relatório de circuitos elétricos 2 - circuito RC paralelo
-
Upload
weslei-ramos-ovidio -
Category
Documents
-
view
146 -
download
0
Transcript of relatório de circuitos elétricos 2 - circuito RC paralelo
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
CAMPUS TUCURUÍ
FACULDADE DE ENGENHARIA ELÉTRICA
DISCIPLINA: LABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS II
PROFESSOR: ANDREY RAMOS
EXPERIMENTO: CIRCUITO RC PARALELO
ALUNOS:
JOSÉ WILSON 10134003518
LIEL NEVES 10134001518
WESLEI RAMOS 10134004418
TUCURUÍ-PA
1-Introdução
O circuito elétrico característico desses tipos de dispositivos é denominado
circuito RC, tais circuitos recebem esse nome por apresentarem em sua estrutura
somente uma resistência e um capacitor ligados em série ou em paralelos entre si,
alimentados por uma fonte de tensão.
Os circuitos RC são usados como temporizadores de sinais, eles controlam
quando um determinado dispositivo é acionado ou não. Isso acontece, pois nesses
circuitos é possível variar o tempo de sua carga dependendo da capacitância e resistência
usadas.
Toda corrente elétrica passa por completo pelo resistor, representado por R, porém
podemos observar também que ela não passa pelo capacitor, representado por C, pelo fato
dela possuir um isolante.
2- Objetivos
Verificar, experimentalmente, o comportamento de um circuito RC paralelo.
3- Materiais
Equipamentos: Gerador de Sinais; Osciloscópio; Protoboard.
Componentes: resistores: 100Ω e 33 kΩ; Capacitor: 1µF.
4- Fundamentos teóricos
O circuito RC paralelo é composto por um resistor em paralelo com um capacitor,
conforme mostra a figura 2.
Figura 1: circuito RC paralelo
Na construção do diagrama fasorial, visto na figura 3, considera-se como referência a
tensão, pois sendo um circuito paralelo, esta é a mesma em todos os componentes e no
capacitor está atrasada de 90º.
Figura 2: Diagrama fasorial de um circuito RC paralelo.
Do diagrama tem-se que, a soma fasorial das correntes do resistor e do capacitor é igual à
corrente total do circuito. Assim sendo, pode-se escrever:
(I ¿¿ef )2=(I ¿¿ Ref )2+( I¿¿Cef )2¿¿¿ Equação
1
dividindo todos os termos por (Vef)2, tem-se:
( I ef
V ef)
2
=( I Ref
V ef)
2
+( I Cef
V ef)
2
Equação 2
onde:
I ef
V ef
= 1Z
Equação 3
I Ref
V ef
= 1R
Equação 4
I Cef
V ef
= 1XC
Equação 5
portanto, pode-se escrever:
1
Z2= 1
R2+ 1
Xc2 Equação 6
ou
Z= 1
√ 1R2 +
1X c
2 Equação 7
O ângulo θ é a defasagem entre a tensão e a corrente no circuito e pode ser
determinado através das relações trigonométricas do triangulo retângulo:
senθ=I Cef
I ef
= ZXC
Equação 8
cosθ=I Ref
I ef
= ZR
Equação 9
tgθ=ICef
I Ref
= RXC
Equação 10
5- Procedimentos experimentais:
Inicialmente, montou-se o circuito da figura 4, e ajustou-se o gerador de sinais para
6Vpp.
Figura 3: circuito RC paralelo ajustado para Vs=6Vpp, R1=100Ω, R2=33KΩ, C=1µF.
OBSERVAÇÃO: O resistor R1 = 100Ω possibilita medir de forma indireta a corrente total no
circuito, sendo seu valor desprezível em comparação com a impedância do circuito.
Em seguida variou-se a frequência utilizando o gerador de sinais, conforme os valores
da tabela 1. Para cada valor de frequência ajustado, mediu-se e anotou-se a tensão pico a pico
(Vpp) no resistor R1. Feito isso, calculou-se o valor eficaz da tensão (Vef) e da corrente (Ief) no
resistor R1, preenchendo a tabela 1. Com esses valores, calculou-se a impedância para cada
caso, preenchendo a tabela 1.
Para uma frequência de 600Hz e amplitude de 6Vpp, calculou-se a corrente no resistor
R2 e no capacitor para o circuito da figura 4 (desprezando R1) e comparou-se os resultados da
corrente total do circuito, calculada com a medida.
6- Resultados
Após os procedimentos experimentais acima, montou-se a tabela 1 apenas com os
valores de tensão pico a pico medido no osciloscópio.
Tabela 1: valores de tensão pico a pico medido no osciloscópio
f(Hz) VR1pp (V) (medido no osciloscópio)
100 376m
150 544m
200 704m
250 864m
300 1,02
400 1,3
500 1,62
600 1,84
800 2,24
900 2,4
10000 2,54
De posse dos valores de tensão da tabela 1 e utilizando as equações 11, 12 e 13, pôde-
se calcular a tensão eficaz sobre R1, a corrente eficaz sobre R1 e a impedância para cada valor
de frequência, respectivamente.
Para o cálculo da tensão eficaz sobre R1:
V R 1 ef=V R 1 pp
2√2 Equação 11
Para 100Hz, temos:
V R1 ef=376 x10−3
2√2
V R1 ef=132,93 mV
Para 150Hz, temos:
V R1 ef=544 x 10−3
2√2
V R1 ef=192,33 mV
Para 200Hz, temos:
V R 1 ef=704 x 10−3
2√2
V R1 ef=248,9 mV
Para 250Hz, temos:
V R 1 ef=864 x 10−3
2√2
V R1 ef=305,47 mV
Para 300Hz, temos:
V R 1 ef=1,02
2√2
V R1 ef=360,62mV
Para 400Hz, temos:
V R 1 ef=1,3
2√2
V R1 ef=459,61 mV
Para 500Hz, temos:
V R1 ef=1,622√2
V R1 ef=572,75 mV
Para 600Hz, temos:
V R1 ef=1,842√2
V R1 ef=650,53 mV
Para 800Hz, temos:
V R 1 ef=2,24
2√2
V R1 ef=791,95 mV
Para 900Hz, temos:
V R1 ef=2,4
2√2
V R1 ef=848,52 mV
Para 1000Hz, temos:
V R 1 ef=2,54
2√2
V R1 ef=898,02 mV
Para o cálculo da corrente eficaz sobre R1:
I ef =V R1 ef
R1 Equação 12
Para 100Hz, temos:
I ef =132,93 x10−3
100
I ef =1,3293 mA
Para 150Hz, temos:
I ef =192,33 x10−3
100
I ef =1,9233 mA
Para 200Hz, temos:
I ef =248,9 x10−3
100
I ef =2,489mA
Para 250Hz, temos:
I ef =305,47 x 10−3
100
I ef =3,0547 mA
Para 300Hz, temos:
I ef =360,62 x10−3
100
I ef =¿3,6062mA
Para 4000Hz, temos:
I ef =469,61 x 10−3
100
I ef =4,6961 mA
Para 500Hz, temos:
I ef =572,75 x10−3
100
I ef =5,7275 mA
Para 600Hz, temos:
I ef =650,53 x 10−3
100
I ef =6,5053 mA
Para 800Hz, temos:
I ef =791,95 x10−3
100
I ef =7,9195 mA
Para 900Hz, temos:
I ef =848,52 x10−3
100
I ef =8,4852 mA
Para 1000Hz, temos:
I ef =898,02 x10−3
100
I ef =8,9802 mA
Para o cálculo da impedância:
Z=V ef
I R1 ef Equação 13
Sendo que a tensão eficaz é dada pela equação 14:
V ef =V pp
2√2 Equação 14
V ef =6
2√2=2,12 V
Para 100Hz, temos:
Z= 2,12
1,3293 x 10−3
Z=1,59 KΩ
Para 150Hz, temos:
Z= 2,12
1,192,33 x 10−3
Z=1,1 KΩ
Para 200Hz, temos:
Z= 2,12
2,489 x 10−3
Z=0,85 KΩ
Para 250Hz, temos:
Z= 2,12
3,0547 x 10−3
Z=0,69 KΩ
Para 300Hz, temos:
Z= 2,12
3,6062 x10−3
Z=0,58 KΩ
Para 400Hz, temos:
Z= 2,12
4,6961 x 10−3
Z=0,45 KΩ
Para 500Hz, temos:
Z= 2,12
5,7275 x 10−3
Z=0,37 KΩ
Para 600Hz, temos:
Z= 2,12
6,5 053 x 10−3
Z=0,32 kΩ
Para 800Hz, temos:
Z= 2,12
7,9195 x 10−3
Z=0,26 kΩ
Para 900Hz, temos:
Z= 2,12
8,4852 x 10−3
Z=0,24 kΩ
Para 1000Hz, temos:
Z= 2,12
8,9802 x 10−3
Z=0,23 kΩ
Terminados os cálculos práticos, montou-se a tabela 2, com estes devidos valores:
Tabela 2: valores das tensões de pico a pico e eficaz, da corrente eficaz e da impedância.
f(Hz)
VR1pp (V)
(medido no
osciloscópio)
VR1ef (V)
(calculado)
Ief = VR1ef/R1
(mA)
(calculado)
Z = Vef/Ief (KΩ)
(calculado)
100 376m 132,93m 1,3293 1,59
150 544m 192,33m 1,9233 1,1
200 704m 248,9m 2,489 0,85
250 864m 305,47m 3,0547 0,69
300 1,02 360,62m 3,6062 0,58
400 1,3 469,61m 4,6961 0,45
500 1,62 572,75m 5,7275 0,37
600 1,84 650,53m 6,5053 0,32
800 2,24 791,95m 7,9195 0,26
900 2,4 848,52m 8,4852 0,24
10000 2,54 898,02m 8,9802 0,23
Agora para uma frequência de 600Hz e uma tensão de 6Vpp, calculou-se a corrente no
resistor R2 e no capacitor, para o circuito da figura 4, onde o valor de Vef foi calculado
utilizando a equação 14, onde Vef = 2,12V.
I R2 , calculada=V ef
R2 Equação 15
I R2 , calculada=2,12
33 x 103
I R2 , calculada=0,064 mA
Utilizando o multímetro fez-se a medição da corrente sobre R2, e obteve-se o seguinte
valor de corrente:
I R2 , medida=0,02mA
Para o capacitor utilizou-se a equação 16, para se obter a corrente que passa sobre o
mesmo:
I C ,calculada=
V ef
1j 2 πwC
Equação 16
I C ,calculada=2,12
1
jx 2 xπx600 x10−6
I C ,calculada=7,99 mA
Utilizando o multímetro fez-se a medição da corrente sobre C, e obteve-se o seguinte
valor de corrente:
I C ,medida=6,22 mA
A partir dos valores medidos e calculados sobre a resistência R2 e a capacitância,
pôde-se calcular a corrente total medida (IT,m) e calculada (IT,c) do circuito, respectivamente.
I T , m=(0,02+6,22) x10−3
I T , m=6,24 mA
I T , c=(0,06+7,99 ) x10−3
I T , c=8,05 mA
7- Conclusão
A partir dos resultados obtidos pôde-se observar que a medida que a frequência
aumenta, a tensão pico a pico no resistor R1 também aumenta, conforme a tabela 2.
Observou-se também que a tensão eficaz sobre R1 e a corrente eficaz também sobre R1
aumentaram, isso ocorreu devido a resistência em questão permanecer constante (100Ω).
Devido a tensão eficaz do circuito ser a mesma para todas as frequências e a corrente
eficaz aumentar gradativamente observou-se que a impedância tendeu a diminuir, pois a
mesma é inversamente proporcional a corrente eficaz.
Pôde-se observar que os valores calculados e medidos apresentaram uma pequena
discrepância nos valores teóricos e práticos. Onde essas discrepâncias nos valores teóricos se
dão pela utilização de valores ideais de resistência e capacitância, já para a parte prática essa
diferença ocorreu devido as perdas nos valores nominais da resistência e da capacitância, pois
se utiliza valores reais dos componentes.
8- Referências
Sadiku, Matthew N.O., Fundamentos de circuitos elétricos, AMGH Editora LTDA, Edição
2008.