RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE O PROJETO CIDADANIA… Jornada de... · exercer a nossa cidadania de...

11
390 RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE O PROJETO CIDADANIA: A LEITURA NO PROJETO AGRINHO Rosana Peres (PG - Educação/Universidade Estadual de Londrina) [email protected] Fabiana Antunes Machado (PG - Educação/Universidade Estadual de Londrina) [email protected] Eixo temático: Didática e Práticas de Ensino na Educação Básica RESUMO O projeto Cidadania teve por objetivo despertar o senso crítico e reflexivo dos alunos do ensino fundamental , do 6º ano ao 8º ano, da Escola Estadual Cássio Leite Machado, localizada na Região Oeste em Londrina- Paraná, sobre como exercer a nossa cidadania de forma plena e consciente, por meio da leitura . Foi solicitado aos alunos uma pesquisa de campo com parentes, amigos e comunidade sobre as necessidades do bairro. Após, os dados em mãos, foi trabalhado em sala de aula o gênero textual, carta ao governador. As melhores produções de textos foram selecionadas e enviadas ao governador. Nesse ínterim, surgiu o concurso de Redações realizado pelo Projeto Agrinho, que é um programa de responsabilidade social do sistema FAEG/SENAR e Sindicato Rural, que desenvolve uma parceria

Transcript of RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE O PROJETO CIDADANIA… Jornada de... · exercer a nossa cidadania de...

Page 1: RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE O PROJETO CIDADANIA… Jornada de... · exercer a nossa cidadania de forma plena e consciente, ... o homem assume conscientemente sua essencial condição

390

RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE O PROJETO CIDADANIA: A LEITURA NO PROJETO AGRINHO

Rosana Peres

(PG - Educação/Universidade Estadual de Londrina)

[email protected]

Fabiana Antunes Machado

(PG - Educação/Universidade Estadual de Londrina)

[email protected]

Eixo temático:

Didática e Práticas de Ensino na Educação Básica

RESUMO

O projeto Cidadania teve por objetivo despertar o senso crítico e reflexivo dos alunos do ensino fundamental , do 6º ano ao 8º ano, da Escola Estadual Cássio Leite Machado, localizada na Região Oeste em Londrina- Paraná, sobre como exercer a nossa cidadania de forma plena e consciente, por meio da leitura . Foi solicitado aos alunos uma pesquisa de campo com parentes, amigos e comunidade sobre as necessidades do bairro. Após, os dados em mãos, foi trabalhado em sala de aula o gênero textual, carta ao governador. As melhores produções de textos foram selecionadas e enviadas ao governador. Nesse ínterim, surgiu o concurso de Redações realizado pelo Projeto Agrinho, que é um programa de responsabilidade social do sistema FAEG/SENAR e Sindicato Rural, que desenvolve uma parceria

Page 2: RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE O PROJETO CIDADANIA… Jornada de... · exercer a nossa cidadania de forma plena e consciente, ... o homem assume conscientemente sua essencial condição

391

com o Governo Estadual por meio das Secretarias de Educação, no qual nos inscrevemos. Houve uma seleção municipal e depois regional, na qual a aluna da 5ª série, juntamente com a Profª Rosana Peres, foram selecionadas, obtendo o 2º lugar do Paraná em 2.004. Palavras chave: Leitura. Cidadania. Educando.

INTRODUÇÃO

O projeto Cidadania emergiu diante das indignações que assolam todo nosso

país e da vontade crescente de mudanças e de uma reflexão consciente e

transformadora. O termo “cidadania” está sendo banalizado. Muito se fala em

cidadania nos mais diferentes sentidos e ocasiões, porém poucos homens têm

acesso às condições sócioeconômicas que permitem o acesso à verdadeira

cidadania.

Nesse sentido as questões pautadas no tema cidadania, tais como,

o que é ser cidadão? Quais são meus direitos enquanto cidadão? Levaram-nos a

introduzir e incutir em seus alunos esse espírito crítico, reflexivo e transformador.

Para ser sujeito, o homem precisa aprender a dizer a sua palavra. Paulo

Freire (1987, p.13) diz: “Com a palavra, o homem se faz homem. Ao dizer a sua

palavra, pois, o homem assume conscientemente sua essencial condição humana”.

Só conseguimos de fato transformações reais e verdadeiras, quando buscamos o

conhecimento científico, o saber sistematizado e não ficamos no senso comum. Este

foi o ponto de partida para que o projeto tivesse o resultado profícuo que

almejávamos.

A escola tem um papel relevante na formação de cidadãos, enquanto sujeitos

críticos e transformadores e, para uma democracia substantiva que exige

protagonistas transformadores dessa realidade é preciso que a escola exerça seu

papel social nesse processo.

Pensando nestas transformações, tínhamos a certeza que o projeto seria um

desafio, e assim o foi, porque desenvolver o espírito crítico no aluno é

responsabilidade de todo educador.

Page 3: RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE O PROJETO CIDADANIA… Jornada de... · exercer a nossa cidadania de forma plena e consciente, ... o homem assume conscientemente sua essencial condição

392

O QUE É SER CIDADÃO? QUAIS SÃO MEUS DIREITOS E

DEVERES ENQUANTO CIDADÃO?

A palavra cidadania deriva-se da palavra cidadão. No sentido etimológico a

palavra cidadão deriva-se de civitas , que em latim significa cidade.

Segundo Ximenes (2000, p.170), “cidadania é a condição de cidadão” e

“cidadão é o individuo no pleno gozo de seus direitos políticos e civis”. Quando

falamos a palavra cidadania estamos interligando a ela a ideia de construção da

consciência crítica, política e social do individuo, pois,

A cidadania expressa um conjunto de direitos que dá à pessoa a possibilidade de participar ativamente da vida e do governo de seu povo. Quem não tem cidadania está marginalizado ou excluído da vida social e da tomada de decisões, ficando numa posição de inferioridade dentro do grupo social. (DALLARI, 1998, p. 14)

A princípio, houve vários entraves, em relação ao tema, pois, o

assunto apesar de comum, não é tão debatido de forma a ter-se um conhecimento

profundo sobre o tema. Os alunos do período vespertino, 5ª a 8ª séries, estavam

tendo o primeiro contato de forma prática com o tema.

O objetivo do projeto foi levar os alunos à conscientização do seu

papel de cidadão para que fossem transformadores no âmbito social/familiar/pessoal

ao qual estão inseridos; Aprender e reconhecer direitos e deveres e usá-los de

forma competente a cada situação.

Os participantes do projeto foram os alunos da 5ª a 8ª série, do

Ensino Fundamental, período vespertino da Escola da Região Oeste de Londrina,

Cássio Leite Machado. Participaram do projeto 7 turmas com 40 alunos

aproximadamente cada, totalizando 280 educandos.

Paulo Freire (2001) nos diz que “o conceito de cidadania vem

casado com o conceito de participação, de ingerência nos destinos históricos e

sociais do contexto onde a gente está”.

Então, só exercemos a plena cidadania, segundo Freire (2001)

quando participamos de forma atuante e transformadora da realidade na qual

estamos inseridos.

Page 4: RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE O PROJETO CIDADANIA… Jornada de... · exercer a nossa cidadania de forma plena e consciente, ... o homem assume conscientemente sua essencial condição

393

AS AÇÕES DESENVOLVIDAS COM OS ALUNOS

Primeiramente, foram desenvolvidos vários debates, trocas de

informações e materiais trazidos por eles sobre o que eles pensavam sobre o

assunto. Foi solicitada uma pesquisa de campo, uma coleta de dados, junto à

comunidade sobre o que aquela região necessitava de mais urgente, cada um deu

sua opinião, citaram: creches, postos de saúde, policiamento, etc.

Era importante, antes de mais nada, trabalhar a leitura, pois, se iriam

escrever, precisavam ter informações, e ao mesmo tempo deveria ser uma leitura

precedida de atividades que motivassem os alunos, e que a partir disso,

levantassem questões a respeito de temáticas que fazem parte de seus interesses e

também dos aspectos relacionados ao projeto de pesquisa, e deviam ser relevantes

a aprendizagem, para que deste modo pudesse provocar debates, buscando assim,

novos conhecimentos com o objetivo de enriquecer suas vivências, valores e

atitudes. Com os dados em mãos, partimos para a produção textual, na qual foi

usado o gênero textual, carta, escreveriam uma carta ao governador. Houve uma

grande adesão ao projeto, porém, pouca crença e confiança no resultado que o

projeto conseguiria.

As ideias estavam sendo formadas e para isso utilizou-se o embasamento

teórico de Bakhtin:

Não são palavras o que pronunciamos ou escutamos, mas verdades ou mentiras, coisas boas ou más, importantes ou triviais, agradáveis ou desagradáveis, etc. A palavra está sempre carregada de um conteúdo ou de um sentido ideológico ou vivencial. (BAKHTIN, 1988, p.95).

Partindo desse pressuposto, que todo texto, seja ele oral ou escrito,

é carregado de intencionalidade, os alunos deveriam escrever, pensando nas

palavras, de forma real, concreta, coerente e coesa.

Foram selecionadas as melhores produções, chegando no final três

redações, na qual contamos com a participação da equipe pedagógica para a

escolha. As cartas foram enviadas ao governador que na época era o Roberto

Page 5: RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE O PROJETO CIDADANIA… Jornada de... · exercer a nossa cidadania de forma plena e consciente, ... o homem assume conscientemente sua essencial condição

394

Requião, juntamente com uma carta da professora Rosana Peres, explanando sobre

os objetivos do trabalho escolar pautados no tema cidadania.

Neste interim, o concurso do Projeto Agrinho, SERVIÇO NACIONAL

DE APRENDIZAGEM RURAL ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DO

PARANÁ. SENAR-PR, que é um programa de responsabilidade social, que visa à

formação de uma geração mais crítica e consciente de seu papel de cidadão, estava

sendo levado às escolas.

O PROJETO AGRINHO COMO COMPLEMENTO DA ATIVIDADE JÁ

INICIADA NA ESCOLA

O projeto Agrinho veio ao encontro do que já estava sendo

desenvolvida na escola, fizemos a inscrição no concurso de experiências

pedagógicas - concurso Redações e enquanto isso aguardou a resposta do

governador. Os alunos questionavam a profª. Rosana Peres, o governador já

respondeu? Porém, sem muita crença e fé que teriam uma resposta. No entanto,

após três meses do envio das mesmas, chegaram às respostas. Enfim, o

governador respondia. Houve uma alegria extasiante e, incrédulos, passaram a

acreditar no projeto. A mídia (Folha de Londrina) convidou a professora Rosana

Peres para mostrar o trabalho sobre cidadania. Houve uma boa repercussão junto à

escola, pais e comunidade.

O concurso do Projeto Agrinho teve 3 fases; a primeira, a seleção

aconteceria na escola, a segunda, municipal e a última seria regional, realizada em

Curitiba, com toda a formalidade e autoridades presentes.

A professora Rosana Peres e seus alunos conseguiram vencer

todas as etapas e foram convidados para ir até a cidade de Curitiba, conseguiram na

seleção final, o 2º lugar no Estado do Paraná.

FUNDAMENTOS TEÓRICOS

Leitura como prática social: na formação do cidadão

Page 6: RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE O PROJETO CIDADANIA… Jornada de... · exercer a nossa cidadania de forma plena e consciente, ... o homem assume conscientemente sua essencial condição

395

Não há como se falar em cidadania e participação crítica, sem falar em leitura,

pois, ela é a primeira etapa, para que aconteça a aquisição de conhecimento de

mundo, e só assim, seremos sujeitos críticos transformadores neste processo A

prática da leitura enquanto prática social pressupõe pensar nas múltiplas relações

que o sujeito-leitor exerce na interação com o universo sócio-cultural a sua volta; é

pensar em um leitor competente e que possa usar a leitura como fonte de

informação e transformador da realidade ao qual está inserido, pois, ler significa ser

questionado pelo mundo e por si mesmo, significa que certas respostas podem ser

encontradas na escrita ou levantar outros questionamentos que nos inquietam

enquanto sujeitos atuantes neste processo significa poder ter acesso a essa escrita,

significa construir uma resposta que integra parte das novas informações ao que já

se é. (FOUCAMBERT, 1994, p.5).

Leitura, para Solé (2008, p.22) “é um processo de interação entre o leitor e o

texto”. Portanto, para que o sujeito leitor possa fazer o uso social da leitura não

bastará apenas que ele seja alfabetizado, no sentido de apenas ter adquirido as

habilidades necessárias para saber decodificar a linguagem escrita, porém se faz

necessário que além de ser alfabetizado ele seja também letrado.

De acordo com Soares (1999), passamos a enfrentar uma nova realidade

social em que não basta apenas saber ler e escrever é preciso também fazer uso do

ler e do escrever, para sermos transformadores da realidade e das exigências que a

sociedade faz continuamente.

Para Paulo Freire, a leitura precede a leitura da palavra, da simples

decodificação dos signos linguísticos, ele salienta que:

“A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não pode prescindir da continuidade da leitura daquele (A palavra que eu digo sai do mundo que estou lendo, mas a palavra que sai do mundo que eu estou lendo vai além dele). (...) Se for capaz de escrever minha palavra estarei, de certa forma transformando o mundo. O ato de ler o mundo implica uma leitura dentro e fora de mim. Implica na relação que eu tenho com esse mundo”. (Paulo Freire – Abertura do Congresso Brasileiro de Leitura – Campinas, novembro de 1981).

Lajolo (2007) constata que ler é essencial, e para que possamos exercer a

plena cidadania é necessário que façamos da leitura uma prática constante. A partir

Page 7: RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE O PROJETO CIDADANIA… Jornada de... · exercer a nossa cidadania de forma plena e consciente, ... o homem assume conscientemente sua essencial condição

396

da leitura, do conhecimento de mundo, de diferentes visões, construímos nossa

cidadania.

“É à literatura, como linguagem e como instituição, que se confiam os diferentes imaginários, as diferentes sensibilidades, valores e comportamentos através dos quais uma sociedade expressa e discute, simbolicamente, seus impasses, seus desejos, suas utopias. Por isso a literatura é importante no currículo escolar: o cidadão, para exercer plenamente sua cidadania, precisa apossar-se da linguagem literária, alfabetizar-se nela, tornar-se usuário competente, mesmo que nunca vá escrever um livro: mas porque precisa ler muitos livros”. (p. 106)

Quando nos apropriamos das diversas leituras no decorrer de nossas vidas

somos capazes de estabelecer relações e fazer inferências em diversas situações

de nossas vidas, aceitando-as ou recusando-as, por meio de seu diálogo com o

texto. Entretanto, alerta Marisa Lajolo (2007) que, principalmente sobre os textos

literários, pesam a autoridade das inúmeras outras leituras de que o texto foi objeto

ao longo da história, cabendo ao professor de leitura e literatura o equilíbrio entre a

interpretação livre e a interpretação sancionada pela comunidade intelectual.

Ainda segundo Lajolo (1982).

Ler não é decifrar, como num jogo de adivinhações, o sentido de um texto. É, a partir do texto, ser capaz de atribuir-lhe significado, conseguir relacioná-lo a todos os outros textos significativos para cada um, reconhecer nele o tipo de leitura que seu autor pretendia e, dono da própria vontade, entregar-se a esta leitura, ou rebelar-se contra ela, propondo outra não prevista. (LAJOLO, 1982, p. 59).

Então, partindo desse pressuposto, cabe ao educador a tarefa de direcionar e

mediar, fazendo com que o aluno perceba que só por meio da leitura, se adquire

uma visão crítica e transformadora da realidade da qual se está inserido.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao entendermos a leitura como prática social e construção do sujeito,

pensamos no movimento dialético e dialógico, no qual a compreensão e a

participação só acontecem quando somos sujeitos ativos neste processo, cabe-nos

Page 8: RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE O PROJETO CIDADANIA… Jornada de... · exercer a nossa cidadania de forma plena e consciente, ... o homem assume conscientemente sua essencial condição

397

fomentar, enquanto educadores, uma prática que permita o desvelamento de

realidades opressoras, que mantém os homens imersos na passividade. A prática

dialógica, preconizada por Paulo Freire e vários teóricos que abordam com

competência a formação do sujeito, para que a partir desse conhecimento que se dá

por meio do letramento e as diversas leituras de mundo, nos torna críticos e

transformadores, e é assim o que desejamos enquanto educadores, ou seja, uma

abordagem da linguagem baseada no dialogismo de Bakhtin parece-nos os fios

condutores essenciais na tessitura de um processo de ensino-aprendizagem

realmente coerente com esse objetivo.

Contudo, há muito que se questionar e transformar. O projeto Cidadania e

também o Agrinho sob a orientação da professora Rosana Peres contribuiu para que

tivéssemos a reflexão crítica nos alunos e ainda a formação do sujeito que busca

lutar por uma sociedade melhor, o projeto foi o inicio de uma longa caminhada, e

teve como resultado final uma premiação simbólica, na qual a aluna ganhou uma

bicicleta e a Profª Rosana Peres, um microondas. No entanto, um resultado muito

mais valorativo que a premiação em si, foi que o projeto conseguiu atingir seu

objetivo, que era o de incutir e despertar em cada um dos alunos participantes que o

mundo pode ser transformado pela leitura consciente e crítica, e com isso, se

sentirem capazes e competentes de participar, interferir, interagir e transformar a

nossa sociedade, que é o nosso papel, enquanto cidadão.

REFERÊNCIAS

BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1988.

DALLARI, Dalmo. Direitos humanos e cidadania. São Paulo: Moderna, 1998.

FOUCAMBERT, J. A leitura em questão. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994.

LAJOLO, Marisa. A leitura literária na escola. In: RIBEIRO, LAJOLO, Marisa. Do Mundo da Leitura para a Leitura do Mundo. 6. Ed. São Paulo: Ática, 2007. P. 11-16

Page 9: RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE O PROJETO CIDADANIA… Jornada de... · exercer a nossa cidadania de forma plena e consciente, ... o homem assume conscientemente sua essencial condição

398

LAJOLO, Marisa e ZILBERMAN, Regina. A formação da leitura no Brasil. São Paulo: Ática, 1982.

REFERÊNCIAS CONSULTADAS

BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2003. BRITTO, Luiz P. L. Sociedade de cultura escrita, alfabetismo e participação. In: RIBEIRO, Vera Masagão (Org.). Letramento no Brasil. São Paulo: Global, 2004. P. 47-63

CARVALHO, José Murilo de. "Cidadania no Brasil – O longo caminho". Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.

CARVALHO, Marília e MOURA, Mayra. Homens, mulheres e letramento: algumas questões. In: RIBEIRO, Vera Masagão (Org.). Letramento no Brasil. São Paulo: Global, 2004. P. 177-192 FERR ‘’EIRO, E. (org.), Os processos de leitura e escrita: novas perspectivas. Porto Alegre: Artes Médicas, 1987. FREIRE, Paulo. A Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1981 FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 27 ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1987. FREIRE, Paulo. A Importância do Ato de Ler: em três artigos que se completam. 22 ed. São Paulo: Cortez, 1988. FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 28 ed., São Paulo: Paz e Terra, 2000. GERALDI, João Wanderley. Prática da Leitura na Sala. In: GERALDI, João Wanderley (Org.). O Texto Na Sala de Aula. 4. Ed. São Paulo: Ática, 2007. P. 88- 99 GNERRE, Maurizio. Linguagem, escrita e poder. 3. ed. Rio de Janeiro: Martins Fontes, 1991 p. 5 - 33. KATO, M. A. No mundo da escrita: uma perspectiva psicolingüística. São Paulo: Ática, 1986. ____________. O aprendizado da leitura. São Paulo: Martins Fontes, 1990. KLEIMAN, A. Leitura: ensino e pesquisa. Campinas: Pontes, 1989.

Page 10: RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE O PROJETO CIDADANIA… Jornada de... · exercer a nossa cidadania de forma plena e consciente, ... o homem assume conscientemente sua essencial condição

399

KLEIMAN, A. Leitura: ensino e pesquisa. Campinas: Pontes, 1989. ____________. Oficina de leitura: teoria e prática. Campinas: Pontes, 1997. ____________. Texto e leitor: aspectos cognitivos da leitura. São Paulo: Pontes, 1989. KOCK, Ingedore G. Villaça. Argumento e linguagem. São Paulo, Cortez, 2002.

LAFER, Celso. "A Reconstrução dos Direitos Humanos: capítulo V - Os Direitos Humanos como construção da igualdade – A cidadania como o direito a ter direitos". Editora: Companhia das Letras.

LAJOLO, Marisa. Literatura: leitores e leitura. São Paulo: Contexto, 1997 . LIMOEIRO-CARDOSO. Ideologia da globalização e (des) caminhos da ciência social. Rio de Janeiro: mimeo, 1997. LOPES, C. T. Planejamento, Estado e Crescimento. São Paulo Pioneira, 1990.

LOPES, Ana Maria D’Ávila. "A cidadania na Constituição Federal brasileira de 1988: Redefinindo a participação política". In "Constituição e Democracia – Estudo em homenagem ao professor J. J. Canotilho". Coordenadores: Paulo Bonavides, Francisco Gérson Marques.

MARCUSCHI, L. A. Leitura e compreensão de texto falado e escrito como ato individual de uma prática social. In: ZILBERMAN, R; SILVA, E. T. da (org.), Leitura: perspectivas interdisciplinares. São Paulo: Ática, 2005. MARX, Karl. O capital, in Os Pensadores, Vol.1, São Paulo: Abril Cultural, 1983. ___________. Para a crítica da economia política, in Os Pensadores, São Paulo: Abril Cultural, 1982.

MARSHALL, Thomas Humphrey. "Cidadania, classe social e status". Rio de Janeiro: Zahar, 1967.

MENA, Fernanda. Escola não expande valores humanos, São Paulo: Folha de S. Paulo, 01/08/2004, p.C2. MOREIRA, Herivelton, CALEFFE, Luiz Gonzaga. Metodologia da Pesquisa para o Professor Pesquisador. Rio de Janeiro: DP & A, 2006. p. 21-93.

Page 11: RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE O PROJETO CIDADANIA… Jornada de... · exercer a nossa cidadania de forma plena e consciente, ... o homem assume conscientemente sua essencial condição

400

PARANÁ. Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado do Paraná. Programa Agrinho. Disponível em: http://www.agrinho.com.br/beta/area_publica/controles/ScriptPublico. php Acesso em: 30 de jun. 2014. PIMENTA, Selma Garrido. Saberes pedagógicos e atividade docente, São Paulo: Cortez, 1999. RUBEM ALVES, Carlos Brandão. Entre a Ciência e a Sapiência: O dilema da educação. 15. ed. São Paulo: Loyola, 2006. 148 p.

SANTOS, Wanderley G. dos. Justiça e cidadania. Rio de Janeiro: Campus, 1979.

SOARES, Magda. A escolarização da literatura infantil e juvenil. In: EVANGELISTA, Aracy Alves Martins; BRANDÃO, Helina Maria Brina; MACHADO, Maria Zélia Versiani (Org.). A escolarização da leitura literária: o jogo do livro infantil e juvenil. Belo Horizonte: Autêntica, 1999

SEFFNER, Fernando. Leitura e Escrita na História. In: NEVES, Iara C. B. et al (Org.). Ler e Escrever: compromisso de todas as áreas. 6 ed. Porto Alegre: UFRGS, 2004. P. 107-120 SERRA, Elisabeth D’Angelo. Políticas de promoção da leitura. In: RIBEIRO, Vera Masagão (Org.). Letramento no Brasil. São Paulo: Global, 2004. P. 65-85 SILVA, Lilian Lopes Martin da. “Às vezes ela mandava ler dois ou três livros por ano”. In: GERALDI, João Wanderley (Org.). O Texto Na Sala de Aula. 4. Ed. São Paulo: Ática, 2007. P. 82-87 SOARES, Magda. Letramento e escolarização. In: RIBEIRO, Vera Masagão (Org.). Letramento no Brasil. São Paulo: Global, 2004. P. 89-113 SOLÉ, I. Estratégias de leitura. Porto alegre: Artes médicas, 1998. SOLÉ, Isabel. Estratégias de Leitura. 6.ed. Porto Alegre: Artmed, 2008. XIMENES, Sérgio. Minidicionário da Língua Portuguesa. 2ºed., São Paulo: Ediouro, 2000. ZILBERMAN, Regina. Fim do Livro, Fim dos Leitores? São Paulo: Senac, 2001. 131 p.