Relatório de filme - As Bodas de Deus

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As Bodas de Deus (1999) de João César Monteiro Personagens principais: João de Deus (João César Monteiro), Joana de Deus (Rita Durão), Princesa Elena Gombrowicz (Joana Azevedo), Príncipe Omar Raschid (José Airosa), Madre Bernarda (Manuela Freitas) Breve síntese da história: Mal refeito de uma divina mas frustrante comédia, João de Deus rumina agora a sua infelicidade por entre as árvores de um parque gélido e solitário. Quando tudo lhe parece perdido, é então que, à sua frente, surge um Enviado do Pai Divino. Este, traz-lhe um presente do Céu: uma mala com tanto dinheiro que tornará João de Deus tão rico como Creasus. Este aceita a oferta divina e, mais tarde, enquanto conta o dinheiro, ouve um corpo cair à água. Aqui, João de Deus vê a jovem Joana prestes a afogar-se e atira- se à água para a salvar. Após o incidente, este leva Joana para um convento de freiras, onde é tratado como um bom feitor da palavra de Deus. Mais tarde João volta ao convento, desta vez pedindo para ser anunciado a Madre Bernarda como "o Barão de Deus", pois subiu de cargo. Convertido pela dádiva celeste para tal título, João trava conhecimento com um magnate do petróleo (Omar Raschid) e tornam-se amigos. Num jogo de poker entre tal magnata e o barão, o último acaba por ganhar a princesa Elena Gombrowciz, que mais tarde lhe irá roubar todo o seu dinheiro. Como uma desgraça nunca vem só, a GNR descobre um verdadeiro arsenal de guerra na Quinta do Paraíso (onde João gozava as delícias da nova vida).A Polícia Judiciária é metida ao barulho e, séptica como é, não acredita que o dinheirinho que ele tem seja dádiva divina. Depois de um cruel julgamento, de triste passagem por um seu já bem conhecido manicómio, o pobre vai parar à cadeia. Sempre grata, sempre desinteressada do vil metal, como é das regras, visita-o regularmente a Joaninha. «Purgada escrupulosamente a pena, Joana espera João de Deus à saída da prisão. Partem. Joana anuncia o fim da comédia». Motivo da escolha do filme: Este filme foi escolhido com base no realizador. Após pesquisar os realizadores portugueses presentes na lista fornecida pelo docente, João César Monteiro destacou-se dos demais por dar um rumo mais satírico e cómico aos seus filmes. O filme “As Bodas de Deus” foi escolhido após ler diversas sinopses de filmes do realizador, por ser aquela que mais me chamou a atenção. Momentos do filme considerados mais importantes: os momentos que, no meu ponto de vista podem ser considerados de maior importância são: quando o Enviado do Pai Divino primeiro aparece a João de Deus e lhe oferece o dinheiro (pois proporciona a João de Deus uma drástica mudança na sua forma de vida); e quando João para de contar as notas para salvar Joana de morrer afogada.

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As Bodas de Deus - João César Monteiro

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As Bodas de Deus (1999)de João César Monteiro 

Personagens principais: João de Deus (João César Monteiro), Joana de Deus (Rita Durão), Princesa Elena Gombrowicz (Joana Azevedo), Príncipe Omar Raschid (José Airosa), Madre Bernarda (Manuela Freitas)

Breve síntese da história:  Mal refeito de uma divina mas frustrante comédia, João de Deus rumina agora a sua infelicidade por entre as árvores de um parque gélido e solitário. Quando tudo lhe parece perdido, é então que, à sua frente, surge um Enviado do Pai Divino. Este, traz-lhe um presente do Céu: uma mala com tanto dinheiro que tornará João de Deus tão rico como Creasus. Este aceita a oferta divina e, mais tarde, enquanto conta o dinheiro, ouve um corpo cair à água. Aqui, João de Deus vê a jovem Joana prestes a afogar-se e atira-se à água para a salvar. Após o incidente, este leva Joana para um convento de freiras, onde é tratado como um bom feitor da palavra de Deus. Mais tarde João volta ao convento, desta vez pedindo para ser anunciado a Madre Bernarda como "o Barão de Deus", pois subiu de cargo. Convertido pela dádiva celeste para tal título, João trava conhecimento com um magnate do petróleo (Omar Raschid) e tornam-se amigos. Num jogo de poker entre tal magnata e o barão, o último acaba por ganhar a princesa Elena Gombrowciz, que mais tarde lhe irá roubar todo o seu dinheiro. Como uma desgraça nunca vem só, a GNR descobre um verdadeiro arsenal de guerra na Quinta do Paraíso (onde João gozava as delícias da nova vida).A Polícia Judiciária é metida ao barulho e, séptica como é, não acredita que o dinheirinho que ele tem seja dádiva divina. Depois de um cruel julgamento, de triste passagem por um seu já bem conhecido manicómio, o pobre vai parar à cadeia. Sempre grata, sempre desinteressada do vil metal, como é das regras, visita-o regularmente a Joaninha.«Purgada escrupulosamente a pena, Joana espera João de Deus à saída da prisão. Partem. Joana anuncia o fim da comédia».

Motivo da escolha do filme: Este filme foi escolhido com base no realizador. Após pesquisar os realizadores portugueses presentes na lista fornecida pelo docente, João César Monteiro destacou-se dos demais por dar um rumo mais satírico e cómico aos seus filmes. O filme “As Bodas de Deus” foi escolhido após ler diversas sinopses de filmes do realizador, por ser aquela que mais me chamou a atenção.

Momentos do filme considerados mais importantes: os momentos que, no meu ponto de vista podem ser considerados de maior importância são: quando o Enviado do Pai Divino primeiro aparece a João de Deus e lhe oferece o dinheiro (pois proporciona a João de Deus uma drástica mudança na sua forma de vida); e quando João para de contar as notas para salvar Joana de morrer afogada.

Momentos que têm mais ligação com a matéria das aulas: o facto de todo o filme ser rodado em português proporciona por si só um fator de diferenciação em relação a filmes quer tratados nas aulas quer vistos espontaneamente por nós. Embora seja difícil enquadrar a temática do filme na matéria das aulas, o seu realizador, João César Monteiro já não é nome estranho, pois tendo este realizado um dos filmes mais reprovados pelo povo português (Branca de Neve), é simplesmente necessário que se fale em João César Monteiro.  

Opinião pessoal sobre o filme: não sendo uma escolha espontânea mas sim dirigida de modo concreto para com um realizador, sinto-me bastante satisfeita por saber que há grande história escondida por detrás deste filme. O recurso à sátira e à ironia torna o filme leve e agradável de se assistir e faz-me lembrar das Revistas que até pouco tempo se faziam no teatro Maria Vitória. O simples facto de “representar” Deus na forma de alguém como a personagem de João de Deus é sem sombra de dúvidas notável, pois traz uma certa humanidade á história em si, não deixando de enriquecer as caricaturas representativas da hipocrisia deste mundo.

Margarida Afonso #5385131 De Março, Alfandega da Fé