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RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOREFERENTE À ACTIVIDADE E CONTASCONSOLIDADAS

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Como no ano anterior, nos termos do parágrafo 6º do Artigo 508º-C do Código das Sociedades Comercias, artigo aditado pelo Decreto-Lei 238/91, o relatório do Conselho de Administração é apresentado sob a forma de relatório único. As notas anexas às Demonstrações Financeiras Consolidadas, que agora são apresentadas por força da adopção das Normas Internacionais de Reporte Financeiro, são muito mais detalhadas do que as que eram obrigatórias quando os reportes eram feitas seguindo a disciplina do Plano Oficial de Contas, pelo que este relatório do Conselho irá ser forçosamente mais sucinto, não repetindo o que no anexo se evidencia. O Conselho continuará a manter, em linhas gerais, a estrutura e a informação do seu relatório como em anos anteriores, de forma a permitir uma melhor compreensão da vida societária.

Apresentamos aos Senhores Accionistas o Relatório do Conselho de Administração relativo à actividade e Contas Consolidadas da AutoIndustrial, S.A.

DESTAqUESQUADRO MACROECONÓMICO

Os Boletins Económicos do Banco de Portugal do Outono 2008 (A Economia Portuguesa em 2008) e do Inverno de 2008 (Perspectivas para a Economia Portuguesa: 2009-2010) fazem a análise sobre a evolução da economia portuguesa em 2008 e as perspectivas para o biénio seguinte. Dessa avaliação oficial do banco central português e dos Indicadores de Conjuntura de Janeiro de 2009, podem destacar-se os seguintes aspectos:

(i) Crescimento muito débil do Produto Interno Bruto (PIB) em 0,3% (com revisões em baixa sucessiva dos 1,2% previstos no Verão de 2008 e de 0,5% no Outono, ditadas fundamentalmente pela revisão em baixa das exportações e do investimento, em consequência do recrudescimento da crise financeira internacional e da forte quebra de confiança dos agentes económicos), e forte desaceleração face aos 1,9% de crescimento económico em 2007. Em Dezembro de 2008 as previsões do banco central português apontavam para uma retracção de – 0,8% em 2009 e aceleração tímida de 0,3% em 2010.

(ii) A crise financeira mundial que se gerou a partir de meados de 2007 e que teve as suas manifestação mais visíveis a partir de Setembro desse ano, foi sendo crescentemente alimentada ao longo de todo o ano de 2008 com as dificuldades de muitas instituições financeiras, (incluindo falências e “salvações”, mediante intervenções dos Estados, inclusive mediante nacionalização) e enormes quebras nos mercados de valores, afectando fortemente a confiança e as expectativas dos investidores e dos empresários, gerando uma persistente incerteza que precipitou a retracção do investimento a nível global. O investimento terá reduzido em 0,8% em 2008, após um crescimento de 3,2% em 2007.

Para além do problema da confiança, as dificuldades dos mercados de crédito, a maior selectividade por parte das instituições financeiras e o incremento dos prémios de riscos, criaram dificuldades adicionais ao investimento. O investimento em construção residencial foi o mais afectado, seguido do investimento público em geral e com o investimento empresarial (decerto o mais dinâmico e reprodutivo) a ter um crescimento virtualmente nulo.

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EmpresarialPúblicoResidêncialTotal

DECOMPOSIÇÃO DA FBCFContributo para a taxa de crescimento

Em pontos percentuais

Fonte: Banco de PortugalNota: (e) - estimado; (p) - projectado

2000 2002 2004 2006 2008(e) 2010(p)

(iii) Apesar da situação económica e as perspectivas quanto ao emprego gerarem preocupação e não obstante

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RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO REFERENTE À ACTIVIDADE E CONTAS CONSOLIDADAS DE 2008

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o elevado endividamento das famílias portuguesas, o consumo privado ainda registou uma persistência assinalável ao longo de 2008, crescendo em 1,4%, um decréscimo insignificante face aos 1,5% de 2007. Como o BdP regista, o crescimento do consumo foi uma vez mais superior ao do produto do país, o que vem ocorrendo desde 2002. Esse dinamismo foi mais uma vez sustentado pelo crédito, o que implicou uma redução da taxa de poupança das famílias.

Fonte: Banco de PortugalNota: (e) - estimado; (p) - projectado

Diferencial de crescimentoPIBConsumo Privado

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CONSUMO PIVADO E PIBTaxa de variaçãoEm percentagem

(iv) As exportações, ditadas pela procura externa, conheceram uma forte desaceleração passando de um crescimento de 7,6% em 2007 para 0,6% em 2008, constituindo um dos factores mais determinantes de abrandamento da actividade económica durante esse ano. Alguma quebra nas exportações já era visível ao longo de 2007 e esse perfil manteve-se ao longo de 2008, com a deterioração da situação ao longo do segundo semestre. É particularmente visível nas exportações de serviços, que têm sido bastante dinâmicas, (turismo, transportes, e outros serviços fornecidos por empresas, designadamente de construção) que cresceram 2,2% em 2008, face à taxa de crescimento em 2007, superior a 10%. Reforçou-se de novo a tendência de um aumento do peso das exportações para os mercados extra-comunitários (+ 3,5%), com grande relevância de Angola (em contraste com a deterioração regular do volume de exportação para os EUA) em contrapartida da desaceleração das exportações de mercadorias para os nossos três principais parceiros comerciais (Espanha, França e em menor grau a Alemanha).

EXPORTAÇÕESTaxa de variaçãoEm percentagem

TotalMercadoriasOutros Bens e Serviços

Fonte: Banco de PortugalNota: (e) - estimado; (p) - projectado

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(v) No âmbito dos Programas de Estabilidade financeira do Estado, decorrentes da moeda única, Portugal assumira para 2007 um défice público de 3,3%, vindo contudo a conter-se em 2,6% do PIB. Em 2008 o défice das administrações públicas deverá conter-se em 2,2% do PIB, o que assegura o cumprimento dos compromissos orçamentais. Com efeito a receita fiscal crescera 1,4% nos primeiros onze meses de 2008, com os impostos indirectos a registarem uma variação negativa de 2,1%, explicada sobretudo pela redução das receitas do IVA, devido à redução da taxa para 20% em meados do ano, mas em contrapartida registaram-se taxas elevadas de crescimento das receitas do IRS e IRC de respectivamente 4,7% e 10,8%, com referência a final de Outubro. Em geral o consumo público teve uma evolução bastante moderada quedando-se nos 0,2% de variação homóloga.

(vi) Na primeira metade de 2008 verificou-se um assinalável crescimento do emprego na economia portuguesa, não obstante já serem claros os indícios de abrandamento económico. No final do primeiro semestre de 2008 a “taxa de participação” da população activa no emprego era de 74,2%, apresentando uma variação positiva face ao final de período homólogo. Também se verificou um aumento total do emprego em 1,3%, sendo o aumento total do emprego por conta de outrem de 1,6% em variação homóloga, embora com incidência apenas nos contratos com termo, cuja taxa de variação no 1º semestre foi de 10,3%, em evidente resposta à rigidez da legislação laboral. Nesse semestre a taxa de desemprego era de 7,5% que compara com os 8,2% do final do primeiro semestre de 2007, embora com uma ponderação maior do desemprego de longa duração que passa de 49,2% para 51,1%. No primeiro semestre de 2008 o emprego aumenta sobretudo nos serviços (3,4%) e em especial na administração pública, educação e saúde (1,2%). Para o final do ano as previsões do BdP apontam para um aumento do emprego em 0,5% - “um valor claramente superior ao esperado” – num contexto

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de baixo crescimento o que terá implicado redução de produtividade. No 4º trimestre de 2008 a taxa de desemprego situou-se em 7,8% um valor idêntico ao do mesmo trimestre do ano anterior, tendo o número de desempregados diminuído ligeiramente em -0,4%.

(vii) Ao longo de 2008 agravaram-se as pressões inflacionistas acentuadas, já verificadas ao longo de 2007, dado o contínuo aumento dos preços dos bens energéticos, designadamente do crude e também dos bens alimentares. O preço do petróleo, em dólares, atingiu em Julho de 2008 o valor máximo mensal de 134 dólares por barril. Esse aumento dos preços internacionais do crude vinha sendo compensado pela apreciação do euro face à moeda americana, até Abril, mas a partir daí e sobretudo depois do verão de 2008, verificou-se uma tendência inversa do euro, eventualmente pela maior exposição dos países europeus às crescentes dificuldades dos países emergentes, designadamente dos do leste europeu, pela via do comércio internacional e dos respectivos sistemas bancários. Aliás, nesse enquadramento, o BCE manteve uma orientação restritiva da política monetária aumentando a sua taxa de juro de referência para 4,25% em Julho e mantendo-a com essa expressão até Outubro de 2008, o que hoje é avaliado com crescente criticismo, face aos desenvolvimentos dos mercados financeiros. Em Dezembro a taxa de variação homóloga do Índice Harmonizado dos Preços no Consumidor (IHPC) caiu para 0,8% e a taxa de variação média anual aumentou de 2,5% em 2007, para 2,8% em 2008. As previsões do BdP, a esta data, são que a variação média anual dos preços seja de 1% em 2009 ( pressupõe uma redução do preço médio do barril do petróleo de 99 dólares em 2008, para 57 dólares em 2009) e 2% em 2010 (está implícito o valor do barril de petróleo de 67 dólares por barril).

Pode-se pois concluir que em 2008 a economia portuguesa foi, como decerto nunca na sua história, “arrastada” para o bem e para o mal, pelas grandes tendências dos mercados mundiais, em especial pelas vicissitudes dos preços internacionais, pelas turbulências e cataclismos dos mercados financeiros e de crédito, sem descurar a busca da competitividade e da procura de novos mercados para exportar os seus produtos e serviços, mas também para investir e exportar, sobretudo nos mercados emergentes, as suas capacidades empresariais, desenvolvendo e ampliando o seu âmbito de actuação.

A CRISE FINANCEIRA INTERNACIONAL

A crise financeira internacional foi-se gerando ao longo de 2007 e teve na sua génese causas complexas que resultaram de interacções entre as economias de várias regiões e os mercados financeiros globalizados e as práticas (em alguns casos nocivas) dos agentes e instituições financeiras que operam nos mercados de crédito, de capitais, de gestão de activos (actividade bancária em geral) e dos seguros.

Essa crise levou à falência instituições gigantescas e emblemáticas, a quem tudo era permitido, e aparentemente imunes às crises e recessões económicas

cíclicas, ou à sua salvação, à custa dos Estados, para dessa forma evitarem custos sociais ainda mais alargados do que a perda directa da instituição em si.

As decisões económicas, aos seus vários níveis, decorrem da realidade das coisas, mas sobretudo das percepções dos agentes económicos face às opções que têm que tomar. A globalização que alargou significativamente os horizontes e oportunidades económicas da generalidade das pessoas e das sociedades, tem como contrapartida a maior dificuldade de controlo dos fluxos financeiros e económicos, na sua generalidade, quer pela parte dos poderes públicos quer pelas administrações empresariais. Os fluxos e as tendências são mais avassaladores na sua dimensão e potência, para além de serem transfronteiriços e, em consequência, torna-se mais difícil controlar situações perversas, quando estas se geram na sociedade globalizada.

As questões dos preços internacionais das matérias-primas e da supervisão financeira internacional são paradigmáticas dos tempos que correm.

A evolução do preços do petróleo e dos bens alimentares, que se verificou ao longo de 2007 até meados de 2008, foi resultado da grande procura por parte das economias em desenvolvimento, como a China e Índia, e de alguns choques adversos por parte da oferta, e também, em alguma medida, ampliada pelos mercados de futuros dessas matérias-primas, onde os investidores já procurariam alternativas mais seguras que nos mercados financeiros.

Em economias avançadas, como nos Estados Unidos e no Reino Unido, verificou-se uma tendência de baixa nos valores das casas de habitação, devido ao sobre endividamento das famílias e à sobrevalorização dos preços nesses mercados, devido às excessivas e pouco criteriosas facilidades de financiamento que o sistema financeiro proporcionou. Mediante os mecanismos da “titularização dos créditos” o risco do crédito residencial americano disseminou-se por investidores e instituições financeiras doutras partes do mundo e em especial na Europa, ao mesmo tempo que se verificava a desresponsabilização da instituição “geradora” dos créditos quer na “originação”, quer na gestão desses “portfolios”. As dificuldades dos gigantes americanos do crédito hipotecário Fannie Mae e Freddie Mac, suportados por garantia implícita dos Estados Unidos e do Northern Rock no Reino Unido, que foram nacionalizados, foram das primeiras vítimas directas desses excessos financeiros.

Terá havido por parte dos investidores uma deficiente avaliação dos riscos dessas posições que afectaram em igual medida as instituições bancárias europeias, tendo a UBS sido o caso mais paradigmático na Europa da crise do sub-prime.

A percepção da existência de enormes imparidades e riscos latentes nas instituições financeiras de crédito erodiu a confiança inter-bancária, quase liquidando os mercados interbancários. Os problemas de liquidez do

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Bear Sterns em Março de 2008, a salvação pelo Estado da AIG (a maior seguradora mundial) o desaparecimento do modelo dos bancos de investimento “stand alone” como o Merril Lynch, Goldman Sachs e Morgan Stanley, e a falência irremediável do Lehman Brothers, em Setembro de 2008, veio despoletar o período mais agudo da crise financeira.

Concomitantemente a estas “debacles” os mercados de acções entram em colapso, os principais índices de acções perdem na casa dos 45% / 50% e os dos bancos cerca de uns adicionais 10% sobre as perdas do índice geral.

Esta situação dos mercados de capitais é um problema adicional para os bancos que vêm as suas receitas de “trading” e de gestão de activos reduzirem-se, para além de que concederam muitos empréstimos garantidos por títulos que, com a desvalorização, deixam a posição do credor muito debilitada.

As fortes dificuldades que todos os bancos estão a passar, não obstante as ajudas estatais disponibilizadas, que num primeiro momento vieram a gerar alguma confiança nos mercados, têm induzido à retracção da sua actividade sobretudo por via da mais apertada selectividade em função da avaliação do risco.

Tem sido marcada a tendência de aumentos dos “spreads”, que têm sido em geral compensados com a redução da taxa das “operações principais de refinanciamento” do BCE que passou de 4,25% em 3 de Julho de 2008, para 1,5% em Março de 2009.

O prémio de risco nos mercados de dívida privada traduziu-se num aumento significativo das taxas de juro das obrigações que se encontravam, em Outubro de 2008, face ao mesmo período do ano anterior, com diferenças de 240 pontos base (instituições financeiras) e 150 pontos base (sector não financeiro).

A sensibilidade ao prémio de risco também afectou a dívida soberana: “No final de Outubro (2008) as taxas de juro de dívida pública a dez anos na Grécia, em Itália, na Irlanda, em Portugal e em Espanha situavam-se 84, 56, 38, 24 e 20 bp acima dos níveis registados no final de 2007, enquanto que as taxas alemãs se reduziram 40 bp”. (Boletim Económico Outono 2008, pag 18 e 19).

Por fim as turbulências dos mercados financeiros e a sua interacção com a economia, passaram a atingir também os mercados emergentes, que numa primeira fase vinham passando incólumes às vicissitudes dos mercados mais maduros.

Países como a Hungria e a Ucrânia tiveram que ser intervencionados pelo FMI em Outubro de 2008 a fim de refinanciarem a sua dívida externa e de parar a forte depreciação das suas moedas. Alguns destes países, como é o caso da Hungria, conheceram um forte afluxo de capitais estrangeiros procurando melhores rentabilidades em economias emergentes com mais margem de

crescimento, mas quando se dá a retracção generalizada nos mercados e um forte sentimento de aversão ao risco se gera os investidores passam bruscamente para as opções mais seguras.

Num país como a Hungria, onde o grupo AI está presente há mais de dez anos, muitos dos empréstimos para financiar o consumo e mesmo a habitação estão denominados em “euros” ou em “francos suíços”, para beneficiarem de taxas mais baixas. Mas na actual situação, com os problemas cambiais que o país atravessa, essas moedas têm-se valorizado cerca de 25% / 30% face ao forint húngaro, o que torna mais pesado o serviço da dívida. Esta é outra vertente da crise financeira internacional. SÍNTESE DOS RESULTADOS

Em 2008 o Grupo Auto-Industrial (AI) vendeu 9.868 automóveis novos (-3%) e 4.989 automóveis usados (-15,8%). Dos novos, 5.282 foram vendas a retalho (- 1,62%) e dos usados, 2.384 foram vendas a particulares (- 8,7%).

As vendas de unidades novas do Grupo AI estiveram aproximadamente dentro da evolução do mercado total de veículos ligeiros de passageiros e comerciais ligeiros que reduziram em 0,66%, para 268.519 unidades.

No que respeita às transacções de usados os registos de transacções de propriedade foram empolados pelo “saneamento do cadastro” e pelos registos provisórios a favor de comerciantes” não tendo sido possível expurgá-los desses registos, que não correspondem a vendas ao consumidor final. Admite-se que os 4% de variação positiva, expurgados daquelas duas rubricas, possam revelar uma contracção do mercado de 25%, mas trata-se duma estimativa pouco sustentada.

O sector financeiro do Grupo AI, reunido na holding Tecnicrédito SGPS, manteve um empenho excelente, não obstante as graves perturbações por que têm passado as instituições financeiras, os mercados interbancários e os mercados financeiros em geral. Optando por uma postura de prudente moderação e de preservação da liquidez, a actividade do grupo traduziu-se na concessão de €318,4 milhões de crédito, decorrentes de 50.380 contratos de financiamento. Em variação homóloga correspondeu a reduções de 30% do crédito concedido e 25% do número de operações. Apesar da redução de geração de novo crédito a carteira reduziu apenas em 2%, situando-se, no final de 2008, em €984 milhões, em valor liquido da imparidade.

Em termos consolidados (com exclusão do grupo financeiro) a facturação do Grupo AI passou de €311,9 milhões em 2007, para €297,3 milhões em 2008, correspondente a uma variação negativa de 4,7%. O nível da prestação de serviços estabilizou nos €13,7 milhões, mas as vendas de mercadorias reduziram em 4,9% para €283,5 milhões.

A margem bruta da venda de mercadorias desceu um

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pouco menos que o volume de vendas (- 4,7%) na medida em que a margem percentual sobre as vendas passou de 8,22% para 8,23%, não sendo contudo esta margem satisfatória, pois em 2006 atingia 8,85%.

A venda de serviços mostra-se cada vez mais determinante da qualidade dos resultados, mas em 2008 praticamente estagnou, com uma variação pouco expressiva (0,88%) face ao ano anterior, em desaceleração da variação de 15% verificada no ano passado. A redução das comissões de crédito em 14% para €1,8 milhões (- €298.000) e dos alugueres de viaturas pela RAC em 16,25%, para €1,53 milhões, explicam a estagnação das receitas de serviços.

Os proveitos suplementares e outros (sobretudo bónus e rappel das diversas marcas) que tinham reduzido nos dois anteriores exercícios ( 2,3% e 4%) neste ano tiveram uma evolução bastante favorável crescendo 15,22%, sendo contudo que esta variação positiva possa ter significado maiores descontos na margem básica e também maiores custos de stock que afectam, não a margem operacional, mas a margem financeira. Considerando os outros custos e impostos indirectos a “margem bruta total” atingiu €40,6 milhões, face aos €41,3 milhões do ano passado.

A estrutura de despesas operacionais, apesar de ter tido uma evolução muito contida para €33,244 milhões, reduzindo em 0,35%, absorveu 81,9% dessa margem, dada a redução dessa margem bruta em 1,78%. Os fornecimentos e serviços externos foram reduzidos em 9,5% mas as despesas com o pessoal cresceram em 6%, invertendo as tendências do ano anterior. Em consequência dessas variações o Resultado Operacional Bruto da exploração (EBITDA) atingiu €7,35 milhões, cerca de 7,7% abaixo do ano passado.

As amortizações do imobilizado tiveram um crescimento acentuado para €4,3 milhões (+ 8,33%) devido sobretudo às amortizações da frota do rent-a-car da AI (que justificaram cerca de 80% do aumento). Os ajustamentos para provisões de créditos duvidosos atingiram a expressão elevada e extraordinária de €3.400.130. Desse valor €300.000 reportam-se à actividade corrente da AI, sendo que €3.100.000 referem-se ao risco de crédito que o grupo (através da Sagrup SGPS) assumiu na sua participada Vera Cruz (Brasil), que se registou, ao tomar-se a decisão de não prosseguir essa actividade, fazendo-a cessar.

Devido aos investimentos feitos nos últimos anos, às necessidades de aumentos de fundos circulantes e ao aumento das taxas de juro, até Outubro de 2008, os encargos financeiros correntes aumentaram cerca de 32%, sendo que os resultados financeiros de rendimento de capitais apenas aumentaram 2%.

Os resultados correntes, antes de impostos, do grupo AI, com exclusão do perímetro de consolidação da Tecnicrédito SGPS, passaram de €2.801.054 em 2007, para €- 2.485.437 em 2008. A acima referida provisão de €3.100.000 foi a principal responsável desta inversão de

resultados, a que acresce a perda de cerca de €600.000 de resultado operacional e um acréscimo, de cerca de €1 milhão, em encargos financeiros.

Em 2008 o lucro consolidado do Grupo após impostos e antes da exclusão dos interesses minoritários, foi de €24.725.825, inferior aos €37.400.573 (- 34%).

Sendo que actualmente a Auto-Industrial consolida 53,57% do capital da Tecnicrédito SGPS, os resultados imputáveis à AI, após impostos e a exclusão de interesses minoritários, foram de €11.382.024,21, contra €20.621.610 em 2007. Os lucros atribuídos à AI registaram uma redução de 44,8%, em consequência da redução dos resultados da AI, já atrás explicada, e da redução dos resultados da Tecnicrédito SGPS, em 16% para €30,3 milhões. Os lucros gerados corresponderam a um “return on equity” (ROE) de 9,98%, sem exclusão dos interesses minoritários, e de 8,33% com exclusão dos interesses minoritários (contra, respectivamente 15,61% e 15,48% no ano anterior).

O quadro seguinte evidencia a evolução dos resultados do Grupo nos últimos dois anos, considerando a sua imputação à Auto-Industrial SA, à Tecnicrédito SGPS e empresas que nela consolidam e às restantes empresas do Grupo que consolidam na AI, bem como o impacto das operações intra-grupo.

RESULTADOSAntes de Impostos Após Impostos

2007 2008 2007 2008

Auto-Industrial S.A. 2.453.770 - 1.639.242 2.482.383 - 908.221

Tecnicrédito SGPS 45.696.289 35.628.206 36.131.294 30.272.264

Outras Empresas do Grupo

2.007.118 - 3.173.678 1.409.184 - 3.369.712

Operações intragrupo -2.622.287 -1.268.506 -2.622.287 - 1.268.506

TOTAL 47.534.890 29.546.780 37.400.574 24.725.826

Resultados de acordo com as Normas Internacionais de Contabilidade (IAS) – Valores em Euros

FIAT NA BRAZ HELENO EM LEIRIA

A 9 de Dezembro de 2008 foi outorgado entre a A.Braz Heleno SA e a Fiat de Portugal um contrato de distribuição da marca Fiat e “Fiat Professional” (automóveis comerciais) para os Concelhos de Leiria, Pombal, Ourém, Marinha Grande, Batalha, Porto de Mós, Figueiró dos Vinhos, Castanheira de Pêra, Ancião e Alvaiázere. Essa nova operação ficou baseada nas antigas instalações da BWM, na Estrada Nacional 109, Regueira de Pontes, após as necessárias adaptações aos standards e imagem das novas representações. Por se encontrar num complexo único de diversas instalações permite uma gestão integrada ao nível da Direcção geral das

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operações (BMW e FIAT) e dos diversos serviços de back office, obtendo-se dessa forma sinergias operacionais importantes e redução do risco da actividade, para além do aproveitamento dum salão de exposição e instalações oficinais que estavam disponíveis.

TECNICRÉDITO SGPS / BANCO MAIS, O MELHOR MÉDIO E PEQUENO BANCO EM 2008

Em 2008 a Tecnicrédito SGPS / Banco Mais recebeu o galardão, atribuído pela Revista Exame, do “Melhor médio e pequeno Banco” em Portugal. É um reconhecimento do mérito dos resultados e da gestão do grupo bancário pertencente á Auto-Industrial, que não poderíamos deixar de registar neste relatório, tanto mais encontrando-nos num período de grandes dificuldades do sector bancário nacional e internacional. Embora esse prémio seja atribuído pela Revista Exame, o que lhe dá considerável projecção pública, a avaliação é da responsabilidade da Delloite que baseia a análise em critérios de dinamismo, rentabilidade e equilíbrio financeiro, através de um conjunto de indicadores objectivos como a rentabilidade dos capitais próprios, nível de cobertura do risco de crédito, “cost to income” (eficiência operacional), rácio de solvabilidade e outros. Refira-se ainda que a Tecnicrédito SGPS / Banco Mais já obtivera este título de mérito em 2005, sendo a única entidade a repeti-lo nos quatro anos em que o mesmo foi atribuído.

MERCADO AUTOMÓVELMERCADO EUROPEU

Em 2008 registou-se na Europa o nível mais baixo de vendas de automóveis novos ligeiros de passageiros dos últimos 15 anos. As vendas caíram 7,8% tendo passado dos cerca de 15,9 milhões de novos automóveis ligeiros de passageiros vendidos em 2007 para cerca de 14,7 milhões em 2008. De referir que estes números abrangem todos os 25 países da União Europeia, bem como os 3 países da EFTA.

Considerando apenas os países da parte ocidental da União Europeia (Áustria, Bélgica, Dinamarca, Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Holanda, Portugal, Espanha, Suécia e Reino Unido) e da EFTA (Islândia, Noruega e Suíça), em 2008 foram vendidos 13,5 milhões de automóveis ligeiros de passageiros, uma variação negativa de 8,4% em relação ao ano anterior. Esta queda foi particularmente sentida no último trimestre, em que se registou uma quebra de 19,3% relativamente ao trimestre homólogo.

Nos novos países membros da União Europeia, situados no leste da Europa, a queda nas vendas foi menos gravosa, tendo sido de -0,7% em 2008. De referir que, em 2007, nestes países, o crescimento do mercado automóvel

tinha sido de 14,5%.Analisando o mercado de automóveis de passageiros na Europa Ocidental, não houve um comportamento uniforme, tendo havido países que registaram evoluções positivas, com destaque para a Finlândia (+11,2%), Portugal (+5,7%), a Bélgica (+2,1%) e a Suíça (+1,0%). Medidas de carácter fiscal ajudaram a sustentar o crescimento das vendas na Finlândia e em Portugal enquanto que na Bélgica e na Suíça os níveis de vendas resistiram ao clima económico e financeiro adverso que assola a Europa. Destaque pela negativa para a Islândia (-43,3%) e para a Irlanda (-18,7%), países onde a economia sentiu de forma mais acentuada os efeitos negativos da já mencionada crise. Os cinco maiores mercados da Europa Ocidental, continuam a ser a Alemanha, o Reino Unido, a Itália, a França e a Espanha. Em conjunto estes países representam cerca de 78% das vendas de automóveis ligeiros na Europa Ocidental.

REPARTIÇÃO DE VENDAS DE AUTOMÓVEIS LIGEIROSDE PASSAGEIROS NA EUROPA - 2008nº de automóveis; U.E. 15 + EFTA; fonte: ACEA

Alemanha23%

Reino Unido16%

Itália16%

França15%

Espanha9%

Outros21%

AlemanhaEm 2008, o principal mercado europeu registou uma quebra ligeira de -1,8% que se traduziu na venda de menos 58 mil automóveis novos. O mercado alemão, com 3.090.040 unidades vendidas tem um peso de 23% nas vendas europeias de automóveis ligeiros de passageiros.

ItáliaO mercado automóvel italiano registou uma significativa redução de 13,4% nas vendas, tendo sido vendidas, em 2008, 2.160.131 unidades. Esta diminuição das vendas representa cerca de 333 mil automóveis novos. O mercado italiano apresentou uma quota de 16% do mercado europeu.

Reino UnidoEm 2008 o mercado britânico de automóveis ligeiros de passageiros registou 2.131.795 viaturas vendidas, um decréscimo de -11,3% em relação a 2007. O mercado britânico representou, no ano em análise, 16% do mercado europeu.

FrançaDos 5 principais mercados europeus, o mercado francês foi aquele cujas vendas resistiram melhor à conjuntura negativa da economia, apesar disso não conseguiu evitar

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um decréscimo de -0,7%. Deste modo foram vendidos 2.050.282 automóveis ligeiros de passageiros contra os 2.064.543 registados em 2007. O mercado francês viu a sua quota no mercado europeu passar de 14 para 15%.

EspanhaPelos motivos já sobejamente conhecidos, a economia espanhol sentiu com particular intensidade os efeitos da actual crise económico-financeira, tendo o mercado automóvel sofrido uma impressionante queda de – 28,1%. Excluindo a Islândia, esta foi a maior quebra registada nos mercados em análise. Com 1.161.176 ligeiros de passageiros vendidos em 2008, o mercado espanhol deixou de vender cerca de 450 mil automóveis em relação ao ano anterior. Consequentemente o mercado espanhol perdeu peso no mercado europeu, tendo passado de uma quota de 11 para 9%.

Portugal na EuropaDe referir que dos 18 países que compõem o mercado automóvel de ligeiros de passageiros da Europa Ocidental, Portugal mantêm o 12º lugar em termos de vendas, ultrapassando apenas a Irlanda, a Finlândia, a Noruega, a Dinamarca, o Luxemburgo e a Islândia. Neste segmento, o peso do mercado português é de apenas 1,6%.

FABRICANTES DE AUTOMÓVEIS

Grupo VolkswagenQuanto ao desempenho dos fabricantes de automóveis na Europa Ocidental o primeiro aspecto a realçar é a manutenção da liderança do Grupo Volkswagen (VW), com 2.762.860 viaturas ligeiras de passageiros vendidas, um decréscimo de 4,2% que se traduziu num aumento da quota de mercado de 19,5% para 20,4%. A marca VW vendeu menos 4% em relação ao ano anterior, tendo sido vendidos, no ano em análise, 1.483.559 automóveis desta marca, que continua incontestavelmente a marca mais vendida na Europa. Quanto às outras marcas do Grupo VW, a Audi viu as suas vendas subir 0,1% enquanto que a Seat e a Skoda baixaram as vendas, respectivamente -13,2% e -3,0.

REPARTIÇÃO DE VENDAS DE AUTOMÓVEIS LIGEIROS DEPASSAGEIROS NA EUROPA POR GRUPO CONSTRUTOR- 2008

nº de automóveis; fonte: ACEA

Outros19%

Daimler6%

BMW6%

Fiat8% Renault

8%GM10%

Ford10%

PSA13%

Volkswagen20%

Grupo PSAO Grupo PSA, que abrange as marcas Peugeot e Citroën, manteve quota de mercado praticamente inalterada

13,0%, no entanto as vendas caíram mais que o mercado, -9,1%. Esta quota traduz-se em 1.765.325 viaturas vendidas em 2008. A marca Peugeot, tal como já tinha acontecido no ano anterior, registou uma quebra de -8,9% nas vendas, passando de 1.045.182 para 952.282 viaturas vendidas em 2008. A quota de mercado diminuiu ligeiramente de 7,1% para 7,0%. Performance similar para a marca Citroën, cujas vendas caíram -9,4% tendo sido vendidas, em 2008, 813.043 viaturas. Em termos de quota de mercado, esta marca registou 6,0% em 2008 contra 6,1% no ano anterior.

Grupo FordO Grupo Ford é o terceiro grupo mais importante em vendas na Europa com 1.345.395 viaturas vendidas em 2008, registando uma queda, inferior ao mercado, de -7,9% em relação ao ano anterior, tendo a respectiva quota de mercado passado de 10,6% para 10,7%. Este grupo inclui este ano apenas as marcas Ford e Volvo, de recordar que a Land Rover e a Jaguar deixaram de estar integradas neste Grupo. A marca Ford é responsável por 84% das vendas deste grupo na Europa. Esta marca vendeu no ano em análise 1.131.823 viaturas, menos 6,1% que as vendas de 2007, a quota de mercado apesar disso cresceu 0,2% tendo-se fixado em 8,3%. De referir, o decréscimo de 16,3% nas vendas europeias da Volvo.

Grupo General MotorsO Grupo GM (Opel/Vauxhall, Chevrolet e Saab) registou em 2008 a maior quebra percentual nas vendas dos grupos de fabricantes em análise, -14,7%, um número bastante superior à queda que se operou no mercado, que, recorde-se, foi de -8,4%. Este Grupo vendeu 1.287.763 viaturas, em 2008, o que se traduziu numa redução das vendas em cerca de 220 mil viaturas, relativamente ao ano anterior. Consequentemente, o Grupo GM baixou a sua penetração no mercado, que corresponde a agora a uma quota de 9,5% contra os 10,2% do ano homólogo. Apesar deste quebra significativa nas vendas, este Grupo conseguiu manter a vantagem, conquistada em 2005, relativamente à Renault. A marca Opel/Vauxhall, que representa 83% das vendas do Grupo, sofreu uma quebra de 14,7% nas vendas, tendo sido vendidas 1.070.979 viaturas Opel/Vauxhall em 2008. A marca Chevrolet, caiu menos do que a Opel, mas mesmo assim caiu mais do que o mercado, -10,9%, no entanto esta marca ainda tem um peso pouco significativo no mercado europeu com uma quota pouco acima de 1%. Dentro de todo este quadro negativo, referência para a forte queda nas vendas da Saab, -23,2%.

Grupo RenaultEm 2008, o Grupo Renault (Renault e Dacia) mantém a quinta posição no ranking de vendas de automóveis ligeiros de passageiros na Europa. O Grupo Renault registou uma quebra nas vendas, com 5,9% de redução. Esta perda deve-se a uma redução de 8,8% nas vendas da marca Renault que Renault vendeu 1.028.347 automóveis, a este nível de vendas correspondeu uma quota de mercado de 7.6%, idêntica à do ano anterior. A outra marca deste grupo, Dacia, registou um aumento de 40,4% nas vendas, o que representa 97.285 unidades

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vendidas, um número ainda inexpressivo mas com tendência para crescer em função da nova aposta estratégica do Grupo Renault nesta marca “low-cost” direccionada para os consumidores mais sensíveis ao preço e portanto bastante adequada à actual conjuntura de recessão que se vive na economia mundial.

Grupo FiatO Grupo Fiat (Fiat, Lancia, Alfa Romeo, Ferrari e Maserati), apesar da quebra de 6,2% nas vendas, conseguiu aproximar-se bastante do nível de vendas do Grupo Renault. Com 1.119.995 viaturas vendidas, o Grupo Fiat vendeu apenas 5.637 viaturas a menos que o Grupo Renault. Esta tendência que já se verificou no ano passado, mostra bem a recuperação que esta marca tem vindo a fazer em quota de mercado, em 2006 a quota era de 7,6% e em 2008 foi de 8,3%. Neste Grupo, a marca Fiat representa 80% das vendas, a Alfa-Romeo 10% e a Lancia 9%. Em 2008, as vendas da marca Fiat baixaram 2,7% , as da Lancia -6,8% e as da Alfa Romeo, -29,1%.

Grupo BmwO Grupo Bmw (Bmw e Mini) em 2008, conquista a sétima posição nas vendas europeias ao Grupo Toyota. O grupo Bmw viu as suas vendas cair significativamente menos que o mercado, -3,7%, o que lhe permitiu, ao registar 803.289 viaturas vendidas, aumentar a sua quota de mercado de 5,6% para 5,9%. A marca Bmw representou 82% das vendas e as restantes 18% pertenceram à marca Mini. Com uma quota de mercado de 4,9% a marca Bmw decresceu 4,3% nas vendas. Relativamente à marca Mini, as vendas apenas baixaram 0,8% às quais correspondeu uma quota de mercado de 1,1%.

Grupo Daimler Em 2008, o Grupo Daimler (Mercedes-Benz e Smart) vendeu 769.995 automóveis. Este Grupo, que apresenta uma quota de mercado de 5,7%, viu as suas vendas baixar 6,2%. A marca mais importante deste Grupo, a Mercedes-Benz representa 87% das vendas. A marca Mercedes-Benz apresentou uma variação negativa de 8% nas vendas, esta variação não foi suficiente para alterar a quota de mercado que se manteve em 4,9%. As vendas da Smart, contrariando a tendência geral do mercado, evoluíram positivamente, +7,1%.

MERCADO PORTUGUÊS

Em 2008 houve uma redução de apenas 0,5% das vendas de veículos ligeiros (passageiros e comerciais) no mercado automóvel nacional. Atendendo a que, como já referimos atrás, o mercado europeu caiu 8,4%, a performance das vendas em Portugal foi, aparentemente, menos má do que na generalidade dos outros mercados. No entanto importa referir que as vendas no mercado português sofreram alguma “distorção” sobretudo durante o mês de Dezembro, devido ao efeito de antecipação de compra de veículos face ao agravamento fiscal previsto para 2009. Esta antecipação da compra foi mais evidente nos veículos a gasóleo, em relação aos quais o aumento do ISV (imposto sobre veículos) será mais acentuado. De destacar também, o aumento significativo,

especialmente no trimestre final de 2008, do número de vendas efectuadas ao abrigo do Programa de Incentivo ao Abate de Veículos em Fim de Vida, um aumento de 129% em relação a 2007 e que atingiu 36.067 unidades em 2008. Este programa será mais restritivo em 2009 relativamente às viaturas novas elegíveis para o mesmo, de referir que o critério de elegibilidade é em função do nível de emissões de CO2.

Em 2008, foram vendidos em Portugal, 268.793 automóveis ligeiros, no ano anterior esse valor tinha sido 270.237.

Vendas de Au-tomóveis Ligeiros

em Portugal2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

Passageiros 226.092 189.792 197.584 206.488 194.702 201.816 213.389

Comerciais 79.295 69.068 71.290 66.638 64.487 68.421 55.404

Total 305.387 258.860 268.874 273.126 259.189 270.237 268.793

fonte ACAP

Considerando apenas o mercado de automóveis ligeiros de passageiros, este cresceu 5,7%. Em 2008 foram vendidos 213.389 automóveis enquanto que no ano anterior esse valor tinha sido 201.816. No mercado de automóveis ligeiros o segmento de passageiros representa 79% das vendas.

VENDAS DE AUTOMÓVEIS LIGEIROS EM PORTUGALunidades; fonte: ACAP

PassageirosComerciais

300.000

250.000

200.000

150.000

100.000

50.000

02000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

O mercado de veículos comerciais ligeiros, mercado onde praticamente não se fizeram sentir os efeitos de antecipação de compra referidos atrás, registou uma quebra de vendas de 19%. No ano em análise foram matriculadas 68.421 unidades enquanto que em 2007 tinham sido matriculadas mais 13.017 unidades.

Análise por Fabricante

O Grupo Volkswagen (VW, Skoda, Seat e Audi), líder incontestado em vendas no mercado europeu, em 2008 conquista ao Grupo PSA a liderança em Portugal, com 46.144 veículos ligeiros vendidos a que corresponde uma quota de mercado de 17,2%. De referir que as vendas deste grupo cresceram 7,2%, contrariando fortemente a tendência geral do mercado. Este crescimento deve-se essencialmente à excelente performance das marcas

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Audi e Seat, que registaram incrementos nas vendas de, respectivamente, 13,6% e 12,4%. As outras marcas do grupo registaram crescimentos também variações positivos nas vendas, a Skoda com +6,9% e a VW com +1,7%. As marcas VW e Seat representam 74% das vendas do grupo em Portugal.

O Grupo PSA (Citroën e Peugeot), com uma quota de mercado de 16,3%, é agora o segundo fabricante mais importante a operar no mercado português de automóveis ligeiros (passageiros e comerciais). Em unidades, as vendas caíram 6%, tendo passado para 43.714. De referir que as vendas da Peugeot baixaram 5,6% enquanto que as da Citroën baixaram 3,1%. Ainda assim, a marca Peugeot continua a representar 52% das vendas da PSA em Portugal.

O Grupo Renault é o terceiro maior fabricante a operar no nosso país com 33.417 unidades vendidas em 2008 e uma quota de mercado de 12%. Relativamente a 2007 as vendas variaram -4,5%, sendo a sua quota actual de 12,4%. As vendas da marca Dacia ainda são pouco expressivas no nosso país.

Na quarta posição está o Grupo General Motors (Opel, Chevrolet e Saab) com uma quota de 11,1% contra 12,6% em 2007. Foi sem dúvida um ano negativo para o Grupo G.M. com 29.786 unidades vendidas, tendo registado um significativo decréscimo nas vendas em comparação com os seus principais concorrentes e com o mercado, -12,7%. Apenas a Chevrolet contrariou esta variação negativa, tendo as suas vendas subido 10%, a marca Opel viu as vendas baixarem 14,5% e a Saab baixou as vendas 66%. De referir que, em Portugal, as vendas da Opel têm um peso esmagador de 88% no grupo GM.

Os restantes fabricantes apresentaram em 2008 uma quota de mercado inferior a 2 dígitos, destacando apenas aqueles com quem o Grupo Auto-Industrial possui parceria comercial: Grupo Ford (Ford, e Volvo) com 8,4% de quota e um aumento nas vendas de 2,6%; o Grupo Fiat (Fiat, Alfa Romeo e Lancia) com uma quota de 6,1% e uma subida nas vendas de 24%, referência pela positiva para este Grupo cuja performance comercial continua a forte recuperação iniciada em 2006; o Grupo Daimler (Mercedes-Benz, Smart) com 4,9% de quota e uma subida nas vendas de 0,8%; o Grupo Bmw (Bmw e Mini) com uma quota de 4,3% e uma excelente subida nas vendas de 17%; e para finalizar, o Grupo Chrysler (Chrysler, Dodge e Jeep) com uma quota de 0,3% mas com um crescimento nas vendas de 20% devido à excelente performance das marcas Jeep e Dodge.

Análise por Marca e Modelo

Analisando o mercado de automóveis ligeiros de passageiros na perspectiva de cada marca, constatamos que não houve alterações significativas no ranking de vendas das principais marcas.

A liderança do mercado nacional de veículos ligeiros de passageiros continua a ser assumida pela Renault, com

25.173 unidades vendidas e um aumento nas vendas de 2,6% em relação a 2007. Neste mercado, a Renault possui em Portugal uma quota de 12%. Pertence à Renault o modelo mais vendido em Portugal, o Clio. O Clio vendeu 9.888 unidades a que corresponde 4,6% de quota de mercado. O segundo modelo mais importante da Renault é agora, por troca de posição com o Clio, o Mégane com 8.329 unidades vendidas e uma quota de mercado de 3,9%. O Mégane é o terceiro modelo mais vendido em Portugal.

Em 2008, a Opel ao vender 18.571 viaturas ligeiras de passageiros mantém a segunda posição no mercado. A quota de mercado da Opel decresceu 0,3% situando-se agora em 8,7%. Esta redução de quota é um reflexo do desempenho negativo das suas vendas, que caíram 14,5%, uma variação no sentido oposto da do mercado. O modelo Corsa é o principal responsável pelas vendas da marca, sendo o segundo modelo mais vendido em Portugal com 8.340 unidades vendidas. Este modelo registou um decréscimo nas vendas de 9% em relação 2007. O Corsa representou no ano em análise 4% do mercado. O segundo modelo mais importante da Opel é o Astra. De referir que em 2007 o Astra era o segundo modelo mais vendido em Portugal, em 2008 este modelo ocupa a quinta posição no ranking das vendas nacional. Trata-se de um modelo que previsivelmente terá em 2009 o seu último ano antes da renovação anunciada para 2010, de qualquer modo os níveis de venda em 2008 anunciam já este final de ciclo de vida. O Astra em 2008 vendeu 8.194 unidades tendo registado uma queda nas vendas de 21%, o que muito contribuiu para esta performance menos boa da marca Opel. De referir que a quota de mercado do Astra passou de 5,1 para 3,8%.

Tal como em 2007, as vendas da Volkswagen voltaram a crescer, desta vez 9,9%, pelo que não será de surpreender o facto desta marca ser agora a terceira mais vendida em Portugal. A VW vendeu 17.461 automóveis tendo aumentado também a quota de mercado de 7,9 para 8,2%. O modelo mais vendido da VW continua a ser o Polo, com 4.554 unidades vendidas. Este modelo registou uma quebra de 7% nas vendas, apresentando uma quota de mercado de 2,1%.

A Peugeot é agora a quarta marca mais vendida, com 16.764 viaturas vendidas, tendo sofrido uma redução de 2% nas vendas em relação ao ano anterior. A Peugeot possui uma quota de mercado de 7,9%, de referir que em 2007 era de 8,5%. O modelo mais importante desta marca em Portugal é o Peugeot 207. Este modelo é o quarto modelo mais vendido no nosso país com 8.200 unidades vendidas e 3,8% do mercado, este modelo teve uma boa performance em 2008 com um significativo crescimento das vendas de 20%.

As vendas da Ford cresceram 13,3% em 2008, esse facto permitiu a conquista de um lugar no ranking nacional das vendas, por troca com a Citroën. Em 2008 a quota de mercado desta marca passou para 7,6%, o que correspondeu a 16.278 unidades vendidas. O modelo mais vendido da Ford continua a ser o Focus. Este modelo,

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continua a ser o sexto modelo mais vendido em Portugal com 7.395 unidades e uma quota de 3,5%, de registar o crescimento de 32,4% nas vendas do Ford Focus.

A Citroën, é a sexta marca mais vendida em Portugal, tendo vendido 14.838 veículos ligeiros de passageiros, uma variação negativa de 4% a que corresponde uma quota de mercado de 7%. Nesta marca, os modelos mais vendidos são, respectivamente, o C4 e o C3. O C4 representou 3.465 unidades vendidas e o C3 registou 3.143 unidades. As quotas de mercado de cada modelo rondam os 1,5%.

Relativamente à performance comercial, em 2008, das outras marcas representadas pelo Grupo Auto-Industrial: a Bmw, cresceu 10,6% tendo vendido 10.020 automóveis ligeiros de passageiros, à qual corresponde uma quota de mercado de 4,7%; a Fiat cresceu fortemente as vendas tendo crescido 43,4%, ocupando agora uma quota de mercado de 4,6%, de referir que essa quota era de 3,4% em 2007; a Mercedes-Benz com uma quota de mercado de 3,7% diminui as vendas em 6,9%, totalizando 7.105 unidades vendidas; as vendas da Chevrolet apresentaram um impulso de 10% representando uma quota de mercado de 1,6%; contrariando a tendência para o crescimento do mercado; a Mitsubishi registou também um crescimento interessante de 17,2% nas vendas, tendo visto a quota de mercado subir para 1,5%; a Smart continua a crescer em vendas, desta vez 23%, a quota de mercado subiu ligeiramente para 1,5%; a Alfa-Romeo diminuiu fortemente as vendas em 21% situando-se a quota de mercado em 0,5%; as vendas da Lancia, beneficiando do lançamento do novo Delta, cresceram 37,9%, ocupando uma quota de 0,4%; a Dodge, sob o efeito do novo monovolume Dodge Journey, aumentou as vendas em 147%, apresentando um quota de 0,12% do mercado; a Chrysler com uma quota de mercado de 0,08% registou grande quebra de 39% nas vendas; no mesmo sentido, a Jeep surpreendeu negativamente ao decair nas vendas em 83%, apresentando agora uma quota de mercado muito pouco expressiva.

Breve referência ao mercado de automóveis ligeiros comerciais, onde a Renault, apesar da descida de 25,5% nas vendas, continua a liderar este mercado. Esta marca atingiu em 2008 um nível de vendas de 7.802 unidades a que corresponde 14,1% do mercado. A Opel, ameaçou seriamente essa liderança em 2008, mas apesar das suas vendas terem caído 14,6, acabou por vender apenas menos 59 unidades que a Renault. Em 2008 a quota de mercado da Opel foi de 14%, no ano anterior essa percentagem tinha sido 13,2. A Citroën, por troca com a Peugeot, é agora a terceira marca mais vendida neste mercado com uma quota de 11,2%. A Peugeot, por seu turno, possui uma quota de 10,7%.

Os cinco modelos de comerciais ligeiros de mercadorias mais vendidos em Portugal não reflectem directamente a posição das marcas no mercado: em primeiro lugar está o Opel Corsa Van com 4.011 unidades, em segundo a Ford Transit com 3.157 unidades, em terceiro lugar a Renault Kangoo com 2.621 unidades, em quarto a Citroën

Berlingo com 2.602 unidades vendidas e em quinto o Renault Clio Societé com 2.129 unidades. Em conjunto, estes cinco modelos representam 30% do mercado de veículos ligeiros comerciais.

Análise por Segmento

Para concluir esta abordagem ao mercado automóvel nacional em 2008 iremos analisar os respectivos segmentos.

O segmento Económico (A), representa 6,2% do mercado total com 13.298 unidades vendidas, tendo registado uma diminuição nas vendas, de 2007 para 2008, de 42%. O modelo mais vendido é o Smart Fortwo com 3.095 unidades representando 23% das vendas deste segmento. Destaque para o Citroën C1 cujas vendas de 2.405 unidades traduzem-se numa quota de 18% . De referir, que estes dois modelos foram responsáveis por 41% das vendas neste segmento.

O segmento Inferior (B), que em 2007 era o mais importante do mercado, em 2008 passa a ser o segundo maior segmento em volume de vendas. Com 73.163 unidades vendidas este segmento representa 34,3% do mercado. Relativamente a 2007, o volume de vendas deste segmento aumentou 8%. Neste segmento o modelo mais vendido no ano em análise foi o Renault Clio com 9.888 unidades logo seguido do Opel Corsa com 8.340 unidades e do Peugeot 207 com 8.200 unidades vendidas. Estes três modelos possuam uma quota de mercado no segmento, respectivamente, de 13,5%, 11,4% e 11,2%.

O segmento Médio-Inferior (C) é o maior segmento no mercado nacional, tendo registado um nível de vendas muito semelhante ao anterior segmento. Este segmento C é responsável por 35,3% das vendas no mercado de automóveis ligeiros de passageiros, este valor representou em 2008 a venda de 75.287 unidades contra as 66.867 unidades vendidas no ano homólogo, um crescimento de 16%. O Renault Mégane, que como já referimos anteriormente é o modelo mais vendido em Portugal, lidera este segmento com uma quota de 11% (8.329 unidades vendidas). O Opel Astra, ocupa a segunda posição, com 8.194 unidades vendidas e uma quota de 10,8%. O Ford Focus representa 9,8% do segmento com 7.395 unidades vendidas. O Peugeot 308 com uma quota de 6% vendeu 4.765 unidades. De referir que estes quatro modelos representam 38% das vendas no segmento.

VENDAS DE AUTOMÓVEIS LIGEIROS DE PASSAGEIROSPOR SEGMENTO EM PORTUGAL - 2008

nº de automóveis; fonte: ACAP

Médio-Inferior35,3%

Inferior34,3%

Económico6,2%

Médio-Superior12,6%

Superior2,1%

Luxo0,5%

SUV2,2%

Monovolumes6,8%

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O segmento Médio–Superior (D), aumentou ligeiramente o seu peso no mercado total, 12,6% em 2008 contra 12,4% em 2007, totalizando 26.984 unidades vendidas. Em relação a 2007 foram vendidas mais 2.020 viaturas. Este segmento é agora comandado pela Audi A4 com 3.939 unidades vendidas. O segundo modelo mais vendido é agora o BMW série 3, com 3.922 unidades vendidas, seguido do novo Mercedes-Benz classe C, com 2.444 unidades e do VW Passat com 3.127 automóveis vendidos. Os modelos atrás referidos são responsáveis por 53% das vendas do segmento.

O segmento Superior (E), diminui 14% em 2008. Neste ano foram vendidas 4.427 viaturas contra 5.136 em 2007, representando este segmento 2,1% do mercado. Este segmento continua liderado pelo BMW série 5 com 2.091 unidades vendidas, de referir que as vendas deste modelo representam 47% das vendas do segmento. O Mercedes Classe E registou 722 viaturas vendidas e o Audi A6 vendeu 676 automóveis. Estes 3 modelos dominam por completo o segmento com uma quota conjunta de 79%.

O segmento Luxo (F) com apenas 1.142 unidades vendidas, manteve o seu reduzido peso de 0,5% do mercado total. As vendas de automóveis de luxo baixaram 12%. Na liderança continua o Mercedes-Benz S com 260 unidades vendidas e 23% de quota no segmento, logo seguido do Mercedes-Benz CLS com 248 automóveis vendidos e uma quota de 22%. Os restantes modelos, à excepção do BMW série 6 com 192 unidades vendidas, registaram baixos níveis de vendas. De referir que a Mercedes-Benz viu a sua quota conjunta neste segmento baixar de 60 para 49%.

Quanto ao segmento de viaturas SUV/Todo-o-Terreno (G), as vendas deste segmento representam 2,2% do mercado com 4.672 unidades vendidas em 2008. As vendas neste segmento, registaram uma queda de 28% em relação ao ano anterior. O modelo mais vendido pertence é o Chevrolet Captiva com 916 unidades vendidas seguido pelos BMW X3/X5, com 883 unidades.

O segmento Monovolumes (H), também perdeu vendas, tendo vendido menos 30% em 2008. No total foram vendidos 14.416 automóveis monovolumes, sendo o peso do segmento no mercado de 6,8%. Este é dominado pelo Ford S-Max com 1.981 unidades vendidas e pelo Citroën Picasso com 1.843 unidades vendidas.

ACTIVIDADE COMERCIALAUTOMÓVEIS NOVOS

Em 2008 as operações de retalho automóvel do Grupo Auto-Industrial venderam 9.868 automóveis ligeiros novos, um decréscimo de 2,7% em relação às 10.145

unidades comercializadas no ano anterior. Globalmente o desempenho comercial foi negativo, atendendo a que as vendas do Grupo baixaram mais que o mercado, recorde-se que o mercado caiu 0,5%. Esta redução das vendas de automóveis novos traduziu-se numa ligeira diminuição da quota de mercado do Grupo no mercado automóvel nacional de 3,7 para 3,6%.

Cerca de 75% das vendas de automóveis do Grupo são de veículos ligeiros de passageiros sendo os restantes veículos comerciais. De referir que as vendas de automóveis de passageiros no Grupo decresceram 3,1% enquanto que no caso dos comerciais esse valor foi inferior tendo se situado em -1.5%. Deste modo, ao contrário do que se passou no mercado de passageiros, a performance comercial do Grupo no mercado de comerciais foi mais positiva que o mercado.

VENDAS DE AUTOMÓVEIS NOVOSNO GRUPO AUTO-INDUSTRIAL

nº de automóveis

12.000

10.000

8.000

6.000

4.000

2.000

02001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

ComerciaisPassageiros

As operações Opel, Chevrolet e Isuzu do Grupo, a Auto-Industrial S.A., a Auto-Industrial Porto Lda. e a Central Parque S.A., registaram vendas de 4.575 viaturas, uma descida de 17,5% face ano homólogo. As vendas da maioria das operações Opel do Grupo Auto-Industrial desceram, sendo de referir as performances positivas da Auto-Industrial em Lisboa (+1%) e em Pombal (+15%). O peso do Grupo Auto-Industrial nas vendas da Opel em Portugal não sofreu uma alteração significativa, situando-se nos 16%. A marca Opel, face às marcas Chevrolet e Isuzu, representa 94% das vendas destas operações do Grupo.

A operação Ford e Mitsubishi do Grupo, a C.A.M. S.A., teve um desempenho bastante positivo em 2008, com a venda de 2.566 viaturas novas contra as 2.100 unidades vendidas em 2006, ou seja, um acréscimo de 22%. Este aumento é explicado em parte pelas vendas da concessão Mitsubishi da C.A.M. no Porto e pelo excelente desempenho comercial da concessão Ford em Lisboa. Analisando individualmente as operações da C.A.M., verificamos que a operação do Porto teve em 2008 um crescimento de 13% nas vendas e a operação de Lisboa um aumento de 31%. De referir que as vendas da nova concessão Mitsubishi representaram 18% das vendas da operação da C.A.M. no Porto. Em 2008 o peso das vendas da C.A.M. nas vendas da Ford passou a ser de 12%.

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As operações Mercedes-Benz e Smart do Grupo, a Mercentro S.A. e a Sodicentro Lda., venderam, no período em análise, 873 unidades, um acréscimo bastante positivo de 20% relativamente ao ano anterior. Geograficamente a repartição de vendas dos concessionários do Grupo foi feita do seguinte modo: 39% em Leiria, 36% em Aveiro e 25% em Coimbra. O peso das vendas dos concessionários Mercedes-Benz do Grupo nas vendas totais da Mercedes em Portugal passou a ser de 6,3%. De referir que a marca Smart representa 22% das vendas totais destas operações.

VENDAS DE AUTOMÓVEIS NOVOS POR MARCANO GRUPO AUTO-INDUSTRIAL - 2008

nº de automóveis

Opel/Chevrolet43,8%

Outras10,1%

BMW4,4%

Citroën5,0%Renault

5,9%

Mercedes-Benz6,9%

Ford23,9%

A operação Renault do Grupo, a Gilauto S.A., vendeu 579 viaturas, menos 18% que as 703 do ano anterior. Esta descida nas vendas da Gilauto foi superior à do mercado, que foi de -0.5%, e do próprio importador Renault, que foi de -6%. Deste modo o peso da Gilauto nas vendas da Renault passou de 2 para 1,7%.

A Garagem de Santa Cruz Lda, operação Citroën do Grupo em Coimbra, registou um dos forte crescimento nas vendas de 23%, tendo vendido 496 unidades, a este facto não é alheia a abertura de um ponto de venda integrado na C.A.M.. As vendas globais da marca apresentaram uma tendência inversa. Assim, a Garagem de Santa Cruz em 2008 aumentou a sua quota nas vendas da Citroën para 2,4%.

A A.Brás Heleno S.A., concessão BMW, registou o segundo ano de actividade no seio do Grupo Auto-Industrial e vendeu 485 unidades, um aumento bastante positivo de 23% em relação a 2007. Este número permitiu uma quota junto do importador de 4%.

A União Eborense Lda, concessão Fiat, Lancia e Alfa Romeo em Évora, manteve praticamente inalterado o seu nível de vendas, 213 unidades vendidas em 2008 contra as 212 em 2002, um aumento de 0,5%. De registar que as vendas do Grupo Fiat em Portugal subiram 24%. O peso desta concessão nas vendas da Fiat passou a ser de 1,4%.

A EUA Lda, concessão Chrysler, Jeep e Dodge em Braga, vendeu 81 viaturas em 2008, mais 17 automóveis que no ano anterior. Este incremento nas vendas da EUA foi de 27%. A performance do importador, a Chrysler Portugal, foi bastante positivo tendo as respectivas vendas a nível

nacional subido 20%. O peso das vendas da EUA nas vendas do importador é agora de, 10% no caso da Jeep, 9% no caso da Chrysler e, finalmente, 7% no caso da Dodge.

AUTOMÓVEIS USADOS

Estimamos que o mercado nacional de automóveis usados tenha diminuído cerca de 25% em relação ao ano de 2007.Não nos é possível apresentar mais do que uma estimativa, visto os dados estatísticos terem saído deturpados por incluírem: regularização de cadastros, cuja informação quantitativa foi incluída em vendas; registos profissionais que a Conservatória do Registo Automóvel, não preparou para serem expurgados dos dados das vendas (mudança de propriedade).

Análise das Vendas de Automóveis Usados no Grupo Auto-Industrial

2005 2006 2007 20082006

vs2005

%2007

vs2006

%2008

vs2007

%

Retalho 2.454 2.569 2.612 2.384 115 4,7 43 1,7 -228 -8,7

Comércio+ Trânsito

3.027 3.408 3.315 2.605 381 12,6 -93 -2,7 -710 -21,4

Total 5.481 5.977 5.927 4.989 496 9,0 -50 -0,8 -938 -15,8

O desempenho da Auto-Industrial, com uma diminuição de 9,9% foi melhor do que o mercado, no entanto a pressão resultante: dos abates e apoio complementar das marcas aos mesmos; do abrandamento geral das vendas, levou a uma queda acentuada das margens unitárias, tanto em valor absoluto como em% da facturação.

No conjunto, o Grupo Auto-Industrial, apresentou uma redução de 15,8% das unidades vendidas e uma redução de facturação de 19,5% para um valor de 44,7 milhões de euros, o que não sendo positivo, representa um melhor comportamento do que a nossa estimativa para o mercado em geral.

FACTURAÇÃO DE AUTOMÓVEIS USADOSNO GRUPO AUTO-INDUSTRIAL

milhares de euros

60.000

50.000

40.000

30.000

20.000

10.000

02001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

ACTIVIDADE DE RENT-A-CAR

Em 2008 a operação Rent-a-Car do Grupo teve uma redução de 19% na facturação, para €2,23 milhões

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Da actividade, destacamos os seguintes indicadores:

Descrição 2007 2008 Variação08 vs 07

Contratos 14.317 11.770 -17,80%

Dias de Aluguer 113.434 83.975 -26,00%

Receita diária 22,23€ 24,92€ 12,10%

Duração média Contrato 7,9 dias 7,1 dias -10,10%

Receita média Contrato 176,13€ 174,00€ -1,20%

Taxa de Ocupação 66,80% 59,30% -7,50%

A frota total em 31/12/2008 era 350 unidades, tendo a frota média ao longo do ano atingido as 352 unidades.A actividade de aluguer de viaturas sem condutor, foi já em 2009, cedida parcialmente à AuroRent, Lda, passando-se uma parte da frota para esta entidade.

PEÇAS E ACESSÓRIOS

Em 2008 a facturação de peças e acessórios foi de €39,9 milhões de euros representando uma diminuição de 1% em relação a 2008. As margens unitárias médias sofreram reduções, por excesso de oferta no mercado e do desenvolvimento das linhas de material de qualidade equivalente e ainda pela redução de bónus de volume por necessidade de reduzir existências.No sector de material e equipamento agrícola, a facturação foi de 3,2 milhões, um aumento de 23%, que se fica a dever a uma política mais agressiva de preços e margens e à recuperação da actividade agrícola em geral.

FACTURAÇÃO DE PEÇAS E ACESSÓRIOSNO GRUPO AUTO-INDUSTRIAL

(apenas Sector Automóvel) milhares de euros

40.000

35.000

30.000

25.000

20.000

15.000

10.000

5.000

02001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

A rotação de existências foi de 4,2 rotações por ano, uma redução de 8,2% o que indica que ainda continuam as acções de redução de existências na gestão de existências de peças e acessórios do Grupo.

Na Auto-Industrial, verificou-se uma redução de €0,095 milhões de euros, com as vendas a atingirem 16,42 milhões de Euros, ou seja menos 0,58% do que em 2007.

SERVIÇOS DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA

A renovação dos acordos com os nossos principais clientes, permitiu atingir uma facturação de serviços (só mão de obra) de 12,1 milhões de Euros o que corresponde a um aumento de 1,6%.

FACTURAÇÃO COM SERVIÇOS TÉCNICOSNO GRUPO AUTO-INDUSTRIAL

(apenas Sector Automóvel) milhares de euros

14.000

12.000

10.000

8.000

6.000

4.000

2.000

02001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

IMPORTAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS AGRÍCOLAS

O mercado de tractores atingiu 5.889 unidades, a que corresponde em termos de matrículas a um decréscimo de 3,8%, com -5,4% no segmento dos convencionais a que corresponderam 4.171 unidades e sem variação significativa no segmento dos compactos, tendo atingido 1.718 unidades.Verifica-se uma redução do mercado total de 29,5% entre 1998 e 2008.Os Tractores Kubota, distribuídos por Tractores Ibéricos, tiveram um bom desempenho tendo atingido as 687 unidades que compara com 645 unidades do ano anterior, representando um aumento de + 6,5%. A quota de mercado passou de 10,7% para 11,7% . A Fendt cresceu 25,4% para 74 unidades, a que corresponde 1,3% de quota de mercado, e a Claas (tractores), viu as suas vendas reduzirem-se, para 48 unidades a que correspondeu uma quota de mercado de 0,8%.Refira-se que as marcas Fendt e Claas, só possuem tractores competitivos acima de 100-120 cv e portanto o mercado onde operam, representou 12,2% do mercado total, ou seja cerca de 720 unidades/ano. No total o Grupo, atingiu no mercado de tractores 809 unidades que comparam com 768 unidades em 2007 e a quota de mercado passou de 12,5% para 13,7%.

O mercado total de Ceifeiras debulhadoras manteve-se nas 4 unidades, o que não altera a situação já verificada nos anos de 2006 e 2007. As vendas de ceifeiras CLAAS, foram 1 unidade que corresponde a uma quota de mercado de 25%. As vendas de Ensiladoras auto-motrizes, mantiveram em 2008 o mesmo número de 2007, 2 unidades, tendo sido vendida 1 unidade Claas, equivalente a uma quota de mercado de 50%. Quanto ao sector de equipamentos agrícolas, em que o Grupo distribui (através das três operações) as prestigiadas

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marcas: Kuhn, Lemken, Kverneland, Amazone, Stara, Joskin e McHale, o comportamento continuou a ser muito positivo e melhor do que o estimado para o mercado em geral.Há que referir no sector de tratamento de espaços verdes, a Wiedenmann, que com a Kubota - jardinagem profissional, é distribuída por Tractores Ibéricos, têm continuado a afirmar-se no mercado como uma marca de topo e com um bom potencial de desenvolvimento nos “green keepers” (campos de golf) e tratamento profissional de relvados de campos desportivos.

IMPORTAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE MOTORES MARÍTIMOS E INDUSTRIAIS

O ano de 2008 a actividade da Motolusa, devido à recessão do sector náutico e da construção civil e obras públicas que são grandes clientes de motores e peças, diminuiu a facturação para 2,92 milhões o que representa uma redução de 2%.O sector de peças, aumentou a facturação em 30%, tendo atingido 1,6 milhões de euros em 2008. No mercado de motores Diesel industriais houve uma redução de 62% nas unidades vendidas e de cerca de 45% na quantidade total de geradores, mas considerando os equipados com motores Perkins, aumentámos as vendas de 1 para 6 unidades.No sector de motores marítimos comerciais estimamos que o mercado tenha tido uma forte contracção e nós diminuímos 54% passando o n.º de unidades para 53. Em 2008, o sector da Náutica - barcos e motores, a quantidade de barcos baixou 8,2% e aumentámos 8,8% na quantidade de motores.A colaboração com a prestigiada marca Yamaha, em barcos e motores, fora e dentro de bordo continua muito interessante.A distribuição dos barcos Pacific Craft para todo o País, Astec para todo o País com excepção de Albufeira e os Distritos de Braga e Viana do Castelo, a Sea Ribs para a zona de Lisboa, bem como a distribuição da Marine Sur para todo o País, tem-nos permitido mesmo em mercados em recepção, alcançar resultados de vendas muito interessantes. Em 2008, foi firmado o contrato de distribuição com a prestigiada empresa VETUS DEN OULDEN, N.V., no domínio dos motores diesel marítimos e acessórios técnicos náuticos, cujo desenvolvimento e crescimento segue a bom ritmo.

ACTIVIDADE DE CRÉDITO

O Resultado Líquido Consolidado de 2008 situou-se nos 30,3 milhões de euros que compara com os 36,1 milhões de euros do ano anterior. Trata-se de um resultado bastante favorável, tendo em consideração as adversidades que se viveram em 2008 no sector financeiro mundial, em particular nas economias mais desenvolvidas, com consequências ao nível da liquidez e da capacidade dos consumidores em contrair novos empréstimos e também na capacidade de cumprir os compromissos já assumidos.

No seu conjunto a actividade do Grupo traduziu-se na concessão de 318,4 milhões de euros de crédito, decorrentes da celebração de 50.380 novos contratos, valores inferiores em 30% e 25%, respectivamente, aos apresentados em 2007. Face à actual conjuntura, a moderação e bom critério na concessão de crédito é aconselhável, dadas as perspectivas sombrias do crescimento económico, com a tendência para o aumento do desemprego, circunstâncias que geram aumento do risco de crédito, dada a maior propensão ao incumprimento. Não obstante a redução da produção, o portfólio em balanço manteve-se quase ao mesmo nível, com uma contracção inferior a 2%. O ano terminou com a Tecnicrédito a gerir uma carteira de crédito de 967,1 milhões de euros, líquida de imparidade.Em Portugal, a tendência de crescimento da produção verificada nos últimos anos foi contrariada, reflexo da desaceleração macroeconómica, e das consequentes medidas implementadas pelo Banco para fazer face à conjuntura, que passaram pela adopção de critérios de análise de crédito mais exigentes, no sentido de controlar a deterioração da qualidade da carteira de crédito.Na área do financiamento Automóvel (incluindo Crédito, Leasing e ALD) foi concedido um volume de crédito de 187,1 milhões de euros, correspondente a 19.568 novos contratos, reflectindo deste modo uma quebra, face a 2007, na ordem dos 30%, quer em número de contratos quer em volume de crédito.

No âmbito do Crédito Pessoal, observou-se em 2008 uma redução do crédito concedido em cerca de 23,7%, atingindo os 35,6 milhões de euros, a que correspondeu uma produção de 9.770 novos contratos.

No segmento dos produtos de Crédito Lar e Saúde, a produção, após ter duplicado em 2007, apresentou em 2008 valores cerca de 3% abaixo dos verificados no ano anterior.

A concessão de crédito para aquisição de Máquinas Agrícolas manteve-se relativamente estável, após um ano de elevado crescimento. O total de crédito concedido foi de 7,9 milhões de euros, cerca de 6% abaixo do valor registado em 2007.

No estrangeiro, o aumento do número de negócios na Eslováquia e na Polónia não foi suficiente para compensar a contracção da actividade na Espanha e na Hungria, países cujas economias foram bastante afectadas pela crise financeira mundial. Ao todo, a actividade do Grupo no estrangeiro gerou 82,9 milhões de euros de novo crédito (50,8 milhões de euros pela Hungria e 32,1 milhões pelas sucursais de Espanha, Eslováquia e Polónia), menos 27% que no ano transacto.

O grupo financeiro brasileiro composto pelo banco Pecúnia e pela empresa Credial, no qual a Tecnicrédito SGPS detém desde de 2007 uma participação de 30%, apresentou um desempenho bastante favorável, tendo contribuído de forma já expressiva para o resultado consolidado do Grupo.

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Para 2009 a actividade internacional da Tecnicrédito manterá o crescimento sustentado pelo fortalecimento da presença nos países onde actualmente se encontra. Em Portugal, a actividade do ano já em curso será pautada, com uma concentração de esforços na contenção do risco, em especial o risco de crédito, com vista à melhoria da qualidade dos activos.

SITUAÇÃO FINANCEIRA PROVEITOS E GANHOS

O Total dos Rendimentos e Ganhos do Grupo Auto-Industrial ultrapassou os 557,5 milhões de euros, valor significativamente acima do total do ano anterior, que se quedou nos pouco mais de 483,7 milhões. Este aumento de 73,8 milhões de euros, +15,2%, tem a sua origem principal no aumento dos Outros Rendimentos e Ganhos Operacionais e nos Ajustamentos Positivos e Mais-Valias de Instrumentos Financeiros. A diminuição das Vendas e Serviços, no montante de 9,4 milhões, foi gerado pela actividade não financeira (-14 milhões) que só parcialmente foi compensada pelo incremento da actividade financeira (4,6 milhões), sendo o aumento dos juros obtidos de 6 milhões de euro integralmente resultante da vertente financeira.

TOTAL DE RENDIMENTOS E GANHOS DO GRUPO AUTO-INDUSTRIAL

de acordo com as Normas Internacionais de Contabilidade (IAS)Valores em Euros

600.000

500.000

400.000

300.000

200.000

100.000

02005 2006 2007 2008

Tal como nas contas simples da Auto-Industrial a que a seguir se faz referência, também nas contas do Grupo o mix das vendas da área não financeira altera-se, com um aumento do peso das vendas das viaturas novas (+1%), apesar da diminuição de quase 5 milhões de euros no valor absoluto das vendas, e uma diminuição da contribuição das vendas de usados (-2%), com uma quebra de 10 milhões no total das suas vendas.Para as outras rubricas dispensamo-nos de as comentar dada a pequena relevância das alterações verificadas e tendo em atenção as explicações que se encontram no anexo.

FACTURAÇÃO DO GRUPO AUTO-INDUSTRIALPOR ÁREAS DE NEGÓCIO - 2008

(excluindo a Actividade de Crédito;Sector Agrícola inclui respectivas peças e serviços)

Automóveis Novos60,7%

Rent-a-Car0,5%

Motores//Nautica

1,0%Sector

Agrícola7,3%

ServiçosAuto4,1%

PeçasAuto11,9%

Automóveis Usados14,6%

O volume total das vendas da Auto-Industrial ultrapassou em 2008 os 110,9 milhões de euros, menos 20 milhões do que no ano anterior. Principalmente o último quadrimestre de 2008 foi de grande recessão, nomeadamente na venda de viaturas, tanto novas como usadas, com quebras no exercício em análise de 18% nos Novos (-11,8 milhões de euros) e 21% nos usados ( -7,5 milhões de euros). Consequência da perda de vendas nos dois sectores onde as margens são mais baixas, o lucro bruto, apesar de descer também em valores absolutos (- 2 milhões de euros), em termos percentuais sobre o total dos proveitos sobe de 11,8% para 12,2%, pois nos outros sectores os pesos relativo mantêm-se quase inalterados.

DESPESAS OPERACIONAIS

O total dos Gastos e Perdas atingiu os 528 milhões de euros, mais 91,7 milhões que em 2007, um aumento significativo de 21%.Este valor é superior ao aumento dos proveitos em cerca de 18 milhões de euros, o que só parcialmente é compensado com a diminuição da provisão para impostos, pelo que o resultado líquido consolidado do exercício de 24,7 milhões é inferior em 12,6 milhões ao do ano anterior (- 34%).Os maiores aumentos concentram-se em três rubricas, Perdas por Imparidades (+15 milhões), Outros Gastos e Perdas Operacionais (+43 milhões) e Ajustamentos Negativos e Menos Valias de Instrumentos Financeiros (+34 milhões).Dada a conjuntura que se viveu em 2008 considera o Conselho este resultado insatisfatório mas justificado. Todas as explicações para as verbas que compõem tanto os Rendimentos como os Gastos estão no anexo a estas contas, pelo que não achamos necessários muito mais comentários.

O total dos Custos Operacionais da Auto-Industrial passou de 17 milhões de euros para 19 milhões subindo o seu peso sobre as vendas para 17% quando em 2007 tinha sido apenas de 13% Nos Fornecimentos e Serviços Externos houve diminuição de 1,1 milhões de euros de 2007 para 2008, e as Despesas com Pessoal mantiveram-se estáveis, mas aumentando o seu peso percentual sobre as vendas, em virtude da diminuição destas. Os grandes aumentos são resultantes de ajustamentos que

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fizemos sobre saldos devedores da Sagrup (+2,3 milhões de euros) e amortizações sobre o equipamento básico, essencialmente viaturas do Rent-a-car, que subiram mais de 420 mil euros.Os Proveitos Suplementares, que são os bónus e rapell que se obtêm das marcas que representamos por se atingirem de objectivos quantitativos impostos por elas, na Auto-Industrial mantiveram-se no mesmo nível do ano anterior.Destes factores referidos atrás resulta que os Resultados Operacionais foram negativos, baixando de 1,1 milhões de euros para -2,8 milhões.

PESSOAL

Os custos com pessoal ascenderam no Grupo Auto-Industrial a €31.588.503 um aumento de 6% relativamente aos €29.813.669 do ano anterior. O número total de empregados no final de 2008 era de 1.375 um decréscimo de 27 pessoas em relação a 2007. Durante o ano de 2008 o nº médio de empregados foi de 1.411, um valor acima dos 1.371 registados no ano anterior. O número total de empregados no Grupo reparte-se do seguinte modo: 26,5% pertencem à Auto-Industrial S.A., 29,6% à sub-holding Tecnicrédito, 11,6% à C.A.M. S.A., 8,1% à Sodicentro L.da. e os restantes repartem-se pelas outras empresas do Grupo. De referir que na sub-holding Tecnicrédito/Banco Mais, 38% dos funcionários trabalham fora de Portugal, 82 funcionários na Hungria, 46 em Espanha, 17 na Eslováquia e 10 na Polónia. Continuando a caracterização do Grupo em termos de recursos humanos, é interessante referir que em termos de actividade (não considerando o universo da Tecnicrédito/Banco Mais), 48% dos funcionários estão ligados às oficinas/assistência técnica, 23% trabalham na área comercial, 14% na área de peças e os restantes 15% estão ligados a funções administrativas.

REPARTIÇÃO DO Nº DE EMPREGADOSNO GRUPO AUTO-INDUSTRIAL - 2008

total = 1.375

Auto-Industrial S.A.26,5%

Banco Mais29,6%

C.A.M.11,6%

Sodicentro8,1%

Outras Empresas24,2%

Considerando apenas a Auto-Industrial S.A., os custos com pessoal foram de €8.558.092 uma redução de 0,8% face €8.628.954 registados em 2007. O número de colaboradores no final do ano foi de 365, uma diminuição de 13 funcionários em relação a 2007. O número médio de empregados ao longo de 2008 foi 378. Caracterizando sumariamente a estrutura de recursos humanos da Auto-Industrial, em termos de funções, 41% estão ligados à área de assistência técnica, 21%

às vendas, 22% à área administrativa e 16% às peças. De referir que estes administrativos incluem os “back-office” que prestam diversos serviços a outras empresas do Grupo, nomeadamente a contabilidade e o CRM (Customer Relationship Management). Quanto a níveis de escolaridade, 56% possui a escolaridade básica, 30% o ensino secundário e 14% o ensino superior. Continua a haver uma predominância dos funcionários de sexo masculino, 78% do total. Em termos de idade, a idade média dos empregados da Auto-Industrial é 42 anos, sendo a antiguidade média na empresa 13 anos.

RESULTADOS

Os resultados consolidados do Grupo, antes de impostos, atingiram os 29,5 milhões de euros, que comparam com os 47,5 milhões do exercício anterior.Para estes resultados o Grupo Tecnicrédito contribuiu, em 2008 e 2007 respectivamente, com 35,6 milhões e 45,7 milhões. Depois de Impostos os resultados consolidados do Grupo que em 2007 foram de 37,4 milhões de euros, foram em 2008 de 24,7 milhões, menos 34%.

RESULTADO LÍqUIDO CONSOLIDADO DO GRUPO AUTO-INDUSTRIALde acordo com as Normas Internacionais de Contabilidade (IAS)

Valores em Euros

40.000.000

35.000.000

30.000.000

25.000.000

20.000.000

15.000.000

10.000.000

5.000.000

02005 2006 2007 2008

Nas contas simples da Auto-Industrial os resultados financeiros foram superiores aos do ano anterior em 225 mil euros, mais 25,5%, principalmente em resultado dos lucros distribuídos por algumas empresas do Grupo à sociedade mãe, facto que se verificou pela primeira vez com A.Brás Heleno, Tractores Ibéricos e Auto-Industrial Porto. Nos Resultados Extraordinários constata-se um aumento de cerca de 90 mil euros de custos, resultantes de dividas incobráveis do Rent-a-car (54 mil euros) e acordos com cessação de contratos de trabalho (40 mil euros), e uma diminuição de cerca de 211 mil euros de Proveitos Extraordinários, resultantes de diminuições de mais-valias nas vendas dos carros do Rent-a-car e de, em 2007, se ter contabilizado um ganho extraordinário com o trespasse das instalações no centro de Pombal.Contabilizaram-se 586 mil euros de Impostos Diferidos.O exercício encerra assim com um prejuízo de 819.827 euros.

É um resultado que nos deixa insatisfeitos, por ser um resultado negativo consequência da uma recessão que fez resvalar os resultados, principalmente no último quadrimestre, o que não nos deixa muito optimistas quanto ao exercício que agora se está a iniciar.

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MENÇÕESFINAISA fim de satisfazer ao disposto no artigo 66º do Código das Sociedades Comerciais, consigna-se que desde 1 de Janeiro de 2009 até à data em que este relatório é redigido concluíram-se com êxito as negociações com a Sixt, para a passagem de parte importante do negócio do Rent-a-car da Auto-Industrial para aquela sociedade, e abriu em Leiria, nas instalações da A.Brás Heleno, uma concessão Fiat

Para os trabalhadores e colaboradores das sociedades do grupo um agradecimento pelo empenho e dedicação demonstrados.

Ao Conselho Fiscal manifesta-se o reconhecimento do Conselho de Administração pela forma competente, interessada e colaborante com que tem seguido os negócios sociais. Após a contabilização de 586 mil 584 euros e 33 cêntimos, como Impostos Diferidos, o exercício de 2008 encerra com um resultado líquido negativo de – 819 mil 827 euros e 19 cêntimos.Para este resultado o Conselho de Administração propõe a sua passagem para a conta de Resultados Transitados.

O Conselho propõe também que seja distribuído pelos Senhores Accionistas um dividendo de 15 cêntimos por acção em circulação (3.989.157 acções), no montante total de 598 mil 373 euros e 55 cêntimos, a sair da rubrica Outra Reservas.

Coimbra, 25 de Fevereiro de 2009

O Conselho de AdministraçãoTomaz Andrade Rocha (Presidente)Manuel Cardoso Pinto MarthaMário Leite SantosFrancisco José da Cunha LucasMaria Leonor Figueiredo Costa Amorim Afonso

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Demonstração dos Resultados Consolidados para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2008 e 2007

Notas 2008 2007

Rédito das Vendas e dos Serviços Prestados 4 315.180.781,44 324.586.817,43

Proveitos (Juros) Obtidos na Actividade Financeira 5 124.857.658,00 114.944.175,00

Outros Rendimentos e Ganhos Operacionais 6 81.838.473,54 33.564.445,96

Variação nos Inventários de Produtos Acabados e em Curso 7 19.044,97 -27.799,48

Lucros Imputados de Associadas 8 2.072.682,42 984.046,82

Ajustamentos Positivos e Mais Valias Instrumentos Financeiros 9 33.405.201,15 9.057.512,49

Outros Rendimentos e Ganhos Financeiros 10 93.397,59 633.830,74

Total Rendimentos e Ganhos 557.467.239,11 483.743.028,96

Inventários Consumidos e Vendidos 11 260.182.916,43 273.512.156,66

Custos (Juros) suportados na Actividade Financeira 12 47.755.309,00 37.877.757,00

Materiais e Serviços Consumidos 13 29.061.937,28 30.753.331,26

Custos com o Pessoal 14 31.588.503,59 29.813.668,91

Gastos de Depreciação e Amortização 15 7.235.220,34 7.620.504,66

Perdas por Imparidade de Activos e suas Reversões 16 33.902.691,91 18.766.974,98

Aumentos e Diminuições de Provisões 17 -51.031,00 -1.325.000,00

Outros Gastos e Perdas Operacionais 18 67.350.176,78 23.425.642,35

Ajustamentos Negativos e Menos Valias Instrumentos Financeiros 19 41.271.964,52 7.562.265,30

Juros e Outros Gastos e Perdas Financeiras 20 9.622.769,88 8.200.838,20

Total Gastos e Perdas 527.920.458,73 436.208.139,32

Resultado Antes de Impostos 29.546.780,38 47.534.889,64

Imposto Sobre o Rendimento do Exercício 21 4.820.954,87 10.134.315,97

Resultado Líquido Consolidado do Exercício 24.725.825,51 37.400.573,67

Interesses Minoritários no Resultado 22 13.343.801,30 16.778.963,04

Resultado Liquido Atribuível a Accionistas 11.382.024,21 20.621.610,63

Resultado Líquido Consolidado do Exercício 24.725.825,51 37.400.573,67

Resultado por Acção 23 2,85 5,17

Anexo faz parte integrante das Demonstrações dos Resultados para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2008 e 2007

EUROS

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Balanço Consolidado para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2008 e 2007

Notas 2008 2007

ACTIVO

Activo Não CorrenteActivos Fixos Tangíveis 24 47.438.388,39 51.351.487,39

Outros Activos Fixos Intangíveis 25 1.103.252,18 1.201.473,75

Investimentos Financeiros em Associadas 26 15.511.407,55 17.268.136,23

Clientes Actividade Financeira 27 700.484.679,00 718.444.992,00

Activos por Impostos Diferidos 28 3.695.093,43 1.018.815,22

768.232.820,55 789.284.904,59

Activo CorrenteInventários 29 55.098.707,15 47.445.139,64

Clientes Actividade Comercial 30 31.939.144,63 33.190.998,23

Clientes Actividade Financeira 27 266.600.002,00 265.637.159,00

Outras Contas a Receber 31 15.781.912,65 16.446.039,59

Outros Activos Correntes 32 9.820.660,06 9.565.705,28

Derivados de Cobertura 33 70.913,00 6.704.781,00

Activos Financeiros Disponíveis para Venda 34 84.896,42 110.106,60

Activos Financeiros Detidos para Negociação 35 9.391.731,34 6.317.703,57

Caixa e seus Equivalentes 36 94.170.512,95 94.310.355,46

Activos Detidos para Venda 37 57.554,68 57.554,68

483.016.034,88 479.785.543,05

Total do Activo 1.251.248.855,43 1.269.070.447,64

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO

Capital Próprio

Capital Nominal 45 20.000.000,00 20.000.000,00

Acções Próprias 45 -15.796,93 -15.796,93

Reservas e Resultados Acumulados 45 105.334.876,38 92.578.717,40

Resultado Liquido Atribuível a Accionistas 11.382.024,21 20.621.610,63

Total do Capital Próprio do Grupo 136.701.103,66 133.184.531,10

Interesses Minoritários 46 110.955.188,77 106.388.989,12

Total do Capital Próprio 247.656.292,43 239.573.520,22

PASSIVO

Passivo Não CorrenteProvisões 38 2.904.265,43 3.040.157,23

Empréstimos 39 561.624.776,15 704.124.000,47

Passivos por Locação Financeira 40 10.316.717,20 12.724.106,62

Passivos por Impostos Diferidos 28 428.680,95 637.679,77

575.274.439,73 720.525.944,09

Passivo CorrenteEmpréstimos 39 337.781.552,27 224.560.079,90

Fornecedores 41 35.462.425,14 34.498.020,14

Outras Contas a Pagar 42 29.737.562,23 29.897.197,05

Passivos Financeiros Detidos para Negociação 43 10.365.669,00 4.306.292,00

Derivados de Cobertura 33 2.147.360,00 1.085.741,00

Passivos por Locação Financeira 40 2.811.248,48 2.371.175,79

Outros Passivos Correntes 44 9.887.668,30 12.127.839,60

Passivos relacionados com Activos Detidos para Venda 37 124.637,85 124.637,85

428.318.123,27 308.970.983,33

Total do Passivo 1.003.592.563,00 1.029.496.927,42

Total de Capital Próprio e do Passivo 1.251.248.855,43 1.269.070.447,64

EUROS

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Demonstração das Alterações no Capital Próprio Consolidado para os exercíciosfindos em 31 de Dezembro de 2008 e 2007

Capital Próprio atribuído aos Accionistas Maioritários Capital Próprio

atribuído a Interesses Minori-tários

Total

Capitais Próprios CapitalAcções Próprias

Reserva Legal

Reserva de Justo Valor

Outras Reservas e Res. Acum.

Ajusta-mentos de Equivalên-

cia Patrimo-nial

Resultado Líquido do Exercício

Total

Posição em 31 de Dezembro de 2006 20.000.000 -15.797 3.450.225 9.378.500 63.216.326 -254.777 18.977.004 114.751.481 92.019.995 206.771.476

Aumento de Capital 0 0

Aplicação do Resultado Líquido de 2006 18.977.004 -18.977.004 0 0

Dividendos Distribuídos -718.048 -718.048 -2.274.921 -2.992.969

Constituição de Reservas - Reserva Legal 5.285.277 -5.285.277 0 0

Variação da Reserva de Justo Valor -89.216 -89.216 -215.837 -305.053

Encargos com o Aumento de Capital 0 0

Ajustamentos de Equivalência Patrimonial -6.752 -6.752 0 -6.752

Diferenças cambiais resultantes da Consolidação 93.225 93.225 80.789 174.014

Outros Aumentos e Diminuições -1.467.768 -1.467.768 -1.467.768

Resultado Líquido de exercício 20.621.611 20.621.611 16.778.963 37.400.574

Posição em 31 de Dezembro de 2007 20.000.000 -15.797 8.735.502 9.289.284 74.815.461 -261.529 20.621.611 133.184.532 106.388.989 239.573.521

Aumento de Capital 0 0

Aplicação do Resultado Líquido de 2007 20.621.611 -20.621.611 0 0

Dividendos Distribuídos -718.048 -718.048 -2.599.910 -3.317.958

Constituição de Reservas - Reserva Legal 2.700.076. -2.700.076 0 0

Variação da Reserva de Justo Valor -4.079.458 -4.079.458 -3.516.077 -7.595.535

Encargos com o Aumento de Capital 0 0

Ajustamentos de Equivalência Patrimonial -44.769 -44.769 -44.769

Diferenças cambiais resultantes da Consolidação -3.076.889 -3.076.889 -2.661.615 -5.738.504

Outros Aumentos e Diminuições 53.712 53.712 53.712

Resultado Líquido de exercício 11.382.024 11.382.024 13.343.801 24.725.826

Posição em 31 de Dezembro de 2008 20.000.000 -15.797 11.435.578 5.209.826 88.995.771 -306.298 11.382.024 136.701.104 110.955.189 247.656.292

EUROS

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Demonstração Consolidada dos Fluxos de Caixa(em 31 de Dezembro de 2008 e 2007)

2008 2007

ACTIVIDADES OPERACIONAIS

Recebimentos de Clientes 411.878.448 364.832.392

Recebimentos de Clientes ( actividade financeira ) 143.543.282 132.259.862

Pagamentos a Fornecedores 397.485.833 336.347.268

Pagamentos a Fornecedores ( actividade financeira ) 67.958.377 57.650.303

Pagamentos a Pessoal 32.033.260 29.903.728

Fluxo Gerado Pelas Operações 57.944.261 73.190.956

Pagamentos / Recebimentos IRC -9.611.155 -14.772.655

Fundos adiantados a clientes ( actividade financeira ) -17.179.913 -149.724.721

Venda de Crédito s/ clientes ( actividade financeira ) 0 0

Outros Recebimentos / Pagamentos relativos à ActividadeOperacional

13.685.085 8.281.234

Fluxo das Actividades Operacionais 44.838.278 -83.025.186

ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO

Recebimentos Provenientes de :

Investimentos Financeiros 1.756.729 0

Activos tangíveis 10.014.529 15.566.422

Activos intangíveis 0 5.065

Subsídios de Investimento 0 0

Juros e Proveitos Similares 36.572.627 8.279.368

Dividendos 44.198 48.388.082 36.162 23.887.017

Pagamentos Respeitantes a :

Investimentos Financeiros 0 12.935.170

Activos tangíveis 13.996.365 20.124.265

Activos intangíveis 241.564 14.237.929 376.858 33.436.293

Fluxo da Actividade de Investimento 34.150.153 -9.549.276

ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO

Recebimentos Provenientes de :

Empréstimos Obtidos 0 141.874.391

Aumento de Capital, Prestações Suplementares e Prémios de Emissão 0 0

Subsídios e Doacções 0 0

Venda de Acções (quotas) Próprias 0 0

Cobertura de Prejuízos 0 0 0 141.874.391

Pagamentos Respeitantes a :

Empréstimos Obtidos 29.277.752 0

Amortização de Contratos de Locação Financeira 1.697.206 3.293.040

Juros e Custos Similares 44.835.357 14.998.311

Dividendos 3.317.958 2.995.761

Redução de Capital e Prestações Suplementares 0 0

Aquisição de Acções (quotas) Próprias 0 79.128.273 0 21.287.111

Fluxo da Actividade de Financiamento -79.128.273 120.587.279

VARIAÇÃO DE CAIXA E SEUS EQUIVALENTES -139.842 28.012.818

Efeito das Diferenças de Câmbio 0 0

Caixa e seus Equivalentes no Início do Período 94.310.355 66.297.537

Caixa e seus Equivalentes no Fim do Período 94.170.513 94.310.355

EUROS

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NOTAS ÀS DE-MONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS1 ACTIVIDADE ECONÓMICA DO GRUPOAUTO-INDUSTRIAL

A Auto Industrial, SA, tem a sua sede na Avenida Navarro, em Coimbra, embora a Administração da Empresa funcione nas instalações da Avenida Fontes Pereira de Melo, em Lisboa.

A empresa foi constituída em 20 de Dezembro de 1920, tendo nessa data iniciado a sua actividade de comércio e reparação automóvel, sendo, actualmente, o Capital Social da empresa é de 20 000 000 euros. Indirectamente, através das suas subsidiárias, a Sociedade desenvolve também a sua actividade no sector financeiro, realizando operações bancárias e financeiras, de aluguer financeiro, de aluguer operacional, de mediação de seguros e investimentos financeiros. Actualmente, existem empresas do Grupo que se dedicam à actividade: (i) de comércio; (ii) de equipamento agrícola; (iii) industrial e; (iv) marítima.

A Auto-Industrial assume-se naturalmente como a empresa-mãe de um dos mais importantes grupos no sector do comércio automóvel de retalho em Portugal, ocupando um espaço definido no mercado. O potencial de crescimento da empresa ultrapassa a sua área de negócios tradicional e provavelmente acabará por se estender a outros domínios que o dinamismo e a capacidade de gestão determinarem.

As demonstrações financeiras agora apresentadas reflectem a posição financeira consolidada do GRUPO AUTO INDUSTRIAL em 31 de Dezembro de 2008, o resultado consolidado das suas operações e os fluxos de caixa consolidados no exercício findo naquela data, em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro tal como adoptadas na União Europeia.

2 POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

2.1 BASES DE APRESENTAÇÃO

Até 31 de Dezembro de 2005, inclusive, as demonstrações financeiras consolidadas do Grupo AUTO INDUSTRIAL (Grupo AUTO INDUSTRIAL ou Grupo) foram preparadas em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal.

No âmbito do disposto no Regulamento (CE) nº 1606/2002

do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho de 2002, na sua transposição para a legislação portuguesa através do Decreto Lei nº 35/2005, de 17 de Fevereiro, as demonstrações financeiras consolidadas do Grupo AUTO INDUSTRIAL passaram a ser preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) tal como adoptadas na União Europeia, a partir do exercício de 2006. Esta situação decorreu da opção prevista no nº 1 do artigo 12º do referido Decreto Lei, que estabelece que as entidades obrigadas a aplicar o Plano Oficial de Contabilidade (POC), que não sejam abrangidas pelo disposto no artigo 11º (que estabelece a obrigatoriedade de preparação de contas em conformidade com as Normas Internacionais de Contabilidade para as entidades cujos valores mobiliários estejam admitidos à negociação num mercado regulamentado) podem optar por elaborar as respectivas contas consolidadas em conformidade com as Normas Internacionais de Contabilidade adoptadas, a partir do exercício que se inicie em 2005, desde que as suas demonstrações financeiras sejam objecto de certificação legal de contas.

Esta opção tomada pelo Grupo provém do facto da subsidiária Tecnicrédito, SGPS, estar obrigada a apresentar as suas demonstrações financeiras consolidadas de acordo com IFRS a partir do exercício de 2006, na sequência da Carta-Circular n.º 102/2004/DSB de 23 de Dezembro de 2004 e da Carta-Circular n.º 13/2005/DSB de 28 de Fevereiro de 2005 e do Aviso n.º 1/2005 do Banco de Portugal.

As Normas Internacionais de Contabilidade integram as International Accounting Standards (IAS), as International Financial Reporting Standards (IFRS), e as interpretações, emitidas pelo International Financial Reporting Interpretations Committee (IFRIC) e pelo anterior Standing Interpretations Committee (SIC).

À data de aprovação das demonstrações financeiras encontram-se adoptadas pela União Europeia as seguintes normas que ainda não estão em vigor em 2008, as quais o Grupo Auto Industrial decidiu não adoptar mais cedo, como segue:

• REGULAMENTO(CE)N.º1358/2007,DACOMISSÃOde 21 de Novembro de 2007: adopção da IFRS 8 - Segmentos Operacionais (a aplicar para os exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2009).

A IFRS 8 substitui a IAS 14 e converge no relato por segmentos com os US GAAP (SFAS 131). Esta nova norma determina a utilização “da visão da gestão”, de acordo com a qual o relato por segmentos é apresentado na mesma base da informação reportada internamente pela gestão. O Grupo aplicará esta norma em 1 de Janeiro de 2009, contudo, não se prevê que a sua adopção venha a ter impactos significativos nos segmentos reportados.

• REGULAMENTO(CE)N.º1260/2008,DACOMISSÃO,de 10 de Dezembro de 2008: Substituição da IAS 23

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"Custos de Empréstimos Obtidos" (revista em 1993) pela IAS 23 (revista em 2007); inclui ainda emendas à IFRS 1, IAS 1, IAS 7, IAS 11, IAS 16, IAS 38 e IFRIC 1 (a aplicar para os exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2009).

A alteração à IAS 23 determina que os custos de empréstimos que sejam directamente atribuíveis à aquisição, construção ou produção de um activo “qualificável” (um activo que requer um período substancial de tempo para atingir a sua condição de uso ou venda), sejam considerados como parte do custo de aquisição. A opção de reconhecer estes custos como custo do exercício deixa de existir. Esta alteração não deverá ter impacto nas demonstrações financeiras do Grupo.

• REGULAMENTO(CE)N.º1261/2008,DACOMISSÃO,de 16 de Dezembro de 2008: Alterações à IFRS 2 "Pagamento com Base em Acções” (a aplicar para os exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2009).

Estas alterações têm como objectivo limitar o conceito das condições de vesting, às condições de prestação de serviço e condições de performance. Outras condições não são consideradas de vesting e devem ser incluídas no cálculo do justo valor das transacções com os empregados na data da atribuição, não afectando assim o número de acções “vested” ou o seu justo valor após a data da atribuição. Esta alteração vem também clarificar que o cancelamento de um plano de acções deve ser registado da mesma forma quer seja cancelado por iniciativa da entidade ou de uma entidade terceira. Esta alteração não terá, previsivelmente, qualquer impacto nas demonstrações financeiras do Grupo.

• REGULAMENTO(CE)N.º1262/2008,DACOMISSÃO,de 16 de Dezembro de 2008: Adopção da IFRIC 13 "Programas de Fidelização dos Clientes" (a aplicar, para os exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2009).

A IFRIC 13 clarifica que quando os bens ou serviços são vendidos, associados a programas de fidelização de clientes, as transacções de venda são consideradas como “multi-elementos” pelo que o produto da venda tem de ser alocado aos diferentes componentes com base no seu justo valor. Esta interpretação não terá impacto nas demonstrações financeiras do Grupo.

• REGULAMENTO(CE)N.º1263/2008,DACOMISSÃO,de 16 de Dezembro de 2008: Adopção da IFRIC 14 "IAS 19 — O Limite sobre Um Activo de Benefícios Definidos, Requisitos de Financiamento Mínimo e Respectiva Interacção" (a aplicar, para os exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2009).

A IFRIC 14 delimita as situações em que é possível reconhecer um activo, decorrente de um plano

de benefícios atribuído aos empregados. Clarifica também como é que os activos e passivos com pensões podem ser afectados por requisitos específicos de contribuições mínimas. Esta interpretação não terá impacto previsível nas demonstrações financeiras do Grupo.

• REGULAMENTO(CE)N.º1274/2008,DACOMISSÃO,de 17 de Dezembro de 2008: Substituição da IAS 1 "Apresentação de demonstrações financeiras" (revista em 2003) pela IAS 1 (revista em 2007); inclui ainda emendas a um conjunto de referências, à IFRS 1, IFRS 4, IFRS 5, IFRS 7, IFRS 8, IAS 7, IAS 8, IAS 10, IAS 11, IAS 12, IAS 14, IAS 16, IAS 19, IAS 20, IAS 21, IAS 24, IAS 27, IAS 28, IAS 29, IAS 32, IAS 33, IAS 34, IAS 36, IAS 37, IAS 38, IAS 39, IAS 40, IAS 41, IFRIC 1, IFRIC 7, IFRIC 10, IFRIC 14, SIC 7, SIC 10, SIC 13, SIC 15, SIC 25, SIC 29 e SIC 32 (a aplicar, para os exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2009).

O objectivo da substituição da IAS 1 é a agregação da informação nas demonstrações financeiras de acordo com as suas características. Assim, todas as alterações ao capital próprio resultantes de transacções com os accionistas, serão apresentadas na Demonstração das alterações no capital próprio separadas das transacções no capital próprio com as entidades não accionistas. Todas as alterações ao capital próprio resultantes de transacções com entidades não accionistas serão apresentadas num demonstração do comprehensive income ou em duas demonstrações separadas (uma demonstração dos resultados e uma demonstração do comprehensive income). Quando a entidade re-expressar ou reclassificar a informação comparativa, será exigida a apresentação adicional de um balanço à data de inicio do período comparativo. A revisão à IAS 1 será adoptada pelo Grupo 1 de Janeiro de 2009.

• REGULAMENTO (CE) N.º 53/2009, DA COMISSÃO,de 21 de Janeiro de 2009: Alterações à IAS 32 "Instrumentos Financeiros: Apresentação" e à IAS 1 "Apresentação de Demonstrações Financeiras"; inclui ainda alterações à IFRS 7, à IAS 39 e à IFRIC 2; a aplicar, o mais tardar, a partir da data de início do primeiro exercício financeiro que comece após 31 de Dezembro de 2008.

Esta alteração requer que alguns instrumentos financeiros que cumprem com a definição de passivo financeiro, sejam classificados como instrumentos de capital, quando determinadas condições restritas se verifiquem. Esta alteração não deverá ter impacto nas demonstrações financeiras consolidadas do Grupo.

• REGULAMENTO(CE)N.º69/2009,DACOMISSÃO,de23 de Janeiro de 2009: Alterações à IFRS 1 "Adopção pela Primeira Vez de Normas Internacionais de Relato Financeiro" e à IAS 27 "Demonstrações Financeiras Consolidadas e Separadas"; inclui

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ainda alterações à IAS 18, à IAS 21 e à IAS 36; a aplicar, o mais tardar, a partir da data de início do primeiro exercício financeiro que comece após 31 de Dezembro de 2008.

A alteração à IFRS 1 permite que os investimentos financeiros registados nas contas separadas da empresa-mãe do grupo, sejam valorizados na transição para as IFRS, ao custo presumido, o que pode corresponder ao justo valor dos investimentos na data da transição ou ao valor contabilístico pelo qual estava registado no normativo anterior. Adicionalmente, é removida a definição do “método do custo” da IAS 27, passando esta a exigir que todos os dividendos recebidos sejam reconhecidos como resultados nas demonstrações financeiras separadas da empresa-mãe. Esta alteração não terá impacto nas demonstrações financeiras consolidadas do Grupo.

• REGULAMENTO(CE)N.º70/2009,DACOMISSÃO,de23 de Janeiro de 2009: Alterações a diversas NIC/IFRS, com base no documento "Melhoramentos introduzidos nas normas internacionais de relato financeiro" publicado em Maio de 2008 pelo IASB no âmbito do respectivo processo anual de aperfeiçoamento, que visa simplificar e clarificar as normas internacionais de contabilidade; existe um primeiro conjunto de alterações a aplicar, o mais tardar, a partir da data de início do primeiro exercício financeiro que comece após 31 de Dezembro de 2008 e um segundo conjunto de alterações a aplicar, o mais tardar, a partir da data de início do primeiro exercício financeiro que comece após 30 de Junho de 2009.

As melhorias introduzidas em diversas normas resultam do processo de revisão da consistência da aplicação prática das normas e da eliminação de inconsistências de interpretação identificadas, para além da harmonização da terminologia utilizada. As melhorias mais significativas referem-se às alterações efectuadas à IFRS 5, IAS 19, IAS 38, IAS 39 e IAS 40. Estas melhorias serão aplicadas pelo Grupo nos exercícios em que se tornem efectivas.

As demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com o princípio do custo histórico, com excepção dos activos e passivos registados ao seu justo valor, nomeadamente: (i) instrumentos financeiros derivados; (ii) activos e passivos financeiros detidos para negociação; e (iii) activos financeiros disponíveis para venda. Os activos e passivos que se encontram cobertos no âmbito da contabilidade de cobertura são apresentados ao justo valor relativamente ao risco coberto. Os outros activos e passivos financeiros e activos e passivos não financeiros são registados ao custo amortizado ou custo histórico. Activos não correntes detidos para venda e grupos detidos para venda (“disposal groups”) são registados ao menor do seu valor contabilístico ou justo valor deduzido dos respectivos custos de venda.

As políticas contabilísticas apresentadas nesta nota foram aplicadas de forma consistente por todas as entidades do Grupo.

As demonstrações financeiras estão expressas em euros, sendo efectuado um arredondamento dos cêntimos ao euro mais próximo.

A preparação de demonstrações financeiras de acordo com as IFRS requer que o Grupo efectue julgamentos e estimativas e utilize pressupostos que afectam a aplicação das políticas contabilísticas e os montantes de rendimentos, gastos, activos e passivos. Alterações em tais pressupostos ou diferenças destes face à realidade poderão ter impacto sobre as actuais estimativas e julgamentos. As áreas que envolvem um maior nível de julgamento e complexidade, ou onde são utilizados pressupostos e estimativas significativas na preparação das demonstrações financeiras consolidadas encontram-se analisadas na Nota 2.2 às demonstrações financeiras (juízos de valor utilizados na aplicação das políticas contabilísticas).

Estas demonstrações financeiras consolidadas foram aprovadas em reunião do Conselho de Administração com o Conselho Fiscal, em 25 de Fevereiro de 2009.

2.2 JUÍZOS DE VALOR UTILIZADOS NA APLICAÇÃO DAS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

As IFRS estabelecem um conjunto de tratamentos contabilísticos que requerem que o Conselho de Administração utilize o julgamento e faça as estimativas necessárias de forma a decidir qual o tratamento contabilístico mais adequado.

Os juízos de valor que a administração fez na aplicação das políticas contabilísticas do Grupo AUTO INDUSTRIAL, incluindo os principais pressupostos relativos ao futuro e outras principais fontes de incerteza das estimativas, que têm efeitos significativos nas quantias reconhecidas nas demonstrações financeiras ou que tenham riscos significativos de provocar ajustamentos materiais nas quantias escrituradas de activos e passivos durante o próximo ano financeiro, estão divulgados em cada um dos pontos contidos nesta nota de resumo das políticas contabilísticas.

O Grupo aplicou as políticas contabilísticas contidas nas normas ou interpretações que são específicas a cada transacção, acontecimento ou condição. Na ausência de uma norma ou interpretação específica, a administração fez juízos de valor na aplicação de políticas contabilísticas, sempre com o objectivo de que a informação daí resultante seja relevante para a tomada de decisões económicas por parte de utentes e que seja fiável de tal modo que as presentes demonstrações financeiras: (i) representem fielmente a posição financeira, o desempenho financeiro e os fluxos de caixa do Grupo; (ii) reflictam a substância económica de transacções, acontecimentos e condições e não meramente a respectiva forma legal; (iii) sejam

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neutras; (iv) sejam prudentes; e (v) sejam completas em todos os aspectos materiais.

2.3 PRINCÍPIOS DE CONSOLIDAÇÃO

As presentes demonstrações financeiras consolidadas da AUTO INDUSTRIAL, SA e suas subsidiárias são apresentadas como as de uma única entidade económica.

As demonstrações financeiras consolidadas agora apresentadas reflectem os activos, passivos e resultados da AUTO INDUSTRIAL e de todas as suas subsidiárias e os resultados e variações em outras rubricas do capital próprio referentes às participações financeiras em empresas associadas atribuíveis ao Grupo.

As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas usando políticas contabilísticas uniformes para as transacções e para os outros acontecimentos idênticos em circunstâncias semelhantes.

As demonstrações financeiras da AUTO INDUSTRIAL, das suas subsidiárias e das suas associadas, usadas na preparação das presentes demonstrações financeiras consolidadas, foram preparadas a partir das mesmas datas de relato.

(i) Concentrações de actividades empresariais

As presentes demonstrações financeiras consolidadas incorporam os resultados de concentrações de actividades empresariais usando o método de compra. Os resultados das operações das adquiridas são incluídos na demonstração consolidada dos resultados a partir da data em que o controlo é obtido.

(ii) Subsidiárias

As participações financeiras em empresas subsidiárias em que o Grupo exerce o controlo são consolidadas pelo método de consolidação integral desde a data em que o Grupo assume o controlo sobre as suas actividades até ao momento em que esse controlo cessa. Presume-se a existência de controlo quando o Grupo detém o poder de exercer a maioria dos direitos de voto. Presume-se também controlo quando o Grupo detém o poder, directa ou indirectamente, de gerir a política financeira e operacional de determinada empresa de forma a obter benefícios das suas actividades, mesmo que a percentagem que detém sobre o capital próprio seja inferior a 50%.

As demonstrações financeiras da AUTO INDUSTRIAL e das suas subsidiárias foram combinadas linha a linha, adicionando itens idênticos de activos, passivos, capital próprio, rendimento e gastos. As quantias escrituradas dos investimentos da AUTO INDUSTRIAL em cada subsidiária e a respectiva parte no capital próprio de cada subsidiária foram eliminadas e foram identificados os interesses minoritários nos resultados das subsidiárias. Os interesses minoritários nos activos líquidos das subsidiárias consolidadas são identificados separadamente do capital próprio. Os saldos, transacções,

rendimentos e gastos intra-grupo foram eliminados por inteiro.

Quando as perdas acumuladas de uma subsidiária excedem o interesse minoritário no capital próprio dessa subsidiária, o excesso é atribuível ao Grupo na medida em que for incorrido. Os lucros obtidos subsequentemente dessa subsidiária são reconhecidos como rendimentos do Grupo até que as perdas previamente absorvidas sejam recuperadas.

Em 31 de Dezembro de 2008 e 2007, o Grupo de empresas subsidiárias da AUTO INDUSTRIAL, SA era constituído como segue:

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(iii) Entidades de finalidade especial (“SPE”)

O Grupo utiliza Entidades de Finalidade Especial (SPE) com o objectivo principal de efectuar operações de securitização de activos e por motivos de liquidez.

O Grupo consolida pelo método integral determinadas entidades de finalidade especial, constituídas especificamente para o cumprimento de um objectivo restrito e bem definido, quando a substância da relação com tais entidades indicia que o Grupo exerce controlo sobre as suas actividades, independentemente da percentagem que detém sobre o seu capital próprio.

A avaliação da existência de controlo é efectuada com base nos critérios definidos pela SIC 12 - Consolidação de entidades de finalidade especial, os quais se resumem como segue:

• AsactividadesdoSPEestão,emsubstância,aserconduzidas a favor do Grupo, de acordo com as suas necessidades específicas de negócio, de forma a que o Grupo obtenha benefícios do funcionamento do SPE; • Grupo detém os poderes de tomada de decisão,conducente à obtenção da maioria dos benefícios das

actividades do SPE; • Grupotemodireitoaobteramaioriadosbenefíciosdo SPE estando consequentemente exposto aos riscos inerentes às actividades do SPE; • Grupo retémamaioria dos riscos residuais oudepropriedade relativos ao SPE ou aos seus activos, com vista à obtenção de benefícios da sua actividade.

Uma vez que pode ser difícil determinar se é exercido o controlo sobre um SPE, é efectuado um julgamento para determinar se o Grupo está exposto aos riscos e benefícios inerentes às actividades do SPE e se tem os poderes de tomada de decisão nesse (SPE).

A decisão de que um SPE tem que ser consolidado pelo Grupo requer a utilização de pressupostos e estimativas para apurar os ganhos e perdas residuais e determinar quem retém a maioria desses ganhos e perdas. Outros pressupostos e estimativas poderiam levar a que o perímetro de consolidação do Grupo fosse diferente, com impacto directo nos seus resultados.

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Firma Sede Social Actividade PrincipalCapital(Euros)

% do Capital Detido2008

% do Capital Detido2007

Auto Industrial - Porto, Lda Rio Tinto Comércio e reparação automóvel 1.496.393,69 100% 100%

Auto Industrial, SGPS, SA Lisboa Comércio e reparação automóvel 50.000,00 100% 100%

Auto Horizonte, Lda Estoril Comércio e reparação automóvel 224.459,05 98,78% 98,78%

A. Brás Heleno, S.A. Leiria Comércio e reparação automóvel 275.000,00 100% 100%

CAM – Camiões, Automóveis e Motores, SA Porto Comércio e reparação automóvel 3.000.000,00 100% 100%

Central Parque – automóveis, s.a. Lisboa Comércio e reparação automóvel 250.000,00 93,12% 93,12%

Digitese - Consultadoria em Aplicações Informáticas, Lda Lisboa Consultoria Informática 448.918,11 100% 100%

Finim , s.a. Leiria Investimentos Financeiros 50.000,00 100% 100%

Forte - Camiões, Máquinas e Reparações, Lda Coimbra Comércio por Grosso de Máquinas e Equipamentos Agrícolas 5.000,00 100% 100%

e.u.a. – emPresa universal de Automóveis, Lda Braga Comércio e reparação automóvel 124.699,71 100% 100%

garagem De santa Cruz, lDa Coimbra Comércio e reparação automóvel 350.000,00 100% 100%

gilauto - Automóveis, Máquinas e Equipamentos, SA Lisboa Comércio e reparação automóvel 325.000,00 100% 100%

margem investments, inC. Cayman Islands Sociedade Gestora de Participações Sociais 1.662.286,33 100% 100%

Margem - Medição Seguros, Lda Coimbra Mediação de Seguros 6.235,00 53,57% 53,57%

meRCENTRO- Comércio de Automóveis, SA Aveiro Comércio e reparação automóvel 500.000,00 100% 100%

motolusa - Motores de Portugal, Lda. Lisboa Comércio por Grosso de Máquinas e Equipamentos Marítimos 124.699,47 100% 100%

SAGAR – Comércio de Máquinas e Reparações Lisboa Comércio por Grosso de Máquinas e Equipamentos Agrícolas 299.278,74 100% 100%

sagruP - SGPS, S.A. Lisboa Sociedade Gestora de Participações Sociais 1.000.000,00 78,18% 78,18%

soDiCentro, Lda. Coimbra Comércio e reparação automóvel 498.797,90 100% 100%

solmotor - Veículos e Peças, S A Alcabideche Comércio e reparação automóvel 573.617,58 100% 100%

BanCo mais, sa Lisboa Actividade Bancária 100.000.000,00 53,57% 53,57%

teCniCréDito - alD - aluguer De automóveis, sa Lisboa Aluguer de Longa Duração 1.000.000,00 53,57% 53,57%

Bank Plus Bank Zártkörúen Múködó Részvénytársaság Budapeste Actividade Bancária 12.158.090,00 53,57% 53,57%

Tecnicrédito Cayman, Inc Ilhas Caimão Investimentos Financeiros 100.000,00 53,57% 53,57%

Tcc Investments, Ltd Ilhas Caimão Investimentos Financeiros 500.000,00 53,57% 53,57%

Tcc Investments, Sarl Luxemburgo Investimentos Financeiros 12.500,00 53,57% 53,57%

traCtores iBériCos, lDa Lisboa Comércio por Grosso de Máquinas e Equipamentos Agrícolas 199.519,16 100% 100%

união eBorense De automóveis, lDa Évora Comércio e reparação automóvel 99.759,58 100% 100%

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(iv) Participações financeiras em subsidiárias residentes no estrangeiro

As demonstrações financeiras das subsidiárias do Grupo residentes no estrangeiro são preparadas na sua moeda funcional, definida como a moeda da economia onde estas operam. Na consolidação, o valor dos activos e passivos de subsidiárias residentes no estrangeiro são registados pelo seu contravalor em Euros à taxa de câmbio oficial em vigor na data de balanço.

Relativamente às participações expressas em moeda estrangeira em que se aplica o método de consolidação integral, as diferenças cambiais apuradas entre o valor de conversão em Euros da situação patrimonial no início do ano e a taxa de câmbio em vigor na data de balanço, a que se reportam as contas consolidadas, devem ser relevadas por contrapartida de reservas.

As diferenças cambiais resultantes das operações de cobertura relativamente às participações expressas em moeda estrangeira são anuladas no processo de consolidação, por contrapartida das diferenças cambiais registadas em relação aquelas participações financeiras nas reservas. Sempre que a cobertura não seja totalmente efectiva, a diferença apurada é registada por contrapartida de resultados.

Os resultados destas subsidiárias são consolidados pelo seu contravalor em Euros, à taxa de câmbio média ponderada do exercício. As diferenças cambiais resultantes da conversão em Euros dos resultados do exercício, à taxa de câmbio oficial na data de balanço, são registadas em reservas.

(v) Associadas

Foram consideradas associadas todas as entidades sobre as quais o Grupo tenha influência significativa e que não sejam subsidiárias nem interesses em empreendimentos conjuntos. Influência significativa foi considerada como sendo o poder de participar nas decisões das políticas financeiras e operacionais das investidas mas que não constitui controlo nem controlo conjunto sobre essas políticas. Presumiu-se a existência de influência significativa quando o Grupo detém, directa ou indirectamente, 20% ou mais do poder de voto da investida.

FirmaSede Social

Actividade Principal

Detentores de Capital

% doCapitalDetido2008

% doCapitalDetido2007

Modipe, SA Madrid

Comércio por Grosso de

Máquinas e Equipamentos

Marítimos

Auto Industrial, SA

20% 20%

Vera Cruz, Indústria e Comércio,

SA

Bélem Pará - Brasil

Extracção de Madeiras

Sagrup – SGPS, SA

49% 49%

Na aquisição dos investimentos em associadas, qualquer diferença entre o custo do investimento e a parte do Grupo no justo valor líquido dos activos, passivos e passivos contingentes identificáveis da associada é contabilizada de acordo com a IFRS 3 e incluída na quantia escriturada do investimento.

As associadas foram contabilizadas pelo método da equivalência patrimonial, pelo qual os investimentos em associadas são inicialmente reconhecidos pelo custo e as quantias escrituradas são aumentadas ou diminuídas para reconhecer as partes do Grupo nos resultados das investidas depois das datas de aquisição; as partes do Grupo nos resultados das investidas são reconhecidas nos resultados; as distribuições recebidas das investidas reduzem as quantias escrituradas dos investimentos; as alterações nos interesses proporcionais do Grupo AUTO INDUSTRIAL nas investidas, resultantes de alterações no capital próprio que não tenham sido reconhecidas nos resultados, são reconhecidas directamente no capital próprio do Grupo. Contudo, os investimentos em associadas classificados como detidos para venda, foram contabilizados nos termos da IFRS 5.

Os conceitos subjacentes e os procedimentos, utilizados para a contabilização de investimentos em associadas, foram semelhantes aos conceitos e aos procedimentos utilizados para a contabilização de subsidiárias.

Se a parte do Grupo nas perdas de uma associada igualar ou exceder o seu interesse, é descontinuado o reconhecimento de perdas adicionais; depois do interesse ser reduzido a zero, apenas é reconhecido um passivo se o Grupo tiver incorrido em obrigações legais ou construtivas.

Após a aplicação do método da equivalência patrimonial, foram aplicados os requisitos da IAS 39 para determinar se seria necessário reconhecer qualquer perda por imparidade adicional com respeito ao interesse do Grupo em cada uma das associadas.

(vi) Partes relacionadas

A posição financeira e os resultados contidos nas presentes demonstrações financeiras consolidadas não foram afectados pela existência de partes relacionadas com o Grupo.

2.4 TRANSACÇÕES EM MOEDA ESTRANGEIRAAs Transacções em Moeda Estrangeira são convertidas à taxa de câmbio em vigor à data de transacção. Os activos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira são convertidos para euros à taxa de câmbio em vigor na data do balanço. As diferenças cambiais resultantes desta conversão são reconhecidas em resultados. Os activos e passivos não monetários registados ao custo histórico, expressos em moeda estrangeira são convertidos à taxa de câmbio à data da transacção. Activos e passivos não monetários expressos em moeda estrangeira registados ao justo valor são convertidos à taxa de câmbio em vigor na data em que o justo valor foi determinado. RE

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2.5 RECONHECIMENTO DE GASTOS E PERDAS E DE RENDIMENTOS E GANHOS

As demonstrações financeiras são preparadas de acordo com o regime contabilístico do acréscimo. Por este regime, os efeitos das transacções e de outros acontecimentos são reconhecidos quando eles ocorram (e não quando o dinheiro ou o seu equivalente seja recebido ou pago) sendo registados nos livros contabilísticos e relatadas nas demonstrações financeiras dos períodos com as quais se relacionem.

São considerados como Rendimentos os aumentos nos benefícios económicos durante o período contabilístico na forma de influxos ou aumentos de activos ou diminuições de passivos que resultem em aumentos no capital próprio, que não sejam os relacionados com as contribuições dos participantes no capital próprio. Esta definição de rendimentos engloba quer réditos quer ganhos. Os réditos provêm do decurso das actividades ordinárias do Grupo (vendas, juros, dividendos, etc.). Os ganhos representam outros itens que satisfaçam a definição de rendimentos, podendo, ou não, provir do decurso das actividades ordinárias do Grupo.

São considerados como Gastos as diminuições nos benefícios económicos durante o período contabilístico na forma de exfluxos ou deperecimentos de activos ou na incorrência de passivos que resultem em diminuições do capital próprio, que não sejam as relacionadas com distribuições aos participantes no capital próprio. Os gastos que resultem do decurso das actividades ordinárias do Grupo incluem, por exemplo, o custo das vendas, os juros e encargos suportados, os salários e as depreciações. As perdas representam outros itens que satisfaçam a definição de gastos e podem, ou não, surgir no decurso das actividades correntes do Grupo.

Rédito

O Rédito é o influxo bruto de benefícios económicos durante o período proveniente do curso das actividades ordinárias do Grupo quando esses influxos resultam em aumentos de Capital Próprio, que não sejam aumentos relacionados com contribuições de participantes no Capital Próprio.

O Rédito é mensurado pelo justo valor da retribuição recebida ou a receber.

Vendas de bens

O rédito proveniente das Vendas de Bens é reconhecido quando forem satisfeitas todas as condições seguintes:

• O Grupo tenha transferido para o comprador osriscos e vantagens significativos da propriedade dos bens;• OGruponãoretenhaenvolvimentocontinuadodegestão com grau geralmente associado com a posse nem o controlo efectivo dos bens vendidos;• Aquantiadoréditosejafiavelmentemensurada;

• Seja provável que os benefícios económicosassociados com a transacção fluam para o Grupo; e• Oscustosincorridosouaseremincorridosreferentesà transacção possam ser fiavelmente mensurados.

Prestação de serviços e comissões

O rédito associado com uma transacção que envolva Prestação de Serviços é reconhecido quando o desfecho dessa transacção possa ser fiavelmente estimado, isto é, quando:

• Aquantiaderéditosejafiavelmentemensurada;• Sejaprovávelquebenefícioseconómicosassociadoscom a transacção fluam para o Grupo;• A fase de acabamento da transacção à data dobalanço seja fiavelmente mensurada; e• Os custos incorridos com a transacção e oscustos para concluir a transacção sejam fiavelmente mensurados

Os rendimentos resultantes de serviços financeiros e respectivas comissões são reconhecidos de acordo com os seguintes critérios:

• Rendimentos de serviços e comissões que sãouma parte integrante da taxa de juro efectiva de um instrumento financeiro são geralmente tratadas como um ajustamento na taxa de juro efectiva e registadas em resultados pelo método do juro efectivo.

• Rendimentos de serviços e comissões obtidos àmedida que os serviços são prestados são reconhecidos em resultados no período a que se referem.

• Rendimentos de serviços e comissões obtidos naexecução de um acto significativo são reconhecidos em resultados quando o acto significativo tiver sido concluído.

Juros e dividendos

O rédito proveniente do uso de activos do Grupo que produzam Juros e Dividendos é reconhecido quando:

• Seja provável que os benefícios económicosassociados com a transacção fluam para o Grupo; e• A quantia do rédito possa ser fiavelmentemensurada.

O rédito proveniente do uso desses activos é reconhecido nas seguintes bases:

• Osjurossãoreconhecidosutilizandoométododojuro efectivo; e• Os dividendos são reconhecidos quando forestabelecido o direito do Grupo (enquanto accionista) de receber o pagamento.

Os resultados referentes a juros de instrumentos financeiros mensurados ao custo amortizado e de activos financeiros disponíveis para venda são reconhecidos

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nas rubricas de Proveitos (Juros) Obtidos na Actividade Financeira e de Custos (Juros) suportados na Actividade Financeira, utilizando o método do juro efectivo. Os juros dos activos e passivos financeiros ao justo valor através dos resultados são também incluídos na rubrica de Proveitos (Juros) Obtidos na Actividade Financeira ou de Custos (Juros) suportados na Actividade Financeira, respectivamente.

A taxa de juro efectiva é a taxa que desconta os pagamentos ou recebimentos futuros estimados durante a vida esperada do instrumento financeiro ou, quando apropriado, um período mais curto, para o valor líquido actual de balanço do activo ou passivo financeiro.

Para a determinação da taxa de juro efectiva o Grupo procede à estimativa dos fluxos de caixa futuros considerando todos os termos contratuais do instrumento financeiro, não considerando, no entanto, eventuais perdas de crédito futuras. O cálculo inclui ainda as comissões consideradas como parte integrante da taxa de juro efectiva, custos de transacção e todos os prémios e descontos directamente relacionados com a transacção.

No caso de activos financeiros ou grupos de activos financeiros semelhantes para os quais foram reconhecidas perdas por imparidade, os juros registados em resultados são determinados com base na taxa de juro utilizada na mensuração da perda por imparidade.

Para os instrumentos financeiros derivados, com excepção daqueles que forem classificados como de instrumentos de cobertura do risco de taxa de juro e dos derivados para gestão de certos activos e passivos financeiros designados ao justo valor através de resultados (derivados para gestão de risco), a componente de juro inerente à variação de justo valor não é separada e é classificada na rubrica de Ajustamentos Positivos e Mais Valias Instrumentos Financeiros ou Ajustamentos Negativos e Menos Valias Instrumentos Financeiros. A componente de juro inerente à variação de justo valor dos instrumentos financeiros derivados de cobertura do risco de taxa de juro e dos derivados para gestão de certos activos e passivos financeiros designados ao justo valor através de resultados por forma a resolver um eventual mismatch contabilístico é reconhecida nas rubricas Proveitos (Juros) Obtidos na Actividade Financeira ou de Custos (Juros) suportados na Actividade Financeira.

2.6 IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

A rubrica Imposto sobre o Rendimento do exercício compreende os impostos correntes e os impostos diferidos.

Activos (passivos) por impostos correntes são a quantia a pagar (a recuperar) de impostos sobre o rendimento respeitantes ao lucro tributável (perda) tributável de um período, sendo mensurados, usando as taxas fiscais (e leis fiscais) que tenham sido decretadas ou substantivamente decretadas à data do balanço

e quaisquer ajustamentos aos impostos de períodos anteriores.

Os Activos (passivos) por impostos diferidos são calculadossobre as diferenças temporárias entre os valores contabilísticos dos activos e passivos e a sua base fiscal, utilizando as taxas de imposto aprovadas ou substancialmente aprovadas à data de balanço em cada jurisdição e que se espera que venham a ser aplicadas quando as diferenças temporárias se reverterem.

Diferenças temporárias são diferenças entre a quantia escriturada de um activo ou de um passivo e a sua base de tributação.

Activos por impostos diferidos

Activos por Impostos Diferidos são as quantias de impostos sobre o rendimento recuperáveis em períodos futuros respeitantes a:

• Diferençastemporáriasdedutíveis;• Oreportedeperdasfiscaisnãoutilizadas;• Oreportedecréditostributáveisnãoutilizados.

Um Activo por Impostos Diferidos é reconhecido para todas as diferenças temporárias dedutíveis até ao ponto em que seja provável que exista um lucro tributável ao qual a diferença temporária dedutível possa ser usada, a não ser que o activo por impostos diferidos resulte do reconhecimento inicial de um activo ou passivo numa transacção que:

• Não seja uma concentração de actividadesempresarias; e• No momento da transacção, não afecte o lucrocontabilístico nem o lucro tributável.

O Grupo reconhece Activos por Impostos Diferidos para todas as diferenças temporárias dedutíveis associados aos investimentos em subsidiárias, associadas e empreendimentos conjuntos, até ao ponto em que seja provável que:

• A diferença temporária reverterá no futuroprevisível; e• Estarádisponívelolucrotributávelcontraoqualadiferença temporária será utilizada.

Passivos por impostos diferidos

Passivos por Impostos Diferidos são as quantias de impostos sobre o rendimento pagáveis em períodos futuros com respeito a diferenças temporárias tributáveis.

Um Passivo por Impostos Diferidos é reconhecido para todas as diferenças temporárias tributáveis excepto quando esse imposto diferido resultar de:

• Reconhecimentoinicialdogoodwill;ou• Reconhecimento inicial de um activo ou passivonuma transacção que não seja uma concentração de

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actividades empresariais e não afecte, no momento dessa transacção, nem o lucro contabilístico nem o lucro tributável.

O Grupo reconhece Passivos por Impostos para todas as diferenças temporárias tributáveis associados aos investimentos em subsidiárias, associadas e empreendimentos conjuntos, sempre que não sejam cumulativamente satisfeitas as seguintes condições:

• OGruposejacapazdecontrolaratempestividadeda reversão da diferença temporária; e• Sejaprovávelqueadiferençatemporárianãosejarevertida no futuro previsível.

Os Activos ou Passivos por Impostos Correntes dos períodos correntes e anteriores são mensurados pela quantia que se espera que seja recuperada ou paga às autoridades fiscais, usando as taxas fiscais que tenham sido decretadas ou substantivamente decretadas à data do balanço.

Os Activos e Passivos por Impostos Diferidos são mensurados pelas taxas fiscais que se espera que se apliquem no período em que seja realizado o activo ou em que seja liquidado o passivo, tendo como base as taxas fiscais que tenham sido decretadas ou substantivamente decretadas à data do balanço.

Os Impostos Correntes e Diferidos são reconhecidos como um rendimento ou como um gasto e incluídos no resultado líquido do período, excepto quando o imposto provenha de uma transacção ou acontecimento que seja reconhecido, no mesmo ou num diferente período, directamente no capital próprio, caso em que o respectivo imposto é directamente debitado ou creditado ao Capital Próprio.

Os Activos por Impostos Correntes são compensados com passivos por impostos correntes apenas quando:

• O Grupo tiver um direito legalmente executávelpara compensar as quantias reconhecidas; e • Pretendaliquidarnumabaselíquida,ourealizaroactivo e liquidar simultaneamente o passivo.

Os Activos por Impostos Diferidos e os Passivos por Impostos Diferidos são compensados apenas quando:

• O Grupo tiver um direito legalmente executávelde compensar activos por impostos correntes contra passivos por impostos correntes; e• Osactivosporimpostosdiferidoseospassivosporimpostos diferidos se relacionarem com impostos sobre o rendimento lançados pela mesma autoridade fiscal sobre:(i) a mesma entidade tributável; ou(ii) diferentes entidades tributáveis que pretendam ou liquidar passivos e activos por impostos correntes numa base líquida, ou realizar os activos e liquidar os passivos simultaneamente, em cada período futuro em que as quantias significativas de passivos ou activos por

impostos diferidos se esperem que sejam liquidadas ou recuperadas.

O Sub-Grupo Tecnicrédito encontra-se sujeito ao pagamento de impostos sobre lucros em diversas jurisdições. Para determinar o montante global de impostos sobre os lucros foi necessário efectuar determinadas interpretações e estimativas. Existem diversas transacções e cálculos para os quais a determinação dos impostos a pagar é incerto durante o ciclo normal de negócios. Outras interpretações e estimativas poderiam resultar num nível diferente de impostos sobre os lucros, correntes e diferidos, reconhecidos no exercício.

As Autoridades Fiscais têm a atribuição de rever o cálculo da matéria colectável efectuado pelo Grupo e pelas suas subsidiárias, durante um período de quatro ou seis anos, no caso de haver prejuízos reportáveis. Desta forma, é possível que haja correcções à matéria colectável, resultantes principalmente de diferenças na interpretação da legislação fiscal. No entanto, é convicção do Conselho de Administração do Grupo e das subsidiárias residentes em Portugal, de que não haverá correcções significativas aos impostos sobre lucros registados nas demonstrações financeiras.

2.7 RESULTADO POR ACÇÃO

Os Resultados por Acção básicos são calculados dividindo o lucro atribuível aos detentores de capital próprio ordinário da empresa mãe pelo número médio ponderado de acções ordinárias em circulação durante o período.

Para o Resultado por Acção diluído, o número médio de acções ordinárias emitidas é ajustado para assumir a conversão de todas as potenciais acções ordinárias tratadas como diluídoras. Emissões contingentes ou potenciais são tratadas como diluídoras quando a sua conversão para acções faz decrescer o resultado por acção.

2.8 RELATO POR SEGMENTOS

No âmbito da IAS 14, um Segmento Relatável é um segmento de negócio ou um segmento geográfico, que seja identificado no conjunto de empresas que compõem um grupo de entidades sob o controlo de uma empresa mãe.

Considerando as actividades desenvolvidas pelas empresas cujas demonstrações financeiras foram incluídas na consolidação pelo método integral do Grupo AUTO INDUSTRIAL, a segmentação relevante é por negócios.

Um Segmento de Negócio é um conjunto de activos e operações relacionados e que estão sujeitos a riscos e retornos específicos diferentes dos de outros Segmentos de Negócio.

Os factores que foram considerados para efeitos de identificação das operações relacionadas incluem:

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(a) a natureza dos produtos ou serviços vendidos e/ou prestados;(b) o tipo ou classe de cliente dos produtos ou serviços;(c) os métodos usados para distribuir os produtos ou proporcionar os serviços; e(d) a natureza de ambiente regulador.

Assim, foram identificados os seguintes Segmentos de Negócio: (i) Financeiro; (ii) Automóvel; (iii) Equipamentos Agrícolas, Industriais e Marítimos; (iv) Gestão de Participações; e (v) Outros.

Salienta-se que a Auto Industrial, SA encontra-se subdividida em dez divisões internas, as quais possuem gestão e registos contabilísticos individualizados:

• DepartamentoAdministrativoeFinanceiro(DAF)• AutoIndustrialLisboa• AutoIndustrialLeiria• AutoIndustrialFigueiradaFoz• AutoIndustrialCoimbra• AutoIndustrialAutoUsados• AutoIndustrialPombal• AutoIndustrialRent-a-Car• AutoIndustrialDivisãoAgrícola• AutoIndustrialPeças

Decorrente desta situação, foi efectuada uma redistribuição das divisões da empresa pelo diversos segmentos identificados.

As empresas incluídas na consolidação pelo método integral foram associadas aos segmentos acima identificados da seguinte forma:

(i) Financeiro: Sub-Grupo Tecnicrédito: Banco Mais; Tecnicrédito ALD; Margem-Medição de Seguros; Bank Plus Bank Zártkörúen Múködó Részvénytársaság; Tecnicrédito Cayman; Tcc Investments, Tcc Investments Luxemburgo . (ii) Automóvel: Auto Horizonte; CAM; Central Parque; EUA; Gilauto; Auto Industrial Porto; Garagem de Santa Cruz; União Eborense; Mercentro; Sodicentro; A. Brás Heleno; Auto Industrial Lisboa; Auto Industrial Leiria, Auto Industrial Figueira da Foz; Auto Industrial Coimbra; Auto Industrial Auto Usados; Auto Industrial Pombal; Auto Industrial Peças. (iii) Equipamentos Agrícolas, Industriais e Marítimos: Forte; Divisão Agrícola da Auto Industrial; Tractores Ibéricos; Motolusa. (iv) Gestão de Participações: Departamento Administrativo e Financeiro (DAF) da Auto Industrial;(v) Outros: Digitese; Margem Investments; Sagrup; Solmotor; Finim; Divisão Rent-a-Car da Auto Industrial; Auto Industrial SGPS; Sagar.

O Relato por Segmentos de negócio consta nos mapas apresentados na Nota 49, nos quais se complementa a informação requerida na IAS 14, obtendo-se para cada negócio o detalhe sobre a formação do seu resultado e a síntese dos activos e passivos das empresas nele incluídas.

2.9 ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Activos Fixos Tangíveis são itens tangíveis que: (i) sejam detidos para uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços, para arrendamento a outros, ou para fins administrativos; e (ii) se espera que sejam usados durante mais do que um período.

De acordo com a política contabilística descrita na Nota 2.1, os Activos Tangíveis encontram-se registados pelo custo determinado na data de transição para as IFRS, deduzido das respectivas amortizações acumuladas e perdas de imparidade.

No reconhecimento inicial o Grupo considera no custo do activo: (i) o seu preço de compra; (ii) quaisquer custos directamente atribuíveis para colocar o activo na localização e condições necessárias para o mesmo ser capaz de funcionar da forma pretendida pela administração; e (iii) a estimativa inicial dos custos de desmantelamento e remoção do item e de restauração do local no qual este está localizado.

Os Activos Tangíveis do Grupo encontram-se valorizados ao custo deduzido das respectivas depreciações acumuladas e perdas por imparid ade acumuladas.

Os custos subsequentes com os Activos Tangíveis são reconhecidos como activos tangíveis apenas se for provável que deles resultarão benefícios económicos futuros para o Grupo. Todas as despesas com a manutenção e reparação dos activos são reconhecidas como custo, de acordo com o princípio do acréscimo.

O Grupo calcula as amortizações dos seus Activos Tangíveis pelo método das quotas constantes, de acordo com os seguintes períodos de vida útil esperados dos bens (em anos):

Vida Útil

Edifícios e outras construções 5-50

Equipamento básico 3-20

Equipamento de transporte 4-6

Equipamento administrativo 3-20

Ferramentas e utensílios 4-10

Outros activos tangíveis 4-8

Quando existe indicação de que um Activo possa estar em imparidade, a IAS 36, exige que o seu valor recuperável seja estimado, sendo reconhecida uma perda por imparidade sempre que o valor líquido de um activo exceda o seu valor recuperável. O Grupo reconhece as perdas por imparidade em resultados do período.

O valor recuperável é determinado como o mais elevado entre o seu preço de venda líquido e o seu valor de uso, sendo este calculado com base no valor actual dos fluxos de caixa futuros estimados que se esperam vir o obter do uso continuado do activo e da sua alienação no fim da sua vida útil. RE

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A quantia escriturada de um item do Activo Fixo Tangível é desreconhecida pelo Grupo nas seguintes situações: (i) no momento da alienação; e (ii) quando não se esperam futuros benefícios económicos do seu uso ou alienação.

O ganho ou perda decorrente do desreconhecimento de um item do Activo Fixo Tangível: (i) é incluído nos resultados quando o item é desreconhecido, não devendo ser classificado como rédito; e (ii) é determinado como a diferença entre os ganhos líquidos da alienação, se os houver, e a quantia escriturada do item.

2.10 ACTIVOS FIXOS INTANGÍVEIS

Um Activo Intangível é um activo não monetário identificável sem substância física.

Um Activo Intangível é reconhecido se, e apenas se: (i) for provável que os benefícios económicos futuros esperados que sejam atribuíveis ao activo fluam para o Grupo; e (ii) o custo do activo possa ser fiavelmente mensurado.

Os Activos Intangíveis do Grupo encontram-se escriturados ao custo de aquisição deduzido das respectivas depreciações acumuladas e perdas por imparidade acumuladas.

O Grupo calcula as amortizações dos seus activos intangíveis pelo método das quotas constantes de acordo com os seguintes períodos de vida útil esperados dos bens (em anos):

Vida Útil

Software 3

Propriedade industrial e outros direitos 3-20

Os custos directamente relacionados com desenvolvimento e propriedade industrial e outros direitos, sobre os quais seja expectável pelo Grupo que venham a gerar benefícios económicos futuros para além de um exercício, são reconhecidos e registados como Activos Intangíveis.

Para determinar se um Activo Intangível está com imparidade, o Grupo aplica a IAS 36.

Os Activos Intangíveis do Grupo são desreconhecidos nas seguintes situações: (i) no momento da alienação; e (ii) quando não se esperam futuros benefícios económicos do seu uso ou alienação.

O ganho ou perda decorrente do desreconhecimento de um item do Activo Fixo Intangível: (i) é incluído nos resultados quando o item é desreconhecido, não devendo ser classificado como rédito; e (ii) é determinado como a diferença entre os ganhos líquidos da alienação, se os houver, e a quantia escriturada do item.

2.11 CRÉDITO CONCEDIDO A CLIENTES DA ACTI-VIDADE FINANCEIRA

A rubrica Clientes Actividade Financeira inclui os empréstimos originados pelo Sub-Grupo Tecnicrédito, para os quais não existe uma intenção de venda no curto prazo, sendo o seu registo efectuado na data em que os fundos são disponibilizados aos clientes.

O desreconhecimento destes activos no balanço ocorre nas seguintes situações: (i) os direitos contratuais do Grupo expiram; ou (ii) o Grupo transferiu substancialmente todos os riscos e benefícios associados.

O crédito sobre clientes incluído na rubrica Clientes Actividade Financeira é reconhecido inicialmente ao seu justo valor, acrescido dos custos de transacção e é subsequentemente valorizado ao custo amortizado, com base no método do juro efectivo, sendo apresentado em balanço deduzido de perdas de imparidade.

Imparidade

A política do Grupo consiste na avaliação regular da existência de evidência objectiva de Imparidade na sua carteira de crédito. As perdas por Imparidade identificadas são registadas por contrapartida de resultados, sendo subsequentemente revertidas por resultados caso se verifique uma redução do montante da perda estimada, num período posterior.

Após o reconhecimento inicial, um crédito ou uma carteira de créditos sobre clientes, definida como um conjunto de créditos de características de risco semelhantes, poderá ser classificada como com imparidade quando existe evidência objectiva de imparidade resultante de um ou mais eventos, e quando estes tenham impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do crédito ou carteira de créditos sobre clientes, cuja mensuração possa ser estimada com razoabilidade.

De acordo com a IAS 39 existem dois métodos para o cálculo das perdas por imparidade: (i) análise individual; e (ii) análise colectiva.

i) Análise individual

A avaliação da existência de perdas por imparidade em termos individuais é determinada através de uma análise da exposição de crédito caso a caso. Para cada crédito considerado individualmente significativo, o Grupo avalia, em cada data de balanço, a existência de evidência objectiva de imparidade.

Considerando que a carteira de crédito das sociedades do Grupo é constituída por grupos homogéneos de créditos não considerados individualmente significativos, a Administração entende que não existem créditos que devam ser analisados separadamente, pelo que não é efectuada qualquer análise individual.

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ii) Análise colectiva

As perdas por imparidade baseadas na Análise Colectiva podem ser calculadas através de duas perspectivas:

• para grupos homogéneos de créditos nãoconsiderados individualmente significativos; ou • emrelaçãoaperdasincorridasmasnãoidentificadas(“IBNR”) em créditos sujeitos à análise individual de imparidade (ver parágrafo (i) anterior).

As perdas por imparidade em termos colectivos são determinadas considerando os seguintes aspectos:

• experiência histórica de perdas em carteiras derisco semelhante; • conhecimento da envolvente económica e dasua influência sobre o nível das perdas históricas; - período estimado entre a ocorrência da perda e a sua identificação.

A metodologia e os pressupostos utilizados para estimar os fluxos de caixa futuros são revistos regularmente pelo Grupo de forma a monitorizar as diferenças entre as estimativas de perdas e as perdas reais.

Os créditos analisados individualmente para os quais não foi identificada evidência objectiva de imparidade, são agrupados tendo por base características de risco semelhantes com o objectivo de determinar as perdas por imparidade em termos colectivos. Esta análise permite ao Grupo o reconhecimento de perdas cuja identificação, em termos individuais, só ocorrerá em períodos futuros.

2.12 INVENTÁRIOS

Os Inventários são valorizados ao menor entre o seu custo de aquisição e o valor realizável líquido.

O custo dos Inventários inclui todos os custos de compra, custos de conversão e outros custos incorridos para colocar os inventários no seu local e na sua condição actual.

O valor realizável líquido é o preço de venda estimado no decurso normal da actividade deduzido dos respectivos custos de venda.

As diferenças entre o valor de custo e o valor realizável líquido, quando mais baixo, bem como o valor dos materiais potencialmente obsoletos, originam o registo de perdas de imparidade.

O método de custeio adoptado para a valorização das saídas de armazém é o custo médio ponderado.

2.13 CLIENTES DA ACTIVIDADE COMERCIAL

As dívidas de Clientes da Actividade Comercial do Grupo são registadas pelo seu justo valor deduzido de eventuais perdas por imparidade para que as mesmas reflictam o seu valor presente realizável líquido. As perdas de

imparidade são apuradas em função da análise efectuada pelo Grupo da sua capacidade em cobrar os montantes devidos, de acordo com os termos originalmente estabelecidos para liquidação das dívidas de clientes. O montante das perdas de imparidade são calculadas pela diferença entre o valor da dívida e o valor recuperável, sendo este o valor presente dos cash-flows esperados, descontados à taxa efectiva. As perdas de imparidade são reconhecidas directamente na demonstração dos resultados do período.

2.14 OUTRAS CONTAS A RECEBER

As Contas a Receber são reconhecidas inicialmente pelo seu justo valor e mensuradas subsequentemente pelo custo amortizado usando o método do juro efectivo. As perdas por imparidade verificadas são reconhecidas nos resultados.

2.15 INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS E CONTABILIDADE DE COBERTURA

Os Instrumentos Financeiros Derivados são reconhecidos na data da sua negociação pelo seu justo valor. Subsequentemente, o justo valor dos instrumentos financeiros derivados é reavaliado numa base regular sendo os ganhos ou perdas resultantes dessa reavaliação registados directamente em resultados do período, excepto no que se refere aos derivados de cobertura. O reconhecimento das variações de justo valor dos derivados de cobertura, em resultados do período, depende da natureza do risco coberto e do modelo de cobertura utilizado.

O justo valor dos Instrumentos Financeiros derivados corresponde ao seu valor de mercado, quando disponível, ou na sua ausência é determinado por entidades externas tendo por base técnicas de valorização, incluindo modelos de desconto de fluxos de caixa (considerando as condições de mercado, o efeito do tempo, a curva de rentabilidade e factores de volatilidade) e modelos de avaliação de opções conforme seja apropriado. Estas metodologias podem requerer a utilização de pressupostos ou julgamentos na estimativa do justo valor.

Consequentemente, a utilização de diferentes metodologias ou de diferentes pressupostos ou julgamentos na aplicação de determinado modelo, poderia originar resultados financeiros diferentes daqueles reportados.

Contabilidade de cobertura

O Grupo utiliza instrumentos financeiros derivados para cobertura do risco de taxa de juro resultantes de actividades de financiamento. Os derivados que não se qualificam para contabilidade de cobertura são registados como de negociação.

Os derivados de cobertura são registados ao seu justo valor e os ganhos ou perdas são reconhecidos de acordo

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com o modelo de contabilidade de cobertura adoptado pelo Grupo.

Uma relação de cobertura existe quando cumpre cumulativamente as seguintes condições:

• No início da cobertura, existir designação edocumentação formais do relacionamento de cobertura e do objectivo e estratégia da gestão de risco para levar a efeito a cobertura. Essa documentação inclui a identificação do instrumento de cobertura, o item ou transacção coberto, a natureza do risco a ser coberto e a forma como vai ser avaliada a eficácia do instrumento de cobertura na compensação da exposição a alterações no justo valor ou fluxos de caixa do item coberto atribuíveis ao risco coberto;• Existiraexpectativaqueacoberturasejaaltamenteeficaz ao conseguir alterações de compensação no justo valor ou fluxos de caixa atribuíveis ao risco coberto, consistentemente com a estratégia de gestão de risco originalmente documentada para esse relacionamento de cobertura em particular; • Quanto a coberturas de fluxos de caixa, umatransacção prevista que seja o objecto da cobertura tem de ser altamente provável e tem de apresentar uma exposição a variações nos fluxos de caixa que poderia em última análise afectar os resultados; • A eficácia da cobertura poder ser fiavelmentemensurada, isto é, o justo valor ou os fluxos de caixa do item coberto que sejam atribuíveis ao risco coberto e ao justo valor do instrumento de cobertura poderem ser fiavelmente mensurados; • A cobertura ser avaliada numa base contínua eefectivamente determinada como sendo altamente eficaz durante todo o período de relato financeiro para o qual a cobertura foi designada.

Quando um instrumento financeiro derivado é utilizado para cobrir variações cambiais de elementos monetários activos ou passivos, não é aplicado qualquer modelo de contabilidade de cobertura e qualquer ganho ou perda associada ao derivado é reconhecida em resultados do exercício, assim como as variações cambiais dos elementos monetários.

Cobertura de fluxos de caixa

A parte efectiva das variações de justo valor dos derivados designados e que se qualificam como coberturas de fluxos de caixa é reconhecida em capitais próprios. Os ganhos ou perdas da parcela inefectiva da relação de cobertura é reconhecida por contrapartida de resultados, no momento em que ocorre .

Os valores acumulados em Capitais Próprios são reclassificados para as demonstrações de resultados nos períodos em que o item coberto afecta resultados. Contudo, quando a transacção prevista que se encontra coberta resulta no reconhecimento de um activo ou passivo não financeiro, os ganhos ou perdas registados por contrapartida de capitais próprios são reconhecidos no custo inicial do activo ou passivo.

Quando um instrumento de cobertura expira ou é alienado, ou quando a relação de cobertura deixa de cumprir os critérios para contabilidade de cobertura, qualquer ganho ou perda acumulado registado em capitais próprios na data mantém-se em capitais próprios até que a transacção prevista seja reconhecida em resultados. Quando já não é expectável que a transacção ocorra, os ganhos ou perdas acumulados registados por contrapartida de capitais próprios são reconhecidos imediatamente em resultados.

Para que uma relação de cobertura seja classificada como tal, de acordo com a IAS 39, deve ser demonstrada a sua efectividade. Assim, o Grupo executa testes prospectivos e testes retrospectivos de modo a demonstrar em cada data de balanço a efectividade, mostrando que as alterações no justo valor do instrumento de cobertura são cobertas por alterações no item coberto no que diz respeito ao risco coberto.

Qualquer inefectividade apurada é reconhecida em resultados no momento em que ocorre.

Cobertura de justo valor

Numa operação de cobertura de justo valor de um activo ou passivo, o valor de balanço desse activo ou passivo, determinado com base na respectiva política contabilística, é ajustado por forma a reflectir a variação do seu justo valor atribuível ao risco coberto. As variações do justo valor dos derivados de cobertura são reconhecidas em resultados, conjuntamente com as variações de justo valor dos activos e passivos cobertos atribuíveis ao risco coberto.

Se a cobertura deixar de cumprir com os critérios exigidos para a contabilidade de cobertura, o instrumento financeiro derivado é transferido para a carteira de negociação e a contabilidade de cobertura é descontinuada prospectivamente e o activo ou passivo coberto passam a ser mensurados em conformidade com a categoria onde se enquadram.

Nos exercícios de 2005 e 2006 o Grupo não efectuou operações de cobertura de justo valor.

Derivados embutidos

Os derivados embutidos em instrumentos financeiros são tratados separadamente sempre que os riscos e benefícios económicos do derivado não estão relacionados com os do instrumento principal, desde que este não esteja contabilizado ao justo valor com impacto em resultados do exercício. Os derivados embutidos são registados ao justo valor com as suas variações registadas em resultados do exercício e apresentados na carteira de negociação.

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2.16 INSTRUMENTOS FINANCEIROS

Reconhecimento, mensuração e desreconhecimento

Os activos financeiros são classificados de acordo com cada uma das seguintes categorias, dependendo do objectivo para o qual esse activo foi adquirido:

• Activos financeiros pelo justo valor por via dosresultados são activos financeiros que estão classificados como detidos para negociação, pelo que são detidos pelo Grupo com o objectivo principal de gerar lucro a curto prazo e incluem derivados não designados como instrumentos de cobertura. São mensurados inicialmente no balanço pelos seus justos valores e quaisquer alterações subsequentes aos seus justos valores são reconhecidas directamente na demonstração dos resultados. Os derivados de negociação com um justo valor positivo são incluídos na rubrica activos financeiros detidos para negociação. Os derivados de negociação com um justo valor negativo são incluídos na rubrica passivos financeiros detidos para negociação.

• Investimentosdetidosatéàmaturidadesãoactivosfinanceiros não derivados com pagamentos fixados ou determináveis e maturidade fixada que o Grupo tem a intenção positiva e a capacidade de deter até à maturidade. Estes activos são mensurados inicialmente pelos seus justos valores acrescidos dos custos de transacção directamente atribuíveis à sua aquisição e são mensurados subsequentemente pelo custo amortizado através do método do juro efectivo.

• Empréstimos concedidos e contas a receber sãoactivos financeiros não derivados com pagamentos fixados ou determináveis que não estão cotados num mercado activo. Estes activos são mensurados inicialmente pelos seus justos valores acrescidos dos custos de transacção directamente atribuíveis à sua aquisição e são mensurados subsequentemente pelo custo amortizado através do método do juro efectivo.

• Activos financeiros disponíveis para venda sãoactivos financeiros não derivados que sejam designados como disponíveis para venda ou que não sejam classificados em cada uma das categorias anteriores. São mensurados inicialmente pelos seus justos valores acrescidos dos custos de transacção directamente atribuíveis à sua aquisição e quaisquer alterações subsequentes aos seus justos valores são reconhecidas directamente no Capital Próprio, em reservas de justo valor (excepto no caso de perdas por imparidade e de ganhos e perdas cambiais), até que o activo financeiro seja desreconhecido, momento em que o ganho ou perda cumulativo anteriormente reconhecido no capital próprio deverá ser reconhecido nos resultados. Contudo, o juro calculado usando o método do juro efectivo é reconhecido nos resultados. Os dividendos resultantes de um instrumento de capital próprio disponível para venda são reconhecidos nos resultados quando o direito da entidade de receber pagamento for estabelecido.

Os investimentos em instrumentos de Capital Próprio que não tenham um preço de mercado cotado num mercado activo e cujo justo valor não possa ser fiavelmente mensurado (bem como os derivados que estejam ligados a esses instrumentos de Capital Próprio e que devam ser liquidados pela entrega dos mesmos), são mensurados pelo custo.

Um activo financeiro é desreconhecido quando:

• Os direitos contratuais aos fluxos de caixaresultantes desse activo expiram;• Tenham sido transferidos substancialmente todosos riscos e benefícios associados à detenção desse activo; ou• Apesar dos riscos e benefícios não terem sidosubstancialmente transferidos, o Grupo não reteve o controlo sobre esse activo.

Reclassificações entre categorias de activos financeiros

Conforme preconizado na IAS 39, o Grupo não procede a reclassificações de instrumentos financeiros designados inicialmente pelo justo valor por via dos resultados, enquanto estes estiverem detidos ou emitidos pelo Grupo. Contudo, se como resultado de uma alteração da intenção ou capacidade, deixar de ser apropriado classificar um instrumento como detido até à maturidade, este é reclassificado como disponível para venda e remensurado pelo seu justo valor. Imparidade

O Grupo avalia regularmente se existe prova objectiva de que um activo financeiro, ou grupo de activos financeiros, apresenta sinais de imparidade. Para os activos financeiros que apresentam sinais de imparidade, é determinado o respectivo valor recuperável, sendo as perdas por imparidade registadas por contrapartida de resultados.

Um activo financeiro, ou grupo de activos financeiros, encontra-se em imparidade sempre que exista uma prova objectiva de imparidade resultante de um ou mais eventos que ocorreram após o seu reconhecimento inicial. Quando existe evidência de imparidade nos activos financeiros disponíveis para venda, a perda potencial acumulada registada no capital próprio (correspondente às variações negativas no justo valor) é transferida para resultados. Para as restantes categorias de activos financeiros (incluindo investimentos em instrumentos de capital próprio mensurados pelo custo), as perdas por imparidade reconhecidas são registadas directamente nos resultados.

O Grupo determina que existe imparidade nos seus activos financeiros disponíveis para venda quando existe uma desvalorização continuada ou de valor significativo no seu justo valor. A determinação de uma desvalorização continuada ou de valor significativo requer julgamento. No julgamento efectuado, o Grupo avalia entre outros factores, a volatilidade normal dos preços das acções.

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Adicionalmente, as avaliações são obtidas através de preços de mercado ou de modelos de avaliação os quais requerem a utilização de determinados pressupostos ou julgamento no estabelecimento de estimativas de justo valor.

Metodologias alternativas e a utilização de diferentes pressupostos e estimativas, poderá resultar num nível diferente de perdas por imparidade reconhecidas, com o consequente impacto nos resultados do Grupo.

Reversão da imparidade - Activos financeiros mensurados pelo custo amortizado

Se, num período subsequente, a quantia da perda por imparidade diminuir e a diminuição for objectivamente relacionada com um acontecimento que ocorra após o reconhecimento da imparidade, a perda por imparidade anteriormente reconhecida é revertida, não excedendo contudo o custo amortizado que resultaria caso a imparidade não tivesse sido reconhecida à data em que a mesma foi revertida.

Reversão da imparidade - Activos financeiros mensurados pelo custo

No caso de investimentos em instrumentos de capital próprio que sejam mensurados pelo custo, as perdas de imparidade reconhecidas não são reversíveis.

Reversão da imparidade - Activos financeiros disponíveis para venda

As perdas por imparidade reconhecidas nos resultados para um investimento num instrumento de capital próprio classificado como disponível para venda não são revertidas por via dos resultados, mas sim por reservas. No caso de instrumentos de dívida classificados como disponíveis para venda, a reversão dessas perdas é efectuada por via dos resultados.

2.17 CAIXA E SEUS EQUIVALENTES

Caixa compreende o dinheiro em caixa e em depósitos à ordem. Equivalentes de caixa são investimentos a curto prazo, com maturidade inferior a três meses a contar da data de balanço, altamente líquidos que sejam prontamente convertíveis para quantias conhecidas de dinheiro e que estejam sujeitos a um risco insignificante de alterações de valor.

2.18 ACTIVOS (NÃO CORRENTES) DETIDOS PARA VENDA E PASSIVOS RELACIONADOS

O Grupo AUTO INDUSTRIAL classifica um Activo não Corrente ou um grupo para Alienação como Detido para Venda se a sua quantia escriturada vai ser recuperada principalmente através de uma transacção de venda em vez de através de uso continuado.

Os activos ou grupos para alienação assim classificados

estão disponíveis para venda imediata na sua condição presente, sujeitos aos termos de venda habituais decorrentes do enquadramento legal e estatutário do Grupo AUTO INDUSTRIAL e a venda desses activos ou grupos para alienação é altamente provável. Espera-se que as vendas dos activos não correntes ou dos grupos para alienação sejam concluídas até um ano a partir da data da respectiva classificação como detidos para venda. Dado o acima referido enquadramento legal e estatutário, existem com frequência acontecimentos e circunstâncias fora do controlo do Grupo AUTO INDUSTRIAL que obrigam a estender o período para concluir as vendas para lá de um ano, apesar do Grupo se manter comprometido com a venda dos activos ou dos grupos para alienação; nestes casos, é mantida a classificação de detidos para venda.

Os activos não correntes ou grupos para alienação, classificados como detidos para venda, são mensurados pelo menor valor entre as respectivas quantias escrituradas e os respectivos justos valores menos os custos de vender. Antes da classificação inicial dos activos ou grupos para alienação como detidos para venda, as respectivas quantias escrituradas foram mensuradas de acordo com as IFRS aplicáveis. Por outro lado, são reconhecidas perdas por imparidade relativamente a reduções do activo ou grupo para alienação para o justo valor menos os custos de vender e são reconhecidos ganhos para qualquer aumento no justo valor menos os custos de vender dos activos.

2.19 PROVISÕES, ACTIVOS CONTINGENTES E PASSIVOS CONTINGENTES

Provisões

Uma Provisão é um passivo de tempestividade ou quantia incerta.

Uma Provisão é reconhecida quando: (i) o Grupo tem uma obrigação presente (legal ou construtiva) como resultado de um acontecimento passado; (ii) é provável que um ex-fluxo de recursos que incorporem benefícios económicos seja exigido para liquidar a obrigação; e (iii) possa ser feita uma estimativa fiável da quantia da obrigação.

O reconhecimento inicial da Provisão é efectuado por débito nos resultados, sendo a reversão da mesma efectuada quando o acontecimento que lhe esteve na origem deixar de ser provável. A reversão da provisão é identicamente reflectida nos resultados do exercício.

A Provisão é utilizada directamente nos dispêndios relativos aos quais a mesma foi inicialmente reconhecida, não sendo nesses casos registado qualquer ganho ou perda na demonstração dos resultados.

Quando o efeito do valor temporal do dinheiro for material, a quantia da provisão registada corresponde ao valor presente dos dispêndios que se espera que sejam necessários para liquidar a obrigação. Nestes casos a quantia da provisão aumenta em cada período para reflectir a passagem do tempo, sendo esse aumento reconhecido como um gasto com juros. RE

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Activos e passivos contingentes

Um passivo contingente é: (i) uma possível obrigação que surge proveniente de acontecimentos passados e cuja existência somente é confirmada pela ocorrência, ou não ocorrência, de um ou mais acontecimentos futuros incertos, não totalmente sob o controlo do Grupo; ou (ii) uma obrigação presente que surge de acontecimentos passados mas que não é reconhecida porque: não é provável que um ex-fluxo de recursos que incorporem benefícios económicos seja necessário para liquidar a obrigação ou porque a quantia da obrigação não pode ser mensurada com suficiente fiabilidade.

Um activo contingente é um possível activo que surge de acontecimentos passados e cuja existência somente é confirmada pela ocorrência ou não ocorrência de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente sob o controlo do Grupo.

Os activos e passivos contingentes não são reconhecidos na face das demonstrações financeiras, mas divulgados nas notas anexas. Nos casos em que a possibilidade de um ex-fluxo de recursos que incorporem benefícios económicos for remota ou se for pouco provável que ocorra o influxo de benefícios económicos, os respectivos passivos contingentes ou activos contingentes não são divulgados.

2.20 OUTROS PASSIVOS FINANCEIROS

Um instrumento é classificado como um Passivo Financeiro quando existe uma obrigação contratual da sua liquidação ser efectuada mediante a entrega de dinheiro ou de outro activo financeiro, independentemente da sua forma legal. Estes Passivos Financeiros são mensurados inicialmente pelo seu justo valor deduzido dos custos de transacção directamente atribuíveis à emissão do passivo financeiro e subsequentemente mensurados pelo custo amortizado usando o método do juro efectivo.

2.21 LOCAÇÕES

Uma Locação é um acordo pelo qual o locador transmite ao locatário em troca de um pagamento ou série de pagamentos o direito de usar um activo por um período de tempo acordado.

Uma Locação Financeira é uma locação que transfere substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à propriedade de um activo. O título de propriedade pode ou não ser eventualmente transferido. Uma Locação Operacional é uma locação em que uma parcela significativa dos riscos e benefícios inerentes à posse dos bens é retida pelo locador.

O Grupo classifica as operações de locações como Locações Financeiras ou locações operacionais, em função da sua substância e não da sua forma legal, dando cumprimento aos critérios estabelecidos na IAS 17, na SIC 15, SIC 27 e IFRIC 4.

Situações em que o Grupo age como locatário – Locação financeira

Os contratos de Locação Financeira são registados, na data do seu início, no activo e no passivo, pelo custo de aquisição da propriedade locada, que corresponde ao valor actual das rendas de locação vincendas. As rendas são constituídas: (i) pelo encargo financeiro que é debitado em resultados; e (ii) pela amortização financeira do capital que é deduzida ao passivo. Os encargos financeiros são reconhecidos como gastos ao longo do período de Locação, a fim de produzirem uma taxa de juro periódica constante sobre o saldo remanescente do passivo em cada período.

Situações em que o Grupo age como locador – Locação financeira

Os contratos de Locação Financeira são registados no balanço como créditos concedidos pelo valor equivalente ao investimento líquido realizado nos bens locados.

Os juros incluídos nas rendas debitadas aos clientes são registadas como rendimentos enquanto que as amortizações de capital também incluídas nas rendas são deduzidas ao valor do crédito concedido a clientes. O reconhecimento dos juros reflecte uma taxa de retorno periódica constante sobre o investimento líquido remanescente do locador.

Situações em que o Grupo age como locatário – Locação operacional

Os pagamentos de Locação ao abrigo de contratos de Locação Operacional, são registadas como um gasto no período em que ocorrem, numa base de linha recta durante o período de locação.

Situações em que o Grupo age como locador – Locação operacional

O Grupo apresenta os activos sujeitos a Locação Operacional no seu balanço de acordo com a natureza do activo. Assim, os veículos adquiridos para aluguer são registados na rubrica activos tangíveis, em equipamento de transporte e são amortizados conforme indicado na nota 2.10.

Os rendimentos provenientes de contratos de Locação Operacional, são reconhecidos no rendimento numa base de linha recta durante o prazo da Locação .

Os custos directos iniciais incorridos são adicionados à quantia escriturada do activo locado e reconhecidos como um gasto durante o prazo da Locação, na mesma base do rendimento da Locação.

Por forma a determinar se o activo locado ficou em imparidade, aplica-se o disposto na IAS 36.

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2.22 APLICAÇÕES POR RECUPERAÇÃO DE CRÉDITO

As Aplicações por Recuperação de Crédito incluem viaturas resultantes da resolução de contratos de crédito sobre clientes da actividade financeira. Estes activos são registados na rubrica Outros Activos - Correntes sendo a sua mensuração inicial efectuada pelo menor entre o seu justo valor e o valor de balanço do crédito que lhe deu origem.

O justo valor é baseado no valor de mercado, sendo este determinado com base no preço expectável de venda obtido através de tabelas de referência do sector automóvel.

A mensuração subsequente destes activos é efectuada ao menor entre o seu valor contabilístico e o correspondente justo valor actual, não sendo sujeitos a amortização.

Caso existam perdas não realizadas, estas são registadas por contrapartida de resultados do exercício.

3 GESTÃO DE RISCOS DA ACTIVIDADE

Gestão de riscos

As diversas sociedades do Grupo AUTO INDUSTRIAL estão, no âmbito da sua actividade, sujeitas a diversos riscos que podem ser organizados em quatro grandes grupos: (i) risco de crédito; (ii) risco de mercado; (iii) risco de liquidez; e (iv) risco operacional.

Com o intuito de prever, controlar e mitigar riscos, fraudes, erros e irregularidades o grupo dispõe de um Sistema de Controlo Interno que de uma forma centralizada define e faz implementar as politicas de gestão de risco e logo os processos, os procedimentos e a estrutura organizativa que melhor se adequam aos objectivos de gestão de risco emanados pelo Conselho de Administração do Grupo.

Atendendo às características específicas dos dois principais vectores de actividade do Grupo – Comercial e Financeiro – descrevemos as estratégias e políticas de gestão dos riscos, separadamente para cada actividade.

Actividade Comercial

(i) Risco de crédito

O Conselho de Administração define e revê periodicamente a estratégia de gestão de risco de crédito.

Na decorrência destas políticas são definidos os limites de crédito concedido e a aprovação dos créditos tem níveis de autorização relacionados com o montante aprovado. Os valores e procedimentos constam de regras internas definidas pela Administração. O processo para aprovação de novos créditos assenta: (i) numa apurada análise; (ii) na obtenção de garantias mínimas dadas pelo cliente; e (iii) na recolha de informação sobre o potencial cliente (dados pessoais, rendimentos, profissão, consulta

de bases de dados de incumprimentos), a qual é obtida nas operações e enviada para os serviços centrais que, em conjunto com outros elementos de análise, remete o processo para aprovação da Administração, sempre que seja necessário.

(ii) Risco de mercado

Face ao perfil da actividade comercial do grupo, a exposição ao risco de mercado é bastante residual, entendendo-se como principal risco os níveis e antiguidades dos stocks Ainda assim, a Administração instituiu políticas de gestão deste risco, sendo regularmente feito o acompanhamento da antiguidade e volumes dos stocks, por forma a controlar eventuais desvios relativamente aos níveis considerados normais, que constam de parâmetros definidos pela Administração, tendo em conta o mercado, nomeadamente a evolução futura e a eventual sazonalidade, enquadrados com as políticas internas.

(iii) Risco de liquidez

Anualmente é elaborado um orçamento por cada operação do grupo, em que consta um orçamento das necessidades de tesouraria. A nível central, é efectuado o orçamento de tesouraria do DAF (Departamento Administrativo Financeiro) que consolida todas as necessidades de tesouraria do grupo, da actividade comercial, o qual quantifica e integra as directrizes estratégicas de gestão de liquidez, nomeadamente no que concerne à composição e diversidade das fontes de financiamento. Este orçamento, tal como o de cada operação, é analisado e aprovado pela Administração. Mensalmente são analisados os desvios através dos mapas de controlo orçamental, sendo tomadas decisões para a sua correcção. Semestralmente são revistos e actualizados os orçamentos de tesouraria para os seis meses seguintes.

Actividade Financeira

Risco de crédito O Conselho de Administração define e revê periodicamente a estratégia de gestão de Risco de Crédito. Esta estratégia estabelece a política de risco a implementar e o nível de rentabilidade esperado em função dos diferentes graus de risco de crédito passíveis de serem assumidos. Na política de risco estabelecida são definidos os limites globais de crédito a nível individual e de grupo e o processo para aprovação de novos créditos e renovação de créditos existentes.

No Regulamento de Crédito de cada sucursal e da filial do Grupo, discutido e aprovado centralmente mas devidamente adaptado às especificidades de cada país, está definido e documentado o referido processo de concessão de crédito. O incumprimento deste regulamento encontra-se bloqueado pelo sistema informático implementado, que foi desenvolvido internamente de forma a responder às necessidades RE

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específicas do negócio. O cumprimento do Regulamento de Crédito e a detecção de eventuais falhas de controlo são também verificados através de auditorias internas regulares a processos seleccionados aleatoriamente.

A concessão de crédito assenta numa rigorosa análise, que considera o scoring das propostas apresentadas, entrando em linha de conta com diversas variáveis que afectam o risco potencial das operações. No âmbito do novo acordo de capital regulamentar Basileia II e respeitando os normativos legais decorrentes do mesmo, o Grupo desenvolveu e implementou modelos internos de notação de risco.

O Grupo possui modelos de avaliação do risco de crédito que permitem a produção de informação de forma integrada e segmentada. Esta informação é elaborada pela Direcção de Risco e mensalmente reportada à Direcção e Administração para acompanhamento e

gestão permanente do risco das carteiras de crédito originadas em cada ano e relativas a cada produto pelas diferentes participadas e sucursal. É também reportada informação sobre risco de crédito a entidades externas, de entre as quais se destaca o Banco de Portugal.

A definição anual do pricing de cada produto está assente em critérios que permitem controlar à partida o nível de risco que o Grupo está disposto a assumir em cada ano em função da rendibilidade pretendida. O cálculo deste pricing baseia-se nos custos de funding, nos custos administrativos, no risco associado às operações e no spread líquido que se pretende obter em cada segmento, relevando ainda a concorrência de cada segmento.

A repartição por tipo de cliente da exposição ao risco de crédito, para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2008 e 2007, encontra-se apresentada conforme segue:

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Créditos sobre clientesActivos financeiros detidos

para negociaçãoActivos financeiros detidos

para venda Garantiasprestadas

Valor Bruto Imparidade Valor bruto Imparidade Valor Bruto Imparidade

Crédito a empresas 117.627.663 4.730.438 - - - - -

Crédito a particulares - Habitação 2.151.821 78.442 - - - - -

Crédito a particulares - Outro 900.800.152 48.686.075 - - - - -

Outros - - 9.381.908 - 69.573 - 6.982.167

Total 1.020.579.636 53.494.955 9.381.908 - 69.573 - 6.982.167

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2007

Créditos sobre clientesActivos financeiros detidos

para negociaçãoActivos financeiros detidos

para venda Garantiasprestadas

Valor Bruto Imparidade Valor bruto Imparidade Valor Bruto Imparidade

Crédito a empresas 124.659.418 10.603.372 - - - - -

Crédito a particulares - Habitação 2.349.717 199.864 - - - - -

Crédito a particulares - Outro 948.559.528 80.683.276 - - - - -

Outros - - 5.697.311 - 69.573 - 6.215.557

Total 1.075.568.663 91.486.512 5.697.311 - 69.573 - 6.215.557

EUROS

Risco de taxa de juro

A política de gestão do risco de taxa de juro do Grupo Tecnicrédito, definida pelo Conselho de Administração, passa pela monitorização periódica deste risco de modo a, em cada momento e face ao nível de exposição detectado, serem contratados instrumentos de cobertura de modo a manter a exposição do Grupo ao risco de taxa de juro a níveis baixos.

Semestralmente é elaborado um relatório de exposição do Grupo ao risco de taxa de juro, considerando as maturidades e repricings das exposições, avaliando potenciais perdas em cenários de evolução das taxas de juro (stress tests).

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De acordo com o definido pela instrução nº. 19/2005 do Banco de Portugal, uma variação da taxa de juro de 200 p.b. origina um impacto acumulado negativo no Capital próprio no montante de Euros 19.247.823 que corresponde a um impacto negativo de 8,3%. A mesma

variação da taxa de juro para os instrumentos sensíveis à taxa de juro até um ano origina um impacto acumulado na Margem financeira no montante de Euros 1.449.935 que corresponde a um impacto positivo de 1,9%. RE

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A análise da exposição ao risco de taxa de juro, para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2008, encontra-se apresentada como segue:

A análise da exposição ao risco de taxa de juro, para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2007, encontra-se apresentada como segue:

2008

Valor de Balanço

Não sensíveis Até 3 mesesDe 3 a 6 meses

De 6 a 12 meses

De 1 a 5 anosMais de 5

anos

Activo

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 259.528 31.204 228.324 - - - -

Disponibilidades em ouras instituições de crédito 88.529.601 - 88.529.601 - - - -

Activos financeiros detidos para negociação 9.381.908 - 190.892 150.448 344.291 8.456.200 240.077

Activos financeiros disponíveis para venda 69.573 - - - - - 69.573

Aplicações em instituições de crédito 3.212.727 - 3.212.727 - - - -

Crédito a clientes 967.084.681 - 306.972.499 53.738.482 96.825.089 456.266.166 53.282.445

Passivo

Passivos financeiros detidos para negociação 10.365.669 - 627.407 231.573 782.619 8.482.285 241.785

Recursos de outras instituições de crédito 332.523.161 - 126.802.427 8.962.358 156.758.376 40.000.000 -

Recursos de clientes 4.189.503 - 4.189.503 - - - -

Responsabilidades representadas por títulos 486.882.846 - 249.066.139 97.015.203 37.588.683 103.212.821 -

Passivos subordinados 5.085.715 - - - - 5.085.715 -

EUROS

2007

Valor de Balanço

Não sensíveis Até 3 mesesDe 3 a 6 meses

De 6 a 12 meses

De 1 a 5 anosMais de 5

anos

Activo

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 186 095 36 181 149 914 - - - -

Disponibilidades em ouras instituições de crédito 90 249 929 - 90 249 929 - - - -

Activos financeiros disponíveis para venda 69.573 - - - - - 69.573

Aplicações em instituições de crédito 1 847 628 - 1 847 628 - - - -

Crédito a clientes 984 082 151 - 143 722 982 249 550 625 92 823 456 452 546 720 45 438 368

Passivo

Passivos financeiros detidos para negociação 4 306 292 - 243 121 427 182 964 660 2 671 329 -

Recursos de outras instituições de crédito 331 624 953 - 77 118 369 75 263 243 20 000 000 159 243 340 -

Recursos de clientes 4 540 714 - 4 540 714 - - - -

Responsabilidades representadas por títulos 524 435 186 - 25 710 853 128 666 846 70 062 392 250 868 881 49 126 215

Passivos subordinados 5 823 651 - - - - 5 823 651 -

EUROS

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Risco de Taxa de Câmbio

No que respeita ao risco cambial, o Bank Plus Bank Zártkorúen Múkodó Részvénytársaság é a entidade do Grupo cuja carteira de crédito apresenta níveis significativos de exposição a moeda estrangeira para o Grupo. Com o objectivo único de proteger a sua carteira de crédito indexada em moeda estrangeira (euros e francos suíços) de variações cambiais, esta participada

segue uma política de cobertura através da constituição de responsabilidades em moeda e montante equivalente à carteira de crédito indexada a cada moeda e, não sendo esta medida suficiente, através da contratação de instrumentos derivados de cobertura.

A repartição dos activos e passivos, a 31 de Dezembro de 2008, por moeda, é analisada como segue:

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Euro Coroa Eslovaca Zloty Polaco Forint Húngaro Franco Suiço Real Brasileiro Valor Total

Activo

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 248.697 - 254. 10.577 - - 259.528

Disponibilidades em outras instituições de crédito 85.913.076 475.058 973 2.091.529 48.965 - 88.529.601

Activos financeiros detidos para negociação 9.335.095 - - 46.813 - - 9.381.908

Activos financeiros disponíveis para venda 69.573 - - - - - 69.573

Aplicações em instituições de crédito 2.864.727 - 348.000 - - - 3.212.727

Crédito a clientes 797.894.522 14.071.448 4.108.860 9.868.051 141.143.800 - 967.084.681

Derivados de Cobertura 70.913 - - - - - 70.913

Activos tangíveis 12.512.473 180.749 63.607 817.935 - - 13.574.764

Activos intangíveis 374.305 4.059 9.913 121.219 - - 509.496

Investimentos em associadas - - - - - 15.445.572 15.445.572

Activos por impostos correntes 1.514.114 - - 128.761 - - 1.642.875

Activos por impostos diferidos 2.790.820 94.767 228.031 - - - 3.113.618

Outros Activos 12.049.074 242.081 61.358 398.493 - - 12.751.006

Total do Activo 925.637.389 15.068.162 4.818.996 13.483.378 141.192.765 15.445.572 1.115.646.262

Passivo

Passivos financeiros detidos para negociação 9.640.201 - - 272.209 453.259 - 10.365.669

Recursos de outras instituições de crédito 229.960.323 13.596.028 - 660.159 88.306.651 - 332.523.161

Recursos de clientes 4.112.297 - - 77.206 - - 4.189.503

Responsabilidades representadas por títulos 486.882.846 - - - - - 486.882.846

Derivados de cobertura 2.147.360 - - - - - 2.147.360

Provisões 1.125.000 - - 283.254 - - 1.408.254

Passivos por impostos correntes (5.181) 5.181 - - - - -

Passivos por impostos diferidos - - - 209.536 - - 209.536

Passivos subordinados 5.085.715 - - - - - 5.085.715

Outros Passivos 29.604.455 232.714 196.716 2.870.447 - - 32.904.332

Total do Passivo 768.553.016 13.833.923 196.716 4.372.811 88.759.910 - 875.716.376

Total do Capital próprio 157.084.373 1.234.239 4.622.280 9.110.567 52.432.855 15.445.572 239.929.886

Total do passivo e do capital próprio 925.637.389 15.068.162 4.818.996 13.483.378 141.192.765 15.445.572 1.115.646.262

EUROS

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A repartição dos activos e passivos, a 31 de Dezembro de 2007, por moeda, é analisada como segue:

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2007

Euro Coroa Eslovaca Zloty Polaco Forint Húngaro Franco Suiço Real Brasileiro Valor Total

Activo

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 145.132 28.986 1.216 10.761 - - 186.095

Disponibilidades em outras instituições de crédito 89.910.961 355 15.063 323.550 - - 90.249.929

Activos financeiros detidos para negociação 4.969.826 - - 249.994 477.491 - 5.697.311

Activos financeiros disponíveis para venda 69.573 - - - - - 69.573

Aplicações em instituições de crédito 1.346.989 - 500.639 - - - 1.847.628

Crédito a clientes 849.436.747 7.534.216 1.846.242 9.628.662 115.136.284 - 984.082.151

Derivados de Cobertura 6.704.780 - - - - - 6.704.780

Activos tangíveis 15.721.514 170.144 79.095 737.363 - - 16.708.116

Activos intangíveis 420.491 1.869 23.135 135.341 - - 580.836

Investimentos em associadas - - - - - 17.167.066 17.167.066

Activos por impostos correntes (130.153) - - 342.615 - - 212.462

Activos por impostos diferidos 618.451 197.403 99.504 - - - 915.358

Outros Activos 13.440.989 64.371 168 415.696 - - 13.921.224

Total do Activo 982.655.300 7.997.344 2.565.062 11.843.982 116.113.775 17.167.066 1.138.342.529

Passivo

Passivos financeiros detidos para negociação 4.271.264 - - 35.028 - - 4.306.292

Recursos de outras instituições de crédito 231.223.391 6.452.745 - 3.764.275 90.184.542 - 331.624.953

Recursos de clientes 4.476.407 - - 64.307 - - 4.540.714

Responsabilidades representadas por títulos 524.435.186 - - - - - 524.435.186

Derivados de cobertura 1.085.741 - - - - - 1.085.741

Provisões 1.625.000 - - - - - 1.625.000

Passivos por impostos correntes 469.564 - - - - - 469.564

Passivos por impostos diferidos - - - 352.753 - - 352.753

Passivos subordinados 5.823.651 - - - - - 5.823.651

Outros Passivos 33.931.351 321.277 96.321 652.882 502.516 - 35.504.347

Total do Passivo 807.341.555 6.774.022 96.321 4.869.245 90.687.058 - 909.768.201

Total do Capital próprio 175.313.745 1.223.323 2.468.741 6.974.737 25.426.717 17.167.066 228.574.328

Total do passivo e do capital próprio 982.655.300 7.997.344 2.565.062 11.843.982 116.113.775 17.167.066 1.138.342.529

EUROS

Risco de liquidez

O planeamento financeiro e de liquidez é elaborado e gerido numa perspectiva de Grupo e contempla medidas preventivas para casos de falhas na obtenção de liquidez no mercado. A política de captação de financiamentos assenta em primeiro lugar no princípio da diversidade das fontes de financiamento, e em segundo lugar na eficiência em termos de custo. A prioridade dada ao princípio da diversidade sustenta o empenho na não concentração excessiva em determinada fonte de financiamento, o que

tem implicações preventivas em casos de escassez ou interrupções da oferta em qualquer uma, individualmente, das fontes de financiamento no mercado. Anualmente é elaborado e integrado no orçamento geral do Grupo um orçamento das necessidades de tesouraria para cada actividade, que quantifica e integra as directrizes estratégicas de gestão de liquidez, nomeadamente no que concerne à composição e diversidade das fontes de financiamento. Este orçamento é analisado e aprovado pela Administração.

Com uma periodicidade mensal é revisto e actualizado o orçamento de tesouraria para os doze meses seguintes, sendo que é igualmente elaborado e dado a conhecer à

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Direcção Financeira e à Administração um relatório de tesouraria que releva, entre outros, a gestão da liquidez e da execução do orçamento de Tesouraria bem como a avaliação e controlo das exigências líquidas de fundos actuais e expectáveis em função de simulações de diversos cenários no que concerne às necessidades de fundos e à disponibilidade dos instrumentos financeiros projectados.

Mensalmente é ainda preparado e apresentado ao Conselho de Administração o mapa de gestão de fundos que enuncia, entre outras, todas as linhas de crédito contratadas, valores negociados e respectivas utilizações.

Na gestão de liquidez são controladas diariamente as obrigações das empresas do Grupo versus os recursos que as mesmas necessitam de disponibilizar, sendo gerida a utilização dos recursos de muito curto prazo em função do preço e da diversificação dos recursos utilizados por diferentes bancos financiadores de forma a gerir a relação com esses mesmos bancos. Relativamente ao risco de liquidez, o Bank Plus Bank Zártkorúen Múkodó Részvénytársaság usa operações cambiais activas para fazer um hedging da sua carteira de crédito concedido em moeda estrangeira, de forma que variações na carteira da empresa tenham compensações equivalentes no valor das operações cambiais. Este hedging é feito moeda a moeda, nomeadamente euros e francos suíços. Risco operacional A estratégia de gestão do risco operacional do Grupo Tecnicrédito estabelece os princípios de identificação, avaliação, controlo e mitigação do risco e está contida e sistematizada nas Normas Internas. Este é o documento de base que enforma as regras de prevenção do risco operacional definidas para o Grupo e logo as normas ajustadas às especificidades de cada país onde o Grupo opera. O Gabinete de Estudo, órgão de staff independente que reporta directamente à Administração, tem à sua responsabilidade a função de compliance, no âmbito da qual, em parceria com as diversas áreas funcionais de Portugal e dos restantes países, procede à elaboração e actualização periódica dos normativos internos do Grupo, bem como à sua comunicação. Estes normativos encontram-se publicados numa aplicação disponível em todos os países e acessível a todos os colaboradores. O seu cumprimento é alvo de verificação e controlo periódico em todos os departamentos das diversas participadas e respectivas sucursais, através de auditorias elaboradas pelas equipas de Auditoria Interna. Estes processos de auditoria culminam na elaboração de relatórios de auditoria que são veiculados junto das respectivas Direcções e da Administração.

Em paralelo com as referidas Normas Internas, elas próprias mitigadoras do risco operacional e promotoras da divulgação e adequado tratamento e resolução de situações eventualmente geradoras de risco operacional, o Grupo tem em utilização por todos os colaboradores o módulo de registo dos eventos de risco operacional para a actividade em Portugal, Espanha e Hungria, sendo produzidos mensalmente relatórios sobre os resultados obtidos. Através do Módulo de risco operacional é possível registar, de modo organizado, todas as ocorrências nas áreas consideradas mais relevantes para o negócio, identificar, avaliar, monitorar o risco operacional e armazenar informações associadas a este risco. São também efectuados controlos à base de dados com o intuito de detectar a existência de incongruências e realizadas auditorias. Os softwares utilizados na gestão operacional do negócio são desenvolvidos internamente revelando um elevado nível de customização ao negócio desenvolvido e às realidades dos países onde o grupo opera, traduzindo-se tal facto num elevado número de restrições, limites e controlos impostos pelo próprio “sistema informático”. Saliente-se ainda o elevado nível de segregação de funções como mais uma forma de controlo de irregularidades. O software denominado “Informação de Gestão” é um módulo de reports onde consta a informação mais relevante do Grupo, segmentada por país, dentro de cada país, pelos vários departamentos, e com diferentes permissões de acesso consoante o tipo de utilizador. Este projecto permite um controlo mais rápido e eficaz sobre o risco operacional da empresa, permite a monitorização on-line das performances relacionadas com a actividade corrente, em cada uma das actividades desenvolvidas, e da prevenção e controlo de possíveis falhas, entre outros. Do ponto de vista do Controlo Interno esta aplicação revelou-se de excepcional importância uma vez que permitiu que diversos controlos estejam disponíveis on-line na rede interna do Grupo. O Grupo tem em desenvolvimento e implementação um Plano de Contingência, que, na parte respeitante à garantia do funcionamento contínuo da actividade após a ocorrência de eventos susceptíveis de afectar essa continuidade (Business Continuity Management). Gestão de capital e Rácio de solvabilidade Os principais objectivos da gestão de capital no Grupo são (i) permitir o crescimento sustentado da actividade através da geração de capital suficiente para suportar o aumento dos activos, (ii) cumprir os requisitos mínimos definidos pelas entidades de supervisão em termos de adequação de capital e (iii) assegurar o cumprimento dos objectivos estratégicos do Grupo em matéria de adequação de capital.

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A definição de estratégia a adoptar em termos de gestão de capital é da competência do Conselho de Administração encontrando-se integrada na definição global de objectivos do Grupo.

Em termos prudenciais, o Grupo está sujeito à supervisão do Banco de Portugal que estabelece as regras que a este nível deverão ser observadas pelas diversas instituições sob a sua supervisão. Estas regras determinam um rácio mínimo de fundos próprios totais em relação aos requisitos exigidos pelos riscos assumidos, que as instituições deverão cumprir.

4 RÉDITO DAS VENDAS E DOS SERVIÇOS PRESTADOS

O grupo está actualmente organizado em quatro segmentos de negócio, com as seguintes unidades de negócio:

• Automóvel;• Equipamentosindustriaisagrícolasemarítimos;• Financeira;• GestãodeParticipaçõeseOutros

A repartição das vendas e das prestações de serviços por área de negócio, nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2008 e 2007, apresentada no mapa abaixo, evidencia o segmento Automóvel como mais significativo, dentro da actividade comercial:

Rédito das Vendas e dos Serviços Prestados por Área de Negócio

2008 2007

Vendas

Automóvel 261.579.574 274.090.312

Equipamentos industriais, agrícolas e marítimos 19.905.641 21.349.411

281.485.215 295.439.723

Prestação de Serviços

Automóvel 12.074.569 11.885.921

Equipamentos industriais, agrícolas e marítimos 142.212 158.002

Financeiro 19.953.061 15.281.665

Gestão de participações e outros 1.525.724 1.821.506

33.695.566 29.147.094

315.180.781 324.586.817

No quadro seguinte apresenta-se, a repartição das vendas e das prestações de serviços por natureza de actividade:

Rédito das Vendas e dos ServiçosPrestados por Actividade

2008 2007

Vendas

Viaturas novas 198.537.566 201.177.215

Viaturas usadas 43.096.216 53.856.393

Peças 39.851.433 40.406.157

281.485.215 295.439.765

Prestação de Serviços

Reparação em oficinas 12.216.781 12.043.881

Serviços bancários prestados 17.965.166 12.671.299

Rent-a-Car 1.525.724 1.821.506

Outros proveitos de serviços e comissões

1.987.895 2.610.366

33.695.566 29.147.052

315.180.781 324.586.817

A rubrica Serviços Bancários Prestados refere-se essencialmente a comissões de gestão de contratos de crédito cobradas aos clientes, pelas empresas da área financeira (Sub-Grupo Tecnicrédito).

5 PROVEITOS (JUROS) OBTIDOS NA ACTIVIDADE FINANCEIRA

Os valores registados nesta rubrica correspondem aos Proveitos Obtidos na Actividade Financeira, pelas diversas empresas do Sub-Grupo Tecnicrédito, correspondendo essencialmente a juros e comissões resultantes da remuneração dos créditos concedidos aos clientes. O detalhe do valor apurado relativamente a Proveitos (Juros) obtidos na Actividade Financeira, para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 pode ser analisado como segue:

Proveitos Obtidos na Actividade Financeira 2008 2007

Crédito ao consumo no país 76.980.819 76.123.182

Crédito ao consumo no estrangeiro 32.383.939 29.697.919

Locação financeira 8.103.296 6.713.856

Derivados de cobertura 3.913.064

Outros juros e proveitos equiparados 3.476.540 2.409.218

124.857.658 114.944.175

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6 OUTROS RENDIMENTOS E GANHOS OPERACIONAIS

O quadro seguinte apresenta o detalhe de Outros Rendimentos e Ganhos Operacionais do grupo durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2008 e em 2007:

Outros Rendimentos e Ganhos Operacionais 2008 2007

Diferenças cambiais da actividade financeira 73.402.809 21.531.298

Proveitos suplementares 4.322.027 3.784.215

Proveitos de locação operacional 799.193 1.478.411

Ganhos na venda de imobilizado 450.273 1.931.254

Prémio por angariação de seguros 448.377 2.320.051

Outros proveitos e ganhos operacionais 2.415.795 2.519.217

81.838.474 33.564.446

A rubrica Diferenças Cambiais regista os ganhos obtidos com as diferenças cambiais geradas na conversão dos contratos de crédito ao consumo em moeda estrangeira do Bank Plus Bank Zártkörúen Múködó Részvénytársaság.

O valor registado em proveitos suplementares corresponde essencialmente a ganhos obtidos no segmento Automóvel com bónus e prémios de objectivos de vendas atribuídos pelas marcas.

Os proveitos registados em prémios por angariação de seguros encontram-se associados na sua totalidade à actividade financeira do Sub-Grupo Tecnicrédito.

A rubrica Outros Proveitos e Ganhos Operacionais inclui um montante de 374 930 euros (2007: 377 656 euros) decorrente de mais-valias obtidas na venda de equipamentos de contratos de locação financeira rescindidos.

7 VARIAÇÃO NOS INVENTÁRIOS DE PRODUTOS ACABADOS E EM CURSO

A Variação nos Inventários de Produtos Acabados e em Curso, para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2008 e 2007, foi apurada como se segue:

Variação nos Inventários de Produtos Acabados e em Curso

2008 2007

Inventário Final 174.872 84.454

Produtos acabados 68.711 35.243

Produtos e trabalhos em curso 106.161 49.212

Inventário Inicial 84.454 112.253

Produtos acabados 35.243 36.312

Produtos e trabalhos em curso 49.212 75.941

Variação da Produção 19.045 (27.799)

Produtos acabados 33.469 (1.069)

Produtos e Trabalhos em curso (14.424) (26.729)

O valor registado em Produtos Acabados corresponde ao valor de mão-de-obra incorporada na preparação de viaturas que se encontram em stock, pelas diversas empresas do segmento Automóvel.

Os Produtos e Trabalhos em Curso correspondem a obras de reparação em oficina que se encontram em curso no final do exercício. Para efeitos de cálculo da variação da produção apenas é considerado o valor relativo aos custos com a mão-de-obra, uma vez que o montante associado às peças incorporadas nas obras em curso é regularizado directamente na rubrica Inventários Consumidos e Vendidos.

8 LUCROS IMPUTADOS DE ASSOCIADAS

O valor expresso nesta rubrica em 31 de Dezembro 2008, diz respeito, essencialmente, a ganhos decorrentes da aplicação do método de equivalência patrimonial na associada Modipe, e da associada do Sub-Grupo Tecnicredito, Banco Pecúnia.

9 AJUSTAMENTOS POSITIVOS E MAIS VALIAS DE INSTRUMENTOS FINANCEIROS

O detalhe do valor apurado nesta rubrica, para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 é apresentado no quadro seguinte:

Ajustamentos Positivos e Mais Valias de Instrumentos Financeiros

2008 2007

Ganhos em instrumentos financeiros derivados 33.405.201 9.057.512

33.405.201 9.057.512

O saldo desta rubrica corresponde aos ganhos resultantes da reavaliação do justo valor dos instrumentos financeiros derivados detidos para negociação, efectuada numa base regular, conforme referido na política contabilística descrita na nota 2.16. De salientar que, do valor total registado nesta rubrica 32 980 213 euros (2007: 8 718 957 euros) derivam de instrumentos derivados do Sub-Grupo Tecnicrédito.

10 OUTROS RENDIMENTOS E GANHOS FINANCEIROS

O valor desta rubrica é composto por:

Outros Rendimentos e Ganhos Financeiros 2008 2007

Juros obtidos 55.160 396.296

Diferenças de câmbio 11.764 3.462

Descontos de pronto pagamento obtidos 25.283 31.803

Outros proveitos e ganhos financeiros 1.191 202.270

93.398 633.831

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11 INVENTÁRIOS CONSUMIDOS E VENDIDOS

O valor registado nesta rubrica corresponde ao custo dos Inventários Consumidos e Vendidos das diversas empresas da actividade comercial que, em 31 de Dezembro de 2008 e 2007, foi apurado da seguinte forma:

Inventários Consumidos e Vendidos 2008 2007

Existências iniciais 47.445.140 44.553.814

Compras e regularizações 267.836.484 276.403.483

Existências finais 55.098.707 47.445.140

260.182.916 273.512.157

12 CUSTOS (JUROS) SUPORTADOS NA ACTIVIDADE FINANCEIRA

O detalhe do valor apurado relativamente a Custos (Juros) Suportados na Actividade Financeira, para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 pode ser discriminado como se segue:

Custos Suportados na Actividade Financeira 2008 2007

Débitos representados por títulos 25.461.250 20.215.070

Recursos de instituições de crédito no país 12.594.129 14.065.895

Recursos de instituições de crédito no estrangeiro 5.519.106 702.192

Passivos subordinados 3.215.536 4.772.655

Recursos de clientes 223.589 98.845

Derivados de cobertura 213.774 (2.643.564)

Outros juros e custos equiparados 527.925 666.664

47.755.309 37.877.757

Os Custos Suportados na Actividade Financeira respeitam essencialmente aos juros suportados com os recursos obtidos pelas subsidiárias do Sub-Grupo Tecnicrédito destinados ao financiamento da sua actividade. Estes juros foram essencialmente suportados com a emissão das obrigações evidenciadas e com financiamentos junto de instituições de crédito no país e no estrangeiro, conforme evidenciado na nota 39.

13 MATERIAIS E SERVIÇOS CONSUMIDOS

O detalhe do valor apurado relativamente a Materiais e Serviços Consumidos, para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 é como segue:

Materiais e Serviços Consumidos 2008 2007

Serviços especializados 7.036.675 6.695.324

Rendas e alugueres 3.348.439 3.092.100

Custo com trabalho independente 2.910.228 2.568.299

Comunicação e despesas de expedição 2.900.437 3.075.722

Serviços judiciais, de contencioso e notariado 2.405.459 2.431.933

Subcontratos 1.744.125 3.126.264

Publicidade e acções promocionais 1.680.228 2.607.541

Outros fornecimentos e serviços de terceiros 7.036.347 7.156.150

29.061.937 30.753.331

A rubrica Serviços Especializados inclui o montante de 1 270 000 Euros (2007: 1 300 000 euros) referente a custos incorridos com serviços de apoio à gestão das empresas do Sub-Grupo Tecnicrédito.

A rubrica Subcontratos inclui o montante de 245 945 Euros (2007: 1 430 826 euros) referentes aos custos incorridos com as rendas do aluguer operacional de viaturas, na divisão Rent-a-Car da AUTO INDUSTRIAL.

A rubrica Rendas e Alugueres inclui o montante de 1 251 658 Euros (2007: 1 224 624 euros) referente, essencialmente, a rendas pagas pelo Sub-Grupo Tecnicrédito pelo arrendamento das respectivas instalações.

A rubrica Publicidade e Acções Promocionais inclui o montante de 905 765 euros (2007: 1 421 421 euros) referente à organização de eventos comerciais com vista à angariação de contratos de locação e de crédito ao consumo, nas empresas do Sub-Grupo Tecnicrédito.

14 CUSTOS COM O PESSOAL

Esta rubrica regista os Custos com o Pessoal, suportados pelo Grupo, que se podem decompor da seguinte forma:

Custos com o Pessoal 2008 2007

Remunerações

Órgãos sociais 1.571.478 1.275.653

Pessoal 23.279.886 22.200.753

Encargos sociais 5.614.066 5.300.011

Outros custos com pessoal 1.123.073 1.037.252

31.588.504 29.813.669

Os Outros Custos com Pessoal referem-se sobretudo aos montantes dispendidos com acções de formação, encargos com rescisões de contratos e fardamentos. RE

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O efectivo médio de trabalhadores ao serviços no Grupo, dividido por grandes categorias profissionais, foi o seguinte:

Número Efectivos 2008 2007

Portugal:

Administração 8 8

Directores / gerentes 33 33

Quadros técnicos e comerciais 322 291

Administrativos 194 189

Outras funções 680 706

1237 1227

Estrangeiro:

Administração 4 4

Directores / gerentes 6 6

Quadros técnicos e comerciais 69 66

Administrativos 91 87

Outras funções 1 1

171 164

1408 1391

15 GASTOS DE DEPRECIAÇÃO E AMORTIZAÇÃO

O valor desta rubrica é composto por:

Gastos de Depreciação e Amortização 2008 2007

Activos fixos tangíveis

Edifícios e outras construções 2.189.571 2.230.100

Equipamento básico 1.256.507 1.023.922

Equipamento de transporte 2.111.275 2.551.877

Ferramentas e utensílios 294.316 243.344

Equipamento administrativo 979.089 1.148.583

Outras imobilizações corpóreas 64.371 52.338

6.895.129 7.250.164

Outros activos intangíveis 340.091 370.341

7.235.220 7.620.505

16 PERDAS POR IMPARIDADE DE ACTIVOS E SUAS REVERSÕES

A rubrica Perdas por Imparidade de Activos e suas Reversões decompõe-se da seguinte forma:

Perdas por Imparidade de Activos e suas Reversões

2008 2007

Dotações do exercício 54.638.979 37.331.010

Reversões do exercício (20.736.287) (18.564.035)

33.902.692 18.766.975

O detalhe dos valores registados nesta rubrica, por natureza, nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2008 e 2007, é apresentado nos quadros seguintes:

Perdas por Imparidade de Activos 2008 2007

Contas a receber de clientesActividade financeiraActividade comercial

50.487.879292.082

36.722.234143.299

Outras contas a receber 3.851.868 462.178

Activos detidos para venda 7.150 3.299

54.638.979 37.331.010

A rubrica Outras contas a receber, regista em 2008, o valor de 3.100.961 Euros referente ao risco de crédito que o grupo assumiu na sua participada Vera Cruz (Brasil).

Reversões de Imparidade de Activos 2008 2007

Contas a receber de clientesActividade financeiraActividade comercial

17.074.55210.266

14.342.41817.921

Outras contas a receber 504.420 456.036

Recuperações de crédito (actividade financeira) 3.147.049 3.747. 660

Activos detidos para venda

20.736.287 18.564.035

17 AUMENTOS E DIMINUIÇÕES DE PROVISÕES

O detalhe do valor apurado na rubrica Aumentos e Diminuições de Provisões, líquidas de dotações e reversões, para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2008 e 2007, são analisadas como se segue:

Aumentos e Diminuições de Provisões 2008 2007

Dotações do exercício 448.969 25.000

Reversões do exercício (500.000) (1.350.000)

(51.031) (1.325.000)

Em 2008 o aumento das Provisões, inclui um valor de 150.000 Euros relativo á existência de um contrato oneroso associado ao depósito de garantia relacionado com o Banco Rothschild.Além desse valor a quase totalidade dos movimentos registados nesta rubrica nos dois anos apresentados decorrem de registos efectuados nas empresas do Sub-Grupo Tecnicrédito.

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18 OUTROS GASTOS E PERDAS OPERACIONAIS

O valor registado nesta rubrica, para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2008 e 2007, decompõe-se da seguinte forma:

Outros Custos e Gastos Operacionais 2008 2007

Diferenças cambiais da actividade financeira 63.198.001 20.394.384

Impostos 1.292.099 1.138.809

Indemnizações por despedimento 596.532 131.231

Gastos em período de garantia 321.944 347.273

Gastos com viaturas de demonstração 293.636 267.532

Prejuízos na venda de imobilizado 25.917 193.160

Menos-valias em bens de locação financeira 337.924 21.779

Donativos e quotizações 115.850 104.954

Outros custos e perdas operacionais 1.168.274 826.520

67.350.176 23.425.642

A rubrica Diferenças Cambiais regista as perdas obtidas com as diferenças cambiais geradas na conversão dos contratos de crédito ao consumo em moeda estrangeira do Bank Plus Bank Zártkörúen Múködó Részvénytársaság.

Os valores registados em Indemnizações por despedimento, resultam de indemnizações pagas ao pessoal por rescisões de contratos de trabalho por mútuo acordo, decorrentes do esforço de reajustamento e optimização do quadro de pessoal, inserido na estratégia de racionalização dos custos em geral, nas operações da área automóvel do Grupo.

A rubrica Gastos em Período de Garantia, regista os custos incorridos com reparações de viaturas em período de garantia, em que: (i) a reclamação não foi aceite pela marca; ou (ii) ocorreram em períodos de garantia adicionais concedidos pelo Grupo.

Os valores registados na rubrica Menos –Valias em bens de locação financeira referem-se a menos-valias obtidas com a relocação de equipamentos de contratos de locação financeira rescindidos.

19 AJUSTAMENTOS NEGATIVOS E MENOS VALIAS DE INSTRUMENTOS FINANCEIROS

O detalhe do valor apurado nesta rubrica, para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 é como segue:

Ajustamentos Negativos e Menos Valias de Instrumentos Financeiros

2008 2007

Perdas em instrumentos financeiros derivados (41.271.965) (7.562.265)

(41.271.965) (7.562.265)

Os valores registados nesta rubrica correspondem a perdas resultantes da reavaliação do justo valor dos instrumentos financeiros derivados detidos para negociação, efectuada numa base regular, conforme

referido na política contabilística descrita nas notas 2.16 e 2.17. De salientar que, do valor total registado nesta rubrica 40.675.347 euros (2007: 7 399 865 euros) derivam de instrumentos derivados do Sub-Grupo Tecnicrédito.

20 JUROS E OUTROS GASTOS E PERDAS FINANCEIRAS

O detalhe do valor apurado nesta rubrica, para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 é como segue:

Juros e Outros Gastos e Perdas Financeiras 2008 2007

Serviços bancários prestados por terceiros 3.363.927 2.650.364

Custos com serviços e comissões 1.253.081 963.420

Juros de empréstimos obrigacionistas 1.325.312 1.428.102

Juros de outros empréstimos bancários 2.914.012 2.475.671

Juros de locação financeira 543.747 472.636

Outros juros e encargos financeiros 222.690 210.645

9.622.770 8.200.838

Os valores registados nas rubricas Serviços Bancários Prestados por Terceiros e Custos com Serviços e Comissões correspondem a custos suportados na actividade financeira, pelas empresas do Sub-Grupo Tecnicrédito.

Os restantes custos registados nesta rubrica correspondem a custos financeiros suportados pelas restantes empresas do Grupo, associados essencialmente ao financiamento da actividade comercial, os quais se encontram relacionados com empréstimos contraídos junto de instituições financeiras nacionais, com empréstimos obrigacionistas e juros de locação financeira.

21 IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DO EXERCÍCIO

O encargo com Impostos sobre os Lucro no Exercício é analisado como segue:

Imposto sobre o Rendimento 2008 2007

Imposto corrente

Do exercício 6.089.716 12.463.300

Imposto diferido

Diferenças temporárias (1.268.761) (2.328.984)

4.820.955 10.134.316

A AUTO INDUSTRIAL, SA e as subsidiárias com sede em Portugal estão sujeitas a tributação em sede de Impostos sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC) e correspondente Derrama. O cálculo do imposto corrente dos exercício de 2008 foi apurado pelo Grupo com base numa taxa nominal de imposto e derrama de cerca de 26,5% de acordo com a Lei n º 107-B / 2003, de 31 de Dezembro (2006: 26,5%). O cálculo do imposto diferido de 2008 e 2007 foi apurado com base na taxa de 26,5%. RE

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As declarações de autoliquidação, da AUTO INDUSTRIAL, SA e das subsidiárias com sede em Portugal ficam sujeitas a inspecção e eventual ajustamento pelas Autoridades Fiscais durante um período de quatro anos. Assim, poderão vir a ter lugar eventuais liquidações adicionais de impostos devido essencialmente a diferentes interpretações da legislação fiscal. No entanto, é convicção da Administração que não ocorrerão liquidações adicionais de valor significativo no contexto das demonstrações financeiras.

O montante de impostos diferidos em resultados é atribuível às seguintes rubricas:

Imposto Diferido sobre o Rendimento 2008 2007

Imparidade (2.478.742) 197.355

Desreconhecimento de activos (268.019) 1.288.312

Empréstimos (custo amortizado) (38.155) (8.729)

Reserva de reavaliação 6.231 6.356

Anulação activos intangíveis (976) (974)

Derivados 248.672 (58.331)

Comissões 1.420.399 (299.135)

Activos financeiros disponíveis para venda 756.194 728.983

Provisões não aceites fiscalmente 39.750

Outros 1.583.407 475.147

1.268.761 2.328.984

22 INTERESSES MINORITÁRIOS NO RESULTADO

Os Interesses Minoritários de Resultados são os seguintes:

Interesses Minoritário de Resultado Líquido

2008 2007

Técnicrédito, Sgps 14.054.492 16.774.661

Auto Horizonte (242) 327

Central Parque,SA (1.079) 667

Sagrup, Sgps,Sa (709.369) 3.308

13.343.801 16.778.963

23 RESULTADO POR ACÇÃO

O Resultado por Acção é calculado da seguinte forma:

Resultado Por Acção 2008 2007

Resultado líquido 11.382.024 20.621.611

Número médio de acções 3.989.157 3.989.157

Resultado por acção básico 2,85 5,17

Resultado por acção diluído 2,85 5,17

Os Resultados por Acção Básicos são calculados dividindo

o resultado líquido atribuível a accionistas pelo número médio ponderado de acções ordinárias emitidas, excluindo o número médio de acções ordinárias compradas pelo Grupo e detidas como acções próprias.

Para o Resultado por Acção Diluído, o número médio de acções ordinárias emitidas é ajustado para assumir a conversão de todas as potenciais acções ordinárias tratadas como diluídas. Emissões contingentes ou potenciais são tratadas como diluídas quando a sua conversão para acções faz decrescer o resultado por acção.

24 ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2008, o movimento ocorrido no valor dos Activos Fixos Tangíveis foi o seguinte:

Activos Fixos Tangíveis Saldo Inicial Adições AlienaçõesTransfe-rência ou Abates

Saldo Final

Terrenos e Rec. Naturais 10.726.823 1.472 0 0 10.728.295

Edificios e outras construções

44.519.354 615.835 61.322 10.119 45.063.748

Equipamento básico 12.140.511 6.788.767 5.217.749 11.421 13.700.110

Equipamento transporte 10.390.536 5.084.658 6.845.693 827.822 7.801.680

Ferramentas e utensilios 3.395.231 385.080 5.262 9.719 3.765.330

Equipamento administrativo 12.826.517 920.892 49.669 48.515 13.649.225

Taras e vasilhames 0 0 0 0 0

Outras imobiliz. corporeas 1.234.246 70.998 0 32.870 1.272.374

Imobilizações em curso 1.127.389 128.662 65 664.938 591.048

96.360.608 13.996.365 12.179.760 1.605.402 96.571.811

Amortizações e Ajustamentos

Saldo Inicial Adições AlienaçõesTransfe-rência ou Abates

Saldo Final

Terrenos e Rec. Naturais 0 0 0 0 0

Edificios e outras construções

17.667.349 2.189.571 58.761 16.315 19.781.844

Equipamento básico 9.129.770 1.256.507 438.944 0 9.947.333

Equipamento transporte 3.440.781 2.111.275 1.837.514 327.531 3.387.011

Ferramentas e utensilios 3.008.867 294.316 11.471 4.319 3.287.393

Equipamento administrativo 10.693.824 979.089 40.375 23.297 11.609.242

Taras e vasilhames 0 0 0 0 0

Outras imobiliz. corporeas 1.068.529 64.371 2.913 9.389 1.120.598

45.009.121 6.895.130 2.389.977 380.851 49.133.423

Valor Líquido 51.351.487 7.101.235 9.789.783 1.224.551 47.438.388

Os movimentos registados na rubrica de Equipamento Básico decorrem essencialmente das compras e alienações de viaturas, efectuadas ao longo do exercício, pela divisão de Rent-a-Car da AUTO INDUSTRIAL,SA.

A rubrica Equipamento de Transporte inclui um montante de 2 594 204 euros (2007: 5 718 672 euros) relativo às viaturas utilizadas pela Subsidiária Tecnicrédito ALD – Aluguer de Automóveis, SA na sua actividade de locação operacional.

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Do valor de activos fixos tangiveis indicados, estão dados como garantias reais prestadas a terceiros, para cobertura de emprestimos registados no Passivo os seguintes:

Empréstimos Garantias

2.794.444 Instalações Portela da Ajuda (Auto-Industrial)

1.051.441 Instalações Perafita (CAM)

699.990 Instalações Alcabideche (CAM)

250.002 Instalações Alcabideche (Solmotor)

25 OUTROS ACTIVOS FIXOS INTANGÍVEIS

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2008, o movimento ocorrido no valor dos Activos Fixos Intangíveis foi o seguinte:

Activos Fixos IntangíveisSaldo Inicial

Adições AlienaçõesTransf ou Abates

Saldo Final

Trespasses 612.970 612.970

Outras Imobilizações Incorpóreas

3.759.941 94.893 (21.007) 3.875.841

Imobiliz. em curso 379.156 146.671 47.339 478.488

4.752.067 241.564 26.332 4.967.299

Amortizações e Ajustamentos

Saldo Inicial

Adições AlienaçõesTransf ou Abates

Saldo Final

Trespasses 0 0

Outras Imobilizações Incorpóreas

3.550.593 340.091 26.637 3.864.047

3.550.593 340.091 26.637 3.864.047

Valor Líquido 1.201.474 (98.527) (305) 1.103.252

O montante expresso, em 31 de Dezembro de 2008, na Rubrica Outras Imobilizações Incorpóreas corresponde essencialmente a despesas com aquisição de Software.

26 INVESTIMENTOS FINANCEIROS EM ASSOCIADAS

O valor registado nesta rubrica inclui: um montante de 15 511 408 euros (2007: 17 268 136 euros) relativo à participação financeira na associada Modipe e na associada, do Sub grupo Tecnicredito, Grupo Galo que foi adquirida em Março 2007, durante o primeiro semestre de 2008 o Grupo Galo foi incorporado no Banco Pecunia, S.A. no qual o Sub-grupo Tecnicrédito detém uma participação de 30%.

27 CLIENTES DE ACTIVIDADE FINANCEIRA

O detalhe do valor apurado relativamente a Clientes de Actividade Financeira, das empresas do Sub-Grupo Tecnicrédito, para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 é como segue:

Clientes actividade financeira 2008 2007

Crédito vincendo:

Crédito interno

Crédito ao consumo 566.679.752 598.154.424

Capital em locação 126.412.782 124.835.820

Crédito à habitação 1.758.885 2.021.447

Crédito tomado 6.117.003 9.869.969

Outros créditos 19.000 54.125

700.987.422 734.935.785

Crédito ao exterior:

Crédito ao consumo 252.064.609 240.003.901

Crédito à habitação 392.937 343.704

Crédito tomado 1.776.354 2.305.151

254.233.900 242.652.756

Crédito vencido:

Até 3 meses 7.834.316 7.289.903

De 3 meses a 1 ano 18.507.059 25.595.144

De 1 ano a 5 anos 36.153.970 43.434.229

Mais de 5 anos 2.862.969 21.660.846

65.358.314 97.980.122

1.020.579.636 1.075.568.663

Imparidade para riscos de crédito (53.494.955) (91.486.512)

967.084.681 984.082.151

A rubrica Crédito ao Consumo é constituída por contratos de crédito, principalmente de veículos ligeiros de passageiros e de mercadorias em estado usado.

A rubrica Capital em Locação é constituída por contratos de locação financeira, essencialmente de veículos ligeiros de passageiros e de mercadorias em estado novo.

A rubrica Crédito à Habitação respeita a crédito concedido a colaboradores aprovado de acordo com política de pessoal do Grupo. O valor de crédito à habitação concedido aos Órgãos de Administração do Grupo ascende a 146 543 Euros (2007: 154 026 euros).

A rubrica Crédito Tomado inclui todos os valores titulados por factura ou representação documental equivalente.

A rubrica Crédito Vencido refere-se aos valores de capital das prestações vencidas e não cobradas, bem como ao capital vincendo relativo a contratos rescindidos.

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A análise das rubricas Crédito Vincendo e Crédito Vencido, de acordo com o prazo remanescente das operações, é a seguinte:

2008 2007

Activo Corrente

Até 3 meses 69.042.749 72.600.818

De 3 meses a 1 ano 185.693.894 186.937.671

Duração indeterminada (crédito vencido)

65.358.314 97.980.122

320.094.957 357.518.611

Imparidade para riscos de crédito (53.494.955) (91.486.512)

266.600.002 266.032.099

Activo não corrente

De 1 ano até 5 anos 616.075.516 628.771.018

Mais de 5 anos 84.409.163 89.279.034

700.484.679 718.050.052

967.084.681 984.082.151

A rubrica Créditos a Clientes, de acordo com o tipo de garantia, é a seguinte:

2008 2007

Crédito vincendo:

Créditos com garantias reais 2.151.821 2.347.465

Créditos sem garantias 826.656.717 854.900.098

Créditos com outras garantias 126.412.784 120.340.978

955.221.322 977.588.541

Crédito vencido:

Créditos com garantias reais 34.143 2.251

Créditos sem garantias 61.556.698 93.084.528

Créditos com outras garantias 3.767.473 4.893.343

65.358.314 97.980.122

1.020.579.636 1.075.568.663

A distribuição do Crédito Vincendo por tipo de taxa, é a seguinte:

2008 2007

Taxa fixa 689.049.203 709.180.029

Taxa variável 266.172.119 268.408.512

955.221.322 977.588.541

A reconciliação da rubrica Capital em Locação, por prazos residuais é apresentada como segue:

2008 2007

Rendas vincendas:

Até 3 meses 9.274.360 9.617.263

De 3 meses a 1 ano 25.623.542 24.528.896

De 1 ano até 5 anos 81.507.541 75.547.061

Mais de 5 anos 16.637.182 14.484.068

133.042.625 124.177.288

Juros vincendos:

Até 3 meses (2.437.375) (2.153.253)

De 3 meses a 1 ano (6.535.559) (5.709.123)

De 1 ano até 5 anos (17.921.456) (15.138.676)

Mais de 5 anos (2.906.060) (2.395.880)

(29.800.450) (25.396.932)

Valores residuais:

Até 3 meses 546.245 472.888

De 3 meses a 1 ano 1.898.323 1.855.821

De 1 ano até 5 anos 13.773.377 12.631.473

Mais de 5 anos 6.952.662 6.600.440

23.170.607 21.560.622

126.412.782 120.340.978

A rubrica Créditos a Clientes inclui os créditos securitizados a seguir apresentados, relativos a securitizações tradicionais detidas por Entidades de Finalidade Especial (SPE’s) que foram objecto de consolidação no âmbito da SIC 12, de acordo com política contabilística descrita na nota 2.3

Em 31 de Dezembro de 2008, existem três operações de securitização celebradas com o Grupo e outras instituições financeiras.

A rubrica Crédito a Clientes, que inclui os montantes securitizados ao abrigo destas operações, é apresentada como segue:

2008 2007

BMORE Finance No. 3 plc 13.532.877 52.769.859

BMORE Finance No. 4 plc 125.444.647 232.827.714

BMORE Finance No. 5 fundo 213.095.451 97.267.420

352.072.975 382.864.993

BMORE Finance No. 3 plc

A operação de securitização BMORE Finance No. 3 plc foi efectuada em 17 de Maio de 2002 com uma Entidade de Finalidade Especial (SPE) sedeada em Dublin, no âmbito da qual foram vendidos contratos de crédito ao consumo de veículos automóveis em estado usado e novo, contratos de locação financeira

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e contratos de aluguer financeiro em diversas tranches. O preço de venda foi de 105% do par, os custos de processo da venda inicial representaram 1% do par.

O prazo total da operação é de 9 anos, com um revolving period de 3 anos e um limite da operação fixado em Euros 400.000.000.

BMORE Finance No. 4 plc

A operação de securitização BMORE Finance No. 4 plc foi efectuada em 18 de Maio de 2004 com uma Entidade de Finalidade Especial (SPE) sedeada em Dublin, no âmbito da qual foram vendidos contratos de crédito ao consumo, contratos de locação financeira e contratos de aluguer financeiro em diversas tranches. O preço de venda foi de 105% do par, os custos de processo da venda inicial representaram 1% do par.

O prazo total da operação é de 10 anos, com um revolving period de 3 anos e um limite da operação fixado em cerca de Euros 400.000.000.

BMORE Finance No. 5 fundo

A operação de securitização BMORE Finance No. 5 fundo foi efectuada em 7 de Dezembro de 2007, no âmbito do qual foram vendidos contratos de crédito ao consumo, contratos de locação financeira e contratos de aluguer operacional sobre veículos automóveis, máquinas agrícolas e créditos pessoais.

Esta é uma operação integrada que se fará em duas fases, sendo a primeira um ramp-up asset backet commercial paper com um revolving period de 3 anos que corresponde ao prazo desta fase e a segunda fase um programa de asset backet securitization, com um prazo de 10 anos. O limite da operação foi fixado em Euros 400.000.000.

O quadro seguinte apresenta os movimentos da Imparidade para Riscos de Crédito da actividade financeira:

Imparidade para Risco de Crédito 2008 2007

Saldo em 1 de Janeiro 91.486.512 70.165.473

Dotações do exercício 50.487.879 36.722.233

Reversões do exercício (17.074.552) (14.342.417)

Utilizações do exercício (70.910.583) (696.286)

Diferenças cambiais (494.301) (362.491)

Saldo em 31 de Dezembro 53.494.955 91.486.512

Os Juros sobre Crédito Vencido que não estejam cobertos por garantias reais, são reconhecidos como proveitos apenas quando recebidos. A 31 de Dezembro de 2008, a anulação de proveitos de contratos de locação financeira

e de crédito ao consumo foi de 24 181 996 Euros (2007: 33 407 674 euros).

28 ACTIVOS E PASSIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS

Os Activos e Passivos por Impostos Diferidos reconhecidos no balanço podem ser analisados como segue:

Diferenças temporárias dedutíveis, tributáveis e prejuízos fiscais reportados

2008 2007

Activos Passivos Activos Passivos

Imparidade 4.012.754 2.864.104 5.617.449 1.990.057

Comissões Actividade Financeira

2.034.550 2.204.159 1.616.705 3.206.713

Prejuízos Fiscais Transitados 634.948 0 514.033 0

Derivados 2.323.183 85.132 18.394 799.205

Empréstimos (Custo Amortizado)

0 307.318 27.444 417.790

Desreconhecimento de activos 831.184 1.160.883 787.967 677.339

Anulação activos intangíveis 1.228 0 2.203 0

Activos financeiros disponíveis para venda

236.333 388.806 0 908.667

Reserva de Reavaliação 0 145.395 0 151.623

Provisões não aceites fiscalmente

39.750 0 0 0

Outros 866.508 567.020 91.288 142.955

10.980.437 7.722.817 8.675.483 8.294.348

Activos e Passivos por impostos diferidos

3.695.093,43 428.680,95 1.018.815,22 637.679,77

Impostos diferidos líquidos 3.266.412 381.135

Os Activos por Impostos Diferidos relativos a prejuízos fiscais reportáveis e crédito de imposto são reconhecidos quando exista uma expectativa razoável de haver lucros tributáveis futuros. A incerteza de recuperabilidade de prejuízos fiscais reportáveis e crédito de imposto é considerada no apuramento de activos por impostos diferidos.

Os Activos e Passivos por Impostos Diferidos são apresentados pelo seu valor líquido sempre que nos termos da legislação aplicável, o Grupo possa compensar activos por impostos correntes com passivos por impostos correntes e sempre que os impostos diferidos estejam relacionados com o mesmo imposto.

29 INVENTÁRIOS

Em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 esta rubrica apresentava a seguinte composição:

Inventários 2008 2007

Mercadorias 54.923.835 47.200.811

Produtos acabados 68.711 35.243

Produtos e trabalhos em curso 106.161 209.088

55.098.707 47.445.142

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A repartição das Mercadorias por actividade é apresentada no quadro seguinte:

2008 2007

Mercadorias

Viaturas novas 28.642.829 18.146.649

Viaturas usadas 8.774.021 10.492.158

Peças 8.252.309 8.945.085

Máquinas agrícolas 8.637.805 9.133.153

Outros 748.802 620.413

55.055.765 47.337.458

Imparidade (131.930) (136.647)

54.923.835 47.200.811

O valor de Imparidade registada corresponde a mercadorias da subsidiária Digitese e da Divisão DAF da AUTO INDUSTRIAL, que apresentavam, quer a 31 Dezembro de 2008 quer a 31 Dezembro 2007, valor esperado de realização nulo.

30 CLIENTES DE ACTIVIDADE COMERCIAL

Esta rubrica regista as dívidas de clientes decorrentes da actividade comercial do Grupo. Os montantes apresentados no Balanço encontram-se líquidos das perdas acumuladas de imparidade para cobranças duvidosas que foram estimadas pelo Grupo, de acordo com a sua experiência com base na sua avaliação da conjuntura e envolventes económicas. O Conselho de Administração entende que os valores contabilísticos das contas a receber de clientes se aproximam do seu justo valor.

Em 31 de Dezembro de 2008 e 2007, esta rubrica tinha a seguinte composição:

Clientes Actividade Comercial 2008 2007

Clientes conta corrente 30.530.232 31.974.338

Clientes títulos a receber 1.000.197 1.005.081

Clientes cobrança duvidosa 7.320.163 6.840.011

38.850.592 39.819.430

Imparidade acumulada de dívidas de clientes (6.911.448) (6.628.432)

31.939.145 33.190.998

Os movimentos registados nas Perdas de Imparidade acumuladas associadas a dívidas de clientes da actividade comercial foram os seguintes:

Imparidade para Dívidas ClientesActividade Comercial

Saldo em 1 de Janeiro 2008 6.628.432

Dotações do exercício 292.544

Reversões do exercício (9.528)

Utilizações do exercício -

Saldo em 31 de Dezembro 2008 6.911.448

31 OUTRAS CONTAS A RECEBER

O detalhe do valor apurado relativamente a Outras Contas e Receber, para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 é o seguinte:

Outras Contas a Receber 2008 2007

Estado e outros entes públicos 3.663.677 4.630.788

Empréstimos a empresas associadas 3.104.125 2.635.334

Adiantamentos a fornecedores 6.032 3.929

Pessoal 19.153 19.202

Outros devedores 12.512.412 9.332.825

19.305.399 16.622.078

Imparidade de dívidas a receber (3.523.486) (176.038)

15.781.913 16.446.040

O saldo da rubrica Estado e Outros Entes Públicos inclui um montante de 718 857 euros (2007: 2 516 775 euros) relativo a imposto sobre o valor acrescentado a recuperar, decorrente da actividade de algumas das empresas do Grupo. O saldo a 31 Dezembro 2008 inclui um montante de 75 468 euros (2007: 1 767 841euros) pertencente às empresas do Sub-Grupo Tecnicrédito.

A rubrica Estado e Outros Entes Públicos inclui ainda um montante de 635 278 euros relativo a liquidações adicionais efectuadas ao Estado, por algumas das empresas do Grupo, decorrente de processos fiscais instaurados em anos anteriores. O Grupo impugnou judicialmente os valores liquidados, tendo assim criado um Activo por contrapartida de uma provisão para riscos e encargos (vide nota 38).

O valor registado em Empréstimos a Empresas Associadas em 2008 corresponde essencialmente a um empréstimo concedido à associada Vera Cruz, pela Sagrup no montante de 3 100 961 euros (2007: 2 630 961 euros).

Os movimentos registados nas perdas de imparidade acumuladas associadas a dívidas a receber foram os seguintes:

Imparidade para Dívidas a receber

Saldo em 1 de Janeiro 2008 176.038

Dotações do exercício 3.851.868

Reversões do exercício (504.420)

Transferências

Saldo em 31 de Dezembro 2008 3.523.486RELA

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O aumento em 2008 deve-se à constituição, de 3 100 961 Euros, sobre a totalidade da divida da associada Vera Cruz (Brasil), ver nota 16.

32 OUTROS ACTIVOS CORRENTES

Em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 esta rubrica apresentava a seguinte composição:

Outros Activos Correntes 2008 2007

Acréscimos de Proveitos 4.080.047 3.214.112

Custos Diferidos 2.008.035 2.216.838

Bónus e Campanhas 1.720.884 1.194.662

Comissões Bancárias 498.126 814.847

Comparticipação das Seguradoras 921.428 1.770.527

Aplicações por recuperação crédito 592.140 354.719

9.820.660 9.565.705

Os Custos Diferidos incluem o montante de 466 144 euros (2007: 459 991 euros) relativo ao diferimento das despesas com a montagem da operação de securitização Bmore Finance N º 4 plc, e Bmore Finance Nº 5 fundo.

O valor registado em Bónus e Campanhas corresponde à especialização dos proveitos a receber associados a: (i) reembolsos de descontos concedidos inseridos em campanhas patrocinadas pelas marcas e em apoios a frotistas; (ii) bónus, prémios e incentivos a receber pelas marcas representadas.

A rubrica Comissões Bancárias corresponde aos custos diferidos com as comissões bancárias pagas antecipadamente, pelas diversas empresas do Sub-Grupo Tecnicrédito.

A rubrica Aplicações por Recuperação de Crédito, no montante 592 540 euros (2007: 354 719 euros) representa os valores relativos aos bens recuperados por resolução de contratos, cuja mensuração é efectuada de acordo com a política contabilística descrita na Nota 2.22.

33 DERIVADOS DE COBERTURA

O detalhe do valor apurado nesta rubrica, para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 é apresentado no quadro seguinte:

Derivados de Cobertura 2008 2007

Activo:

Interest rate swaps 70.913 6.704.780

Passivo:

Interest rate swaps (2.147.360) (1.085.741)

Valor Líquido (2.076.447) 5.619.039

O Grupo contrata instrumentos financeiros derivados para cobrir a sua exposição ao risco de taxa de juro. O tratamento contabilístico depende da natureza do risco coberto, nomeadamente se o Grupo está exposto às variações de justo valor, ou a variações de cash-flows ou

se se encontra perante coberturas de transacções futuras. O Grupo à data de 31 de Dezembro de 2008 e 2007 e de acordo com os critérios contabilísticos localmente aplicáveis, apresentava na sua carteira de passivos emitidos um conjunto de emissões a taxa variável para as quais existiam àquela data instrumentos financeiros derivados (IRS) com o objectivo de efectuarem a cobertura do risco de taxa de juro associado a essa emissões.O Grupo para aquelas relações de cobertura que se enquadram nos requisitos obrigatórios da norma IAS 39, adoptou a contabilidade de cobertura formal, nomeadamente o modelo de cobertura de exposição à variabilidade nos fluxos de caixa (Cash flow hedge) e apresenta na sua carteira de derivados, swaps de taxa de juro, que estão a cobrir o risco de variações nos fluxos de caixa dos Recursos de outras instituições de crédito e Responsabilidades representadas por títulos.O Grupo realiza periodicamente testes de efectividade das relações de cobertura existentes. Para o exercício em análise foi registado por contrapartida de Reservas de justo valor o montante de Euros 3.238.863 (2007: Euros 5.132.505), correspondendo à parte efectiva do justo valor dos derivados de cobertura.

A análise da carteira de instrumentos financeiros derivados de cobertura por maturidades é a seguinte:

2008 2007

NocionalEuros

Justo valorEuros

NocionalEuros

Justo valor Euros

Até 3 meses 13.370.484 130.851 15.710.853 196.304

De 3 meses a 1 ano 178.751.286 799.392 118.729.022 1.483.504

De 1 ano até 5 anos 137.676.440 1.146.204 398.137.420 3.939.231

329.798.209 2.076.447 532.577.295 5.619.039

34 ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA

O detalhe do valor apurado nesta rubrica, para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 é como segue:

Activos Financeiros Disponíveis para Venda 2008 2007

Obrigações e outros títulos de rendimento fixo de emissores públicos

69.573 69.773

Acções e outros títulos de rendimento variável de outros emissores

15.323 40.334

84.896 110.107

A análise da rubrica Obrigações e Outros Títulos de Rendimento Fixo de emissores públicos por maturidade é a seguinte:

Activos financeiros disponiveispara venda por maturidade

2008 2007

De 1 até 5 anos 53.315 29.964

Mais de 5 anos 16.258 39.809

69.573 69.773

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35 ACTIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO

O detalhe do valor apurado nesta rubrica, para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 é como segue:

Activos Financeiros Disponíveis para Negociação 2008 2007

Derivados de taxa de juro 9.313.431 6.067.710

Derivados de moeda 78.300 249.994

9.391.731 6.317.704

A análise dos nocionais da carteira de activos financeiros detidos para negociação por maturidades é a seguinte:

Activos financeiros Disponíveis para Negociação por Maturidade

2008 2007

Até 3 meses 33.277.115 130.712.584

De 3 meses a 1 ano 75.001.286 96.410.673

De 1 ano até 5 anos 285.403.876 350.008.221

Mais de 5 anos 2.510.719 -

396.192.996 577.131.478

36 CAIXA E SEUS EQUIVALENTES

Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 a rubrica de Caixa e seus Equivalentes apresentava o seguinte detalhe:

Caixa e seus Equivalentes 2008 2007

Caixa 112.954 192.178

Bancos centrais 228.325 149.914

Depósitos à ordem 90.466.506 92.120.635

Outros depósitos bancários 3.362.728 1.847.628

94.170.513 94.310.355

A rubrica Bancos centrais visa satisfazer as exigências legais de reservas mínimas de caixa, calculadas com base no montante dos depósitos e outras responsabilidades efectivas.

O regime de constituição de reservas de caixa, de acordo com as directrizes do Sistema Europeu de Bancos Centrais da Zona Euro, obriga à manutenção de um saldo em depósito no Banco de Portugal, equivalente a 2% sobre o montante médio dos depósitos e outras responsabilidades, ao longo de cada período de constituição de reservas.

Em 31 de Dezembro de 2008, a taxa de remuneração média destes depósitos ascende a 3,9% (2007: 4,0%).

37 ACTIVOS E PASSIVOS DETIDOS PARA VENDA

Conforme mencionado na Nota 2 18, os activos classificados como detidos para venda encontram-se associados às empresas subsidiárias que estão em processo de liquidação e foram mensurados pelos respectivos justos valores menos os custos de vender. Assim, o detalhe do valor apurado nesta rubrica, para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 é o seguinte:

Activos e Passivos Detidos para Venda 2008 2007

Activos 304.094 304.032

Imparidade acumulada (246.539) (246.477)

57.555 57.555

Passivos relacionados

124.638 124.638

As empresas subsidiárias classificadas como detidas para venda estão discriminadas no quadro seguinte:

FirmaSedeSocial

Detentores de Capital

% do Capital Detido2008

% do Capital Detido2007

RMP - Reparações Mecânicas do Pombal, Lda

PombalAuto Industrial, SA

e EUA, Lda100,00% 100,00%

Novitexto – Base de Dados, Lda

LisboaAuto Industrial, SA

e CAM, SA100,00% 100,00%

AUA – Auto Associadas (Automóveis), Lda

EstorilAuto Industrial, SA e Novitexto, Lda

100,00% 100,00%

Auto-Palace Automóveis, Lda LisboaAuto Industrial, SA

e EUA, Lda100,00% 100,00%

Auto Caldense Automóveis, Lda

Caldas da

Rainha

Auto Industrial, SA e EUA, Lda

100,00% 100,00%

Estação de Serviço Novalmadauto, Lda

AlmadaAuto Industrial, SA e Central Parque, SA

93,24% 93,24%

Todas as empresas acima identificadas estão em processo de liquidação, estando apenas pendente os últimos trâmites legais para que se proceda ao registo de encerramento da liquidação.

Os movimentos registados nas perdas de imparidade acumuladas associadas a activos detidos para venda foram os seguintes:

Imparidade Activos Detidos para Venda

Saldo em 1 de Janeiro 2008 246.477

Dotações do exercício 62

Reversões do exercício 0

Saldo em 31 de Dezembro 2008 246.539

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38 PROVISÕES

As Provisões podem ser analisadas como se segue:

ProvisõesSaldo Inicial

2008Aumentos Diminuições Utilização

Saldo Final2008

Provisões riscos e encargos 2.404.879 448.969 500.000 84.861 2.268.987

Provisões processos fiscais 635.278 0 0 0 635.278

3.040.157 448.969 500.000 84.861 2.904.265

A rubrica Provisões para Processos Fiscais, no montante de 635 278 euros corresponde provisões criadas por três empresas do Grupo (Auto Industrial, EUA e CAM) associadas a activos sobre o Estado decorrentes de processos fiscais instaurados em anos anteriores e reclamados pelas Empresas (vide nota 31).

As restantes Provisões registadas nesta rubrica correspondem essencialmente a provisões criadas nas diversas empresas do Sub-Grupo Tecnicrédito, para cobertura de riscos e encargos diversos, que em 2008 ascendiam a 1408 254 euros (2007: 1 625 000 euros).

39 EMPRÉSTIMOS

Em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 esta rubrica apresentava a seguinte decomposição por natureza:

Empréstimos 2008 2007

Não corrente Empréstimos obrigacionistas

399.343.339 401.847.720

Papel comercial 39.829.563 20.000.002

Outros empréstimos obtidos

122.451.874 282.276.279

561.624.776 704.124.000

Corrente Empréstimos obrigacionistas

94.197.977 103.420.919

Papel comercial - 44.642.305

Descobertos bancários 44.228.293 32.835.174

Hotmoney - 3.500.000

Outros empréstimos obtidos

199.355.282 40.161.682

337.781.552 224.560.080

899.406.328 928.684.080

A análise dos Empréstimos de acordo com o período remanescente das operações, é apresentada como segue:

Maturidade 2008 2007

Até 3 meses 50.873.159 28.189.407

3 meses até 1 ano 242.680.100 196.370.673

1 ano a 5 anos 458.556.839 671.288.826

Mais de 5 anos 103.067.938 -

Duração indeterminada (descobertos bancários)

44.228.293 32.835.174

899.406.329 928.684.080

À data de 31 de Dezembro de 2008, os Empréstimos representados por títulos que se encontravam em vigor (Empréstimos Obrigacionistas e Papel Comercial) apresentavam as seguintes características:

Documento de EmissãoData de Emissão

Data de Reem-bolso

Taxa de Juro31Dez08 (Euros)

Papel Comercial

BESI - Papel Comercial Set-08 Out-13 7,1950% 7.500.000

Santander Totta Out-02 Out-12 5,9120% 5.000.000

BCPI Grupado Out-02 Dez-12 4,6570% 7.500.000

BESI - Papel Comercial Ago-08 Jul-13 6,1800% 5.000.000

Santander Totta 9ª emissão Set-08 Mar-09 5,2230% 10.000.000

BES Investimento 7ª emissão Set-08 Mar-09 5,7440% 5.000.000

40.000.000

Obrigações

Caixa Geral de Depósitos Jun-05 Jun-10 5,7274% 3.771.791

BCPI Jun-05 Jun-10 5,2904% 7.440.497

Caixa Geral de Depósitos Dez-07 Dez-12 5,2419% 2.996.798

Obrigacções Subordinadas AI/2007 Mai-07 Mai-12Tx fixa

4,5% + Juro suplem

2.284.283

Banco Mais, S.A.

Banco Mais 2005-2010 Jun-05 Jun-10Euribor 6 meses + 0,95%

20.000.000

Banco Mais 2007-2010 Mai-07 Mai-10Euribor 6 meses + 0,50%

50.000.000

Banco Mais 2007-2012 Out-07 Out-12Euribor 6 meses + 0,40%

30.000.000

BMORE Finance No. 3 plc

Class B Secured Floating Rate Mai-02 Mai-12Euribor 3 me-ses +0,80%

2.573.817

Class C Secured Floating Rate Mai-02 Mai-12Euribor 3 me-ses +1,50%

12.100.000

BMORE Finance No. 4 plc

Class A Secured Floating Rate Mai-04 Mai-14Euribor 3 me-ses +0,20%

90.124.637

Class B Secured Floating Rate Mai-04 Mai-14Euribor 3 me-ses +0,35%

15.740.000

Class C Secured Floating Rate Mai-04 Mai-14Euribor 3 me-ses +0,55%

17.260.000

Class D Secured Floating Rate Mai-04 Mai-14Euribor 3 me-ses +0,94%

12.000.000

BMORE Finance No. 5 plc

Senior Units A Nov-07 Nov-10Conduit +0,30%

220.000.000

Periodificações e custos diferidos 1.993.343

Banco Mais 2004/2011 c/ juro suplementar

Dez-04 Mar-11Tx fixa

2,5% + Juro suplem

5.085.715

493.370.880

533.370.880

O empréstimo Obrigacionista subordinado AI/2007 vence juros a uma taxa constituída por uma componente fixa e outra variável. Os juros relativos à componente fixa, são pagos anualmente à taxa de 4,5%. O juro suplementar é calculado com base numa proporção calculada em

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função da relação entre os resultados líquidos e o capital social da AUTO INDUSTRIAL,S.A. à data da subscrição.

O empréstimo obrigacionista Banco Mais 2004/2011 vence juros a uma taxa constituída por uma componente fixa e outra variável. Os juros relativos à componente fixa, são pagos anualmente à taxa de 2,5%. O juro suplementar é calculado com base numa proporção calculada em função da relação entre os resultados líquidos e o capital social do Banco Mais, S.A. à data da subscrição.

40 PASSIVO POR LOCAÇÃO FINANCEIRA

Em 31 de Dezembro de 2008, a rubrica Passivos por Locação Financeira, tem a seguinte composição de acordo com o prazo residual das operações:

2008 2007

Não Corrente

Passivo por locação financeira superior a 1 ano 10.316.717 12.724.107

Corrente

Passivo por locação financeira até 1 ano 2.811.248 2.371.176

13.127.966 15.095.283

Os valores registados nesta rubrica correspondem às responsabilidades assumidas pelo Grupo decorrentes de contratos de locação financeira celebrados para aquisição de imóveis e equipamentos.

O Passivo Não Corrente e o Passivo Corrente incluem, respectivamente, 5 749 842 euros (2007: 6 302 440 euros) e 693 016 euros (2007: 799 290) referente ao valor a pagar relativo ao contrato de locação financeira celebrado durante o exercício de 1999, pelo Banco Mais, tendo por objecto o imóvel das novas instalações do Sub-Grupo Tecnicrédito.

41 FORNECEDORES

Esta rubrica regista os valores das dívidas contraídas pelo Grupo aos seus fornecedores, associados ao desenvolvimento da actividade comercial do Grupo, estando o saldo desta rubrica essencialmente relacionado com a actividade das empresas pertencentes ao Segmento Automóvel, conforme demonstrado no quadro seguinte:

Fornecedores 2008 2007

Sectores de actividade

Automóvel 32.470.699 32.032.675

Equipamentos agrícolas, industriais e marítimos 4.632.402 4.483.323

Gestão de participações e outros 235.695 865.452

Eliminações intra-segmentos (1.876.371) (2.883.430)

35.462.425 34.498.020

42 OUTRAS CONTAS A PAGAR

Em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 esta rubrica tinha a seguinte composição:

Outras Contas a Pagar 2008 2007

Correntes

Cauções recebidas 13.801.354 14.482.403

Recursos de clientes actividade financeira 4.189.502 4.540.714

Estado e outros entes públicos 4.155.000 4.479.127

Companhias de seguros 2.927.730 2.559.150

Adiantamento de Clientes 445.618 688.052

Credores Diversos 4.218.358 3.147.751

29.737.562 29.897.197

A rubrica Cauções Recebidas refere-se a cauções recebidas de clientes de locação financeira, pelas empresas do Sub-Grupo Tecnicrédito.

A Provisão para Impostos Sobre Lucros da AUTO INDUSTRIAL e das suas empresas subsidiárias foi calculada de acordo com os critérios fiscais vigentes à data do balanço. Cada empresa do Grupo prepara individualmente a declaração de impostos sobre lucros, embora algumas das empresas estejam a ser tributadas através do Regime Especial de Tributação de Grupos de Sociedades, previsto no artigo 63º e seguintes do Código do IRC.

A rubrica Recursos de Clientes da Actividade Financeira refere-se a depósitos com pré-aviso recebidos de clientes, no âmbito da actividade da empresa do Sub-Grupo Tecnicrédito, Banco Mais, S.A. Esta rubrica tem a seguinte composição de acordo com o prazo residual das operações:

Depósitos com Pré-aviso 2008 2007

Até 3 meses 1.811.447 1.730.278

3 meses até 1 ano 2.378.055 199.607

1 ano até 5 anos - 1.803.811

Duração indeterminada - 807.018

4.189.502 4.540.714

A rubrica Comissões por Angariação de Contratos no montante de refere-se a comissões a pagar a angariadores de contratos de crédito ao consumo e locação financeira, nas diversas empresas do Sub-Grupo Tecnicrédito.

O saldo da rubrica Estado e Outros Entes Públicos corresponde a valores a liquidar ao Estado decorrente essencialmente de: (i) Contribuições para a Segurança Social; (ii) Imposto sobre o valor acrescentado; (iii) retenções na fonte de imposto sobre o rendimento; e (iv) imposto de selo.

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Do valor registado em Companhias de Seguros, o montante de 2 927 730 euros (2007: 1 509 962 euros) refere-se a prémios de seguros de vida e protecção total recebidos de clientes e a entregar pelo Grupo, decorrente da actividade da empresa mediadora de seguros do Sub-Grupo Tecnicrédito.

O valor da rubrica Credores Diversos provém na sua maioria diversas empresas da actividade financeira, do Sub-Grupo Tecnicédito.

43 PASSIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO

O detalhe do valor apurado nesta rubrica, para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 é como segue:

Passivos financeiros Disponíveis para Negociação

2008 2007

Derivados de taxa de juro 9.979.017 4.271.264

Derivados de moeda 386.652 35.028

10.365.669 4.306.292

A análise por maturidade dos Passivos financeiros detidos para negociação é a seguinte:

2008 2007

NocionalEuros

Justo valorEuros

NocionalEuros

Justo valor Euros

Até 3 meses 98.242.679 628.916 39.982.878 276.709

De 3 meses a 1 ano 110.551.493 1.014.192 98.729.023 1.518.750

De 1 ano até 5 anos 272.470.288 8.613.881 163.137.420 2.510.833

Mais de 5 anos 2.510.720 108.680 - -

483.775.180 10.365.669 301.849.321 4.306.292

Os Derivados Embutidos destacados pelo Grupo encontram-se registados na rubrica Derivados de Taxa de Juro, tendo sido considerado como de negociação.

44 OUTROS PASSIVOS CORRENTES

Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 a rubrica Outros Passivos Correntes apresentava o seguinte detalhe:

Outros Passivos Correntes 2008 2007

Outros acréscimos de custos 5.659.015 8.136.664

Remunerações a liquidar 3.962.618 3.808.817

Proveitos diferidos 266.035 182.359

9.887.668 12.127.840

O valor registado em Remunerações a Liquidar corresponde à estimativa dos encargos com férias e subsídio de férias, associados às remunerações dos empregados das diversas empresas do Grupo.

A rubrica Outros Acréscimos de Custos provém na sua maioria das empresas do Sub-Grupo Tecnicrédito, incluindo um montante de 1 246 135 euros (2007: 1

596 450 euros) referente a recebimentos de clientes que serão regularizados no início do próximo exercício, por contrapartida da rubrica crédito a clientes, decorrentes da actividade do Sub-Grupo Tecnicredito. O restante valor registado nesta rubrica corresponde essencialmente à especialização dos encargos com Rappel a atribuir pelas empresas do Grupo pertencentes ao Sector Automóvel.

45 CAPITAL PRÓPRIO

Capital nominal

O capital social de 20 000 000 euros, representado por 4 000 000 acções com o valor nominal de 5 euros, encontra-se integralmente subscrito e realizado.

Acções próprias

Em 31 de Dezembro de 2008 e 2007, o Grupo possuía em carteira 10 843 acções próprias, cujo valor nominal ascende a 54 215 euros, as quais foram adquiridas com um prémio de emissão de 38 418 euros.

Reservas e resultados acumulados

Esta rubrica apresenta a seguinte decomposição:

Reservas e Resultados Acumulados 2008 2007

Reserva legal 11.435.578 8.735.502

Reserva de justo valor 5.209.826 9.289.284

Ajustamentos de equivalência patrimonial (306.298) (261.529)

Outras reservas e resultados acumulados 88.995.770 74.815.460

105.334.876 92.578.717

A legislação comercial estabelece que, pelo menos, 5% do resultado líquido anual tem de ser destinado ao reforço da reserva legal, até que esta represente pelo menos 20% do capital. Esta reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da empresa, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos depois de esgotadas as outras reservas, ou incorporada no capital. A AUTO INDUSTRIAL, SA, bem como as restantes empresas do Grupo, reforçam anualmente a sua reserva legal com uma percentagem mínima entre os 5% e os 10% dos lucros líquidos anuais dependendo da actividade económica.

Reserva de justo valor

As Reservas de Justo Valor correspondem às variações acumuladas do valor de mercado dos instrumentos financeiros detidos por operações de cobertura e dos activos financeiros disponíveis para venda, conforme descrito nas notas 2.15 e 2.16, respectivamente.

Outras reservas e resultados transitados

O valor registado nesta rubrica corresponde ao valor das Reservas Livres e dos Resultados Transitados do Grupo.

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46 INTERESSES MINORITÁRIOS NO CAPITAL PRÓPRIO

Os Interesses Minoritários decompõe-se da seguinte forma:

Interesses Minoritários 2008 2007

Interesses minoritários de capital próprio 97.611.387 89.610.026

Interesses minoritários de resultado líquido 13.343.801 16.778.963

110.955.189 106.388.989

Os Interesses Minoritários no resultado líquido encontram-se discriminados na nota 22, apresentando-se no quadro seguinte a decomposição dos interesses minoritários no capital próprio:

Interesses Minoritário de Capital Próprio 2008 2007

Técnicrédito, SGPS 97.319.385 89.322.325

Sagrup, SGPS, SA 208.898 205.591

Central Parque, SA 82.361 81.694

Auto Horizonte 743 416

97.611.387 89.610.026

47 CONTAS EXTRAPATRIMONIAIS

Esta rubrica é analisada como segue:

Contas Extrapatrimoniais 2008 2007

Cauções estatutárias 25.000 25.000

Mercadorias de terceiros em consignação 7.353.531 6.308.317

Outras cauções 240 240

Garantias e avales prestados 13.444.976 11.602.002

Compromissos assumidos perante terceiros 9.122.258 14.489.288

Compromissos assumidos por terceiros 175.297 204.761.338

Garantias reais:

Activos recebidos em garantia 1.504.002 2.765.081

Outras contas extrapatrimoniais:

Créditos abatidos ao activo 99.933.662 30.635.777

Juros e despesas de crédito vencido anulados 24.181.996 23.131.101

Rendas vincendas:

De contratos sem rendas em atraso 116.987.381 113.295.124

De contratos com rendas em atraso 16.055.244 10.882.164

Valores residuais:

De contratos sem rendas em atraso 20.581.277 19.288.397

De contratos com rendas em atraso 2.589.330 2.272.225

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Os instrumentos financeiros são registados no Balanço quando se tornam exigíveis. Os instrumentos financeiros registados em contas de ordem estão sujeitos aos mesmos

procedimentos de aprovação e controlo aplicados ao portfólio de crédito não se prevendo quaisquer perdas materiais nestas operações.

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48 JUSTO VALOR

A 31 de Dezembro de 2008, a decomposição dos activos e passivos financeiros do Grupo contabilizados ao valor contabilístico (custo histórico) e ao seu justo valor é analisado como segue:

2008

Valor ContabilísticoEuros

Justo valorEuros

DiferençaEuros

Activos financeiros

Detidos para negociação 9.381.908 9.381.908 -

Crédito a clientes 967.084.681 1.052.337.745 (85.253.064)

Passivos Financeiros

Detidos para negociação 10.365.669 10.365.669 -

Recursos de outras intituições de crédito 332.523.161 332.523.161 -

Recursos de clientes 4.189.503 4.189.503 -

Responsabilidades representadas por títulos 486.882.846 486.882.846 -

A 31 de Dezembro de 2007, a decomposição dos activos e passivos financeiros do Grupo contabilizados ao valor contabilístico (custo histórico) e ao seu justo valor é analisado como segue:

2007

Valor ContabilísticoEuros

Justo valorEuros

DiferençaEuros

Activos financeiros

Detidos para negociação 5.697.311 5.697.311 -

Crédito a clientes 984.082.151 1.072.889.390 (88.807.239)

Passivos Financeiros

Depósitos de instituições financeiras 331.624.953 331.624.953 -

Depósitos de clientes 4.540.714 4.540.714 -

Títulos de dívida emitidos 524.435.186 524.435.186 -

Detidos para negociação 4.306.292 4.306.292 -

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49 RELATO POR SEGMENTOSEUROS

Rubricas

Participações Sociais por Segmentos de Negócio / Empresas

Eliminações Consolidado

Financeiro Automóvel Máq. e Equip. Indust.e Marítimos

Gestão de Operações de Participações e Diversos Outros

2008 2007 2008 2007 2008 2007 2008 2007 2008 2007 2008 2007 2008 2007

RESULTADOS

Rédito dos negócios

Rédito das vendas e dos serviços prestados

1 18.012.093 12.721.383 299.853.377 324.762.939 24.343.257 21.575.854 1.119.000 1.119.000 2.154.148 2.559.596 -30.301.093 -38.151.954 315.180.781 324.586.817

Proveitos (juros) obtidos na actividade Financeira (TEC)

2 124.857.658 114.944.175 0 0 124.857.658 114.944.175

Outros rendimentos e ganhos operacionais

3 76.688.732 27.363.201 4.957.640 5.611.763 342.699 280.999 1.055.328 1.237.772 267.862 397.188 -1.473.787 -1.326.477 81.838.474 33.564.446

Variação nos inventários de produtos acabados e em curso

4 18.505 -27.647 540 -152 0 0 19.045 -27.799

Trabalhos para a própria empresa capitalizados

5 0 0

Réditos Totais 6=1a5 219.558.483 155.028.759 304.829.521 330.347.055 24.686.496 21.856.701 2.174.328 2.356.772 2.422.010 2.956.783 -31.774.880 -39.478.431 521.895.958 473.067.639

Gastos dos negócios

Inventários consumidos e vendidos (CMVMC)

7 -268.627.947 -291.910.836 -20.032.381 -17.886.225 -70.536 -84.193 28.547.947 36.369.097 -260.182.916 -273.512.157

Custos (juros) suportados na actividade financeira (TEC)

8 -47.755.309 -37.877.757 0 0 -47.755.309 -37.877.757

Materiais e serviços consumidos 9 -17.656.256 -18.154.878 -13.377.730 -13.740.469 -1.602.425 -1.491.349 1.659.388 1.470.415 -1.311.847 -1.946.384 3.226.933 3.109.334 -29.061.937 -30.753.331

Custos com o pessoal 10 -9.746.255 -9.050.840 -18.310.603 -17.457.210 -1.213.305 -1.095.743 -1.828.563 -1.792.501 -489.778 -417.375 0 0 -31.588.504 -29.813.669

Gastos de depreciação e amortização 11 -2.895.333 -3.614.702 -1.828.539 -2.013.671 -152.654 -53.892 -1.543.837 -1.378.534 -814.857 -559.706 0 0 -7.235.220 -7.620.505

Perdas por imparidade de activos e suas reversões

12 -30.512.765 -18.638.298 -86.522 -57.528 -116.605 -14.536 -2.331.585 -3.186.738 2.331.522 -56.613 -33.902.692 -18.766.975

Aumentos e diminuições de provisões 13 201.031 1.325.000 -150.000 -56.528 0 56.528 51.031 1.325.000

Outros gastos e perdas operacionais 14 -65.318.471 -21.946.166 -1.533.602 -1.022.016 -101.532 -194.434 -284.443 -212.455 -112.128 -50.571 0 0 -67.350.177 -23.425.642

Gastos Totais 15=7a14 -173.683.358 -107.957.641 -303.764.943 -326.201.731 -23.218.902 -20.736.179 -4.479.040 -1.913.075 -5.985.884 -3.114.755 34.106.402 39.478.346 -477.025.724 -420.445.036

Resultados dos negócios 16=6+14 45.875.125 47.071.118 1.064.578 4.145.324 1.467.594 1.120.522 -2.304.712 443.697 -3.563.875 -157.972 2.331.522 -85 44.870.234 52.622.603

Outros ganhos e perdas

Lucros imputados de associadas 17 2.065.224 919.864 335 435 3.644.288 2.658.833 -3.637.165 -2.595.085 2.072.682 984.047

Ajustamentos positivos e mais-valias de instrumento financeiros

18 32.980.213 8.718.957 5.873 2.007 324.964 422.981 7.718 33.405.201 9.057.512

Outros rendimentos e ganhos financeiros 19 68.833 61.254 49.994 56.909 2.152.169 1.978.441 34.604 557.106 -2.212.203 -2.019.880 93.398 633.831

Prejuízos imputados de associadas 20 -836.265 -578.543 -229.362 -287.336 1.373.117 1.102.381 -307.489 -235.561 0 -941

Ajustamentos negativos e menos-valias de instrumentos financeiros

21 -40.675.347 -7.399.865 -2.168.385 1.571.767 -162.400 -41.271.965 -7.562.265

Juros e outros gastos e perdas financeiros

22 -4.617.009 -3.613.785 -2.110.692 -349.657 -260.040 -4.544.249 -3.926.304 -133.617 -357.369 21.762 2.067.351 -9.622.770 -8.200.838

Impostos sobres os lucros 23 -5.355.942 -9.564.995 134.787 -254.635 -326.599 -276.905 586.584 -42.652 -4.222 -9.168 144.436 14.039 -4.820.955 -10.134.316

Ganhos (perdas) totais 24=17a23 -15.602.861 -10.939.824 -2.800.695 -2.876.308 -855.623 -767.371 3.213.917 2.095.664 -410.724 -44.993 -3.688.421 -2.689.198 -20.144.408 -15.222.029

Resultados das actividades ordinárias 24=16+24 30.272.264 36.131.294 -1.734.796 1.268.022 611.971 353.151 909.206 2.539.361 -3.265.230 -206.272 -2.067.589 -2.684.982 24.725.826 37.400.574

Interesses minoritários no resultado -1.321 994 0 0 -709.369 3.308 14.054.491 16.774.662 13.343.801 16.778.963

Resultado líquido Atribuível aos Accionistas 30.272.264 36.131.294 -1.734.796 1.268.022 611.971 353.151 909.206 2.539.361 -3.265.230 -206.272 -15.411.390 -19.463.945 11.382.024 20.621.611

OUTRAS INFORMAÇÕES

Activos Totais 1.115.604.364 1.138.290.187 99.014.961 98.395.351 16.331.507 14.350.294 210.728.328 185.473.879 6.522.155 9.738.556 -196.952.459 -177.177.819 1.251.248.855 1.269.070.448

Passivos Totais 875.716.376 906.768.203 69.240.446 68.938.481 10.015.644 8.345.832 81.818.988 68.938.720 8.174.196 7.276.069 -41.373.088 -30.770.378 1.003.592.563 1.029.496.927

Património Líquido 239.887.988 231.521.984 29.774.514 29.456.870 6.315.863 6.004.461 128.909.340 116.535.159 -1.652.041 2.462.487 -155.579.371 -146.407.441 247.656.292 239.573.520

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49 RELATO POR SEGMENTOSEUROS

Rubricas

Participações Sociais por Segmentos de Negócio / Empresas

Eliminações Consolidado

Financeiro Automóvel Máq. e Equip. Indust.e Marítimos

Gestão de Operações de Participações e Diversos Outros

2008 2007 2008 2007 2008 2007 2008 2007 2008 2007 2008 2007 2008 2007

RESULTADOS

Rédito dos negócios

Rédito das vendas e dos serviços prestados

1 18.012.093 12.721.383 299.853.377 324.762.939 24.343.257 21.575.854 1.119.000 1.119.000 2.154.148 2.559.596 -30.301.093 -38.151.954 315.180.781 324.586.817

Proveitos (juros) obtidos na actividade Financeira (TEC)

2 124.857.658 114.944.175 0 0 124.857.658 114.944.175

Outros rendimentos e ganhos operacionais

3 76.688.732 27.363.201 4.957.640 5.611.763 342.699 280.999 1.055.328 1.237.772 267.862 397.188 -1.473.787 -1.326.477 81.838.474 33.564.446

Variação nos inventários de produtos acabados e em curso

4 18.505 -27.647 540 -152 0 0 19.045 -27.799

Trabalhos para a própria empresa capitalizados

5 0 0

Réditos Totais 6=1a5 219.558.483 155.028.759 304.829.521 330.347.055 24.686.496 21.856.701 2.174.328 2.356.772 2.422.010 2.956.783 -31.774.880 -39.478.431 521.895.958 473.067.639

Gastos dos negócios

Inventários consumidos e vendidos (CMVMC)

7 -268.627.947 -291.910.836 -20.032.381 -17.886.225 -70.536 -84.193 28.547.947 36.369.097 -260.182.916 -273.512.157

Custos (juros) suportados na actividade financeira (TEC)

8 -47.755.309 -37.877.757 0 0 -47.755.309 -37.877.757

Materiais e serviços consumidos 9 -17.656.256 -18.154.878 -13.377.730 -13.740.469 -1.602.425 -1.491.349 1.659.388 1.470.415 -1.311.847 -1.946.384 3.226.933 3.109.334 -29.061.937 -30.753.331

Custos com o pessoal 10 -9.746.255 -9.050.840 -18.310.603 -17.457.210 -1.213.305 -1.095.743 -1.828.563 -1.792.501 -489.778 -417.375 0 0 -31.588.504 -29.813.669

Gastos de depreciação e amortização 11 -2.895.333 -3.614.702 -1.828.539 -2.013.671 -152.654 -53.892 -1.543.837 -1.378.534 -814.857 -559.706 0 0 -7.235.220 -7.620.505

Perdas por imparidade de activos e suas reversões

12 -30.512.765 -18.638.298 -86.522 -57.528 -116.605 -14.536 -2.331.585 -3.186.738 2.331.522 -56.613 -33.902.692 -18.766.975

Aumentos e diminuições de provisões 13 201.031 1.325.000 -150.000 -56.528 0 56.528 51.031 1.325.000

Outros gastos e perdas operacionais 14 -65.318.471 -21.946.166 -1.533.602 -1.022.016 -101.532 -194.434 -284.443 -212.455 -112.128 -50.571 0 0 -67.350.177 -23.425.642

Gastos Totais 15=7a14 -173.683.358 -107.957.641 -303.764.943 -326.201.731 -23.218.902 -20.736.179 -4.479.040 -1.913.075 -5.985.884 -3.114.755 34.106.402 39.478.346 -477.025.724 -420.445.036

Resultados dos negócios 16=6+14 45.875.125 47.071.118 1.064.578 4.145.324 1.467.594 1.120.522 -2.304.712 443.697 -3.563.875 -157.972 2.331.522 -85 44.870.234 52.622.603

Outros ganhos e perdas

Lucros imputados de associadas 17 2.065.224 919.864 335 435 3.644.288 2.658.833 -3.637.165 -2.595.085 2.072.682 984.047

Ajustamentos positivos e mais-valias de instrumento financeiros

18 32.980.213 8.718.957 5.873 2.007 324.964 422.981 7.718 33.405.201 9.057.512

Outros rendimentos e ganhos financeiros 19 68.833 61.254 49.994 56.909 2.152.169 1.978.441 34.604 557.106 -2.212.203 -2.019.880 93.398 633.831

Prejuízos imputados de associadas 20 -836.265 -578.543 -229.362 -287.336 1.373.117 1.102.381 -307.489 -235.561 0 -941

Ajustamentos negativos e menos-valias de instrumentos financeiros

21 -40.675.347 -7.399.865 -2.168.385 1.571.767 -162.400 -41.271.965 -7.562.265

Juros e outros gastos e perdas financeiros

22 -4.617.009 -3.613.785 -2.110.692 -349.657 -260.040 -4.544.249 -3.926.304 -133.617 -357.369 21.762 2.067.351 -9.622.770 -8.200.838

Impostos sobres os lucros 23 -5.355.942 -9.564.995 134.787 -254.635 -326.599 -276.905 586.584 -42.652 -4.222 -9.168 144.436 14.039 -4.820.955 -10.134.316

Ganhos (perdas) totais 24=17a23 -15.602.861 -10.939.824 -2.800.695 -2.876.308 -855.623 -767.371 3.213.917 2.095.664 -410.724 -44.993 -3.688.421 -2.689.198 -20.144.408 -15.222.029

Resultados das actividades ordinárias 24=16+24 30.272.264 36.131.294 -1.734.796 1.268.022 611.971 353.151 909.206 2.539.361 -3.265.230 -206.272 -2.067.589 -2.684.982 24.725.826 37.400.574

Interesses minoritários no resultado -1.321 994 0 0 -709.369 3.308 14.054.491 16.774.662 13.343.801 16.778.963

Resultado líquido Atribuível aos Accionistas 30.272.264 36.131.294 -1.734.796 1.268.022 611.971 353.151 909.206 2.539.361 -3.265.230 -206.272 -15.411.390 -19.463.945 11.382.024 20.621.611

OUTRAS INFORMAÇÕES

Activos Totais 1.115.604.364 1.138.290.187 99.014.961 98.395.351 16.331.507 14.350.294 210.728.328 185.473.879 6.522.155 9.738.556 -196.952.459 -177.177.819 1.251.248.855 1.269.070.448

Passivos Totais 875.716.376 906.768.203 69.240.446 68.938.481 10.015.644 8.345.832 81.818.988 68.938.720 8.174.196 7.276.069 -41.373.088 -30.770.378 1.003.592.563 1.029.496.927

Património Líquido 239.887.988 231.521.984 29.774.514 29.456.870 6.315.863 6.004.461 128.909.340 116.535.159 -1.652.041 2.462.487 -155.579.371 -146.407.441 247.656.292 239.573.520

50 FACTOS RELEVANTES OCORRIDOS DURANTE O ANO 2008 E EVENTOS SUBSEQUENTES

Em Janeiro de 2009, a A. Brás Heleno abriu em Leiria uma concessão FIAT

No final de Fevereiro de 2009, concluíram-se com êxito as negociações com a Sixt, para a passagem de parte importante do negócio do Rent-a-car da Auto-Industrial.

RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCALSenhores Accionistas:

Nos termos dos artigos 508º e seguintes do Código das Sociedades Comerciais, e do mandato que V. Exªs nos conferiram, o Conselho Fiscal acompanhou, com a frequência que entendeu necessária, durante o exercício de 2008, o processo de preparação das contas consolidadas, com o apoio e colaboração, que agradece, do Conselho de Administração e dos serviços administrativos, analisando os documentos que lhe serviram de suporte e verificando a sua conformidade com as disposições aplicáveis.

O Conselho verificou igualmente a concordância do Relatório Consolidado de Gestão com as Contas Consolidadas do exercício.

Nestas condições é parecer do Conselho Fiscal que o Relatório Consolidado apresentado pelo Conselho de Administração e as Contas Consolidadas satisfazem todos os requisitos legais.

Sendo assim, o Conselho Fiscal, apoiado pela Certificação Legal das Contas Consolidadas elaborada pelo Revisor Oficial de Contas, a qual mereceu a sua inteira concordância, propõe: Sejam aprovados o Relatório Consolidado de Gestão e as Contas Consolidadas apresentadas pelo Conselho de Administração, referentes ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2008.

Coimbra, 25 de Fevereiro de 2009

O Conselho FiscalSílvio Costa - Presidente Maria Teresa Andrade Dias António Luís Athayde Martha Carlos Manuel Amado Figueiredo Nunes António Freitas dos Santos - ROC

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CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTASINTRODUÇÃO

1 – Examinei as demonstrações financeiras anexas, consolidadas da Auto Industrial sa, as quais compreendem o Balanço Consolidado em 31 de Dezembro de 2008, (que evidencia um total de balanço de 1.251.248.855,43 Euros e um total de capital próprio de 247.656.292,43 Euros, incluindo um resultado líquido de 11.382.024,21 Euros atribuível aos accionistas e reconhecido na Demonstração dos Resultados consolidados, e um total de interesses minoritários de 110.955.188,77 Euros) as Demonstrações dos Resultados Consolidados e a demonstração dos Fluxos de Caixa do exercício findo naquela data, e as correspondentes Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas. Estas demonstrações foram preparadas em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IFRSs”) tal como adoptadas pela União Europeia.

RESPONSABILIDADES

2- É da responsabilidade do Conselho de Administração a preparação de demonstrações financeiras consolidadas que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira do conjunto de empresas englobadas na consolidação, e o resultado consolidado das suas operações, bem como a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado.

3- A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente, baseada no nosso exame daquelas demonstrações financeiras.

ÂMBITO

4- O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras consolidadas estão isentas de distorções materialmente relevantes. Para tanto o referido exame inclui:

• a verificação de as demonstrações financeirasdas empresas englobadas na consolidação terem sido apropriadamente examinadas e, para os casos significativos em que o não tenham sido, a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações nelas constantes e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação;

• averificaçãodasoperaçõesdeconsolidaçãoedaaplicação do método da equivalência patrimonial;

• aapreciaçãosobresesãoadequadasaspolíticascontabilísticas adoptadas, e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias;

• averificaçãodaaplicabilidadedoprincípiodacontinuidade

• aapreciação sobre se é adequada, em termosglobais, a apresentação das demonstrações financeiras consolidadas.

5 - O nosso exame abrangeu também a verificação da concordância do relatório de gestão com as demonstrações financeiras consolidadas 6 - Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião.

OPINIÃO

7 - Em nossa opinião, as referidas demonstrações financeiras consolidadas apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira de Auto Industrial S.A. em 31 de Dezembro de 2008 o resultado das suas operações e os fluxos de caixa, no exercício findo naquela data, em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal.

Coimbra 25 de Fevereiro de 2009António Freitas dos SantosROC nº 263

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CONTAS DA AUTO-INDUSTRIAL, S.A.

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BALANÇO DA AUTO-INDUSTRIAL, SA 2008AB AA AL 2007

IMOBILIZADOIMOBILIZAÇÕES INCORPÓREASDespesas de instalação 408.334 370.858 37.476 29.114Despesas de investig. e desenv. 74.150 74.145 5 1.772Propriedade industrial e outros dir. 73.318 67.065 6.253 7.633Trespasses 60.355 60.355 60.355Outras imobilizações incorpóreas 308.458 308.458Adiantamentos por conta de imob.

924.614 820.526 104.088 98.874IMOBILIZAÇÕES CORPÓREASTerrenos e recursos naturais 7.701.890 7.701.890 7.700.418Edifícios e outras construções 16.424.628 8.814.388 7.610.240 8.251.044Equipamento básico 6.200.194 3.249.929 2.950.265 2.046.489Equipamento de transporte 1.246.761 633.305 613.456 395.836Ferramentas e utensílios 711.496 526.210 185.286 95.809Equipamento administrativo 4.037.023 3.752.141 284.882 189.696Taras e vasilhameOutras imobilizações corpóreasImobilizações em curso 297.687 297.687 950.125Adiantamentos por conta de imob.

36.619.679 16.975.973 19.643.706 19.629.417INVESTIMENTOS FINANCEIROSPartes capital empresas grupo 153.316.482 153.316.482 137.472.219Empréstimos empresas grupo 3.296 3.296 3.296Partes capital empresas associad. 107.734 107.734 168.973Empréstimos empresas associad.Títulos e outras aplicaç. financeiras 8.477 8.477 6.822Outros empréstimos concedidos 880 880 880Imobilizações em cursoAdiant. conta investimentos finan..

153.436.869 153.436.869 137.652.191CIRCULANTEEXISTÊNCIASMatérias Primas,subsd e consumo 1.997 1.997 1.939Produtos e trabalhos em curso 16.057 16.057 24.968Subprodutos,desperd.,resid.,refug.Produtos acabados e intermédios 27.862 27.862 17.253Mercadorias 15.026.016 250 15.025.766 13.829.308Adiantamentos conta de compras

15.071.932 250 15.071.682 13.873.468DÍVIDAS DE TERCEIROS M/L PRAZOClientesClientes - Títulos a ReceberEmpresas AssociadasOutros accionistasFornecedoresEstado e outros entes públicosOutros devedoresSubscritores de capital

DÍVIDAS DE TERCEIROS C. PRAZOClientes c/c 9.298.427 9.298.427 11.876.135Clientes, títulos a receber 443.939 443.939 555.399Clientes de cobrança duvidosa 3.719.767 3.470.861 248.907 99.008Empresas do grupo 29.678.980 2.331.585 27.347.395 22.811.735Empre. assoc. participadas, paticipantesOutros accionistas 2.080 2.080 2.080Adiantamentos a fornecedoresAdiant.fornecedores imobilizadoEstado e outros entes públicos 1.031.836 1.031.836 1.449.265Outros devedores 1.063.870 1.063.870 311.770Subscritores de capital

45.238.898 5.802.445 39.436.453 37.105.391TÍTULOS NEGOCIÁVEISAcções empresas grupoObrigações títulos partic.emp.grupoAcções empresas associadasObrig.títulos partic. emp.associadasOutros títulos negociáveisOutras aplicações de tesouraria

DEPÓSITOS BANCÁRIOS E CAIXADepósitos bancários 1.935.389 1.935.389 1.782.056Caixa 25.442 25.442 17.704

1.960.831 1.960.831 1.799.760ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOSAcréscimos de proveitos 644.350 644.350 668.037Custos diferidos 390.582 390.582 423.038Activos por impostos diferidos 388.934 388.934

1.423.866 1.423.866 1.091.075Total de amortizações 17.796.499Total de Ajustamentos 5.802.695

Total do activo 254.676.689 23.599.194 231.077.495 211.250.176

EUROS

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BALANÇO DA AUTO-INDUSTRIAL, SA 2008

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO 2008 2007

CAPITAL PRÓPRIO

Capital 20.000.000 20.000.000

Acções próprias-Valor nominal -54.215 -54.215

Acções próprias-Descontos e prémios 38.418 38.418

Prestações suplementares

Prémios de emissão

Ajustam.partes capital filiais associada 114.681.395 102.498.371

Reservas de reavaliação 1.694.904 1.694.904

Reserva legal 370.000 220.000

Reservas estatutárias

Reservas contratuais

Outras reservas 5.073.765 3.392.435

Resultados transitados

Subtotal 141.804.267 127.789.913

Resultado liquido do exercício -819.827 2.549.379

Dividendos antecipados

Total do capital próprio 140.984.440 130.339.292

PASSIVO

Provisões para pensões

Provisões para impostos

Outras provisões para riscos encarg. 590.312 509.458

590.312 509.458

DIVIDAS A TERCEIROS M/L PRAZO

Empréstimos por obrigações 13.500.000 16.750.000

Dívidas a instituições de crédito 30.222.222 26.983.335

Fornecedores imobilizado c/c 4.566.875 5.224.313

48.289.097 48.957.648

DÍVIDAS A TERC. CURTO PRAZO

Empréstimos por obrigações 3.250.000 2.500.000

Empréstimos por títulos de participaç.

Dívidas a instituições de crédito 19.865.255 7.887.329

Adiantamentos por conta de vendas

Fornecedores c/c 4.241.182 8.083.045

Fornecedores-fact. recep. conferência 1.945.884 1.248.912

Fornecedores-títulos a pagar

Fornec. imobilizado-títulos a pagar

Empresas do grupo 7.262.512 5.787.096

Empresas Assoc. partic.participantes

Outros accionistas

Adiantamentos de clientes 77.000 311.242

Outros empréstimos obtidos

Fornecedores imobilizado c/c 788.803 895.336

Estado e outros entes públicos 1.265.214 1.485.626

Outros credores 221.158 454.440

38.917.006 28.653.027

ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS

Acréscimos de custos 2.241.869 2.716.330

Proveitos diferidos 16.142 35.792

Passivos por Impostos Diferidos 38.629 38.629

2.296.640 2.790.751

Total do passivo 90.093.055 80.910.884

Total do capital próprio e do passivo 231.077.495 211.250.176

EUROS

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Demonstração de Resultados da Auto-Industrial,SA 2008 2007

CUSTOS E PERDAS

Custos das mercadorias vendidas 97.414.150 116.205.315

Custos das matérias consumidas

97.414.150 116.205.315

Fornecimentos e serviços externos 4.965.337 6.120.368

Custos com pessoal

Remunerações 6.802.024 6.852.922

Encargos sociais

Pensões 59.492 72.499

Outros 1.696.576 1.703.532

8.558.092 8.628.954

Amortizações do imobilizado 2.307.009 1.883.469

Ajustamentos 2.523.215 77.826

Provisões 150.000

4.980.223 1.961.295

Impostos 242.173 193.323

Outros custos operacionais 209.501 220.857

451.674 414.180

(A) 116.369.476 133.330.112

Perdas em empresas do grupo e associadas

Amortizações e provisões investim.financeiros

Juros e custos similares

Relativos a empresas do grupo 48.641 42.787

Outros 4.540.402 4.589.043 3.946.164 3.988.952

(C) 120.958.519 137.319.064

Custos e perdas extraordinários 163.201 73.337

(E) 121.121.720 137.392.400

Imposto sobre rendimento do exercício -586.584 42.652

Imposto diferido sobre o rendimento

(G) 120.535.136 137.435.052

Resultado liquido do exercício -819.827 2.549.379

TOTAL 119.715.309 139.984.431

PROVEITOS E GANHOS

Vendas

Mercadorias 103.429.128 123.304.332

Produtos

Prestação de serviços 7.491.464 110.920.591 8.522.317 131.826.650

Variação de produção 1.698 -9.732

Trabalhos para a própria empresa

Proveitos suplementares 2.524.224 2.582.030

Subsídios à exploração 44.750 3.293

Outros proveitos e ganhos operacionais 49.756 51.693

Reversões de Amortizações e Ajustamentos 2.618.731 2.637.016

(B) 113.541.020 134.453.934

Ganhos em empresas do grupo e associadas

Rendimentos de participação de capital 3.644.288 2.658.833

Rendimentos de títulos neg.e outras apl.financ.

Relativos a empresas do grupo 2.007 324.964

Outros

Outros juros e proveitos similares

Relativos a empresas do grupo 1.675.213 1.645.174

Outros 519.519 5.841.028 356.572 4.985.543

(D) 119.382.047 139.439.477

Proveitos e ganhos extraordinários 333.261 544.953

(F) 119.715.309 139.984.431

RESUMO 2008 2007

Resultados operacionais:(B)-(A)= -2.828.456 1.123.822

Resultados financeiros:(D-B)-(C-A)= 1.251.985 996.591

Resultados Correntes:(D-C)= -1.576.472 2.120.414

Resultados antes de impostos:(F)-(E)= -1.406.412 2.592.030

Resultado liquido do exercício:(F)-(G)= -819.827 2.549.379

EUROS

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Demonstração dos Resultados por Funções da Auto-Industrial,SA 2008 2007

Vendas e Prestações de Serviços 110.920.591 131.826.650

Custos das Vendas e Prestações de Serviços -101.035.354 -120.289.171

RESULTADOS BRUTOS 9.885.237 11.537.478

Outros proveitos e ganhos operacionais 2.618.731 2.637.016

Custos de Distribuição -8.510.312 -8.636.606

Custos Administrativos -3.919.545 -4.110.589

Outros custos e perdas operacionais -570.983 -303.477

RESULTADOS OPERACIONAIS -496.872 1.123.822

Custo líquido de Financiamento -2.392.303 -1.663.232

Ganhos (Perdas) em filiais e associadas 3.644.288 2.658.449

Ganhos (Perdas) em outros investimentos 384

Resultados não usuais ou não frequentes -2.161.525 472.607

RESULTADOS CORRENTES -1.406.412 2.592.030

Imposto sobre os resultados correntes 586.584 -42.652

RESULTADOS CORRENTES APÓS IMPOSTOS -819.827 2.549.379

Interesses Minoritários

Resultado de operações em descontinuação

Resultados Extraordinários

Imposto sobre os resultados extraordinários

Resultados líquidos -819.827 2.549.379

Resultado por acção -0,20 0,64

EUROS

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Demonstração de Fluxos de Caixa da Auto-Industrial, S.A

2008 2007

ACTIVIDADES OPERACIONAIS

Recebimentos de Clientes 135.595.552 156.909.304

Pagamentos a Fornecedores 130.905.735 137.397.197

Pagamentos a Pessoal 8.592.393 8.648.900

Fluxo Gerado Pelas Operações -3.902.576 10.863.207

Pagamentos / Recebimentos IRC -106.595 -478.236

Outros Recebimentos / Pagamentos relativos à Actividade Operacional

-159.745 -169.164

Fluxo Gerado antes das Rubricas Extrordinárias -4.168.916 10.215.808

Recebimentos Relacionados com Rúbricas Extrordinárias 4.664 1.946

Pagamentos Relacionados com Rúbricas Extrordinárias 56.350 15.094

Fluxo das Actividades Operacionais -4.220.602 10.202.660

ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO

Recebimentos Provenientes de :

Investimentos Financeiros 0 0

Imobilizações Corpóreas 4.977.521 7.726.972

Imobilizações Incorpóreas 0 0

Subsídios de Investimento 0 0

Juros e Proveitos Similares 2.194.732 2.001.745

Dividendos 3.644.288 10.816.541 2.658.833 12.387.551

Pagamentos Respeitantes a :

Investimentos Financeiros 7.326.188 5.644.987

Imobilizações Corpóreas 7.813.125 11.122.606

Imobilizações Incorpóreas 47.149 15.186.462 20.531 16.788.124

Fluxo da Actividade de Investimento -4.369.920 -4.400.573

ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO

Recebimentos Provenientes de :

Empréstimos Obtidos 14.192.228 2.971.518

Aumento de Capital, Prestações Suplementares e Prémios de Emissão

0 0

Subsídios e Doacções 0 0

Venda de Acções (quotas) Próprias 0 0

Cobertura de Prejuízos 0 14.192.228 0 2.971.518

Pagamentos Respeitantes a :

Empréstimos Obtidos 0 0

Amortização de Contratos de Locação Financeira 607.900 2.079.952

Juros e Custos Similares 4.114.686 4.295.218

Dividendos 718.048 718.048

Redução de Capital e Prestações Suplementares 0 0

Aquisição de Acções (quotas) Próprias 0 5.440.634 0 7.093.218

Fluxo da Actividade de Financiamento 8.751.593 -4.121.700

VARIAÇÃODECAIXAESEUSEQUIVALENTES 161.071 1.680.387

Efeito das Diferenças de Câmbio 0 0

Caixa e seus Equivalentes no Início do Período 1.799.760 119.373

Caixa e seus Equivalentes no Fim do Período 1.960.831 1.799.760

EUROS

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ANEXO AO BALANÇO E À DEMOSNTRAÇÃO DOS RESULTADOS DA AUTO- -INDUSTRIAL, S.A.3 CRITÉRIOS DE VALORIMETRIA

Os critérios de Valorimetria utilizados foram:

Existências

Os veículos e as máquinas agrícolas foram valorizados ao preço de custo efectivo de aquisição, unidade a unidade.

As restantes mercadorias foram valorizadas ao custo médio (existências iniciais mais as aquisições efectuadas durante o exercício).

Os produtos e trabalhos em curso foram valorizados pelo custo das peças incorporadas em obras, pela mão de obra e eventuais serviços externos aplicados.

Investimentos Financeiros

Os investimentos financeiros representados por partes de capital em empresas do grupo estão valorizados utilizando o critério de equivalência patrimonial e as outras aplicações financeiras encontram-se valorizadas ao custo de aquisição.

Imobilizações Incorpóreas

As imobilizações incorpóreas são basicamente constituídas por trespasses comerciais e outras despesas de instalação, investigação e desenvolvimento, directamente relacionadas com a actividade e objectivos da empresa.

Imobilizações Corpóreas

As imobilizações corpóreas encontram-se registadas ao custo de aquisição, tendo no entanto tais valores sido sucessivamente reavaliados nos termos da legislação em vigor.As reintegrações são calculadas pelo método das quotas constantes e dentro dos limites máximos permitidos pela legislação em vigor.

Provisões

A sociedade regista nesta rubrica as provisões constituídas para processos judiciais em curso.

4 COTAÇÕES UTILIZADAS PARA CONVERSÃO DAS CONTAS DE BALANÇO

As cotações utilizadas contra o Euro foram as seguintes:

EUA USD 1,39170Japão JPY 126,140Reino Unido GBP 0,95250Suíça CHF 1,48500Brasil BRL 3,24360Coreia do Sul KRW 1839,1300Noruega NOK 9,75000

7 NÚMERO MÉDIO DE PESSOAS AO SERVIÇO DA EMPRESA

378

10 MOVIMENTOS OCORRIDOS NAS RUBRICAS DO ACTIVO IMOBILIZADO

VALOR BRUTO

Rubricas Saldo Inicial Aumento Alienações Transf./Abates Saldo final

IMOBILIZAÇÕES INCORPOREAS

Despesas de Instalação 361.510 46.824 408.334

Desp.Investig. Desenvolvim. 74.150 74.150

Propriedade Industrial 72.993 325 73.318

Trespasses 60.355 60.355

Outras Imobiliz. Incorpóreas 308.458 308.458

877.465 47.149 0 0 924.614

IMOBILIZAÇÕES CORPOREAS

Terrenos e Recursos Naturais 7.700.418 1.472 7.701.890

Edifícios Outras Construções 16.225.669 209.543 8.694 1.890 16.424.628

Equipamento Básico 4.869.167 6.553.152 5.210.705 11.421 6.200.194

Equipamento de Transporte 938.222 582.680 274.141 1.246.761

Ferramentas e Utensílios 519.561 192.969 1.033 711.496

Equipamento Administrativo 3.766.214 270.809 4.037.023

Imobilizações em Curso 950.124 2.500 654.938 297.687

34.969.375 7.813.125 5.220.432 942.390 36.619.679

INVESTIMENTOS FINANCEIROS

Partes capital Emp. Grupo 137.472.219 15.844.262 153.316.482

Emp. Empresas do Grupo 3.296 3.296

Partes capital Emp. Associa. 168.973 61.239 107.734

Titulos O.Aplic. Financeiras 6.822 1.655 8.477

Outros Empréstimos Concedidos

880 880

137.652.191 15.845.917 0 61.239 153.436.869

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AMORTIZAÇÕES ACUMULADAS E AJUSTAMENTOS

Rubricas Saldo Inicial Aumento Alienações Transf./Abates Saldo final

Despesas de Instalação 332.395 38.463 370.858

Desp. Investig. Desenvolvim. 72.378 1.767 74.145

Propriedade Industrial 65.360 1.705 67.065

Outras Imobil. Incorpóreas 308.458 308.458

778.591 41.935 0 0 820.526

Edifícios outras Construções 7.974.624 848.458 8.694 8.814.388

Equipamento Básico 2.822.679 860.536 433.287 3.249.929

Equipamento de Transporte 542.386 276.964 186.045 633.305

Ferramentas e Utensílios 423.751 103.492 1.033 526.210

Equipamento Administrativo 3.576.518 175.623 3.752.141

15.339.958 2.265.074 443.014 186.045 16.975.973

12 E 13 DIPLOMAS LEGAIS E QUADRO DISCRIMINATIVO DAS REAVALIAÇÕES

DEC.LEI 31/98Custos

HistóricosReavaliação

Contabilisticos Reavaliados

Terrenos Rec. Naturais 3.646.244 894.758 4.541.002

Edifícios e O. Construções 2.520.454 564.576 3.085.030

Equipamento Básico 298.958 103.077 402.035

Equipamento de Transporte 18.233 2.081 20.314

Ferramentas e Utensílios 3.743 112 3.855

Equipamento Administrativo 330.526 130.300 460.826

6.818.159 1.694.904 8.513.063

15 BENS UTILIZADOS EM REGIME DE LOCAÇÃO FINANCEIRA

Activo Liquido Outros Credores

Instalações Seixal(Cont.nº31-BCP Leasing)

462.159 174.020

Instalações Benavente (Contrato nº 507420 - Imoleasing)

480.093 280.937

Instalações de Vila Nova de Gaia(Contrato nº 20020342-BCPLeasing)

1.080.728 471.749

Equipamento de Oficina - Leiria(Contrato nº008723/002/002-ocapor)

10.522 0

Instalações de Marinheiros - Leiria(Contrato nº600433-Imoleasing)

2.843.750 2.318.076

Instalações Casal do Cego –Leiria(Contrato nº 600434-Imoleasing)

654.308 701.561

Instalações de Alcântara-Lisboa(Contratonº1005084-Santander Totta)

1.379.175 1.271.299

16 FIRMA E SEDE DAS EMPRESAS DO GRUPO E DAS EMPRESAS ASSOCIADAS

Os capitais próprios não incluem o resultado Líquido do Exercício em curso:

Empresas do Grupo

A. Brás Heleno, SA - Leiria

Fracção 100%

Capitais Próprios 2.907.491

Resultados do Exercício 366.823

A.C.A. – Auto Caldense, Lda. – Caldas da Rainha

Fracção 30%

Capitais Próprios (39.616)

Resultado do Exercício 0

A.U.A. – Auto Associados Automóveis, Lda. – Estoril

Fracção 60%

Capitais Próprios (34.413)

Resultado do Exercício 0

Auto Horizonte – Comércio e Representações Lda. – Estoril

Fracção 82,22%

Capitais Próprios 285.351

Resultado do Exercício (19.827)

Auto Industrial Invest. e Part. SGPS, SA - Lisboa

Fracção 100%

Capitais Próprios 47.927

Resultado do Exercício (62)

Auto Industrial – Porto, Lda. – Porto

Fracção 100%

Capitais Próprios 3.020.126

Resultado do Exercício (24.505)

Auto - Palace Automóveis, Lda.

Fracção 30%

Capitais Próprios (23.144)

Resultado do Exercício 0

C.A.M. – Camiões , Automóveis e Motores, SA – Porto

Fracção 100%

Capitais próprios 3.371.068

Resultado do Exercício (64.772)

Central Parque, SA – Lisboa

Fracção 49,10%

Capitais Próprios 1.198.604

Resultado do Exercício (15.690)

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Digitese, Consultadoria em aplicações Informáticas, Lda. – Lisboa

Fracção 11,67%

Capitais Próprios 457.640

Resultado do Exercício (3.447)

Estação de Serviço Nova Almadauto, Lda. – Almada

Fracção 1,67%

Capitais Próprios (1.010)

Resultado do Exercício 0

Forte , C.M.R., Lda. – Coimbra

Fracção 100%

Capitais Próprios 156.181

Resultado do Exercício 146.137

Garagem Santa Cruz, Lda. – Coimbra

Fracção 100%

Capitais Próprios 295.186

Resultado do Exercício (13.639)

Gilauto – Automóveis, Máquinas e Equipamento, SA – Lisboa

Fracção 100%

Capitais Próprios 243.840

Resultado do Exercício (29.824)

Margem Investments, Inc. – Cayman

Fracção 100%

Capitais Próprios 2.069.739

Resultados do Exercício (274.726)

Mercentro – Comércio de Automóveis SA – Aveiro

Fracção 100%

Capitais Próprios 3.368.377

Resultado do Exercício (116.852)

Motolusa – Motores de Portugal, Lda. – Lisboa

Fracção 100%

Capitais Próprios 798.256

Resultado do Exercício 91.855

Novitexto - Bases de Dados, Lda. – Lisboa

Fracção 95%

Capitais Próprios (48.936)

Resultado do Exercício (62)

R.M.P. – Reparações Mecânicas de Pombal, Lda. - Pombal

Fracção 95%

Capitais Próprios 99.227

Resultado do Exercício 0

Sagar – Comércio de Máquinas e Representações, Lda. - Lisboa

Fracção 100%

Capitais Próprios (220.473)

Resultado do Exercício (3.585)

Sagrup SGPS , SA – Lisboa

Fracção 72,52%

Capitais Próprios 957.414

Resultado do Exercício (3.251.153)

Sodicentro , Comércio de Veículos, Lda – Coimbra

Fracção 27,89%

Capitais Próprios 2.710.765

Resultado do Exercício (514.448)

Tecnicrédito SGPS, SA – Lisboa

Fracção 53,57%

Capitais Próprios 98.894.332

Resultados do Exercício 2.777.310

Tractores Ibéricos, Lda. – Lisboa

Fracção 100%

Capitais Próprios 4.251.713

Resultados do Exercício 570.304

União Eborense de Automóveis, Lda. – Évora

Fracção 100%

Capitais Próprios 303.698

Resultado do Exercício (57.935)

Empresas Associadas

Modipe, SA – Madrid

Fracção 19,60%

Capitais Próprios 513.318

Resultado de Exercício 36.343

21 MOVIMENTOS OCORRIDOS NAS RUBRICAS DO ACTIVO CIRCULANTE

Ajustamentos

Saldo Inicial Aumento Redução Saldo Final

Existências:

Mercadorias 250 250

Dívidas de Terceiros:

Clientes de cobrança duvidosa 3.279.481 191.380 3.470.861

Empresas do Grupo 2.331.585 2.331.585

25 VALOR GLOBAL DAS DÍVIDAS ACTIVAS E PASSIVAS RESPEITANTES AO PESSOAL DA EMPRESA

Saldos Devedores de Pessoal 22.178

Saldos Credores de Pessoal 0

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30 VALOR DAS DIVIDAS A TERCEIROS COBERTAS POR GARANTIAS REAIS PRESTADAS

Dividas Instituições Crédito 1.983.333

Garantia Instalações Portela da Ajuda

31 VALOR GLOBAL DOS COMPROMISSOS FINANCEIROS QUE NÃO FIGUREM NO BALANÇO

Em contas de Ordem

Credores p/Cauções Estatutárias 25.000

Devedores e Credores p/ Consignação 6.376.571

Valores entregues como Caução 240

Garantias Bancárias 1.713.612

32 DESCRIÇÃO DAS RESPONSABILIDADES DA EMPRESA POR GARANTIAS PRESTADAS

Garantias prestadas

Fianças e Avales que incluem:

Garagem de Santa Cruz, Lda. 665.895

Tractores Ibéricos, Lda. 4.000.000

União Eborense de Automóveis, Lda. 133.179

34 DESDOBRAMENTO DA CONTA DE PROVISÕES E EXPLICAÇÃO DOS MOVIMENTOS OCORRIDOS NO EXERCÍCIO

Saldo Inicial Aumento Redução Saldo Final

Outras provisões 509.458 150.000 69.146 590.312

O aumento nas Outras Provisões é relativo á existência de um contrato oneroso

associado ao depósitode garantia relacionado com o Banco Rothschild

36 NÚMERO DE ACÇÕES EM QUE SE DIVIDE O CAPITAL DA EMPRESA E SEU VALOR NOMINAL O Capital Social é composto por 4.000.000 acções no valor de 5 Euros cada.

40 MOVIMENTOS OCORRIDO NO CAPITAL PRÓPRIO

Movimento ocorrido no capital próprio

AUMENTOS

RUBRICASSALDO INICIAL

EQUIVA-LENCIA

PATRIMO-NIAL

OUTROSDIMINUI-

ÇÕESSALDO FINAL

Capital Social 20.000.000 20.000.000

Acções próprias-valor nominal -54.215 -54.215

Acções próprias-descontos prémios 38.418 38.418

Ajustamento de parte de Capital 102.498.372 12.183.023 114.681.395

Reservas de reavaliação 1.694.904 1.694.904

Reservas Legais 220.000 150.000 370.000

Outras reservas ( livres ) 3.392.434 1.681.331 5.073.765

.Transferência Resultado 2007 2.549.379

. Aplicação resultado 2007:

- Dividendos distribuidos: -718.048

- Reserva legal -150.000

- Outras Reservas -1.681.331

Resultado Líquido do exercício 2.549.379 -819.827 -2.549.379 -819.827

130.339.292 12.183.023 3.560.883 -5.098.758 140.984.440

41 CUSTOS DAS MERCADORIAS E DAS MATÉRIAS PRIMAS CONSUMIDAS

Mercadorias, Mat.Primas e Sub.

Existências Iniciais 13.831.247

Compras 98.610.916

Existências finais 15.028.013

Custos do Exercício 97.414.150

42 DEMONSTRAÇÃO DA VARIAÇÃO DA PRODUÇÃO

Existências finais 43.919

Existências iniciais 42.221

Aumento no Exercício 1.698

43 REMUNERAÇÕES ATRIBUÍDAS AOS ÓRGÃOS SOCIAIS

Conselho de Administração 389.020

Conselho Fiscal 54.600

44 MOVIMENTOS OCORRIDO NA CONTA DE VENDAS

Foram efectuadas vendas ao estrangeiro no valor de 19.837

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45 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS FINANCEIROS

CUSTOS E PERDAS 2008 2007

Juros Suportados 4.467.577 3.807.760

Remuneração Títulos Participação

Diferenças de Câmbio Desfavoráveis

Descontos P.P. Concedidos 80 37

Outros Custos e Perdas Financeiras 121.386 181.155

Resultados Financeiros 1.251.985 996.591

5.841.028 4.985.543

PROVEITOS E GANHOS 2008 2007

Juros Obtidos 2.192.990 1.994.447

Rendimento de Participações de Capital 3.644.288 2.658.833

Diferenças de Câmbio Favoráveis 990

Rendimentos de Títulos e Outras Aplic. Financeiras 2.007 324.964

Descontos de P.P. obtidos 1.091 3.042

Outros Proveitos e Ganhos Financeiros 652 3.267

5.841.028 4.985.543

46 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS

CUSTOS E PERDAS 2008 2007

Donativos 1.541 1.839

Multas e Penalidades 72.875 39.228

Perdas em Existências 1.111

Correcções Relativas a Exercícios Anteriores 7.079 4.817

Outros Custos e Perdas Extraordinárias 17.853 4.323

Perdas Em Imobilizações Financeiras

Perdas Em Imobilizações Corpóreas 10.019 19.379

Aumento em Amortizações

Dívidas Incobráveis 53.835 2.640

Sinistros

Furtos

Alienação de Investimentos Financeiros

Resultados Extraordinários 170.060 471.616

333.262 544.953

PROVEITOS E GANHOS 2008 2007

Ganhos em Existências 11.812 25.179

Restituição de Impostos 699

Ganhos em Imobilizações 226.777 333.579

Benefícios de Penalidades Contratuais 3.965 1.893

Correcções Relativas e Exercícios anteriores 544

Redução de Provisões

Outros Proveitos e Ganhos extraordinários 89.465 184.249

Recuperação de Dívidas 53

333.262 544.953

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Inventário das Participações Financeiras da Auto-Industrial, SA - 2008

DESIGNAÇÃO QUANTIDADE VAL.NOMINAL VAL. DO BALANÇO

1 - QUOTAS

A.C.A.-Auto Caldense Automóveis,SA 1 748,20 748,20

AUA - Auto Associados (Aut.), Lda. 1 3.000,00 3.000,00

Auto Horizonte - Com.Repar., Lda. 1 184.555,22 184.555,22

Auto-Industrial - Porto, Lda. 1 1.197.114,95 1.197.114,95

Auto Palace Automóveis, Lda. 1 1.496,39 1.496,39

Estação Serviço Nova Almadauto, Lda 1 24,94 24,94

Forte - Camiões, Máquinas e Repar.,Lda. 1 4.996,39 4.996,39

Digitese - Consult.em Aplic.Financ., Lda. 1 52.373,78 52.373,78

Garagem Santa Cruz, Lda. 1 350.000,00 350.000,00

Motolusa - Motores de Portugal, Lda 1 124.699,48 124.699,48

Margem Investments Inc. 1 2.000.000.USD 1.662.286,33

Novitexto - Base de Dados, Lda 1 94.771,60 94.771,60

RMP - Rep.Mecânicas Pombal, Lda 1 33.170,06 33.170,06

Sagar - Comércio de Máquinas e Representações,Lda. 1 170.000,00 170.000,00

Sodicentro- Comércio de Veículos ,Lda. 1 177.642,48 177.642,48

Tractores Ibéricos, Lda 1 199.671,72 199.671,72

União Eborense de Automóveis, Lda 1 99.759,57 99.759,57

2 - ACÇÕES

Auto Industrial SGPS, SA 50 000 1,00 50.000,00

CAM - Camiões Autom.Motores, SA 600 000 5,00 4.526.411,35

Gilauto - Máq.Equipamentos, SA 65 000 5,00 496.340,45

Central Parque, SA 24 537 5,00 125.116,64

Mercentro - Comércio de Automóveis, SA 100 000 5,00 1.472.156,35

Modipe, SA 24 500 2,40 168.972,92

Sagrup - SGPS, SA 14 503 409 0,05 1.328.678,76

Tecnicrédito - SGPS, SA 9 375 282 1,00 10.150.052,79

A.Brás Heleno, SA 55 000 5,00 4.200.000,00

3 - ACÇÕES

Banco Comercial Português, SA 5 901 1,00 8.477,26

4 - PRESTAÇÕES SUPLEMENTARES

AUA - Auto Assoc.Automóveis, Lda 4.489,18

Auto Industrial-Porto, Lda. 652.427,65

CAM - Camiões Autom.Motores, SA 1.250.000,00

Estação de Serviço N.Almadauto, Lda 598,56

Garagem Santa Cruz, Lda. 350.000,00

Mercentro - Comércio de Automóveis, SA 6.500.000,00

Sodicentro- Comércio de Veículos ,Lda. 2.463.611,20

União Eborense Automóveis, Lda. 1.154.026,30

EUROS

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LISTA A QUE SE REFERE O ARTº Nº 447 DO C.S.C.

AUTO INDUSTRIAL, S.A.

ACÇÕES

Administração Compra / Venda Quantid. Saldo

Tomaz Andrade Rocha 342.714

Compra 1.922

344.636

Mário Leite Santos 353.400

Compra 1.923

355.323

Manuel Pinto Martha 172.460

Venda 750

Compra 1.923

173.633

Francisco Cunha Lucas 385.363

Compra 1.923

387.286

Maria Leonor Costa Amorim Afonso 0

Compra 1.000

1.000

Conselho Fiscal Compra / Venda Quantid. Saldo.Silvio de Jesus Costa 42.302

António Athayde Martha 105.486

Carlos Figueiredo Nunes 17.149

OBRIGAÇÕES

Administração Compra / Venda Quantid. Saldo.

Tomaz Andrade Rocha 47.415

0

47.415

Mário Leite Santos 48.943

0

48.943

Manuel Pinto Martha 23.725

0

23.725

Francisco Lucas 53.349

0

53.349

Conselho Fiscal Compra / Venda Quantid. Saldo.

Silvio de Jesus Costa 5.885

0

5.885

António Athayde Martha 14.677

0

14.677

Carlos Figueiredo Nunes 2.385

0

2.385

SOCIEDADES EM QUE EXISTE RELAÇÃO DE DOMÍNIO OU DE GRUPO:

ACÇÕESCentral Parque,s.a. Compra / Venda Quantid. SaldoTomaz Andrade Rocha 1.176

Tecnicrédito SGPS,s.a. Compra / Venda Quantid. Saldo.Tomaz Andrade Rocha 504.716

Mário Leite Santos 522.135

Manuel Pinto Martha 227.155

Francisco Lucas 574.233

Silvio de Jesus Costa 68.968

Carlos Figueiredo Nunes 28.022

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RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCALSenhores Accionistas:

Nos termos dos artigos 413º e seguintes do Código das Sociedades Comerciais, e do mandato que V. Exas nos conferiram, o Conselho Fiscal acompanhou, com a frequência que entendeu necessária, durante o exercício de 2008, a evolução dos negócios sociais e a sua gestão, com o apoio e colaboração , que agradece, do Conselho de Administração e dos serviços administrativos, fazendo exames à regularidade dos livros, dos registos contabilísticos e dos documentos que lhe servem de suporte, analisando os balancetes mensais e demais informação produzida pela Administração e verificando, por amostragem, a extensão dos valores patrimoniais, de modo a certificar-se da correcta observância dos princípios, regras, critérios e métodos contabilísticos e disposições legais aplicáveis, tendo achado tudo em devida ordem.

Nestas condições é parecer do Conselho Fiscal:

a) Que existe concordância do Balanço, da Demonstração de Resultados, e dos anexos, com os registos contabilísticos da empresa que estiveram na sua origem.

b) Que o Relatório do Conselho de Administração descreve, de forma clara, o estado e a evolução dos negócios da sociedade, o que conjuntamente com os restantes documentos em apreciação permite uma correcta compreensão da situação económica e financeira da empresa.

c) Que o princípio da especialização dos exercícios foi seguido, tanto nas rubricas de proveitos como na dos custos.

d) Que é legal e estatutariamente correcta a proposta que o Conselho de Administração fez para aplicação dos resultados líquidos do exercício de 2008.

Pelo que fica exposto, o Conselho Fiscal, apoiado pela Certificação Legal das Contas emitida pelo Revisor Oficial de Contas, a qual mereceu a sua inteira concordância, propõe:

1º - Que sejam aprovados o Relatório do Conselho de Administração, o Balanço, a Demonstração de Resultados e os respectivos Anexos, referentes ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2008.

2º - Que seja aprovada a proposta do Conselho de Administração, contida no seu relatório, para aplicação dos resultados líquidos do exercício.

Coimbra, 25 de Fevereiro de 2009

O Conselho FiscalSílvio Costa - Presidente Maria Teresa Andrade Dias António Luís Athayde Martha Carlos Manuel Amado Figueiredo Nunes António Freitas dos Santos - ROC

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CERTIFICAÇÃO LEGALDAS CONTAS INTRODUÇÃO

1- Examinei as demonstrações financeiras ane-xas da Auto Industrial, as quais compreendem o Balanço em 31 de Dezembro de 2008, (que evi-dencia um total de balanço de 231.077.495 Eu-ros e um total de capital próprio de 140.984.440 Euros, incluindo um resultado líquido negativo de 819.827 Euros), as Demonstrações dos Re-sultados por natureza e por funções e a De-monstração dos Fluxos de Caixa do exercício findo naquela data, e os correspondentes Ane-xos.

RESPONSABILIDADES

2- É da responsabilidade do Conselho de Ad-ministração a preparação de demonstrações fi-nanceiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira da Empresa, o resultado das suas operações e os fluxos de cai-xa, bem como a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado.

3- A nossa responsabilidade consiste em ex-pressar uma opinião profissional e independen-te, baseada no nosso exame daquelas demons-trações financeiras.

ÂMBITO

4- O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mes-mo seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes. Para tanto o referido exame inclui:

• a verificação, numa base de amostragem, dosuporte das quantias e divulgações constantes das demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação;

• aapreciaçãosobresesãoadequadasaspolíticascontabilísticas adoptadas e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias; e

• averificaçãodaaplicabilidadedoprincípiodacontinuidade;

• aapreciação sobre se é adequada, em termosglobais, a apresentação das demonstrações financeiras.

5 - O nosso exame abrangeu também a verifi-cação da concordância do relatório de gestão com as demonstrações financeiras.

6 - Entendemos que o exame efectuado pro-porciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião.

OPINIÃO

7 - Em nossa opinião, as referidas demonstra-ções financeiras apresentam de forma verda-deira e apropriada, em todos os aspectos ma-terialmente relevantes, a posição financeira de Auto Industrial S.A. em 31 de Dezembro de 2008 o resultado das suas operações e os flu-xos de caixa, no exercício findo naquela data, em conformidade com os princípios contabilís-ticos geralmente aceites em Portugal.

Coimbra, 25 de Fevereiro de 2009

António Freitas dos Santos - ROC nº 263

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EXTRACTO DA ACTA DE APROVAÇÃO DE CONTASREALIZADA EM 28 DE MARÇO DE 2009“O Presidente da Mesa da Assembleia Geral pôs então à votação, na generalidade e na especialidade, em simultâneo excepto se algum dos accionistas presentes contra tal se pronunciasse, o Relatório de Gestão, o Balanço e as Contas da Sociedade e o do Grupo, Consolidado, apresentados pelo Conselho de Administração, e os Pareceres do Conselho Fiscal, relativos ao exercício de 2008, com exclusão do referente à aplicação de resultados, nos termos do artigo 26º dos estatutos, por meio de voto por braço levantado, ao que nenhum Accionista se opôs. A proposta foi aprovada por unanimidade.

...

O Presidente da Mesa da Assembleia Geral colocou à discussão a Proposta de Aplicação de Resultados, apresentada pelo Conselho de Administração e referendada pelo Conselho Fiscal no seu Parecer e inquiriu se algum dos presentes pretendia usar da palavra relativamente a essa proposta, que recordou ser no sentido de ao resultado líquido negativo de 819.817,19 € passe à conta de Resultados Transitados e ser distribuído aos Accionistas o dividendo de 15 cêntimos por cada uma das 3.989.157 acções em circulação, no montante total de 598.373,55 € a sair da rubrica Outras Reservas.Nenhum Accionista pediu a palavra pelo que o Presidente da Mesa da Assembleia Geral pôs de imediato a referida proposta à votação, nos termos do artigo 26º dos Estatutos, por meio de voto por braço levantado, a tal não se tendo oposto qualquer accionista. A proposta foi aprovada por unanimidade.”

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UNIÃO EBORENSE LDA.Fiat - Lancia - Alfa Romeo

AUTO-INDUSTRIAL- PORTO LDA.

Opel - Isuzu

AUTO HORIZONTE LDARenault (Repar. Autorz.)

A. BRÁS HELENO S.A.BMW - Fiat

MOTOLUSA LDA.Perkins - Outras

MODIPE S.A.*Perkins (Espanha)

DIGITESE, LDA.AUTO-INDUSTRIAL S.A.

C.A.M. S.A.Ford - Mitsubishi

CENTRAL PARqUE S.A.Opel

EUA LDA.Chrysler - Jeep - Dodge

GILAUTO S.A.Renault

SODICENTRO LDA.Mercedes-Benz - Smart

MERCENTRO S.A.Mercedes-Benz - Smart

GARAGEM STA. CRUZ LDA.Citroën

AUTO-INDUSTRIAL S.A.Divisão Agrícola

TECNICRÉDITO, SGPS

BANCO MAIS S.A.

TECNICRÉDITO ALD, S.A.

BANK PLUS(Hungria)

BANCO MAIS ESPAÑASucursal (Espanha)

TECNICRÉDITOCAYMAN INC.

(Cayman)

MARGEMSEGUROS, LDA.

MARGEMINVESTMENTS INC.

(Cayman)

BANCO MAIS SLOVAKIASucursal (Eslováquia)

FORTE LDA.Fendt - Outras

TRACTORESIBÉRICOS LDA.Kubota - Outras

SECTORAUTOMÓVEL

SECTOR MARÍTIMOE INDUSTRIAL

OUTROS SECTORESDE ACTIVIDADE

SECTORFINANCEIRO

SECTORAGRÍCOLA

• Opel• Chevrolet• Isuzu• Auto Usados / Auto Premium• Peças Multimarca

• Claas• Outras

BANCO MAIS POLSKASucursal (Polónia)

SAGRUP SGPS S.A.

VERA CRUZ S.A.*(Brasil)

*Sociedades com participação entre 10% e 50% do capital.

Page 87: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO … · crescera 1,4% nos primeiros onze meses de 2008, ... no 1º semestre foi de 10,3%, em evidente resposta à ... moeda americana, ...
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