Relacoes Humanas e os factos espíritas

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RELAÇÕES HUMANAS: factos espíritas e imortalidade da alma Jornadas de Cultura Espírita do Oeste – 1 e 2 de Maio de 2009 - JG

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Jornadas de Cultura Espírita - Óbidos - Portugal - 1 e 2 Maio 2009 - Jorge Gomes

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Page 1: Relacoes Humanas e os factos espíritas

RELAÇÕES HUMANAS:

factos espíritase imortalidade da alma

Jornadas de Cultura Espírita do Oeste – 1 e 2 de Maio de 2009 - JG

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RELAÇÕES HUMANAS

Somos seres sociais

em qualquer dos planos de vida

SOBREVIVÊNCIA

LEI DE SOCIEDADE

espiritual

material

Intervenção +

Intervenção -

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Reunião mediúnica

Caso António Macedo* - 17 de Janeiro de 1994. Ocorreu num grupo que reunia às segundas-feiras, das 21h30/22h30. Na sala há meia dúzia de pessoas habitual. Não é pública. A dado momento uma das médiuns, em transe, exprime desassossego.

Uma entidade espiritual que evidencia angústia. Quem dialoga com esse espírito é o coordenador da reunião mediúnica. A dada altura lembra-se de activar o gravador:

RELAÇÕES HUMANAS

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...

Coordenador (C.) - Sabes o número da porta? Entidade espiritual (EE) - Lembro-me e sei como se chama a minha mulher e as minhas filhas. C. - Como é que se chama a tua esposa? EE - Laura. C. - E as tuas filhas? EE - Susete, Graça, Ana. C. - Mas estavas doente? EE - Eu tinha uma sinal...

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C. - Tinhas um sinal? EE - Não me faças lembrar disso. C. - Já me disseste que moravas na Rua Pinto Foz*, não é? Não te lembras do nr. da porta? EE - Não tenho cabeça. Fui para os Estados Unidos para ser operado. Vim e depois enterraram-me vivo! Não sei mais nada. C. - Deixa lá. É que se tu me desses o nr. o mais que poderia fazer era levar uma mensagem para a tua mulher e para as tuas filhas. EE - Não, vais lá comigo que eu digo-te aonde é.

C. - Não, mas é que, repara, eu estou na vida física e não te vejo.

EE - Estamos em Marte?, diz com uma ironia sofrida. C. - Não.

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EE - Vens comigo, vamos os dois. C. - Não, ouve: este corpo pelo qual estás a falar é um corpo que te foi emprestado, o teu corpo físico está a desfazer-se na terra. Não posso falar contigo porque não te ouço nem te vejo se não for através deste corpo (médium) e ele só te é emprestado neste local. EE - Não pode. Tenho a minha cabeça vazia. Não te entendo, não percebo... anda comigo, falas com elas, que elas compreendem tudo!

C. - Ouve! Tu estás em Guimarães*. Conheces? E falas através de uma senhora que tem faculdades paranormais. Através dela as almas daqueles que já partiram por vezes podem falar. C. - Como te chamas? EE - António Macedo*.

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C. - Tinham telefone em casa? EE - Eu não me lembro do número. C. - É só o teu nome António Macedo*? EE - É. Sou engenheiro. C. - Onde trabalhavas? EE - Na Empresa X*. C. - Ouve: tu nunca acreditaste em algo mais do que vida material, pois não? EE - A minha mulher acreditava.

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EE - Vê na lista telefónica. C. - Eu vou ver. C. - Está aqui gravada a tua mensagem para chegar aos ouvidos da tua mulher, se tu dizes que ela é um pouco crente nestas coisas. EE - Diz-lhe que me enterraram vivo.

C. - Para a vida ainda lhe ser mais custosa? Que é que lhe queres dizer? Que a vida continua, que a tua vontade é visitá-la, simplesmente não te aconselhamos porque não estás em condições...

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EE – A minha mulher é professora aqui em Guimarães*. C. - Em que escola? EE - Na Escola Secundária de ... C. - Na ... Fernandes ou ... EE - Eu não sei. C. - Bom, olha, meu irmão. Trabalhavas naquela empresa que referiste. Sabes onde é que eu trabalho? Nos PE. Conheces? EE – Sim.

C. - Vamos deixar de falar na vida física que te preocupa, nas tuas filhas, para falarmos na vida espiritual. As religiões falam na alma, no ser que ama, que sofre, que é imortal, (...) aqueles que ficam na Terra geralmente não conseguem ver...(...)

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Declarações do coordenador da reunião colhidas um par de meses depois

«É evidente que não confiei abertamente no que o espírito disse e tive o cuidado de tomar algumas precauções para verificar a veracidade das informações. Usei a desculpa de procurar um explicador para um filho. Ligo à médium para verificar se ela conhecia a profª. Laura que dava aulas numa Escola próxima. Ela disse que não, que conhecia uma outra senhora que dava aulas de francês. Perguntei também se conhecia o engº. António Macedo*. Disse-me que não, que era a 1.ª vez que ouvia falar no nome. Em face disto, pedi à telefonista, no trabalho: “Tenho um endereço de 1988, veja-me por favor se não for nas listas actuais, deve constar o nome desse eng.º e o número de telefone. Veja se mo consegue”.

RELAÇÕES HUMANAS

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«E meia hora depois a telefonista dá-me o número de telefone. Liguei de imediato. Atende-me uma senhora e pergunto-lhe se é da casa do sr. eng.º António Macedo*. E a senhora diz-me que é, sim senhor. O sr. eng.º está? Resposta lacónica: - Não, o sr. eng.º já faleceu. - Faleceu, minha sr.ª, em 1988? - Sim.

Confirmou:

Nome EmpresaReferiu a doença e a operaçãoNome da esposa e das filhasProfissão da esposaRua em que morava

Saber disto Saber disto

melhora melhora

directamente o directamente o

nível das relações nível das relações

humanas?humanas?

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RELAÇÕES HUMANAS

As relações humanas entre indivíduos têm vida própria e peculiar, que ultrapassa as características dos seus componentes e se manifesta não só na relação de um grupo com outro, mas também, e principalmente, nas relações que os membros de um grupo mantêm entre si.

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Para o senso comum da vida material as relações humanas restringem-se a isto.

Erraticidade

Vidas sucessivas

Mediunidade

RELAÇÕES HUMANAS

A óptica espírita junta elementos novos: cá ou lá o relacionamento humano pode ser mais ou menos esclarecido.

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RELAÇÕES HUMANAS

O que as complica mais?

MelindreEgoísmo Orgulho

VingançaMaledicênciaPerturbação

EntendimentoGenerosidade

HumildadePerdão

Estimular o bem nos outrosSerenidade

O que as melhora?

Nascemos maus para sermos bons?Nascemos maus para sermos bons?Como terão sido dados os primeiros passos?Como terão sido dados os primeiros passos?

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RELAÇÕES HUMANAS

NA NATUREZA, na espécieNA NATUREZA, na espécie

FORMIGASFORMIGAS GATO-BRAVOGATO-BRAVO ESTORNINHOSESTORNINHOS

Obreiras

Soldados

Agricultoras

Rainha

1 isolada não sobrevive – o grupo domina

Territorial: alimento limitado, abrigo (segurança), exclusivo da reprodução

Tolera fêmeas

Gregarismo absoluto Gregarismo relativoIndividualismo

No Inverno andam em bando

Há estatuto, as penas e a expressão corporal falam disso

Na Primavera formam casais

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RELAÇÕES HUMANAS

NA NATUREZA, entre espéciesNA NATUREZA, entre espécies

ParasitismoParasitismo Comensalismo e simbioseComensalismo e simbiose

Ex: piolhos, carraças

Outros são parasitas apenas durante uma fase do seu ciclo de vida: o cuco...

Ex: rémoras e tubarões

Relação entre espécies que vivem juntas. Há relações alimentares em que uma espécie retira benefícios dos restos da outra.

Os organismos agem mais activamente

Ex: micorrizas

OS GRUPOS

LANÇAM

PATAMARES:

o ESTATUTO

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RELAÇÕES HUMANAS

NA NATUREZA, na nossa espécieNA NATUREZA, na nossa espécie

Grupo ALFA

Beta 1Beta 2Beta 3

...

ómega

hie

rarq

uia

Poder sobre o territórioos bensos elementos e os seus papéis

O grupo organiza e dá eficácia: sobrevivência.

Uns completam os outros nos talentos que cada um possui.

Um é melhor a seguir rastos na caça;outro é caçador certeiro;outro é bom carregador de carne...

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RELAÇÕES HUMANAS

Tolerar para atingir metas

Indivíduo A Indivíduo B

Nenhum ser humano é uma ilhae ninguém tem sempre razão...

| Expectativas |

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RELAÇÕES HUMANAS

O ser interpreta a experiência => aprendizado

Colecciona “verdades”(decora-as)

Apreende “verdades”(reflecte-as no

comportamento). mancas – traumas, equívocos.

. potenciais – meias-verdades.

. genuínas – módulos de construção.

“Verdades” às cores

Quando alguém se quer impor ao grupo...

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RELAÇÕES HUMANAS

Podem ser como um mar tempestuoso ou como um lago tranquilo.

Podem adoecer

e regenerar

Resta-nos reflectir a disposição de outrem

ou dependemos mesmo mais de nós?

Capacidade de cada um se libertar de automatismos e deixar predominar a sua autonomia (autoconhecimento)

desgaste

compensadoras

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O que está em causa?

1000 500

RECEBER

DAR

inte

ragir

RELAÇÕES HUMANAS

1000

500

Quem dá

deverá ser

mais rico...

evoluçã

o

Cuidado com o calculismo, cuidado com a crueldade com que pensarmos em outrem

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Receber o quê? Dar o quê?

Alimento

Segurança

Atenção

Afecto

RELAÇÕES HUMANAS

Interior+ pobre receber dar Interior

+ rico

Sublimação do egoísmo:«só ficámos com o que demos»

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RELAÇÕES HUMANAS

Como enriquecer?

Angariar conhecimento – aplicá-lo no dia-a-dia de dentro para fora.“Observar tudo, reter o bem”Coleccionar afectos com o desprendimento possível.Escolher ser iluminado ou luminoso, ex: sol/lua.

«Vale mais acender uma lâmpada do que insultar a escuridão»

Enriquecimento interior é (f) ideia afectiva 1 + i. a. 2 + ...

aplicadas no quotidiano

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RELAÇÕES HUMANAS

Só ao longo de muitas vidas no curso das relações humanas seremos capazes de as ir iluminando a partir do trabalho interior que gerarmos no imo do ser.

Causa & efeito

Semeadura & colheitaEU

Os outros são barreiras para a felicidade ou recursos para a construirmos?

Nem sempre é fácil viver em grupo, mas não se vive lá muito bem isolado...

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RELAÇÕES HUMANAS

O primeiro a beneficiar de pensamentos felizes é aquele que os produz.

A melhoria interior de cada um irá repercutir no somatório das relações humanas, iluminando-as e favorecendo paulatinamente o progresso intelectual e afectivo, seu e de outros, vida após vida.

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Um dia perguntei ao Sol: que fazesPara fulgir no eterno alvorecer?O astro divino respondeu, brilhando:- Ajudar e esquecer!

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Interroguei a árvore: que fazesInterroguei a árvore: que fazesPara florir, amar e frutescer?Para florir, amar e frutescer?Ela, embora ferida, falou calma:Ela, embora ferida, falou calma:- Ajudar e esquecer!- Ajudar e esquecer!

Interpelei, depois, o pão: que fazesInterpelei, depois, o pão: que fazesPara ser vida e bênção no dever?Para ser vida e bênção no dever?O pão amigo acrescentou, sereno:O pão amigo acrescentou, sereno:- Ajudar e esquecer!- Ajudar e esquecer!

E disse à fonte límpida: que fazesE disse à fonte límpida: que fazesPara dar-te à renúncia por prazer?Para dar-te à renúncia por prazer?Atada ao solo, resumiu cantando:Atada ao solo, resumiu cantando:- Ajudar e esquecer!- Ajudar e esquecer!

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A própria terra consultei: que fazesPara tudo alentar e refazer?Maternalmente, replicou, bondosa:- Ajudar e esquecer!

Alma, se aspiras à ascensão sublimeNa luz do amor, sem nunca esmorecer,Guarda o lema da vida em toda a parte:- Ajudar e esquecer!

(psicografia do médium Waldo Vieira, poeta desencarnado Osório Pais, em «Antologia dos Imortais»)