Relatorio 14 Rugosimetro Projetor de Perfil

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UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA FACULDADE DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E URBANISMO ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO PROCESSO DE MEDIÇÃO DE RUGOSIDADE DE SUPERFÍCIES E UTILIZAÇÃO DO PROJETOR DE PERFIL GRUPO DANIEL JOSÉ ROSA FRANCIS DEIVITI CIUFI LUIS HENRIQUE COUVRE RENATO BATISTELA RODRIGO NANDIN MAIA Disciplina de Processos de Fabricação e Metrologia Santa Bárbara D´Oeste - SP Novembro de 2008

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UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA

FACULDADE DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E URBANISMO

ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO

PROCESSO DE MEDIÇÃO DE RUGOSIDADE DE SUPERFÍCIES E

UTILIZAÇÃO DO PROJETOR DE PERFIL

GRUPO

DANIEL JOSÉ ROSA

FRANCIS DEIVITI CIUFI

LUIS HENRIQUE COUVRE

RENATO BATISTELA

RODRIGO NANDIN MAIA

Disciplina de Processos de Fabricação e Metrologia

Santa Bárbara D´Oeste - SP

Novembro de 2008

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UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA

FACULDADE DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E URBANISMO

ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO

PROCESSO DE MEDIÇÃO DE RUGOSIDADE DE SUPERFÍCIES E

UTILIZAÇÃO DO PROJETOR DE PERFIL

GRUPO

DANIEL JOSÉ ROSA

FRANCIS DEIVITI CIUFI

LUIS HENRIQUE COUVRE

RENATO BATISTELA

RODRIGO NANDIN MAIA

PROFESSOR: ERIVELTO MARINO

Relatório da aula prática apresentado para

avaliação da disciplina Processo de Fabricação e

Metrologia, do sétimo semestre, do curso de

Engenharia de Controle e Automação, da

Universidade Metodista de Piracicaba – UNIMEP

– sob orientação do professor Erivelto Marino

Santa Bárbara D´Oeste - SP

Novembro de 2008

Page 3: Relatorio 14 Rugosimetro Projetor de Perfil

SUMÁRIO

1 OBJETIVO DA PRÁTICA............................................................................ 52 INTRODUÇÃO............................................................................................ 6

2.1 Rugosidade ............................................................................................. 62.1.1 Parâmetros de rugosidade ............................................................... 62.1.2 Rugosidade média Ra...................................................................... 7a) Vantagens do parâmetro Ra................................................................ 7b) Desvantagens do parâmetro Ra .......................................................... 82.1.3 Rugosidade máxima Ry ................................................................... 8a) Vantagens do parâmetro Ry ................................................................ 9b) Desvantagens do parâmetro Ry .......................................................... 92.1.4 Rugosidade média Rz ...................................................................... 9a) Vantagens do parâmetro Rz .............................................................. 10b) Desvantagens do parâmetro Rz ........................................................ 102.1.5 Medição da rugosidade .................................................................. 10a) Indicação do estado de superfície no desenho.................................. 11b) Indicação no desenho........................................................................ 12c) Direção das estrias ............................................................................ 122.1.6 Rugosímetro................................................................................... 12a) Componentes do rugosímetro ........................................................... 14

2.2 Projetor de Perfil.................................................................................... 152.2.1 Característica / Funcionamento...................................................... 152.2.2 Sistemas de projeção..................................................................... 16a) Projeção diascópica........................................................................... 17b) Projeção episcópica........................................................................... 18

3 DESCRIÇÃO DA PRÁTICA ...................................................................... 193.1 Rugosímetro.......................................................................................... 19

3.1.1 Equipamentos ................................................................................ 193.1.2 Procedimento ................................................................................. 19

3.2 Projetor de Perfil.................................................................................... 203.2.1 Equipamentos ................................................................................ 203.2.2 Procedimento ................................................................................. 20

4 QUESTIONÁRIO ...................................................................................... 224.1 Rugosímetro.......................................................................................... 22

4.1.1 Analisar as rugosidades superficiais obtidas nos diversos processosde fabricação. ........................................................................................... 224.1.2 Definir rugosidade média Ra e dar exemplos de três peças nasquais é ncessária a indicação da rugosidade. .......................................... 23

5 CONCLUSÃO ........................................................................................... 246 BIBLIOGRAFIA ......................................................................................... 25

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LISTA DE FIGURAS

Figura 02.01 – Rugosidade média Ra

Figura 02.02 – Rugosidade Ry definida pela rugosidade parcial (neste caso Z3)

Figura 02.03 – Rugosidade média Rz

Figura 02.04 - Indicação do estado de superfície no desenho

Figura 02.05 – Indicação no desenho

Figura 02.06 – Rugosímetro digital

Figura 02.07 – Tipos de rugosímetro

Figura 02.08 – Esquema de funcionamento de um rugosímetro

Figura 02.09 – Projetor de perfil

Figura 02.10 – Lentes do projetor de perfil

Figura 02.11 – Sistemas de projeção

Figura 02.12 – Projeção diascópica

Figura 02.13 – Projeção episcópica

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1 OBJETIVO DA PRÁTICA

• Verificar as irregularidades de superfícies obtidas por diversos

processos produtivos. Familiarizar os alunos com os equipamentos

utilizados e parâmetros normalizados, através do qual os alunos

poderão sentir as influências das irregularidades das superfícies nas

suas diversas aplicações.

• Familiarizar o aluno com o uso do projetor de perfis e com a medição

óptica.

• Introduzir alguns conceitos utilizados em instrumentos de medição

óptica.

• Familiarizar o aluno com o conjunto de recursos do instrumento que

lhes atribuí a capacidade de medir.

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2 INTRODUÇÃO

2.1 Rugosidade

É o conjunto de irregularidades, pequenas saliências e reentrâncias que

caracterizam uma superfície, ou seja, as diferenças entre picos e vales. Essas

irregularidades podem ser avaliadas através de aparelhos eletrônicos, por

exemplo, o rugosímetro.

A rugosidade desempenha um papel importante no comportamento dos

componentes mecânicos. Ela influi na qualidade de deslizamento, resistência

ao desgaste, ajuste do acoplamento, escoamento de fluidos e lubrificantes,

qualidade de aderência que a estrutura oferece às camadas protetoras,

resistência à corrosão e à fadiga, vedação, aparência.

A grandeza, a orientação e o grau de irregularidade da rugosidade

podem indicar suas causas que podem ser, imperfeições nos mecanismos das

máquinas-ferramenta, vibrações no sistema peça-ferramenta, desgaste das

ferramentas ou até mesmo a própria conformação da peça.

Sua medida é expressa em microns (µm).

2.1.1 Parâmetros de rugosidade

A superfície das peças apresentam perfis bastante diferentes entre si.

As saliências e reentrâncias (rugosidade) são irregulares. Para dar acabamento

adequado às superfícies é necessário, portanto, determinar o nível em que elas

devem ser usinadas, ou seja, deve-se adotar um parâmetro que possibilite

avaliar a rugosidade.

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2.1.2 Rugosidade média Ra

Esse parâmetro conhecido como Ra (Roughness Average) significa

rugosidade média (Figura 02.01), e é obtido através da média pico vale, ou

seja, somatória das áreas.

O parâmetro Ra pode ser usado nos seguintes casos:

• Controle contínuo da rugosidade nas linhas de produção;

• Superfícies em que o acabamento apresenta sulcos de usinagem

bem orientados (torneamento, fresagem etc.);

• Superfícies de pouca responsabilidade, como no caso de

acabamentos com fins apenas estéticos.

Figura 02.01 – Rugosidade média Ra

a) Vantagens do parâmetro Ra

É o parâmetro de medição mais utilizado em todo o mundo. É aplicável à

maioria dos processos de fabricação. Devido a sua grande utilização, quase

todos os equipamentos apresentam esse parâmetro (de forma analógica ou

digital eletrônica).

Os riscos superficiais inerentes ao processo não alteram muito seu

valor.

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b) Desvantagens do parâmetro Ra

O valor de Ra em um comprimento de amostragem indica a média da

rugosidade. Por isso, se um pico ou vale maior aparecer na superfície, o valor

da média não sofrerá grande alteração, ocultando o defeito.

O valor de Ra não define a forma das irregularidades do perfil. Dessa

forma, poderemos ter um valor de Ra para superfícies originadas de processos

diferentes de usinagem.

Nenhuma distinção é feita entre picos e vales.

Para alguns processos de fabricação com freqüência muito alta de vales

ou picos, o parâmetro não é adequado, já que a distorção provocada pelo filtro

eleva o erro a altos níveis.

2.1.3 Rugosidade máxima Ry

Está definido como o maior valor das rugosidades parciais (Figura

02.02) que se apresenta no percurso de medição (Lt). Divide o comprimento

amostral em seis partes descarta 1/6 como aceleração e desaceleração e

mostra o valor da máxima amplitude das cinco medidas.

O parâmetro Ry pode ser empregado nos seguintes casos:

• Superfícies de vedação;

• Assentos de anéis de vedação;

• Superfícies dinamicamente carregadas;

• Tampões em geral;

• Parafusos altamente carregados;

• Superfícies de deslizamento em que o perfil efetivo é periódico.

Figura 02.02 – Rugosidade Ry definida pela rugosidade parcial (neste caso Z3)

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a) Vantagens do parâmetro Ry

Informa sobre a máxima deterioração da superfície vertical da peça. É

de fácil obtenção quando o equipamento de medição fornece o gráfico da

superfície.

Tem grande aplicação na maioria dos países.

Fornece informações complementares ao parâmetro Ra (que dilui o

valor dos picos e vales).

b) Desvantagens do parâmetro Ry

Nem todos os equipamentos fornecem o parâmetro. E, para avaliá-lo por

meio de um gráfico, é preciso ter certeza de que o perfil registrado é um perfil

de rugosidade. Caso seja o perfil efetivo (sem filtragem), deve ser feita uma

filtragem gráfica. Pode dar uma imagem errada da superfície, pois avalia erros

que muitas vezes não representam a superfície como um todo. Por exemplo:

um risco causado após a usinagem e que não caracteriza o processo.

2.1.4 Rugosidade média Rz

Corresponde à média aritmética dos cinco valores de rugosidade parcial,

ou seja, divide o comprimento amostral em seis partes descarta 1/6 como

aceleração e desaceleração e mostra a média das amplitudes.

O parâmetro Rz (Figura 02.03) pode ser empregado nos seguintes

casos:

• Pontos isolados não influenciam na função da peça a ser controlada.

Por exemplo: superfícies de apoio e de deslizamento, ajustes

prensados, etc.

• Em superfícies onde o perfil é periódico e conhecido.

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Figura 02.03 – Rugosidade média Rz

a) Vantagens do parâmetro Rz

Informa a distribuição média da superfície vertical. É de fácil obtenção

em equipamentos que fornecem gráficos. Em perfis periódicos, define muito

bem a superfície.

Riscos isolados serão considerados apenas parcialmente, de acordo

com o número de pontos isolados.

b) Desvantagens do parâmetro Rz

Em algumas aplicações, não é aconselhável a consideração parcial dos

pontos isolados, pois um ponto isolado acentuado ser· considerado somente

em 20%, mediante a divisão de 1/5.

Assim como o Ry, não possibilita nenhuma informação sobre a forma do

perfil, bem como da distância entre as ranhuras.

Nem todos os equipamentos fornecem esse parâmetro.

2.1.5 Medição da rugosidade

Existem vários tipos de superfície de peças, para identificar rapidamente

cada um desses tipos e o estado das superfícies, foi criada a norma ABNT –

NBR 8404/1984. Esta norma fixa os símbolos e indicações complementares

para a identificação do estado de superfície em desenhos técnicos, conforme

tabela 02.01.

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Simbologia de rugosidade sem indicação

Símbolo Significado

Símbolo básico; só pode ser quando seu significado for

complementado por uma indicação.

Caracteriza uma superfície usinada, sem mais detalhes.

Caracteriza uma superfície na qual a remoção de material não é

permitida e indica que a superfície deve permanecer no estado

resultante de um processo de fabricação anterior, mesmo se ela

tiver sido obtida por usinagem.

Tabela 02.01 - Simbologia de rugosidade sem indicação

Ainda existem outras tabelas, as quais representam símbolos utilizados

em rugosidades com características principais RA ou até mesmo símbolos para

indicações simplificadas. Todas estas tabelas podem ser encontradas na

norma ABNT 8404.

a) Indicação do estado de superfície no desenho

Cada uma das indicações do estado de superfície (Figura 02.04) é

disposta em relação ao símbolo.

Figura 02.04 - Indicação do estado de superfície no desenho

a = valor da rugosidade Ra, em mm, ou classe de rugosidade N1 até

N12;

b = método de fabricação, tratamento ou revestimento;

c = comprimento de amostra, em milímetro (cut off);

d = direção de estrias;

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e = sobremetal para usinagem, em milímetro;

f = outros parâmetros de rugosidade (entre parênteses).

b) Indicação no desenho

Os símbolos e inscrições (Figura 02.05) devem estar orientados de

maneira que possam ser lidos tanto com o desenho na posição normal como

pelo lado direito.

Figura 02.05 – Indicação no desenho

c) Direção das estrias

Se for necessário definir uma direção das estrias que não esteja

claramente definida por um desses símbolos, ela deve estar descrita no

desenho por uma nota adicional.

A direção das estrias é a direção predominante das irregularidade da

superfície, que geralmente resultam do processo de fabricação utilizado.

2.1.6 Rugosímetro

O rugosímetro (Figura 02.06) é um aparelho eletrônico amplamente

empregado na indústria para verificação de superfície de peças e ferramentas

(rugosidade). Assegura um alto padrão de qualidade nas medições. Destina-se

à análise dos problemas relacionados á rugosidade de superfícies.

Inicialmente, o rugosímetro destinava-se somente à avaliação da

rugosidade ou textura primária. Com o tempo, apareceram os critérios para

avaliação da textura secundária, ou seja, a ondulação, e muitos aparelhos

evoluíram para essa nova tecnologia. Mesmo assim, por comodidade,

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conservou-se o nome genérico de rugosímetro também para esses aparelhos

que, além de rugosidade, medem a ondulação.

Figura 02.06 – Rugosímetro digital

Os Rugosímetros podem ser classificados em dois grandes grupos

(Figura 02.07):

• Aparelhos que fornecem somente a leitura dos parâmetros de

rugosidade (que pode ser tanto analógica quanto digital).

• Aparelhos que, além da leitura, permitem o registro, em papel, do

perfil efetivo da superfície.

Figura 02.07 – Tipos de rugosímetro

Os primeiros são mais empregados em linhas de produção, enquanto

os segundos têm mais uso nos laboratórios, pois também apresentam um

gráfico que é importante para uma análise mais profunda da textura superficial.

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Esse processo consiste, basicamente, em percorrer a rugosidade com

um apalpador de formato normalizado, acompanhado de uma guia (patim) em

relação ao qual ele se move verticalmente.

a) Componentes do rugosímetro

Os aparelhos para avaliação da rugosidade superficial são compostos das

seguintes partes (Figura 02.08):

• Apalpador: Também chamado de “pick-up”, desliza sobre a superfície que

será verificada, levando os sinais da agulha apalpadora, de diamante, até o

amplificador.

• Unidade de acionamento: Desloca o apalpador sobre a superfície, numa

velocidade constante e por uma distância desejável, mantendo-o na mesma

direção.

• Amplificador: Contém a parte eletrônica principal, dotada de um indicador

de leitura que recebe os sinais da agulha, amplia-os, e os calcula em

função do parâmetro escolhido.

• Registrador: É um acessório do amplificador (em certos casos fica

incorporado a ele) e fornece a reprodução, em papel, do corte efetivo da

superfície.

Figura 02.08 – Esquema de funcionamento de um rugosímetro

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2.2 Projetor de Perfil

Os meios óticos de medição foram empregados, no início, como recurso

de laboratório, para pesquisas, etc. Pouco a pouco, foram também

conquistando as oficinas, nas quais resolvem problemas, facilitam a produção e

melhoram a qualidade dos produtos.

Quando uma peça é muito pequena, fica difícil visualizar seu perfil e

verificar suas medidas com os aparelhos e instrumentos já vistos, esse

problema é resolvido com os projetores de perfil.

Hoje, os projetores já trabalham ao lado das máquinas operatrizes ou,

muitas vezes, sobre elas, mostrando detalhes da própria peça durante a

usinagem.

2.2.1 Característica / Funcionamento

O projetor de perfil (Figura 02.09) destina-se á verificação de peças

pequenas, principalmente as de formato complexo. Ele permite projetar em sua

tela de vidro a imagem ampliada da peça.

Figura 02.09 – Projetor de perfil

Esta tela possui gravadas duas linhas perpendiculares, que podem ser

utilizadas como referência nas medições.

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O projetor possui uma mesa de coordenadas móvel com dois cabeçotes

micrométricos, ou duas escalas lineares, posicionados a 90º.

Ao colocar a peça que será medida sobre a mesa, obtemos na tela uma

imagem ampliada, pois a mesa possui uma placa de vidro em sua área central

que permite que a peça seja iluminada por baixo e por cima simultaneamente,

projetando a imagem na tela do projetor. O tamanho original da peça pode ser

ampliado 5, 10, 20, 50 ou 100 vezes por meio de lentes intercambiáveis (Figura

02.10), o que permite a verificação de detalhes da peça em vários tamanhos.

Figura 02.10 – Lentes do projetor de perfil

Em seguida, move-se a mesa até que uma das linhas de referência da

tela tangencie o detalhe da peça e zera-se o cabeçote micrométrico (ou a

escala linear).

Move-se novamente a mesa até que a linha de referência da tela

tangencie a outra lateral do detalhe verificado. O cabeçote micrométrico (ou a

escala linear) indicará a medida.

O projetor de perfil permite também a medição de ‚ângulos, pois sua tela

é rotativa e graduada de 1º a 360º em toda a sua volta. A leitura angular se faz

em um nônio que permite resolução de 10’. (Nos projetores mais modernos a

indicação é digital).

2.2.2 Sistemas de projeção

Nos projetores de perfil, podemos ter três tipos de projeção (Figura

02.11), sendo elas:

• Projeção diascópica;

• Projeção Episcópica;

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• Ambas as projeções.

Figura 02.11 – Sistemas de projeção

a) Projeção diascópica

Na projeção diascópica (contorno) (Figura 02.12), a iluminação

traspassa a peça que será examinada.

Com isso, obtemos na tela uma silhueta escura, limitada pelo perfil que

se deseja verificar.

Figura 02.12 – Projeção diascópica

Para que a imagem não fique distorcida, o projetor possui diante da

lâmpada um dispositivo óptico chamado condensador. Esse dispositivo

concentra o feixe de luz sob a peça. Os raios de luz, não detidos por ela,

atravessam a objetiva amplificadora. Desviados por espelhos planos, passam,

então, a iluminar a tela.

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A projeção diascópica È empregada na medição de peças com

contornos especiais, tais como pequenas engrenagens, ferramentas, roscas

etc.

b) Projeção episcópica

No sistema de projeção episcópica (superfície) (Figura 02.13) , a

iluminação se concentra na superfície da peça, cujos detalhes aparecem na

tela. Eles se tornam ainda mais evidentes se o relevo for nítido e pouco

acentuado. Esse sistema È utilizado na verificação de moedas, circuitos

impressos, gravações, acabamentos superficiais etc.

Figura 02.13 – Projeção episcópica

Quando se trata de peças planas, devemos colocar a peça que será

medida sobre uma mesa de vidro. As peças cilíndricas com furo central, por

sua vez, devem ser fixadas entre pontas.

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3 DESCRIÇÃO DA PRÁTICA

3.1 Rugosímetro

3.1.1 Equipamentos

Para realização desta demonstração foram utilizados os seguintes

materiais:

• Microscópio de medição;• Rugosímetro;• Padrões.

3.1.2 Procedimento

Durante a última aula, foi apresentado ao grupo o processo de medição

e visualização de rugosidade. Esse processo consiste na determinação dos

desvios microgeométricos existentes na superfície dos materiais que passam

por algum processo de usinagem. Para realização do experimento de medição

de rugosidade utilizamos o rugosímetro em conjunto com os blocos padrões.

Existem diversas classificações quanto ao nível de rugosidade de um

material. A classificação menos precisa é denominada Ra, e é muito utilizada

na indústria mecânica. A classificação mais precisa é denominada Ry, e é

bastante utilizada na indústria química e alimentícia. A norma vigente no Brasil

que relaciona as características de rugosidade é DIN. É importante salientar

que todas as medições de rugosidade devem ser feitas utilizando uma linha

perpendicular às linhas de usinagem.

Finalizando o assunto, o instrutor orientou a todos do grupo como

efetuar as medições de rugosidade dos blocos padrões. A tabela com os

valores obtidos está apresentada no item 4.1 deste relatório

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3.2 Projetor de Perfil

3.2.1 Equipamentos

Para realização desta demonstração foram utilizados os seguintes

materiais:

• Projetor de perfil marca TOPCON, modelo PP-30E - IEP 11907;

• Jogo de objetivas com ampliações de 10x, 20x, 50x e 100x;

• Mesa de coordendas 180 x 160 x 0.005 mm;

• Dispositivo para fixação entre centros;

• Paquímetro universal 8" x 0.05 mm - IEP 202521;

• Incerteza estimada:do tambor micrométrico 0.013 mm.

3.2.2 Procedimento

Ainda na aula do dia 01 de novembro, foi apresentado ao grupo o

Projetor de Perfil. Esse equipamento é utilizado para visualizar pequenas

características dos materiais, como furos microscópicos, e para comparar o

perfil de uma peça (por exemplo, comparar se o passo de uma rosca está

correto).

Segundo o instrutor, podemos visualizar as peças de três maneiras:

através de projeções diascópicas, episcópicas e mista, conforme visto no

capítulo 2 deste relatório. Para visualização dessas projeções foram feitas

algumas medições em uma engrenagem (Figura 03.01) para se determinar o

raio intero da mesma, estes dados estão demonstradas na tabela 03.01

Valor de A(Corda)

Valor de B(Distancia da

corda)

Diâmetro Valor encontradocom o paquimetro

Amostra 1 6,284 0,751 6,948179095 14,5Amostra 2 9,582 1,77 7,369090678 14,5Amostra 3 11,4 2,705 7,358045287 14,5

Média 9,088666667 1,742 7,22510502 14,5Tabela 03.01 - Valores medidos no projeto de perfil

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Figura 03.01 – Peça medida no projeto de perfil

a

b

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4 QUESTIONÁRIO

4.1 Rugosímetro

4.1.1 Analisar as rugosidades superficiais obtidas nos diversos

processos de fabricação.

Conforme proposto no item 3.1.2 realizamos as medições de quatro peças que

foram feitas em tipos de diferentes de processos de usinagem, conforme tabela

04.01.

RaRaRaRa RzRzRzRz RyRyRyRy

Tipo do padrãoTipo do padrãoTipo do padrãoTipo do padrão

(cut-off)(cut-off)(cut-off)(cut-off) 0,250,250,250,25 0,80,80,80,8 2,52,52,52,5 0,250,250,250,25 0,80,80,80,8 2,52,52,52,5 0,250,250,250,25 0,80,80,80,8 2,52,52,52,5

Desbastada 1,08 3,68 4,1 4,7 13,9 17 6,3 15,6 18,9 µm

Alisada 1,52 2,41 2,28 6,4 11,5 13,7 7,1 12,4 15,6 µm

Retificada 0,36 0,4 0,45 2,8 3,3 4,3 3,8 3,8 4,9 µm

Lixada 0,06 0,07 0,09 0,5 0,6 1,1 0,6 0,8 1,5 µm

Tabela 04.01

Fazendo uma comparação com os valores da tabela 04.02 que é a tabela de

referência para esse tipo de medição podemos chegar a algumas conclusões.

Tabela 04.02

Para Ra de 0 a 0,1 a peça lixada não precisaria ser medida com cut-off maior

que 0,25 pois os resultado obtidos estão de boa qualidade.

Com Ra entre 0,1 e 2,0 o cut-off de 0,80 pode ser utilizado em quase todos os

processos de fabricação, porém não se comporta bem com o desbaste e

alisamento.

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Para se obter um bom resultado nas medições devemos utilizar o cut-off de

2,5, pois o mesmo utilizar uma área maior da peça, fazendo com que se

aumente o nível da precisão da medição.

4.1.2 Definir rugosidade média Ra e dar exemplos de três peças

nas quais é ncessária a indicação da rugosidade.

A rugosidade média (Ra) é definida com a amplitude média do perfil em

relação à linha de referência, sobre um comprimento do perfil correspondente à

cada comprimento amostral considerado.

Este tipo de rugosidade normalmente é encontrado em desenhos de

eixos, engrenagens e carcaças.

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5 CONCLUSÃO

A prática nos foi de grande valia, pois pudemos perceber as grandes

variações de rugosidades originárias de processos distintos, e também as

diferenças entre as aplicações das escalas de rugosidade dentro de uma

mesma peça medida e analisar estas variações variações de maneira técnica.

Nos processos de fabricação as superfícies dos componentes

mecânicos devem ser adequadas ao tipo de função que exercem. Por esse

motivo, a importância do acabamento superficial aumenta à medida que

crescem as exigências do projeto. As superfícies dos componentes deslizantes,

por exemplo, devem ser lisas para que o atrito seja o menor possível. Já as

exigências de acabamento das superfícies externas são menores, a menos que

sejam puramente estéticas.

Os diferentes processos de fabricação de componentes mecânicos

determinam acabamentos diversos nas suas superfícies, e estas por mais

perfeitas que sejam, apresentam irregularidades que só podem ser detectadas

através de equipamentos especiais de medição.

A produção das superfícies lisas exige, em geral, custo de fabricação

mais elevado, portanto a menos que necessário, deve-se reduzir o máximo

possível o gasto com este tipo de recurso.

Quanto ao uso do projeto de perfil, não conseguimos ter muito contato

com o equipamento, e não achamos nenhuma aplicação para ele na nossa

área de automação, pois se trata de um equipamento somente utilizado na

área de metrologia.

Page 25: Relatorio 14 Rugosimetro Projetor de Perfil

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6 BIBLIOGRAFIA

CASILLAS, A.L. Tecnologia da Medição.; tradução Geenen, Walter H.;. SãoPaulo: Editora Mestre Jou.

AGOSTINHO, Luis e outros. Tolerâncias, ajustes, desvios e análises dedimensões, São Paulo, Blucher,1977.

Biblioteca Virtual da USP. Disponível em:

<http://www.bibvirt.futuro.usp.br/cursprofissionalizante/metrologia/>. Acesso

em: 04 nov. 2008.