Relatorio da 1ª Contagem de Bicicletas de Juiz de Fora

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No dia 19/06/2013, realizamos em Juiz de Fora a primeira Contagem de Bicicletas. A intenção da contagem é compreender melhor o comportamento dos ciclistas em nossa cidade, afim de gerar uma demanda para estrutura cicloviária, bem como otimizar os projetos cicloviários que porventura venham a acontecer.

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O MobiliCidade JF, tem por finalidade promover a utilização da bicicleta, assim como o uso de outras formas de

locomoção não motorizada com integração com o sistema de transporte público. Estudamos, propomos e agimos

para a favor da mobilidade urbana em Juiz de Fora.

E assim realizamos a primeira contagem de bicicletas de Juiz de Fora, afim de quantificar o fluxo de ciclistas na

principal esquina do centro da cidade. A idéia é realizar o estudo em interseções nas demais regiões da cidade.

A partir dos dados recolhidos durante a contagem do fluxo de bicicletas, podemos perceber a real necessidade da

implantação de políticas públicas que promovam melhorias na infraestrutura urbana para que haja uma estrutura

cicloviária que atenda a demanda da cidade de Juiz de Fora, juntamente com os órgãos e conselhos de

planejamento urbano municipal.

Baseamos este estudo em uma metodologia compartilhada pela ONG Transporte Ativo (RJ).

Entenda um pouco a Metodologia:

Durante 12 horas consecutivas, no período de 7h às 19h, em uma quarta-feira, dia de trânsito normal da cidade,

contamos e categorizamos todos os ciclistas que passaram pela esquina da Av Rio Branco com Av Independência.

Além do sentido do fluxo, marcamos também detalhes de cada bicicleta, que serão vistos a seguir.

Agradecemos a todo o grupo que realizou a contagem:Aline Rocha, Anderson, Antonio Moreira, Bianca, Carol Mendes, Carola Carô, Carolina Bisaggio, Cissa Borges, Daniela Stiebler, Diogo China, Elena Duarte, Francini Lisandra, Guilherme Mendes, Kico Zaninetti, Laércio Almeida, Leonardo, Oberdan Leite, Otávio Martins, Renata Goretti, Thiago de Godoy, Yaya.

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Homens: 1117 – 98%

Mulheres: 24 – 2%

Pista de ônibus: 45 – 4%

Carona: 6 – 1%

Contramão: 56 – 5%

Skate / Patins: 33 – 3%

Elétrica / Motorizada: 26 – 2%

Cargueira: 203 – 18%

Serviço: 194 – 17%

Esportiva: 37 – 3%

Carroça Humana*: 30

Carroça Cavalo*: 22

Cadeirante*: 18

* não fazem parte do volume total de bicicletas

Esquina: Avenida Barão do Rio Branco x Avenida Pres. Itamar Franco (Independência)

Data: 19/06/2013 ----- 07h às 19h – 12 horas ininterruptas

Contagem Total de Bicicletas: 1141 bicicletas em 12 horas

Média por hora: 96 bicicletas

Média por minuto: 1,6 bicicletas

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Hora Bicicletas/H Média/MIN

07h-08h 100 1.7

08h-09h 92 1.5

09h-10h 73 1.2

10h-11h 70 1.2

11h-12h 85 1.4

12h-13h 84 1.4

13h-14h 80 1.3

14h-15h 66 1.1

15h-16h 115 1.9

16h-17h 102 1.7

17h-18h 148 2.5

18h-19h 126 2.1

TOTAL 1141 1.6

07h-08h

08h-09h

09h-10h

10h-11h

11h-12h

12h-13h

13h-14h

14h-15h

15h-16h

16h-17h

17h-18h

18h-19h

0

20

40

60

80

100

120

140

160

100

92

73

70 8

5

84

80

66

115

102

148

126

Bicicletas/Hora

Bicicletas Por Hora

07h-08h

08h-09h

09h-10h

10h-11h

11h-12h

12h-13h

13h-14h

14h-15h

15h-16h

16h-17h

17h-18h

18h-19h

0

0.5

1

1.5

2

2.5

1.7

1.5

1.2

1.2 1.4

1.4

1.3

1.1

1.9

1.7

2.5

2.1

Média/Min

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1115

Mulheres - 2% Homens - 98%

Gênero

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Capacete

Pista de ônibus

86 bicicletas

45 bicicletas

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Carona

Calçada

6 bicicletas

97 bicicletas

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Contra mão

Skate

56 bicicletas

33 skates

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Elétrica / Motorizada

Esportiva

26 bicicletas

37 bicicletas

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Cargueira

Serviço

203 bicicletas

194 bicicletas

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Dobrável

Cadeirante

2 bicicletas

18 cadeirantes

Na ocasião não foi capturada nenhuma foto de bicicleta dobrável

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Carroça Humana

Carroça Animal

30 carroças

22 carroças

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Foram analisados em uma das esquinas mais movimentadas da cidade, uma série de fatores envolvendo não somente os ciclistas mas também outros modais não-motorizados de transporte.

O fato do número de homens (98%) ser imensamente maior do que de mulheres (apenas 2%) demonstra a necessidade de incentivos à segurança e infraestrutura cicloviárias, a fim de tornar o transporte não-motorizado no centro de Juiz de Fora mais convidativo. Em outras cidades (como o Rio de Janeiro) notou-se um aumento significativo no número de mulheres pedalando em vias onde foram costruídas estruturas adequadas e seguras.

Cerca de 40% dos usuários utilizam bicicletas Cargueiras ou bicicletas em Serviço. Isso mostra que diversas empresas vêem no uso da bicicleta uma vantagem, agregando baixo custo e agilidade. Principalmente em regiões onde o trânsito está constantemente congestionado e torna-se difícil conseguir estacionamento.

Registramos também algumas infrações por parte dos ciclistas, como transitar pelas calçadas e um grande número sem capacete. Isso que poderá ser minimizado através de campanhas educacionais voltadas para a população em geral.

Além disso, vimos muitos "quase" acidentes envolvendo automóveis, ciclistas e pedestres. Carros que avançam a faixa de retenção, pedestres que não respeitam a sinalização, o tempo do sinal insuficiente para o pedestre efetuar uma travessia segura e tranquila, a falta de fiscalização dos automóveis que atravessam constantemente o sinal vermelho.

Concluímos que a construção de uma estrutura cicloviária na região central de Juiz de Fora se faz necessária e urgente, para atender uma demanda já existente e consolidada de fluxo de bicicletas (1,6 bicicletas por minuto). As empresas e funcionários que utilizam esse modal a trabalho merecem atenção especial pois fazem parte do fluxo econômico da cidade e contribuem para a preservação do meio ambiente. Os trabalhadores ciclistas sentem-se desrespeitados por terem de se arriscar em meio ao trânsito agressivo, intimidador e desigual.

Aumentando a segurança cicloviária, a tendência é que o número usuários do transporte não motorizado aumente significativamente, haja visto que a demanda reprimida é enorme. Diminuindo a quantidade de pessoas utilizando o transporte motorizado, melhoraremos o trânsito na cidade, a qualidade do ar, a prefeitura gastará menos com a manutenção das vias, enfim, transformaremos Juiz de Fora em uma cidade muito melhor para se viver.

Conclusão

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Realização: MobiliCidade JF

Equipe: Aline Rocha, Anderson, Antonio Moreira, Bianca, Carol Mendes, Carola Carô, Carolina Bisaggio, Cissa Borges, Daniela Stiebler, Diogo China, Elena Duarte, Francini Lisandra, Guilherme Mendes, Kico Zaninetti, Laércio Almeida, Leonardo, Oberdan Leite, Otávio Martins, Renata Goretti, Thiago de Godoy, Yaya.

Juiz de Fora, 19 de Junho de 201314