as resistentes capacidade para se apoiarem umas nas outras pelos topos

horizontals, e os sistemas de fixa9ao a funoyao de evitarem apenas 0 derrube e, as nao

resistentes, sao mantidas suspensas ou apoiadas par agrafos ou gatos que devem

desempenhar func;oes de suportar 0 peso das placas, resistir a aCyOes horizontais (vento) e

absorver deformal(oes diferenciais de origem termo-higrometrica_ Saliente-se que as agrafos

devem ser de cobre, latao ou al(O inoxidavel e normalmente em numero de quatro e com

diametros de 4 a 6 mm em func;ao das espessuras das placas e, a sua fixayao a parede pode

ser feita com chumbadouros de argamassa ou mecanicamente. Os gatos devem ser

constituldos por placas ou pems meti:l!icos em latao, bronze, ayo inoxidilVel ou cobre e suas

ligas, sendo lambem qualro par placa e com fixayao ao suporte por chumbadouros de

argamassa ou mecanieamente.

A escolha do processo de fixac;ao das pedras e essencial, pois depende de varios factores,

nomeadamente do estado e tipo de suporte. da natureza das placas nomeadamente a peso

proprio e variayoes dimensionais, tal como se indica no quadro seguinte, referindo-se ainda que

sao essenciais 6s processos de execuoyao dessa fixaC;ao.

S Revestimentos de ligantes hidraulicos armados e independentes . este tipo de revestimentos sao

doseados e executados do mesmo modo que as revestimentos tradicionais de Jigantes hidraulicos, a descrever

em posteriormente, sendo no entanto aplicados sobre uma armadura melaliea de ac;o galvanizado apoiada

numa estrutura metalica fixada ao suporte Tal como nos revestimentos desconlfnuos independentes, a fixac;ao

aparede garante a formayao de uma caixa de ar que pode ser preenchida por material isalante.

6 Revestimentos de ligantes sinteticos armados com rede de fibra de vidro - Este tipo de

revestimenlos sao de concep~o recente. Trata-se de um revestimenlo delgado a partir de produtos de Jigantes

sinteticos com elevado leor de ligante e concebidos inicialmente para tratamentos curativos de fachadas que

apresentem problemas de eslanquidade, nomeadamente devido a fissurar;ao do revestimenlo antigo. Sao

aplicados em mais de uma demao, sendo entre as duas primeiras incorporada uma armadura de fibra de vidro

tratada contra as alcalis_ Os produlos para este tipo de revestimento sao pre-doseados em fabriea e de facil

aplica~o (identica ade uma tinla de agua), garantindo a acabamento final da parede e nao sendo necessaria

qualquer pintura posterior.

7 Os revestimentos de impermeabilizac;ao tern a funyao de contribuir para que a conjunto toseo da

parede.revestimento seja estanque, devendo portanto Iimilar a quanlidade de agua que eventualmente possa

atinjir 0 suporte, pois e esle que assegura a estanquidade requerida.

B Estes revestimenlos (lambem conheddos por massas grossas, ou rebocos) lem vindo a ser utilizados

no nosso pais durante muitos anos com muito bons resultados, grac;as amao-de-obra qualificada existenle e ao

respeito escrupuloso pelo modo de execuc;ao (numero de camadas, intervalos de tempo de secagem,

argamassas bastardas, etc)

Curso sobre Regras de Mediyao na Construr;ao 175

Sao normalmente executados a partir de argamassas preparadas em obra, com areia da regiao e

constituidos geralmenle par 3 camadas designadas por crespido, camada de base - constituida por uma au

duas camadas - e acabamento.

9 Tern a funyao de assegurar a ader€mcia ao suporte e reduzir a tendencia desse suporte absolVer a

agua das outras camadas. E constituido por uma argamassa fortemenle doseada em cimento geralmenle com

traye volumetrico 1:2 e formando uma camada nao uniforme de 3 a 5 mm lanyada manualmente de uma farma

vigorasa sabre a suporte, au par prajecyao mecanica.

10 Esta camada tern como funyao principal garantir a impermeabilidade da parede, bern como a planeza

e regularidade superficial e a boa aderencia da camada de acabamenh Assim, a argamassa deve ser

homogenea, compacta e, tanto quanta possivel nao fissuravel (bastarda), devendo ser constituida par amenta,

cal apagada e areia com trayes volumetricos de 1:0.5:4 a 4.5 e 1:1:5 a 6 e com espessuras uniformes de 10 a

15 mm. No caso da necessidade de existlrem duas camadas (condiyoes mais au menos severas de exposiyao,

tipo de acabamento e grau de protecyao pretendido), a segunda camada devera seguir a regra de dosagens de

ligante cada vez mais pobres desde a base para a superficie, e a espessura total ser de 20 mm.

11 Esta camada tem fun<;:oes fundamental mente decorativas mas alem de contribuir para a resistencia

aos choques, contribui tambem para a impermeabilidade, pois constitui a primeira barreira a penetrayao da

agua. Assim, esla camada nao deve fissurar - argamassa com pouco cimento e com presenya significativa de

cal apagada- e preencher eventuais ftssuras que lenham surgido na cam ada base. Sao comuns as tra<;:os 1:1:5

a 6 e 1:2:8 a 9 com espessuras entre 5 a 10 mm conforme a texlura da superficie, podendo no caso de

acabamentos do tipo projectado fino, ter espessura de 3 171m.

12Revestimentos nao-tradicionais de figantes hidrauficos - desde 1970 lem vindo a ser desenvofvidos

e aplicados diferentes tipas de revestimentos de Jigantes hidraulicos pre·doseados em fabrlca, aos quais

apenas e necessaria a adir,(ao de agua na obra, tendo-se assim conhecimento dos seguintes tipos:

- Produ(Qs pre·doseados suecos - estes pradulos (fabricados na Suecia) sao misturas em po,

constituidas essencialmente por cimento e areia; au cimento, cal apagada e areia, sendo

adicionadas em obra a agua de amassadura especificada na embalagem. Refira-se que estes

produtos nao dispensam as 3 camadas referidas para as tradicionais, devendo em cada

camada ser utilizada a composir,(ao adequada.

- Produtos pre-doseados ingleses - estes produtos ingleses sao de 3 tipos; pre--doseados de cal e

areia aos quais se torna necessaria a adi<;:3o em obra do cimento e agua nas proporyaes

pretendidas; pre--doseados de cimento, cal e areia (tal como nos suecos) e argamassas prontas

a aplicar com retardadores de presa para permitir 0 transporte e a aplicayao.

- Produtos pre-doseados {ranceses - estes produtos diferem dos restantes por conterem alem do

cimento, cal e areia, diversos tipos de adJuvantes (retentores de agua, introdutores de ar,

hidrofogos, elc) e por vezes inertes especiais e fibras. Uma outra caracterislica muito

importante e de serem de execu<;:ao rapida par serem aplicados em camada (mica (em duas

demaos com tempo de espera de 2 a 5 h) de 10 a 15 mm e serem habitualmente aplicados por

projecyao. Refira-se que a apliC8yaO destes reveslimentos em Franya e maioritaria sendo as

insucessos atribuidos a escolhas inadequadas do tipo ideal para 0 suporte • compatibilidade

176 Curse sabre Regras de Mediyao na Conslruyao

mecanica - e a espessuras inferiores $ homologadas. Desconhece-se contudo 0

comportamento a longo prazo quanto a possibiJidade de uma durabilidade proxima dos

tradicionais.

13Existem quatro sistemas deste tipo com grande aplicayao em Franya desde inicio dos anos 80, dais

dos quais ja foram referidos nos revestimentos de estanquidade - sistemas de isolamento tarmico por

revestimento de elementos descantinuos com isofante na caixa de ar, e sistemas de ligantes hidraulicos

armadas e independentes com iso/ante na caixa de ar - e outros dois sistemas que serao descritos a seguir

(por revestimento espesso e par revestimento delgado). Recentemente surgiram mais 3 tipos de sistemas de

isalamento pelo exterior - de argamasssas de figantes hidraulicos com inertes de material isolante, de

elementos descontinuas prefabricados, e por projeyao in situ do isolante ~ cuja importancia, embora nao sendo

par enquanto comparaveis aos anteriores, tern vindo a ter alguns desenvolvimentos, sendo por isso referidos

sucintamente apos descriyao dos anteriores.

14 Estes sistemas sao habitualmente constituidos por um isolante em placas de pofiestireno expandido

colado ao suporte, e por um revestimento (em geral do tipo nao-tradicional) de ligantes hidraulicos armado com

uma rede metalica Se 0 revestimenlo hidraulico nao proporcionar acabamento, pode ser aplicado um

revestimento delgado de massas pfasticas ou uma tinta.

Como 0 polieslireno expandido tem aderencia deficiente com 0 revestimento hidraulico, aquele deve ter

ranhuras numa au nas duas faces, ou serem revestidas por particulas de madeira minerafizadas e

aglomeradas com eimento. A armadura e em geral uma malha quadrada de avo galvanizado com 13 a 30 mm

de lado e diametros entre 0.6 e 1.5 mm, fixa ao suporte por cavilhas. SaHente-se ainda que, tratando-se de

sistemas nao-tradicionais os documentos de homologa~ao detalham as caracleristicas e campo de

ulilizay80.

15 S80 eonstituidos habitualmente por um isolante em plaeas de poliestireno expandido, colado aD

suporte par uma camada de base de Iigante misto, armada com uma rede fJexivel, habitualmente de fibra de

vidro, e uma camada de acabamento de ligante organico constituida em geral pot massas plasticas). A

totalidade da espessura deste revestimento e de 25 a 30 mm (7 mm para as camadas de base e de

acabamento e 0 restante para 0 poliestireno expandido) [74]. As placas de isolante sao fixadas ao suporte

apenas por colagem e a camada base e aplicada em duas demaos entre as quais e inserida a armadura. Os

produtos de colagem resultam da mistura pra-doseada de resinas sinteticas em dispersao aquosa com cargas

minerais (silica e calcite) e com cimento, originando uma argamassa-cofa que pode tambam colmatar algumas

irregularidades do suporte. A camada de base do revestimento a executada com 0 mesmo produto de colagem

na maior parte dos sistemas deste lipo e a armadura e em flbra de vidro de malha quadrada de abertura entre

3 e 5 mm. Saliente-se que a fibra de vidro apresenla grande sensibilidade a humidade, sendo atacada pelos

alcaJis pelo que deve ser protegida com produtos adequados para ser aplicada no sistema.

16Estes revestimentos sao recentes no rnercado europeu e a maior parte das soluyOes patenteadas

ainda S8 encantram em fase de acerto de formulac;ao. A sua canstituiyao preve em geral as tres diferentes

camadas a base de produtos de ligantes hidraulicos ja designadas por crespido (mas neste revestimento a

base de produtos nao-tradicionais patenteados ou com produtos tradicionais adjuvados com emuJs6es aquosas

de resinas sinteticas), a camada de base com produtos nao-tradicionais de inertes de material isolante,

Curso sabre Regras de Medic;ao na Canstruo:;ao 177

cimento e cal aerea ou hidraulica e, a camada de protecc;ao com produtos pre~doseados em fabrica ja

descritos.

17 Sao constituidos par um material isolante, habitualmente de poliestireno expandido de qualidade

inalacavel pela agua e de reduzida absoryao de agua. Sao revestidos exteriarmente par uma pelicula de

natureza metalfca (aluminio lacado ou a90 inoxidavelj, natureza mineral (fibrocimento, barro vermelho,

argamassa de ligantes hidraulicos armada com fibra de vidroj au de natureza organica (PVC, poliesler

reforyado, argamassa de ligantes sinteticosj, As formas destes elementos podem ser de dimensoes faciais

reduzidas (3 a 5 elementos em "escama" par rn2j, ou em forma de laminas (com dirnensoes de 2.5 a 6 m de

comprimento e 0.2 a 0.4 m de largura),

18Esles revestimentos estao ainda em fase de desenvolvimento e tem como objectivo fundamental

serem aplicados numa unica fase de operayao. Sao constituidos essencialmente pela projecyao sobre as

paredes, de produtos que, por expansao (geralmente a poliuretano), adquirem caracteristicas signiflcativas de

isolamento termico.

A projecyao e efectuada por demaos sucessivas, resultando de cada uma a espessura de == 10 mm,

lodavia existem ainda muilos inconvenienles que tem impedido a sua generalizayao, nomeadamente os custos

elevados (do material e de investimento inicial), toxidade dos produtos durante a aplica9ao, e necessidade de

protec9ao mecanica dos paramentos com um revestimento por elementos descontinuos que elimina os

objectivos da aplicayao em operayao (mica,

1905 revestimentos de acabamento au decorativas nao tem a fun9ao de impermeabiliza9ao nem de

regularizayao superficial, devendo portanto ser aplicadas apenas em suportes em que essas funyoes ja se

encontrem completa ou maioritariamenle garanlidas. Assim as suas funyoes principais sao de proporcionar urn

aspecta agradavel durante a vida do revestimento e participar na sua durabilidade, contribuindo tambem para a

protec921o global da parede quer do tipo mecanico (par exemplo chaques), quer do tipo quimico (poluiyao

atmasferica, elc,).

Saliente-se no entanto, que alguns destes revestimentos tem aptidao para contribuirem de modo

significativo na impermeabilizayao da parede, sendo em algumas soluyaes indispensaveis para que a

impermeabilizayao seja perfeita, nomeadamente nos casas em que e necessario recobrir fissuras ligeiras (por

vezes inevitaveis). Estao nestes casos os revestimentos cradicionais de ligantes hidraulicos (tradicionais au nao

tradicionais) e as revestimentos dclgados de massas plasticas.

Assim, alem dos tres tipos ja referidos. sao considerados tambem os revestimentos delgados de ligantes

mistos (hidraulicos e sinteticos), revestimentos por elementos descontinuos de juntas nao estanques (co1ados

ou fixados mecanicamente) e as pinturas.

20 Estas camadas de acabamento foram ja descritos em pormenor nos reveslimentos tradicionais de

ligantes hidraulicos e na ultima demao dos nao-tradicionais de ligantes hidraulicos. Sao constituidas par

argamassas de cimento, de cal apagada, de cal hidraulica e bastardas, podendo ser coloridas na massa ou

pintadas apos a aplicayao, e 0 releva da superficie dependente do proC8SS0 de aplicayao au de tratamento

posterior.

178 Curso sabre Regras.de Mediyao na Construyao

~,;

:;\~

j)lt;

:3

')

21 Sao conslituidos pela combinac;:ao de um liganle (principalmente por resinas em dispersao aquosa)

com cargas minerais ou organicas inertes e, evenlualmente, par pigmenlos, A sua constituic;:ao difere das tinlas

(principalmenle das tintas texturadas) devido a possuirem cargas de maiores dimens6es e de granulometria

nao-uniforme, sendo tambem ap!icaveis com camadas mais espessas (espessuras de 1 a 3 mm).

22 Estes revestimentos sao canstituidos par uma mistura de ligantes hidraulicos e de ligantes sintetieos,

preparados em abra por um dos seguintes modos; adic;:ao de produlos pre--doseados de dmento e areia eom

massas plaslicas; adic;:ao de produtos em pasta eom base em ligantes sinteticos e cargas, com cimenta; ou

ainda adic;:aa com agua de produlos pre-doseados com cimento, areia e ligante sintetico em po. Sao aplicados

em camada delgada de 2 a 5 mm de espessura e podem ser armadas com rede de fibra de vidro.

23 como ja foi anleriormente referido, esles revestimenlos diferem essencialmente dos de estanquidade

de tipo semelhante, par nao exislir caixa de ar entre 0 revestimento e 0 suparte, ou por as juntas entre

elemenlos nao serem eslanques, devido a serem quase sempre preenchidas par argamassa ou pasta de

dmento. De igual modo, os ladrilhos, azulejos ou placas, ulilizados nestes revestimentos, sao regra geral de

dimensoes inferiores aos de eSlanquidade e de uma gama mais variada de materias primas, embora os mais

correntes sejam de materiais ceramicos, argamassa. betao e pedra nalural ou artificial.

24 Estes reveslimentos sao classificados em reves(imenlos de reguJarizar;ao quando responsaveis pelas

condic;:oes de planeza, verticalidade e regularidade superticial dos paramenlos e em revestimentos de

acabamento quando, alem de proporcionarem ffi paredes um complemento de regularizac;:ao, sao na

generalidade aplicados para conferirem 0 aspecto requerido pelas exigencias de conforto visual

25 Como mais correntes, tem-se os de ligantes hidraulicos ~ tradicionais ou nao - constituidos a base de

ge550. ou os de IJgantes sinteticos, sendo a opyao par cada tipo referido, par exemplo quanlo ao grau de

resistencia pretendida aos choques e aagua e do tipo de acabamenlo previsto.

26 Estes revestlmentos podem ser tradicionais ou nao Os primeiros, devem ser preferencialmente de

,rgamassas bastard as com um dos trayos volumetricos 1:0.25:3: 1:1 :6: ou 12:9 ( cimenlO: cal apagada em

po: areia) conforme a nalureza do suporte e a tipo de acabamento previsto e, os segundos, sao executados

com produtos pre-doseados em fabrica, semelhantes aos descritos para as paramentos exteriores de paredes.

27Revestimentos de gesso e are;a - nestes revestimentos distinguiram-se as situayoes de argamassas

para aplicayao manual e as de aplicayao mecanica. Nas primeiras, 0 gesso a utilizar pode ser a gesso escuro

au pardo (gesso para esboyo) aos trayos volumetricos de 1:2 e 1:3 (gesso:areia), Nas argamassas de

aplicayao mecanica, os gessos tem de ser mais finos com granufomelria controlada e percentagem

significativa de parliculas finas, sendo a infcio de presa destas argamassas muito mais retardado que as

tradicionais (2 a 3 h) e os lrayos volumetricos de 1:1.5 (gesso:areia siliciosa com particulas entre 0 e 2 mm) e

um lear em agua de amassadura de -= 60 % da massa de gesso utilizada, A amassadura e execulada na

maquina de projecc;:ao e a aplicayao mecanica e realizada par uma (mica demao em camada espessa de 10 a

20 mm.

28 Estas argamassas sao consliluidas por uma mistura de cal apagada em pasta e areia a qual se

adiciona gesso aquando a aplicayao. 0 trayo volumetrico Iradicional e de 1:2:1 (gesso:cal apagada em

Curso sobre Regras de Mediyao na Construc;:ao 179

il11

pasta:areiaj, possuindo um lempo de presa superior ffi argamassas de gesso sem cal, sendo no entanto

aconselhilVel a utilizac;ao de urn adjuvante retardador de presa.

29 Estes revestimentos de regularizar;:ao sao conslituidos por uma pasta de gesso sem areia e relayao

agua/gesso de =80 %, normalmente executados em duas demaos em que a primeira e um crespido deJgado

de espessura nao-uniforme, e a segunda urna camada continua de espessura de 8 a 10 mm.

Para a aplicac;ao por projeClf8o, as pastas tern de ser adjuvadas com retardador de presa (inicio de

presa entre 1.5 a 2 h), relententor de agua e plastificante, sendo nestes casos a aplicar;:ao realizada numa unica

demao ou em duas se a espessura pretendida for:?: 15 mm.

30 8ao constituidos por argamassas obtidas por adic;ao de por exemplo vermiculite expandida ao gesso

preparado com relar;:ao aguafgesso superior cE pastas de gesso antes referidas. As paredes regularizadas com

estes revestimentos tem acabamentos posteriores de gesso sem inertes deste tipo, e no caso de serem

projectados mecanicamente, as argamassas sao pre--doseadas em fabrica, sendo a amassadura efectuada na

propria maquina de projecr;:ao.

31 Sao constituidos por produtos com base em gesso, coJocados em obra na forma de po, sendo

adicionada apenas a agua prescrita pelo fabricante, Existem produtos para aplicayao manual e mecaniea,

sendo constituidos par gessa de granulometria fina, cal apagada em po. areia limpa, seea e calibrada e ainda

por micro-fibras e adjuvantes plastificantes e retentores de agua.

32 Estes revestimentos tambem designados vulgarmente por estuques sinteticos tem vindo a ser muito

considerados, principalmente pela existeneia de paramentos cada vez mais lisos, nomeadamente em paredes

de betao moldado de inertes correntes, paredes de alvenaria de bloeos de betao celular autoclavado, de argila

expand ida, e de paineis prefabrieados, pois sao habitualmente aplicados com espessuras de 1 a 3 mm. Sao

executadas a partir de produtos em forma de pastas prontas-a-aplicar e constituidos por resinas sinleticas em

dispersoes aquosas, por eargas de silica ou de calcite, por adjuvantes e, quando necessario par pigmentos,

J30S revestimentos de acabamenlo ah~m de proporeionarem ffi paredes um complemento de

regularizayao, sao na generalidade apiieados para satisfazerem as exigeneias de conforto visual. Estes

revestimentos sao em geral do mesmo tipo dos de regularizayao que os precederam no suporte, mas de

menores teores de cimento no caso dos hidraulicos ou de granulometrias mais finas nos autros casos. Refira

se ainda Que poderao necessitar de apJicayao posterior de um revestimento decorativo por raz6es de ordem

esteliea, ou um revestimento resistente aagua em alguns espa~os dos edificios

34Estes revestimentos podem ser do tipo tradieional au nao-tradicional, sendo executados com

argamassas de cimenta, cal apagada e areia (1.1:6 ou 1:2:9), ou com produtos pre-doseados. apenas quando

os de regularizayaa tambem tenham sido executados com 0 mesmo tipo de revestimento. Em ambos os casos,

estes revestimentos nao proporcionam paramentos mais lisos do Que as resultantes da camada de

regulariza~ao, pela que sao execulados para obter determinado efeito de superiicie ou para complemento da

regularizayao, nao devendo ser alisados com talocha metalica para nao aumenlar 0 risco de fissurac;ao.

J5 Sao eonstituidos por pasta de cal apagada ou de argamassa de cal apagada e areia tina, com trar;os

voJumelrieos de 1:0 ou 1 (cal apagada:areia), havendo menor retracyao de seeagem para 0 caso de existir


areia, necessitando no entanlo muito lempo para concluirem 0 endurecimenlo. Sao aplicaveis quando a

regulariza~o foi abase de cimenlo au de cal apagada, salienlando-se que a tinta que eventualmente se aplique

sobre um revestimento deste tipo tem de ser muito resislente aos alcalis.

36 Sao doseados com os tra90s entre 1:0.25 a 0,5:0 a 1 e 1:025 a 1:0 (cal apagada em pasta:

gesso:areia), devendo as gessos serem de granulometria tina (gesso para estuque). Devem ser aplicados sabre

camadas de regularizayao de argamassas de cimento ou de cal apagada, ou ainda de argamassas de gesso.

37 SaO executados com pasta pura de gesso; com argamassas de gesso, cal apagada e areia (1:0 a

0.25:0 a 1) ou com pasta de gesso e cal apagada (1:0 a 0.25). Estes revestimentos sao utizados em superficies

regularizadas par argamassas de cimento ou de cal apagada, de argamassa de gesso ou pastas de gesso

puras, ou ainda de argamassas de gesso e inertes leves.

38Estes produtos sao de constituiyao identica aos de regularizayao ja refendos e s6 devem ser aplicados

sabre aqueles. 0 tempo de inicio de presa e inferior aos de regulariza9ao (= 30 minutos).

39Sao de constilui9ao semelhanle aos de regulariza9ao, mas as cargas apresenlam uma granulometria

mais fina, podendo tambem ser pigmentados para dispensar a aplicayao de reveslimento decorativo

40 Os revestimentos resistentes iI agua sao uti!izados na camada de acabamenlo de locais de edificios

onde a presen9a da agua seja frequente, nomeadamente em cozinhas, casas de banho, lavandarias, ou ainda

em zonas das paredes de oulros locais em que seja necessaria a limpeza por v'la humida, pelo que os

materiais a serem utilizados nao deverao ser deterioraveis pela agua.

41 5ao execulados com azulejos (de faianya calcaria), Jadrilhos de gres ou semi-gn?s (esmaltados ou

nao) e eventuaJmente com iadrilhos de barra vermelho esmaltados. Podem ser aplicados par colagem ou com

argamassas de cimento, cal apagada e areia e ainda par ealas nao tradicionais (argamassas-colas, cimentos

colas e colas de liganles sintetieas).

42 Podem ser de pedra nalural ou artificial fixados mecanicamente aos suportes por agrafos ou galos, ou

ainda se a massa e as dimens6es dos elementos forem reduzidas, par simples colagem com argamassa-colas

(elementos de massa::; 30 kg/m2 e area::; 600 cm 2), cimentos-colas (elementos de massa::; 15 kg/m 2 e area::;

225 cm 2) au colas de ligantes sinteticos (elementos de massa::; 30 kg/m 2 e area::; 450 cm 2).

43 5ao sistemas constituidos por uma massa epoxidica ou de dispersao aquosa de figanles sinteticos de

constituiyao identica ados revestimentos de acabamento ja referidos, sobre a qual se aplica uma linta

epoxidica.

44Constituem um sistema que, par aplicaty30 de um verniz ou esmalte sobre uma massa de dispers6es

aquosas de liganles sintelicos, e idemtica ados revestimentos de acabamento de ligantes sinteticos ja referidas.

45 Aos revestimentos de piso sao estabelecidas regras de qualidade cujas quantiticac;6es devem ser

efectuadas para cada tipo de revestlmento, sendo estes usualmente classificados em dois grandes grupos

designados par reveslimenlOs executados "in situ" e por revestimentos manufacturados.

Curso sobre Regras de MedH;:80 na Construt;.30 181

Como foi referido para os revestimentos de paredes, as regras estabelecidas sao baseadas no principio

de dar mais relevfmcia adesigna9ao do tipo de revestimento e complexidade dos trabalhos a executar, do que a

pormenores relacionados com a mediyao detalhada desses trabalhos. Para esse efeita considera-se a

classificayao dos diferentes revestimentos e dos locais em que sao aplicados, baseada nos trabalhos de

NASCIMENTO [18J e [19J que teve em vista, alem da c1assifica9ao, fornecer dados tecnicos que facllite ao

projectista a especifica9.3o das exigencias a estabelecer, ao medldor a sua quantifica9ao, e ao oryamentista 0

consequente conhecimento dessas exlgencias que permitam a elaborayao do preyo para cada urn destes lipos

de revestimento.

Das exigencias referidas, salientam-se as que necessitam de homologayao previa pelo LNEC (artigo 17

do RGEU [20J e que conduzem a determinayao da classificayao UPEC [18J dos revestimentos de piso no3O

tradicionais.

460S revestimentos executados "in situ" podem ser a base de Iiganles minerais de cimento com

agregados correntes ou com agregados e endurecedores especiais, de ligantes organicos sinteticos (acetato de

poliviniio, poliester, epoxi, etc), e ainda abase de ligantes hidrocarbonados.

47 Os revestimentos manufacturados tem normalmente a forma de placas au ladrilhos e sao constituidos

par materiais minerais (ceramicos, pedra natural, betao au argamassa com agregados correntes au com

agregados e endureeedares especiais), par materiais Jenhosos do tipo parquetes de tacos, parquetes-mosaieos,

parquetes em painels e cortiga, por materiais hidroearbonados, par materiais organicos de resina betuminosa,

eloreto de polivinilo sem suporte e sabre suporte, placas e peyas de lin61eo e de elast6meros, e ainda par

materiais de fibras texteis naturais au quimieas, nomeadamente as alcatifas tipo veludo teeida e nao teeida, do

tipo plano e outras.

48Estes revestimentos sao assim designados par nao possuirem um suporte da eamada de desgaste.

Apresentam-se em pe9as em rolo au ladrilhos eonstituidos par uma au mais camadas de folhas (opacas ou

transparentes, uniformes, marmoreadas ou impressas), Iigadas par calandragem, dobragem, prensagem au

induyao, podendo assim ser homogeneos (folhas de composlvao e cor identicas) au heterogeneos (folhas de

eomposiyao e/ou cor diferentes). Tambem pertencem a este tipo de reveslimenlos as que lem no tardoz ou

integrada na eamada uma armadura nao higrosc6pica, como par exemplo uma armadura nao-tecida de fibra

de vidro.

49 Estes reveslimentos plaStleaS sao constituidos por uma base resillente que suporta a camada de

desgaste, existindo especificayoes de homologa9ao para as camadas resilienles constituidas por feltro de juta

ou sintetico, policloreto de vinilo (PVC) alveolar e PVC-corti9a.

50 Estes revestjmentos sao conslituidos por ladrilhos termoplasticos semi-flexiveis compostos par urn

ligante a base de copoHmeros vinilieos, de pfastifieanles e outros aditivos, e por earantes e cargas minerais,

incluinda au excluindo as fibras de amianto. 0 modo de ObleniYao e par calandragem e apresentam-se

habitualmenle com superficie lisa geralmenle marmoreada, ou ainda com urn relevo em que os motivos se

repetem regularmente.

51 Os revestimentos de piso eanstituidos par ladrihos ceramicos sao c1assifieados al8m do processo de

fabrico, pelo eaeficiente de absaryao de agua, NP-2349 (EN-87) (21]. existindo assim tres classes identificadas

(j~,

I;,


pelos simbolos A. B e C, is quais correspondem respectivamente os processos de extrusao, prensagem a seco

e de moldagem e, para cada uma das classes, 4 grupos· I, /la, lib e III - que definem os valores limiles dos

coeficientes de absor~o de agua dessa cfasse. De 19ual modo, para cada classe de ladrilhos existem normas

que estabelecem as diferenles caracte(lst'lcas a serem observadas (formas, dimensoes, aspeclo e as

propriedades fisicas, mecanicas e quimicas), sendo os diferentes produlos mais correntes agrupados do modo

indicado no quadro seguinle [22].

Classes e grupos de revestimentos de piso cenimicos

Classes Grup(lS, coeficientes de abso ao de aqua E (%) e descricoes(Processo de fabrico) I(E<3) lIa{3<E<6) lib ( 6< E < 10 ) III(E>10)

A (Exlrusao) AI Alia Allb All!(Gres) Gres/barro vermelho Gres/barro vermelho I(Barro vermelho)

B (Prensagem a seco) 81 Blla BUb Bill(Gres vltrificado (Barro vermelho) (Barro vermelho\ I (Barro vermelho

C (Moldagem) CI Clla ClIb CIII(Pasta de vidro\ - - -

52 Sao constituidos por duas camadas designadas par camada base e camada de desgaste, sendo

ambas constituidas por uma argamassa com ligante hidraulico (cimento) em dosagem adequada, mas a de

desgaste contendo granulados de pedra dura {granulos de calcario, marmore, etcl e de maxima granulometria

vari~lVel (NP-52 (23)) Sao correntes as designayaes de ladri//1OS hidrEiullcos em pasta, esquartelados e

marmorilados em funyao quer da dimensao dos inertes da camada de desgaste, quer do acabamento

superficial (polimento au esquartelamento).

53 Estes revestimentos de piso sao habilualmente constituidos par rochas ornamentais, em especial

calcarios, marmores, granitos e xistas. Devido adificuldade actual de caracterizayao mecanica e flsica desle

tipo de revestimentos, devem sempre ser descritas as designayoes comercialmente correntes e nao 0 "calao

industrial' de considerar como marmore todas as rochas ornamentais. Como exemplo, sa1ienla-se que para as

;ochas ornamentais portuguesas [24] e [25), existem 104 designavoes comerciais aplicadas a rochas

exploradas nas pedreiras do pais, representando as marmores (ca!carios cristalinos) =50 % e as reslantes

distribuidas pelos granitos, calcMos nao-cristaJinos, brechas e xistos.

540S tectos falsos serao medidos de acordo com 0 material de que sao executados. A estrutura de

suporte, por exemplo, engradado de madeira, em teetos de estafe e estuque, sera incluida no capitulo de

carpintarias. Se se trata de elementos de suspensao, sao incluidos geralmente na medivao do revestimenlo do

tecto (estafe aramado, etc·l· Nos pavimentos com revestimentos de tecto constituidos par tecto-falso com ou

sem iso/ante na caixa de ar, a isolante devera ser incluido no capitUlo rela!ivo a isolamentos e

impermeabilizaf;oes.

55 Exemplos de condif;6cs de execw;ao e metodos de assentamenlO

Nos exemplos apresentados, quer nos revestimentos dos lambris de azulejo, como dos pavimentos corn

tacos e ladrilhos, foram Mas em considera/(c1o as condi/(oes de execu/(c1o e a metoda de assentamento.

Curso sobre Regras de Medii(c'io na Construyao 183 II

:! •ill

De igual modo, foi tido em considerayao a mediyao em rubricas separadas tendo em atenyao 0 descrito

na alinea d) das presentes Regras gerais bem como na mesma rubrica as operar,;oes de embor,;o e reboco.

saliente-se contudo que podem no entanto ser consideradas duas operar,;oes numa s6 rubrica, desde que ao

elaborar a oryamento, no prer,;o de aplicayao, sejam consideradas as duas operayaes a executar pelo mesmo

sUb-empreiteiro.

Como exemplo, geralmente as operayoes de embor,;o e reboco sao englobadas na mesma rubrica, nao

s6 por serem execuladas, de uma maneira geral, com 0 mesmo malerial, como por na sua execur,;ao se

seguirem as duas operar,;oes, sempre feitas pelo mesmo operiuio.

Exemplo 1 - Revestimento de pavimentos com tacos tipo parquet·mosaico e com fadrilhos hidraulicos

Zona de circulal;ao

Portas P1 3

Partas P2

us

Jl

.,., "

1.00 I 0.80 10.60 Ici 0

00 ;,f00NC".i~ ~

00@:1\1.30 1.95 OJ",

oci0.80 0.15

~ N Pl' 2.400.70 0.10 D.D. •

0 0~ "I~ 0

1.30 1.95 ~ ~

000.80 0.15 OJ",

000.70 0.10

~ N....,....,

1

3

1

TACOS E PARQUETES

REVEST/MENTO "In-situ"

Belonilha de cimenlo ao

trayo 1:4, para regularizayao

e colagem de tacos.

Z. circular;:ao

Z. circulayao

Portas P1

Portas P2

Tacos de pinho tipo

parquete, assentes com cola

branca, em pavimentos

Nota 0 rodape sera medido no

capitulo relativo a carpintarias

184 Curso sabre Regras de Medir;:aa na Construyao

I;L

';":'.-to

Quarto

REVEST/MENTO "In-situ"

Betonilha de cimento ao

tra<;:o 1:4, para

regularizayao e colagem de

tacos.

TACOS E PARQUETES

Tacos de pinho tipo

parquete, assentes com cola

branca, em pavimentos.

Nola: 0 rodape sera medido no

capilulo relativo a carpinlarias

0000. .NNx x00 ~

m ... N

2.40 3.95 . . Q

00

~N

a. a.

2.40 3.95

00'-:'<t~O

x x00mOl00~N...,...,

Em revestimentos de tacos considerou-se em rubrica separada a execuyao da betonilha de

regulariza<;:aa, por este trabalho ser executado nao s6 por pessoal diferente mas do mesmo empreiteiro,

enquanto a colocayao de tacos e feita geralmente por sub--empreiteiros,

Para os ladrilhos hidr;f!ulicos, nao se considerou a betonilha por a operayao de assentamento incruir a

argamassa de enchimento. Saliente-se que se fassem par exemplo ladrilhos vinilicas, ter-se-ia de medir a

betonilha de reguJariza<;:ao

Na medi<;:ao do rodape de mosaico hidraulico, no compartimento 3 - Casa de banho nao foi medido a

comprimenlo correspondente ao topo das banheiras revestidas de acordo com a alinea f) das presenles regras

gerais,

Curso sobre Regras de Mediyao na Constru<;:ao 185

Casade bamo

LAORILHQS

~N

D.D.

00~qNN

" "00G:!"'::00

1.30 2.10

1.30 0.60A deduzir: Banheira

Ladrilhos hidraulicos de

pasta, em pavimentos

CD ID

Rodape de ladrilho "~ c·hidraulico de pasta 1.30 0 0 ..

~

~c;

0.90~ 0

1.50 " K0 0 Jl

1 10 ro", ,0.56

00 IDN

~ N c·

~~

A deduzir. Porta P2 0.70 1.45 2.30

EXEMPlO 2 - Revestimentos de paredes interiores

No emboyo e reboco interior da casa de banho foi deduz'lda a area correspondente ao lambril de azuleJo,

por este revestimento ter sida considerado cam assentamento amaneira tradicianal, ista e, directamente sabre

a base de pana de Ojala.

Saliente-se contudo que podera ser considerado °emboyo e reboco na superficie carrespondente ao

lambril de azuJejo se esle, como par exemplo nas azulejos tipa "pastilha" for aplicado sobre 0 rebaco.

186 Curso sabre Regras de Mecfiyao na Conslruyao,,~,

'I'<~:. -.

Paredes interiores· Zona de circulaC;Ao

'1

REV, DE REGULARIZACAO

Emboo:;o e rebGeo comargamassa baslarda de cimento.cal aerea hldriltada e areia aotrilO:;O 1:2:6, em paredesinteriores

2 1.30 2.80

2 1.95 2.80A deduzir PorlES PI

3 0,80 200Ponas P2 , 0.70 200

REV DE ACABAMENTO

"000:;0 e estuque em paredesonteriores

(Medicao igual a anterior)

0000NN>< ><00CD"00~N

D.D.

00'":"l~O

>< ><00CD",00~N...,...,

~ I'~ Ii0 'i

.2.40 'I'i:'Ii;if-",

<D ~0," 0

""

J1

~~

0

2.80

Paredes interiores • Quarto

REV DE REGULARIZA(:AO

Emboo:;o e reboco com argamassabaStarda de c,memo cal at!rea._:iralada e arela ao lrao:;o 1 :2:6,

paredes onteriores

2 2,40 280

A deduzir PorIa PI2 3.95 280

Jane/a )l0.80 2.00

0.80 ;'0

REV DE ACABAMENTO

Esboo:;o e estuQue em paredesinte'lore5

(MedlO:;<'lo igual a anterior)

0000NN>< ><00CD"00~N

D.D.2.40

Curso sabre Regras de MediyliO na Construyao 187

jiI

Ii

Paredes inleriores - Casa de banho

LADRILHOS

Lamb(11 de azulejo branco de 14x 14. a fiacra

A deduzir: Porta P2

Topos da banheira 2

REV DE REGULARllAC;AO

Emboco e reboco comargama~~a bastarda de Clmento,cal aerea hicrratacra e arela aDtraco 1 :2:6. em paredeSIntenores

A ded(lzir.' Porta P2

REV, DE ACABAMENTO

E~bQ(;o e estuque ern paredesIntenores

(Medl(;Jo ig(lal a amerior)

0 0

1.30 1.50 CO! CO!N N

0,90 1,50 ~ ~

0 0 ~

2.10 1.50 N

"l ...,0

1.70 1,50 0 0

0,56 1,50 ~ N 2.400- 0-

0.70 1.50

060 0.40

CD ~

m

" 0

0 0m

--:'1 "~ 0

1.30 1.30~ ~

0 0 J10.90 1.30 "l '"0 0 ",210 1.30 N

~ N0

1.70 1,30 ..., ...,0,56 1,30 US 2.30

0.70 0.50

Foram deduzidas as areas correspondentes aos topos das banheiras, par nao se tratar de uma

intersecgao, mas sim de uma zona nao rebocada,

EXEMPlO 3 - Revestimentos de tectos

Zona de circula«;:ao

I

II

188 Curso sobre Regras de Medil;3o na Construl;8o

REV, DE REGULARIZAC1J,Q

ChapinhadO de argamassa flUidade areia e cimento ao traeo 1:3.sabre superficie de betao,

REV. DE ACABAMENTO

Esboo:;o e estuque em tectos

(Medi<;ao igual a anterior)

'.30 '.95

0000toiC'iX X00G:!I";:00

~'"0..0..

00"":"'!~O

X X00G:!~00

~'"...,...,

,

REV. DE REGULARIZA(:Ao

Chapmhado de argamassa fluidade areia e cimento ao traeo 1:3.sabre $uperfic,€ de bettlo

P':.!L DE ACABAMENTO

I:._~ ....co e estuque em tectos

(Medicao igual a antenor)

Sanca corrida em teclas

Quarto

00

/~i~Q

"''''x x00 pi"", m

2.40 3.95 G:!r; ~

@ 0

00 m~

~ '" 1.30 2.400..0.. .1V

Casa de banho

Curso sabre Regras de Medit;§o na Constru1f30 189

I,

)

1 "•, fI'f

REV DE REGULARIZACAO

Chapinhado de argamassa f1uidade areia e clmento ao tra!;o 1:3.sobre superficie de bettlo.

REV DE ACABAMENTO

Esbol;O e estuque em tectos

(Medil;t!o igual tI anterior)

130 2.10

00~qNN

>< ><00G:!r--:00

00r:~~o

>< ><00G:!aq00

~N...,...,

Sendo uma laje maciya de betao, de uma maneira geral em boas condi95es de execu~ao, havera

somente que conlar com chapinhado de argamassa fiuida, para melhor adere!ncla do esluque.

Tratando-se por exemplo de uma laje aligeirada, havera quase sempre que conlar com uma camada de

esbo~o de regularizayao, mais espessa que 0 usual para 0 estuque. Sempre que assim for, devera medir-se

esta camada em rubrica separada, pois quase sempre a executada com argamassa de cimenlo, aplicada por

pedreiro e nao por estucador.

56Podem poram, ser consideradas duas opera~6es numa s6 rubrica, desde que ao elaborar a

or~amento, no pre<;:o de aplicayao, sejam consideradas as duas opera~6es a executar pelo mesmo

subempreiteiro.

Como exemplo, geralmente as opera<;:6es de embo~o e reboco sao englobadas na mesma rubrica, nao

s6 por serem executadas, de uma maneira geral, com 0 mesmo material, como por na sua execuyao se

seguirem as duas opera~i'ies, sempre feitas pelo mesmo operario.

57 As arestas (cunhais e engras) de jntersec~ao das superficies de revestimento eslao incluidas na

medi«ao, islo e, nao sao medjdas em separado.

sa Chama-se a alen~ao para 0 facto da medi~ao nao tomar em considerayao a distancia a que sao

preparados os materials nem a altura a que sao aplicados, factores a ter em considera~aona elaborayao do

pre~o de aplicayao. Tambem nao sao considerados a composi«ao e altura do andaime. Param, a alinea i)

permile que as eperay6es indicadas na alinea anterior sejam consideradas em rubricas pr6prias.

190 Curse sabre Regras de Mediyl10 na Constru¢a

15.2 Revestimentos de paramentos exteriores e interiores1

a) A medir;:8o sera realizada em tri.

b) As medic;:oes serao efectuadas separadamente, conforme as superficies dos

paramentos sejam:

- verticais au inclinadas;

- planas au curvas;

- com outras formas;

c) A determinaC;:3o das medidas para a elaborac;:ao das medi90es, obedecera, ern

geral, ffi regras segulntes:

1- As medidas a considerar sao as das cotas de Iimpos das superficies vistas.

2- No casa de superficies irregulares2, a medic;:ao sera determinada a partir da

area de projecc;:ao da superiicie a revestir sabre a superficie de base3

d) As areas correspondentes a aberturas" (vaos, passagem de condutas, etc), aintersecc;:ao de vigas5 e outros elementos, 56 serao deduzidas quando superfores a

0.25 mZ, As areas dos enquadramentos dos vaos6 serao medidas em m em rubricas

pr6prias, considerando os seguintes agrupamentos de larguras:

- larguras rnferiores a 10 em

-Iarguras superiares au rguais a 10 em e inferiores a 20 em

- larguras superiores ou iguars a 20 em

e) Os revestimentos das eornijas serao medidos em rubrieas proprias. A medrg<3o

sera realizada em m ou ni eonsoante for mais indiead07.

f) Os revestimentos dos pilares isolados, eolunas, embasamentos, soeos ou Qutras

partes isoladas da obra, serao medrdos em rrr, em rubrieas pr6prias6.

g) Os trisos, as alhetas, as molduras 9 e outros elementos de guarnecimento serao

medidos em ni ou m 10. 0 respeetivo eomprrmento sera determinado sobre a superiicie de

base destes elementosl1.

h) Os rodapes, as saneas12 e outros elementos de transigao entre paredes e

pavimentos ou teetos, serao eonsiderados respeetivamente nas rubrreas de revestimentos

de pavimentos ou eseadas e de teetos.

Cursa sabre Regras de Mediyao na Construy8a 191

i) As areas sob os rodapes 13 serao consideradas sempre que a altura destes

elementos nao exceder 0,10 m. Para alturas superiores, as areas sob os rodapes s6 serao

medidas quando estes farem assentes sabre os revestimentos dos paramentos.

t De prefen§ncia, as medil):6es dos revestimentos devem ser discriminadas por compartimenlos

nomeadamente quartos, salas, casas de banho, cozinhas, vestibulos, corredores, atrios, etc. (ver como

exemplo os revestimentos de pavimentos) e outros locais (escadas, varandas, fachadas, empenas, chamines),

e devem mencionar os numeras ou referencias indicadas no projeeto.

REV DE IMPERMEA81L1Z.'"

Embm;o e reboco comargamassa hidrofugada ao traco1:4. em paredes exteriores

Aicado frente

AICado lateral direito

A deduzlf. Jane/a) 1

Chamine (exemplo)

CAMADA DE ACABAMENTO

Embor;o e massa de are,a(rascone) em paredes exter,ores

(Medicao 'gual a anterior)

2 Neste caso. a mediyao sera feita a partir da

area de projec~ao da superficie a revestir,isto e, nao

serao lidos em considerayao as acrescimos de area

a revestir, devido a irregularidade da supemcie de

parede.

1_

~ Considera-se superficie de base a que define a orientayao geral do paramento.

4 Nos exemplos apresentados no subcapftulo anterior pode verificar-se Que na mediyao dos rebocos

deduz-se samenle a area da janeJa J 1 por ser a unica cuja area e superior a 0.25 m2•

De igual modo, na medi<;ao dos revestimentos de paramentos interiores, tem-se:

- no compartimento 1, foi feita a dedu<;ao das areas carrespondentes aporta e ajanela;

- no compartimento 2, faram deduzidas as areas correspondentes $ partas;

192 Curso sobre Regras de Medj~ona Constru980

- no compartimento 3, foi somente deduzida a area correspondente a porta P2, por a area

correspondente aarea da Janela J2 ser inferior a 0.25 m2

5As interseCQ5es das vigas nas paredes, islo e, a area nao rebocada devido a essas interseC90es s6

serao deduzidas quando superiores a 0.25 m2,

6 EXEMPLO _Enquadramento dos v<fos

REV. DE IMPERMEABILIZ r;.I;)

Emboco e reboco com argamassahidrofugada ao traco 1:4. emparedes exteriores

Janela J1

JanelaJ2

CAMADA DE ACABAMENTO

Esboco e massa de areia (rascone)em paredes exteriores

2

2

0.20 1 10

0,80 0.20

0,20 0,40

050 020

0000NN>< ><00OJ ....00

~'"a. a.

A mediyao do enquadramento dos vaos pode ser feita juntamente com a do revestimento dos

paramentos das fachadas ou em rubrica pr6pria, se se considerar que 0 seu preyo e onerado pelas condiyoes

Ie execuyao.

Neste exemplo, no revestimento dos paramentos inledores nao foi medida a area correspondente ao

enquadramento dos vaos, por 0 aro das janelas eslar fixado no extremo da gola.

7 Os reveslimentos das cornijas, sendo em geral um trabalho executado por corrimento de molde, sera

medida em m. Da-se porem possibilidade de ser medido em m2 quando for julgado mais conveniente para a

determinayaa dos custos e para a execuyao de cada tipo de trabalho, planificando-se a area revestida.

a Sendo geralmente diferente 0 cuslo do trabalho de revestimento de elementos isolados do realizado

em superficies continuas (caso dos pilares e colunas) ou com espessuras e acabamentos diferentes (case dos

envasamenlos ou socas), julgou-se convenienle indicar que a mediyao sera feita em rubrica propria.

9 Estes elementos quando de madeira, metalicas au de pedra, serao considerados respedivamente nos

capitulos relativos a Carpintarias, Serralharias e Cantarias,

'OVer nota da alinea e).


'1 Considera-se superficie de base a que define a orienla<;ao geral do paramenlo_

12Tal como na alinea g) Estes elemenlos quando de madeira, metalicos ou de pedra, serao

considerados respeclivamenle nos capitulos relativos a Carpinlarias, Serralharias e Cantarias.

13 Na medi<;ao dos revestimenlos dos paramentos das paredes interiores, a allura a considerar sera a do

pe direito, sempre que a allura do rodape nao excede 0,10 m. Para alluras superiores do rodape, sera ao pe

direilo deduzida a altura correspondenle do rodape, a nao ser que este seja assenle sobre a reveslimenlo,

como par vezes sucede para 0 reboco.

194 Curso sobre Regras de Medi<;ao na Conslru~o

b) As medic;:6es serao efeetuadas separadamente, de acordo com as caracteristicas

das superficies:

- horizontais e inclinadas;

- curvas;

- de outras formas .

c) A medigao sera determinada a partir das cotas de limpos das superficies vistas1

incluindo as areas correspondentes aos enxalsos e aos vaos das paredes. Regra geral,

devem considerar-se as areas sob os rodapes.

d) Quando os revestimentos dos pavimentos nao forem horizontais ou pianos, as

medig6es serao realizadas de acordo com as dimens6es efectivas2.

e) As areas correspondentes a pilares, colunas, chamines e outros elementos ou as

relativas a aberturas (para a passagem de condutas, canalizagoes, etc.) 56 serao

deduzidas quando a cada elemento ou abertura corresponder uma superficie de

pavimento superior a 0.25 m 2.

f) Os rodapes serao discriminados em rubricas pr6prias com a indicagao da sua

secg<3o. A medic;:ao sera realizada em m. 0 comprimento sera medido sobre a paramento

em que 0 rodape estiver colocado3.

I As superficies vistas correspondentes aos vaos das portas, no exemplo que se apresenta, foram

medidas no pavimento do compartimento 2, de acordo com a indicayao do movimento e, portanto, da

coloca9ao das portas.

Curso sobre Regras de Medif30 na Construyao 195

Zona de CirculaC;ao

REV. EXECUTADO "in·siW'·

0000. .NN>< ><00

1.30 1.95 0:> ..... .00

0,80 015~ N

0,70 0.10 n. n.

Betondha de cimento ao trac;o1:4, para regutanzac;ao e colagemde tacos.

Portas Pl

Portas P2

TACOS E PARQUETES

Tacos de pinho tipo parquete,asSentes com cola branca, empavimentos.

Portas Pl

Portas P2

!:!.llliI: 0 rodape sera mcdido no capitulorelativo a carpintarias

3

3

1.30 1.95

0.80 0.15

0.70 0,10

00"":"t~O

>< ><000:>",00~N..,..,

2 Em geral, a area sera determinada pelo produto do comprimento da directriz pela sua largura.

3 Exemplo:

LADR/LHQS

Ladrilhos hidraulicos de pasta.em pavlmentos

A deduzir. Ballhelra

Rodape de ladrilho hidniulico depasta

A dedulif. Porta P2

196

Casa de banho

Curso sabre Regras de Mediyaa na Construyao

15.4 Revestimentos de escadas

a) A medig80 sera efectuada separadamente, para as patins, degraus, guarda

chapins, rodapes e outros elementos.

b) A medigao dos patins sera reallzada em m2.

c) 0 revestimento das superficies inferiores dos lao((05 e patins sera incluido em

rubrica propria 1, de acordo com as regras estabelecidas para as teetos.

d) Os tapas vistos2 dos rangos e patins nas escadas com bomba ou de leque serao

medidos em rubricas pr6prias. Quando de madeira, ou de pedra, serao incluidos nos

capitulos respectivQs.

,-- e) A medi((80 do revestimento dos degraus3 sera efectuada separadamente para

espelhos e pisas, de acordo com as unidades seguintes:

- para revestimentos continuos, m2;

~ para revestimentos com peyas Jineares, em m.

f) as focinhos dos degraus, quando executados de material diferente, serao medidos

em m, em rubricas pr6prias_ Se forem metalicos au de pedra, serao incluidos nos

respectivos capitulos. As faixas anti-derrapantes, incluidas par vezes no revestimento dos

pisos dos degraus, serao medidas em rubricas pr6prias, em m, com indicayao das suas

dimensoes (largura e espessura(

g) As regras de medigaa e as unidades respectivas das medigoes de

guarda-chapins (ou rodapes recortados), rodapes e outros elementos, serao os ja

ldicados neste capitulo para elementos semelhantes. No entanto, os rodapes dos lanyos

de escada serao medidos separadamente dos relativos aos patins.

Curso sabre Regras de MediiV130 na CanstruiV130 197

d"t,

No exempJo sao indicados os

elementos a medir, referidos nesta rubrica.

1 Ver figura.

1 Considerando por exemplo que a mediyao

para os degraus e de estes serem revestidos a

marmorite a unidade de mediyao e em nT.

Salienla-se que, como nos casos indicados

para 0 revestimento de pavimentos de

azulejos, mosaicos hidraulicos e lacos, pode

ser incluido ou nao na mesma mediyao a

betonilha de regularizayao e a camada de

desgaste de marmorile.

,

198

Rod"pe recort"do

/

Topo dosI"",,os epatins

Faixa anti-derrapante/

Curso sobre Regras de Mediyao na Conslruyao

Iii

:.~

"'.'

15.5 Revestimentos de tectos exteriores e interiores

a) A medi9ao sera realizada em rn2..

b) As medig6es serao efectuadas separadamente, de acordo com 0 tipo de laje, (par

exemplo, maci98s au aligeiradas) e tambem comas caracteristicas das suas superficies,

nomeadamente:

- horizontais au inclinadas;

- curvas;

- de Qutras formas.

c) As medic;:6es serao determinadas a partir das colas de Jimpo das superficies. Os

revestimentos das superficies das Vig3S1 serao incluidos nos revestimentos de paredes

J dos tectos, conforme se situern no prolongamento das paredes au nos tectos .

d) Quando as revestimentos de tectos naD forem horizontais OU pianos, as

medig6es serao realizad~s de acordo com as dimensoes efectivas2.

e) As area 5 correspondentes a pHares, colunas, chamines e outros elementos e os

relativos a aberturas (para passagens de condutas, canaliza90es e armaduras de

instala90es de ilumina9.30, etc.) s6 serao deduzidas3 quando a cada elemento ou abertura

corresponder uma superiicie superior a 0.25 m 2.

f) As sancas, molduras e outros elementos de guarnecimento serao discriminados

em rubricas pr6prias4

, com indica930 da sua sec93o. A medic;ao sera realizada em m; 0

comprimento sera determinado sobre 0 paramento em que estes elementos forem

/ ~ecutados ou colocados.

g) Os elementos de suporte5 dos revestimentos de tectos talsos serao, em geral,

discriminados em rubricas pr6prias, com indicayao da sua constituic;30 e respectivos

elementos. A medit;:a06 sera realizada em m 2.

h) A mediC;307 dos tectos talsos por componentes8 sera tambem realizada em m 2 e

separada em rubricas pr6prias, de acordo com a constituic;ao e as dimensoes dos

componentes.

I

~"

•,

.,1

Curso sabre Regras de Medi93a na Construyao 199

1

Num tecto vigado, a

revestimento das superficies das

vigas, conforme a sua localizag§o,

sera ineluido no revestimento do tecto

ou das paredes..

,Em geral, a superficie sera

determlnada pelo produto do

comprinento da directriz pela ,ua

largura. No easo, po, exemplo, d.

teetos curvos ou em madeira, as

mediry6es serao realizadas de aeordo

com as dimensoes das superieies

efectivamente a revestk.

3 00 mesmo modo que para 0 revestimento de pavimentos, nao serao deduzidas as areas

correspondentes aos elementos indicados e de superficie igual au inferior a 0,25 m2 para cada elemento.

4 00 mesmo modo que se indicou para as cornijas, tratando-se de elementos executados par corrimento

de urn molde, a medi9ao sera realizada em m. a mesmo se dara para elementos pre-fabricados e colocados

por aderencia, como e a caso de frisos e molduras de estuque e outros materiais.

5 Estruturas de madeira, metalicas ou de outro material.

6 as tectas falsos serao medidas de acordo com °material de que sao executados.

A estrutura de suporte, par exemplo, engradado de madeira, em tectos de estafe e estuque, sera

incluida no capitulo de carpintaria. Se S8 trata de elementos de suspensao, sao incfuidos geralmenle na

mediyao do revestimento do tecto (estafe aramado, etc.).

7 0 que se indicou na aHnea anterior, referente a elementos de suspensao, aplica-se a mediyao de lectos

falsas par componentes, isla e: as teclos falsos seraa medidas de acordo com ° material de que sao

executados.

A estrulura de suporte, par exemplo, engradado de madeira. em teetos de estafe e estuque, sera

incluida no capitulo de carpintaria. Se S8 trata de elementos de suspensao, sao incluidos geralmente na

medi980 do revestimento do tecta (estafe aramado, etc.).

t>rectos falsos par componentes sao as conslituidos par elementos isolados e acabados, suspensos ou

apoiados por meio de dispasitivos apropriados.

200 Curso sobre Regras de Medigao na construyaa

16. REVESTIMENTOS DE COBERTURAS INCLINADAS

16.1 Regras gerais'

a) As medigoes dos revestimentos serao agrupadas em subcapitulos2, conforme se

trate de revestimento com telhas, soletos3, chapas metalicas, chapas de fibrocimento, etc.

b) As medigoes serao efectuadas de modo a serem individualizadas em rubricas

_"xoprias4, tendo em atengao a forma e modo de coloca9ao do material uti/izado no

revestimento, nomeadamente5:


- dimensoes das pegas de revestimento6;

- metodos de assentamento7;

- condigoes de execugao8.

c) As medigoes serao obtidas a partir do projecto, ou directamente na obra, de modo

a traduzirem a verdadeira grandeza das dimensoes dos erementos9.

d) As dimensoes englobam 0 fornecimento dos materiais e acessorios e todas as

operagoes necessarias aexecugao dos revestimentos 10.

e) Sempre que necessario, as operagoes indicadas na alinea anterior poderao ser

~ ~paradas em alineas pr6prias.

1) Os elementos especiais de cobertura, como telhas-passadeiras, ventiladoras, etc.,

poderao, se necessario, serem medidos em separado 11.

1 A mediyao dos revestimentos de coberturas em terrayO sera incluida nos capitulos Revestimentos e

Isolamen/os e Impermeabiliz8yoes

2 Conforme vern sendo salientado, as mediyoes deverao ser agrupadas conforme 0 material de que e

feito 0 revestimento,

3 Soleto _Placa de ard6sia para revestimento de coberturas.

'jh,

iI

i; .'

Curso sobre Regras de Medj~ona Cof'lstruyao 201

4 Como objectivo fundamental e de constiluirem uma sintese das condic;:oes tecnicas de maior interesse

para a determinac;:ao dos custos e para a execuc;:ao de cada tipo de trabalho.

5 Exemplo

REVEST/MENTO DA COBERTURA

Revestimento com telhamoldada de encaixe, de aba ecanal, sobre ripado

Aguas mestras

Tacanic;:as

,,,,2

8.007.004,002.80

4.00

4.204204.204.20

4.20

Cumieira

Cantosftornejo do heir ado)

~~:fR~e~m~.~t~e~$~d§e~z§;n§c:o?~~Bei[:~

capa e canal

Caleir ill de algero2 //

•.~

"•u•I-

Rala de pillha

,Deverao ainda ser separadas se, por exemplo;

- houver revestimento de telha moldada de encaixe ou de telha tipo romana:

- houver revestimento, par exemplo, de chapa ondulada de fibrocimenlo, podera haver

necessidade de separar 0 revestimento das chapas conforme a medida desta, etc,

,Sobreposic;:ao, argamassa, ganchos de arame, etc.

Podera, par vezes, tambem haver conveniencia em separar em rubricas proprias revestimentos dos

mesmos materials mas em que as sobreposil(oes pretendidas sao diferentes,

Tambem, por exemplo no que S8 refere a telha, convira individualizar a telha assente sobre ripado da

telha argamassada ou da telha aramada

8 No que se refere as condic;:6es de execuc;:ao, convlra, com certeza, individualizar os revestimentos de

aguas muito indinados de outros com menor inclinac;:ao.

9 Esta alinea tern como objectivo salientar que 0 revestimento das coberturas incJinadas nao e medido

pela sua projecc;:ao em planta.

202 Curso sobre Regras de Medic;:ao na Construc;:ao

10 Como exemplo, quando se fal: a mediryao do revestimento com tetha aramada, os ganchos estao

incluidos na operaryao; do mesrno modo, quando se fal: a mediryao do revestimento com chapa de fibrocimento

os tirafundos ou grampos e anilhas estao incluidos na mediqElo. Evidentemente que 0 cademo de encargos

devera espedficar 0 tipo de assentamento.

A annea e) permite, porem, que esses elementos possam ser considerados em aHneas proprias; isso

porem depende do criterio adoptado na mediyao. 0 mesmo sucede com os elementos especiais indicados na

alfnea f).

E evidente que 0 preqo de aplicayao utilizado para a elaborayao do oryamento devera ter em

considerayao a incidencia do custo dos acessorios, por unidade de mediry.§o, no caso destes estarem incluidos

nos trabalhos previstos.

11 As chamines, ventiladores, respires, etc., quando constituindo parte de instalaqoes ou trabalhos

medidos em capitulo proprio (chamines de alvenaria, ventilaqoes de esgoto, etc.) nao sao incluidos neste

capitulo.

Curso sabre Regras de Medi~ na Construyao 203

16.2 Revestimentos de coberturas1

a) As medir;5es2 das aQuas ou tacanic;as de uma cobertura de telhado serao

realizadas em mZ, de modo a traduzirem 0 desenvolvimento total 3 da superficie a revestir.

b) As areas correspondentes a intersecgc30 de Quiros elementos (chamines,

ventilat;;oes, etc.), 56 serao deduzidas quando superiores a 1,00 m 2.

c) Os beirados, quando canstituam um trabafho distinto do restante revestimento da

cobertura, sen30 rnedidos em rubrica pr6pria, com indicayao da natureza do material de

que sao executados. A mediC;;<3o sera realizada em m. Os cantos ou lomejos, sempre que

executados com pe«8s especiais, serao medidos em rubrica propria, e a medigc30 feita aunidade (un) ....

d) As cumieiras, rincoes e lar6ss, serao discriminadas em rubricas pr6prias, com

indicayao da natureza do material de que sao executadas. As medivoes serao realizadas

emm.

e) Na mediv<3o do revestimento da cobertura das trapeiras, serao tidas em

considerav<3o as regras formuladas anteriormente.

f) As medivoes do revestimento de superficies verticais6, com material identico ao das

coberturas, sera feito de acordo com as regras anteriores.

g) As telhas de vidro e elementos de ventilav<3o nao constitufdos por caixiJhos 7 serao

medidos aunidade.

h) as acroterios, coroamentos das paredes, as baJaustradas, as grades de

resguardo, escadas e patins para limpeza de chamines e outros elementos afins, serao

medidos nos respectivos capitulos8, de acordo com 0 material de que sao executados.

i) As chamines, ventiJadores e respires, quando constituindo parte de instalac;oes OU

trabaJhos medidos em capitulos pr6prios (chamines de alvenaria, ventilavoes de esgoto,

etc.) nao serao incJuidos neste capftulo9.

, Induem remales de materia! semelhante ao do revestimento, como cumieiras, rincoes, telhoes de

algeroz, etc. as remates de zinco au semelhantes, geralmente executadas par funileiro ou picheleiro, seraa

cansiderados em drenagens de aguas pluviais.

2 As madres, varas e ripas serao consideradas no capitulo relativo a carpintarias.

204 Gurso sabre Regras de Mediyaa na Gonstruyao

3 Esta alinea tern como objectivo salienlar que 0 revestimento das coberturas inclinadas nao e medido

pela sua projecyao em planta.

4 Nas coberturas com a queda livre das aguas das chuvas, nem sempre 0 beirado e executado com

material e tecnica diferente da das aguas do revestimento da cobertura. Sempre que tal suceda, os beirados

deverao ser medidos em rubrica pr6pria.

Tambem as cantos ou tomejos de beirado sao por vezes execulados com peyas apropriadas e especiais

(geralmente um conjunto de 11 peyas) fornecidas em separada pelas ceramicas. Quando tal se preveja,

deverao ser medidos tambem em rubrica pr6pria~

Lalli

Cumieira

Cantos(tornejo do beir ado)

'(:j~R~e~m~.~t~e~':d~e~,~'n~c:07~'/'~")JI Beir ado de

capa e canal"

iJ .~

12.504,008,5011202.808.40

UN

UN5

REVEST/MENTO OACOBERTURA

Cantos de lar6s

Cantos (tornejos) do beirado

Beirado de capa e canal,assente com argamassabastarda de cimento, calaerea hidratada e areia aotra<;:o 1:2:6

Caleb a de alger oz Ralo de pinha

Curso sabre Regras de Medl~o na Constru~a 205

4,

4-'",'"6-'"5.00

Cumieir a

Canto:!>

Itornejo do beir ado)

~~:FR~e~m~.~te~>~d~e~,~;~n~c;o7h~Beir~

Cilpa e canal

Lau)

Caleir a de aigef02 _, Ralo de pinha

6 Sao casas raros mas por vezes utilizados no revestimento de trapeiras e de paredes de carpas

salientes da cobertura.

7 Quando S8 preveja a aplic8O:;30 de elementos estranhos ao material do revestimenlo da cobertura,

como telhas de vidro, calatas de plastico etc., inlegrados no proprio revestimento, deverao ser medidos em

rubrica propria. Quando esses elementos forem por exemplo cJarab6ias, lanternins e Quiros elementos com

caixilhos, serao medidos nos capllulos respeclivos em que forem considerados as trabalhos de execuyao dos

respectivos suportes

Assim, se a arma9ao para assentamento dos vidros for em perfis metalicos, serao considerados no

capitulo referente a caixilharfa metalfca e, se forem de madeira, no de caixilharias de madeira, etc..

8 Todos os elementos estranhos ao revestimento da cobertura serao considerados nos respectivos

capitulos, de acordo com 0 material de que sao execulados.

Assim, as chamines de tijolo serao consideradas nas alvenarias; as balaustradas no capitulo respectivo

do material de que forem executadas; as guardas metalicas nas serralharias, etc.

Se porem se tratar par exemplo de chamines de fibrocfmento, deverao ser induidas no capitulo de

revestimento da cobertura, mas em rubrica propria, de acordo com a afinea f) das regras gerais

9 Ver nota da alfnea anterior.

206 Curso sabre Regras de Medi~o na Constru~o

__ ..,~ ..................U".;,ll~UIUU::> t! "IOUO ae exeCUy30 e apoio,

como 0 desenvolvimento das suas seoyoes transversais3. A mediC;3o sera reaJizada em m.

b) Os tubos de queda de aguas pluviais, zinco, chapa zincada, fibrocimento ou

material plastico, serao medidos em rubricas pr6prias, tendo em considerac;:.3o a natureza

do material constituinte e as condic;oes de execuyao4. A sua mediyao sera realizada em m.

Os funis, bacias, ralos ou outros acess6rios5, quando existirem, ser<3o medidos a unidade

(un) .

c) Os remates com paramentos verticais (abas, rufos e canais)6 serao medidos em

rubricas pr6prias, com indicaC;3o do material de que sao executados. A medic;:ao sera

realizada em m.

'OS trabaIhos de drenagem de aguas pluviais, tanto de coberturas inclinadas como de lerrayos,

executados com os maleriais trad'rcionais (principalmente zinco) geralmente por funileiro OU picheleiro,

constituindo tambem remales entre revestimentas e elementos de construy.3o, serao considerados neste

capitulo.

Os tubas de queda, quando exteriores aos paramentos, mesmo que constituidos por outro material,

poderao tambem ser aqui considerados. No entanlo, as redes de eS9010 de aguas pJuviais, geralmente situadas

no interior do edificio, serao consideradas no capitulo relativo a Instalat;Jo de esgoto de aguas pluviais,


Cumieira

Ralo de pinhaCilleir a de algeroz ;/

Cantos(tornejo do beir ado)

nr,",¢R~e~m~..~e~S~d~e~z~;~n~c~o;~/Beir~capa e ciiUlal

700

2

2

3 Chamamos aqui somente a atenyao .para, na mediyao das caleiras de a1ger02. serem tornados em

considera9ao nao s6 0 modo de apoio e fixar;:ao mas 0 desenvolvimento da sua secQao transversal. Com efella,

nao convira engJobar na m8sma rubrjca algerozes apoiados em caleira de alvenaria au no madeiramento do

telhado e algerozes apoiados em grampos ou consolas; do mesma modo, havera que alender ao

desenvolvimento da sua secr;:ao transversa), pois 0 seu preyo va fiara de acordo com a quantidade de chapa

aplicada por metro.

Na maiaria dos casas. pOder-se-a tamar a seC9-3o media para efeitos da elabora<;ao do pre90 unitario

media.

4 Na mediryao do revestimento de coberturas, adoptou-se 0 criterio tradiciona! de incluir as trabalhos de

drenagem de aguas pluviais norma!mente executados per funileiro ou picheleiro. De acordo tambem com 0 que

e usual, eslendeu-se esse criterio aos trabalhos feitos com material de fibrocimento ou plastico.

5 JuJgou-se conveniente medir em separado os funis, bacias, ralos au outros acess6rios, que variam

conforme 0 tipo de liga9iio que se pretende entre as cafeiras e os tubes de queda

,


~Beit ado de

capa e canal

Rala de pirlha

LaH)

Cumieiri!

Cil:nto~

(tornejo do beirildoJRemates de zjnco

Caleir it de algeroz ./

12m

fill}

,m10m

3m

am1

1

Curso sobre Regras de Medi~o na Constrw;:ao 209

'r r' r, I

,' " ~, " ---r,

'" "<. -

17. VIDROS E ESPELHOS

17.1 Regras gerais1

a) As medig6es serao reaJizadas de modo a serem individualizadas e descritas em

rubricas pr6prias, de acordo com as seguintes caracteristicas:

- Tipo, qualidade e padrao do vidro, de acordo com a classificag.3o comercial

corrente, nomeadamente: vidro liso (corrente, escolhido e para espalhar),

polido ou despoJido e impressa, e vidros especiais tais como 0 vidro armada,

temperado, termico, etc.;

- Espessura nominal do vidro em mm;

- Crasse da dimensao superficial de cada chapa2;

- Natureza do enquadramento ou suporte ande 0 vidro sera montado,

nomeadamente caixiJhas de madeira, de aluminio, de cimento, etc.;

- Sistema de montagem, principalmente 0 tipo de fix3c;.30 e de vedante;

- Em casas especiais, os tipos de acabamento ou decorac;ao, tais como:

gravura, acabamento de arestas e cantos, abertura de furos, filetes, rincoes,

etc..

b) Os materiais semelhantes ao vidro e com as mesmas func;6es serao medidos

pelas mesmas regras.

c) As medir;:oes deverao indicar as refen§ncias de identificar;:ao dos suportes de vidro,

ou locais de apficayao mencionados no projecto, de forma a permitir a sua verificar;:<3o.

d) A medir;:<3o compreendera 0 (ornecimento, corte e colocar;:<3o, incluindo os materiais

de fixar;:ao e de vedar;:<303.

e) Na medir;:ao de espelhos, afem das caracteristicas enundadas na alinea a), devem

ser consideradas tambem as seguintes:

- qualidade de espelhagem;

- tipo de cobertura do tardoz;

- tipo de acabamento de arestas, de decorar;:<3o, numero de (uros, etc.;

- tipo de fixar;:ao e acessorios.

Cursa sabre Regras de Mediqao na Canstru~a 211

o As medidas para a calculo da medic;ao de chapas de vidro au de espelho serao

sempre obtidas do menor rectangulo circunscrito, com arredondamento ao em nas medidas

lineares.

1 A medi9aO dos mosaicos de vidro sera incluida no capitulo relativo a Revestimentos. Os tijolos e

telhas de vidro serao medidas respeetivamente pelas regras relativas a Alvenarias, e a Revestimentos de

Caberturas.

2 0 prm;o do vidro depende, alem de autras caracteristicas, da classe de dimens6es superficfais em que

as chapas se podem induir. Por esle motivo, sera necessario separar em rubricas pr6prias as chapas relalivas

is diferentes classes de dimens6es superiiciais estabelecfdas pela Comissao Tecnica Coordenadora dos

Comerciantes de Vidros e Espelhos. Sempre que as dimens6es das chapas excederem as dimens6es normais

de fabrico, devera ficar convenientemente explicito.

3 A medic;ao dos biles sera incluida na dos caixilhos.

212 Curso sabre Regras de Mediva,o na Conslruva,0

17.2 Chapa de vidro em caixilhos

a) A medig<3o sera feita em m 2, segundo as dimens5es aparentes do vidro ('v30-luz")

coJocado nos caixilhos.

17.3 Divisorias de vidro perfilado

a) A medigao sera felta em m 2.

b} As medidas para a determinagao das mediy6es sao as das dimens5es do vao.

17.4 Portas e janelas de vidro

a) Regra geral, a medj~o sera realizada a unidade (un), para 0 conjunto dos

elementos principais e acess6rios, com indic3g8o das seguintes caracteristicas:

- constituigao;

- tipo de movimento au modo de abrir;

- dimensoes;


b) as guarnecimentos de vaos e as aros serao medidos nos capitulos relativos anatureza dos respectivQs trabalhos.

c) As medidas para a caracterizag80 das medigoes sefao as das folhas.

17.5 Persianas com lamina de vidro

a) A medig30 sera realizada segundo as regras relativas a portas e jane/as de vidro,

com indicagao do numero e dimens5es das laminas de cada elemento.

17.6 Espelhos

a) Regra geral, a medigao de espelhos sera realizada 3 unidade (un), incluindo

ferragens, com indicaQao das respectivas dimens6es.

b) Os espelhos integrados em caixilhos serao medidos pelas regras indicadas em

chapa de vidro em caixi/hos.

c) Os espelhos com fungao de revestimentos (por exemplo em casas de banho,

integrados em mobWario, etc) serao medidos em mZ.

Curso sobre Regras de Medic;:ao na Constru9.30 213

r r r

r r r

r r r

r r

r r r

r r r

r r r

r r

r I

r I

r I

r I

r I r I r I rl

18. PINTURAS

18.1 Regras gerais'

a) As mediyoes serao realizadas de modo a ficarem individualizadas e descritas em

rubricas proprias, de acordo com as seguintes caracteristicas:

- natureza do trabalho, nomeadamente: pintura e tinta de esmalte, a tinta de

agua, caia<;:ao, velatura, enceramento, envernizamento, metaliz8y8o a frio, e

Qutros trabalhos semelhantes;

- natureza e qualidade dos materiais2;

- natureza e acabamento da superficie a pintar3;

- trabalhos preparat6rios da superficie a pintar (Iimpeza, decapagem, lixagem,

selagem, isoJamento de n6s, remoyao de pintura, etc.);

- traba/hos preparat6rios da pintura, nomeadamente: numera de demaos de

primarios e barramentos;

- trabalhos e numera de demaos de acabamento;

- condiyoes de execuyao.

b) As mediyoes serao em regra ordenadas em grupos correspondentes a natureza

dos trabalhos4 relativos a execuy.3o dos elementos a pintar. Oentro de cada grupo, a

Jrdenac;ao sera identica aadaptada no capitulo relativo a esses trabalhos 5.

c) A mediyao englobara todas as operay6es relativas a execuc;ao dos trabalhos de

pintura, nomeadamente os de fornecimento e preparac;ao de materiais, os trabafhos de

preparayae das superficies e preparat6rios de pintura e a pintura propriamente dita, com

seu acabamento.

d) Regra geral, as pinturas, principalmente as de grandes superficies, serao medidas

em m 2, com as excepc;:oes indicadas nas alineas das rubricas seguintes.

e) As medidas para a determinac;ao das medic;oes serae, em geral, as estabefecidas

no capitulo relativo a Revestimentos. No caso de superficies irregulares ou superficies

onduladas, a medic;ao sera determinada a partir da area de projecc;:ao da superficie a

Curso sabre Regras de Medj~o na Canstru~o 215

,I

pintar sabre a superifcie de base6 e separada em rubricas pr6prias. 0 acrescimo nao

considerado sera inclufdo no respectfvo pre<;o unit.3rio.

f) As mediyoes de pintura de perfis 7 cujo perimetro pintado nao exceda 0,30 m serao

feitas em m e agrupadas em rubricas correspondentes a 3 classes de dfmens6es do

perimetro pintad08.

g) Os pems com perimetro pintado superior a 0,30' m serao medidos em m 2• A area

de pintura sera obtida pelo produto do desenvolvimento do perimetro pintado pela

comprimenta do perfil.

h) A medly8.o da pintura de tubos e condutas sera realizada de acordo com as regras

indicadas nas alfneas f) e g) anteriares. 0 perimetro pintado sera determinado a partir do

diametro exterior.

i) A pintura de pequenas peyas isoladas sera medida aunidade (un)

j) Os trabalhos especfais de pfntura, como por exemplo os de decorac;ao, nao sao

objecto destas regras. 0 medfdor devera indfcar no enunciado da medfc;ao destes trabalhos

as regras que adoptar.

I) Quando os elementos de construc;ao sao fornecidos para a obra ja pintados, a

medic;ao da pintura podera ser inclufda nos trabafhos de execuc;ao daqueles elementos,

conforme foi referido nas alineas fl dos capitulos Carpintarias e Serralharias.

1 Esle capitulo incJui todos as trabalhos que passam ser cansideradas como pinlura em sentida lata,

como, par exemplo' caiac;ao. envernizamenta, enceramenta. metaliza9ao a frio, etc.. Os acabamentos como 0

enceramento e limpeza de pavimentas, 0 revestimento a papel, etc. sao incJuidos no capitulo retativo a

Acabamenros.

2 A natureza e qualidade dos materiais diz respeito acomposi9ao das tintas, primarios, etc.. Neste caso,

serao individualizadas as pinturas de quatidade diferente como, por exempto: tinta de agua para exterioreso, tinta

de agua para interiores, etc..

3 Por natureza e acabamento da superticie a pintar, entende-se que devera ser individualizada, par

exemplo, a pintura sobre madeira, a pintura sabre ferro, a pintura sabre reboco aspera, sabre reboco lisa, etc.

Eevidente que nao s6 a composiyao da tinla ou preparayao da base sao diferentes como a quantidade de tinta

e autros elementos necessarios apreparayao das superficies varia.

4 Par exempla, pintura de elementos em betao, de eslruturas metalicas, carpintarias, serralharias,

paredes, pavimentos e tectos (ou dos seus revestimentosj. canalizayoes. etc..


5 Na mediyao de plnturas de carpintarias, por exemplo, serla de adoptar a seguinte ordenac;:ao: pintura

de estruturas, escadas, portas e janelas, guardas, baraustradas e corrimaos, revestimentos e guamecimentos,

e equipamento.

6 Considera-se superficie de base a que define a orientayao geral da superflcie.

7 Exemplo de alguns elementos com forma de perfil: rodapes, frisos, molduras, algerozes, corrimaos,

etc .. Para facilitar a medi~o de pinturas de pec;:as compridas , cujo perirnelro a pintar nao exceda 0,30 m,

optou-se pela mediyao em m por facilitar a determinayao do custo pela aplicac;ao de urn prec;:o unitario

determinado em conforrnidade.

8 classes de dimens6es do perimetro pintado designadas por:

Classe A Perimetro pintado S 0,1 0 mClasse B 0,10 m < PerJmetro pintado < 0,20 m

Classe C 0,20 m < Perimetro pintado <0,30 m

S Carpintarias

f) Regra geral, a pintura e outros acabamentos semelhantes (envernizamento, enceramento, etc.)

serao considerados no capitulo Pinturas, principalmente quando estes traba!hos forem executados no estaleiro

da obra.

Salienta-se que quando se lrata de elementos que venham pron1os de fabrica, nao havera qualquer

interesse na separac;:ao das rubricas, caso dos estores, mas ji3 0 nlesrno se nao veri fica quando 0

fornecimento, 0 assentamenlo eo acabamento sao feitos por sub-empreiteiros diferentes, siluac;:ao em que e de

todo imprescindivel a referida separac;:ao.

Serralhadas

f) Regra geral, a pintura e outros acabamenlos semelhantes serao considerados na rubrica Pinturas,

principalmente Quando estes trabalhos forem executados no estaleiro. No enlanto, a mediyao compreendera a

decapagem e a aplicac;:ao sabre os elementos duma protecc;ao, sernpre que as especificaQ5es do projecto

exigirem a execuc;:ao destes trabalhos antes do fornecirnento daqueles elementos

Salienta-se que em serralharias de aluminio nao havenoi que cOnsiderar a decapagem, mas sim apenas

a anodizac;:ao e respectiva prolecc;:ao ale acabamenlo dos trabafhos de montagem na obra. Em serralharias de

ac;:o, ja haver<'i que considerar a decapagem e melalizac;:ao, sempre que as especificac;:6es do proJecto °exigirem

Curso sobre Regras de Medi~o na Construc;:ao 217

18.2 Pintura de estruturas met<ilicas

a) Regra geral, a medi~o sera realizada de acordo com as regras gerais indicadas

neste capitulo.

b) Quando for conveniente a medi9<3o podera ser realizada em kg, segundo 0 peso

dos elementos constituintes da estrutura metidica 1.

c) Os elementos indicados na alinea anterior deverao 5er separados em rubricas

proprias, de acordo com a difrculdade de execw;ao da pintura2, segundo as classes de

perfis indicadas na alfnea f) das Regras Gerais do capitulo Estrututas Metalicas.

1 E usual a medi<;ao das eslruturas metillicas ser reafizada em kg Julgou-se pratico utilizar esta

unidade para realizar a medi~ao de pintura desses elementos_

2 Do mesmo modo que a mediyao dos elementos de estrutura devem ser separados de acordo com as

dimensoes dos elementos constituintes, julgou-se de separar em rubricas prbprias a pintura desses elementos,

de acordo com a dificuldade de pintura e areas a revestir para cada elemento.

218 Curso sabre Regras de Medi~o na Conslru~a

18.3 Pintura de portas e portoes'

a) A medityao da pintura das folhas sera realizada em m 2 em ambas as faces.

b) A medigao da pintura dos guarnecimentos e dos aros sera realizada de acordo

com as regras das alfneas f) e fI) das Regras Gerais deste capitulo.

c) A pintura de portas e port6es que implique dificuldades especiais de execuc;ao3,

podera ser medida separadamente em rubricas pr6prias.

d) A pintura de port6es metalicos com grande numero de motivos ornamentals

podera ser medlda aunidade (un) .

1 As portadas de janelas serao tambem medidas por estas regras.

2 f) As mediyoes de pintura de perfis cUjO perimetro pintado l1ao exceda 0,30 m serao feilas em m e

agrupadas em rubricas correspondenles a 3 classes de dimens6es do perimetro pintado que S8 indicam:

Classe A Pe(lmelro pintado < 0,10 mClasse B 0,10 m < Perimelro pintado < 0,20 mClasse C 0,20 m < Perimetro pintado < 0,30 m

Como exemplo de alguns elementos com forma de pernl, tem-se os rodapes, frisos, molduras,

algerozes, corrimaos, etc..

Para facilitar a mediyao de pinturas de peyas compridas , cUjo perimetro a pintar nao exceda 0,30 m,

optou-se pela mediy.3o em m por facilitar a determinayao do custo pela aplica<;ao de um pre<;o unitario

determinado em conformidade.

g) Os pems com per"lmetro pintado superior a 0,30 m serao medidos em m 2• A area de pintura sera

obtida palo produto do desenvolvimento do perimetro pintado pelo comprimento do perfil

3 Nomeadamente portas a1mofadadas, envidra<;adas. etc.

Curso sobre Regras de Medi~o na Constru<;2o 219

18.4 Pintura dejanelas e envidrac;ados'

a} Os caixilhos, para efeil0 de medi<;3o da respectiva pintura, serao agrupados, de

acordo com a area vista de cada pe9a de vidro em c1assesz, Quando 0 mesmo caixilho

liver p€yas de vidro correspondentes a mais de uma c1asse, devera ser c1assificado na

classe correspondente ada area media dos vidros.

b) A pintura dos elementos componentes dos caixilhos pertencentes ac1asse 0 sera

medida segundo as regras das al/neas f) e g;J das Regras Gerais deste capitulo.

c) A medi<;3o da pintura dos caixilhos pertencentes ffi classes A, Bee sera realizada

em m2, em ambas as faces, separando em rubricas pr6prias as trabalhos relativQs a

caixilhos correspondentes a diferentes classes.

d) Regra geral, a medi930 da pintura de arcs e guarnecimentos sera feita

separadamente, em rubricas proprias, pelas regras enunciadas nas al/neas f) e g/ das

Regras Gerais. No entanto, no caso de caixilhos fixos, a medi930 da pintura destes

elementos poderc3 ser incluida na dos caixilhos, caso estes trabalhos se realizem em

. t'conJun 0 .

e) As medidas para a determinay30 das mediyoes ser30 as utilizadas na medic;:ao dos

pr6prios elementos5, excepto no Que respeita Eo dos perimetros pintados dos arcs,

guarnecimentos e caixilhos da classe 0 que serao obtidas de acordo com 0 indicado nas

alineas f) e g) das regras gerais deste capitulo.

1 Nesta rubrica incluem-se, a!8m das janelas de peilo e de sacada, outros elementos envidrayados

semelhanles, como por exemplo as claraboias

2 Regra geral, as pinlores nao oryamentam as trabalhos de pintura de caixilhos par m1 de pinlura. mas

slm aunidade, 0 que origina sempre grandes diferenyas entre os oryamentos elaborados par mediyao e as

elaborados iJ unidade. Dada a dificuldade de estabelecer regras para a mediyao a unidade - e consequenle

fixayao do custo deste Irabalho ~ oplou-se pela soluryao de fixar classes diferentes para as varios lipos de

caixilhos, a que corresponderao preyos unilarios diferentes.

A delermina«ao dos preyos unitarios devera ser feita por obselVayao directa de cada cfasse de caixilhos

considerados, 0 que diminuira as diferenyas entre as dois criterios de mediyao.

Como exemplo, apresenlam-se esquemas de caixilhos para as varias classes, nos quais se verifica ser

facil a separa9ao peJas classes.

220 Curso sabre Regras de Medi~o na Construc;ao

AcJasse A correspondem caixilhos

de vidros pequenos, geraJmenle com

prnasios cruzados.

CLASSE AVidr os com ar e a

inferior a 0.10 m Z

0.24+-+

DODD!DODD

050I

A cJasse B correspondem as

janeJas de peito, actuaJmente usadas

com poucos ou nenhuns pinasjos.

CLASSE B 0 DVidros com 0 0 0area entre 0

0.10e 0.50 0 0m2 Dt • 4

(170

A cJasse c carrespondem

CLASSE CVidros com

area entreprincipalmente as portas de sacada

de urn au dais batentes, de grandes

vidros

0.50 e 1.00

m 2

[) (J

envidrar;:ados. montras, etc..

geralmente, os

A c1asse o correspandem

grandes

CLASSE 0Vidros com

area sup. a

1.00 m 2

Assim, para a elaboracao do oryamento de portas e janelas, e necessario djspor dos prer;:os unitarios

correspondentes aos seguintes elementos:

1 - Prey<> para pintura de superficies

2 - Prer;:o para pintura de pems e de caixilhos das classes A, B, CeO

Cada um destes prer;:os e determinado por observar;:ao directa em funr;:ae da quantidade de tinta, e

outros materiais necessaries apreparayao das superficies, e da mao-de-obra empregue.

Curso sabre Regras de Mediyao na Construr;:ao 221

3 f) As mediyOes de pintura de perfis cUjo perimetro pintado nao exceda 0,30 m serao feitas em m e

agrupadas em rubricas correspondentes $ 3 classes de dimens6es do perimetro pintado que se indicam:

Classe A Perimetro pintado < 0,10 mClasse B 0,10 m < Perimetro pintado < 0,20 mClasse C 0,20 m < Perimetro pintado < 0,30 m

Como exemplo de alguns elementos com forma de perfil, tem-se os rodapes, frisos, molduras,


Para facilitar a medi<;:ao de pinturas de peyas compridas , cujo perimetro a pintar nao exceda 0,30 m,

optou-se pela mediyao em m par facilitar a determinayao do custo pela aplicayao de um pre~ unitario


g) as perfis com perimetro pintado superior a 0,30 m serao medidos em m 2• A area de pintura sera

obtida pelo produto do desenvolvimento do perimetro pintado pelo comprimento do perfil.

4Ver nota da alinea b),

5 1sto e, caso a pintura dos caixilhos fixes e des aros se faya no decorrer das mesmas operayoes,

Spar exemplo, as medidas para a eiabora9aO da medi9ao dos trabalhos de pintura dum determinado

caixilho serao as utilizadas na mediyao dos trabalhos de execuc;:ao do caixilho (alineas e) de Portas, janelas e

outros elementos em vaos, dos capitulos Carpintarias e Serralharias)_

222 Cursa sabre Regras de Mediyao na Constru~o

18.5 Outros elementos em vaos

a) A medi9ao da pintura de Qutros elementos em V30S - nomeadamente estores,

persianas, grades de vaos, portas de lagarto, redes e grelhas ~ sera realizada em m2 nas

duas faces, em rubrica propria, para cada tipo de elemento com as mesmas caracteristicas.

b) As greJhagens de betEIO serao medidas segundo as regras da alinea anterior.

c) As caixas de estore serao medidas segundo as regras indicadas nas alineas f) e

g}1 das Regras Gerais deste capitulo.

d) As medidas para a determina9c3o de medi90es serao as do enquadramento do vao

ande as elementos se inserem.

10 As mediiYoes de pin lura de perfis cUjO perimetro pintado nao exceda 0,30 m serao feilas em m e

agrupadas em rubricas correspondentes ffi 3 classes de dimensoes do perimetro pintado que se indicam:

Classe A Perimetro pintado < 0,10 mClasse B 0,10 m < Perimetro pintado < 0,20 mClasse C 0,20 m <: Perimetro pintado < 0,30 m

Como exemplo de alguns elementos com forma de perfil, tern-se os rodapes, frisos, molduras,


Para facilitar a medi~o de pinturas de peyas compridas , cUjo perimetro a pintar nao exceda 0,30 m,

optou-se pela mediyao em m par facilitar a determinayao do custo pela aplicayao de urn preyo unitario


g) Os perfis com perimetro pintado superior a 0,30 m serao medidos em m 2• A area de pintura sera

obtida pelo produto do desenvolvimento do perimetro pintado pelo comprimento do perfil.

Curso sobre Regras de Mediya.o na Construyao 223

18.6 Pintura de grades, guardas, balaustradas e corrimaos

a) A pintura de grades e guardas constitufdas par perfis, serao medidas em m 2, numa

face, em rubrica propria, para cada tipo de elemento com as mesmas caracteristicas.

b) A mediyao da pintura dos corrimaos isolados au dos que recebam uma pintura

diferente da respectiva guarda sera realizada segundo as regras indicadas na alfnea

alineas f) e g)'das Regras gerais deste capitulo.

c) No caso de elementos especiais, como par exemplo balaustres e acroterios, a

mediy30 devera ser feita aunidade (un).

1 0 As medilioes de pintura de perfis cujo perimetro pintado nao exceda 0,30 m serao feilas em m e

agrupadas em rubricas correspondenles a; 3 classes de dimens6es do perimetro pintado que S8 indicam"

Classe A Perimetro pintado < 0,10 mClasse B 0,10 m < Perimetro pintado < 0,20 mClasse C 0,20 m < Perimetro pintado < 0,30 m

Como exemplo de alguns elementos com forma de perfil, tem-se os rodapes, frisos, molduras,

algerozes, corrimaos, etc.

Para facilitar a medi9ao de pinturas de pe9as compridas , cujo perimetro a pintar nao exceda 0,30 m,

oplou-se pela mediyao em m por facililar a determinayao do custo pela aplica<;:§.o de um prevo unitario


g) as pems com perimetro pintado superior a 0,30 m ser§.o medidos em m 2. A area de pintura sera

obtida pelo produto do desenvolvimento do pedmetro pintado pelo comprimento do perfil.


18.7 Pintura de equipamento fixo e movel

a) Regra geral, a medi9ao sera realizada 8unidade (un) .

b) A medig30 da pintura de elementos de equipamento com grandes superficies Jisas

(nomeadamente armarios fixos 1) podera ser realizada m2. Deverao ser explicitadas as

faces e vistas a pintar. A area de mediyao devera corresponder aarea explicitada.

, Os armarios fixos sao geralmente pintados nas superficies exteriores, nas superficies interiores das

portas e nas vistas da arma«ao interior. Por isso se chama a atenvao para a necessidade de S8 fazer a

jndicayao da area a pintar.


19. ACABAMENTOS

19.1 Regras gerais

Nesta designar;ao, incluem-se todos as trabalhos que nao se encontram inclufdos

nos Capitulos anteriores e/ou seguintes e que sao constituidos par trabalhos finais de uma

obra.

19.2 Afagamento e acabamento de pavimentos de madeira e corti(,:a

a) A medigao sera realizada em m 2 e jndicara a especie da madeira e a forma em que

S8 apresenta 1 (reguas, tacos, parquetes-mosaico, etc.).

b} Devera indicar-se, alem das demaos de cera au verniz, as trabalhos preparat6rios

a realizar e 0 aspecto final pretendido2.

c) 0 tipo e especificay30 tecnica dos materiais de acabamento e preparar;ao deverao

ser claramente indicados.

1 Esta recomenda9.3o e feita pela circunstancia de ser muito varitwel a rendimento das maquinas de

afagar, como 0 consumo de lixas e 0 proprio tipo deslas, face ffi caraeterfsticas das madeiras a !ratar. A dureza

das madeiras e 0 seu conteudo em oleos e resinas tem influencia significativa nos rendimentos e na qualidade

das lixas.

2 A especifica~ao do material, as demaos e 0 aspecto final pretendido, para alem de estarem

relacionados com a qualidade da prepara~ao e meios referidos na nota anterior, e tambem determinante da

quanlidade e qualidade das opera~6es.

Curso sobre Regras de Mediyao na Conslrw;:ao 227

19.3 Acabamento de pavimentos de ladrilhos ceramicos, de

marmore e pastas comp6sitas

a) A medi<;ao sera realizada em m2 e devera indicar 0 tipo de tratamento previsto, as

materiais a aplicar e 0 aspecto final desejado1.

1 Qver se trate de ladrilhos ceramicos, quer de marmore ou pastas composlias, ainda que tenha havido

o cuidado de as proteger apos 0 assentamento, sera sempre necessaria urn tratamento final de acabamento.

Este sera mais ou menos cuidado, conforme 0 aspecto final desejado e a utilizat;ao prevista. A mediyao devera

especificar 0 material ou materiais a ulilizar, ainda quando S8 pretenda simplesmenle abter a apar{mcia de

estado natural.

228 Curso sobre Regras de Mediyao na Constru~o

19.4 Acabamento de pavimentos com alcatifas, tapetes ou

passadeiras

a) A medi9801 das alcatifas sera realizada ao mZ, com indic8yc30 do numero de vaos

de porta e/ou janela. as tapetes e passadeiras serao medidos a unidade (un) , com

indic8gao das suas dimens6es.

b) A qualidade, a cor e a estrutura da alcatifa, tapete au passadeira, bern como a

fjxa y<3o e femates previstos, deverao ser c1aramente especificados na mediryao2.

lEstas mediy6es deverao identificar bem as compartimentos e outros locais ande sao aplicadas.

2A indic8 yao do metoda de fix89ao e remates e indispensavel para a definiyao das opera90es a

executar, bern como para a avalia9ao dos materiais necessarios.

Curso sabre Regras de Medic;ao na Construyao 229

19.5 Acabamento

decorativos1

de paredes com papel colada ou panos

a) A medic;:ao2 sera realizada ao m:l, com a indicayao da quantidade e dimensao de

V<30S a contornar3.

b) A qualidade e caracteristicas do material, como da base intermediaria4

(S8 for case

disso), e os remates previstos, deverao ser bem definidos na medic;:ao.

1 Sao geralmente considerados como revestimentos decorativos, e a eles compete conferir, quando as

camadas de revestimento anteriores nao 0 tenham conseguido, 0 aspecto requerido pelas eXigencias funCionais

de conforta visual. Fazem parte deste tipo 0$ revestimentos comercializados em (010, as quais sao

considerados como revestimentos flexiveis destinados a aplicar;:3o por colagem (colas celul6sicas correntes au

de resinas vinilicas) aplicada em toda a superficie de contacto com 0 suporte.

Os tipos de materiais constiluintes mais correntes sao 0 papel pintado, revestimento vinilico sobre

papel, revestimenlo plastico, revestimenlos textil sobre papel e os revestimentos de laminado de cortiya

Sao c1assificados como nao lavaveis, se nao permitem a eliminayao de quaisquer sujidades humidas

sem se degradarem; moderadamenre lav8veis, se a maior parle das sujidades domesticas de veiculo aquoso

podem ser eliminadas com pano au esponJa macia humedecida com agua adicionada de saban e lav8veis se

as sujidades domesticas de veicu\o aquoso e algumas com base em solvente, podem ser eliminadas por

fricyao com esponja ou com escova macia humedecidas com agua e sabao,

2 Eslas mediyaes deverao identiflcar bem os compartimentos e outros locais ande sao aplicadas,

3 Pelas mesmas razoes aponladas para as alcatifas, embora com influencia menas significaliva, dadas

as larguras dos papeis e panos e a circunsl~lncia de existirern sempre cosluras, a caracterizayaa das

superficies a revestir lem baslante impartancia pela influencia na mao-de-obra de assenlamento.

4 Sobretudo quando se trate de estuques virgens; a aplicayao destes materiais de acabamento exige, par

vezes, a utilizayao de um intermediario de preparayao, que lem que ser especificado e medido. Para os panos,

sobreludo as de mais alto custo, a aplicayaa podera exigir a utilizayao de baslidores de madeira e molduras de

remale.


19.6 Qutros acabamentos

a) 0 criteria de medi9ao sera sempre encontrado a partir das condiQoes habituais de

aplica9ao dos materials, tendo-se em aten9ao as suas dimens6es de fabrico e

consequentes desperdicios nao recuperaveis na obra, como no casa das alcatifas.

b) Quando sejam fornecidos em pasta, produto pastoso ou Iiquido, a medic;:ao dos

trabalhos processa-se como S8 recomendou para as pinturas (m2) e de acordo com as

regras ali expressas que meJhor S8 adaptem aD tipo de acabamento em analise.

c) Sempre que 0 acabamento previsto exija preparac;ao previa das superficies, ou a

aplicac;:ao de material intermediario, as opera90es correspondentes serao descriminadas e

objecto de medi9ao em separado.

Curso sabre Regras de Medj~ao na Construyao 231 i

I

I I I I I I I I I

I I

I I

I I

I I

I I

I I

I I I I I I I I I I II

I

20. INSTALAc;OES DE CANALlZAc;Ao

20.1 Regras gerais1

a) As medi<;oes serao realizadas de modo a ficarem individualizadas nos subcapitulos

que constituem 0 presente capitulo2.

b} As medic;oes dos trabalhos que normalmente nao sao executados por empresas

especializadas em canalizay5es SeTaO consideradas separadamente em grupos pr6prios3

ou nos capitulos referentes a esses trabalhos.

c} Regra geral, a medi9ao englobara as operay:oes de fabrico, fornecimento,

execu9ao, assentamento ou montagem.

d) Sempre que necessaria, as operayoes indicadas na alinea anterior poderao ser

medidas separadamente em rubricas pr6prias.

e) As medi90es serao individualizadas, em rubricas proprias de acordo com as

caracteristicas das canaJiza90es, principalmente as seguintes:

- natureza dos materiais constituintes dos tubos e acessorios;

- caracteristicas dos tubos e acess6rios nomeadamente: diametro nominal (ON),

classe ou serie e outras caracteristicas (como por exemplo tubos soldados ou

sem costura, etc.):

- tipo de tigac;:ao dos tubos;

- tipo de protecyao, de isolamento e de acabamento das canaliza90es;

- condiyoes de execuyao4•

o Regra geral, a medi9ao da canalizac;:ao sera realizada em m, incluindo os

acessorios dos tubos. As medidas serao determinadas entre eixos dos equipamentos a

Iigar.

g) Regra geral, 0 equipamento sera medido a unidade (un) , segundo as

caracteristicas proprias de cada componente, (torneira, esquentador) ou etemento de

construc;:ao (fossa septica, camara de visita).


I

h) A medit;ao dos roc;os sera realizada em m, segundo as medidas indieadas para

as respectivas eanaliza90es. As fura90es no toseo para atravessamentos de eanaliza90es

ou fixa90es de eada elemento de equipamento serao medidas a unidade (un), incluindo as

acompanhamentos com argamassa ou a chumbagem. A execu9ao de reservas em

elementos de betao, antes da realiza9ao das betonagens, nao serao medidas

separadamente, devendo eonsiderar-se incluidas nos pre90s de execu9ao daqueles

elementos.

1 Nestas Regras Gerais entende-se que devem ser refon;:ados os objec1ivos e principios base

estabelecidos para as regras de med~o dos diferentes trabalhos, salientando-se as tarefas exclusivas do

medidor relativamente a:

- Estudo do projecto completo (peyas escritas e desenhadas). tendo em vista a conformidade entre

as referidas per;:as, dado que podem ser contraditorias ou omissas:

- Evenluais esclarecimentos que devem ser oblidos junlo do autor do proJeclo ou, na falta deste, junlo

de tecnicas com canhecimentos da materia em causa;

- Medi<;ao sempre sabre as per;:as desenhadas. independentemenfe da existencia de listas de medi<;oes

nas per;:as escritas. Acanselha-se a que, mesma havendo confianr;:a no gabinete que projectou, seja

realizada uma comprova<;ao em dois ou tres tipos de maleriais, uma vez que em casas litigiasos:

a) as peif:as desenhadas prevalecerao sobre todas as outras Quanto a localizac;;ao, a;

caracteristicas dimensionais e adisposiy80 relativa das suas diferentes partes:

b) havendo diverg€!ncias entre as peyas desenhadas, considera-se na pratica corrente que 0

elementa a maior escala prevalece sobre oulro a escala mais reduzida;

C) 0 mapa de mediif:Des prevalecera no que se refere a natureza e quantidade dos trabalhos;

d) em tudo 0 mais prevalecera 0 que constar da memoria descritiva e reslantes peyas do

projecto.

2 As instalac;;oes de canalizar;:oes compreendem a rede de canalizaoyao e 0 equipamento. A rede de

canaliza<;ao e constituida pelos lubos e seus acess6rios (curvas. joelhos, unioes, forquilhas, etc.). Como

equipamento consideram-se todos os componenles, aparelhos ou elementos, interpostos na rede ou colacados

Curso sabre Regras de Medi<;ao na ConstrU~o'

Salienla-se ainda Que estas regras se destinam a medi<;ao de projectos (e neste caso lem como

objectivo possibllitar 0 lanyamento de concursos ou consUltas if; empresas), ou de obras, para efeito dos

pagamentos respec1ivos. No entanto, para Que seja possivel if; empresas fazerem a elabora<;a0 correda de

oryamentos, ou a preparar;:ao organizada dos trabalhos, e necessaria que as respectivos

medidores-or9amentistas calculem as Quantidades exactas dos materiais principais (tubos. aCess6rios e

equipamenlo) e dos materiais de aplica9ao (parafusos. grampas, linho. alvaiade, etc.) por percenlagem, e

procedam a avaliar;:ao separada de mao-de-obra e equipamento de execu9ao necessarios, de acordo com os

rendimentos obtidos em trabalhas anteriores de aplica~o de materiais semelhantes.

234

na sua extremidade, como par exemplo: torneiras, v":I!vulas, sifOes, camaras de visita, louyas sanitarias, fossas

septicas, esquentadores, etc.

3 A mediyao da execur;8o de canaliza¢es com tubas de gn3s e de betao, abertura e tapamento de

(OVOS, fossas septicas e oulros trabalhos semelhantes, geralmenle da atribuit;ao do empreiteiro dos toscos,

deverao ser separadas em grupo proprio - trabalhos de constru~o civil. As mediya8s dos trabalho$ ja

considerado$ noulros capitulos (como as de movimento de terras para execuyao das inslalar;aes, as pinturas.

etc.) deverao ser incluidas nesses capitulos, excepto S8 forem da atribuiiY.3o do empreiteiro de canalizaC;oes.

Ficara ao criteria do medidor optar por urn dos seguintes tipos de organizaC;ao dessas rnedi~es:

- Em cada subcapitulo relalivo a delerrninado tipo de inslala9ao, considerar urn grupo proprio

para os trabalhos de conslrUi:;:ao civil;

- Reunir em subcapflulo pr6prio todos os trabalhos de construgao civil relativos aos varias lipos

de inslala96es.

Em geral, para efeilo de medi9ao, nao sera feila distin<;:ao entre lubagens situadas em paredes, em

pavimentos au em teclos, se corresponderem a condi96es normais de execu9ao.

No enlanto, par constituirem condi96es diferenles de execu9aa deverao considerar-se sempre

separadamente as mediyoes dos seguintes trabalhos.

- canalizar;6es enterradas;

- canaliza96es em eleva9ao,

As canaliza0es em eleva9ao serao ainda separadas em'

- canaliza0es avisla;

- canaliza90es embebidas em ro90;

- canaliza96es embebidas em betao (colocadas antes da betonagem).

I

Curso sobre Regras de Mediya.o na Construyao 235

20.2 Esgoto domestico ou de aguas residuais1

a) Neste subcapitulo serao tambem consideradas as redes de ventilaC;30 dos

eS90t05 .

b) A mediy8.o da canalizagao sera realizada segundo as regras indicadas nas alineas

e) e f} das Regras Geraisz. No entanto, os trogos de rede relativDs a interposi<;30 de

camaras e de fossas septicas na rede, naG serao considerados.

c) Regra gera1, 0 equipamento sera medido segundo as regras indicadas na alfnea g)

de Regras Gerais3•

d) As camaras de visita, de inspecgao, de retenyao, sif6nicas etc., serao medidas aunidade (un) de acordo com 0 seu tipo e caracteristicas, especialmente a secy8.o

horizontal.

e) Regra geral, as fossas septicas, especialmente as prefabricadas, serao medidas aunidade (un). No entanto, sempre que conveniente, as mediyoes dos trabalhos

necessarios a sua execuyao poderao ser feitas separadamente nos capitulos relativos arespectiva especialidade, pelas regras neles indicadas.

f) As valas drenantes ou trincheiras filtrantes serao medidas em m. A mediyao dos

pOyOS fittrantes sera realizada segundo as regras indicadas para as fossas septicas.

g) Todos as movimentos de terras necessarios aexecuy30 de canalizayoes, camaras

e fossas e outros elementos enterrados, serao considerados no capitulo Movimento de

terras.

, Equipamentos e instala~aes de eS9atos - Observa~aes:

A - EsgOIOS enle(rados

De uma maneira geral, sao medidas pelos especialistas da canstru~ao civil, vista serem executadas,

geralmente, em manilhas de gres. No entanto, como exemplo de aplica~ao diremos:

1 - As medi¢es serao em metro (m) para a tubagem.

2 - Deverao efectuar-se pelo diametro e tipo de peVil-

3 - Par lipo de maleriais, por exemplo:

- tuba de gres:

- tuba de ferro fundida;

- tuba de poliuretano au PVC.


4 - Atendendo apressao de servi«o.

5 - Devera definir-se a forma de montagem, por exemplo:

- em vala;

- embebida em betao:

- em cajxa visitavel;

- etc.

6 - Tambem se devera indicar a sua forma de ligayao, por exemplo:

- soldadura :

- ligayao com boca e cordao;

- etc,

B - Esgotos elevados

1 - As mediy6es serao em metro (m) para a tubagem.

2 - Deverao efectuar-se por diamelro e por tipo de pe9as.

3 - Por tipo de maleriais, por exemplo:

- tuba chumbo ;

- tuba de ferro fundida :

- tuba polielileno ou PVC.:

- tubo a90 galvanizado.

4 - Pressao de serviyo, par exemplo:

- 0.1 MPa para respiro

- 0,2, 0.4 e 0.6 MPa para colunas, deriva96es, etc,

S - Devera deflnir-se a forma de monlagem, par exemplo:

- em suportes, na vertical;

- em esleira ;

- etc.

6 - Tambem se indicara a tipo de liga((03o

- soldadura;

- boca e cordao;

- rosca.

2 e) As medi90es serao individualizadas, em rubricas pr6prias de acordo com as caracleristicas das

canaliza95es, principalmente as seguinles:

- natureza dos materiais conslituintes dos tubos e acess6rios;

- caracleristicas dos lubos e acess6rios nomeadamenle: diametro nominal (ON), classe ou serie

e outras caracterislicas (como por exemplo lubos soldados ou sem costura, etc.):

- tipo de lig~30 dos tubos;

- tipo de protec93o, de isolamento e de acabamento das canalizay6es;

- condi«6es de execuyao.

Salienta-se que, por constituirem condi0es diferentes de execu93o, deverao considerar-se sempre

separadamente as medi90es dos seguintes trabalhos:

Curso sabre Regras de Mediyao na Constru98o 237

- canalizac;oes enterradas;

- canalizay6es em elevar,;:ao.

As canaliza<;5es em elevayao serao ainda separadas em:

- canalizayaes avista;

- canalizac;oes embebidas em ror,;:o;

- canaliza<;6es embebidas em betao (colocadas antes da betonagem).

f) Regra geral, a mediyao da canalizar,;:ao sera realizada em m, incluindo as acessOrios dos tubas. As

medidas seraa delerminadas entre eixos dos equipamentos a ligar.

3 g) Regra geral, 0 equipamento sera medido a unidade (un) , segundo as caracteristicas proprias de

cada componente, (tomeira, esquentadar) au elemento de construyao (fossa septica, camara de visita).


20.3 Esgato de aguas pluviais

a) As drenagens de aguas pluviais, executadas COm os metodos e materials

tradicionais1, serao consideradas no capitulo Revestimentos de Coberturas. Neste

capitulo, sao incluidas apenas as inslalagoes geralmente executadas pelos empreiteiros de

canalizagoes com materials e segundo metodos semelhantes as restantes instalagoes de

esgoto.

b) As regras de medig.3o das canalizag,6es, do equipamento e acessorios serao

identicas as indicadas para as Instala~oes de E5g0tO Domestico au de Aguas Residuais.

c) Os acess6rios especiais, como as ralos, as funis, as abas e Qutros elementos

especiais destas redes, serao medidos a unidade (un), com indicag.3o das respectivas

caracteristicas.

1 Constituidas geralmente par algerazes. caleiras, tubas de queda e remales de .linea executadas par

pieheleiro au funileiro

Cursa sabre Regras de Mediyao na Construyao 239

20.4 Distribui«;:ao de agua'

a) A medi930 da tubagem sera efectuada segundo as regras indicadas nas alineas_e)

e f) das Regras Gerais.

b) a equipamento sera medido segundo as regras indicadas na alinea g) de Regras

Gerais3.

1 Equipamenlo e instalayao de distribuiyao de aQuas frias e quentes.

a) As medi~6es serao em metro (m) para a tubagem, incluindo as respectivos acess6rios.

b) Deverao efectuar-se par diametros.

c) Por tipo de materiais (por exemplo a~ galvanizado au oulros) isolamenlo termico (em

espessura).

d) Por press6es - naD lao importante dada a aplicavao de 890 galvanizado au cobre Que

suportam press6es elevadas. No enlanto devera indiear-S8 a classe au serfe do tubo.

e) Deverao indiear-s8 como incluidos determinados materiais au aperayaes, nomeadamente

estrigas de linho, e alvaiade, roscas, flanges, e malerial de soldadura.

f) Dever-se-a de preferecia, em grandes Irabalhos, indicar a mao-de-obra par diametros e par

unidade de aplicayaa,

2 e) As medi<;:oes serao individualizadas, em rubricas pr6prias de acordo com as caracleristicas das

canalizayoes. principalmenle as seguinles

- nalureza dos materiais conslituinles dos tubas e acess6rios;

- caracterislicas dos tubos e acess6rios nomeadamente: diamelro nomina) (ON), classe au serie

e outras caracterislicas (como par examplo tubos soldados au sem castura, etc.)

- tipa de ligayao dos tubos;

- tipo de protecyao, de isotamento e de acabamento das canalizayoes;

- condiyaes de execuyao.

Salienla-se que, por conslituirem condi<;:oes diferenles de execuyao, deverao considerar-se sempre

separadamente as medir;Cies dos seguinles Irabalhos:

- canaliza<;:oes enterradas;

- canaliza<;:oes em elevayao,

As canalizayoes em eleva<;:ao serao ainda separadas em:

- canalizayoes 8visla;

- canaliza<;:oes embebidas em ro<;:o:

- canaliza<;:6es embebidas em betao (colocadas anles da betonagem),

f) Regra gera!, a mediyao da canalizayao sera realizada em m, incluindo os acessorios dos tubas, As

medidas serao determinadas enlre eixos dos equipamentos a ligar.

3 g) Regra geral, 0 equipamento sera medida a unidade (un) , segundo as caracterlsticas proprias de

cada componente (Iorneira, esquentador).

240 Cursa sabre Regras de Mediyaa na Canstruyao

20.5 Aparelhos sanitarios1

a) Sempre que conveniente, 0 fornecimento e 0 assentamento dos aparelhos

sanitarios serao medidos separadamente em rubricas proprias2.

b) A medig30 de cada elemento sera realizada a unidade (un), incluindo os materiais

e acess6rios necessarios ao assentamento e funcionamento dos aparelhos.

c) No enunciado da medic;ao deverao indicar-se as tipos e caracteristicas dos

aparelhos e seus acess6rios e, S8 necessaria, as respectivas dimens6es.

1 Neste sUbcapitul0, em geral, inclui-se a mediyao de todos as elementos de equipamenlo de utilizaiY3o,

situados geralmente em CQzinhas e casas de banho e directamenle Hgados ;B redes de 8sgol05, como par

~xemplo: louyas sanitarias, banheiras, lava-Iouyas, tanques de lavar roupa, etc .

• Equipamento Sanitaria

a) As medi90es serao efectuadas por unidade (un) e por especie. Por exemplo'

- bide;

- lavabo;

- urinal;

- metais (exdusivamente os Iigados ao equipamento sanitario' torneiras de cal una, de passagem

e misturadoras, sif6es cromados, chuveiros, saboneteiras, etc.).

b) Devera incluir-se a mao-de-obra de monlagem e maleriais de assentamento:

- massas;

- parafusos;

• suporles especiais;

- etc.

c) Duma forma geral, aconselha-se a prepara((ao de um mapa previa do qual constara a qualidade

(13 e 23 escolha), a marca, a cor, 0 Iipo e a qualidade.

- Equipamento de ProdUfiio de Agua Quente

a) As medi90es deste equipamento serao efectuadas a unidade, incluindo todos os seus acess6rios

(manametros, lubos, valvulas, etc_).

Exemplo:

• 1 caldeira;

·1 deposito acumulador

b) Os materiais de aplica((ao deverao ser incluidos nas pe((as, exceplo nas grandes centrais de

prepara9ao em que se podera criar urna rubrica para suporles, por exemplo.

2 Sempre que necessario (nomeadamente quando ,os aparelhos esliverem integrados juntamente com 0

mobiliario em conjuntos pre-fabricados), a medi9Bo do respectivo fornecimenta podera ser inclulda no capitulo

Elementos de Equipamento Fixa e Movel de Mercado.

Curso sabre Regras de Medi((ao na Constru9Bo 241

20.6 Distribui<;ao de gas1

a) A medi9ao da tUbagem sera efectuada segundo as regras indicadas nas alineas_e)

e f) das Regras Gerais.

b) 0 equipamento sera medido segundo as regras indicadas na alinea g) de Regras

Gerais3.

1 Equipamento e Instalat;6es de Gas - devera proceder-se como numa rede normal de tubagem de agua,

se bem Que a qualidade e tipo de materiais seja diferente. Ver nota inlrodut6ria relativa a Equipamento e

;nstafaf;ao de distribuit;ao de aguas (rias e quentes.

2 e) As medi'Yoes serao individualizadas, em rubricas pr6prias de acordo com as caracleristicas das

canalizayoes, principalmenle as seguintes:

- natureza dos materiais constituinles dos tubas e acessorios;

- caracteristicas dos tubas e acessorios nomeadamente diametro nominal (ON), classe ou serie

e oulras caracteristicas (como par exemplo tubos soldados au sem costura, etc.):

- tipo de Iiga9ao dos tubas;

- tipo de protec9ao, de isolamento e de acabamento das canaliza96es;

- condi96es de execuyao.

Salienta-se que, por constituirem condiyoes diferentes de execuyao, deverao considerar-se sempre

separadamente as medi<;6es dos seguintes trabalhos'

- canalizalfoes enterradas;

- canalizalfoes em elevalfiio.

As canaliza<;oes em eleva9ao serao alnda separadas em:

- canalizay6es avista;

- canalizay6es embebidas em roiYO:

- canaliza90es embebidas em betao (colocadas antes da betonagem).

f) Regra geral, a mediyao da canaliza9ao sera realizada em m, incluindo os acess6rios dos tubos. As

medidas serao determinadas entre eixos dos equipamentos a ligar.

3 g) Regra geral, 0 equipamento sera medido a unidade (un) , segundo as caracteristicas proprias de

cada componente (tomeira, esquentador).

242 Curso sabre Regras de Mediyaa na Construyao

20.7 Evacua.;:ao de lixo

a) As medi90es serao realizadas de modo a que sejam individualizadas em rubricas

pr6prias as seguintes elementos:

- tuba de queda:

- bocas de descarga de lixo;

- sistema de ventila<;:ao;

- sistema de Ifmpeza;

- sistema de recepy30 de lixos (incluindo incinera<;:3o, S8 existente).

b) A medi9<30 do tuba de queda sera realizada em m, incluindo lodos as acess6rios.

As medidas serao determinadas entre as extremidades superior e inferior do tubo de

queda'.

c) As bocas de descarga do lixo serao medidas a unidade (un) , incluindo a

respectiva portinhola. Deverao indicar-se as caracteristicas da boca de descarga (58 de

forquilha simples ou dupla, au Qutras) e da portinhola 2.

d) a sistema de ventila9ao sera medido aunidade, incluindo toda a aparelhagem e

acess6rios. Deverao indicar-se as caracteristicas da ventila9ao, nomeadamente se estatica

ou dina mica e neste caso quais os caudais a debitar. No entanto, a conduta de ventilayao

podera ser medida separadamente em m, jncluindo todos os acess6rios e ligayoes.

e) 0 sistema de Iimpeza sera medido aunidade (un) , com inclusao de todos os

elementos principais (espalhador de agua, escovilhao, roldanas, etc.) e acess6rios. A

alimentay<3o de agua a este sistema sera incluida na medi980 relativa a DistribuifYiio de

Agua.

o 0 sistema de recepyao de lixos sera tambem medido aunidade (un), incluindo-se

nesta rubrica todos os elementos principais (fecho ou tremanha do tuba de queda, sistema

de incinera9ao, baldes au carrinhos, etc.) e acess6rios e indicando-se as respectivas

caracteristicas3.

1 Geralmente enlre a ligat;:ao com a tubagem de venlilac;ao ou 0 proprio venlilador - no caso desla

tUbagem nao ser dislinla da do tubo de queda - e a extremidade inferior deste tuba na descarga ao sistema de

receplY30 de Iixa.

Curso sabre Regras de Medic;ao na Construyao 243

2 Claro que segundo 0 indicado na alinea b), 0 troc;;o da forquilha correspondente a boca de descarga

sera inciuido na medili20 do tubo de queda_ A mediyao da boca de descarga incluira portanto apenas os

acess6rios necessarios ao seu funcionamenta.

3 Nomeadamente a capacidade, tipo de fecho do tubo de queda, se inclui au nao incinerali.30 de lixos, 0

sistema de transporte do lixo recothida au dos residuos da incineraliao.

244 Cursa sabre Regras de Medit;:i3o na Canstruyaa

21. INSTALA<;:OES ELECTRICAS

21.1 Regras gerais

a) As medic;oes das instalag6es ehktricas serao individualizadas nos subcapftulos

seguintes:

- Alimentag30 geral;

- Colunas montantes e derivac;oes;

- lnstalagoes de iluminag.3o, tamadas e fOfga-motriz;

- Instalagoes eledricas especiais.

b) As mediyoes dos trabalhos que normalmente sao da atribuic;.30 do empreiteiro

geral au de tascos, serao considerados separadamente em grupo proprio ou nos capitulos

referentes a esses trabalhos 1.

c) De acordo com as indica96es de execug<3o das instala90es, as mediy6es serao

individualizadas nas seguintes rubricas:

- instalat;:6es enterradas2;

- instalagoes embebidas em r090;

- instalag6es embebidas no beUio3;

- instala90es avista;

- instalac;6es aereas (suspensas em caten<3ria)4.

d) Regra geral, a medigao englobara as operagoes de fornecimento, execur;:ao,

assentamento ou montagem.

e) Sempre que necessario, as operagoes indicadas na alinea anterior poderao ser

medidas separadamente em rubricas proprias.

f) As medigoes dos cabos e dos condutores serao individualizadas em rubricas

proprias, de acordo com as suas caracteristicas, nomeadamente:

- tipo de cabo ou de condutor segundo as normas em vigorS;

- secgao e numero de condutores (no caso dos cabos);

- tensao de servir;:o;

Cursa sabre Regras de Medi~o na Construyao 245

I

g) As mediyoes dos tubas de protecyao serao individualizadas em rubricas pr6prias,

de acordo com as suas caracteristicas, nomeadamente:

- tipo e natureza do material constituinte6;

- diametro normalizado.

h) As medi90es das caixas serao individualizadas em rubricas pr6prias, de acordo

com as suas caracteristicas, nomeadamente:

- tipo de caixa (caixa de deriva9aa, caixa de passagem ou funda, caixa de

aparelhagem e caixa terminal);

- natureza do material constituinte;

- dimensoes.

i) A medic;::ao dos rec;::os sera realizada em m, sendo as medidas a considerar as dos

tubas a que se destinam. As furayoes para travessias nao serao medidas separadamente,

devendo considerar-se incluidas no prec;::o unitario de outres trabalhos.

, As mediyos dos trabalhos de abertura e lapamento de royos, furayoes para travessias e oulros

trabalhos semelhantes, serao considerados em grupo proprio - Trabalhos de conslruyao civil. 0 medidor

pOdera optar por um dos seguintes crilerios de organiza~ao das mediyoes desles Irabalhos'

- em cada subcapilulo, considerar um grupo proprio para os trabalhos de construyao civil.

- reunir em subcapilulo proprio lodos os trabalhos de construy30 civil relativos aos varios

sUbcapitulos.

As medi90es dos trabalhos j8 GOnsiderados noutros capitulos, nomeadamente movimento de terras,

alvenarias, pinturas, etc., dever30 ser incluidas nesses capitulos, excepto se forem da atribuicao do

sUbempreiteiro das inslala90es electricas.

2 As jnstala90es enterradas lambem se chamam instalar,;:oes subterraneas. Encontra-se normalmenle

neste caso a inslala~o de alimentayao geral e a de iluminayao exlerior.

3 As inslalayoes embebidas no betao sao as colocadas no interior da estrutura ou das paredes, antes da

eXecuy30 da belonagem. Devern ser individualizadas das instalar,;:oes embebidas em royo, devido a ulilizarem

materiais (Iubos de protecyao e caixas) com caracterlsticas especiais, proprios para embeber no betao, bem

como tecl1icas de montagem diferentes.

4 Faz-se referenda 3=; instaJar,;:oes aereas pelo facto de poderem aparecer na inslalay30 de aJimentayao

geral.

5 Na especificayao dos cabos deve ser sempre indicado 0 numero e a secyao dos condulores, como par

exemplo, 2x1,5 mm 2, 3x25+16 mm 2

, etc. Na especificayao dos condutores sera apenas indicada a secyao do

condutor, como por exemplo, 1,5 mnf, 10 mm2, etc.


6 Quando a execuyao destes trabalhos for da atribuiy80 da _empresa fornecedora de energia electrica,

devera ser assinalado nas mediy6es como Irabalhos a execular pela empresa fornecedora de energia electrica.


21.2 Alimentar,:ao geral

a) Os trabalhos relativos a este subcapftul0 56 serao incluidos1 nas medi90es

quando 0 caderno de encargos assim 0 especificar, pais, regra geral, a sua execuy<3o e da

atribuiy30 das empresas fornecedoras de energia ehktrica.

b) A medir;ao da alimentayao geral, em regra, sera subdividida nas rubricas

seguintes:

- cabo de alimentac;ao;

- portinhola;

- posta de transformac;ao e quadro geral de baixa tensao.

c) A medir;30 do cabo de alimentac;ao2 sera realizada em m, sendo as medidas

determinadas entre eixos de equipamentos a ligar. No enunciado das medi96es, sefao

descritas as caracteristicas referidas na aJinea f} das Regras gerais deste capitulo3.

d) Nos casas em que a tensao de serviyo for superior a 1 kV, devera especificar-se 0

tipo de ligayao do neutro da rede de distribuiyao que vai alimentar esse cabo (neutro aterra

ou neutro isolada).

e) A mediy30 da portinhola4 sera realizada aunidade (un) , especificando-se as

caracteristicas dos elementos constituintes (caixa, corta-circuitos, fusiveis, barnes,

terminais, etc.).

oA mediy30 da posta de transformac;:ao5 e quadro geral de baixa tensao engloba

os seguintes elementos:

- chegada;

- saida;

- corte geral;

- contagem;

- corte e protec930;

- transformador de palencia;

- quadro geral de baixa tensao;

- terras;

- estrutura para 0 equipamento.

g) A medi<;aa6 sera realizada aunidade (un) , para cada um dos elementos indicados

na alinea anterior, ou para 0 conjunta destes elementos, consoante 0 criteria do medidor.

248 Cursa sabre Regras de Mediyao na Construvaa

h) A medigao tera em considerac;ao os elementos que sao fornecidos pela empresa

fornecedora de energia ell~ctrica7.

i) As operac;oes de fornecimento e as de assentamento ou montagem poderao ser

medidas separadamente em rubricas proprias.

1 Quando a execut;3o destes trabalhos for da atribuit;3o da empresa fornece dora de energia ehktrica,

devera ser assinalado nas medi((oes como trabalhos a executar pela empresa fornecedora de energia eleclrica.

2 Embora se utilize a expressao cabo de alimentayao, par ser a forma mais usualmente utilizada para a

alimentao;:ao geral, tambem se executa, par vezes, esla alimentayao geral em Jinha aerea.

J f) As medi<;oes dos cabos e dos condutores serao individualizadas em rubricas pr6prias, de acordo

com as suas caracteristicas, nomeadamente:

- lipo de cabo ou de condutor segundo as normas em vigor;

- sec((ao e numera de condulores (no caso dos cabos);

• tensao de seNiryo;

Na especifica~odos cabos deve ser sempre indicado 0 numera e a sec<;ao dos condulores, como par

exemplo, 2x1 ,5 mm?, 3x25+16 mm?, etc

Na especifica«Eio dos condutores sera apenas indicada a sec~ao do condulor, como par exempla,

1,5 mm?, 10 mm J, etc..

4 Nas instala((oes em que a afimentayaa geral e efectuada par portinhola nao ha lugar para posto de

transforma((ao.

5 Os elementos indicados para a mediyao do posto de transforma<;:aa correspondem a; celas que, em

regra, 0 constituem Os postos de lransformayao podem ser do tipo celas de alvenaria au monobloco.

6 A especifica((ao deve ser sempre feita cela par cela.

7 Estes elementos deverao ser assinalados na medi<;:.3o, como elementos a serem fornecidos pela

empresa fornecedora de energia efectrica.

Em regra, a empresa fornecedora da energia eJectrica fornece a equipamento necessaria para equipar

as celas de entrada, saida e conlagem dos postos de Iransforma<;:ao, mas nao efectua a montagem nem

fornece os acess6rios de montagem. Isto, porem, nao pode ser considerado como regra gera!, pois varia de

empresa para empresa, pelo Que havera necessidade de consultar sempre a empresa fornecedora de energia

eleclrica.

" I


21.3 Colunas, montantes e derivac;6es

a) A medl9ao das colunas montantes e deriva90es, em regra, sera subdividida nas

rubricas seguintes:

- tubas de protec<;ao;

• caixas de coluna;

• cabos e condutores.

b) as tubas de protec930 serao medidos em m, incluindo lodos as acess6rios

necessarios a montagem dos tubos 1. Em geral, as medidas para a determinac;:8.o das

medigoes, serao as consideradas para as respectivos condutores. No enunciado das

medic;:oes, serao descritas as caracterfsticas referidas na alinea g) de Regras gerais deste

capitulo2•

c) A medi930 da caixa de coluna sera realizada aunidade (un) , especificando-se as

caracteristicas dos elementos constituintes (caixa, placa de bornes. corta·circuitos,

fusiveis e parafusos de selagem).

d) A mediy30 dos cabos e condutores sera realizada em m, incluindo todos os

acess6rios necessarios a montagem3. As medidas serao determinadas entre elxos de

equipamentos a ligar'l;

e) As operayoes de fornecimento e as de assentamenta au montagem poderao ser

medidas separadamente em rubricas pr6prias.

1 Isto e, os acess6rios como ligadores, balentes, brayadeiras, pregos, buchas, elc., e a respectiva

mantagem, serao incluidos no pre~o unitario do fornecimento e assentamenlo dos tubas.

2 g) As mediyoes dos tubes de protecyao seraa individuallzadas em rubricas pr6prias, de acordo com as

suas caracteristicas, nomeadamente:

- tipo e natureza do material constituinte;

- diametro normalizado.

Os tipos de tubos de protecyaa, que em regra se utilizam, sao os de doreto de polivinilo, tipos PA e

PS e 0 tuba de aya. Os tubas do tipo PA e PS sao, em regra, utilizadas nas instalayoes embebidas em roya.

Os tubas de ayO sao, em regra, utilizadas nas instala<;6es a vista, para protecyao mecanica dos cabos, em

zonas onde exista 0 perigo de pancadas.

3 Para as instalayoes a vista, os acess6rios, como brayadeiras, pregos, buchas, etc. e a respectiva

montagem, seraa induidos no prevo unitario do farnecimento e manlagem dos cabas.

250 Curso sabre Regras de Mediryao na Construyao

4 As medidas dos cabos e condutores sao utilizadas, em regra, nos desenhos (plantas e alo;:ados) do

projecto ou nos desenhos da inslala~o definitiva e sao determinadas entre eixos de equipamentos a IIgar. Nas

medio;:oes em planta, devera considerar-se a diferenya de nivel existenle entre a cota a que sao montados as

cabOs au condutores gerais e a cota a que esta instalada aparelhagem de manobra, liga~o e protec~o.

- pe direilo da sala : 2,80 m

- aparelhagem de comanda instalada a 1,20 m

- condutor V 1,5 mm2

- tubos proteco;:ao PB 11

Medir:;ao

- Tuba PB 11, montado em ro90

- Condutor V 1,5 mm2

- Caixa de derivacao para montagem embebida, em PVC 60mm

uTM 1x40

A

= A+B+2(2,80-1,20)+A+C

:= 3x(A+B+2(2,80-1,20))+2x(A+C)

: 1

- Caixa de aparelhagem para montagem embebida, em PVC := 2

Cornutador de escada, para monlagem embebida, := 2basculante, espelho quadrado de aluminia anodizado, 220V, 10 A

- Armadura fluorescente, lipo Tm, 1x40W,balaslro a,f,p., := 1arranque normal

-lampada fJuorescenle, 40W, 220V, cor 33

Curso sabre Regras de Medi~o na Corrstrw;ao

: 1

251

21.4 Instalac;:6es de iluminac;:ao, tomadas e forc;:a-motriz

a) A medic;ao deste sUbcapitulo, em regra, sera decomposta nas rubricas seguintes:

- quadro de distribuif;ao;

- tubos de protecc;ao;

- caixas;

- cabos e condutores;

- aparelhagem de manobra, ligac;ao e protecc;ao;

- armaduras.

b) A medi98.o do quadro de distribuic;ao1 sera realizada a unidade (un) ,

especificando-se as caracteristicas dos elementos constituintes (caixa, interruptores,

disjuntores, corta-circuitos, fusiveis, bornes, etc.). A medi9ao lncluira os acess6rios

necessarios amontagem do quadro de distribuiyao.

c) Para a medi9ao dos tubas de protecc;ao, ver alinea ci de Cofunas montantes e

derivac;6es,

d) As caixas, incluindo as respectivQs acessorios3, serao medidas aunidade (un)

As caracteristicas das caixas a indicar no enunciado das mediyoes sao as referidas na

alinea ht das Regras gerais.

e) Para as mediyoes dos cabos e condutores, ver alinea el de Cofunas montantes

e derivaqoes.

f) A aparelhagem de manobra6, ligay8.o e protecy3o sera medlda aunidade (un) ,

incluindo todos os acessorios necessarios amontagem. No enunciado das mediyoes devem

indicar-se os tipos, caracteristicas de fabrico, dimensoes, tensao de serviyo e intensidade

nominal, ou a designa930 comercial de cada aparelho.

g) A mediyao das armaduras7 sera realizada 3unidade (un) , incluindo os acess6rios

necessarios a respectiva montagem. No enunciado das mediyoes indlcam-se os tipos

(incandescente e fluorescente), caracteristicas de fabrica, numera e potencia das

lampadas8 au a designayao comercial de cada armadura.

h) As lampadas das armaduras serao medidas em rubrica individualizada, de acordo

com as suas caracteristicas, isto e, 0 tipo, a potencia e a tensao de serviyo.

i) As operayoes de fornecimento e as de assentamento ou montagem poderao ser

medidas separadamente em rubricas pr6prias_


1 Os acess6rios e a respectiva montagem, serao incluidos no pre~ unitario do fornecimento e

assentamento do quadro de distribuiy.ao.

2 c) A mediliao da caixa de cotuna sera realizada a unidade (un) , especificando-se as caracteristicas

dos elementos constituintes (caixa, placa de bornes. corta-circuitos. fusiveis e parafusos de selagem).

3 No prelio unitario do fornecimento e assentamento das caixas, serao incluidos os respectivos

acess6rios, tais como bucins, plecas de bornes, batentes, etc..

~ h) As medi96es das caixas serao individualizadas em rubricas pr6prias, de acordo com as suas

caracteristicas, nomeadamente:

- tipo de caixa (caixa de derivayao, caixa de passagem ou funda, caixa de aparelhagem e caixa

terminal);

- natureza do material constiluinte:

- dimens6es.

5 e) As operac;oes de fornecimento e as de assentamento ou montagem poderao ser medidas

separadamente em rubricas pr6prias,

6 No preyo unitario do fornecimento e assenlamento da aparelhagem de manobra, figa9ao e protec9ao,

sera incluido a material de fixa9.3a e quaisquer acess6rios que sejam necessarios para montagens especiais.

7 Serao inciuidos no prec;o do fornecimento e assentamento da armadura, as acess6rios para fixayao da

armadura, tais como pendurais, parafusos, pregos, buchas, etc, e a respectiva montagem.

a No enunciado das armaduras nuorescentes, devera ser especificado 0 tipo de arranque das lampadas

eo tipo de balastro

Curse sabre Regras de Mediyao na Construyao 253

21.5 Instala<;6es electricas especiais1

a) As medic;oes deste sUbcapftulo, em regra, serao decompostas nas instalayoes

seguintes:

- sinaliza~ao;

- telefone de porta e porteira ;

- campainhas e trinca electrico;

- automatico de escada ;

- telefones;

- antena colectiva de TV e TSF ;

- para-raios.

b) A medigao das instala90es indicadas na alinea anterior sera efectuada segundo as

regras estabelecidas no subcapitulo anterior (Instalayoes de iluminac;:ao, lamadas e

forc;:a-motriz).

c) A medi9<3o da instalayao de sinalizac;:ao sera decomposta nas rubricas seguintes:

- tubos de protecyao;

- caixas;


- aparelhagem de manobra;

- quadro de alvQs.

d) A medic;8.o da instalayao de telefone de porta e porteira sera decomposta nas

rubricas seguintes:

- tuba de protecy<3o

- caixas;


- tetefones de porta;

- altifalante de porta;

- central

e) A mediy<3o da instalay<3a de campainhas e trinco electricoZ sera decompasta nas

rubricas seguintes:

- tubas de pratecg<3o;

- calxas;

- cabos e candutores;

- aparelhagem de manobra e ligagao;


- campainhas;

- trinco electrico.

oA medi<;::ao da instala<;::ao do automcUico de escada sera decomposta nas rubricas

seguintes:

- tUbos de protec<;::ao;

- caixas;


- aparelhagem de manobra e liga<;::ao;

- armaduras;

- automatico de escada.

g) A medi<;::ao da instala<;::ao de telefones da TlP ou en sera decomposta nas

rubricas seguintes:

- tubos de protecc;ao;

- cabos ou condutores;

- caixas;

- aparelhagem de liga<;::ao.

h) A medic;ao da instaJa<;::ao da antena colectiva de TV e TSF sera decomposta nas

rubricas seguintes:

- tubas de protecc;ao ;

- ca;xas;

- cabos;

- aparelhagem de liga<;::ao;

- antenas.

i) A medi<;::aa da instala<;::ao do para-raias sera decomposta nas rubricas seguintes:

- para-raias;

- fita candutora;

- caixa de medi<;::ao de terra;

- electrodo de terra.

'As insla1a<;:oes electricas especiais dum edificio 6210 as instala<;:oes elt3ctricas que existem alem das

referidas nas rubricas anteriores. Em regra, as mais comuns sao:

- sinalizayao

- telefones de porta e porteiro

Curso sobre Regras de Mediyao na Construr;:8o 255

- campainhas e trinco electrico

- automatico de escada

- telefones da rede publica

- antena colectiva de TV e TSF

- para-raios

2 A instalagao de campainhas e trinco electrico, por vezes. aparece reunida com a instalayao de

telefones de porta e porteira, constiluindo uma inslalayao unica. Neste caso, a medir;:ao desles dois lipos de

instalar;:ao sera rea[izada em conjunlo.


22. ASCENSORES E MONTA-CARGAS

22.1 Regras gerais1

a) 0 ascensar com todas as suas partes e peQas mede-s8 como uma unidade (un),

referindo e transferindo para 0 projecto e caderno de encargos a sua especificaQ3o.

b) As medi<;oes deste subcapituJo, em regra, serao decompostas em fung30 do tipo

de ascensor, nomeadamente:

- caixa fechada;

- caixa aberta.

c) Se de caixa fechada 2, para ah3m da caixa constituida par paredes, vaas de portas,

casa de maquinas, etc., que sao medidas nos capitulos correspondentes, terao que ser

medidos apenas as trabalhos de acompanhamento da montagem e da fixaty30 de guias,

aparelhagem de contrale e seguranya e maquinas.

d) Se de caixa aberta 3, as operagoes a medir sao as devidas a fixaQ30 da estrutura

na base, aos aparelhos a instalar na cuba e ffi liga~oes aos patamares dos pisos, como da

escada de acesso acabina das maquinas.

e) A medigao sera efectuada tendo em consideragao 0 projecto do ascensor e, os

trabalhos a realizar4, resultarao da compara~ao da situac;:ao final com a que foi

concretizada nas medic;:oes dos trabalhos de construy2lo civil, nomeadamente:

- Assistencia a montagern5;

- Trabalhos de rernate interior e exterior das portas6.

1 0 ascensor e uma pe~ do equipamento mecanico, mals precisamente um aparelho mecanico de

transporte vertical, constituido por um conjunto de elementos fixos e m6veis e dispositivos de comando e

protecyao. As fun~oes, caracteristicas e condivoes de funcionamen10 sao definidas atraves de pe~s escrilas e

desenhadas, sujeitas a condic;oes regulamentadas por legislavao especial.

2 Os fabricantes fornecem 0 conjunto com todos os seus componenles. montado no local, pronto a

funcionar e depois de aprovado pelo organismo oficial competente, de acordo com as pevas escritas e

desenhadas e a respectiva reguramenlayao e os seus pormenores particulares Excluem-se os trabalhos de

Curso sobre Regras de Medjyao na Constrw;:ao 257

constru~o civil necessarios a assistencia e montagem e a alimenta((80 de energia electrica ate a casa das

maquinas, por serem estes os que 0 fornecedor normalmente exclui do pre((o da sua proposta.

3 Ascensores constituidos por estrutura metalica e paineis de rede, e que fazem normalmente parte do

fornecimento da empresa de ascensores.

4 Nas medi90es destes trabalhos, devera sempre fazer-se referencia ao tim a que se destinam, para que

na organiza((i3o dos pre(,Als respectivos sejam consideradas as condi((oes e sequencia de execu~o.

5 E geralmente constituida por abertura de caixas para as dispositivos de tixa980 e assentamento

destes, nas condi((oes recomendadas.

Essas operayaes sao medidas par unidade (un) e especificadas pela dimens80 das caixas e dos

dispositivos de fixa«i3o, bern como agrupadas de acordo com as suas caracteristicas e com a indica«i3o dos

dispositivos a que se relacionam. As dimensoes das caixas permitirao a avalia((ao dos materiais de

preenchimento.

6 A natureza, dimen((80 e regras a aplicar nas medi((oes destes remates sao as que corresponderem a

outras da mesma especialidade e ja referidas em outros Capitulos.

258 Curso sabre Regras de Medi«i3o na Constru«<3o

23. ELEMENTOS DE EQUIPAMENTO FIXO E MOVEL DE

MERCADO

23.1 Regras gerais1

a) As medic;oes relativas aDs elementos de equipamento do mercado serao

individualizadas nos seguintes subcapitulos:

- equipamento fixo2;

- equipamento movel 3•

b) A mediyao sera sempre realizada aunidade (un) , isto e, par cada elemento

completo e caracterizado pela func;:8.o, designag8.o corrente do mercado, tipo au dimensao,

capacidade e quaJidade, e devera ainda indicar 0 artigo au especificac;:ao tecnica do

projecto4, onde a sua deflnic;ao, caracterizac;ao e condic;:oes de fornecimento sao feitas ate

80 completo esclarecimento.

c) A medigao indicara ainda, para 0 equipamento fixc, a inclusao au exclusao de

tarefas de montagem e/ou fixafYao5, medindo-as de acordo com 0 que de aplicaver se

encontra nas regras das especialidades envolvidas.

d) Na medic;ao destas tarefas, devera indicar-se, para alem do que as regras

recomendam, que estas se destinam a montagem elou fixaC;<3o do elemento de

equipamento referido no Artigo (indicar 0 artigo da medic;ao).

e) Quando nestas tarefas de montagem e/ou fixac;ao se utilizam acess6rios que

acompanham 0 elemento, como parafusos, garras, buchas, ou outras pec;as especiais, isso

deve ser referido na medic;ao.

e) Quer para elementos fixos, quer para elementos m6veis (especialmente moveis de

madeira), devera ainda indicar-se quando 0 acabamento final6 e feito no local de utiliza<;:ao

e se esta ou nao incluido nas condi<;:6es de fornecimento, medindo-se as operac;oes nao

incluidas de acordo com a sua especificidade e segundo as regras recomendadas

apHciweis, conforme se indicou em c).

Curso sobre Regras de Medivao na Construryao 259

iii1/

1 A variedade de elementos abrangidos por esta designac;ao e com aplicayao na conslruc;ao de edificios

tem vindo a ser aumentada e a tend€!ncia nalural e de, cada vez mais serem aplicados elemenlos acabados

para as mais variadas fun<;5es, nomeadamenle:

- Embebidos em caixas ou reservas especialmenle concebidas para 0 efeilo:

- Fixados em zonas e espayos reservados para 0 efeilo;

- Sem fiX8yaO, mas deslinados a funyao localizada ou nao.

Dai a classificayao de equipamenlo fixo e move!.

2 Classifica-se como equipamento fixe 0 que oeupa local e/ou reserva coneebida para 0 efeito e ao qual

e fixado par dispositivos que impedem a sua desiocayao. como exemplos considera-se:

- Equipamenlo de higiene;

- Exaustores de fumos ou gases;

- Armarios e bancadas de cozinha e copa;

- Roupeiros e armarios diversos;

- Elemenlos de equipamenlo lecnico para fins especificos.

3 Enlende-se como equipamenlo m6vellodo 0 que pode des/ocar-se sem necessidade de se desprender

qualquer parte ou dispositivo, embara possa preencher func;ao de posic;ao fixa.

Nao se deve considerar como desprender, 0 acto de desligar uma tomada de correnle, de ar

comprimido, de agua, etc, isla e, quando a introduc;ao no elemento se faz por condutor f)exivel concebido para

utilizac;ao como tal.

Como exemplos, tem-se nestas condic;6es, os frigorificos, os fog6es e as maquinas de lavar louc;a e

raupa (quando nao integradas num conJunlo), os aspiradores domeslicos ou induslriais de flmpeza, os

irradiadores de calor e venloinhas aulonomas, equipamento tecnico desJoc3veJ e pec;as de mobiJiario,

4 0 caderno de encargos deve compreender fa/has de especificac;ao que caraclerizem lodos os

elementos do equipamento, definindo claramenle:

- a funyao ou func;oes;

- a capacidade ou polencia absorvida;

- as dimensoes e/ou tipo do mercado;

- os materiais dos componentes principals;

- os materiais de acabamenlo e aspecto;

- as condic;oes de utilizac;ao e garantias que se eXigem;

- as normas regulamentares aplicaveis ou outras particulares;

- local ou locals de entrega e condic;oes de fornecimento.

,Alguns elementos do equipamento fixe sao fornecidos com a montagem incluida, ressalvando os

"trabalhos de construc;ao civil", outros compreendendo ainda estes trabalhos. A medic;3o deve processar-se de

acordo com as condic;oes de fornecimenlo indicadas nas folhas de especifica<;5es respectivas do C.E Muitos

destes elemenlos sao fornecidos com lodos os dispositivos necessarios a uma fixayao perieita, incfuindo todos

os meios e ate algumas pequenas ferramenlas para aplicac;ao nas condic;oes recomendadas pelos fabricantes,

E conveniente que 0 medidar lenha conhecimento deste pormenor para a considerar e referir na

mediyao.


6 Muitos elementos de equipamento sao fornecidos semi-acabados para serem acabados no local,

especialmente algumas peyas de mobiliario, outros pelas dificuldades proprias da sua movimentayao e

montagem, requerem operayoes de retaques e afinac;oes. Oevem conhecer-se au acautelar estas

particularidades, medindo au fazendo incIuir estas operac;oes nas condic;oes de fomecimenta.


. \

24. INSTALA<;OES DE AQUECIMENTO POR AGUA OU

VAPOR

24.1 Regras gerais

a) As medic;oes relativas a instalagoes de aquecimento por aQua au vapor serao

individualizadas nos subcapitulos 1 seguintes:

~ geradores calorlficosz;

- condutos e tUbagem3;

- dispositivos difusores, aceleradores e de controlo4.

b) As tarefas excluidas, de montagem e/ou preparagao, como de incorporagao de

pegas de fixagao au acessorios, serao medidas de acordo com 0 que nas regras

correspondentes aespeciaJidade interveniente se indica e com referencia clara ao fim a que

se destina.

c) Quando nestas tarefas de montagem e/ou preparac;:ao S8 utilizam pegas ou

acess6rios que S8 encontrem induidas nos fornedmentos a fazer com as dispositivQS de

utifiz39ao ou produg<3o de energia, isso devera ser referido na mediyao.

d) Para alem das tarefas auxiliares ou complementares da montagem, do isolamento

ou simples fixa9ao de dispositivos, e habito executarem-se ainda outras de acabamento,

como pinturas au revestimentos especiais. Estas, ainda que executadas na fase da obra

correspondente, deverao ser destacadas em artigos tambem especiais, com os materials e

processos de aplica9ao bern especificados.

1 Esta recomendayao e feita pelo facio de cada um destes sUbcapituJos obedecer a criterio$ de

avaliayao bastante diversificados. A diversidade e especificidade dos componentes dificilmente permitina uma

ordenar;:ao racional e de facilleitura. se constituindo um agrupamenlo.

2 Entende-se na designayao de geradores calorificos todos as dispositivos direclamente e

indireclamente relacionados com a produr;:aa de aQua quente au vapor, como:

Curso sabre Regras de Medlyao na Construyao 263

- caldeiras fixas e semi-fixas alimentadas por combustiveis solidas, liquidos ou gasosos;

- depositos de combustivel e dispositivos de alimenlayao;

- reguladares de combustao;

- chamine para liragem de fumos ou gases de combustao;

- valvulas e outros dispositivos de seguranya;

- ramal de esgoto para purgas;

- base e acornpanhamenta au envolvimenta de suporte e isolamento termico;

- bombas para clrcula~ao fon;ada ou acelerada de agua.

3 Conductos e tUbagem devera entender-se como toda a rede de distribui((30 de agua quente ou vapor a

alta pressao, compreendendo:

- tubas de a((o, ferro ou cobre, soldados ou ligados par unioes aproprjadas e caixas: caleiras ou

reservas para a passagem destes;

- juntas de dilata((ao ou liras, brayadeiras, ou supartes de semi-fixayao',

- fitas, cord6es, ou sistema de isofamenla termica:

- vasas de expansao e purgas de ar ou separadores

- nao se incluem as serpentinas embebidas que formam paineis difusores.

4 Como dispositivos difusores, aceleradores e de contrale, consideram-se'

- Radiadores de fundiyao ou chapa;

- Convectores com e sem circula((ao acelerada e os aerotermos de projec((.9o vertical e horizontal,

incluindo os seus acess6rios de fixa((ao au suportes.

- Paineis radiadores de pavimento ou tecto, constituidas por serpentlnas de tuba de a((o au cobre

embebidas em betao, com ou sem rede de varoes de a((o auxiliares,

- Valvulas com termostata para regula~ao automalica da temperatura ambiente, bem como as

torneiras de seguran~aou seccionamento,

Neste sUbcapitulo, os acess6rios dos dispasitivos difusores devem ser medidos aunidade (un) .

264 Curso sobre Regras de MedityOO na Construyaa

24.2 Geradores calorificos

Os geradores calorificos, quando destinadas a grandes redes de distribuiry8o, sao

normalmente caldeiras de grande dimensao e que exigem grande diversidade de trabalhas

a serem executados em diversas fases da constrUl;ao, nomeadamente de movimento de

terras, especial mente quando aS depositos de Gombustiveis fiearn enterrados, elou quando

a alimentay80 destes S8 faz par rneio de tubas subterrimeos para ligary80 aDs vefculos de

abastecimento.

As medigoes de todos estes trabalhos deverao ser Gonsideradas nos capHulos de

cada uma das especialidades, de acordo com as regras aplicaveis, embora 58 devam

indicar sempre 0 tim a que se destinam. Oeste modo, as grupos de actividade poderao ser

correctamente dimensionados e os dispositivos a incorporar (ainda que fornecidos por sub

empreiteiro independente) serao considerados na programaC;<3o de fornecimentos

permitindo a determinac;ao do custo total da instafac;<3o.

Para este efeito, sera de exigir que ° projecto da rnstalaC;<3o se encontre devidamente

. d'pormenorlza o.

1 Esla recomendac;ao e feila pelo facio de cada um destes subcapitulos obedecer a crilerios de

avaliaC;ao baslante diversificados. A diversidade e especificidade dos componentes dificHmente permi!iria urna

ordenaC;ao racional e de fadl Jei!ura, se conslituindo urn agrupamenlo.

Curso sabre Regras de Medic;ao na Constru~o 265

24.3 Condutos e tubagem1

a) Quando oa rede de distribui<;ao se utilize rna is do que urn tipo au cfasse de tubas,

como e 0 case das serpentinas incorporadas no betao, devera fazer-se a mediyao destes

em separado2.

b) Nos tubas embebidos au naa (Ver FIgura da nota da affnea a), os sistemas de

isolamento h§rmico de deverao ficar bem especificados oa mediry<3o, bem como as

materiais, espessuras e acess6rios que se preveem utilizar.

h) Quando alem dos tubas incorporados se preve a apJicay30 de urna malha de ayo

auxiliar da distribui<;<3o do calor (rede electrosoldada), esta deve ser incluida como

componente da instalayao e as tarefas de aplicayEIO e acompanhamento deverao ser

incluidas no conjunto referido oa alinea d) das regras gerais3 deste capitulo.

1 No subcapitulo de conduclos e tubagem, inclui-se toda a rede de distribui<;;ao de agua quente ate ffi

torneiras seccionadoras ou valvufas aulomaticas dos dispositivos difusores, a alimenta<;;ao da caldeira e as

colunas de liga<;;ao ao vaso de expansao, como a abertura e tapamento de ro<;;os e atravessamenlos e

assentamento de todos os acess6rios e componentes referidos na alinea a) e excluidos pelas condi0es de

fomecimento do instalador. Tal como se indicou na alinea b), estes trabalhos serao incluidos nas tarefas dos

grupos das respedivas especialidades. com a indica<;;ao do fim a que se destinam. As regras de medi<;;ao sao

as que se indicam para cada uma das especialidades. Sempre que tal se justifique, islo e, quando a descri<;ao

for dificil de fazer em termos de claro entendimento, sera conveniente comp/eta-Ia com um pormenor

referenciado, para uma perfeila avaliayao da natureza ou dificuldades da execu<;;ao, conforme se exemplifica:

No exempJo

chamar a atenyao para

pretende-se

este tipo de

Pormeno( do rOl:;o

esclarecimento, porquanto a mediyao

dos valores quantitativos nao fornece

indica0es necessarias

Equema tipo da tubagem

caracterizayao dos trabalhos para

analise de custos, de meios e de

condi<;;6es de integrac;ao no conjunlo. i-f::"::-= ~r -~--:.. .--- -, ,,

2':'0.72

·r-L.,

'''1 :, ', ', ', ',l?t.i

POfmenor dOl

caixil dos

r adiadores


2 Os tubos devem ser bern caracterizados nomeadamente pela indica~ao da soldadura aplicada nas

costuras. Se complementado com rede de malha de aye electrossofdada, que para alem de servir de base para

a fixa~ao dos tubos. ainda participa na difusaa do cafor, esta deve ser medida em ni e bern especificada.

Igualmente deve ser bern caracterizada a base de assentamenta e as camadas ou camada de massa de

acompanhamento, sua(s) espessura(s) e acabamento.

Ainda como tubas, temos as que constituem os paineis difusores a incorparar nos pavimentos ou tectos,

mas estes, como se refere nas regras gerais, deste capitulo e considerando a sua funyao e condiy5s de

apJicayao, deverao ser medidos no subcapitulo relativo a disposiriVOS difusores, na unidade de ni com a

indica~o dos metros lineares de tuba por rrf de painel.

3 b) As tarefas excluidas, de montagem elou preparayao, como de incorporayao de peyas de fixayao ou

acess6rios, serao medidas de aeorda com a que nas regras correspondentes aespecialidade interveniente se

indica e com referencia clara ao fim a que se destina.

Curso sobre Regras de Medio:;:.ao na Construo:;:ao 267

24.4 Dispositivos difusores, aceleradores e de controle

a) AS dispositivQS geradores, difusores, aceleradores e de contraIe sera:o sempre

medidos c3unidade (un) , ista e, par cada elemento caracterizado pela funyao, designar;:8:o

corrente do mercado, tipo e/ou dimensao, pote!ncia e capacidade, qualidade e aspecto das

suas partes aparentes.

b) A mediy8:o indicara aioda para estes dispositivos a inclusao ou exclusao 1 e

tarefas de montagem e/ou fixagao, a dimensao de caixas para os embeber total OU

parcialmente e as pe9as de fix89ao au acess6rios a incorporar nas paredes, para qualquer

destes efeltos.

c) 58 as dispositivos sao fornecidos par acabar, com pintura a executar na obra, a

mediyao da pintura sera feita par m2, de acordo com as regras aconselhadas para as

pinturas, mas como sempre, indicando-se sabre a que, e como, a pintura sera executada.

1 Para alem da caraeterizaryao dos disposilivos difusores e cuja mediryao, sera feita par unidades de

caracleristicas iguais, devem ser referidos os acess6rios de fixaryao, de ligayao e controle, valvulas e

lermostatos, quando direclamente ligados.

Quando aplicados em separado, embora comandando valvula eJectromagnetica. devem ser medidos a

unidade (un) e bern caraclerizados.

Como exempio, na figura apresenta-se a aplicary8a de paineis difusores em pavimentos e tectos.

Argamassa de

acoOlpanhamento

Tubo{serpentina}

Rede

electrossoldad a

268 Cursa sabre Regras de Mediyao na Canslruyao

25. INSTALACOES DE AR CONDICIONADO

25.1 Regras gerais

a) As medi90es relativas a instala90es de ar Gondicionado serao individualizadas nos

sUbcapitulos seguintes1:

- unidades de tratamento do ar2;

- condutos, filtros, grelhas e difusores3.

b) Neste capitulo, as instaJay6es sao medidas com unidades centrais4 de tratamento

e condutos de distribui930 com au sem retorno.

c) Quando a instalar;ao e constituida par unidades de aquecimento e de

arrefecimento de agua localizadas numa central e redes de distribuir;305 desta a

condicionadores tocais, observam-se as regras de medir;30 para a as instalar;oes de

aquecimento do capitulo Instalaqoes de aquecimento por agua au vapor.

1 Os criterios de mediy.3o aplicaveis, como as Guidadas na especificayao que se recomendam, sao

batante diversificados. A diversidade e especificidade dos componenles a considerar em cada um destes

subcapilulos, recomendam a divisao que se propoe.

:1 Entende-se como unidades de tratamemo do ar, todos os dispositivos de correcyao de condiyoes

desconfortaveis e/ou insalubres de espayos fechados. A gama de dispositivos com esta finalidade e hoje

vastissima, pelo que, a sua classificayao deve ser objecto de especial atenyao. Como bases para esta

classificayao. considera-se as das funyoes que cada componente desempenha, nomeadamente:

- ventiladores de alta e baixa rotayao, para movimentayao (tiragem ou isuflayao) nos aparelhos

de tratamento, nos condutores ou nos locals de utilizayao.

~ filtros secos ou de ravagem na admissao do exterior ou na recuperayao de ar de retorno:

~ aparelhos de aquecimento de ar por serpentina com agua aquecida au par camara de

combustaa~

~ aparelhos de arrefecimento do ar por serpentina com agua arrefecida ou por "bombagem de

calor";

- aparefhos reguladores da humidade do ar por condensadores au camaras de arvalho;

- aparelhas de remoqao de cheiras, fumos e gases por filtros de carvao activado e lavagem do ar.

Curse sabre Regras de Mediyao na Canstruyao 269

As centrais de tratamento podem ser constitutdas par diversas combinayoes possiveis de aparelhas e

dispositivos com estas funyoes e caraclerlslicas, A especlfica<;ao deve referir as funyoes a combinar.

3 Os condutos podem ser constituidos por tubas de forma circular au rectangular, construtdos com

chapa de ferro galvanizada, aluminio, madeira, poliester reforryado com fibra de vidro, ou ainda par alvenaria ou

betao. As ligayoes entre os condutos, sob a forma de uni5es simples au de reduyao, cotovelos, curvas,

redutores, colares, conexoes rigidas e f1exiveis e outras, de execuc,:ao par vezes dificeis, sao peyas importanles

do conjunto e que devem ser bem caracterizadas. As figuras que se apresentam sao exemplo do que se afjrma",

Os terminais, que podem ser tomadas de ar do exterior, com ou sem filtro, grelhas de remate ou difusao

simples, ou com anemoslato, podem tambem ser produzidas com diversos materia is, formas, dimensoes e

acabamentas. A definly:3o deve ser campleta e contemplar todas estas variiiVeis.

4As unidades centrals deveraa ser bem caracterizadas e especificadas, dada a grande variedade de

fun90es que podem desempenhar (filtragem, desumidificayao, humidificaryao, desodorizaryao, aquecimenla e

arrefecimento) e ainda de expansaa directa au indirecta. Para ah~m desta caracterizay:3o e especificaryao,

dever:3o ainda indicar-se as dimens5es, capacidade e patencia electrica requerida.

5 0 Iipo de instalary:3o referido e uma combinaryao da instalayao analisada no capitulo Instafaf;oes de

aquecimento por agua ou vapor, com as condir;5es requeridas pelos dispositivos difusores diferentes.

Naquela, as dispositivos difusores de calor recebem agua aquecida', nesta, a agua pode chegar aquecida au

arrefecida, cabendo ao difusar corrigir a temperatura do ar de acordo com 0 que cada epoca au momenta

reclamam. Logo, a instalayao difere daquela, como as mediryoes, apenas na caracteriza<;:§o dos dispositivas da

central e dos difusores, As regras mantem-se

270 Curso sabre Regras de Mediyao oa Construyao

25.2 Unidades de tratamento do ar

a) As unidades de tratamento1 do ar podem ser de janela ou consola e, nestas

condig5es, serao consideradas como equipamento electrico de conforta, tal como as

irradiadores electricos.

b) A medic;ao indicar<3 para lodos estes dispositivDS a inclusao au exclusao de tarefas

auxiliares de montagem e as pegas de fixag30 e/ou acess6rios a incorporar nas paredes au

pisos para este efeito.

c) Todas as tarefas excluidas da montagem e/ou preparagao desta, como a

incorporac;ao nas alvenarias de pegas de fixag30 au acess6rios; serao medidos de acordo

com 0 que nas regras correspondentes a especiaJidade se indica e com referencia ainstalac;ao a que se destina.

d) 5e, para alem das tarefas auxHiares da montagem au da simples frxag30 de

dispositivos, se preve a execugao de pinturas, estas, ainda que a executar na fase da obra

correspondente, deverao ser destacadas em artigos especiais, com materia is e processos

bem especificados e medidos de acordo com as regras apresentadas no capitulo relativo a

pinturas.

1 A mediyao destes dispositivos deve indicar a factor quantitativa (unidades), as caracterislicas e

dimens6es exteriores maximas. Amperes e ou caudal de aQua requerido, e referenciar a "especificar;:aa tecnica"

do projeclo onde se podem recolher as informayaes complementares.

Curso sobre Regras de Medi~ona Construyao 271

il

25.3 Condutos, filtros, grelhas e difusores

a) as condutos de ar' sao medidos em m, com a indicac;ao das duas medidas da

Secf,f3o, quando rectanguJares, ou diametro, quando de seC\~ao circular. Havera uma

medi9ao para cada secc;ao. Os acess6rias de IigaC;3o em angulos, curvas, encaixes,

deriva90es em mUdanva de secgao serao medidos aunidade (un) e bern especificados.

b) as terminais2, (frltros, grelhas au difusores) serao rnedidos aunidade (un) e bern

especificados quanta a materiais, apresentac;ao, forma e dimens6es.

c) A medig<3o indicara para todos estes dispositivos a inclusao au exdusao3 de

tarefas auxiliares de montagem e as pec;as de frxaC;2o e/ou acess6rios a incorporar nas

paredes au pisos para este efeito.

d) Quando se preveja isolamento4 termico ou acustico de envolvimento dos condutos,

ou em parte destes, a medigao sera feitas nas mesmas condi<;6es recomendadas para os

dispositivos a isolar, isto e, m para os condutos e unidade (un) para as ligag6es.

e) Todas as tarefas exclufdas da montagem e/ou preparagao desta, como a

incorporagao nas alvenarlas de pegas de fixag030 au acessorios, serao medidos de acordo

com 0 que nas regras correspondentes a especialidade se indica e com referencia ainstalagao a que se destina.

f) 5e, para afem das tarefas auxiliares da montagem, do isolamento, ou da simples

fixayao de dispositivos, se preve a execugao de pinturas, estas, ainda que a executar na

fase da obra correspondente, deverao ser destacadas em artigos especiais, com materials

e processos bern especificados e medidos de acordo com as regras apresentadas no

capitulo relativo a pinturas.

lPorque existe grande diversidade de soluyoes possfveis na forma e materiais de constiluiyao dos

condutos em m por secr,::aa e forma, Do mesmo modo, as acess6rios de ligar,::ao serao medidos 8unidade, por

forma e dirnensao bem caracterfzadas para completa definir,::ao das dfficuldades de execur,::ao.

Quando um mesmo conduto eXfja condir,::6es de aplicayao dfversificadas, deve ser medido em separado

com as indicar,::6es que permitam a analise de custos ponderada a partir das condir,::6es diferentes,

Urn conduto aplicado suspenso de um tecto (em zona de tecto falso) com acesso dfficiJ, au a vista: ou

ainda em s6tao livre de born pe direito ou sob estrutura de telhado de pouca altura, lerao igualmente custos de

aplicac;:ao muito diferentes. A medic;:ao deve registar essas condir,::6es e produzir medir,::6es separadas,

272 Curso sobre Regras de Medfyao na Construyao

2 Os terminals difusores, tomadas de ar do exterior e grelhas de remate, devem ser medidas em

unldades de dimens6es, earaeterlstieas e eondi¢es de aplicar;ao identieas. Os faetores diversifieantes sao aqui

tambem muito importantes.

Urn dispositivo destes apfieado no interior ou no exterior de urn edifieio de varios andares tern

forr;osamente custos de assentamento muito diferentes.

3 A inelusao ou exclusao de tarefas auxiliares de montagem e as per;as de fixar;80 e/au acess6rias a

incorparar nos pisos ou paredes para 0 efeila, devem ser eonsideradas nas mediry6es dos respectiVos grupos

de actividade com a indica~o da instalar;ao a que se destinam.

4 Em eondir;oes especiais, para evitar desperdlcio de energia au transmissao de ruidos, recorre-se ao

isolamento dos condutos (interior au exterior) com placas au membranas de material apropriado.

Quando esse isoiamento vem incorporado nos condutos, bastara refen-Io na medi~o a sua

especificar;ao.

Quando aplicado depois do assentamento, devera medir-se nas condir;oes recomendadas no capitulo

Isolamentos e impermeabifizar;6es, referindo ainda que se destina ainstalar;8o de ar condicionado.

Curso sabre Regras de Mediyao na Constru~o 273

Bibliografia

[1] - Medh;6es em Constrw;ao de Edificios. Laborat6rio Nacional de Engenharia

Civil, Lisboa, 1987.

[2] - Decreta-Lei n° 59/99 de 2 de Marco. Regime JurfdieD das Empreitadas e

Fornecimento de Obras Pub/leas. Imprensa Nacional-Casa da Maeda· Lisboa,

1999.

[3] - Portaria 428/95 de 10 de Maio, do Ministerio das Dbras Pl1blicas, Transportes

e Comunicar;6es. Regulamento dos Concursos para Empreitadas e

Fornecimentos de Obras Pub/leas. Imprensa Nacional-Casa da Maeda,

Lisboa, 1995.

[4J - TEIXEIRA TRIGO, J.; BORDADO, V.M. - Cadernos de encargos-tipo para a

construr;ao de ediffcios. Documento parcial - 1. LNEC, Lisboa - 1970.

[5] - Oecretos-Lei N° 349,CI83 e 357/85. Regulamento de Estruturas de Setao

Armada e Pre-esfon;ado.. lmprensa NacionaJ-Casa da Maeda, Lisboa, 1985

[6] - Decreto-Lei 211/86 de 31 de Julho. Regulamento de Estruwras de Aco para

Edificios. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, Lisboa, 1986

[7J - SMM7 - Standard Method of Measurement of Building Works: Seven Edition.

The Royal Institution of Chartered Surveyors, 1992.

[8] - PACKER, A. D.; Building Measurement. Addison Wesley Longman Limited.

Essex, England, 1996.

[9) - MARTIN BARNES; CESMM3 handbook. A guide to the financial control of

contracts using the Civil Engineering Standard Method of Measurement

(CESMM). Institution of Civil Engineers, Thomas Telford, Londres, 1992.

[10J - MANTEAU, MICHEL; Metre de Batiment. Editions Eyrolles, Paris, 1995.

274 Curso sabre Regras de Medj~o na Conslrultao

[11J - DIAS, L. M. ALVES; FONSECA, M. SANTOS; Plano de Seguran,a e Saude.

Instituto de Desenvolvimento e InspecC;3o das Condic;oes de Trabalho (IDIeT),

Lisboa, 1996.

[12J - NELSON MONTES; MOZ TEIXEIRA, M. - Codifica<;iJo e automatiza<;ao da

informac;ao do projecto. Exemplos de aplicac;3o. LNEC Lisboa, 1970.

[13J - Decreta-Lei n "'235/83, de 31 de Maio. Regufamento de Segurant;a e AC(6eS

para Estruturas de Ediffcios e Pontes. Lisboa, Imprensa Nacional-Casa da

Moeda, 1988.

[14J - Decreta-Lei n "'40190, de 6 de Fevereiro. Regulamento das Caracteristicas de

Comportamento Termico de Edificios. Lisboa, lmprensa Nacional-Casa da

Maeda, 1990.

[15] - VIEGAS, J. C. e A. J. OLIVEIRA BRAZ - Qualifica<;ao de Componentes de

Ediffcios. Selecr;:ao de Jane/as em Fum;ao da sua Exposir;:ao. lisboa, LNEC,

1994. ITE 36.

(16) - Decreto-Lei n "'64190, de 21 de Fevereiro. Regulamento de Seguranc;a contra

Incendio em Edificios de Habitac;ao. Lisboa, Imprensa Nacional- Casa da

Maeda, 1990.

[17] - LUCAS J. A. Carvalho; Classiflcar;ao e descrir;tlO geral de revestimenros para

paredes de alvenaria ou de betiJo. ITE 24, LNEC - Lisboa, LNEC,1990. ITE 24

[18] - NASCIMENTO, Jose Martins; Classificar;ao funcional dos revestimentos de

piso e dos locais. Classificar;6es UPEC e Gws. Usboa, LNEC, 1991, ITE 29.

119] - NASCIMENTO, Jose Martins; Regras de qualidade de revestimentos de piso.

Relatorio LNEC Usboa, 1985.

[20] - Regulamento Geral das Edificar;6es Urbanas. Decreta-Lei 38382/51 de 7 de

Agosto. Lisboa, Imprensa Nacional, Casa da Maeda.

(21] - NP-2349/EN-87 (1984); Definir;6es, cfassificar;ao, caracterfsticas e marca<;ao.

[PO - Lisboa, 1984.

[22] - CSTB - Groupe de Coordinaflon des Textes Techniques; Revetements de sol

scelles. Cahier des clauses techniques. Cahier des clauses espt§ciales.

Document Technique Unifie (DTU) numero 52.1 - Paris, 1985.

[23J - NP-52 (1955); Azufejos e ladrifhos. [PO - Lisboa, 1955.

Curso sobre Regras de Mediyao na COllStruyaO 275

,",

.

276

[24J - Direcyao-Gerar de Minas - Rochas Ornamentais Portuguesas; Vol. I, II e III,

Usboa, 1986.

[25] - FONSECA, M. Santos; Espeeificac;6es tecnicas de materiais e produtos

utilizados em fndices de prer;os na construc;ao civil. Relatorio LNEC 89/91,

Lisboa 1991.

[26] - NP-1477. Alumfnio anodizado. Determinac;tJO da espessura de revestimento.

Processo das correntes de Foucault. IPQ M Lisboa, 1977.

[27]- NP-1479. Alumfnio anodizado. Determin8f;ao da cofmatagem da revestimento.

Ensaio de ataque pelo aeida acetico. IPQ - Lisboa, 1977.

(28) - CRAVO, M. Rosario; Alumfnio Anodizado: Que qualidade? Comunicag3o ao

Encontro Nacionar sobre Qualidade na Construg3o. LNEC, 1986

[29J - OLIVEIRA BRAZ, A. J.; Da /nstala,iJo nos Ed/fieios de Faehadas-Cortma de

Alumfnia e Vidro.1 & 0 de Apoio ;j Certificac;ao LNEC da Qualidade do

Processo. Programa de lnvestigagao, LNEC, Lisboa 1994.

[30] - SMM7 - Measurement Code. The Royal Institution of Chartered Surveyors

1992

[31] - DecreW·Lei n° 755195, de 1 de Julho. Seguranr;a e SaLide a Aplicar nos

Estaleiros Temporarios au M6veis (Transposigao da Direetiva nO 92/57/CEE

de 24 de Junho de 1992). Lisboa, Imprensa Nadonal, Casa da Moeda.

[32) - LOPES, Grandao; Revestimentos de Impermeabi/izar;ao de coberturas em

terraw Usboa, LNEC, 1994. ITE 34 .

[33] - SANTOS, Carlos A. Pina; PAIVA, Jose A. Vasconcelos de; Coeficientes de

transmisssao termica de elementos da envolvente de ediffcios. Lisboa, LNEC,

1990. ITE 28.

Curso sobre Regras de Mediyao na Construyao

REGRAS DE MEDICAO NA CONSTRU'CAO - · PDF fileCurso sobre Regras de Medi~ona Constru~o "' 4....

Documents

Transcript of REGRAS DE MEDICAO NA CONSTRU'CAO - · PDF fileCurso sobre Regras de Medi~ona Constru~o "' 4....