Relatório de Espanhol

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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO TOCANTINS CURSO DE LETRAS ESTÁGIO SUPERVISIONADO I RELATÓRIO DE OBSERVAÇÃO DAS AULAS DE LÍNGUA ESPANHOLA DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO CÉZAR ALMEIDA DOS REIS MARINA FONSECA ALMEIDA ELIANE DE PAULA IVANI DINIZ GOMES Betim

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RELATÓRIO DE OBSERVAÇÃO DAS AULAS DE LÍNGUA ESPANHOLA DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO TOCANTINS

CURSO DE LETRAS

ESTÁGIO SUPERVISIONADO I

RELATÓRIO DE OBSERVAÇÃO DAS AULAS DE LÍNGUA

ESPANHOLA DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

CÉZAR ALMEIDA DOS REIS

MARINA FONSECA ALMEIDA

ELIANE DE PAULA

IVANI DINIZ GOMES

Betim

2011

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RELATÓRIO DE OBSERVAÇÃO DAS AULAS DE LÍNGUA ESPANHOLA DO

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Marina Fonseca Almeida

César Almeida dos Reis

Data do estágio: 04 a 27/10/2010

Escola Estadual Doutor Orestes Diniz

Rua Antônio Luiz Dumont, 200.

Eliane de Paula

Ivani Diniz Gomes

Data do estágio: 03/ a 17/09/2010

Escola Estadual Amélia Santana Barbosa.

Rua Viriato Alexandrino de Melo, 240.

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ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO......................................................................................................................3

2. ABORDAGEM METODOLÓGICA......................................................................................5

3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA E ANÁLISE...................................................................10

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................................13

REFERÊNCIAS...........................................................................................................................14

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1. INTRODUÇÃO

O ensino de espanhol experimentou mudanças após a implementação da Lei

11.161/05, tornou-se a obrigar o ensino nas escolas publicas do País. É de fundamental

importância o estágio em língua espanhola pois é um grande passo para a vida profissional.

Fortalece a relação teoria e prática. Para mudar a didática do ensino da língua espanhola na

escola tornando-a dinâmica, rica, viva, é preciso mudar antes o conceito que se tem dessa

disciplina.

Não é possível ensinar conceitos de língua desvinculando da realidade. Por isso, faz-se

necessário pensar em tornar o ensino de Espanhol uma das formas de preparar os alunos para

a profissão.

Apresentamo-nos á pedagoga, que nos levou á sala de aula, eu Marina observava. O

Cezar ministrava aula. Observei as aulas do meu colega durante cinco dias e ele como regente

da turma. Depois trocamos. Isto nos possibilitou experiências inovadoras, Pedimos a

professora ajuda no planejamento das aulas para não repetir seus conteúdos. Era uma sala do

2º ano do ensino médio, lotada com 40 alunos frequente e na maioria muito bons alunos. Em

meu primeiro dia de trabalho, mostrei a eles todos os conteúdos que íamos trabalhar durante o

estágio.

Trabalhamos mais oralidade que a escrita, e não ultrapassamos mais que duas aulas

por temas que foram:

*Partes del cuerpo humano en español.

*pronombres demostrativos.

*Pronombres interrogativos.

*Hablando de hora e números

Na turma de 6º série do Ensino Fundamental cumprimentei as crianças em espanhol,

ensinando assim saudações, em seguida os pronomes demonstrativos e pronomes

interrogativos.

Passamos também um diálogo escrito, em seguida como se fala e escreve os números

ate cinquenta. Trabalhamos notícias, piadas, charges e vocabulário com figuras de animais e

verbos (já conjugados) no presente do indicativo.

Os métodos e técnicas usados para elaborar nossas regências em classe foram simples.

Devido o segundo semestre tivemos que acompanhar o planejamento da professora atuante,

sem atrapalhá-la. Procuramos conteúdos que despertassem interesses nos alunos, já estão na

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segunda etapa e quase alcançaram à média. Encaramos o desafio trabalhando também textos

da apostila do Enem/2010.

A professora nos emprestou um material muito rico e ajudou-nos no planejamento.

Eliane iniciou com um texto direcionado para estudantes do ensino médio, explicou-o

e fez duas questões com os alunos, se dispersaram e a professora Cristina ajudou.

Trabalhamos textos com áudio, regras de acentuação, gramática e classificação de palavras.

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2. ABORDAGEM METODOLÓGICA

Nosso estagio de regência foi efetuado nas escolas conforme citadas na introdução,

ambas as escolas estaduais de Ensino Fundamental e Médio na cidade de Betim, município de

Minas Gerais.

Foram direcionados aos alunos, com o objetivo de atenta-los á uma reflexão acerca do

ensino de língua espanhola, visando demonstrar a importância da aprendizagem da mesma,

através da observação e regência de estágio supervisionado.

Como professor de língua espanhola, ouvimos, de um ou de outro aluno, que “a língua

espanhola é uma matéria que causa medo”; “é uma disciplina difícil de ser entendida”; “é

muito complicada”; “esta matéria não serve para nada”, “esta aula não é nada atrativa”, além

de outras afirmações.

É preciso reconhecer que ela é fruto do trabalho humano e, como tal, está sujeita á

erros e acertos. É preciso também reconhecer que ela evolui e se modifica no tempo, em

função do uso que se faz dela. É sincrônica e diacrônica.

Não é possível preparar alunos capazes de solucionar problemas ensinando conceitos

de língua desvinculados da realidade, ou que se mostrem sem significado para eles, esperando

que saibam como utilizá-los no futuro. Por isso, faz-se necessária pensar em tornar o ensino

de Língua espanhola uma das formas de preparar os alunos para a participação ativa dentro da

sociedade.

Nosso desafio como acadêmicos é mudar a forma de pensar e de ensinar a língua

estrangeira.

Notamos que o aprendizado em ambas as escolas são bons, comparando com as

demais escolas públicas. A observação e as aulas ministradas nos possibilitou uma

experiência gratificante e inovadora porque foi possível aprimorar o ensino de Espanhol.

Constatamos que é importante a utilização de textos que valoriza a interação e situações reais

de comunicação. Os métodos e usados para elaborar nossas regências em classe foram

simples porém com certo cuidado pois devido já estarmos no segundo semestre tivemos que

acompanhar o planejamento da professora atuante, deixando claro a ela que íamos

acompanha-la em seu planejamento.

Procuramos conteúdos que despertassem interesses nos alunos, pois já estão na

segunda etapa e muitos já quase alcançaram média na disciplina Língua Espanhola precisando

de pouca pontuação para passar de ano, encaramos o desafio. Trabalhamos também os textos

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da apostila do Enem/2010, pois como são do terceiro ano demonstraram interesse porque vão

fazer o Enem.

Este trabalho teve como base o período anterior onde só observamos as aulas de

Língua Portuguesa, mas em muito nos ajudou porque já entramos na regência sabendo o que é

um regente em sala, mesmo sendo em disciplina de Língua Estrageira. Fizemos planejamento

sobre oralidade, através de planos de aula, obtendo um bom resultado. Trabalhamos com

temas atuais, notícias, piadas, charges. Na turma de 6 º série do Ensino Fundamental, Cezar e

Marina trabalharam vocabulário com figuras de animais e verbos (já conjugados) no presente

do indicativo.

Durante Nossa regência em sala de aula constatamos que já haviam trabalhado verbos

e que sabiam formular frases, desenvolveu-se a atividade com base nestes conteúdos.

Em uma das aulas de Cezar e Marina os alunos sentaram em círculo e foram passando

uma caixa que continha figuras de animais e verbos, enquanto passavam a caixinha, foi posto

uma música dos “Rebeldes”, banda esta adorada pela maioria dos pré-adolescentes,

principalmente pelas meninas, como se pode observar.

Ao parar a música, o aluno que estivesse com a caixinha em mãos tirava uma figura e

um verbo e formulava oralmente uma frase utilizando o material que houvesse pegado da

caixa.

Houve participação de todos na atividade apesar de um pouco de resistência por parte

de alguns, falavam em espanhol e nas dúvidas de vocabulário procuravam auxilio.

A música de ritmo dançante e moderno deixou a sala um ambiente alegre e

descontraído, e o ato de passar a caixinha para o colega promoveu socialização e interação do

grupo.

Geralmente, ao formular as frases, os alunos procuravam falar sentenças curtas, então,

para melhor explorar o vocabulário e para dar mais segurança na hora de falar, foi escrito a

frases no quadro, (formas de conjugação) ”Tengo un ...., pero me gustaría tener un ....”.

Além de se sentir mais seguro para formular oralmente uma sentença mais longa, isso

fez com que o aluno pensasse e fosse criativo na hora de escolher o animal que gostaria de ter,

já que tinham que preencher os espaços pontilhados com nomes de animais.

1) A classe foi dividida- em grupos;

2) Foram selecionados, a partir dos interesses de cada grupo, os campos semânticos

cujos vocábulos eles irão pesquisar, por exemplo, nome de ferramentas, de flores, de animais,

de partes de um veículo ou de um microcomputador, de gêneros alimentícios, etc.;

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3) Cada grupo deverá procurar de 10 a 20 imagens dos objetos cujos nomes em

espanhol vão pesquisar em seguida.

4) Uma vez encontrados imagens e vocábulos, os alunos podem confeccionar cartazes

com eles. Podem-se fazer cartazes com uma ou mais imagens, que depois poderão ser usados

para decorar a sala de aula;

5) Cada integrante do grupo deve ler em voz alta as palavras que pesquisaram,

procurando pronunciá-las corretamente.

6) organizarão um livro em que cada página contenha quatro imagens e seus

respectivos nomes espanhóis. O livro pode ser dividido em capítulos, cujo número será o

mesmo dos grupos que participaram do trabalho e dos campos semânticos por eles

pesquisados.

(Modelo de atividades acima foi dado por Cezar e Marina).

A princípios de 2007, la AIMC (Asociación para la Investigación de Médios de

Comunicación), gestora de los más importantes estúdios de audiência em España, presentaba

los resultados de la novena Encuesta a Usuarios de Internet (navegantes en la Red); uno de los

estúdios fundamentales para analizar y conocer el comportamiento del usuario de internet de

nuestro país que revela hacia dónde evaluciona su conducta, con qué problemas se encuentra,

cómo se relaciona a través de la red o qué aplicaciones o sistemas gozan de mayor éxito. En

esta última edición se confirmó el rumbo del universo online, un horizonte tan atractivo como

cambiante: la telefonía movil (el 20% de los internautas ya se conecta a través de este

dispositivo) y las descargas de musica (un 61% de los usuarios se han apuntado ya a este

fenómeno). Quisimos comprobar por nosotros mismos qué era lo que se cocía realmente en la

red y nos topamos con estas maravillhas de la tecnología:

Parecía que estaba todo dicho en lo que a motores de búsqueda se refiere, hasta que

irrumpió en la red Stumbleupon.com, el buscador de los buscadores. Un programa capaz de

aprender de los gustos de los usuarios para ajustar sus contenidos a sus preferencias. Con un

sencillo programa de instalación (cuenta con una barra gratuita que podemos anãdir a nuestro

navegador web) y un menú tan extenso como concreto (fotografía, historia, cocina, moda,

política, musica, cine, etc), Stumbleupon.com se ha convertido en el sitio web de cabecera de

todo “freaky” que se precie. Para adentrarte en este universo paralelo, sólo debes elegir las

categorías del menú en las que estás interasado, un vez hecho esto el buscador te irá

mostrando un sinfín de páginas web tan originales y sorprendentes como puedas imaginar. A

partir de ahora… ¡no querrás salir de casa! Que internet le estaba restando audiencia a la

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televisión era un dato que venían revelando los últimos estudios que analizan el estado de la

red. Para ello , qué mejor contraataque que fusionar los dos medios y ofrecer a todos los

internautas la posibilidad de disfrutar de una extensa oferta televisa mientras envían un mail,

charlan por el messenger o actualizan su blog. Los rayos catódicos a través de la red se hacían

realidad a través de distintos reproductores emergentes. En el mes de abril, con Joost.com,

llegó la respuesta anglosajona a este nuevo mercado; más tarde, Zattoo y ADNStream.tv

hacían las delicias de los hispanohablantes. Tres propuestas diferentes con un único objetivo:

ofrecer programas de televisión agrupados por categorías temáticas (arte, deportes,

entretenimiento, animación) a gusto del consumidor.

Ejecícios:

La AIMC se dedica principalmente

¡Ábrete sésamo! Es un programa que:

Observação: Foi dado o glosario.

(Modelo de texto e exercício dado pela dupla Eliane e Ivani)

Como dito anteriormente tivemos materiais com riqueza de detalhes principalmente

cultural como “La Fiesta de San Fermines”, danças, como, Flamengo, Fandango, El

Pasodoble, personalidades literárias espanholas, como, Francisco Ayala, Pedro Almodóvar

Caballero, Miguel Delibes Setién, e o pintor, escultor, grabador e ceramista espanhol, Joan

Miro.

Foi trabalhada no ensino médio (Eliane e Ivani) a música “Argentina” da dupla Jorge e

Matheus (turmas H1, H2 e H3).

Nas turmas B1, B2, foi dada uma pequena pesquisa sobre os soterrados na mina do

Chile, conseguir uma reportagem, ler o texto e elaborar quatro perguntas sobre o texto.

Como dito anteriormente tivemos materiais com riqueza de detalhes principalmente

cultural como “La Fiesta de San Fermines”, danças, como, Flamengo, Fandango, El

Pasodoble, personalidades literárias espanholas, como, Francisco Ayala, Pedro Almodóvar

Caballero, Miguel Delibes Setién, e o pintor, escultor, grabador e ceramista espanhol, Joan

Miro.

Avaliamos a aprendizagem, do ensino médio juntamente com a professora e em nossas

ultimas aulas e deixamos os alunos dizerem o que aprendeu durante nossa estadia nas classes.

Todos se manifestaram de alguma forma dizendo que foi bom e gostariam que

continuássemos com eles, refiro-me ao ensino médio, até a professora Cristina sugeriu q a

estagiária Eliane ficasse com ela até novembro, pois achou ótimo ter alguém para auxiliá-la na

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regência das aulas de espanhol e depois, sua presença era novidade e mudava para melhor o

comportamento dos alunos.

Acreditamos que alcançamos resultados e acrescentamos algo na vida das turmas que

passamos.

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3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA E ANÁLISE

A Comunicação Oral não ocupa um lugar destacado como a Comunicação Escrita,

uma vez que somos avaliados através da escrita. Neste sentido, a oralidade, é a forma natural,

elementar e original de produção da linguagem humana. É independente de qualquer outro

sistema: existe por si mesma, sem a necessidade de se apoiar noutros elementos. Esta

característica diferencia-a da escrita, que não existiria se, previamente, não houvesse algum

tipo de expressão oral.

Esta ideia também é partilhada por Alexandra Álvarez Muro (2001) que descreve a

interpretação que se faz da escrita como perfeita e da oralidade como imperfeita:

“Por alguna inexplicable confusión, la escritura toma el lugar del sistema en la mente

de algunos investigadores y no se sitúa en el lugar que le corresponde, es decir, como una de

las facetas del habla. De modo que, la escritura, por estar despojada de una serie de

características que provienen del sonido, como son por ejemplo la entonación, el ritmo, las

pausas y otros que forman parte del sistema de la lengua, se interpreta como lo perfecto, y la

oralidad es lo imperfecto, problemático y difícil de estudiar.”

Um dos desafios dos professores de hoje é desenvolver a competência linguística dos

alunos.

Destacamos dois processos fundamentais: fala e escrita.

Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais “a linguagem é uma herança social,

uma realidade primeira” (1998, p.25), sendo assim, dentro da linguagem destacamos como

sendo realidade primária, a fala, uma vez que antecede a escrita.

O professor precisa ter um cuidado especial para o processo oralidade.

Os educadores não estão se preocupando com o ensino regular de língua estrangeira

em escolas públicas. Estamos diante de uma situação discriminatória no que se refere a nossa

atividade. Alguns passos já foram dados, por exemplo, a formação dos PCNs (Parâmetros

Curriculares Nacionais).

O professor de LE, comprometido com sua formação, para melhor compreensão das

demandas sociais e escolares.

É importante trabalhar na escola como um todo, temas sociais, tarefa que se encaixa

perfeitamente nas atribulações da língua estrangeira.

O ensino de LE é um espaço para desenvolvimento de cidadãos quando inclui, tarefas

que envolvam colaboração, temas controversos que requerem diferentes pontos de vista.

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A Língua Estrangeira tem que proporcionar a todos os envolvidos no processo de

aprendizagem uma inclusão social, a chance de fazer uso dela uma vez que estão aprendendo

em situações significativas e relevantes, não como mera prática de formas linguísticas

descontextualizadas.

Referente à pronúncia correta, o trabalho com a oralidade tem como objetivo

desenvolver as habilidades linguísticas de falar e escutar, e nesse caso, escutar não significa

apenas demonstrar respeito pelo interlocutor, mas também observar a argumentação, o

encadeamento de ideias e até proporcionar-se a lógica por ela utilizada.

Sendo a oralidade um valioso instrumento multidisciplinar e a primeira modalidade

linguística a ser adquirida, faz-se necessário que a escola ponha em relevância o seu papel

para a construção do conhecimento do educando, no ensino de Línguas Estrangeiras, O

espaço escolar deve proporcionar atividades que possibilitem ao aluno tornar-se um falante

cada vez mais ativo e competente, capaz de compreender os discursos os outros e de organizar

os seus de forma clara, e coerente.

Segundo Arno Giovannini, “la enseñanza por objetvo general desarrolar la capacidad

del alumno para entender el contenido de mensajes transmitidos oralmente” (1996,

p.7).

Para que o aluno desenvolva sua capacidade de entender as mensagens transmitidas

oralmente, salienta que o professor deve levar em conta alguns requisitos básicos, tais como:

- o conhecimento prévio sobre o tema e a situação presente no texto a ser ouvido

(realizar um trabalho anterior à escuta do texto) ;

- o trabalho deve basear-se em interpretar novas mensagens e não mensagens

conhecidas;

- trabalhar, além da simples compreensão, a interpretação do texto oral;

- apresentar um motivo concreto para a audição do texto em questão;

- não ficar no nível verdadeiro/falso, mas pedir aos alunos respostas diversas sobre o

texto escutado;

- a familiaridade com o tema e com o tipo de texto favorecerá o desenvolvimento da

aprendizagem;

Segundo Marcuschi (2005, p.25), “a oralidade seria uma prática social interativa para

fins comunicativos que se apresenta sob variadas formas ou gêneros textuais”. A fala seria

uma forma de produção textual discursiva, situada no plano da oralidade.

Ao trabalhar com a oralidade, Paul Zumthor (1979) destaca que existe a tradição da

oralidade em vários aspectos da vida cotidiana, entre eles o ensino.

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A oralidade, não apresenta homogeneidade de tempo espaço, em suas representações.

Na escola, o trabalho com a oralidade precisa pautar-se em situações reais de uso da fala,

valorizando-se a produção de discursos. Em uma escola que, constitucionalmente, deve ser

democrática e garantir a socialização do conhecimento aos brasileiros, não faz sentido

exclusão, com a pretensa justificativa de que falam errados ou do que não sabem se expressar.

Ao contrário; compete à escola, no processo de ensino e aprendizagem da língua, tomar como

ponto de partida, os conhecimentos linguísticos dos alunos, promovendo situações que os

incentivem a falar, ainda do “seu jeito”, mas deixar que eles pratiquem o pouco momento da

fala em sala de aula.

As atividades de expressão oral não estão destinadas unicamente a prática de

conteúdos gramaticais, mas sim de dar ao aluno a liberdade de se expressar e poder usar a

oralidade obtendo-se a comunicação, mesmo sendo ela não correta nas regras gramaticais.

O ensino/aprendizagem de espanhol, aparece como elemento vital para a formação de

um aluno.

Visando a qualidade de ensino nas instituições públicas e particulares, podemos dizer

que a qualidade difere-se também em relação ao nível da qualificação que se encontra o

instrutor.

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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Observamos que 100% dos alunos gostam da Língua Espanhola e vão optar por

estudar o espanhol durante o ensino médio, referimo-nos ao ensino fundamental, com isso a

maioria gosta de ler textos direcionados a Língua Espanhola, percebemos também a grande

dificuldade por parte dos alunos é de não obter livros da Língua Espanhola, apesar disso a

maioria gosta de trabalhar com teatro, poesia, música e produzir textos de língua estrangeira.

Assim, ao longo do percurso da experiência no estágio, percebemos que muitos alunos eram

muito bons no que diz respeito a provas de avaliação escrita, mas, quando tinham a

necessidade de expor oralmente qualquer conteúdo, já se inibiam e sentiam muitas

dificuldades. Provavelmente, são beneficiados se a avaliação não tiver em conta a oralidade,

ou o contrário, porque também percebemos que há alunos que eram bons quando da prática da

oralidade é relativamente mais fracos na escrita.

Constatamos que são encontradas algumas dificuldades na aprendizagem da LE, sendo

que a maioria possuem dificuldades na compreensão da Leitura e Auditiva, vinda em seguida

à Oralidade e Escrita, embora as dificuldades encontradas a maioria dos alunos, gostam de

trabalhar em grupo e optarem por jogos para trabalhar os conteúdos, gostam de assistir filmes

e ouvir músicas na língua espanhola; mas quando perguntados sobre sugestões para interagir

nas aulas a maioria responderam que não, não precisariam de mais nada e os que responderam

que O trabalho proposto pelos livros, com os gêneros orais no ensino de Língua Espanhola,

concebe a produção de textos orais como repetição de informações, o que está longe de

preparar o aluno para as situações efetivas de interação.

Por essa razão, sugerimos que os professores suplementem o trabalho com os gêneros

orais propondo atividades que concebam essa modalidade de gênero como prática social.

Analisando esta última parte concluímos que, os alunos sentem-se acomodados com

que tem e percebem que precisam mudar mais não sabem cobrar as mudanças, podemos

concluir que é possível trabalhar a oralidade como um ponto necessário e não descartá-la

como se não houvesse necessidade desta prática, segundo Cagliari (1991, p.34) “os modos

diferentes de falar acontecem porque a língua espanhola, como qualquer outra língua, é um

fenômeno dinâmico, isto é , está sempre em evolução”.

Para nós, estudantes de graduação, esta experiência foi desafiadora pois podemos

praticar em sala de aula algo que nos aguarda para os próximos anos: ser provocadores no

sentido, de fazer nossos alunos falarem a língua estrangeira que estão aprendendo. Onde

maioria sente satisfeitas com o que a escola oferece.

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REFERÊNCIAS

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da moeda, u. 11, p 32-57, 1987.

BRUNO, Fatima Cabral. MENDONÇA, Maria Ângela. Hacía El Español. Saraiva – SP.

Revista Carta na Escola. São Paulo: Confiança, Ed 45 - p 36 e 37. 2010.

Curso preparatório ENEM e vestibulares. Linguagens e códigos Espanhol - Capitulo 4 - p

44. 2010.

HAVELOCK. Eric. A equação oralidade escrita: uma fórmula para a mente moderna. In:

OLSON, David: TORRANCE, Nancy. Cultura e oralidade. Tradução de Valter Lellis

Siqueira São Paulo: Ática 1995. p 17-34.

Letras 1º período - Caderno Unitins p 18. Solé, Jesús Maria: Hablemos en español. Vol I.

São Paulo. Saraiva. pg. 5 e 8, 11 – 14, 23 – 25

PALOMINO, Maria de Los Angeles: AGUIRRE, Blanca: Gramática em Diálogo. Paris. 1ª.

Edição. 2005.

PARÂMETROS CURRÍCULARES NACIONAIS – Língua estrangeira. Brasília:

MEC/SEC, 1998.

SEÑAS. Diccionario para la Ensenãnza de la Lengua Española para Brasileños.

Universidad de Alcalá de Henares. Departamento de Filologia; tradução de: BRANDÃO,

Eduardo: BERLINER, Claudia. 2ª. Edição. São Paulo. Martins Fontes.2001