Relatório da Administração de 1980

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TelecomunicaçõesBrasileiras:

UmaAbertura

ParaO

Futuro

comEficácia

noPresente

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Índice

MENSAGEM DAADMINISTRAÇÃO 4

O SISTEMA TELEBRÁS EM 1980 9

1. INTRODUÇÃO 10

2. CARACTERIZAÇÃO DOSISTEMA TELEBRÁS 11

2.1. Def inição

2.2. Vinculações do SistemaTELEBRÁS 12

2.3. Ent idades TelefônicasIndependentes

2.4. Municípios Atendidos

3. REALIZAÇÕES DO SISTEMATELEBRÁS 16

3.1 Administração Superior

3.1.1 Planejamento e Controle3.1.2 Congresso Brasi leiro de

Telecomunicações3.1.3 Orientação Jurídica3.1.4 Comunicação Social3.1.5 Auditor ia3.1.6 Cooperação Internacional

3.2 Exploração dos Serviços deTelecomunicações 18

3.2.1 Serviço Telefônico3.2.2 Serviço Telex3.2.3 Retransmissão de Sinaisde Televisão

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3.3 Expansão do Sis tema deTelecomunicações 21

3.3.1 Sis tema Urbano3.3 .2 S is temas Interurbanos Estadual eNacional3 .3 .3 Sis tema Internacional3 .3 .4 Sis tema Saté l i te3 .3 .5 Sis tema Telex3 .3 .6 Outros Sis temas

3.4 Desenvolvimento Industr ia l 25

3 .4 .1 Pol í t ica de Aquis ição3 .4 .2 Fomento Industr ia l3 .4 .3 Normas Técnicas3 .4 .4 Sistema de Homologação e Regis t ro3 .4 .5 S is tema de Acei tação Unif icada emFábr ica3 .4 .6 Ref lexos no Desempenho da Indústr ia

3 .5 Desenvolvimento Cient í f ico e Tecnológico 28

3 .5 .1 Comutação3 .5 .2 Comunicações Ópt icas3 .5 .3 Transmissão Digi ta l3 .5 .4 Comunicações de Dados3 .5 .5 Comunicações por Saté l i te3 .5 .6 Componentes e Mater ia is3 .5 .7 Tecnologia de Produto3 .5 .8 Sistemas de te lecomunicações3 .5 .9 Equipamento Terminais e redes3 .5 .10 Pedidos de regis t ro de Patentes

3.6 Desenvolvimento de RecursosHumanos 33

3.6.1 Infra-estrutura de Treinamento3.6.2 Treinamento

3.7 Administração Geral 35

3.7.1 Administração de Pessoal3.7.2 Administração de Material3 .7 .3 Administração de Serviços3.7.4 Administração Financeira

4. DESEMPENHO ECONOMICO-FINANCEIRO DO SISTEMATELEBRÁS 38

4.1 Formação da Margem de ExploraçãoLíquida 39

4.2 Formação do Lucro LíquidoOperacional

4.3 Formação do Lucro Líquido doExercício 40

4.4 Formação do Acréscimo do PatrimônioLíquido

4.5 Balanço Patrimonial Simplif icado

4.6 Demonstração das Origens eAplicações de Recursos

4.7 Execução do OrçamentoGeral – 1980 41

5. DESEMPENHOECONOMICO-FINANCEIRODA TELEBRÁS 44

5.1 Desempenho Econômico

5.1.1 Receitas Operacionais5.1.2 Despesa Operacional5.1.3 Lucros e Rentabil idade

5.2 Origem e Aplicação de Recursos 46

5.2.1 Fontes de Recursos5.2.2 Aplicações de Recursos

5.3 Situação Patr imonial 48

5.3.1 Estrutura Patr imonial5.3.2 Evolução do Patr imônio Líquido

5.4 Composição Acionária da TELEBRÁS

6. QUADRO RETROSPECTIVO DOSISTEMA TELEBRÁS 50

ENCARTE – ANEXO 1:

• Invest imentos em Empresas Controladase Coligadas• Proposta de Destinação do Lucro• Demonstrações Financeiras daTELEBRÁS• Demonstrações FinanceirasConsolidadas

ENCARTE – ANEXO 2:

• Síntese do DesempenhoEconômico-Financeiro do SistemaTELEBRÁS – 1978/1980

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ensagemda Administraçãoda Telebrás

MM

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o apresentar o Relatório referenteao exercício social de 1979,a Administração da TELEBRÄScolocou suas preocupações

a respeito do nível de investimento que o setor de telecomunicaçõesdeveria realizar para acompanhar o desenvolvimento

sócio-econ6omico do País.Segundo as previsões de um ano atrás, seria da ordem de 400 mil o ganho

líquido de terminais, em 1980, para todo o Sistema TELEBRÁS.Encerrado o ano, verifica-se que o ganho líquido real foi de 430 mil

terminais, o que corresponde a um crescimento de 8,8% sobre a plantaexistente em dezembro de 1979. Essa taxa é ligeiramente

superior à prevista (8%), porém muito inferior à taxa médiaDo período 1974-80 –18,8%.

O maior receio da Administração da TELEBRÁS era de que o reduzidocrescimento da planta instalada, concomitantemente ao

contínuo crescimento da demanda, viesse a provocar congestionamentodo tráfego telefônico e, por conseguinte, degradação na

qualidade dos serviços prestados.Evitar que isso efetivamente ocorresse em 1980 exigiu denodado esforço

da parte de todas as empresas do Sistema TELEBRÁS, noqual a Administração do tráfego teve papel relevante. Com a ampliação dos

horários de tarifas reduzidas, conseguiu-se deslocar parte substancialdo tráfego residencial p[ara o horário noturno.

A maior regularidade no tráfego cursado, durante as 24 horas, possibilitouao Sistema TELEBRÁS suportar sem prejuízo da qualidade do serviço,

O alto índice de utilização da planta instalada, que atingiu 88% em 1980.Neste particular, também não faltou ao Sistema TELEBRÁS,

como contrapartida ao seu esforço para manter a qualidade dos serviçosofertados, a irrestrita confiança do público usuário, colaborando

na superação daquelas dificuldades e levando-o a conseguir expressivasrealizações, algumas das quais são abaixo relacionadas:

75 telefone operados e mantidos por empregado(crescimento de 13,6% em relação a 1979);

1.056 mil telefones instalados ( crescimento de 17,0% em relaçãoaos existentes em 31.12.79);

714 mil terminais de assinantes comercializados ( 74% de aumentoem relação aos comercializados durante 1979);

943 milhões de chamadas interurbanas completadas (43,1% de aumentoem relação às completadas em 1979);

5.771 novos terminais telex instalados (crescimento de 15,1% emrelação aos existentes em 31.12.79);

3.315 municípios atendidos por serviço telefônico (Sistema TELEBRÁS edemais entidades), correspondendo a 83% do total de

municípios do País.

AA

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sta Administração aponta comoprincipal fator, responsável peladiminuição do ritmo deinvestimentos no setor de

telecomunicações, a grande defasagem observada, principalmente a partirde abril de 1978, entre os índices de reajustes das tarifas dos serviços de

telecomunicações e os índices de evolução de preços,em particular o dos fatores de produção do Sistema TELEBRÁS.

Tal defasagem tem concorrido para uma continuada perda de recursospróprios, representa pela insuficiência de remuneração do investimento

a qual somou, apenas no exercício de 1980, a importância de Cr$ 11.262milhões ( inclusive empresas coligadas ao Sistema TELEBRÁS). Nos últimos

três anos, essa insuficiência de remuneração atinge, a preços médios de1980, a soma aproximada de Cr$ 44.468 milhões.

Não param aí, porém, os efeitos do reajuste das tarifas em nível menorque o índice da inflação. Agrava o aporte de recursos do

Fundo Nacional de Telecomunicações (FNT) que, assim, além da evasãorepresentada pela parte transferida ao Fundo Nacional de

Desenvolvimento (50% em 1980) sofre uma redução real no montantearrecadado, por ser, esta arrecadação, função da tarifa.

Em conseqüência a todas essas perdas, tem crescido continuamenteo grau de comprometimento dos recursos próprios para expansãodo Sistema TELEBRÁS com o pagamento de amortizações e juros

dos empréstimos tomados. De 64% em 1976 saltou para 86% em 1980,sendo que era de 71% no ano anterior.

Apesar dessas dificuldades, muito foi realizado pelas empresas doSistema TELEBRÁS. Para isso, disciplina de tráfego, esforço na geraçãode receita, redução das despesas de custeio e, especialmente, obtenção

de maiores ganhos de produtividade foram instrumentos valiososutilizados pelos administradores.

Diante do panorama traçado, crescem sobremodo as responsabilidadesdos dirigentes das telecomunicações brasileiras: nos próximos anos, alémde ter que continuar atendendo à demanda por mais e melhores serviços,o setor de telecomunicações deverá enfrentar o desafio de dotar o País da

infra-estrutura necessária à sociedade informatizada, desafio esse queteremos de vencer para não frustrar esta histórica oportunidade para se

acelerar o processo de desenvolvimento da nação brasileira.O Sistema TELEBRÁS continuará a cumprir com vontade e eficácia, a parteQue lhe cabe nesse esforço conjunto de toda a nação em sua marcha paraessa sociedade informatizada que se antevê mais justa e mais forte. Anexo,

relação dos investimentos em sociedades controladas e coligadas.

Brasília, 25 de março de 1981.

EE

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MEMBROS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO E DA DIRETORIA

José Antonio de Alencastro e SilvaPresidente do Conselho de Administração

e da Diretoria

Helvécio GilsonConselheiro

Hélio Nazário Severo LealConselheiro

Carlos de Paiva LopesConselheiro

Raul Antonio Del FiolDiretor de Operações

Fernando Vieira de SouzaDiretor de Assuntos Industr iais

Paulo Eduardo Tassano SigaudConselheiro e DiretorEconômico-Financeiro

José augusto Arantes SavasiniConselheiro

Décio Pacheco BurlamaquiConselheiro

José Ornellas de Souza FilhoVice-Presidente

Oswaldo Ignácio DominguesDiretor de Recursos Humanos

Jorge Marsiaj LealDiretor de Pesquisa e Desenvolvimento

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Introdução

partir deste exercício, aAdministração da TELEBRÁSpassará a apresentar asRealizações e o Desempenho

Econômico-Financeiro do Sistema TELEBRAS de forma sintética,Esquemática e articulada. Tal procedimento deve-se ao fato de que a

Administração pretende, após concluir mais um estágio do processo dedesenvolvimento do Sistema de planejamento e Controle do Sistema

TELEBRÁS, dar cumprimento a uma de suas políticas, que é a de darconhecimento das realizações e do desempenho do Sistema TELEBRÁS,

não só aos seus acionistas e aos analistas econômico-financeirosmas também aos usuários dos serviços de telecomunicações

e ao público em geral, pois considera este procedimento como sendoparte de suas responsabilidades como administradores de Empresas

Concessionárias de Serviços Públicos.

AA

10

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aracterizaçãodo SistemaTelebrás

2.1.DEFINIÇÃO

O Sistema TELEBRÁS (STB) é umsistema de empresas brasileiras,concessionárias de serviçospúblicos de telecomunicações,vinculado ao Governo da união,através do Ministério dasComunicações, tendo comosociedade controladora aTelecomunicações Brasileiras S.A.-TELEBRÁS

CC

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2.2VINCULAÇÕES DOSISTEMA TELEBRÁS

O Ministério dasComunicações definiu em1972, em empresa pólo deintegração estadual paracada unidade da Federação.Elas perfazem um total de25 concessionárias detelefonia pública as quaisestão identificadas naFigura n.º 01.Entre elas inclui-se aCompanhia Riograndensede Telecomunicações, quenão é controlada e simassociada da TELEBRÁS.A interligação dos sistemasestaduais daquelasempresas é efetuada pelaEmpresa Brasileira deTelecomunicações S.A –EMBRATEL, concessionáriados serviços de longadistância (interurbanonacional e internacional)bem como os serviços detelex e comunicação dedados.A Figura n.º 02 ilustra, deforma esquemática, que,além das já citadas, outras21 entidades mantêmvínculo com a TELEBRÁS,perfazendo um total de 48entidades integradas aoSTB.

2.3ENTIDADESTELEFÔNICASINDEPENDENTES

Afora as 48 empresasintegradas ao STB, osetor detelecomunicaçõescontava, em 31.12.80,com 250 entidadestelefônicasindependentes contra336 existentes em31.12.79.Entretanto, do total detelefones instalados noPaís, o STB responde,hoje, por 97%, enquantoas entidadesindependentes operamos 3% restantes –aproximadamente 230mil telefones.

2.4MUNICÍPIOSATENDIDOS

Em 31.12.80, 3.315municípios brasileiros –aproximadamente 83% dototal do País – estavamsendo atendidos peloserviço telefônico prestadopor empresas do STB epor entidadesindependentes.A Tabela n.º 01 n mostraa situação de atendimentoaos municípios porEstados e Territórios, comdestaque para 11 (onze)deles que têm 100% deseus municípiosatendidos.

Na relação, abaixo, os nomes dasempresas indicadas na figura 01 aolado.

TELERON – Telecomunicações deRondônia S.ATELEACRE – Telecomunicaçõesdo Acre S.ATELAMAZON – Telecomunicaçõesdo Amazonas S.ATELAIMA – Telecomunicações deRoraima S.ATELEPARÁ – Telecomunicaçõesdo Pará S.ATELEAMAPÁ – Telecomunicaçõesdo Amapá S.ATELMA – Telecomunicações doMaranhão S.ATELEPISA – Telecomunicações doPiauí S.ATELECEARÁ – Telecomunicaçõesdo Ceará S.ATELERN – Telecomunicações doRio Grande do Norte S.ATELPA – Telecomunicações daParaíba S.ATELPE – Telecomunicações dePernambuco S.ATELASA – Telecomunicações deAlagoas S.ATELERGIPE – Telecomunicaçõesde Sergipe S.ATELEBAHIA – TelecomunicaçõesDA Bahia S.ATELEMIG – Telecomunicações deMinas Gerais S.ATELEST – Telecomunicações doEspírito Santo S.ATELERJ – Telecomunicações doRio de Janeiro S.ATELESP – Telecomunicações deSão Paulo S.ATELEPAR – Telecomunicações doParaná S.ATELESC – Telecomunicações deSanta Catarina S.ACRT – Cia Riograndense deTelecomunicações S.ATELEMAT – Telecomunicações deMato Grosso S.ATELEGOIÁS – Telecomunicaçõesde Goiás S.ATELEBRASÍLIA –Telecomunicações de Brasília S.AEMBRATEL– Empresa Brasileirade Telecomunicações S.A

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FIGURA 2LEGENDA

Participação AcionáriaConcessão

UNIÃO

MINISTÉRIODAS

COMUNICAÇÕES

TELEBRÁS84,7% do capital

votante pertencema união

INDEPENDENTES

250 ENTIDADES

CONTROLADAS

Dasindependentes

ASSOCIADA

Uma empresarepresentativa (pólo de

integração estadual)(CRT – RS)

CONTROLADAS31 Empresas

24 Empresas represen-tativas (pólo de

integração estadual)1 Empresa de longa

distância (IU nacional)6 Concessionárias de

telefonia Local

COLIGADAS8 Concessionárias

coligadas a controladasda Telebrás

CONTROLADAS

7 CONCESSIONÁRIAScontroladas porcontroladas da

Telebrás

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Total Nacional 3.991* 3.315 676 83,1

* Dados do Censo Demográfico 1980

TABELA 01: MUNICÍPIOS ATENDIDOS POR SERVIÇO TELEFÔNICO – SITUAÇÃO NACIONAL DEZ,/80

REGIÃOUnidade

DaFederação

Total AtendidosNão

Atendidos

PercentualAtendimento

%

Municípios

1.375

1301141411501711649474

3361

927

4747

14115098

1099441

1991

448

8367--

7355-

33137

-

67,4

36,1 41,2100,0100,0 57,3 66,5100,0 55,4 59,2100,0

ROACRRAMAPPA

87,6100,0 83,3100,075,0

100,0 92,8

19-2-

11-6

134710233577

153712244583

MGESRJSP

MAPICERNPBPESEBAFN

II - Nordeste

I - Norte

1.410

7225364

571

1.298

6105364

571

112

112---

92,1

84,6100,0100,0100,0

PRSCRS

III - Sudeste

719

290197232

719

290197232

-___

---

100,0

100,0100,0100,0

IV - Sul

DFGOMTMS

334

12235555

237

11493552

97

-74203

71,0

100,0 66,8 63,6 94,6

V – Centro-Oeste

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ealizaçõesdo Sistema Telebrás

3.1ADMINISTRAÇÃOSUPERIOR

3.1.1PLANEJAMENTO E CONTROLE

O Sistema de Planejamento eControle do STB mais uma vezdemonstrou ser um instrumentode gerência dos mais eficazes,pois em 1980, tornou possívelproduzir os novos documentosde planejamento e controledeterminados pelo GovernoFederal.Possibilitou, ainda, dentro dosexíguos prazos estabelecidosadequar os planos e orçamentosempresariais às decisões doGoverno Federal, semcomprometer-lhes a eficiênciae a eficácia dos respectivosprocessos de execução

RR

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3.1.2CONGRESSO BRASILEIRODE TELECOMUNICAÇÕES

Em 1980, realizou-se o VICongresso Brasileiro deTelecomunicações, cujo temacentral foi “AsTelecomunicações e asPrioridades do Governo”,reunindo 585 profissionais dediferentes áreas das atividadesgovernamentais e privadas.Foram geradas 69Recomendações da maiorimportância para oplanejamento do STb, porquevoltadas para uma maiorintegração entre astelecomunicações e os setoresmais diretamente responsáveispelos objetivos prioritários doGoverno.

3.1.3ORIENTAÇÃO JURÍDICA

No campo da orientaçãojurídica, além da assessoriaespecializada, prestada asempresas do STB, no sentidode possibilitar o cumprimentodas normas legais vigentes,cabe destacar comorealizações importantes:

Obtenção de incentivos fiscaisreferentes ao IPI e ao ICM,que possibilitarão ao STBeconomizar considerávelsoma de recursos na aquisiçãode equipamentos detelecomunicações durante operíodo 1980-84;Elaboração de váriaspropostas de projetos de leiversando sobre questõesrelevantes para asTelecomunicações.

3.1.4COMUNICAÇÃO SOCIAL

Com fundamento nospressupostos da política deComunicação Social,aprovada pela Diretoria daTELEBRÁS em julho de1980, deu-se atençãoespecial a:

Tratamento específico dasimagens fim e institucional daTELEBRÁS;

Coordenação da CampanhaMercadológica, em âmbitonacional, de produtos eserviços oferecidos pelo STB.A sua centralização naTELEBRÁS propiciouconsiderável redução decustos e os bons resultadosobtidos podem ser ilustradospela campanha referente aocódigo 107 – interurbano acobrar via telefone público –na qual cada cruzeiro aplicadogerou três cruzeiros de receitaadicional no serviço emquestão.

3.1.5AUDITORIA

Dando continuidade àimplementação da políticapreviamente traçada, osesforços no campo daAuditoria foram concentradosnas seguintes atividades:

Acompanhamento dodesempenho dos órgãos deauditoria interna das empresasdo STB:

Desenvolvimento do projetoAUDIPED (técnica deauditoria em processamentode dados);

Apoio ao órgão d controle doMinistério das Comunicações;

Treinamento do corpo deauditores das empresas doSTB.

3.1.6COOPERAÇÃOINTERNACIONAL

Tiveram curso no exercício osprogramas de cooperaçãotécnica internacional visandoà transferência de tecnologiasde interesse do Sistema,determinação a realização de52 missões internacionais.

Por outro lado, o SistemaTELEBRÁS participou daexecução de convênios decooperação técnica oferecidapelo Brasil, proporcionandotreinamento a 46 profissionaisdas administrações deComunicações da AméricaLatina e da África.

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3.2EXPLORAÇÃO DOSSERVIÇOSDETELECOMUNICAÇÕES

No tocante à exploração dosserviços de telecomunicações,cabe destacar a evolução doServiço Telefônico, doserviço Telex e Retransmissãode Sinais de TV, que são osde maior utilização dentro doterritório nacional

3.2.1SERVIÇO TELEFÔNICO

3.2.1.1UTILIZAÇÃO

O Gráfico n. 01 mostra autilização do ServiçoTelefônico medida pelovolume de chamadascompletadas. Em 1980ocorreu aumento na utilizaçãototal da ordem de 21,6%,em relação a 1979. O tipo deserviço que registrou maiorcrescimento relativo,aproximadamente 43,1%, foio interurbano (IU) nacional

Serviço Local e Interurbano Nacional(milhões de chamadas completadas)

Interurbano Internacional(milhões de chamadas completadas)

18

GRÁFICO 01

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Quando a estrutura do tráfegoapesar da predominância quaseabsoluta do tráfego local, pode-se notar, nos últimos dois anos,um crescimento relativamentegrande na participação dotráfego IU nacional, o que éexplicado, em parte, pelo fatode que, nessa categoria,passaram a ser computadas, apartir d 1979, as chamadasDDD multimedidas (ligaçõesinterurbanas, de pequenadistância, estabelecidas entrelocalidades situadas dentro deuma área de numeração fechadae que recebem processamentoespecífico de medição etaxação).

3.2.1.2EVOLUÇÃO DA QUALIDADE

Com o fim específico de fornecer,sob o ponto de vista do usuário, umamedida da qualidade global doserviço oferecido, foi criado oindicador “Qualidade do ServiçoTelefônico”. Na sua composiçãoentra um conjunto de outrosindicadores, sendo que o grau 10corresponde ao atingimento deobjetivos TELEBRÁS referentes aosindicadores selecionados.

Na Tabela nº.02, verifica-se aevolução favorável do grau dequalidade do serviço telefônico,resultante da prioridade que talaspecto vem merecendo dasempresas do STB.

TABELA 02: QUALIDADE DO SERVIÇO TELEFONICO

1979 1980

Grau de Qualidade 7,5 8,4Aumento (%) __ 12

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3.2.2SERVIÇO TELEX

Em 1980 o tráfego do ServiçoTelex cresceu 26% emrelação a 1979. É de se notar ocontínuo aumento daparticipação do tráfegonacional, que, de apenas 5,2milhões de minutos em 1974(47,3%), alcançou 161,6milhões em 1980 ( 91%),conforme ilustra o Gráficon.02.

3.2.3RETRANSMISSÃO DESINAIS DE TELEVISÃO

Na retransmissão de sinais deTV, cuja evolução é mostradano Gráfico n.03, houve em1980 um crescimento de 9%em relação a 1979, compredominância absoluta doserviço nacional.O crescimento relativamentegrande do tráfegointernacional nos anos pares,deve-se à transmissão deeventos esportivos derepercussão mundial,especialmente JogosOlímpicos e CampeonatosMundiais de Futebol

GRÁFICO 03Retransmissão de SinaisDe Televisão

Page 22: Relatório da Administração de 1980

3.3EXPANSÃO DO SISTEMA DETELECOMUNICAÇÕES

Os Gráficos de n.º 04 a 10 ilustram aevolução de sistemas detelecomunicações operados pelasempresas do STB. São destacadas, aseguir, as marcas mais expressivas, emtermos da expansão realizada em 1980

3.3.1SISTEMA URBANO

Durante 1980 foram instalados1.056.000 novos telefones, quecorrespondem a um aumento de 17,0%em relação aos existentes em 31.12.79.Quando a terminais, porém, foi de 8,8%a taxa de aumento em relação aosinstalados em 31.12.79, muito abaixo de18,8% que é a taxa média de crescimentodo período 1974-80. Em conseqüência,elevou-se para 1,55 a relação detelefones por terminais em serviço, amais alta até agora atingida pelo STB. Oempenho na instalação de telefonesdeve-se à convicção de que extensões eramais de Centrais privadas deComutação Telefônica são fontesgeradoras de tráfego interurbano.

3.3.2SISTEMAS INTERURBANOSESTADUAL E NACIONAL

Estes sistemas apresentaram taxasmoderadas de crescimento em 1980. Emrelação à posição registrada em 31.12.79,à quantidade de circuitos detelecomunicações cresceu 11,8% nosistema estadual e apenas 4,8% nosistema nacional.

3.3.3SISTEMA INTERNACIONAL

Os canais de voz terminais deste sistema,que somavam 2.860 ao final d 1980,tiveram crescimento de 56,4% emrelação ao ano anterior. Releva notar,ainda a ativação da nova EstaçãoTrânsito “metaconta” da Embratel, noRio de Janeiro, bem como a do cabosubmarino Brasil - Estados Unidos(BRUS)

GRÁFICO 04 Telefones Instalados (em milhares)

GRÁFICO 05 Municípios Atendidos Pelo STB

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GRÁFICO 06 Circuitos de Telecomunicações Interurbanos (milhares)

GRÁFICO 07 Circuitos de Telecomunicações Sistema Satélite

GRÁFICO 08 Canais de voz terminais – Sistema Internacional

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3.3.4SISTEMA SATÉLITE

As comunicações por satélite, noBrasil, vem sendo operadas atravésde aluguel de canais do INTELSAT(Consórcio Internacional deComunicações por Satélite) comvistas ao atendimento da RegiãoAmazônica. Em 1980, acanalização desse sistema foiaumentada em 84% e 3 novasestações terrenas foram ativadasnaquela Região, perfazendo umtotal de 8 estações em operação.

3.3.5SISTEMA TELEX

Foram instalados 5.771 novosterminais, que representam umcrescimento de 15% em relação aosexistentes em 31.12.79, com osimultâneo aumento do grau deutilização de planta – 80% contra71% em 1979.

3.3.6OUTROS SISTEMAS

Cabe assinalar, por fim, quedurante 1980, foraminstalados cerca de 7.700novos telefones públicos(crescimento de 17,1%) emrelação a 312.1279), bemcomo a substancial elevaçãoda capacidade do sistema deComunicação de Dados, quepassou de 64 para 12.505k bits por segundo

GRÁFICO 09 Terminais Telex Instalados (em milhares)

GRÁFICO 10 Telefones Públicos Instalados(em milhares)

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Page 25: Relatório da Administração de 1980

Agilização do processo dehomologação e registro deequipamentos e materiais.

As realizações a seguirdescritas mostram a ênfaseatribuída a esses objetivos.

3.4.1POLITICA DE AQUISIÇÃO

A política de aquisição deequipamentos e materiaisexecutada pelo STB baseia-se fundamentalmentena Portaria n. 622/78 doMinistério das Comunicações.Durante o ano de 1980, oprocesso de aquisição pordivisão de mercado entrefornecedores pré-selecionadoscontinuou se constituindouma exceção, visto que foiaplicado apenas aosequipamentos de comutaçãopública.

3.4DESENVOLVIMENTOINDUSTRIAL

Durante o ano de 1980, doelenco de objetivos da área dedesenvolvimento industrial,os quatro abaixo descritosforam considerados comoproprietários:

Orientação às empresas doSistema TELEBRÁS quanto àpolítica de Aquisição deEquipamentos e Materiais;

Ampliação do espectro deprodutos de telecomunicaçõesdesenvolvidos no País;

Transferência para a indústriabrasileira dos resultados dosprojetos de pesquisa edesenvolvimento conduzidospelo Centro de Pesquisa eDesenvolvimento daTELEBRÁS (CPqD);

Para todos os demaisprodutos detelecomunicações, asistemática de aquisiçãoadotada prosseguiu sendo ade livre concorrência, com aparticipação de indústriasselecionadas pelo STB,visando, conforme dispõe aPortaria n.622/78, a evitartanto o monopólio quanto apulverização do mercado.Dentro desta sistemáticacabe ressaltar o mecanismoda reserva de mercadoinstituído pela NormaIndustrial TELEBRÁS145-100-001 que em 1980ampliou de 55 para 83 aquantidade de produtos cujomercado é reservado àparticipação de indústriasbrasileiras.Cabe destacar, ainda, aclassificação do telefonedesenvolvido pelo STBcomo “equipamentopreferencial” dentro doconceito estabelecido pela jápreferida Portaria n.622/78.

3.4.2FOMENTO INDUSTRIAL

A atividade de fomentoindustrial exercida pelo STBtem visado basicamente aatender aos objetivos decriar oportunidades para aindústria brasileira detelecomunicações e apoia-lano desenvolvimento, nafabricação e colocação deseus produtos no mercado.Como forma deoperacionalizar o fomentoindustrial, a TELEBRÁSestá se utilizando decontratos com a indústria,classificados em trêscategorias: contratos de“risco”, contratos dedesenvolvimento e contratosde transferência detecnologia.

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Os principais contratosexecutados, em 1980, foram:

3.4.2.1CONTRATOS DE “RISCO”

CARRO ELÉTRICO: foraminiciados os estudos eentendimentos com a indústrianacional para a contratação, noinício de 1981, de veículoselétricos experimentais,destinados a manutenção eoperação dos serviços de redesexternas. Este projeto contarácom a participação e acolaboração da TELEBRASÍLIA,TELESP E TELERJ e tem comoobjetivo a redução do consumode combustíveis líquidos usadospela frota de veículos do STB.

REPETIDORA EM RÁDIOFREQÜENCIA: foicontratado o fornecimento deduas repetidoras ativas emRF para testes de campo naTELEBRASÍLIA e naTELEMAT.Ao final de 1980 essasestações já estavam sendoinstaladas, estando prevista arealização dos testes decampo para o decorrer de1981.Os objetivos deste projeto sãode redução do consumo deenergia e de custos deestações repetidoras de rádio:

CABOS COMCONDUTORES DEALUMÍNIO: trata-se de umprojeto destinado apossibilitar a substituição decabos telefônicos comcondutores de cobre porcabos telefônicos comcondutores de alumínio,matéria-prima esta abundanteem nosso país. Iniciado em1976, este projeto prosseguiuem 1980 com a instalação de59.000 par.Km de redes decabos troncos e 4.200 par.Kmde redes de assinantes

Alcançados nos testes decampo de cabos troncos comcondutores de alumínioforam positivos, tendo aTELEBRÁS autorizado asempresas do STB a adquirirregularmente a partir de 1981esse tipo de cabo.

3.4.2.2CONTRATOS DEDESENVOLVIMENTO

RÁDIO DIGITAL DE 900MHz: como forma decontribuir para odesenvolvimento de umatecnologia nacional de ponta,voltada para a produção deequipamentos de rádio,complementando o programadesenvolvido pelo CPqD daTELEBRÁS nessa área, foicontratado COM A AUTELS.A. o anteprojeto dedesenvolvimento deequipamento rádio digital nafaixa de 900MHz;

CONECTORES PARAMICROONDAS: visando àcapacitação da indústrianacional para a produçãode conectores profissionais,a TELEBRÁS firmou umcontrato com a Indústria deArtefatos de Metais “JÁ”Ltda. (Antenas Santa Rita)para o desenvolvimento eimplantação de uma linhapiloto para a produção deconectores paramicroondas;

ANTENAS PARACOMUNICAÇÕES PORSATÉLITE: este contratofirmado entre aTELEBRÁS e a fabricaçãoe instalação de um lote de10 sistemas de antenas de10m de diâmetro. Durante1980 foi concluída afabricação das 10 unidadesjá tendo sido instaladas 6antenas.

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3.4.2.3CONTRATOS DETRANSFERÊNCIA DETECNOLOGIA

Diversos contratos detransferência de tecnologia, naforma de licenciamento e defornecimento de tecnologiaindustrial, foram firmados entre aTELEBRÁS e indústriasbrasileiras, de modo a permitir atransferência para essas indústriasdos resultados dos projetos depesquisa e desenvolvimentoexecutados ou contratados pelaTELEBRÁS. Desses contratados,os mais importantes foram:

TELEFONE BRASILEIROFoi concluído com a IGB-Indústria Gradiente BrasileiraS.A contrato para fabricação de8.000 aparelhos a teclados,destinados à etapa final detestes de campo. Após aaprovação deste aparelho nostestes de campo e dehomologação, foram firmadosem setembro, também com aIGB os contratos delicenciamento e fornecimentode tecnologia industrial para aprodução e comercialização detelefone brasileiro a teclado,desenvolvido pela TELEBRÁSem conjunto com a IGB;

MULTIPLEX TELEGRÁFICOMDT-101B: Como primeiropasso para o licenciamento domultiplex telegráficodesenvolvido pelaTELEBRÁS, foram firmadosprotocolos para aindustrialização do projetoMDT-101B, entre aTELEBRÁS e as industrias queparticiparam dodesenvolvimento deste produto,a saber, a ELEBRA S.A ( comofabricante e integradora doproduto final), a AVEL LTDA.( como fabricante das fontes dealimentação) e a

“S” ELETROACÚSTICA S.A(como fabricante dos conectores).Com base neste protocolo, foitambém firmado um contrato entrea EMBRATEL e a ELEBRA, parafornecimento de um lote piloto de4.600 canais do equipamento NTD-101B;

MULTIPLEX TELEFÔNICOMCP-30: Após desenvolvimentopelo CPqD, tendo o produtoatingido a fase industrial, foraminiciados entendimentos com aELEBRA S.A, indústriaparticipante do projeto, para o seulicenciamento como um dosfabricantes MCP-30;

ANTENAS DE UHF: foramfirmados contratos delicenciamento com a HARALD,AMPLIMATIC, RADIANT eSANTA RITA, para aindustrialização de antenas deUHF, desenvolvidas segundoprojeto pelo CPqD da TELEBRÁS,com o CETUC (Centro de Estudosem Telecomunicações da PUC-RJ):

OS PRODUTOS DE REDETELEFÔNICA EXTERNA:Nessa área foram firmadoscontratos de licenciamento para aprodução do Equipamento Portátilde Exame de Linhas (EPEL),desenvolvido pelo CPqD, com aSCHAUSE S.A e de pinos etomadas para telefones(padronizado pela TELEBRÁS)com a LORENZETTI,INTELBRÁS e SPLICE.

Uma série de outras atividades defomento industrial foi realizada,entre as quais se pode citar:Licitação e seleção dos fabricantesa serem licenciados para aprodução do Sistema de Tarifação eSupervisão de Centrais – SITASU,desenvolvido pela TELERJ; Editalde licitação para escolha datecnologia e dos fornecedores doSistema de Telefonia MóvelTerrestre; acompanhamento de umasérie de projetos dedesenvolvimento que estão sendoexecutadas pelas empresas do STBe pelas industrias, visando acompatibilizar e coordenar osesforços e recurso dedicados aessas atividades

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3.4.3NORMAS TÉCNICAS

Considerando como umaimportante atividade de apoioao desenvolvimento industrial,a elaboração de especificaçõestécnicas, para equipamentos emateriais de telecomunicaçõespelo STB, teve prosseguimentono ano de 1980. Os resultadosalcançados nesse ano sãoexpressos pelos seguintesnúmeros:especificações elaboradas noano: 183especificações aprovadas noano: 102total de especificações emitidasaté 31/12/80: 303.

3.4.4SISTEMA DEHOMOLOGAÇÃO EREGISTRO

Instituído em 1976 com base naPortaria n.º 903/76 doMinistério das Comunicações,o Sistema de Homologação eRegistro evoluiu bastante em1980 como conseqüência daestrutura já implantada e deuma maior compreensão emelhor colaboração da própriaindustria.

Durante 1980 foramhomologados 187 produtos,que, somados aos 173homologados no triênio 77/79,perfazem um total de 360produtos homologados desde aimplantação do Sistema.Além da participação doslaboratórios credenciados(TELERJ, TELESP eEMBRATEL) pelaTELEBRÁS para realizar testesde homologação em 1980 esseSistema contou também com acolaboração dos laboratórios daCRT, TELESC, TELEPAR,CETEL e TELEBRASÍLIA.

3.4.5SISTEMA DE ACEITAÇÃOUNIFICADA EM FÁBRICA

Em 1980, além das cincoempresas que já participavamdeste sistema, como delegadasda TELEBRÁS, para realizaçãode testes de aceitação emfábrica para todo o STB, aTELEMAZON foi delegadapara executar a aceitaçãounificada da

produção de telefones daI.G.B., em Manaus. A relaçãode produtos abrangidos peloSistema de AceitaçãoUnificada em Fábrica foiampliada de 43 para 66 e aquantidade de fabricantesenvolvidos, que era de 21 em1979, passou a ser de 36fabricantes

3.4.6REFLEXOS NODESEMPENHO DASINDUSTRIAS

Apesar das dificuldadesenfrentadas em 1880 osresultados alcançados pelosetor industrial fazem crerque a ações

e os mecanismos postos empratica pela área dedesenvolvimento industrial daTELEBRÁS tem surtido efeitospositivos.Os esforços desenvolvidos nosentido de manter os níveis decontratações e de criar maioresoportunidades para asindustrias do setor, inclusive departicipação no mercadoexterno, tem servido paraamenizar os reflexos negativosde eventuais dificuldadeseconômico - financeiras, muito

embora perdurem níveis elevadosde ociosidade da industria detelecomunicações.Por outro lado, a manutenção dapolítica de apoio à indústriacontrolada por capital brasileirotem propiciado um gradativoaumento da autonomia na tomadade decisões de natureza industrialestimulando aumento danacionalização dos produtos,além de fazer com que aumente aparticipação dessas indústrias nomercado, principalmente dapequenas e médias

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3.5DESENVOLVIMENTOCIÊNTÍFICO ETECNOLÓGICO

O Desenvolvimento Científico eTecnológico do Setor deTelecomunicações esta sendoexecutada pelo Centro de Pesquisae Desenvolvimento ( CPqD) PadreRoberto Landell de Moura, órgãoda TELEBRÁS sediada emCampinas em Novembro de 1980,teve lugar a inauguração da sededefinitiva do CPqD, constituída, naprimeira etapa de 26.000m² de áreacoberta com todas as facilidades deinfra-estrutura.Descreve-se a seguir o elenco deprogramas de pesquisa edesenvolvimento conduzidos pelaTELEBRÁS, através do CPqD,com a situação de cada um, ao finaldo exercício. Vários dessesprogramas contam com aparticipação de segmentosexternos, contratados com auniversidade e indústrias de capital

3.5.1COMUTAÇÃO

Sistema de Comutação porprogramação armazenada: emfase de integração o 1ºprotótipo do Sistema Trópico1.200.(SISCOM II), com capacidadepara 48.000 chamadas/hora econcluídos os testes da primeiraversão da unidade de linha deassinantes, usando tecnologiade filme espesso.Em fase de desenvolvimento os1º protótipos do concentrador eda central do Sistema TrópicoRC (SISCOM III)

3.5.2COMUNICAÇÕES OPTICASLASER:obtidos os protótiposexploratórios do laser deArseneto de Gálio (0,85micra)e do Fosfeto do Índio (1,3micra) que colocaram o projetoentre os primeiros do Mundo apossibilitar comunicaçõesópticas de dezenas dequilômetros, sem repetidores;FIBRA ÓPTICA: desenvolvidaa tecnologia de fabricação dafibra tipo silica-silicone para aaplicação em telemetria(funções de supervisão econtrole em subestações deenergia elétrica) e iniciado odesenvolvimento da tecnologiade fabricação da fibra tipoíndice gradual, paratelecomunicações;EQUIPAMENTOS DE LINHAÓPTICA – ELO-34: osprotótipos destesequipamentos, de 2 e 8 Mbit/s,operarão experimentalmenteem laboratório e o protótipo doequipamento de 34 Mbit/sestava concluído.

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3.5.3TRANSMISSÃO DIGITAL

MULTIPLEX POR CÓDIGODE PULSO PARA 30CANAIS –MCP-30: o projetoatingiu a fase deindustrialização, sendo que aTELESP ultimou a contrataçãodo 1º lote de equipamentosMCP-30A, junto ao fabricanteselecionado;

MULTIPLEX POR CÓDIGODE PULSO PARA 120CANAIS-MCP-120: testadosob condições ambientaisextremas, o modelo delaboratório apresentouresultado excelente. Aprodução da série piloto dar-se-à em 1981;

MULTIPLEX POR CÓDIGODE PULSO PARA 480CANAIS- MCP-480:concluído e testado o protótipode laboratório apresentoudesempenho satisfatório;

MULTIPLEX TELEGRÁFICO-MDT-101B:Realizados os testes de campo comexcelentes resultados, sendoconcretizada pela EMBRATEL a1º encomenda de 4.600 canaiscom fabricantes do equipamento;

RÁDIO DIGITAL-RADI-834:montado o protótipo do rádiodigital, para operar na faixa de 8Ghz, podendo transmitir sinais de34 Mbit/s (equivalentes a 480canais telefônicos); seudesempenho foi satisfatório.

3.5.4COMUNICAÇÕES DE DADOS

REDE EXPERIMENTAL COMCOMUTAÇÃO DE PACOTESREXPAC: especificadas a própriaREXPAC e a Central deComutação de Pacote. Com acooperação da EMBRATELobteve-se, também, a especificaçãodo “hardware” e do “software” daRede Pública Nacional Comutadade Dados.

3.5.5COMUNICAÇÃO PORSATÉLITE

ESTAÇÃO RECEPTORA DETELEVISÃO-ERTV: concluídosos protótipos de laboratório doamplificador de baixo ruído e doreceptor d vídeo. Em andamentoo desenvolvimento da antenaparabólica de 6 metros.

ESTAÇÃO PARA TELEFONIAPÚBLICA-ETP: concluído oprotótipo de laboratório doconversor de freqüência doreceptor de telefonia. Em fasefinal de desenvolvimento aUnidade de Canal do SistemaSCPC e o transmissor de 100Watts (HPA). Em andamento odesenvolvimento do receptor detelefonia e equipamento comumdo SCPC.

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3.5.6COMPONENTES EMATERIAIS

Internamente ao CPqD, osresultados importantes foramobtidos no Projeto de FibrasÓpticas e de Lasers já citados.Nos segmentos externos aoCPqD, estavam em andamento osprojetos de Circuitos Híbridos aFilme Fino e Materiais de GrauEletrônico.Adquirida capacitação de projetoe de processo de confecção decircuitos híbridos de 1º geração(ajuste paramétrico de resistores).Foram projetados econfeccionados oito tipos decircuitos híbridos, cinco dosquais utilizados nas placas deassinantes do projetoTRÓPICO RC.

3.5.7TECNOLOGIA DE PRODUTOS

Este programa é constituído dosprojetos MEP (Mecânica, Energia eProtótipos), CQC (Componentes,Qualidade e Confiabilidade) e IPP(Implementação, Produtos eProcessos). Seus resultadossignificativos foram:operacionalização da linha defabricação de circuitos impressosno CPqD;a emissão da 1º lista decomponentes preferenciais;consolidação da documentaçãotécnica referente ao MDT-101B eaos conversores de energia;conclusão dos estudos sobre osaspectos técnico-industriais eeconômico-financeiros ligados aprodução do MCP-30 eMDT-101B

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3.5.8SISTEMAS DETELECOMUNICAÇÕES

INTERFERÊNCIA ENTRESISTEMAS TERRESTRES(IST):

Projeto concluído com aimplantação na EMBRATEL dopacote de “software” para analisee cálculo das interferências entresistemas de microondas;

DESEMPENHO DE ENLACESRÁDIO ELÉTRICOS (DER):Desenvolvido sistema de doisrefratômetros para medida diretado raio equivalente da Terra(fator K); instalado sistema derefratômetro em Aracati (CE).

3.5.9EQUIPAMENTOSTERMINAIS E REDE

O projeto EPEL-EquipamentoPortátil de Exame de Linhachegou à sua fase final, com ostestes de homologaçãoapresentando ótimos resultados.O produto já esta sendointroduzido no Sistema deTelecomunicações.

3.5.10PEDIDOS DE REGISTRO DEPATENTES

Ao final de 1980, o CPqD atingiuo índice de 157 patentesrequeridas junto ao InstitutoNacional de PropriedadeIndustrial – INPI.

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3.6DESENVOLVIMENTO DERECURSOS HUMANOS

3.6.1INFRA-ESTRUTURA DETREINAMENTO

Foram concluídas, no exercício, as obrascivis do Centro Regional de Treinamentodo Recife, que terá a seu cargo otreinamento de pessoal das empresas doSTB sediadas na Região Nordeste.Foram aplicados neste projeto, noexercício de 1980, recursos no montanteCr$ 360 milhões.No Centro Nacional de Treinamento(Brasília), inaugurado em 1979, acha-seem fase final a instalação do mini-sistema de telecomunicações, queproporcionará treinamento técnico-operacional em condições reais.Ampliou-se o Sistema Modular deTreinamento que passou a contar, aofinal do exercício, com um total de 60módulos, voltados para as áreasoperacionais eleitas como prioritárias.Proporcionou-se apoio aos órgãos detreinamento das empresas do STB,através de assistência técnica e daformação de instrutores.

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3.6.2TREINAMENTO

Em 1980, as aplicações dasempresas do STB com treinamentode empregados totalizam aimportância de Cr$ 1.241 milhões.Cerca de 49 mil empregadospassaram por alguma forma detreinamento, sendo que umacentena deles recebeu treinamentogerencial de alto nível dentro doPrograma de Treinamento deExecutivos, desenvolvido emconvênio com a Universidade deSão Paulo.Estabeleceu-se um programa detreinamento em técnica digitais, jáiniciado, destinado a capacitar aforça de trabalho para o advento dadigitalização dos sistemas detelecomunicações.Redefiniram-se critérios para alocação do treinamento a nívelnacional e regional, de modomaximizar o aproveitamento dosrecursos existentes, fixando-se oíndice médio nacional dosdispêndios com treinamento em 1%da Recita Operacional do STB.

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3.7ADMINISTRAÇÃO GERALDO SISTEMA TELEBRÁS

3.7.1ADMINISTRAÇÃO DEPESSOAL

3.7.1.1PRODUTIVIDADE DA MÃO-DE-OBRA

A evolução positiva do indicadornúmero de telefones instaladospor empregado, mostrada noGráfico n.º 11, reflete apermanente preocupação dasempresas do STB em perseguirníveis crescentes deprodutividade. A racionalizaçãode métodos e técnicas, aadequação dos equipamentos otreinamento objetivo e amotivação profissional sãoinstrumentos utilizados com essafinalidade.

3.7.1.2DESPESA COMPESSOAL

Indicador da maiorimportância que vinhaexperimentando melhoriaa cada exercício – aparticipação da Despesacom Pessoal na ReceitaOperacional (Gráficon.º12) sofreu, a partir de1979 as repercussões nãosó da política salarialvigente desde a Lei6.708/79, como tambémda política tarifária.Em face destas políticasque acarretaram umasituação sobre mododesfavorável nos anos de1979 e 1980, as empresado STB empreenderamvigorosa ação gerencialcom esforços adicionais, afim de manter aqueleindicador em níveisaceitáveis

3.7.1.3SEGURIDADE SOCIAL

As entidades de seguridadesocial do SistemaTELEBRÁS-SISTEL,TELOS e FUNDAÇÃOCRT- proporcionamassistência complementar a82.333 empregados ( 84%do efetivo total), aos quaisforam pagos benefícios nomontante de Cr$ 206,9milhões durante o ano de1980.Ao final do exercício, oPatrimônio Líquidodaquelas entidadestotalizava Cr$ 8.776milhões.

3.7.1.4MANUAL BÁSICO DECARGOS

Em 1980 foi concluídoprojeto de fundamentalimportância para aadministração de cargos esalários, a saber, o ManualBásico de Cargos ( MBC).Elaborado por um grupo deespecialistas de empresas doSTB, o MBC iráhomogeneizar cargos,especificações, terminologiae tratamento técnicopertinente constituindo-seum documento básico para oajustamento ou a elaboraçãodos Planos de Cargos eSalários específicos de cadaempresa.

GRÁFICO 11 Telefones por Empregado GRÁFICO 12 Participação da Despesa comPessoal na ReceitaOperacional(%)

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3.7.2ADMINISTRAÇÃO DEMATERIAL

Durante 1980 deu-seprosseguimento aodesenvolvimento e àimplantação de um Sistemade Gerência de Material(SGM), comum a todas asempresas do STB tendo porobjetivos básicos:Padronização enacionalização do materialem uso no STB;Integração das informaçõessobre materiais de modo aprever e prover o materialnecessário a tempo e pelomenor custo.A estrutura do SGM écomposta por três outrossistemas cujodesenvolvimento, durante1980, é a seguir resumido:

3.7.2.1GERÊNCIA DE ITENSCONHECIDOS (GIC)

Foi concluída a implantaçãodeste sistema em todas asempresas, estando o módulomecanizado em operaçõesnos vários Centros Regionaisde Processamentos de Dadosdo STB. Atualmente o bancode dados GIC, localizado noCentro Regional deProcessamento de Dados deBrasília, pode ser acessadopor terminais de vídeo naTELEBRÁS.

3.7.2.2GERÊNCIA LOCAL DEESTOQUE (GLE)

Foram elaborados documentosnormativos quanto a controle deestoque, obtenção e armazenagem,que representam as funções básicasdo GLE. Foi iniciada, também, aformação de um cadastro centralde fornecedores do STB, emcumprimento às diretrizes doGoverno quanto adesburocratização e redução decustos.

3.7.2.3GERÊNCIACENTRALIZADA DEITENS DE ESTOQE

Foi instituído, em caráterexperimental, o processo deobtenção centralizada do fio tipoFE-100, do qual foramadquiridos, em 1980, 26.486quilômetros, no valor de Cr$266 milhões. Essa aquisiçãoresultou numa economia deaproximadamente Cr$ 50 milhõespara as empresas do STB.

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3.7.3ADMINISTRAÇÃO DESERVIÇOS

Dentre as atividades de suporte àAdministração Geral do STB, cabemencionar, ainda as referentes àadministração de prestação deserviços de processamento de dados.Merece registro, particularmente, acriação, no início de 1980, doDepartamento de Informática daTELEBRÁS, tendo por atribuiçõessupervisionar a elaboração depropostas de políticas, diretrizes,objetivos e metas, bem como asatividades atinentes adesenvolvimento de sistemas,comunicação de dados,processamento eletrônico de dados,exploração de conhecimentosadquiridos e desenvolvimento derecursos humanos, em sua área deatuação. É também de sua atribuiçãoa prestação de serviçoscomputadorizados através do CentroRegional de Processamento de Dadosde Brasília.Durante o ano de 1980 foramdesenvolvidas várias atividades,podendo ser destacadas as seguintes:

explicitação, para o STB, daspolíticas e diretrizes relativas asistemas;

participação em comissão,constituída pela Secretaria Especialde Informática, para a elaboração demodelo do PlanoDiretor de Informática

elaboração do primeiro PlanoDiretor de Informática do STB;

implantação, em todas as empresasdo STB, do módulo Gerência deItens Conhecidos, do Sistema deGerência de Material;

aquisição de equipamentos deprocessamento de dados, para cessãoàs empresas do STB;

prestação de serviços deprocessamento de dados àTELEBRÁS, TELEBRASÍLIA,TELEGOIÁS, TELEMAT e aoMinistério das Comunicações;

instalação do CRPD – Brasília nobloco “G” do conjunto-sede;

elaboração do Catálogo de Sistemasdo STB;

implantação do Sistema Nacional deGerência de Reparos.

3.7.4ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

Dentro do complexo de atividadesque compõem a AdministraçãoFinanceira do STB, merecemespecial referência as seguintes:

Elaboração de projetos submetidos àaprovação de instituições de fomentoe Autoridades Monetárias, paracaptação de recursos sob forma dedebêntures ou financiamento, comcoordenação pela controladora;

Pleitos e assessoramento aoMinistério das Comunicações nasatividades de atualização eaperfeiçoamento das tarifas dosserviços de telecomunicações,através da aplicação e consolidaçãode modelos que permitemcaracterizar e quantificar aspotencialidades dos mercados e suastendências;

Administração do Sistema deContabilidade desenvolvendotrabalhos de: normatização deprocedimentos contábeis,implantação do Manual deContabilidade de Custos nasEmpresas Telefônicas, análise econsolidação de balanços;Administração do Sistema de Ações,especialmente no que diz respeito aoseu relacionamento com o mercadoacionário e com entidadescontroladoras;

Administração do fluxo de recursosfinanceiros promovendo operaçõesde crédito, no mercado nacional einternacional, na medida em que sefizeram necessárias e quandodevidamente autorizadas, parapropiciar níveis adequados deliquidez nas empresas do STB.

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esempenhoEconômico-Financeiro doSistema Telebrás

Com o intuito de melhorcaracterizar o desempenhoeconômico-financeiro do sistemaTELEBRÁS, serão apresentados,neste item, de forma sintética,esquemática e articulada osvalores dos principais agregadoseconômico-financeiro de 1978 a1980, as taxas de crescimentodesses valores agregados d 1978a 1979 e de 1979 a 1980, além daevolução de 1978 a 1980 dosprincipais indicadores utilizadospara caracterizar tal desempenho(vide Síntese do DesempenhoEconômico-Financeiro – anexo 2E respectivas figuras: 1 .A/1 .H).Esta forma de apresentação éum dos instrumentos utilizadosno “Modelo de Avaliaçãode Desempenho Empresarial”,desenvolvido e aplicado pelaTELEBRÁS, para apresentar odesempenho do STB e de

DD

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4.2FORMAÇÃO DO LUCRO LÍQUIDOOPERACIONAL(Figura 1 B/Anexo II)

O “Lucro Operacional” (2) do sistemaTELEBRÁS em 1980, foi de Cr$ 13,6bilhões que, comparado com o de 1979, nãoapresentou qualquer variação em termosnominais. Este lucro representa 13% da“Receita de Exploração”, valor este bemabaixo dos 24% obtidos em 1979.O principal fator desta queda foi que oaumento da “Despesa operacional”, não foidevidamente, acompanhado pelo aumentoda “Receita Operacional”, ou seja, o índicede preços de fatores de produção utilizadospelo Sistema TELEBRÁS cresceu muitomais do que o índice de preços dos seusprodutos. Contribuiu também para que estaqueda o aprimoramento dos critérios deapropriação das despesas financeirasincorridas no exercício e relativas aempréstimos que estão financiando bens einstalação em serviço. Até 1979, essas eramparcialmente consideradas como “Despesanão Operacional” e compensadas com os“Juros Durante a Construção”. Deste fatoresultou um aumento de Cr$ 6,3 bilhões na“Despesa Operacional Financeira” e,consequentemente, uma diminuição no“Lucro Líquido Operacional” em igualvalor.

A evolução dos indicadores de desempenhoconstantes da respectiva figura e da Tabelan.º 03 sintetizam os efeitos dos aspectosanteriormente comentados.

NOTAS:(1) Corresponde a “Receitas Líquidas de

Serviços” da DemonstraçãoConsolidada do Resultado (Anexo 1).

(2) Corresponde a “Lucro Operacional” damesma Demonstração (Anexo 1).

cada uma de suas empresas Cumpre ressaltarque , apesar de os dados primários serem osmesmos das Demonstrações FinanceirasConsolidadas(constantes do Anexo 1),alguns dos agregados aqui definidos não têmcorrespondência com nenhum dos agregadosdefinidos naquelas Demonstrações.

4.1FORMAÇÃO DA MARGEMDE EXPLORAÇÃO LÍQUIDA(Figura 1 A/Anexo II)

A “Margem de Exploração Líquida” doSistema TELEBRÁS foi de Cr$ 48,8 bilhõesno exercício de 1980, representando, emrelação ao exercício anterior, umcrescimento nominal de 71%.Esta margem correspondeu, em 1980, a 46%da “Receita de Exploração” (1), que foi deCr$ 105,3 bilhões. Desta receita 29% sãoreferentes à “Receita do serviço Local”,56% à “Receita do Serviço Interurbano”,11% à “Receita do Serviço Internacional” e4% a “Outras Receitas”. No que se refere à“Despesa de Exploração” ela atingiu a cifrade Cr$ 56,5 bilhões, dos quais Cr$ 50,7bilhões são referentes à ‘Operação dosServiços” e os restantes Cr$ 5,8 bilhões à‘Comercialização dos Serviços”.Destaques que a “Receita de Exploração”cresceu, em termos nominais 86% emrelação a 1979 enquanto que a “Despesa deExploração” cresceu 102%, também emtermos nominais.

TABELA 03: EVOLUÇÃO DO DESEMPENHO ECONÔMUICO

1978 1979 1980Indicador % % %

Rotação de bens e Instalações em Serviço 32 31 37Margem de Exploração Líquida 60 50 46Margem Operacional Líquida (MOL) 27 24 13Razão de Operação (100 – MOL) 73 76 87Taxa de Retorno dos Bens e Instalações em Serviço 9 7 5Taxa de Remuneração do investimento 7,1 6,6 8,9

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4.3FORMAÇÃO DOLUCRO LÍQUIDO DOEXERCÍCIO(Figura 1 C/Anexo II)

O ‘Lucro líquido do Exercício”(3) foi, em 1980, de Cr$ 20,3bilhões o que representou umcrescimento substancial emrelação ao obtido em 1979(Cr$ 0,6 bilhões). Deve-seressaltar que, em 1979, o lucrodo exercício foi por demaisonerado pela despesa incorridaem conseqüência da“maxidesvalorização” cambial.Destaque-se que o lucro desteexercício de 1980 foifundamentalmente influenciadopelo “Saldo Credor daCorreção Monetária” queatingiu a expressiva cifra deCr$ 57,7 bilhões, mais quecompensando os efeitosnegativos da “Despesa NãoOperacional” (Cr$ 52,3bilhões), composta,basicamente, pela “DespesaNão Operacional Financeiraderivada dos financiamentosvinculados aos “Bens eInstalações em Andamento’.

NOTA:(3) Corresponde “LucroLíquido Antes dasParticipações Minoritárias”da Demonstração Consolidadado Resultado (Anexo 1).

4.4FORMAÇÃO DOACRÉSCIMO DOPATRIMÔNIO LÍQUIDO(Figura 1 D/Anexo II

O “Patrimônio Líquido” doSistema TELEBRÁS atingiu,em 31.12.80, a cifra de Cr$257,5 bilhões, registrando umaumento de Cr$ 107,4 bilhões,o que equivale a umcrescimento nominal de 71%.Os principais fatoresdeterminados deste crescimentoforam a “Correção Monetáriado Patrimônio Líquido”(contribuiu com 71%), o“Lucro Retido”( contribuiucom 17%) e o “Aumento doCapital Social”( contribuiu com7%).

4.5BALANÇOPATRIMONIALSIMPLIFICADO

O Ativo do SistemaTELEBRÁS atingiu o valor deCr$ 486,9 bilhões no fim doexercício de 1980, o querepresentou um crescimentonominal de 72% em relação aod 1979. Na estrutura do Ativodeve-se destacar a redução daparticipação do ‘AtivoPermanente” (de 92% para90%) com o conseqüenteaumento da participação do“Ativo Circulante”. Osprincipais fatoresdeterminados desta evoluçãoforma a redução do ritmo dosplanos de expansão, aprefixação da taxa de ORTN (utilizada para correçãomonetária do “AtivoPermanente”) em valoresmenores do que a inflação reale a recomposição dos estoquesde material de reposição dossistemas de telecomunicações.Por outro lado, os principaisfatores determinantes docrescimento do “PatrimônioLíquido” e o dos “OutrosValores”, principalmente o dosrecursos a serem capitalizados.Tais evoluções determinaramuma sensível melhora naestrutura patrimonial doSistema TELEBRÁS,conforme ilustrado através dosindicadores constantes daTabela n.º 04 e da figura 1 .E.

Na Tabela n.º 05 édemonstrada a composição eevolução do PatrimônioLíquido nestes últimos 3 anos.

TABELA 05: EVOLUÇÃO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Rubricas 1978 1979 1980

% Cr$ % Cr$ % Cr$ Milhões Milhões Milhões

Capital socialReservas de CapitalReservas de LucroLucros Acumulados(-) Ações emTesouraria

32 29.772 39 58.460 33 84.81847 43.283 23 34.26 24 62.58715 14.179 37 55.939 40 102.588 6 5.066 1 1.753 3 7.575

_ 2 _ 9 _ 14

Patrimônio líquido 100 92.298 100 150.169 100 257.554

TABELA 04: EVOLUÇÃO DA ESTRUTURA PATRIMONIAL

1978 1979 1980Indicadores % % %

Liquidez Corrente(sem autofinanciamento) 63 54 74Liquidez Corrente(com autofinanciamento) 100 80 116Expansão do Ativo Permanente 34 27 22Imobilização dos RecursosNão exigíveis 105 111 105Expansão de Capitais de Terceiros 56 84 63Grau de Endividamento 56 64 59

40

Page 42: Relatório da Administração de 1980

4.6DEMONSTRAÇÃO DASORIGENS E APLICAÇÕES DERECURSOS(Figura 1 H/Anexo II)

Os recursos do SistemaTELEBRÁS totalizaram, em 1980,Cr$ 84,2 bilhões contra Cr$ 42,2bilhões do ano anterior,Denotando um crescimentonominal de 100%. Do total derecursos de 1980, destaca-se que55% são recursos próprios (66%em 1979) e 43% são recursosexigíveis a longo prazo (24% em1979). Dos recursos consideradoscomo próprios, destaca-se que 45%são “Recursos Gerados pelaAtividade Econômica” (43% em1979), 34% são referentes à“Contribuição para Expansão”(30% em 1979) e 19% são“Recursos da União” (21% em1979), recursos estes aportadospara aumento de capital.

As aplicações, por sua vez,totalizaram Cr$ 82,2 bilhões(Cr$ 2,0 bilhões dos recursos foramconsumidos pelo aumento do“Capital Circulante Líquido”).Do total de aplicações, 71% foramdestinados ao “Acréscimo do AtivoPermanente” (76% em 1979), 26%à “Redução do Passivo Exigível aLongo Prazo” (21% em 1979), 3%ao” Provisionamento deDividendos” (2% em 1979).

Os indicadores de desempenhoreferentes a esta demonstração,bem como os referentes à“Formação dos Recursos Geradospela Atividade Econômica” e à“Variação do Capital CirculanteLíquido” encontram-se nas figuras1.H, 1.F e 1.G, respectivamente.

4.7EXECUÇÃO DOORÇAMENTO GERAL – 1980

A execução orçamentária dasempresas do STB estáesquematizada na Figura n.º 03.Os valores dos agregadoseconômico-financeiros dessademonstração estão consistentescom instruções da SEST/SEPLAN(Secretaria de Controle dasEmpresas Estatais), relativas àelaboração do Programa deDispêndios Globais – PDG,documento através do qual aqueleórgão controla e acompanha aexecução dos orçamentos dasempresas estatais.

41

Page 43: Relatório da Administração de 1980

FIGURA N.º 3 EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO GERAL – SISTEMA TELEBRÁS/1980 (Em Cr$ milhões)

ServiçoLocal28,8%

Receitade

Exploração89,7%

ReceitaCorrente

124.218,7100%

ReceitaCorrente

124.218,7

DespesaCorrente86.206,6

DespesaCorrente86.206,6

100%

Pessoale

Encargos48,8%

Op. Externas78,6%

ServiçoInterurbano

55,9%

ServiçoInternacional

11,1%

OutrosServiços14,2%

Rec. OperacionalGeral0,1%

Op. Internas21,4

PoupançaPrópriaLíquida34.797,4

Aumento doDisponível(3.214,7)

Receita nãoOperacional

8,6%

Rec. OperacionalFinanceira

1,6%

EncargosFinanceiros22,6%

Materiaise

Serviços28,5%

42

Page 44: Relatório da Administração de 1980

Internas36,2%

Operaçõesde Crédito

27,4%

Total deRecursosAplicados

em Despesasde Capital85.581,6

100%

Total deDespesas

de Capital85.581,6

100%

Amortizaçãode

Operaçõesde Crédito

29,5%

Internas27,9%

MercadoExterno

2,9%

Investimentos55.695,2

100%

Externas63,8%

Outros Rec.Próprios

0,7%

Autofinancia-mento28,0%

Recursosdo Tesouro

15,3%

Outros6,5%

Investimentos65,1%

Outras Desp.de Capital

5,4%

RecursosPróprios72,6%

PoupançaPrópriaLíquida56,0&

Externas72,1%

MercadoInterno97,1%

SistemaUrbano65,2%

Sistemainternacional

19,5%

Telex4,4%

SistemaInterurbano

19,5%

Page 45: Relatório da Administração de 1980

esempenhoEconômico-Financeiroda Telebrás

5.1DESEMPENHOECONÔMICO

O desempenho econômico daTELEBRÁS no exercício de 1980consubstanciando na peçaDemonstração do Resultado,indica um grau de realizaçãobastante satisfatório emcomparação ao exercício anterior,conforme se verifica pela análisedas receitas e despesas realizadas.

DD

44

Page 46: Relatório da Administração de 1980

5.1.1RECEITAS OPERACIONAIS

Dadas as característica inerentes àsua função de empresa controladora,as receitas da TELEBRÁS decorremprincipalmente da participaçãoacionária, conforme demonstra aTabela n.º 06.

RECEITA DE PARTICIPAÇÃOACIONÁRIA

Os investimento realizados pelaTELEBRÁS, desde sua constituiçãoaté 31.12.80, nas empresas do STB,somam Cr$ 187,6 bilhões, osquais geraram, em 1980, uma Receitade Participação Acionária deCr$ 19.363 milhões (inclusivedividendos declarados deCr$ 1.589 milhões). Comparada coma do exercício anterior, esta Receitaapresentou uma evolução nominal de31%.

RECEITA DE PRESTAÇÃO DESERVIÇOS

A prestação de serviços de assistênciatécnica e administrativa às empresascontroladas e coligadas gerou umareceita de Cr$ 899 milhões.Comparada com a obtida em 1979,esta receita, apresentou umcrescimento nominal de 67%.

RECEITA FINANCEIRA

Esta receita, proveniente de taxa deaval e empréstimos de recursospróprios a empresas do STB, atingiuo montante deCr$ 412 milhões

5.1.2DESPESA OPERACIONAL

As despesas Operacionais atingiramo montante deCr$ 2.108 milhões contraCr$ 1.058 milhões do exercícioanterior, demonstrando umcrescimento nominal de 99%, não severificando, portanto, em termosreais, variação significativa de umaano para outro.

5.1.3LUCROS E RENTABILIDADE

O Lucro Operacional da TELEBRÁSem 1980 alcançou o montante deCr$ 18.566 milhões, que em termosnominais é 136% superior ao obtidoem 1979. Este Lucro Operacionalacrescido do Resultado NãoOperacional, no valor de Cr$ 781milhões, determinou um LucroLíquido de Cr$ 19.347 milhões,apresentando em relação ao anoanterior uma variação de 18% (videTabela n.º 07). Vale destacar,contudo, que o lucro líquido de 1979foi significativamente influenciadopela maxidesvalorização cambial.Face aos resultados obtidos, odesempenho econômico da Empresa,no exercício findo, pode ser resumidopelos indicadores constantes daTabela n.º7 08.

TABELA 06: EVOLUÇÃO RECEITA OPERACIONAL

Rubricas % Cr$ % Cr$ % Cr$ Milhões Milhões Milhões

Receita deParticipaçãoAcionáriaReceita de Prestaçãode ServiçosReceita Financeira

96 12.439 94 8.384 94 19.363

4 478 6 540 4 899 3 2 412

Total 100 12.917 100 8.927 100 20.674

1978 1979 1980

TABELA 07: EVOLUÇÃO RECEITA OPERACIONAL

Rubricas % Cr$ % Cr$ % Cr$ Milhões Milhões Milhões

Rec. OperacionaisDesp. OperacionaisLucro OperacionalResul. Não Oper.Lucro Líq. doExercício

100 12.917 100 8.927 100 20.674 5 661 12 1.058 10 2.108 95 12.256 88 7.869 90 18.566 _ 575 _ (994) _ 781

_ 12.831 _ 6.875 _ 19.347

TABELA 08: EVOLUÇÃO DO DESEMPENHO ECONÔMICO

Indicadores 1978 1979 1980

Margem de Lucro Operacional 95% 88% 90%

Rotação do investimento Médio 30% 10% 13%

Taxa de Retorno do Investimento 28% 9% 12%

Rentabilidade do Patrimônio Líquido 32% 8% 13%

45

Page 47: Relatório da Administração de 1980

TABELA 10: RECURSOS DO FNT - 1980

Especificação Cr$ mil

Arrecadação efetiva 21.844.191Recolhimento ao FND 12.560.410

FNT destinado às telecomunicações (01-02) 9.283.781

Saldo dos exercícios anteriores 30.461Outros reembolsos 44.407

Total do FNT disponível para aplicação (03+ 04+ 05) 9.358.649

TABELA 09: EVOLUÇÃO DAS FONTES DE RECURSOS

Rubricas 1978 1979 1980

% Cr$ % Cr$ % Cr$ Milhões Milhões Milhões

1 13 1 162 2 58634 5.383 36 5.801 31 8.945

17 2.744 38 6.123 30 8.513- 2 7 1.230 1 32152 8.142 82 13.316 64 18.36548 7.611 18 3.031 36 10.491100 15.753 100 16.347 100 28.856

Recursos Gerados pelaAtividade EconômicaRecursos da União (FNT)Recursos deAutofinanciamentoOutrosRecursos PrópriosRecursos de TerceirosFontes de Recursos - Total

% Cr$ % Cr$ % Cr$ Milhões Milhões Milhões

37 5.789 77 12.651 40 11.630

10 1.630 - - 17 4.939

5 860 2 311 5 1.391

44 6.866 17 2.780 34 9.768

- 60 1 247 4 1.1274 548 3 358 - 1

100 15.753 100 16.347 100 28.856

1978 1979 1980Rubricas

Aumento do AtivoPermanenteAdiantamento p/Aumento CapitalDiminuição do Exig.A Longo PrazoAumento Realizávela longo PrazoDividendosProvisionadosOutras Aplicações

Total Aplicações

TABELA 11: EVOLUÇÃO DA APLICAÇÃO DOS RECURSOS

5.2ORIGEM E APLICAÇÃODE RECURSOS

Na qualidade de empresacontroladora, a TELEBRÁSassume papel de fundamentalimportância no campofinanceiro, suprindo asempresas controladas ecoligadas de parte substancialdos recursos necessários àexpansão e modernização dossistemas detelecomunicações.

5.2.1FONTES DE RECURSOSOs recursos, próprios e deterceiros, utilizados pelaTELEBRÁS para financiar ascitadas expansões, estãoidentificados na Tabela n.º09, pela qual se verifica que,em 1980, a participação derecursos de terceiros atingiu36% sobre o total das fontes.Tal participação, emboramaior do que a registrada e,1979 (18%), mostra umaevolução favorável emrelação a 1978, quando aparticipação dos recursos deterceirossituou-se em 48%RECURSOS GERADOSPELA ATIVIDADEECONÔMICA

Estes recursos somaram aimportância de Cr$ 586milhões, em 1980. Suapequena expressão, emrelação ao total das fontes,Decorre de seremproveniente da receita deprestação de serviços a qual,por sua vez, é poucoexpressiva em se tratando deinstituições com ascaracterísticas daTELEBRÁS.

RECURSOS DEAUTOFINANCIAMENTOTradicionalmente, o setor detelecomunicações conta comuma fonte de recursos nãoexigíveis, provenientes daparticipação financeira defuturos usuários a qual, apósintegralizada, é convertidaem participação acionária. Noexercício de 1980, acionária.No exercício de 1980, taiscontribuições atingiram omontante deCr$ 8.513 milhões(Cr$ 6.123 milhões em1979).

RECURSOS DA UNIÃO(FNT)

O Fundo Nacional detelecomunicações é outraimportante fonte de recursospara a TELEBRÁS. Omontante de recursos do FNTarrecadado, desde aconstituição da TELEBRÁS atéo exercício findo, atingiu Cr$141,3 bilhões em valoresconstante de 1980. Dessemontante Cr$ 44,3 bilhõesforam transferidos ao TesouroNacional, tendo permanecidono setorCr$ 97,0 bilhões. Em 1980, oingresso de recursos do FNTfez-se como demonstrado naTabela n.º 10.

RECURSOS DE TERCEIROS

O aumento de controle daeconomia em geral e, emParticular, das empresasestatais determinou umaampliação da atuação daTELEBRÁS, tanto junto àSEST quanto junto ao BancoCentral. As operações decrédito das empresascontroladas e coligadaspassaram a ser submetidas acontroles específicos e aobtenção de recursos nomercado financeirointernacional passou a serexecutada de acordo com aprogramação estabelecida.A TELEBRÁS captou, noexercício de 1980, junto ainstituições financeiras externase internas a importância de Cr$10,5 bilhões.

5.2.2APLICAÇÕES DERECURSOS

Os recursos gerado ecaptados pela TELEBRÁStiveram a destinaçãomostrada na Tabela n.º 11.

46

Page 48: Relatório da Administração de 1980

Destinação % Cr$ mil

AUMENTO DO ATIVOPERMANENTE

Dos Cr$ 11.630 milhõesdestinados para aumento doAtivo Permanente, Cr$9.069 milhões foramaplicados em aumento decapital de empresascontroladas e coligadas,Cr$ 1.555 milhões emAtivo imobilizado eCr$ 1.006 milhões emprogramas de pesquisa edesenvolvimento.

AUMENTO DOREALIZÁVEL A LONGOPRAZO

Os empréstimoslevantados, especialmenteno mercado financeirointernacional, foramparcialmente repassados àsempresas do STB,tornando-se direitos daTELEBRÁS realizáveis alongo prazo. Ao final doexercício, permaneciamdepositados no

Banco Central do BrasilCr$ 3.332 milhões que aTELEBRÁS repassara asempresas controladas ecoligadas, assim queocorrer a sua liberação.

APLICAÇÕES DOSRECURSOS DO FNT

Os Cr$ 9,4 bilhões derecursos do FNTdisponíveis durante oexercício de 1980 foramaplicados conformedemonstra a Tabelan.º 12.

Vale ressaltar que aTELEBRÁS continuamantendo a política deapoio às regiões menosdesenvolvidas, como sepode observar pelo Gráficon.º 13 mostrando aarrecadação e aplicação doFNT por região

TABELA 12: APLICAÇÃO DOS RECURSOS DO FNT - 1980

Investimento nas empresas do STBCentro de Pesquisa e Desenvolvimento (*)Amortização de Financiamento (BATRACO)Integração de entidades telefônicasCentros Regionais de Processamento de dados (*)Desenvolvimento de Recurso Humanos(*)Juros e AmortizaçãoOutros ProjetosDespesas de ArrecadaçãoSaldo p/ aplicações nos exercícios seguintes

Total

(*) Inclui construção de prédios

54 5.025.62718 1.667.7304 411.1551 75.8953 316.8645 521.4344 430.3071 84.248- 5.6269 819.763

100 9.358.649

47

GRÁFICO 13 Fundo Nacional de Telecomunicações

Arrecadação e Aplicação – 1980(%)

Page 49: Relatório da Administração de 1980

TABELA 13: EVOLUÇÃO DA ESTRUTURA PATRIMONIAL

1978 1979 1980

Rubricas % Cr$ % Cr$ % Cr$Milhões Milhões Milhões

01 Ativo Circulante 3 2.239 3 4.020 2 4.98402 Ativo Realizávela Longo Prazo 6 4.208 1 1.154 2 3.606

03 Capital Total em Giro (01+02)(*) 9 6.447 4 5.174 4 8.590

04 Adiantamento p/ Aumento de Capital 5 3.133 2 1.902 3 6.84105 Ativo Permanente 86 60.449 94 110.325 93 196.236

06 Ativo Total (03+04+05) 100 70.029 100 117.401 100 211.667

07 Passivo Circulante 1 590 2 2.021 2 3.30508 Passivo Exigível a Longo Prazo 8 5.843 3 3.680 3 6.415

09 Capital de Terceiros 9 6.433 5 5.701 5 9.720

10 Resultados de Exercícios Futuros - 13 - 9 - 711 Outros Valores (Recursos p/ Aumento de Capital) 3 2.265 3 4.214 7 14.74112 Patrimônio Líquido 88 61.318 92 107.477 88 187.199

13 Recursos Não Exigíveis (10+11+12) 91 63.596 95 111.700 95 201.947

14 Passivo Total (09+13) 100 70.029 100 117.401 100 211.667

(* ) Foram excluídos os saldos de empréstimos repassados às empresascontroladas e coligadas nos montantes de Cr$ 4.283 milhões em 1978,Cr$ 18.981 milhões em 1979 e Cr$ 38.885 milhões em 1980

5.3SITUAÇÃO PATRIMONIAL

5.3.1ESTRUTURA PATRIMONIAL

A situação e estrutura patrimonialda TELEBRÁS estão sintetizadasna Tabela n.º 13, pela qual seobserva que em 1980, foi mantida aboa posição geral registrada nosanos anteriores. A acentuadapredominância de RecursosPróprios (Não Exigíveis) sobre oCapital de Terceiros determinou oabaixo grau de endividamento de4,8% menor ainda do que oregistrado em 1979 (5,1%).O índice de imobilização deRecursos Próprios manteve-sepraticamente igual ao do anoanterior, ou seja, de 98%, em 1979,Passou para 99% em 1980.

48

Page 50: Relatório da Administração de 1980

TABELA 15: DEMONSTRAÇÃO DA COMPOSIÇÃO ACIONÁRIA

União FederalBco. Nac. de DesenvolvimentoEconômico – BNDEBanco do Brasil S.APetróleo Brasileiro S.A – PetrobrásCia. Vale do Rio DoceCia. Siderúrgica NacionalCentrais ElétricasBras.S.A – EletrobrásPrefeitura Municipal deCampina GrandeSubscrições DiversasOutros (Portarias Mc 1181 e 1361)

Total geral

14.428.055 36.378 14.464.433

16.423 586 17.009 24.842 12.334 37.176 10.753 7.210 17.963 4.059 516 4.575 2.644 717 3.361

1.829 71 1.900

2 2.611 2.613 48 10 58 2.551.906 2.551.906 5.103.812

17.040.561 2.612.339 19.652.900

Acionistas

Ações Nominativas(em milhares)

Ordinárias Preferenciais Total

TABELA 14: DEMONSTRAÇÃO DO AUMENTO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Discriminação Cr$ mil %

Correção Monetária do Patrimônio Líquido..... 54.571.780 68,46Resultado do Exercício..................................... 18.219.942 22,85Recursos do Autofinanciamento(Portaria 1.181/1.361)....................................... 4.122..316 5,17FNT – Incorporação de Créditos....................... 2.809..016 3,52(Menos) Ações em Tesouraria.......................... (223) -

Total.................................................................. 79.722.831 100,00

5.3.2EVOLUÇÃO DO PATRIMÎNIOLÍQUIDO

Em 31.12.80, o Patrimônio Líquido daEmpresa era de Cr$ 187.199 milhões.A expansão ocorrida no exercício de1980 foi de Cr$ 79.722.831ccorrespondente, em valores nominais aum incremendo da ordem de 74,18%.As fontes que contribuíram paraelevação do Patrimônio Líquido estãodemonstradas na Tabela n.º 14,relevando notar que as maisimportantes forma a CorreçãoMonetária do patrimônio Líquido e oResultado do Exercício, com 68,46% e22,85% respectivamente.

5.4COMPOSIÇÃO ACIONÁRIA DA TELEBRÁS

A composição acionária daTELEBRÁS, em 31.12.80, estademonstrada na Tabela n.º 15.

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Page 51: Relatório da Administração de 1980

Unidade 1972 1973 1974 1975 1976 1977 1978 1979 1980Receita Operacional Cr$ Milhões 1.008 2.698 4.507 7.200 11.432 20.290 34.310 62.262 115.781Despesa Operacional Cr$ Milhões 720 1.682 3.775 5.983 9.317 15.929 24.941 44.934 98.268Lucro Líquido Operacional Cr$ Milhões 288 1.016 732 1.217 2.115 4.361 9.369 17.328 17.513

Investimentos Cr$ Milhões 1.149 2.369 5.717 10.176 18.103 23.010 27.405 40.590 60.807Brasil Milhares 2.380 2.415 2.917 3.371 4.036 4.836 5.552 6.437 7.496Sistema Telebrás Milhares 1.840 2.100 2.588 3.066 3.824 4.630 5.313 6.215 7.270STB/Brasil % 77 87 89 91 95 96 96 96 97Acréscimo STB % - 14.1 23.2 18.5 24.7 21.1 14.7 17.0 17.0

Telefones Sistema Telebrás Milhares 955 1.022 1.192 1.414 1.673 2.144 2.644 3.162 3.671Residenciais % do Total STB % 52 49 46 46 44 46 50 51 51

Locais Milhões 2.819 3.112 4.099 4.534 5.627 7.707 10.717 13.254 15.972Interurbanas Milhões 124 147 177 248 285 351 400 659 943Internacionais Milhares 543 762 989 1.279 1.829 2.440 3.209 4.472 5.600Terminais Instalados Unidades 4.060 4.060 10.980 11.850 18.730 19.050 24.020 38.320 44.091Tráfego Nacional 1.000 min. - - 5.193 52.211 69.861 89.412 109.172 126.582 161.600Tráfego Internacional 1.000 min. 3.537 4.419 5.808 7.470 8.451 9.400 11.000 12.857 14.800

Receita anual por telefone Cr$ 1,00 417 986 1.611 2.078 2.725 4.019 5.918 9.196 14.620Despesa total com pessoal Cr$ Milhões 256 610 2.586 2.990 4.912 7.768 12.179 22.536 44.409Despesa c/ pessoal/Receita Operacional % 25.0 23.0 57.0 41.3 42.9 38.3 33.3 36.2 38.4Empregados Milhares 52 60 70 75 85 86 92 94 97Telefones por empregado 35 35 37 41 45 54 58 66 75Municípios atendidos (Brasil) - 2.174 2.432 2.514 2.677 2.738 2.838 3.049 3.315Telefones por 100 habitantes (Brasil) 2.4 2.3 2.7 3.0 3.5 4.1 4.9 5.4 6.3Cruzeiros por Franco Ouro 2.07 2.38 2.65 3.43 4.38 6.06 8.27 11.61 23.67

(*) O dados relativos a 1979 foram ajustados em consistência com o Anuário Nacional de Telecomunicações/79

50

Indicador

Chamadas Telefônicas

Telex

Telefones

em

Serviço (*)

6. QUADRO RETROSPECTIVO DO SISTEMA TELEBRÁS - PERÍODO 1972/1980