Relatorio 7 - Campo Magnético

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calculando o campo magnetico em solução aquosa

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIAUFU

Relatório 8 de Eletricidade e Magnetismo Experimental

Tema da Prática: Medida do Campo Magnético da Terra

Disciplina: GEE008 – Eletricidade e Magnetismo

Professor: Vinícius Carvalho Teles

Turma: UB

Equipe:Aline MarquesCaio César TeodoroCamila Forigo Beloti Ciro Junqueira Vitor MenezesYasmin Jorge

Uberlândia, 08 de janeiro de 2014.Universidade Federal de Uberlândia

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Sumário

1. Objetivos.........................................................................................................................1

2. Introdução......................................................................................................................1

3. Procedimento................................................................................................................3

3.1. Materiais Utilizados.......................................................................................3

3.2. Parte experimental......................................................................................3

4. Resultados......................................................................................................................4

5. Discussões e Conclusão............................................................................................8

6. Referências Bibliográficas.......................................................................................8

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1. Objetivo

Determinar o valor da componente horizontal do campo magnético da cidade de Uberlândia.

2. Introdução

O estudo do campo magnético da Terra sempre foi motivado pelo seu interesse prático na navegação, comunicação, prospecção mineral, etc.

Do ponto de vista magnético, a Terra se comporta como se tivesse um grande ímã, na forma de barra, colocado em seu interior tendo pólo sul magnético apontando aproximadamente para o norte geográfico (Figura 1).

Figura 1: Ilustração das linhas de indução magnética B da terra.

O campo magnético da Terra tem, em geral, certa inclinação com relação à superfície da Terra. Assim para se ter uma informação completa do campo em determinado local, deve-se medir sua componente horizontal e vertical e então determinar vetorialmente o campo resultante. O módulo deste campo magnético varia entre 20 a 60 T (10 6 T). Devido às condições geológicas específicas de determinadas regiões podem ocorrer anomalias com o valor do campo magnético esperado para aquele local.

Neste experimento será medida a componente horizontal do campo magnético sobre a mesa no laboratório. A principal contribuição para este campo será o campo da terra. Entretanto, a proximidade de materiais magnéticos (objetos de ferro no geral), próximos ao local da medida, pode influir no valor total do campo medido.

Uma forma simples e razoavelmente precisa de se medir a componente horizontal do campo da Terra é utilizando uma bússola e um campo magnético conhecido. Neste

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experimento, o campo conhecido será aquele produzido no centro de uma bobina de Helmholtz, percorrida por uma corrente I.

Figura 2: Esquema mostrando um arranjo conhecido como bobina de Helmholtz.

Na situação mostrada acima, R é o raio, a a distância entre as bobinas e I a corrente passando pelas bobinas cria um campo magnético no ponto P, paralelo ao eixo das bobinas para a direita e de intensidade dada por:

B = (μ0NR²)i

(R2+a2)32 (1)

sendo que μ0 =1,26x10-6 Tm /A é a permeabilidade magnética do vácuo ( ar ¿ . Assim, estando na superfície da Terra, o campo magnético resultante no ponto P será a soma vetorial do campo da bobina com o campo da Terra (campo local) ali existente. Se o eixo da bobina com o campo da Terra for orientado na direção leste-oeste, seu campo fará um ângulo de 90° com o campo da Terra (direção norte-sul) sendo o campo resultante dado como ilustra a figura 3 abaixo:

Figura 3: O campo magnético resultante (BR) e suas componentes: a componente horizontal do campo

magnético (BH) e o campo magnético criado pela bobina de Helmholtz(B).

Se conhecermos o campo produzido pelas bobinas e o ângulo θ entre o campo da Terra e o campo resultante, podemos calcular o campo da Terra através da relação:

tgθ= BBH

(2)

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A expressão que nos permite calcular o campo magnético produzido no centro das bobinas pode ser escrita como:

B=Cl (3)

Sendo, C = (μ0NR ²)

(R2+a2)32

(4)

Substituindo a equação (3) em (2) tem-se:

I=BHC

tgθ (5)

3. Procedimento

3.1. Materiais Utilizados:

1 bússola; 2 bobinas (Helmholtz); 1 amperímetro (até 200mA); 1 resistor de proteção 47 ohms(10W ); 1 fonte de tensão; 1 suporte para bússola; 4 fios. 1 régua;

3.2. Parte experimental:

Primeiramente meça o valor médio de R e a das bobinas e calcule o valor da constante C. Passe a bússola sobre toda a região da mesa e posicione a bobina numa região onde você considera haver a menor influência possível de materiais magnéticos locais.

Coloque a bússola na posição central das bobinas (ponto P). As bobinas devem ser orientadas de modo que seu eixo (direção normal ao plano) aponte na direção leste-oeste.

Monte o circuito como mostra a figura 4 (o resistor de 47Ω serve como proteção do circuito):

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Figura 4: Circuito para aplicação de corrente na bobina de Helmhotz

Ajuste a tensão da fonte para o mínimo possível. Varie a tensão na fonte de forma a obter uma série de valores de corrente I com o respectivo desvio θ da agulha da bússola. Não ultrapassar 120mA de corrente.

A partir de um gráfico I x tgθ obtenha o valor do campo magnético local nolaboratório com o seu respectivo erro

4. Resultados

Com uma régua medimos o raio R da bobina que é igual a 20,75 cm e a que é a distância entre as bobinas que é de 21 cm. Substituindo esses valores na equação (4) encontramos o valor da constante C.

C = (μ0NR ²)

(R2+a2)32

C=1,26 x10−6❑

.154. (0,2075 )2❑

(0,20752+0,1052 )32

C=8,35463475 x10−6❑

0,012576797

C=664,2894978 x10-6 F

Variando a tensão da fonte obtemos os valores de corrente I com o respectivo desvio θ da agulha da bússola e valor da tangente de θ, representados na tabela 1 a seguir:

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medidas tensão(V ) corrente(A) θ tgθ

1ª 1 0,0103 10°0,17632

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2ª 3 0,0276 35°0,70020

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3ª 5 0,0487 60°1,73205

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4ª 7 0,0675 65°2,14450

75ª 10 0,0989 78° 4,70463

6ª 12 0,1193 80°5,67128

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Tabela 1: valores da corrente I, desvio θ da agulha da bússola e tgθ.

Com os valores acima da corrente I e da tgθ, plotamos o gráfico I x tgθ abaixo:

0 1 2 3 4 5 60

0.020.040.060.08

0.10.120.14

f(x) = 0.0186804248195621 x + 0.0149472782438456R² = 0.972527142262733

I(A) x tgθ

corrente(A)Linear (corrente(A))

tgθ

I(A)

Gráfico 1: Corrente e tangente do ângulo de inclinação da bússola.

Aplicando a regressão linear na reta do gráfico 1 encontramos a equação

y=0,018x+0,014 que representa a equação I=BHC

tgθ (5), em que y = I, o coeficiente

angular a=0,018 corresponde aBHC

e x=tgθ e o coeficiente angular b=0,014

representa o erro.

Utilizando os valores já encontramos da constante C e de a e substituindo na relação a=BHC

,

podemos encontrar o valor de BH.

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a=BHC

0,018=¿ BH

664,2894978x 10−6

BH = 11,95721096x10-6 T

Portanto, o campo magnético calculado no laboratório situado em Uberlândia é de 11,95721096x10-6 T .

5. Discussões e Conclusão

Devido a vários motivos, principalmente o cálculo do campo, o valor encontrado não foi totalmente igual ao esperado, porém foi parecido. Isso ocorre porque qualquer material de metal que esteja por perto, ou algum aparato eletrônico, interfere diretamente na direção do campo magnético, e consequentemente no seu valor.

Portanto, pode-se dizer que as bobinas foram eficientes na medida do campo magnético terrestre, tanto em módulo quanto em direcionamento. Apesar das interferências, a ordem de grandeza encontrada foi satisfatória.

6.Referências Bibliográficas

MARLETTA, Prof. Alexandre. Laboratório de Física Experimental II. Uberlândia; Instituto de Física – INFIS – UFU.

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