Relatório Condutividade Elétrica

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Relatório Condutividade Elétrica (CE) Francisco Almeida Gomes Júnior – 201011087 Introdução: A condutividade elétrica é caracterizada pela expressão numérica da capacidade da água conduzir corrente elétrica, sendo uma função entre a temperatura e a concentração iônica, indicativo de quantidade de sais na amostra, e é uma medida indireta da concentração de poluentes (SANCHES et al, 2014). Em geral, níveis superiores a 100 µS/cm indicam ambientes impactados (CETESB, 2008). Esteves (1998) afirma que a capacidade de uma solução para conduzir a corrente elétrica depende da concentração dos íons presentes, e é de se esperar que em soluções de maior concentração iônica, maior será a condutividade elétrica. Segundo Libânio (2005), embora a condutividade não seja um parâmetro integrante do padrão de potabilidade brasileiro e, também por isso, somente monitorado nas estações de maior porte, constitui-se importante indicador de eventual lançamento de efluentes por relacionar-se à concentração de sólidos dissolvidos. Objetivo: Está prática teve como objetivo mensurar a condutividade elétrica (CE) da água coletada em determinados pontos do Rio Catolé e da Lagoa do Parque Poliesportivo da Lagoa. Materiais e Métodos: Para realização desta prática foram utilizados amostras coletadas em três pontos distintos do Rio Catolé, sendo que o primeiro ponto foi antes da interferência da cidade, próximo ao aeroporto municipal de Itapetinga – BA, o segundo ponto foi após a interferência da cidade nas proximidades do frigorífico situado à BA-263 km 93 e o terceiro ponto foi na zona rural, aproximadamente à 13 km de distância da cidade, nas imediações da Fazenda Altamira. Também foi utilizada amostra coletada na lagoa do Parque Poliesportivo da Lagoa. Após a coleta das amostras, as mesmas foram encaminhadas para o Laboratório de Solos da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB, para que fossem realizadas as análises de condutividade elétrica, de modo eletrônico utilizando o Condutivímetro Digimed, modelo DM-32. Resultados e Discussão: De acordo com os dados apresentados na Tabela 1, os valores da condutividade elétrica encontrados para as amostras coletadas no Rio Catolé, sofreram variações significativas quando se comparados o valor da CE para a montante (72,17 µS/cm) com o da jusante da cidade (193,03 µS/cm) e o da zona rural (181,38 µS/cm), essas variações podem ser atribuidas aos lançamentos de efluentes domésticos e/ou industriais. O valor obtido a montante da cidade foi significativamente menor que os valores obtidos a jusante. Sendo assim, pode-se interpretar que a cidade influencia no parâmetro CE, uma vez que há lançamentos de efluentes neste corpo hídrico. Já para a Lagoa do Parque Poliesportivo da Lagoa, o valor da CE foi de 1.281,5 µS/cm, tal característica pode ser atribuída por ser um ambiente lêntico, onde a concentração iônica tende a

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Relatório Condutividade Elétrica (CE)

Francisco Almeida Gomes Júnior – 201011087

Introdução: A condutividade elétrica é caracterizada pela expressão numérica da capacidade da água conduzir corrente elétrica, sendo uma função entre a temperatura e a concentração iônica, indicativo de quantidade de sais na amostra, e é uma medida indireta da concentração de poluentes (SANCHES et al, 2014). Em geral, níveis superiores a 100 µS/cm indicam ambientes impactados (CETESB, 2008). Esteves (1998) afirma que a capacidade de uma solução para conduzir a corrente elétrica depende da concentração dos íons presentes, e é de se esperar que em soluções de maior concentração iônica, maior será a condutividade elétrica.Segundo Libânio (2005), embora a condutividade não seja um parâmetro integrante do padrão de potabilidade brasileiro e, também por isso, somente monitorado nas estações de maior porte, constitui-se importante indicador de eventual lançamento de efluentes por relacionar-se à concentração de sólidos dissolvidos.

Objetivo: Está prática teve como objetivo mensurar a condutividade elétrica (CE) da água coletada em determinados pontos do Rio Catolé e da Lagoa do Parque Poliesportivo da Lagoa.

Materiais e Métodos: Para realização desta prática foram utilizados amostras coletadas em três pontos distintos do Rio Catolé, sendo que o primeiro ponto foi antes da interferência da cidade, próximo ao aeroporto municipal de Itapetinga – BA, o segundo ponto foi após a interferência da cidade nas proximidades do frigorífico situado à BA-263 km 93 e o terceiro ponto foi na zona rural, aproximadamente à 13 km de distância da cidade, nas imediações da Fazenda Altamira. Também foi utilizada amostra coletada na lagoa do Parque Poliesportivo da Lagoa. Após a coleta das amostras, as mesmas foram encaminhadas para o Laboratório de Solos da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB, para que fossem realizadas as análises de condutividade elétrica, de modo eletrônico utilizando o Condutivímetro Digimed, modelo DM-32.

Resultados e Discussão: De acordo com os dados apresentados na Tabela 1, os valores da condutividade elétrica encontrados para as amostras coletadas no Rio Catolé, sofreram variações significativas quando se comparados o valor da CE para a montante (72,17 µS/cm) com o da jusante da cidade (193,03 µS/cm) e o da zona rural (181,38 µS/cm), essas variações podem ser atribuidas aos lançamentos de efluentes domésticos e/ou industriais. O valor obtido a montante da cidade foi significativamente menor que os valores obtidos a jusante. Sendo assim, pode-se interpretar que a cidade influencia no parâmetro CE, uma vez que há lançamentos de efluentes neste corpo hídrico. Já para a Lagoa do Parque Poliesportivo da Lagoa, o valor da CE foi de 1.281,5 µS/cm, tal característica pode ser atribuída por ser um ambiente lêntico, onde a concentração iônica tende a ser maior. As Resoluções CONAMA 357/05 e 430/11, não estabelecem valores para a condutividade elétrica, porém a CETESB (2009) determina que níveis superiores a 100 µS/cm indicam ambientes impactados.

Tabela 1: Valores da condutividade elétrica (CE) no Rio Catolé, na Lagoa.Local da Coleta CE (µS/cm)

Rio Catolé (montante à cidade) 72,17Rio Catolé (jusante à cidade) 193,03

Rio Catolé (Zona Rural) 181,38Lagoa 1.281,5

Conclusão: Com base nos dados obtidos, verificou-se que os valores de CE no Rio Catolé a jusante da cidade e na zona rural, estão em níveis superiores aos determinados pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental que é de 100 µS/cm, ou seja, segundo o orgão citado, esses locais indicam ambientes impactados. Já para a Lagoa, o valor obtido foi muito superior ao encontrado para o Rio Catolé, isso pode estar associado por ser um ambiente lêntico e aos lançamentos de efluentes por estabelecimentos localizados nas proximidades deste ambiente.

Referências Bibliográficas:

COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL. Relatório de Qualidade das Águas Interiores do Estado de São Paulo - Apêndice A - Significado ambiental e sanitário das variáveis de qualidade das águas e dos sedimentos e metodologias analíticas e de amostragem. CETESB, 2009. 43 p. (Série Relatórios).

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LIBÂNIO, M. “Fundamentos de qualidade e tratamento de água”. Campinas, SP: Editora Átomo, 2005.

SANCHES, Sérgio M. et al. Vigilância e controle da qualidade da água do córrego pirapitinga no município de Ituiutaba (MG). Revista Agrogeoambiental, v. 6, n. 3, dezembro, 2014.