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Relatório Anual Natura 2016

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Relatório AnualNatura 2016

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RELATÓRIO ANUAL 2016

ApresentaçãoMensagem dos FundadoresMensagem do Comitê ExecutivoSomos a Natura

Evoluções e desafios Mapa das operações

Nossa estratégiaUma visão integrada do desempenhoModelo de negócios Operações InternacionaisAESOP

Gestão de pessoasGovernança corporativa

Gestão de RiscosÉtica e transparência

Nossos produtos e conceitosInovaçãoSegurança do consumidor

Natura multicanalVenda por relaçõesCanais digitaisVarejo

Nossos processosCompromissos para futuroPrograma AmazôniaGestão de GEEContabilidade ambientalGestão da água Gestão de resíduosRelação com fornecedores Evoluções na logísticaComunidadesInstituto NaturaMarketing InstitucionalSobre o relatório Sumário de Conteúdo GRIVisão de Sustentabilidade 2050

AnexosIndicadores complementaresCarta de Asseguração

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Índice

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RELATÓRIO ANUAL 2016

Nosso compromisso com a transparência se materializa na grande base de dados divulgada anualmente pela Natura. Nesta edição, são mais de 150 indi-cadores, que nos permitem compreender o impacto dos diversos aspectos do nosso negócio. Este Relatório Anual 2016 faz parte do processo de comunicação de resultados da Natura, formado ainda por uma revista impressa, que apre-senta os principais destaques do período, e pelo Relatório de Administração, divulgado no dia 23 de fevereiro no jornal Valor Econômico. Em nossos Comen-tários de Desempenho trimestrais, também atualizamos a evolução dos princi-pais indicadores socioambientais da empresa.O Relatório Anual Natura 2016 segue as diretrizes da GRI (Global Reporting Ini-tiative) para a comunicação de desempenho da sustentabilidade em sua mais recente versão, Standards, lançada em 2016. A Natura é pioneira na divulga-ção de relatórios alinhados à GRI, tendo sido a primeira empresa da América Latina a adotar esta prática, no ano 2000. Também buscamos o alinhamento aos princípios de relato integrado propostos pelo IIRC (International Integrated Reporting Council). A cada edição, nós nos empenhamos em informar nossos resultados de forma cada vez mais clara e integrada. Assim, consolidamos todos os indicadores nes-ta única peça. Não deixe de ler também a revista Relatório Natura 2016. Com abordagem jornalística, ela destaca os principais fatos do ano, e os relaciona a reportagens sobre algumas das consultoras que integram nossa Rede de Re-lações.Acompanhe essas evoluções nas próximas páginas!

Marcelo Bicalho BeharDiretor de Assuntos Corporativos

Saiba mais sobre o processo de elaboração do relatório aqui.

Comunicaçãointegrada

APRESENTAÇÃO

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RELATÓRIO ANUAL 2016

A incerteza e as inseguranças que dela decorrem são marcas predominantes do mundo nestes nossos tempos. Tempos líquidos – como os denominava o sociólogo polonês Zygmunt Bauman, recentemente falecido – têm, como característica o processo de fragmentação civilizatória e da vida humana, que distancia as pessoas e os países. Os sentimentos fraternos e universais se fragilizam, à medida que crescem a desconfiança, o individualismo e o egocentrismo. A sensação vigente é de profunda dúvida sobre nossos destinos individuais e coletivos, o que provoca ansiedade e angústia, frustração dos cidadãos com a política e sérias tensões no âmbito das nações. Cenários sombrios evocam retorno do nacionalismo, impulsos protecionistas e intolerância ao diverso e ao contraditório, além de riscos de sérios retrocessos nos temas ambientais e nos rumos de um desenvolvimento saudável e inclusivo. Uma das questões que geram incerteza globalmente é a extrema desigualdade social, dentro dos países e entre eles, um dado alarmante para todos nós. Diante desse quadro, faz-se necessário buscarmos, no humanismo e no respeito ao próximo, as luzes de nossos fundamentos, de nossas origens. Verdades básicas, como a consciência de que todos fazemos parte da cadeia da vida no planeta, devem alimentar nossos pensamentos e nossa disposição, e orientar nossas ações na luta por novos avanços para a humanidade. Continuamos convictos de que, unicamente por meio do sentir e do pensar sistêmicos, seremos capazes

Possibilidades em tempos líquidos

MENSAGEM DOS FUNDADORES

Por Antonio Luiz da Cunha Seabra, Guilherme Peirão Leal e Pedro Luiz Barreiros Passos

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de nos comprometer com todas as dimensões da vida, por amor e respeito a ela. E é essa natureza de compromisso que nos faz visualizar a beleza na incerteza. Ela oferece oportunidades de inovações de toda ordem, inclusive e especialmente de ordem social. Ela, a incerteza, tem também um poder convocatório: demanda que todos e cada um de nós – indivíduos e lideranças políticas, sociais, empresariais, acadêmicas e culturais – façamos nossa parte. Que participemos da vida pública e da discussão sobre o futuro que queremos construir. Que sejamos a mudança que desejamos ver acontecer, como diria Mahatma Gandhi ou, mais recentemente, Barack Obama. As empresas, por sua vez, em defesa também de seus próprios interesses, têm possibilidade e responsabilidade de assumir o papel de agentes de transformação social e conservação ambiental. Devem entender esses dois compromissos como oportunidade de inovações disruptivas. Como discutido no último Fórum Econômico Mundial, em Davos, é necessário pensar na contribuição que o capitalismo pode dar para reduzir as dores provocadas pela desigualdade social. Fazemos parte desse movimento que busca, a partir de novos paradigmas, criar desenvolvimento e prosperidade para todos, principalmente para aqueles deixados para trás.

A NATURA Nutridos por nossa experiência, nossas crenças e nossos saberes,

Antonio Luiz da Cunha Seabra

FUNDADORES DA NATURA E COPRESIDENTES DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Guilherme Peirão Leal

Pedro Luiz Barreiros Passos

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temos consciência da dimensão dos desafios que estão a nossa frente. Mas conhecemos nossa vocação, nossas competências e qualidades, que nos permitiram construir uma empresa que vem, ao longo do tempo, exercendo papel social relevante na transformação de centenas de milhares de vidas. Principalmente por meio de nossa rede de Venda por Relações.Ao longo de 2016, vivenciamos muitas transformações. Quanto à nossa operação principal, no Brasil, temos bem delineado o planejamento que nos vai permitir obter melhores resultados daqui em diante. Paralelamente, pretendemos manter acelerado o crescimento de nossas Operações Internacionais e identificar os melhores meios para levar nossa proposta de valor para outras geografias. Nesse campo, é importante destacar o desempenho da Aesop, marca originária da Austrália que passou a fazer parte integral da Natura e que vem se expandindo globalmente. É importante lembrar que o ano foi de transição também para a alta gestão da Natura: Roberto Oliveira de Lima, a quem agradecemos e desejamos felicidades, concluiu seu período como diretor-presidente. A liderança executiva passou a ser exercida por João Paulo Ferreira, que inicia, assim, uma nova etapa em sua bem-sucedida trajetória de sete anos ao nosso lado. Entusiasma-nos contar com um grupo de líderes experiente, de alta capacidade, coeso e alinhado à visão de futuro que estabelecemos em conjunto. De nosso lado, permanecemos envolvidos em tornar a governança da empresa ainda mais robusta. Sempre alinhados às nossas origens, priorizamos na Natura a reverência pelas relações e o pensamento sistêmico, fundamentos de nosso compromisso com a sustentabilidade. É essa crença fundamental no poder das relações e da empatia, e na riqueza da diversidade, que nos guia, nos fortalece e ilumina nossa caminhada para o futuro.

E o que é o futuro, senão o que decorre de nossas ações de hoje, do agora? Plínio Villares Musetti

Roberto de Oliveira Marques

Silvia Freire Dente da Silva Dias Lagnado

Marcos de Barros Lisboa

Carla Schmitzberger

Giovanni Giovannelli

MEMBROS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

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Estamos confiantes na implantação das bases estratégicas de nosso novo ciclo de prosperidade. Uma série de evoluções realizadas em 2016 sustentam nossa convicção de sermos bem-sucedidos na recuperação de nossa operação no Brasil. Isso será feito prioritariamente pela estratégia de revitalização da venda direta, nosso foco para 2017. Estamos lançando uma nova proposta de valor para nossas consultoras que permitirá seu desenvolvimento profissional, a modernização de sua atuação e a progressão de seus ganhos. Se, por um

Prosperidade, pertencimento e propósito

MENSAGEM DO COMITÊ EXECUTIVO

Por João Paulo Ferreira, diretor-presidente, Agenor Leão, Andrea Alvares, Erasmo Toledo, Flavio Pesiguelo, José Roberto Lettiere, Josie Romero e Robert Chatwin

lado, nossas consumidoras receberão um atendimento mais próximo, que fortalece a experiência com nossos produtos, por outro, as consultoras passarão a perceber a Natura como um ambiente de crescimento, a partir de novas formas de relacionamento com a empresa. Queremos proporcionar ao nosso 1,8 milhão de consultoras cada vez mais oportunidades de prosperidade, sustentadas pelo sentimento de pertencimento a uma comunidade, unida em torno de propósitos de aperfeiçoamento individuais e

coletivos, e no ideal de gerar impactos positivos em nossa sociedade. Em 2016, o desempenho de nossa operação no Brasil e as oscilações cambiais em toda a América Latina acabaram por afetar os resultados da Natura. Dessa forma, nossa receita líquida consolidada somou R$ 7,9 bilhões, com Ebitda de R$ 1,3 bilhão e lucro líquido de R$ 297 milhões. A crise política e econômica brasileira gerou redução do consumo nas diferentes categorias de cosméticos, fragrâncias e produtos de higiene, e um empobrecimento da cesta de

Da esquerda para a direita: Agenor, Flavio, Josie, João Paulo, Robert, Lettiere, Andrea e Erasmo; ao fundo, gerentes de Relacionamento Natura durante o Encontro Anual 2017

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compra das consumidoras brasileiras. Nossas Operações Internacionais também enfrentaram um ambiente de negócios mais complexo. Mudanças de governo e transições de políticas econômicas trouxeram novos desafios para a vigorosa expansão da Natura na América Latina. Ainda assim, mantivemos nosso ritmo de crescimento em moeda local, já somos a marca preferida em três dos cinco países em que atuamos e superamos as 500 mil consultoras na região. Ao mesmo tempo, fortalecemos cada vez mais nossas capacidades para a atuação em mercados maduros. Desde que passou a integrar a Natura, a marca australiana Aesop quadruplicou de tamanho. Nossa experiência no varejo internacional se completa com as lojas Natura de Nova York e Paris, espaços que nos alimentam de conhecimento para a adequação do portfólio e o desenho de um modelo escalável para uma futura expansão. Do ponto de vista financeiro, fomos mais eficientes na alocação de recursos. Da mesma forma, obtivemos ganhos de produtividade em nossas operações de produção e logística, sem comprometer a qualidade do serviço prestado às nossas consultoras e consumidoras – entregamos mais de 50% de todos os pedidos no Brasil e na América Latina em até 48 horas. Nossa estrutura está preparada para apoiar o crescimento da Natura e, assim, nossos investimentos

podem permanecer concentrados em tecnologia digital e marketing, gerando impacto e retorno mais rápido. E nossas equipes estão ainda mais engajadas, como comprovou o aumento dos índices na pesquisa feita em todas as áreas da companhia e geografias em que atuamos, o que reforça nossa confiança. Entendemos que a tecnologia é um poderoso habilitador para impulsionar os negócios de nossas consultoras, à medida que fornece meios e informações para que a relação com nossas consumidoras seja ainda mais aquecida. O Rede Natura dobrou de tamanho no ano, já se estabeleceu no Chile e agora chega à Argentina. A transferência dessas evoluções para as demais operações está cada vez mais acelerada. Já ultrapassamos o estágio de utilizar a tecnologia apenas como um facilitador transacional e estamos no caminho de ser uma empresa orientada por dados, o que impacta positivamente a tomada de decisão, a produtividade e a qualidade da relação entre Natura, consultoras e consumidoras. Avançamos também em nossa entrada no varejo com a inauguração das primeiras cinco lojas próprias, em São Paulo. O retorno das consumidoras superou nossas expectativas, assim como a forma com que as consultoras passaram a interagir com esses pontos de experimentação de produtos. Esse ganho de competências que nos

entusiasma a crescer para outros estados do Brasil em 2017. Também expandimos o alcance de nossa operação em redes de farmácias. Nosso aprendizado com a utilização de diferentes canais já nos permite vislumbrar um imenso campo de sinergias. Acima de tudo, identificamos que, muito além do conflito, o que vamos desenvolver é um espaço de cooperação e complementariedade, no qual a consumidora poderá usufruir as múltiplas manifestações da Natura em favor da qualidade de sua experiência de compra. Em 2016, também relançamos com sucesso dois de nossos ícones, as linhas Chronos e Ekos, que sempre traduziram nosso espírito de inovação, capaz de gerar uma resposta tecnológica para as demandas de nosso tempo de um jeito que só a Natura sabe fazer. Perseguimos, portanto, mais inovações disruptivas, que aliem o melhor da ciência cosmética mundial aos ativos de nossa biodiversidade. Estamos empenhados em concretizar um novo ciclo de prosperidade para toda a nossa rede de relações. Nossos produtos, assim como nossa marca, são os veículos para a geração do impacto positivo que almejamos na sociedade. Seguimos pautados por nossa Razão de Ser, busca genuína de todo indivíduo: o bem estar bem que se manifesta na harmonia das relações consigo mesmo, com o outro e com o todo.

João Paulo foi um dos anfitriões do Encontro Anual 2017 da Natura, realizado em Atibaia (SP)

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Somos uma multinacional brasileira do setor de cosméticos, higiene e beleza, fundada em 1969. Movidos por nossas crenças, temos o compromisso de desenvolver produtos que expressem valores e comportamentos mais sustentáveis a toda a nossa rede de relações. 102-1, 102-2Com a marca Natura, além do Brasil, temos negócios em: Argentina, Chile, Colômbia, Estados Unidos, França, México e Peru (e, na Bolívia, atuamos por meio de um distribuidor local). No mercado brasileiro, lideramos a venda direta e estamos expandindo nossa atuação no varejo, com lojas próprias e parcerias com redes de farmácias. Investimos também em uma crescente plataforma digital. 102-4Temos cerca de 6,5 mil colaboradores, e nossos produtos são vendidos por 1,8 milhão de consultoras. Temos a nossa sede em São Paulo (SP) e contamos com fábricas próprias em Cajamar (SP) e Benevides (PA), além de produção terceirizada na Argentina,

na Colômbia e no México. A estrutura logística inclui um hub em Itupeva (SP), oito centros de distribuição no Brasil e cinco na América Latina – o mais recente deles inaugurado em 2016, na Argentina. Nossa presença internacional também engloba a marca de origem australiana Aesop, que no final de 2016 foi integralmente adquirida pela Natura. Somos uma companhia aberta com ações na BM&FBovespa no segmento do Novo Mercado, de mais elevado nível de governança. 102-3, 102-5, 102-8A nossa atuação é orientada pelo bem estar bem, que é a relação harmoniosa do indivíduo consigo mesmo, com os outros e com o todo. Ao longo de nossa trajetória, aprofundamos o compromisso com o desenvolvimento sustentável. Como empresa, criamos o desafio de gerar impacto positivo financeiro, social, cultural e ambiental, consolidado na Visão de Sustentabilidade 2050, lançada em 2014. No mesmo ano, fomos a primeira companhia de

capital aberto a se tornar Empresa B (ou B Corp), movimento global de empresas que dão o mesmo valor a seus resultados econômicos e socioambientais. No início de 2017, concluímos o processo de renovação dessa certificação, válida por mais dois anos. Unimos o design sustentável ao conhecimento tradicional e científico para o desenvolvimento de produtos, num modelo de inovação aberta – que envolve uma rede de parceiros nacionais e globais. Atuamos em conjunto com fornecedores para reduzir o impacto de nossos produtos, desenvolvendo a cadeia de uso de materiais reciclados, como PET e vidro. Mais de 80% de nossas fórmulas são vegetais – renováveis, portanto –, e nos relacionamos com cerca de 2 mil famílias da região amazônica para obtenção de ativos da biodiversidade brasileira, incentivando técnicas produtivas que contribuem para a conservação de 256 mil hectares de floresta em pé.

Somos a Natura

Evoluções Desafios

Seguimos com crescimento consistente nas Opera-ções Internacionais, que representaram 32,4% da receita líquida consolidada em 2016.

Retomar a força da venda direta, com a implanta-ção de uma nova proposta de valor para nossas consultoras.

Lançamos o EP&L, a “contabilidade ambiental”. A Natura é a primeira empresa do mundo a fazer um estudo como esse para todo seu portfólio e incluindo a etapa de uso dos produtos.

Fortalecer a operação no Brasil em um ambiente econômico desfavorável.

A plataforma Rede Natura dobrou de tamanho em dois anos e já é um dos principais canais digitais de produtos de beleza do Brasil.

Sustentar o ritmo de crescimento das Operações Internacionais.

Celebramos, em 2016, dez anos sem testes em ani-mais.

Aprofundar a experiência de compra multicanal com a sinergia entre a Venda por Relações e a ex-pansão dos canais digitais e do varejo.

A Natura está no Top 20 das empresas mais susten-táveis do mundo, segundo o ranking Global 100, da Corporate Knights.

Ter uma organização cada vez mais ágil e inovadora que responda à velocidade das mudanças de nosso tempo.

O Crer para Ver registrou novo recorde de arreca-dação, ultrapassando R$ 38 milhões no Brasil e nas Operações Internacionais.

Avançar no alcance das ambições 2020 que com-põem nossa Visão de Sustentabilidade 2050.

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O mundo NaturaA distribuição geográfica dos nossos negócios102-6 e 102-7

México

Peru

Chile

Argentina

FrançaCanadá

Nova York

Paris

São Paulo

Japão

Taiwan

Nova Zelândia

Hong Kong

Macau

Coreia do Sul

Suíça

Suécia

Itália

Brasil

Malásia

Austrália

Estados Unidos

Cingapura

Noruega

Reino Unido

Dinamarca

Alemanha

Colômbia

Países em que a Natura opera

Cidades com lojas Natura

Países com lojas Aesop

9 CENTROS

5 NA AMÉRICA

LATINA

DE DISTRIBUIÇÃO

NO BRASIL E

176 LOJAS* 41 NOVAS

ÚNICOcom design

* Dezembro de 2016

LOJAS64 CIDADESlocalizadas em

20 PAÍSES EM 2016

CENTROS DE PESQUISA

Benevides (PA)Cajamar (SP)Nova York (EUA)

FÁBRICASPRÓPRIAS

Benevides (PA)Cajamar (SP)

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Nossa estratégia

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1 Revitalização da venda direta A Venda por Relações, que sem-

pre diferenciou a Natura e é a prin-cipal fortaleza de nossa empresa, deve ser potencializada em favor da experiência das consumidoras com nossa marca. Ao longo de 2016, construímos uma nova proposta de valor para as consultoras. Ela in-clui a valorização da progressão de seu negócio (gerando retornos em renda, benefícios, reconhecimento e desenvolvimento pessoal) e a seg-mentação em diferentes perfis de atuação.

2 Reposicionamento da marca Natura O lançamento da cam-

panha Viva sua Beleza Viva, ocorrido em 2016, foi o primeiro grande passo para aumentar o reconhecimento da Natura como especialista em beleza e reaproximá-la das consumidoras. Prosseguiremos nessa direção, para construir a percepção de uma marca vibrante e afeita ao diálogo.

3 Revisão estratégica da arqui-tetura das marcas Queremos

que a Natura siga oferecendo inova-ções relevantes ao mercado – como o relançamento das linhas Ekos e Chronos, em 2016. Para tanto, inte-gramos as áreas de inovação, sus-tentabilidade e marketing na mesma

vice-presidência. Buscamos, assim, gerar produtos que unam alta tec-nologia, uso sustentável da biodiver-sidade e conceitos disruptivos.

4 Experiência de compra multi-canal Em 2016, começamos a

compreender as sinergias e com-plementariedades da Venda por Relações com os canais digitais e o varejo. Esse processo está nos ajudando a revisar o portfólio e as estratégias comerciais. Com isso, estaremos mais presentes na jor-nada de compra das consumido-ras, oferecendo o nível desejado de assistência, conveniência e experi-mentação.

Dois direcionadores são dedicados a nossa atuação internacional:

5 Fortalecer nossa posição na América Latina Ao sustentar

nosso forte crescimento anual, vis-lumbramos estar entre os quatro principais fabricantes de cosméti-cos, fragrâncias e produtos de hi-giene em todos os mercados em que atuamos até 2021. Para tanto, temos acelerado a adaptação das evolu-ções desenvolvidas no Brasil para as demais operações, como a digi-talização e a segmentação da Venda por Relações.

6 Expansão para mercados de-senvolvidos e em desenvolvi-

mento Ambicionamos levar nossa marca e sua proposta de valor para mercados maduros da Europa, Ásia e América do Norte. Fizemos trans-formações em nossas operações na França e nos Estados Unidos, e temos identificado as linhas mais atraentes para países com esse perfil, a exemplo de Ekos, Chronos e Mamãe e Bebê. A experiência com a expansão da Aesop também nos fornece relevantes apren-dizados.

Nossa estratégia apoia-se ainda em processos habilitadores, responsáveis por assegurar as bases para a evolu-ção dos nossos negócios. Em 2016, ti-vemos importantes ganhos de eficiên-cia e produtividade, tanto na alocação de recursos financeiros quanto nas práticas de operação e logística. De-mos continuidade a nossa transfor-mação digital, modernizando a Venda por Relações e inaugurando o e-com-merce. Buscamos também intensificar a inovação, num ambiente de traba-lho mais ágil e flexível. Nossas ações convergem para o alcance da Visão de Sustentabilidade 2050, que ex-pressa o compromisso de longo prazo da Natura com a geração de impacto positivo em quatro níveis: econômico, social, ambiental e cultural.

Nossa estratégiaDepois de dois anos de consolidação das bases para o novo ciclo de prosperidade, acelerar a implantação da estraté-gia é o principal foco da Natura em 2017. Temos à frente seis direcionadores estratégicos. Quatro deles são dedicados a recuperar nossa presença de mercado no Brasil:

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RELATÓRIO ANUAL 2016

O desempenho econômico da Natura em 2016 foi influenciado pela queda de receita no Brasil, especialmente no terceiro trimestre, e as oscilações cambiais na América Latina, que acabaram por reduzir o impacto positivo do crescimento de nossas Operações Internacionais. Apesar do ambiente econômico ainda desafiador, com retração da renda, que levou as consumidoras a buscar opções de produtos com menor preço, obtivemos uma melhora no quarto trimestre, impulsionada por nossa estratégia de Natal. Assim, a Receita Líquida consolidada de 2016 foi de R$ 7,9 bilhões, ficando estável em relação ao ano anterior. O Ebitda consolidado retraiu 10%, somando 1,3 bilhão, embora tenha crescido 46% na América Latina e 28% na Aesop.Mesmo diante desse cenário que exigiu grande disciplina na gestão de investimentos, capital de giro e despesas, a Natura continuou a gerar valor para toda a sua rede de relações. A geração de riqueza (paga men-tos destinados) para colabora-dores (R$ 1,3 bilhão), fornecedores (R$ 6,5 bilhões) e consultoras (R$ 4,4 bilhões) foi superior aos de 2015. Apenas houve redução no montante destinado ao governo (R$ 2 bilhões) e, em geral, pagamento de impostos, e a acionistas (R$ 119 milhões) por distribuição de lucros. Os impactos sociais de nossa atuação

Uma visão integrada do desempenho

também se beneficiam das vendas da linha de produtos Crer para Ver, cujo lucro é destinado para a melhoria da educação por meio do Instituto Natura. Passaram de R$ 30 milhões em 2015 para 38,2 milhões em 2016, considerando Brasil e América Latina (fora do Brasil, os recursos são gerenciados por instituições locais, que realizam ações em parceria com o Instituto). Esses recursos viabilizam ações como o estudo sobre educação integral no Brasil, ampliação das escolas que participam do projeto Comunidades de Aprendizagem na Argentina, Chile, Colômbia, Peru e México.Nossa decisão estratégica de apoiar o desenvolvimento da região Pan-amazônica, por meio do Programa Amazônia, traz impactos integrados econômicos, sociais e ambientais. Destinamos mais de R$ 220 milhões em 2016, principalmente para a compra de insumos da biodiversidade (64%), e estamos próximos de cumprir antecipadamente com a meta de movimentar R$ 1 bilhão em negócios na região entre 2012 e 2020 – já somamos R$ 973 milhões até 2016. O volume de insumos adquiridos da região já representa quase 20% de todas as matérias-primas utilizadas pela Natura e beneficiam 2.358 famílias que pertencem às comunidades fornecedoras. O desenvolvimento da economia local a

partir de atividades produtivas que respeitam a natureza permite que se propague o entendimento de que a floresta em pé gera riqueza. Em contrapartida, esses parceiros nos fornecem alguns dos principais ativos de nossa base tecnológica.Ainda do ponto de vista ambiental, a redução de volume produzido não afetou a performance de nossas emissões relativas de CO

2, que permaneceu praticamente estável em 3,17 kgCO2e por quilo de produto faturado. Esse resultado foi obtido principalmente por evoluções logísticas, como o maior uso de cabotagem no transporte de produtos na região Norte e Nordeste. A escolha do portfólio de produtos também contribuiu para o resultado, com o aumento do uso de materiais de menor impacto ambiental, como os produtos de perfumaria com vidro reciclado e a linha Ekos com 100% PET reciclado. A participação de material reciclado em nossas embalagens subiu de 2,90% em 2015 para 4,27% no ano passadoA redução no volume de produtos vendidos afetou, no entanto, nosso consumo relativo de água por unidade produzida, que teve um aumento de 8%. Considerando-se, porém, o consumo absoluto, ou seja, o total que utilizamos, houve uma redução de 5% do volume de água captado em todas as nossas operações em relação a 2015.

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Nossas demonstrações financeiras estão disponíveis aqui.

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RELATÓRIO ANUAL 2016

O poder das relações é a base do nosso modelo de negócios. Buscamos gerar valor e desenvolver tecnologias para que, até 2050, nosso impacto seja positivo considerando todas as etapas do ciclo produtivo. Partimos do comércio ético e justo para obtenção das matérias-primas, de um lado, e da transformação de desafios socioambientais em oportunidades de negócio mais inclusivas e sustentáveis, de outro. Relacionamo-nos com comunidades da região amazônica, incentivando cadeias produtivas que conservem a floresta em pé, ao mesmo tempo que geram recursos para as comunidades tradicionais. Em nosso modelo de inovação aberta, parceiros nacionais e globais compartilham conhecimento tradicional, ciência e design no desenvolvimento de novas

Modelo de Negócioslinhas. Atuamos em conjunto com os fornecedores para reduzir o impacto de nossa produção, desenvolvendo a cadeia de uso de materiais reciclados como PET e vidro. Mais de 80% de nossas fórmulas são vegetais (renováveis, portanto) e todo o álcool que usamos é orgânico, produzido com métodos que conservam os ecossistemas e a vida vegetal e animal. Nossas consultoras dão potência e alcance para a nossos produtos e conceitos. É a sua crença em nossa proposta de valor, aliás, que move todo o ecossistema – seu engajamento gera a transformação de realidades individuais e coletivas. A Venda por Relações é a nossa forma de fazer venda direta, que agora ganha sinergia com novos pontos de contato

com as consumidoras via Rede Natura (nossa plataforma digital) e as Lojas Natura. Tudo para proporcionar uma experiência de compra única e possibilitar o desenvolvimento e a prosperidade de nossa rede. Esse círculo virtuoso acaba por estimular valores e comportamentos mais sustentáveis e promover o bem estar bem em toda a cadeia.Conectados à agenda global, incluímos a abordagem dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) para avaliar o potencial transformador da nossa atuação. E, para dar a escala necessária às nossas atividades transformadoras, nossas marcas e submarcas devem se tornar plataformas que incentivem novos modelos de produção e de consumo.

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Modelo de negócios

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Buscamos gerar valor em toda a nossa rede

Compramos ingredientes de comunidades da Amazônia, incentivando cadeias que conservam a floresta em pé e geram desenvolvimento para 2.119 famílias. Nossos produtos unem conhecimento tradicional, ciência e design.

Estimulamos novos padrões de consumo, incluindo uso de refis e descarte correto de embalagens.

Estimulamos a produção de vidro e PET reciclados e

materiais de menor impacto.

Nossa perfumaria usa álcool fornecido pela Native. A cana, obtida sem queimadas, vem de plantações que regeneram a Mata Atlântica.

MOVIMENTO NATURAPlataforma que une voluntários a projetos socioambientais.

MARCAS E CAUSASMais de 50 mil pessoas beneficiadas nas áreas de saúde, educação, cultura, esporte e outros

R$ 38 milhões arrecadados em 2016, no Brasil e nas operações da América Latina

20% das nossas embalagens são ecoeficientes1

597 mil garrafas de 1 litro equivalem ao total de vidro reciclado usado em nossa perfumaria

Vegetalizamos as fórmulas e usamos embalagens com material reciclado. Temos fábricas próprias no Brasil e terceirizadas na Argentina, no México e na Colômbia.Além de gerar

renda, investimos no desenvolvimento das consultoras. Oferecemos descontos em educação.

Linha de produtos não cosméticos cujo lucro é revertido para ações de educação.

1,8 milhão de consultoras levam nossos produtos e valores aos consumidores

Mais de 8 mil consultoras voltaram a estudar, inclusive na universidade

2,8 milhões toneladas de CO2 compensadas até 2016, o equivalente à poluição de 480 mil voltas de carro na Terra

FORNECEDORES

ÁLCOOL ORGÂNICO

CRER PARA VER

30% de aumento no volume de água em córregos e rios da região

20 milhectares de cultivo sustentável

340 espécies de animais voltaram ao seu habitat, 49 delas ameaçadas

83% dos ingredientessão de origem vegetal (renovável)

257 mil hectares de floresta conservados

COMÉRCIO ÉTICO DE INSUMOS

CONSUMIDOR CONSCIENTE

VENDA POR RELAÇÕES

FABRICAÇÃO SUSTENTÁVEL

Ekos Floresta em péSOU Consumo inteligenteChronos Empoderamento femininoMamãe e Bebê Vínculo entre mãe e filhoCrer para Ver Educação de qualidade

1 Embalagens com redução de, no mínimo, 50% em relação a uma similar, ou que têm 50% de sua composição com materiais reciclados pós-consumo e/ou material renovável não celulósico, sem aumento de massa.

Há 10 anossomos Carbono Neutro. Reduzimos e compensamos as emissões de toda a cadeia

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RELATÓRIO ANUAL 2016

Econômicos (R$ milhões) 2014 2015 2016

Receita líquida consolidada 7.408,4 7.899,0 7.912,7

Ebitda consolidado 1.554,5 1.495,9 1.343,6

Lucro líquido consolidado 732,8 513,5 296,7

Geração de caixa livre 208,6 818,1 469,9

Volume médio diário negociado de ações1 47,9 30,2 39,1

Percentual de OIs na receita líquida (%)² 19,2 29,0 32,3

Indicadores

Ambientais 2014 2015 2016

Emissão relativa de gases GEE (kg CO2e/kg produto faturado)4 5 3,00 3,17 3,17

Emissões GEE na cadeia de valor (milhares t)5 332.326 321.267 303.424

Consumo de água Brasil (l/unidade produzida) 0,45 0,49 0,53

% material reciclado pós-consumo Brasil 1,2 2,9 4,3

% embalagens ecoeficientes Brasil6 29 26 20

201-1Distribuição de riqueza (R$ milhões)

2014 2015 2016

Acionistas3 709 360 119

Lucro retido 24 154 178

Consultoras Natura 4.122 4.421 4.430

Colaboradores 1.075 1.245 1.327

Fornecedores 5.925 6.374 6.512

Governo 1.724 2.149 2.009

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RELATÓRIO ANUAL 2016

Sociais 2014 2015 2016

Avaliação global de pesquisa de imagem de marca no Brasil (%)9 74 73 72,5

Arrecadação Crer para Ver (R$ milhões) 10 25,5 30,0 38,2

Volume de negócios acumulados na Amazônia desde 2011 (em R$ milhões)

582 752 973

Famílias beneficiadas nas Comunidades Fornecedoras

3.121 2.251 2.841

LEGENDA: OIs: Operações Internacionais; CNs: Consultoras Natura; CNOs: Consultoras Natura Orientadoras.

NOTAS: 1. Fonte: Bloomberg. 2. Não inclui distribuição local na Bolívia. 3. Os valores referem-se ao juros sobre capital próprio e dividendos dos referidos exercícios sociais. 4. CO2e (ou CO2 equivalente): medida utilizada para expressar as emissões dos gases de efeito estufa, baseada no potencial de aquecimento global de cada um. 5. Inclui escopos 1, 2 e 3 do GHG Protocol. Inventário 2016 auditado pela KPMG. 6. Embalagens com redução de, no mínimo, 50% em relação à embalagem regular/similar ou que apresentam 50% de sua composição com materiais pós-consumo e/ou material renovávelnão celulósico, desde que não apresentem aumento de massa. 7. Como parte do realinhamento da estratégia de gestão de pessoas, passamos a divulgar a Pesquisa de Engajamento Natura, que apresenta de maneira mais clara a saúde da organização (ela não foi realizada em 2015). Deixamos de executar em 2016 a Pesquisa de Clima. Fonte: Gallup. 8. Pesquisa de Lealdade – Instituto Ipsos. Lealdade: porcentagem de pessoas consultadas que deram a nota máxima (“Top1Box”) em uma escala de 1 a 5 pontos, a três aspectos: satisfação, intenção de continuar a relação com a Natura e recomendação.9. Pesquisa Brand Essence – Instituto Ipsos. 10. Inclui os valores arrecadados no Brasil e nas OIs.

Qualidade das relações (%) 2014 2015 2016

Pesquisa de Engajamento de colaboradores (Brasil e Operações Internacionais)7 3,80 n.d. 3,95

Lealdade fornecedores (Brasil)8 24 18 21

Lealdade CNs Brasil8 28 30 31

Lealdade CNOs Brasil8 30 29,5 32

Lealdade consumidor Brasil8 64 60 56

Lealdade CNs OIs8 39 37 37

Lealdade CNOs OIs8 45 52 53

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RELATÓRIO ANUAL 2016

Em 2016, nossas operações na América Latina (Argentina, Chile, Colômbia, México e Peru) mantiveram o ritmo de crescimento em moeda local, de 30%, e ganhamos quase 2 p.p. de rentabilidade de Ebitda, passando de 10 para 12,5. Com resultados consistentes, as Operações Internacionais representam hoje 32% da receita líquida, o que nos motiva a perseguir o objetivo de, até 2021, estar entre os quatro principais fabricantes de cosméticos, fragrâncias e produtos de higiene em todos os países da América Latina em que atuamos. Seguimos ampliando nossa rede de Consultoras Natura, que cresceu 7,5% e se aproximou da marca de 550 mil. Com marketing local, estratégia de comunicação e ajustes no portfólio obtivemos crescimento acima da

Crescimento consistente na América Latina

média nas categorias perfumaria, maquiagem e corpo. Somos a marca preferida em três dos cinco países em que a Natura está presente na região: Argentina, Chile e Peru.A América Latina ainda apresenta muitas oportunidades de expansão para a Venda por Relações. O Rede Natura está no Chile desde 2015, com bons resultados e, no primeiro trimestre de 2017, começou a operar na Argentina. Também estamos atentos à estratégia de implementação da multicanalidade na região, a partir dos aprendizados obtidos no Brasil. Em quatro dos cinco países, a Natura está entre as 20 empresas de melhor reputação, segundo a consultoria Merco (Monitor Empresarial de Reputação Corporativa). Na Argentina, ocupamos o 10º lugar, e

estamos no Top 20 em Chile, México e Peru. Também mantivemos posição de referência em gestão de pessoas na América Latina, com reconhecimentos sucessivos. Na Colômbia, recebemos a certificação Work & Life Balance, que reconhece a qualidade das práticas adotadas para promover o equilíbrio de vida para o colaborador.

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RELATÓRIO ANUAL 2016

No final de 2016, concluímos a compra de 100% do capital da Aesop, marca australiana incorporada à Natura em 2013 e que, em 2017, comemora 30 anos de fundação. Desde o início da integração com a Natura, o ritmo de expansão da Aesop tem sido ascendente: seus negócios quadruplicaram de tamanho. Em 2016, foram abertas 41 novas lojas exclusivas no mundo, totalizando 176, em 20 países das Américas, Ásia, Europa e Oceania. Os produtos ainda estão presentes em 85 lojas de departamento. No último ano, a receita líquida apresentou crescimento de 34%, e o Ebitda, de 27,5% (ambos em reais). Com um portfólio composto de 110 produtos, com 80 formulações diferentes, a Aesop lança anualmente uma média de 10 novos itens. Entre os principais diferenciais da marca, estão as pesquisas contínuas por novos bioativos com eficácia para o uso na pele e cabelos, a valorização do design das lojas e de suas embalagens e a

Aesop se torna 100% Natura não realização de testes em animais, assim como ocorre na Natura. A operação da Aesop é independente, com uma estrutura de governança própria – dois representantes da Natura fazem parte de seu Conselho de Administração. No entanto, as sinergias entre a Natura e a Aesop têm crescido ano a ano, com a equipe da marca australiana dando apoio à nossa estratégia de ingresso no varejo, com novas lojas Natura no Brasil e em Nova York (além da unidade já existente em Paris). Por outro lado, temos contribuído para inspirar transformações na operação da Aesop, incluindo uma preocupação ainda maior com a sustentabilidade e com os impactos socioambientais de suas atividades, além do apoio para a estruturação de uma fundação semelhante ao Instituto Natura. A Aesop também pretende expandir seu processo de digitalização ao longo de 2017, transformando a experiência de compra no ambiente online uma extensão de suas lojas exclusivas.

Lojas Aesop da Oscar Freire, em São Paulo, e de Quioto (abaixo), no Japão

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RELATÓRIO ANUAL 2016

Quais as principais oportunidades vislumbradas para 2017, ano em que a Aesop completa 30 anos?Estamos trabalhando intensamente em uma nova plataforma digital. Hoje, nossas vendas por esse canal representam cerca de 7% do total, mas o consumidor que compra em nosso site não tem a mesma experiência que oferecemos nas lojas da Aesop. Nosso objetivo é que haja cada vez mais conexão entre os canais para que a experiência de compra seja sempre satisfatória e de alta qualidade em ambos. Assim como a Natura, buscamos ir além da venda de produtos de qualidade, temos um jeito próprio de enxergar o mundo e de atuar nele. Nossas lojas são a manifestação de nossa visão e de nossos conceitos e o ambiente digital é uma ótima oportunidade para potencializá-los. O novo site está em desenvolvimento e deverá entrar

“Temos um jeito próprio de enxergar o mundo”Conheça mais sobre a Aesop na entrevista com o CEO Michael O’Keeffe

ENTREVISTA MICHAEL O’KEEFFE, CEO DA AESOP

em operação em 2017 nos Estados Unidos e em 2018 nos demais países.

O crescimento no número de lojas se dará no mesmo ritmo que o apresentado nos últimos anos?Pretendemos seguir nosso recente ritmo de expansão. Mapeamos 40 novas nações onde poderemos ingressar, entre eles, países da América Latina, região em que certamente contaremos com o apoio e a expertise da Natura.

A Aesop escolhe com muito cuidado as cidades e regiões para instalar suas lojas exclusivas. Quais delas melhor representam o conceito da marca?O varejo tem uma conexão muito forte com as comunidades próximas. Em muitas cidades, os centros foram abandonados e as lojas de rua praticamente desapareceram. O varejo tem o poder de resgatar a vivacidade de uma região, as pessoas

voltam a circular por aqueles espaços. Na Aesop, há duas lojas muito significativas nesse sentido: a de Shoreditch, em Londres, Inglaterra, e a de Fitzroy, em Melbourne, Austrália. Abrimos nossas portas nesses dois bairros, geramos emprego para a comunidade e as regiões foram ganhando vida. Hoje, ambas são importantes hubs culturais, com galerias de arte, lojas e outros negócios locais.

Qual a sua loja Aesop preferida? Mantemos duas lojas muito particulares, especialmente do ponto de vista do design. A de Quioto, no Japão, e a da rua Oscar Freire, em São Paulo – nossa primeira loja no Brasil, com projeto do conceituado arquiteto Paulo Mendes da Rocha. São duas lojas incríveis que não poderiam existir em nenhum outro lugar do mundo porque são muito representativas de suas culturas e dos países onde estão.

Michael O’Keeffe, CEO da Aesop

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Gestão de pessoas

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RELATÓRIO ANUAL 2016

Ao longo de 2016, aprofundamos nos-so diagnóstico sobre a gestão de pes-soas e o desenvolvimento organiza-cional e implantamos as bases para a jornada de transformação cultural que viveremos nos próximos anos. Pro-curamos nos conectar às tendências e às melhores práticas para desenhar novos programas e ferramentas para todos os grupos de colaboradores.

1. Não considera Aesop.

Transformar as pessoas para transformar o mundo

GESTÃO DE PESSOAS

Eles buscam nos tornar uma empresa mais simples, ágil e inovadora, ao mes-mo tempo que resgatam as paixões fundamentais da Natura: a paixão pe-las relações e pelos produtos.Encerramos o ano com 6.397 colabo-radores na Natura, incluindo o Bra-sil e as Operações Internacionais. O cenário fez com que revisássemos a estrutura buscando simplificação e

produtividade, com a redução de cer-ca de 5% no número de colaboradores no Brasil. Por outro lado, as equipes cresceram na Argentina, no México e na Colômbia. Na França, a redução do número de colaboradores foi influen-ciada pelas mudanças na estratégia comercial. Na Aesop, são 1.468 cola-boradores em todos os países em que a marca opera.

102-8 Número de colaboradores Natura1

2014 2015 2016

Fem. Masc. Total Fem. Masc. Total Fem. Masc. Total

Brasil 3.091 2.141 5.232 2.988 2.163 5.151 2.842 2.065 4.907

Argentina 431 77 508 465 85 550 508 89 597

Chile 145 37 182 141 44 185 139 46 185

México 75 46 121 70 47 117 75 49 124

Peru 213 22 235 202 28 230 199 28 227

Colômbia 227 40 267 272 50 322 287 52 339

França 34 12 46 28 8 36 11 7 18

Total 4.216 2.375 6.591 4.166 2.425 6.591 4.061 2.336 6.397

102-8- Colaboradores Natura por gênero (%)1 2014 2015 2016

Masculino 36 37 37

Feminino 64 63 63

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RELATÓRIO ANUAL 2016

Pelo segundo ano, nossos líderes par-ticiparam do programa de desenvol-vimento conhecido como Mosaico. Ele procura trazer os melhores conceitos e práticas de mercado contextualizados com o momento da empresa, os desa-fios da estratégia e também os princí-pios da Natura. O programa foi criado em 2015, para desenvolver a tomadas de decisões mais ágeis e oferecer es-truturas e ferramentas que promovam a aprendizagem sobre a empresa e para a empresa. O primeiro painel do Mosaico, obriga-tório a todos os líderes, permite que o gestor vivencie as principais etapas da operação e da comercialização e

identifique oportunidades de evolução, a exemplo da dinâmica da fábrica, da rotina de separação de pedidos em um de nossos centros de distribuição e da entrega das caixas de produtos para consultoras em suas residências. Os módulos eletivos do programa tratam de temas como comunicação empáti-ca, práticas trabalhistas e resiliência.

PASSAPORTE PARA O FUTUROTemos um programa específico para acelerar o desenvolvimento de ana-listas e coordenadores. Sua grade tem como objetivo ampliar o olhar de negócio, fornecer as ferramentas ne-cessárias para realizar as entregas no

papel que ocupam e o desenvolvimen-to pessoal. O programa tem como pre-missa gerar experiências que facilitem a compreensão dos temas.

SOPHIAO Sophia visa capacitar profissionais de Marketing e Negócios a tomar as me-lhores decisões para o negócio, cons-truindo a marca segundo uma visão de curto e longo prazos. Abordamos con-teúdos nas áreas de comunicação, CRM e digital. Foram desenvolvidos nove projetos, dos quais três serão apresen-tados ao Comitê Executivo para ava-liação de viabilidade da implantação e exposição dos participantes.

Profissionais capacitadosGESTÃO DE PESSOAS

103-2, 103-3

404-2 Investimento em programas para gestão de competências e aprendizagem contínua (em R$ mil)¹

2014 2015 2016

Brasil 15.894 12.578 7.400

Argentina 979 1.842 2.925

Chile 294 292 404

México 472 443 534

Peru 96 86 417

Colômbia 353 194 1.326

França 119 87 175

Total 18.208 15.522 13.182

1. Em 2016, foram incluídos os investimentos em educação para a Força de Vendas, que são feitos conjuntamente pelas áreas de RH e Relacionamento.

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RELATÓRIO ANUAL 2016

Consolidamos todas as nossas ações de treinamento e desenvolvimento no Portal de Desenvolvimento, lançado em agosto de 2016. Agora, em um só local, é possível vi-sualizar todos os treinamentos e suas respectivas agen-das. Com o portal, o colaborador pode se programar com antecedência para participar das atividades propostas. Também ampliamos a frequência de comunicação das ações junto aos gestores e divulgamos o calendário nos encontros de área. O investimento em desenvolvimento e treinamento foi reduzido no Brasil, somando R$ 7,4 milhões, 59% menos do que em 2015. Nas Operações Internacionais, o investi-

mento em formação foi ampliado em todos os países, para atender às necessidades do negócio, que cresce de forma acelerada – o investimento chegou a R$ 5,8 milhões.Priorizamos em 2016 a aplicação de treinamentos condu-zidos por facilitadores da própria Natura, aproveitando a grande expertise de colaboradores nos temas apresen-tados. A iniciativa reduziu o valor investido na contrata-ção de parceiros externos e permitiu que as capacitações fossem mais adaptadas às necessidades de nossos co-laboradores. Essa mudança impactou positivamente a adesão aos treinamentos disponibilizados, com um índice de 81% de participação, a maior dos últimos três anos.

Portal facilita acesso aos treinamentos

Passamos o ano de 2016 estudando e realizando pesquisas de mercado para evoluir o processo de avaliação de de-sempenho de nossos colaboradores. A ideia é trazer mais protagonismo para os indivíduos. O modelo adotado atu-almente contempla a autoavaliação do

colaborador, além da avaliação pelo gestor, pelos subordinados e por cole-gas (inclusive de outras áreas). Nesse Programa de Desempenho e Reconhe-cimento (PDR), os públicos administra-tivo e comercial recebem o feedback de desempenho e têm um Plano de

Desenvolvimento Individual (PDI) es-truturado. Os resultados da avaliação são debatidos no Fórum de Pessoas, do qual participam gestores que tra-balham diretamente com o avaliado e representantes de outras áreas que têm interface com o colaborador.

1. O percentual foi calculado com base no total de colaboradores, abrangendo Brasil e Operações Internacionais. 2. Na maioria dos casos, os colaboradores que não realizaram a avaliação não eram elegíveis a ela, em decorrência de sua data de admissão ou devido a um afastamento.

Evolução da avaliação de desenvolvimento

103-2, 103-3

404-3 Percentual de colaboradores que recebem regularmente análises de desempenho e de desenvolvimento de carreira¹²

Categoria funcional

2014 2015 2016

Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem.

Operacional 92% 85% 80% 75% 94% 80%

Administrativo 88% 90% 89% 79% 98% 75%

Gerência 98% 95% 88% 90% 99% 99%

Diretoria 93% 88% 83% 93% 97% 100%

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RELATÓRIO ANUAL 2016

Para ter um melhor entendimento so-bre a saúde organizacional, adotamos a Pesquisa de Engajamento dos cola-boradores como a principal métrica de análise do ambiente corporativo, em substituição à tradicional Pesquisa de Clima.A Pesquisa de Engajamento foi apli-cada pela segunda vez em 2016 – a primeira foi em 2014. O levantamento é realizado em parceria com a consul-

toria Gallup e registrou nota média de 3,95, em uma escala de 1 a 5. Em 2014, o resultado havia sido 3,8. Todas as vice-presidências, em todas as geografias, apresentaram melho-rias nos resultados. Cerca de 93% dos colaboradores responderam à pesqui-sa. O resultado é composto pela média geral obtida em 12 questões que apre-sentam uma escala de 1 a 5 pontos. A pesquisa permite a comparação com

mais de 500 empresas que também realizam o estudo. Segundo a Gallup, alcançar um crescimento de 0,15 na segunda edição da pesquisa é bastan-te significativo e acima da média das empresas.Como reflexo da adoção da nova me-todologia, não calculamos o índice de lealdade entre os nossos colaborado-res em 2016, já que o índice incorpora-va dados da pesquisa de clima.

Nova pesquisa mede engajamento

102-43/102-44Pesquisa de Engajamento

2014 2016

Brasil - 3,88

Argentina¹ - 4,15

Peru - 4,33

Chile - 4,08

México - 4,16

França² - n.a.

Colômbia - 4,21

Média geral – Natura 3,8 3,95

1. Os dados não consideram a Diretoria de Negócios Internacionais, escritório em Buenos Aires que coordena a atuação das Operações Internacionais. 2. Em função da decisão estratégica de encerrar o modelo de venda direta na França, optamos por não realizar a Pesquisa de Engajamento no país este ano.

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RELATÓRIO ANUAL 2016

Entendemos a diversidade de for-ma inclusiva e ampla e defendemos a igualdade de direitos e responsabili-dades entre todos os que trabalham conosco. O tema tem evoluído na Na-tura, com metas de inclusão para 2020 na Visão de Sustentabilidade 2050 e o lançamento da Política de Valorização da Diversidade Natura, em 2016.Fruto de um estudo abrangente, que contou com a validação de nosso Comitê Executivo, a política é basea-da em dois grandes eixos. O primeiro deles está associado à nossa cultura organizacional e a como podemos fomentar a diversidade entre os cola-boradores. No segundo eixo, a políti-ca pretende promover a igualdade e a multiculturalidade, com a inclusão de alguns públicos que, por ques-tões sociais ou históricas, sofrem al-gum desfavorecimento, relacionado a deficiências, gênero ou etnia. Com a implementação da Política de Valo-rização da Diversidade, priorizamos inicialmente dois temas: equidade de gênero e pessoas com deficiência.

EQUIDADE DE GÊNERO: INTEGRAÇÃO ENTRE FAMÍLIA E CARREIRAA promoção da equidade de gênero sempre foi um tema prioritário para a Natura. Isso é bastante compreen-sível, se consideramos que nossa rede de consultoras é historicamente com-posta, em sua maioria, por mulheres. Internamente, buscamos estimular um ambiente propício para que nos-sas colaboradoras possam fazer suas escolhas de vida conciliando a carrei-ra e a família. Na Natura, as mulheres têm licença--maternidade ampliada de seis me-ses e contam com berçário dentro da empresa para deixar suas crianças (a partir de 4 meses de idade até que completem 3 anos), com incentivo para que continuem a amamentar durante o horário de trabalho. As co-laboradoras de unidades sem essa estrutura têm direito ao auxílio-cre-

che, um valor mensal para despesas com berçário externo ou babá. Incentivamos também que os homens assumam seu protagonismo familiar. Nesse contexto, em 2016, ampliamos a licença-paternidade para 40 dias. Esse período é o dobro do proposto pelo novo Marco Legal da Primeira In-fância, sancionado em março de 2016. A iniciativa é extensiva a casais do mesmo sexo e também para casos de adoção. O curso de gestante ofereci-do a nossas colaboradoras e às espo-sas de nossos profissionais também é aberto aos pais. Também temos nos engajado em dis-cussões públicas sobre o empodera-mento feminino. Em fevereiro de 2016, a companhia se tornou signatária dos Princípios de Empoderamento das Mulheres (Women’s Empowerment Principles), iniciativa da ONU Mulhe-res e do Pacto Global das Nações Uni-das. Logo em seguida, no mês de abril, aderimos ao Programa Pró-equidade de Gênero e Raça, do Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos. Na iniciativa, as empresas comunicam seu plano de ação para ampliar a inclusão no ambiente de trabalho, que é acompanhado e, se bem executado no período do pro-grama, recebem o selo Pró-equidade. De forma pioneira, estabelecemos compromissos públicos de promoção da equidade de gênero. Nossa meta é que, já em 2020, atinjamos 50% de mulheres nos cargos de alta lideran-ça no Brasil e nas Operações Inter-nacionais, bem como 100% de igual-dade salarial. Hoje, contamos com 14 mulheres nessa condição, das quais nove já eram profissionais de carrei-ra na companhia. Temos duas vice--presidentes (de um total de seis) e 12 diretoras (de um total de 31). Para impulsionar o crescimento desses nú-meros, determinamos que, em todos os processos internos de seleção para cargos de liderança, haja um equilí-brio entre concorrentes finalistas ho-

mens e mulheres, com igual potencial e condições de assumir à vaga.

CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO TOTALMENTE ADAPTADONosso posicionamento explicita o entendimento de que as verdadei-ras deficiências estão no meio em que vivemos e não nas pessoas. Por isso, buscamos assegurar espaços adequados aos mais diversos perfis profissionais. Em nosso Centro de Distribuição São Paulo (o CD SP), por exemplo, projetamos um ambiente de trabalho amplamente acessível. As linhas de separação do CD SP, que em 2016 atingiu sua plena capa-cidade de operação, utilizam a tec-nologia picking by light. Ela permite que pessoas com deficiência sepa-rem os produtos, com o acionamen-to de luzes que indicam as tarefas a serem executadas de maneira intui-tiva. A inclusão se estende a pesso-as com deficiência intelectual – que costuma ser um desafio para muitas empresas. Os deficientes auditivos contam com padrinhos e madrinhas, que são co-legas treinados em Libras (Língua Brasileira de Sinais) para auxiliá-los na comunicação. A importância dos profissionais com deficiência para a Natura é tema de treinamento para os líderes, no Programa Mosaico, bem como para todos os outros níveis hie-rárquicos. Também mantemos uma estratégia de atração específica a esse público e, em 2016, demos início a outra iniciativa em parceria com a Apae para a contratação de jovens aprendizes com deficiência.Hoje, cerca de 16% dos colaboradores do CD SP são pessoas com deficiência – a meta é alcançar 30%. No quadro ge-ral das operações do Brasil, a Natura conta com 5,8% de profissionais com deficiência – percentual acima dos 5% estabelecidos em lei. Temos a meta de chegar a 8% em 2020, de acordo com nossa Visão de Sustentabilidade.

Celebramos a beleza da diversidade

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RELATÓRIO ANUAL 2016

405-1Diversidade

2014 2015 2016

Total de colaboradores Brasil (un.) 5.232 5.151 4.907

Proporção de mulheres em relação ao total de colaboradores (%)

59 58 58

Proporção de mulheres entre os ocupantes de cargos gerenciais (%)

56 56 53

Proporção de mulheres entre os ocupantes de car-gos de alta liderança - diretorias e acima (%)

36 33 35

Proporção de colaboradores acima de 45 anos (%)1 14 17 18

Proporção de colaboradores acima de 45 anos entre os ocupantes de cargos gerenciais (%)1 12 14 14

Proporção de colaboradores acima de 45 anos entre os ocupantes de cargos de alta liderança - diretorias e acima (%)1

39 50 58

Multiculturalidade - Total de líderes estrangeiros ou com experiência internacional (un.)2 20 25 22

Multiculturalidade - Proporção de estrangeiros ou pessoas com experiência internacional entre os líderes (%)

17 23 20

405-1 Contratação e capacitação de pessoas com deficiência – Brasil

2014 2015 2016

Número de colaboradores com deficiência1 263 286 284

Proporção em relação ao total de colaboradores (%)

5 5,6 5,8

Número de colaboradores com deficiência que participaram de formações de aprendizagem na Natura2

263 277 266

1. Os dados não consideram a Diretoria de Negócios Internacionais, escritório em Buenos Aires que coordena a atuação das Operações Internacionais. 2. Em função da decisão estratégica de encerrar o modelo de venda direta na França, optamos por não realizar a Pesquisa de Engajamento no país este ano.

1. Em 2016, foram incluídos no indicador o número de colaboradores com algum tipo de deficiência “limítrofe” ao que determina a lei de cotas de inclusão. A medida faz parte da estratégia de inclusão da Natura, pois muitas vezes essas pessoas são duplamente excluídas da sociedade, por possuírem restrições em função de uma deficiência e, ao mesmo tempo, por não poderem gozar dos benefícios previstos em lei para pessoas com deficiência. Em números absolutos, contávamos com uma pessoa nessa condição em 2015 e duas em 2016. 2. Total de pessoas com deficiência que participaram de pelo menos uma formação na Natura.

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RELATÓRIO ANUAL 2016

405-2 – Proporção do salário das mulheres em relação ao dos homens (por categoria funcional) (%) 2 3 4 5 6

2014 2015 20161

Produção -24 -23 -22

Administrativo 13 20 10

Gerência -7 -4 -1

Diretoria -16 -15 -10

1. Em 2016, os acordos coletivos representaram aumento de 9% para os colaboradores dos públicos operacional e administrativo. O público gerencial teve uma parcela fixa incorporada ao salário-base. Houve, ainda, aumentos espontâneos e programas de promoção e mérito, além de contratações, desligamentos e transferências realizadas, que impactaram os valores reportados. 2. O cálculo não considera o pagamento do incentivo de curto prazo (Participação nos Lucros e Resultados). 3. Foram considerados os prêmios pagos aos gerentes de vendas e aos gerentes de relacionamento acrescidos de DSR (Descanso Semanal Remunerado). 4. Os colaboradores da Força de Vendas, quando distribuídos nas categorias, reforçam as médias salariais femininas em função do prêmio de vendas, excluindo-se os cargos operacionais. 5. Para esse indicador, foram consideradas unidades operacionais com maior representatividade, ou seja, a Operação Brasil. 6. As variações entre os salários do público feminino e masculino acontecem, exclusivamente, em função da distribuição das remunerações dentro da estrutura da Natura. Se comparado individualmente cada grupo salarial (GS) ou, ainda, por GS e área, a diferenças não é significativa.

Em 2016, retomamos nosso Programa de Voluntariado para estimular o protagonismo e a cidadania de nossos colaboradores. No total, 3% dos colaboradores do Brasil estiveram engajados em campanhas de doação, ações em escola e ONGs e mutirões a serviço da comunidade. Além

disso, foi criado o Acolher Colaborador, nova categoria do Prêmio Acolher que reconhece consultoras que promovem ações transformadoras. Ele premiou o protagonismo de três colaboradores voluntários em ações sociais fora da Natura.

Voluntariado

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Governançacorporativa

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RELATÓRIO ANUAL 2016

Após dois anos de importantes con-tribuições como diretor-presidente da Natura, Roberto Lima deixou o cargo em outubro de 2016. Nesse período, ele foi responsável pela consolidação da atual estratégia da companhia e promoveu mudanças relevantes como a formação de um sólido Comitê Exe-cutivo (Comex), a implementação das agendas da digitalização, multicanali-dade e o reposicionamento da marca Natura. Para sucedê-lo na liderança executiva, João Paulo Ferreira foi es-colhido pelo Conselho de Adminis-tração como novo diretor-presidente. Alinhado às nossas crenças e com experiência de sete anos à frente de processos-chave da companhia (como logística, sustentabilidade e a área comercial), reúne as competên-cias necessárias para acelerar a im-plementação da nossa estratégia nos

Renovação na liderança executiva

GOVERNANÇA CORPORATIVA

próximos anos. Ele soma forças a um Comitê Executivo jovem e talentoso, que equilibra conhecimento da Natu-ra com lideranças mais recentes, que trazem novas visões e ideias. Para fortalecer a conexão entre o Conselho de Administração e o Co-mitê Executivo, a Diretoria de Go-vernança passa a atuar nas duas instâncias. Além de aproximá-las, terá como objetivo aperfeiçoar o acompanhamento da estratégia e simplificar os rituais. A propósito da formação do Comex, as áreas de Marketing, Inovação e Sustentabili-dade foram reunidas sob a liderança da mesma vice-presidência. A nova organização busca acelerar o forta-lecimento da marca e da preferência das consumidoras, ao mesmo tempo que reforça a relação das submarcas e da inovação com causas socioam-

102-19, 102-20, 102-23, 102-29

bientais, ampliando ainda mais a vantagem estratégica já conquista-da no tema.No início de 2017, completamos os ajustes em nossa macroestrutura executiva. Criamos cinco unidades de negócio, organizadas por geografias e canais de venda que, assim como as vice-presidências, também se re-portam diretamente ao diretor-pre-sidente. São elas: Venda Direta Brasil, Negócios Online, Varejo e América Latina. E a vice-presidência de Ope-rações Internacionais responde dire-tamente ao Conselho de Administra-ção. O objetivo é, novamente, agilizar a implementação da estratégia.

Conheça a formação completa do Comitê Executivo e o currículo de cada integrante aqui.

O Conselho de Administração tem nove integrantes, podendo chegar a 11, segundo o Estatuto Social. Em 2016, dois novos integrantes foram eleitos: Carla Schmitzberger e Roberto Mar-ques ingressaram no board. Eles apor-tam conhecimentos de internaciona-lização, marketing, bens de consumo, estratégia de venda e varejo, entre outros. No mesmo período, Luiz Ernes-to Gemignani deixou o Conselho, após nove anos de valiosa contribuição à Natura. Com essa nova configuração, mantemos 55% dos conselheiros como independentes, indo além dos requisi-tos estabelecidos no Regulamento de Listagem do Novo Mercado.

Os conselheiros têm mandato de um ano, podendo ser renovado em vo-tação na Assembleia Geral Ordiná-ria (AGO). Em 2016, a execução dos projetos estratégicos predominou na agenda do Conselho, em continuidade à revisão da estratégia realizada em 2015. Questões estruturais do nosso negócio, como a revitalização da ven-da direta, as oportunidades da multi-canalidade e da internacionalização e a consolidação das Operações Inter-nacionais foram os principais temas debatidos nas seis reuniões ocorri-das no ano. Para aprofundar o tema da expansão para novas geografias, foi constituído um grupo de trabalho

formado por conselheiros e execu-tivos da empresa. Outros temas na pauta dos conselheiros no ano foram a composição liderança executiva, o desenho organizacional e a gestão de pessoas.Quatro comitês temáticos apoiam o Conselho – todos eles formalmente compostos apenas por conselhei-ros desde 2013: Estratégico, Pessoas e Desenvolvimento Organizacional, Governança Corporativa e Audito-ria, Gestão de Riscos e Finanças. No Comitê de Auditoria temos também consultores, que não têm o status de membros. Saiba mais sobre a com-posição de cada um aqui. 102-19.

Conselho de Administração102-18, 102-20, 102-21, 102-26, 102-27

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RELATÓRIO ANUAL 2016

Conheça o currículo dos membros do Conselho de Administração

COMPOSIÇÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Por faixa etária (%)

89%

11%

mais de 45 anos até 45 anos

Por gêneromasculino feminino

78%

22%

Por tempo de permanênciamais de três anos

entre um e três anosAté um ano

56%

22%

22%

Iniciamos a revisão do modelo de ges-tão de riscos empresariais no quarto trimestre de 2016. Elaboramos um abrangente dicionário de riscos, agru-pados em quatro classes:• “Estratégicos”, relacionados ao mo-delo de negócios, à governança e ao ambiente em que a companhia está inserida; • “Operacionais”, ligados aos processos internos e à continuidade de negócios;

• “Financeiros”, riscos de mercado, crédito e liquidez; • “Regulamentares”, relacionados à re-gulação setorial aplicável. Os aspec-tos socioambientais e econômicos fa-zem parte dessa classificação, exceto o de riscos operacionais.A partir desse dicionário de riscos, rea lizamos a análise do Plano Estraté-gico Natura, suas diretrizes para Bra-sil e para as Operações Internacionais

e seus habilitadores. Como resultado, obtivemos os principais riscos com impacto na execução da estratégia empresarial de curto, médio e longo prazos (leia mais no quadro a seguir). Vale ressaltar que todo o trabalho de gestão de riscos é acompanhado pelo Comitê Executivo e, por meio dos co-mitês de apoio ao Conselho de Admi-nistração, também é acompanhado pelos conselheiros.

Gestão de riscos 102-30, 102-31

AUTOAVALIAÇÃO102-28

Em 2016, o Conselho de Administração realizou mais um processo de autoa-valiação, que é realizado formalmente a cada biênio. A análise anterior foi realizada em 2013 e teve um intervalo maior por conta de recentes mudan-ças de integrantes. Os destaques dessa avaliação foram a necessidade de uma maior integração do Conselho com o Comitê Executivo, a busca por uma formação que otimize o apoio à organização e a determina-ção de se evoluir constantemente nos processos do Conselho.

COMPOSIÇÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO*102-22

*Formação vigente em dezembro de 2016.

Carla SchmitzbergerGiovanni GiovannelliMarcos de Barros LisboaPlínio Villares MusettiRoberto de Oliveira MarquesSilvia Freire Dente da Silva Dias LagnadoConselheiros

Antonio Luiz da Cunha SeabraGuilherme Peirão LealPedro Luiz Barreiros PassosCopresidentes

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RELATÓRIO ANUAL 2016

Risco Ações de mitigação

Gestão da marca e modelo comercial, incluindo a atra-tividade para as consultoras

Monitoramos permanente o setor de atuação, incluindo a preferência e o padrão de gastos de nossas consumidoras. Mantemos o foco em projetos para evoluir o modelo comercial, de acordo com a nossa proposta de valor e em linha com o Plano Estratégico, revisado anualmente. É o caso dos novos formatos de venda, como a plataforma digital de relacionamento (Rede Natura) e das experiências no varejo, como a comercialização da linha Sou nas farmácias e as lojas próprias Natura. Além disso, a companhia está in-vestindo significativamente na revitalização da venda direta a fim de man-ter relacionamentos estreitos e de qualidade com as Consultoras Natura.

Implantação da estratégia

Revisamos anualmente o nosso Plano Estratégico e as metas de curto, mé-dio e longo prazos, incluindo as nossas decisões de investimento em aqui-sições e participações, além da entrada em novos mercados. Esta é uma atividade que conta com o envolvimento de todas as unidades de negócio. As estratégias e as suas revisões são apresentadas e debatidas no Comitê Executivo e aprovadas pelo Conselho de Administração.

Capacidade de inovação

Investimos continuamente em inovação, em diferentes frentes: estratégia comercial, plataformas digitais, desenvolvimento de produtos, rede logística e de distribuição, etc. Mantemos rígido controle sobre o registro de proprie-dade intelectual, especialmente patentes, desenhos industriais e marcas. Essas ações ajudam, também, a mitigar a concorrência significativa de fabricantes brasileiros e multinacionais que oferecem linhas de produtos si-milares aos nossos e, por vezes, competem dentro do nosso canal de vendas diretas.

Pesquisa, desenvolvimento, fabricação e qualidade do produto

A Natura possui compromisso permanente com a saúde e segurança de seus clientes: rígidos processos internos desde o desenvolvimento concei-tual do produto até sua disponibilização no mercado, além de um posicio-namento diferenciado, visando o compromisso com a verdade e a trans-parência. Para os riscos ocupacionais inerentes às operações, seguimos a Política de Segurança e Saúde ocupacional da companhia atuando pre-ventivamente. Ademais, a Natura mantém canal aberto de comunicação e relacionamento com todas as entidades sindicais, reconhecendo-as como legítimas na representação dos interesses dos empregados em cada uma de suas categorias econômicas, buscando sempre o entendimento e conci-liação entre as partes.

Interrupção dos nossos sistemas de Tecnologia da Informação

Gerenciamos os principais sistemas de TI com ações para manter a estabi-lidade da operação. Possuímos redundância de dados e servidores, rotinas de backup das informações, controle de acessos aos nossos sistemas e mo-nitoramento contínuo para detecção de vulnerabilidades de segurança em bancos de dados e componentes de infraestrutura. Em relação à Seguran-ça da Informação, a Natura possui gestão estruturada sobre o tema, com diretrizes explicitadas em nosso Código de Conduta, trabalho permanente para a conscientização de colaboradores, mapeamento e tratamento de riscos de segurança da informação e aderência ao padrão ISO 27.002:2013.

Principais riscos monitorados102-15

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RELATÓRIO ANUAL 2016

Risco Ações de mitigação

Atração e retenção de exe-cutivos e formação de líderes

Para mantermos o engajamento e incentivo ao desenvolvimento de nossa liderança, oferecemos um programa de Educação e Desenvolvimento, o Mosaico, composto por ações de coaching/treinamentos formais e autode-senvolvimento. Como reconhecimento e retenção, oferecemos um pacote de remuneração acima de mercado com o objetivo de compartilhar a geração de riqueza com todos os colaboradores. Além disso, realizamos anualmente a revisão do mapa de sucessão, com identificação constante de profissio-nais potenciais para posições executivas.

Mudanças climáticas 201-2

Nossa atuação busca aliar os ganhos econômicos aos socioambientais. Projetos estratégicos de mitigação são hoje estruturados de forma trans-versal e se tornaram atividades formais na companhia, como o Programa Carbono Neutro, que prioriza a redução das emissões diretas e indiretas em toda a cadeia, além da compensação de 100% das emissões não evitadas.

Sociobiodiversidade

A utilização de insumos da sociobiodiversidade segue a Política Natura de Uso Sustentável de Produtos e Serviços da Sociobiodiversidade, que asse-gura a justa repartição de benefícios às comunidades fornecedoras e o ma-nejo sustentável dos ativos, bem como o atendimento à nova legislação de acesso ao patrimônio genético. Por meio do Programa Amazônia, a Natura busca também impulsionar a geração de negócios sustentáveis a partir da biodiversidade e do conhecimento tradicional/cultural.

Jurídico, regulamentação setorial e carga tributária

Acompanhamos ativamente quaisquer alterações jurídicas, sejam elas no âmbito cível, tributário e/ou trabalhista, haja vista o grande impacto que eventuais mudanças legais podem causar sobre nossa condição financeira, nosso modelo de negócios e nossos resultados operacionais. Promovemos o monitoramento permanente da tributação nas esferas federal e estadual e atuação em âmbito setorial por meio de entidades de representação como a Abhipec e a ABEVD.

Outros riscos externos (taxa de juros, variação cambial, inflação, etc.)

Monitoramento permanente dos riscos externos de conjuntura econômi-ca pela alta liderança, com redefinições do planejamento estratégico, se necessário.

Cenário institucional (Brasil e Operações Internacionais)

Monitoramento permanente da conjuntura político-econômica dos países em que a Natura opera, com redefinições da estratégia de atuação, se necessário.

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RELATÓRIO ANUAL 2016

Em 2016, recebemos o selo de Empre-sa Pró-Ética, iniciativa da Controlado-ria-Geral da União e do Instituto Ethos para reconhecer organizações enga-jadas em estabelecer um ambiente de negócios ético e transparente. Esse reconhecimento público refor-ça nossos esforços na promoção da transparência e da integridade. Há mais de dez anos estabelecemos a Ouvidoria, o código de ética e os prin-cípios de relacionamento com os prin-cipais públicos com os quais nos rela-cionamos. Desde 2015, contamos com a Diretoria Jurídica e de Compliance e o canal de denúncias de corrupção foi fortalecido. Os casos recebidos

são avaliados e discutidos no Comitê de Ética, instância de apoio ao Comi-tê Executivo. Fornecedores, parcei-ros, clientes e consumidoras podem acessá-lo para denúncias pelo e-mail [email protected]. O Código de Conduta da Natura data de 2006 e tem passado por re-visões periodicamente, a última no ano passado.Essa versão mais recente pode ser acessada em nossa página de Re-lações com Investidores. Também mantemos no site nossas principais políticas: de negociação, transações com partes relacionadas, dividendos e divulgação.

Todos os nossos fornecedores tam-bém passam pelo treinamento sobre o Código de Ética da Natura. No mo-mento da contratação, eles devem realizar essa capacitação por meio de uma ferramenta online. Ao longo dos anos a Natura vem im-plantando as melhores práticas de controles internos visando obter se-gurança razoável que erros materiais (relevantes) em suas demonstrações financeiras serão prevenidos e/ou de-tectados. Em 2015, o escopo de con-troles incluiu a Argentina pela primeira vez e, em 2016, houve a expansão para os demais países da América Latina onde a companhia possui operações.

Ética e transparência102-16, 102-17

A Natura, baseada em suas crenças e comprometida com valores éticos e com a construção de uma sociedade mais justa, igualitária, participativa e democrática, valoriza ca-racterísticas como honestidade, integridade e transparên-cia em todas as suas atividades e negócios.Consideramos fundamental que esses mesmos valores es-tejam presentes nos relacionamentos que mantém com o governo e com os agentes públicos, sejam eles integrantes dos poderes executivo, legislativo, sejam do judiciário, sem-pre respeitando as legislações vigentes.Agiremos de forma justa, correta e abertamente de ma-neira ética e transparente em todos os nossos negócios e relacionamentos comerciais e institucionais.

Estamos comprometidos com o cumprimento das leis na-cionais e internacionais aplicáveis para combate à cor-rupção e suborno em todos os locais onde operamos, bem como com a implantação e aplicação de programas de monitoramento e conscientização objetivando enfrentar o risco de corrupção e suborno.Somos uma das primeiras empresas a aderir ao Pacto Em-presarial pela Integridade e contra a Corrupção (em julho de 2000), elaborado pelo Instituto Ethos em parceria com a Patri Relações Governamentais, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime (UNODC) e o Comitê Brasileiro do Pacto Global.

Compromisso com a integridade

A Natura recebeu o selo concedido

pela Controladoria-Geral da União

e pelo Instituto Ethos.

Iniciativa reconhece organizações

engajadas na criação de um ambiente

de negócios ético e transparente.

Conheça nossos código e políticas aqui.

Leia mais sobre indicadores relacionados ao tema na pág. 122.

Empresa Pró-ética Saiba mais

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Nossos produtose conceitos

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RELATÓRIO ANUAL 2016

Entendemos a inovação como o ca-minho que nos trouxe até aqui e como elemento essencial para continuar-mos sendo uma empresa relevante para a sociedade, com um portfólio de produtos que atenda à demanda em constante transformação de nossas consumidoras.A Natura está empenhada em au-mentar a velocidade com que sua re-conhecida capacidade de inovar de forma sustentável gera valor para a marca e dá origem a produtos e servi-ços. Para tornar isso possível, as áreas de Marketing, Inovação e Sustentabi-lidade foram reunidas sob a liderança da mesma vice-presidência. Essa reorganização pretende refor-çar nosso jeito Natura de promover inovação: identificar demandas das

Uma nova organização para inovar

NOSSOS PRODUTOS E CONCEITOS

102-2

consumidoras e questões emergentes na sociedade, desenvolver uma solu-ção que atenda a essas necessidades e entregar uma resposta, na forma de produto ou serviço, reforçando a rela-ção das submarcas com causas socio-ambientais.O ano de 2016 marcou a renovação de marcas expressivas do nosso portfólio. A linha Ekos foi relançada, com novas fórmulas que evidenciam ainda mais os benefícios de cada ativo da sociobiodi-versidade brasileira. Houve aumento de 50% para 100% no uso do PET re-ciclado nas embalagens plásticas da linha, contribuindo para o aumento do uso de material reciclado pós-consu-mo. Além disso, os refis de Ekos são fei-tos 100% com polietileno verde. Pioneira em questionar padrões

de beleza e comportamento, a linha Chronos completou 30 anos e tam-bém ganhou novas fórmulas e emba-lagens, em uma combinação entre os ingredientes naturais e a ciência.

INVESTIMENTOO investimento em inovação mostrou redução em relação aos anos anterio-res, totalizando 2,4% da nossa receita líquida. O índice de inovação, medido pela proporção das vendas de pro-dutos lançados nos últimos dois anos sobre o total, foi de 54,3%, comprovan-do mais uma vez o valor da inovação para nossas receitas. Apesar de ter havido uma queda no percentual em relação a 2015, o índice se mantém em patamares altos para a indústria cos-mética.

Indicadores de inovação 2014 2015 2016

Investimento em inovação (R$ milhões) 216 221 187

Porcentagem da receita líquida investida em inovação (%)

3 3 2,4

Número de produtos lançados 1 239 220 255

Índice de Inovação (%) 2 67,9 58,9 54,3

1. O número de produtos lançados contabiliza somente os produtos que representam uma nova proposta de valor para o consumidor, como novas embalagens e formulações. 2. O índice de inovação é a participação da venda de produtos lançados nos últimos 24 meses sobre a receita bruta total do ano (somente Brasil).

A Natura é apontada como a empresa de bens de con-sumo mais inovadora do Brasil na segunda edição do anuário Valor Inovação Brasil, realizado pela consultoria Strategy&, da PwC, para o jornal Valor Econômico. Na edição de 2016 do anuário, passamos da segunda para

a primeira posição no setor e mantivemos o posto de ter-ceira empresa mais inovadora do país no ranking geral. Foram analisados três pilares da cadeia de inovação: in-tenção, esforços e resultados, com base em indicadores qualitativos e quantitativos.

Natura é a 3ª empresa mais inovadora do Brasil

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RELATÓRIO ANUAL 2016

O compromisso com a inovação é transversal na Natura e vai muito além do desenvolvimento de produtos, em projetos de curto, médio e longo pra-zos. Mantemos centros de pesquisa em nossas instalações em Cajamar (SP) e Benevides (PA), além de um hub de ino-vação em Nova York, que tem como ob-jetivo captar tendências internacionais. Uma parte significativa dos projetos da Natura são desenvolvidos no modelo de inovação aberta e colaborativa, em conjunto com instituições renomadas de pesquisa, outras organizações da iniciativa privada, universidades, la-boratórios, entre outros. Desde 2006, a empresa tem o Programa Natura Campus, que envolve esses diversos atores do sistema de inovação. Entre as principais iniciativas do ano, estão o desenvolvimento do Centro de Pesquisa Aplicada em Bem-Estar e Comportamento Humano, em parce-ria com a Fapesp e três universidades; o lançamento do programa Natura Startups, para aproximar a empre-sa de empreendedores inovadores; e a realização do segundo hackathon promovido pelo Natura Campus.

A CIÊNCIA DO BEM-ESTARInaugurado em junho, o Centro de Pesquisa Aplicada em Bem-Estar e Comportamento Humano é fruto de uma parceria com a Fapesp (Funda-ção de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo). Localizado no Instituto de Psicologia da USP (Universidade de São Paulo), a iniciativa também conta com pesquisadores da Unifesp (Uni-versidade Federal de São Paulo) e da Universidade Presbiteriana Macken-zie, em diversas áreas do conhecimen-to. O objetivo é desenvolver pesquisa em bem-estar nas mais distintas dis-ciplinas. O investimento por dez anos corresponde a R$ 20 milhões, quantia dividida entre a Natura e a Fapesp.

NATURA STARTUPS Em 2016, decidimos formalizar a co-nexão que vínhamos mantendo com startups brasileiras. Nosso obje-tivo é gerar negócios em parceria com empresas inovadoras, promo-vendo o ambiente empreendedor e conectando-as às oportunidades internas da nossa companhia. Atu-almente, 22 startups, entre mais de

2.500 inscritas, estão desenvolven-do algum projeto com a Natura. Ou-tra iniciativa em parceria com star-tups está sendo realizada no âmbito do Programa Amazônia. Saiba mais em http://www.natura.com.br/a- natura/inovacao/startups (leia mais na pág. 54).

PRÊMIO CAPES-NATURA CAMPUSResultado da parceria do programa de inovação aberta Natura Cam-pus com a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), vinculada ao Ministério da Educação, o prêmio tem como foco estimular a geração de pesquisa de alto nível e alto impacto em áre-as estratégicas para o Brasil, como sustentabilidade e biodiversidade. Os melhores artigos são publicados em periódicos científicos interna-cionais. Foram 268 artigos inscritos, seis finalistas e dois ganhadores. Os temas dos artigos vencedores foram Sustentabilidade: novos materiais e tecnologias e Sociobiodiversidade e conservação biológica. Estão previs-tas mais edições a cada dois anos.

COCRIANDONesse programa, convidamos nossa rede de relações, formada principal-mente por consultoras e consumido-ras, para discutir temas e cocriar com a Natura. Em 2016, a iniciativa contou com quatro jornadas, nos temas: Viva sua Beleza Viva, Cocriação Ciranda, Avalie meu Look e, no final do ano, a Jornada Homem, a primeira voltada exclusivamente ao público masculino. Para saber mais, acesse o site www.cocriando.natura.net.

HACKATHON EKOS A maratona de inovação Mão na Mata: Traga a Natureza para seu Dia a Dia foi feita para impulsionar proje-tos que aproximassem a linha Ekos da consumidora, gerando engajamento com a Natura e com a Amazônia e

conectando projetos e pessoas para geração de impacto. Mais de 4,5 mi-lhões de usuários foram alcançados nas redes sociais e 18 workshops de prototipagem foram organizados.

NATURA INNOVATION DAYEm maio, o Natura Innovation Day reuniu representantes de empresas, universidades, startups, fundos de investimentos e outros atores, para compartilharmos os conhecimentos gerados pelo Hackathon Ekos. No evento, também foi lançado o progra-ma Natura Startups.

INOVA TALENTOSEm 2016, encerramos o primeiro ci-clo do Inova Talentos, programa do IEL/CNI (Instituto Euvaldo Lodi, li-gado à Confederação Nacional da

Indústria) cujo objetivo é ampliar o número de profissionais qualificados em atividades de inovação no setor empresarial brasileiro. Por meio da iniciativa, bolsistas atuam na em-presa, orientados por tutores da Na-tura com uma importante troca de experiências e geração de conheci-mento, além da geração de ganhos para a própria Natura. O trabalho dos 33 bolsistas ajudou a reduzir o tempo previsto de entrega de 16 pro-jetos prioritários e o início de 7 novas iniciativas. O trabalho nos garantiu quatro dos sete prêmios do reco-nhecimento estadual do programa, incluindo a primeira colocação na categoria Equipes. Para 2017, con-taremos com 13 novos projetos em desenvolvimento, na fase 2 do Inova Talentos.

Inovação compartilhada

Outras ações de inovação

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RELATÓRIO ANUAL 2016

Celebramos em 2016 uma década sem testes em animais, decisão associada às nossas crenças e valores e que nos posicionou na vanguarda da indústria cosmética. Com o compromisso, assu-mimos o desafio de buscar soluções tecnológicas inovadoras para realizar ensaios que garantissem a mesma se-gurança no uso dos produtos Natura.Em 1998, nos comprometemos a elimi-nar gradativamente os testes em ani-mais. Em 2003, alcançamos o primeiro marco, ao deixar de testar produtos acabados em cobaias. Três anos de-pois, tomamos o definitivo passo de não realizar testes em animais em nenhuma fase do desenvolvimento de nossos produtos. Para que isso fosse possível, a Natura se alinhou ao que havia de mais inova-dor sendo utilizado na Europa, região precursora na busca por alternativas aos testes em animais. Em 2006, inau-guramos em Paris, na França, o Centro Avançado de Tecnologia, um laborató-rio que aproximou nossos pesquisado-res dos grandes centros de inovação europeus para analisar tecnologias al-ternativas que garantissem a qualida-de dos ensaios para a segurança das nossas consumidoras. Foi assim que trouxemos para o Brasil tecnologias já existentes e fomentamos metodologias próprias, desenvolvidas internamente ou em parceria com universidades bra-sileiras, além de estimularmos o deba-te sobre o tema no país. Hoje, temos disponíveis 67 metodolo-gias de testes alternativos que, inte-gradas, garantem a eficácia e a segu-rança de nossos produtos. No Brasil, ainda não há legislação que obrigue as empresas a abolir por completo os testes em animais para produção cosmética. A obrigatorie-

10 anos sem testes em animaisSEGURANÇA DO CONSUMIDOR

dade parcial – para testes clínicos es-pecíficos – está prevista para 2019 e contribuirá para que o setor encontre soluções para os desafios que a Natu-ra já começou a enfrentar. Entre esses complicadores, está a capacitação de fornecedores no país para a realiza-ção de alguns ensaios de segurança – muitos deles só estão acessíveis fora do Brasil, o que aumenta os custos de tais procedimentos.

SEGURANÇA NO USO DE NOVOS PRINCÍPIOS ATIVOSA adoção precursora de uma série de ativos da sociobiodiversidade am-plia o desafio da Natura em garantir a segurança do uso de seus produtos. Sempre que uma nova planta é ma-peada como possível matéria-prima de um novo produto, os extratos, óle-os ou manteigas obtidos a partir dela são analisados em laboratório para identificar os componentes presen-tes. Na sequência, os princípios ativos passam por ensaios rigorosos de se-gurança, que avaliam a citotoxidade (que demonstra se a substância pode causar morte celular), a fototoxida-de (para atestar se ela pode se tor-nar perigosa ou causar danos à pele na presença de luz solar) e, ainda, a mutagenicidade (que avalia a proba-bilidade de causar câncer com o uso prolongado).

INGREDIENTES CONTROVERSOS 103-2, 103-3A Natura utiliza em seu portfólio de produtos apenas ingredientes reco-nhecidos e comprovadamente segu-ros, em consonância com a comunida-de científica internacional. Nosso time de pesquisadores monitora as dis-cussões internacionais que envolvem

a evolução do uso de cada um deles pelas mais diferentes indústrias, espe-cialmente os chamados ingredientes controversos. Quando há evidências de que uma substância representa riscos ambientais ou à saúde huma-na, a Natura opta por substituí-la em suas formulações. 102-11, 416-1É o caso, por exemplo, do Triclosan, amplamente utilizado em diversos segmentos como cosméticos, produ-tos terapêuticos e veterinários, entre outros. Sua função é prevenir ou inibir contaminação por micro-organismos (bactérias, fungos e leveduras). Sua utilização massiva por diversas indús-trias traz, no longo prazo, possíveis danos ao meio ambiente, em função da baixa degradabilidade e estudos laboratoriais indicam seu potencial para causar alterações hormonais em humanos. Como forma de atuar ativamente na segurança de nossas formulações, proibimos o uso de Triclosan no de-senvolvimento de novos produtos desde julho de 2008 e trabalhamos permanentemente na substituição de novos ativos antibacterianos me-nos agressivos ao meio ambiente, que mantenham a segurança e eficácia de nossos produtos. Avançamos nessa iniciativa e, em março de 2016, retira-mos o Triclosan de todo o nosso port-fólio produzido. Contudo, é possível ainda encontrar no mercado produtos com esse ingrediente, visto que o pra-zo de validade varia entre 2 a 4 anos a partir da última data de fabricação. Outras substâncias controversas já banidas pela Natura foram o ftalato e o parabeno. Leia mais sobre nossos processos as-sociado a segurança do consumidor na página 134.

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Natura multicanal

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RELATÓRIO ANUAL 2016

Revitalizar a consultoria é um dos nossos objetivos estratégicos e, em 2016, trabalhamos intensamente para construir as bases de nosso projeto de renovação da Venda por Relações. Essa revitalização passa por valorizar a atividade como profissão – a partir do aumento dos ganhos e das oportu-nidades de desenvolvimento de nos-sas consultoras, além de proporcionar uma experiência de compra cada vez melhor para nossas consumidoras.Para ampliar as oportunidades de desenvolvimento de nossa rede tra-balharemos com a segmentação de ofertas e do amplo uso de tecnologia para potencializar o poder de nos-sa rede. O uso intenso dos métodos e ferramentas de business intelligence e CRM, que desenvolvemos nos últimos anos, permitirá ofertas mais relevantes para cada tipo de consultora orien-

Venda por Relações103-2, 103-3

NATURA MULTICANAL

tando nossos incentivos, remuneração, treinamento, relacionamento e gestão.A partir dessas informações, defini-mos o novo modelo para a rede, que está sendo subdividida nos grupos: profissionais conectadas com o uni-verso da beleza (Especialista em Be-leza), microempresárias com ponto de venda físico (Empresária de Beleza) e demais consultoras de pequeno, mé-dio ou grande volume de vendas (Con-sultora de Beleza). Para cada uma, a estratégia prevê modelos distintos de desenvolvimento pessoal e oportuni-dades de progressão do negócio da consultora. Ao individualizar o relacionamento, poderemos oferecer as melhores fer-ramentas para que as consultoras ampliem seus ganhos, e dar às consu-midoras opções que se encaixem sob medida às suas necessidades, seja de

experimentação, conveniência, seja de assistência.

NÚMERO DE CONSULTORAS A difícil situação do mercado no ano passado impactou também o número de consultoras em atividade no Bra-sil, reduzindo-o, resultado da baixa frequência de compra e do aumento da inadimplência. Acreditamos que a nova proposta de valor para as con-sultoras seja a resposta adequada para reverter esse cenário. O plano ainda não teve tempo para interfe-rir nesses indicadores, pois tem seus elementos sendo implementados desde o fim de 2016 e seguirá de for-ma progressiva ao longo de 2017. Isso inclui novas práticas de gestão da for-ça de vendas, capazes de identificar necessidades de melhoria de forma contínua.

Consultoras – Brasil 2012 2013 2014 2015 2016

Consultoras Natura no Brasil (milhares) 1.268,5 1.290 1.319 1.377 1.256

Consultoras Natura Orientadoras 12.125 11.957 11.328 9.500 8.310

102-43/102-44Índice de lealdade de CNs (%) – Brasil 2014 2015 2016

Satisfação¹ 91,8 93,3 93,1

Lealdade2 27,5 29,8 31,2

102-43/102-44 Índice de lealdade de CNOs (%) – Brasil 2014 2015 2016

Satisfação¹ 91,1 92,8 94,6

Lealdade2 29,6 29,5 31,7

1. Satisfação é porcentagem de CNs e CNOs “totalmente satisfeitas” ou “muito satisfeitas” (Top2Box). 2. Lealdade: porcentagem de pessoas consultadas que deram a nota máxima (Top1Box) em uma escala de 1 a 5 pontos, a três aspectos: satisfação, intenção de continuar a relação com a Natura e recomendação.

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RELATÓRIO ANUAL 2016

203-2 Renda média anual gerada (R$)

2014 2015 2016

Consultoras e consultores (CNs)1 4.2902 4.161 4.028

Consultoras Natura Orientadoras (CNOs)2 14.306 17.614 18.428

Consultoras Natura (CN) – Operações Internacionais, por país 2016

Argentina 161,2

Chile 74,3

México 125,8

Peru 94,0

Colômbia 87,8

França 0

Consultoras Natura Orientadoras (CNO) – Operações Internacionais, por país1 2016

Chile 681

Peru 901

Colômbia 691

Consultoras Natura (CN) – Operações Internacionais 2015 2016

Total 505,1 543,0

Consultoras Natura Orientadoras (CNO) – Operações Internacionais

2015 2016

Total 2.270 2.273

1. Renda anual média obtida pelas nossas CNs por meio da venda de nossos produtos. 2 As CNOs são comissionadas segundo o seu desempenho (número de CNs que realizam pedidos e volume de negócios).

OPERAÇÕES INTERNACIONAIS Continuamos a investir no estreita-mento da relação com as Consultoras Natura (CNs) em nossas operações na América Latina. O número conso-lidado de consultoras avançou 7,5% em 2016, alcançando 543 mil, com destaque para o crescimento de 15% na Argentina e 22% na Colômbia. Nos países com atuação mais consoli-

dada da Natura (Argentina, Chile e Peru), nosso foco está no aumento de produtividade, com crescimento mo-derado do canal. Nas operações em desenvolvimento (Colômbia e México), buscamos ampliar de forma acelera-da o número de consultoras e manter o nível de produtividade.Na França, optamos por encerrar

nossa atividade de venda direta, que contava com cerca de mil consulto-ras. No país, focamos recursos em ca-nais mais relevantes localmente, com a nossa loja Natura e o modelo de venda via e-commerce. Os resultados de lealdade, mais uma vez, refletiram nossos esforços na qualidade do relacionamento.

1. Não temos o modelo CNO na Argentina e no México.

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RELATÓRIO ANUAL 2016

Em 2016, o Rede Natura completou o primeiro ano de implantação no Chile, com grande receptividade, e, no primeiro trimestre de 2017, ini-ciou sua entrada na Argentina. Com

a demanda crescente identificada entre as consumidoras, podemos avançar de forma acelerada para as demais operações. Os aprendiza-dos que a Natura tem acumulado no

varejo também já começam a ser considerados para as operações na América Latina. Mantivemos o nível de lealdade das consultoras na re-gião, que somou 37,4%.

102-43 / 102-44Índice de lealdade de Consultoras Natura Operações Internacionais (%)1 2 3

2014 2015 2016

Lealdade CNs OIs 39 37 37

Lealdade CNOs OIs4 45 52 53

1. O indicador foi revisado em 2016. Optamos divulgar apenas o consolidado dos países que compõem as Operações Internacionais (Argentina, Chile, Colômbia, México e Peru), pois consideramos as informações estratégicas para a Natura 2. Fonte: Instituto Ipsos. 3. Lealdade: porcentagem de pessoas consultadas que deram a nota máxima (Top1Box) em uma escala de 1 a 5 pontos, a três aspectos: satisfação, intenção de continuar a relação com a Natura e recomendação. 4. Considera os países onde temos o modelo (Colômbia, Peru e Chile). No México, onde temos uma estratégia diferenciada, multinível, são consideradas as consultoras líderes, equivalentes às CNOs.

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RELATÓRIO ANUAL 2016

103-2, 103-3

Queremos fazer diferença na vida das consumidoras, fornecendo produtos inovadores e de qualidade, capazes de promover a beleza e o bem-estar. Fazer a diferença também é o nosso propósito quando pensamos em nos-sa rede de consultoras, hoje formada por 1,8 milhão de Consultoras Natura (CNs). Para isso, estruturamos uma metodologia que acompanha as con-dições de vida das consultoras e mede sua evolução anualmente, o IDH-CN, aplicado no Brasil (leia mais sobre a metodologia a seguir).A partir dos primeiros resultados do índice, que apontou a vontade das consultoras em dar continuidade aos estudos, lançamos em agosto de 2016 um programa de educação voltado às CNs (e extensivo a seus familiares). De-senhado em parceria com o Instituto Natura, o programa oferece uma sé-rie de experiências de aprendizagem, como cursos presenciais ou a distân-cia de graduação, pós-graduação, idiomas e treinamentos profissiona-lizantes, entre outros, com descontos ou até bolsas integrais. Comprometidos em gerar impacto positivo na vida de nossas consultoras e certos de que a educação pode ser um grande impulsionador de trans-formações pessoais e profissionais, o programa é inédito entre as empresas que atuam com venda direta no Brasil. Em um curto período de tempo – de agosto a dezembro de 2016 –, aproxi-madamente 11 mil pessoas voltaram a estudar em algum dos cursos disponí-veis. Desse público, 20% eram familia-res de nossas consultoras.

CONHEÇA NOSSOS PARCEIROS:

Universidade Estácio – Para 80 cur-sos de graduação ou pós-graduação (presenciais ou a distância), as consul-toras têm, no mínimo, 30% de descon-

Fazer mais por nossas consultoras

to. Em 2016, 20 bolsas integrais para cursos tecnológicos a distância foram concedidas utilizando recursos de Crer Para Ver.

Geekie Games – Plataforma de apren-dizagem online de preparação para o Enem, com descontos a partir de 30%. Em 2016, foram concedidas 200 Bol-sas CPV.

Prepara Cursos – Rede de cursos pro-fissionalizantes, com mais de 400 uni-dades pelo país. São oferecidos três cursos totalmente gratuitos (finanças pessoais, administração do tempo e técnicas de negociação), além de des-contos e bolsas integrais em outras formações.

Wizard by Pearson – Rede de idiomas oferece descontos para consultoras e familiares em todo o Brasil. Atualmen-te, mais de 600 escolas já estão inclu-sas na parceria.

Khan Academy – Cursos on-line gra-tuitos para reforço de matemática. O conteúdo foi selecionado especial-mente para a atividade de consultoria.Além das parcerias, o programa ofe-rece às consultoras o acesso à Plata-forma de Educação Crer Para Ver, um site com diversos conteúdos e possi-bilidades de engajamento pela edu-cação de seus filhos, alunos e comu-nidade, por meio de inúmeras ações. Há ainda um Clube de Leitura virtual desenvolvido exclusivamente para as consultoras que, só no ano passado, distribuiu quase 1 mil livros. Em 2016, 11 mil consultoras também receberam, por SMS, dicas de educação de acor-do com a faixa etária dos filhos.Em 2017, o programa trará novas ofer-tas de cultura, educação financeira e cidadania (especialmente com foco em direitos da mulher). Também am-pliaremos as parcerias com institui-

ções educacionais e incrementaremos o envio de dicas de educação por SMS.

IDH-CN103-2, 103-3Indicador de desenvolvimento huma-no corporativo no mundo, o IDH-CN foi instituído pela Natura em 2014, inspirado na metodologia de mesmo nome, do Programa das Nações Uni-das para o Desenvolvimento (Pnud). Ele acompanha a situação das Con-sultoras Natura (CNs) de acordo com três dimensões: saúde, conhecimento e trabalho. Os resultados são medi-dos em valores de 0 a 1 (sendo este o padrão máximo de desenvolvimento humano a ser alcançado. Portanto, quanto mais próximo de 1, melhor o desenvolvimento humano do grupo). Assim como em 2014 e 2015, mais de 4 mil consultoras foram entrevista-das no ano passado e o IDH-CN geral continuou em evolução, chegando a 0,593. Nesses três anos de análise, o indicador evoluiu 7,81%, sendo 0,5% em 2016. Entre as dimensões avalia-das, percebemos alguns desafios. No aspecto financeiro, as consultoras também sentiram o impacto da re-dução do poder de compra eviden-ciado pela crise no país. No entanto, o indicador aponta que as consultoras que atuam há mais de um ano com a Natura apresentam um IDH melhor do que as iniciantes, mostrando o im-pacto positivo da companhia na vida e na autoestima das entrevistadas que estão há mais tempo conosco. O IDH-CN continuará a ser acompa-nhado anualmente e nos ajudará a gerar instrumentos de gestão e in-vestimento social corporativo intrin-secamente associados ao negócio que possam influenciar a melhoria da qualidade de vida das CNs. Além dis-so, o índice contribui com a ambição da Natura de gerar impactos econô-micos, sociais e ambientais positivos.

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RELATÓRIO ANUAL 2016

Desde 2005, o Movimento Natura tem sido uma plataforma facilitadora para a constituição de uma rede colabo-rativa, apoiando iniciativas que pro-movam o desenvolvimento social das Consultoras Natura (CNs) e de toda a sociedade. A partir de 2014, a platafor-ma se tornou digital (www.movimento natura.com.br) e foi aberta para a participação de qualquer empreen-

Movimento Naturadedor social – e não apenas das con-sultoras. Desde então, o número de acessos tem sido crescente. Em 2016, foram quase 2,2 milhões, resultado muito acima do esperado.Para as CNs que são empreendedoras sociais, promovemos o Prêmio Acolher, que fornece apoio técnico e financei-ro para a execução dos projetos se-lecionados, ampliando o impacto das

ações junto ao público beneficiado. Na quinta edição da premiação, os cola-boradores da Natura também pude-ram inscrever iniciativas transforma-doras das quais eles são voluntários ou líderes. Conheça todas as iniciativas apoia-das no Prêmio Acolher 2016 em: www.movimentonatura.com.br/cs/ movimentonatura/premioacolher.

1. O cálculo do indicador considera o número de visitantes do site. 2. Além de Consultoras, outros públicos como os consumidores também acessam a plataforma, não sendo possível identificar cada um dos públicos em todos os tipos de acesso. 3. Esse cálculo considera participações qualificadas: cadastros de pessoas ou iniciativas, compartilhamento de conteúdos nas redes sociais, interações com donos de iniciativas via plataforma e votos no Prêmio Acolher.

Movimento Natura 2014 2015 2016

Audiência do site¹ 2 138.187 1.308.917 2.193.662

Participações3 n.a. 32.724 55.355

Cleinilany Dornela, de Rondônia, vencedora do voto popular no Prêmio

Acolher em 2016

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RELATÓRIO ANUAL 2016

Em 2016, o Rede Natura dobrou de tamanho, e hoje já é um dos maiores canais digitais de venda de produtos de beleza do Brasil. Nossas Consulto-ras Natura Digitais (CNDs), que atu-am nessa plataforma, já passam de 100 mil, atendendo mais de 1,7 milhão de consumidoras cadastradas. As Consultoras Natura (CNs) que par-ticipam do modelo online tiveram um aumento de produtividade de 8% na venda direta e 14% na soma de vendas no modelo tradicional e Rede Natu-ra. A frequência de compras também é maior. Para estimular que novas consultoras atuem de forma híbrida, ou seja, nos dois formatos, ajusta-mos o modelo de participação, que agora prevê um valor de franquia re-duzido para quem quer testar o mo-delo, além do valor original. O lucro da consultora sobre a venda varia de acordo com o regime escolhido. Também ajustamos os incentivos às Gerentes de Relacionamento e às Consultoras Natura Orientadoras (CNOs) para que suas vendas no Rede

Canais digitaisNatura tenham o mesmo valor de suas vendas no regime presencial.Desde abril do ano passado, o Rede Natura passou a também vender di-retamente para o consumidor final. Esse sistema online híbrido acelerou os resultados de vendas, e o Rede Natura atingiu seu break even opera-cional. A visitação ao site cresceu 78% em 2016, e a conversão (visita que se transforma em compra) avançou 58%. O aprimoramento na gestão promo-cional e a melhora no retorno sobre o investimento em marketing também contribuíram para o desempenho. O Rede Natura gera conhecimen-to que soma valor a todos os nossos canais. As ferramentas digitais são grandes aliadas para identificar ten-dências de consumo e categorias mais apropriadas para cada meio, gerando dados para ajustar a es-tratégia mercadológica e a gestão promocional para nossos diferentes formatos de venda. A frequência de compra por meio dos canais digitais também é maior. Ao longo de 2017,

a ideia é que todas as novas consul-toras ingressem na Natura tendo seu espaço de vendas digital, cola-borando fortemente com a formação digital das Consultoras Natura. Além do impacto positivo sobre seus ga-nhos, espera-se com isso que as con-sultoras, mais conectadas, tenham acesso a melhores serviços, capa-citem-se mais e melhorem seu de-sempenho com benefícios, inclusive, para sua qualidade de vida.Além do Rede Natura, nossas con-sultoras contam com outras ferra-mentas digitais. Lançado em 2016, o aplicativo para smartphones e tablets Consultoria Natura permi-te encomendar produtos, consultar promoções, organizar entregas de cada cliente e obter suporte. Ele in-corpora outros apps com diferentes funcionalidades – como o Chat Rede Natura (que permite tirar dúvidas ao vivo de consumidores que estão online na nossa plataforma de vendas). Atualmente, mais de 300 mil CNs utilizam esses aplicativos.

Tela do aplicativo Consultoria Natura

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RELATÓRIO ANUAL 2016

A primeira loja Natura foi inaugurada em abril, no MorumbiShopping, em São Paulo. Sequencialmente, foram abertos outros quatro espaços na capital paulista, sempre em grandes shoppings. Tal decisão estratégica foi tomada após minuciosa pesquisa, por meio da qual detectamos uma demanda reprimida entre as classes A e B, que relataram conhecer e va-lorizar a marca Natura, mas não ter o hábito de comprar com consultoras. Os resultados iniciais, acima das ex-pectativas, mostraram que a nossa decisão foi acertada e nos entusias-

Nossas primeiras lojas no Brasilmaram a acelerar o ritmo de expan-são ao longo de 2017, inclusive para outras cidades do Brasil. Em nossas lojas, é possível encon-trar cerca de 40% do portfólio Natu-ra, incluindo as linhas de perfumaria e as marcas Todo Dia, Ekos, Mamãe e Bebê, Una e Chronos. A partir de 2017, está previsto também o desen-volvimento de produtos, presentes e embalagens exclusivos para atender a esse canal. Todas as lojas adotam o conceito de experimentação, o que significa que os produtos à venda po-dem ser testados pelas consumidoras

em ambientes que simulam seu uso no dia a dia – como cubas e torneiras, para sabonetes e produtos para ba-nho. Esses espaços têm sido utiliza-dos também por nossas consultoras, que vão às lojas acompanhadas de clientes que querem conhecer melhor nossos produtos antes de realizar pedidos com elas. A equipe das lojas é formada por profissionais contratadas pela Na-tura, capacitadas para prestar con-sultoria de beleza e dar informações precisas às nossas consumidoras sobre nossos produtos.

Loja Natura do MorumbiShopping

Para responder aos diversos perfis de consumidores e atender a suas diferentes necessidades de com-pra, a Natura iniciou em 2015 uma experiência bem-sucedida de ven-da da linha Sou em farmácias e, em

Natura no varejo2016, ingressou no varejo brasileiro com lojas próprias. Nossa essência continua sendo a Venda por Rela-ções, que ganha vida com nossas consultoras, mas queremos permi-tir uma experiência complementar,

por meio de pontos de venda que adotam o conceito da experimenta-ção, além da presença em redes de farmácias, que atendem a consumi-dores que buscam conveniência e praticidade.

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RELATÓRIO ANUAL 2016

Após o início bem-sucedido da venda da linha Sou em farmácias, em 2015, dobramos o número de pon-tos de venda na Rede Raia/Drogasil – de 700 para mais de 1.400, em todas

Conveniência na farmáciaas regiões do Brasil. Em dezembro de 2016, começamos a também ofere-cer a marca Sou nas bandeiras da Drogaria São Paulo e, em janeiro de 2017, chegamos às redes Pacheco,

no Rio de Janeiro, e Panvel, no Rio Grande do Sul, totalizando 2.955 farmácias que já contam com a mar-ca Natura no país.

Em dezembro de 2016, realizamos a pré-abertura de nossa primeira loja em Nova York. Demos início à operação com a venda da linha Ekos, introduzindo nesse mercado o que há de melhor em termos de cosméticos com ativos da biodiver-sidade brasileira. Nosso portfólio será expandido no futu-ro, com o ingresso das linhas Chronos e Mamãe e Bebê. As embalagens dos produtos comercializados na loja foram adaptadas. Para valorizar ainda mais nossas origens, elas levam o termo “Natura Brasil” antes do nome da linha.Em Paris, estamos no bairro comercial do Marais, região com grande tráfego de consumidores. Na capital francesa, nosso portfólio está concentrado nas linhas Ekos, Chronos e Mamãe e Bebê, e também passamos a experimentar a

Presença em Nova York e Paris

venda de nossos produtos em lojas multimarcas, especiali-zadas em cosméticos. A partir da França, nossa operação de e-commerce já vende para outros países da Europa. Para focar recursos nesses novos canais, optamos por en-cerrar nossa atividade de venda direta no país, que conta-va com cerca de mil consultoras.A expectativa é que a presença nesses dois importantes po-los de beleza do mundo nos auxilie a alcançar um modelo escalável para mercados desenvolvidos. Por isso, ao longo de 2016, atuamos fortemente na identificação de portfólio, adequação de embalagens, exploração de modelos comer-ciais e reconhecimento de atributos capazes de diferenciar os produtos Natura e de atrair cada vez mais consumidores.

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Nossosprocessos

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RELATÓRIO ANUAL 2016

102-12Em 2014, lançamos a Visão de Susten-tabilidade 2050 e assumimos compro-missos para transformar a Natura em uma empresa geradora de impacto positivo, ou seja, garantir que a atu-ação da companhia ajude a tornar o meio ambiente e a sociedade melho-res, ultrapassando o atual paradigma de apenas reduzir e mitigar impactos. Assim, definimos ambições para ser alcançadas já em 2020, nessa jornada de transformação até 2050. Como membros do Pacto Global, da Organização das Nações Unidas (ONU), nós nos comprometemos com a Agenda Global de Desenvolvimento Sustentável 2030, pois entendemos que esse é um chamado para que as empresas repensem seus negócios rumo ao novo capitalismo. Nesse as-pecto, realizamos em 2016 uma análise

Compromissos para o futuroNOSSOS PROCESSOS

de impactos para avaliar o potencial transformador da atuação da Natura em relação aos 17 objetivos globais que devem ser atingidos até 2030. Esse levantamento apontou que, por meio de iniciativas relacionadas a te-mas como carbono, resíduos, empo-deramento feminino, educação, água, biodiversidade e Amazônia, contribu-ímos de forma direta e indireta, para 16 dos 17 ODS, com exceção do ODS 14 Vida na Água, que trata os oceanos.Acreditamos que, para dar a esca-la necessária às nossas atividades transformadoras, nossas principais submarcas devem se tornar platafor-mas que incentivem novos modelos de produção e de consumo. Em 2016, nós nos tornamos a primeira empresa da América Latina a divulgar os resultados de seu levantamento EP&L (Environmental Profit and Loss,

na sigla em inglês). O estudo faz a “con-tabilidade ambiental” da empresa, calculando os impactos positivos e ne-gativos de todas as fases de produção, comercialização e destinação final dos resíduos gerados (leia mais abaixo).Também obtivemos importantes avanços no Programa Amazônia, al-cançando a marca de R$ 972,6 milhões em volume de negócios na região em 2016, nos aproximando da ambição de atingir R$ 1 bilhão até 2020 (leia mais na pág. 54). O trabalho de de-senvolvimento de cadeias produtivas sustentáveis na região, potencializa-do pelo Programa Amazônia, contri-bui para a conservação de 257 mil hectares de floresta em pé, além de gerar desenvolvimento e renda para 2.119 famílias na Amazônia, impac-tando a qualidade de vida de mais de 8 mil pessoas na região.

Em setembro de 2015, durante a Cúpula sobre Desenvolvimento Sustentável, os 193 Estados-membros da Organização das Nações Unidas adotaram os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Essa nova agenda global surgiu para dar continuidade às mudanças atingidas pelos oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, que vigoraram por 15 anos. Além da prosperidade compartilhada, da saúde e do bem-estar, os ODS incorporam a dimensão do uso consciente dos recursos naturais diante da ameaça à vida pelas mudanças climáticas. Eles são um chamado para que as empresas repensem seus negócios rumo ao novo capitalismo. Por meio das nossas iniciativas já contribuímos para fazer avançar 16 dos 17 ODS.

Objetivos do Desenvolvimento Sustentável

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RELATÓRIO ANUAL 2016

Dimensão Ambição 2020 Desempenho 2016 Atingimento da meta

Embalagens

Utilizar, no mínimo, 10% de material reciclado pós-

-consumo na massa total de embalagens Natura Brasil.

A Natura utilizou 4,3% de ma-terial reciclado pós-consumo

na massa total de suas emba-lagens.

2013: 1,4%2020: 10%

Atingimento 2016: 34%

Mudanças climáticas

Para a marca Natura, reduzir em 33% a emissão relativa de gases de efeito

estufa (escopo 1, 2 e 3).

Redução de 0,5% nas emissões relativas de GEE. O indicador é

diretamente relacionado ao de-sempenho de negócios, porém a redução versus 2012 foi de -1,3%.

2012: 0%2020: -33%

Atingimento 2016: 4%

Visão de Sustentabilidade 2050Principais ambições Marcas e produtos

Sociobiodiversi-dade

Movimentar R$ 1 bilhão em volume de negócios na

região pan-amazônica.

O volume acumulado de negócios gerados na região

corresponde a R$ 972 milhões.

2010: R$ 89 milhões2020: R$ 1 bilhão

Atingimento 2016: 5%

Resíduos

Coletar e destinar para reciclagem 50% da quanti-dade de resíduos gerados pelas embalagens de pro-dutos da Natura no Brasil

(em t equivalentes).

Em 2016, concluímos a expe-riência-piloto iniciada há um

ano para promover a logística reversa na Região Metropoli-tana de São Paulo, que incluiu diferentes fontes de captação

de resíduos pós-consumo, como cooperativas de catadores e o envolvimento de Consultoras

Natura na coleta de materiais. A experiência serviu para adquirir

conhecimento e para dese-nharmos estratégia, processos

e ações. Além disso, partici-pamos do projeto de logística reversa setorial por meio da

Abihpec.

Em execução

Água

Para a marca Natura no Brasil, implementar estraté-gia para redução e neutrali-zação de impacto, com base

na medição de pegada hídrica e considerando toda

a cadeia de valor.

A partir de metodologia desen-volvida, iniciamos estudos para mapear projetos com potencial

de redução de nossa pegada hídrica.

Em planejamento

Cadeias de fornecimento

Garantir, até 2015, a ras-treabilidade de 100% dos insumos produzidos pelos fabricantes diretos (último

elo) e, até 2020, imple-mentar um programa de rastrea bilidade para os

demais elos da cadeia de valor da marca Natura.

Após identificarmos 100% de todos os fabricantes do 1º elo da

cadeia, estamos trabalhando para expandir a rastreabilidade

total das cadeias críticas.

Em planejamento

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RELATÓRIO ANUAL 2016

Dimensão Ambição 2020 Desempenho 2016 Atingimento da meta

Consultoras Natura (CNs)

Despertar o interesse pelo aprendizado constante e

oferecer uma ampla oferta de educação, que atenda

às suas necessidades.

Desenvolvemos programa de educação para CNs e seus

familiares, com bolsas parciais e integrais para experiências de aprendizado como: cursos pre-paratórios para o Enem, profis-sionalizantes, ensino superior, idiomas, entre outros. Em três meses, mais de 10 mil pessoas

voltaram a estudar.

Em execução

Colaboradores

Para a marca Natura, atin-gir índice de mulheres em cargos de liderança (nível diretoria e acima) de 50%.

Atingimos no ano 29% de parti-cipação de mulheres nos cargos

de liderança. A Natura se tor-nou signatária dos Princípios de Empoderamento das Mulheres,

da ONU, e do Programa Pró--Equidade de Gênero e Raça,

do governo brasileiro. Também lançamos nossa política de di-

versidade em 2016, que prioriza quatro temas, entre eles o do

empoderamento feminino. Tam-bém revisamos os processos de seleção, atração e desenvolvi-mento de lideranças femininas.

2013: 29%2020: 50%

Atingimento 2016: 0%

Comunidades

Desenvolver estratégia para os territórios da so-

ciobiodiversidade na região pan-amazônica e das

comunidades do entorno de nossas principais ope-rações no Brasil, por meio

do diálogo e da construção colaborativa com as popu-

lações e os atores locais.

Para a geração de transforma-ções em escala, trabalhamos em arranjos e parcerias com

governos locais, comunidades de base e empresas em prol da criação de soluções de desen-volvimento territorial no Médio

Juruá (AM), Baixo Tocantins (PA) e Transamazônica (PA). Em con-junto com lideranças e parcei-ros locais, compreendemos as

prioridades de desenvolvimento de cada território, e pactuamos planos compartilhados de ini-

ciativas e metas. As lideranças e instituições locais são fortaleci-das e empoderadas ao longo de

todo o processo.

Em execução

Nossa Rede

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RELATÓRIO ANUAL 2016

Dimensão Ambição 2020 Desempenho 2016 Atingimento da meta

Modelo de gestão

Para a marca Natura, im-plementar a valoração das

externalidades socioam-bientais, considerando os impactos positivos e ne-

gativos da cadeia de valor estendida (da extração de matérias-primas ao des-

carte de produtos).

A valoração das exter-nalidades ambientais foi realizada em 2015, pela

primeira vez, convertendo para recursos financeiros os efeitos do negócio em

aspectos como emissões de GEE, água, resíduos e uso

e ocupação do solo. O cálculo envolveu o portfó-lio completo de produtos da Natura, ao longo de toda a sua cadeia de valor. Inicia-remos em 2016, os estudos

para um inédito estudo de valoração dos impactos sociais.

Em implementação

Ética e transparência

Para a marca Natura, implantar total

transparência no forneci-mento de informações dos produtos e da evolução da visão de sustentabilidade.

Desenhamos, de forma colaborativa, a arquitetura de comunicação da susten-tabilidade, que organiza os conteúdos informativos dos produtos de acordo com o

interesse do consumidor no aprofundamento das infor-

mações.

Em implementação

Gestão e Organização

A relação total das ambições e dos compromissos 2020 pode ser consultada aqui.

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RELATÓRIO ANUAL 2016

103-2, 103-3Desde 2000, com o lançamento da linha Ekos, a Natura busca trans-formar desafios socioambientais em oportunidades de negócio, tendo a biodiversidade brasileira como uma de suas principais alavancas para a inovação. Em 2011, esse compromisso foi reforçado com o lançamento do Programa Amazônia, com o objetivo de impulsionar um novo modelo de desenvolvimento para a região, mais inclusivo e sustentável, partindo do princípio que a floresta pode ter mais

valor em pé do que derrubada. A ini-ciativa estimula a geração de negó-cios sustentáveis como alternativa econômica para a região, e atual-mente gera desenvolvimento e renda a 2.119 famílias na Amazônia e ajuda a conservar 256.798 hectares de flo-resta em pé. A Amazônia vive um grande parado-xo. Apesar de ser rica e abundante em diversidade de espécies, culturas e saberes, de abrigar 55% das flores-tas tropicais e 20% das águas doces fluviais do mundo, e de ter papel fun-

damental como reguladora do clima do planeta, tem sua agenda política e econômica pautada por atividades que causam devastação e pressão ambiental e social – como soja, gado, madeira, mineração e hidrelétricas. Por isso, repensar modelos de desen-volvimento sustentáveis para a região se tornar cada vez mais urgente.Considerando esse contexto, o Progra-ma Amazônia abrange três grandes pilares: ciência, tecnologia e inovação; desenvolvimento de cadeias sustentá-veis e fortalecimento institucional.

Em 2016, destinamos mais de R$ 220 milhões para a região pan-amazônica, principalmente para compra de insumos da biodiversidade (64%), além de investimentos em instala-ções industriais, pesquisa e inovação, desenvolvimento local,

educação e projetos de compensação das emissões de car-bono. Com isso, somamos R$ 972 milhões investidos desde 2011 na região e estamos muito próximos de atingir a meta de movimentar R$ 1 bilhão até 2020.

Próximo do R$ 1 bilhão

Instrumento de produção científica, inovação e geração de novos negó-cios, esse pilar tem como objetivo ati-var e coordenar redes de pesquisa e conhecimento locais, nacionais e in-ternacionais com foco em biodiversi-dade, manejo e agricultura sustentá-vel e ecodesign.

NÚCLEO DE INOVAÇÃO NATURA NA AMAZÔNIA (NINA)Em 2016, o Núcleo de Inovação Natu-ra na Amazônia (Nina) foi transferido de Manaus (AM) para Benevides (PA), onde fica o Ecoparque. O objetivo foi ampliar a sinergia entre a pesquisa e as necessidades de desenvolvimento de tecnologias e inovação, aplicadas à nossa fábrica e às cadeias produti-vas da sociobiodiversidade. Desde a sua inauguração, o Nina é um importante polo de desenvolvi-

1. Ciência, Tecnologia e Inovação (CTI)

mento de inovação aberta para a Natura e para a Amazônia (leia mais sobre inovação na pág. 37). Em 2012, lançamos o Natura Campus Amazô-nia, envolvendo 360 pesquisadores, dez instituições e centros de pesqui-sa locais e parceiros para capacita-ção em empreendedorismo. Mais de 80 projetos de pesquisa foram ins-critos. Foram estabelecidas também im-portantes parcerias locais com orga-nizações como Universidade Federal da Amazônia (Ufam), Instituto Nacio-nal de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Embrapa e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam). Os resultados ainda envol-vem o financiamento de quatro bol-sistas para atuar in company e a mo-bilização de recursos para 32 bolsas de projetos de inovação na região.

INOVAÇÃO EM PRÁTICAS DE CULTI-VO SUSTENTÁVEL A Natura, assim como outras indús-trias cosméticas e empresas dos setores alimentício, farmacêutico e de higiene e limpeza, utiliza em seus produtos o óleo de dendê, também conhecido como óleo de palma. Em todo o mundo, o cultivo da palma gera controvérsia por estar historicamente associado ao desmatamento e à mo-nocultura. Em 2016, por meio de uma Aliança Internacional, a Natura se com-prometeu com a USAID (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimen-to Internacional) a prosseguir no desen-volvimento de projetos que adotem o sistema agroflorestal para o cultivo do óleo de palma – o que já faz há 10 anos.A Natura foi escolhida como parceira da agência norte-americana porque, desde 2007, investe em pesquisas

PROGRAMA AMAZÔNIA

Valor para a floresta em pé

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RELATÓRIO ANUAL 2016

que estudam formas alternativas de cultivo da palma. Já naquele ano, em cooperação com a Camta (Coopera-tiva Agrícola Mista de Tomé-Açu), do Pará, a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e a Finep (Financiadora de Estudos e Projetos – empresa pública brasileira de fomen-to à ciência, tecnologia e inovação), demos início a um projeto-piloto que testou em 18 hectares a substituição da monocultura de palma por um sistema agroflorestal (SAF), no qual o

cultivo do dendê é feito em conjunto com outras espécies vegetais. O pilo-to gerou uma produção significativa-mente maior do óleo de palma do que no sistema tradicional da monocultu-ra, além de comprovar os benefícios ambientais – a exemplo da barreira natural contra pragas criada pela di-versidade de espécies vegetais.A aliança apoiará o desenvolvimento e a ampliação de sistemas agroflores-tais e modelos de negócio que conci-liem boa performance produtiva com

os meios de subsistência dos peque-nos agricultores e a geração de servi-ços ecossistêmicos. Além dos parcei-ros já estabelecidos no projeto-piloto desenvolvido pela Natura, também contaremos com o ICRAF (World Agro-forestry Centre) e a própria USAID. O investimento dos membros da alian-ça deve chegar a 4,8 milhões de dóla-res. Além da produção mais eficiente do óleo de dendê, o sistema permite o sequestro de carbono e evita o des-matamento.

O segundo pilar tem como objeti-vo estruturar, aprimorar e expandir cadeias produtivas sustentáveis na Amazônia, com investimentos em capacitação, eficiência produtiva e aporte de tecnologias, fundamentais para que as cooperativas prosperem, gerem riqueza localmente e tenham desenvolvimento social.

COMUNIDADES FORNECEDORAS 304-2, 103-2, 103-3, 413-2A cada ano, ampliamos e fortalece-mos nosso relacionamento com as co-munidades fornecedoras dos insumos naturais. Mantemos conexão com 33 comunidades, com a inclusão de três delas em 2016, que envolvem 2.841 famílias. Cerca de 75% desses parcei-ros de negócios estão localizados na Amazônia, totalizando 2.119 famílias na região. Temos, ainda, relacionamento com comunidades nas outras regiões do Brasil (veja mapa com localização de todas as comunidades na pág. 57)Das três novas comunidades forne-cedoras, duas estão na Ilha de Marajó (PA), região de trabalho inédita para a Natura. As novas parcerias foram necessárias para ampliar a compra de alguns bioativos, como a ucuuba, o murumuru e a andiroba e permitiu que incrementássemos a porcenta-gem desses ingredientes na massa de nossos sabonetes. Assim, os valores repassados às comu-nidades ultrapassaram R$ 10 milhões no ano. O volume é 55% superior ao de 2015 e, além de recursos de forne-cimento (R$ 5,8 milhões), envolve re-partição de benefícios por acesso ao conhecimento tradicional (R$ 3,07 mi-

2. Cadeias Produtivas da Sociobiodiversidade

lhões), apoio à infraestrutura das co-munidades, capacitação e pagamento pelo uso de imagem. 203-1Temos medido os impactos positivos do relacionamento com as famílias locais, ligados a aspectos como gera-ção de renda pela compra dos insu-mos, investimento no desenvolvimento de cadeias produtivas de maior valor agregado e aumento de competências técnicas por meio das capacitações que oferecemos. Hoje as comunidades, já mais bem estruturadas, firmam par-cerias também com outras empresas para fornecimento de ativos da biodi-versidade brasileira, além da Natura. Esse desenvolvimento tem sido obtido com um modelo produtivo e comercial sustentável. Investimos ainda em melhorar a pro-dutividade das comunidades e agre-gar valor ao seu fornecimento aper-feiçoando a infraestrutura de duas unidades de extração (uma no Médio Juruá e outra no nordeste paraen-se), oferecendo melhor qualidade ao óleo e à manteiga produzidos. Demos continuidade a nossos programas de capacitação nas áreas de saúde, se-gurança, boas práticas de manejo e gestão organizacional, com 545 pes-soas capacitadas em 2016.Também em 2016, chegamos a 100% das comunidades fornecedoras audi-tadas pelo nosso Sistema de Verifica-ção das Cadeias da Sociobiodiversi-dade, desenvolvido em conjunto com a UEBT (Union for Ethical Biotrade). Esse processo verifica questões trabalhis-tas, de gestão organizacional e boas práticas de produção, além de garantir a rastreabilidade das cadeias produti-

vas, um de nossos maiores desafios. A verificação é feita constantemente, já que as famílias precisam sistematizar a organização dos documentos compro-batórios de origem dos insumos. As au-ditorias são realizadas anualmente em cada uma das comunidades, gerando planos de ação que são acompanha-dos até a próxima auditoria.Uma vez por ano, as comunidades participam da premiação Qlicar, que reconhece fornecedores da Natura, na categoria BioQlicar, que conside-ra a comunidade de maior nota e de maior evolução em uma série de que-sitos de qualidade e boas práticas. A apuração do BioQlicar passou por mudanças na metodologia em 2016, considerando a nota do Sistema de Verificação e de um indicador que mede o volume planejado de produ-ção e o prazo de entrega. A avaliação das comunidades somou nota 3,93 em 2016. Antes avaliado dentro do BioQli-car e agora no Sistema de Verificação, o índice avançou um pouco em rela-ção ao no ano anterior, de 3,62. Essa nota é ponderada juntamente com a nota da avaliação OTIF (on time in full) da comunidade. O crescimento se deve à melhoria nas notas da audito-ria junto com as comunidades, além de um maior cumprimento dos pla-nos de ação ao longo de 2016, o que aumenta a nota da comunidade ao longo do ano. Também tivemos cresci-mento na nota da avaliação OTIF com relação a 2015 por conta de melhorias nos planejamentos de entregas tanto pela Natura como pelas comunida-des, além dos investimentos em infra-estruturas nas cadeias. 414-1

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RELATÓRIO ANUAL 2016

257 mil hectares de floresta = 1,7 vez a cidade de SPInfluenciamos a manutenção da floresta em pé na Amazônia com a utilização de ingredientes da biodiversidade obtidos de forma sustentável em parceria com as comunidades fornecedoras, além de gerar desenvolvimento e renda para mais de 2 mil famílias na região.

Conservação a partir da sociobiodiversidade - Amazônia

203-2 Comunidades e famílias beneficiadas (un.)1 2014 2015 2016

Comunidades com as quais a Natura se relaciona 33 30 33

Famílias beneficiadas nas comunidades 3.121 2.251 2.841

Famílias beneficiadas na Amazônia2 2.106 1.529 2.119

1. Seguimos com o método de georreferenciamento para rastreabilidade dos nossos fornecedores, implantado em 2015. O número de comunidades reportadas abrange sete associações e 26 cooperativas. 2. O número de famílias beneficiadas em 2015 foi corrigido.

Recursos alocados por família (em R$ milhares) 2014 2015 2016

Recursos diretos 2,3 2,3 3,1

Fornecimento 1,1 1,3 2,0

203-1Investimentos nas comunidades (em R$ milhares)1

2014 2015 2016

Fornecimento 3.040 2.837 5.771

Repartição dos benefícios por acesso ao patrimônio genético ou conhecimento tradicional associado

3.982 2.411 3.070

Apoios e infraestrutura 300 443 669

Uso de imagem 21 14 36,3

Capacitação 946 245 77

Serviços técnicos 184 139 255

Estudos 414 490 245

Total 8.887 6.579 10.123

1. Os investimentos diretos são feitos em valores depositados diretamente para as comunidades pelo fornecimento de matérias-primas, repartição de benefícios e uso de imagem. Já as categorias de apoios e infraestrutura, capacitações, estudos e serviços técnicos são recursos investidos pela Natura na forma de prestação de serviços, contratação de parceiros, pesquisas, compra de equipamentos, melhoria de infraestrutura, dentre outros. Esses investimentos são feitos por liberalidade da Natura para agregação de valor às cadeias produtivas.

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RELATÓRIO ANUAL 2016

u

Pj ánapú

Afuá

Montes Claros

Ilhéus

Camamu

Campestreda Serra

Turvo

Curumbataí

do Sul

Campestre de Goiás

Esperantinópolis

Laranjal

do Jari

Santa Luzia do Pará

Irituia

Acará

Cametá

Abaetetuba

Igarapé-Miri

Moju

Santo Antônio do Tauá

Belém

Tomé-Açu

Gurupá

UruaráMedicilândia

Brasil Novo

Altamira

Vitóriado Xingu

PacajáAnapu

Afuá

Juruena

Carauari

AM

AC

PA

MTRO

RR AP

TO

BA

MS

MG

GO DF

RJ

ES

SP

RS

SC

PR

MA

PI

CERN

PB

PE

AL

SE

Nova

Califórnia

Barra do Turvo

Manteiga de murumuru Óleo de andiroba

Óleo de castanha

Óleo de castanha

Amêndoa de cacau Amêndoa de sapucainha

Semente de jatobá

Óleo de buriti

Sementes de maracujá

Folhas de guaçatonga

Folhas de poejo

Manteiga de cupuaçu Óleo de andiroba Óleo de castanha Polpa de açaí

Manteiga de cupuaçuManteiga de murumuru Manteiga de ucuuba Óleo de andiroba Óleo de maracujáRaízes de priprioca

Farinha de babaçu

Amêndoa de andiroba Amêndoa de cacauAmêndoa de murumuru Amêndoa de ucuuba Folhas de capitiúFolhas de estoraqueFolhas de pataqueira

As comunidades fornecedoras da NaturaE os insumos obtidos em cada estado

Comunidade LocalizaçãoCodaemj Carauari (AM)

Cofruta Abaetetuba (PA)

Comaru Laranjal do Jari (AP)

Coomar Santa Luzia do Pará (PA)

Coopaflora Turvo (PR)

Coopavam Juruena (MT)

Coopção Pacajá (PA)

Copaesp Esperantinópolis (MA)

Copoam Medicilândia (PA)

Copobom Anapu (PA)

Copops Uruará (PA)

Comunidade LocalizaçãoAdincocma Afuá (PA)

Apobv Acará (PA)

Aprocamp Santo Antônio do Tauá (PA)

Ataic Gurupá (PA)

Caepim Igarapé - Miri (PA)

Cabruca Ilhéus (BA)

Camta Tomé Açu (PA)

Camtaua Santo Antônio do Tauá (PA)

Cart Cametá (PA)

Cepotx Altamira (PA)

Coaprocor Corumbataí do Sul (PR)

Comunidade LocalizaçãoCopotran Vitória do Xingu (PA)

Copoxin Brasil Novo (PA)

GF Guaçatonga Barra do Turvo (SP)

GF Jatoba Campestre de Goiás (GO)

GF Poejo Campestre da Serra (RS)

GF Sapucainha Camamu (BA)

Grande Sertão Montes Claros (MG)

Irituia Irituia (PA)

Jauari Moju (PA)

MMIB Belém (PA)

Reca Nova Califórnia (RO)

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RELATÓRIO ANUAL 2016

ECOPARQUEPara conectar as cadeias produtivas sustentáveis, as empresas que quei-ram desenvolver negócios a partir da sociobiodiversidade, inauguramos em 2014 o Ecoparque, em Benevides (PA). Idealizado a partir do conceito de sim-biose industrial, a estrutura tem como intuito atrair outras empresas e in-

dústrias que queiram desenvolver ne-gócios localmente. Hoje, cerca de 60% da fabricação de sabonetes Natura que abastecem o Brasil e as Opera-ções Internacionais é feita no Ecopar-que. Desde 2015, a Symrise, empresa alemã de óleos e essências naturais, inaugurou uma operação ao lado da Natura, sendo o primeiro parceiro a

operar neste parque industrial. Para gerenciar de forma sustentável os impactos da operação, a unidade conta com soluções inovadoras, caso dos jardins filtrantes para o tratamen-to de efluentes, da ventilação e ilumi-nação natural e do sistema de geoter-mia, que garante maior eficiência do sistema de ar-condicionado.

O empoderamento das instituições lo-cais e o estabelecimento de parcerias para a criação conjunta de propostas que gerem benefícios a todos os envol-vidos é fundamental para o desenvol-vimento de uma economia da floresta em pé. A partir de uma matriz de temas prioritários (ou materiais) definida jun-to a públicos locais, priorizamos áreas relevantes para a transformação da realidade na Amazônia com foco em educação para a floresta, fomento ao empreendedorismo, inclusão digital e projetos de carbono. Além disso, atua-mos em arranjos e parcerias entre go-vernos locais, comunidades de base e empresas, em prol da criação de solu-ções de desenvolvimento territorial no Médio Juruá (AM), no Baixo Tocantins (PA) e na Transamazônica (PA). Conhe-ça nossas principais ações a seguir (e veja no mapa os territórios).

EDUCAÇÃO ADAPTADA À REALIDA-DE DA FLORESTA No projeto Escolas de Alternância, jo-vens e crianças revezam períodos de residência na escola com o aprendi-zado na propriedade familiar rural. A importância das instituições que praticam esse método é contribuir para evitar o êxodo de jovens das áre-as de floresta que, por falta de aces-so à educação de qualidade, migram para as cidades em busca de melho-res oportunidade de desenvolvimento. Oferecer ensino de qualidade, ade-quado à realidade de florestas, é pri-mordial para a criação de um ecossis-tema de prosperidade na Amazônia, além de elevar e aperfeiçoar as técni-cas produtivas mais sustentáveis.

3. Fortalecimento Institucional103-2, 103-3

A Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), em Santarém, estrutu-rou em parceria com a Associação das Casas Familiares Rurais do Pará (Arcafar), a Natura e o Instituto Na-tura, o primeiro curso de especializa-ção em Pedagogia da Alternância e Desenvolvimento Rural da Amazônia. Ele é voltado para professores des-sas escolas rurais, que, apesar de terem formação superior, não tinham especialização nessa metodologia. O curso se estenderá até agosto de 2017 e todas as vagas oferecidas fo-ram preenchidas.A Natura apoia a Arcafar, que repre-senta as 30 Casas Familiares Rurais (CFRs) do Pará, como são chamadas as escolas de alternância. E, por meio de investimentos diretos e incenti-vados, como os realizados via desti-nação de recursos para o Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) de Came-tá (PA), fortalecemos as escolas com melhorias em infraestrutura, salas de aula, centros digitais, e capacitações. A reinauguração da CFR de Cametá, em 2016, por exemplo, possibilitou que cerca de 60 jovens da área rural de quatro municípios do Baixo Tocantins cursassem o Ensino Médio Técnico profissionalizante em agropecuária. A expectativa é de que, em 2017, a oferta de vagas seja ampliada em 50%.Dessa forma, contribuímos para a qualificação de profissionais e a me-lhoria da qualidade da educação voltada à floresta, impactando cer-ca de 1.800 jovens estudantes nas Casas Familiares Rurais do Pará.

FOMENTO AO EMPREENDEDORISMOPara apoiar jovens empreendedores com soluções de negócios sustentá-veis que valorizem a floresta em pé, desenvolvemos um projeto de pré--aceleração de startups nessa re-gião, em parceria com a Artemísia, organização sem fins lucrativos pio-neira no fomento a negócios de im-pacto social. A ação foi realizada no segundo semestre de 2016, e contou com 140 projetos inscritos. Desses, 17 foram escolhidos para integrar o Desafio Natura Amazônia: Negócios para Floresta em Pé. Como requisito para participar da iniciativa, as star-tups precisavam apresentar soluções alinhadas aos Objetivos de Desenvol-vimento Sustentável (ODS), da Orga-nização das Nações Unidas (ONU). Ao longo de uma semana de imer-são, os empreendedores receberam formação presencial em desenvolvi-mento de negócios e competências, visitaram comunidades fornecedo-ras da Natura no Baixo Tocantins e conheceram o Ecoparque. A rede de mentores foi fundamental para garantir o desenvolvimento dos ne-gócios, que incluiu secretários es-taduais de Inovação e de Desen-volvimento Econômico do Pará, professores da Universidade Fede-ral do Pará e do Parque Tecnológico Guamá, além de importantes parcei-ros que fomentam o empreendedo-rismo como a Fundação Telefônica, a Mov Investimentos e a Impactix. Ao final do período, quatro startups foram selecionadas para receber mentorias da Artemísia ao longo de três meses.

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6.

6.

Manaus

BelémPA

AM

RO TO

MA

MT

RRAP

AC

Benevides

Médio Juruá

RegiãoTransamazônica

BaixoTocantins

RioRioRioRRRR oooRR oRioRio BrancoRio

Boa Vista

PPPPPorto VelhoPPP Palmas

Cuiabá

vc

59

RELATÓRIO ANUAL 2016

Conheça os projetos finalistas: • MEU Empreendedorismo Universitá-rio (Manaus, AM) – Plataforma colabo-rativa de educação empreendedora, com o objetivo de desenvolver estu-dantes universitários e empreende-dores urbanos e rurais.

• Arcafar (Altamira, PA) – Agroindústria local com objetivo pedagógico, mas também de comercialização de produ-tos para geração de renda e sustenta-bilidade das escolas de alternância.• Asproc – Cadeia Produtiva do Pira-rucu (Carauari, AM) – Indústria de pro-

cessamento de pirarucu na região do Médio Juruá.• Da Tribu (Belém, PA) – Capacitação e geração de emprego para mulheres por meio da moda sustentável e da fabricação de acessórios feitos à base de látex.

Desenvolvimento territorialDada a complexidade e desafios enfrentados na Amazônia, trabalhamos em arranjos e parcerias para a geração de transformações em escala. Atuamos (em conjunto com governos locais, comunidades de base e empresas) no desenvolvimento territorial das áreas do Médio Juruá (AM), Baixo Tocantins (PA) e Transamazônica (PA). Assim, compreendemos as prioridades de de cada região e elaboramos planos compartilhados de iniciativas e metas. As lideranças e instituições locais são fortalecidas ao longo de todo o processo.

Veja as principais iniciativas que desenvolvemos em cada território até 2016:

Região TransamazônicaMédio Juruá

Amazônia Legal

Baixo Tocantins- Apoiamos o reconhecimento e certificação de sete Casas Familiares Rurais na região, tornando-as aptas ao pleito de recursos públicos

- Por meio de recurso incentivado, via Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente apoiamos a reforma da CFR do município de Brasil Novo

- Primeiro curso de especialização em Pedagogia da Alternância da Amazônia, destinado a professores das 30 CFRs do Pará, lançado em parceria com Arcafar e Ufopa.

- Investimentos em infraestrutura das Casas Familiares Rurais (CFRs) de Abaetetuba e Cametá, ampliando o acesso à educação de qualidade

- Instalação de cinco laboratórios de informática na região, beneficiando as escolas de alternância e cooperativas parceiras, em parceria com a TAM

- Capacitação de 27 secretarias municipais para elaboração de seus Planos Municipais de Educação e distribuição de 2.778 kits Trilhas para a melhoria da alfabetização a 2.340 escolas na região. Parceria com o Instituto Natura.

- Em 2016, lançamos a primeira especialização em agricultura sustentável do Baixo Tocantins, beneficiando 35 técnicos que atuam na região

- Primeira turma do curso técnico e profissionalizante em Floresta e Desenvolvimento Sustentável, com a Fundação Amazônia Sustentável

- Acesso a saneamento básico e água tratada para 500 comunidades ribeirinhas, viabilizada por parceria entre Memorial Chico Mendes e Ministério do Desenvolvimento Social

- Reforma da usina de oleaginosas, com 25% mais eficiência e capacidade produtiva. Construção de mais de 1 km de trapiche para escoamento da produção

- Instalação de polo da Universidade Aberta do Brasil próximo a comunidades ribeirinhas, com a Capes

-Realização do Índice de Progresso Social - Médio Juruá: instrumento de mensuração de impacto das iniciativas

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RELATÓRIO ANUAL 2016

O Programa Amazônia atua prioritaria-mente no ODS 15:

ODS 15: Vida na Terra. Buscamos promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerindo de forma sustentável as florestas e revertendo a degradação da terra e a perda da diversidade. Por meio do Programa Amazônia, contribuí-mos para a conservação de 256.798 hectares de floresta em pé, o que equivale a mais de 277 mil campos de futebol.

Mas por entender e atuar na Amazônia de forma sistêmica, impactamos diretamente outros 12 ODS, conforme abaixo:ODS 1: ERRADICAÇÃO DA POBREZA. Atuamos há 17 anos em parceria com cooperativas agroextrativistas na região amazônica, gerando desenvolvimento e renda para 2 mil famílias e impactando diretamente a melhoria de qualida-de de vida de 8 mil pessoas.

ODS 2: FOME E AGRICULTURA SUSTENTÁVEL. Priori-zamos modelos de produção que garantem a segurança alimentar das comunidades envolvidas, como os Sistemas Agroflorestais (SAFs). Chamados por muitos de florestas de alimentos, trazem geração de renda às comunidades ao mesmo tempo que garantem a segurança alimentar e a preservação da floresta.

ODS 3: SAÚDE E BEM-ESTAR. A inclusão social e geração renda ampliam a capacidade de acesso das comunidades ribeirinhas a serviços de saúde e melhorias na qualidade de vida. Como é o caso do Médio Juruá, no Amazonas, onde o acesso à água tratada está contribuindo diretamen-te para a redução da mortalidade infantil, e melhorias na saúde e bem-estar para mais de 500 famílias ribeirinhas.

ODS 4: EDUCAÇÃO DE QUALIDADE. Apoiamos o fortale-cimento de 30 escolas rurais comunitárias no Pará, viabi-lizando o acesso de 2 mil jovens à educação de qualidade, com formação técnica aplicada à realidade local, que am-plia as oportunidades de uma vida mais digna e próspera na floresta.

ODS 5: IGUALDADE DE GÊNERO. O trabalho com espécies da biodiversidade contribui para importantes avanços em relação à formação de lideranças femininas e geração de trabalho e renda às mulheres na Amazônia. Como é o caso do Movimento das Mulheres das Ilhas de Belém, em Coti-juba, e do empoderamento feminino a partir da coleta da andiroba no Médio Juruá e do cumaru pela associação de mulheres AVIVE no Amazonas.

ODS 6: ÁGUA POTÁVEL E SANEAMENTO. Por meio de par-

ceria no início de 2015 com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, o Projeto Sanear Amazônia le-vou infraestrutura de saneamento básico e acesso à água potável para 500 famílias ribeirinhas da região do Médio Juruá (AM).

ODS 8: TRABALHO DECENTE E CRESCIMENTO ECONÔ-MICO. O Programa Amazônia tem como premissa o desen-volvimento econômico inclusivo e sustentável, contribuindo para o desenvolvimento de lideranças, fortalecimento de cooperativas e geração de emprego e renda a 25 comuni-dades e 2 mil famílias na região.

ODS 9: INDÚSTRIA, INOVAÇÃO E INFRAESTRUTURA. Investimos em inovação, capacitação e infraestrutura de campo para alavancar a competitividade das 24 coopera-tivas com as quais temos parceria na Amazônia, sendo que sete delas com microusina local, alcançando maior agrega-ção de valor. Além disso, conectamos as cadeias produtivas sustentáveis à demanda de empresas por insumos da bio-diversidade através do Ecoparque, polo industrial voltado à economia de floresta em pé situado em Benevides (PA).

ODS 10: REDUÇÃO DAS DESIGUALDADES. A Amazônia é uma das regiões com mais baixa renda per capita e indi-cadores sociais inferiores à média Brasil. Estimulando uma economia de floresta em pé como alternativa de desen-volvimento para a região, o Programa Amazônia contribui com uma nova perspectiva de negócios, geração de rique-zas e valor compartilhado na região.

ODS 12: CONSUMO E PRODUÇÃO RESPONSÁVEIS. In-vestimos em fortalecimento de lideranças e cooperativas, rastreabilidade, prática do comércio justo, na repartição de benefícios por acesso a patrimônio genético e conheci-mento tradicional, em projetos de melhoria social, na agre-gação de valor local com a instalação de microusinas nas comunidades, e em sistemas de produção e manejo sus-tentável, como a agricultura orgânica, sistemas agroflores-tais e manejo florestal.

ODS 13: MUDANÇA GLOBAL DO CLIMA. Hoje, 41% da car-teira de projetos de compensação de carbono da Natura é destinado a projetos na Amazônia, evitando a emissão de um volume de 1,16 milhões de toneladas de CO2 na atmosfe-ra por meio do apoio a projetos de energia limpa, restauro de áreas degradadas e conservação florestal (Redd+).

ODS 17: PARCERIAS PARA AMPLIAÇÃO DE IMPACTO NOS ODS. Atuamos em parceria com comunidades de base, go-vernos, ONGs e empresas locais em arranjos de desenvol-vimento territorial, fortalecendo lideranças e instituições, e fazendo convergir esforços dos vários atores de uma loca-lidade em prol do desenvolvimento e melhora na qualidade de vida da região (veja mapa com os três grupos territo-riais e nossas ações de impacto).

O Programa Amazônia e os ODSs

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RELATÓRIO ANUAL 2016

NOVA LEI DA BIODIVERSIDADECelebramos no ano passado a conclu-são do processo de revisão do marco legal de acesso aos recursos da bio-diversidade brasileira, com a regula-mentação, via decreto, da Lei 13.123/15. As mudanças que buscam desburo-cratizar o acesso ao patrimônio gené-tico eram aguardadas pela indústria e pelas comunidades da região há mais de dez anos, período em que as regras para esse acesso eram reguladas por uma medida provisória. Ainda que possa ser aperfeiçoada, acreditamos que a legislação promove o acesso à pesquisa e ao uso sustentável dos ati-vos, amplia a geração de valor para as empresas e para as comunidades da região e beneficia o uso sustentável

desses recursos, ou seja, garante sua conservação.Em decorrência da nova legislação, o cadastro para pesquisas de ativos da biodiversidade será feito por meio do SisGen (Sistema Nacional de Gestão do Patrimônio Genético e do Conhe-cimento Tradicional Associado), que deve entrar em operação em 2017. Anteriormente, pesquisadores e em-presas precisavam da aprovação do Conselho da Gestão do Patrimônio Genético (CGEN) para iniciar qual-quer pesquisa, mesmo que sem o uso comercial do ativo, um processo que levava anos e inviabilizava muitas ini-ciativas. A nova legislação impõe tam-bém alterações na maneira como as comunidades tradicionais são remu-

neradas pelo seu conhecimento em relação aos bioativos. Ainda na vigência da medida provi-sória, a Natura elaborou a sua Políti-ca de Uso da Biodiversidade, em que estabelece o processo para pesquisa e uso dos insumos, bem como as re-gras para o relacionamento com as comunidades tradicionais, detentoras do conhecimento associado ao uso de ativos. Nossa norma foi construída a partir dos preceitos da Convenção da Diversidade Biológica (CDB), órgão vinculado à Organização das Nações Unidades, e que também embasou a construção do novo marco regulatório do Brasil. Em 2017, devemos concluir os ajustes em nossa política a partir do que estabelece a lei brasileira.

Conscientes de nossa responsabilida-de em relação a questões como mu-danças climáticas e emissões de gases do efeito estufa (GEE), mantemos, des-de 2007, o Programa Carbono Neu-tro, que visa reduzir os impactos das emissões de nossa operação, em todas as etapas – desde a extração de ma-térias-primas, passando pelos nossos processos e os de nossa cadeia produ-tiva até a destinação das embalagens dos produtos pós-consumo, aliando ganhos econômicos e socioambientais. O Programa Carbono Neutro está es-truturado em três frentes: mensuração, redução e compensação das emissões. Anualmente, por meio de inventário au-ditado, monitoramos a quantidade de gases do efeito estufa lançados na at-mosfera. Na análise relativa, de quan-tidade de CO

2 equivalente por quilo de produto faturado, mantivemos o índice de 3,17 kgCO2e/kg, com uma pequena redução de 0,5% em relação a 2015.Esse indicador foi pressionado pela re-dução da produção no período. Ainda assim, conseguimos manter o patamar alcançado do ano anterior, por conta das iniciativas de eficiência, que foram reforçadas (veja quadro a seguir). De acordo com nossa Visão de Sustenta-bilidade 2050, continuaremos perse-guindo novas reduções significativas de carbono em toda a cadeia de valor –

10 anos de Carbono NeutroEMISSÕES DE GEE

103-2, 103-3

até 2020, assumimos o compromisso de reduzir 33% das emissões relativas de GEE, tendo como base 2012. É um desafio para as operações da Natura, uma vez que já reduzimos 33% entre 2007 e 2012.Considerando as emissões absolutas, o resultado do ano foi de 303.424 tCO2e, no cálculo que inclui toda a nossa ca-deia de valor, redução de 5,4% em re-lação a 2015, também motivada pelo desempenho produtivo menor. As emissões que não podem ser evi-tadas são 100% compensadas. Assim, desde 2007, a Natura é uma empresa carbono neutro. A compensação ocor-re por meio da compra de créditos de carbono de organizações que reduzi-ram suas emissões. Coerente com Nos-sa Essência, desenhamos o programa de compensação de forma a gerar outros benefícios socioambientais. Só adquirimos créditos de projetos asso-ciados à regeneração e manutenção das florestas, à eficiência energética ou de substituição de combustíveis fósseis (leia mais no box a seguir).Desde o início do programa, lançamos cinco editais para captação de projetos e contratamos 35 iniciativas no Brasil e nos outros países da América Latina onde temos operações (Argentina, Chi-le, Colômbia, México e Peru). Atualmen-te, a carteira é composta de 63% de

projetos energéticos e 37% de iniciati-vas florestais. Mais de 41% dos projetos são provenientes da Amazônia Legal e da Bacia Pan-Amazônica. Segundo um relatório do Carbon Disclosure Project (CDP), a Natura é a quarta maior em-presa mundial no mercado voluntário de créditos de carbono. Em 2016, alcançamos o objetivo de compensar localmente as emissões de cada um dos países das Operações Internacionais, com a contratação de créditos no México e no Chile. Entre os destaques na região, no Chile, foram adquiridos 26 mil créditos de carbono da Reserva Costeira Valdiviana, área protegida administrada pela orga-nização The Nature Conservancy. No Peru, compramos 62.420 créditos de carbono da maior iniciativa florestal do país, a empresa Bosques Ama-zónicos, e agora temos dois projetos nesse país. Foi a maior transação do tipo por parte de uma empresa pri-vada no país. E na Argentina, em 2015, foram adquiridos 70 mil créditos de carbono, no valor de US$ 4 milhões, do Parque Eólico Rawson. Foi a maior operação do tipo no país, e a primei-ra feita voluntariamente. No México, celebramos contratação de crédi-tos de um projeto de fogões eficien-tes: são 4.367 fogões, que irão gerar 190.000 tCO

2e de créditos.

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RELATÓRIO ANUAL 2016

305-2 / 305-4Emissões relativas de CO2 (kg de CO2e/kg de produto faturado)

Total de emissões

de CO2e (t)¹ ²

Emissões relativas (kg de CO2e/kg de produ-

to faturado)

Redução acumulada de emissões relati-vas desde 2012 (%)

2014 332.208 3,00 6,9

2015 321.267 3,17 1,4

2016 303.424 3,17 1,3

1. CO2e (ou CO2 equivalente): medida utilizada para expressar as emissões dos gases de efeito estufa, baseada no potencial de aquecimento global de cada um. 2. Inclui escopos 1, 2 e 3 do GHG Protocol.

Por meio do programa de compensação, fomentamos a manutenção das florestas em pé, e também sua regene-ração, além de projetos que promovem reflorestamento, eficiência energética e substituição de combustíveis fós-seis. Os benefícios climáticos decorrentes da implementa-ção dos projetos são mensurados e convertidos em crédi-tos de carbono. Eles são vendidos para a Natura, que os utiliza para neutralizar as emissões que não puderam ser evitadas. Muitos desses projetos vão além dos benefícios ambien-tais, impactando positivamente as comunidades envolvi-das. Uma dessas iniciativas é a que promove a troca de fogões a lenha antigos por modelos mais eficientes, lide-rado pelo Instituto Perene, no Recôncavo Baiano. Esses equipamentos utilizam uma câmara de combustão, que possibilita menor uso de lenha, gerando o mínimo de fu-maça, expelida para fora da casa por meio de chaminé. Isso resulta em menor emissão de gases de efeito estufa e menor pressão para degradação das florestas. Esses fogões são considerados uma tecnologia social, pois

Projeto com benefícios ambientais e sociais

têm baixo custo e são facilmente manejados. Para sua es-trutura, os moradores compram areia, cimento e blocos de cerâmica, enquanto o Instituto Perene disponibiliza todos os componentes técnicos e a mão de obra. Nossa relação com o Instituto Perene começou em 2008, no segundo Edital Natura Carbono Neutro. Desde então, com parcerias em mais dois editais, possibilitamos o com-promisso da construção de 7.880 fogões eficientes, be-neficiando igual número de famílias, em municípios como Maragogipe e São Felipe. Já foram construídos 6.400 fo-gões e o crédito de carbono proveniente de sua instalação corresponde a 6% do volume total adquirido pela Natura de 2008 a 2016. A venda para a Natura auxilia o Instituto a financiar a construção de mais equipamentos do tipo.Também apoiamos um programa similar no México, o projeto Utsil Naj, operado por seis organizações. Mais de 4.367 fogões já foram instalados, que irão gerar 190 mil toneladas de CO

2e. Além dos benefícios ambientais, cada família passou a economizar 193 pesos mexicanos por mês (cerca de R$ 30) com a tecnologia.

EM BUSCA DA ECOEFICIÊNCIA103-2, 103-3Há 10 anos, a Natura vem transfor-mando seus processos para reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa. As iniciativas passam pela escolha dos insumos para pro-dução, manufatura, transporte e de-mais processos da companhia, sem-pre com o olhar completo da cadeia produtiva:• Uso de refis, inclusive na perfuma-ria, em iniciativa pioneira na indústria cosmética• Ampliação da utilização do vidro re-ciclado pós-consumo na perfumaria, também de forma pioneira• Ampliação da utilização de PET reci-clado pós-consumo nas embalagens de produtos, (alguns itens usam já 100% de PET reciclado)• Redução do envio aéreo na exporta-ção para demais operações da Amé-rica Latina

• Uso de navegação de cabotagem para abastecimento dos centros de distribuição nas regiões Nordeste e Norte do Brasil reduzindo a utilização do modal rodoviário• Melhor performance do transporte para as consultoras no Brasil, com a abertura de novos Centros de Distri-buição• Primeira empresa na América Lati-na a usar veículos de carga elétricos para entrega de produtos a consulto-ras e consumidores. Eles emitem nove vezes menos CO

2 do que os veículos convencionais. Atualmente, usamos cinco deles em quatro cidades• Redução do consumo de energia elé-trica nos sites Natura• Otimização nas tiragens de revistas para consultoras• Aumento das vendas de itens de baixa emissão relativa, com destaque para as categorias sabonete e corpo• Em Vitória e Porto Alegre, já estamos

usando bicicletas com compartimen-to de carga para entregar produtos para as consumidoras e revistas Es-paço Natura para as consultoras • Uso de ingredientes à base de plan-tas (83% do total, atualmente) em substituição aos ingredientes de base fóssil• Uso de álcool orgânico em 100% da perfumaria, produzido sem agrotóxi-cos, adubos químicos ou uso de quei-madas, regenerando a vida em 20 mil hectares de matas – com o retorno de 340 espécies de animais (incluindo ameaçadas, como a onça-pintada) e o aumento de 30% do volume de água nos córregos da região• Programa de desenvolvimento de fornecedores, focado na melhora da performance e no cumprimento de boas práticas socioambientais• Uso de papel que gera menos emis-sões na impressão da revista Espaço Natura

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RELATÓRIO ANUAL 2016

Restauro florestal13 projetos apoiados

Área restaurada: 2.155 hectares (equivalente a mais de 2 mil campos de futebol)

BIOMASAmazônia Legal e Pan-Amazônia: 1.212 hectares

Mata Atlântica: 427 hectares

Demais Biomas: 516 hectares

Total de GEE retirados da atmosfera: 639.933 toneladas de CO2e

Benefícios adicionais da compensação de carbono

Conservação florestal 5 projetos

Área dos projetos que buscam conservação: 12.135 hectares (equivalente a mais de 12 mil campos de futebol)

Amazônia Legal e Pan Amazônia: 12.077 hectares

Demais biomas: 57 ha (Não temos projeto na Mata Atlântica)

Total de GEE retirados da atmosfera: 382.602 toneladas de CO2e

305-1/305-2 Emissões na cadeia de valor (t)1 2 2014 2015 2016

Extração e transporte de matérias-primas e embalagens (processo e transporte até fornecedores diretos)

141.574 127.788 122.337

Fornecedores diretos (processo e transporte à Natura) 35.154 31.731 30.378

Processos industriais e internos 29.325 18.557 15.633

Venda de produtos (transporte e distribuição) 49.593 66.749 63.465

Uso de produtos e descarte de embalagens 76.680 76.442 71.611

Total geral 332.326 321.267 303.424

1. Para os cálculos foram considerados todos os GEE. 2. Para calcular nosso inventário, consideramos o volume total das nossas emissões com escopo 1, 2 e 3. Nosso inventário segue os padrões do GHG Protocol e os princípios da norma ABNT NBR ISO 14064-1, que estabelecem regras para a sua concepção, desenvolvimento, gestão, elaboração e reporte. Em 2016, o relatório foi auditado pela KPMG.

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RELATÓRIO ANUAL 2016

305-1/305-2/305-3 Emissões diretas e indiretas de gases de efeito estufa (t)¹ ²

2014 2015 2016

Emissões diretas de GEE (Escopo 1) 1.635 4.156 4.975

Emissões diretas biogênicas (provenientes da queima ou biodegradação de biomassa)

8.826 9.347 8.870

Emissões indiretas de GEE e Energia (Escopo 2) 8.371 7.909 5.094

Outras emissões indiretas de GEE (Escopo 3) 322.319 309.202 293.355

Emissões indiretas biogênicas de CO2 em toneladas métricas de CO2

8.921 10.746 9.366

Total 332.325 321.267 303.424

1. Para os cálculos foram considerados todos os gases de GEE. 2. Para calcular o nosso inventário, consideramos o volume total das nossas emissões (escopos 1, 2 e 3). Nosso inventário segue os padrões do GHG Protocol e os princípios da norma ABNT NBR ISO 14064-1, que estabelecem regras para a sua concepção, desenvolvimento, gestão, elaboração e reporte. Em 2016, o relatório foi auditado pela KPMG.

Fomos a primeira empresa na Améri-ca Latina (e a única do mundo no se-tor de cosméticos) a publicar o levan-tamento completo de seu EP&L – do inglês, Environmental Profit & Loss, ou “ganhos e perdas ambientais”. Ele foi

103-2 / 103-3Após definir uma metodologia que contemplasse os impactos em toda a nossa cadeia de valor, em 2016 fomos em busca de iniciativas para reduzir nossa pegada hídrica. Avaliamos o potencial de alguns projetos e pesqui-samos oportunidades para neutrali-zar esse impacto, de forma semelhan-te ao que fazemos com as emissões de gases de efeito estufa (GEE) por meio do Programa Carbono Neutro. Vis-lumbramos, inclusive, oportunidades de sinergia com o programa, sobretu-do em relação aos projetos florestais apoiados.Nosso maior desafio continua sen-

Contabilidade ambiental

O desafio da pegada hídricaGESTÃO DA ÁGUA

divulgado em julho de 2016, durante o lançamento do Protocolo do Capi-tal Natural, em Londres. No cálculo, que traduz em valores financeiros o impacto ambiental, foram considera-dos a geração de resíduos sólidos, o

do a etapa de uso, influenciada pelo comportamento dos consumidores. O maior impacto não está relacionado à quantidade de água consumida no banho, mas sim do impacto da gera-ção da energia para aquecimento da água já que a matriz elétrica brasileira é majoritariamente hidroelétrica. Essa é uma responsabilidade compartilha-da entre a empresa e a sociedade.Com as informações detalhadas ob-tidas a partir da análise da pegada hídrica, devemos incluir o indicador de avaliação de água na calculadora de impacto ambiental, ferramenta que au-xilia o desenvolvimento de novos produ-tos. A calculadora avalia ingredientes e

uso da terra, o consumo e a poluição da água, além das emissões de gases do efeito estufa e outros poluentes do ar. No primeiro estudo, com dados de 2013, o resultado estimado foi de R$ 132 milhões.

matérias-primas e estima os efeitos de um produto antes mesmo da sua fabri-cação. Ela já considera as emissões de GEE e a geração de resíduos e, agora, terá seu escopo ampliado para a ques-tão da água, auxiliando as equipes de inovação na tomada de decisão.Em relação ao consumo de água em nossos processos industriais, o in-dicador relativo subiu 9% em 2016, alcançando 0,53 litro por unidade produzida. Esse resultado é influen-ciado, especialmente, pela redução da produção no período, que pressiona nossos indicadores de eficiência. Pela mesma razão, o consumo absoluto de água caiu 5% no ano.

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RELATÓRIO ANUAL 2016

303-1Consumo de água (l/un produzida)

2014 2015 2016

0,45 0,49 0,53

Consumo de água por espaço (m3) 2014 2015 2016

Sites Natura1 174.045 177.866 191.277

Outros espaços2 60.356 52.826 50.224

Fornecedores terceiros Natura3 60.299 63.027 37.453

Consumo total de água 294.700 293.719 278.955

1. Abrange nossas unidades industriais: Cajamar e Ecoparque (Benevides). 2. Considera Nasp, Lapa, os centros de distribuição e o Hub Itupeva. 3. Fabricam produtos acabados para a Natura. Consideram os principais fornecedores terceiros, cerca de 90% do volume.

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RELATÓRIO ANUAL 2016

Ao criar nossos produtos, pensamos em todo o seu ciclo de vida (da escolha da matéria-prima até o descarte das em-balagens) e temos o compromisso de diminuir cada vez mais o impacto am-biental de nossos processos. Fazemos isso a partir do uso de matérias-primas de origem vegetal em nossas formu-lações, ampliando o uso de materiais recicláveis e reciclados pós-consumo e criando embalagens ecoeficientes*. Há dez anos pesquisamos e investimos no reaproveitamento do vidro na pro-dução das nossas linhas de perfumaria, sem perder a sofisticação que se espe-ra para embalagens desse tipo. Esse é um desafio que enfrentamos a cada novo desenvolvimento de produto, pois são necessários diversos testes de mis-turas de vidro para garantir a qualida-de e a cor do material reciclado. Em 2015, nossas embalagens de

perfumes das linhas Ekos Frescor, Humor, Kaiak masculino e Essen-cial masculino usaram 20% de vidro reciclado pós-consumo. Com essa medida, deixamos de emitir 539 to-neladas de gases do efeito estufa no meio ambiente. A produção com vidro reciclado ocorre desde o iní-cio de 2015, com o uso equivalente a 600 mil de garrafas de 1 litro de refri-gerante. Em 2015, fizemos uso de vi-dro reciclado oriundo de resíduo da indústria de bebidas e, já em 2016, concretizamos uma primeira pro-dução incluindo o vidro recebido de cooperativas de reciclagem (o que aumenta nosso desafio tecnológico para manter a qualidade da emba-lagem e as propriedades desejadas). Desde o início, trabalhamos com prestadores de serviço da cadeia de reciclado que são submetidos a um

rígido processo de homologação, considerando rastreabilidade, for-malização e atendimento de aspec-tos regulatórios.Em 2016, 4,3% dos insumos para a confecção de embalagens eram de origem reciclada pós-consumo, por-centagem que tem crescido continua-mente. Até 2020, a meta é alcançar 10% de materiais pós-consumo na composição das embalagens. Uma das principais contribuições para esse avanço é a linha Ekos, re-lançada em 2016, que ampliou o uso de materiais reaproveitados. As em-balagens utilizam material reciclado 100% pós-consumo ou 100% de PE verde. Também temos ampliado con-tinuamente nossa oferta de refis de produtos, sendo pioneiros no lança-mento de refil na perfumaria da linha Ekos Frescores.

GESTÃO DE RESÍDUOS

No fim dos ciclos

* Embalagens com redução de, no mínimo, 50% de peso em relação à embalagem regular/similar ou que apresentam 50% de sua composição com MRPC e/ou material renovável não celulósico, desde que não apresentem aumento de massa.

1. O indicador considera o percentual da massa de material reciclado pós-consumo em relação à massa total de materiais de embalagens, ponderados pela quantidade faturada.

1. Reciclabilidade: o indicador considera o percentual da massa de material reciclável em relação à massa total de materiais de embalagens, ponderados pela quantidade faturada.

301-2Material reciclado pós-consumo em embalagem de produto acabado¹ – Brasil (%)

2014 2015 2016

% de material reciclado pós-consumo incorporado em embalagem de produto acabado

1,2 2,9 4,3

Emissões diretas biogênicas (provenientes da queima ou biodegradação de biomassa)

8.826 9.347 8.870

301-2 Material reciclável em embalagem de produto acabado¹ (%)

2014 2015 2016

% de material reciclável em embalagem de produto acabado 57,5 50 51

103-2, 103-3

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RELATÓRIO ANUAL 2016

A Política Nacional de Resíduos Só-lidos colocou um desafio às empre-sas e organizações, já que demanda a estruturação de cadeias logísticas de retorno das embalagens pós-con-sumo. Dessa forma, as companhias precisam desenvolver maneiras de conectar-se a seus consumidores, a fim de dar um destino correto às em-balagens pós-uso. Em 2016, a Natura concluiu a experiência-piloto iniciada há um ano para promover a logística reversa na Região Metropolitana de

1. Os dados de 2014 das Operações Internacionais referem-se apenas ao percentual de refis sobre os itens faturados. Os dados de 2015 desses países foram recalculados para atender à definição de embalagens ecoeficientes adotada no Brasil. Os valores referentes à França não estão disponíveis.

Conhecimento em logística reversa

103-2, 103-3

São Paulo. Nesse projeto, foram es-truturadas diferentes fontes de cap-tação de resíduos pós-consumo, in-cluindo uma parceria comercial com cinco cooperativas de catadores e o envolvimento de Consultoras Natura na coleta de materiais. Após a cap-tação, direcionamos o resíduo para a indústria de reciclagem. A experiência serviu para adquirir conhecimento em relação a essa cadeia e à logísti-ca reversa, e para desenharmos uma estratégia, processos e ações para

atender nossa ambição de alcançar 50% de logística reversa em nossos produtos até 2020. Também apoiamos a iniciativa do se-tor, o programa Dê a Mão para o Futu-ro, coordenada pela Associação Bra-sileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos, em conjun-to com a Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Limpeza e com a Associação Brasileira das In-dústrias de Biscoitos, Massas Alimen-tícias e Pães & Bolos Industrializados.

Embalagens ecoeficientes (% sobre itens faturados)1 2014 2015 2016

Brasil 29 26 20

Argentina 12,9 23,1 20,1

Chile 14,1 21,6 16,9

Colômbia 16,7 29,8 27,9

México 10,8 20,1 17,8

Peru 17,1 25,1 22,0

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RELATÓRIO ANUAL 2016

Os fornecedores é um dos públicos de relacionamento mais importantes para a Natura. No Brasil, possuímos uma base média de 5 mil parceiros comer-ciais, sendo 650 fornecedores consi-derados recorrentes, que representam 70% do nosso volume de compras. Essa é, portanto, uma relação que considera o longo prazo e, por isso, implementa-mos continuamente ações para apri-morar o relacionamento com esse pú-blico.Uma das iniciativas é o programa Qlicar, com o objetivo de alavancar o desempenho da nossa cadeia por meio da gestão da performance de fornecedores e de ações para o de-senvolvimento conjunto de processos. São avaliados os seguintes pilares:

(Q)ualidade; L(ogística); I(novação); C(ompetitividade); A(mbiental e social); e R(elacionamento). Em 2016, o pro-grama contou com 155 empresas par-ticipantes (veja categorias no quadro abaixo). Em 2016 retomamos o Encontro Estra-tégico Anual para os fornecedores pro-dutivos. Estiveram presentes 149 exe-cutivos de 54 empresas, com os quais compartilhamos nossa estratégia e demandas futuras, além de repactuar as parceiras, assegurando a qualidade de produção e a competitividade para o nosso portfólio. Outra medida do ano foi a adoção do sistema de leilão eletrônico, uma práti-ca já amplamente utilizada no mercado e que traz agilidade e ainda mais trans-

parência ao sistema de contratação. Para participar da concorrência, os fornecedores são previamente equa-lizados quanto a sua capacidade téc-nica e sua performance. Pretendemos agora considerar nessas concorrências critérios de credibilidade (histórico do relacionamento) para os integrantes do programa Qlicar que estejam plei-teando novos contratos com a Natura. Entendemos que essa é uma maneira justa de reconhecer o trabalho em par-ceria realizado conosco no passado, bem como os esforços para a melhoria de seus processos e desempenho. Em 2016, o pagamento efetuado aos nossos fornecedores correspondeu a R$ 4,2 bilhões, mantendo o patamar do ano anterior.

RELACIONAMENTO COM FORNECEDORES

Desenvolvimento dos parceiros comerciais103-2, 103-3, 102-9

CATEGORIAS DO QLICARProdutivos (fornecem matérias-primas, embalagens e/ou fabricam o produto final)Bio (comunidades fornecedoras)Marca (branding, design, redatores,

agências de comunicação)Ciclo (operadores logísticos e transportadoras) Inovação (colaboram com as novas ideias para o desenvolvimento de produtos) TD (fornecedores de software,

hardware, serviços de tecnologia da informação) Facilities (serviços residentes, como limpeza, segurança patrimonial, restaurante e transporte de colabo-radores)

414-1 Práticas de investimento e de processos de compras Brasil

Percentual de novos fornecedores selecionados com base em critérios relacionados a direitos humanos1 (%)

2014 2015 2016

2,2 2,3 1,9

1. Avaliamos continuamente os fornecedores de categorias críticas. A quantidade de novos fornecedores nas categorias passíveis de avaliação e monitoramento quanto a critérios ambientais, trabalhistas e de impacto na sociedade e direitos humanos é baixa em comparação ao total de novos fornecedores, em torno de 2%. No entanto, essas categorias representam aproximadamente 70% de todo o volume de compras da Natura. Os aspectos de direitos humanos contemplados são trabalho infantil e trabalho escravo ou análogo ao escravo, diante dos quais a Natura se posiciona com tolerância zero – não contratando o fornecedor.

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RELATÓRIO ANUAL 2016

PESQUISA DE SATISFAÇÃORealizamos, anualmente, uma avalia-ção para medir a satisfação de nossos fornecedores, que também nos per-mite identificar pontos de melhoria. Mesmo após um ano desafiador, que suscitou alguns ajustes para assegu-rar a competitividade da Natura, o indicador de satisfação mostrou cres-

cimento de 77% para 79%. O resultado demonstra a assertividade de nosso relacionamento com esse público, que prioriza o diálogo aberto e a trans-parência. Acompanhamos, ainda, um indicador que mede a lealdade dos fornecedores, composto pela satisfa-ção em trabalhar com a companhia, a vontade de continuar os negócios

conosco e a recomendação da Natura como cliente. Nesta análise, subimos 3 pontos percentuais no Brasil, chegan-do a 21%, após a redução registrada em 2015. Nas Operações Internacio-nais, após um aumento considerável de 2014 para 2015, a lealdade se man-teve estável, em 41%.

103-43/102-44Índice de Lealdade (%) 1 2 2014 2015 2016

Fornecedores Brasil 24 18 21

Fornecedores OIs 33 41 41

Fornecedores (Brasil + OIs) 26 25 27

Comunidades Fornecedoras3 n.d. 28 n.d.

1. Lealdade: porcentagem de pessoas consultadas que deram a nota máxima em uma escala de 1 a 5 pontos, a três aspectos: satisfação, intenção de continuar a relação com a Natura e recomendação da Natura como cliente. 2. Em 2016, observamos um aumento de 2,0 p.p. na Lealdade de Fornecedores Natura, com destaque para o aumento de 3,0 p.p. no Brasil. Observou-se melhoria nas insatisfações em todos os aspectos (exceto em prazos), com destaque para o trabalho realizado em negociação com melhoria nos processos operacionais e comunicação com os fornecedores. Relacionamento e negociação permanecem como os principais aspectos de melhoria. 3. A pesquisa de lealdade com as comunidades fornecedoras é bianual. A última avaliação ocorreu em 2015 e a próxima ocorrerá em 2017. 4. Satisfação: porcentagem de fornecedores satisfeitos e totalmente satisfeitos (ou “top 2 box” – notas 4 e 5).

103-43/102-44Índice de Satisfação (%)4 2014 2015 2016

Fornecedores 86 77 79

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RELATÓRIO ANUAL 2016

Seguimos colhendo resultados dos investimentos realizados nos últimos cinco anos em infraestrutura logísti-ca e no aperfeiçoamento do processo de separação e entrega dos pedidos. Inaugurado em 2013, o Centro de Dis-tribuição São Paulo (CD SP), passou a operar com sua capacidade em 2016, tornando-o maior CD em atividade da companhia. Ele atende toda a de-manda do estado de São Paulo, que representa 20% do total de pedidos registrados pela Natura. Os ganhos de eficiência são nítidos. Hoje, uma Consultora Natura que re-side em qualquer cidade paulista de-mora, em média, 2,8 dias para receber o pedido em sua casa. O CD SP tam-

bém abastece todas as lojas Natura e a rede de farmácias conveniadas que comercializa as linhas Sou e Tez, além de entregar os pedidos das consumi-doras que fazem suas compras online pelo Rede Natura.Para garantir informações cada vez mais precisas para as consultoras, em 2016 lançamos uma nova opção, que permite a elas verificar, no momento do pedido, se os produtos estão dis-poníveis no estoque do centro de dis-tribuição mais próximo de sua casa, o que propicia o recebimento mais rápi-do, ou se os itens desejados ainda es-tão em trânsito.Em 2016, 45% de todos os pedidos da Natura foram entregues em 48 horas

em todas as regiões do Brasil – no ano anterior, o índice correspondeu a 42%.

BEM AVALIADAA Natura mantém o selo Diamante Ebit, mais alta certificação concedida às empresas que fazem vendas online, que considera as entregas feitas no prazo e a probabilidade de o usuário voltar a comprar na loja virtual. Outro reco-nhecimento é a manutenção da Natura como uma das melhores empresas em atendimento do país, segundo estudo anual da revista Exame, em parceria com o IBRC (Instituto Brasileiro de Re-lacionamento com o Cliente). Em 2016, ocupamos a segunda colocação e, em 2015, vencemos a premiação.

EVOLUÇÕES NA LOGÍSTICA

Entrega ainda mais rápida para a consultora e a consumidora

Prêmio Época Reclame Aqui – a Natura foi a pri-meira colocada na categoria Beleza, Estética e Cosméticos.

Prêmio Ebit –A Natura é a segunda “Loja mais Queri-da” no varejo online na categoria Cosméticos e Perfumaria. Facilidade na hora da compra, preço e cumprimento do

Reconhecimentos em 2016

prazo de entrega foram alguns dos critérios avaliados pelos consumidores que participaram da votação.

Ranking Exame/IBRC de atendimento ao cliente – Em 2016, a Natura ocupou a segunda posição no ranking, atrás apenas do Google.

Para garantir a eficiência e a qualida-de do serviço, a Natura mantém uma Central de Tráfego, que monitora to-das as operações logísticas do Brasil, incluindo as unidades produtivas e os centros de distribuição. O acompa-nhamento em tempo real confere mais agilidade ao processo logístico e au-xilia na tomada de decisões quando ocorrem ajustes de planejamento ou outras mudanças externas.

AVANÇOS NA AMÉRICA LATINANas Operações Internacionais, também mantivemos investimentos robustos fo-cados em eficiência logística e na pre-

Logística 100% monitorada

paração da infraestrutura para o cres-cimento na região. Atualmente, cerca de 65% dos pedidos são entregues em até 48 horas – em alguns países, esse índice alcança 70%. Os investimentos refletem, ainda, a extensão geográfica de nossas entregas – nossos produtos chegam, por exemplo, às consultoras da Ilha de Páscoa, que fica a 3.700 qui-lômetros da costa oeste chilena. Em novembro, a companhia inaugu-rou seu centro de distribuição na Ar-gentina, o maior da Natura fora do Brasil. O espaço conta com linhas de separação automatizadas com a tec-nologia picking by light.

Também avançamos nosso índice de produção local na América Latina, na Argentina, na Colômbia e no México. Esses países já são responsáveis por cerca de 35% dos produtos vendido nas Operações Internacionais, especial-mente nas categorias de perfumaria e corpo. A estratégia fortalece nossa atuação internacional, garantindo um nível de serviço cada vez mais eficaz às consultoras e às consumidoras. Tam-bém reduz nosso custo logístico e a nossa pegada de carbono e ainda nos dá a chance de estimular o desenvol-vimento das cadeias locais de forneci-mento, como já acontece no Brasil.

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RELATÓRIO ANUAL 2016

CAJAMAR (SP)O Movimento Inova Cajamar ce-lebrou novas parcerias e o cresci-mento no número de participantes, entre representantes de instituições públicas e privadas, sociedade civil, funcionários da prefeitura e colabo-radores e consultoras da Natura. Foram realizados dez encontros mensais e três mutirões de transfor-mação de espaços públicos e da cul-

tura da cidade em 2016, com mais de mil participantes. Durante as eleições municipais, o mo-vimento conseguiu o compromisso de adoção dos princípios do Programa Cidades Sustentáveis pelos 25 candi-datos a vereador e a prefeito.Uma parceria da Natura com a Fun-dação SOS Mata Atlântica também viabilizou a visita de 1.200 alunos e professores de 13 escolas de Caja-

mar ao Centro de Experimentos Flo-restais SOS Mata Atlântica, em Itu (SP). Além da visita, eles receberam cerca de 3 mil mudas nativas para plantar em suas escolas e bairros. Ao final do projeto, uma escola foi sorteada para receber uma oficina de grafite entre as participantes, que teve seus muros grafitados com imagens da fauna e da flora da Mata Atlântica.

413-1, 413-2, 103-2, 103-3 O comprometimento de levar impacto positivo para as comunidades próxi-mas de nossas operações está expli-citado em nossa Visão de Sustenta-bilidade 2050, e temos uma série de ações voltadas a esse público. Atua-mos em Cajamar (SP), desde 2000, e em Benevides (PA), desde 2014, cida-des que abrigam nossas unidades produtivas, e no distrito de Jaguara, na capital paulista, desde 2012, onde ficam nosso Centro de Distribuição São Paulo e o edifício de nossa sede

Desenvolvimento dos entornos da NaturaCOMUNIDADES

administrativa (que está em obras). Em parceria com outras empresas, co-munidades de base, ONGs e a socieda-de civil, formamos arranjos territoriais e construímos um Plano de Desenvol-vimento Local para cada uma dessas localidades. Entre os principais avan-ços, destacam-se a mobilização social em movimentos como “Comunidade Viva”, no Jaguara, “Inova Cajamar” em Cajamar e UDBEN em Benevides, com importantes conquistas. Os grupos en-volvidos criaram um diagnóstico parti-cipativo, definiram prioridades de de-

senvolvimento e definiram um plano de iniciativas e metas. As lideranças e ins-tituições locais foram fortalecidas ao longo do processo. Aplicamos também o Índice de Progresso Social - Comuni-dades em Cajamar e Jaguara, instru-mento de diagnóstico e mensuração de impactos socioambientais positivos e negativos das ações implementadas.Em 2016, não tivemos manifestações de impactos negativos nas comunida-des. Ao contrário, as ações em curso têm se mostrado uma influência posi-tiva (leia mais a seguir).

1. Todos os investimentos são destinados a organizações não governamentais e parceiros que contribuem para a implementação e a operacionalização dos projetos em cada localidade.

203-1Comunidades do entorno – Brasil (R$ mil) 2014 2015 2016

Investimentos nas comunidades de entorno das unidades da Natura - Recursos Natura1 375 478 530

Investimentos nas comunidades de entorno das unidades da Natura - Recursos Crer para Ver

590 455 556

Saiba maisAcompanhe as iniciativas em www.inovacajamar.org.br e facebook.com/inovacajamar

Primeiro mutirão de transformação da cidade: https://www.youtube.com/watch?v=GXZVlJ7rxz4&t=23s

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RELATÓRIO ANUAL 2016

JAGUARA (SP)No distrito, o Movimento Comuni-dade Viva deu atenção à ampliação da participação cidadã, divulgando e apoiando a entrada de seus inte-grantes em importantes conselhos

BENEVIDES (PA)O Programa de Desenvolvimento Local Natura - Benevides, em parceria com a associação UDBEN (União para o De-senvolvimento de Benevides), realizou duas mobilizações na região: o Giro Cultural e o Giro de Negócios e Oportu-nidades, que reuniram 610 participan-tes, 33 parceiros, 23 atrações e 28 vo-luntários, em quatro diferentes locais.

participativos nos bairros. Houve, ainda, 12 encontros mensais e 2 mutirões de transformação de espa-ços públicos e de ativação de talentos locais por meio de cultura, esporte, gastronomia, lazer e geração de renda.

Para estimular a qualificação profis-sional, assinamos um Termo de Co-operação com o Senai (Serviço Na-cional de Aprendizagem Industrial), que viabilizou cursos de qualificação em processos de produção industrial. Entre 2015 e 2016, foram formadas quatro turmas, com 83 jovens qualifi-cados, dos quais 11 já foram contrata-dos localmente.

A aderência à iniciativa foi grande, com mais de 1.500 participantes. Também foi construído um banco local de currículos, com cerca de 400 nomes, para que em-presas da região possam gerar empre-go e renda na própria comunidade.

Outra frente de atuação em Benevi-des é o desenvolvimento de micro e pequenas empresas locais. Em par-ceria com o Sebrae, foram diagnos-ticadas 108 empresas potenciais e rea lizadas capacitações para 18 de-las. Destas, cinco pequenas empre-sas já se transformaram em fornece-doras do Ecoparque, dinamizando a economia local.

Saiba maisfacebook.com/comvivajaguara

Vídeo de um dos mutirões: https://www.youtube.com/watch?v=h1QtJZCzYnA&t=13s

413-1 Percentual de operações da Natura que implementam programas de desenvolvi-mento, avaliações de impacto e engajamento das comunidades locais, que incluam:

Avaliações contínuas de impacto socioambiental participativo, incluindo gênero1 66,6%

Divulgação pública dos resultados das avaliações1 66,6%

Programas comunitários de desenvolvimento local com base nas necessidades das comu-nidades locais

100%

Plano de engajamento de stakeholders com base no mapeamento dos stakeholders pri-oritários

100%

Comitês ou grupos de consulta pública (comunitária) com base nas comunidades locais e processos que incluem grupos vulneráveis

100%

Conselhos ou comitês de saúde ocupacional e de segurança e outros órgãos de represen-tação trabalhista para lidar com os impactos

Não

Processos formais de reclamação ou ouvidoria2 100%

1. Índice de Progresso Social (IPS) é medido a cada dois anos. O levantamento mais recente foi realizado em Cajamar e no distrito de Jaguara, em 2015. 2. Além de um canal de Ouvidoria aberto a todos os públicos, a Natura possui programas de engajamento, avaliações de impacto e engajamento das comunidades locais nos entornos de Cajamar, Benevides e distrito de Jaguara, com diálogos perenes com essas comunidades.

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RELATÓRIO ANUAL 2016

INSTITUTO NATURA EM CAJAMAR E BENEVIDESVoltado à formação de professores que trabalham com alfabetização, o projeto Trilhas chegou a: • 31 escolas, 117 professores e 3.038 alunos em Benevides.• 22 escolas, 132 professores e 3.151 alunos em Cajamar.

Com foco na transformação educacio-nal a partir de uma perspectiva inte-grada, que conecta professores, alu-nos, familiares e comunidade, o projeto Comunidade de Aprendizagem já im-pactou:• 7 escolas, 112 professores e 2.145 alunos em Benevides.• 10 escolas, 314 professores e 1.850 alunos em Cajamar.

Ações de apoio à gestão educacional, que incluem, por exemplo, o apoio do Instituto Natura para a elaboração dos planos municipais de Educação (PMEs), também foram realizadas e alcançaram: • 49 escolas, 450 professores e 18.335 alunos em Benevides.• 49 escolas, 779 professores e 19.118 alunos em Cajamar.

203-1, 203-2, 103-2, 103-3

Estruturamos o Instituto Natura em 2010 para gerenciar e aplicar os recur-sos gerados com a venda de Crer para Ver, linha de produtos não cosméticos lançada em 1995, cujo lucro é total-mente investido em projetos voltados à melhoria da qualidade da educação pública. Desde então, a arrecadação só tem aumentado e, em 2016, alcan-çamos novo recorde, chegando a um total de R$ 38,2 milhões. No Brasil, foram R$ 23,7 milhões, enquanto nas Operações Internacionais o volume correspondeu a R$ 14,5 milhões. As consultoras são as verdadeiras protagonistas desse movimento em prol da educação, porque se engajam na causa vendendo os itens da linha abrindo mão de seus lucros (assim como a Natura). Em 2016, registramos mais de 1,5 milhão de consultoras no Brasil e nas Operações Internacionais que venderam ao menos um produto de Crer para Ver. Vale lembrar que as brasileiras também passaram a ser beneficiadas por um projeto estrutu-rado de estímulo à educação (leia mais sobre a iniciativa na pág. 44). Ao celebrar cinco anos, em 2015, o Instituto atualizou seu planejamento estratégico, em um esforço para que suas iniciativas fossem ainda mais transformadoras, em uma visão de longo prazo. Em 2016, os impactos po-sitivos desse novo direcionamento já puderam ser percebidos.

Apoio à educação de qualidadeINSTITUTO NATURA

Desde 2011, o Instituto apoia secreta-rias de Educação na implantação de programas de escolas em tempo inte-gral. Em 2015, em parceria com outros institutos, ele produziu um importante estudo, baseado nos resultados das escolas de Pernambuco, pioneiras no modelo de educação integral, o que contribuiu positivamente para o deba-te sobre o tema e influenciou o fomento de políticas públicas na área. Em 2016, os estados de Maranhão, Paraíba, Ser-gipe e Espírito Santo receberam apoio do Instituto e parceiros para a implan-tação de seus programas de escolas em tempo integral. Somando as se-cretarias de Educação que já vinham recebendo o apoio, totalizamos apro-ximadamente 770 escolas em tempo integral em oito estados. Em 2016, o projeto Comunidade de Aprendizagem na Escola, que visa a impulsionar um processo de transfor-mação social envolvendo não apenas a escola e os alunos, mas seus familia-res e a comunidade, foi desenvolvido junto a 24 Secretarias de Educação no Brasil, totalizando 594 escolas. Nas Operações Internacionais, nas quais os programas são liderados pelas operações locais com o apoio do Instituto, o projeto já está imple-mentado em aproximadamente 378 escolas da Argentina, Chile, Colômbia, México e Peru. Em 2016, certificamos 102 formadores para atuar no Comu-nidade de Aprendizagem no Brasil e no exterior. O modelo tem ganhado

maturidade e reconhecimento por parte dos órgãos governamentais de educação. Na Argentina, por exemplo, duas províncias adotaram o Comuni-dade de Aprendizagem em seus pro-gramas oficiais de educação. No Peru, ele foi incluído no mais importante programa do governo para a forma-ção de professores. No Brasil, o Instituto Natura desenvol-ve ainda um extenso trabalho em par-ceria com as secretarias municipais de Educação de Cajamar (SP) e de Bene-vides (PA), onde temos operações. Nas duas localidades, está implementado, desde 2013, o projeto Rede de Apoio à Educação (RAE), que busca contribuir para a melhora na gestão educacio-nal e dos resultados de aprendizagem dos alunos. A atuação do Instituto é decorrente de um robusto diagnósti-co que verificou as demandas locais e elaborou um plano de atuação qua-drienal, que visa fortalecer a gestão pedagógica nas secretarias. As ações da RAE, somadas aos pro-gramas de fomento de melhoria da educação promovidos pelas redes públicas de ensino de Benevides (PA) e Cajamar (SP), já podem ter seus resul-tados constatados, por meio da evo-lução dos resultados da Prova Brasil (avaliação nacional de rendimento escolar) e do Ideb (Índice de Desenvol-vimento da Educação Básica) nesses municípios. Benevides passou de 4,4, em 2013, para 5,4, em 2016. E Cajamar evoluiu de 5,4 para 5,8.

Em 2014, iniciamos nossa atuação em Benevides. Nesse período o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) do município nos anos iniciais do Ensino Fundamental era de 4,4. Em 2016, Benevides alcançou 5,4, ultrapassando a meta nacional, de 4,6. Já em Cajamar, auxiliamos o município a evoluir seu Ideb para 5,8 nos anos iniciais do Ensino Fundamen-tal, bem acima dos 5,1 registrados na edição anterior, em 2013.

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RELATÓRIO ANUAL 2016

203-1/203-2Investimento em educação para benefício público – Brasil

2014 2015 2016

Arrecadação do programa Crer para Ver 1 (R$ milhões) 18,8 19,5 23,7

Penetração Crer para Ver2 (% ciclo)2 20,2 22,9 22,6

Projetos desenvolvidos e apoiados3 (R$ milhares) 15.976 23.898 23.313

Municípios impactados 4.994 4.884 828

Escolas impactadas 73.380 - 910

Professores impactados 148.084 - 9.183

Alunos envolvidos 3.196.017 - 476.507

Secretarias Municipais de Educação impactadas 4.594 4.884 828

Secretarias Estaduais de Educação com parceria com o Instituto Natura

27 27 22

203-1/203-2Investimento em educação para benefício público – Operações Internacionais

2014 2015 2016

Arrecadação do programa Crer para Ver1 (R$ milhares) 6.692 10.523 14.537

Penetração Crer para Ver2 (% ciclo) 18,7% 17% 19,4%

Projetos desenvolvidos e apoiados (R$ milhares) 4.350 8.112 10.237

Escolas/organizações atendidas 306 337 475

Professores, coordenadores e diretores participantes 2.025 10.598 13.057

Alunos beneficiados 66.860 60.091 89.021

1. Refere-se ao lucro antes do desconto do imposto de renda obtido com as vendas da linha Crer para Ver. 2. Média da percentagem de Consultoras Natura que compraram algum item de Crer para Ver, dentre o total de consultoras ativas na Natura. 3. O valor de investimento do Instituto Natura em 2016 é composto por (em milhares de reais): projetos (R$ 16.362), Mobilização (R$ 1.566), e custos com folha de pagamento e despesas operacionais diretamente relacionados aos projetos (R$ 5.384). Saiba mais em www.institutonatura.com.br.

1. Refere-se ao lucro antes do desconto do imposto de renda obtido com as vendas da linha Crer para Ver. 2. Percentagem de Consultoras Natura envolvidas com compras da linha Crer para Ver, dentre as consultoras ativas.

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RELATÓRIO ANUAL 2016

Em 2016, demos continuidade aos in-vestimentos em apoios e patrocínios, destinando recursos para iniciativas de desenvolvimento sustentável e fortale-cimento de organizações da sociedade civil, plataformas históricas ligadas ao comportamento empresarial da Natu-ra, e projetos associados à cultura, por meio do Natura Musical e de projetos de moda, reforçando a evolução do po-sicionamento da marca.Em linha com os esforços da empresa na redução de despesas, houve dimi-nuição no investimento em apoios e patrocínios em comparação aos anos anteriores. Alterações na disponibili-dade de recursos incentivados tam-bém influenciaram o volume financeiro destinado a essas iniciativas. Dois edi-tais regionais não foram realizados em 2016, em consequência das mudanças nos prazos e processos da lei de incen-tivo, no caso de Minas Gerais, e de al-terações no processo de apuração do ICMS, em São Paulo. Em relação aos recursos da Natura, não realizamos em 2016 o Festival Natura Musical. Completamos 11 anos de apoio à músi-ca brasileira, seguindo com a atuação

Ações de apoio e patrocínioMARKETING INSTITUCIONAL

do Natura Musical nos campos de re-novação e preservação. Nesse período, contribuímos para o lançamento anual de cerca de 20 discos, com destaques em listas de melhores do ano e premia-ções nacionais e internacionais. Tam-bém apoiamos projetos de registro e difusão de gêneros e personagens da cultura brasileira.Em 2016, foram mais de 1.500 projetos inscritos nos editais de seleção. Desse total foram selecionadas 25 iniciativas para compor o elenco do Natura Mu-sical em 2017 a partir de um edital na-cional e três regionais, nos estados da Bahia, do Pará e do Rio Grande do Sul. Entre os contemplados, estão artistas consagrados como Hermeto Pas coal, Anelis Assumpção e Nina Becker e no-vos talentos como o carioca Rubel e a pernambucana Sofia Freire, ambos selecionados por votação popular no portal do Natura Musical. Foram investidos R$ 4,6 milhões nos quatro editais, entre recursos pró-prios da Natura e de leis de incentivo. Em âmbito nacional, o apoio é via leis Roua net e do Audiovisual e, nos esta-dos, via ICMS. Ao longo do ano, com

cerca de 50 projetos em andamento, selecionados nos anos anteriores, ti-vemos 37 produtos culturais lançados, entre CDs, DVDs, LPs e livros, mais de 100 shows em todo o Brasil e distribui-ção de conteúdo no ambiente digital, no Portal Natura Musical e nas suas redes sociais que reúnem mais de 1,5 milhão de seguidores.Outra frente importante foi a retoma-da da presença da Natura em eventos de moda, com o patrocínio do São Pau-lo Fashion Week (SPFW), maior e mais importante iniciativa ligada à moda da América Latina, que aconteceu em duas edições, em abril e outubro de 2016. Inspirados no posicionamento Viva Sua Beleza Viva, promovemos uma programação de bate-papos sobre te-mas do universo de beleza e compor-tamento, como “homem em transição”, “velha para isso” e “maquiagem para todos”, e shows diários com artistas como Elza Soares, Filipe Catto, O Terno e Emicida. Também marcamos presen-ça em outros importantes eventos de moda, como a Casa de Criadores e o Rio Moda Rio, impactando mais de 330 mil pessoas presencialmente.

Apoios e patrocínios – Recursos Natura (R$ milhares)

2014 2015 2016²

Desenvolvimento sustentável 5.295 154 337

Música brasileira 8.440 9.010 1.879

Moda¹ 0 0 2.610

Fortalecimento de Organizações da Sociedade Civil 1.150 1.020 603

Cidades n.a. 314 0

Total recursos Natura 14.885 10.498 5.429

1. Em 2016, retomamos o investimento em Moda, declarado anteriormente como “Comportamento e Atitude”. 2. Mudança na metodologia de declaração dos recursos Natura em relação aos anos anteriores. Foram declarados apenas os investimentos realizados com recursos próprios diretamente nos projetos, excluindo investimentos de marketing e comunicação do programa.

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RELATÓRIO ANUAL 2016

Apoios e patrocínios – Recursos Incentivados (R$ milhares)

2014 2015 2016

Música brasileira 6.690 5.541 3.175

Total recursos incentivados 6.989 5.541 3.175

Total Natura + incentivados 21.874 16.039 8.604

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Sobre o relatório

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RELATÓRIO ANUAL 2016

O Relatório Anual 2016 da Natura apresenta os destaques do perío-do assim como o desempenho dos nossos negócios e os compromissos assumidos pela companhia. Desde a edição 2000, publicamos anualmente as informações seguindo o padrão da Global Reporting Initiative (GRI), sen-do a primeira empresa da América La-tina a produzir esse tipo de relatório. E desde 2002, essas informações são divulgadas em conjunto com o Relató-rio Anual, unificando os dados finan-ceiros e não financeiros em um único relato. 102-51, 102-52Seguindo nosso pioneirismo no tema, adotamos a versão Standards, de acordo com as Normas GRI: Opção Abrangente. Em substituição à ver-são G4 dos indicadores de sustenta-bilidade, o padrão Standards propõe uma reorganização das informações. Esse é um primeiro exercício de adap-tação das informações ao novo for-mato. Entendemos que ainda é pre-ciso evoluir na adequação às novas exigências, o que ocorrerá a partir do próximo ano. 102-54, 102-55

Também orientou a produção do re-latório a nossa Matriz de Materiali-dade, que listou os seis temas prio-ritários segundo a visão de nossos públicos de relacionamento (veja cor-relação aqui) e as ambições da Visão de Sustentabilidade 2050. 102-46Com isso, temos um grupo de indica-dores de perfil, governança e aspec-tos econômico, financeiro e social que pautou a produção do relatório de 2016. No sumário de conteúdo GRI, listamos apenas os indicadores mais relevantes, os chamados indicadores materiais. Por conta do nosso com-promisso com a transparência, op-tamos por manter o relato de outros indicadores, GRI e próprios do nosso

Conheça as diretrizes para a elaboração do 17º relatório GRI da Natura

SOBRE O RELATÓRIO

negócio (veja em Anexos).O relatório também serve como co-municação de progresso sobre os princípios do Pacto Global, do qual a companhia é signatária. Iniciativa da ONU (Organização das Nações Unidas), ele reúne empresas, traba-lhadores e sociedade civil para pro-mover o crescimento sustentável e a cidadania.As informações das demonstrações contábeis abrangem todas as nos-sas operações, incluindo a Aesop, companhia australiana adquirida em 2013. Para as informações não financeiras, entretanto, o escopo dos indicadores se refere às atividades da Natura no Brasil e nas Operações Internacionais, onde se concentra grande parte de nossas operações e, consequentemente, a maior parcela de nossos impactos sociais e ambien-tais. 102-45Mudanças significativas com relação aos dados relatados em anos ante-riores e alterações em base de cálcu-los ou nas técnicas de medição estão apontadas ao longo do texto e das tabelas do relatório. 102-10, 102-48, 102-49

Os dados presentes nesta publicação se referem ao período de 1.º de janei-ro a 31 de dezembro de 2016, e todo o processo de divulgação de resultados é acompanhado pelo vice-presidente de Finanças e Relações Institucionais. O relatório anual também foi assegu-rado pela EY Auditores Independen-tes S.S. 102-32, 102-50, 102-56

Para obter mais informações sobre o nosso relatório, entre em contato com a equipe responsável por sua elaboração pelo e-mail relatorio [email protected]. Além do e-mail, os públicos de relacionamento po-

dem expressar sua opinião sobre o desempenho e as práticas de gestão e relacionamento da Natura nas re-des sociais e nos encontros presen-ciais. 102-53

NOSSOS TEMAS MATERIAIS102-40, 102-42Como parte do nosso processo de diá-logo com nossa rede de relações, con-sultamos os principais públicos com os quais nos relacionamos para definir os temas críticos da companhia. No processo mais recente, realizado em 2014, foram definidos seis temas materiais: água, educação para o desenvolvimento de colaboradores e Consultoras Natura (CNs), mudanças climáticas, resíduos, transparência e origem dos produtos e valorização da sociobiodiversidade. O processo de definição da mate-rialidade considerou nossa Visão de Sustentabilidade, com a estratégia da companhia para 2050 e ambições para serem alcançadas até 2020. O processo partiu da identificação de mais de 20 temas de sustentabili-dade pré-selecionados com base na Visão e em documentos setoriais, que foram apresentados em uma série de consultas no Brasil e nas Operações Internacionais.Foram consideradas as percepções dos públicos de relacionamento prio-ritários para a Natura (colabora-dores – incluindo a liderança –, CNs, clientes e fornecedores – incluindo comunidades), além das considera-ções feitas por alguns acionistas e por representantes das comunidades do entorno. Ao todo, foram respondidos mais de 4,2 mil questionários online e realizadas 40 entrevistas presenciais e por telefone, além de um painel de discussão com 18 participantes de di-ferentes públicos.

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RELATÓRIO ANUAL 2016

Materialidade - 102-43, 102-44, 102-46, 102-47, 103-1

Tema Descrição Onde ocorre 103-1Aspectos e

indicadores GRI relacionados

Cor-relação

com ODS

Água

Redução relativa do consumo e da poluição da água em toda a cadeia de valor e neutralização do impacto hídrico

• Fontes hídricas e meio ambiente• Comunidades fornecedo-ras• Unidades operacionais• Sociedade em geral• Consumidores (uso e des-carte pós-consumo)

• Água • Efluentes e resíduos

303-1, 303-1, 306-1 e 306-5

6. Água lim-pa e sanea-mento

Educação para o desenvolvimento de colaboradores e CNs

Desenvolvimen-to da rede de consultoras e dos colaboradores, incluindo ações de promoção da melhoria da edu-cação pública.

• Consultoras Natura• Colaboradores• Instituto Natura• Sociedade em geral

• Impactos econômi-cos indiretos; • Treinamento e edu-cação

203-1, 203-2, 404-1 e 404-3

4. Educação de quali-dade

Mudanças climáti-cas

Redução das emissões de gases de efeito estufa em toda a cadeia de valor e neutralização por meio de proje-tos que incluam benefícios sociais.

• Fornecedores• Transportadoras• Unidades operacionais• Meio ambiente

• Desempenho econômico • Emissões

201-2, 305-1, 305-2, 305-3, 305-4, 305-5 e 305-6

13. Com-bate às alterações climáticas

Resíduos

Desenvolvimento de embalagens com menor im-pacto ambiental e que promovam o consumo cons-ciente.

Concepção do produto• Unidades operacionais (rejeito zero)• Transportadorascooperativas de material reciclável• Consumidores (descarte pós-consumo)• Meio ambiente

• Materiais • Efluentes e resíduos • Produtos e serviços

301-2, 306-2 e 301-3

12. Consumo e produção responsá-veis

Transparência e origem de produtos

Ampliação da visibilidade so-bre as práticas empresariais e a origem dos pro-dutos.

• Cadeia de fornecedores• Comunidades fornecedo-ras• Unidades operacionais• Gestão corporativa• Consumidores

• Avaliação ambien-tal de fornecedores• Avaliação de fornecedores em práticas trabalhistas • Avaliação de fornecedores em direitos humanos • Avaliação de fornecedores em im-pactos na sociedade• Rotulagem de pro-dutos e serviços• Produtos e serviços

102-9, 308-1, 414-1 e 417-1.

12. Consumo e produção responsá-veis

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RELATÓRIO ANUAL 2016

Materialidade - 102-43, 102-44, 102-46, 102-47, 103-1

Tema Descrição Onde ocorre 103-1Aspectos e

indicadores GRI relacio-nados

Cor-relação

com ODS

Valorização da so-ciobiodiversidade

Promoção de negócios suste-ntáveis por meio da utilização de produtos e serviços proveni-entes principal-mente da região pan-amazônica.

• Concepção do produto• Comunidades for-necedoras• Políticas de com-pras• Consumidores• Região pan-amazônica

Desempenho econômico• Impactos econômicos indiretos • Biodiversidade • Comunidades locais • Trabalho infantil • Trabalho forçado ou análogo ao escravo • Avaliação de fornece-dores em direitos humanos • Mecanismos de queixas e reclamações relacionadas a direitos humanos• Produtos e serviços

201-1, 201-2, 203-1, 203-2, 304-1, 304-2, 413-1, 408-1, 409-1, 414-1 e 103-2

15. Vida sobre a terra

GRI Standard Divulgação Página/ resposta OmissãoCorrelação ODS com as divulgações

GRI 102: Divulgações gerais 2016

102-1 Nome da organi-zação

8

102-2 Atividades, marcas, produtos e serviços

8, 37

102-3 Localização da sede da organização

8

102-4 Localização das operações

8

102-5 Natureza da pro-priedade e forma jurídica

8

Sumário de Conteúdo da GRI 102-55

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RELATÓRIO ANUAL 2016

GRI Standard Divulgação Página/ resposta Omissão

Correlação ODS com as divul-gações

GRI 102: Divulgações gerais 2016

102-6 Mercados atendidos 9 , 10

102-7 Porte da organização 9, 10

102-8 Informações sobre empregados e outros tra-balhadores

8, 23, 108

8. Emprego digno e crescimento econômico

102-9 Cadeia de fornece-dores

68

102-10 Mudanças significa-tivas na organização e na sua cadeia de fornecedores

78

102-11 Abordagem do princípio da precaução

39

102-12 Iniciativas externas 50

102-13 Membros em asso-ciações

126

102-14 Declaração do deci-sor mais graduado

4, 6

102-15 Principais impactos riscos e oportunidades

33

102-16 Valores, princípios, padrões e normas de com-portamento

35

16. Paz, justiça e instituições fortes

102-17 Mecanismos de aconselhamento e preocu-pações sobre ética

35

16. Paz, justiça e instituições fortes

102-18 Estrutura de gover-nança

31

102-19 Delegação de auto-ridade

31

102-20 Funções de nível executivo como responsá-vel pelos tópicos econômi-cos, ambientais e sociais

31

102-21 Consulta aos stake-holders sobre tópicos econômicos, ambientais e sociais

31

16. Paz, justiça e instituições fortes

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RELATÓRIO ANUAL 2016

GRI Standard Divulgação Página/ resposta Omissão

Correlação ODS com as divul-gações

GRI 102: Divulgações gerais 2016

102-22 Composição do mais alto órgão de gover-nança e dos seus comitês

32

5. Igualdade de gênero

16. Paz, justiça e instituições fortes

102-23 Presidente do mais alto órgão de governança

31

16. Paz, justiça e instituições fortes

102-24 Seleção e no-meação para o mais alto órgão de governança

A definição dos con-selheiros considera as qualificações, a comple-mentaridade de vivências executivas, a identifi-cação com os princípios de atuação empresarial da Natura e a ausência de conflito de interesses. O mandato é de um ano, podendo ser renovado ao fim do período, se aprovado em Assembleia Geral.Leia mais na pág. 31

5. Igualdade de gênero

16. Paz, justiça e instituições fortes

102-25 Conflito de interes-ses

Prezamos pelas melhores práticas de governança corporativa. Todas as decisões acerca das ope-rações são submetidas à nossa administração, conforme as competên-cias definidas pelo nosso Estatuto Social. Na hipó-tese de haver um possível conflito de interesses entre as matérias sob análise e algum mem-bro de nossos órgãos deliberativos, seguimos o disposto na Lei das Sociedades por Ações, devendo o respectivo membro abster-se de votar, ficando a decisão cabível aos demais mem-bros que não possuírem qualquer relação com a matéria em exame.

16. Paz, justiça e instituições fortes

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RELATÓRIO ANUAL 2016

GRI Standard Divulgação Página/ resposta Omissão

Correlação ODS com as divul-gações

GRI 102: Divulgações gerais 2016

102-26 Papéis do mais alto órgão de governança na configuração do propósito, valores e estratégias

É função do Conselho de Administração de-terminar e acompanhar a implementação da estratégia da companhia e avaliar a atuação do CEO e do Comitê Execu-tivo de forma periódica. Passam pela análise dos conselheiros a avaliação do desempenho trimes-tral e o relatório anual de administração da Natura, que incluem os principais indicadores socioam-bientais considerados relevantes para a empre-sa. Também passam pelo conselho a definição e a revisão do plano estraté-gico, dos projetos de ex-pansão e dos programas de investimento, a gestão de riscos e a definição do valor da participação nos lucros dos colaboradores da Natura.Leia mais na pág. 31

102-27 Conhecimento cole-tivo do mais alto órgão de governança

314. Educação de quali-dade

102-28 Avaliação de de-sempenho do mais alto órgão de governança

32

102-29 Identificação e gestão dos impactos econômicos, ambientais e sociais

31

16. Paz, justiça e instituições fortes

102-30 Eficácia da gestão de riscos

32

102-31 Revisão dos tópicos econômicos, ambientais e sociais

32

102-32 Papel do mais alto órgão de governança no relatório de sustentabili-dade

78

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RELATÓRIO ANUAL 2016

GRI Standard Divulgação Página/ resposta Omissão

Correlação ODS com as divul-gações

GRI 102: Divulgações gerais 2016

102-33 Comunicação de preocupações críticas

Passam pela análise dos conselheiros a avaliação do desempenho trimes-tral e o relatório anual de administração da Natura, que incluem os principais indicadores socioam-bientais considerados relevantes para a empre-sa. Também passam pelo conselho a definição e a revisão do plano estraté-gico, dos projetos de ex-pansão e dos programas de investimento, a gestão de riscos e a definição do valor da participação nos lucros dos colaboradores da Natura.

102-34 Natureza e núme-ro total de preocupações críticas

Passam pela análise dos conselheiros a avaliação do desempenho trimes-tral e o relatório anual de administração da Natura, que incluem os principais indicadores socioam-bientais considerados relevantes para a empre-sa. Também passam pelo conselho a definição e a revisão do plano estraté-gico, dos projetos de ex-pansão e dos programas de investimento, a gestão de riscos e a definição do valor da participação nos lucros dos colaboradores da Natura.

102-35 Políticas de remu-neração

Todo o detalhamento de nossa política e prática de remuneração da alta gestão consta em nosso Formulário de Referência, que pode ser acessado aqui .

102-36 Processo para a determinação da remune-ração

Todo o detalhamento de nossa política e prática de remuneração da alta gestão consta em nosso Formulário de Referência, que pode ser acessado aqui .

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RELATÓRIO ANUAL 2016

GRI Standard Divulgação Página/ resposta OmissãoCorrelação ODS com as divulgações

GRI 102: Divulgações gerais 2016

102-37 Envolvimento de stakeholders na remuneração

Os acionistas aprovam a remuneração dos admi-nistradores na Assem-bleia Geral (AGO). Na ocasião, podem fazer comentários favoráveis ou contrários ao tema. Conheça nossa política de remuneração da alta gestão aqui .

16. Paz, justiça e instituições fortes

102-38 Proporção da remuneração anual total

110

A reavaliação da informação para 2016, não permitiu o reporte desse item, devido a confiden-cialidade das informações.

102-39 Aumento per-centual da proporção de remuneração anual total

111

102-40 Lista de gru-pos de stakeholders

78

102-41 Acordos de negociação coletiva

Abrangendo 100% dos colaboradores, as ne-gociações coletivas são coordenadas pela área de Recursos Humanos e seguem os padrões e os limites determinados pela legislação local.

8. Emprego digno e crescimento econômico

102-42 Identificação e seleção de stake-holders

78

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RELATÓRIO ANUAL 2016

GRI Standard Divulgação Página/ resposta Omissão

Correlação ODS com as divul-gações

GRI 102: Divulgações gerais 2016

102-43 Abordagem para engajamento de stakeholders

A Natura dialoga de forma contínua e em diferentes situações com os públicos com os quais se relaciona. Uma des-sas ações reúne consu-midoras, consultoras, pesquisadores, entre outros, para o programa de cocriação e gera-ção de ideias no âmbito da inovação. Também avaliamos anualmente a qualidade dessa relação por meio de pesquisas de satisfação e lealda-de com nossos públicos prioritários: colaborado-res, Consultoras Natura, fornecedores e comu-nidades fornecedoras e consumidores.Leia mais nas págs. 23, 41, 43, 69, 79, 123 e 133

102-44 Principais tópicos e preocupações levantadas

23, 41, 43, 69, 79, 123 e 133

102-45 Entidades incluídas nas demonstrações finan-ceiras consolidadas

78

102-46 Definição do con-teúdo do relatório limites

79

102-47 Lista de tópicos materiais

79

102-48 Reformulações de informações

78

102-49 Alterações no relatório

78

102-50 Período coberto pelo relatório

78

102-51 Data do relatório mais recente

78

102-52 Ciclo de emissão 78

102-53 Ponto de contato para perguntas sobre o relatório

78

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RELATÓRIO ANUAL 2016

GRI Standard

DivulgaçãoPágina/

respostaOmissão

Correlação ODS com as divulgações

GRI 102: Di-vulgações gerais 2016

102-54 Opção de acordo do Padrão GRI

78

102-55 Sumário de conteúdo GRI 80

102-56 Asseguração externa78, 150

e 151

GRI 103: Forma de gestão 2016

103-1 Explicação do tema material e seus limites

79

103-2 A forma de gestão e seus com-ponentes

13, 39, 107 e 111

1. Erradicar a pobreza

5. Igualdade de gênero

8. Emprego digno e cresci-mento econômico

16. Paz, justiça e instituições fortes

103-3 Evolução da forma de gestão13, 39, 107

e 111

GRI 201: Desem-penho econômico 2016

201-1 Valor econômico direto gerado e distribuído

18

2. Fome zero

5. Igualdade de gênero

7. Energia acessível e limpa

8. Emprego digno e cresci-mento econômico

9. Indústria, inovação e in-fraestrutura

201-2 Implicações financeiras e outros riscos e oportunidades em decorrência de mudanças climáticas

34 e 10713. Combate às alterações climáticas

201-3 Obrigações dos planos de benefícios definidos e outros planos de aposentadoria

111

201-4 Assistência financeira recebida do governo

107

GRI 103: Forma de gestão 2016

103-1 Explicação do tema material e seus limites

79

103-2 A forma de gestão e seus com-ponentes

44, 55, 71, 73, 132

1. Erradicar a pobreza

8. Emprego digno e cresci-mento econômico

16. Paz, justiça e instituições fortes

103-3 Evolução da forma de gestão44, 55, 71,

73, 132

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RELATÓRIO ANUAL 2016

GRI Standard DivulgaçãoPágina/

respostaOmissão

Correlação ODS com as divulgações

GRI 203: Impacto econômico indireto 2016

203-1 Investimento em infraestrutura e serviços

55, 56, 71, 73, 74 e 132

1. Erradicar a pobreza

4. Educação de qualidade

8. Emprego digno e crescimento econômico

16. Paz, justiça e instituições fortes

203-2 Impacto econômico indireto

56, 73, 74

GRI 103: Forma de gestão 2016

103-1 Explicação do tema material e seus limites

79

103-2 A forma de gestão e seus componentes

66, 67 e 141

1. Fome zero

5. Igualdade de gênero

8. Emprego digno e crescimento econômico

16. Paz, justiça e instituições fortes

103-3 Evolução da forma de gestão

66, 67 e 141

GRI 301: Materiais 2016

301-1 Materiais usados por peso ou volume

66 e 141

8. Emprego digno e crescimento econômico

12. Consumo e produção responsáveis

301-2 Materiais usados provenientes de reciclagem

66

8. Emprego digno e crescimento econômico

12. Consumo e produção responsáveis

301-3 Produtos e suas em-balagens

142

8. Emprego digno e crescimento econômico

12. Consumo e produção responsáveis

GRI 103: Forma de gestão 2016

103-1 Explicação do tema material e seus limites

79

103-2 A forma de gestão e seus componentes

64 e 143

1. Erradicar a pobreza

5. Igualdade de gênero

8. Emprego digno e cres-cimento econômico

16. Paz, justiça e instituições fortes

103-3 Evolução da forma de gestão

64 e 143

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89

RELATÓRIO ANUAL 2016

GRI Standard Divulgação Página/ resposta OmissãoCorrelação ODS

com as divul-gações

GRI 303: Água 2016

303-1 Retirada de água por fonte

65, 143 e 1446. Água limpa e saneamento

303-2 Fontes hídricas significativamente afetadas por retirada de água

1446. Água limpa e saneamento

303-3 Água reciclada e reutilizada

144

6. Água limpa e saneamento

8. Emprego dig-no e crescimento econômico

12. Produção e con-sumo responsáveis

GRI 103: Forma de gestão 2016

103-1 Explicação do tema material e seus limites

79

103-2 A forma de gestão e seus componentes

54, 58 e 59

1. Erradicação da pobreza

5. Igualdade de gênero

8. Emprego dig-no e crescimento econômico

16. Paz, justiça e instituições fortes

103-3 Evolução da forma de gestão

54, 58 e 59

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90

RELATÓRIO ANUAL 2016

GRI Standard Divulgação Página/ resposta OmissãoCorrelação ODS

com as divul-gações

GRI 304: Biodiversi-dade 2016

304-1 Unidades operacio-nais próprias, arrendadas ou administradas dentro ou nas adjacências de áreas protegidas e áreas de alto índice de biodiver-sidade situadas fora de áreas protegidas

146

6. Água limpa e saneamento

14. Vida debaixo d’água

15. Vida sobre a terra

304-2 Impactos significati-vos de atividades, produtos e serviços sobre a biodiver-sidade

55

6. Água limpa e saneamento

14. Vida debaixo d’água

15. Vida sobre a terra

304-3 Habitats protegidos ou restaurados

147

6. Água limpa e saneamento

14. Vida debaixo d’água

15. Vida sobre a terra

304-4 Espécies incluídas na lista vermelha da IUCN e em listas nacionais de conservação com habitats situados em áreas afe-tadas por operações da organização

147

6. Água limpa e saneamento

14. Vida debaixo d’água

15. Vida sobre a terra

GRI 103: Forma de gestão 2016

103-1 Explicação do tema material e seus limites

79

103-2 A forma de gestão e seus componentes

61 e 62

1. Erradicação da pobreza

5. Igualdade de gênero

8. Emprego dig-no e crescimento econômico

16. Paz, justiça e instituições fortes

103-3 Evolução da forma de gestão

61 e 62

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91

RELATÓRIO ANUAL 2016

GRI Standard Divulgação Página/ resposta OmissãoCorrelação ODS

com as divul-gações

GRI 305: Emissões 2016

305-1 Emissões diretas de gases de efeito estufa (GEE) (Escopo 1)

63, 64 e 137

3. Boa saúde e bem-estar

12. Produção e con-sumo responsáveis

13. Combater as alterações climáti-cas

14. Vida debaixo d’água

15. Vida sobre a terra

305-2 Emissões indiretas de gases de efeito estufa (GEE) (Escopo 2)

62, 63, 64 e 137

3. Boa saúde e bem-estar

12. Produção e con-sumo responsáveis

13. Combater as alterações climáti-cas

14. Vida debaixo d’água

15. Vida sobre a terra

305-3 Emissões indiretas de gases de efeito estufa (GEE) (Escopo 3)

64 e 137

3. Boa saúde e bem-estar

12. Produção e con-sumo responsáveis

13. Combater as alterações climáti-cas

14. Vida debaixo d’água

15. Vida sobre a terra

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92

RELATÓRIO ANUAL 2016

GRI Standard Divulgação Página/ resposta OmissãoCorrelação ODS

com as divul-gações

GRI 305: Emissões 2016

305-4 Intensidade de emissões de gases de efeito estufa (GEE)

62

13. Combater as alterações climáti-cas

14. Vida debaixo d’água

15. Vida sobre a terra

305-5 Redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE)

138

13. Combater as alterações climáti-cas

14. Vida debaixo d’água

15. Vida sobre a terra

305-6 Emissões de subs-tâncias que destroem a camada de ozônio (SDO)

138

3. Boa saúde e bem-estar

12. Produção e con-sumo responsáveis

13. Combater as alterações climáti-cas

305-7 Emissões de NOx, SOx e outras emissões at-mosféricas significativas

138

3. Boa saúde e bem-estar

12. Produção e con-sumo responsáveis

13. Combater as alterações climáti-cas

14. Vida debaixo d’água

15. Vida sobre a terra

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93

RELATÓRIO ANUAL 2016

GRI Standard DivulgaçãoPágina/

respostaOmissão

Correlação ODS com as divulgações

GRI 103: Forma de gestão 2016

103-1 Explicação do tema material e seus limites

79

103-2 A forma de gestão e seus componentes

64, 66 e 145

1. Erradicar a pobreza

5. Igualdade de gênero

8. Emprego digno e crescimento econômi-co

16. Par, justiça e insti-tuições fortes

103-3 Evolução da forma de gestão

64, 66 e 145

GRI 306: Efluentes e resíduos 2016

306-1 Descarte total de água, discriminado por qual-idade e destinação

145 e 146

3. Boa saúde e bem--estar

6. Água limpa e sane-amento

12. Produção e con-sumo responsáveis

306-2 Resíduos, discrimi-nado por tipo e método de disposição

142 e 143

3. Boa saúde e bem--estar

6. Água limpa e sane-amento

12. Produção e consu-mo responsáveis

306-3 Derramamentos sig-nificativos

146

3. Boa saúde e bem-estar

6. Água limpa e sane-amento

12. Produção e consu-mo responsáveis

14. Vida debaixo d’água

15. Vida sobre a terra

306-4 Transporte de resídu-os perigosos

143

3. Boa saúde e bem-estar

12. Produção e con-sumo responsáveis

306-5 Corpos d’água afeta-dos por descargas e drena-gem de água

145 e 146

6. Àgua limpa e sane-amento

15. Vida sobre a terra

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94

RELATÓRIO ANUAL 2016

GRI Standard DivulgaçãoPágina/

respostaOmissão

Correlação ODS com as divulgações

GRI 103: Forma de gestão 2016

103-1 Explicação do tema material e seus limites

79

103-2 A forma de gestão e seus componentes

68 e 130

1. Erradicar a pobreza

5. Igualdade de gênero

8. Emprego digno e cresci-mento econômico

16. Paz, justiça e institui-ções fortes

103-3 Evolução da forma de gestão

68

GRI 308: Avaliação ambiental de for-necedores 2016

308-1 Novos fornecedores selecionados com base em critérios ambientais

129

308-2 Impactos ambientais ne-gativos significativos reais e potenciais na cadeia de fornecedores e medidas tomadas a esse respeito

130

GRI 103: Forma de gestão 2016

103-1 Explicação do tema material e seus limites

79

103-2 A forma de gestão e seus componentes

23, 24 e 25

1. Erradicar a pobreza

5. Igualdade de gênero

8. Emprego digno e cresci-mento econômico

16. Paz, justiça e institui-ções fortes

103-3 Evolução da forma de gestão

23, 24 e 25

GRI 404: Treinamen-to e educação 2016

404-1 Média de horas de treinamento por ano por empregado

1094. Educação de qualidade

5. Igualdade de gênero

404-2 Programas de apren-dizagem contínua e prepa-ração para a aposentadoria

24, 109 e 1108. Emprego digno e cresci-mento econômico

404-3 Percentual de empre-gados que recebem regular-mente análises de desem-penho e de desenvolvimento de carreira

25

5. Igualdade de gênero

8. Emprego digno e cresci-mento econômico

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95

RELATÓRIO ANUAL 2016

GRI Standard DivulgaçãoPágina/

respostaOmissão

Correlação ODS com as divulgações

GRI 103: Forma de gestão 2016

103-1 Explicação do tema material e seus limites

79

103-2 A forma de gestão e seus componentes

125

1. Erradicar a pobreza

5. Igualdade de gênero

8. Emprego digno e cresci-mento econômico

16. Paz, justiça e institui-ções fortes

103-3 Evolução da forma de gestão

125

GRI 408: Trabalho infantil 2016

408-1 Operações e fornece-dores identificados como de risco para a ocorrência de casos de trabalho infantil

125

8. Emprego digno e cresci-mento econômico

16. Paz, justiça e institui-ções fortes

GRI 103: Forma de gestão 2016

103-1 Explicação do tema material e seus limites

79

103-2 A forma de gestão e seus componentes

125

1. Erradicar a pobreza5. Igualdade de gênero

8. Emprego digno e cresci-mento econômico

16. Paz, justiça e institui-ções fortes

103-3 Evolução da forma de gestão

125

GRI 409: Trabalho forçado ou análogo ao escravo 2016

409-1 Operações e fornece-dores identificados como de risco para a ocorrência de casos de trabalho forçado ou análogo ao escravo

1258. Emprego digno e cresci-mento econômico

GRI 103: Forma de gestão 2016

103-1 Explicação do tema material e seus limites

79

103-2 A forma de gestão e seus componentes

71

1. Erradicar a pobreza

5. Igualdade de gênero

8. Emprego digno e cresci-mento econômico

16. Paz, justiça e institui-ções fortes

103-3 Evolução da forma de gestão

71

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96

RELATÓRIO ANUAL 2016

GRI Standard DivulgaçãoPágina/

respostaOmissão

Correlação ODS com as divulgações

GRI 413: Comuni-dades locais 2016

413-1 Operações com pro-gramas implementados de engajamento da comuni-dade local, avaliação de impactos e desenvolvimento local

71 e 72

413-2 Operações com im-pactos negativos significa-tivos reais e potenciais nas comunidades locais

55 e 711. Erradicar a pobreza

2. Fome zero

GRI 103: Forma de gestão 2016

103-1 Explicação do tema material e seus limites

79

103-2 A forma de gestão e seus componentes

68, 130 e 131

1. Erradicar a pobreza

5. Igualdade de gênero

8. Emprego digno e cresci-mento econômico

16. Paz, justiça e institui-ções fortes

103-3 Evolução da forma de gestão

68, 130 e 131

GRI 414: Avaliação social de fornece-dores 2016

414-1 Novos fornecedores selecionados com base em critérios sociais

68, 125, 130 e 131

5. Igualdade de gênero

8. Emprego digno e cresci-mento econômico

16. Paz, justiça e institui-ções fortes

414-2 Impactos negativos na cadeia de fornecedores e ações tomadas

125, 130 e 131

5. Igualdade de gênero

8. Emprego digno e cresci-mento econômico

16. Paz, justiça e institui-ções fortes

GRI 103: Forma de gestão 2016

103-1 Explicação do tema material e seus limites

79

103-2 A forma de gestão e seus componentes

39 e 134

1. Erradicar a pobreza

5. Igualdade de gênero

8. Emprego digno e cresci-mento econômico

16. Paz, justiça e institui-ções fortes

103-3 Evolução da forma de gestão

39 e 134

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97

RELATÓRIO ANUAL 2016

GRI Standard DivulgaçãoPágina/

respostaOmissão

Correlação ODS com as divulgações

GRI 417: Rotula-gem de produtos e serviços 2016

417-1 Informações e rotulagem de produtos

134

12. Produção e consumo responsáveis

16. Paz, justiça e institui-ções fortes

417-2 Casos de não confor-midade com regulamentos e códigos voluntários relativos a informações e rotulagem de produtos e serviço

13416. Paz, justiça e institui-ções fortes

417-3 Casos de não confor-midade com regulamentos e códigos voluntários relativos a comunicações de marketing

134

Os Princípios do Pacto Global Página

1. Respeitar e proteger os direitos humanos28, 29, 68, 71, 72, 85, 124, 125, 128, 130, 131

2. Impedir violações de direitos humanos 68, 124, 128, 130, 131

3. Apoiar a liberdade de associação no trabalho 85, 121, 124

4. Abolir o trabalho forçado 68, 130, 131

5. Abolir o trabalho infantil 68, 125, 130, 131

6. Eliminar a discriminação no emprego28, 68, 110, 111, 124, 110730, 131, 135, 136,

7. Apoiar abordagem preventiva aos desafios ambientais 107

8. Promover a responsabilidade ambiental

55, 61, 62, 63, 64, 65, 66, 107, 129, 130, 131, 134, 137, 138, 139, 140, 142, 141, 143, 144, 145, 146, 147, 148

9. Incentivar tecnologias ambientalmente amigáveis 66, 138, 41, 142, 144

10. Combater a corrupção em todas as suas formas inclusive extorsão e propina 122, 123, 125

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Visão de Sustentabilidade 2050

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99

RELATÓRIO ANUAL 2016

Marcas e Produtos

Dimensão Ambição 2020 Desempenho 2016Atingimento da meta

ODS

Marcas

Todos os produtos da marca Natura terão suas pegadas ambien-tais e sociais divulga-das, assim como seus respectivos comprom-issos de melhoria.

Implantação de uma nova proposta de co-municação e engaja-mento do consumidor e consultoras Natura, trazendo o impacto social e ambiental que sua compra/venda gera na sociedade e no planeta.

Em implantação

12. Consumo e produção res-ponsáveis

Formulações

Garantir que 30% do total de insumos con-sumidos pela Natura Brasil, em valor, sejam provenientes da região pan-amazônica.

19,1% dos insumos con-sumidos pela Natura no Brasil foram pro-venientes da região pan-amazônica.

2010: 10%2020: 30%Atingimento 2016: 46%

12. Consumo e produção res-ponsáveis

3. Boa saúde e bem-estar

Embalagens

Utilizar, no mínimo, 10% de material reciclado pós-consumo na massa total de embalagens Natura Brasil.

A Natura utilizou 4,3% de material recicla-do pós-consumo na massa total de suas embalagens.

2013: 1,4%2020: 10%Atingimento 2016: 34%

12. Consumo e produção res-ponsáveis

11. Cidades e comunidades sustentáveis

Utilizar, no mínimo, 74% de material reciclável na massa total das em-balagens Natura Brasil.

Foi utilizado 51% de material reciclável no total de embalagens Natura Brasil em 2016.

2013: 56%2020: 74%Atingimento 2016: -28%

12. Consumo e produção res-ponsáveis

11. Cidades e comunidades sustentáveis

Garantir que 40% das unidades faturadas Natura Brasil sejam embalagens ecoefici-entes¹.

20% das unidades faturadas no Brasil foram embalagens ecoeficientes¹.

2013: 21,4%2020: 40%Atingimento 2016: -8%

12. Consumo e produção res-ponsáveis

11. Cidades e comunidades sustentáveis

Visão de Sustentabilidade 2050

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100

RELATÓRIO ANUAL 2016

Marcas e Produtos

Mudanças climáticas

Para a marca Natu-ra, reduzir em 33% a emissão relativa de gases de efeito estufa (escopo 1, 2 e 3).

O indicador é relacio-nado ao desempenho de negócios, e a pre-visão era de aumento nas emissões relativas de GEE. Porém, elas se mantiveram es-táveis, com ganhos de eficiência em proces-sos-chave. A redução versus 2012 é de 1,3%.

2012: ano-base2020: -33%Atingimento 2016: -4%

13. Combate às alterações climáticas

17. Parcerias em prol das metas

Continuar compensan-do todas as emissões que não puderem ser evitadas, por meio de iniciativas que, além da redução e/ou captura de gases de efeito estu-fa, tenham o objetivo de proporcionar benefícios socioambientais, prior-itariamente na região pan-amazônic a.

Desde o início do programa, há 10 anos, lançamos cinco editais para compra de cré-ditos e contratamos 35 iniciativas. Mais de 40% dos projetos são provenientes da Ama-zônia Legal e Bacia Pan-Amazônica. Em 2016, incluímos proje-tos no México e Chile, alcançando o objetivo de compensar local-mente as emissões em todos os países onde temos operações.

Em execução13. Combate às alterações climáticas

Energia

Implementar estraté-gia de diversificação de fontes de energia renovável para as oper-ações Natura Brasil.

Mapeamos 11 opor-tunidades para di-versificar as fontes de energia renováveis e já iniciamos a imple-mentação de algumas dessas ações.

Em implemen-tação

13. Combate às alterações climáticas

Sociobiodiversi-dade

Alcançar 10 mil famílias nas cadeias produtivas da pan-amazônia.

Geramos desenvolvi-mento e renda para 2.119 famílias na região pan-amazônica, im-pactando a qualidade de vida de cerca de 8 mil pessoas e contri-buindo para conserva-ção de 257 mil hecta-res de floresta em pé.

2010: 1.7342020: 10.000Atingimento 2016: 5%

15. Vida na terra

1. Erradicação da pobreza

10. Redução das desigualdades

Movimentar R$ 1 bilhão em volume de negócios na região pan-amazônica.

O volume acumulado de negócios gerados na região corresponde a R$ 972 milhões.

2010: R$ 89 milhões2020: R$ 1 bilhãoAtingimento 2016: 97%

12. Consumo e produção res-ponsáveis

17. Parcerias em prol das metas

Visão de Sustentabilidade 2050

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101

RELATÓRIO ANUAL 2016

Marcas e Produtos

Resíduos

Coletar e destinar para reciclagem 50% da quantidade de resíduos gerados pelas emba-lagens de produtos da Natura no Brasil (em t equivalentes).

Em 2016, concluímos a experiência piloto ini-ciada há um ano para promover a logística reversa na Região Metropolitana de São Paulo, que incluiu diferentes fontes de captação de resíduos pós-consumo, como cooperativas de cata-dores e o envolvimento de Consultoras Natura na coleta de mate-riais. A experiência serviu para adquirir conhecimento e para desenharmos estraté-gia, processos e ações. Além disso, participa-mos do projeto de lo-gística reversa setorial por meio da Abihpec.

Em execução

12.Consumo e produção res-ponsáveis

11. Cidades e comunidades sustentáveis

Água

Para a marca Natura no Brasil, implementar estratégia para re-dução e neutralização de impacto, com base na medição de pegada hídrica e considerando toda a cadeia de valor.

A partir de metodolo-gia desenvolvida, ini-ciamos estudos para mapear projetos com potencial de redução de nossa pegada hídrica.

Em planeja-mento

6. Água limpa e saneamento

Cadeias de fornecimento

Garantir, até 2015, a rastreabilidade de 100% dos insumos produzidos pelos fabri-cantes diretos (último elo) e, até 2020, imple-mentar um programa de rastreabilidade para os demais elos da ca-deia de valor da marca Natura.

Após identificarmos 100% de todos os fabricantes do 1º elo da cadeia, estamos trabalhando para expandir rastreabili-dade total das cadeias críticas.

Em planeja-mento

8. Trabalho decente e cres-cimento econô-mico

12.Consumo e produção res-ponsáveis

Visão de Sustentabilidade 2050

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102

RELATÓRIO ANUAL 2016

Nossa Rede

Clientes

Definir temas prioritári-os e implementar uma estratégia que mobilize a consumidora da mar-ca Natura.

Definição dos claims prioritári-os para construção de valor de sustentabilidade junto ao Consumidor final:

• Floresta Viva• 100% Álcool Orgânico• Compromisso com o Clima• Embalagens Sustentáveis• Refil Inteligente• Educação de qualidade• Contra Testes em Animais• Beleza livre de esteriótipos

Em execução12. Consumo e produção res-ponsáveis

Consultoras Natura

Aumentar significativa-mente a renda média real das consultoras e dos consultores Natura no Brasil.

Programa que pretende re-vitalizar a venda direta, inclui ações que visam o aumentode produtividade e da renda por segmento de consultoras.

Em execução4. Educação de qualidade

Despertar o interesse pelo aprendizado cons-tante e oferecer uma ampla oferta de educa-ção, que atenda às suas necessidades.

Desenvolvemos programa de educação para CNs e seus fa-miliares, com bolsas parciais e integrais para experiências de aprendizagem como: cursos preparatórios para o Enem, profissionalizantes, ensino superior, idiomas entre outros. Em três meses, mais de 10 mil pessoas voltaram a estudar.

Em execução

5. Igualdade de gênero

8. Trabalho decente e cres-cimento econô-mico

4. Educação de qualidade

Ampliar a rede de colaboração, apoiando ações de empreende-dorismo socioambien-tal.

O Movimento Natura é uma plataforma digital que conec-ta quem tem projetos so-cioambientais e quem quer ajudar. Em 2016, o site teve quase 2,2 milhões de acessos, quase o dobro do ano anterior. O impacto estimado é de mais de 50 mil pessoas beneficia-das pelos projetos apoiados nas áreas de saúde, educação, cultura, esporte e outros.

Em execução

8. Trabalho decente e cres-cimento econô-mico

Visão de Sustentabilidade 2050

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103

RELATÓRIO ANUAL 2016

Nossa Rede

Colaboradores

Para a marca Natura, atingir índice de mulhe-res em cargos de lide-rança (nível diretoria e acima) de 50%.

Atingimos no ano 29% de participação de mulheres nos cargos de liderança. A Natura se tornou signatá-ria dos Princípios de Empo-deramento das Mulheres, da ONU, e do Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça, do governo brasileiro. Também lançamos nossa política de diversidade em 2016, que prioriza qua-tro temas, entre eles o do empoderamento feminino. Também revisamos os processos de seleção, atra-ção e desenvolvimento de lideranças femininas.

2013: 29%2020: 50%Atingimento 2016: 0%

5. Igualdade de gênero

Para a marca Natura no Brasil, ter 8% de pes-soas com deficiência no quadro de colabora-dores.

As pessoas com deficiência representam 5,8% do total de colaboradores Natura. Em nossa política de diver-sidade, lançada em 2016, esse público foi definido como um quatro priori-tários. Em uma iniciativa pioneira, nosso centro de distribuição de São Paulo é altamente automatizado e conta com 16% dos cola-boradores de pessoas com alguma deficiência, princi-palmente cognitiva.

2013: 4,3%2020: 8%Atingimento 2016: 5,8%

8. Trabalho decente e crescimento econômico

Implementar estraté-gia para alavancar o potencial de realização dos colaboradores por meio do engajamento à cultura da Natura.

A partir da Missão Na-tura, revisada em 2015, iniciamos um trabalho de transformação cultural que inclui um alinhamento de todas as práticas e proces-sos da Natura. Essa ação será intensificada em 2017. A implantação do pro-grama de Voluntariado em 2016 é um dos movimentos que potencializa nosso compromisso em gerar im-pacto positivo através do estímulo do protagonismo e a cidadania de nossos colaboradores.

Em implemen-tação

12. Consumo e produção responsáveis

16. Paz, justiça e instituições fortes

Visão de Sustentabilidade 2050

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104

RELATÓRIO ANUAL 2016

Nossa Rede

Comunidades

Evoluir os indicadores de medição do desen-volvimento humano e social de nossas comu-nidades e estruturar plano para melhoria significativa.

Desenvolvimento Local para Cajamar, Jaguara e Benevides. Os grupos envolvidos criaram diag-nósticos participativos, definiram prioridades de desenvolvimento e pactu-aram planos de iniciativas e metas. Aplicamos tam-bém o Índice de Progresso Social Comunidades em Cajamar e Jaguara, como instrumento de diagnós-tico e mensuração de impactos socioambientais positivos e negativos das ações implementadas.

Em execução

8. Trabalho decente e crescimento econômico

10. Redução de desigualdades

Desenvolver estratégia para os territórios da sociobiodiversidade na região pan-amazônica e das comunidades do entorno de nossas principais operações no Brasil, por meio do di-álogo e da construção colaborativa com as populações e os atores locais.

Para a geração de trans-formações em escala, trabalhamos em arranjos e parcerias com governos locais, comunidades de base e empresas em prol da criação de soluções de desenvolvimento territorial no Médio Juruá (AM), Baixo Tocantins (PA) e Transama-zônica (PA). Em conjunto com lideranças e parceiros locais, compreendemos as prioridades de desenvolvi-mento de cada território, e pactuamos planos com-partilhados de iniciativas e metas. As lideranças e ins-tituições locais são forta-lecidas e empoderadas ao longo de todo o processo.

Em execução

8. Trabalho decente e crescimento econômico

10. Redução de desigualdades

Fornecedores

Evoluir o processo de seleção e gestão dos fornecedores, amplian-do a integração dos parâmetros socioam-bientais aos financeiros.

Definidos os critérios de avaliação do desempenho socioambiental aplicável a todas as categorias de fornecedores do Programa Qlicar.

Em execução

12. Consumo e produção responsáveis

8. Trabalho decente e crescimento econômico

Visão de Sustentabilidade 2050

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105

RELATÓRIO ANUAL 2016

Gestão e Organização

Modelo de gestão

Para a marca Na-tura, implementar a valoração das exter-nalidades socioambi-entais, considerando os impactos positivos e negativos da cadeia de valor estendida (da ex-tração de matérias-pri-mas ao descarte de produtos).

A valoração das externalidades ambientais foi realizada em 2015, pela primeira vez, convertendo para recursos financeiros os efeitos do negócio em aspectos como emissões de GEE, água, resíduos e uso e ocupação do solo. O cálculo envolveu o port-fólio completo de produtos da Natura, ao longo de toda a sua cadeia de valor. Iniciaremos em 2016, os estudos para um inédito estudo de valoração dos impac-tos sociais.

Em implemen-tação

12. Con-sumo e produção responsá-veis

Governo e sociedade

Estimular a discussão e o debate público dos temas materiais a par-tir da revisão da matriz de materialidade reali-zada em 2014.

Participamos ativamente de diversos fóruns e coalisões nos quais contribuímos com nossa experiência para enriquecer o debate acerca dos temas de nossa matriz de materialidade. Um dos importantes fóruns diz respeito à relação entre nossas iniciativas empresariais e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável estabelecidos pelo Programa da Nações Unidas Para o Desenvolvimento, em setembro de 2015.

Em implemen-tação

17. Parcerias em prol das metas

Engajamento de públicos

Institucionalizar um modelo de governança com engajamento ex-terno para evolução da gestão e estratégia de sustentabilidade.

Estamos em processo de iden-tificação de arranjos colabora-tivos inovadores com parceiros capazes de transformar posi-tivamente o ambiente para a implantação e evolução da Visão de Sustentabilidade.

Em planeja-mento

12. Con-sumo e produção responsá-veis

Ética e transparência

Para a marca Natura, implantar total trans-parência no forneci-mento de informações dos produtos e da evolução da visão de sustentabilidade.

Desenhamos, de forma colabo-rativa, a arquitetura de comuni-cação da sustentabilidade, que organiza os conteúdos informa-tivos dos produtos de acordo com o interesse do consumidor no aprofundamento das infor-mações.

Em implemen-tação

12. Con-sumo e produção responsá-veis

Governança da sustentabi-lidade

Implantar um Conse-lho Consultivo, forma-do por especialistas externos, que avaliará o progresso da empresa e ajudará a evoluir a estratégia.

Alinhamento estratégico com Conselho de Administração Natura da criação de uma rede consultiva para apoiar a ge-ração de soluções criativas e inovadoras e a formulação de diretrizes para evolução da es-tratégia da empresa.

Em planeja-mento

12. Con-sumo e produção responsá-veis

Visão de Sustentabilidade 2050

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Anexos

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201-4 – Recursos governamentais1 (R$ milhões)

2014 2015 2016

Incentivos fiscais de apoios e patrocínios2 8 3 4

Lei do Bem (dedução nas bases do IR e CS de até o dobro dos gastos com Pesquisa e Inovação Tecnológica)

30 14 18

Outros3 2 1 3

Total 40 18 25

1. O governo não participa da estrutura acionária da Companhia. 2. Incentivos fiscais de IRPJ relacionados às leis Rouanet e do Esporte, ao Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente, programa de alimentação do trabalhador e incentivo fiscal ICMS referente aos projetos do Natura Musical. 3. Incentivo referente à prorrogação em dois meses da licença-maternidade, instituída pelo Decreto 7.052/2009. A despesa não é dedutível na apuração do lucro real e da base de cálculo da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido), porém é deduzida integralmente no IRPJ.

107

RELATÓRIO ANUAL 2016

Desempenho Econômico103-2/103-3

INDICADORES COMPLEMENTARES

Gestão Econômico-Financeira

Na Natura, não fazemos uma análise específica dos efeitos associados a mudanças climáticas no processo de gestão de riscos. No entanto, projetos de mitigação importantes voltados aos impactos que o negócio pode gerar estão hoje estruturados de forma transversal e se tornaram subprocessos formais na Companhia. Como exemplos, há o Programa Carbono Neutro e as práticas de uso sustentável da sociobiodiversidade e do conhecimento tradicional associado. Ações de compensação de emissões de CO2 (Programa Carbono Neutro) são voluntárias da Natura, não obrigatórias e não retratam a implicação financeira dos riscos das mudanças climáticas.Atualmente, biodiversidade é um dos principais temas no

grupo sociambiental que compõe o dicionário de riscos da empresa. No segundo semestre de 2016, iniciamos um projeto para mapear os riscos causados por mais três outros temas: responsabilidade social, resíduos e mudanças climáticas. Com esse mapeamento definido, pretendemos criar uma matriz considerando todos os quatro riscos relacionados à sustentabilidade. Em relação ao risco de mudanças climáticas nossa preocupação é entender, monitorar e mitigar o que pode afetar nossa cadeia de valor.

Leia mais sobre nosso processo de gestão de riscos na pág. 34

201-2- Implicações financeiras e outros riscos e oportunidades decorrentes de mudanças climáticas

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Perfil dos colaboradores

102-8 Número de colaboradores Natura

2014 2015 2016

Fem. Masc. Total Fem. Masc. Total Fem. Masc. Total

Brasil 3.091 2.141 5.232 2.988 2.163 5.151 2.842 2.065 4.907

Argentina 431 77 508 465 85 550 508 89 597

Chile 145 37 182 141 44 185 139 46 185

México 75 46 121 70 47 117 75 49 124

Peru 213 22 235 202 28 230 199 28 227

Colômbia 227 40 267 272 50 322 287 52 339

França 34 12 46 28 8 36 11 7 18

Total 4.216 2.375 6.591 4.166 2.425 6.591 4.061 2.336 6.397

102-8 Outros contratos de trabalho

2014 2015 2016

Fem. Masc. Total Fem. Masc. Total Fem. Masc. Total

Aprendizes1 70 47 117 108 49 157 106 47 153

Estagiários2 124 48 172 84 31 115 61 29 90

Temporários3 325 548 873 118 1.025 1.143 26 473 499

Terceiros residentes4 771 1.065 1.836 721 1.444 2.165 642 1.582 2.224

Total 1.290 1.708 2.998 1.031 2.549 3.580 835 2.131 2.966

1. Os Jovens Aprendizes são contratados por uma empresa terceirizada que faz a gestão desses colaboradores. 2. O número de estagiários reportado (90), em diferença ao headcount do programa (168) representa os términos de contrato no mês de dezembro de 2016. 3. Consideram-se temporários os contratos por tempo determinado em regime CLT por agência de emprego e com subordinação. Este número contempla os temporários da Natura Brasil. A quantidade de temporários caiu em função da própria premissa de redução de contratação nessa modalidade. Foi criada uma política especificando as condições para tal. Além disso, nos anos anteriores foi necessária uma contratação maior desse tipo com a migração do Centro de Distribuição de Cajamar para São Paulo. 4. Consideram-se terceiros residentes os fornecedores que prestam serviços à Natura e que ficam instalados ou acessam os espaços por um período superior a 6 meses, que podem ser tanto com posto fixo ou sem posto fixo de trabalho. Este número contempla os terceiros residentes dos espaços Natura Brasil.

108

RELATÓRIO ANUAL 2016

Gestão de Pessoas

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Treinamento e Educação

404-1 Média de horas de treinamento (h/colaborador/ano) - Brasil 1 2 3

2014 2015 2016

Total Fem. Masc. Total Fem. Masc. Total Fem. Masc.

Operacional 109 101 115 73 68 76 32z 24 37

Administrativo 61 54 82 33 26 55 28 25 39

Gerência 31 34 27 24 26 21 41 42 41

Diretoria 15 21 12 12 19 9 30 29 31

Média de horas 78 66 95 49 38 64 31 26 38

Jovem aprendiz4 - - - 34 34 34 41,5 40,8 43

Estagiário4 - - - 74 74 74 53,8 52,8 58,8

Média de horas de treinamento, por colaborador (h) 2014 2015 2016

Operações Internacionais 76 61 59

Natura1 77 51 38

404-1 - Horas de treinamento por gênero – Brasil (%)¹ 2014 2015 2016

Masculino 49 55 52

Feminino 50 45 48

404-2 - Programas para gestão de competências e aprendizagem contínua: Programa Natura Educação - Brasil 1 2

2014 2015 2016

Bolsas concedidas (un.) 322 214 132

Bolsas concedidas sobre o total de inscrições (%)3 58 65 0

Valor investido no programa Natura Educação (R$ milhares)

1.178 955 535

1. Não considera colaboradores afastados por licença não remunerada sem encargos e do Instituto Natura. 2. A Natura não disponibiliza orçamento e estratégia de educação para o público de terceiros. 3. As horas de treinamento referem-se aos treinamentos aplicados em 2016 e também podem conter treinamentos realizados em anos anteriores e que foram inseridos no sistema em 2016. 4. A Natura investe em Programas de Desenvolvimento para Estagiários e Jovens Aprendizes, com aplicação de treinamentos comportamentais e técnicos com o objetivo de desenvolver e preparar o jovem para desempenhar suas atividades, porém por uma revisão de conceito, estas horas não serão consideradas na média geral.

1. São considerados atendidos todos os colaboradores com bolsas ativas durante o ano. 2. Para casos de desligamentos resultantes de reestruturações, a Natura apoia os colaboradores nessa transição de carreira oferecendo um conjunto de condições especiais. 3.O programa Natura Educação está sendo revisado e será relançado no primeiro semestre de 2017 com novas bolsas. Os colaboradores que já são contemplados pelo programa tiveram suas bolsas renovadas.

1. Média consolidada de todas as operações da Natura no Brasil e nas Operações Internacionais.

1. Não há uma estratégia de treinamento específica por gênero. Mas aprovamos uma iniciativa de coaching executivo em 2016 que considera as questões femininas ao longo do processo, caso seja de interesse da colaboradora.

109

RELATÓRIO ANUAL 2016

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404-2 Cursos realizados por colaboradores ou familiares subsidiados total ou parcialmente pela Natura (Brasil)

2014 2015 2016

Técnicos/profissionalizantes 33 21 8

Idiomas 1 0 0

Universitários 175 105 70

MBA e pós-graduação 113 88 54

Total de cursos 322 214 132

Remuneração

País2014 2015 2016

Total Masc. Fem. Total Masc. Fem. Total Masc. Fem.

Brasil 1,5 1,5 1,5 1,4 1,4 1,4 1,6 1,6 1,6

Argentina 1,5 3,1 1,5 1,6 3,1 1,6 1,5 3,0 1,5

Chile 1,9 2,4 1,9 1,9 2,4 1,9 1,9 4,0 1,9

Peru 3,1 3,9 3,1 3,3 4,8 3,3 2,7 4,7 2,7

México 5,7 6,5 5,7 5,9 7,4 5,9 6,5 7,8 6,5

Colômbia 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0

França 1,2 1,8 1,2 1,1 1,8 1,1 1,1 1,3 1,0

1. Nossos patamares salariais respeitam a remuneração competitiva praticada pelos respectivos mercados locais. Pequenas diferenças apresentadas estão ligadas à ausência dos dois gêneros na mesma posição naquele país ou ao ingresso recente do colaborador na companhia, respeitando o início da faixa salarial daquele cargo. Não há diferenças de salário por gênero.

202-1 – Proporção entre o salário mais baixo da organização e o salário mínimo local, por gênero (%) 1

102-38. Relação proporcional entre o maior salário e a média geral da organização, por país

A reavaliação da informação para 2016 não permitiu o reporte desse item, devido à confidencialidade das informações.

110

RELATÓRIO ANUAL 2016

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102-39. Relação proporcional entre o aumento do maior salário e o aumento médio da organização, por país¹

103-2/103-3

País Unid.Média geral

Maior salário

Média geral

Maior salário

Média geral

Maior salário

2014 2015 2016

Brasil

%

11,00 0,66 13,56 1,21 10,85 11,00

Argentina 35,00 36,00 36,00 30,00 42,00 32,00

Chile 18,00 5,00 11,00 2,00 8,00 7,00

Colômbia 3,00 2,00 6,00 10,00 11,00 4,00

México 13,00 4,00 6,00 2,00 5,00 12,00

Peru 6,00 9,00 6,00 0,00 9,00 0,00

1. Considerando salário-base .

1. O Poupança Incentivada Natura é um plano de contribuição definida administrado por uma Entidade Aberta de Previdência Complementar. A garantia de cobertura ou renda vitalícia com risco atuarial não é obrigatória para a empresa. A participação do colaborador é voluntária e, hoje, participam do programa 42% dos colaboradores. 2. O percentual de contribuição do colaborador pode ser de 1% a 5% do seu salário, e o percentual de contribuição do empregador é de 60% sobre a contribuição do empregado, limitado a um salário de R$ 19.140,00. 3. A queda no valor investido está relacionada à redução do quadro de colaboradores, que realizaram seus resgates, no desligamento, bem como a não adesão de novos participantes ao plano (adesão voluntária).

201-3 – Plano de previdência (R$ milhões)1 2

2014 2015 20163

4.087 4.642 3.753

Rotatividade401-1 - Número total e taxas de novas contratações e rotatividade de empregados

Total e taxa de novas contratações por faixa etária1 2 2014

Faixa etáriaNúmero –

por gênero (un.)Taxa - por gênero (%)

Número total (un.)

Taxa total (%)

Masc. Fem. Masc. Fem.

Abaixo de 30 anos 214 267 3,2% 4,1% 481 7,3%

Entre 30 e 50 anos 182 362 2,8% 5,5% 544 8,3%

Acima de 50 anos 2 7 0,0% 0,1% 9 0,1%

Total por gênero 398 636 6,0% 9,6% 1.034 15,7%

111

RELATÓRIO ANUAL 2016

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Total e taxa de novas contratações por faixa etária1 2 2015

Faixa etáriaNúmero –

por gênero (un.)Taxa -

por gênero (%)Número

total (un.)Taxa

total (%)

Masc. Fem. Masc. Fem.

Abaixo de 30 anos 201 229 3,0% 3,5% 430 6,5%

Entre 30 e 50 anos 189 289 2,9% 4,4% 478 7,3%

Acima de 50 anos 3 6 0,0% 0,1% 9 0,1%

Total por gênero 393 524 6,0% 8,0% 917 13,9%

Total e taxa de novas contratações por faixa etária1 2 2016

Faixa etáriaNúmero –

por gênero (un.)Taxa -

por gênero (%)Número

total (un.)Taxa

total (%)

Masc. Fem. Masc. Fem.

Abaixo de 30 anos 137 224 2,1% 3,5% 361 5,6%

Entre 30 e 50 anos 167 267 2,6% 4,2% 434 6,8%

Acima de 50 anos 3 7 0,0% 0,1% 10 0,2%

Total por gênero 307 498 4,8% 7,8% 805 12,6%

Total e taxa de novascontratações por gênero1 2 2014 2015 2016

Total (un.) Taxa - (%) Total (un.) Taxa - (%) Total (un.) Taxa - (%)

Feminino 636 9,6 524 8,0 498 7,8%

Masculino 398 6,0 393 6,0 307 4,8%

Total 1.034 15,7 917 13,9 805 12,6%

1. Conceito de turnover: quantidade de desligamentos por iniciativa da empresa (com ou sem justa causa) ou do colaborador, com reposição da vaga. Forma de cálculo: desligamentos com solicitação de reposição/headcount efetivo da empresa. 2. Para o número de desligamentos e taxa das OIs, são considerados os estagiários. No Brasil, não são considerados os estagiários e os colaboradores do Instituto Natura.

112

RELATÓRIO ANUAL 2016

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Total e taxa contratação por região 2014 2015 2016

Total (un.) Taxa (%) Total (un.) Taxa (%) Total (un.) Taxa (%)

Brasil 719 10,9% 602 9,1% 511 8,0%

Argentina 121 1,8% 109 1,7% 122 1,9%

Chile 23 0,3% 28 0,4% 34 0,5%

México 19 0,3% 32 0,5% 34 0,5%

Peru 41 0,6% 34 0,5% 34 0,5%

França 5 0,1% 6 0,1% 4 0,1%

Colômbia 106 1,6% 106 1,6% 66 1,0%

Total 1.034 15,7% 917 13,9% 805 12,6%

Número de desligamentos por país 2014 2015 2016

Total (un.) Taxa (%) Total (un.) Taxa (%) Total (un.) Taxa (%)

Brasil 755 11,5% 719 10,9% 765 12,0%

Argentina 88 1,3% 74 1,1% 84 1,3%

Chile 39 0,6% 27 0,4% 34 0,5%

México 26 0,4% 36 0,5% 29 0,5%

Peru 64 1,0% 39 0,6% 38 0,6%

França 11 0,2% 16 0,2% 22 0,3%

Colômbia 65 1,0% 53 0,8% 50 0,8%

Total 1.048 16% 964 14,6% 1.022 16,0%

113

RELATÓRIO ANUAL 2016

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Número de desligamentospor faixa etária (un.) 2014 2015 2016

Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem.

Abaixo de 25 anos 30 40 28 18 27 15

Entre 25 e 35 anos 100 146 71 143 187 247

Entre 35 e 50 anos 235 421 245 401 176 276

Acima de 50 13 63 15 43 19 75

Total por gênero 378 670 359 605 409 613

Total 1.048 964 1.022

Rotatividade Brasil por faixa etária (%)¹

2014 2015 2016

Abaixo de 18 anos 0,0 0,0 0,0

Entre 18 e 25 anos 12,0 12,1 13,1

Entre 26 e 30 anos 9,0 8,8 11,9

Entre 31 e 40 anos 10,1 8,5 10,2

Entre 41 e 50 anos 9,3 9,0 10,3

Acima de 50 anos 9,1 7,4 10,5

Rotatividade Brasil por gênero¹ (%)

2014 2015 2016

Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem.

11 9 9 8 13 9

1. Conceito de turnover: quantidade de desligamentos por iniciativa da empresa (com ou sem justa causa) ou do colaborador, com reposição da vaga. Forma de cálculo: desligamentos com solicitação de reposição/headcount efetivo da empresa.

114

RELATÓRIO ANUAL 2016

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Taxa de rotatividade por país (%)1 2 2014 2015 2016

Brasil 9,79 8,83 10,75

Argentina 8,30 11,69 11,64

Chile 8,80 10,78 14,54

México 18,67 20,94 20,75

Peru 7,27 10,31 15,58

França 6,47 5,16 15,50

Colômbia 16,28 13,12 13,94

Total 10,25 9,57 11,46

1. Conceito de turnover: quantidade de desligamentos por iniciativa da empresa (com ou sem justa causa) ou do colaborador, com reposição da vaga. Forma de cálculo: desligamentos com solicitação de reposição/headcount efetivo da empresa. 2. Para o número de desligamentos e taxa das OIs, são considerados os estagiários. No Brasil, não são considerados os estagiários e os colaboradores do Instituto Natura.

1. De acordo com a estratégia de valorização e desenvolvimento dos colaboradores internos, o número de vagas preenchidas internamente foi considerado uma das metas da área de Gestão de Pessoas. Além disso, algumas das áreas que anteriormente demandaram intensa contratação externa por aquisição de competências não o fizeram em 2016. 2. Considera Grau Salarial 16 e acima.

Aproveitamento interno de vagas (%) 2014 2015 2016

Brasil 62 57 61

Operações Internacionais 55 42 47

Total 60 54 57

Aproveitamento interno nas vagas de liderança 1 2 (%) 2014 2015 2016

Brasil 70 72 73

Operações Internacionais 66 51 49

Total 61 67 65

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RELATÓRIO ANUAL 2016

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Diversidade

405-2 Perfil dos salários – Média mensal na Operação Brasil (em R$)1 2 3 4 5 6 2014 2015 2016

Mulheres - Total 6.756 7.462 7.613

Produção 1.687 1.823 2.026

Administrativo 7.448 8.256 8.217

Gerência 15.926 16.998 18.244

Diretoria 45.643 46.655 48.758

Homens - Total 5.687 5.899 6.210

Produção 2.211 2.381 2.600

Administrativo 6.563 6.880 7.451

Gerência 17.136 17.631 18.512

Diretoria 54.569 54.843 53.911

Acima de 45 anos 9.156 9.590 9.395

Produção 2.355 2.555 2.777

Administrativo 9.843 11.061 10.690

Gerência 20.411 21.356 22.558

Diretoria 62.791 61.112 55.214

Até 45 anos 5.836 6.340 6.594

Produção 1.942 2.096 2.309

Administrativo 6.743 7.371 7.581

Gerência 15.876 16.721 17.785

Diretoria 43.953 46.055 49.146

1. Em 2016, os acordos coletivos representaram aumento de 9% para os colaboradores dos públicos operacional e administrativo. O público gerencial teve uma parcela fixa incorporada ao salário-base. Houve, ainda, aumentos espontâneos e programas de promoção e mérito, além de contratações, desligamentos e transferências realizadas, que impactaram os valores reportados. 2. O cálculo não considera o pagamento do incentivo de curto prazo (Participação nos Lucros e Resultados). 3. Foram considerados os prêmios pagos aos gerentes de vendas e aos gerentes de relacionamento acrescidos de DSR (Descanso Semanal Remunerado). 4. Os colaboradores da Força de Vendas, quando distribuídos nas categorias, reforçam as médias salariais femininas em função do prêmio de vendas, excluindo-se os cargos operacionais. 5. Para esse indicador, foram consideradas as unidades operacionais do Brasil, que têm maior representatividade na Natura. 6. As variações entre os salários do público feminino e masculino acontecem, exclusivamente, em função da distribuição das remunerações dentro da estrutura da Natura. Se comparado individualmente cada grupo salarial, nota-se que não há diferenças significativas entre os salários de homens e mulheres.

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RELATÓRIO ANUAL 2016

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401-3 – Taxas de retorno ao trabalho e retenção após licença-maternidade/paternidade, discriminadas por gênero1

2014 2015 2016

Empregados que tiveram direito a usufruir de licença-maternidade/paternidade

Homens 2.141 2.163 2.065

Mulheres 3.091 2.988 2.842

Total 5.232 5.151 4.907

Empregados que tiraram a licença-maternidade/paternidade no período

Homens 56 77 87

Mulheres 157 158 139

Total 213 235 226

Empregados que retornaram ao trabalho após o término da licença-maternidade/paternidade

Homens2 55 76 88

Mulheres 160 145 151

Total 215 221 239

Empregados que retornaram da licença-maternidade/paternidade e ainda estavam empregados 12 meses após o seu regresso

Homens 53 49 71

Mulheres 137 126 107

Total 190 175 178

Taxa de retenção de empregados que retornaram ao trabalho após o término da licença

Homens 85% 89% 93%

Mulheres 77% 79% 74%

Total 79% 81% 81%

1. A taxa de retenção de empregados que retornaram ao trabalho após o término da licença é calculada com base no total que permaneceu mais de um ano dividido pelo total de pessoas que saíram de licença no ano anterior. 2. O resultado de 2015 foi corrigido de 77 para 76 porque uma licença-paternidade teve início em 2015 e se encerrou em 2016.

1. Refere-se apenas a colaboradores próprios da Natura.

Saúde e Segurança

403-2 – Taxas de lesões, doenças ocupacionais e dias perdidos1 2014 2015 2016

Taxa de absenteísmo 3,33 2,64Masc. Fem. Total

1,81 3,02 2,34

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403-2 –Lesões e dias perdidos relacionados ao trabalho – Brasil1

2014 2015 2016

Colabora-dores

Terceiros Residentes2

Colabora-dores

Terceiros Residentes2

Colabora-dores

Terceiros Residentes2

Taxa de frequência de doenças ocupacionais (%)

0 0 0,2 0 0,1 0

Dias perdidos – acidentes3 4 186 134 212 329 161 150

Taxa de dias perdidos – acidentes

17,04 23,74 19,81 38,23 15,36 14,9

Taxas de lesões (acidentes com e sem afastamento)5 1,83 5,67 1,212 4,42 1,43 2,68

Óbitos 0 0 0 0 0 0

1. Estão considerados os acidentes registrados com colaboradores nas unidades de Cajamar, Lapa, centros de distribuição, Hub Itupeva, Nasp e Ecoparque. Não foram incluídas pequenas lesões, que requerem apenas primeiros socorros. 2. Estão considerados os nossos prestadores de serviços nas unidades de Cajamar, Lapa, centros de distribuição, Hub Itupeva, Ecoparque e Nasp. 3. No caso de dia perdido, considera-se aquele em que o colaborador não retorna a sua atividade até o dia de trabalho seguinte após a ocorrência, sendo contados os dias corridos a partir dessa data. 4. Total de horas programadas: consideram-se 8 horas/dia x dias úteis previstos no período. 5. Equivale ao número de acidentes com e sem afastamento dividido por milhão de horas-homens trabalhadas (HHT).

1. Não estão incluídos os gastos com treinamentos. 2. Em relação aos investimentos com prevenção de doenças, a Natura lançou no final de 2016 o programa Viva sua Saúde, com uma abordagem integrada para o cuidado com a vida e a saúde física, emocional, financeira e social. Os programas já existentes foram distribuídos entre esses pilares para gerar relevância, unificar a linguagem e os canais de comunicação. Mantiveram-se os programas já existentes de doenças crônicas, apoio pessoal, acompanhamento de gestantes, campanha de vacinação, ergonomia e as especialidades médicas no ambulatório (fisioterapia, psicologia, ortopedia, ginecologia).

Investimento em saúde e segurança 2014 2015 2016

Prevenção de acidentes por colaborador (R$)1 1.200 1.068 1.407

Prevenção de doenças (R$)2 2.905 2.661 2.848

403-3- Empregados com alta incidência ou alto risco de doenças relacionadas à sua ocupação

Não existem trabalhadores envolvidos em atividades ocupacionais com alto risco para o desenvolvimento de doenças, uma vez que não existe a manipulação de nenhum tipo de matéria-prima que possa justificar a incidência de doenças específicas à função.Colaboradores diagnosticados com alguma doença ocupacional recebem apoio como auxilio transporte e medicamento para realização do devido tratamento. Oferecemos diferentes especialistas em nossos

ambulatórios internos nas principais unidades para garantir tratamento e acompanhamento próximo dos colaboradores. Também disponibilizamos o PAP (Programa de Apoio Profissional), por meio do qual é possível obter diversas orientações psicológicas, jurídicas e sociais. Em 2016, a área de saúde teve grande foco na análise e acompanhamento de colaboradores com doenças ocupacionais, tendo reduzido consideravelmente o percentual deste tipo de afastamento.

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RELATÓRIO ANUAL 2016

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401-2 – Comparação entre benefícios a empregados de tempo integral e temporários

Benefícios

Público Benefício Descrição

Todos os colaboradoresda Operação Brasil

Programa de Ergonomia

Busca o ajuste confortável e produtivo do trabalhador ao seu local e às suas condições de trabalho, a partir das adaptações necessárias.

Serviço socialEspaço de discussão, compreensão e resolução das questões de ordem social dos colaboradores.

Programa de ginástica laboral

Estimula a qualidade de vida e a saúde também no ambiente de trabalho, reduzindo doenças associadas ao estresse.

Programa Gestão de Crônicos

Para colaboradores e familiares com doenças crônicas.

Descontos na compra de produtos

Desconto de 40% na compra de até cinco produtos Natura por mês.

Programa Viva Saúde

Elegível a todos os colaboradores, com objetivo de despertar reflexão sobre qualidade de vida e a importância da prevenção e promoção da saúde.

Programa MulherAcompanhamento com equipe médica específica durante gestação, upgrade de plano médico e acompanhamento psicológico pós-parto.

Auxílio-creche e auxílio especial

Para custeio de despesas com educação de crianças com deficiência.

Seguro de vida Disponível a todos os colaboradores do Brasil.

TransporteVeículos para colaboradores de nível gerencial sênior e acima e cota de combustível para nível gerencial sênior e acima.

Estacionamento Disponível em Cajamar, Nasp e Alphaville.

Convênio-farmáciaDesconto em medicamentos para todos os colaboradores e pagamento via folha de pagamento.

Transporte fretado gratuito

140 linhas de ônibus fretado sem custo para os colaboradores.

Projeto CorredoresTreinos de corrida e caminhada com acompanhamento es-pecializado em parques (Villa-Lobos, Ibirapuera, Alphaville e Cajamar).

Venda de material escolar

Com desconto e parcelamento em folha.

Clube NaturaFitness, piscina (extensivo para familiares, inclusive nos fins de semana), aula de dança, torneios de futebol e quadra po-liesportiva (Cajamar).

Espaço Bem-EstarMassagem, cabeleireiro, depilação e manicure com preços diferenciados.

Serviços e facilidadesCostureira, lavanderia, sapataria, óptica, seguros, correio e locadoras de livros e de vídeos (Cajamar).

ParceriasDescontos e/ou facilidades para colaboradores (academia de ginástica, eletrodomésticos, agência de viagem, panetones, cinemas e parques temáticos).

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Público Benefício Descrição

Todos os colaboradoresda Operação Brasil

PresentesPresentes para as mães dos colaboradores, para mães colaboradoras e para os pais colaboradores e brinquedos para filhos de colaboradores no Natal.

Reconhecimento por tempo de casa

Celebração e presente para colaboradores a partir do quinto ano de atuação na Natura. Reconhecimento acontece de cinco em cinco anos.

Natura EducaçãoBolsas de estudos para colaboradores e seus familiares (o programa estão sendo revisado em 2017).

BerçárioCom subsídio integral para crianças com idade até 2 anos e 11 meses.

Adoção Apoio nos processos de adoção.

Planos de saúde e odontológico

Plano de assistência médica, sem custo fixo para o colaborador, e plano de assistência odontológica. Também oferecemos check-up para colaboradores a partir do nível gerencial.

Reembolso parcial de despesas com medicamentos

Para doenças cardiovasculares, diabetes, insuficiência renal, oncologia, doenças hepáticas, distúrbios neurológicos, doenças osteomusculares relacionadas ao trabalho e alterações psiquiátricas.

Telemedicina Eletrocardiograma por telefone nos casos de emergência.

Saúde em Movimento Programa de incentivo à atividade física. Inclui avaliação médica, nutricional e do orientador físico antes do início das atividades.

Subsídio para academia

Para as gerentes de relacionamento e as gerentes de vendas.

Produtos gratuitosCinco produtos por mês gratuitos para colaboradores de nível gerencial e diretores.

Cartão alimentação de Natal

Para todos os colaboradores.

Espaço SaúdeAtendimento médico assistencial de emergência, fisioterapia, RPG, ginecologia e obstetrícia, acupuntura, ortopedia, nutrição e psicologia.

Programa de Apoio Pessoal

Oferece apoio pessoal nas esferas financeira, psicológica, jurídica etc.

Restaurantes nos sites Cajamar, Ecoparque, Nasp e Hub Itupeva

O restaurante atende os colaboradores do site e de outras localidades que estiverem em atividade laborativa e prestadores de serviço, em cujo contrato conste que o serviço de alimentação é de responsabilidade da Natura.

Eventos Tempo de Casa e Momento Família

Realizado em Cajamar.

Festa de Final de anoCelebração de final de ano para colaboradores das categorias funcionais operacional e administrativo, de forma unificada.

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402-1 – Prazo mínimo de notificação sobre mudanças operacionais

103-2 Mecanismos de queixas e reclamações relacionadas a práticas trabalhistas

Relações Trabalhistas

Não há prazo mínimo para notificações de mudanças operacionais em acordos e convenções coletivas, mas a Natura atende aos prazos mínimos estabelecidos na legislação vigente e/ou por meio das relações sindicais acordadas.

Operação Brasil1 Registradas Endereçadas Solucionadas3

2014 348 348 348

2015 297 297 297

20162 271 271 271

1. Inclui manifestações de colaboradores e terceiros residentes sobre benefícios, hora extra, jornada de trabalho, assistência médica e odontológica e ações de educação e treinamento, entre outros assuntos de gestão de pessoas. 2. Houve redução de 9% no volume absoluto de manifestações sobre práticas trabalhistas, número ainda abaixo da queda geral no volume de manifestações do público interno (14%). 3. O indicador não faz menção aos conceitos de manifestações recebidas x tratadas. Assim, as manifestações que não foram encaminhadas por diversos motivos são consideradas solucionadas.

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RELATÓRIO ANUAL 2016

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Combate à corrupção

Ética e direitos humanos

205-2 - Colaboradores treinados em políticas e procedimentos anticorrupção

2014 2015 20161

Comunicados Treinados Comunicados Treinados Comunicados Treinados

Diretoria 57 44 59 48 54 51

Gerência 765 630 679 619 631 614

Administrativo 3.721 3621 3.819 3.594 3.584 3.393

Operacional 2.372 2015 2.246 1.998 2.101 1.928

Total 6.915 6.310 6.803 6.259 6.687 6.683

1. Foi considerado o total de treinamentos realizados sobre Código de Conduta dos colaboradores no Brasil e nas Operações Internacionais em 2016, e o percentual sobre o headcount base dezembro 2016. O Público Operacional Indireto foi somado ao público administrativo. Dos 6% da base de headcount que não realizaram o terinamento sobre o código de conduta, 55% encontram-se afastados e 36% pertencem às Operações Internacionais, em que realizamos inúmeras ações de cobranças do treinamento e ainda identificamos oportunidades de melhorias.

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RELATÓRIO ANUAL 2016

A Natura conta com o apoio das áreas de Compliance, Controles Internos, Gestão de Riscos, Ouvidoria e Auditoria Interna na prevenção e no combate à corrupção. De forma indireta, todos os processos e áreas da Companhia passam por avaliação e mitigação desses riscos. Atualmente, a Natura possui diversos instrumentos para isso, como: Código de Conduta, que inclui e-learning para todos os colaboradores Brasil e Operações Internacionais; Canal de Ouvidoria, que garante a submissão segura, anônima e confidencial de transgressão ao Código de Conduta Natura, atuação do Comitê de Ética, Política de Integridade contra

Suborno e Corrupção, códigos de conduta específicos para fornecedores e para a força de vendas Natura, além de auditoria dos pagamentos e em fornecedores específicos.Em 2016, as áreas de Controles Internos, Riscos e Compliance deram continuidade à manutenção do programa de conformidade à lei anticorrupção brasileira (lei 12.846/2013) por meio de (i) revisita do mapeamento de 100% das áreas críticas, resultando em 27 áreas mapeadas; (ii) testes dos controles internos mapeados para o programa de compliance; e (iii) comunicados internos de reforço das diretrizes associadas ao tema.

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Casos confirmados de corrupção e medidas tomadas

Medidas disciplinares

Em 2016, foram confirmados seis casos de fraude, destacando que em nenhum deles houve envolvimento de órgãos públicos. O número é metade do registrado no ano anterior. Os seis casos resultaram na aplicação de medidas disciplinares para cinco colaboradores (desligamentos).

Já em relação aos parceiros comerciais não houve casos em que contratos tenham sido rescindidos ou não renovados em decorrência de registros dessa natureza. 205-3

Em 2016, nossos canais de denúncia e análise confirmaram seis casos de fraude que resultaram na aplicação de medidas disciplinares para cinco colaboradores, que foram desligados da Natura. Nenhum caso teve envolvimento de órgãos públicos. 205-3

A divulgação de códigos de conduta claros e específicos para cada público (colaboradores, fornecedores e força de vendas no Brasil e nas Operações Internacionais) dá clareza sobre os pontos de não conformidade e, juntamente com o reforço do canal de denúncias, fortalece a conduta da empresa com as questões éticas.

205-2 – Parceiros comerciais comunicados sobre procedimentos anticorrupção – Brasil1 Total de parceiros % de parceiros

Sul 33 10%

Sudeste 480 13%

Centro-Oeste 5 5%

Nordeste 21 7%

Norte 16 5%

Total 555 12%

1. Em 2016, revisamos o Código de Conduta de Fornecedores para Brasil e Operações Internacionais. A atualização do documento foi comunicada para 555 fornecedores localizados no Brasil. A Natura teve uma base de 4.720 fornecedores brasileiros com pagamentos em 2016, por isso, a base comunicada representa 12% em quantidade de fornecedores, mas em volume de compras representam 83%.

1. São consideradas as notas 7 a 10 para satisfação com o canal. O percentual de respostas foi de 50% das pesquisas enviadas. Ainda estamos evoluindo no processo de aplicação da pesquisa para elevação do percentual de respostas em relação ao volume total de manifestações.

102-43 / 102-44 Satisfação com a Ouvidoria – Brasil1 2014 2015 2016

Colaboradores (%) 83 83 82

419-1– Percentual de colaboradores treinados em procedimentos anticorrupção

2014 2015 2016

Gestores 82% 90% 97%

Não gestores 92% 92% 94%

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RELATÓRIO ANUAL 2016

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Direitos Humanos

Nossas práticas de segurança englobam treinamentos de direitos humanos, incluindo o treinamento legal, previsto pela Polícia Federal e treinamentos internos. Todos os colaboradores da área de vigilância passam

pelo treinamento previsto pela Polícia Federal, além das atividades específicas, para as quais não temos o percentual medido para o período avaliado.

A Natura não identificou operações ou fornecedores em que o direito de exercer a liberdade de associação e negociação coletiva possa estar sendo violado. A Ouvidoria está disponível para fornecedores no Brasil e nas Operações

Internacionais. O Código de Conduta Fornecedores foi lançado no Brasil em 2014 e, nas Operações Internacionais, em 2015, e aborda o tema liberdade de associação e negociações coletivas.

Todas as denúncias recebidas são tratadas pela Ouvidoria. A Natura nunca teve uma denúncia de discriminação comprovada, mas, caso haja, medidas cabíveis serão aplicadas. Vale lembrar que todas as manifestações que

constituem prováveis desvios éticos, como é o caso de discriminação, são reportadas ao Comitê de Ética, que tem a participação da alta liderança.

410-1 – Percentual do pessoal de segurança treinado em políticas ou procedimentos relativos a direitos humanos

407-1 – Grau de aplicação do direito de livre associação e operações e fornecedores identificados como de risco

406-1 – Número total de casos de discriminação e medidas corretivas tomadas

103-2 – Número de queixas e reclamações relacionadas a impactos em direitos humanos registradas, processadas e solucionadas1

2014 2015 2016

Colaboradores e terceiros residentes Brasil 1.256 910 771

Colaboradores e terceiros residentes Operações Internacionais

5 17 15

Fornecedores Brasil 13 29 48

Comunidades fornecedoras 0 0 0

Total 1.274 956 834

Demandas tratadas pela Ouvidoria 2014 2015 20164

Total de demandas endereçadas 1.170 888 794

Total de demandas tratadas1 1.170 888 794

% demandas tratadas2 3 92 93 95

1. Manifestações recebidas pela Ouvidoria.

1. Manifestações tratadas pela Ouvidoria juntamente com a área gestora do processo mencionado/gestor. 2. Consideradas as manifestações recebidas x tratadas em Público Interno (731), Operações Internacionais (15) e Fornecedores (48). 3. Das 40 manifestações não encaminhadas, 9 foram encerradas a pedido dos próprios manifestantes e 31 foram encerradas porque as informações eram insuficientes para dar tratativa. 4. Em 2016, recebemos 32% de manifestações anônimas. Em relação aos assuntos tratados, 74% estavam relacionadas a críticas técnicas e 26% de manifestações eram voltadas a questões comportamentais. Os principais temas se referiam a questões relacionadas ao transporte fretado, lojas VIP, plano e espaço saúde, alimentação e ponto eletrônico. Registramos, em 2016, 64% de críticas, 10% de denúncias, 7% de sugestões e 4% de elogios.

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Realizamos um diagnóstico nas comunidades fornecedoras em 2013 e implementamos planos de ação específicos que abordaram o envolvimento de crianças e adolescentes nas cadeias produtivas de insumos da biodiversidade. Os planos, 100% concluídos, envolveram disseminação do nosso posicionamento (a Natura não admite trabalho forçado/análogo ao escravo ou infantil em suas cadeias produtivas), discussão sobre os pontos apresentados nos diagnósticos e investimento em rastreabilidade dos insumos fornecidos.O monitoramento de ocorrências passou a ser feito pelo Sistema de Verificação das Cadeias da Sociobiodiversidade, em conjunto com a UEBT (Union for Ethical Biotrade), implementado em todas as comunidades fornecedoras em 2016. O sistema possui um indicador que monitora o risco de ocorrência de trabalho infantil, escravo, forçado ou análogo ao escravo.Não foi verificada a ocorrência de trabalho infantil,

forçado ou análogo ao escravo nas comunidades fornecedoras de insumos da biodiversidade da Natura. No entanto, em algumas comunidades, concentradas na Amazônia que oferecem a venda de insumos da biodiversidade, há indícios de que existe envolvimento de crianças e adolescentes nas cadeias produtivas no âmbito familiar – tradicionalmente existente por motivos culturais em algumas comunidades –, o que não configura descumprimento aos preceitos da Natura (ou seja, crianças que ajudam seus pais, mas frequentam a escola, o que não configura descumprimento aos preceitos do biocomércio ético).O Sistema de Verificação das Cadeias da Sociobiodiversidade é anualmente acreditado por uma auditoria externa.

Leia mais sobre nosso relacionamento com as comunidades fornecedoras na pág. 55.

Em 2016, 338 fornecedores foram submetidos à avaliação de impactos relacionados a critérios ambientais, sociais, trabalhistas e de direitos humanos (trabalho infantil e trabalho escravo ou análogo ao escravo). Como o posicionamento da Natura para trabalho infantil e análogo ao escravo é de tolerância zero, não há fornecedores que apresentam esse

risco e, por isso, não houve acordos de melhoria firmados. Também revisamos o Código de Conduta de Fornecedores para Brasil e Operações Internacionais em 2016, reforçando nosso posicionamento em relação a exigência de cumprimento dos direitos humanos e postura de tolerância zero.

Em 2016, não houve registro de nenhum incidente envolvendo populações indígenas nos locais em que a empresa atua.

408-1/409-1 – Operações e fornecedores com risco de ocorrência de casos de trabalho infantil e medidas tomadas. Operações e fornecedores identificados com risco de trabalho forçado ou análogo ao escravo e medidas tomadas103-2/ 103-3

408-1/414-2 - Impactos negativos significativos, reais e potenciais, em direitos humanos na cadeia de fornecedores e medidas tomadas. Operações e fornecedores com risco de ocorrência de casos de tra-balho infantil e medidas tomadas

411-1 - Total de casos de violação de direitos de povos indígenas e medidas tomadas

Concorrência desleal / conformidade

Políticas Públicas

Não houve registro, em 2016, de qualquer ação judicial decorrente de práticas de concorrência desleal, truste ou monopólio nem multas significativas ou sanções não

monetárias resultantes da não conformidade com leis e regulamentos.

Desde 2006, a empresa não faz, em nenhuma de suas operações qualquer tipo de contribuição para partidos

políticos e/ou candidatos a cargos públicos, durante ou fora dos processos eleitorais.

206-1/419-1 - Número total de ações judiciais por concorrência desleal. Valor monetário de multas sig-nificativas e número total de sanções não monetárias

415-1 – Políticas de contribuições financeiras para partidos políticos, políticos ou instituições

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Em 2016, por meio de entidades de classe associações setoriais, a Natura atuou na esfera pública em temas ligados à sustentabilidade, especialmente na elaboração da regulamentação do marco de acesso à biodiversidade, no acordo setorial de embalagens da política nacional de resíduos sólidos e também esteve presente em discussões da área tributária.As representações institucionais da empresa, em 2016, foram: o então presidente da empresa Roberto Lima fez parte do CEO Council da WFDSA (World Federation of Direct Selling Associations), federação que reúne 60 associações de venda direta do mundo. No Brasil, Moacir Salzstein, diretor de Governança Corporativa da Natura, assumiu a vice-presidência da ABEVD (Associação das Empresas de Vendas Diretas). Além disso, a Natura conta com representações ativas nos comitês da associação, tais como: Comitê de Assuntos Legais e Tributários; Comitê de Relações Institucionais; Comitê de Pesquisa, entre outros. Esses movimentos reforçam a crença nas relações e no modelo de venda direta como base do nosso negócio. Ainda em 2016, Marcelo Behar, diretor de Assuntos Corporativos, exerceu a vice-presidência da Abihpec (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal,

Perfumaria e Cosméticos), associação em que temos também uma forte atuação nos grupos de trabalho, especialmente em: Meio Ambiente, Tributário e Regulatório, além dos subgrupos respectivos.Como parte da nossa atuação setorial, participamos também do Getap (Grupo de Estudos Tributários Aplicados) e Núcleo de Estudos Fiscais da Fundação Getulio Vargas (NEF). Na CNI (Confederação Nacional da Indústria), participamos dos fóruns de meio ambiente, tributos e comércio exterior.Daniel Gonzaga, Diretor de Desenvolvimento de Produtos, faz parte da diretoria da Anpei (Associação Nacional de Pesquisa, Desenvolvimento e Engenharia das Empresas Inovadoras).Nossos cofundadores, também atuam no conselho de diversas associações. Pedro Passos é membro do Conselho do Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial). Guilherme Leal faz parte do B Team, grupo global de líderes para transformação social, ambiental e econômica, e do Conselho Orientador do Instituto Ethos (Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social), onde Marcelo Behar também é parte do Conselho Deliberativo e participamos de alguns grupos de trabalho.

102-13 - Relações institucionais

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Produtividade

Treinamento e Reconhecimento

Consultoras Natura (CN)

203-2 – Renda média anual gerada (R$) 2014 2015 2016

Consultoras e consultores (CNs)1 4.290 4.161 4.028

Consultoras Natura Orientadoras (CNOs)2 14.306 17.614 18.428

Participação de Consultoras Natura em treinamentos – Brasil (milhares)

2014 2015 2016

Consultoras Natura iniciantes 496 543 554

Treinamento inicial 378 315 230

Total de CNs treinadas nos temas1 372 393 397

Ações de Treinamento 2014 2015 2016

CNs únicas treinadas (%) 45 41 39

Treinamentos realizados2 (milhares) 1.546 1.909 1.789

Treinamentos Consultoras Natura – Operações Internacionais1 2 2014 2015 2016

Argentina 7.512 8.590 10.389

Chile 4.490 4.091 5.233

Colômbia 5.666 6.717 7.035

Peru 6.512 7.088 12.582

Total 24.180 26.486 35.239

1. Renda anual média obtida pelas nossas CNs por meio da venda de nossos produtos. 2 As CNOs são comissionadas segundo o seu desempenho (número de CNs que realizam pedidos e volume de negócios).

1. Considera a participação de uma mesma consultora em treinamentos diferentes. São considerados apenas os treinamentos das categorias de Rosto, Perfumaria e Maquiagem, aplicados pelas Gerentes de Relacionamento. 2. Considera o total de treinamentos realizados pelas consultoras em várias ações, seja por meio das Gerentes de Relacionamento, seja por treinamentos virtuais e/ou outras iniciativas.

1. Média de consultoras treinadas por ciclo, sem repetição, nas três categorias foco: Rosto, Perfumaria e Maquiagem. 2. Em 2016, lançamos cursos virtuais de todas as categorias, que também estão contemplados no indicador.

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Reconhecimentos de CNs - Brasil (un.) 2014 2015 2016

CNs reconhecidas como destaques Natura1 7.433 13.894 12.177

CNOs reconhecidas como destaques Natura2 2.287 1.631 1.389

1. Destaques Natura: programa de reconhecimento que valoriza e reconhece os indivíduos de nossa rede que se superam a cada ano em diferentes comportamentos. 2. O Programa de Reconhecimento CNO foi desenvolvido para valorizar e reconhecer aqueles que apresentam comportamentos diferenciados na atividade de orientação. Em Destaques Natura, os Orientadores foram reconhecidos em atividade e volume. Já em Evolução do Momento, celebramos o desenvolvimento do CNO na atividade de orientação.

1. O escopo considera as manifestações de consumidores e Consultoras Natura oriundas dos canais de atendimento com esses públicos. Não consideramos fornecedores, pois esse grupo está refletido em outro indicador. 2. Houve aumento significativo nas queixas de Pedido Não Solicitado pelas consultoras e de eventos adversos pelos consumidores. O aumento de manifestações não tratadas deve-se a casos encerrados por falta de retorno do manifestante.

Atendimento

Operação Brasil 1 2 Registradas Endereçadas² Solucionadas

2014 1.826 1.826 1.826

2015 2.369 2.296 2.296

2016 3.556 2.953 2.953

103-2 - Queixas relacionadas a impactos na sociedade registradas, processadas e solucionadas por meio de mecanismo formal

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Impacto Ambiental

Fornecedores

Principais fornecedores de embalagem e matéria-prima da Natura1 2014 2015 2016

Total de fornecedores avaliados (un.) 94 118 83

Consumo de energia

Eletricidade fonte primária – consumo de energia elétrica ( j)

1,1 x 1.014 9,9 x 1.013 8,3 x 1.013

Eletricidade autogerada – gerador a diesel ( j) 1,6 x 1.013 1,9 x 1.013 4,9 x 1.013

Consumo de GLP ( j) 1,3 x 1.013 3,9 x 1.012 3,1 x 1.012

Outros – gás natural ( j) 6,7 x 1.013 6,0 x 1.013 3,8 x 1.013

Total de energia consumida ( j) 2,1 x 1.014 1,8 x 1.014 1,7 x 1.014

Consumo de água

Consumo total de água (m³) 342.813 281.000 157.978

Geração de resíduos

Total de resíduos destinados para aterro ou inciner-ação (t)

845 1.460 1.285

Total de resíduos destinados à reciclagem (t)2 8.280 6.065 4.618

308-1 – Novos fornecedores selecionados com base em critérios ambientais1 2014 2015 2016

Total de fornecedores que foram considerados para contratação

1.876 1.719 999

Total de fornecedores contratados com base em critérios ambientais

42 39 19

% de fornecedores contratados com base em critérios ambientais

2,2 2,3 1,9

1. Em 2016, o volume de respostas foi 30% menor ao obtido no ano anterior. Apesar do aumento de consumo de diesel, o consumo total de energia diminuiu 5% em relação ao ano anterior. Considerando o consumo relativo, tivemos queda de 16% do consumo total de energia e 44% no consumo de água. Para resíduos, começamos a verificar uma apuração mais robusta após a mudança da apuração em 2015, na qual passamos a considerar o tipo de destinação e a classe de resíduos (perigosos e não perigosos). 2. O indicador passou a ser monitorado em 2013. A avaliação socioambiental dos fornecedores é pautada na autoavaliação dos respondentes. O monitoramento dos dados ambientais faz parte do programa de desenvolvimento de fornecedores (Qlicar) e, por meio desse programa, buscamos aumentar a base de respondentes e estimular a melhoria contínua. Os fornecedores que não participam do programa Qlicar também são monitorados. Como esperado, houve redução do consumo de água e energia elétrica, reflexo da crise hídrica e cenário energético brasileiro.

1. O volume de novos fornecedores nas categorias passíveis de avaliação e monitoramento quanto a critérios ambientais, trabalhistas, de impacto na sociedade e direitos humanos é baixo quando comparado ao total de novos fornecedores da Natura, ficando em torno de 1,9%. No entanto, essas categorias representam 70% de todo o volume de compras da Natura.

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308-2 - Total de fornecedores críticos avaliados em aspectos ambientais1

Fornecedores submetidos à avaliação de

impacto ambiental

Fornecedores identificados como

causadores de impactos ambien-tais significativos

Acordos de melhoria firmados

Acordos de melhoria firmados

(%)

2014 414 142 134 94%

2015 409 128 73 57%

20162 338 120 53 44%

Fornecedores submetidos à avaliação de impacto trabalhista

Fornecedores identificados como

causadores de impactos negati-vos significativos

Acordos de melhoria firmados

Acordos de melhoria firmados

(%)

2014 414 123 117 95.12%

2015 409 120 65 54,17%

20161 338 113 50 44,25%

1. A avaliação ambiental é realizada através de auditorias. Os desvios identificados são monitorados mensalmente pela área de auditoria e já conseguiu melhoria em 44% dos casos. 2. Em 2016, alteramos os critérios de cálculo considerando todos os fornecedores auditados no ano e apenas fornecedores que concluíram ações acordadas para melhoria.

1. O volume de novos fornecedores nas categorias passíveis de avaliação e monitoramento quanto a critérios ambientais, trabalhistas, de impacto na sociedade e direitos humanos é baixo quando comparado ao total de novos fornecedores da Natura, ficando em torno de 1,9%. No entanto, essas categorias representam 70% de todo o volume de compras da Natura. 2. A variação do percentual não é relevante, mas há redução significativa da quantidade total de fornecedores em função da alteração da metodologia de apuração do indicador, considerando como novos fornecedores, empresas cadastradas e com pedidos de compras no ano em questão.

1. Em 2016, alteramos os critérios de cálculo considerando todos os fornecedores auditados no ano e, para melhorias, apenas os fornecedores que concluíram as ações acordadas.

Impacto Ambiental a práticas trabalhistas 103-2 / 103-3

414-2 - Impactos negativos significativos, reais e potenciais, para as práticas trabalhistas na cadeia de fornecedores

414-1 – Percentual de novos fornecedores selecionados com base em critérios relativos a práticas trabalhistas1 2

2014 2015 2016

Total de fornecedores que foram considerados para contratação

1.876 1.719 999

Total de fornecedores contratados com base em critérios trabalhistas

42 39 19

% de fornecedores contratados com base em critérios trabalhistas

2,2 2,3 1,9

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RELATÓRIO ANUAL 2016

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Impactos na Sociedade103-2 / 103-3

414-1 – Percentual de novos fornecedores selecionados com critérios de impactos na sociedade

2014 2015 2016

Total de fornecedores que foram considerados para contratação

1.876 1.719 999

Total de fornecedores contratados com base em critérios relativos a impactos na sociedade1 42 39 19

% de fornecedores contratados com base em critérios relativos a impactos na sociedade2 2,2 2,3 1,9%

414-1 - Percentual de novos fornecedores selecionados com base em critérios relacionados a direitos humanos (%) 1 2

2014 2015 2016

2,2% 2,3% 1,9%

1. A variação do percentual não é relevante, mas há redução significativa da quantidade total de fornecedores em função da alteração da metodologia de apuração do indicador, considerando como novos fornecedores, empresas cadastradas e com pedidos de compras no ano em questão.2. O volume de novos fornecedores nas categorias passíveis de avaliação e monitoramento quanto a critérios ambientais, trabalhistas, de impacto na sociedade e direitos humanos é baixo quando comparado ao total de novos fornecedores da Natura, ficando em torno de 1,9%. No entanto, essas categorias representam 70% de todo o volume de compras da Natura e são referentes a insumos produtivos, fabricantes terceiros, brindes, laboratórios, pesquisas, transportadoras, operadores logísticos, atendimento, marketing, serviços, comunidades e cooperativas.

1. Em 2016, alteramos os critérios de cálculo considerando todos os fornecedores auditados no ano. No percentual de acordos firmados, incluímos apenas aqueles que concluíram as ações acordadas para melhoria. 2. Os principais impactos significativos são relacionados ao atendimento às cotas de aprendizes ou pessoas com deficiência, ausência ou treinamento adequado de código de ética, não identificado ações de desenvolvimento da comunidade, ausência ou divulgação de canal de denúncias. Vale lembrar que os desvios identificados são monitorados mensalmente pela área de auditoria e já conseguiu melhoria em 39% dos casos.

1. O volume de novos fornecedores nas categorias passíveis de avaliação e monitoramento é baixo quando comparado ao total de novos fornecedores da Natura, ficando em torno de 1,9%. No entanto, essas categorias representam 70% de todo o volume de compras da Natura. 2. A variação do percentual não é relevante, mas há redução significativa da quantidade total de fornecedores em função da alteração da metodologia de apuração do indicador, considerando como novos fornecedores, empresas cadastradas e com pedidos de compras no ano em questão.

Fornecedores submetidos à avaliação de impacto na sociedade

Fornecedores identificados como

causadores de impactos negativos

significativos na sociedade

Acordos de melhoria firmados

Acordos de melhoria firmados

(%)

2014 414 115 104 90%

2015 409 126 78 62%

2016 338 130 51 39%

414-2 - Impactos negativos significativos, reais e potenciais, da cadeia de fornecedores na sociedade e medidas tomadas1 2

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Comunidades Fornecedoras

203-1 - Impactos significativos nas comunidades fornecedoras103-2 / 103-3

Os impactos positivos decorrentes do relacionamento entre a Natura e as comunidades fornecedoras são a geração de renda pela compra de insumos, o investimento no desenvolvimento de cadeias produtivas de maior valor agregado, o estímulo ao aumento das capacidades técnicas e das competências desses parceiros por meio das capacitações oferecidas, bem como a troca de conhecimento com outros produtores e a formação de parcerias com outras empresas. Tudo isso com o objetivo de contribuir para o estabelecimento de um modelo comercial sustentável e voltado para a conservação da sociobiodiversidade. Não foram identificados impactos negativos até o momento nas comunidades fornecedoras com as quais a Natura trabalha.Os investimentos diretos são feitos em valores pagos a fornecimento, repartição de benefícios e uso de imagem, que são recursos pagos diretamente à comunidade. Já as categorias de apoios e infraestruturas para o desenvolvimento das cadeias produtivas, capacitações, estudos e serviços técnicos são recursos repassados na forma de projetos de apoio para as cooperativas, materiais,

equipamentos e cursos voltados a melhorias nas cadeias produtivas ou para disponibilização de apoio técnico.Entre os impactos indiretos dessa relação da Natura, estão o desenvolvimento de cadeias produtivas e o aprimoramento de competências dos agentes envolvidos por meio de capacitações em programas de saúde e segurança, boas práticas de manejo e gestão administrativa e organizacional. Além disso, há potencial para criar novas oportunidades e parcerias comerciais, para a formação de uma rede de comunidades e troca de conhecimentos, conservação da biodiversidade e o estabelecimento de um modelo comercial voltado à biodiversidade que pode influenciar stakeholders voltados ao tema.Em 2016, houve um aumento dos investimentos, principalmente em função do expressivo fornecimento para a produção de sabonetes, o que gerou também necessidade de maiores investimentos em infraestrutura e materiais nas cadeias produtivas; estudos e serviços técnicos.

Leia mais sobre nosso relacionamento com as comumi-dadaes fornecedoras na pág.55

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Imagem de Marca

Consumidores

102-43 / 102-44 Lealdade (%) 1 2 2014 2015 2016

Consumidores Brasil 64 58 56,2

Consumidores OIs3 65 67,3 68,7

102-43 / 102-44 Índice de preferência1 2 – Clientes (%)

2014 2015 2016

Consumidores Brasil 41,8 35,1 30,9

Consumidores OIs3 21,4 24,3 27,3

Recomendação OIs4 81,9 81,9 91,1

Avaliação global de pesquisa de imagem de marca Brasil¹ (%)

2014 2015 2016

74,2 73,0 72,5

1. Pesquisa Brand Essence realizada pelo Instituto Ipsos em todos os países entre novembro e dezembro de 2016. 2. Indicadores gerados por meio de pesquisa quantitativa de 3 mil entrevistas no Brasil, em 30 cidades de todas as regiões do país, e 2 mil entrevistas nos cincos países da América Latina (Argentina, Chile, Peru, Colômbia e México). A lealdade é baseada na porcentagem de pessoas consultadas que deram a nota máxima (Top1Box) em uma escala de 1 a 5 pontos, a três aspectos: satisfação, intenção de continuar a relação com a Natura e de recomendar a marca. 3. As notas de Chile e Colômbia não foram consideradas em 2016 devido a invalidação dos resultados do estudo por problema de qualidade do campo do Instituto Ipsos. O estudo será refeito nesses países com resultados previstos para maio de 2017. O indicador de 2015 foi recalculado considerando a mesma base para garantir comparabilidade.

1. Pesquisa Brand Essence realizada pelo Instituto Ipsos em todos os países entre novembro e dezembro de 2016. 2. Indicadores gerados por meio de pesquisa quantitativa de 3 mil entrevistas no Brasil, em 30 cidades de todas as regiões do país, e 2 mil entrevistas nos cincos países da América Latina (Argentina, Chile, Peru, Colômbia e México). A preferência da marca é baseada na seguinte questão: Das marcas que você conhece de cosmético, higiene e beleza, qual é a sua preferida? 3. Para preferência das OIs, foram consideradas as notas ponderadas de Argentina e Peru. O resultado do Chile não foi considerado em 2016 devido a invalidação dos resultados do estudo por problema de qualidade do campo do Instituto Ipsos. O estudo será refeito com resultados previstos para maio de 2017. No México e na Colômbia, países em consolidação, não avaliamos a preferência de marca. 4. Os resultados de recomendação do Chile e da Colômbia não foram considerados, pois a pesquisa foi invalidada nesses países pelas razões citadas na nota 3.

1. Fonte: Brand Essence/Instituto Ipsos. Os indicadores foram gerados por meio de uma amostra quantitativa de 3 mil entrevistas pessoais e domiciliares distribuídas em 27 cidades. Mesma amostra da pesquisa realizada em 2015, o que torna os dados comparáveis.

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Saúde e Segurança do Consumidor

Comunicações de Marketing

416-1 - Avaliação de impactos na saúde e segurança durante o ciclo de vida de produtos e serviços

417-3 - Casos de não conformidade relacionados à comunicação de produtos e serviços

416-2/417-2/419-1 – Multas ou não conformidades relacionadas a impactos causados por produtos e serviços, rotulagem ou ao fornecimento e uso de produtos e serviços

417-1 – Rotulagem de produtos e serviços103-2/ 103-3

As categorias de produtos de higiene, cosméticos e perfumes comercializados são regularizadas previamente na Anvisa e nos órgãos reguladores das Operações Internacionais da Natura. Em 2015, foi criado o indicador de “entrega do dossiê técnico Anvisa para protocolo de produtos novos”, no qual to-dos os requisitos legais da Anvisa sobre saúde e segurança são conferidos. Nesse novo indicador, 100% dos produtos co-mercializados seguem os processos estabelecidos e também

são monitorados na disponibilização pós-mercado.Adicionalmente em 2016, inauguramos a loja Natura em Nova York. Todos os produtos lançados para o mercado norte--americano foram avaliados para atendimento às questões regulatórias locais como a Food and Drug Administration (FDA), incluindo as restrições referentes a Proposição 65, do estado da Califórnia (lista de mais de 800 produtos químicos com restrição de uso).

Em 2016, a Natura não recebeu nenhuma notificação por desrespeito a regulamentos e leis, bem como códigos voluntá-rios relativos a comunicações de marketing, incluindo publicidade, promoção e patrocínio.

Em 2016, a Natura não recebeu autuações, sanções ou multas por violação à lei e regulamentos relativos ao fornecimento e uso de produtos, à rotulagem ou por supostamente colocar em risco a saúde e segurança dos consumidores. Houve apenas um pagamento no valor de R$ 6 mil em razão como autuação por descumprimento de normas e formalidades de importação.

Os produtos Natura contém informações sobre modo de uso, presença de substâncias capazes de gerar impacto socioambiental e formas de disposição do produto, indica-ção sobre o número recomendado de reutilização da em-balagem e dados sobre terceirização da produção. Todos

os produtos cosméticos da Natura são avaliados pelos re-quisitos da Tabela Ambiental.

Leia mais sobre nossas práticas de segurança do consu-midor na pág. 39

Origem do material e certificação de produtos (%) 2014 2015 2016

Material de origem renovável vegetal 82.6 83 83

Material de origem vegetal natural 7.2 6,6 5,6

Material com certificação de origem 12.2 13 13

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Contratados das comunidades do entorno

Comunidades Locais

202-2 - Presença de membros de alta gerência provenientes da comunidade local - Brasil¹

2014 2015 20166

Total de membros da alta gerência 185 169 164

Cajamar (%)2 3,1 1,5 0

Benevides (%)3 0,0 0 0

Nasp (%)4 9,2 0 0

Lapa (%)5 n.a. 22,1 4,3

Presença de membros de alta gerência provenientes da comunidade local – OIs (%)1 2 2014 2015 2016

Argentina 59 59 67

Chile 0 0 20

Colômbia 50 20 25

França 100 100 25

México 44 50 70

Peru 40 66 67

Total 50 40 57

1. Membros da alta gerência são os cargos a partir de Gerente Sênior (Gestor de Negócio, Gestor de Processo e Gestor Global) para as unidades operacionais brasileiras. 2. Entorno de Cajamar: toda a cidade de Cajamar (SP). 3. Entorno do Ecoparque: municípios de Benevides, Marituba, Santa Bárbara e Santa Izabel e o distrito de Mosqueiro (que faz parte da cidade de Belém), todos no estado do Pará. 4. Entorno do Nasp: Distrito Jaguara (faz parte da cidade de São Paulo e compreende os bairros: Vila Jaguara, Vila Piauí, Remédios e Jardim Marisa); 5. No site da Lapa está alocada, temporariamente, parte dos colaboradores. Essa alocação é provisória enquanto ocorre a construção do novo site do Nasp, que receberá esses colaboradores. Seu entorno contempla os bairros da Lapa, Vila Leopoldina e Barra Funda, todos da cidade de São Paulo (SP). 6. Hoje não temos membros da alta gerência que residam nas comunidades dos entornos da Natura, à exceção do site da Lapa, que é temporário como explicado na nota acima. As ações em prol do desenvolvimento local estão atualmente mais focadas na contratação de colaboradores dos entornos nos cargos de entrada na organização.

1. Membros da alta gerência são os cargos a partir de Gerente Sênior. 2. Grande parte das funções de alta gerência é exercida por profissionais nativos do país no qual a Natura tem operação, de forma que o negócio opere de acordo com as características do mercado. Durante este último ano, foram abertas vagas de postos da alta gerência que foram preenchidas com colaboradores do Brasil que já tinham o conhecimento necessário para atender a essa demanda.

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Colaboradores das comunidades de entorno¹ (%) 2014 2015 2016

% de colaboradores da com. de entorno locados em Benevides2 26 43 48

% de colaboradores da com. de entorno locados em Cajamar 3 4 15 17 17

% de colaboradores da com. de entorno locados no Nasp4 5 1 2 2

% de colaboradores da com. de entorno locados na Lapa6 n.a. 7 5

204-1 - Políticas, práticas e proporção de gastos com fornecedores locais (R$ milhões)1 2014 2015 2016

Cajamar 148 144 155

Benevides2 132 178 111

Total 281 322 266

Percentual de gastos com fornecedores do entorno em relação ao total de gastos com fornecedores (%)

7,0 6,9 5,1

1. Em 2016, alteramos os critérios de definição das regiões consideradas como comunidades do entorno da Natura, com o objetivo de alinhá-los às regiões contempladas em nossa estratégia de desenvolvimento territorial. Com isso, o indicador passa a refletir diretamente os resultados dos nossos esforços com ações que contribuem para desenvolvimento socioambiental local. Os dados dos anos de 2014, 2015 e 2016 foram atualizados seguindo esses novos critérios. 2. Entorno do Ecoparque, em Benevides: municípios de Benevides, Marituba, Santa Bárbara e Santa Izabel e o distrito de Mosqueiro, que faz parte da cidade de Belém, todos no Pará. 3. Entorno de Cajamar: toda a cidade de Cajamar (SP). 4. Apesar dos esforços e ações para o desenvolvimento territorial de Cajamar e Nasp, 2016 foi um ano de restrições na contratação de novos colaboradores, o que fez com o que o número se mantivesse similar entre 2015 e 2016. 5. Entorno do Nasp: Distrito de Jaguara, que faz parte da cidade de São Paulo (SP) e compreende os bairros de: Vila Jaguara, Vila Piauí, Remédios e Jardim Marisa. 6. Região não considerada na estratégia de desenvolvimento territorial, pois a alocação de colaboradores nesse site é provisória, enquanto ocorre a construção do novo prédio no NASP que receberá esses colaboradores. O entorno da Lapa contempla os bairros da Lapa, Vila Leopoldina e Barra Funda, todos na cidade de São Paulo (SP).

1. São considerados fornecedores dos municípios de Cajamar e Benevides fornecendo para qualquer unidade Natura. 2 Em Cajamar, o aumento do valor se deve principalmente ao aumento de negócios com parceiros que migraram para o entorno. Em Benevides, a redução foi reflexo da alteração da definição de “local”, que antes considerava todo o estado do Pará.

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Emissões de GEE

Gestão ambiental

305-1/305-2 – Emissões na cadeia de valor 1 2 2014 2015 2016

Extração e transporte de matérias-primas e embalagens (proces-so e transporte até fornecedores diretos)

141.574 127.788 122.337

Fornecedores diretos (processo e transporte à Natura) 35.154 31.731 30.378

Processos industrial e internos 29.325 18.557 15.663

Venda de produtos (transporte e distribuição) 49.593 66.749 63.465

Uso de produtos e descarte de embalagens 76.680 76.442 71.611

Total geral (t) 332.326 321.267 303.424

305-1/305-2/305-3 – Emissões diretas e indiretas de gases de efeito estufa¹²

2014 2015 2016

Emissões diretas de GEE (Escopo 1) 1.635 4.156 4.975

Emissões diretas biogênicas (provenientes da queima ou biode-gradação de biomassa)

8.826 9.347 8.870

Emissões indiretas de GEE e Energia (Escopo 2) 8.371 7.909 5.094

Outras emissões indiretas de GEE (Escopo 3) 322.319 309.202 293.355

Emissões indiretas biogênicas de CO2 em toneladas métricas de CO2

8.921 10.746 9.366

Total (t) 332.325 321.267 303.424

1. Para os cálculos foram considerados todos os gases de GEE. 2 Para calcular o nosso inventário, consideramos o volume total das nossas emissões com escopo 1, 2 e 3. Nosso inventário segue os padrões do GHG Protocol e os princípios da norma ABNT NBR ISO 14064-1, que estabelecem regras para a sua concepção, desenvolvimento, gestão, elaboração e reporte. Em 2016, o relatório foi auditado pela KPMG.

1. Para os cálculos foram considerados todos os gases de GEE. 2 Para calcular o nosso inventário, consideramos o volume total das nossas emissões com escopo 1, 2 e 3. Nosso inventário segue os padrões do GHG Protocol e os princípios da norma ABNT NBR ISO 14064-1, que estabelecem regras para a sua concepção, desenvolvimento, gestão, elaboração e reporte. Em 2016, o relatório foi auditado pela KPMG.

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RELATÓRIO ANUAL 2016

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2016 Peso Tipo do gás Escopo

Uso de cabotagem para abastecimento de centros de distribuição Nordeste/Norte

1.118 CO2e Escopo 3

Ganhos em exportação com produção local 890 CO2e Escopo 3

Lançamento refil perfumaria Ekos 186 CO2e Escopo 3

Vidro reciclado perfumaria 86 CO2e Escopo 3

Embalagens com PET reciclado 535 CO2e Escopo 3

305-5 – Redução de emissões de gases de efeito estufa

305-6/305-7 – Emissões de substâncias que destroem a camada de ozônio / Emissões de NOx, SOx e outras emissões atmosféricas significativas

A Natura não utiliza em suas operações substâncias que impactam a camada de ozônio. Em relação às emissões de NOx e SOx, como são usados combustíveis limpos (etanol,

GLP e briquete) nas caldeiras, não há quantidades signifi-cativas mensuráveis desses gases.

Emissões de CO2

com transportes2014 2015 2016

Logística

Transporte de produtos

49.593 50.395 49.856

Exportação de produtos

10.951 16.353 13.609

Transporte de resíduos

219 204 206

Transporte de colaboradores

Fretado 2.229 2.079 1.955

Veículo força de vendas

577 457 357

Veículo executivos 449 331 201

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RELATÓRIO ANUAL 2016

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302-1 – Consumo direto e indireto de energia, segmentado por fontes primárias (Tj) 1

Tipo de Fonte 2014 2015 2016

Energia solar Renovável 0,02 0,02 0,02

Óleo diesel utilizado nos geradores Não renovável 6 3,27 4,31

Consumo de GLP Não renovável 6 7,10 6,17

EletricidadeFonte mista predominante-mente renovável2 197 205,71 189,90

Consumo de álcool3 Renovável 32 38,65 40,45

Consumo de óleo BPF Não renovável - - 1,00X10-12

Consumo de briquete4 Renovável 33 33,12 29,27

302-1 - Matriz energética (%)¹ Tipo de Fonte 2014 2015 2016

Eletricidade2 Fonte mista predominante-mente renovável

72 71 70

Consumo de GLP Fonte não renovável 2 2 2

Óleo diesel utilizado nos geradores Fonte não renovável 2 1 2

Consumo de álcool3 Fonte renovável 12 13 15

Consumo de óleo BPF Fonte não renovável 0 0 0

Energia solar Fonte renovável 0,01 0,004 0,007

Briquete4 Fonte renovável 12 12 11

Energia

1. Consumo referente à matriz energética Natura: Cajamar, Benevides, Lapa, Centros de Distribuição e apoios administrativos Nasp, Hub Itupeva, Centro de Serviços Compartilhados (CSC) e escritórios regionais. 2. Energia elétrica considerada fonte renovável, pois 75,5% da matriz energética em 2016 é de origem renovável de acordo com o Balanço Energético Nacional. 3. Combustível renovável utilizado na produção de vapor de Cajamar. 4. Substituição total da caldeira de BPF por biomassa em Benevides, como uma das ações de redução de consumo de combustíveis fósseis.

1 Consumo referente à matriz energética Natura: Cajamar, Benevides, Lapa, Centros de Distribuição e apoios administrativos Nasp, Hub Itupeva, Centro de Serviços Compartilhados (CSC) e escritórios regionais. 2 Não considera as Lojas Natura. 3 Combustível renovável utilizado na produção de vapor de Cajamar. 4 Substituição total da caldeira de BPF por biomassa na fábrica de Benevides, como uma das ações de redução de consumo de combustíveis fósseis.

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RELATÓRIO ANUAL 2016

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302-1 - Consumo de energia total, por fonte (Tj) 2014 2015 2016

Combustíveis não renováveis 11,8 10,38 10,49

Combustíveis renováveis 262,2 277,49 259,64

Total de combustíveis 274,0 287,87 270,13

302-1 - Consumo de energia total (Tj) 2014 2015 2016

Eletricidade1 203,1 208,98 194,21

Aquecimento 0,00 0,00 0,00

Refrigeração2 0,00 0,00 0,00

Vapor3 66,1 74,80 72,00

Total de energia 269,2 283,78 266,20

302-1 - Consumo de energia total¹ (Tj) 2014 2015 2016

Cajamar e Benevides2 198,8 215,7 212,7

Outros espaços Natura no Brasil3 75,2 72,1 57,5

Fabricantes terceiros Natura4 45,0 35,8 25,9

Matriz energética total 319,0 323,7 296,0

1. Não considera as Lojas Natura. 2. O consumo de energia elétrica para refrigeração já está incluído no consumo de eletricidade total do site de Cajamar. 3. Consumo total de álcool e briquete somado ao consumo de GLP da caldeira de Cajamar.

1. Houve redução (1%) no consumo absoluto de energia em Cajamar e Benevides diante da queda no volume de produção. Redução (17%) no consumo absoluto dos Outros espaços Natura; redução (28%) no consumo absoluto dos fabricantes terceiros diante da redução de produção e internalização de produção de alguns produtos em Cajamar e Benevides. Esses fatores resultaram em consumo de energia 8% menor em relação a 2015. 2. Cajamar e Benevides correspondem a 64% do total da matriz energética da Natura. 3. Outros espaços Natura Brasil: Hub Itupeva (SP), Lapa e Nasp, ambos em São Paulo (SP). 4. Empresas que fabricam produtos acabados para a Natura, representando cerca de 90% do total de unidades compradas pela Natura.

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RELATÓRIO ANUAL 2016

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302-2 – Consumo de energia fora da organização (Tj)1 2014 2015 2016

Bens e serviços adquiridos 245,94 189,44 148,23

Transporte e distribuição a montante 479,71 497,59 495,83

Resíduos gerados na operação - - -

Viagens a negócios 79,58 55,65 45,38

Transporte de empregados 30,99 29,48 27,75

Transporte e distribuição a jusante 194,13 207,94 214,79

Total 1.030,35 980,10 931,99

302-3 – Intensidade energética 2014 2015 2016

Consumo de energia por unidade produzida1 (Joules x 1012 – kJ) 484,3 539,9 564,9

302-4 – Energia economizada (Joules x 1012) 2014 2015 2016

Em virtude de projetos de eficiência1 6,84 0,04 0,00

Em virtude de consumo de energia solar 0,02 0,02 0,02

301-1 – Materiais usados, discriminados por peso ou volume (exceto água)1 2014 2015 2016

Materiais diretos (t) 53.259 70.283 70.635

Materiais diretos (m3) 11.663 9.583 8.162

1. A conversão do consumo de combustível para energia utilizando os fatores do IPCC.

1. Consumo referente à matriz energética Natura (Cajamar, Benevides, Fornecedores terceiros, CDs, Hub Itupeva, Lapa e Nasp). Fórmula de cálculo: somatória de todas as fontes energéticas Natura divididas por todas as unidades produzidas.

1. A forma de cálculo foi revisada e passou a considerar toda entrada de insumo ou matéria-prima nas operações de Cajamar e Benevides. Anteriormente a 2014, o valor relatado contemplava somente os materiais consumidos pelas fábricas de Cajamar. Portanto, os valores para os anos de 2014 e 2015 também foram atualizados, considerando esse novo escopo.

1. Consumo de energia solar é contínuo desde a implementação do projeto para iluminação do estacionamento e do aquecimento de água para berçário, em 2005.

Gestão de resíduos103-2 / 103-3

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RELATÓRIO ANUAL 2016

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Impacto ambiental das embalagens por quantidade de produto¹ (mpt/kg)

2014 2015 2016

Brasil 64 69 53

306-2 – Peso total de resíduos, discriminado por tipo e método de disposição¹

2014 2015 2016

Total de resíduos por unidade produzida (g/un.) 25 25,5 22,8

301-3 - Embalagens recuperadas em relação ao total de produtos faturados1

2014 2015 2016

Colômbia Colômbia Argentina2 Colômbia Argentina

% de embalagens recuperadas em relação ao total de produtos/itens faturados

37% 73% 1% 37% 0,5%

kg de material recuperado 286.608 624.419 22.245 282.150 9.350

1. A metodologia de Avaliação do Ciclo de Vida considera desde a extração das matérias-primas até o descarte final. O software utilizado para o cálculo do ACV das embalagens possui um banco de dados internacional, portanto, faz-se necessário adequar/agrupar os materiais utilizados pela Natura e cenários de disposição da realidade brasileira. O impacto ambiental das embalagens medido pela ferramenta de ACV apresentou uma redução em relação ao ano anterior dado às ações para ampliar embalagens ecoeficientes, reduzir emissões de gases de efeito estufa, além de oscilações no mix de vendas.

1. Desde 2015, trabalhamos no projeto de EcoPontos na Colômbia, existentes por meio da aliança com a Fundação Família e associações de recicladores em Bogotá, Bucaramanga, Medellín, Rionegro e Valledupar. Em 2016, deixamos de contabilizar os resíduos recuperados do nosso Centro de Distribuição, uma vez que este não se enquadra na metodologia de materiais reaproveitáveis pós-consumo. Considerando apenas os materiais dos EcoPontos, o volume cresceu no ano passado, considerando que em 2015 esse volume somou 216 toneladas. 2. Revisamos nossa estratégia em 2016 e encerramos o projeto em conjunto com o governo de Buenos Aires, com isso, o volume contabilizado se refere apenas de janeiro a abril. Realizamos uma parceria com o Cempre (Compromisso Empresarial para a Reciclagem), integrando o programa Fundo Empresarial para a Reciclagem (Feri), que coordena recursos empresariais e políticas públicas para aprimorar a gestão dos resíduos e ampliar as taxas de reciclagem. O objetivo é unir-se ao esforço coletivo das empresas na recuperação dos materiais pós-consumo, potencializando os impactos dos investimentos.

1. O indicador resíduos/unidade produzida é a somatória do total de resíduos diretos e indiretos da Natura, em gramas, dividido pelo total de unidades produzidas direta e indiretamente pela Natura.

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RELATÓRIO ANUAL 2016

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Resíduos diretos Natura, por tipo e destinação (%)

2014 2015 2016

Total de resíduos perigosos (Classe I)

Destinados para reciclagem1 92 82,4 71,0

Incinerados 7,6 17,6 28,9

Descarregados em aterro 0 0 0

Total de resíduos não perigosos (Classe II – A e B)

Destinados para reciclagem1 87 90 91

Incinerados 4 6 1,9

Descarregados em aterro 9 4 7,2

Total geral dos resíduos diretos Natura (t)2 12.168 11.585 9.600

Resíduos indiretos Natura (t) 2014 2015 2016

Resíduos referentes aos outros Espaços Natura3 2.266 2.127 1.162

Resíduos nos fornecedores terceiros4 2.053 1.543 1.131

Total de resíduos indiretos (t)5 4.319 3.670 2.293

1. Considera-se reciclagem de resíduos aqueles enviados para compostagem, coprocessamento e transformação. 2. Refere-se aos espaços de Cajamar, Benevides, Nasp e CDSP. A Natura não reporta neste indicador os resíduos gerados em obras civis (entulhos) executadas em seus espaços. 3. Refere-se aos centros de distribuições, exceto o CDSP, o Hub Itupeva e Lapa. Os resíduos dessas unidades começaram a ser monitorados a partir de 2015.4. Refere-se aos maiores fornecedores terceiros, que representam aproximadamente 90% do total produzido em terceiros. 5. Em 2016, houve redução de 17% na quantidade de resíduos gerados que se deve, principalmente, ao menor volume de produção e a projetos de redução de resíduos gerados implementados no período. A redução de 38% no total de residuos indiretos deve-se à redução na produção planejada em fornecedores terceiros, que tiveram seus volumes internalizados.

306-2– Resíduos diretos e indiretos5

306-4– Peso de resíduos transportados considerados perigosos

103-2 / 103-3

A Natura não importa, exporta ou transporta esses resíduos internacionalmente.

Água

303-1– Consumo de água (l/un. produzida)2014 2015 2016

0,45 0,49 0,53

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RELATÓRIO ANUAL 2016

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Consumo de água por espaço (m3) 2014 2015 2016

Sites Natura1 174.045 177.866 191.277

Outros espaços2 60.356 52.826 50.224

Fornecedores terceiros Natura3 60.299 63.027 37.453

Consumo total de água 294.700 293.719 278.955

303-1– Total de água retirada por fonte1 (m3) 2014 2015 2016

Água de superfície (rios, lagos, áreas úmidas, oceanos) 0 0 0

Água subterrânea 174.045 177.866 191.277

Concessionária/empresa de abastecimento 30.960 20.872 23.858

Total 205.006 198.738 215.135

1. Abrange nossas unidades industriais: Cajamar e Ecoparque (Benevides). 2. Considera Nasp, Lapa, os centros de distribuição e o Hub Itupeva. 3. Fabricam produtos acabados para a Natura. Consideram os principais fornecedores terceiros, cerca de 90% do volume.

1. Considera as unidades de Cajamar e Benevides, Nasp e Lapa. Não é possível informar as fontes utilizadas nos centros de distribuição, Hub Itupeva e nos fornecedores terceiros, em decorrência da variação das fontes de captação.

303-2– Fontes hídricas significativamente afetadas por retirada de água

Em virtude da ausência de um sistema público de abaste-cimento de água, os recursos hídricos utilizados nas insta-lações de Cajamar e Benevides são provenientes de poços semiartesianos. Esses sistemas são acompanhados dia-

riamente e atendem aos regulamentos das outorgas con-cedidas pelos órgãos competentes. No Nasp, localizado em São Paulo (SP), o fornecimento de água se dá pelo sistema público de abastecimento.

303-3 – Volume de água reciclada e reutilizada 2014 2015 2016

Água reciclada¹ e reutilizada² (m³) 99.586 82.972 63.523

Percentual de água recuperada sobre o total de água tratada na estação de tratamento de efluente³ (%)

61 45 42

Percentual de água recuperada sobre o total de água retirada (%) 67 59 41

1. Água reciclada: é a água reaproveitada em descargas, irrigação e em outros processos industriais. Também chamada de água de reúso. 2. Água reutilizada: aquela que retorna do processo produtivo de Cajamar e é aproveitada no sistema de água potável. 3. Água recuperada: somatório da água reciclada e reutilizada. 4. Para esse indicador, foram considerados somente os dados de Cajamar.

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RELATÓRIO ANUAL 2016

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Efluentes

Efluente tratado em Cajamar (mg/l) Parâmetro legal 2014 2015 20163

DBO1 60 20 13,3 29,1

DQO2 150 65,68 55,1 76,4

Óleos e graxos 120 17 18,4 16,6

Efluente tratado em Benevides (Ecoparque) (mg/l)3 Parâmetro legal 2014 2015 20164

DBO1 - 7 10,9 5,5

DQO2 - 64 55,9 33,4

Óleos e graxos - 1 7,0 5,0

1. DBO – demanda biológica de oxigênio. 2. DQO – demanda química de oxigênio. 3. O aumento no volume de lançamento de Cajamar ocorreu devido a alteração do mix de produção das fábricas, com aumento da participação da fábrica do Rio Amazonas que eleva a demanda de efluentes. O aumento da carga orgânica deve-se à proximidade do tempo de saturação das membranas, que serão substituídas como planejado em 2017. É importante ressaltar que o processo de tratamento tem alta eficiência, e a qualidade do efluente tratado atende a legislação vigente.

1. DBO – demanda biológica de oxigênio. 2. DQO – demanda química de oxigênio. 3. Refere-se ao Ecoparque, com operação desde abril de 2014. 4. O aumento de volume de efluente do Ecoparque deve-se à inauguração do restaurante do site, que contribui com volume de efluente sanitário e incremento de efluente industrial proveniente da Symrise, empresa parceria que se instalou no Ecoparque e de efluentes gerados em 2015 provenientes de processos de limpeza armazenados em tanques para tratamento final externo em 2016.

103-2/ 103-3

306-1/306-5 – Descarte total de água, discriminado por qualidade e destinação. Proteção e índice de biodiversidade de corpos d’água e habitats

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RELATÓRIO ANUAL 2016

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306-1/306-5 – Descarte total de água, por qualidade e destinação

Volume (m³)Trata- mento

Qualidade da água e

método de trata-

mento

Desti-nação

Será re-utilizada por outra

organi-zação?

2014 2015 2016 2016 2016 2016 2016

Cajamar1 110.829 129.041 157.101 SimLodo

ativado

Reúso e descarte

no rioNão

Benevides -Ecoparque2 - 4.261 18.369 Sim

Jardim filtrante

Descarte no rio

Não

Benevides 11.838 A antiga unidade industrial de Benevides foi desativada em outubro de

2014 e o terreno devolvido ao proprietário

Nasp3 28.163 17.849 15.311 Não N.A.Rede mu-

nicipalNão

306-3 – Número e volume total de derramamentos significativos

Não foi registrada nenhuma ocorrência de derramamento significativo de substâncias ou acidentes com produtos que tenham causado qualquer impacto em 2016.

Biodiversidade

304-1 – Localização e tamanho da área possuída

Cajamar Benevides (Ecoparque) Nasp (São Paulo)

Área Área própria Área própria Área alugada

Posição em relação à área protegida

Área ocupada é uma APA

Abrange áreasprotegidas

Área ocupada éindustrial urbana

Tipo de operação

Administrativase industriais de

produção decosméticos

Administrativas e industriais de produção

de massa básica de sabonete e fabricação

de sabonetes

Administrativas e de logística, com

armazenamento e dis-tribuição de cosméticos

Tamanho da unidade operacional

646 mil m² 1.729 mil m² 111,7 mil m²

Valor da biodiversidade1 Não disponível Não disponível Não disponível

1. Considera o atributo da área protegida e da área de alto índice de biodiversidade fora da área protegida (ecossistema terrestre, de água doce ou marinho) e a classificação pelo estado de conservação (ex.: Categoria IUCN, Convenção de Ramsar, legislação nacional etc.).

1. Em Cajamar, o lançamento é realizado no rio Juqueri (classe 3). O corpo hídrico apresenta os seguintes resultados (DBO montante: 17,7mg/l, jusante: 12,5/mg/l) realizados em 13/julho/2016. 2. Em Benevides/Ecoparque o lançamento é realizado no afluente do rio Benfica (classe 2). O corpo hídrico apresenta resultados (DBO montante: <3mg/l, jusante: <3/mg/l) realizados em 23/março/2016 e 28/setembro/2016. Observa-se que os lançamentos não prejudicam as características dos rios e estão inteiramente de acordo com a legislação. 3. O Nasp possui apenas efluente doméstico, coletado por sistema de esgoto da Sabesp. Como não há medidores, adota-se o mesmo volume de consumo de água como volume de efluentes.

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RELATÓRIO ANUAL 2016

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304-3 – Habitats protegidos ou restaurados

2016

Área/ProjetoTamanho (hectares)

Localização Condições da áreaParcerias

(para proteger ou restaurar)

Cajamar Manutenção das ruas e aceiros Não

Nasp Sem projetos definidos Não

Programa de Recu-peração de Áreas Degradadas (Prad)

4 Ecoparque

Programa realizado nas Áreas de Proteção Permanente (APP) e con-

templa áreas de mata ciliar, visando enriquecimento florestal

Não

304-4 – Número total de espécies incluídas na lista vermelha da IUCN e em outras listas de conservação1

2014 2015 2016

Criticamente ameaçado - - -

AmeaçadoVirola surinamensis*

(IUCN) – ucuuba

Virola surinamensis (IUCN) – ucuuba

Virola surinamensis (IUCN e MMA) – ucuuba

Pinus elliottii (IUCN) – pinheiro Euphorbia cerifera

(CITES) – candelilaEuphorbia cerifera (CITES) – Candelilla

Vulnerável

Bertholletia excel-sa (IUCN e MMA) -

castanha-do-brasilVitellaria paradoxa

(IUCN) - carité

Bertholletia excel-sa (IUCN e MMA) -

castanha-do-brasil

Bertholletia excel-sa (IUCN e MMA) –

castanha-do-brasil

Vitellaria paradoxa (IUCN) – carité

Vitellaria paradoxa (IUCN) – carité

Santalum album (IUCN)* - sândalo

Quase ameaçadoIlex paraguariensis (IUCN) - erva-mate

Ilex paraguariensis (IUCN) – erva-mate

Ilex paraguariensis (IUCN) – erva-mate

Mínimo de preocupação

- -Cyperus articulatus

(IUCN) – priprioca

Pinus elliottii (IUCN) – óleo de pinho

Bulnesia sarmientoi (CITES e IUCN) – guaiac

1. Foram consideradas as espécies vegetais ameaçadas de extinção, nativas do Brasil e exóticas (importadas e produzidas no Brasil) presentes em linhas de produtos Natura. Para as espécies da biodiversidade brasileira, são desenvolvidos projetos de conservação em parceria com instituições de pesquisa e fornecedores diretos. Para a castanha-do-brasil e erva-mate, foram concluídos dois projetos de conservação, realizados em parceria com a Embrapa. Foi finalizado o projeto de conservação da ucuuba em parceria com a UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), manejando as árvores para utilização dos frutos, sem a sua derrubada. Também incentivamos a adoção de sistemas agroflorestais para a produção de castanha, ucuuba e priprioca em comunidades da Amazônia. A erva-mate saiu da lista da Flora do Brasil ameaçada de extinção. A priprioca, por sua vez, foi identificada pela primeira vez na lista da IUCN (International Union for Conservation of Nature), sendo esta uma espécie que possui cadeia orgânica desenvolvida pela Natura. A espécie de pinus, presente na composição de algumas fragrâncias, é proveniente de floresta plantada e com rastreabilidade de origem garantida pelo fornecedor. No caso da carité, o fornecedor participa da Alliance Globale du Karité, ação voltada para promover a sustentabilidade desta cadeia produtiva. No caso da candelila e do guaiac, presentes na lista do Cites (Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Ameaçadas de Extinção), o fornecedor segue a legislação internacional, confirmado pelo certificado Cites. O sândalo fornecido tem origem do Sri Lanka, garantido pelo fornecedor, país que segue políticas rígidas para a proteção e conservação desta espécie. Adicionalmente, recebemos a Certificação UEBT (The Union for Ethical BioTrade) para 14 comunidades fornecedoras da Amazônia, reforçando nosso compromisso com o abastecimento ético. 147

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Número de fornecedores da sociobiodiversidade certificados1 2016

Fornecedores da sociobiodiversidade certificados2 14

Total de fornecedores da sociobiodiversidade auditados 33

% de fornecedores da sociobiodiversidade auditados (%) 100%

Total de cadeias de fornecimento certificadas (insumo x fornecedor)3 40

Total de cadeias de fornecimento auditadas (insumo x fornecedor) 113

% total de cadeias de fornecimento certificadas (insumo x fornecedor) (%) 35%

1. O Sistema de Verificação das Cadeias da Sociobiodiversidade tem como objetivo acompanhar os princípios de biocomércio ético nas cadeias de fornecimento de insumos da sociobiodiversidade. O sistema foi aplicado em 100% dos fornecedores da sociobiodiversidade. Na auditoria de 2016, 14 comunidades foram consideradas aptas para certificação. Os fornecedores que não foram certificados, possuem planos de ações que são monitorados e serão checados na próxima auditoria, podendo conseguir o status de fornecedor certificado. O sistema de verificação teve em 2016 a primeira acreditação de uma auditoria externa. Porém, o sistema está operando desde 2015. 2. Fornecedores da sociobiodiversidade incluem as comunidades fornecedoras, que são organizadas em cooperativas e associações, assim como produtores rurais. 3. Cadeia de fornecimento: é o insumo fornecido versus o fornecedor.

Mecanismos para manifestações

Conformidade

103-2– Número de queixas e reclamações relacionadas a impactos ambientais

Registradas Endereçadas Reclamações

2014 20 20 20

2015 20 20 20

2016 9 9 9

307-1 – Valor de multas e número total de sanções resultantes de não conformidade com leis

Não houve multas ou sanções monetárias em assuntos ambientais em 2016.

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Investimento

Investimentos e gastos com proteção ambiental (em R$ mil)1

Detalhamento 2014 2015 2016

Sociobiodiversidade Programa Amazônia¹ 385.000 169.765 220.700

Mudanças climáticas Programa Carbono Neutro 1.731 764 3.293

ResíduosPrograma Logística Reversa e disposição dos resíduos industriais das unidades Natura

6.327 9.935 11.375

Água e efluentesPrograma Pegada Hídrica e Tratamento de efluentes industriais das unidades Natura

2.685 3.410 3.583

Inovação e tecnologias socioambientais

Tecnologias sustentáveis em produtos e tecnologias limpas implementadas nas operações

6.645 6.661 3.874

SocialProgramas como Movimento Natura, IDH CNs e Desenvolvi-mento local nas unidades Natura²

2.081 2.784 2.225

OutrosApoios, patrocínios e associações relacionadas à sustentabilidade2, bem como seguro ambiental

1.880 1.263 1.194

TOTAL3 406.349 194.582 246.244

1. Os valores do Programa Amazônia aqui divulgados são anuais, diferente do valor divulgado no indicador Volume de Negócios na Amazônia (compromisso da Visão de Sustentabilidade), que representa o valor acumulado. 2. Unidades Natura: Cajamar, Nasp e Benevides. 3. Os apoios e patrocínios aqui indicados diferem do indicador de Apoios e Patrocínios geral da Natura, pois considera apenas apoios, patrocínios e associações relacionados ao tema da sustentabilidade. Os dados de 2014 não contemplam associações, visto que o indicador foi reformulado e recalculado a partir de 2015.

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NATURADIRETORIA DE ASSUNTOS CORPORATIVOSMarcelo Bicalho Behar

Gerência de Comunicação e CriaçãoMilena Buosi

Coordenação do Relatório AnualFábio Peixoto (MTb 59.577/SP)

Direção de arte e projeto gráficoVanessa Kinoshita

DesignCarolina Almeida e Cassio Silva

DIRETORIA DE SUSTENTABILIDADERenata Puchala, Keyvan Macedo, Juliana Pasqualini e Andreza Souza

VICE-PRESIDÊNCIA DE FINANÇAS E RELAÇÕES COM INVESTIDORESInformações financeirasMárcio Bologna, Daniel Praça e Leandro Grellet Galvão

Relações com o mercadoMarcel Goya e Luiz Palhares

Expediente

COLABORARAM NESTA EDIÇÃOTEXTO E CONSULTORIA EM SUSTENTABILIDADEReport SustentabilidadeEdiçãoÁlvaro Almeida e Michele SilvaReportagemRenata CostaGestão de projetos e relacionamentoAna SouzaConsultoria GRIDébora Passos , Fabíola Nascimento e Victor Netto

DESIGNBruna Foltran

FOTOGRAFIAJulia Rodrigues, Tomás Arthuzzi e Acervo Natura

INFOGRAFIARodrigo Damati

REVISÃOKátia Shimabukuro

Responsável técnicoEnzo Raphael RussoCRC: 1SP275298/O-4