Relato da Prática Pedagógica _ Artes Visuais

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Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental Antônio Santos Coelho Neto RELATO DA PRÁTICA PEDAGÓGICA ARTES VISUAIS Profº Ilson Roberto Morais Saraiva Praia da Penha 2012

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Relato das Atividades do Professor Ilson Moraes _ 2012 (Artes Visuais)

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Escola Municipal de Educação

Infantil e Ensino Fundamental

Antônio Santos Coelho Neto

RELATO DA PRÁTICA PEDAGÓGICA

ARTES VISUAIS

Profº Ilson Roberto Morais Saraiva Praia da Penha – 2012

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RELATO DA PRÁTICA PEDAGÓGICA

Apesar de sermos indivíduos capazes de ler o mundo e criar a partir da leitura

que fazemos, muitas vezes, nos acostumamos com o analfabetismo visual, parecendo

ser a leitura da imagem um exercício desnecessário a vida, pois como popularmente se

diz: “tá ali a vista”.

Analisar e perceber a arte enquanto campo de conhecimento e expressão

possibilita aos alunos comunicar seus pensamentos, ideias e sentimentos e com essa

nova percepção estética influenciar e transformar o local onde vive, a comunidade e a

escola.

Esta forma de pensar a educação em artes visuais permitiu desenvolver as

seguintes ações:

CARNAVAL

A importância do carnaval na cultura popular, ritmos, alegorias e máscaras;

Confecção de cartazes e máscaras.

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A ESTÉTICA DAS COISAS

Aula expositiva (sem sala para executar o trabalho prático);

Projeção de data show, mostrando a transformação de objetos, possíveis

restaurações, e releitura dos mesmos;

Observação do espaço que nos cerca, escola comunidade casa;

Reorganizar esteticamente estes espaços (registro fotográfico);

Observação: os canteiros onde seria feita a jardinagem, aproveitando

reciclagem, não foi possível em função da reforma.

COMO EU QUERO MINHA ESCOLA ESTETICAMENTE

Momento de reflexão sobre a construção e reforma da escola x construção do

cidadão;

Arte na escola.

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CRIAÇÃO DA BANDEIRA DA ESCOLA – PROJETO MEMÓRIA E IDENTIDADE

Criação bandeira da Escola Antonio Santos Coelho Neto, trabalhando aspectos

geográficos e Históricos que diferenciam a escola.

Estudo de elementos e estilização dos mesmos tais como: mar, sol, livros

plantas etc.

A criação da bandeira da escola deu-se primeiramente com o estudo dos

símbolos e bandeiras do Brasil e de outros países, junto aos alunos das turmas do 5º,

6º, 7º e 9º. Na segunda etapa do projeto discutimos e pesquisamos sobre o que a

Escola Antônio Santos Coelho Neto se diferencia das demais escolas: geograficamente,

historicamente.

Aproveitando as aulas anteriores sobre cor, simetria, espaço linhas e equilíbrio

os alunos começaram a criação individual. Formamos uma comissão com professores

envolvidos no processo e a direção da escola do desenho vencedor. Dentre os

trabalhos produzidos ficaram três finalistas e o trabalho do aluno Bruno Alves Rêgo do

7ª ano A foi o símbolo escolhido.

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CONFECÇÃO DE PIGMENTOS NATURAIS

Confecção de pigmentos naturais extraídos de materiais orgânicos. Exemplo:

café, argila, colorau, açafrão, etc.

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COMEMORAÇÃO DAS FESTAS JUNINAS

Ambientação criada por os alunos com foco na musica de Luiz Gonzaga (Olha

pro céu meu amor);

Brincando São João com Higiene e cuidado ao meio ambiente;

Produção de cartazes, lixeiras temáticas.

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EXPOSIÇÃO DESCONSTRUINDO PRECONCEITOS E CULTIVANDO IGUALDADES

Instalação de arte e exposição de artistas envolvidos na campanha da UNICEF;

Entendimento da Declaração Universal dos direitos humanos;

Valorizações e respeito às diferenças;

Estudo e reflexão sobre a condição do negro e índios na sociedade, os aspectos

positivos e negativos na história e nas leis.

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Utilizando livros que abordam a temática sobre as diferenças étnicas: Felicidade

não tem cor; Viva a diferença; Minha família é colorida e Ninguém é igual a ninguém, e

após terem discutido e percebido que as pessoas são diferentes e que isso é positivo

as crianças retrataram a si mesmos, ao outro e criaram personagens.

Analisando os desenhos podemos notar que nos traços espontâneos da infância

revelam as diferenças, mas não as colocam com ironia e sim trazem a personalidade e

o respeito em cada.

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CONFECÇÃO DA ALEGORIA PARA O DESFILE DA PÁTRIA

Estabelecer a relação entre a imagem/objeto e o cotidiano dos alunos.

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LINGUAGEM DO CINEMA

Como funciona a imagem no cinema x imagem nas artes visuais;

Este trabalho possibilitou ao aluno uma maior apreciação na construção da

imagem e a mensagem nela envolvidas.

VISITA AS EXPOSIÇÕES

NATUREZA EXTREMA

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Artista: Frans krajcberg (individual)

Exibição de documentário sobre a vida e obra do artista

Aula expositiva sobre o tema da exposição (Arte e Meio Ambiente)

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PRODUÇÕES TEXTUAL – INTERDISCIPLINARIDADE COM LÍNGUA PORTUGUESA

Aluno: Maurício Alexandre (Ciclo IV)

Tema - O meio ambiente

O nosso planeta está se acabando

Se a gente não se cuidar, vamos acabar nos ferrando

Com o aquecimento global, que com tudo vai acabando

E a gente fica aqui com este calor tremendo

Cai chuva, faz sol e a gente fica sofrendo

Com o aquecimento global, que a cada dia vai crescendo

Aluno: Jailson (Ciclo III)

Tema - São João

O dia de São João

é dia de festa

e de muita emoção

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É dia de festejar muito

Neste São João é dia

de comer bolo de milho

e canjica com toda a família

Neste São João vou brincar muito

junto da minha família e amigos

soltar fogos, dançar muito aquele arrasta-pé

sem violência e seja o que Deus quiser!

Aluna: Juliana Kalyne dos Santos (Ciclo III)

Tema - A arte do absurdo

I

Venho agora prosar

Em pequenos versos e poesias

Se parar para pensar, posso até chorar

De tanta alegria

II

Chegando a hora

Os alunos animados - alunos do supletivo

Aqueles que não teriam oportunidades

E hoje voltaram arrependidos

III

Os professores conversam

E explicam o significado

Os alunos eufóricos

E os professores maravilhados

IV

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Foi na Estação Ciências, projetada na Paraíba

Por um artista famoso: Oscar Niemeyer

Usando toda a sua experiência

Despertando curiosidades

De toda sua sabedoria

V

Obra de arte não se explica

Cada um tem uma teoria

Às vezes não se entende

Outras, não se imita

A obra da vida vista

Mas se tentar entender

Aí é que complica

VI

Falo do escultor

Que fez uma baleia

Não sei bem se parece

Aquela ilusão do escultor

Não sei nem o que diria

Olhando pelos olhos naturais

Mas olhando pelos olhos da arte

Posso até imaginar

Uma baleia naquele lugar

VII

Entrando na estação

Prefiro nem comentar

As outras esculturas

que tem por lá

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VIII

Lá tem um imenso corredor

Onde Krajcberg deixou inúmeras frases

Em todas elas dizia

a dor das queimadas

IX

Então assistiu-se o filme

Que falava da sua vida

Explicando não ser brasileiro

Mas morar na Bahia

X

Nada se faz beleza

Tudo é queimada da natureza

Explicando com lamento

Sofreu tanto na guerra

Que retrata a dor e o sofrimento

XI

Mora em cima de uma árvore

Extrai as cores do solo

Com pau do mangue faz o acabamento

De sua obra sem silêncio

XII

E tudo retrata a dor

O fogo de uma natureza

Antiga viva

O vermelho é o sangue

E o preto o luto

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Da natureza que clama

XIII

nada se explica

Apenas a dor

De ver a natureza

Que Ra tão bonita

Morrer no fogo e no calor

XIV

Essa dor é retratada

Em seus restos mortais

De uma vida que era pura

Onde tudo se acabou

XV

Fotos e fatores

Que do Brasil foi extraído

Mas o país está em perigo

Acabando- se no fogo

E no desmatamento

S.O.S.

O Brasil corre perigo urgente

XVI

A parede trazia o fogo

das queimadas do Brasil

Onde se fez a arte

E representou a dor

Do estrangeiro

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Que o Brasil adotou

XVII

Com a arte do absurdo

É um absurdo Brasil

Vamos pensar direito

E sermos mais gentis

Não poluindo os rios

Nem queimando as florestas

Desempenhando um trabalho

Com muita pressa

XVIII

Saindo da estação ciências

De volta para casa

Refletindo com paciência o fim do desmatamento

e o adeus às queimadas

XIX

Diminuindo assim

A arte do absurdo

E inspirando aos artistas

Uma bela alvorada

O REI E O BAIÃO

Curador: Bené Fonteles. Exposição em homenagem aos 100 anos de Luiz

Gonzaga, (coletiva).

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PEÇAS ÍNTIMAS

Curador: Ilson Moraes (coletiva)

Tema - Relação objeto e ser humano: o consumismo e a memória das coisas.

Estas visitações tem grande importância na formação dos (as) alunos (as), pois

despertam o senso crítico e estético; aguçam outras possibilidades de ver o

mundo; e, percebem que estes espaços são públicos, aberto a todas as

pessoas.

DEPOIMENTOS DOS ALUNOS E DAS ALUNAS

Aluna: Juliana Pereira da Silva (Ciclo IV)

Tema – Visita as exposições

Eu acho muito importante a visitação das exposições pelos grupos da escola. Eu acho

que é importante para o nosso conhecimento. Essa visita à exposição passou a ser um

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dia de aula diferente, uma aula que não escrevemos apenas e observamos as imagens

e as obras de artes. É muito importante para conhecermos um pouco mais da história.

Eu achei importante o professor ter nos dado esta oportunidade de aumentar o nosso

conhecimento. A exposição é muito interessante. Obrigada professor pela

oportunidade.

Aluna: Eliane Rosendo da Silva (Ciclo III)

Tema – Visita a exposição do professor Ilson (Artes)

Eu gostei muito da exposição porque ali tem umas esculturas e a que mais me chamou

a atenção foi a do cadeado que estava fechado e depois ele apareceu aberto ali.

Lembrei-me da minha vida de casada eu parecia uma prisioneira eu não tinha vida

“algunha” parecia um vegetal. Quando eu vi aquele cadeado aberto, imaginei como eu

vivo hoje em dia livre sem ninguém me dando ordem, nem me humilhando, nem

sendo “xingada”. Quando me separei fiquei feliz por que já sofri muito. Então quando

eu vi aqueles dois quadros eu lembrei logo da minha vida.

Aluna: Thayná da Silva Lima (Ciclo III)

Tema – Visita as exposições

Eu achei uma experiência muito boa na Estação Ciências. Eu fui com minha turma. O

bom é que as pessoas vão conhecer as histórias do Brasil. Eu fiquei pensando no

quadro que eu vi com uma maçã normal, outra mordida e uma podre. A estátua com

vidro no meio do peito, muitas coisas surpreendem só basta uma força de vontade.

O professor explica bem porque tem uns que são muitos chatos. Eu adorei os trabalhos

que Frans Krayberg fazia com restos de madeiras. Tem calor por isso ele gostava para

trabalhar, mas também tem outros com trabalhos diferentes se eu for contar vai ser

um livro.

Aluna: Ednalva Maria da Silva (Ciclo II)

Tema – Visita as exposições

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O que eu gostei mais foi o passeio para Estação Ciências. Um incentivo para os alunos

conhecerem um pouco mais de Artes. Para mim foi muito bom conhecer um professor

artista. As historias e sentimentos emoções de vidas. Os quadros muitos bonitos que

falam dos sentimentos do artista que ele nos passa. É muito bom sentir.

Aluno: Jailson Freire dos Santos (Ciclo III)

Tema – Acontecimento que marcou a minha vida

Quando era pequeno aconteceram-me muitas coisas na minha vida, não só na minha,

mas também com a dos meus cinco irmãos. Meus pais não tinham trabalho, meu pai

vivia de bico, nós não podíamos pedir nada porque sabíamos que ele não poderia nos

dar, mas mesmo assim reconhecemos todo o esforço que fez por nós. O que eu mais

queria ele não podia me dar que era uma bicicleta por falta de dinheiro. Porque na

naquela época era difícil arrumar trabalho. Então isso marcou muito a minha vida uma

história que nunca vou esquecer.

Aluna: Rosina de Oliveira (Ciclo III)

Tema - Acontecimento que marcou a minha vida

A minha vida no passado era muito triste. Eu morava numa casa de taipa, passava

muita dificuldade muita fome, até lixo já catei fui muito humilhada. Um dia, eu

trabalhando quase fui violentada, mas graças a Deus fui abençoada. Hoje, minha vida

melhorou muito. Sou casada, tenho cinco filhos tenho duas casas, um terreno enorme

não passo mais fome hoje sou uma pessoa realizada e feliz “Graças a Deus.” Apenas

queria melhorar minha vida de casada.

Aluna: Juliana Kalyne dos Santos (Ciclo III)

Tema – Acontecimento que marcou minha vida

Bem, nasci na capital e me criei também, mas tenho um símbolo encantador é o

primeiro fusca branco que meu pai comprou. Quando chegou em casa não foi

diferente dos dia habituais. É que ele já havia tido outros carros, o que mais marcou foi

à ideia que ele teve de irmos até o interior para inaugurar e nos reunirmos para ir até o

sítio do meu tio em Araçagi. Foi uma aventura inesquecível.

Conheci um lugar totalmente pré-histórico, não havia água encanada, nem energia. E

para chegar lá tinha que atravessar um rio a nado e para isso tinha atravessador. Fogo

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de lenha, panela de barro, água de quartinha, leite tirado da vaca e luz de lampião.

Nossa! Foi demais saber que existia completamente o oposto da minha realidade.

Tudo isso marcou a minha infância graças ao fusca branco.