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RELATÓRIO DE ATIVIDADES E CONTAS
Exercício de 2017
ASSOCIAÇÃO PROTECTORA DOS DIABÉTICOS DE PORTUGAL Rua do Salitre, 118-120 | 1250-203 Lisboa
ÍNDICE
Pág.
1. Mensagem do Presidente 1
2. A APDP 2
2.1. Visão, missão e valores 2
2.2. Áreas de intervenção 2
2.3. Órgãos Estatuários da APDP 3
2.4. Organograma APDP 3
3. Áreas de intervenção 4
3.1. Clínica Multidisciplinar de Diabetes 4
3.2. Educação e Formação 9
3.3. Centro de Investigação 13
3.4. Social e Associativo 19
4. Agradecimentos 22
5. Relatório Económico-Financeiro 22
5.1. Análise Económico-Financeiro 22
6. Anexos
7. Proposta de Aplicação de Resultados
8. Relatório e Parecer da Comissão de Fiscalização
9. Relatório Anual da Fiscalização Efetuada
10. Certificação Legal de Contas
11. Relatório e Parecer do Fiscal Único
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ASSOCIAÇÃO PROTECTORA DOS DIABÉTICOS DE PORTUGAL Rua do Salitre, 118-120 | 1250-203 Lisboa
ASSOCIAÇÃO PROTECTORA DOS DIABÉTICOS DE PORTUGAL Relatório de Atividades 2017
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1. Mensagem do Presidente
Nos contínuos esforços do cumprimento da sua missão, a Associação Protectora dos Diabéticos de
Portugal (APDP) tem desempenhado um papel fundamental na luta contra a diabetes e suas
complicações em Portugal, nomeadamente no apoio às pessoas com diabetes e seus familiares, e
na definição das políticas sobre a diabetes a nível governamental. Assim continuou em 2017,
consolidando o seu projeto numa visão integrada e humanista, de prevenção da diabetes e de
acompanhamento das pessoas que diariamente vivem com esta doença.
2017 foi um ano de mudanças, pela eleição, a 30 de março, dos novos corpos gerentes para o
triénio 2017-2020, que cumprem assim o seu 1.º ano de mandato. Sustentados nos valores da
continuidade com o legado de 91 anos da APDP e dos seus dirigentes, os novos corpos gerentes,
no seu programa de ação, comprometeram-se a centrar a sua atividade na defesa dos direitos e
na reivindicação de uma maior participação das pessoas com diabetes nas decisões que lhes dizem
respeito.
Resultado do contínuo trabalho e dedicação dos seus colaboradores, a APDP consolidou o seu
papel como instituição de referência no tratamento da diabetes, continuando a receber
numerosos utentes que a procuram e aperfeiçoando o seu nível de prestação de cuidados, com a
contratação de novos elementos, a criação de novos serviços e a revalidação dos certificados de
qualidade da sua clínica.
Continuou a sua aposta na formação quer das pessoas com diabetes quer dos profissionais de
saúde, disseminando os seus conhecimentos e competências. Apesar do encerramento do espaço
da Escola da Diabetes na Rua do Sol ao Rato, a vertente educativa e formativa mantem-se ativa e
muito requisitada.
Com o seu Centro de Educação e Investigação a APDP tem conseguido encontrar parceiros
institucionais de relevo, na academia, na saúde e na sociedade civil. Ir ao encontro das reais
necessidades das pessoas com diabetes é o principal objetivo para o desenvolvimento de projetos
e de estudos em parceria.
Ainda em 2017 promovemos o 1.º Congresso Nacional da APDP e acolhemos enquanto instituição
anfitriã, o maior evento científico internacional na área da diabetes, o Congresso da EASD que este
ano teve, em Lisboa, mais de 15 mil especialistas.
A direção da APDP está preparada para prosseguir na construção de um futuro melhor e,
sobretudo, mais humano. Para tal esperamos contar com o apoio dos associados, dos parceiros
institucionais e de todos os amigos da APDP, numa missão cuja relevância é bem evidenciada pela
dimensão da pandemia da diabetes em Portugal e das respostas necessárias para a enfrentar.
José Manuel Boavida
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2. A APDP
2.1 VISÃO, MISSÃO E VALORES
Visão
A Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP) trabalha para que a diabetes não seja
uma barreira para a qualidade de vida e para o bem-estar das pessoas que com ela lidam
diariamente.
Missão
- Apoiar as pessoas com diabetes, seus familiares e cuidadores, prestando-lhes serviços clínicos e
educativos de qualidade.
- Colaborar no desenvolvimento de políticas públicas e sociais centradas nos direitos e nas
necessidades das pessoas com diabetes.
Valores
Capacitação, envolvimento, participação, responsabilidade, humanismo, solidariedade, equidade,
igualdade e não discriminação do cidadão com diabetes.
2.2 ÁREAS DE INTERVENÇÃO
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2.3. ORGÃOS ESTATUTÁRIOS DA APDP
2.4. ORGANOGRAMA APDP
O número de pessoas do quadro a 31 de dezembro de 2017 é de 130, distribuídos da seguinte
forma:
Quadro 2016 2017
Médicos 24 23
Técnicos Superior de Saúde 9 10
Técnicos Diagnóstico e Terapêuticos 18 17
Enfermeiros 19 21
Administrativos 31 31
Auxiliares 30 28
Auxiliares de Acção Médica 15 15
Auxiliar dos Serviços Gerais 15 13
Total 131 130
Assembleia Geral Direção Comissão de Fiscalização
Presidente: José Narciso Cunha Rodrigues
Secretário: José Luiz Medina Vieira
Secretário: Fernanda Isabel Moreira Fragoso
Presidente: José Manuel Boavida
Diretor Clínico: João Filipe Raposo
Tesoureiro: Horácio Marreiros Negrão
Secretário: Maria Antónia Almeida Santos
Vogal: Maria de Lurdes Serrabulho
Presidente: Alfredo José de Sousa
Vogal: Maria Adelaide Canelas
Vogal: Diniz Pinto Vieira
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3. ÁREAS DE INTERVENÇÃO
3.1. CLÍNICA MULTIDISCIPLINAR DE DIABETES
A Clínica Diabetológica da APDP presta cuidados integrados e diferenciados em diversas áreas.
É um modelo único, que se posiciona entre os Cuidados de Saúde Primários e as Unidades
Hospitalares, e integramos a rede do Serviço Nacional de Saúde. Tem acordos com subsistemas,
seguros de saúde.
A clínica da APDP em números
Nº de Beneficiários dos serviços prestados pela APDP:
Nº de Primeiras e consultas subsequentes por entidade:
Equipa Multidisciplinar que permite um cuidado integrado do Utente (360º)
Cardiologia
Podologia
Nefrologia Pediatria
Imagiologia
Saúde Reprodutiva Saúde Mental
Urologia
Oftalmologia Diabetologia
Nutrição Endocrinologia
Ótica
Unidade de Diálise Farmácia Bloco OperatórioLaboratório de Análises
Clínicas
Unidades de suporte à Clínica:
18.890 19.288 18.750
0
5.000
10.000
15.000
20.000
25.000
2015 2016 2017
Nº de Utentes
Nº de Utentes
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Nº de Primeiras e consultas subsequentes por especialidade:
Gabinete de Apoio Social
Em 2017 a APDP iniciou a implementação de um Gabinete de Diagnóstico e Apoio Social, com o
objetivo de identificar as necessidades de apoio social sentidas pelas pessoas com diabetes, mas
também para o estudo e suporte em problemas sociais que condicionem a saúde das pessoas e
respetivas famílias. Para tal, foram estabelecidos dois níveis de atuação: o acompanhamento à
pessoa com diabetes e respetivas famílias (atendimento psicossocial) e a prevenção das
complicações da diabetes através da sensibilização e consciencialização para a doença com o apoio
de uma equipa multidisciplinar.
Desde a sua criação, o número de atendimentos efetuados:
- 131 Atendimentos (Adultos e Idosos).
- 6 Atendimentos (Crianças e Jovens).
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Acreditação e certificação de qualidade
Em março de 2017, a APDP foi alvo de uma auditoria externa com vista à recertificação do Processo
de Rastreio da Retinopatia Diabética segundo a Norma ISO 9011:2015.
Esta certificação concedida pela primeira vez em 2016, e inicialmente imposta por questões
contratuais, tem de ser renovada anualmente, através de visitas de acompanhamento para
averiguação de eventuais desvios à Norma.
Já em Julho de 2017, a APDP recebeu a Equipa Auditora do Departamento da Qualidade da Saúde
da DGS para visita de acompanhamento dos 2.5 anos relativos à Certificação concedida à APDP
pela qualidade dos seus serviços de Saúde.
Após um período de Advertência de 3 meses durante os quais foi necessária a regularização e
evidência de alguns procedimentos de forma a respeitar os standards do Programa Nacional de
Acreditação da DGS, a Resolução do Comité de Certificação decidiu manter a certificação da APDP
com nível bom até julho de 2020.
Também em 2017, a APDP recebeu da IDF a certificação de Centre of Excellence in Diabetes Care
e distinguida pelo projeto europeu SWEET como Centro de Referência de Diabetes Pediátrica.
Estagiários
No ano 2017, foram efetuados 53 estágios tendo abrangido 53 profissionais de saúde, com a carga
horária total de 9.808,30 horas das mais variadas áreas:
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Organização de congressos
18º Seminário de Educação na Doença Crónica - 6 a 8 de Abril de 2017
Realizado no Hotel do Mar em Sesimbra, a 18ª edição realizou-se de 6 a 8 de Abril de 2018 e reuniu
mais de 60 profissionais de saúde para explorar o tema "Diabetes...e depois?" onde se pretendeu
discutir o papel das novas tecnologias, as expectativas e representações da própria pessoa com
diabetes, bem como as pressões familiares e sociais e a necessidade de ser feliz,
independentemente da diabetes.
EASD - 11 a 15 Setembro de 2017
A 53ª Reunião Anual da Associação Europeia de Diabetes realizou-se no Parque das Nações, em
Lisboa, de 11 a 15 de setembro de 2017, tendo como Presidente da Comissão Local Organizadora,
Luis Gardete Correia. Contou com 15 436 participantes, oriundos de 130 países e foram discutidos
e explorados os temas mais recentes da diabetes a nível internacional.
Esta reunião ocupou os pavilhões da FIL e o Altice Arena num total de 11 salas com diferentes
capacidades. Realizaram-se mais de 120 comunicações na área da Educação, da Investigação, da
Psicologia, da Prevenção, da Terapêutica, da Nutrição, da Neurologia, da Genética, entre outras.
Paralelamente, decorreu a Association Villages, área dedicada às Associações e Organizações de
Diabetes de todo o mundo (este ano com mais de 50 representações) e onde a APDP esteve
representada.
1º Congresso Nacional da APDP/ 10º Congresso de Educadores em Diabetes - 19 a 21 de Outubro
de 2017
O 1º Congresso Nacional da APDP/10º Congresso de Educadores em Diabetes realizou-se de 19 a
21 de outubro de 2017, no Centro de Congressos de Tróia. Essencialmente destinado a Médicos,
Enfermeiros, Nutricionistas e Farmacêuticos, neste evento científico participaram cerca de 300
profissionais de saúde vindos de todo o país, também de outras áreas ligadas à Diabetes, como
Psicologia e Podologia. Iniciando-se com workshops de cariz essencialmente prático com temas
como a Alimentação na Diabetes Tipo 2, as Novas Tecnologias e o Pé Diabético, realizaram-se
igualmente sessões plenárias onde se explorou a abordagem farmacológica e a não-farmacológica
do tratamento da diabetes, bem como o papel da Comunidade e da Comunicação na Diabetes.
Realizaram-se ainda simpósios paralelos específicos para cada uma das classes profissionais sobre
temas como "Promoção da interdisciplinariedade", "A Diabetes e a doença cardiovascular",
"Desvendar Mitos ao balcão", "Doença Renal e Diabetes - abordagem nutricional nos estadios pré-
diálise", entre outros.
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APDP em congressos, seminários e simpósios:
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3.2. EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO
A APDP realiza formação para profissionais de saúde e para pessoas com diabetes, seus familiares
e/ou cuidadores, desde 1974. Ao longo dos anos, o Departamento de Formação tem vindo a ser
desenvolvido, criando novos cursos, reorganizando outros já existentes, introduzindo novas
tecnologias e dinâmicas de grupo, com base nas avaliações realizadas pelos participantes.
A equipa é constituída por profissionais das áreas da medicina, enfermagem, nutrição e dietética,
psicologia, podologia e educação física. A Certificação de Qualidade de Formação da APDP tem
contribuído como um reforço positivo para todo o trabalho desenvolvido na área da formação:
Formação para pessoas com diabetes
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Formação para profissionais de saúde
Cursos de cozinha
Em 2017 realizaram-se 5 Cursos de cozinha APDP:
Sábados Desportivos
Os “Sábados Desportivos” realizam-se desde fevereiro de 2008 no Parque da Quinta das Conchas
e sob a orientação de uma professora de Educação Física. Acontecem duas vezes por mês, sendo
que em 2017 participaram nesta atividade cerca de 355 pessoas.
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Formação externa
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Casas da Diabetes
Pioneira na área da diabetes em Portugal, a APDP tem procurado inovar e disseminar os seus
serviços e conhecimento junto das pessoas com diabetes, seus familiares, cuidadores e
profissionais de saúde, a nível nacional. Mas a explosão da epidemia da diabetes, as exigências de
políticas de proximidade, com um apoio firme ao aumento da literacia em saúde exige a criação
de espaços de apoio e interajuda para pessoas com diabetes e seus familiares. Como resposta a
esta necessidade, a APDP propõe-se criar Casas da Diabetes por todo o país, nos locais em que
parcerias com autarquias, serviços de saúde, associações e outros parceiros estratégicos, as
tornem possíveis.
As denominadas Casas da Diabetes pretendem funcionar como espaços mais próximos, onde se
possam fazer sessões de educação em grupo e de interajuda, e aos quais as pessoas com diabetes
e seus familiares podem recorrer para partilhar experiências e esclarecer dúvidas, aprender a
cuidar de si e até ajudar outros a viver bem com a doença. A base para a criação destas casas
assentará em parcerias a estabelecer entre a APDP e instituições locais, numa combinação de
vontades recíprocas tendo em conta as necessidades, as oportunidades e os recursos existentes.
O modelo para as Casas da Diabetes inclui um plano de ações a desenvolver em conjunto com as
instituições parceiras, numa ótica de proximidade e de continuidade. A sua implementação implica
um espaço físico com condições para acolher ações de formação, rastreios, workshops de cozinha
e consultas, entre outras atividades.
Este modelo compreende 4 fases a implementar gradualmente, consoante as capacidades e a
consistência organizativa e financeira, sendo que cada nova fase complementará as atividades
previstas na fase anterior e sempre em harmonia com as necessidades locais:
1. Programa anual de animação e formação para a comunidade local da diabetes,
promovendo a literacia em saúde em diferentes áreas (nutrição, atividade física, cuidados
aos pés, entre outras);
2. Sessões educativas sobre autogestão e educação terapêutica;
3. Rastreios às complicações da diabetes, Ex.: retinopatia, pé diabético, entre outras;
4. Clínica da diabetes, com consultas de equipas multidisciplinares, incluindo
especialidades.
A Junta de Freguesia do Areeiro foi a primeira entidade a aderir a este projeto.
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3.3. CENTRO DE INVESTIGAÇÃO
Cooperar com outras instituições, encontrando soluções em conjunto, foi sempre um predicado
da APDP. Em 2017 estabeleceram-se novas parcerias institucionais e reforçaram-se as já
existentes, destacando-se alguns protocolos de colaboração com o objetivo de reunir as
condições necessárias ao início ou à continuidade de estudos, ensaios e projetos de investigação
e de intervenção, entre outras iniciativas.
Projetos nacionais
Projetos de investigação em desenvolvimento
Financiamento: Fundação para a Ciência e Tecnologia:
Previsão da diabetes e feridas em familiares em primeiro grau de pessoas com diabetes tipo 2
(EXCL/DTP-PIC/0069/2012)
Início: 1 de junho de 2013
Parceiros: Centro de Neurociências e Biologia Celular; Faculdade de Ciências Médicas; Faculdade
de Ciência e Tecnologia.
Objetivo: Identificar os irmãos de pessoas com diabetes tipo 2 em risco ou já com diabetes.
Lisbon Living +: Estratégias inovadoras para uma vida saudável e um envelhecimento ativo na
Região de Lisboa (EIT/KIC/IVE/0051/2013)
Início: 1 de fevereiro de 2014
Parceiros: Universidade de Lisboa; Infarmed; Câmara Municipal de Cascais; Câmara Municipal de
Lisboa; Câmara Municipal de Oeiras; Centro Hospitalar Lisboa Norte; Direção-Geral da Saúde;
Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa; CEDOC (Centro de Estudos de Doenças
Crónicas); Faculdade de Farmácia; Faculdade de Medicina; Instituto Gulbenkian de Ciência;
Instituto de Medicina Molecular; Instituto Tecnologia Química e Biológica; (INSA) Instituto
Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge; ISEG (Instituto Superior de Economia e Gestão); IST
(Instituto Superior Técnico); LNEC (Laboratório Nacional Engenharia Civil); Microsoft; Novartis
Farma; Portugal Telecom; Santa Casa da Misericórdia de Lisboa; Universidade Nova de Lisboa;
Centro de Química e Bioquímica.
Objetivo: Promover a vida saudável e o envelhecimento ativo, através da articulação e da
contribuição de centros de investigação, instituições de referência a nível biomédico, parceiros
do sector social e escolas, centros de negócios e organizações incubadoras, para completar a
cadeia deste projeto que começa no laboratório e termina na empresa. As temáticas principais
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são a promoção da saúde inovadora e Medicina e o ambiente amigo do idoso, proteção da saúde
e tecnologia.
Valor prognóstico e protector do eixo de Clusterina-PON1 sobre as complicações da obesidade
(PTDC/BIM-MET/4265/2014)
Início: 2016
Objetivo: Testar se o deficit da clusterina e da PON-1 são fatores de risco para o
desenvolvimento de estados de pré-diabetes incluindo sensibilidade à insulina reduzida,
homeostasia da glucose disfuncional e doença do fígado gordo.
Inflamação hepática, clearance de insulina e hiperinsulinemia: uma tríade na base da
prediabetes (PTDC/BIM-MET2115/2016)
Início: 2016
Objetivo: Estudar os mecanismos de disfunção da degradação/clearance hepática da insulina
que levam a uma hiperinsulinémia primária, providenciando um novo modelo para alterações
primordiais no metabolismo. Esta disfunção pode levar à persistência de hiperinsulinémia, ao
desenvolvimento de resistência à insulina e diabetes tipo 2.
BIO4DIA, Deteção precoce e monitorização da progressão metabólica da diabetes tipo 2
(LISBOA-01-0145-FEDER-024325)
Início: 1 de junho de 2017
Objetivo: Contribuir para o desenvolvimento de novos dispositivos (biosensores) tendo em vista
a deteção precoce da instalação da T2D e a avaliação da sua progressão mediante tecnologia
POC de ponta, barata e sensível, mas sobretudo de fácil utilização em consultório na presença do
doente.
Outros financiamentos:
ADJUST – Estudo comparativo e prospetivo de avaliação os benefícios económicos e clínicos da
monitorização profissional da glucose Vs. Auto-monitorização da glucose
Início: março de 2014
Objetivo: comparar a diferença dos níveis médios da HbA1c após a decisão clínica de optarem
pela monitorização contínua profissional da glucose. Foram estudadas 100 pessoas seguidas na
APDP, segundo os critérios de inclusão do estudo.
TECO
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Início: 2014
Objetivo: acompanhar um coorte de crianças e jovens com diabetes tipo 1 ao longo de 30 anos,
considerando ciclos consecutivos de 30 anos, para identificar a existência de intercorrências
significativas, nomeadamente internamentos e eventuais co-morbilidades. As crianças são
recrutadas por referenciação dos médicos da APDP.
AMGEN – Dislipidemia na pessoa com diabetes
Início: 1 de novembro de 2017
Objetivo: utilizar ferramentas de data mining e inteligência artificial, para avaliar a prevalência e
progressão da diabetes e da dislipidemia em pessoas com diabetes.
LIPODIAB – Estudo de prevalência e fatores de risco das lipodistrofias em pessoas tratadas com
insulina em Portugal
Início: 2016
Objetivo: avaliar a prevalência de Lipohipertrofias em pessoas insulinotratadas em Portugal.
HIPODIAB- Estudo prospetivo e controlado para avaliar divergências entre o número e o grau
de gravidade de hipoglicemias percecionadas pela pessoa com diabetes e as registadas na
monitorização continua.
Início: outubro de 2016
Objetivo: identificar as divergências entre o número e grau de gravidade de hipoglicemias
percecionadas pela pessoa com diabetes e o registo em monitorização continua.
DIABETES E YOGA
Início: junho de 2017
Parceiro: Confederação Portuguesa do Yoga
Objetivo: conhecer os efeitos do Yoga na Diabetes.
Projetos de intervenção em desenvolvimento
Financiamento: Fundação Calouste Gulbenkian
Desafio Gulbenkian - Não à Diabetes!
Início: Setembro de 2015
Objetivos: O projeto quer evitar que 50 mil pessoas desenvolvam a doença nos próximos 5 anos
e visa identificar, no mesmo período, 50 mil pessoas com diabetes que desconheçam ter a
doença, através da aplicação do questionário de avaliação do risco de vir a desenvolver diabetes,
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educação para a saúde e criação de ambientes facilitadores da mudança de estilos de vida e
adoção de melhores hábitos de consumo alimentar.
Financiamento: Direção-Geral da Saúde
PEDIAB - intervenção no pé diabético em ambulatório
Início: 1 de dezembro de 2017
Programa educativo de cuidados podológicos a pessoas com diabetes tipo 2 e de rastreios na
população em geral.
PEDIAP - intervenção no pé diabético em lares
Início: 1 de dezembro de 2017
Programa educativo de cuidados podológicos a pessoas com diabetes tipo 2 institucionalizadas e
rastreios na população em geral.
Outros financiamentos:
Saber Escolher para Saber Viver
Início: 2014
Objetivo: analisar quanto ao peso e perímetro abdominal a população escolar dos 8 aos 9 anos,
aplicando um questionário de frequência nutricional – as crianças identificadas com excesso de
peso, são encaminhadas para um programa educacional que inclui sessões com os pais para a
promoção de estilos de vida saudável.
Programa Juntos É Mais Fácil
Início: 2015
Objetivo: ajudar pessoas recentemente diagnosticadas com diabetes tipo 2 a adaptarem o seu
estilo de vida à doença, nomeadamente em relação à alimentação e ao exercício físico, ajudando
assim a prevenir o desenvolvimento de complicações.
Projetos concluídos
Colonização de Streptococcus agalactiae em adultos
Projetos Internacionais
Projetos de investigação em desenvolvimento
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Co-Financiamento dos Fundos da Comissão Europeia
CHRODIS PLUS
Início: 1 de Setembro de 2017
Parceiros: 26 parceiros europeus
Objetivo: apoiar a implementação no terreno de vários países europeus um conjunto de
iniciativas para a prevenção e melhoria de qualidade dos cuidados às doenças crónicas, no
seguimento dos resultados do projeto CHRODIS.
Outros financiamentos:
EIP-AHA – European Innovation Partnership on Active and Healthy Ageing
Início: 2011
Objetivo: encontrar soluções inovadoras para as necessidades da população idosa.
GRANULOX
Início: 23 de março de 2017
Objetivo: testar a eficácia de um spray de hemoglobina para o tratamento de úlceras de pé
diabético de difícil resolução.
ENDO-ERN - European Reference Network on Rare Endocrine Conditions
Início: 10 de março de 2017
Objetivo: melhorar a qualidade dos cuidados a doenças endócrinas raras através da colaboração
entre os países europeus.
DAWN 2 - Atitudes, Desejos e Necessidades das pessoas com diabetes
Início: outubro de 2015
Objetivo: encontrar respostas e desenvolver novos modelos de tratamento e interação com as
pessoas com diabetes, no sentido de ir ao encontro das suas reais necessidades. Para tal, foram
realizados cerca de mil inquéritos a nível nacional, incluindo pessoas com diabetes, seus
familiares e profissionais de saúde.
MODY - Estudo transversal, multicentro e multinacional de Diagnóstico Genético da Diabetes
Atípica Não Autoimune na área do Mediterrâneo
Início: maio de 2017
Objetivo: estudar a diabetes atípica não autoimune e facultar novas formas de
acompanhamento.
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ANCESTRALIDADE GENÔMICA
Início: setembro de 2017
Objetivo: associar a ancestralidade genômica e a autodeclaração de etinicidade com alelos e
haplótipos HLA de classe II em pacientes com diabetes tipo 1 em Portugal, com avaliação de
dados clínicos e laboratoriais.
SCODI- Self-Care of Diabetes Inventory
Início: janeiro de 2017
Objetivo: validar a escala Self-Care of Diabetes Inventory para a população portuguesa, em
colaboração com a Universidade de Milano- Bicocca.
Projetos concluídos:
- MANAGE CARE
- CHRODIS
- PRE-START
Estudos e ensaios clínicos
Em 2017, este departamento deu início a 1 ensaio clínico: GSK200808_ASCEND.
Foram submetidas as adendas dos protocolos de investigação, consentimentos informados e
contratos financeiros de ensaios clínicos que já se encontravam a decorrer: BI 1245.72, Ensaio
Clínico FIGARO, Ensaio Clínico FIDELIO – DKD.
Estiveram em curso 6 ensaios clínicos:
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Foi igualmente dado suporte logístico para a realização de vários estudos académicos e projetos
levados a cabo, tanto por colaboradores da APDP, como pessoal externo, mas sempre com a
supervisão e estreita colaboração deste departamento.
Todas as atividades desenvolvidas foram realizadas em consonância com os pareceres ditados pela
Comissão de Ética para a Saúde da APDP.
Bolseiros
O Centro de Investigação da APDP admitiu dois bolseiros de investigação, na área da psicologia e
do serviço social.
Artigos científicos
3.4. SOCIAL E ASSOCIATIVO
A intervenção social e associativa da APDP continua a ser uma das suas vertentes prioritárias,
marcada fundamentalmente pela promoção de momentos de partilha de experiências e de
conhecimento entre os diferentes agentes da comunidade da diabetes.
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Associados
O número de associados da APDP evoluiu conforme o gráfico abaixo ilustra:
Comunicação realizadas com os associados:
- Quatro edições anuais da revista da Diabetes – Viver em Equilíbrio;
- Newsletter quinzenal;
Eventos para a comunidade
Grande Encontro APDP
À margem do seu 91.º aniversário, a APDP realizou no dia 20 de maio de 2017 um grande encontro
convívio que juntou cerca de 1000 pessoas com diabetes, familiares, cuidadores e amigos. O
evento decorreu no Centro Cultural Olga Cadaval, em Sintra, e foi marcado por vários momentos
pedagógicos e lúdicos.
Dia Mundial da Diabetes
Em 2017 o Dia Mundial da Diabetes (14 de novembro) foi assinalado em Lisboa com uma
caminhada noturna pelos miradouros de Alfama. Esta iniciativa que juntou mais de uma centena
de pessoas foi organizada pela Câmara Municipal de Lisboa, a APDP e outros parceiros.
Para destacar a data e o tema escolhido deste ano, a APDP organizou ainda, também com o apoio
da Câmara Municipal de Lisboa, a conferência “A Mulher e a Diabetes” no Salão Nobre dos Paços
do Concelho de Lisboa.
Ainda no Dia Mundial da Diabetes, a APDP recebeu na sua sede a visita do Presidente da República,
Marcelo Rebelo de Sousa, e do Ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes.
14.641 14.011 14.091
0
5.000
10.000
15.000
20.000
2015 2016 2017
Nº de Associados
Nº de Associados
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Núcleo Jovem APDP
• 10 "Encontros NJA" dirigidos a jovens e adultos com diabetes tipo 1 e seus familiares, com um
total de 192 participantes;
• 5 Encontros “Conversas entre pais”, dirigidos a pais e cuidadores de crianças e jovens com
diabetes tipo 1, com um total de 41 participantes;
• Organização da Expedição a Mulhacén (Espanha) para adultos com diabetes tipo 1, de 15 a 18
de junho de 2017, com 25 participantes;
• Organização do 3.º Fim-de-semana em Rio Maior para pessoas com diabetes tipo 1, familiares
e amigos, com 51 participantes;
• Participação no Campeonato Europeu de Futsal de Pessoas com Diabetes, DiaEuro2017, em
Bucareste (Roménia), com 10 jogadores com diabetes;
• Co-organização e participação nos treinos da equipa de futsal DiabPT United.
Participação na Federação Internacional da Diabetes
A APDP é membro da Federação Internacional da Diabetes (IDF), tendo em 2017 participado
ativamente nas seguintes atividades:
- IDF Europe Youth Camp em Cluj-Napoca (Roménia);
- Young Leaders Programme, em Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos);
- IDF Congress 2017, em Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos);
- Comemorações do Dia Mundial da Diabetes, em Bruxelas (Bélgica).
Luis Gardete Correia terminou este ano o seu mandato como vice-presidente da IDF e José
Manuel Boavida foi eleito para o Board da IDF Europa.
Participação na Rede Social de Lisboa (Feira do Cuidador)
A APDP integrou a comissão de organização da Feira do Cuidador, um evento promovido pela Rede
Social de Lisboa no dia 28 de outubro de 2017. Tratou-se de um evento dedicado ao cuidador
informal, no qual foi fornecida informação útil a um grupo de pessoas com um papel tão
preponderante na sociedade civil, procurando contribuir para a promoção de respostas locais
integradas de apoio à pessoa idosa. Este evento contou com a presença de 171 participantes.
Publicações
AFONSO, Maria João; ASSUDE, Violante e CORREIA, Luis Gardete (coord.). “80 novas receitas da
cozinha mediterrânica”. Lisboa: Goody (dezembro de 2017).
ASSOCIAÇÃO PROTECTORA DOS DIABÉTICOS DE PORTUGAL Relatório de Atividades 2017
22
A APDP nos media
O número de referências à APDP nos meios de comunicação social portugueses, no decorrer de
2017, contabilizou um total de 158 notícias, reportagens e entrevistas. Os temas que mereceram
maior destaque mediático foram:
- Relatório Anual do Observatório Nacional da Diabetes
- Grande Encontro da APDP
- Dia Mundial da Diabetes
- 1.º Congresso Nacional da APDP
4. AGRADECIMENTOS
A Direção da APDP não pode deixar de expressar o seu agradecimento ao apoio e à solidariedade
de todos os que com ela colaboraram, direta ou indiretamente, destacando a exemplar dedicação
e entusiasmo com que todos os Trabalhadores se entregaram às suas tarefas e responsabilidades
tornando-se, assim, elementos essenciais na concretização dos projetos e objetivos.
Não podemos deixar ainda de expressar um especial agradecimento a todas as personalidades
públicas, Instituições e Empresas que connosco colaboram no desenvolvimento sustentável da
Associação.
5. RELATÓRIO ECONÓMICO-FINANCEIRO
5.1 ANÁLISE ECONÓMICO-FINANCEIRA
O exercício económico de 2017 da Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP)
reflete o esforço preconizado pela Direção durante o mandato vigente, nos seus quatro eixos
fundamentais de atuação:
i) Clínica multidisciplinar da Diabetes;
ii) Educação e Formação;
iii) Investigação;
iv) Social e Associativa.
Globalmente, salientamos os seguintes factos ocorridos:
ASSOCIAÇÃO PROTECTORA DOS DIABÉTICOS DE PORTUGAL Relatório de Atividades 2017
23
- Apuramento de Resultado Operacional que representa 8% do valor de Proveitos
Operacionais;
- Criação de uma imparidade sobre os valores faturados a ARSLVT que excedem o Acordo de
Cooperação estabelecido no montante apurando nos últimos anos de 436.182 euros, dada
a irrecuperabilidade deste montante.
- Concluímos desta forma o exercício do ano de 2017, com um apuramento do resultado
líquido do período de 19.295 eur. (-89% face a 2016).
Prov. Operacionais Custos Operacionais Resultado Operacional Resultado Líquido
2015 8 362 440 8 050 440 312 001 64 750
2016 8 557 634 7 384 169 1 173 465 178 048
2017 8 259 886 7 578 084 681 801 19 295
Demonstração de Resultados por natureza
Através da principal demonstração financeira, a demonstração de resultados por natureza, é
possível verificar como se obteve o resultado do exercício:
312.001
1.173.465
681.801
0
500.000
1.000.000
1.500.000
2015 2016 2017
Resultados Operacionais
Resultados Operacionais
64.750
178.048
19.295
0
50.000
100.000
150.000
200.000
2015 2016 2017
Resultados Líquidos
Resultados Líquidos
ASSOCIAÇÃO PROTECTORA DOS DIABÉTICOS DE PORTUGAL Relatório de Atividades 2017
24
Proveitos Operacionais
Vendas:
As vendas (Farmácia e Ótica) representam em média cerca de 19% dos proveitos operacionais
gerados, com grande expressão da Farmácia (18,4%), que registou um acréscimo nas vendas face
ao ano transato (+3%).
De notar a pouca expressividade da Ótica, que manteve um valor semelhante face ao ano
homólogo.
ASSOCIAÇÃO PROTECTORA DOS DIABÉTICOS DE PORTUGAL Relatório de Atividades 2017
25
Prestações de Serviços:
As prestações de serviços (Saúde, Quotizações e Ginásio) representaram cerca de 67% dos
proveitos operacionais gerados, com grande expressão para a prestação de serviços de saúde
(cerca de 63%), com destaque para os proveitos oriundos do Protocolo estabelecido com a
ARSLVT (cerca de 53%).
Destaque para o decréscimo verificado este ano nas quotizações (-11,07%).
97% 96%97%
3% 4%3%
0,00
200.000,00
400.000,00
600.000,00
800.000,00
1.000.000,00
1.200.000,00
1.400.000,00
1.600.000,00
1.800.000,00
2015 2016 2017
Vendas (2015-2017)
Farmácia Ótica
97% 96% 97%
3% 4% 3%
-
1.000.000
2.000.000
3.000.000
4.000.000
5.000.000
6.000.000
2015 2016 2017
Prestações de Serviços (2015-2017)
Saúde Quotizações Ginásio
ASSOCIAÇÃO PROTECTORA DOS DIABÉTICOS DE PORTUGAL Relatório de Atividades 2017
26
Subsídios:
A rubrica de subsídios, doações e legados à exploração apurou um decréscimo (-90%) em virtude
do subsídio atribuído pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa não ter sido recebido em 2017, e
do facto de as bombas de insulina passarem a ser recebidas no duodécimo pago pela ARSLVT.
Esta rubrica, que representa 0,4% do Proveitos Operacionais tem na sua composição apenas um
subsídio atribuído pela Fundação Ernesto Roma.
Outros rendimentos e ganhos:
A APDP procura diversificar as suas fontes de rendimento, e o esforço da Direção e da sua equipa
em 2017 conduziu a obtenção de cerca de 1,1 milhões de euros, valor que representou 13,4%
dos Proveitos operacionais gerados.
Custos Operacionais
83,2%
1,5%
10,6%4,5%
Prestação de Serviços de Saúde (2017)
ARS LVT Outras ARS Subsistemas Utentes
ASSOCIAÇÃO PROTECTORA DOS DIABÉTICOS DE PORTUGAL Relatório de Atividades 2017
27
Custo das Matérias Primas Vendidas e Consumidas (CMVM):
O custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas registam um acréscimo de cerca
de 262 mil euros (+15% face a 2016), em grande parte devido à aquisição dos Sensor FreeStyle
Libre para disponibilização para venda na Farmácia da APDP.
Fornecimentos e Serviços Externos (FSE):
A conta de fornecimentos e serviços externos registou um decréscimo de 134 mil euros,
nomeadamente, nas rúbricas de serviços especializados, honorários e serviços diversos.
O valor de FSEs conheceram uma inflexão em 2017 de -7% (tinha vindo a crescer moderadamente
ao longos dos anos). As rubricas com maior peso são os trabalhos especializados (54,5%),
contratação de serviços diversos (12%) e honorários (11%).
Os subcontratos e honorários tem evidenciado um decréscimo ao longo dos últimos 4 anos (-39%
e -9% respetivamente).
61,5%
38,5%
CMVMC (2017)
Mercadorias Materiais de Consumo
1.774.353 1.809.5621.897.248
1.762.564
0
500.000
1.000.000
1.500.000
2.000.000
2014 2015 2016 2017
Fornecimento e Serviços Externos
FSE
ASSOCIAÇÃO PROTECTORA DOS DIABÉTICOS DE PORTUGAL Relatório de Atividades 2017
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Gastos com o Pessoal:
A rubrica de gastos com pessoal registou uma poupança de 73 mil euros (-7% face a 2016) que
resultou da diferença entre o pessoal que rescindiu contrato e as novas admissões para
substituição dessas saídas.
O total de trabalhadores dos quadros em 2017 foi 130 (-1 que em 2016).
Imparidades:
Considerando a avaliação das necessidades na região de Lisboa e Vale do Tejo na área de prestação
de cuidados de diabetologia e a necessária complementaridade com os serviços públicos, a
Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (“APDP”) e a Administração Regional de Saúde
de Lisboa e Vale do Tejo (“ARS-LVT”) têm vindo a celebrar nos últimos anos um Acordo de
Cooperação que complementa a rede nacional de prestação de cuidados de saúde.
Esses acordos celebrados estabelecem a quantidade e preço da produção a realizar anualmente
pela APDP, sendo que houve anos em que a APDP ultrapassou o volume de produção
contratualizado, tendo a APDP em concordância faturado esse excesso que totaliza 436.182 euros.
Os valores faturados acima dos valores protocolados não serão reembolsados pela ARS- LVT, pelo
que atendendo a irrecuperabilidade dos valores faturados em excesso, a Direção deliberou a
criação de uma provisão no valor do montante supramencionado.
Depreciações:
3.851.182 3.721.018
3.883.477
3.595.121 3.521.598
134 138 136 131 130
0
50
100
150
2013 2014 2015 2016 2017
3.200.000
3.400.000
3.600.000
3.800.000
4.000.000
Gastos com Pessoal
Gastos com Pessoal Número colaboradores
ASSOCIAÇÃO PROTECTORA DOS DIABÉTICOS DE PORTUGAL Relatório de Atividades 2017
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As depreciações dos ativos fixos tangíveis registaram um decréscimo de -11% face a 2016.
Juro obtidos / suportados:
Na rubrica de juros apresenta valores reduzidos e inexpressivo, fruto por um lado das reduzidas
taxas de juro que remuneram atualmente os depósitos e saldos à ordem, e por outro pela ausência
de qualquer endividamento financeiro contraído junto de instituições financeiras.
Balanço
Analisada a demonstração de resultados por natureza passamos à análise do Balanço que nos dá
uma imagem dos direitos e obrigações da associação em relação a terceiros.
No ativo corrente os factos significativos são um acréscimo, 937 mil euros dos quais 878 mil
euros dizem respeito à ARSLVT sendo 555 mil euros de cirurgias realizadas e não faturadas por
falta de codificação do programa e 323 mil euros referente a bombas de insulina. Ambas as
situações encontram-se ainda a aguardar ratificação por parte da ARSLVT.
A SCML é devedora de cerca de 95 mil euros referente ao Protocolo existente para aquisição
de ativos fixos tangíveis.
Relativamente ao passivo corrente a APDP regista em 2017 uma diminuição na dívida a
fornecedores de cerca de 32 mil euros e ao estado de 20 mil euros. No entanto existe um
aumento nos outros passivos correntes de 235 mil euros e dizem respeito a encargos com férias
a pagar em 2017, rendimentos a reconhecer de quotas e fornecedores de investimentos.
Demonstração dos Fluxos de Caixa
A demonstração de fluxos de caixa permite-nos analisar as entradas e saídas monetárias nas
atividades operacionais, de investimento e de financiamento bem como o saldo em caixa e
bancos.
Em 2017 os fluxos das atividades operacionais, da APDP, foram positivos (2 mil euros) o que
representou um decréscimo de cerca de 744 mil euros. A variação apurada deriva da rubrica de
outros recebimentos e pagamentos.
Os fluxos das atividades de investimento registaram o pagamento de faturas de equipamentos
no valor de cerca de 61 mil euros em 2017.
Como resultado final obtemos no final do período de 2017 um saldo de caixa e equivalentes de
663.436,57 euros enquanto que no período homólogo o saldo foi de apenas 699.083,91 euros.
Análise de Rácios
ASSOCIAÇÃO PROTECTORA DOS DIABÉTICOS DE PORTUGAL Relatório de Atividades 2017
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Rentabilidade das Vendas 2015 2016 2017 Recomendado Resultado
Margem EBITDA 4% 14% 8% > 0 Conforme
Margem EBIT 1% 2% 0,23% > 0 Conforme
Rentabilidade Líquida das Vendas 0,01 0,02 0,00 > 0 Conforme
Rácio de Solvabilidade 2015 2016 Recomendado Resultado
Capital Próprio / Capital Alheio 8,47 8,75 7,42 > 0,5 Conforme
Rácio de Endividamento Global 2015 2016 Recomendado Resultado
Dívida / Ativo Total 1% 0% 0% < 150% Conforme
Rácio de Autonomia Financeira 2015 2016 Recomendado Resultado
Capital Próprio / Ativo Líquido 89% 90% 88% >25% Conforme
Rácio de Despesa com pessoal e administração face aos
rendimentos anuais2015 2016 Recomendado Resultado
Gastos com Pessoal / Vendas 46% 42% 43% < 66,6% Conforme
ASSOCIAÇÃO PROTECTORA DOS DIABÉTICOS DE PORTUGAL Relatório de Atividades 2017
31
6. Anexos
Balanço em 31 de dezembro de 2017:
ASSOCIAÇÃO PROTECTORA DOS DIABÉTICOS DE PORTUGAL Relatório de Atividades 2017
32
Demonstração dos fluxos de caixa a 31 de Dezembro de 2017:
ASSOCIAÇÃO PROTECTORA DOS DIABÉTICOS DE PORTUGAL Relatório de Atividades 2017
33
Demonstração dos resultados por naturezas a 31 de Dezembro de 2017:
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APDP- Associação Protectora
Diabéticos Portugal
Anexo
28 de fevereiro de 2018
Anexo em 28 de fevereiro de 2018
APDP- Associação Protectora Diabéticos Portugal ii Rua do Salitre, 118-120 NIF:500851875 - Publicação em Diário da República
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Índice
1 Identificação da Entidade .............................................................................................. 3
2 Referencial Contabilístico de Preparação das Demonstrações Financeiras .................. 4
3 Principais Políticas Contabilísticas ................................................................................. 4
3.1 Bases de Apresentação .................................................................................................. 4
3.2 Políticas de Reconhecimento e Mensuração ................................................................. 6
4 Políticas contabilísticas, alterações nas estimativas contabilísticas e erros: .............. 10
5 Ativos Fixos Tangíveis .................................................................................................. 10
6 Locações ....................................................................................................................... 12
7 Custos de Empréstimos Obtidos .................................................................................. 12
8 Inventários ................................................................................................................... 12
9 Rédito ........................................................................................................................... 13
10 Subsídios do Governo e apoios do Governo ................................................................ 13
11 Benefícios dos empregados ......................................................................................... 14
12 Divulgações exigidas por outros diplomas legais ........................................................ 14
13 Outras Informações ..................................................................................................... 15
13.1 Clientes e Utentes ........................................................................................................ 15
13.2 Outros Ativos Correntes .............................................................................................. 16
13.3 Diferimentos ................................................................................................................ 16
13.4 Caixa e Depósitos Bancários ........................................................................................ 16
13.5 Fundos Patrimoniais .................................................................................................... 17
13.6 Fornecedores ............................................................................................................... 17
13.7 Estado e Outros Entes Públicos ................................................................................... 18
13.8 Outros Passivos Correntes ........................................................................................... 18
13.9 Subsídios, doações e legados à exploração ................................................................. 19
13.10 Fornecimentos e serviços externos ............................................................................. 19
13.11 Outros Rendimentos .................................................................................................... 19
13.12 Outros Gastos .............................................................................................................. 20
13.13 Resultados Financeiros ................................................................................................ 20
13.14 Acontecimentos após data de Balanço ....................................................................... 21
Anexo em 28 de fevereiro de 2018
APDP- Associação Protectora Diabéticos Portugal 3 Rua do Salitre, 118-120 NIF:500851875 - Publicação em Diário da República
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1 Identificação da Entidade
A APDP - Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal, com sede na Rua do Salitre n.º118-
120 1250-203 em Lisboa, com o NIPC 500851875 é uma Instituição Particular de Solidariedade
Social, sem fins lucrativos, constituída em 13 de Maio de 1926 nos termos do n.º1 do artº 94
do estatuto aprovado pelo Dec. Lei n.º 119/83 de 25 de Fevereiro. Encontra-se registada na
Direção Geral da Segurança Social em 04/10/1982, sob o n.º1/82, no livro n.º 1 das instituições
com fins de saúde.
A APDP tem como Atividade principal a prestação de cuidados de saúde à pessoa com
diabetes. Tem por objeto a proteção dos diabéticos em situação de manifesta e reconhecida
carência económica, com a prestação de cuidados de saúde de caráter preventivo, curativo e
de reabilitação, estendendo a sua atividade a áreas da formação de profissionais de saúde no
campo da diabetologia, em especial nos setores da educação, vigilância periódica e
recuperação do diabético, assim como na prevenção e diagnóstico precoce da doença e das
suas manifestações tardias.
Para além da atividade principal que deu origem à APDP esta desenvolve, também, outras
atividades secundárias a referir: a Farmácia Social e uma Unidade de Ótica para benefício,
exclusivo, dos associados.
Promove, também, com regularidade ações de formação profissional certificada e investigação
científica no âmbito da diabetes e colabora com outros serviços nacionais e estrangeiros que
desenvolvem os mesmos objetivos, nomeadamente, com a Federação Internacional de
Diabetes - IDF- da qual é decana das instituições suas associadas.
Foi considerada como Grande Oficial da Ordem de Benemerência e recebeu do Ministério da
Saúde a Medalha de Ouro como Menção Honrosa. Da Câmara Municipal de Lisboa recebeu a
Medalha Municipal de Mérito - Grau Ouro.
É considerada uma Instituição de Superior Interesse Social por despacho conjunto do
Ministério das Finanças e do Ministério da Saúde é, também, um Centro de referência para a
Diabetes Pediátrica - SWEET - faz parte do Centro de Educação da IDF, e da Associação de
Defesa dos Utentes de Saúde.
Anexo em 28 de fevereiro de 2018
APDP- Associação Protectora Diabéticos Portugal 4 Rua do Salitre, 118-120 NIF:500851875 - Publicação em Diário da República
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2 Referencial Contabilístico de Preparação das Demonstrações Financeiras
Em 2017 as Demonstrações Financeiras foram elaboradas no pressuposto da continuidade das
operações a partir dos livros e registos contabilísticos da Entidade e de acordo com a Norma
Contabilística e de Relato Financeiro para as Entidades do Sector Não Lucrativo (NCRF-ESNL)
aprovado pelo Decreto-Lei n.º 36-A/2011 de 9 de Março que foi revogado pelo Dec.Lei
98/2015 de 2 de junho, Portaria105/2011 revogada pela Portaria 220/2015 de 24 de julho e
Portaria 106/2011 revogada pela Portaria 218/2015 de 23 de julho. No Anexo II do referido
Decreto, refere que o Sistema de Normalização para Entidades do Sector Não Lucrativo é
composto por:
• Bases para a Apresentação das Demonstrações Financeiras (BADF);
• Modelos de Demonstrações Financeiras (MDF) – Portaria n.º 105/2011 de 14 de
Março;
• Código de Contas (CC) – Portaria n.º 106/2011 de 14 de Março;
• NCRF-ESNL – Aviso n.º 6726-B/2011 de 14 de Março;
• Normas Interpretativas (NI)
3 Principais Políticas Contabilísticas
As principais políticas contabilísticas aplicadas pela Entidade na elaboração das Demonstrações
Financeiras foram as seguintes:
3.1 Bases de Apresentação
As Demonstrações Financeiras foram preparadas de acordo com as Bases de Apresentação das
Demonstrações Financeiras (BADF)
3.1.1 Continuidade:
Com base na informação disponível e as expetativas futuras, a Entidade continuará a operar no
futuro previsível, assumindo que não há a intenção nem a necessidade de liquidar ou de
reduzir, consideravelmente, o nível das suas operações. Para as Entidades do Sector Não
Lucrativo, este pressuposto não corresponde a um conceito económico ou financeiro, mas sim
à manutenção da atividade de prestação de serviços ou à capacidade de cumprir os seus fins.
3.1.2 Regime do Acréscimo (periodização económica):
Os efeitos das transações e de outros acontecimentos são reconhecidos quando eles ocorram
(satisfeitas as definições e os critérios de reconhecimento de acordo com a estrutura
conceptual, independentemente do momento do pagamento ou do recebimento) sendo
Anexo em 28 de fevereiro de 2018
APDP- Associação Protectora Diabéticos Portugal 5 Rua do Salitre, 118-120 NIF:500851875 - Publicação em Diário da República
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registados contabilisticamente e relatados nas demonstrações financeiras dos períodos com os
quais se relacionem. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e os
correspondentes rendimentos e gastos são registados nas respetivas contas das rubricas
“Devedores e credores por acréscimos” e “Diferimentos”.
Porém a Direção derroga o princípio do acréscimo e da consistência no que se refere às quotas
dos associados dado que os valores em causa iriam distorcer as demonstrações financeiras.
Pelo que as quotas dos associados são contabilizadas apenas pela emissão e cobrança efetiva
das mesmas. Apesar da quota mensal ser de €2,00 existem vários sócios que, por decisão
pessoal, decidem ter uma quota de valor superior.
3.1.3 Consistência de Apresentação
As Demonstrações Financeiras estão consistentes de um período para o outro, quer a nível da
apresentação quer dos movimentos contabilísticos que lhes dão origem, exceto quando
ocorrem alterações significativas na natureza que, nesse caso, estão devidamente identificadas
e justificadas neste Anexo. Desta forma é proporcionada informação fiável e mais relevante
para os utentes.
3.1.4 Materialidade e Agregação:
A relevância da informação é afetada pela sua natureza e materialidade. A materialidade
depende da quantificação da omissão ou erro. A informação é material se a sua omissão ou
inexatidão influenciarem as decisões económicas tomadas por parte dos utentes com base nas
demonstrações financeiras. Itens que não são materialmente relevantes para justificar a sua
apresentação separada nas demonstrações financeiras podem ser materialmente relevantes
para que sejam discriminados nas notas deste anexo.
3.1.5 Compensação
Devido à importância dos ativos e passivos serem relatados separadamente, assim como os
gastos e os rendimentos, estes não devem ser compensados.
3.1.6 Informação Comparativa
A informação comparativa deve ser divulgada, nas Demonstrações Financeiras, com respeito
ao período anterior. Respeitando ao Princípio da Continuidade da Entidade, as políticas
contabilísticas devem ser levadas a efeito em toda a Entidade e ao longo do tempo e de
Anexo em 28 de fevereiro de 2018
APDP- Associação Protectora Diabéticos Portugal 6 Rua do Salitre, 118-120 NIF:500851875 - Publicação em Diário da República
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maneira consistente. Procedendo-se a alterações das políticas contabilísticas, as quantias
comparativas afetadas pela reclassificação devem ser divulgadas, tendo em conta:
• A natureza da reclassificação;
• A quantia de cada item ou classe de itens que tenha sido reclassificada; e
• Razão para a reclassificação.
3.2 Políticas de Reconhecimento e Mensuração
3.2.1 Ativos Fixos Tangíveis
Os “Ativos Fixos Tangíveis” encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzidos das
depreciações e das perdas por imparidade acumuladas. O custo de aquisição, inicialmente,
registado inclui o custo de compra, quaisquer custos diretamente atribuíveis às atividades
necessárias para colocar os ativos na localização e condição necessárias para operarem da
forma pretendida e, se aplicável, a estimativa inicial dos custos de desmantelamento e
remoção dos ativos e de restauração dos respetivos locais de instalação ou operação dos
mesmos que a Entidade espera vir a incorrer.
Não existem ativos que fossem atribuídos à Entidade a título gratuito.
O Ativo Fixo Tangível é constituído polos seguintes montantes líquidos.
• 4 Edifícios no valor contabilístico de 8.083.946€
• Equipamento básico diverso no valor contabilístico de 224.170€
• Equipamento administrativo no valor contabilístico de 8.452€
• Outros ativo fixos tangíveis no valor contabilístico de 3.203€.
• Propriedades de investimento no valor contabilístico de 1.138€.
As despesas subsequentes que a Entidade tenha com manutenção e reparação dos ativos são
registadas como gastos no período em que são incorridas, desde que não sejam suscetíveis de
gerar benefícios económicos futuros adicionais.
As depreciações são calculadas, assim que os bens estão em condições de serem utilizados,
pelo método da linha reta em conformidade com o período de vida útil estimado para cada
grupo de bens.
As taxas de depreciação utilizadas correspondem aos períodos de vida útil estimada que se
encontra na tabela abaixo:
Anexo em 28 de fevereiro de 2018
APDP- Associação Protectora Diabéticos Portugal 7 Rua do Salitre, 118-120 NIF:500851875 - Publicação em Diário da República
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Descrição Vida útil estimada (anos)
Terrenos e recursos naturais
Edifícios e outras construções 50
Equipamento básico 6
Equipamento de transporte
Equipamento biológico
Equipamento administrativo 6
Outros Ativos fixos tangíveis 6
As mais ou menos valias provenientes da venda de ativos fixos tangíveis são determinadas pela
diferença entre o valor de realização e a quantia escriturada na data de alienação, sendo que
se encontram espelhadas na Demonstração dos Resultados nas rubricas “Outros rendimentos
” ou “Outros gastos ”.
3.2.2 Bens do património histórico e cultural
Os “Bens do património histórico e cultural” encontram-se valorizados pelo seu custo
histórico. Os bens que foram atribuídos à Entidade a título gratuito encontram-se mensurados
ao seu justo valor, ao valor pelo qual estão segurados ou ao valor pelo qual figuravam na
contabilidade do dador.
O justo valor é aplicável aos bens que, inicialmente, foram adquiridos a título oneroso sejam
contabilizados pela primeira vez e seja impossível estabelecer o seu custo histórico devido à
perda desses dados. Esta mensuração também efetuada para os bens cujo valor de transação
careça de relevância devido ao tempo transcorrido desde a sua aquisição ou devido às
circunstâncias que a rodearam.
Os Bens do património histórico e artístico dizem respeito ao Museu e à Biblioteca da APDP no
valor de 9.654€ e 33.771€, respetivamente, sendo que estão amortizados pelo montante de
34.721€. O valor de 8.704€ não é passível de amortização.
3.2.3 Propriedades de Investimento
A rubrica Propriedades de Investimento deixou de existir, autonomamente, no balanço e
passou a integrar o Ativo Fixo Tangível.
A “Propriedade de Investimento” detida pela APDP (entregue em legado) no Largo do Chafariz,
em copropriedade com mais cinco Instituições, está avaliada em 1.137,89€ (1/5 do valor total).
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3.2.4 Investimentos financeiros
No exercício de 2017 os “Investimentos Financeiros” dizem respeito aos Fundos de
Compensação do Trabalho - FCT - e referem-se aos colaboradores da APDP admitidos a partir
de outubro de 2013.
Em 2017 o FCT teve uma valorização de 84,63 euros.
3.2.5 Inventários
Os “Inventários” estão registados ao custo de aquisição.
A Entidade adota como método de custeio dos inventários o FIFO (first in, first out).
Ao longo do ano de 2017 foram efetuadas contagens intercalares das existências da Farmácia.
No final do ano de 2017 foi efetuada a contagem final, dos inventários, com a presença da
Auditora Dr.ª Teresa Luz, em representação de António Belém & António Gonçalves - SROC,
Lda.
Os inventários da APDP dizem respeito a:
Descritivo Valor
Farmácia 89 753.23
Ótica 30 360.58
Outros 3 489.80
Total 123 603.61
Os Inventários que a Entidade detém, mas, que se destinam a contribuir para o
desenvolvimento das atividades presentes e futuras ou aos serviços que lhes estão associados
não estão diretamente relacionados com a capacidade para gerar fluxos de caixa, estão
mensurados pelo custo corrente e contabilizados diretamente a custos na conta 61.
3.2.6 Instrumentos Financeiros
Os ativos e passivos financeiros são reconhecidos apenas e só quando se tornam uma parte
das disposições contratuais do instrumento.
Créditos a Receber
Os Créditos a Receber encontram-se registados pelo seu custo. Esta rubrica é apresentada no
Balanço como Ativo Corrente.
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Caixa e Depósitos Bancários
A rubrica “Caixa e depósitos bancários” inclui caixa e depósitos bancários de curto prazo que
possam ser, imediatamente, mobilizáveis sem risco significativo de flutuações de valor.
Fornecedores e Outros Passivos Correntes
As dívidas registadas em “Fornecedores” e “Outros passivos correntes” são contabilizadas pelo
seu valor nominal.
3.2.7 Fundos Patrimoniais
A rubrica “Fundos” constitui o interesse residual nos ativos após dedução dos passivos.
Os “Fundos Patrimoniais” são compostos por:
• Fundos atribuídos pelos fundadores da Entidade ou terceiros;
• Fundos acumulados e reservas;
• Subsídios, doações e legados que o governo ou outro instituidor ou a norma legal
aplicável a cada entidade estabeleçam que sejam de incorporar no mesmo.
3.2.8 Financiamentos Obtidos
Empréstimos obtidos
Em 2017 não existem empréstimos obtidos.
Locações
Mantem-se em 2017 a locação operacional com a Grenke referente a várias impressoras e
fotocopiadoras cujas rendas estão reconhecidas como gasto do período na rubrica de
“Fornecimentos e Serviços Externos”.
3.2.9 Estado e Outros Entes Públicos
A Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal está isenta de IRC.
A isenção foi concedida pela Autoridade Tributária em 17 de Dezembro de 2012 através de
ofício assinado por Joaquim Manuel Pombo Alves, por delegação e substituição de
competências do Diretor de Finanças Adjunto. A Autoridade Tributária considerou os
rendimentos da Farmácia e da Ótica isentos ao abrigo da regra geral prevista no art.10.º, n.º1
al. b) do CIRC.
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4 Políticas contabilísticas, alterações nas estimativas contabilísticas e erros:
Não se verificaram quaisquer efeitos resultantes de alteração voluntária em políticas
contabilísticas.
5 Ativos Fixos Tangíveis
Bens do património histórico, artístico e cultural
No período de 2016 e 2017 não ocorreram movimentos nos “Bens do património, histórico,
artístico e cultural”:
2016
Descrição Saldo inicial Aquisições / Dotações
Abates Transferências Revalorizações Saldo final
Custo 0.00 0.00
Bens Imóveis 0.00 0.00
Arquivos 0,00 0,00
Bibliotecas 33 770.61 33 770.61
Museus 9 654.41 9 654.41
Bens móveis 0.00 0.00
Total 43 425.02 0.00 0.00 0.00 0.00 43 425.02
2017
Descrição Saldo inicial Aquisições/ Dotações
Abates Transferências Revalorizações Saldo final
Custo
Bens Imóveis 0,00 0,00
Arquivos 0,00 0,00
Bibliotecas 33 770.61 33 770.61
Museus 9 654.41 9 654.41
Bens móveis 0,00 0,00
Total 43 425.02 0,00 0,00 0,00 0,00 43 425.02
Outros Ativos Fixos Tangíveis
A quantia escriturada bruta, as depreciações acumuladas, a reconciliação da quantia
escriturada no início e no fim dos períodos de 2017 e de 2016 mostrando as adições, os abates
e alienações, as depreciações e outras alterações, foram desenvolvidas de acordo com o
seguinte quadro:
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2016
Descrição Saldo inicial Aquisições / Dotações
Abates Transferências Revalorizações Saldo final
Custo
Terrenos e recursos naturais 0.00 1 576 203,95 0.00
Edifícios e outras constr. 9 949 536.44 1 936 283,35 9 949 536.44
Equipamento básico 2 041 137.59 109 766.00 12 647,03 2 150 903.59
Equipamento de transporte 0.00
Equipamento biológico 0.00
Equipamento administrativo 997 495.93 8 842.38 1 006 338.31
Outros Ativos fixos tangíveis 93 066.55 2 041.80 95 108.35
Total 13 081 236.51 120 650.18 12 647.03 3 512 487.30 0.00 13 201 886.69
Depreciações acumuladas
Terrenos e recursos naturais 0.00 0.00
Edifícios e outras constr. 1 534 129.34 166 300.68 1 700 430.02
Equipamento básico 1 906 446.44 70 397.92 12 647,03 1 976 844.36
Equipamento de transporte 0.00
Equipamento biológico 0.00
Equipamento administrativo 981 926.39 17 958.79 999 885.18
Outros Ativos fixos tangíveis 90 702.70 601.16 91 303.86
Total 4 513 204.87 255 258.55 12 647.03 0.00 0.00 4 768 463.42
2017
Descrição Saldo inicial Aquisições / Dotações
Abates Transferências Revalorizações Saldo final
Custo
Terrenos e recursos naturais 0.00 0.00
Edifícios e outras constru. 9 949 536.44 9 949 536.44
Equipamento básico 2 150 903.59 94 816.65 2 245 720.24
Equipamento de transporte 0.00 0.00
Ferramentas e utensílios 0,00 0.00
Equipamento administrativo 1 006 338.31 17 953.75 1 024 292.06
Outros Ativos fixos tangíveis 95 108.35 99.72 95 208.07
Total 13 201 886.69 112 870.12 0.00 0.00 0.00 13 314 756.81
Depreciações acumuladas
Terrenos e recursos naturais 0.00 0.00
Edifícios e outras constru. 1 700 430.02 165 159.85 1 865 589.87
Equipamento básico 1 976 844.36 44 704.95 2 021 549.31
Equipamento de transporte 0.00 0.00
Ferramentas e utensílios 0,00 0.00
Equipamento administrativo 999 885.18 15 954.31 1 015 839.49
Outros Ativos fixos tangíveis 91 303.86 700.88 92 004.74
Total 4 768 463.42 226 519.99 0.00 0.00 0.00 4 994 983.41
As depreciações com o ativo fixo tangível têm vindo a diminuir significando que os vários
equipamentos estão a atingir o período de vida útil. A curto prazo será necessário investir em
novos equipamentos. Os ativos da Biblioteca estão totalmente depreciados em 33.770,61€.
Os do Museu não têm sido depreciados por se tratar de diversos quadros não sujeitos a
depreciação.
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6 Locações
7 Custos de Empréstimos Obtidos
8 Inventários
Em 31 de Dezembro de 2017 a rubrica “Inventários” apresentava os seguintes valores:
2016 2017
Descrição Inventário inicial
Compras Reclassificações e Regularizações
Inventário final
Compras Reclassificações e Regularizações
Inventário final
Mercadorias 127 423.45 1 033 448.83 -11850.68 115 450.68 1 268 970.81 94,01 123 603.61
Matérias-primas, subsidiárias e de consumo
738 924.36 0.00 786 170.02 0.00
Produtos acabados e intermédios
0.00 0.00
Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos
0.00 0.00
Produtos e trabalhos em curso
0.00 0.00
Total 127 423.45 1 772 373.19 -11 850.68 115 450.68 2 055 140.83 94.01 123 603.61
Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas
1 784 439.97 2 046 667.34
Variações nos inventários da produção
0.00 0.00
Movimentos 2017
Existências Iniciais 115 450.68
Compras 1 268 970.81
Autoconsumos 786 170.02
Regularização de Existências -320.56
Existências Finais 123 603.61
Gasto do Período 2 046 667.34
O CMVMC regista um aumento de 262 mil euros, em relação a 2016.
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9 Rédito
Nos períodos de 2017 e 2016 foram reconhecidos os seguintes Réditos:
Descrição 2017 2016
Vendas 1 566 878.31 1 363 038.40
Prestação de Serviços
Serviços de Saúde 5 208 214.13 4 963 368.42
Quotas de utilizadores 275 297.11 309 560.19
Quotas e joias 0,00 0,00
Ginásio 13 759.00 12 424.00
Promoções para captação de recursos 0.00 0.00
Formação 53 049.50 0.00
Rendimentos de patrocinadores e colaborações 0.00 0.00
Juros 203.33 1 385.22
Royalties 0,00 0,00
Dividendos 0.00 0.00
Total 7 117 401.38 6 649 776.23
Em 2017 as vendas da farmácia registam um aumento de cerca de 203 mil euros face a 2016
tendo a ótica registado um ligeiro aumento face ano anterior.
A prestação de serviços registou um aumento de 265 mil euros em relação a 2016.
Em 2017 as quotizações dos associados registaram uma diminuição de 34 mil euros face a
2016.
Vendas 2017 2016
Farmácia 1 522 614.84 1 319 621.45
Ótica 44 249.71 43 349.64
Vendas Outros 21.46 67.31
Total 1 566 886.01 1 363 038.40
10 Subsídios do Governo e apoios do Governo
A 31 de Dezembro de 2017 e 2016 a Entidade tinha os seguintes saldos nas rubricas de
“Subsídios do Governo” e “Apoios do Governo”:
Descrição 2017 2016
Subsídios do Governo
IEFP 1 771.61 250 419.17
Santa Casa da Misericórdia de Lisboa 0.00 100 000.00
Apoios do Governo
SUBSÍDIOS DE OUTRAS ENTIDADES
Fundação Ernesto Roma 34 735.00 0.00
Total 36 506.61 350 419.17
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Em 2017 registou-se apenas um subsídio à exploração por parte do IEFP e outro da Fundação
Ernesto Roma.
11 Benefícios dos empregados
O número de membros dos órgãos diretivos, nos períodos de 2016 e 2017, foi de 17 em cada
um dos anos.
Os órgãos diretivos não usufruem de remunerações referentes aos cargos que desempenham
à exceção do Diretor Clinico, Dr. João Raposo, por inerência estatutária.
O número médio de pessoas ao serviço da Entidade em 31/12/2016 foi de 131 e em
31/12/2017 foi de 130.
Os gastos que a Entidade incorreu com os funcionários foram os seguintes:
Descrição 2017 2016
Remunerações aos Orgãos Sociais 0.00 0.00
Remunerações ao pessoal 2 868 690.41 2 934 314.28
Benefícios Pós-Emprego 0.00 0.00
Indemnizações 0.00 0.00
Encargos sobre as Remunerações 599 817.62 617 456.80
Seguros de Acidentes no Trabalho e Doenças Profissionais
14 197.75 14 420.81
Gastos de Ação Social 0.00 0.00
Outros Gastos com o Pessoal 38 892.11 28 929.25
Total 3 521 597.89 3 595 121.14
Em 2017 entre o pessoal que rescindiu contrato e os admitidos para substituição das saídas
apenas diminuiu um funcionário ao quadro de pessoal. No entanto os gastos inerentes a dois
médicos e uma responsável dos serviços gerais permitiram uma diminuição de cerca de 66 mil
euros, comparativamente a 2016 dado que as saídas ocorreram no início de 2017.
12 Divulgações exigidas por outros diplomas legais
A Entidade não apresenta dívidas ao Estado em situação de mora, nos termos do Decreto-Lei
534/80, de 7 de Novembro.
Dando cumprimento ao estabelecido no Decreto-Lei 411/91, de 17 de Outubro, informa-se
que a situação da Entidade perante a Segurança Social se encontra regularizada, dentro dos
prazos legalmente estipulados bem como à Administração Tributária.
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Os honorários faturados pelo Revisor Oficial de Contas foram de €10.627,20 em 2017.
13 Outras Informações
13.1 Clientes e Utentes
Para os períodos de 2017 e 2016 a rubrica “Clientes” encontra-se desagregada da seguinte
forma:
Descrição 2017 2016
Clientes e Utentes c/c
Clientes 1 156 719.55 1 863 701.79
Utentes 13 317.70 8 574.60
Outros 4 084,92 4 084.92
Clientes e Utentes títulos a receber
Clientes
Utentes
Clientes e Utentes factoring
Clientes
Utentes
Clientes e Utentes cobrança duvidosa
Clientes 1 176 054.86 739 872.86
Utentes
Total 2 346 092.11 2 616 234.17
Em 2017 houve um aumento da dívida a receber de clientes de cobrança duvidosa,
nomeadamente da ARSLVT no montante de 436 mil euros, embora no geral exista uma
redução de 270 mil euros.
Nos períodos de 2017 e 2016 foram registadas as seguintes “Perdas por Imparidade”:
Descrição 2017 2016
Clientes -1 176 054.86 -739 872.86
Utentes
Total -1 176 054.86 -739 872.86
A Imparidade registada em 2017 foi registada por decisão da Direção devido à existência de
créditos de 2013 e 2014 tendo tido o aval do Revisor Oficial de Contas Dr. António Belém.
A diminuição registada reflete-se na rubrica do balanço "Créditos a Receber".
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13.2 Outros Ativos Correntes
A rubrica “Outros ativos correntes” tinha, em 31 de dezembro de 2017 e 2016, a seguinte
decomposição:
Descrição 2017 2016
Remunerações a pagar ao pessoal 0,00 0.00
Adiantamentos ao pessoal 400.00 0.00
Adiantamentos a Fornecedores de Investimentos 200.00 1 045.43
Devedores por acréscimos de rendimentos 972 467.45 20 029.57
Outras operações - Projetos 0.00 44 485.09
Outros Devedores 34 735.00 5 061.50
Perdas por Imparidade 0.00 0.00
Total 1 007 802.45 70 621.59
Os outros ativos correntes registaram um aumento de 2016 para 2017 de cerca de 937 mil
euros dos quais 878 mil euros dizem respeito à ARSLVT sendo 555 mil euros de cirurgias
realizadas e não faturadas por falta de codificação do programa e 323 mil euros referente a
bombas de insulina.
A SCML é devedora de cerca de 95 mil euros referente ao Protocolo existente para aquisição
de ativos fixos tangíveis.
13.3 Diferimentos
Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, a rubrica “Diferimentos” englobava os seguintes saldos:
Descrição 2017 2016
Gastos a Reconhecer
Diversos 41 083.57 7 727.43
Total 41 083.57 7 727.43
Rendimentos a Reconhecer
Quotizações de associados 17 696.54 20 280.72
Outros 22 195.97 2 840.00
Total 39 892.51 23 120.72
O valor apurado em gastos a reconhecer diz respeito a seguros e a outros pequenos gastos.
13.4 Caixa e Depósitos Bancários
A rubrica de “Caixa e Depósitos Bancários”, a 31 de Dezembro de 2017 e 2016, encontrava-se
com os seguintes saldo:
Descrição 2017 2016
Caixa 5 307.39 2 619.87
Depósitos à ordem 98 129.18 536 464.04
Depósitos a prazo 560 000.00 160 000.00
Outros
Total 663 436.57 699 083.91
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Em 2017 regista-se uma diminuição de cerca de 35 mil euros face a 2016 decorrente da
atividade normal da APDP.
Da análise geral à demonstração de fluxos de caixa, no exercício de 2017, verifica-se uma
variação negativa de 35.647,34 euros.
13.5 Fundos Patrimoniais
Nos “Fundos Patrimoniais” ocorreram as seguintes variações:
Descrição Saldo Inicial Aumentos Diminuições Saldo Final
Fundos 2 247 840.65 0.00 0.00 2 247 840.65
Excedentes técnicos 0.00 0.00 0.00 0.00
Reservas 5 143 427.85 0.00 0.00 5 143 427.85
Resultados transitados 52 191.00 178 047.74 0.00 230 238.74
Excedentes de revalorização 0.00 0.00 0.00 0.00
Outras variações nos fundos patrimoniais 2 443 854.21 30 467.69 0.00 2 474 321.90
Total 9 887 313.71 208 515.43 0.00 10 095 829.14
Os fundos e as reservas da APDP mantêm-se sem alterações de 2016 para 2017.
O aumento de 2016 para 2017 verificada nos fundos patrimoniais diz respeito ao resultado
transitado e às variações dos fundos patrimoniais.
Em 2017 registou-se um acréscimo de 95.012,69 e uma diminuição de 64.545,00 nas outras
variações patrimoniais. Estas variações devem-se ao reconhecimento em proveitos no
montante do subsídio ao investimento recebido e na parte proporcional às amortizações dos
ativos fixos tangíveis subsidiados.
O Resultado Líquido do Período em 2017 é de 19.294,75€.
13.6 Fornecedores
O saldo da rubrica de “Fornecedores” é discriminado da seguinte forma:
Descrição 2017 2016
Fornecedores c/c 534 008.32 565 166.69
Fornecedores títulos a pagar 0.00 0.00
Fornecedores faturas em receção e conferência 0.00 0.00
Total 534 008.32 565 166.69
O saldo devedor a fornecedores diminuiu face a 2016 em 31 mil euros.
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13.7 Estado e Outros Entes Públicos
A rubrica de “Estado e outros Entes Públicos” está dividida da seguinte forma:
Descrição 2017 2016
Ativo
Imposto sobre o Rendimentos das Pessoas Coletivas
0.00 0.00
Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) 0.00 0.00
Outros Impostos e Taxas 0.00 0.00
Total 0.00 0.00
Passivo
Imposto sobre o Rendimentos das Pessoas Coletivas
0.00 0.00
Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) 7 479.19 8 461.89
Imposto sobre o Rendimentos das Pessoas Singulares
45 984.84 52 405.75
Segurança Social 64 320.09 66 442.80
Outros Impostos e Taxas - FCT/ FGCT 212.28 190.56
Total 117 996.40 127 501.00
As dívidas ao estado em 31/12/2017 dizem respeito a iva, retenção de impostos de IRS,
segurança social e fundo de compensação do trabalho.
13.8 Outros Passivos Correntes
A rubrica “Outros passivos correntes” desdobra-se da seguinte forma:
Descrição 2017 2016
Não Corrente Corrente Não Corrente Corrente
Pessoal
Remunerações a pagar 0.00 28.16
Cauções
Outras operações 222.57 338.88
Perdas por imparidade acumuladas 0.00 0.00
Fornecedores de Investimentos 100 954.44 30 750.00
Clientes credores 133 488.89
Credores por acréscimo de gastos 435 100.72 401 961.50
Adiantamento de Clientes 80.00 2 115.73
Total 0.00 669 846.62 0.00 435 194.27
A rúbrica outros passivos correntes com valores significativos dizem respeito a fornecedores
de investimentos, clientes credores, nomeadamente, a ARSLVT entre outros de menor
dimensão. Os credores por acréscimo de gastos regista um aumento de cerca de 29 mil euros,
face a 2016, referente a serviços médicos prestados e 406 mil euros de remunerações a pagar
ao pessoal referente a férias e subsídio de férias que se vencem em janeiro de 2018.
Anexo em 28 de fevereiro de 2018
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Destaca-se um aumento em fornecedores de investimento devido à necessidade de renovação
de equipamentos de informática e oftalmologia.
13.9 Subsídios, doações e legados à exploração
A Entidade reconheceu, nos períodos de 2017 e 2016, os seguintes subsídio, doações,
heranças e legados:
Descrição 2017 2016
Subsídios do Estado e outros entes públicos 1 771.61 350 419.17
Subsídios de outras entidades 34 735.00 0.00
Doações e heranças 0.00 0.00
Legados 0.00 0.00
Total 36 506.61 350 419.17
Em 2017 os subsídios à exploração tiveram a contribuição do Instituto de Emprego e Formação
Profissional - IEFP - referente a um estágio profissional.
13.10 Fornecimentos e serviços externos
A repartição dos “Fornecimentos e serviços externos” nos períodos findos em 31 de Dezembro
de 2017 e de 2016, foi a seguinte:
Descrição 2017 2016
Subcontratos 10 402.87 17 011.94
Serviços especializados 1 298 994.08 1 356 914.31
Materiais 19 726.94 20 361.97
Energia e fluidos 151 162.70 142 142.72
Deslocações, estadas e transportes 71 647.47 64 136.34
Serviços diversos 210 629.77 296 681.04
Total 1 762 563.83 1 897 248.32
A conta de fornecimentos e serviços externos, apesar do grande esforço no sentido da
contenção, é uma conta de grande complexidade por estar, diretamente, relacionada com o
funcionamento da Associação. Apresenta uma redução de cerca de 135 mil euros face ao ano
transato.
13.11 Outros Rendimentos
A rubrica de “Outros rendimentos ” encontra-se dividida da seguinte forma:
Anexo em 28 de fevereiro de 2018
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Descrição 2017 2016
Rendimentos Suplementares 511 124.43 851 314.57
Descontos de pronto pagamento obtidos 947.68 1 142.93
Recuperação de dívidas a receber 0.00 0.00
Ganhos em inventários 0.00 292.63
Rendimentos e ganhos em subsidiárias, associadas e empreendimentos conjuntos
0.00 0.00
Rendimentos e ganhos nos restantes ativos finance
84.63 23.56
Rendimentos e ganhos em investimentos não financeiros
134 160.46 155 181.55
Outros rendimentos e ganhos 459 863.72 550 868.17
Total 1 106 180.92 1 558 823.41
Esta conta regista uma diminuição em todas as rubricas num total de cerca de 452 mil euros.
13.12 Outros Gastos
A rubrica de “Outros gastos ” encontra-se dividida da seguinte forma:
Descrição 2017 2016
Impostos 9 734.71 7 702.61
Descontos de pronto pagamento concedidos 2 446.99 2 173.46
Dívidas incobráveis 0.00 0.00
Perdas em inventários 320.56 0.00
Gastos e perdas em subsidiárias e associadas 0.00 0.00
Gastos e perdas nos restantes ativos financeiros 0.00 0.00
Gastos e perdas investimentos não financeiros 126 312.10 38 967.00
Outros Gastos e Perdas 108 441.03 58 516.45
Total 247 255.39 107 359.52
A conta outros gastos regista em 2017 um aumento de cerca de 140 mil euros e engloba os
gastos com estudos e projetos, congressos diversos, correções de anos anteriores entre outros
itens de menor relevância.
13.13 Resultados Financeiros
Nos períodos de 2017 e 2016 foram reconhecidos os seguintes gastos e rendimentos
relacionados com juros e similares:
Descrição 2017 2016
Juros e gastos similares suportados
Juros suportados 7.72 1 234.90
Diferenças de câmbio desfavoráveis 0.00 0,00
Outros gastos e perdas de financiamento 0.00 237.19
Total 7.72 1 472.09
Juros e rendimentos similares obtidos
Juros obtidos 203.33 1 385.22
Dividendos obtidos 0.00 0.00
Outros Rendimentos similares 0.00 0.00
Total 203.33 1 385.22
Resultados Financeiros 195.61 -86.87
Anexo em 28 de fevereiro de 2018
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Os juros suportados diminuíram devido à liquidação do empréstimo que terminou em 2016.
Os juros obtidos através da conta à ordem e a prazo têm vindo a diminuir devido à diminuição
da taxa de juro ainda que os depósitos a prazo tenham aumentado de 2016 para 2017 de 160
mil para 560 mil euros.
13.14 Acontecimentos após data de Balanço
Não são conhecidos à data quaisquer eventos subsequentes, com impacto significativo nas
Demonstrações Financeiras de 31 de dezembro de 2017.
Após o encerramento do período, e até à elaboração do presente anexo, não se registaram
outros fatos suscetíveis de modificar a situação relevada nas contas.
As demonstrações financeiras para o período findo em 31 de dezembro de 2017 vão ser
aprovadas pela Direção, em Assembleia Geral, no dia 15 de março de 2018.
Lisboa, 28 de fevereiro de 2018
A Contabilista Certificada A Direção
Dra. Raquel Gomes Dr. José Manuel Boavida
Dr. João Filipe Raposo
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7. Proposta de Aplicação de Resultados
A Direção propõe que o Resultado Líquido do Período, positivo, no valor de 19.294,75€ (dezanove
mil duzentos e noventa e quatro euros e setenta e cinco cêntimos) seja transferido para a conta
de RESULTADOS TRANSITADOS.
Lisboa, 15 de março de 2018
Dr. José Manuel Boavida Presidente da Direção
Dr. João Filipe Raposo Diretor Clínico
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8. Relatório e Parecer da Comissão de Fiscalização
Senhores Associados,
No cumprimento das disposições legais e dos estatutos da Associação Protetora dos
Diabéticos de Portugal vimos apresentar-vos o nosso parecer sobre os documentos emitidos pela
Direção, em referência ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2017.
Ao longo do ano acompanhámos as atividades da APDP tendo emitido pareceres e
recomendações sempre que entendemos necessário.
A Comissão começou por ouvir os esclarecimentos prestados pelo Fiscal Único, Dr.
António Belém, e com base na Certificação Legal de Contas e no Parecer do Fiscal Único, no que
respeita às contas, examinou os documentos financeiros que compreendem o Balanço em 31 de
Dezembro de 2017, a Demonstração de Resultados por Natureza e a Demonstração de Fluxos de
Caixa, bem como o Anexo às Demonstrações Financeiras do Exercício e o Relatório e Contas de
2017 documentos que evidenciam os seguintes montantes:
Total do Balanço 11.476.867,74 €
Resultado Operacional 19.099,14 €
Resultado Líquido do Período 19.294,75 €
Entende a Comissão de Fiscalização que o objetivo apesar das dificuldades sentidas foi
cumprido, porquanto considera-se que os elementos produzidos e relevantes para análise
obedecem às normas contabilísticas em vigor e refletem a atividade financeira da Associação.
A Comissão de Fiscalização analisou também o Relatório de Atividades, o qual se verifica
estar de acordo com o Plano de Atividades previsto pela Direção e aprovado pela Assembleia
Geral.
Assim, somos de parecer que:
1- Não se verificaram situações ou quaisquer atos que violassem os Estatutos;
2- A Comissão de Fiscalização apreciou o Relatório de Atividades e as Contas referentes
ao exercício de 2017 e considera que o mesmo evidência os factos mais relevantes da
atividade da Associação;
3- A Comissão de Fiscalização no âmbito das suas funções analisou as peças finais,
compreendendo estas últimas as Demonstrações Financeiras, as quais incluem o
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Balanço em 31 de dezembro de 2017 que evidencia um total de 11.476.867,74 €
incluindo um Resultado Líquido do Período de 19.294,75 €, a Demonstração dos
Resultados por Natureza, a Demonstração dos Fluxos de Caixa e o correspondente
Anexo;
4- A Comissão aprova a proposta da Direção de aplicação de resultados apresentada para
que o valor do Resultado Líquido do Período que se apresenta positivo em 19.294.75€
(dezanove mil duzentos e noventa e quatro euros e setenta e cinco cêntimos) seja
transferido para resultados transitados;
Assim, a Comissão de Fiscalização recomenda à Assembleia-geral que aprove o Relatório de
Atividades e Contas da Gerência referente ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2017,
apresentadas pela Direção, e agradece a colaboração prestada.
Lisboa, 13 de março de 2018
Dr. Alfredo de Sousa Presidente do Conselho Fiscal
Dr. Diniz Vieira Vogal
Dra. Maria Adelaide Canelas Vogal
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10. Certificação Legal de Contas
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