Relatório de estágio arquitetura e urbanismo

48
Universidade da Região da Campanha URCAMP Centro de Ciências Exatas e Ambientais Curso de Arquitetura e Urbanismo Estágio Curricular Supervisionado Lia Quintana e Virginia Dreux RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO Acadêmica: Jéssica Guarienti Bagé, Dezembro de 2014

description

Relatório da disciplina relatório de estágio do curso de arquitetura e urbanismo.

Transcript of Relatório de estágio arquitetura e urbanismo

  • Universidade da Regio da Campanha URCAMP Centro de Cincias Exatas e Ambientais

    Curso de Arquitetura e Urbanismo Estgio Curricular Supervisionado

    Lia Quintana e Virginia Dreux

    RELATRIO DE ESTGIO

    SUPERVISIONADO

    Acadmica: Jssica Guarienti

    Bag, Dezembro de 2014

  • Universidade da Regio da Campanha URCAMP Centro de Cincias Exatas e Ambientais

    Curso de Arquitetura e Urbanismo Estgio Curricular Supervisionado

    Lia Quintana e Virginia Dreux

    RELATRIO DE ESTGIO

    SUPERVISIONADO

    Trabalho realizado na disciplina de Estgio Curricular Supervisionado do curso de Arquitetura e Urbanismo para aprovao da Disciplina.

    Acadmica: Jssica Guarienti

    Bag, Dezembro de 2014

  • SUMRIO

    1- Introduo......................................................................................................06

    1.1- Dados da Obra.................................................................................06

    1.2- Objetivo............................................................................................06

    1.3- Justificativa ......................................................................................07

    1.4- Metodologia......................................................................................07

    2- Reviso Bibliogrfica.....................................................................................07

    2.1 Alvenaria Convencional..................................................................07

    2.2 - Viga de Amarrao e Pr-laje.........................................................12

    2.3 - Revestimento..................................................................................18

    2.3.1 Chapisco.....................................................................................18

    2.3.2 Reboco........................................................................................20

    3- Atividades Desenvolvidas..............................................................................24

    3.1- Alvenaria..........................................................................................24

    3.2- Viga de Amarrao e Laje................................................................29

    3.3- Revestimento...................................................................................38

    4 - Concluso.....................................................................................................46

    5 - Referncias Bibliogrficas............................................................................47

    6- Anexos...........................................................................................................49

  • LISTA DE FIGURAS

    Figura 1 Escantilho no canto e linha colocada com pregos........................08 Figura 2 Verificao do nvel e do prumo da alvenaria.................................09 Figura 3 Mtodos de assentamento da alvenaria com argamassa...............09 Figura 4 Sobrecarga sobre a contraverga ....................................................10 Figura 5 Encunhamento de tijolos inclinados e cortados na diagonal............11 Figura 6 Encunhamento com expansor..........................................................11 Figura 7 Caixaria para concretagem da cinta.................................................13 Figura 8 Escoras e pontaletes.......................................................................13 Figura 9 Detalhe dos tipos de vigotas e tavelas............................................14 Figura 10 Escoramento para montagem.......................................................15 Figura 11 Montagem da pr- laje...................................................................16 Figura 12 Detalhe de apoio das tbuas.........................................................16 Figura 13 Tavelas com caixas de luz e armaduras.......................................17 Figura 14 Arremesso do chapisco.................................................................20 Figura 15 Chapisco executado......................................................................20 Figura 16 Mestras ou taliscas que ajudam na espessura do reboco............21 Figura 17 Aplicao e sarrafeamento do reboco...........................................22 Figura 18 Esperando o reboco descansar para sarrafear.............................22 Figura 19 Desempenando o reboco com a desempenadeira........................23 Figura 20- Viga baldrame impermeabilizada e fiada de destacamento............24 Figura 21- Assentamento iniciado pelos cantos...............................................25 Figura 22- Linha que serve de guia para o assentamento dos tijolos no alinhamento..................................................................................................25 Figura 23- Mangueira utilizada para conferir o nvel.........................................26 Figura 24- Verificao do prumo a cada fiada..................................................26 Figura 25- Assentamento do tijolo, aplicando a argamassa.............................27 Figura 26- Andaimes para seguir o levantamento da parede...........................28 Figura 27- Marcao de vos de janelas no nvel do peitoril............................28 Figura 28- Vos de janelas escorados..............................................................29 Figura 29- Cinta de amarrao acima da ltima fiada.......................................30 Figura 30- Amarrao das ferragens.................................................................30 Figura 31- Formas externas...............................................................................31 Figura 32- Formas internas, e escoramento......................................................31 Figura 33- Tbuas transversais vigota e escoras...........................................32 Figura 34- Encaixe de vigota pr-moldada com tavela cermica......................33 Figura 35- Encaixe de vigota treliada com tavela cermica.............................33 Figura 36- Colocao das armaduras e componentes eltricos........................34 Figura 37- Colocao das armaduras e componentes eltricos........................35 Figura 38- Concreto realizado no canteiro de obras..........................................36

  • Figura 39- Concreto levado por baldes at a laje..............................................36 Figura 40- Concreto distribudo por carrinhos de mo.......................................37 Figura 41- Concreto sendo espalhado com a rgua e as caixas de luz tapadas com lona............................................................................................................37 Figura 42- Concreto empurrado com a colher de pedreiro................................38 Figura 43- Inicio do chapisco, enquanto esperavam material da pr-laje.........39 Figura 44- Aplicao do chapisco......................................................................39 Figura 45- Aplicao do chapisco......................................................................40 Figura 46- Talisca sendo alinhada com a linha.................................................41 Figura 47- Reboco iniciando pelo lado externo.................................................42 Figura 48- Reboco arremessado contra a parede.............................................43 Figura 49- Retirando o excesso do reboco com a rgua...................................43 Figura 50- Rgua presa no canto para acabamento do reboco........................44 Figura 51- Acabamento com a desempenadeira...............................................44 Figura 52- Colocao do contramarco...............................................................45

  • 6

    1- Introduo

    O presente trabalho da disciplina de Estgio Supervisionado foi

    desenvolvido em uma residncia unifamiliar na cidade de Bag/RS. Este

    relatrio ir descrever as atividades realizadas durante o acompanhamento da

    execuo por meio de visitao, alm da pesquisa realizada sobre cada uma das

    fases escolhidas.

    Durante as visitas obra foram analisadas 3 fases diferentes, onde foram

    executadas consecutivamente no perodo de acompanhamento. Assim,

    alvenaria convencional, concretagem (cinta de amarrao e laje) e revestimento

    (chapisco e reboco) foram as etapas observadas tanto em relao aos materiais

    como em tcnicas construtivas utilizadas.

    Sendo assim, este trabalho relata como a execuo de cada etapa deve

    ser feita segundo as referncias bibliogrficas pesquisadas e contrape com o

    que realmente realizado na obra.

    1.1-Dados da obra

    Tipo de obra: Residncia Unifamiliar Trrea

    Endereo: Rodovia General Artigas, 4928.

    rea: 90,28m

    Responsvel tcnico(a): Luciani Corra

    1.2-Objetivo

    A disciplina de Estgio Supervisionado prope ao acadmico a

    observao e o acompanhamento de etapas de obras, colocando em prtica

    toda teoria adquirida ao decorrer do curso sobre materiais e execuo. Assim

    proporcionando ao estagirio o treinamento prtico, aperfeioamento tcnico e

    de relacionamento humano, como complementao da sua formao

    profissional no ambiente de trabalho.

    Desta forma, tem como objetivo a preparao do estagirio para o

    mercado profissional atravs de atividades prticas, consolidando os

    conhecimentos tericos adquiridos durante o curso.

  • 7

    1.3-Justificativa

    O estgio um momento de fundamental importncia no processo de

    formao profissional, pois para melhor entender a teoria que aprendemos nas

    aulas, a disciplina tem a finalidade de unir a teoria prtica, assim exercita sua

    adaptao ao meio profissional.

    Desempenha de forma eficiente a unio entre os mundos acadmico e

    profissional ao possibilitar a oportunidade de conhecimento e exercitar prtica.

    1.4- Metodologia

    No andamento do estgio, alm de ir na obra durante a execuo das

    etapas escolhidas observando os procedimentos e realizando o levantamento

    fotogrfico, tambm foi imprescindvel as pesquisas feitas sobre as fases, os

    assessoramentos com as orientadoras, e o questionamento feito aos

    profissionais que trabalham na obra, assim obtendo amplo conhecimento sobre

    as etapas acompanhadas na obra.

    Portanto o trabalho baseia-se no comparativo entre as observaes feitas

    na visita e as referncias bibliogrficas pesquisadas, assim analisando se os

    mtodos usados so os mesmos citados na teoria.

    2 - Reviso Bibliogrfica

    2.1 - Alvenaria Convencional

    A alvenaria o sistema construtivo de paredes e muros,

    executadas com pedras naturais, tijolos ou blocos unidos entre si com ou sem

    argamassa de ligao em fiadas horizontais ou em camadas que se repetem

    sobrepondo-se as outras, formando um conjunto amarrado e rgido.

    A alvenaria tem como finalidade dividir, ou seja, organizar o espao interior, proteger contra aes do meio externo e oferecer suporte de carga, alm de isolamento trmico e acstico. Em geral, deve fornecer condies de resistncia, durabilidade e impermeabilidade. (Barros, S.D)

  • 8

    De acordo com Milito (2009), A alvenaria pode ter funo estrutural ou

    quando no dimensionada para resistir cargas verticais alm de seu prprio

    peso denominada alvenaria de vedao.

    Aps a impermeabilizao da viga baldrame, necessrio esperar um dia

    para comear a erguer as paredes, assim inicia-se posicionando os escantilhes

    nos cantos e estendendo a linha de um escantilho a outro para obter o

    alinhamento dos tijolos da fiada, como mostra a figura 1. A superfcie que

    receber a fiada de marcao deve estar limpa e mida, logo aps feito o

    destacamento das paredes marcando a primeira e segunda fiada. Concluda a

    marcao, comea-se o assentamento pelos cantos onde serviro de guias para

    seguir levantando o resto da parede marcando a linha a cada fiada e verificando

    o prumo e o nvel (Figura 2) a cada 3 fiadas com nvel bolha e fio de prumo,

    respectivamente. (MILITO, 2009; BARROS, S.D.)

    Figura 1 Escantilho no canto e linha colocada com pregos. Fonte: http://demilito.com.br/4-alvenaria-rev.pdf

  • 9

    Figura 2 Verificao do nvel e do prumo da alvenaria. Fonte: https://edificaacoes.files.wordpress.com/2009/12/5-mat-alvenaria.pdf

    utilizado uma argamassa de assentamento de cimento, cal e areia no

    trao 1: 2: 8. Na qual existem dois mtodos, onde o 1 a argamassa colocada

    em abundncia em cada fiada e o excesso rebatido com a colher, j no 2

    mtodo a argamassa aplicada no tijolo a ser assentado com a colher, como

    mostra a figura 3. (MILITO, 2009; BARROS, S.D.)

    Figura 3 Mtodos de assentamento da alvenaria com argamassa. Fonte: https://edificaacoes.files.wordpress.com/2009/12/5-mat-alvenaria.pdf

  • 10

    Alguns cuidados devem ser tomados na hora da execuo da alvenaria,

    assim como molhar o tijolo antes de assentar para facilitar a aderncia e eliminar

    o p que envolve o tijolo, assim como impedir a absoro da gua da argamassa.

    Alm disso os tijolos devem ser assentados de modo que sempre haja o

    desencontro de juntas para que a amarrao seja da melhor forma possvel, e

    sempre que houver salincias maiores que 4cm preencher com quebras de tijolo,

    vetando o uso da argamassa. (MILITO, 2009; BARROS, S.D.)

    A colocao de tacos de madeira para fixao de batentes de porta e

    janelas se faz juntamente com a alvenaria para evitar a quebra de tijolos j

    assentados para embutir os tacos. Alm disso, nos vos de portas e janelas,

    dever ser executada a verga onde o elemento estrutural sobre o vo a fim de

    evitar sobrecarga das esquadrias, como exemplificado na figura 4. Deve passar

    30cm ou 1/5 do vo de ambos os lados e no caso das janelas alm da verga

    dever ter a contraverga no peitoril. (MILITO, 2009; BARROS, S.D.)

    Figura 4 Sobrecarga sobre a contraverga. Fonte: https://edificaacoes.files.wordpress.com/2009/12/5-mat-alvenaria.pdf

    Aps um tempo mnimo de 10 dias, pois durante a cura da argamassa

    ocorre uma pequena reduo das dimenses, deve ser feito o fechamento da

    alvenaria junto s lajes ou vigas superiores. O espao deixado entre elas de

    aproximadamente 20cm, onde a tcnica mais conhecida para preencher este

    espao chamada de encunhamento, onde assenta-se tijolos macios um

    pouco inclinados, ou cortado em diagonal, com argamassa relativamente fraca

    (1:3:12 a 15 cimento/cal hidratada/areia), tomar cuidado em usar inclinaes

  • 11

    diferentes nas duas sees ou partes do painel, como mostra a figura 5. No

    entanto, esse procedimento vem sendo substitudo por novos materiais e

    tcnicas que oferecem melhor rendimento. Como apontado na figura 6, a

    utilizao de cimento expansor, onde uma argamassa pronta a base de

    cimento, cujo adicionamento de gua permite sua expanso. (MILITO, 2009;

    BARROS, S.D.)

    Figura 5 Encunhamento de tijolos inclinados e cortados na diagonal. Fonte: https://edificaacoes.files.wordpress.com/2009/12/5-mat-alvenaria.pdf

    Figura 6 Encunhamento com expansor. Fonte: https://edificaacoes.files.wordpress.com/2009/12/5-mat-alvenaria.pdf

    https://edificaacoes.files.wordpress.com/2009/12/5-mat-alvenaria.pdf
  • 12

    2.2- Cinta de Amarrao e Pr-Laje

    A cinta de amarrao feita aps a ltima fileira da alvenaria levantada.

    De acordo com Barros (S.D)

    Quando as lajes de concreto armado esto apoiadas diretamente na alvenaria o respaldo da alvenaria deve ser arrematado com uma cinta, evitando a abertura nos cantos e o esmagamento dos tijolos de respaldo. A cinta, normalmente, consiste em uma viga de concreto armado, com a mesma espessura da parede e altura varivel. A altura da cinta, tipo de armao e trao do concreto vai depender da carga atuante sobre a parede.

    De acordo com Campos (S.D) A funo da cinta de amarrao distribuir

    uniformemente tanto o peso da laje quanto sua movimentao, evitando trincas

    na alvenaria.

    Para manter a firmeza do conjunto de estrutura para pequenos vos a

    cinta necessria, no existindo uma verdadeira estrutura de concreto,

    executada aps a ltima fileira de tijolos, sendo assim desnecessrio executar o

    encunhamento. Servindo para apoio das lajes e para amarrar as paredes

    externas e internas. Portanto, devem ser corretamente niveladas, se as paredes

    foram levantadas no nvel, no haver dificuldades. (GOMES, S.D)

    As formas so constitudas de duas tbuas laterais, onde a superior fica

    livre para a execuo da concretagem e a inferior a ltima fiada da alvenaria,

    so estribadas com cintas para evitar o seu abaulamento no ato da concretagem,

    devendo ser escoradas de 80 em 80cm, aproximadamente, por pontaletes

    verticais, como exemplificado na figura 7 e 8. (http://www.ceap.br, S.D)

    http://www.ceap.br/
  • 13

    Figura 7 Caixaria para concretagem da cinta. Fonte: http://www.lanferarquitetura.com/2009/12/caixaria.html

    Figura 8 Escoras e pontaletes. Fonte: http://www.lanferarquitetura.com/2009/12/caixaria.html

    De acordo com Oliveira (2010) O respaldo da alvenaria deve ser feito

    pela viga de cintamento, nas dimenses 20cm de altura e largura da parede,

    em concreto armado, fck 15MPa, 4 5/16, estribo 4,2 mm c/ 15cm.

    De acordo com Kehl e Vasconcellos (2012) A pr-laje constituda por

    vigotas e tavelas, onde so fabricadas em larga escala por indstrias. Existem

    diversos tipos, sendo as mais usadas as lajes com vigotas treliadas e as com

    vigotas de concreto armado.

  • 14

    Existem dois tipos mais utilizados de vigotas, sendo de concreto armado

    e treliadas. De acordo com Kehl e Vasconcellos (2012)

    As vigotas de concreto armado tm seo de concreto usualmente formando um T invertido, com armadura passiva totalmente englobada pelo concreto da vigota. As vigotas treliadas so constitudas por uma armadura em forma de trelia parcialmente englobada pelo concreto da vigota, cujo banzo inferior envolto por uma placa de concreto estrutural, formando um conjunto pr-moldado de boa resistncia e fcil manuseio. Posteriormente, em conjunto com o concreto, formaro as nervuras longitudinais da laje. (figura 9)

    As tavelas so componentes pr-fbricados, na qual tem a funcionalidade

    de reduzir o volume de concreto e serve como forma para o concreto de

    capeamento.

    Os elementos de enchimento so componentes pr-fabricados de materiais inertes diversos, podendo ser macios ou vazados, sendo mais comuns as tavelas de cermica ou de EPS. Possuem as faces inferior e superior planas e nas laterais, abas de encaixe para apoio, elas so colocadas entre as vigotas, que devem ser compatveis com as dimenses das vigotas, para permitir o nivelamento da laje e evitar a fuga do concreto durante a concretagem (figura 9). O concreto de capeamento serve, por sua vez, no s de proteo armadura, devido a sua natureza alcalina, mas tambm de elo de ligao entre a zona comprimida e a tracionada. No caso de momentos negativos, essa regio estar submetida a tenses de compresso e, portanto, a qualidade do concreto de suma importncia para a resistncia da laje. (Kehl e Vasconcellos, 2012)

    Figura 9 Detalhe dos tipos de vigotas e tavelas. Fonte: http://www.fazfacil.com.br/reforma-construcao/montagem-laje-pre-fabricada/

  • 15

    As dimenses das peas devero ter dimenses padronizadas para o

    encaixe da vigota e tavela. De acordo com Kehl e Vasconcellos (2012)

    As vigotas em forma de T invertido, devem ter a sua altura maior ou igual a 8cm. As lajes pr-moldadas comuns vencem vos at 5m entre os apoios. Em geral, os seus comprimentos variam de 10cm em 10cm. A vigota treliada utiliza vergalhes soldados entre si formando uma trelia. Por isso, essa laje pode vencer vos de at 12m entre apoios. Os blocos cermicos tero tambm suas dimenses padronizadas, com alturas de 7, 8, 10 e 12 cm, e largura suficiente para permitir um intereixo que no dever ser superior a 50cm.

    O escoramento a primeira etapa na execuo da laje pr- fabricada. De acordo com Kehl e Vasconcellos (2012)

    O escoramento deve ser feito antes da colocao das vigotas, apoiado em base firme. Sob as escoras, utilizar pedaos de tbua no sentido transversal ao das vigotas para uma melhor distribuio de cargas no solo. Todos os vos acima de 1,30m devem ser escorados com linhas de escora colocadas no sentido inverso ao apoio das vigas. A contra-flecha utilizada como um recurso para compensar as consequncias indesejveis das deformaes devidas ao das cargas nas lajes. A contra-flecha, nem sempre necessria, deve ser aplicada na fase de execuo do escoramento de acordo com o projeto de montagem da laje ou das medidas de contraflechas aplicadas. (Figura 10)

    Figura 10 Escoramento para montagem. Fonte: http://www.lajesvigao.com.br/dicas-vigao/montagem-lajes-vigao-marica.html

  • 16

    A montagem inicia-se distribuindo as vigotas de cada vo de acordo com

    o sentido e tamanho indicado na planta de montagem. De acordo com Kehl e

    Vasconcellos (2012)

    necessrio que elas apoiem no mnimo 5cm sobre o respaldo das paredes ou vigas (Figura 11). Iniciar a montagem com a vigota junto a uma das extremidades da laje e prosseguir a distribuio colocando entre elas uma tavela em cada extremidade. No deixar folgas e manter a distribuio sempre no esquadro. Colocar o restante das tavelas e marcar os pontos de luz com a colocao de tavelas j furadas ou da caixas de luz (Figura 13). Nunca deve-se caminhar diretamente sobre as tavelas, dever ser utilizado tbuas para transitar sobre a laje at a concretagem. (Figura 12)

    Figura 11 Montagem da pr- laje. Fonte: http://odaircardoso.com/pdf/construcao/montagemeexecucaodelajes.pdf0

    Figura 12 Detalhe de apoio das tbuas. Fonte: http://odaircardoso.com/pdf/construcao/montagemeexecucaodelajes.pdf0

  • 17

    A armadura de distribuio deve ser utilizada em todas as lajes, devendo

    ser distribuda no mesmo sentido das vigas.

    A ferragem deve ser distribuda no sentido transversal s vigotas com barras na bitola 5mm (3/16) espaadas no mximo a cada 30cm. Esta armadura importante, pois evita a fissurao do concreto de capeamento. A ferragem negativa utilizada para garantir a situao de apoio das vigas tanto nas laterais como nos apoios intermedirios formando a continuidade nos encontros de vigas (Figura 13). (Kehl e Vasconcellos, 2012)

    Figura 13 Tavelas com caixas de luz e armaduras. Fonte: http://cddcarqfeevale.wordpress.com/2012/05/22/lajes-pre-fabricadas-vigota-e-tavela/

    Aps a colocao das armaduras coloca-se os conduites e as caixinhas

    da parte eltrica antes da concretagem. De acordo com Arajo (S.D)

    Os conduites devem ficar bem fixos junto a laje e sobre a armadura de distribuio e negativa. Ter o cuidado de no estrangular os conduites nas curvas. As caixinhas devem ser preenchidas com serragem mida para evitar a entrada do concreto no momento da concretagem.

    Para comear a etapa da concretagem, as vigotas e tavelas devem ser

    muito bem molhadas antes do lanamento do concreto para evitar que as peas

    absorvam a gua de cura do concreto. Ento lana-se o concreto, espalhando

  • 18

    bem para preencher os espaos vazios, e tambm, deve ser socado com a

    colher de pedreiro para que penetre nas juntas das vigotas e tavelas, garantindo

    a solidez do produto. O trao do concreto de capa deve ser 1:2:3 com resistncia

    mnima aos 28 dias de 18 a 20Mpa. Aps a concretagem a laje deve ser molhada

    nos prximos 5 dias, para assim efetuar a cura, o escoramento somente pode

    ser tirado 21 dias aps a concretagem para pequenos vos e 28 dias para

    maiores vos, sendo que nas lajes de forro necessrio que o escoramento s

    seja retirado aps a concluso da execuo do telhado. (ARAJO, S.D; Kehl e

    Vasconcellos, 2012)

    2.3- Revestimento

    De acordo com www.amreparosereformasblogspot.com.br (2012) O

    revestimento constitudo de duas camadas, onde o chapisco necessrio para

    a aderncia do reboco, evitando que o mesmo se solte, e o reboco regulariza e

    prepara a superfcie para receber o acabamento final, constitudo por lixamento,

    tinta base e pintura.

    2.3.1- Chapisco

    O chapisco a etapa intermediria que liga a alvenaria ao reboco. De

    acordo com www.pedreirao.com.br (S.D)

    Ele tem a funo de aumentar a aderncia das paredes para receber o reboco. As paredes devem ser chapiscadas porque os tijolos cermicos ou blocos de concreto tem superfcies muito lisas, no permitindo que a argamassa de reboco aderir nas paredes.

    Para originar uma melhor ligao entre as duas partes e evitar o

    descolamento do reboco, necessrio o contato das argamassas com o

    substrato da superfcie rugosa, e quanto maior for melhor ser a resistncia de

    aderncia. O trao do chapisco apresenta grande quantidade de cimento, 1:3, e

    em alguns casos utilizado aditivos a base de resinas sintticas de alta

    aderncia como o Bianco da Vedacit ou Sikachapisco da Sika dissolvidos em

    http://www.amreparosereformasblogspot.com.br/http://www.pedreirao.com.br/
  • 19

    gua na proporo de 1:2. (www.amreparosereformasblogspot.com.br, 2012;

    www.pedreirao.com.br, S.D)

    Antes da aplicao do chapisco a estrutura e a superfcie devem estar limpas, livres de irregularidades superficiais, preenchimento de furos e pr-umidecimento. De acordo com www.amreparosereformasblogspot.com.br (2012)

    O substrato deve estar firme, seco, curado e isento de leo, graxa, p, tinta, restos de desmoldantes ou compostos de cura. Para execuo de chapisco sobre concreto, a limpeza deve ser rigorosa. Devem ser removidas as rebarbas, resduos de concreto, pontas de arame e pontas de ferro. Resduos de agentes desmoldantes devem ser completamente retirados atravs de lixamento/escovao e lavagem com jato de gua. 24 horas antes da execuo do chapisco recomenda-se asperso de gua em abundncia. Para blocos de concreto e cermicos e tijolos cermicos, recomenda-se a molhar toda a superfcie antes da execuo do chapisco. No se deve efetuar a aplicao de qualquer revestimento sobre substrato com temperatura superior a 30 C. Neste caso, indicado o prvio resfriamento com asperso de gua. As superfcies porosas devem ser umedecidas antes do incio da aplicao.

    Aps a limpeza da superfcie aplica-se o chapisco. De acordo com

    www.amreparosereformasblogspot.com.br (2012)

    O chapisco deve ser dado arremessando a mistura contra a parede com a colher de pedreiro com uma certa fora de modo que que esta penetre e se fixe no substrato, (Figura 14) observando um tempo de cura, ideal 7 dias, entre as camadas. O umedecimento do chapisco aps primeiras horas de cura e nos 3 dias subsequentes ao da sua execuo muito importante, sendo indispensvel durante dias quentes e/ou com presena de ventos. Este cuidado importante para toda execuo com material base de cimento Portland, sendo o equivalente cura no caso de concreto. O umedecimento no deve ser feito sobre a superfcie superaquecida ou quando houver incidncia de sol diretamente recomendvel que seja realizado pela manh e ao final do dia. Este cuidado deve ser tomado independentemente do material sobre o qual o revestimento ser aplicado. A superfcie acabada no deve receber jato dgua para no danificar o produto aplicado. A execuo correta dos revestimentos, especialmente quanto execuo das juntas, minimizar o possvel aparecimento de defeitos de aplicao, como descolamentos, por exemplo.

    http://www.amreparosereformasblogspot.com.br/http://www.pedreirao.com.br/http://www.amreparosereformasblogspot.com.br/http://www.amreparosereformasblogspot.com.br/
  • 20

    Figura 14 Arremesso do chapisco. Fonte:http://pedreirao.com.br/geral/alvenarias-e-reboco/como-executar-chapisco-passo-a-passo/

    Figura 15 Chapisco executado Fonte:http://pedreirao.com.br/geral/alvenarias-e-reboco/como-executar-chapisco-passo-a-passo/

    2.3.2- Reboco

    O reboco a aplicao de argamassa de cimento, cal e areia, e algumas

    vezes tambm usa-se aditivos, nas paredes de tijolos cermicos ou blocos de

    concreto j chapiscadas, na qual tem a funo de formar uma superfcie com

    propriedades acstica, trmica, impermeabilizante e lisa para receber

    acabamentos como tintas, texturas e papis de parede.

    (www.blogdomenorpreco.com.br, 2013)

    http://www.blogdomenorpreco.com.br/
  • 21

    A alvenaria tem que ter sido executada com qualidade em relao ao

    prumo, alinhamento, esquadro e qualidade dos tijolos ou blocos para conseguir

    as espessuras ideiais de reboco, o externo tem espessura mdia de 2cm e o

    interno de 1,5cm. Paredes que apresentam alguns dos problemas citados fazem

    com que o reboco possa engrossar sua espessura, aumentando o consumo de

    argamassa, elevando o custo do servio. (www.blogdomenorpreco.com.br,

    2013)

    Antes de aplicar o reboco nas paredes elas j devem ter sido chapiscadas,

    ento executa-se as mestras ou taliscas do reboco, na qual definem a espessura

    do reboco e guiam o sarrafeamento da parede. De acordo com APEX

    Engenharia (2011)

    As taliscas devem ser preferencialmente de cacos de azulejos, assentadas com a mesma argamassa que ser utilizada para a execuo do revestimento. Atentar para que sempre sejam previstas as taliscas a 30cm das bordas das paredes e/ou do teto, bem como qualquer outro detalhe de acabamento (quinas, vos de portas e janelas, frisos e molduras). O espaamento entre as taliscas no deve ser superior a 1,8m em ambas as direes. (Figura 16)

    Figura 16 Mestras ou taliscas que ajudam na espessura do reboco. Fonte: http://pedreirao.com.br/geral/alvenarias-e-reboco/reboco-de-parede-passo-a-passo/

    Na betoneira feito a argamassa com o trao de 1:6 (cimento e areia),

    em alguns casos usado aditivo plastificante de argamassa de reboco, 50ml a

    100ml por saco de cimento. Logo aps estar pronta a argamassa, aplica-se

    arremessando sobre a parede com o auxlio da colher e desempenadeira de

    pedreiro seguindo a espessura das taliscas (Figura 17).

    http://www.blogdomenorpreco.com.br/http://pedreirao.com.br/wp-content/uploads/2014/04/talisca-parede-reboco-mestra-pedreiro-pedreirao.png
  • 22

    Figura 17 Aplicao e sarrafeamento do reboco. Fonte: http://pedreirao.com.br/geral/alvenarias-e-reboco/reboco-de-parede-passo-a-passo/

    necessrio esperar a massa puxar para que ela perca um pouco de

    gua para sarrafear (Figura 18), pois assim evita trincar o reboco, assim que a

    massa descansar realiza-se o sarrafeamento, com a rgua de alumnio de 2,00,

    de cima para baixo seguindo as mestras e cruzando a rgua entre elas para que

    o reboco fique no prumo e bem acabado.

    Figura 18 Esperando o reboco descansar para sarrafear. Fonte: http://pedreirao.com.br/geral/alvenarias-e-reboco/reboco-de-parede-passo-a-passo/

    http://pedreirao.com.br/wp-content/uploads/2014/04/chapar-massa-parede-reboco-pedreiro-pedreirao-talisca-mestra-sarrafear.pnghttp://pedreirao.com.br/wp-content/uploads/2014/04/chapar-massa-parede-reboco-obra-reforma-pedreiro-pedreirao.png
  • 23

    Alm disso, com a desempenadeira de pedreiro feito o acabamento da

    massa em movimentos circulares retirando os excessos que a rgua de alumnio

    no consegue retirar (Figura 19), e com a trincha jogado um pouco de gua

    nos lugares onde a massa j est mais seca e difcil de passar a

    desempenadeira, at a superfcie ficar lisa e bem acabada.

    (www.blogdomenorpreco.com.br, 2013)

    Figura 19 Desempenando o reboco com a desempenadeira. Fonte: http://pedreirao.com.br/geral/alvenarias-e-reboco/reboco-de-parede-passo-a-passo/

    Para aplicar cermica necessrio esperar 14 dias para a cura do reboco,

    j para pintura e ou impermeabilizao preciso esperar 28 dias para cura total

    do reboco. (www.engcivil.wordpress.com, 2012)

    http://www.blogdomenorpreco.com.br/http://www.engcivil.wordpress.com/http://pedreirao.com.br/wp-content/uploads/2014/04/desempenar-reboco-parede-desempenadeira-pedreirao-pedreiro.png
  • 24

    3- Atividades desenvolvidas

    3.1 - Alvenaria Convencional

    Para o incio da execuo da alvenaria foi necessrio realizar a viga

    baldrame, um tipo comum de fundao rasa para pequenas edificaes, onde

    foi concretada e aps a cura foi retirado as formas e impermeabilizada.

    Aps um dia de espera da impermeabilizao, iniciou-se a alvenaria

    convencional de tijolos cermicos 6 furos, onde foi executada a fiada de

    destacamento originada pelos cantos e marcando as portas, ilustrado na figura

    20, e ento comeou o assentamento dos tijolos tambm pelos cantos, onde era

    colocada a linha presa com o prego que serve de guia para o levantamento da

    parede no alinhamento, conforme figuras 21 e 22, alm disso, tambm foram

    verificados o prumo e o nvel (figuras 23 e 24), como citado pelos autores Milito

    (2009) e Barros (S.D). Da mesma forma foi observado que os tijolos eram

    molhados para facilitar a aderncia e impedir que o mesmo absorva a gua da

    argamassa, e foram aplicados em camadas que sobrepem-se para amarrar e

    obter rigidez.

    Figura 20- Viga baldrame impermeabilizada e fiada de destacamento. Fonte: Autora

  • 25

    Figura 21- Assentamento iniciado pelos cantos. Fonte: Autora

    Figura 22- Linha que serve de guia para o assentamento dos tijolos no alinhamento. Fonte: Autora

  • 26

    Figura 23- Mangueira utilizada para conferir o nvel. Fonte: Autora

    Figura 24- Verificao do prumo a cada fiada. Fonte: Autora

  • 27

    O trao da argamassa utilizada para assentar os tijolos de 1:6, de

    cimento e areia, consecutivamente, com a adio de 200ml de Alvenarite, o qual

    no corresponde o trao citado pelos autores Milito (2009) e Barros (S.D). O

    assentamento foi realizado colocando a argamassa em abundncia na fiada de

    baixo, aplicando a massa no canto do tijolo e assim, sobrepondo o tijolo,

    rebatendo com a colher e retirado o excesso da massa que foi reaproveitado

    (Figura 25).

    Figura 25- Assentamento do tijolo, aplicando a argamassa. Fonte: Autora

    Assim que foi atingida a altura que os pedreiros no conseguem alcanar

    foram feitos andaimes em ferro e em madeira, com escoras e tbuas, para seguir

    o levantamento da alvenaria, conforme figura 26.

  • 28

    Figura 26- Andaimes para seguir o levantamento da parede. Fonte: Autora

    As marcaes de portas foram feitas na primeira fiada, j as janelas foram

    marcadas assim que a alvenaria chegou ao nvel do peitoril, ilustrado na figura

    27, no entanto nesses vos no realizaram vergas e contravergas como

    apontado pelos autores Milito (2009) e Barros (S.D), alm disso, tambm no

    efetuaram a colocao dos tacos de madeira usados para fixar os batentes das

    esquadrias. Contudo, foram colocadas tbuas de madeira na superfcie superior

    do vo e escoras at a colocao dos batentes das esquadrias (Figura 28).

    Figura 27- Marcao de vos de janelas no nvel do peitoril. Fonte: Autora

  • 29

    Figura 28- Vos de janelas escorados. Fonte: Autora

    3.1 Cinta de Amarrao e Pr-Laje

    Dado que a obra considerada uma casa pequena, no houve

    necessidade de pilares, deste modo no foi preciso realizar o fechamento da

    alvenaria com a viga, o encunhamento, pois a cinta foi executada aps,

    contrapondo com o que foi mencionado pelos autores Milito (2009) e Barros

    (S.D). Portanto as paredes foram levantadas, e assim executada a cinta com a

    finalidade de amarrar as paredes e para apoiar a laje.

    Aps, chegaram na ltima fiada da alvenaria onde iniciou-se a

    preparao das ferragens para formar a cinta de amarrao, na largura e

    comprimento da parede e 20cm de altura, com ferragem de 4 ferros com bitola

    5/16, assim como citado pelo autor Oliveira (2010) e estribo 4,2 mm a cada

    30cm, diferindo apenas no espaamento apontado pelo autor Oliveira (2010).

    Posteriormente as ferragens foram colocadas acima da alvenaria e amarradas

    umas nas outras, ilustrado nas figuras 29 e 30, assim iniciando as frmas com

    tbuas uma de cada lado da parede, na qual as tbuas externas foram

    cortadas maiores para chegar at a altura da cinta e as internas menores para

    apoiar a pr-laje em cima delas e a cada encontro de tbuas foram pregados

    tacos e tbuas para unir e dar mais resistncia. Alm disso, tambm foram

    apoiadas escoras abaixo da forma para no apresentar dilatao no momento

    da concretagem (Figuras 31 e 32).

  • 30

    Figura 29- Cinta de amarrao acima da ltima fiada. Fonte: Autora

    Figura 30- Amarrao das ferragens. Fonte: Autora

  • 31

    Figura 31- Formas externas. Fonte: Autora

    Figura 32- Formas internas, e escoramento. Fonte: Autora

  • 32

    Concluda as formas da cinta de amarrao, a montagem da pr-laje foi

    a prxima etapa, iniciando pelas escoras, onde foi colocado tbuas em sentido

    transversal ao da colocao das vigotas para distribuir as cargas, e assim para

    apoia-las foram acrescentadas escoras at a base firme, como mencionado

    pelos autores Kehl e Vasconcellos (2012) e ilustrado na figura 33.

    Figura 33- Tbuas transversais vigota e escoras. Fonte: Autora

    Posteriormente as vigotas, na qual foram utilizados dois tipos, a de

    concreto armado em vos de at 5m e as treliadas em vos maiores de 5m,

    assim foram distribudas iniciando por uma das extremidades da laje, e

    apoiando 5cm sobre o respaldo da parede, e por conseguinte foi posicionado

    as tavelas cermicas entre as vigotas, conforme as figuras 34 e 35. Tambm

    foi analisado a marcao dos pontos de luz, na qual foi colocado tavelas j

    furadas para colocar a caixa de luz.

  • 33

    Figura 34- Encaixe de vigota pr-moldada com tavela cermica. Fonte: Autora

    Figura 35- Encaixe de vigota treliada com tavela cermica. Fonte: Autora

  • 34

    Segundo os autores Kehl e Vasconcellos (2012), recomendado no

    caminhar diretamente por cima da pr-laje at a concretagem, porm foi

    verificado que isso no foi obedecido pelos trabalhadores, somente no

    momento da concretagem foi executado do modo correto, colocando tbuas

    para circular.

    Depois da laje estar totalmente fechada com vigotas e tavelas, ento

    realizou-se a montagem e colocao da ferragem da armadura de distribuio

    e negativa, na qual tem a funo de evitar fissuras da concretagem e formar

    uma continuidade na unio das vigas. A barra da ferragem utilizada tem bitola

    de 4,2mm e com espaamento de 30cm, na qual a bitola no corresponde ao

    que foi dito pelos autores Kehl e Vasconcellos (2012). E por fim, a parte

    eltrica, conduintes e caixas, foram postas na pr-laje a cima da ferragem, e as

    caixas foram tapadas com uma lona para no entrar concreto.(Figuras 36 e

    37).

    Figura 36- Colocao das armaduras e componentes eltricos. Fonte: Autora

  • 35

    Figura 37- Colocao das armaduras e componentes eltricos. Fonte: Autora

    Sendo assim, finalizada a etapa de montagem da pr-laje,

    consequentemente executou-se a concretagem da cinta de amarrao e pr-

    laje juntas. Para iniciar as peas da pr-laje foram molhadas para no

    absorverem a gua de cura do concreto, as tbuas foram instaladas para a

    transio dos pedreiros. O concreto foi realizado no canteiro de obra (Figura

    38), no trao 1:2:3 (cimento, areia e brita), como citado pelos autores Kehl e

    Vasconcellos (2012), sendo realizado no cho e levado at a laje por baldes

    (Figura 39) que descarregavam no carrinho de mo na qual transitava em cima

    das tbuas e assim foi despejado na pr-laje (Figura 40) e espalhado bem com

    a rgua e empurrado com a colher de pedreiro para no ficar espaos vazios

    (Figuras 41 e 42), dando consistncia ao concreto, porm no foi utilizado o

    vibrador para adensar o concreto. Aps dois dias algumas formas externas

    foram tiradas para comear o reboco, no entanto as formas restantes foram

    tiradas em 15 dias aps a concretagem, sendo assim no foi respeitado o

    tempo mencionado pelos autores Kehl e Vasconcellos (2012).

  • 36

    Figura 38- Concreto realizado no canteiro de obras. Fonte: Autora

    Figura 39- Concreto levado por baldes at a laje. Fonte: Autora

  • 37

    Figura 40- Concreto distribudo por carrinhos de mo. Fonte: Autora

    Figura 41- Concreto sendo espalhado com a rgua e as caixas de luz tapadas com lona. Fonte: Autora

  • 38

    Figura 42- Concreto empurrado com a colher de pedreiro. Fonte: Autora

    3.3 - Revestimento

    Entre o escoramento das tbuas transversais e a espera do material da

    pr-laje chegar obra, foi iniciado a execuo da primeira camada de

    revestimento em algumas paredes, o chapisco, na qual melhora a unio entre

    alvenaria e reboco, para evitar o descolamento (Figura 43).

    O Trao adotado corresponde ao mesmo mencionado pelos autores

    www.amreparosereformasblogspot.com.br (2012) e www.pedreirao.com.br

    (S.D), 1:3 (cimento e areia) com exceo dos aditivos que no foram

    adicionados. No entanto, a massa da bacia foi posta com a colher de pedreiro

    na desempenadeira e em seguida com a colher arremessada contra a parede,

    de modo que fixou na parede, ilustrado nas figuras 44 e 45. No foi observado o

    umedecimento do chapisco ps execuo, como citado pelo autor

    www.amreparosereformasblogspot.com.br (2012), mas o tempo mnimo de cura

    de sete dias foi obedecido.

    http://www.amreparosereformasblogspot.com.br/http://www.pedreirao.com.br/http://www.amreparosereformasblogspot.com.br/
  • 39

    Figura 43- Incio do chapisco, enquanto esperavam material da pr-laje. Fonte: Autora

    Figura 44- Aplicao do chapisco. Fonte: Autora

  • 40

    Figura 45- Aplicao do chapisco. Fonte: Autora

    Assim, com a chegada do material da pr-laje foi interrompida a fase,

    voltando a ser executada aps o trmino da concretagem, sendo assim no foi

    respeitado o tempo mnimo de sete dias de cura dessa parte chapiscada como

    apresentado pelo autor www.amreparosereformasblogspot.com.br (2012), pois

    em seguida o reboco foi iniciado.

    Assim, iniciou-se a segunda parte do revestimento, o reboco, na qual

    nivela e forma uma superfcie para receber todos tipos de acabamentos. Na qual

    comeou pelas taliscas, que foram feitas com cacos de azulejos onde foram

    assentados no chapisco, alinhadas verticalmente e horizontalmente com o fio,

    para obter a espessura do reboco, conforme figura 46.

    http://www.amreparosereformasblogspot.com.br/
  • 41

    Figura 46- Talisca sendo alinhada com a linha. Fonte: Autora

    O trao usado para massa de reboco 1:7(cimento e areia), tanto para

    reboco interno como externo, onde difere do que foi apontado pelo autor

    www.blogdomenorpreco.com.br (2013).

    Comeando pelas paredes externas (Figura 47), por onde tambm foi

    iniciado o chapisco, a massa pronta foi colocada em bacias onde com a colher

    de pedreiro foi posta na desempenadeira e em seguida arremessada com a

    colher contra a parede j chapiscada, seguindo a espessura da talisca, conforme

    figura 48. Aps a aplicao esperou-se a massa puxar para ento iniciar o

    sarrafeamento com uma rgua de alumnio de baixo para cima cruzando entre

    as taliscas, para alinhar o reboco com a espessura usada nela e retirar o excesso

    de massa aplicado, ilustrado na figura 49, diferindo do que foi citado pelo autor

    www.blogdomenorpreco.com.br (2013). Tambm foi observado que a rgua de

    sarrafeamento era presa nos cantos para melhor acabamento (Figura 50).

    http://www.blogdomenorpreco.com.br/http://www.blogdomenorpreco.com.br/
  • 42

    Figura 47- Reboco iniciando pelo lado externo. Fonte: Autora

    Figura 48- Reboco arremessado contra a parede. Fonte: Autora

  • 43

    Figura 49- Retirando o excesso do reboco com a rgua. Fonte: Autora

    Figura 50- Rgua presa no canto para acabamento do reboco. Fonte: Autora

    Alm disso, com a desempenadeira foi executado o acabamento do

    reboco, em movimento circulares retirando a abundncia de argamassa onde

    com o sarrafeamento no foi possvel, figura 51, ainda assim as reas que

    estavam mais secas foram umedecidas com a trincha para passar a

    desempenadeira, deste modo at ficar lisa e bem acabada como citado pelo

    autor www.blogdomenorpreco.com.br (2013). Durante esta etapa, os vos de

    esquadrias foram recebendo contramarco, para ento fazer o acabamento com

    o reboco (figura 52).

    http://www.blogdomenorpreco.com.br/
  • 44

    Figura 51- Acabamento com a desempenadeira. Fonte: Autora

    Figura 52- Colocao do contramarco. Fonte: Autora

  • 45

    4 Concluso

    O desenvolvimento do estgio realizado na obra de uma residncia

    ofereceu ao estagirio a oportunidade de envolver-se em atividades prticas e

    a familiarizao com o ambiente de trabalho, com a colaborao de

    profissionais experientes e verificando as diferenas entre teoria e a realidade.

    Onde, de fato, na prtica bem menos previsvel, pois houve chuvas no

    previstas e materiais que foram entregues atrasados.

    Ressaltando a importncia do contato com a prtica durante o decorrer

    do curso de Arquitetura e Urbanismo, foi perceptvel a evoluo da acadmica

    proporcionando experincia e conhecimento sobre as etapas acompanhadas e

    o andamento e a rotina da obra e se so realizadas de acordo com o que foi

    estudado.

  • 46

    5- Referncias Bibliogrficas

    Arajo, Odair Cardoso. Montagem e execuo das lajes pr-fabricadas. Disponvel em: http://odaircardoso.com/pdf/construcao/montagem%20e%20execucao%20de%20lajes.pdf Acessado em:20/10/14 BARROS, Carolina. Alvenarias. Disponvel em: https://edificaacoes.files.wordpress.com/2009/12/5-mat-alvenaria.pdf Acessado em: 29/09/14

    Campos, Iber. Procedimentos e cuidados na execuo da alvenaria. Disponvel

    em: http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=7&Cod=119

    Acessado em:13/10/14

    Kehl, Caroline; Vasconcellos, Juliano (2012). LAJES PR-FABRICADAS: VIGOTA E TAVELA. Disponvel em: http://cddcarqfeevale.wordpress.com/2012/05/22/lajes-pre-fabricadas-vigota-e-tavela/ Acessado em: 20/10/14

    MILITO, Jos Antnio (2009). 4- Alvenaria. Disponvel em: http://demilito.com.br/4-alvenaria-rev.pdf Acessado em: 29/09/14

    Oliveira, Rozelma. Memorial Tcnico Descritivo Habitao Popular (2010). Disponvel em:https://pt.scribd.com/doc/86824714/Memorial-Tecnico-Descritivo-Habitacao-Popular Acessado em: 13/10/14

    Caixaria Cinta de Amarrao (2009). Disponvel em:

    http://www.lanferarquitetura.com/2009/12/caixaria.html Acessado em: 13/10/14

    Centro de Ensino do Estado de Amap, Alvenaria. Disponvel em: http://www.ceap.br/material/MAT26032014185055.pdf Acessado em 13/10/14

    Chapisco (2012). Disponvel em: http://amreparosereformas.blogspot.com.br/2012/12/chapisco.html Acessado em: 06/10/14

    Como Executar Chapisco, Passo Passo! Disponvel em: http://pedreirao.com.br/geral/alvenarias-e-reboco/como-executar-chapisco-passo-a-passo/ Acessado em: 06/10/14

    EXECUO DE REBOCO, PASSO A PASSO (2012). Disponvel em: http://www.blogdomenorpreco.com.br/execucao-de-reboco-passo-a-passo Acessado em: 13/10/14

    http://odaircardoso.com/pdf/construcao/montagem%20e%20execucao%20de%20lajes.pdfhttp://odaircardoso.com/pdf/construcao/montagem%20e%20execucao%20de%20lajes.pdfhttps://edificaacoes.files.wordpress.com/2009/12/5-mat-alvenaria.pdfhttp://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=7&Cod=119http://cddcarqfeevale.wordpress.com/2012/05/22/lajes-pre-fabricadas-vigota-e-tavela/http://cddcarqfeevale.wordpress.com/2012/05/22/lajes-pre-fabricadas-vigota-e-tavela/http://demilito.com.br/4-alvenaria-rev.pdfhttps://pt.scribd.com/doc/86824714/Memorial-Tecnico-Descritivo-Habitacao-Popularhttps://pt.scribd.com/doc/86824714/Memorial-Tecnico-Descritivo-Habitacao-Popularhttp://www.lanferarquitetura.com/2009/12/caixaria.htmlhttp://www.ceap.br/material/MAT26032014185055.pdf%20Acessado%20em%2013/10/14http://amreparosereformas.blogspot.com.br/2012/12/chapisco.htmlhttp://pedreirao.com.br/geral/alvenarias-e-reboco/como-executar-chapisco-passo-a-passo/http://pedreirao.com.br/geral/alvenarias-e-reboco/como-executar-chapisco-passo-a-passo/http://www.blogdomenorpreco.com.br/execucao-de-reboco-passo-a-passo
  • 47

    Fbrica de pr-lajes e pr-moldado Vigo Lajes. Dica para montagem de uma laje. Disponvel em: http://www.lajesvigao.com.br/dicas-vigao/montagem-lajes-vigao-marica.html Acessado em: 20/10/14

    IT 3- Execuo e verificao de revestimento em argamassa. Disponvel em:

    http://qualidadeapex.com.br/Paginas%20seguras/PDF/IT%203.pdf Acessado

    em: 13/10/14

    Laje pr-fabricada. Como se faz a montagem desta laje? Disponvel em: http://www.fazfacil.com.br/reforma-construcao/montagem-laje-pre-fabricada/

    Acessado: 20/10/14

    Reboco de Parede, Passo Passo! Disponvel em: http://pedreirao.com.br/geral/alvenarias-e-reboco/reboco-de-parede-passo-a-passo/ Acessado em: 13/10/14

    Revestimento de paredes Chapisco / Emboo / Reboco (2012). Disponvel em: http://engciv.wordpress.com/2012/06/20/revestimento-de-paredes-chapisco-emboco-reboco/ Acessado em: 13/10/14

    http://www.lajesvigao.com.br/dicas-vigao/montagem-lajes-vigao-marica.htmlhttp://www.lajesvigao.com.br/dicas-vigao/montagem-lajes-vigao-marica.htmlhttp://qualidadeapex.com.br/Paginas%20seguras/PDF/IT%203.pdfhttp://www.fazfacil.com.br/reforma-construcao/montagem-laje-pre-fabricada/http://pedreirao.com.br/geral/alvenarias-e-reboco/reboco-de-parede-passo-a-passo/http://pedreirao.com.br/geral/alvenarias-e-reboco/reboco-de-parede-passo-a-passo/http://engciv.wordpress.com/2012/06/20/revestimento-de-paredes-chapisco-emboco-reboco/http://engciv.wordpress.com/2012/06/20/revestimento-de-paredes-chapisco-emboco-reboco/
  • 48

    6- Anexos

    Planta Baixa Esc.:1/75 rea: 90,28m