Relatório Anual de Actividades 2008 - Direção Regional de ... · problemática da poluição de...
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Relatório Anual de Actividades 2008 DIVISÃO DE EXPERIMENTAÇÃO, QUALIFICAÇÃO E APOIO LABORATORIAL 07-03-2009 DIRECÇÃO REGIONAL DE AGRICULTURA E PESCAS DO NORTE ZULMIRA LOPES
Divisão de Experimentação, Qualificação e Apoio Laboratorial 2
SIGLAS E ABREVIATURAS
ANCRAS – Associação Nacional de Caprinicultores de Raça Serrana
ANQ – Agência Nacional para as Qualificações
CPA – Código do Procedimento Administrativo
DEQAL - Divisão de Experimentação, Qualificação e Apoio Laboratorial
DGADR – Direcção Geral Agricultura e desenvolvimento Rural
DRA – Direcção Regional de Agricultura
DRAEDM – Direcção Regional de Agricultura de Entre Douro e Minho
DRATM - Direcção Regional de Agricultura de Trás-os-Montes
DSAGR – Direcção de Serviços de Apoio à Gestão de Recursos
EAT - Estrutura de Apoio Técnico
ETAR – Estação de Tratamento de Águas Residuais
MADRP – Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas
POPH – Programa Operacional Potencial Humano
QUAR - Quadro de Avaliação e Responsabilização
RNE – Rede Nacional de Ensaios
RSU – Resíduos Sólidos Urbanos
Divisão de Experimentação, Qualificação e Apoio Laboratorial 3
Índice Divisão de Experimentação, Qualificação e Apoio Laboratorial ................................................ 4
Resumo ................................................................................................................................... 4
Alinhamento estratégico dos objectivos ................................................................................ 8
Apreciação quantitativa ......................................................................................................... 9
Justificação para os desvios .................................................................................................. 11
Auto-avaliação da Unidade Orgânica ................................................................................... 17
Apreciação qualitativa e quantitativa dos resultados alcançados de eficiência, eficácia e qualidade .......................................................................................................................... 17
Actividades desenvolvidas mas não previstas no plano de actividades e resultados alcançados ........................................................................................................................ 19
Resultados obtidos na gestão de recursos humanos, financeiros e materiais .................... 39
Prestação para os resultados globais da DRAP-Norte .......................................................... 42
Avaliação do sistema de controlo interno ............................................................................ 43
Mecanismos de participação e auscultação dos clientes internos e externos .................... 44
Grau de realização do plano de formação da unidade orgânica tendo em conta as necessidades de desenvolvimento das competências individuais ...................................... 45
Conclusões prospectivas e actuação futura ......................................................................... 46
Divisão de Experimentação, Qualificação e Apoio Laboratorial 4
Divisão de Experimentação, Qualificação e Apoio Laboratorial
Resumo
A Divisão de Experimentação, Qualificação e Apoio Laboratorial desenvolve a sua actividade
em três áreas distintas, a saber: Experimentação, Qualificação Agrária e o Apoio Laboratorial
às actividades primárias, secundárias e terciárias relacionadas com a produção, valorização e
comercialização de produtos de origem vegetal e apoio ao controlo sanitário dos efectivos
animais da região nordeste. Esta Divisão tem como missão participar e promover o
desenvolvimento da experimentação, da qualificação agrária e o apoio laboratorial ao sector
produtivo, bem como o controlo para o cumprimento da regulamentação comunitária e
nacional aos géneros alimentícios de origem vegetal e resíduos orgânicos depositados em
solo agrícola, garantindo uma produção agro-alimentar e um desenvolvimento rural
sustentável.
Neste contexto, é objectivo último implementar e manter uma rede de unidades
experimentais, capazes de produzir os conhecimentos necessários ao apoio dos activos
agrícolas e à qualificação de potenciais activos, contribuindo para o desenvolvimento de
novos processos produtivos tecnologicamente, ambientalmente, economicamente
sustentáveis e seguros para o consumidor.
A experimentação desenvolve-se em 3 centros, localizados em Vairão – Vila do Conde,
Valongo – Mirandela e Vidago - Chaves.
As áreas afectas ao Núcleo de Vairão compreendem a Quinta da Amora, com cerca de 29,6
ha e a Quinta do Crasto, com cerca de 8,2 ha.
Na Quinta da Amora existe uma área social, onde se encontra um edifício com gabinetes e
laboratórios, um edifício que serve de arrecadação do parque de máquinas e inclui o
armazém de conservação dos produtos pós-colheita e comercialização e ainda um armazém
de pesticidas. Para além das construções e da área social, a área agrícola está dividida em 3
áreas: uma com cerca de 20 ha, que está florestada com várias espécies caducifólias e de
folha perene; uma parcela com aproximadamente 4,2 ha onde se cultivam espécies
forrageiras e outra com cerca de 1,6 ha, dividida em partes aproximadamente iguais com um
pomar (várias espécies) e uma área hortícola.
A Quinta do Crasto é a principal zona de experimentação hortoflorícola, englobando uma
área para culturas protegidas, com cerca de 5000m2 de estufas.
A Quinta de Vidago está organizada em 4 áreas distintas, a saber: uma vinha que ocupa 2,20
ha, onde estão instaladas as variedades de videiras mais representativas da região e uma
colecção de videiras regionais; a colecção de 116 variedades de pereiras em preservação de
germoplasma in vivo; um pomar de macieiras, com 6 variedades; cerca de 2 ha agricultados
Divisão de Experimentação, Qualificação e Apoio Laboratorial 5
em regime de rotação entre culturas cerealíferas regionais e ensaios da RNE, e ensaios de
recolha, recuperação e caracterização de espécies hortícolas regionais.
O núcleo experimental da Quinta do Valongo possui cerca de 104 ha, sendo 14 destinados a
área social e áreas não agrícolas, 6,4 ha de olival (9000 pés de oliveiras), 1 ha de cerejal, 0,6
ha de figueiras, 2,1 ha de amendoal e cerca de 55 ha destinados à produção de forragens e
pastagens. No ano de 2007 e 2008 (até 30 de Setembro) esta área agrícola foi utilizada pela
ANCRAS no pastoreio do efectivo de pequenos ruminantes anteriormente pertencente à
DRATM, tal como as instalações de apoio à produção animal.
Após a fusão da 2 DRA, a área da gestão da Qualificação agrária propriamente dita,
concentrou os seus recursos humanos em apenas em um local (Vairão), dispondo de um
número de activos reduzido a três funcionários, a quem cabe proceder ao encerramento dos
projectos de qualificação profissional agrária (medida 7.1 da DRAEDM) e de 2 estudos de
formação profissional (medida 7.3.) e implementar todas as actividades inerentes às
competências legais no âmbito da avaliação e certificação de acções de formação,
nomeadamente a homologação de formadores e de acções de formação, bem como da
certificação de formandos. Para que estas actividades sejam valoradas, divulgadas e passíveis
de utilização pelos mais diversos clientes/utentes, foi criada e está em actualização
constante uma base de dados, de uso interno e com acesso ao exterior através da página da
DRAPN, onde é possível aceder a toda a informação no âmbito da FPA, como por exemplo,
aceder à bolsa de formadores homologados, arrolada por área formativa.
Associada à qualificação agrária, estão as estruturas formativas, vulgarmente designadas de
Centros de Formação Profissional, dispersos pela região, em número de 4, estando 3
associados às unidades experimentais e o quarto situado em Vila Nova de Cerveira. Este
último, por despacho do Sr. Director Regional passou para a dependência hierárquica da
Delegação Regional do Minho Lima.
A actividade de Apoio Laboratorial, desenvolve-se nas áreas de química agrícola e
ambiental, química alimentar e sanidade animal, localizando-se os laboratórios na Rua da
Restauração - Porto, S. da Hora - Matosinhos e Quinta do Valongo - Mirandela.
O Laboratório de Química Agrícola e Ambiental está particularmente envolvida com a
problemática da poluição de solos ao nível da Região, tendo como atribuição o controlo
analítico, no âmbito de fiscalização e monitorização da Zona Vulnerável n.º 1, da
competência da Direcção Regional, bem como o apoio à fertilidade do solo da actividade
produtiva da região. Esta actividade constitui um elemento particularmente importante, no
apoio à actividade de algumas Divisões da DRAPN, como suporte às acções relativas aos
programas de acção das zonas vulneráveis, planos de aplicação de lamas de depuração e de
utilização de subprodutos, e às actividades de experimentação da Divisão. A tipologia das
análises realizadas insere-se no apoio às acções de controlo oficial e na prestação de serviços
nas seguintes vertentes:
Divisão de Experimentação, Qualificação e Apoio Laboratorial 6
• Controlo de práticas agrícolas associadas à contaminação dos recursos hídricos;
• Controlo de poluição de solos agrícolas;
• Avaliação da conformidade de matérias fertilizantes;
• Avaliação da qualidade de correctivos orgânicos;
• Valorização agrícola de resíduos orgânicos;
• Monitorização de lamas e RSUs;
• Avaliação de desequilíbrios nutricionais nas culturas.
Os programas analíticos relacionados com as competências instaladas, nomeadamente em
matéria de fertilidade do solo têm permitido dar resposta às diferentes solicitações e
afirmam-se como uma mais-valia e uma referência neste domínio.
As suas principais actividades analíticas desenvolvem-se nas vertentes:
• Apoio à fertilidade do solo e das culturas - controlo analítico de solos, de folhas, de
águas de rega e de efluentes orgânicos (solicitadas por agricultores, associações e
empresas diversas, nomeadamente as associadas à comercialização de sementes);
• Controlo analítico de solos, águas de rega e efluentes orgânicos, no âmbito do
programa de monitorização para a zona vulnerável n.º 1;
• Apoio às acções de experimentação
o Fertilidade do solo
o Poluição ambiental na perspectiva agronómica
o Reutilização de compostos orgânicos e avaliação do seu potencial fertilizante,
o Estudos de ecotoxicidade de resíduos orgânicos e efluentes,
o Realização de análises e avaliação agronómica, particularmente nos
parâmetros de carácter poluente e ensaios físicos relativamente aos quais não
existe capacidade instalada em laboratórios da Região e por vezes no País,
• Estudos analíticos e elaboração dos respectivos pareceres no âmbito de processos
judiciais.
O Laboratório de Qualidade Alimentar está actualmente subdividido nos sectores de
pesticidas e química alimentar. O sector de microbiologia alimentar foi desactivado para
poder ser instalado o laboratório de química agrícola e ambiental, actualmente na Rua da
Restauração, e espera-se que no decorrer de 2009, possa estar a funcionar anexo a este
Laboratório. O sector de pesticidas participa no controlo de resíduos de pesticidas em
produtos de origem vegetal, no âmbito do Programa Oficial como unidade da rede nacional
de laboratórios. Presta ainda apoio analítico às solicitações exteriores designadamente
Divisão de Experimentação, Qualificação e Apoio Laboratorial 7
empresas do sector agro-alimentar e associações de produtores. O sector de química
alimentar está habilitado a dar resposta à pesquisa e quantificação de contaminantes
biológicos, nomeadamente micotoxinas (a determinação das aflatoxinas será uma das
metodologias a acreditar na 1ª fase do processo), contaminantes metálicos, conservantes e
composição nutricional. Participa igualmente nas acções de apoio à produção na qualificação
de produtos regionais a nível da certificação e normalização. Qualquer um dos sectores
colabora nas actividades de desenvolvimento experimental e de demonstração (apoio
analítico às acções de experimentação).
O Laboratório de Apoio à Actividade Agro-Pecuária está situado na Quinta do Valongo –
Mirandela e encontra-se dividido nas áreas de Sanidade Animal e Agrícola. As principais
determinações analíticas são:
o Preparação de amostras para exames bacteriológicos (encaminhadas para o LNIV);
o Recepção de outras amostras requeridas ao LNIV, designadamente toxicologia;
o Selecção de amostras serológicas em conformidade com modelo de amostragem da
DGV;
o Prova serológica de Rosa de Bengala;
o Prova de Fixação do Complemento (brucelose);
o Prova de Fixação do Complemento (peripneumonia contagiosa dos bovinos),
presentemente apenas preparação de amostras
o ELISA (leucose bovina enzóotica);
o ELISA (febre catarral ovina - língua azul);
o Preparação de amostras e ELISA (encefalopatias espongiformes transmissíveis);
o Extracção de azeite em “oliomio”;
o Análises físico-químicas ao azeite (determinações de acidez, índice de peróxidos e
absorvâncias K232, K270 e ΔK);
o Cromatografia gasosa a amostras de azeite (determinação do índice de ceras);
o Análise físico-química em massas e bagaços de azeitona (determinações de humidade,
gordura e acidez);
o Análises físico-químicas em amostras de mosto (determinação de densidade, grau de
álcool provável e pH);
o Apoio às acções de certificação (pesquisa e identificação de nemátodos no solo e
determinações de humidade, proporção de cones, bráqueas, folhas e caules e
sementes).
Divisão de Experimentação, Qualificação e Apoio Laboratorial 8
Os principais clientes do laboratório são as Organizações de Produtores Pecuários, os
Serviços Veterinários Oficiais, produtores individuais de azeite, unidades de concentração de
azeitona (lagares) e de vinho.
Alinhamento estratégico dos objectivos
A tabela seguinte apresenta o alinhamento dos objectivos estratégicos da DEQAL com os da
DRAPN.
Tabela 1. Relação entre objectivos estratégicos DRAPN / objectivos da DEQAL
Objectivo estratégico DRAPN Objectivo Estratégico da U.O.
Contribuir para o reforço da
competitividade e a sustentabilidade
do meio rural e das pescas
Garantir a certificação profissional dos activos agrícolas
Integração de políticas relativas à protecção da
biodiversidade
Introdução de novas componentes de eficácia na
actividade analítica na óptica da competitividade
Garantir uma prestação de serviços eficaz e eficiente
Promover, coordenar e executar actividades
experimentais
Garantir a satisfação dos
clientes/utentes Garantir a satisfação dos clientes
Optimizar a utilização dos recursos
internos
Promover a qualificação dos recursos humanos
Desmaterializar processos administrativos
Aumentar em 0,5% as receitas
Para a prossecução dos objectivos estratégicos, foram definidos os seguintes objectivos
operacionais em função das principais áreas funcionais:
A. Experimentação
• Executar ensaios de experimentação
B. Qualificação
• Encerrar o III QCA (medida 7)
• Homologar formadores
• Homologar acções de formação
• Certificar formandos
• Gerir a bolsa de formadores
C. Apoio Laboratorial
Divisão de Experimentação, Qualificação e Apoio Laboratorial 9
• Priorizar áreas funcionais (ensaios analíticos) não instaladas na Região com
rentabilização de equipamentos noutras áreas funcionais
• Aplicar procedimentos de qualidade
• Aumentar o nível de satisfação dos clientes
D. Objectivos comuns às três áreas
• Identificar fontes de financiamento e apresentar candidaturas
• Garantir tempos de resposta adequados
• Garantir formação a 80% dos funcionários
• Desmaterializar processos administrativos
• Aumentar o peso das receitas próprias no orçamento de funcionamento do
organismo
Apreciação quantitativa
A tabela seguinte apresenta os resultados dos objectivos operacionais mais relevantes para
avaliação da DEQAL.
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Divisão de Experimentação, Qualificação e Apoio Laboratorial 11
Justificação para os desvios
Durante o ano de 2008 verificou-se uma consolidação da afectação de funcionários e de
núcleos desta Divisão. Por despacho interno de 23 de Junho de 2008, o Núcleo de Vila Nova
de Cerveira passou para a dependência hierárquica da Delegação Regional do Minho Lima,
arrastando consigo 5 funcionários e a gestão do Centro de Formação Profissional Agrária e a
área agrícola afecta. Durante o primeiro período, a DEQAL coordenou as actividades
inerentes à gestão do núcleo, tendo concorrido a um concurso (convite público) para aluguer
de instalações e prestação de serviços no âmbito da formação profissional coordenada pelo
Centro de Formação de Viana do Castelo do Instituto de Emprego e Formação Profissional. A
proposta apresentada pela DEQAL foi considerada de interesse e celebrado contracto para a
prestação de serviços.
Durante o primeiro semestre de 2008 a DEQAL coordenou as actividades do Banco Português
de Germoplasma (vegetal e animal), que foi transferido para o INRB a 1 de Julho de 2008.
Com esta transferência, o objectivo estratégico de integração de políticas relativas à
protecção da biodiversidade associada à conservação de germoplasma, cujos objectivos
operacionais eram conservação in situ e ex situ dos recursos genéticos e o apoio à
implementação de políticas relativas à protecção da biodiversidade deixaram de ter
enquadramento, pelo que não devem ser considerados. Para tal, concorre o facto de não ser
possível avaliar a sua execução por falta de ascendência hierárquica a 31 de Dezembro da
2008 e consequentemente da respectiva prestação de contas à DRAPN.
Divisão de Experimentação, Qualificação e Apoio Laboratorial 12
Por despacho do Sr. Director Regional, o Laboratório de Apoio à Actividade Agro-Pecuária
passou a integrar a DEQAL no segundo semestre de 2008.
Pela análise dos elementos vertidos no ponto 3.1., tendo em conta os objectivos
operacionais e as respectivas metas é de referir:
Objectivo 1
No ano de 2008 foram homologados 81 formadores. Este resultado superou o valor máximo
previsto pois verificou-se uma grande adesão dos formadores da área de intervenção da
DRAPN ao sistema de certificação das competências profissionais estabelecido para a
formação profissional agrária regulamentada pelo MADRP, apesar da taxa estabelecida. A
DRAPN disponibiliza e divulga através da sua página a base de dados dos formadores
homologados nas diversas áreas de competência do MADRP.
Objectivo 2
Tendo em conta a necessidade de reestruturação dos laboratórios da DRAPN e a necessidade
de optimizar os recursos e adequar a oferta às necessidades dos clientes, este objectivo foi
definido tendo em conta os laboratórios de Química Agrícola e Ambiental, o de Qualidade
Alimentar e o laboratório de apoio às actividades do Banco de Germoplasma. Assim e tendo
por base o ano de 2007, foram definidos os indicadores n.º 2 e n.º 3. O indicador número 2
não foi atingido dado não ter sido considerado o contributo do Banco de Germoplasma, nem
o do Laboratório de Apoio à Actividade Agro-pecuária, dado que este último não foi
considerado na elaboração inicial do QUAR. O Laboratório de Química Agrícola e Ambiental
apresentou uma redução do número de amostras totais de solicitação externa de 17
amostras, contra uma redução de 425 amostras internas (amostra da DRAPN relativas a
projectos). O menor número de solicitações externas deveu-se também uma ligeira baixa nas
amostras de correctivos orgânicos, que se reflectiram numa descida de receita da ordem de
2781,52 euros. As análises de correctivos efectuadas correspondem a solicitações pontuais
de pequenas empresas ou mesmo de agricultores. As empresas que mantinham connosco
programas de controlo da produção (Luságua e Serurb, por exemplo, para citar apenas os
mais recentes) optaram por outros laboratórios que analisam todos os parâmetros exigidos
pela legislação vigente, o que não acontece com o laboratório que não efectua ensaios para
o mercúrio, desde a saída de uma técnica para SME. Também os preços praticados noutros
laboratórios poderão, eventualmente, ser mais vantajosos na medida em que investiram em
equipamento que reduz a necessidade de mão-de-obra e produz resultados em
automatismo. Quanto ao Laboratório de Qualidade Alimentar apenas contribuiu com 135
amostras recepcionadas e apenas 5 analisadas. Este reduzido contributo deveu-se ao facto
do processos aquisitivos terem dificultado o acesso a consumíveis básicos, como gases
nobres e reagentes padrão, tendo os esforços sido canalizados para a elaboração do
processo de Acreditação do Laboratório pelo IPAC. O indicador n.º 3 foi superado, apesar da
Divisão de Experimentação, Qualificação e Apoio Laboratorial 13
não superação do indicador 2 consequência da alteração do padrão das solicitações e das
amostras recepcionadas pelos laboratórios.
Acresce chamar a atenção para as condições em que demos resposta a todas as solicitações,
apesar da saída para a aposentação de 2 funcionárias da área analítica, entre Junho e outro
em Agosto e da situação de atestado médico prolongado de outro técnico analista.
Objectivo 3
A DEQAL teve como objectivo dar resposta a todas as solicitações dentro do quadro do CPA,
tendo como objectivo base dar resposta às solicitações no prazo médio de 8 dias úteis.
Contudo, ao longo do ano viu-se impossibilitada de responder prontamente a todas as
solicitações dado que o acesso à informação histórica nem sempre era ou estava facilitado
pois os arquivos situavam-se distantes e dependentes de técnicos afectos a outras Unidades
Orgânicas, incumbidos de novas funções.
Objectivo 4
Apesar dos meios humanos e materiais escassos, foi possível concertar esforços e
implementar 10 ensaios experimentais nas diversas áreas de intervenção da DEQAL e em
estreita colaboração com as diversas valências da Divisão, a saber:
• Avaliação do efeito da aplicação de substratos orgânicos compostados no
desenvolvimento de espécies hortícolas cultivadas em modo de produção
biológico e nas características físico-químicas do solo;
• Estudo do efeito da aplicação de lamas de ETAR no desenvolvimento de espécies
hortícolas e na libertação de metais pesados para o solo;
• Estudo da evolução da libertação de metais pesados para o solo após a aplicação
de lamas industriais - avaliar a influência das lamas na actividade biológica do solo
e nas alterações físicas da estrutura do solo (realizado em parceria com o IMAR –
Instituto do Mar e Departamento de Zoologia da Universidade de Coimbra);
• Avaliar a eficácia do uso de biopesticidas em vinha e culturas hortícolas em
alternativa à protecção fitossanitária convencional;
• Comparar o efeito fertilizante de compostados versus húmus de minhoca na
produtividade de hortícolas em modo de produção biológico;
• Ensaios de 5 variedades de batata, executados em regime de prestação de
serviços à DGADR, no âmbito da RNE;
• Avaliação da resistência e adaptação ao clima do Nordeste da cultura de quiabo;
• Avaliação da resistência e adaptação ao clima do Nordeste da cultura de
beringela;
Divisão de Experimentação, Qualificação e Apoio Laboratorial 14
• Selecção e melhoramento de espécies hortícolas – selecção de plantas
características da variedade de pimento do Cambedo;
• Avaliação e caracterização da penca S.to Estêvão.
Para além destes ensaios de carácter experimental fundamental, foram ainda efectuados
outros de carácter produtivo, como por exemplo, a produção de pencas para a recolha,
rejuvenescimento de sementes e avaliação da diversidade, homogeneidade e estabilidade
das sementes recolhidas em anos anteriores, estudos de adaptação e produtividade de
culturas diversas, em regime de culturas protegidas e ao ar livre.
Foram ainda efectuados ensaios não programados no início do ano de 2008, como por
exemplo, os ensaios de Outono/Primavera (16 variedades de ervilha, colza e azevém),
cereais de Verão (40 variedades de milho) e ensaios plurianuais (16 variedades de festuca,
dactylus e luzerna), realizados no âmbito da RNE, em pelo menos 2 locais e em colaboração
com 1 técnico da Divisão de Protecção e Controlo Fitossanitários (em Mirandela e Vidago) e
um adstrito à Divisão de Valorização Ambiental (Vairão e Merelim).
Para além destes ensaios foram ainda executados ensaios de adaptação de 17 variedades de
milho solicitados por 3 empresas que importam e comercializam as variedades em
apreciação.
Objectivo 5
O núcleo da Qualificação teve como grande objectivo o encerramento dos projectos que se
encontram no domínio na EAT (DRAPN) submetidos ao PO AGRO – Medida 7, no período do
III QCA e o encerramento de dois projectos da DRAPN (projecto n.º 3830381- Estudo
FORMAFUTURO e projecto n.º 3830382 - produção de referenciais), ambos promovidos pela
Direcção Regional e submetidos à DGDR no âmbito do PO AGRO – Medida 7 – Acção 7.3. Os
dois últimos projectos foram encerrados. Dos projectos da medida 7- Acção 7.1., após
diversas abordagens às entidades promotoras, foi possível encerrar 27 projectos. No
encerramento do ano de 2008 não havia qualquer pedido de pagamento de saldo final
pendente ou em fase de apreciação.
Objectivo 6
Apesar de somente no final do ano de 2008 ter havido decisão sobre as candidaturas ao
POPH, a região Norte submeteu a esta Divisão 132 pedidos de homologação de acções de
formação regulamentada pelo MADRP. O grande desvio observado resulta da incerteza
quanto à capacidade de auto financiamento e interesse por parte dos activos dos sectores
agrícolas. Como resultado da dinâmica de formação verificada, foi necessário proceder à
certificação dos formandos aprovados nas acções executadas, o que resultou num volume de
1345 certificados validados e dos respectivos dados dos formandos introduzidos na base de
dados desenvolvida para o efeito e que se encontra em actualização permanente. Esta base
de dados pode ser consultada através da página web da DRAPN.
Divisão de Experimentação, Qualificação e Apoio Laboratorial 15
Objectivo 7
Com este objectivo pretendia-se envolver todos os técnicos na pesquisa de fontes de
financiamento capazes de promover a experimentação necessária e a mais adequada ao
desenvolvimento agrário da Região Norte e a promoção da formação profissional. Este
grande objectivo contribuiria para a rentabilização das estruturas de experimentação e de
formação. Quanto à primeira, a Divisão apresentou à Direcção diversas linhas de trabalho e
potenciais parcerias para integrar a candidatura ao Programa Operacional de Cooperação
Transfronteiriça. Por decisão da Direcção, as linhas de trabalho apresentadas não foram
consideradas. Para esta área de actividade não se verificou a abertura de qualquer convite
público para a apresentação de propostas.
Na área da formação profissional, não foi possível apresentar qualquer candidatura ao POPH
pois a DRAPN não conseguiu ver a certificação como entidade formadora por parte da
DRADR, pois com a reestruturação do MADRP não foi possível eleger e reunir uma equipa
para avaliação das propostas de todas as DRAP’s. Perante este panorama, efectuamos
diversas diligências ao nível dos Centros de Formação Profissional do IEFP (Viana do Castelo,
Sector Terciário do Porto, Bairro do Cerco e Chaves), a fim de podermos colaborar na
formação adequada ao desenvolvimento da Região. Assim, a Divisão respondeu a 4 convites
públicos, tendo sido adjudicado 3 concursos, a que correspondem 3 acções de formação de
longa duração e uma aquisição de serviços por ajuste directo (sem convite público).
Objectivo 8
A concretização deste objectivo deveu-se ao facto de o programa de vendas a dinheiro ter
sido disponibilizado em Fevereiro. Apenas um Núcleo não efectuou este procedimento on-
line por não ter acesso à rede interna da DRAPN. A receita deste núcleo foi apenas de
4253,20 euros (quatro mil duzentos e cinquenta e três euros e vinte cêntimos), tendo sido
cerca de 20% (vinte por cento) arrecadada em Vairão, local que utiliza a emissão de vendas a
dinheiro electrónicas. Assim, tendo por base uma receita arrecadada superior a 126.331,64
euros (valor difícil de concretizar dada a disparidade entre valor resultante de registos
internos da DEQAL e da DGR), a receita do núcleo de Vidago é inferior a 5% da receita total
da Divisão.
Objectivo 9
A receita da DEQAL, no ano de 2008 teve um acréscimo de 21,5% (retirando a receita gerada
pela venda de bens afectos à Divisão de Leite e Lacticínios e as colheitas armazenadas na
Estação de Hortofloricultura, no quadro da DRAEDM). Assim, tendo em conta as despesas
efectivas comparáveis de 2007 e de 2008 e as receitas geradas, é possível verificar-se um
acréscimo de 4,60%. É de referir que a receita efectiva correspondente à Divisão e às
actividades que esta coordena são consideravelmente superiores se adicionarmos as receitas
correspondentes ao Pagamento Único e às verbas arrecadas pelas Delegações Regionais com
a cobrança de serviços prestado pela DEQAL, como por exemplo, análises de solos e de
material foliar.
Divisão de Experimentação, Qualificação e Apoio Laboratorial 16
Dado que o Laboratório de Apoio à Actividade Agro-Pecuária não era coordenado pela
DEQAL em 2007 nem no momento da elaboração do Plano de Actividades de 2008, não
consideramos oportuno a sua inclusão no balanço financeiro. Contudo, é de referir que esta
estrutura apresentou uma despesa efectiva de 76.305,15 euros, contra uma receita de
322.654,71 euros.
Objectivo 10
No ano de 2008 concluiu-se a elaboração do processo de acreditação do laboratório de
Qualidade Alimentar (Sistema de Qualidade e metodologia de determinação de
ditiocarbamatos). Por dificuldade de agenda do auditor externo (auditor acreditado pelo
IPAC), a auditoria apenas foi possível realizar a 7 e 12 de Janeiro de 2009. Durante a análise
de toda a documentação e procedimentos técnicos, apenas foi identificada uma não
conformidade maior.
Objectivo 11
A DRAPN possui e disponibiliza na página web os formadores homologados nas diversas
áreas de competência do MADRP. Durante o ano de 2008, apesar do número de acções de
formação financiadas ter sido muito reduzido, verificou-se a adesão ao serviço de
homologação de formadores, quer novos formadores, quer de formadores que sentiram
necessidade de actualizar o seu currículo e as áreas para as quais podiam ser homologados,
na sequência de actualização de competências.
Objectivo 12
Em anos transactos, o Laboratório de Química Agrícola e Ambiental efectuou um inquérito
aos seus clientes. No mês de Setembro de 2008, a repetiu o inquérito para avaliar o grau de
satisfação dos clientes aos serviços prestados, dado que em Abril não foi possível efectuar o
inquérito por falta de meios humanos. Assim, comparando a evolução do ano de 2007/2008,
verificou-se a evolução positiva espectável.
Objectivo 13
A 1 de Janeiro de 2008 esta Divisão possuía 84 funcionários afectos. Ao longo do ano a
estrutura foi sendo alterada quer na sequência de aposentações, quer por motivos de
reestruturação. Cumulativamente durante os meses de Junho e Julho verificaram-se
alterações estruturais e de transferências de funcionários entre Organismos e Divisões,
passando esta Unidade Orgânica a possuir 60 funcionários. Na sequência de uma nova
reestruturação funcional, o Laboratório da Apoio à actividade Agro-pecuária passou para a
dependência hierárquica desta Divisão, momento a partir do qual passou a possuir 79
funcionários. Durante o período de contacto funcional os diversos funcionários
frequentaram diversas acções de formação profissional, tendo-se verificado que 87% dos
funcionários com mais de 6 meses de contacto funcional frequentaram pelo menos uma
acção de formação (formação interna ou promovida por entidade externa).
Divisão de Experimentação, Qualificação e Apoio Laboratorial 17
Com a reafectação de funcionários que prestam serviço no Laboratório da Apoio à Actividade
Agro-pecuária e noutros serviços não foi possível proporcionar a todos uma acção de
formação profissional durante o ano de 2008. No entanto foi atingido um volume de
formação de 1852 horas de formação, a que corresponde 30,867 horas de formação por
funcionário afecto a 1 de Janeiro e com mais de 6 meses de tempo de serviço na DEQAL, ou
23,44 horas de formação por funcionário afecto a esta Divisão a 31 de Dezembro. Contudo
estes níveis só foram possível atingir com a colaboração dos funcionários da DEQAL que
colaboraram na elaboração de acções de formação para os colegas da Divisão, na
monitoragem das acções de Access e Higiene e Segurança no Trabalho Agrícola.
Auto-avaliação da Unidade Orgânica
Apreciação qualitativa e quantitativa dos resultados alcançados de eficiência,
eficácia e qualidade
A DEQAL atingiu uma avaliação final de 340,08%, o que evidencia o esforço e empenho
global da equipa de trabalho. Esta avaliação resulta do somatório dos resultados de
eficiência, eficácia e qualidade alcançados, respectivamente 117,84, 193,10 e 29,14%,
consequência da ponderação de 40, 40 e 20% (respectivamente).
A figura junto ilustra a concretização dos seis objectivos e respectivos indicadores de
execução, estabelecidos para o exercício do ano de 2008. Da análise do gráfico sobressai
positivamente o objectivo 4 - executar ensaios de experimentação. Esta elevada taxa de
concretização resulta da concentração de esforços técnicos e da elevada motivação,
iniciativa e capacidade de inovação de duas equipas que coordenam algumas das actividades
dos núcleos experimentais. O objectivo 2, apresentou uma taxa de realização inferior ao
espectável, consequência da redução do número de solicitações internas (DRAPN) e
externas. O reduzido número de solicitações internas reflecte a diminuição do número de
projectos de experimentação e desenvolvimento experimental ainda em fase de conclusão e
a não abertura de convites públicos a fontes de financiamento e da consequente aprovação.
Por outro lado, a perda de capacidade analítica de metais pesados, nomeadamente de
mercúrio, fez com que alguns clientes passassem a recorrer a laboratórios externos para a
concretização desta determinação analítica e das demais imprescindíveis a actividades como
a aplicação de lamas de ETAR ao solo, que carece de autorização prévia.
Divisão de Experimentação, Qualificação e Apoio Laboratorial 18
231%
30%
96%
150%
500%
270% 275% 275%
Ind 1 Ind 2 Ind 3 Ind 4 Ind 5 Ind 6 Ind 7 Ind 8
OB 1 OB 2 OB 3 OB 4 OB 5 OB 6
E ficácia
Figura 1. Nível de eficácia por objectivo operacional e respectivo indicador.
A figura 2 ilustra a concretização dos três objectivos de eficiência e dos respectivos
indicadores de execução. Destes, sobressai a elevada concretização do objectivo 9. Este
objectivo só foi possível concretizar a este nível, graças à consciencialização de todos para a
necessidade de concretizar e economizar em todas as fases do processo. Foram
estabelecidos mecanismos de reciclagem e de reutilização de matérias orgânicas e de
materiais diversos, tendo em vista o cumprimento do provérbio “guarda o que não presta e
terás o que é preciso”.
250% 225%
940%
Ind 9 Ind 11 Ind 12
OB 7 OB 8 OB 9
Efic iência
E ficiência
Figura 2. Nível de eficiência por objectivo operacional e respectivo indicador.
Pela análise da figura 3 é possível verificar o nível de concretização dos quatro objectivos e
dos respectivos indicadores de execução. Os quatro objectivos foram materializados num
nível igual ou superior ao limite máximo de concretização, dado o elevado grau de exigência.
Divisão de Experimentação, Qualificação e Apoio Laboratorial 19
150%
185%
100%124%
Ind 13 Ind 14 Ind 15 Ind 16
OB 10 OB 11 OB 12 OB 13
Qualidade
Qualidade
Figura 3. Nível de qualidade por objectivo operacional e respectivo indicador
Analisando globalmente o cumprimento dos objectivos e dos indicadores de execução
estabelecidos para o ano de 2008, podemos verificar que apesar das indefinições e dos
constrangimentos verificados ao longo do ano aos mais diversos níveis, foi possível
concretizar a nível superior 11 dos 13 objectivos. Dos dois restantes, um foi concretizado
com nível igual ao limiar de execução e o restante foi concretizado a nível inferior por
motivos externos à Divisão.
É de salientar que a avaliação e análise dos resultados foram efectuadas com os elementos
inerentes aos núcleos pertencentes à Divisão a 31 de Dezembro de 2008. As actividades do
Banco Português de Germoplasma não foram incluídas dada a sua transferência para o INRB
a 1 de Julho de 2008. Os resultados do Laboratório de Apoio à Actividade Agro-pecuária, não
foram incluídos no QUAR (ponto 3.1.), apesar de referidos ao longo deste texto dado que
este apenas foi incluído na DEQAL em 23 de Julho de 2008.
Actividades desenvolvidas mas não previstas no plano de actividades e resultados
alcançados
Durante o ano de 2008 foram executadas actividades não previstas no plano de actividades.
Muitas resultaram da elevada capacidade de concretização, iniciativa e motivação dos
funcionários, técnicos e não técnicos. Exemplo disso foi a colaboração com as diversas
Unidades Orgânicas instaladas em Matosinhos – Senhora da Hora e em Braga (Lamaçães,
Merelim e R. Dr. Francisco Duarte), que contaram com diversos assistentes operacionais da
DEQAL para a manutenção e conservação das instalações e dos espaços envolventes, e
colaboração na mudança de instalações e consequente mudança de mobiliário e material de
escritório. A Divisão colaborou ainda com a Divisão de Vitivinicultura na apanha de varas de
vinha que disponibilizou aos operadores e viveiristas.
Para uma melhor avaliação das actividades desenvolvidas, para além das já referenciadas,
propomos um relato por grupo de actividade principal, que seguidamente abordamos.
Divisão de Experimentação, Qualificação e Apoio Laboratorial 20
Actividades experimentais
Núcleo Experimental de Vairão
O Núcleo de Experimentação de Vairão incidiu a sua actividade na horticultura e nas culturas
forrageiras e cerealíferas, tendo por objectivo a recolha de informação técnica e tecnológica
e o desenvolvimento de actividades experimentais. A tabela seguinte apresenta os
resultados produtivos por modo de produção, cultura em avaliação e respectiva área
instalada.
Tabela 3. Áreas cultivadas e produções
Ar livre Estufa
Cultura Área (m2) Produção (Kg) Cultura Área (m2) Produção (Kg)
Abóbora 250 200 Alface 300 450
Batata 1200 2500 Alho-porro 350 210
Cebola 500 400 Curgete 40 60
Couve
brócolo
275 365(*) Ervilha
quebrar
100 10
Couve
coração
230 310 Espinafre 250 290(*)
Couve-flor 275 120(*) Feijão-verde 650 1200
Couve penca 600 650(*) Melancia 100 300
Ervilha
quebrar
50 100(*) Meloa 450 1300
Favas 150 270 Nabiças 320 100(*)
Feijão seco 150 100 Pimento 120 120
Grelos 550 440(*) Tomate 600 4200
Nabiças 250 55(*)
Nabos 200 60(*)
Kiwis 600 160 Gerbera 80 40
Limão 880 Rosas 320 240
Milho grão 500 1015 Cravos 120 55
Feno (fardo) 1600 Estrelícias 200 650
(*) Culturas ainda em curso, pelo que a produção é parcial e referente ao ano em análise.
Foram também realizados na Quinta do Crasto - Vairão alguns dos ensaios inseridos no
âmbito da RNE e solicitados pela DGADR, distribuídos por diversos ciclos culturais conforme
Divisão de Experimentação, Qualificação e Apoio Laboratorial 21
se pode avaliar pela tabela junto. Para além destes serviços, a DEQAL efectuou também
ensaios de observação de adaptação de milhos, solicitados por 3 empresas comerciais (em
regime de prestação de serviços), que também se podem observar na tabela seguinte. Estes
ensaios contaram com a colaboração do técnico superior Eng.º Abel Nogueira.
Tabela 4. Ensaios experimentais executados em regime de prestação de serviços a empresas privadas e Direcção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR)
Ensaios de Primavera- Verão
Ciclo FAO N.º variedades em ensaio
Solicitação
FAO 200 11
DGADG - RNE FAO 300 9
FAO 400 11
FAO 500 9
6 KWS
6 WAMestrada
5 Nova Lavoura de Gaia
Total variedades ensaiadas 57
Ensaios de batata
Batata 5 DGADG - RNE
Ensaios de Outono/Primavera
Ervilha “gero” 5
DGADG - RNE Colza 7
Azevém anual 4
Total variedades ensaiadas 16
Ensaios Plurianuais (3 anos)
Festuca 4
DGADG - RNE Dactylis 6
Luzerna 6
Para além dos ensaios experimentais e de demonstração, referidos, este Núcleo e o
Laboratório de Química Agrícola e Ambiental (Núcleo de Laboratórios da DEQAL), em
parceria com ETAR’s, tem em curso os seguintes ensaios:
Divisão de Experimentação, Qualificação e Apoio Laboratorial 22
• Avaliação do efeito da aplicação de substratos orgânicos compostados no
desenvolvimento de espécies hortícolas cultivadas em modo de produção biológico, e
nas características físico-químicas do solo;
• Estudar o efeito da aplicação de lamas de ETAR no desenvolvimento de espécies
hortícolas e na libertação de metais pesados para o solo;
• Comparar o efeito fertilizante de compostados versus húmus de minhoca na
produtividade de hortícolas em modo de produção biológico.
• Estudo da evolução da libertação de metais pesados para o solo após a aplicação de
lamas industriais; avaliar a influência das lamas na actividade biológica do solo e nas
alterações físicas da estrutura do solo (em parceria com o IMAR – Instituto do Mar e
Departamento de Zoologia da Universidade de Coimbra).
Em colaboração com a AGRIDIM e Universidade do Minho (Departamento de Biologia), deu-se
início ao estudo preliminar de avaliação da eficácia do uso de biopesticidas em vinha e
culturas hortícolas em alternativa à protecção fitossanitária convencional.
Núcleo Experimental de Vidago
O Núcleo Experimental de Vidago comporta colecções de videiras e pereiras, para além de
macieiras, cerejeiras, marmeleiros, ameixieiras e castanheiros. Para além destas culturas
permanentes, foram ainda executados ensaios de hortícolas comestíveis, nomeadamente de
pencas, nabos, abóboras (diversas variedades), pimentos, melão, beringela e quiabo. Nesta
unidade experimental foram também executados ensaios de milho no âmbito da RNE
(DGADR).
No ano de 2008, a vinha onde estão instaladas as variedades de videiras mais
representativas da região e uma colecção de videiras regionais, sofreu um repovoamento de
reposição, dada a ausência de pés em cerca de 20% da área. Para além deste melhoramento,
foi ainda melhorada a estrutura de armação e condução. Estas actividades decorreram com a
colaboração e supervisão técnica da Divisão de Vitivinicultura.
A produção comercializada foi de 17.893 kg, sendo 14.213 kg proveniente das castas brancas
e 3860 kg das castas tintas. Parte da produção de tintas foi vendida a um produtor local
(2450 kg) e as restantes uvas, tintas e brancas, foram entregues à Cooperativa local, no total
de 15.443 kg. A restante produção foi utilizada em processos de micro vinificações que serão
utilizadas em sessões de degustação e aprendizagem de análise sensorial no ano de 2009.
Em Vidago existe ainda a colecção de fruteiras em preservação de germoplasma in vivo. Aqui
estão instaladas 116 variedades recolhidas a nível Nacional. As variedades identificadas e as
não identificadas encontram-se listadas na tabela seguinte. Esta colecção é hoje de grande
interesse de estudo para avaliação e caracterização após-colheita, dada a existência de
Divisão de Experimentação, Qualificação e Apoio Laboratorial 23
material com características como por exemplo, a colheita tardia (pêra de Inverno) e a
resistência à manipulação e transporte.
Tabela 5. Variedades de pereiras em conservação
N/Código Variedade
N/Código Variedade
N/Código Variedade
no campo no campo no campo
1 46 -Torão de Açucar
40 Boticas
80 17
2 15 - Rocha Carvalhais 41 Coradinha 81 35 - Pera Doce- (Eng.Lage)
3 S/nome - Tipo Cabaça 42 De outono 82 S. João de Salgueiros
4 Amendoa II 43 22 - S. Bento de Chaves 83 S. António de Soure
5 43 - Bobadela 44 45 - Pigarça 84 S. Antonio de Leiria
6 De Inverno 45 25 85 Rut Salgueiros
7 10 - MNT 46 29
86 Baguim de Covões
8 Tipo Bosque 47 47-Rosada 87 Baguim de Cordinhã
9 1 - MNT 48 Amorim Branco 88 S. João de Ventosa
10 Pigarça 49 32 89 Marmela
11 Tipo Cabaça 50 30 90 Amendoa de Leiria
12 Amendoa I 51 36 - Eng. Lage) 91 Amendoa de Ansião
13 40 - Boticas 52 28 92 Amendoa de Silgueiros
14 Nacional 44
53 S. João Cabaça 93 Chata
15 De Esmolf 54 Sete Cotovelos 94 Água Macia
16 5 - Perola Amarela 55 Pera Pão 95 Rabica de Coimbra
17 Baguinho -(Boticas) 56 41 - Boticas 96 Rabica de Leiria
18 19 57 Bela Feia 97 Lamber os dedos
19 34 - Joaquina 58 24 98 Parda
20 42 - Bobadela 59 Outonal 99 Pão
21 5 60 26 100 Cabacinha
22 20 61 8 101 De Tapeus
23 33 - A 62 Amorim Preto
102 Rosa de Soure
24 Tipo Bosque 63 Perola Branca 103 Delicia de Leiria
25 23
64 18 - B.Hardy 104 Ferreiré
26 10 65 16 105 Agua Rija
27 37 - pera Cabaço 66 Perola Amarela 106 Bugarda
28 Formiga 67 38 107 Perola Parda
29 12 - Margarete 68 De palmo 108 Formosa de Ansião
30 9 69 Couré
109 Formiga de Coimbra
31 21 - Conference 70 Tipo Pigarço 110 Formiga de Leiria
32 27 - Triunfo 71 UM 111 Pérola de Leiria
33 44 - Bobadela 72 6 112 Brava
34 14 - S. Estevão 74 39 - Boticas 113 Achatada
35 3 75 Perola Amarela 114 Pera de Inverno Ansião
36 2 76 2 - Carvalhal 115 Carapinheira
Divisão de Experimentação, Qualificação e Apoio Laboratorial 24
N/Código Variedade
N/Código Variedade
N/Código Variedade
no campo no campo no campo
37 Perlico 77 11 116 Invernia
38 Rabiça 78 15
39 Baguim 79 Precoce de Salgueiros
Para além das pereiras, existe ainda um pomar de macieiras, com 6 variedades, num total de
165 árvores das variedades Royal gala, Galax, Bravo de Esmolfe, Golden, Esygolden e Jone
Golden. Verificou-se a necessidade proceder a um acompanhamento e tratamento
fitossanitário mais efectivo do pomar, por este apresentar alguns problemas sanitários,
difíceis de debelar e consequência dos procedimentos aquisitivos muito longos. Apesar das
produções, não foi possível fazer o escoamento da fruta dada a reduzida capacidade de
conservação instalada, para além da reduzida procura do mercado local. Procedeu-se à
transferência de alguma fruta de Vidago para Vairão, onde foram comercializados 243kg das
diversas variedades.
Para além das fruteiras predominantes já referidas, existem ainda 7 ameixieiras, 5 cerejeiras
e 5 marmeleiros. Estas fruteiras foram acompanhadas e a produção das ameixieiras e dos
marmeleiros foi comercializada. As cerejas foram consumidas pelas aves locais.
Para além das culturas permanentes é de realçar os trabalhos desenvolvidos na área da
horticultura regional, nomeadamente com os trabalhos de recolha e recuperação de
espécies regionais, trabalho este que continua a ter o apoio da UTAD, na sequência de
diversos projectos de investigação e desenvolvimento experimental, nomeadamente na
propagação das plantas e na selecção dos melhores espécimes de cada cultura e variedade.
A tabela seguinte apresenta as culturas em ensaio, área de cultura e objectivo do ensaio.
Tabela 6. Hortícolas instaladas e respectivas áreas e objectivos de ensaio
Área (m2) Objectivos do ensaio
Couve penca de Chaves 500 O principal objectivo é a recolha de semente, visto se encontrar inscrita no catálogo nacional de variedades
Couve penca de Mirandela
250 O principal objectivo é a recolha de semente, visto se encontrar inscrita no catálogo nacional de variedades
Couve penca S.º Estevão 250 Cultura em avaliação
Pimento do Cambedo 200 Selecção de plantas características da variedade
Quiabo 35 Avaliação da resistência e adaptação ao clima
Melão 150 Cultura para recuperação de sementes
Beringela 14 Avaliação da resistência e adaptação ao clima
Abóbora 800 Foram utilizadas 30 abóboras para recuperação de sementes, num total de 415 kg
Divisão de Experimentação, Qualificação e Apoio Laboratorial 25
Área (m2) Objectivos do ensaio
Gerimum 500 Recuperação de sementes e estabilidade da variedade
Milho 3000 Ensaios RNE
Milho regional 7000 Recuperação de sementes regionais
Apesar das dificuldades em proceder à valorização dos produtos resultantes das actividades
experimentais (comparativamente a outras unidades experimentais), a receita efectiva
deverá ultrapassar os 10.000 euros. A impossibilidade de concretizar o real valor resulta de a
Cooperativa de produtores de vinho não ter indicado o valor unitário de referência para o
pagamento das uvas entregues pela DRAPN, para além de outras receitas arrecadadas pelos
serviços centrais.
Núcleo Experimental de Valongo
Como já foi referido anteriormente, o núcleo experimental de Valongo dispõe de uma
colecção de variedades de amêndoa, uma colecção de oliveiras regionais e um cerejal, que se
obriga a preservar e manter. A tabela seguinte apresenta as áreas e produções destas
culturas permanentes instaladas. O olival dispõe de cerca de 9000 oliveiras, que gera ainda
um número considerável de varas que são enraizadas e colocadas à disposição dos
produtores. Durante o ano de 2008, foram disponibilizadas ao sector produtivo 7770 pés de
oliveiras. O Inverno de 2007 - 2008 foi caracterizado por um elevado número de dias
consecutivos com geada e nevoeiros, principalmente junto ao rio Tua. Estas condições
climatéricas provocaram uma queima generalizada do olival jovem. Assim, verificou-se a
queima de 0,9 ha de olival destinado à produção de azeitona de mesa, que contava com 238
oliveiras instaladas e 0,5 ha destinado à produção de azeite. Consequentemente, o olival
sofreu uma grande perda de capacidade produtiva, que não foi possível recuperar de modo a
repor a capacidade produtiva já na campanha de 2008.
O amendoal também apresentou uma produção inferior à da campanha de 2007, dado que
neste ano foi efectuada uma poda de floração e limpeza a 50% do amendoal, o que fez com
que a produção diminuísse, esperando-se que no ano de 2009 a produção seja recuperada.
Da produção de 1850 kg, foi produzido 130kg de miolo por britagem.
Apesar da produção ter sido considerável, a colheita do cerejal foi apenas de 500 kg, visto
que a restante foi arrecadada por terceiros durante os fins-de-semana e consumida pelo
efectivo de pequenos ruminantes que pastava na quinta. A produção de cerejas colhida foi
em parte consumida no CFP de Valongo.
Este Centro Experimental colabora também na execução dos ensaios realizados no âmbito da
DGADR – RNE. No ano em avaliação, foram concluídos e instalados novos ensaios das
Divisão de Experimentação, Qualificação e Apoio Laboratorial 26
espécies referidas na tabela seguinte, cujas produções médias foram superiores à média da
região e validadas pela entidade coordenadora dos ensaios.
Tabela 7. Ensaios realizados e validados pela DGADR (ciclo 2007-2008)
Espécie / n.º variedades Ensaio instalado Ensaio concluído
e validado Produtividade
média
Ervilha Forrageira (grão) /8 variedades
X X 5485,1
Ervilha Forrageira (forragem) /8 variedades
X X 6166,5
Colza1) X ----
Gero /3 variedades X X 6327,6
Panasco2) /3 variedades X X 5857,4
Festuca2) /3 variedades X X 8203,5
1) Ensaio completamente comido pelos pássaros muito próximo do fim do ciclo vegetativo, as síliquas ainda se encontravam completamente verdes quando se iniciou a destruição. 2) Ensaios ainda a decorrer (duração prevista 3 anos).
Como cultivares de Primavera-Verão, foram executados ensaios de batata, luzerna,
tremocilha, azevém, milho (ciclos FAO 200, FAO 300 e FAO 400), bem como milhos
geneticamente modificados. Todos os ensaios foram validados pela DGADR. Foram
instalados como cultura Outono – Inverno, 10 ensaios de variedades de trigo (1.ª época e 2.ª
época), triticale (1.ª época e 2.ª época), ervilhaca, tremoço, luzerna, panasco, festuca e colza.
Os ensaios realizados no âmbito da DGADR - RNE na Quinta do Valongo e de Vidago contam
com a colaboração e supervisão técnica da Divisão de Protecção e Controlo Fitossanitário.
A área experimental da Quinta do Valongo obteve uma receita de 19.342,99 euros,
resultante da venda de oliveiras, azeite, batata, amêndoa, milho e do aluguer de alfaias
agrícolas para além do valor já identificado na tabela n.º13 e das ajudas comunitárias, tal
como as demais unidades experimentais.
Actividades Qualificação Profissional Agrária
Encerramento do III QCA
O Núcleo de Qualificação teve como grande objectivo o encerramento dos projectos que se
encontram no domínio na EAT (DRAPN) submetidos ao PO AGRO – Medida 7, no período do
III QCA e o encerramento de dois projectos da DRAPN (projecto n.º 3830381- Estudo
FORMAFUTURO e projecto n.º 3830382 - produção de referenciais), ambos promovidos pela
Direcção Regional e inseridos à DGDR no âmbito do PO AGRO – Medida 7 – Acção 7.3
Divisão de Experimentação, Qualificação e Apoio Laboratorial 27
A tabela seguinte ilustra a título de resumo as principais actividades e indicadores do ano de
2008.
Tabela 8. Avaliação e validação de projectos de qualificação profissional agrária – Agro, medida 7
Descrição Valor
Montante solicitado pelas entidades promotoras em saldo final 815.910,84 €
Montante aprovado em saldo final 769.876,00 €
Montante aprovado não elegível em saldo final 46.034,75 €
Valor emitido em ordens de pagamento 480.705,52 €
Número de projectos de saldo final – aprovados e aceites 27
Número de entidades promotoras de formação agrária 27
Número de entidades formadoras 16
Número de emissão de ordens de pagamento 38
Número de notificações de decisões de pedido pagamento de saldo 34
Número de visitas efectuadas para análise do pedido de saldo final 27
Número de reanálises efectuadas em audiência prévia 7
Número de pareceres deferidos (pelo Gestor) às reclamações apresentadas pelas entidades promotoras em audiência prévia
0
Número de restituições emitidas em análise de saldo final 12
Número de auditorias externas 8
Número de análises/pareceres emitidos no SIIFSE 102
Número de actualizações/manutenção no SIIFSE 60
No decorrer da análise dos pedidos de Pagamento de Sado final dos projectos inseridos
nesta Direcção Regional (PO AGRO), foram emitidos pareceres ao nível de admissibilidade,
técnico-pedagógico e contabilístico-financeiro. Para além dos pareceres emitidos no SIIFSE,
foram igualmente, validadas as despesas imputadas com os projectos de formação
profissional agrária, emissão de ordens de pagamentos, emissão de audiências prévias
sustentadas com suporte legal e pareceres emitidos pela EAT às reclamações apresentadas
em audiência prévia.
Divisão de Experimentação, Qualificação e Apoio Laboratorial 28
De salientar que todas as contestações apresentadas pelas entidades titulares do pedido de
financiamento, em relação à decisão de aprovação de saldo final, obtiveram parecer
negativo por parte do Gestor, mantendo as alegações proferidas pela EAT.
No âmbito da sub-acção 7.3.1, foram concluídos os Projectos n.º 3830381 (Estudo
FORMAFUTURO) e n.º 3830382 (produção e edição de 10 referenciais pedagógicos), ambos
promovidos pela DRAP-Norte e em execução desde 2004. Os projectos encerraram com uma
apresentação pública no Auditório Municipal de Vila do Conde a 15 de Dezembro de 2008.
Homologação de Acções de Formação Profissional Agrária
Compete às DRAP’s a homologação das acções de formação profissional agrária solicitadas a
este organismo de acordo com a legislação vigente. Desta homologação resulta a
necessidade de proceder à homologação de formadores na área agrícola, o
acompanhamento das acções de formação homologadas e a participação no júri das provas
de avaliação final, bem como a homologação dos certificados dos formandos.
A tabela seguinte apresenta as principais áreas formativas homologadas pela DRAPN, o
número de formadores homologados durante o ano de 2008, o número de renovações e o
número de actualizações da base de dados. A base de dados da formação profissional conta
com 225 módulos com formadores homologados, o que gera uma multiplicidade de
formadores em gestão permanente, o que totaliza mais de 7800 formadores homologados e
publicitados na Base de Dados da Qualificação Formação Profissional. Esta base de dados é a
ferramenta base de gestão de toda a formação profissional agrária da Região Norte e está
disponível na página web da DRAPN.
Tabela 9. Número de formadores homologados pelas principais áreas formativas da responsabilidade do MADRP, no ano de 2008
Área formativa N.º
formadores homologados
N.º renovações
N.º actualizações da BDFP
ex-DRAEDM ex-DRATM
Aplicação de produtos fitofarmacêuticos 85 52 10 71
Distribuição e Comercialização de Produtos Fitofarmacêuticos
78
Operadores de Máquinas Agrícolas 43
Produção Integrada 78
Protecção Integrada 153
Agricultura Biológica 43
Protecção e Bem-estar Animal em Transporte
26
Total de formadores homologados e
disponíveis na base de dados 7835
Divisão de Experimentação, Qualificação e Apoio Laboratorial 29
Área formativa N.º
formadores homologados
N.º renovações
N.º actualizações da BDFP
ex-DRAEDM ex-DRATM
Total módulos com formadores
homologados 225
Apesar de o Programa Operacional Potencial Humano apenas ter aprovado os projectos no
último terço do ano, as empresas de formação promoveram formação profissional auto
financiada pelos formandos. Assim, foi necessário proceder à homologação de acções de
formação e à certificação dos formandos em número para além do espectável. A tabela
seguinte apresenta o número de acções homologadas e o número de formandos com
certificados homologados durante o ano de 2008.
Tabela 10. Número de acções de formação homologadas e de formandos certificados em 2008
Área N.º acções de formação N.º formandos certificados
Agricultura biológica 1 15
Aplicação de produtos fitofarmacêuticos
18 94
Distribuição e Comercialização de Produtos Fitofarmacêuticos
11 123
Transporte de animais - curta duração 63 849
Transporte de animais - longa duração 17 238
OMA 19 10
Motocultivadores 3 16
Total 133 1345
A tabela seguinte apresenta o número de acções formação, de acompanhamentos e de
participações em momentos de avaliação.
Tabela 11. Acompanhamento técnico-pedagógico e avaliação de acções de formação
Curso N.º Acompanhamentos N.º avaliações
Operadores de máquinas agrícolas 8 -
Motocultivadores 1 1
Transporte de animais - curta duração - 54
Transporte de animais - longa duração - 15
Divisão de Experimentação, Qualificação e Apoio Laboratorial 30
Para além da homologação das acções de formação, dos formadores e a certificação dos
formandos, a DRAPN presta serviços diversos para além destes momentos, disponibilizando
informação e atestando a participação em acções de formação diversas e executadas desde
os inícios da actividade de formação agrária. As tabelas seguintes apresentam o número de
declarações emitidas no âmbito das actividades da qualificação, como a emissão de
declarações de frequência de acções de formação e a emissão de declarações de
homologação de formadores e de acções de formação, o que resultou a receita de 7882,00
euros.
Tabela 12. Emissão de declarações no âmbito da Qualificação Profissional
Objecto de declaração N.º
Frequência de curso Empresário Agrícola 15
Frequência de Curso de Operadores de Máquinas Agrícolas 6
Emissão Parecer Técnico - Serviços de Homologação 120
Tabela 13. Receita arrecadada na sequência das competências de certificação da formação profissional agrária
Descriminação da receita Valor unitário (€) Totais
Emissão de declarações de qualquer espécie ou natureza, não referidas anteriormente
3,00 Quantidade 19
Valor Total 57
Emissão de declarações para Cursos Empresários Agrícolas
2,50 Quantidade 10
Valor Total 25
Emissão Parecer Técnico - Serviços de Homologação
65,00 Quantidade 120
Valor Total 7800
Actividades laboratoriais
Laboratório de Apoio à Actividade Agro-Pecuária
Como já foi referido no ponto 3.2. o Laboratório de Apoio à Actividade Agro-Pecuária não
estava sob a tutela da DEQAL, pelo que não foram enquadrados e estabelecidos objectivos
operacionais tendo em conta as duas áreas analíticas que este laboratório abarca, a saber: a
sanidade animal e o apoio à olivicultura da Região. As tabelas seguintes apresentam o
número de ensaios realizados no ano de 2008 nos dois sectores que constituem esta
estrutura laboratorial.
Divisão de Experimentação, Qualificação e Apoio Laboratorial 31
Tabela 14. Provas realizadas no Laboratório de Apoio à Actividade Agro-Pecuária, na área da
sanidade animal, no ano de 2008
Mês
Rosa Bengala Fixação de Complemento
ELISA
Peq. Rum. Bovina Peq. Rum. Bovina
Leucose Bovina
Enzoótica
Febre Catarral Ovina Língua Azul
Peq. Rum. Bovina
Janeiro 44.958 5.009 21.211 568 4.120 0 137
Fevereiro 38.997 4.874 20.316 504 4.234 0 137
Março 40.112 4.905 23.995 410 3.687 0 65
Abril 48.692 4.354 31.817 554 3.617 0 74
Maio 33.673 4.569 22.112 468 4.014 0 70
Junho 25.720 6.017 15.987 901 5.181 0 68
Julho 21.654 5.246 12.006 688 4.385 0 74
Agosto 7.968 1.395 5.283 396 1.203 0 74
Setembro 24.610 3.111 17.555 520 2.703 0 74
Outubro 30.977 3.379 22.437 447 2.709 0 74
Novembro 20.811 1.376 17.217 473 974 0 74
Dezembro 10.081 1.387 8.179 563 965 0 74
TOTAL 348.253 45.622 218.115 6.492 37.792 0 995
A tabela seguinte apresenta o número de ensaios realizados para apoio à olivicultura, área
em que este laboratório se especializou. Para além da recepção de amostras de vinhos e
mostos, que depois são transferidos para o laboratório do CEVD, efectua as determinações
analíticas necessárias ao acompanhamento e dos ensaios de campo executados no âmbito
da DGADR – RNE.
Tabela 15. Determinações analíticas e respectivo número de ensaios executados pelo Sector Agrícola
Provas Número
Extracção de azeite em “oliomio” 3
Azeite
Determinações de acidez 1113
Índice de peróxidos 963
Absorvâncias K232 e K270 1122
Cromatografia gasosa (ceras) 30
Total determinações 3228
Bagaço de Azeitona Humidade 25
Gordura 65
Divisão de Experimentação, Qualificação e Apoio Laboratorial 32
Provas Número
Acidez 11
Total determinações 101
Mosto
Densidade 11
pH 11
Acidez total 1
Total determinações 23
Determinação de humidade - milho 248
Determinação de humidade - sementes 73
Determinação de humidade - forragens 124
Observações de amostras de azeitona, à lupa, para controlo de pragas e doenças
51
Recepção de amostras (vinhos) 566
Laboratório de Qualidade Alimentar - Sector de Pesticidas
No ano de 2008 o Sector de Pesticidas deu continuação à elaboração do processo de
Acreditação da metodologia de determinação de ditiocarbamatos em alimentos de origem
vegetal. Para que a metodologia possa ser acreditada pelo IPAC, foi imprescindível proceder
à elaboração de procedimentos diversos, de ensaios e desenvolver metodologias de controlo
interno. Assim, foram efectuados os ensaios analíticos constantes da tabela seguinte. Este
sector participou ainda em dois ensaios interlaboratoriais
Tabela 16. Número de ensaios analíticos realizados por produto e grupo de pesticida
Produto Cliente Nº de
Amostras
Grupo Pesticida (métodos)a) Nº de Análises
Alface Coop. Agrícola Esposende 3 1.1, 2 93
Alho francês Coop. Agrícola Esposende 1 1.1 30
Couve Coop. Agrícola Esposende 1 1.1 30
Espinafres Coop. Agrícola Esposende 1 1.1 30
Nabo Coop. Agrícola Esposende 1 1.1 30
Couve-flor Coop. Agrícola Esposende 1 1.1 30
Cenoura CRL Community Reference Laboratories for Residues of Pesticides
2 2 2
Trigo CRL Community Reference Laboratories for Residues of Pesticides
2 1.1,1.2 84
Divisão de Experimentação, Qualificação e Apoio Laboratorial 33
Produto Cliente Nº de
Amostras
Grupo Pesticida (métodos)a) Nº de Análises
Limão Particular 1 2 13
Tomate Vairão 2 2 15
Cenouras Particular 2 2 15
Feijão verde Particular 1 2 6
Alface DEQAL (ensaio controlado, realizado para os ensaios laboratoriais)
3 2 42
a) Métodos analíticos: 1- Métodos Multiresíduos: 1.1- Organofosforados e outros pesticidas detectáveis por GC-NPD; 1.2- Organoclorados e outros pesticidas detectáveis por GC-ECD; 2- Fungicidas ditiocarbamatos
Para além dos trabalhos inerentes aos ensaios analíticos, foram executadas actividades
técnicas como:
• Registo e organização do “Processo da Amostra” de 130 amostras do Programa
Oficial de Controlo de Resíduos de Pesticidas em Produtos de Origem Vegetal;
• Estabelecimento dos critérios de controlo da qualidade analítica para todos os
métodos implementados;
• Implementação do controlo dos parâmetros das curvas de calibração;
• Foi estabelecida a metodologia e elaborado um procedimento “Quantificação da
Incerteza de Medição” – Metodologia e cálculos;
• Múltiplas análises, replicados de amostras e padrões - curvas de calibração, para
obtenção dos dados necessários à quantificação da incerteza;
• Foi feita a quantificação da incerteza de medição do método analítico para
determinação de fungicidas ditiocarbamatos baseado na EN 12396-1;
Esta avaliação foi feita para as duas gamas de calibração validadas, tendo sido
realizados ensaios em matrizes diferentes (amostras reais). Na gama de calibração
10-50 µg de CS2 os ensaios foram feitos em tomate; na gama de calibração 50-250 µg
de CS2 fizeram-se ensaios em alface;
• Validação da curva de calibração
• Verificação da tendência linear da resposta instrumental – Gráfico de residuais:
o Esta verificação foi feita através do estudo experimental do comportamento
de 12 curvas com 5 níveis de calibração,
Divisão de Experimentação, Qualificação e Apoio Laboratorial 34
o Estudo das funções de calibração e coeficientes de correlação – Elaboração de
cartas de controlo;
• Validação do Limite Inferior de Quantificação;
• Validação do método para esta gama de trabalho:
o Ensaios de recuperação ao nível do LDA, 4x LDA e 10xLDA,
o Ensaios de repetibilidade ao nível do LDA e 10xLDA.
• Controlo da qualidade analítica dos métodos - para garantir a qualidade analítica dos
resultados realiza-se, com a periodicidade estabelecida e definida previamente:
- Ensaios de reagentes,
- Ensaios de recuperação,
- Curvas de calibração – controlo,
- Confirmação de resultados,
- Ensaios de repetibilidade,
- Tratamento estatístico de dados/ resultados;
• Quantificação da incerteza associada aos resultados analíticos – método analítico
para determinação de fungicidas ditiocarbamatos baseado na EN 12396-1. Realização
de ensaios em diferentes matrizes (amostras reais);
• Pesquisa bibliográfica e webliográfica de trabalhos publicados e consulta de Normas
europeias e ISO com o objectivo de estudo de métodos analíticos, ferramentas de
análise estatística de dados e de cálculo de incertezas em ensaios químicos.
Laboratório de Qualidade Alimentar - Sector de Química Alimentar
Com a definição da metodologia analítica a propor para a acreditação, o Sector de Química
Alimentar elaborou um plano de trabalho, que ainda se encontra a decorrer, de forma a
poder obter os dados analíticos exigidos. Dada a não satisfação das necessidades aquisitivas
propostas em tempo oportuno, não foi possível cumprir o plano de trabalhos, como a
participação em qualquer ensaio inter laboratorial, dado que a autorização de execução da
despesa aconteceu após a data de realização do ensaio. Esta não realização de ensaios inter
laboratoriais faz adiar a extensão da acreditação do laboratório à da metodologia de ensaio
de química (determinação de aflatoxinas).
Foram elaborados os planos anuais de calibração, verificação e manutenção do equipamento
do Sector. Foram executadas as verificações previstas para o operador técnico como:
Divisão de Experimentação, Qualificação e Apoio Laboratorial 35
balanças, câmara de secos, câmara refrigeradora, congelador de amostras, frigorífico,
micropipetas, potenciómetro, purificador de água e condutivímetro.
Foi elaborada a versão final da folha de registo de eliminação de resíduos.
O Sector efectuou ensaios analíticos, tendo incidido a sua actividade na determinação e
quantificação de aflatoxinas em alimentos de origem vegetal, tendo executado os ensaios e
determinações identificadas na tabela seguinte.
Tabela 17. Número de ensaios analíticos realizados pelo Sector de Química Alimentar
Produtos Nº de amostras Nº de determinações
Controlo Oficial
Amêndoa s/ casca 1 3
Amendoim c/ casca 4 12
Caju 1 3
Empresas e Particulares
Azeite 4 5
Validação
Figos 3 9
Alperces 3 9
Paprika (FAPAS) 2 6
Total 18 47
Foi dado início à implementação de uma metodologia de ensaio de determinação de estanho
por absorção atómica.
Laboratório de Qualidade Alimentar - Sector de Qualidade
O sector de Qualidade do Laboratório de Qualidade Alimentar desenvolveu as actividades
constantes da tabela junto.
Tabela 18. Actividades e acções desenvolvidas pelo sector de qualidade
Tipo de actividade N.º de acções
Elaboração de novos modelos 36
Elaboração / alteração de procedimentos 5
Correcção, formatação e revisão de modelos e procedimentos 252
Divisão de Experimentação, Qualificação e Apoio Laboratorial 36
Tipo de actividade N.º de acções
Elaboração do novo procedimento de avaliação de fornecedores 1
Avaliação propriamente dita dos fornecedores relativa a 2008 1
Revisão/alterações do Manual da Qualidade 1
Introdução de novas informações e agregação dos Anexos ao Manual da Qualidade
1
Revisão dos certificados de calibração 82
Alteração do logótipo e eliminação de tudo respeitante ao Sector de Microbiologia
71 Documentos +
Manual da Qualidade
Preenchimento dos registos históricos 8
Revisão de dossiers e correcção de anomalias 6
Actualização da lista de equipamento dos sectores do LQA por comparação com as fichas técnicas
-
Estudo da legislação (qualidade, auditorias, segurança e ambiente) 5 Normas
Pesquisa na Net-Laboratórios de ensaio e calibração 2 h/semana
Preparação/revisão de dossiers (reunião e inclusão de documentos em falta)
28
Preenchimento dos Registos Históricos relativamente ao último trimestre de 2008
8
Preenchimento do justificativo das novas edições de procedimentos e modelos desde 2005
240
Elaboração da lista de documentação externa relativa à Qualidade e obtenção dos documentos em falta
1
Elaboração dos planos da Qualidade 6
Preparação e participação em Reuniões 5
Elaboração de actas 3
Laboratório de Química Agrícola e Ambiental
A tabela seguinte evidencia a proveniência e o número de amostras recepcionadas, bem
como a receita gerada pelas actividades identificadas, executadas no âmbito da química do
solo e da sua fertilidade.
Tabela 19. Número de amostras, origem e resultados financeiros por grandes áreas
Ar livre Estufas Análise foliar Correctivos Águas de rega TOTAL
Nº
amostras Receita Nº
amostras Receita Nº
amostras Receita Nº
amostras Receita Nº
amostras Receita Nº
amostras Receita
Proj 757 1 17,13 58 2205,20 1 14,17 60 2236,50
Divisão de Experimentação, Qualificação e Apoio Laboratorial 37
Ar livre Estufas Análise foliar Correctivos Águas de rega TOTAL
Oficiais 13 491,75 8 521,50 26 2301,00 47 3314,25
Monit. ZV 274 7809,00 86 1290,00 360 9099,00
Protocolo ZV nº1
49 393,75 299 4250,66 8 132,00 29 389,17 385 5165,58
VD 489 6737,60 47 1649,25 41 1684,50 59 6519,00 8 420,00 644 17010,35
Totais Parciais
826 15449,23 412 8626,61 67 3985,50 67 6651,00 124 2113,34 1496 36825,68
No âmbito da avaliação da qualidade do solo, nomeadamente na ecotoxicidade e
fitotoxicidade, foram efectuados os ensaios identificados na tabela seguinte. É de referir que
o número de ensaios não foi superior ao identificado, dada a impossibilidade de proceder à
aquisição de meios de cultura e de outros reagentes em tempo oportuno.
Tabela 20. Ensaios laboratoriais – área ambiental
Actividade Nº de ensaios
Ensaios microbiológicos 84
Ensaios fitotóxicidade 3
Detecção presença infestantes 4
Emissão de pareceres técnicos (fertilidade e nutrição) Sempre que solicitado
Divulgação dos resultados experimentais
A Divisão de Experimentação, Qualificação e Apoio Laboratorial considera como actividade
da maior importância a difusão dos resultados das actividades experimentais, quer em
eventos nacionais, quer em internacionais e a publicação em artigos organizados e sujeitos a
revisão por técnicos de referência. Os conhecimentos adquiridos pela via da
experimentação, foram também coligidos e vertidos nos referenciais pedagógicos de
formação profissional agrária, elaborados ao abrigo do projecto financiado pelo programa
Agro. A revisão e edição dos 10 referenciais pedagógicos, previsto no projecto, esteve a
cargo do Núcleo de Qualificação Profissional Agrária desta Divisão.
Tabela 21. Participação em congressos, seminários e outros eventos durante o ano de 2008
Técnico Evento Missão
Maria Manuela Costa Sessão pública de Encerramento do Projecto Agro 757 “Bagaço” realizada na Escola Superior de Biotecnologia, Universidade Católica Portuguesa, a 31 de Março de 2008.
Comunicação oral - “Bagaço e cangaço de uva: sub-produtos das adegas com potencial fertilizante”
Divisão de Experimentação, Qualificação e Apoio Laboratorial 38
Técnico Evento Missão
T. Natal-da-Luz, J. Neves, A. Torres, J. Freitas, M. M. Costa, F. Gonçalves, J.P. Sousa.
“SETAC Europe 18th Annual Meeting” Varsóvia, Polónia de 25 a 29 de Maio de 2008
PAINEL -“Ecotoxicological assessment
of short-term changes of three
different wastes after their
incorporation in an agricultural soil”
T. Natal-da-Luz, J. Neves, A. Torres, J. Freitas, M. M. Costa, F. Gonçalves, J.P. Sousa.
“SETAC Europe 18th Annual Meeting” Varsóvia, Polónia de 25 a 29 de Maio de 2008
Comunicação oral – Assessement of short-term changes in the toxicity of three different wastes after their incorporation in an agricultural soil
T. Natal-da-Luz, J. Neves, A. Torres, J. Freitas, M. M. Costa, F. Gonçalves, J.P. Sousa.
SETAC Europe 18th Annual Meeting” (2009)
“Evolution of short-term changes in bioavailability of metals. The influence of earthworm activity” (submetido - em fase de avaliação)
M. Manuela Costa, Fernando Miranda, Alexandre Torres, Joana Freitas, Tiago Natal-da-Luz, José Paulo Sousa
II Congresso de Agricultura Biológica – Torres Vedras, Junho 2008
Apresentação do trabalho “Cangaço e bagaço de uva: sub-produtos das adegas com potencial fertilizante”
Maria Manuela Costa III Colóquio Nacional de Horticultura Protegida decorrido a 7 de Novembro de 2008, no Auditório Municipal da Póvoa de Varzim
Comunicação oral - “Fertilizantes orgânicos: fertilizar sem poluir”
Maria Manuela Costa Centro Social e Paroquial da Aguçadoura, a 22 de Novembro de 2008
Palestra - “Qualidade dos Fertilizantes orgânicos”.
António F. Rocha Ferreira, Paulo M. Miranda de Sousa
Semana Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho (C.M. Guimarães)
Comunicação – “Avaliação de riscos na Agricultura (Mecanização)”
Tabela 22. Artigos publicados durante o ano de 2008
Autor(es) Publicação/periódico Título
F. Pacheco, G. Machado e L. Cruz
Livro de Actas do 6º Seminário Internacional da Sub-Rede Sistemas de Produção – Rede FAO-CIHEAM sobre Ovinos e Caprinos
Alterações em sistemas de produção de caprinos do Entre Douro e Minho: modos de produção e sustentabilidade
F. Pacheco, S. Ramos e C. Rodrigues
Livro de Actas do 6º Seminário Internacional da Sub-Rede Sistemas de Produção – Rede FAO-CIHEAM sobre Ovinos e Caprinos
Evolução da criação de caprinos no âmbito da conversão ao modo de produção biológico
F. Pacheco, G. Machado e L. Cruz
Número especial da revista do Centre International de Hautes
Etudes Agronomiques
Méditerranéennes (CIHEAM), “Options Méditerranéennes”
Evolution des systèmes d’élevage caprin de l’Entre Douro e Minho : analyse des modes de production et des indicateurs de durabilité*
F. Pacheco, S. Ramos e C. Rodrigues
Número especial da revista do Centre International de Hautes
Etudes Agronomiques
Méditerranéennes (CIHEAM), “Options Méditerranéennes”
Evolution de l’élevage caprin traditionnel dans le cadre de la conversion au mode de production biologique*
G. Toussaint, P. Morand-Fehr, J.M. Castel Genis, J.P. Choisis, M.
Número especial da revista do Centre International de Hautes
Etudes Agronomiques
Méthodologie d’analyse et d’évaluation technico-économique des systèmes de production ovine et caprine*
Divisão de Experimentação, Qualificação e Apoio Laboratorial 39
Autor(es) Publicação/periódico Título
Chentouf, Y. Mena, F. Pacheco e A. Ruiz
Méditerranéennes (CIHEAM), “Options Méditerranéennes”
M. Manuela Costa Actas do III Colóquio Nacional de Horticultura Protegida
“A fertilizantes orgânicos: fertilizar sem poluir”
M. Manuela Costa Brochura final do Projecto Agro 757 “Bagaço
Apresentação dos principais resultados e conclusões num capítulo intitulado “Valorização de Subprodutos das adegas: utilização como fertilizantes nas culturas da couve repolho (Brassica oleraceae) e da alface (Lactuca sativa) em modo de produção biológico.
Paulo Costa Leme, Pedro Malheiro
Ciência e técnica vitivinícola Distribuição radicular em profundidade de dez bacelso enxertados no cv. “Loureiro”(*)
Zulmira Lopes
Anunciação Monteiro
Referencial de formação Produção de leite de bovinos e produção de queijo
Fernando E.R. Miranda et al.
Referencial de formação Horticultura comestível e ornamental
Filipe Pacheco Referencial de formação Pequenos ruminantes
Paulo Costa Leme et al. Referencial de formação Viticultura
António Silva, Violeta Nunes Lopes et al.
Referencial de formação Actividades com tradição
* Em revisão final para edição
Resultados obtidos na gestão de recursos humanos, financeiros e materiais
Para a prossecução dos objectivos, a DEQAL entre 1 de Janeiro e 23 de Junho de 2008 contou
com 7 Núcleos e um pólo. A 23 de Junho Núcleo da Quinta do Forte - Vila Nova de Cerveira é
transferido para a dependência hierárquica da Delegação Regional do Minho Lima. A 1 de
Julho o Banco Português de Germoplasma é transferido para o Instituto Nacional de
Recursos Biológicos (parte do Núcleo de Merelim). Em Julho o Laboratório de Apoio à
Actividade Agro-Pecuária é transferido para esta Divisão. Para além destas grandes
alterações na estrutura, verificou-se também a alteração da estrutura de recursos humanos,
consequência de aposentação dos funcionários e da mobilidade dos mesmos para uma
melhor adequação dos recursos às necessidades das diversas unidades orgânicas da DRAPN.
A situação mais constrangedora verificou-se no Laboratório de Química Agrícola e Ambiental,
onde se verificou uma redução de 25% do número de funcionários afecto às actividades
analíticas, na sequência de aposentações. A tabela seguinte ilustra os recursos humanos
afectos a cada Núcleo e a sua mobilidade.
Divisão de Experimentação, Qualificação e Apoio Laboratorial 40
Tabela 23. Gestão de recursos humanos no ano de 2008
Núcleo Recursos humanos
Mobilidade dos recursos humanos A 1 de Janeiro A 31 Dezembro
Núcleo de Merelim
7 Tec Superior 5 Assis Técnic. 8 Assis Opera.
2 Tec Superior 1 Assis Técnci 1 Assis Opera
1 Tec. Sup. aposentado 4 tec. Sup – INRB 4 Assis. Técn – INRB 7 Assis Opera - INRB
Núcleo Qualificação - Vairão 2 Tec. Superior 1 Assis. Técnic
1 Tec. Superior 2 Assis. Técnic
1 Tec. Sup. aposentado 1 Assis téc. Transferido da Delegação Regional do Cávado
Núcleo Experimentação - Vairão
1 Tc. Sup - CD 3 Tec. Superior 2 Assis. Técnic 10 Assis. Oper
1 Tc. Sup - CD 4 Tec. Superior 2 Assis. Técnic 11 Assis. Oper
1 Tec. Sup. aposentado 2 Téc. Sup. transferidos de um pólo da DEQAL de Sergude para Vairão 1 Tec. Sup. (Biblioteca) transferido do Núcleo Relações Públicas 1 Tec. Sup. transferido para a Divisão Inovação e Mercados 1 Assis Operac. transferido da Delegação Regional Cavado, com residência em Barcelos, mas que dá apoio a toda a Divisão
Núcleo Laboratórios Porto e S. Hora
11 Tec. Sup 6 Assis. Técnic
10 Tec. Sup 5 Assis. Técn
1 Tec. Sup. aposentado 1 Assis. Técn aposentado
Núcleo de Vila Nova de Cerveira
1 Assis. Técnic 4 Assis. Opera
Transferida a hierarquia para a Delegação Regional Minho Lima
Núcleo de Experimentação e CFP Vidago
2Tec. Superior 2 Assis. Técnic 7 Assis. Opera
2Tec. Superior 1 Assis. Técnic 7 Assis. Opera
1 Assis. Técnic transferido para a Divisão Controlo
Núcleo de Experimentação e CFP Valongo
2 Tec. Superior 2 Assis. Técnic 7 Assis. Opera
2 Tec. Superior 1 Assis. Técn 7 Assis. Opera
1 Assis. Técnic transferido para a Divisão Gestão Recursos
Laboratório de Apoio à Actividade Agro-pecuária
1 Tec. Superior 15 Assis. Técn 3 Assis. Opera
No que concerne à área financeira, é de referir a grande dificuldade na obtenção das
autorizações prévias para a satisfação das necessidades de aquisição de bens e de serviços,
imprescindíveis ao bom funcionamento dos diversos serviços. O caso mais relevante foi
verificado ao nível da não autorização para aquisição de gases nobres, imprescindíveis ao
funcionamento do equipamento analítico (GC e HPLC) do Laboratório de Qualidade
Alimentar. Esta situação obrigou a desligar todos os equipamentos e à suspensão da
realização de ensaios analíticos, nomeadamente os cometidos no âmbito do Plano de
Controlo Oficial de Pesticidas, obrigando ao congelamento de 130 amostras da alimentos
vegetais, para além dos ensaios inerentes ao Controlo Oficial de Países Terceiros, que foram
Divisão de Experimentação, Qualificação e Apoio Laboratorial 41
efectuados em laboratórios externos. Por outro lado, a não realização de ensaios analíticos
fez adiar a acreditação da metodologia de determinação de alfatoxinas e a consolidação dos
ensaios de ditiocarbamatos.
Para além desta ocorrência de especial relevância ao nível das actividades laboratoriais, a
área da experimentação e de gestão das explorações agrícolas deparou-se também com a
dificuldade em adquirir matérias-primas indispensáveis à diversificação das actividades
experimentais e produtivas, bem como a aquisição de pequenos acessórios e ferramentas, o
que tornou muitas vezes o trabalho mais penoso, pondo mesmo em causa a qualidade dos
trabalhos efectuados. A não satisfação destas necessidades obrigou os funcionários a se
socorrerem de utensílios próprios para poderem efectuar os diversos trabalhos com menor
esforço físico. A tabela seguinte apresenta despesas identificadas pela DSAGR para os
diversos Núcleos e as principais receitas descriminadas por actividade e núcleo.
Tabela 24. Despesas e receitas por Núcleo e actividade
Núcleos Despesa (€) Receita (€) Observações
Divisão 63.966,44 Quota leiteira – 11857,0
Núcleo Merelim 88.450,04 ---- A receita deste núcleo
está incluída no Núcleo de
Qualificação, dado as
demais actividades não
terem gerado receita
Núcleo Qualificação - Vairão
4.311,65 Aluguer CF – 20.221,92
Lei Aprendizagem – 3.913,23
Homologações formadores e
acções de formação – 7800,0
Outras receitas – 27.147,88
Núcleo Experimentação - Vairão
1.210,07 Produto experimentação –
12324,5
Núcleo Laboratórios Porto e S. Hora
31.288,96 LQAA – 22.175,93
LQA – 1024,0
Núcleo de Vila Nova de Cerveira
4.658,78 Receita inscrita na
Delegação Regional do
Minho Lima
Núcleo de Experimentação e CFP Vidago
17.648,77 CFP – 1168,50
Experimentação – 4882,49
Núcleo de Experimentação e CFP Valongo
36.295,71 CFP – 8.063,63
Experimentação – 19.061,99
Laboratório de Apoio à Actividade Agro-pecuária
75.657,15 Agrícola - 5224,99
Divisão de Experimentação, Qualificação e Apoio Laboratorial 42
Núcleos Despesa (€) Receita (€) Observações
Sanidade Animal – 319.263,50
Total (€) 323.487,57 464.129,56
O Laboratório de Química Agrícola e Ambiental para além da receita efectiva identificada
contribuiu ainda com 14.649,75 euros. Esta receita virtual corresponde às análises
efectuadas no âmbito do projecto Agro n.º 757 e a determinações analíticas efectuadas no
âmbito das competências da DRAPN, nomeadamente a monitorização da Zona Vulnerável
n.º 1 e outras atribuições como o apoio técnico à produção. É ainda de referir que algumas
Delegações Regionais arrecadam a receita deste núcleo no momento de recepção das
amostras e consideram como receita da delegação, não a atribuindo ao respectivo centro
orçamental.
Em consequência da suspensão do fornecimento de gases, o laboratório de Qualidade
Alimentar viu-se impedido de efectuar determinações analíticas, apesar do considerável
volume de amostras que a Divisão de Controlo e Protecção Fitossanitário colheu e entregou.
O laboratório externo que serviu de alternativa, apesar de ter efectuado os ensaios analíticos
requeridos, não adopta as metodologias recomendadas pela U.E. A DGADR também não
procedeu à transferência das verbas previstas para a execução do Plano Nacional de
Controlo de Pesticidas.
O Núcleo de Experimentação e o Centro de Formação Profissional de Valongo, para além da
receita identificada na tabela anterior, contribuiu activamente para o equilíbrio financeiro da
DRAPN tendo acolhido a formação profissional interna e reuniões, cedendo salas e
equipamentos pedagógicos e fornecendo 741 refeições. Registou ainda o fornecimento de
93 dormidas. Os serviços prestados por este núcleo a título gratuito para os utilizadores
finais representa uma receita não arrecada de 5530,00 euros. Se se considerar a utilização
das salas de aula, dos equipamentos didáctico e pedagógico aos valores tabelados, podemos
ainda considerar uma arrecadação virtual de 18.447,47euros. Pelo exposto, podemos
considerar que o contributo para a receita da DRAPN foi de 51.397,09 euros.
Dada ser esta a Divisão que coordena as actividades passíveis de concorrer ao “Pagamento
Único” e aos demais prémios à produção, esta receita deveria ser inscrita como receita desta
Unidade Orgânica.
Prestação para os resultados globais da DRAP-Norte
Tendo em conta o exposto até ao momento é possível inferir do contributo da DEQAL para
os resultados globais da DRAPN, não só através das actividades previstas, como das não
previstas e executadas. Contudo, pensamos ser de realçar os seguintes resultados:
• A optimização dos recursos internos traduzida num aumento das receitas próprias em
4,7%,
Divisão de Experimentação, Qualificação e Apoio Laboratorial 43
• 10 Ensaios de experimentação executados, para além dos ensaios de demonstração ou
consolidação de conhecimento técnico e tecnológico e dos coordenados por técnicos
de outras Divisões, mas executados no Centros Experimentais pelos auxiliares da
DEQAL,
• 132 Acções de formação profissional agrárias homologadas,
• 1345 Formandos certificados,
• 81 Formadores homologados,
• 27 Projectos Agro (medida 7) encerrados, restando apenas 1 projecto que ainda não
apresentou o pedido de saldo final, para encerrar o III QCA,
• 9220 Determinações analíticas que contribuíram para a resposta a todas as solicitações
do Laboratório de Química Agrícola e Ambiental em tempo útil,
• 657.269 Provas realizadas no Laboratório de Apoio à Actividade Agro-Pecuária, na área
da sanidade animal, no ano de 2008.
Assim, tendo em conta os resultados alcançados e vertidos neste relatório podemos concluir
do contributo da DEQAL para os objectivos estratégicos da DRAPN, como:
• Contribuir para o reforço da competitividade e a sustentabilidade do meio rural, quer
através da execução os ensaios de experimentação, demonstração e difusão dos
resultados alcançados, da qualificação profissional dos activos agrários ou mesmo do
apoio prestado pelos laboratórios de Química Agrícola e Ambiental, Qualidade
Alimentar, Apoio à Actividade Agro-Pecuária (Sanidade Animal e Agrícola) aos
respectivos sectores produtivos;
• Optimizar a utilização dos recursos internos, materiais, estruturais ou humanos,
originou a eficiência, eficácia e a qualidade dos resultados alcançados, quer nas
actividades previstas, quer nas efectuadas para além das atribuições da Divisão.
Avaliação do sistema de controlo interno
Ao longo do ano foi avaliada a evolução do desenvolvimento das actividades previstas,
através de troca de informações entre os diversos técnicos e o Chefe de Divisão. A
monitorização foi efectuada através da elaboração de relatório de execução material,
realizado pelos técnicos, ou grupos de técnicos, responsáveis pelas principais áreas
funcionais da Divisão. Este primeiro relatório integrou os resultados das actividades
desenvolvidas entre 1 de Janeiro e 30 de Setembro.
Divisão de Experimentação, Qualificação e Apoio Laboratorial 44
0
10
20
30
40
50
60
70
MS S I MI
Grau de satisfação do cliente
Res
post
as (
%)
Foi ainda efectuado um segundo relatório que integrou todas as actividades e resultados
individuais relativos ao ano de 2008. Este relatório anual foi efectuado pelos funcionários das
carreiras de técnico superior e assistente técnico que executam actividades ou tarefas de
modo autónomo. Todos os elementos e resultados mais relevantes fazem parte integrante
deste documento que pretende integrar toda a informação.
Mecanismos de participação e auscultação dos clientes internos e externos
Durante o mês de Novembro foram enviados inquéritos para avaliação do grau de satisfação
aos principais clientes externos do Laboratório de Química Agrícola e Ambiental. As figuras
seguintes ilustram os principais resultados extraíveis do inquérito.
Tratamento das reclamações
Adequado Nº adequado Nº respondeu
Tratamento das reclamações (%) 21,1 0 78,9
Serviço de atendimento
0
10
20
30
40
50
60
MS S I MI
Grau de satisfação do cliente
Res
post
as (
%)
Figura 4 – Grau de satisfação do cliente com o atendimento pessoal (A) e telefónico (B). (MS: muito
satisfeito; S: satisfeito; I: insatisfeito; MI: muito insatisfeito).
A B
Sector analítico
A
Figura 5 – Grau de satisfação do cliente com o tempo de resposta (A), com o cumprimento
do prazo de resposta (B) e com o esclarecimento técnico (C). (MB - muito bom, B -
bom, S – satisfatório, M – mau, NR- não respondeu).
Satisfação global
Figura 6 - Grau de satisfação global do cliente.
MB - muito bom, B - bom, S – satisfatório, M – mau.
Grau de realização do plano de formação da unidade orgânica tendo em conta as necessidades de desenvolvimento das competências individuais
O plano de formação foi genericamente cumprido, tendo em conta as principais
necessidades de formação e de desenvolvimento das competências comportamentais e
funcionais dos funcionários afectos à Divisão em Janeiro de 2008, como foi referido no ponto
3.2.
B
C
0
10
20
30
40
50
60
70
MB B S M NR
Satis f ação c om tempo de respos ta
Res
post
as (
%)
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MB B S M NR
Satis f aç ão com c umprimento do praz o
Res
post
as (
%)
0
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50
MB B S M NR
Satisfacção com esclarecim ento tecnico
Resp
osta
s (
%)
010203040506070
MB B S M
Grau de satisfação global
Res
post
as (
%)
Divisão de Experimentação, Qualificação e Apoio Laboratorial 46
Para o cumprimento de um volume de formação de 1852 horas contribuíram alguns dos
técnicos da DEQAL que colaboraram na organização e monitorização de 2 acções de
formação, uma em Access e outra em Higiene e Segurança no Trabalho Agrícola. Para além
da formação em regime laboral, alguns dos técnicos promoveram o desenvolvimento das
suas competências recorrendo a formação em regime pós-laboral.
Por dificuldades diversas não foi possível facultar a formação técnica específica aos técnicos
que desempenham funções nos laboratórios.
Conclusões prospectivas e actuação futura
Durante o ano de 2008 a Divisão de Experimentação, Qualificação e Apoio Laboratorial
cumpriu e respondeu com qualidade, eficiência e eficácia a todas as solicitações e desafios
que se depararam.
Pensamos que os desafios que se depararão durante o ano de 2009 e seguintes são maiores
e que obrigarão a um maior compromisso de todos pois prevê-se um aumento das
solicitações dos serviços prestados e a contínua redução dos efectivos humanos,
consequência do atingir da idade de aposentação.
Apesar dos constrangimentos que se possam vir a sentir, deverá continuar a ser objectivo
último implementar uma rede de unidades experimentais, capazes de contribuir para a
preservação da biodiversidade vegetal e animal, produzir os conhecimentos necessários à
inovação e progresso dos activos agrícolas e à qualificação de potenciais activos,
contribuindo para o desenvolvimento de novos processos produtivos tecnologicamente,
ambientalmente, economicamente sustentáveis e seguros para o consumidor. Para a
concretização deste grande compromisso e para que este seja cumprido com qualidade,
eficiência e eficácia é necessário proceder à:
• Afectação de meio humanos qualificados;
• Requalificação dos existentes;
• Aquisição de equipamentos didáctico-pedagógicos;
• Aquisição de equipamentos de laboratório de modo a substituir os já obsoletos;
• Aquisição de pequeno equipamento para apoio à actividade agrícola experimental;
• Celebração de parcerias com entidades de investigação;
• Celebração de parcerias com empresas das diferentes áreas da actividade
produtiva;
• Atribuição/criação de um centro de reconhecimento e validação de competências;
• Celebração de contrato programa com o POPH;
• Celebração de protocolo com o IEFP que conduza à:
Divisão de Experimentação, Qualificação e Apoio Laboratorial 47
o Actualização/formação dos activos agrícolas em acções de transmissão
das melhores técnicas disponíveis,
o Estágios profissionais em contexto de trabalho,
o Estágios curriculares profissionalizantes,
o Novas acções de formação qualificantes;
• Criação de uma rede de laboratórios com valências complementares aos da DRAPN.
Para o sucesso concorre a qualidade das infra-estruturas atribuídas à DEQAL, quer elas sejam
formativas (CFP), unidades experimentais, ou mesmo de alguns dos laboratórios. Estas infra-
estruturas poderão contribuir para reforço da competitividade e da sustentabilidade do meio
rural, ao serem utilizadas/rentabilizadas nas mais diversas actividades qualificativas, quer
sejam as estruturas laboratoriais, quer as unidades experimentais, servindo assim a
comunidade. A utilização das referidas estruturas como pontos de transferência de
conhecimento e de prestação de serviço à comunidade, para além de as rentabilizar, pode
contribuir para a criação de uma dinâmica de trabalho e de procura de conhecimento. Deste
modo, a DEQAL poderia contribuir e evoluir para a certificação profissional específica para
activos agrícolas e especializada (dupla certificação) em parceria com entidades de formação
formal e com o Programa Operacional Potencial Humano (POPH), criando um centro de
reconhecimento e validação de competências agrícolas e agro-alimentares (CRVCC).
Dadas ainda as diferentes competências instaladas na DEQAL e na DRAPN, esta região
poderá ainda contribuir para a criação dos novos perfis profissionais e actualização dos
conteúdos formativos, em articulação com a DGADR e a ANQ.