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Relatório de Emprego na Cadeia da Saúde Suplementar Edição nº 02. Data-base: Mai/2017

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Relatório de Emprego na Cadeia da Saúde Suplementar Edição nº 02. Data-base: Mai/2017

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Relatório de Emprego na Cadeia da Saúde Suplementar

Relatório de Emprego na Cadeia da Saúde Suplementar

SUMÁRIO

1. ESTOQUE DE EMPREGO2. EMPREGO SETORIAL3. FLUXO DE EMPREGO4. DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA5. ÍNDICE DE EMPREGO6. NOTA TÉCNICA

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Relatório de Emprego na Cadeia da Saúde Suplementar

1. ESTOQUE DE EMPREGO

Em maio de 2017 a cadeia de saúde suple-mentar manteve o patamar de aproximada-mente 3,4 milhões de pessoas empregadas, entre empregos diretos e indiretos, o que re-presenta 7,9% do total da força de trabalho empregada no país. O total de pessoas em-pregadas no setor é resultado de um aumen-to de 0,7% em relação a fev/2017 (3 meses),

Fonte: RAIS/MTE. Data de extração: 23/06/2017.

2. EMPREGO SETORIAL

Em mai/2017, o subsetor que mais empregou na Cadeia da Saúde Suplementar foi o de Pres-tadores, que responde por 2,4 milhões de ocupações (Gráfico 2), o que representa 71,3% do total do emprego da Cadeia. O subsetor de Fornecedores empregou 818,9 mil pessoas ou 24,2% do emprego da Cadeia e as Operadoras empregaram 149,6 mil pessoas ou 4,4% do total.

o que representa um acréscimo de 23.796 novos postos de trabalho. Na comparação de 12 me-ses, entre mai/2016 e mai/2017, o crescimento foi de 1,4%. Esse crescimento em 12 meses da cadeia da Saúde Suplementar destoa do com-portamento do mercado de trabalho como um todo, pois nessa mesma comparação, o total de empregos na economia brasileira teve retração de 2,5%. Destaca-se que o total de pessoas em-pregadas na economia é de 42,7 milhões.

GRÁFICO 1: TOTAL ESTIMADO DE PESSOAS EMPREGADAS NA CADEIA DE SAÚDE SUPLEMENTAR DIRETA E INDIRETAMENTE, MAI/2009 A MAI/2017.

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GRÁFICO 2: PROPORÇÃO E NÚMERO DE PESSOAS EMPREGADAS NOS SUBSETORES DA CADEIA DA SAÚDE SUPLEMENTAR, MAI/2017.

Fonte: Caged/MTE. Data de extração: 23/06/2017.

Como pode ser observado no Gráfico 3, no período de 12 meses compreendido entre mai/2016 e mai/2017, o emprego gerado pelos Fornecedores foi o que mais cresceu (1,7%), seguido por Prestadores (1,4%) e Operadoras (1,2%). Destaca-se que, nesse período, o total de empregos na economia teve retração de 2,5%.

GRÁFICO 3: TAXA DE CRESCIMENTO EM 12 MESES DO EMPREGO NOS SUBSETORES DA CADEIA DA SAÚDE SUPLEMENTAR E NA ECONOMIA, MAI/2016 E MAI/2017.

Fonte: Caged/MTE e RAIS/MTE. Data de extração: 23/06/2017.

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3. FLUXO DE EMPREGO

Os constantes resultados positivos no mercado de trabalho da cadeia da Saúde Suplementar decorrem de saldos positivos no fluxo de emprego, ou seja, um número de admitidos maior do que o de desligados. Pode-se observar no Gráfico 4 que em mai/2017 a cadeia da saúde suple-mentar admitiu 81.116 pessoas e demitiu 71.897 pessoas, o que resulta em um saldo positivo de 9.219 vagas formais de emprego (Tabela 1). Esse saldo é 4,4% superior ao de mai/2016. Na Eco-nomia como um todo, maio foi o segundo mês consecutivo de 2017 a apresentar saldo positivo (34.253 novos postos de trabalho).

GRÁFICO 4: FLUXO MENSAL DE EMPREGO NA CADEIA DA SAÚDE SUPLEMENTAR (ADMITIDOS, DESLIGADOS E SALDO) – MAI/2009 A MAI/2017

Fonte: CAGED/MTE. Data de extração: 23/06/2017.

TABELA 1 - SALDO ENTRE ADMITIDOS E DEMITIDOS NO SETOR DE SAÚDE SUPLEMENTAR E ECONOMIA, MAI/2016 E MAI/2017.

SUBSETOR DA CADEIA SALDO LÍQUIDO MAI/16 SALDO LÍQUIDO MAI/17 VARIAÇÃO %

Operadoras 216 404 87,0

Prestadores 5.649 6.175 9,3

Fornecedores 2.967 2.640 -11,0

Total da Cadeia da Saúde Suplementar 8.832 9.219 4,4

Total da Economia -72.615 34.253 312,0

Fonte: CAGED/MTE. Data de extração: 23/06/2017.

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4. DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA

Todas as regiões brasileiras apresentaram saldo positivo do emprego na cadeia da Saúde Su-plementar. A região que mais empregou em mai/2017 foi a Sudeste, que teve saldo de 5.251 va-gas, enquanto a que menos empregou foi a Norte, com saldo de 344 vagas (Tabela 2).

Com relação aos subsetores da cadeia, todos tiveram saldo positivo nas 5 regiões. A região Su-deste, a exemplo do que ocorre na economia, responde pela maior parte do emprego gerado por Fornecedores na cadeia da Saúde suplementar. Destacam-se as regiões Norte e Sul que apesar do resultado negativo no saldo de emprego na economia, o saldo na cadeia da saúde suplemen-tar foi positivo.

TABELA 2: SALDO DO EMPREGO NA SAÚDE SUPLEMENTAR POR REGIÃO E SUBSETOR, MAI/2017.

REGIÃO OPERADORAS PRESTADORES FORNECEDORES TOTAL DA CADEIA DA SAÚDE

TOTAL DA ECONOMIA

SUDESTE 326 3.416 1.509 5.251 38.691

CENTRO-OESTE 26 947 318 1.291 6.809

NORDESTE 73 794 22 889 372

NORTE 19 134 191 344 -1.024

SUL -40 884 600 1.444 -10.595

BRASIL 404 6.175 2.640 9.219 34.253

Fonte: CAGED/MTE. Data de extração: 23/06/2017.

5. ÍNDICE DE EMPREGO

Com o intuito de tornar mais claro como o emprego na cadeia da saúde suplementar evo-lui ao longo dos anos, foi calculado um núme-ro-índice do estoque de pessoas empregadas, tendo como base o ano de 2009. Portanto, a análise da evolução tem por base o estoque de pessoas empregadas na cadeia de saúde su-plementar em 2009 e os números-índices dos anos posteriores são sempre relativos ao valor do ano base.

Em mai/2017 o número-índice do estoque de emprego na cadeia da saúde suplementar foi de 135, aumentando 1 ponto percentual (p.p.) em relação ao mês anterior (Gráfico 5). O número-índice da economia total também apresentou aumento (1p.p. em relação ao mês anterior), sendo este o primeiro desde jun/14. A análise do número-índice evidencia que, apesar da crise econômica, o estoque de pes-soas empregadas na saúde suplementar tem conseguido manter a estabilidade (em relação a 2009, ano-base do índice).

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GRÁFICO 5: NÚMERO-ÍNDICE DO ESTOQUE DE EMPREGO DA CADEIA DE SAÚDE SUPLEMENTAR E DA ECONOMIA, MAI/2012 A MAI/2017.

Fonte: Elaboração própria com base em dados do Caged/MTE.

No Gráfico 6, observa-se que o subsetor que tem apresentado o maior crescimento no esto-que de emprego é o das Operadoras. Em mai/2017 o índice de emprego foi de 143, superior à mé-dia do setor e ao da economia. Os subsetores Prestadores foi de 134 e Fornecedores foi de 135.

GRÁFICO 6: NÚMERO-ÍNDICE DO ESTOQUE DE EMPREGO DOS SUBSETORES DA CADEIA DE SAÚDE SUPLEMENTAR, MAI/2012 A MAI/2017.

Fonte: Elaboração própria com base em dados do Caged/MTE.

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6. NOTA TÉCNICA

O objetivo deste relatório é fornecer um pa-norama da geração de postos de trabalho pela Cadeia Produtiva da Saúde Suplementar. A me-todologia utilizada é dividida em duas partes: (i) definição de cadeia da saúde suplementar e (ii) definição dos setores CNAE que compõem a cadeia da saúde suplementar para a estimação do emprego.

i. Definição de Cadeia da Saúde Suplementar

A cadeia é aqui definida como o conjunto de setores e agentes que se inter-relacionam no processo de fornecer atendimento à saúde dos beneficiários da Saúde Suplementar. A cadeia da saúde suplementar é composta da seguinte forma: (i) fornecedores de materiais médicos, equipamentos e medicamentos que entregam seus produtos por meios próprios ou distri-buidores (ou apenas Fornecedores); (ii) pelos prestadores de serviços de saúde, compostos por médicos, clínicas, hospitais, laboratórios e estabelecimentos de medicina diagnóstica, que recebem os insumos e serviços, crian-do a infraestrutura para atenção à saúde (ou apenas Prestadores); (iii) pelas Operadoras

e Seguradoras de Plano de Saúde (ou apenas Operadoras - OPS); e (iv) pelos pacientes que possuem acesso ao sistema por meio das OPS, ou seja, os beneficiários de planos de saúde. Deve-se fazer a ressalva de que o interesse des-te relatório é avaliar o comportamento do mer-cado de trabalho nessa cadeia produtiva. Para tal, considera-se que a cadeia possui 3 compo-nentes, pois excluem-se os beneficiários, já que esses são os agentes que utilizarão os produtos e serviços produzidos e fornecidos pelos de-mais agentes da cadeia. Uma esquematização da cadeia está demonstrada na Figura 1.

A partir da subdivisão da cadeia da saúde suplementar em Fornecedores, Prestadores e Operadoras, os dados de emprego foram co-letados das bases de dados do Ministério do Trabalho (MTE), que são: a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) e o Cadastro Ge-ral de Empregados e Desempregados (Caged). Esses dados foram coletados considerando os setores CNAE (Classificação Nacional de Ati-vidades Econômicas) relacionados com cada componente da cadeia. Deve-se levar em conta que os dados do MTE se referem apenas aos empregos formais, ou seja, aqueles com cartei-ra assinada.

FIGURA 1: MAPA DA CADEIA DA SAÚDE SUPLEMENTAR

ii. Definição dos Setores CNAE que compõem a Cadeia da Saúde Suplementar

Para cumprir o objetivo de estimar o emprego na Cadeia da Saúde Suplementar foi necessário determinar quais tipos de atividades econômicas seriam consideradas. A base para a definição das atividades foi o relatório da Fiocruz “Formação, mercado de trabalho e regulação da força de trabalho em saúde no Brasil”. Nesse relatório foram definidas as atividades econômicas que

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compõem o Macrosetor de Saúde da economia brasileira, utilizando os códigos da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE).

Como esse relatório estima toda a cadeia da saúde, considerando saúde pública e privada, fez--se necessário adaptar a definição das atividades econômicas para o conceito da cadeia da saúde suplementar. Para tanto, com o objetivo de fazer uma maior aproximação da cadeia do setor pri-vado, são consideradas as atividades econômicas por natureza jurídica para que se possa excluir os estabelecimentos públicos.

Logo, considerando a Cadeia da Saúde Suplementar definida na seção i., as atividades econômicas relacionadas estão sintetizadas na Tabela 3. O item “Profissionais em regulação da Saúde Suplemen-tar” não é mensurado diretamente, mas por um cruzamento entre atividade econômica e ocupação.

TABELA 3: DIMENSIONAMENTO DA CADEIA DA SAÚDE SUPLEMENTAR SEGUNDO SETORES DE ATIVIDADES.

PRESTADORES

Atividades de Atendimento Hospitalar

Serviços Móveis de Atendimento a Urgências

Serviços de Remoção de Pacientes, Exceto Os Serviços Móveis de Atendimento a Urgências

Atividades de Atenção Ambulatorial Executadas por Médicos e Odontólogos

Atividades de Serviços de Complementação Diagnóstica e Terapêutica

Atividades de Profissionais da área de Saúde, Exceto Médicos e Odontólogos

Atividades de Apoio à Gestão de Saúde

Atividades de Assistência a Idosos, Deficientes Físicos, Imunodeprimidos e Convalescentes Prestadas em Residências Coletivas e Particulares

Atividades de Assistência Psicossocial e à Saúde a Portadores de Distúrbios Psíquicos, Deficiência Mental e Dependência Química

Atividades de Atenção à Saúde Humana não Especificadas Anteriormente

Profissionais em regulação da Saúde Suplementar*

FORNECEDORES E DISTRIBUIDORES

Fabricação de Produtos Farmoquímicos

Fabricação de Medicamentos para Uso Humano

Fabricação de Preparações Farmacêuticas

Fabricação de Instrumentos e Materiais para Uso Médico e Odontológico e de Artigos ópticos

Fabricação de Aparelhos Eletromédicos e Eletroterapêuticos e Equipamentos de Irradiação

Atividades de Fornecimento de Infraestrutura de Apoio e Assistência a Paciente no Domicílio

Comércio Atacadista de Instrumentos e Materiais para Uso Médico, Cirúrgico, Ortopédico e Odontológico

Comércio Atacadista de Máquinas, Aparelhos e Equipamentos para Uso Odonto-Médico-Hospitalar

Comércio Atacadista de Produtos Farmacêuticos para Uso Humano e Veterinário

Comércio Varejista de Artigos de óptica

Comércio Varejista de Artigos Médicos e Ortopédicos

Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos para Uso Humano e Veterinário

OPERADORAS E SEGURADORAS DE PLANOS DE SAÚDE

Atividades Auxiliares dos Seguros, da Previdência Complementar e dos Planos de Saúde não Especificadas Anteriormente

Corretores e Agentes de Seguros, de Planos de Previdência Complementar e de Saúde

Planos de Saúde

Seguros de Saúde

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Luiz Augusto Carneiro - Superintendente ExecutivoAmanda Reis - PesquisadoraNatalia Lara - PesquisadoraBruno Minami - Pesquisador