Relatório das Acadêmicas da Segunda Fase de Enfermagem sobre a Visita a São Miguel das Missões -...
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UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ – UNOCHAPECÓ
ÁREA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
CURSO DE ENFERMAGEM
COMPONENTE CURRICULAR: NÚCLEO 3 - CICLO DA VIDA NO CONTEXTO
PROFISSIONAL
PROFESSORAS: DEBORAH CRISTINA AMORIM, LUCINEIA FERRAZ, MAIRA
TELLECHEA DA SILVA, MARCIA DE SOUZA, TERESINHA RITA BOUFLEUER,
ACADÊMICAS: HELLEN CAROLINA BARELLA, JUCÉLIA LONDERO CARON,
MAIARA LUSSANI, MARIANA MENDES, THAYLINE CARDOSO.
RELATÓRIO DA VISITA A SANTO ANGELO E SÃO MIGUEL DAS
MISSÕES
Introdução
No dia 13 de setembro de 2013, a turma da Segunda Fase de Enfermagem da
Universidade Comunitária da Região de Chapecó – UNOCHAPECÓ, se encontrou em
frente a universidade aproximadamente as 00h00min, saindo do local por volta das
00h30min em direção à Santo Ângelo, chegando lá as 5h30min, acompanhados da
professora Maira Tellechêa da Silva, a fim de conhecer a realidade dos povos indígenas
no periodo das reduções e a partir disso:
Desenvolver ações de cuidado à saúde de indivíduos, famílias e grupos
sociais nos níveis de promoção, manutenção e recuperação da saúde,
considerando as especificidades regionais de saúde, dos diferentes grupos
sociais e dos distintos processos de vida, saúde, trabalho e adoecimento.
(PLANO DE ENSINO DO CURSO DE ENFERMAGEM, 2013)
Santo Ângelo
Chegando na cidade de Santo Ângelo, tomamos café e ficamos aguardando em
um posto de gasolina, até as 8h00min para encontrarmos com a guia turística e
pedagoga Marisa Salete da Costa, na Praça Pinheiro Machado de Santo Ângelo, que nos
acompanhou durante o primeiro dia de visitação.
A praça é localizada no centro da cidade, com grandes áreas verdes e podiam ser
observadas esculturas feitas pelos indígenas. Logo na entrada da praça havia um portal
com o nome das 30 reduções que deram certo, entre elas a de Santo Angelo e São
Miguel das Missões.
Marisa contou que Santo Ângelo “nasceu” em 1706 e foi fundada por Diogo
Hase, e hoje têm aproximadamente 76.000 habitantes, sendo que 90% da população é
urbana, mesmo sendo pouco industrializada. A cidade é localizada em uma região
agrícola, o que reflete na economia que é baseada na prestação de serviços e comércio
(rede bancária, quartéis, universidades, rede hospitalar e serviços públicos). Segundo a
guia, "Santo Ângelo é uma cidade de velhos, pois os jovens que aqui se formam tem
que sair da cidade para procurar emprego".
As origens históricas da cidade baseiam-se no projeto de ocupação desse
território que segundo o Tratado de Tordesilhas era da Espanha, idealizado pela
Companhia de Jesus e pela Coroa Espanhola, que quando se deparou com tanta terra
ocupada por tanta gente, fez várias tentativas de tomar posse que não deram resultado.
Na visão de alguns olheiros espanhóis, as pessoas que ali viviam eram "selvagens",
"sem alma", "terríveis" e "deveriam ser enjaulados" para não prejudicar os interesses
espanhóis. Porém outra parte dos olheiros dizia que os indígenas eram apenas crianças
indefesas e seres ingênuos incapazes de fazer algum mal, que viviam em um território
espanhol, por isso deveriam ser considerados cidadãos espanhóis, sendo protegidos e
tutelados como tal.
Havia ainda os que acreditavam que os índios eram apenas filhos de Deus, e a
Rainha que era católica chegou à conclusão de que isso era o que mais convinha à
coroa, decidindo que enquanto filhos de Deus deveriam ser civilizados, ou seja,
aprender a falar espanhol e aprender a religião católica. Nos séculos XVI, XVII, XVII
foi criado então um sistema de Encomiendas (como se fossem companhias hereditárias
em tamanho menor). Nesse sistema os encomiendeiros deveriam ter os encomiendados
dentro da sua propriedade, que eram os indígenas a serem civilizados. Entretanto, nesse
sistema alguém deveria trabalhar para girar economicamente as Encomiendas, e os
indígenas acabaram por ser escravizados.
Os índios caçados na selva e levados para as encomiendas começaram a morrer,
pois tinham como essência de sua vida a liberdade, e quando privados dela não
sobreviviam por mais de 5 anos, sendo que a média de vida da população Guarani era
de aproximadamente 30 anos. A Coroa Espanhola chegou a conclusão que o sistema de
Encomiendas foi um desastre, acontecendo então uma reforma na igreja Católica, que
começou a ser atacada, dando origem ao protestantismo, entre outras ordens. Então é
criada também a Companhia de Jesus, que é a Ordem dos Padres Jesuítas, fundada por
um fidalgo espanhol que depois foi promovido a chefe da inquisição e vários anos mais
tarde foi santificado, Inácio de Loiola. Inácio era ex-militar e fundou uma ordem
burocrática e hierárquica, constituída apenas por "pessoas de posse e inteligentes".
Quando a companhia foi fundada pensava em sobreviver de donativos, ou seja,
quando alguém se dispunha a fazer parte dela, deveria doar todos os seus bens aos
jesuítas, inclusive terras e escravos, que geravam muito dinheiro, movimentando a
companhia e a expandindo tanto que os donativos não eram mais suficientes para
sustenta-la. Criando assim, as escolas jesuítas que na época, segundo Marisa "eram tudo
o que havia de melhor, sendo que quem frequentava as escolas eram somente os filhos
dos fidalgos".
Os membros da Companhia de Jesus, que se diziam inteligentes e organizados
hierarquicamente, elaboraram um projeto e o apresentaram para a Coroa. Esse projeto
baseava-se na criação das Reduções Jesuíticas no Sul da América. Os jesuítas exigiram
um território onde o encomiendeiro não poderia interferir.
Segundo Graça (2009):
A presença dos missionários, deu início à obra de evangelização entre os
guaranis. A chegada destes missionários foi e pode ser objeto de debates
interessantes a respeito do do protagonismo dos missionários na
evangelização-cristianização do Novo Mundo.
A Espanha cedeu, dando-lhes um local que foi chamado de Província Jesuítica
do Paraguai, que hoje corresponde a uma parte do Brasil, assim como da Argentina e do
Paraguai e todo o Uruguai. Na parte do Brasil, hoje localiza-se o Rio Grande do Sul,
Santa Catarina (exceto o litoral que era de posse dos portugueses), quase todo o Paraná
e uma parte do Mato Grosso do Sul. Na Argentina hoje estão localizadas as províncias
de Corrientes e Missiones. E no Paraguai hoje a área corresponde a Ituporã (onde se
localizam as cataratas do Iguaçu).
Dentro da província do Paraguai foram fundadas mais de 60 cidades de índios
que eram chamadas de Reduções, pois eram um reduto em que os índios eram levados e
sua cultura pouco a pouco reduzida, recebendo em troca a cultura europeia, sendo que o
inesperado aconteceu: o padre aprendeu com o índio e o índio com o padre, e como
resultado dessa troca de experiências um novo “ser humano” foi criado a partir da fusão
das duas culturas, revolucionando a partir dai a história da humanidade.
Quando os missionários vinham para a América na função de catequizar e
evangelizar os "selvagens" traziam todos os aparatos necessários para
bem exercerem seu sacerdócio e executarem seus objetivos. Seu enxoval
religioso consistia nas suas vestes e paramentos: batina, camisas clericais,
petina, estola, sobrepliz etc. e em seus objetivos litúrgicos pessoais. A
necessidade de objetos específicos para serem usados na celebrações ou
rituais da Igreja Católica foi inicialmente suprida com a "importação" de
exemplares de origem portuguesa ou espanhola. (Graça, 2009)
De acordo com a guia, as ruinas de São Miguel das Missões foram tombadas
pela UNESCO em 1983, e por serem consideradas "testemunhas" de tamanhas
mudanças são denominadas como patrimônio histórico da humanidade.
Marisa conta também que, segundo o plano elaborado pela coroa, todas as
cidades deveriam ter uma praça ao centro, onde aconteceriam todos os eventos, e em
torno dela a cidade ia crescendo e se adaptando as necessidades. Em Santo Angelo, hoje
essa praça é chamada de "Praça Municipal Pinheiro Machado".
Segundo Marisa, o centro histórico foi reformado e foram feitas escavações,
levando a desapropriação e demolição de algumas casas existentes na cidade, onde
foram encontrados materiais utilizados nas reduções, como pedras e colunas que estão
em exposição na praça, museus e universidades. E a partir dessas escavações foram
descobertas as localizações exatas da estrutura das reduções.
De acordo com Marisa, na primeira tentativa de fundar uma redução pelos
jesuítas, em 1626 que foi chamado de Primeiro Ciclo Missioneiro, foram fundadas em
território gaúcho 18 reduções, sendo que nenhuma delas prosperou, pois foram
destruidas principalmente pelos bandeirantes paulistas que além de buscar riquezas,
tinham o objetivo de aumentar o território português atacando as reduções por meio de
incendios e matanças de índios, sendo que os mais fortes eram levados para o Rio de
Janeiro e São Paulo para serem vendidos como escravos. Tentando de se defender o
padre Montoya reuniu mais de 1200 aborígenes catequizados e atravessou o rio
Uruguai, migrando para o outro lado do rio e abandodando todo o espaço pertencente ao
Brasil e todo o gado reunido ao longo das reduções, que começou a ser levado pelos
paulistas.
O gado foi um dos principais fatores que estimularam os jesuítas a retornar ao
seu território 40 anos depois, no chamado Segundo Ciclo Missioneiro, afinal, o
território havia sido cedido à Província do Paraguai. Os jesuítas retornaram então
somente ao Rio Grande do Sul, fundando sete aldeamentos compostos pelas reduções de
São Francisco de Borja, São Nicolau, São Miguel Arcanjo, São Lourenço Mártir, São
João Batista, São Luiz Gonzaga e Santo Ângelo Custódio.
Atravessando o portal localizado na praça visualizamos os nomes dos 30
povoados que deram certo, (San Ignácio Guazu - 1609; Loreto - 1610; San Ignácio Mini
- 1611; Nuestra Senora de la Encarnacion de Itapué - 1615; Concepcion - 1619; Corpus
- 1622; Santa Maria la Mayor - 1626; Candelária - 1627; Yapeyu - 1627; La Cruz -
1628; San Javier - 1629; San Carlos - 1631; Santo Tomé - 1632; San Cosmey Damian -
1632; Aposteles - 1633; Sant'Ana - 1633; San José - 1633; Santos Martires - 1639;
Santa Maria de La Fé - 1647; Santiago - 1651; San Francisco de Borja - 1682; Jesus -
1685; San Nicolas - 1687; San Luiz Gonzaga - 1687; San Miguel Arcanjo - 1687; San
Lorenzo Mártir - 1690; San Juan Bautista - 1697; Santa Rosa de Lima - 1698; Trinidad
- 1706; San Anjo Custódio - 1706)
Durante a passagem pelo portal a guia explicou que o primeiro povoado fundado
foi São Nicolau ou San Nicolas, localizado entre São Luiz Gonzaga e São Borja, em
1626 no primeiro ciclo missioneiro que foi destruido pelos bandeiranes, e em 1687 os
jesuítas retornaram ao local, por isso esta é a data registrada no portal. No local, assim
como em São Miguel das Missões ou São Miguel Arcanjo, São João Batista ou San
Juan Bautista, e San Lorenzo Mártir existem ruínas.
Marisa conta que existe um "produto turístico" na região, semeado no caminho
de compostela, ou caminho das missões, onde os peregrínos percorrem apé as trilhas
dos jesuítas, "criando uma parte mística na praça para receber os peregrinos e os
visitantes.Os peregrinos entram por um túnel, passam pela roda dos ventos, onde
acontece a primeira etapa da purifiação". Depois, se dirige a uma estrutura vermelha, e
queima todos os pensamentos ruins. Logo após, vai para uma outra estrutura em roxo,
onde canaliza os pensamentos bons."
De acordo com Marisa, Valentin Von Adamovitch foi o responsável por
reformar a Igreja Católica de Santo Ângelo construida pelos jesuítas. Segundo ela, o
artista se espelhou nas ruinas de São Miguel Arcanjo. Depois de conhecer e observar a
praça Pinheiro Machado, fomos até um museu que foi criado na casa mais antiga da
cidade.
Chegando lá, a guia explica com o auxilio de uma maquete, como era organizada
a distruibuição do território dentro das reduções que eram formadas por
aproximadamente quatro a seis mil índios. De acordo com Marisa, "as casas tinham
varandas ao redor para facilitar a circulação das pessoas, além de protege-las da chuva e
do sol. A varanda da casa era também o local que os indios usavam para cozinhar, assim
como para sentar e conversar, tomando mate." Na entrada principal, a direita era
localizada uma "capelinha" que era utilizada para orações.
A coroa espanhola definia critérios para emancipação política das reduções
como por exemplo, um número minimo de habitantes homens que não tivessem
profissão indigna para a época (trabalhar como ambulante por exemplo), área de terra
mínima, número mínimo de cabeças de animais (gado, porco e ovelha principalmente).
Se as reduções atingissem esses objetivos eram definidos vinte homens para formar o
cabildo que era um conselho responsável pela organização das reduções. Como as
reduções eram formadas somente por padres e índios e o número de índios era muito
superior ao de padres (segundo a guia, eram dois ou três padres para até seis mil índios),
o cabildo era formado por padres e índios. Esse cabildo tinha um reponsável que atuava
como se fosse um prefeito, que ditava as regras de acordo com o que a coroa espanhola
autorizava, e era dividido em "pastas e secretarias" como é hoje nas prefeituras.
Marisa conta que dentro da redução havia também o potiguaçu, "que era como
se fosse uma associação de mulheres viuvas que não tinham parentes com quem morar,
que se uniam em uma única casa com seus filhos." O potiguaçu foi uma solicitação feita
por elas próprias, afinal, depois que os maridos morriam elas ficavam abandonadas e
geralmente sobreviviam por pouco tempo.
Dentro da redução obviamente havia uma Igreja, que era o maior e mais bonito,
que merecia destaque para lembrar da presença de Deus. De um lado da Igreja havia o
cemitério índigena, em que somente os índios eram sepultados, e os padres eram
sepultados dentro da Igreja. O cemitério era dividido em quatro partes por mudas de
árvores, e os mortos separados por sexo e idade. Do lado oposto da Igreja havia o
claustro, um local destinado ao isolamento dos padres, em que o silêncio permitia a
meditação e o contato com Deus.
Junto a Igreja também havia a escola dos meninos que a partir dos sete anos
passavam o dia todo no local, aos quatroze iam para o serviço militar da redução e aos
dezesseis se casavam. As meninas aprendiam as artes domésticas em casa e casavam-se
aos quatorze anos, geralmente em festas coletivas no primeiro dia do ano.
De acordo com Marisa, também existiam nas reduções salas que serviam como
depósitos de comidas, ferramentas e armas. As cadeias geralmente eram próximas a
Igreja. Além disso existiam os refeitórios, cozinhas e antecozinhas. Do lado oposto a
Igreja, haviam as oficinas de trabalho, onde trabalhavam sapateiros, carpinteiros,
marcineiros, enfim, todos os oficios, com excessão dos matadouros que matavam cerca
de trinta cabeças de gado diárias para a alimentação da população. E também das olarias
que situavam-se próximas aos pontos de coleta da materia-prima.
E atrás, isolado de toda a população existe a quinta dos padres, que era uma
horta e um pomar, mas também um laboratório onde os padres testavam e adaptavam as
mudas de plantas que vinham da Europa.
As tribos guaranis eram formadas por parentes, por isso em geral tinham três ou
quatro casas grandes, sendo que em cada casa viviam aproximadamente 30 pessoas.
Essas casas eram divididas em quartos e em cada quarto viviam todos os integrantes de
uma mesma familia (pai, mãe e filhos). Os guaranis casavam-se entre parentes fazendo
com que houvesse um problema de sangue, nascendo muitas crianças que não
sobreviviam. Marisa conta ainda que as eleições para cacique eram diretas, ou seja, eles
eram eleitos democraticamente. Os caciques poderiam ter várias mulheres, e
consequentemente vários filhos, e isso era bom. Afinal, se o cacique tivesse cinco
mulheres, poderia ter até cinco filhos em um ano, e se desses cinco morressem quatro
ainda sobrava um. Então quanto mais mulheres e filhos o candidato a cacique tivesse,
maior era a chance dele se eleger.
Marisa conta que esse hábito da poligamia foi um dos mais dificeis para a Igreja
Católica conseguir mudar, pois segundo suas crenças a traição é um pecado mortal. Os
padres obrigavam o índio a escolher uma única mulher para se casar, porém, segundo
historiadores os aborígenes mantinham casos escondidos com outras mulheres.
Marisa conta que naquela época não havia moeda, a troca das mercadorias era
feita através do escambo (troca de mercadorias e serviços) entre as reduções. Ela conta
também que a partir do século XVIII o Rei da Espanha começa a cobrar impostos que
eram pagos com os produtos mais valiosos da época que eram o couro e o chifre do
gado, algodão e principalmente erva-mate que além de ser usada para o chimarrão (um
dos hábitos que os espanhóis adquiriram dos indígenas) tem poderes medicinais que
variam de acordo com o modo de preparo, por exemplo: se ingerida morna pode atuar
como laxante, se ingerida quente demais pode prender o intestino, e podia também ser
usada como emplasto em feridas.
A guia nos explica sobre a organização e divisão do museu, que tem as paredes
construidas com pedras das antigas casas dos índios, como a pedra itacuru (pedra
enrugada) e também possui acervos de materiais que nos indicam o modo de viver do
guarani antes da chegada do "homem branco", urnas que guardavam os restos dos indios
mortos, quadros que indicavam suas crenças sobre a erva-mate e o milho, armas usadas
pelos índios nas caçadas e em lutas, até vestígios que indicam o modo de vida dentro
das reduções. O museu conta também com uma sala que fala sobre a ocupação
portuguesa depois da Guerra Guarani, no século XIX. No local há também uma sala que
fala sobre a cultura gaúcha e suas crenças, como a lenda do negrinho do pastoreio,
armas, vestimentas, e etc. Além disso existe a "Sala de Curiosidades" que contém
objetos variados (máquinas registradoras, batedeiras, ferros antigos, entre outros) e a
"Sala da Saúde" que continha objetos doados por um hospital da região.
Depois de encerrada a visita ao museu, fomos à Igreja Católica construida em
frente a praça. A guia explica que no topo da Igreja o artista responsável pela reforma
colocou os padroeiros da cidade que são São Lorenzo Marques, São Luiz Gonzaga, São
Miguel Arcanjo, São João Batista, São Francisco de Borja, São Nicolau e Santo Ângelo.
Entramos na Igreja e a guia nos relatou aspectos sobre a arquitetura interna, que pode
ser classificada em três fases, sendo que as mais importantes são a primeira que foi
chamada de Igreja Provisória, que tinha todas as suas colunas de madeira e paredes
formadas por pedras e a terceira fase em que as Igrejas possuiam todos os arcos
construidos com pedras. A guia conta ainda que as pinturas foram feitas pelo padre
Lasallis de Canoas - RS e representam cenas de catequeze. Na Igreja além das pinturas
existia uma imagem de Cristo crucificado morto.
Após visitarmos a Igreja fomos ao Museu Memorial Coluna Prestes, que é a
antiga estação ferroviária da cidade, também tombada pela UNESCO que possui um
grande acervo de objetos e fotografias. A Coluna Prestes foi um dos maiores
movimentos revolucionários da América Latina, organizado dentro das forças armadas
brasileiras como consequência do movimento tenentista que lutava por mudanças dentro
das forças armadas, a fim de possibilitar que todos tivessem a oportunidade de alcançar
cargos de poder, e não somente os filhos de militares importantes ou famílias ricas.
Quando o presidente Arthur Bernardes assume seu cargo, tenta mudar a ideologia dos
tenentes, que resolvem então pegar em armas e são massacrados. A Coluna Prestes teve
por objetivo incentivar e "ensinar" os cidadãos brasileiros a lutar pelos seus direitos.
Quando as tropas lideradas por Luiz Carlos Prestes chegaram em Foz do Iguaçu,
ainda eram perseguidas pelas forças armadas federais. As tropas eram compostas por
jovens com sede de mudanças e também por aproximadamente cinquenta mulheres, que
além de cozinhar e pegar em armas, faziam o papel de enfermeiras, cuidando dos
doentes e feridos, a guia conta que quando não havia mais remédios para os feridos eles
eram tratados com um medicamento chamado "Saúde da Mulher" que é um composto
de ervas com o objetivo de reduzir os efeitos da TPM. Se necessário fosse faziam até
mesmo amputações quando não houvessem mais recursos, e queimavam o local com
ferro em brasa para conter o sangramento. Segundo relatos, somente dez mulheres
chegaram vivas ao fim da batalha. A guia conta que as mulheres vestiam-se como
homens, e lutavam de igual para igual com eles, sendo que a melhor pontaria de toda a
Coluna era de uma mulher chamada Alzira.
Ao sair do museu circulamos pela cidade, e paramos em um monumento que o
povo de Santo Ângelo construiu em homenagem aos indios guaranis que são os
verdadeiros donos da terra, que chegaram ao local aproximadamente 2000 a.C. Depois
de conhecer a cidade, almoçamos em um restaurante e posteriormente nos dirigimos a
cidade de São Miguel das Missões para a segunda etapa de visitas.
São Miguel das Missões
Chegando na cidade de São Migue das Missões, visitamos uma fonte de água
construida pelos indios guaranis. Um dos pré-requisistos para a fundação de uma
redução era que houvesse bastante água nas proximidades, e como em São Miguel das
Missões isso não acontece a água foi canalizada de uma vertente e conduzida a um
reservatório. Segundo a guia possivelmente nas proximidades dessa vertente, havia um
dos maiores rebanhos de gado da história das reduções. As indígenas que eram
excelente cêramistas, capitavam a água em jarros e levavam para as reduções.
A fonte foi construida com pedras e possui esculturas feitas pelos índios
utilizando ferramentas como o formão e machadinhas, também usavam o atrito da água
com a pedra no trabalho que foi feito em forma de decantação, ou seja, uma parte da
fonte enche e a água escoada vai enchendo as outras também.
Marisa conta que o padre Roque Gonzales de Santa Cruz, filho de
encomiendeiros paraguaios que cresceu com as crianças índias, foi um dos nomes mais
importantes na criação das reduções, por conhecer a língua e a cultura indígena. Então
quando a Companhia de Jesus chegou, ele traduzia o que os ensinamentos para a língua
guarani.
Depois disso, fomos até o parque onde estão localizadas as ruínas da Igreja de
São Miguel Arcanjo, onde assistimos um vídeo falando sobre os Sete Povos e mostrar
como eles estão agora (onde há ruinas ou não).
Após assistirmos o vídeo fomos até as Ruinas, onde a guia nos repassou dados
sobre a redução que foi criada pelo padre Cristovão de Mendonça, que foi o mesmo que
trouxe o gado para o Rio Grande do Sul, próximo a cidade de Santa Maria, durante o
primeiro ciclo missioneiro. Em 1687 voltaram e se estabeleceram no local atual,
organizando sua cidade.
No local observamos ruinas das duas primeiras casas fundadas em São Miguel
Arcanjo, construidas com tijolos de adobe que desmoronaram com o passar do tempo e
das chuvas.
Observamos também as ruinas da escola dos meninos, do cotiguaçu, do
cemitério indígena e da rua principal. A guia conta que nunca foi feita uma escavação
no cemitério indígena, então os restos mortais dos índios enterrados na época
possivelmente ainda estão no local. O Instituto de Pesquisa Arqueológica está
replantando as árvores em forma de cruz a fim de refazer a divisão do cemitério,
buscando refazer a paisagem do tempo dos índios. Quando o local foi repovoado,
aproximadamente a partir de 1800, foram construidos túmulos e jazigos em cima do
antigo cemitério, e quando as ruinas foram tombadas, foram destruidos.
Segundo a guia a redução de São Miguel Arcanjo foi uma das maiores,
ultrapassando o povoamento máximo e chegando a aproximadamente 7.000 índigenas.
Desse total, 1.000 indígenas foram deslocados para formas São Borja. Em 1735
começou a ser construida a Igreja, de trás pra frente, por aproximadamente 100
operários índios durante 10 anos. Ao final da construção, a Igreja foi pintada de branco
com cal, e as esculturas eram coloridas com tintas extraidas da natureza.
O Museu localizado dentro da redução, segundo Marisa, foi construido no
mesmo formato da casa de um indígena, com as varandas ao redor, e com o mesmo tipo
de telha. Em 1398 o presidente Getúlio Vargas manda Hugo Machado para recuperar
peças de arte e fundar o museu.
Os indígenas foram adaptando seus rituais as crenças da Igreja Católica. Um
exemplo disso são as esculturas indígenas feitas nos troncos de cedro que era uma
árvore sagrada para os indígenas. O padre pedia para que os indíos esculpissem imagens
de Santos, e eles faziam em cedro, tornando assim o objeto sagrado a ambas as culturas.
As imagens maiores são chamadas de "Santos do Pau Oco", pois segundo a
lenda que Marisa contou, os padres entravam no local vazio dentro da escultura e
falavam como se fossem os Santos, e os índios sentiam medo e obedeciam as suas
ordens.
Observamos também aspectos sobre a arquitetura externa das ruinas, como por
exemplo a presença de flores de maracujá que eram importantes para os guaranis, e
flores de romã que é uma fruta espanhola, e veio para o Brasil depois da colonização.
As paredes foram construidas a partir de pedras encaixadas, sem a utilização de
cimento, e a Igreja era tida como uma fortaleza, com janelas em locais estratégicos. A
guia relata que existem reduções que ainda possuem ruinas, e que apesar de São Miguel
das Missões ser a redução que possui mais paredes em pé, é uma das que menos tem
esculturas no lugar, pois quando o Brasil aceitou a independência do Uruguai exigiu que
Frutoso Riviera que era governador das missões se retirasse do local, e ele saiu levando
mais de quarenta carretas com obras de arte que além de serem patrimônio histórico
cultural, valiam muito dinheiro.
Segundo Marisa na redução de São Miguel não houve uma guerra sangrenta
como mostra o filme "Missões" que foi assistido em sala de aula como parte das
orientações para a visita.
Dentro do museu existem objetos de arte indígena como estátuas e ferramentas
usadas no trabalho, e também resenhas. Em frente ao museus haviam indios Imbiá
vendendo artesanato, na sua maioria mulheres, inclusive uma criança com
aproximadamente um mês de vida.
A guia que diz que, a principal característica dos indígenas é a honestidade, o
posto de saúde da aldeia fica aberto 24hrs e mesmo assim eles não tiram nenhum
remédo sem autorização. Outro aspecto que a impressiona é a maneira como as mães
indígenas educam seus filhos, segundo ela não há violência nem física nem verbal, e
quando os pequenos brigam, em questão de minutos a mãe já consegue desfazer a
intriga e eles voltam a brincar tranquilamente.
Marisa conta a Lenda do Boiguaçu, que segundo ela a ultima batalha dos
indigenas foi a Batalha de Caiboaté, em que os indios foram massacrados e os
sobreviventes fugiram em direção a São Miguel das Missões pois aqui havia mais gente,
contaram que tinham perdido a guerra e os soldados vinham ao encontro deles e
decidiram que tinham que fazer alguma coisa. As mulheres, idosos e crianças fugiram e
se esconderam no mato, os soldados vieram e foram embora. E as mulheres que já não
sabiam viver na selva voltaram a São Miguel e durante a noite dormiam na Igreja, que
consideravam um lugar seguro por ser a casa de Deus. Porém elas começaram a trazer
seus animais para dormir dentro da Igreja também, e uma cobra muito grande entrou e
se instalou no local. E a noite a cobra descia de onde ela estava e comia os animais, até
que chegou um ponto que não haviam mais animais pois o que a cobra não tinha
comido fugiram. As mulheres estavam com muito medo e cuidavam das crianças, até
que um dia aconteceu uma tempestade horrível e a cobra caiu de onde estava instalada,
e enquanto caia se enrolou na corda que badalava o grande sino da Igreja. As mulheres
sairam da Igreja e viram a cobra tocando o sino. Uma índia enlouqueceu de medo e
pegou seu filho e entregou para a cobra se alimentar. A cobra dormir três dias e três
noites, e quando acordou associou as coisas em sua cabeça e repetiu o feito. Se enrolou
na corda e tocou o sino novamente até outra mãe entregar uma criança. E esse fato
continuou a se repetir até que um dia Deus se irritou com a cobra e mandou um raio que
a atingiu e fez explodir. Por isso, as manchas pretas nas paredes das ruinas que os
cientistas dizem se tratar de fungos, segundo a lenda tratam-se da graxa da cobra. E no
alto das paredes, em cada um dos quatro lados tem um pedaço da cobra que foi
transformada em pedra por Deus como forma de punição por ela comer crianças.
Depois disso fomos para o hotel onde esperamos até o horário de nos
direcionarmos ao espetáculo "Som e Luz" que mostrava os conflitos além da história
dos povos indígenas através do uso de efeitos sonoros e de iluminação que buscava
despertar as emoções do espectador.
No dia seguinte visitamos o "Museu do Walter" que é um projeto desenvolvido
há quatorze anos e possui um acervo de aproximadamente 300 peças da história das
reduções, pois segundo Walter os moradores destruiram a maioria dos vestígios acerca
dos antigos habitantes.
Walter conta que na época das reduções o meio de comunicação utilizado era o
"Tatarandê", que eram tochas acesas com gordura animal, colocadas proximas aos
"janelões" da Igreja. De acordo com Walter, dos "janelões" de cada Igreja era possivel
visualizar a redução vizinha, por isso eram construidas em locais estratégicamente altos.
Havia um código de comunicação em que cada número de artoches acesos representava
um aviso, por exemplo, três artoches significavam a necessidade do curandeiro da tribo
deslocar-se até onde era solicitado, outro exemplo é o sinal de perigo, representado por
cinco artoches.
Walter relata que existe uma tribo indígena na região, composta por
aproximadamente 160 guaranis, cujos antepassados fizeram parte das missões. Nessa
aldeia ainda são mantidas vivas crenças sobre o fogo, um exemplo disso é quando um
índio fica doente. Eles são levados para perto do fogo na crença de que irão ser curados,
e usam tratamentos alopáticos em segundo plano, como terapia alternativa. Por isso é
fundamental enquanto futuras enfermeiras compreendermos e respeitarmos aspectos
como este, das culturas indígenas, buscando prestar um melhor atendimento.
De acordo com Walter e como Marisa também já havia relatado, os indígenas
adoravam imagens, e faziam pedidos a elas. Se os pedidos não fossem atendidos os
indígenas colocavam as imagens em janelas de auto relevo como forma de castigo ao
Santo por não ter atendido ao pedido.
No museu há objetos utilizados na caça, como por exemplo a boleadeira.
Também, na entrada do local há uma imagem de São Miguel Arcanjo, ou Maracatu na
linguagem indigena. Walter conta que a cruz missioneira tem para os católicos a mesma
função que a fumaça para os indígenas (purificação, comunicação e cura). Ele relata
ainda que os guaranis relacionavam a cruz missioneira a astrologia.
Ao entrar no museu, Walter nos explicou sobre os rituais indígenas, dando
ênfase no Ritual de Pureza de Pitanga com Mel. Nesse ritual a pessoa pega um punhado
de erva e uma taquara, em seguida dá um "tacaço" no chão. Dava uma volta, e enquanto
isso concentrava suas energias ruins e depois despejava a erva-mate em um pequeno
recipiente metálico onde havia fogo. Repetia o processo, dando mais uma volta, mas
dessa vez, canalizando as energias boas. Após isso, se dirigia ao mestre da cerimônia,
nesse caso Walter, para receber a benção final, através do batismo.
Depois de encerrada a visita ao museu, retornamos a Chapecó, onde chegamos
aproximadamente as 16:30h do dia 14 de setembro de 2013.
A Enfermagem nas Reduções
Nas reduções quem cuidava dos enfermos eram os jesuitas, segundo Oguisso:
Não existem dados substanciais sobre como era praticada a enfermagem
nas primitivas Santas Casas, mas supõe-se que os jesuítas assumiam, eles
próprios, os trabalhos gerais de enfermagem, fazendo-se auxiliar pelos
índios e africanos escravizados, a quem ensinavam como ajudar enfermos e
outros trabalhos em torno do cuidado.
Nota-se então, que desde os primórdios a enfermagem tem um papel
fundamental na sociedade, visando sempre o cuidado não só do paciente, mas
observando aspectos como o ambiente e as formas de convívio de um povo, adaptando-
se as necessidades de cada local.
Porém, diferentemente dos dias de hoje, naquela época não havia preocupação
com a promoção e prevenção à saude, ou seja, os cuidados eram focados na reabilitação
do paciente através do uso de receitas compostas pelos indigenas. De acordo com
Gesteira, inicialmente eram usados exclusivamente produtos americanos para o
tratamento dos enfermos, até os jesuitas obterem conhecimento geográfico sobre o
local, adaptando assim o uso de tratamentos fitoterapicos as necessidades de cada
região.
Já naquela época o foco era no cuidado com o corpo e a mente, obtendo-se
resultados mais eficazes, a tal modo que em muitas vezes o socorro médico confundia-
se com o socorro espiritual. Cuidar dos indios transfomou-se em um instrumento de
conversão, e os padres jesuítas por terem um papel de "curandeiros" diante dos
indígenas passaram a exercer grande autoridade sobre eles, fazendo que uma simples
"obra de caridade" se tornasse um forte aspecto político.
José Eisenberg diz que:
os índios conferiam autoridade religiosa ao curandeiro da tribo, (...) tentaram
assumir esse papel, e, para competirem com a autoridade religiosa dos pajés,
começaram a se dedicar ao atendimento médico dos índios e adaptar os
rituais dos sacramentos cristãos aos usos locais.
Desde aquele tempo notamos a forte influência política na saúde, sendo que em
alguns momentos é ignorado o principal, que é o atendimento e o cuidado a população
em geral, favorecendo os envolvidos com políticas do mesmo partido.
Os padres jesuítas observavam o modo como os indigenas utilizavam as ervas
afim de descobrir suas propriedades medicinais. Um exemplo disso é o óleo de copaiba
que pode ser usado para o tratatamento de feridas.
Ainda hoje é forte a utilização dos produtos fitoterápicos principalmente entre as
populações de indígenas e idosos, por isso é fundamental enquanto profissionais da
enfermagem saber lidar com essas diferenças, tentando convencer o indivíduo que
apesar dos bons resultados obtidos através do uso das ervas é importante não deixar de
lado o uso dos fármacos, aliando a medicina moderna a herança dos antepassados.
As ervas são utilizadas na medicina para o tratamento através da homeopatia,
que a exemplo dos jesuítas não trata a doença, e sim o indivíduo como um todo.
Podemos citar o tratamento da sinusite, que é feito através do uso de bafos de vapor de
eucalipto ou macela, uso de buchinha do norte para a desobstrução nasal e também da
aspiração do óleo de copaiba.
Segundo Rocha (2010):
o que determina o remédio homeopático não é o tipo de doença que o
paciente tem no momento, mas a forma particular pela qual ela manifesta seu
padecimento. Rocha (2010) fala ainda que a homeopatia examina o doente
com toda atenção aos mínimos detalhes. Antes de preocupar-se com exames
de laboratório para ver a causa do problema, é dada importância a vários
detalhes da história que o médico tradicional não foi ensinado a valorizar.
Rocha (2010) explica também que o medicamento homeopático é preparado a partir de
matéria-prima dos reinos animal, vegetal ou mineral.
Anexos
Acadêmica Ana Paula Gava, participando do Ritual da Pitanga com Mel. Foto por Lisiane Kerbes em São Miguel das Missões no dia 14-09-13.
Anjos construidos pelos indígenas. Foto por Lisiane Kerbes em Santo Angelo no dia 13-09-2013.
Arcos localizados na praça. São um total de 30 arcos com nome das 30 reduções que deram certo. Foto por Lisiane Kerbes em Santo Angelo no dia 13-09-2013.
Cristo morto na Igreja de Santo Angelo. Foto por Lisiane Kerbes em Santo Angelo no dia 13-09-2013.
Local onde aconteceu o Ritual da Pitanga com Mel. Foto por Lisiane Kerbes em São Miguel das Missões no dia 14-09-13.
Locomotiva desativada. Foto por Lisiane Kerbes em Santo Angelo no dia 13-09-2013.
Momento do acendimento do artoche. Foto por Lisiane Kerbes em São Miguel das Missões no dia 14-
09-13.
Momento em que o artoche aceso era repassado. Foto por Lisiane Kerbes em São Miguel das Missões
no dia 14-09-13.
Museu Memorial Coluna Prestes. Foto por Lisiane Kerbes em Santo Angelo no dia 13-09-2013.
Parte inferior do Museu do Walter, onde encontram-se objetos antigos e vestígios da habitação
indígena. Foto por Lisiane Kerbes em São Miguel das Missões no dia 14-09-13.
Ruinas da Igreja de São Miguel Arcanjo iluminada durante o espetáculo Som e Luz. Foto por Lisiane
Kerbes em São Miguel das Missões no dia 13-09-13.
Ruinas de onde segundo a guia, Marisa, localizava-se o claustro. Foto por Lisiane Kerbes em São
Miguel das Missões no dia 13-09-13.
Santos fabricados pelos indígenas. Foto por Lisiane Kerbes em Santo Angelo no dia 13-09-2013.
Sino da antiga Igreja Católica. Foto por Lisiane Kerbes em São Miguel das Missões no dia 13-09-13.
Turma da segunda fase de enfermagem, e ao fundo Ruinas da Igreja de São Miguel Arcanjo.