Relacoes ecologicas modulo 9ano

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268 Capítulo Neste capítulo 13 As interações ecológicas entre seres vivos de uma mesma espécie. As interações ecológicas entre seres vivos de espécies diferentes. As interações que os indivíduos de uma espécie mantêm com indivíduos da mesma espécie ou de espécies diferentes para obter os recursos necessários para sua sobrevivência e reprodução consti- tuem as relações ecológicas. Essas inte- rações permitem que eles se alimentem, encontrem abrigos, se acasalem, cuidem Relações ecológicas da prole, etc. Algumas dessas interações, no entanto, tornam-se prejudiciais aos indivíduos, especialmente quando os recursos do meio são escassos. Este ca- pítulo trata da enorme diversidade de in- terações que os indivíduos mantêm entre si para garantir os seus meios de sobrevi- vência e de reprodução. > Os caranguejos-ermitões mantêm uma relação muito interessante com algumas espécies de moluscos e de anêmonas. É comum encontrar esses caranguejos dentro de conchas de moluscos mortos, onde se abrigam, já que possuem o abdome mole. Algumas vezes, o caranguejo chega a matar o molusco que possui a concha que lhe interessa. Além disso, ele pode colocar algumas anêmonas sobre a concha para aumentar sua proteção, pois as anêmonas possuem tentáculos urticantes que impedem a aproximação de predadores. A anêmona, por sua vez, aumenta sua mobilidade utilizando o caranguejo como carona, além de aproveitar as sobras de seus alimentos.

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  • 1. Captulo13 Neste captuloRelaes ecolgicas As interaes que os indivduos deuma espcie mantm com indivduos damesma espcie ou de espcies diferentespara obter os recursos necessrios parada prole, etc. Algumas dessas interaes,no entanto, tornam-se prejudiciais aosindivduos, especialmente quando osrecursos do meio so escassos. Este ca- As interaessua sobrevivncia e reproduo consti-ptulo trata da enorme diversidade de in- ecolgicas entre tuem as relaes ecolgicas. Essas inte-teraes que os indivduos mantm entre seres vivos de raes permitem que eles se alimentem,si para garantir os seus meios de sobrevi- uma mesmaencontrem abrigos, se acasalem, cuidemvncia e de reproduo. espcie. As interaesO s caranguejos-ermites mantm uma relao muito interessante com algumas espcies de moluscos e de ecolgicas entre anmonas. comum encontrar esses caranguejos dentro de conchas de moluscos mortos, onde se abrigam, jque possuem o abdome mole. Algumas vezes, o caranguejo chega a matar o molusco que possui a concha que lhe seres vivosinteressa. Alm disso, ele pode colocar algumas anmonas sobre a concha para aumentar sua proteo, pois as de espciesanmonas possuem tentculos urticantes que impedem a aproximao de predadores. A anmona, por sua vez, diferentes.aumenta sua mobilidade utilizando o caranguejo como carona, alm de aproveitar as sobras de seus alimentos. 2683P_EMB3_LA_U03_C13_268A287.indd 26826.10.09 17:20:21

2. Relaes ecolgicas Como vimos no captulo anterior, os indivduos de uma espcie in- teragem entre si e com os membros de outras espcies da comunida- de ecolgica a que pertencem. Essas interaes, denominadas relaes ecolgicas, ocorrem devido s atividades dos organismos para obter os recursos necessrios sua sobrevivncia e reproduo. Conforme as caractersticas prprias da espcie e do nicho ecolgico que ela ocupa, os recursos necessrios sua sobrevivncia podem variar bastante, in- cluindo desde gua, alimento e abrigo at condies especficas de luz, temperatura e umidade, disponibilidade de material para a construo de ninhos, condies necessrias para o acasalamento, etc. As relaes ecolgicas podem ocorrer entre indivduos da mesma esp- cie, sendo denominadas relaes intraespecficas, ou entre indivduos de espcies diferentes, recebendo o nome de relaes interespecficas. Algumas relaes promovem benefcios para as duas partes envolvi- das. Outras so benficas para uma parte e indiferentes, ou neutras, para a outra. Nesses casos as relaes so ditas harmnicas. Existem muitos exemplos de relaes harmnicas, como a organizao social das abelhas, em que a diviso de trabalho beneficia toda a colmeia, ou das plantas ep- N a natureza, um indivduo mantm relaes fitas, que se fixam a outras plantas sem, contudo, prejudic-las. Mas h ecolgicas de vrios tipos ao mesmo tempo. relaes, ditas desarmnicas, nas quais o benefcio de um indivduo sig- Na fotografia, o bfalo dgua, animal quese alimenta de gramneas, beneficia-se da nifica necessariamente o prejuzo de outro. Esse o caso da relao entre proteo do grupo de indivduos da sua predadores e presas ou da competio por alimentos.espcie e da presena do pica-bois-de- Convm lembrar que, na natureza, um mesmo indivduo pode man--bico-vermelho, uma ave que se alimenta decarrapatos, livrando-o desses parasitas. ter tanto relaes intra como interespecficas, algumas harmnicas, ou- tras desarmnicas. O quadro a seguir apresenta as diversas relaes ecolgicas que sero detalhadas ao longo deste captulo. Relaes intraespecficasColniaSociedadeCompetio Seres vivos da mesma espcie Uma sociedade caracterizadaintraespecficaque vivem em grupos, interagindo pela diviso de trabalho,Disputa entre indivduosde maneira vantajosa paracooperao e comunicao da mesma espcietodos. Os indivduos da colniaentre os indivduos que apor um recursoso fisicamente dependentescompem. Esses indivduosimportante para todos,uns dos outros e podem ou noso fisicamente independentes, como alimento, espao, etc.apresentar diferenas na forma mas compartilham o local eme na funo. que vivem. Acaravela portuguesa (Physaliaphysalis) uma colnia flutuante,Aanmona Anthopleuracomposta de diversas formas animais daelegantissima protege seu mesma espcie. Neste caso, cada uma As vespas (Vespula vulgaris), assimterritrio de invasores dapossui funes especficas que auxiliam como abelhas, formigas e cupins,mesma espcie com tentculos a sobrevivncia de toda a colnia.so insetos que vivem em sociedade. venenosos. 2693P_EMB3_LA_U03_C13_268A287.indd 26926.10.09 17:20:31 3. 13 Relaes ecolgicas Relaes interespecficasCompetio interespecficaPredaoDisputa entre indivduos de espcies diferentes Um ser vivo se alimenta de outro, de espciepor um recurso que seja importante para ambas.diferente.V acas e gafanhotos competem pelo capim, do qual as duas Ogafanhoto (Tropidacris collaris) um predador de folhas, espcies se alimentam. j que se alimenta delas.Parasitismo InquilinismoProtocooperaoUma espcie vive em outra e seUma espcie fixa-se estrutura Ambas as espcies sealimenta dela.externa ou vive no interior debeneficiam da associao, masoutra, sem causar prejuzo a esta.podem viver sem a mesma.O pssaro-palito (Pluvianus aegyptius)A pulga um parasita que seA s orqudeas fixam-se no tronco dasajuda o crocodilo (Crocodile porosus)alimenta do sangue de seu rvores, onde ficam mais expostas por limpar-lhe os dentes e hospedeiro, podendo causar danosluz solar, sem causar prejuzos a sua beneficiado ao se alimentar com oa ele. Aumento de 10 vezes. hospedeira. resto de comida em sua boca.ComensalismoMutualismoUma das espcies beneficiada por obter recursos Ambas as espcies se beneficiam da associao ealimentares graas a outra, para a qual a relao no podem viver sem a mesma. neutra.As abelhas sealimentam do nctardas flores. O plenimpregna o corpodesses insetos e levado para lugaresdistantes, favorecendoa reproduo dasA s hienas comem os restos das presas que os leesplantas.abandonam. 2703P_EMB3_LA_U03_C13_268A287.indd 27026.10.09 17:20:42 4. Relaes intraespecficasAs relaes intraespecficas so muito variadas e diferenciam-se confor- me as caractersticas da espcie. Entre os vegetais, por exemplo, h esp- cies em que os indivduos se mantm afastados uns dos outros; em outras, a sobrevivncia depende da proximidade dos seus semelhantes. Entre os predadores de grande porte comum a vida solitria, com encontros es- pordicos para acasalamento ou atividade de caa. J entre os herbvoros, a vida em bandos frequente, embora isso no seja uma regra.Essas relaes podem ser classificadas em dois grupos principais, que sero tratados nos prximos tpicos: de cooperao ou de competio. Relaes intraespecficas de cooperaoEm vrias situaes, os indivduos de uma mesma espcie se rela- cionam de forma a proporcionar benefcios para todos os envolvidos na relao. Esse comportamento cooperativo pode ter diferentes fun- es, como aumentar a proteo, economizar energia e otimizar a caaExemplo de relao de cooperao. O vooe o cuidado com a prole. A cooperao nem sempre muito evidente,em formao em V proporciona economia de mas geralmente est presente nas espcies cujos indivduos permane- energia para aves migratrias como os gansos. cem muito prximos uns dos outros. Nas savanas, por exemplo, ani- mais herbvoros como zebras e gnus pastam em bandos, protegendo-se mutuamente do ataque de predadores.Estudos mostram que a formao em V apresentada no voo de vrias espcies de aves migratrias reduz drasticamente a energia gasta por cada indivduo quando comparada que seria gasta se o voo fosse soli- trio. Economia de energia tambm ocorre quando os cachorros da raaAcooperao entre as fmeas garante ocuidado de todos os filhotes do bando de husky siberiano, utilizados entre os esquims para puxar trens, dor- gorilas. mem sobre a neve do rtico enrodilhados uns aos outros.As piranhas tambm constituem um exemplo de colaborao entre indivduos de mesma espcie, pois, apesar de pequenas, organizam-se em cardumes e atacam presas relativamente grandes.O cuidado com a prole entre os gorilas tambm uma atividade re- sultante da cooperao entre os indivduos, no caso, as fmeas do ban- do. Esses animais se organizam em harns em que o macho dominante tem preferncia para a reproduo, e as fmeas se dividem no cuidado de todos os filhotes.Em certas espcies, porm, a vida em grupo tem um carter ainda mais organizado, e a eficincia do grupo em obter os recursos do meio resultante da especializao das funes dos indivduos. Esses casos configuram as sociedades e colnias, que veremos a seguir.Saiba maisPor outros motivos! Avies militares muitas vezes operam em formao em V, masesto longe de desfrutar dos benefcios obtidos pelas aves nessetipo de voo. Com a tecnologia disponvel, os avies criam uma tur-bulncia no ar que impede que se mantenham prximos o suficien-te para obter a reduo do gasto de energia. Alm disso, eles noso capazes de captar a movimentao do ar e se adaptar para al-canarem o desempenho mximo, como fazem os pssaros. No caso desses avies, a formao em V visa apenas permitira visibilidade para todos os componentes da esquadra. Avies militares operandoem formao em V.2713P_EMB3_LA_U03_C13_268A287.indd 271 26.10.09 17:20:48 5. 13 Relaes ecolgicas ColniasA colnia um tipo de organizao na qual os indivduos de uma mesma espcie vivem intimamente ligados entre si, beneficiando-se mutuamente. Um exemplo so as bactrias coloniais, como o estrep- tococo, compostas por vrios indivduos enfileirados envoltos por uma substncia gelatinosa comum. Outro so os corais, que podem abri- gar milhes de indivduos num mesmo esqueleto calcrio, como ocorre na Grande Barreira de Coral australiana. Esses casos, em que todos os indivduos da colnia so morfologicamente semelhantes, constituem exemplos de colnias isomorfas.As colnias heteromorfas, por sua vez, so constitudas por indiv- duos anatomicamente distintos, especializados em funes diferentes.A alga Volvox sp. uma colnia em cujo interior h indivduos uni- celulares especializados na reproduo. Em sua periferia e superfcie encontram-se indivduos unicelulares biflagelados, que proporcionam a movimentao de toda a colnia.Em colnias heteromorfas, a dependncia e a especializao entre os in- divduos podem ser to grandes que estes chegam a dar a impresso de se- rem rgos complementares de um nico organismo. Um exemplo extre-E xemplos de colnias isomorfas. Em cima,mo de colnia heteromorfa a caravela-portuguesa, Physalia pelagica, umcolnias de Streptococcus pneumoniae vistascnidrio marinho, muitas vezes identificado erroneamente como gua-vi-ao microscpio eletrnico, e embaixo, os plipos va. Esse ser, que aparentemente um nico organismo, na verdade com-de um coral. posto por vrios indivduos: os zooides, que se apresentam na forma de plipos (como as anmonas) ou de medusas (como as guas-vivas). Em uma caravela, os indivduos, com a especializao, perderam a capacidade de executar as outras funes. Assim, por exemplo, os plipos respon- sveis pela reproduo so incapazes de obter alimentos e dependem da colnia para se manter.Exemplos de colnias heteromorfas. esquerda, a alga colonialVolvox aureus. direita, um exemplar de caravela-portuguesa.Biologia se discuteO desafio dos sifonforos: quem o indivduo? A caravela-portuguesa, bem como as outras espcies da ordem dossifonforos, apresenta um desafio: quem o indivduo, os zooides ou acolnia inteira? A resposta no simples. Ecologicamente a colnia atua como umnico organismo, seja quando captura suas presas, seja quando captu-rada por outros predadores. Alm disso, a colnia vive ou morre comoum todo e todas as partes da colnia so geneticamente iguais, pois soproduzidas por brotamento a partir de um primeiro zooide. Este se de-senvolve, por sua vez, de um ovo fertilizado. No entanto, do ponto de vista da descendncia evolutiva, percebe-mos que os zooides dos sifonforos so plipos e medusas, estruturasque vivem livremente em animais de outras espcies. Essa observa-o permite concluir que os zooides dos sifonforos so, eles prprios,indivduos. Como se v, no h uma nica resposta para a questo. Dependendodo enfoque, os zooides ou a colnia podem ser a soluo do desafio.Os sifonforos ilustrados pelo naturalistaalemo Ernst Haeckel (1834-1919). 2723P_EMB3_LA_U03_C13_268A287.indd 27226.10.09 17:21:04 6. SociedadesA sociedade um tipo de organizao entre indivduos da mesma espcie caracterizado pela cooperao mediante algum grau de diviso de trabalho e pela comunicao entre seus membros. Esses indivduos, diferentemente do que ocorre nas colnias, so fisicamente indepen- dentes, apesar de compartilharem um mesmo territrio.O grau e a forma de organizao das sociedades so muito variveis entre as espcies. Os lees, considerados os mais sociais entre os feli- nos, por exemplo, vivem em grupos compostos geralmente por um a seis machos e quatro a doze fmeas adultas com seus filhotes. Cada gru- po mantm e defende seu territrio da invaso por machos de outros grupos. Essa atividade executada predominantemente pelos machos atravs da demarcao com urina e patrulhamento das fronteiras. A ex- Leoas matando um bfalo. A sociedade dos leestenso territorial varia conforme a disponibilidade da caa, atividade organizada em grupos em que os machos so desempenhada geralmente por vrias fmeas.responsveis pela manuteno do territrio e asAlm da espcie humana, algumas espcies de insetos apresentam asfmeas, pela caa. sociedades mais complexas conhecidas. As abelhas, as vespas, as trmitas (tambm chamadas de cupins) e as formigas organizam-se em sociedades com clara hierarquia e diviso de trabalho entre os indivduos, formando duto central deventilao grupos especializados, denominados castas ou classes sociais. A especiali- zao dos indivduos tal que possvel identificar adaptaes na estru- tura de seu corpo de acordo com a funo que desempenham na socieda-canteiro de estoque de fungos de. Alm disso, nenhum indivduo dessas espcies pode sobreviver foraalimento do grupo social em que foi criado. Assim, a formiga de um formigueiro, por exemplo, jamais poder se mudar para outro formigueiro.Essas sociedades so divididas em trs castas principais: dos machos, das rainhas e das operrias. A funo dos machos quase restrita in- seminao da rainha, que responsvel pela produo de novos indi- vduos. As operrias desempenham funes de apoio e conservao do grupo social e, conforme a espcie, podem ser especializadas na busca de alimentos, na defesa ou na limpeza do ninho.Nas sociedades de cupins, a casta das operrias composta por indiv-tneis depassagem duos estreis e dividida entre as operrias propriamente ditas, respons- subterrnea cmara da rainha veis por coletar alimento e cavar os longos e complexos tneis dos ninhos construdos no interior do solo ou da madeira, e os soldados, dotados deRepresentao esquemtica do interior deum cupinzeiro. grandes mandbulas e responsveis pela defesa do cupinzeiro contra inva- sores. O macho, ao contrrio do que ocorre nas sociedades de abelhas e vespas, um membro permanente do cupinzeiro. No perodo reprodutivo, os reis e as rainhas saem dos cupinzeiros em revoada exibindo suas formas aladas, popularmente conhecidas por aleluias ou siriris. Uma vez no solo, perdem as asas, formam casais e constroem ninhos. Os ovos ficam abriga- dos no interior do abdome da rainha, que atinge um grande tamanho.Nas sociedades de insetos, a comunicao entre os indivduos feita por meio de compostos qumicos, os feromnios, produzidos por glndulas especializadas. Quando excretadas, essas substncias provocam reaes fi- siolgicas e/ou comportamentais em outros indivduos da mesma espcie. Existem feromnios para diferentes funes, como demarcao de terri- trios, atrao sexual, alarme e localizao de alimento. Por exemplo, nas sociedades das formigas do gnero Atta sp., ou savas, a trilha qumica de feromnio no cho marca o caminho de volta ao formigueiro. Nas socieda- des das abelhas, compostas por trs castas (rainha, zangos e operrias), as operrias so estreis devido ao de feromnios presentes nas secrees da rainha, que inibem o desenvolvimento de suas gnadas sexuais. Cupinzeiro na Austrlia. Os cupinzeiros podem abrigar dezenas de milhares de indivduos. Para tanto, apresentam uma complexa estrutura interna comcmaras destinadas a diferentes funes e um sistema de canais de ventilaoque permite a manuteno adequada da temperatura e da umidade.2734P_EMB3_LA_U03_C13_268A287.indd 27329.10.09 14:16:46 7. 13 Relaes ecolgicas Relao intraespecficaEntre os animais, em condies de escas-sez, um indivduo mais ativo pode encon- de competiotrar com mais facilidade fontes de alimentoIndivduos da mesma espcie ocupam oe deixar seus semelhantes mngua. mesmo nicho ecolgico e necessitam dos A competio intraespecfica pode apre- mesmos recursos, como gua, alimentos, sentar conformaes bastante complexas, parceiros para reproduo, espao, luz, ma-como o caso da anmona Anthopleura ele- teriais para a construo de ninhos, etc. Agantissima, comum no litoral da costa oes- competio intraespecfica ocorre quando te da Amrica do Norte. Ela vive na faixa um ou mais desses recursos no so sufi-dos costes rochosos exposta aos efeitos da cientes para atender as necessidades de to-mar e est bem adaptada ao impacto das dos os indivduos da mesma espcie queondas, ausncia da gua na baixa da mar convivem num mesmo local e que, por isso,e vida submersa na mar cheia. Ela pode passam a disputar por ele. Este um tipo deviver solitariamente ou manter uma rela- relao desarmnica, observado em pratica-o de cooperao intraespecfica, viven- mente todas as espcies.do agregada a centenas de outras iguais aela, que formam tapetes de anmonas so-bre as rochas. Os retalhos desse tapete soclones resultantes de uma nica anmona,pois, apesar de ser uma espcie bissexuada,com machos e fmeas, a Anthopleura elegan-tissima se reproduz assexuadamente quan- Exemplo de competio intraespecfica. Asdo o hbitat favorvel a isso. Assim, todos disputas sexuais podem os indivduos de um tapete apresentam oser violentas como a dosmesmo material gentico e, apesar de serem antlopes na foto, mas raramente levam morte.mveis, permanecem prximos uns dos ou- tros. No entanto, quando uma anmona seaproxima e encosta seus tentculos nos deA nmonas marinhasA competio intraespecfica pode ocor- outra da mesma espcie, mas geneticamenteAnthopleurarer de duas formas. A forma direta ocorrediferente, inicia-se uma srie de comporta-elegantissimapor meio de lutas, agresses e outros com- mentos de defesa e ataque de ambas as par-geneticamente iguaisdisputam por espaoportamentos inamistosos, comumente ob- tes. Nessa situao, as anmonas em brigacom uma intrusa da servados entre os animais, ou pela produ-produzem tentculos cheios de nematocis-mesma espcie, mastos, cujos venenos provocam danos recpro-geneticamenteo de substncias qumicas que inibem odiferente, exibindocrescimento de outros indivduos, como secos. A briga s termina quando a intrusa fi-seus tentculosobserva em algumas espcies de plantas e nalmente se afasta.venenosos.Alguns estudos sugerem que a competi- em moluscos que habitam costes rochosos.o intraespecfica ocorre tambm entre as A maior parte das disputas por parceiros se-larvas de vrias espcies de insetos. A fmea xuais entre animais tambm envolve a for-do besouro Neopallodes inermis, comum no ma direta de competio intraespecfica.Japo, por exemplo, coloca seus ovos emA forma indireta, em geral menos eviden-cogumelos do gnero Collybia. Esses cogu- te, ocorre quando um indivduo consome melos servem de alimento para o besouro um recurso de forma a torn-lo indisponvelem sua fase larval. Os estudos mostram, po- para os outros. Uma espcie de planta querm, que quando h disponibilidade de co- necessita de luz intensa e ao crescer produz gumelos, as fmeas escolhem os maiores sombra ao seu redor, por exemplo, competepara colocar seus ovos, evitando a competi- com as mais jovens pela luminosidade e ini-o entre as suas larvas e as de outras fmeas be o desenvolvimento destas naquele local. da mesma espcie. Questes de reviso1. O que relao ecolgica?2.O que caracteriza as relaes intraespecficas de cooperao?3.Quais so as principais formas de relao intraespecfica de competio?2743P_EMB3_LA_U03_C13_268A287.indd 274 26.10.09 17:21:15 8. Relaes interespecficasComo nas relaes intraespecficas, as relaes ecolgicas que ocor- rem entre indivduos de espcies diferentes tambm podem ser harm- nicas ou desarmnicas. Entre as relaes harmnicas, as mais importan- tes so as de cooperao (como a protocooperao), o comensalismo e o mutualismo. A competio, a predao, o herbivorismo e o parasitismo envolvem o prejuzo de uma das partes envolvidas e so as principais relaes desarmnicas das relaes interespecficas. ProtocooperaoA protocooperao uma relao de cooperao entre duas espcies que se associam gerando benefcios para todos os indivduos envolvi- dos. Essa associao, no entanto, no obrigatria, pois os indivduos das duas espcies podem viver isoladamente.Um exemplo clssico de protocooperao, j visto no incio deste ca- ptulo, a relao que os caranguejos-ermites mantm com algumas espcies de anmonas. comum encontrar esses caranguejos dentro de conchas de moluscos, onde se abrigam. Muitas vezes, sobre a con- cha ocupada pelo caranguejo encontram-se algumas anmonas. Por trs da aparncia bizarra desse conjunto h benefcios para os caranguejos, pois as anmonas possuem tentculos urticantes que impedem a apro- ximao de predadores. A anmona, por sua vez, aumenta sua mobili- dade utilizando o caranguejo como meio de transporte, alm de apro- Exemplo de protocooperao. Caranguejo--eremita e anmona-do-mar. veitar as sobras de seus alimentos.Nos pastos e nas savanas tambm comum observar a presena de aves pousadas no lombo de bois, bfalos, cavalos. Nessa protocoopera- o, esses mamferos se veem livres dos parasitas incmodos, e as aves se alimentam dos carrapatos. ComensalismoNessa relao ecolgica, uma das espcies beneficiada por obter re- cursos alimentares a partir da outra, para a qual a relao neutra. So exemplos de espcies que estabele- cem relaes comensais os urubus, que se alimentam de resduos sli- dos dispensados pelo ser humano; as hienas, as quais aproveitam a car- nia remanescente da caa de lees; e as cracas, que aderem ao corpo de Armora pega carona noalgumas baleias.ventre do tubaro para seUm smbolo do comensalismo a alimentar dos restos de seu alimento. relao que ocorre entre o tubaro e a rmora. A rmora possui uma espcie de ventosa em seu dorso com a qual ela se prende ao ventre do tubaro. Os tubares no se incomodam com essa carona e acabam transportando as r- moras consigo durante suas caadas. As garas-vaqueiras seAs rmoras aproveitam a situao alimentam de insetos que ficam expostos predao para se alimentar do resto das presas quando a vaca se movimenta. capturadas e comidas pelos tubares. 2754P_EMB3_LA_U03_C13_268A287.indd 27529.10.09 14:17:33 9. 13 Relaes ecolgicas Mutualismocelulose da madeira ingerida por estes. Os O mutualismo uma relao de coopera-cupins, que no so capazes de digerir a ce-o na qual duas espcies obtm benefcios lulose, se beneficiam dessa relao ao apro-a partir de uma associao to interdepen- veitarem a celulose como alimento. Por ou-dente que uma no pode sobreviver sem atro lado, eles atuam como fonte indireta depresena da outra. nutrio e proteo para esses protozorios, A capacidade da digesto de celulose pe-que s sobrevivem em seu interior. Outroslos cupins, por exemplo, resultado de umaexemplos so as associaes entre as algas erelao de mutualismo desses insetos com os fungos que formam os liquens; entre ra-protozorios. Os protozorios que vivem no zes e fungos das micorrizas; e entre insetos einterior do intestino dos cupins digerem a plantas que dependem um do outro para so- breviver e se reproduzir. InquilinismoO inquilinismo ocorre quando um or- ganismo de uma espcie vive sobre ou no interior de um organismo de outra esp- cie, porm sem prejudic-lo. Assim, a rela- o oferece benefcios para o inquilino, que obtm abrigo e proteo, mas indiferente para o hospedeiro.Os exemplos mais tradicionais so as plantas epfitas (epi = em cima de; fito = planta), como as orqudeas e as bromlias.N os liquens, osA s micorrizas so uma associao entre fungos e Essas plantas se fixam nos troncos e ramosfungos fornecem a razes de plantas, em que os fungos alimentam-segua e os nutrientesda matria orgnica proporcionada pela planta e das rvores e assim obtm maior acesso necessrios para as facilitam a absoro de minerais pelas razes. luz solar, necessria sua sobrevivncia.algas. Estas, por suavez, alimentam osfungos com a matriaproduzida por meio dafotossntese.U ma infinidade de insetos depende do nctar As epfitas, como a bromlia acima, beneficiam-se das plantas para se alimentar. Estas, por sua vez, do inquilinismo, especialmente em matas fechadas,dependem dos insetos para serem polinizadas. como o caso da Mata Atlntica.Biologia tem histriaAs bactrias fixadoras de nitrognio e o melhoramento da soja Os estudos de Johanna Dbereiner, agrnoma alem naturalizada brasileira, contriburam para aprimorar a sojabrasileira e torn-la competitiva no mercado internacional. Em uma de suas vrias pesquisas, ela constatou que a bactria Rhizobium sp., conhecida popularmente como ri-zbio, pode atuar como uma espcie de adubo natural de plantas leguminosas. A bactria apresenta uma relao de mutualismo com a planta, que nessas condies produz ndulos nas razes.As bactrias ficam alojadas nesses ndulos e utilizam a matria orgnica produzida pela planta para sua sobrevi-vncia. Por outro lado, elas so fixadoras de nitrognio, ou seja, transformam o nitrognio do ar em amnia, que utilizada pela planta para sntese de aminocidos.2763P_EMB3_LA_U03_C13_268A287.indd 276 26.10.09 17:21:36 10. Relao interespecfica de competioAs razes que levam competio interespec- fica so as mesmas que vimos no tpico referen- te competio intraespecfica. A competio inte- respecfica ocorre quando duas espcies diferentes ocupam o mesmo nicho ecolgico ou quando ocorre sobreposio parcial do nicho e elas depen- dem de alguns recursos comuns, disputando entre si para obt-los. Como dito, esses recursos podem ser alimento, espao, luminosidade, etc. A compe- tio interespecfica tambm pode ocorrer de for- ma direta ou indireta, assim como ocorre na com- petio intraespecfica.A anmona Anthopleura elegantissima, por exem- plo, que, como vimos, compete diretamente com as Anmonas, algas e crustceos habitam o costo rochoso. Diversos outras anmonas da sua espcie por espao, tambm seres vivos competem por espao nesse hbitat. exibe seus tentculos venenosos quando um eventual intruso de outra espcie se aproxima. Da mesma forma, as fmeas do besouro Neopallodes inermis, que evitam a competio com outras f- meas da mesma espcie de forma indireta ao escolherem os maiores co- gumelos, competem com outras espcies que utilizam o mesmo gnero de cogumelo para colocar seus ovos.As situaes de competio interespecfica so muito variadas e fre- quentes. Indivduos de espcies diferentes que se alimentam de ca- pim, como a cigarrinha e o gado bovino, e diferentes espcies de in- setos e de beija-flores que se alimentam do nctar de flores da mesma espcie de plantas competem por alimento. Anmonas, algas e maris- cos que habitam costes rochosos marinhos competem por espao. As diferentes espcies de vegetais de uma floresta competem por luz, e assim por diante.H situaes, no entanto, em que a competio tor- na-se acirrada, especialmente quando os recursos tor- nam-se muito escassos e a sobreposio de nichos eco- lgicos entre as espcies competidoras grande. Nesse caso, a espcie que utiliza o recurso de forma mais efi- ciente acaba excluindo a outra ou levando-a a explorar outros recursos.Um exemplo de coexistncia entre espcies compe- tidoras ocorre entre duas espcies de mamangavas nas Montanhas Rochosas do Colorado (EUA). As abelhas compartilham a mesma rea: a espcie Bombus appositus visita principalmente as flores da espora (Delphinium barbeyi) e a espcie Bombus flavifrons visita principal- mente as flores do acnito (Aconitum columbianum).Essas abelhas, porm, exibem tal comportamen- to apenas em reas onde ambas as espcies habitam. Em reas onde ocorre apenas uma delas, as abelhas visitam as flores das duas espcies de plantas. Diz- -se, portanto, que duas espcies que ocupam nichos muito semelhantes s podem coexistir quando ocor- re especializao do nicho ecolgico de uma ou de ambas, de forma que deixem de disputar pelos mes-A cima, abelha da espcie A cima, abelha da espcieBombus appositus. Abaixo, Bombus flavifrons. Abaixo, mos recursos.flores da espora. flores do acnito.2774P_EMB3_LA_U03_C13_268A287.indd 277 29.10.09 14:19:48 11. 13 Relaes ecolgicas Relaes interespecficas de predao A predao interespecfica a relao em que o A Bindivduo de uma espcie mata um indivduo deoutra espcie para se alimentar. Em geral, o concei-to de predao est associado aos grandes preda-dores, ou seja, aqueles animais que esto no topodas cadeias alimentares, como os lees, as onas, osursos, os tigres e o ser humano. Mas h uma amplagama de organismos predadores na natureza, e nemtodos so de grande porte, ocupam o topo das ca-deias alimentares ou so animais. As plantas carnvoras so um exemplo de pre-dao entre os vegetais. Elas complementam suaalimentao com os nutrientes obtidos pela de-composio de pequenos insetos e animais, quecapturam em folhas modificadas, especialmente As plantas carnvoras apresentam adaptadas para isso. Dessa forma, podem sobreviver em solos enchar-diferentes mecanismos de captura de presas. As folhas modificadas da Nephentes cados e pobres em nutrientes. madagascanensis (A) permanecemTamandus, que se alimentam de formigas; sapos ou aranhas, que parcialmente cheias de lquido e atraem capturam insetos; gavies comedores de cobras e joaninhas que comem os insetos, que morrem afogados em seu interior. Com um mecanismo tipo armadilha, pulges so outros exemplos de predao. as folhas adaptadas da Dionaea muscipulaAlguns predadores forrageiam, isto , movimentam-se pelo ambiente (B), conhecida como papa-moscas, soem busca de presas. Outros utilizam a estratgia da espera, e h ainda sensibilizadas pelo toque do inseto e fecham- -se rapidamente, aprisionando-o. aqueles que preparam armadilhas, como as teias tecidas pelas aranhas. ABEm (A), tamandu-bandeiracomendo formigas.Em (B), joaninhas comendo pulges-negros.Saiba mais Canibalismocomportamento adotado pela fmea do louva-a-deus,Canibalismo o nome dado s relaes de predao que muitas vezes chega a arrancar a cabea do macho intraespecficas. Apesar de ser um caso incomum, indiv- ainda durante a cpula, terminando o banquete apenas duos da mesma espcie podem ter relaes de predao aps ter sido fecundada. em algumas condies.Situaes em que a populao cresce demasiada- mente e h falta de recursos essenciais como espao, alimento e gua podem provocar o canibalismo. Esse comportamento observado, por exemplo, em criat- rios de camundongos e de joaninhas.Na natureza, ele comum entre as lagartas-do-car- tucho do milho (Spodoptera frugiperda). As larvas maio- res devoram as menores, evitando o desenvolvimento de vrios indivduos na mesma espiga.O canibalismo tambm faz parte do comportamento sexual de algumas espcies. A fmea da aranha Latro- dectus mactans conhecida como viva-negra por ma-C asal de louva-a-deus acasalando. A fmea, frente, j tar e comer seu parceiro sexual aps a cpula. O mesmo devorou a cabea do macho. 2783P_EMB3_LA_U03_C13_268A287.indd 27826.10.09 17:21:57 12. Parasitismo vetor no atingido pelo parasita, funcio nando apenas como agente contaminador. O parasitismo uma relao desarmni por isso que muitas campanhas de combate ca em que uma espcie, o parasita, utiliza a doenas parasitrias visam eliminao do o organismo de outra, o hospedeiro, como vetor, como ocorre no caso da dengue. hbitat e fonte de alimento, necessariamenteEspcies parasitas ocorrem entre vrus, causando-lhe prejuzos. Em geral, os preju bactrias, protozorios, fungos, vegetais e zos causados pelo parasita no chegam a de animais. Os parasitas que vivem na superf bilitar o hospedeiro de forma significativa, ecie externa de seus hospedeiros so denomi dificilmente ocasionam a sua morte. Essa renados ectoparasitas. Exemplos bem conhe lao envolve grande especializao de amcidos de ectoparasitas so os carrapatos, as bas as partes. O hospedeiro se especializa em pulgas e os fungos que causam micoses no se proteger dos danos causados pelo parasita, ser humano. enquanto este se especializa em evitar essas Os parasitas que vivem dentro de seus reaes de defesa e obter os recursos de quehospedeiros so denominados endoparasi- necessita sem eliminar seu hospedeiro.tas. o caso, por exemplo, dos vrus bacteDiversos parasitas usam um terceiro orgarifagos que infectam bactrias e da lombri nismo, que funciona como vetor de disperso ga (Ascaris lumbricoides), que parasita o tubo entre um hospedeiro e outro. Geralmente, odigestrio do ser humano. ACEm (A), micrografiaeletrnica de transmissode vrios bacterifagosaderidos membrana deuma bactria injetandoseu material gentico. Ovrus utiliza as organelase molculas da bactriapara se reproduzir. Em(B), carrapatos-estrelaD entre os pelos de umco, um exemplo deectoparasitismo. Em (C),uma lombriga (Ascarislumbricoides), endoparasitahumano. Em (D), Cuscutaracemosa, ou cip-de--chumbo, conhecida Btambm como fios-de-ovospor sua aparncia. umaplanta sem clorofila nemfolhas que cresce sobreoutras plantas. Ela lanasuas razes para o interiordos galhos e ramos e retiradali a seiva elaborada que asustenta. Saiba maisUm vrus, uma bactria, um pulgo e a vespa As vespas Aphidius ervi colocam seus ovos no corpo de pulges Acyrthosiphon pisum, que servem de alimentopara as suas larvas. Se o pulgo hospedar a bactria Hamiltonella defensa em seu organismo, porm, as larvas davespa no se desenvolvem bem e morrem. Mas h uma condio: apenas as bactrias que estiverem infectadas por determinado vrus conseguem proteger opulgo. O material gentico desse vrus determina a produo de uma protena que txica para as larvas da vespa. Dessa forma, o vrus que infecta a bactria protege o pulgo de servir de alimento para a vespa. Isso mostra quocomplexas e entremeadas podem ser as relaes ecolgicas entre os organismos. 2794P_EMB3_LA_U03_C13_268A287.indd 279 29.10.09 14:21:15 13. 13 Relaes ecolgicas HerbivoriaHerbivoria a relao estabelecida entre os animais que se alimen- tam de plantas e as prprias plantas. importante lembrar que a rela- o de herbivoria no exclusividade dos animais herbvoros, pois os animais onvoros tambm se alimentam de plantas. Nela, o animal se beneficia em detrimento do vegetal. uma relao desarmnica de ex- trema importncia, pois as plantas so a base da cadeia alimentar e for- necem a energia necessria existncia dos demais nveis trficos em todos os ecossistemas.Entre os herbvoros encontram-se desde animais que, como as tr-mitas, pesam menos de um Os elefantes se alimentam exclusivamente de grama at elefantes e rino-vegetais.cerontes com mais de 5 milquilos. Nos oceanos e corposde gua doce, o fitoplnctone as algas so os principaisrepresentantes vegetais. Elesalimentam desde os peque-nos crustceos coppodas at Os gafanhotos so conhecidos comoos grandes peixes e mamfe-herbvoros vorazes.ros marinhos onvoros. Classificao das relaes ecolgicas interespecficas Opeixe-boi da Amaznia (Trichechus inunguis) uma das poucas espcies herbvoras entre osAo longo deste captulo, viu-se que as relaes ecolgicas intra e in- mamferos aquticos. Ele se alimentaterespecficas podem ser harmnicas ou desarmnicas, de cooperao exclusivamente de vegetais prximos margemou de competio. Essas categorias consideram as relaes entre os se- dos rios, como algumas gramneas, alfaces aquticas e plantas flutuantes. res vivos do ponto de vista do efeito, seja este benfico, prejudicial ou indiferente, que elas proporcionam para os envolvidos. A tabela a seguir resume o efeito das diferentes relaes ecolgicas para cada uma das es- pcies envolvidas.Tipo de relao ecolgica Efeito sobre a espcie AEfeito sobre a espcie B protocooperao comensalismo 0harmnica mutualismo inquilinismo 0 competio interespecfica predao desarmnica parasitismo herbivoria benefcio prejuzo 0 neutroQuestes de reviso 1. Quais so os principais tipos de relao interespecfica? 2.Explique com suas palavras o fenmeno da especializao de nicho ecolgico resultante da competiointerespecfica. 3.Qual(is) a(s) diferena(s) entre comensalismo e inquilinismo? 4.Qual(is) a(s) diferena(s) entre protocooperao e mutualismo? 2803P_EMB3_LA_U03_C13_268A287.indd 28026.10.09 17:22:21 14. Prticas de Biologia Jogo das relaes ecolgicas A Objetivo Relacionar diversos seres vivos de acordo com suas relaes ecolgicas por meio de uma atividade ldica. B Material 40 recortes em cartolina ou papel-cartono formato de cartas de baralho 40 imagens (desenhos, fotos ou recortesde jornais e revistas) de seres vivos com asua identificao, para serem coladas nascartas C Procedimentos 1. Os alunos devem formar grupos de quatro a seis integrantes. 2. Cada grupo ser responsvel por elaborar 40 cartas que constituiro um kit para o jogo. Cada carta ser feita com a colagem da figura de um ser vivo e sua identificao (preferencialmente nome popular acompanhado da nomenclatura cientfica de espcie e gnero) a um recorte de papel-carto ou cartolina. As imagens devero ser selecionadas de forma que seja possvel identificar relaes ecolgicas entre os seres vivos representados no kit. 3. O kit confeccionado por um grupo ser utilizado para o jogo pelo grupo situado esquerda deste. Dessa forma, cada grupo jogar com as cartas elaboradas por outro grupo e, portanto, no saber quais so os seres vivos integrantes do kit em jogo. 4. No incio do jogo, cada integrante do grupo receber seis cartas e dever procurar formar pares de relaes ecolgicas entre as imagens de seres vivos que recebeu. O restante das cartas ficar disponvel na mesa, todas viradas para baixo. 5. O primeiro jogador dever retirar uma carta da mesa sem mostr-la aos demais jogadores e escolher uma de suas cartas para descartar. As cartas devem ser sempre descartadas com a imagem do ser vivo voltada para cima. 6. O prximo jogador pegar uma carta da mesa ou a cartaDiscusso descartada pelo colega. Em seguida, descartar uma das imagens que tem consigo. O jogo segue dessa forma at que um dos 1. Quanto aos tipos de relao ecolgica jogadores consiga montar trs pares de relaes ecolgicas entre formados nos jogos, os seres vivos. houve predomnio e/ou 7. Ao formar os pares, ele dever mostrar as cartas para os demaisausncia de algum em jogadores e explicar as relaes que estabeleceu usando a especial? A que voc nomenclatura aprendida neste captulo. Ganha o jogo o aluno acredita que se deva que formar primeiro e corretamente trs pares de relaes essa distino? ecolgicas. 2. Das relaes ecolgicas 8. Terminado o jogo em todos os grupos, cada um dever apresentar entre dois seres vivos que apareceram nos kits, para o restante da classe quais foram os seres vivos e as relaesquais no haviam sido ecolgicas identificadas entre eles no kit utilizado. exemplificadas no texto Fonte de pesquisa: Azevedo, C.; Mendes, M. Jogo: Pif-paf das relaes ecolgicas. Disponvel em: http:// do captulo? www.joinville.udesc.br/sbs/professores/arlindo/materiais/jogo_pif_paf.pdf . Acesso em: 17 ago. 2009.2813P_EMB3_LA_U03_C13_268A287.indd 281 26.10.09 17:22:25 15. 13 Relaes ecolgicasAtividades 1. Em seu caderno, nomeie as relaes ecolgicas 3. Copie a tabela de relaes intraespecficas abaixo em existentes entre os seguintes conjuntos de seresseu caderno e complete-a com , ou 0. Utilize se vivos.a relao for benfica, se for prejudicial e 0 se for a)lobos e cervos;neutra, para cada um dos indivduos envolvidos. b)morcegos e frutos; RelaoEfeito sobre o Efeito sobre o c) seres humanos e tnias;ecolgicaindivduo Aindivduo B d)bovinos e grama; Sociedade///////////////////////// ////////////////////// e)gavies e cobras;Competio ///////////////////////// ////////////////////// f) aranhas e insetos;Colnia///////////////////////// ////////////////////// g)carrapatos e cachorro; 4. Responda s questes a seguir. h)tamandu e cupins; a)O que so feromnios? 2. Observe as imagens abaixo e escreva uma legenda b)Qual a funo deles? para cada uma delas de forma a explicar a relao c)Cite um exemplo de ser vivo que utiliza fero- ecolgica entre os indivduos representados. mnios. 5. Observe a ilustrao abaixo.cabea traxmandbulamandbula abdomeMachoRainha abdome Operrio Soldado Sabendo que as diferenas anatmicas entre os cupins esto relacionadas funo de cada indiv- duo, responda: a)Por que os soldados tm a mandbula mais de-senvolvida? b)Por que a rainha tem o abdome maior? 6. O grfico a seguir apresenta a altura de mudas de plantas da espcie X 120 dias aps o plantio, com e sem micorrizas.Altura das mudas sem commicorrizasmicorrizas Responda: a)Qual o nome da relao ecolgica da qual as mi- corrizas fazem parte? b) Por que as plantas com micorrizas cresceram mais? 2824P_EMB3_LA_U03_C13_268A287.indd 28229.10.09 14:23:23 16. 7. Em seu caderno, escreva as informaes que cada 8. Explique com suas palavras o significado da seguin- letra representa. te afirmao: A competio aparece quando orga- Disputa entre nismos exigem um mesmo recurso limitado. indivduos da mesma espcie pelos mesmos9. Insetos conhecidos como pulges sugam a seivaA Be limitados recursos. orgnica de plantas que conseguem penetrar com A consequncia asua tromba perfurante. Eles excretam o excesso limitao do tamanho de lquido aucarado, atraindo algumas formigas, populacional. que aproveitam para se alimentar. Nessa intera- Relao entre indivduos da mesma o, os pulges recebem proteo contra preda- espcie que so dores devido presena das formigas. Quais asRelaes intraespecficas anatomicamenterelaes envolvidas entre os pulges e a planta e ligados entre si entre as formigas e os pulges?Dformando um conjunto. Neste tipo 10. Com base no aprendizado sobre relaes ecolgi- de relao, pode ou no ocorrer divisocas, escolha dois trios de seres vivos e indique ao de trabalho entre os menos duas relaes ecolgicas entre eles, como indivduos.no exemplo abaixo.CCooperao entre indivduos deTrio de seres vivos: leo, leopardo e zebra. mesma espcie que so fisicamenteRelaes existentes entre os organismos do trio: independentes, mas predao (leo e leopardo sendo predadores eE compartilham o local zebra sendo a presa) e competio (leo e onde vivem. A relaoleopardo competem por territrio e alimento). caracterizada pela diviso de trabalho, cooperao e11. Leia o texto abaixo e indique qual a relao ecolgi- comunicao entreca entre os organismos citados. esses indivduos. decompetioOs piolhos-de-aves possuem peas bucaisF para mastigao e se alimentam sobre penas ecompetio interespecfica depredatismoGescamas. Seu rastejamento sobre a pele e masti-predao herbivoriaHgao persistentes irritam as aves, que podem se Relao facultativatornar inquietas e no comerem ou digerirem seu em que ambas asprprio alimento. Por essa razo, os piolhos soIespcies envolvidas so beneficiadas pelaum problema econmico na produo comercial interao. de aves domsticas. Os piolhos que se alimen- mutualismoJtam sobre as penas do pombo-de-rocha (Columbade Relao em quecooperaolivia) reduzem o isolamento protetor fornecidoRelaes interespecficas uma das espcies beneficiada por obterpor elas; aves infectadas gastam mais tempo comKrecursos alimentares a limpeza e menos com a corte, e obtm menos a partir da outra, paraparceiras []. a qual a relao neutra.Fonte: Townsend, C. R.; Begon, M.; Harper, J. L. Fundamentos emecologia. Porto Alegre: Artmed Editora, 2006. p. 266-267. Relao em que uma das espcies (o 12. Leia atentamente a crnica abaixo, denominada As parasita) beneficia-se da interao com a rvores-esqueletos, os macacos e as cotias:Lparasitismo outra (o hospedeiro) e provoca-lhe doenas; Por milhares de quilmetros [] estendem-se os ou seja, o hospedeirocampos de pastagens no Acre. [] Lindos com um prejudicado pela detalhe que os torna diferentes de outros campos do relao. pas: so pontilhados por milhares, talvez milhes, Ocorre quando um de castanheiras. E esses campos imensos, de onde organismo de uma espcie habita umemergem gigantescas rvores com mais de 30 me-Minquilinismo tros, realmente causam um impacto visual. um organismo de outra espcie, porm sem espetculo bonito e triste, quando conhecemos a prejudic-lo.histria e o processo que criou essa paisagem.2833P_EMB3_LA_U03_C13_268A287.indd 283 26.10.09 17:22:35 17. 13 Relaes ecolgicasAtividades [] na poca em que os pecuaristas chegaram que restem algumas castanhas da confuso que elas regio e iniciaram o desmatamento, uma determi-sabem que vai acontecer. E acontece mesmo. nada lei proibiu a derrubada das castanheiras. Afi-[] E enquanto cada macaco se afasta para roer nal, era dessas rvores que se extraam as chamadassua deliciosa castanha, as cotias se apressam em dei- castanhas-do-par, produto de exportao que davaxar o local para sua misso: vo enterrar as casta- trabalho a milhares de acreanos. nhas, uma a uma, em locais diversos, para us-las, As demais rvores [], no protegidas pela lei,depois, como alimento. foram dizimadas. Algumas viraram troncos e se per-Acontece que as cotias podem sofrer ataques deram pelos rios, num processo doloroso de contra- de predadores, distanciarem-se demais da rea, es- bando de madeiras nobres. Outras viraram carvo. E quecerem o local onde enterraram as castanhas e a paisagem nunca mais foi a mesma. A no ser pelas ento nasce uma nova rvore a partir da castanha- castanheiras que do uma ideia do gigantismo e for--semente esquecida ou abandonada. [] a da floresta que havia ali.Sousa, M de. As rvores-esqueletos, os macacos e as cotias.Disponvel em: http://www.monica.com.br/mauricio/cronicas/ Mas por que as grandes castanheiras esto cron273.htm. Acesso em: 15 ago. 2009. morrendo aos poucos, agora em p? [] a nature- za est mostrando ali, com uma tragdia ecolgica,Agora responda s questes abaixo. que no se pode tentar salvar uma espcie vegetal a)Quais relaes ecolgicas podem ser identifica- sem que se preserve, tambm, o ambiente original,das na histria narrada pelo autor? o ecossistema.b)Separe as relaes ecolgicas identificadas emharmnicas e desarmnicas. Acontece que as castanheiras so polinizadas por um inseto um grande vespo negro cha-13. Observe o grfico a seguir mado mangang que voa baixo e no consegue chegar at o topo das grandes rvores. Para isso,Nmero de predadores ou presas precisa de outras rvores menores como escada, 12 3 4 at chegar ao alto da castanheira. Mas as rvo- um ciclode presa res escadas no existem mais, num raio de mi- lhes de quilmetros. E as grandes castanheiras tornam-se estreis. Vo durar seu tempo normal de vida uns duzentos anos e depois deixar depresas fazer parte da paisagem.predadores S que mesmo este tempo normal de vida est ameaado pelas queimadas, que fragilizam as cas-Tempo tanheiras na sua base, nas razes, provocando mais Ricklefs, Robert. A economia da natureza. Rio de Janeiro: Guanabara mortes, mais troncos esqueletos. Uma tragdia Koogan, 2003. p. 328. anunciada. Com algumas tentativas de preserva- o em reas protegidas, ainda remanescentes. No caderno, relacione as frases abaixo aos nme- Mas nos campos pode-se fazer pouca coisa Ou ros presentes no grfico. confiar que macacos e cotias trabalhem um pouco A diminuio da populao de presas leva di- para o plantio de novas rvores. a que [] restaminuio da populao de predadores. uma parte curiosa e at mesmo engraada no meio A populao de predadores aumenta, levando da tragdia. diminuio da populao de presas. A diminuio da populao de predadores faz com Acontece que em determinada poca do ano,que a populao de presas volte a aumentar. os grandes ourios cheios de castanhas, como se O aumento da populao de presas seguido fossem cocos, durssimos, despencam do alto daspelo aumento da populao de predadores. rvores. [] Normalmente o ourio cai, quase que se enterra no cho e comea a ser atacado pela umi-14. Leia o texto a seguir. dade, pelo tempo, pelas intempries. Continua duro, mais duro do que o coco, durante mais de um ano, Controle biolgico a regulao de populaes at que, cedendo ao tempo, ao calor, abre um peque-de organismos vivos atravs de inimigos naturais. no orifcio no alto. A comea a atividade de alguns O controle biolgico aplicado tem como ob- macacos que andam por perto. [] Mais distante,jetivo controlar as pragas agrcolas e os insetos um grupo de cotias observa, espreita, espera detransmissores de doenas a partir do uso de seus 2844P_EMB3_LA_U03_C13_268A287.indd 28429.10.09 14:32:50 18. inimigos naturais. um mtodo de controle que 16. Por que podemos afirmar que mesmo uma relaose baseia no estudo da relao entre os seres vivos desarmnica benfica para o ecossistema?no meio ambiente, a qual reproduzida pelos cien-tistas em condies experimentais para posterior 17. Tendo em mente o que voc aprendeu sobre herbi-utilizao em campo.voria, qual a funo de estruturas como espinhos,acleos e ltex para as plantas?[...]Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria (Embrapa).Disponvel em: http://www.cenargen.embrapa.br/folders/fold2006-008.pdf. Acesso em: 29 set. 2009.A o comer os pulges, as joaninhas fazem o controle biolgicodesses animais.Sabendo do que se trata o controle biolgico ecom base no que voc aprendeu neste captulo,responda s questes a seguir.a)Quais so as relaes ecolgicas envolvidas entre a plantao, a praga e seus inimigos naturais?b)Infira quais podem ser as vantagens do con- trole biolgico sobre o controle qumico de pragas.15. Leia o texto abaixo.[...] Parasitoides: Esses inimigos naturais so geralmente insetos que colocam seus ovos sobre ou dentro de insetos-praga. Ao nascer, as larvas do parasitoide que podem ser um ou mais, se alimentam internamente do corpo do inseto-praga causando-lhe a morte. [...] Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria (Embrapa). Disponvel em: http://www.cenargen.embrapa.br/folders/ fold2006-008.pdf. Acesso em: 29 set. 2009.Qual a diferena no relacionamento entre osparasitoides e os hospedeiros se comparadoao relacionamento entre os parasitas e oshospedeiros?2853P_EMB3_LA_U03_C13_268A287.indd 28526.10.09 17:22:44 19. Cincia, tecnologia e sociedade A bromlia d a casa, e a aranha, a comidaAssociaes especficas entre aranhas da famlia Salti- uma ferramenta til para testar o mutualismo. Este cidae e bromlias foram relatadas pela primeira vez [...]estudo teve colaborao [de pesquisadores de outros na tese Associaes entre aranhas Salticidae e Brome- institutos]. liaceae: histria natural, distribuio espacial e mutua- O pesquisador explica que 99,7% de todo nitrog- lismos, defendida por Romero no Instituto de Biologia nio da atmosfera tem massa atmica 14, mas 0,3663% (IB) da Unicamp [...]. O trabalho rendeu ao cientista odesse elemento tem massa atmica 15. Esse istopo Prmio Capes de Teses na rea de Ecologia. de nitrognio, o 15N, que raro na natureza, vai sen-Dentre os principais resultados da pesquisa, desta- do acumulado ao longo das cadeias trficas. As plan- ca-se a descoberta de que algumas associaes entretas tm baixa concentrao de nitrognio-15 devido aranhas e bromlias so mutualsticas, com as aranhasa processos fisiolgicos de fracionamento isotpico, contribuindo para a nutrio das suas plantas hospedei-mas os animais que se alimentam delas [apresentam ras por meio das suas fezes ricas em guanina.maior] quantidade desse elemento e seus predado-[...] res tm uma quantidade ainda maior. As fezes dessesDurante o desenvolvimento do trabalho, Romero predadores, em contato com a planta, vo enrique- constatou que nove espcies de aranhas Salticidae tmc-la com nitrognio-15. Como resultado, as plantas associaes estreitas com 23 espcies de bromeliceasque mantm associaes com os predadores tm uma em vrias regies do Brasil, Paraguai, Bolvia e Argenti-quantidade maior de nitrognio-15 do que aquelas na. Associaes especficas entre predadores e plantasque no tm. so raras e nunca haviam sido relatadas para aranhas da O experimento, feito com plantas-controle, que no famlia Salticidae, afirma Romero. [...]receberam fezes, e com plantas que receberam fezes en-[...]. Romero passou a analisar como as aranhas riquecidas com o istopo de nitrognio-15, demonstrou poderiam beneficiar as plantas, uma vez que o efeito que as do segundo grupo foram enriquecidas. Depois inverso, ou seja, os benefcios das bromlias s ara-de 48 dias, ficou comprovado que 15% de todo o nitro- nhas, j eram conhecidos. O pesquisador descobriugnio da planta derivou das aranhas. que mtodos isotpicos de nitrognio (15N) seriam [...] Alm das fezes, as carcaas das presascontriburam, em escala muito menor, paraa nutrio das bromlias. O mutualismo foitestado com bromlias de uma nica esp-cie e de mesmo tamanho, e uma espcie dearanha. Para saber se essa entrada de nutrientes for-necidos pelas aranhas tinha algum significa-do no crescimento das plantas, o pesquisadorfez outro experimento. [...]. Durante um ano,manteve vasos com plantas com e sem ara-nhas [...]. No final do perodo, verifiquei queas plantas com aranhas tinham crescido 15%mais do que as outras, avalia. [...] Fonte: Kassab, A. A bromlia d a casa, e a aranha, a comida. Jornal da Unicamp, n. 345, 2006. Disponvel em: http://www.unicamp. br/unicamp/unicamp_hoje/ju/novembro2006/ju345pag12.html . Aranha da famlia Salticidae arma sua teia em uma bromlia.Acesso em: 15 ago. 2009.Para discutir 1. O autor afirma, sem explicar, que a aranha estudada uma predadora. Explique a afirmao descrevendo com quais espcies ela deve manter esse tipo de relao ecolgica. 2.Que tipo de relao ecolgica a aranha mantm com a bromlia ao utilizar a arquitetura de suas folhas parainstalar sua teia? 3.Considere a pesquisa realizada e comente a frase: Grande parte das relaes ecolgicas no so evidentes. 2863P_EMB3_LA_U03_C13_268A287.indd 28626.10.09 17:22:49 20. Rede de conceitos interaes que os indivduos deuma espcie mantm comindivduos da mesma espcieou de espcies diferentesso definidas como RELAES ECOLGICAS podem ser agrupadas emintraespecficasinterespecficas dividem-se emdividem-se em de cooperao de competiode cooperao de competiode predao colniasociedade protocooperao predao comensalismo parasitismo herbivoriainquilinismomutualismoQuestes1.Em seu caderno, faa uma lista com as relaes ditas harmnicas e outra com as desarmnicas queesto presentes neste esquema.2.No decorrer do captulo, a relao de inquilinismo no apresentada como relao de cooperao.Comente a sua incluso nessa categoria, como foi feito no esquema acima.3.Comente, como solicitado na questo anterior, a incluso da herbivoria na categoria de relaesecolgicas de predao.4.Em seu caderno, escreva um exemplo para cada tipo de relao ecolgica. 2873P_EMB3_LA_U03_C13_268A287.indd 28726.10.09 17:23:01