Relato da Experiência Acadêmica no Comitê Médico Jovem 2013 – 2014 22/11/2014 XVIII CONGRESSO...
-
Upload
felipe-teles -
Category
Documents
-
view
219 -
download
0
Transcript of Relato da Experiência Acadêmica no Comitê Médico Jovem 2013 – 2014 22/11/2014 XVIII CONGRESSO...
Relato da Experiência Acadêmica no Comitê Médico
Jovem 2013 – 2014
22/11/2014
XVIII CONGRESSO SOBRAMFA 2014
Felipe Teles de Arruda
Comitê médico jovem
16 encontros de março à novembro de 2013 e 2014 Escolas envolvidas nas apresentações:
Identificação
Motivar o aluno a participar de uma maneira ativa na formação de seus conhecimentos e desenvolver a capacidade de transmitir este
aos seus espectadores.
Objetivos
Agregar aos médicos presentes condutas e visões de temas e novidades relacionado à
medicina
Como Funciona?
Convite
As escolas médicas passar o tempo com seus alunos para discutir situações clínicas com ênfase no
desenvolvimento do raciocínio clínico?
Panorama atual
Os professores explicam como eles
organizam seus pensamentos em um
paciente?
Panorama atual
Apresentações
Estudantes apresentam um caso clínico
São livres para criar a apresentação
Casos selecionados a partir da experiência pessoal.
Mediadores
Dois professores / Moderadores
Generalistas ter uma visão global
Vontade para conversar sobre diferentes especialidades
Adicione seus conhecimentos práticos diária
A resposta ?Estudantes, médicos, professores participam ativamente Fazem perguntas Sugerem HipótesesDiagnósticas
Relatos22/11/2014
XVIII CONGRESSO SOBRAMFA 2014
Felipe Teles de Arruda
CASO CLÍNICO
22/11/2014
XVIII CONGRESSO SOBRAMFA 2014
Fernanda dos Santos
Identificação O.T.M.O., sexo feminino, 71 anos, branca, natural de Rio das Pedras,
em São Paulo há 58 anos, costureira há 50 anos, católica, casada
Queixa e Duração: Falta de ar há 3 meses
HPMA:
Paciente refere dispneia há 3 meses aos médios
esforços e progressiva, melhora ao repouso e piora
ao deambular. Apresentou períodos de
exacerbações há 1 semana em que foi internada.
ISDA:
Relata perda de peso: 3 kg em um mês
Tosse de leve intensidade
Nega sudorese, náuseas, vômitos e febre.
Antecedentes Pessoais: Hipotireoidismo
Troca de valva mitral há 8 meses
Internação há 3 meses (com o mesmo quadro
sintomático)
Internação há 2 semanas (por IVAS, exacerbação da
doença pulmonar)
Exame Físico: Bom estado geral , acianótica anictérica e afebril Lucida e orientada em tempo e espaço eupneica,
descorada +/4+, hidratada.
Frequência respiratória : 19 irmp Temperatura: 36,2 ° C Frequência cardíaca: 90 bpm Pressão arterial: 100x70 mmHg Saturação de entrada: 75 % ar ambiente
Aparelho respiratório: Murmúrio vesicular
presente bilateralmente e roncos difusos +
estertores crepitantes tipo velcro em base
esquerda e direita
Exame Físico:
Extremidades:
MMSS: Baqueteamento digital
MMII: edema +/4+, pulsos + simétrico,
panturrilhas livres sem empastamento.
Exame Físico:
Hipóteses Diganósticas? DPOC
ICC DESCOMPENSADA
TEP
Asma
Neoplasia
Exames
Laboratoriais
Imagem
Exames – Hemograma completo 12-06 29/06 03/07 07/07 11/07Eritrócitos 3,8 - 5,0 4,93 4,91 4,11 4,28 4,27Hemoglobina 11,5 – 15,5 13,9 13,9 11,6 12,1 12,2
Hematócrito 35 – 46 41,9 42,1 35,5 38,0 37,6VCM 82-96 85,0 85,7 86,4 88,8 88,1HCM 28-32 28,2 28,3 28,2 28,3 28,6CHCM 32-36 33,2 33,0 32,7 31,8 32,4RDW até 15 14,8 15,2 15,5 16,9 16,6Alter. Eritrocitárias NORMAIS Normais Normais Anisocitose+ Anisocitose+Leucócitos 3,5 – 10,5 16,58 15,96 9,73 9,46 8,93 Neutrófilos totais 50-80 91,6 90,6 65,3 60,0 54,7Segmentados 58 – 70 91,6 90,6 65,3 60,0 54,7Linfócitos 20 -42 6,4 7,2 27,5 31,0 35,7Monócitos 2 - 12 1,8 1,4 4,2 6,4 7,7Eosinófilos 1 - 5 0,1 0,7 2,8 2,1 1,6Basófilos 0 - 1 0,1 0,1 0,2 0,5 0,3 Neutrófilos totais 2000 - 8000
15187 14460 6354 5676 4885
Segmentados2000 - 7500
18187 14460 6354 5676 4885
Linfócitos 1000 - 4500 1061 1149 2676 2933 3188Monócitos 200 - 1000 298 223 409 605 688Eosinófilos 50 - 5000 17 112 272 199 143Basófilos 0 - 200 17 16 19 47 27somatória 100% 100% 100 100 100Plaquetas 130 - 450 180 53 53 135 224
Exames 12/06 29/06 03/07 07/07 11/07RDW até 15 14,8 15,2 15,5 16,9 16,6Alter. Eritrocitárias NORMAIS Normais Normais Anisocitose
+Anisocitose+
Leucócitos 3,5 – 10,5
16,58 15,96 9,73 9,46 8,93
Neutrófilos totais 50-80
91,6 90,6 65,3 60,0 54,7
Segmentados 58 – 70
91,6 90,6 65,3 60,0 54,7
Linfócitos 20 -42 6,4 7,2 27,5 31,0 35,7Monócitos 2 - 12 1,8 1,4 4,2 6,4 7,7Eosinófilos 1 - 5 0,1 0,7 2,8 2,1 1,6 Neutrófilos totais 2000 - 8000
15187 14460 6354 5676 4885
Segmentados2000 - 7500
15187 14460 6354 5676 4885
Plaquetas 130 - 450 180 53 53 135 224
Glicose TGO / TGP Colesterol Total e frações TG Ureia / Creatinina Sódio / Potássio Cloro / Fosforo / Magnésio TP / INR / TTPA PCR (29/06 = 35,7) TSH / T4 L
ExamesLaboratório:
Todos Normais com exceção do PCR.
ExamesGasometria Arterial
12/06 27/06 01/07pH 7,32-7,45 7,459 7,509 7,516pCO2 38-50 37,0 38,6 42,7pSO2 20-60 51,3 69,0 44,6Saturação O2 35-85 86,7 94,0 80,4Conteúdo O2 7,7 6,8p50 25,66 26,66Be -2,5 +3,0 2,6 7,2 10,3HCO3 22 - 27 25,9 30,7 34,3Hemoglobina 12-16 14,3 13,3 13,8Oxi-hemoglobina 92,1 78,8Deoxi-hemoglobina 5,9 19,2 Acido lático 5 -22 19
Exames PRÓ- BNP NT (Peptídio natriurético atrial) – 3347 pg/ml
Valores de corte estabelecidos pelo grupo ICON, em pacientes com dispneia aguda:
Idade de 50 – 75 anos : 900 pg/ml
Sintetizados principalmente no miocárdio do ventrículo esquerdo em resposta ao estresse da parede miocárdica
ExamesRX PA E PERFIL:
13/06/2014:
Pneumomediastino, estendendo-se inclusive à cervical.
Pneumopatia intersticial fibrosante.
Aumento do volume cardíaco, principalmente à custa do átrio esquerdo ‘’prótese metálica na valva mitral’’
ExamesTC Tórax
Não mais se identifica pneumomediastino. Persiste sem modificações significativas o comprometimento
pulmonar difuso bilateral caracterizando Pneumopatia intersticial crônica fibrosante.
Aumento do volume cardíaco, principalmente à custa do átrio esquerdo, identificando-se “prótese metálica na valva mitral”.
Fios metálicos de esternorrafia.
ExamesTC Tórax 27/06/2014
Evolução HD : #Fibrose pulmonar associada a pneumomediastino
23/06 – 11° DIH - Iniciou-se Pulsoterapia 11/07 - 29º DIH – 2° Pulsoterapia 12/07 – Alta hospitalar com oxigenoterapia domiciliar
Controles 24:Δ FC: 83-114 Δ FR: 16-18 Δ PA: 90*60/ 110*80 Δ TEMP: 36 – 36,2 SAT ar ambiente: 93% / O2 - 97%
Fibrose Pulmonar
Epidemiologia Afeta cerca de 10 a 20 para cada 100 mil pessoas.
É mais comum entre os 55 e 75 anos do sexo masculino (1,7:1)
Sobrevida média é de 2,5 a 3,5 anos após o diagnóstico
Sendo pior o prognóstico entre maiores de 70 anos, fumantes, magros e/ou hipertensos
Pulmão RJ 2013;22(1):33-37
Fibrose Pulmonar
AgressãoPulmonar
recorrente FibrosePulmonar
Cicatrização
Pulmonar
Processo Inflamatóri
o de repetição
EtiologiaInfecções - Pneumonite de hipersensibilidade: bactéria,
fungos ou produtos animais.Genética – Apenas 5% dos casosAuto-imunes - LESIdiopático – A maioria dos casosMedicamentosa -
amiodarona, nitrofurantoína, fenitoína, quimioterápicos.
Tratamentos com radioterapia torácica
Assintomáticos Dispneia, especialmente com o esforço; Tosse seca persistente; Fadiga e fraqueza; Desconforto torácico ; Perda de apetite e perda de peso; Baqueteamento digital (50% dos doentes)
Sinais e Sintomas
Anamnese Exame Físico
A espirometria permite identificar que se trata
de uma doença pulmonar restritiva.
Diagnóstico
Corticosteroide Ex: Prednisona Associadas um Imunossupressor Ex: ciclosporina Pode ser combinado com a Acetilcisteina. Outra alternativa são os anti-inflamatórios
O2
Reabilitação pulmonar
Tratamento
A estratégia de tratamento é individual, adaptada às
especificidades de cada doente.
A fibrose pulmonar não tem cura.
Conclusão Esta metodologia demonstrou grande interesse e excelentes impressões dos
alunos
A responsabilidade do ensino não tem que partir apenas do docente e que a visão
dos estudantes pode contribuir grandemente para o aperfeiçoamento do processo
educacional, de forma a fortalecer o ensino médico.
Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção.
Paulo Freire
22/11/2014
OBRIGADO
Felipe Teles de Arruda