Relatório de Compensação de Emissões de GEE CGD 2013 · carbono no mercado, e sensibilizar...

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CGD

Relatório de Compensação de Emissões de GEE RELATÓRIOS CGD

1

Relatório de Compensação de Emissões de GEE

CGD 2013

RELATÓRIOS CGD

www.cgd.pt

Direção de Comunicação e Marca (DCM)

CGD

Relatório de Compensação de Emissões de GEE RELATÓRIOS CGD

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Relatório de Compensação de Emissões

de GEE - CGD 2013

1.1 Introdução

A criação do Programa de Baixo Carbono, pioneiro no setor da banca portuguesa,

permitiu à CGD quantificar e reduzir as emissões, colocar soluções financeiras de baixo

carbono no mercado, e sensibilizar todos os seus stakeholders e sociedade para o aspeto

ambiental.

Ao longo dos vários anos têm sido implementadas diversas medidas de redução e boas

práticas de forma a melhorar o desempenho ambiental, como: a introdução de energias

renováveis, alterações de equipamentos e iluminação que promovam um aumento da

eficiência energética, sensibilização dos colaboradores sobre a mobilidade em serviço e

uma política de gestão de resíduos.

Apesar dos esforços feitos e da melhoria do desempenho ambiental da CGD existem

emissões que são inevitáveis. Desde 2010 que a CGD compensa algumas destas

emissões resultantes da atividade em Portugal, através da aquisição de créditos de

carbono associados a projetos que reduzem emissões fora das suas fronteiras e que

contribuem para o desenvolvimento sustentável das comunidades onde se inserem.

A publicação anual do relatório de compensação surge na sequência de comunicar as

emissões compensadas aos seus stakeholders, explicitando de forma transparente, a

metodologia de quantificação, os critérios de seleção e gestão dos créditos de carbono

implementados.

1.2 Compensação

ÂMBITO

A compensação de emissões refere-se à atividade da CGD no período de reporte do

relatório de sustentabilidade (1 de janeiro a 31 de dezembro de 2013).

As emissões de GEE associadas às atividades que se enquadram na compensação foram

determinadas no âmbito do inventário anual da CGD S.A.. Consideram-se as emissões de

GEE resultantes das seguintes atividades:

Atividade

Frota Comercial da CGD Consumo de combustíveis

Fundação Caixa Geral de

Depósitos Culturgest Lisboa e

Porto

Consumo de eletricidade

Tratamento de resíduos

Edíficio Sede Tratamento de resíduos

Publicações Produção de publicações

(Cx, Nós Caixa, Caixa Empresa)

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METODOLOGIA

O inventário anual de emissões de gases com efeito de estufa da CGD S.A. é realizado

de acordo com as diretrizes do Greenhouse Gas Protocol (GHG Protocol), desenvolvido

pelo World Business Council on Sustainable Development e pelo World Resources

Institute. São considerados como gases, o dióxido de carbono (CO2), metano (CH4) e

óxido nitroso (N2O).

A determinação das emissões tem por base a aplicação de fatores de emissão aos

consumos registados durante a atividade da CGD, S.A. e que foram obtidos através do

Inventário Nacional de Emissões (NIR)1 de Portugal, publicado anualmente. O NIR tem

por base as metodologias propostas pelo Painel Intergovernamental para a Alterações

Climáticas (IPCC), um documento adaptado anualmente à realidade portuguesa pela

Agência Portuguesa do Ambiente (APA). Para as emissões de GEE associadas ao

consumo de eletricidade foi considerado o fator de emissão publicado pelo fornecedor de

energia. Adicionalmente, e em situações de ausência de fatores de emissão nas fontes de

informação indicadas anteriormente, foram considerados os fatores de emissão

publicados pela Defra2.

De acordo com o exposto anteriormente, as emissões a compensar tiveram em

consideração a seguinte informação.

Informação

Frota Comercial da

CGD

Contabilização do consumo de gasóleo e gasolina da frota

comercial recolhido através dos registos dos cartões de

abastecimento.

Fundação Caixa

Geral de Depósitos

Culturgest Lisboa e

Porto

Determinação dos consumos de eletricidade dos espaços em

Lisboa e Porto, com base em estimativas. Para o cálculo foi

considerado o consumo global dos dois edifícios centrais de

Lisboa e Porto, tendo sido aplicada a percentagem em área que

estes espaços ocupam nos respetivos edifícios centrais.

Contabilização da quantidade produzida nos espaços da

Fundação Caixa Geral de Depósitos Culturgest Lisboa e Porto,

baseados nos dados de registos SIRAPA e estimativas.

Edíficio Sede Contabilização da quantidade produzida no Edifício Sede,

baseados nos dados de registos SIRAPA.

Publicações Publicações impressas em 2013 e características técnicas

(gramagem, largura, comprimento, número de exemplares,

números de páginas).

1 Portuguese National Inventory Report on Greenhouse Gases, Agência Portuguesa do Ambiente

2 2012 Guidelines to Defra / DECC's GHG Conversion Factors for Company Reporting

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EMISSÕES A COMPENSAR

De acordo com as atividades mencionadas anteriormente e no seguimento do inventário

anual da atividade da CGD S.A. foram compensadas 3607 t CO2e. Estas emissões foram

compensadas na totalidade por via dos créditos adquiridos no projeto Hydro Brasil,

descrito na secção 1.3.

EMISSÕES DE GASES COM EFEITOS DE ESTUFA, EM 2013, A COMPENSAR (em toneladas CO2e)

2013

Frota Comercial da CGD Consumo de combustível 3013

Fundação Caixa Geral

de Depósitos Culturgest

Lisboa e Porto

Consumo de eletricidade 538

Tratamento de resíduos 1

Edíficio Sede Tratamento de resíduos 11

Publicações Produção 44

Total a compensar (t CO2e) 3607

RECÁLCULO

A política de recálculo abrange alterações na metodologia de cálculo das emissões ou o

aumento da precisão dos dados, caso se verifique que estas são materiais face ao volume

total de emissões apurado.

Nos casos em que este recálculo afeta as atividades no âmbito do compromisso das

emissões de GEE a compensar, é aplicado o seguinte procedimento:

1. Caso se verifique um aumento do volume de emissões a compensar, a CGD

compromete-se a alocar a quantidade de créditos de carbono necessária para cobrir o

adicional;

2. Caso se verifique que o quantitativo de emissões é inferior ao compensado, a CGD

libertará os créditos resultantes desse ajuste, podendo utilizá-los para compensação

de outra(s) atividade(s).

No ano de 2013 não existiu nenhuma alteração na metodologia de cálculo de emissões de

GEE, mantendo-se a metodologia aplicada no ano de 2012.

Frota Comercial da

CGD 84%

Fundação Cultugest

Lisboa e Porto 15%

Edíficio Sede 0% Publicações

1%

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1.3 Créditos de carbono

SELEÇÃO

Os créditos de carbono utilizados pela CGD para compensação de emissões obedecem a

um conjunto de critérios que garantem a elegibilidade e que potenciem benefícios

ambientais e sociais:

- Garantia de efetividade, mensurabilidade, permanência e verificação externa;

- Preferência por projetos de energias renováveis e eficiência energética.

PROJETOS GERADORES DE CRÉDITOS

PROJETO HYDRO BRASIL

O objetivo do projeto é a produção de eletricidade utilizando fontes renováveis,

construindo pequenas barragens hidroelétricas localizadas nos municípios de Júlio de

Castilhos e Salto de Jacuí, na zona do Rio Grande do Sul, substituindo o consumo de

combustíveis fósseis da região.

O projeto está acreditado de acordo com as especificações do programa Voluntary

Carbon Standard (VCS), como:

- Utilizar tecnologia limpa e eficiente, que permite a redução de combustíveis fósseis;

- Contribuir para o desenvolvimento da economia local através da criação de emprego e a

redução dos custos associados à compra de combustíveis fósseis.

O projeto é acompanhado periodicamente e os relatórios de monitorização podem ser

consultados em: http://www.vcsprojectdatabase.org/ (ID: 708)

TAPADA NACIONAL DE MAFRA

A Tapada Nacional de Mafra foi um dos projetos anteriormente utilizados na

compensação de emissões de gases com efeito de estufa. A intervenção financiada pela

CGD abrange uma área de 50 hectares afetada pelo incêndio de 20033. A Tapada

Nacional de Mafra constitui um património natural, histórico e cultural único em Portugal,

onde existem algumas das espécies mais representativas da flora nacional. O projeto

integra um plano de gestão de carbono e um plano de ação de conservação da

biodiversidade, bem como a monitorização destas duas componentes da floresta, ao

longo de 30 anos. A CGD, em conjunto com os órgãos de gestão da Tapada, procede à

monitorização anual da área florestal intervencionada, garantindo que a floresta plantada

contínua presente.

GESTÃO DE CRÉDITOS

A CGD garante que os créditos selecionados são adquiridos, registados e controlados.

Através da gestão de créditos é possível determinar a quantidade de créditos disponíveis

e verificar a alocação dos créditos de carbono, por projeto.

A gestão garante ainda, que os créditos de carbono, uma vez alocados à compensação

de emissões de uma atividade, não são novamente utilizados pela CGD para efeitos de

compensação.

Estes procedimentos são alvo de uma verificação externa anual de forma a conferir rigor e

transparência ao processo de compensação.

3 A CGD tem ainda disponível uma quantidade de créditos por utilizar (cerca 55% do total de créditos adquiridos

no âmbito do projeto Tapada Nacional de Mafra). A CGD poderá ainda alocar estes créditos a futuros projetos de compensação associados à sua atividade.

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