RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO PROJETO … · SECRETARIA DE GESTÃO DO TRABALHO E EDUCAÇÃO NA...
Transcript of RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO PROJETO … · SECRETARIA DE GESTÃO DO TRABALHO E EDUCAÇÃO NA...
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
MINISTÉRIO DA SAÚDE SECRETARIA DE GESTÃO DO TRABALHO E EDUCAÇÃO NA SAÚDE
FUNDAÇÃO OSVALDO CRUZ GRUPO HOSPITALAR CONCEIÇÃO
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
PROJETO CAMINHOS DO CUIDADO Formação de Agentes Comunitários de Saúde, Auxiliares e Técnicos de Enfermagem da
Saúde da Família – em saúde mental ênfase em crack, álcool e outras drogas
Porto Alegre, agosto de 2015.
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
SUMÁRIO
1 APRESENTAÇÃO 2 DEFINIÇÃO DE ATRIBUIÇÃO E FORMAÇÃO DA EQUIPE
2.1 COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA 2.2 EDUCADORES 2.3 APOIADORES PEDAGÓGICOS 2.3 ORIENTADORES 2.4 TUTORES
3 MATERIAL EDUCATIVO 4 FORMAÇÕES
4.1 Elaboração do Curso de Orientadores e Tutores 4.1.1 Objetivos do curso de orientadores: 4.1.2 Objetivos do Curso de Tutores:
4.2 Seleção de Tutores/Orientadores (elaboração dos Termos de Referência/articulações locais) 4.3.Formação presencial dos tutores e orientadores 4.4 Elaboração de instrumentos de avaliação para a classificação/seleção 4.5. Formações realizadas (nº, local, nº de aprovados) 4.6. Análise singular das oficinas de formação 4.7. Sociodrama como estratégia formativa 4.8 Certificação - componente presencial
5 COMUNIDADE DE PRÁTICAS 5.1. O EAD na educação permanente em saúde (tutor e orientador- comunidade de tutoria) 5.2 Desenvolvimento e utilização da plataforma de Comunidades de Práticas do Caminhos do Cuidado
5.2.1 Requisitos de Interação, Colaboração e Aprendizagem 5.2.2 Arquitetura da Informação 5.2.3 Plataforma de Comunidades de Práticas 5.2.4 Funcionalidades desenvolvidas especificamente para o Caminhos do Cuidado 5.2.5 Problemas encontrados no uso da plataforma
5.3 Oficinas de uso das Comunidades de Práticas 5.4 Especificação do processo de avaliação 5.5 Acompanhamento técnico/pedagógico
5.5.1 Atividade de suporte 5.6 Participações
5.6.1 Volume total de postagens 5.6.2 Volume total de acessos 5.6.3 Volume total de atividade por comunidade
5.7. Regionalização e subcomunidades 5.8 Usos de outros meios de comunicação (Fragilidades e Potências) 5.9 Estratégias de acompanhamento do trabalho do tutor (orientadores, equipe estadual, equipe de referência) 5.10 Estratégias de acompanhamento do trabalho do orientador 5.11 Certificação - componente EAD
6 TERRITORIALIZAÇÃO E REGIONALIZAÇÃO
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
6.1 Educação permanente no território
Equipe Pedagógica - Caminhos do Cuidado – 2013/2015
Educadores: Apoios Pedagógicos: Consultores: Coordenação Pedagógica:Aline Cescon Alves Jardim Andréia Silveira de Souza Antônio Lancetti Odete Torres
Dênis Roberto da Silva Petuco Angélica Bomm Stefanie Kulpa Renata PekelmanHelizett Santos de Lima Débora Garcez Leal Sueli Goi Barrios
Marco Aurélio Soares Jorge Filipe Caldeira FurlanMaria Beatriz de Miranda Matias Gabriely Buratto Farias
Marise de Leão Ramôa Giulia Caruline Lima CostaNatale Oliveira de Souza Guilherme de Souza Müller
Paula Gaudenzi João Paulo PinheiroPilar Belmonte Juliana de Bittencourt Escobar
Renata Veloso Vasconcelos de Andrade Karina Rosa da Rosa Sirangelo
Sandra Arôca Luis Carlos Nunes Vieira de VieiraSérgio Alarcon Pedro Augusto Papini
Rafael Gil MedeirosRita Pereira Barboza
Rossana AlmeidaThais Maranhão de Sá e Carvalho
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
1 APRESENTAÇÃO
O Projeto “Caminhos do Cuidado” foi criado para ampliar a ação de Agentes Comunitários
de Saúde, Auxiliares e Técnicos de Enfermagem das equipes de Saúde da Família na Saúde Mental
com ênfase em crack, álcool e outras drogas, visando ampliar o cuidado em saúde mental na
Atenção Básica. Foi construído a partir de estratégias pedagógicas que potencializassem a atenção
ao usuário e seus familiares, por meio da formação dos trabalhadores da Rede de Atenção Básica
em Saúde, que ressignificaram suas práticas, transformando seus processos de trabalho, em uma
perspectiva de Educação Permanente em Saúde. Teve como meta inicial formar 290.197
trabalhadores, tendo atingido esta meta em julho de 2015 (BRASIL, 2013).
A execução deste projeto pressupôs a articulação entre as instituições do SUS, em especial a
parceria entre estados e municípios. As Escolas Técnicas do SUS e Escolas de Saúde Pública foram
as instituições responsáveis pela coordenação do projeto em cada um dos estados da federação e
pela articulação com os demais atores e instituições em seus estados, em especial as áreas de
atenção básica, saúde mental, Conselhos de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems) e secretarias
municipais de saúde (BRASIL, 2013).
Para tanto, constituíram-se nos estados Colegiados de Gestão, com variadas composições,
incluindo Coordenações Estaduais, Apoios Estaduais, Coordenação de Atenção Básica,
Coordenação de Saúde Mental, COSEMS, entre outros atores.
O nascimento do projeto
O projeto Caminhos do Cuidado começou a ser concebido a partir do convite do Ministério
da Saúde a duas instituições de educação em saúde: o Grupo Hospitalar Conceição (GHC), de Porto
Alegre, Rio Grande do Sul e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), do Rio de Janeiro. A
coordenação pedagógica, sob responsabilidade do GHC, ocupou-se das formações e
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
acompanhamento pedagógico e a Fundação Oswaldo Cruz coube toda a parte de infraestrutura do
Projeto.
Articulado pela Casa Civil e sob a responsabilidade do Ministério da Justiça, o projeto está
inserido no eixo do Cuidado do Plano Integrado “Crack, é possível vencer”. A base do projeto é a
política de atenção integral e cuidado com as pessoas que fazem uso prejudicial de drogas
(BRASIL, 2014).
Os setores do Ministério da Saúde, Departamentos de Gestão da Educação na Saúde
(DEGES), de Atenção Básica (DAB) e da Coordenação de Saúde Mental, foram fundamentais para
a criação e realização do Projeto “Caminhos do Cuidado”. A articulação entre as instituições do
Sistema Único de Saúde (SUS), protagonistas nessa formação, com destaque para a parceria entre
estados e municípios, Conselhos de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems) e com as Escolas
Técnicas do SUS e Escolas de Saúde Pública (ETSUS/ESP), possibilitou a constituição e execução
do Projeto (BRASIL, 2014).
O ponto de partida
O início se deu quando os representantes das instituições proponentes formaram as
coordenações do projeto Caminhos do Cuidado (executiva, planejamento, infraestrutura, grupo
condutor, macrorregiões, acadêmica, pedagógica e comunicação social) e se reuniram em oficinas
de trabalho para construir a estrutura organizacional e o cronograma para a elaboração dos trabalhos
por área (BRASIL, 2014).
Para atingir a meta de formação de 290.197 agentes comunitários de saúde (ACSs) e
auxiliares e/ou técnicos em enfermagem (ATENFs), planejou-se um número inicial de 80
Orientadores de Aprendizagem que acompanhariam um quantitativo de 1.200 tutores, trabalhadores
da rede de saúde, para o desenvolvimento da formação em território (BRASIL, 2014). Este
planejamento inicial modificou-se ao longo das articulações e demandas territoriais,
compreendendo a dimensão do projeto e as especificidades territoriais, redimensionando este
quantitativo.
O número total de tutores e orientadores que participaram das formações realizadas pela
equipe pedagógica nacional foi de 2761 participantes dos processos de formação de orientadores e
tutores. Destes, foram aprovados 2139, somando tutores e orientadores, sem considerar o número de
suplentes. Muitos desses candidatos que ficaram como suplentes foram chamados para a execução
do projeto, totalizando 2199 tutores e orientadores ativos no projeto.
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
Desses 2199 tutores que atuaram na formação presencial e em EAD, todos foram
certificados do componente presencial de formação de ACSs e ATENFs. Na modalidade EAD, o
segundo módulo do Curso de Formação de Tutores, obtiveram a condição de serem certificados, por
realizarem três turmas ou mais, o total 1726 tutores. Destes 1726 tutores, com mais de três turmas
realizadas, ao todo, 982 tutores responderam aos critérios de certificação, e foram certificados no
Segundo Módulo do Curso de Formação de Tutores (56,8%).
A participação destes atores ocorreu a partir de seleções públicas. Orientadores e tutores,
foram selecionados nos estados a partir de duas etapas de processos seletivos, que envolveram a
análise de currículo e a formação presencial. Nas etapas finais das formações nos estados, frente à
desistências de muitos tutores, outros trabalhadores que cumpriam os critérios dos Termos de
Referência foram mapeados e convidados pelas equipes estaduais para se submeterem ao processo
seletivo.
Construção do material pedagógico, planejamento das oficinas e seleção dos
orientadores e tutores
A proposta de construção do material pedagógico se desenhou após alguns encontros, de um
pequeno grupo formado pela coordenação pedagógica (Renata Pekelman e Suely Barrios), três educadores
(Marco Aurélio Jorge, Sergio Alarcon e Marise Ramoa), três apoiadores pedagógicos (Pedro Papini, Karina
Sirangelo e Rita Pereira Barboza), dois consultores (Antônio Lancetti e Stefanie Kulpa) e coordenadores e
gestores nacionais: Lisiane Boeira, Quelen Tanize da Silva, Edelves Rodrigues, Maria Cristina Guimarães,
Maria Conceição de Carvalho, Cristina Ruas, Mônica Durães, Claudio Barreiros, Marcelo Pedra.
Considerando a dimensão territorial de nosso País para um processo de Educação Permanente que
atingisse a totalidade de Agentes Comunitários de Saúde e um Auxiliar ou Técnico de Enfermagem por ESF,
identificou-se como um ousado desafio a construção de um material e de ações pedagógicas presenciais e
de educação à distância, que respondessem aos objetivos do projeto e suas metas.
Com o desafio lançado e a composição inicial da equipe pedagógica, foram realizados encontros
presenciais e à distância para construção da proposta e do material pedagógico da “Formação em Saúde
Mental (crack, álcool e outras drogas)”.
Para tanto, ocorreram discussões considerando as diversidades regionais e especificidades locais no
modo de constituição e implementação do SUS em cada território. Partiu-se da definição dos eixos
balizadores e objetivos ao qual se pretendia com este trabalho. Os três eixos temáticos compreendem:
- Eixo 1 - Conhecendo o território, as redes de atenção, os conceitos, políticas e as práticas de
cuidado em saúde mental;
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
- Eixo 2 - A Caixa de Ferramentas dos ACS e ATEnf na Atenção Básica;
- Eixo 3 - Eixo transversal: Reforma Psiquiátrica, Redução de Danos e Integralidade do Cuidado como
diretrizes para intervenção em saúde mental e no uso de álcool, crack e outras drogas.
Os objetivos do projeto pedagógico foram:
Objetivo geral:
Contribuir para a formação de Agentes Comunitários de Saúde e Auxiliares e Técnicos de
Enfermagem da Atenção Básica, atuarem no acolhimento e escuta, embasando suas práticas de
cuidado em saúde mental, com ênfase nos problemas relacionados ao uso de crack, álcool e outras
drogas.
Objetivos específicos:
• Apropriar-se do processo de reforma psiquiátrica, da política de saúde mental com ênfase
na rede de atenção psicossocial com vistas à produção do cuidado, a reintegração social e da
cidadania das pessoas usuárias de álcool e outras drogas;
• Discutir e construir o papel do ACS e do Auxiliar/Técnico de Enfermagem da Atenção
Básica para o cuidado em saúde mental conforme especificidade de cada território, qualificando o
olhar e a escuta para dar visibilidade à questão da saúde mental e uso prejudicial de álcool e outras
drogas;
- Reconhecer as práticas em Saúde Mental já realizadas no seu cotidiano pelas equipes de
Atenção Básica;
• Ampliar a caixa de ferramenta do ACS e Auxiliar/Técnicos de Enfermagem para o cuidado
em saúde mental, atuação na rede de atenção e na construção de territórios de paz.
+Desenvolver o curso com uma metodologia participativa que permita a reflexão sobre as
práticas cotidianas
No decorrer dos encontros da equipe pedagógica, foi elaborado o material didático baseado
na proposta do Projeto. Por meio de encontros presenciais, tanto do grupo ampliado como do grupo
local (GHC/Rede de Governo) o material foi se constituindo tendo por base pedagógica a educação
permanente e a educação popular como formas de produção de saberes e reflexões sobre o trabalho
e o cotidiano dos serviços, para a constituição de diálogos entre sujeitos na problematização deste
cotidiano. Cada ator envolvido com a construção do material pedagógico compartilhou suas experiências,
práticas e inquietações. Contava-se com desenho diversificado de categorias profissionais compartilhando
suas experiências no processo de Educação Permanente, práticas de cuidado em saúde mental e na
atenção básica, modos de operacionalidade de cuidados, trabalho em rede, promoção de saúde, e também
experiências diante dos entraves e situações nos setores que compõem o SUS. Alguns norteadores na
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
construção dos eixos e propostas pedagógicas, observaram cursos já realizados no território nacional em
EP em saúde, manuais do MS e a própria legislação. Após a elaboração do material, promoveram-se
oficinas a fim de validar o material junto aos agentes comunitários de saúde (ACSs) auxiliares e
técnicos de enfermagem (ATEnf) que contribuíram para que este material fosse finalizado e
disponibilizado para os trabalhadores que fizeram a formação e no site do projeto para o publico em
geral (BRASIL, 2014).
Foi definido que o perfil dos orientadores e tutores de aprendizagem, fossem trabalhadores
atuando no serviço de SM ou AB, ou ainda na gestão ou docência em saúde, para que houvesse uma
referência mais aproximada com as temáticas, bem como com o território.
Para garantir os objetivos e metas do projeto, ampliou-se a equipe pedagógica nacional,
novos parceiros juntaram-se nesta caminhada. Deu-se a seleção dos demais membros da equipe
pedagógica nacional, num total de 10 educadores, 10 apoiadores e 2 coordenadores, além da
formação dos orientadores de aprendizagem. Esses orientadores são responsáveis pelo
acompanhamento à distância, dos tutores de uma região, por meiodas Comunidades de Práticas
(CDPs) e ainda participam na formação presencial destes tutores com a equipe pedagógica nacional,
que passa a se chamar núcleo pedagógico. No processo de formação dos ACSs e os ATEnfs no
Caminhos do Cuidado, os tutores, por sua vez, acompanham os trabalhadores por todo o curso
(BRASIL, 2014).
O planejamento da formações de orientadores, tutores e ACS/ATEnf, todos baseados neste
último foi realizado pela equipe nacional e coordenado por ela durante todo o projeto, sendo que
nas suas últimas etapas construiu-se uma parceria com as ETSUS/ESP onde algumas escolas
assumiram o protagonismo nas formações de tutores de aprendizagem do projeto, com o apoio da
equipe nacional.
Os orientadores de aprendizagem foram profissionais de nível superior com pós-graduação
em áreas como Saúde Mental, Saúde Coletiva, Saúde Pública, Atenção Básica, Educação ou
Ciências Sociais. Para integrar o projeto, eles participaram de um processo seletivo com a análise de
currículo e de uma oficina de formação pedagógica na modalidade presencial, com carga horária de
24 horas(BRASIL, 2014), também parte do processo seletivo, com critérios de seleção
classificatória e eliminatória. Os tutores, foram trabalhadores de saúde graduados com mínimo de
um ano de experiência profissional, participaram de um curso de formação com carga horária de
124 horas distribuídos em dois módulos: 40h presenciais, com critério de seleção classificatória e
eliminatória (Módulo I), e 84h em Educação à Distância (EAD), acompanhados pelo orientador de
aprendizagem (Módulo II). A formação para ACSs e ATENFs, objetivo final do projeto, teve carga
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
horária de 60 horas, sendo 2/3 do tempo desenvolvidos em horas presenciais e 1/3 em atividades de
campo (BRASIL, 2014).
Logomarca e divulgação
Para divulgação e conhecimento sobre o projeto, a Comunicação Social criou a logomarca e
produtos como a camisa e a mochila entregues aos orientadores, tutores e alunos, juntamente com o
kit do material pedagógico (cadernos didáticos, guia de Saúde Mental, DVDs contendo textos e
vídeos, livros e publicações do Ministério da Saúde). Foi criado o site
http://www.caminhosdocuidado.org/ com a disponibilização desse material didático, além de vídeos
de apoio, abordando temas relacionados ao curso de capacitação em saúde mental, crack e outras
drogas (BRASIL, 2014).
Nos territórios
Após o lançamento do primeiro edital (Termo de Referência) para a seleção de orientadores
nos estados do Acre, Pernambuco, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Distrito Federal,
tiveram início as formações dos mesmos. O primeiro edital foi publicado em 09 de agosto de 2013.
A primeira oficina de orientadores aconteceu em Brasília, durante três dias, e selecionou 12 dos 21
participantes. Foram realizadas outras oficinas destinadas a formação e seleção de orientadores e
tutores dos seis estados pilotos que ocorreram em Recife, Curitiba e São Paulo (BRASIL, 2014).
Lançamento oficial do projeto
O projeto Caminhos do Cuidado foi lançado, oficialmente, em 23 de outubro, em cerimônias
simultâneas, nos estados pilotos do Acre, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo e no
Distrito Federal. Organizou-se um evento em cada estado, com foco nos eixos do Projeto
Caminhos, contando com uma introdução institucional, destacando autoridades locais, nacionais e
colaboradores do projeto. Os Agentes Comunitários de Saúde (ACSs), Auxiliares e Técnicos de
Enfermagem (ATEnf), destes estados, tiveram uma aula magna, com palestra de técnicos do
Ministério da Saúde, ou convidados locais que debateram os principais temas do curso, e assistiram
a atrações culturais (BRASIL, 2014).
Para marcar o lançamento, foi produzido um vídeo com os melhores momentos do
lançamento nos estados, e que está disponibilizado na internet:
(https://www.youtube.com/watch?v=nkSQ3V-jU40&list=UUsCTLaiJZPrO4fiX9_L_4_w)
(BRASIL, 2014).
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
Segunda fase do projeto
A segunda etapa do projeto foi consolidada em dezembro de 2013 e foram abertas seleções
para orientadores e tutores nos estados de Mato Grosso do Sul, Pará, Rio de Janeiro, Santa
Catarina, Tocantins, Minas Gerais, Goiás, Amapá, Bahia, Alagoas e Amazonas (BRASIL,
2014).
Terceira etapa do projeto
A terceira fase do Projeto Caminhos do Cuidado foi iniciada em fevereiro de 2014 com a
participação dos Estados do Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Paraíba, Piauí,
Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima e Sergipe (BRASIL, 2014).
Fase final: regionalização
O projeto Caminhos do Cuidado chega à sua etapa final de opercionalização em maio de
2014 e entra em processo de regionalização e consequente descentralização de suas ações. Nesta
fase os principais pontos são: o reforço ao protagonismo da RET-SUS, com destaque à plataforma
Comunidade de Práticas que serve como apoio à distância entre o Núcleo Pedagógico, os
orientadores e tutores, que vão atuar na formação dos ACSs e ATENFs (BRASIL, 2014).
Além desta estrutura, foram organizadas equipes matriciais nacionais, formadas por:
coordenação de macrorregional, técnico do Ministério da Saúde (SGTES), Educador e Apoio
Pedagógico do Projeto. Estas equipes nascem com a finalidade de dar apoio aos estados para a
organização das formações e acompanhamento das ações do projeto.
Para facilitar o processo de regionalização das ações, a área de Infraestrutura do projeto
criou manuais para as coordenações estaduais trabalharem suas ações de forma descentralizada
(BRASIL, 2014).
Percorrendo os caminhos: a descentralização
Nessa nova etapa, a Rede de Escolas Técnicas do SUS (RET-SUS), parceira do projeto,
ganhou destaque participando tanto da produção de turmas como da formação pedagógica de
tutores e avaliação de candidatos, contando com o apoio das equipes matriciais nesse processo. O
objetivo foi sustentar a iniciativa que superou o tempo de duração, previsto inicialmente para final
(Dezembro) de 2014 (BRASIL, 2014).
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
Finalização das Ações do Projeto Caminhos do Cuidado
Inicialmente, a finalização das ações do Projeto Caminhos do Cuidado estava prevista para
dezembro de 2014. A extensão do prazo de finalização do Projeto ocorreu para o cumprimento da
meta inicial, mantendo a qualidade da ações em todos os espaços, desde a formação, passando pela
gestão do projeto e pela articulação entre os atores. Este fato denota a capilarização desta proposta
de formação que atingiu a maioria dos municípios brasileiros e promoveu a qualificação dos
profissionais em todo o território nacional, superando as metas iniciais.
Outros fatores também contribuíram para a ampliação do prazo de realização do projeto:
(1) A complexidade de articulação local, demandada pelo projeto em suas variadas
composições: articulação com municípios, realização das turmas, e outros fatores de acordo
com as realidades regionais.
(2) O projeto Caminhos do Cuidado teve que se adaptar a uma mudança de legislação ocorrida
no decorrer de suas ações. Essa mudança foi desencadeada pelo período eleitoral e colocava
que circulação e divulgação das logomarcas impressas nos materiais do pedagógico, não
estariam de acordo com a nova legislação eleitoral. Desse modo não puderam ser
distribuídos nesse período, pastas camisetas, mochilas e canetas.
(3) Durante o período da Copa do Mundo de Futebol no Brasil, as atividades presenciais nos
territórios da equipe nacional foram reduzidas.
(4) O desligamento voluntário de diversos tutores e a negativa de realização de turmas, entre
outros fatores, impediram a atuação de tutores para a formação de muitas turmas (quer pela
dificuldade de deslocamento, acesso ou outras questões regionais) e levaram a necessidade
de novas formações de tutores.
Com todos esses fatores, até dezembro de 2014, doze estados finalizaram o projeto sendo
eles: DF, GO, MS, ES, TO, AC, AL, PE, SE, RS, AP, RN. Até março de 2015, outros nove estados
concluíram suas atividades: BA, PR, SC, AM, PA, CE, PI, RR e MT. Em junho, MA concluiu suas
atividades e em julho, SP, MG e RJ. As atividades pedagógicas na plataforma CdP encerraram-se
em agosto de 2015.
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
2 DEFINIÇÃO DE ATRIBUIÇÃO E
FORMAÇÃO DA EQUIPE
A Equipe Pedagógica inicial do projeto é composta por educadores, orientadores de
aprendizagem e tutores, cujos objetivos, atribuições e resultados foram apresentados em documento
produzido pelos gestores do projeto (BRASIL, 2013), sendo que ao longo de sua implementação
estas atribuições e equipes sofreram alterações, abaixo descritas.
Cabe destacar que na equipe pedagógica somaram-se os apoiadores pedagógicos. Como
forma de organizar o processo de trabalho constituiu-se, ainda, o núcleo pedagógico composto pela
coordenação pedagógica, educadores e apoiadores pedagógicos.
2.1 COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
No Projeto inicial constam os objetivos, as atribuições, os componentes e os resultados
esperados do Núcleo Pedagógico (BRASIL, 2013):
Objetivo: Propor, desenvolver e acompanhar a estratégia pedagógica dos cursos de
ACS/ATEnf e coordenar o curso de orientadores e tutores em função das particularidades locais.
Atribuições:
● Coordenar a elaboração de Plano de Curso dos ACS e ATEnf, orientadores e tutores;
● Definir e compor autores para o material didático;
● Planejar, articular e coordenar as oficinas de execução, validação e a avaliação permanente
do processo pedagógico, das tecnologias de aprendizagem e do material didático;
● Planejar, articular e coordenar o processo de formação e acompanhamento dos orientadores
e tutores;
● Contribuir com a formulação dos requisitos do processo seletivo dos tutores e orientadores;
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
● Monitorar e avaliar o processo pedagógico da formação dos ACS e ATEnf, tutores e
orientadores;
● Analisar o processo pedagógico e coordenar a modificação/ criação de normas técnicas de
operacionalização e execução do projeto;
● Produzir relatórios técnicos de monitoramento e acompanhamento do projeto nas questões
pertinentes ao objetivo da sua atuação.
Resultados: Plano de cursos elaborados e definidos; material didático e tecnologias de
aprendizagem confeccionadas; Tutores e orientadores formados; processo formativo dos
orientadores, tutores e ACS monitorados; Relatórios produzidos.
Considera-se que o núcleo pedagógico conseguiu desenvolver suas atividades conforme o
esperado, superando em muito as metas iniciais. O projeto previa a formação de 80 orientadores e
1200 tutores. Ao final do projeto formamos cerca de 2700 trabalhadores entre orientadores e
tutores, equipes das ETSUS e participantes das coordenações estaduais. Desenvolveu-se o
acompanhamento nas CdPs e nos territórios, com ações de educação permanente.
2.2 EDUCADORES
Os Educadores são Profissionais de Saúde e/ou Educação, com notório conhecimento no
campo da atenção primária e/ou saúde mental, com experiências em docência, gestão e
planejamento ou pesquisa.
Objetivo: Realizar a formação, acompanhar e supervisionar as atividades dos orientadores
de aprendizagem e dos tutores.
Atribuições:
● Participar, com o Núcleo Pedagógico, do planejamento e elaboração da programação do
conteúdo programático dos cursos dos ACS e ATEnf, dos tutores e dos orientadores;
● Participar, da elaboração dos materiais didáticos a serem utilizados pelos orientadores e
tutores;
● Participar, da elaboração dos materiais didáticos a serem utilizados pelos ACS e ATEnf;
● Elaborar o Guia de Saúde Mental, que faz parte do material dos alunos;
● Participar das Reuniões ordinárias e extraordinárias do Núcleo Pedagógico;
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
● Participar na formação dos orientadores e tutores nos espaços de discussão sobre Reforma
Psiquiátrica, Atenção Primária/Saúde Mental, Redução de Danos na Atenção em Saúde, e o
papel do ACS/ATEnf na atenção em saúde mental;
● Na formação dos tutores realizar apoio aos orientadores nos grupos de discussão;
● Fazer planejamento diário de atividades com os orientadores durante a formação dos tutores
● .Participar da seleção de orientadores e tutores;
● Analisar o processo avaliativo de tutores e orientadores e propor instrumentos de avaliação;
● Acompanhar e supervisionar as atividades dos orientadores na sua condução técnica,
auxiliando na superação de dificuldades técnicas e teóricas acerca dos conteúdos temáticos;
● Acompanhar as atividades desenvolvidas pelos orientadores em sua relação com os tutores;
● Participar, através de amostragens, das aulas de formação dos ACS e ATEnf.
● Garantir que os conteúdos compartilhados em sala de aula e nas CdP’s estejam em sintonia
com os princípios e diretrizes das reformas Sanitária e Psiquiátrica, e com a Política do
Ministério da Saúde para a Atenção Integral ao Usuário de Álcool e outras Drogas (2003);
● Contribuir na elaboração de documentos/ cartas de orientação para orientadores e tutores;
● Contribuir na avaliação de pedidos de certificação de tutores no II módulo do Curso
formação de tutores.
● Organizar e participar de agendas de educação permanente nos territórios de atuação das
equipes matriciais.
Resultados: A partir da elaboração do plano de curso dos ACS e ATEnfs foram criados os
materiais educativos e elencadas as tecnologias de aprendizagem. Criados planos de curso e
formados tutores e orientadores, nas diversas regiões do país. Também foram acompanhados tutores
e orientadores pela plataforma virtual e em atividades de Educação Permanente no território, tendo
como produto final uma visão sobre a qualificação e ampliação do debate da Saúde Mental na
Atenção Básica na quase totalidade de seu território e os relatórios produzidos.
2.3 APOIADORES PEDAGÓGICOS
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
Os Apoiadores Pedagógicos são profissionais de Saúde e/ou Educação, com experiência
mínima de um ano na área de Saúde Coletiva/ Saúde Pública e Especialização em Atenção Básica,
Saúde Mental e/ou Saúde Coletiva.
Objetivos: participar da elaboração de material educativo, organizar e promover a formação
presencial de orientadores e tutores de aprendizagem e acompanhar suas atividades à distância.
Atribuições:
● Participar do planejamento e elaboração do plano de curso dos ACS e ATEnf, dos tutores e
dos orientadores;
● Participar, da elaboração dos materiais didáticos a serem utilizados pelos orientadores e
tutores;
● Participar, da elaboração dos materiais didáticos a serem utilizados pelos ACS e ATEnf;
● Elaborar o Guia de Saúde Mental, que faz parte do material educativo dos alunos;
● Participar das reuniões ordinárias e extraordinárias do Núcleo Pedagógico;
● Participar das reuniões semanais dos apoiadores pedagógicos junto à coordenação
pedagógica;
● Participar de reuniões e compor equipes regionalizadas (Coordenação macrorregional,
apoiadores pedagógicos, educadores, técnico do DEGES);
● Organizar materiais necessários para as formações presenciais de tutores e orientadores e
articular com a coordenação acadêmica essas formações;
● Promover, organizar e participar integralmente na formação dos orientadores e tutores;
● Fazer planejamento diário de atividades com os orientadores durante a formação dos tutores.
● Organizar a turmas de tutores e orientadores na Comunidade de Práticas;
● Participar da seleção de orientadores e tutores;
● Analisar o processo avaliativo de tutores e orientadores e propor instrumentos de avaliação;
● Acompanhar e supervisionar junto com educadores, as atividades dos orientadores na sua
condução técnica, auxiliando na superação de dificuldades técnicas acerca dos conteúdos
temáticos;
● Acompanhar as atividades desenvolvidas pelos orientadores em sua relação com os tutores;
● Garantir que os conteúdos compartilhados em sala de aula e nas CdP’s estejam em sintonia
com os princípios e diretrizes das reformas Sanitária e Psiquiátrica, e com a Política do
Ministério da Saúde para a Atenção Integral ao Usuário de Álcool e outras Drogas (2003);
● Organizar e participar de agendas de educação permanente nos territórios de atuação das
equipes matriciais;
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
● Analisar as atividades/tarefas obrigatórias dos tutores, conjuntamente com o orientadores e
solicitar a certificação da atividade em EAD junto à coordenação acadêmica;
● Elaborar documentos/cartas junto a coordenação pedagógica, de orientação técnico/
pedagógicas, para orientadores e tutores;
● Responder as demandas pedagógicas e das Comunidades de Práticas que chegaram via e-
mail do Fale Conosco no site do projeto;
● Articular com as Macrorregionais e solicitar a Coordenação Acadêmica a certificação dos
orientadores.
Resultados:A partir da elaboração do plano de curso dos ACS e ATEnfs foram criados os
materiais educativos e elencadas as tecnologias de aprendizagem. Criados planos de curso e
formados tutores e orientadores, nas diversas regiões do país. Também foram acompanhados tutores
e orientadores pela plataforma virtual e em atividades de Educação Permanente no território, e
acompanhamento das atividades acadêmicas da plataforma virtual, tendo como produto final uma
visão sobre a qualificação e ampliação do debate da Saúde Mental na Atenção Básica na quase
totalidade do território nacional e os relatórios produzidos.
2.3 ORIENTADORES
Os Orientadores são profissionais de Saúde e/ou Educação, com experiência mínima de dois
anos na área de Saúde Coletiva/ Saúde Pública e Especialização em Atenção Básica, Saúde Mental
e/ou Saúde Coletiva.
Objetivo: Participar da formação dos tutores, monitorar e acompanhar a atuação dos tutores
em EAD.
Atribuições:
● Participar da oficina presencial, formação de Orientadores, com carga horária de 24 horas,
em dias úteis consecutivos (item 6.2 deste Termo de Referência);
● Responsabilizar-se pelo acompanhamento em Educação a Distância (EAD), dos tutores,
numa média de 15 horas mensais;
● Realizar a formação presencial de tutores em no mínimo uma oficina organizada pela equipe
do projeto, com duração de 40 horas em dias úteis consecutivos, executada em data(s) e
local(is) a serem divulgados oportunamente;
● Realizar os registros acadêmicos, avaliar os tutores e elaborar relatórios pertinentes à
formação sob sua responsabilidade.
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
Resultados: Tutores formados, acompanhados e certificados.Um grande número de tutores
e orientadores conseguiram atingir os resultados esperados, mas em um número muito menor do
que as metas com os ACS/ATEnf. O maior desafio foi poder implementar a EAD para os mais
variados cenários deste país diverso. Problemas de conexão com a internet, domínio das
ferramentas da informática, construção da linguagem e da reflexão foram as principais dificuldades
do EAD. Houve situações onde os orientadores não conseguiram corresponder ao trabalho exigido
na EAD tendo sido desligados do projeto e outros solicitaram sua saída. A substituição desses
orientadores foi feita por meio de convite aos já orientadores para assumirem novas turmas ou pela
chamada de suplentes. Apenas em um estado onde não havia mais suplentes a serem chamados,
uma tutora foi convidada a assumir essa tarefa, tendo também participado de nova oficina de
formação de tutores, agora no papel de orientadora, completando sua formação para ser orientadora
de aprendizagem o projeto.
2.4 TUTORES
Os Tutores são profissionais de Saúde e/ou Educação, com experiência mínima de um ano
na área de Saúde Coletiva/ Saúde Pública e Especialização em Atenção Básica, Saúde Mental e/ou
Saúde Coletiva.
Objetivos: Realizar a formação dos Agentes Comunitários de Saúde e Auxiliares/Técnicos
de enfermagem.
Atribuições:
● Participar da oficina presencial, formação de tutores, na modalidade presencial, com duração
de 40 horas, em dias úteis consecutivos (item 6.2 deste Termo de Referência);
● Ter disponibilidade para ser acompanhado em EAD pelo orientador de aprendizagem num
período de 84 horas que corresponde ao II módulo do curso de formação de tutores do
projeto;
● Realizar e acompanhar a formação presencial das turmas de Agentes Comunitários de Saúde
e Auxiliares/Técnicos em Enfermagem, sob sua responsabilidade;
● Realizar os registros acadêmicos, elaborar relatórios pertinentes à formação e avaliar as
turmas sob sua responsabilidade.
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
Resultados: Turmas formadas e participação parcial nas comunidades de práticas. Muitos
tutores tiveram uma boa participação nas CdPs, entretanto não se alcançou o resultado esperado em
termos de interação entre os próprios tutores e destes com seu orientador. Problemas de conexão
com a internet, domínio das ferramentas da informática, construção da linguagem e da reflexão
foram as principais dificuldades do EAD, muitos tutores fizeram apenas relatos descritivos das
aulas. Há um grande número de imagens postadas, mas poucas com comentários. A certificação do
módulo II do curso de tutores do projeto acabou voltando-se mais para a entrega de atividades do
que para o debate pedagógico e temático.
Um grande número de tutores formados realizou ao menos uma turma sendo que muitos não
conseguiram manter-se no projeto por vários motivos. Observou-se que muitos tutores tiveram uma
atuação responsável e positiva, entretanto houve situações de abandono de turmas sem sua
finalização, tutores que avisaram de véspera que não poderiam comparecer, outros que
apresentaram alguma dubiedade em relação aos conteúdos do curso.
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
3 MATERIAL EDUCATIVO
A construção do material educativo (Caderno do Tutor e Caderno do Aluno) se deu a partir
das primeiras oficinas que definiram a matriz curricular do curso dos ACS/ATEnf e os eixos
temáticos dos cursos. Definidos os temas e a concepção pedagógica do curso, orientada pelas
políticas de formação para o SUS (Política de Educação Permanente na Saúde e Política de
Educação Popular em Saúde) foram realizadas buscas bibliográficas, construção de textos e
elaboração do plano de ensino/plano de aula do curso dos ACS/ATEnf.
Após a elaboração do curso e do material educativo, que se deu por meio de oficinas de
autores e com o trabalho de sistematização local. Para definição do material educativo e da proposta
de curso para ACS/ATEnf foram realizadas 04 oficinas. Ao término dessa etapa, realizou-se uma
Oficina de Validação do material com a participação de ACSs e Técnicos de Enfermagem de várias
regiões do país. As observações e contribuições dos participantes foram incorporadas ao material,
que foi finalizado. O tempo desse processo foi de cerca de quatro meses. Finalizados os Cadernos,
iniciou-se a elaboração do Guia de Saúde Mental, considerado importante material de apoio para o
curso.
O Caderno do Aluno contém textos e casos que foram utilizados ao longo das atividades
presenciais e aquelas atividades de campo que também são descritas no material. Identifica-se
através do material o itinerário formativo do curso. Este propõe que se parta do território como
contexto para a discussão das políticas de atenção básica e saúde mental e o cuidado em saúde
mental na perspectiva da reforma psiquiátrica. Adentra no conceito de redução de danos como ética
1no cuidado e investiga a caixa de ferramentas dos trabalhadores, em seus contextos. Propõe ao
final o retorno ao território com o conceito de cuidado em rede.
Os aspectos metodológicos que orientam o processo pedagógico do curso baseiam-se na
construção do diálogo, na problematização e no reconhecimento dos saberes que os sujeitos
produzem em seu fazer cotidiano em saúde. Buscou-se trazer este cotidiano para o curso e as
reflexões dele para o trabalho em saúde, nas tarefas de sala de aula e de campo. O curso foi
essencialmente participativo, construído em roda onde a palavra de todos é ouvida e desejada.
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
O Caderno do Tutor é composto pelos planos de aula, com dinâmicas e propostas de
problematização, descreve as técnicas e os objetivos de aprendizagem. Nele também além dos
textos e casos que serão utilizados ao longo do curso dos ACS/ATEnf, estão presentes alguns textos
complementares para ampliar o debate de sala de aula. O tutor recebeu também um CD com textos
de apoio e um CD com os vídeos propostos para serem debatidos durante a formação. Um dos
vídeos (Crack! Crack!) também foi produzido como parte do material educativo do curso.
Além do material produzido para o projeto, orientadores e tutores, em especial os formados
nas primeira e segunda etapas receberam três livros e duas publicações do Ministério da Saúde com
o objetivo de ofertar material de pesquisa e fundamentação teórica para esse grupo. Tendo em vista
a temática do curso e os profissionais que atenderam aos Termos de Referencia, considerou-se
muito importante a distribuição desse material:
1. ALARCON, S.; JORGE, M.A.S. (orgs.); Álcool e outras drogas: diálogos sobre um mal estar
contemporâneo; Ed. FIOCRUZ; RIO DE JANEIRO/RJ, 2012.
2. BRASIL; Ministério da Saúde; Caderno de Atenção Básica nº 34; BRASÍLIA/DF, 2013.
3. ______________________; Manual de Atenção à População de Rua; BRASÍLIA/DF, 2013.
4. JATENE, A.; LANCETTI, A. et al. Saúde e Loucura 7- Saúde Mental e Saúde da Família; ED.
HUCITEC, 3ª Ed.; SÃO PAULO/SP; 2013.
5. PAULON, S.; NEVES, R. (orgs.); Saúde mental na atenção básica: a territorialização do cuidado;
Ed. Sulina; PORTO ALEGRE/RS; 2013.
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
4 FORMAÇÕES
As propostas de formações do Caminhos do Cuidado (sejam elas para orientadores, tutores
ou ACS e ATEnf) tiveram a intenção de ser dinâmicas, com estratégias que levassem aos atores da
Atenção Básica e da Saúde Mental ferramentas para refletir sobre o trabalho em rede, acolhendo e
cuidando dos usuários. As formações buscaram dialogar com as especificidades das diferentes
regiões do Brasil, sempre em consonância com os princípios e diretrizes do SUS e da Reforma
Psiquiátrica brasileira. (BRASIL, 2014). A proposta pedagógica tem na centralidade do aluno sua
principal direção.
O curso dos ACS/ATEnf foi planejado para cinco encontros presenciais de 8h, totalizando
40h e 20h em atividades de dispersão, ou seja, o curso previu atividades de intervenção no
território. Em um primeiro plano e para a maioria dos alunos o curso ocorreu uma vez por semana
por cinco semanas. Entretanto foi necessário replanejar o desenvolvimento do curso frente às
diversidades territoriais do país. Outras propostas de desenvolvimento do curso no apêndice 01.
4.1 Elaboração do Curso de Orientadores e Tutores
As formações de orientadores e tutores foram construídas a partir do curso dos ACS/ATEnf.
Algumas questões orientaram a proposta das formações: Quais as diretrizes do curso
(ACS/ATEnf/Tutores)? Quais debates devem ser provocados na formação do orientador/tutor que
ampliem e instiguem as discussões com seus alunos (ACS e ATEnf/Tutores)? Que caminhos
formativos privilegiam o diálogo e reflexão como processo pedagógico? Quais os processos
potentes para construção de novos olhares para o cuidado em Saúde Mental e para o uso prejudicial
de álcool e drogas na Atenção Básica? Que vivências do curso eles devem experimentar para
refazê-las a partir também de sua experiência?
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
A partir destes questionamentos foi feita a programação dos cursos de orientadores e tutores
com seus objetivos listados abaixo. As formações foram se modificando, considerando os novos
saberes construídos ao longo dos processos formativos, com a ampliação da parceria entre equipe
nacional e as equipes locais e a partir das avaliações realizadas sobre os cursos.
As formações de orientadores e tutores foram planejadas, organizadas e executadas pela
equipe pedagógica nacional (coordenadores, consultores, educadores e apoios pedagógicos e equipe
de educação à distância [OTICS]) em conjunto com a coordenação executiva, coordenação
acadêmica, coordenação de comunicação e de infra-estrutura do projeto, ETSUS/ESP estadual e/ou
municipal e participação do Ministério da Saúde.
A participação dos integrantes da equipe pedagógica nas formações se deu de forma
diferenciada, ou seja, na maioria das formações os apoiadores pedagógicos permaneceram as 40h
do Curso na coordenação dos grupos de trabalho e na organização do curso em geral, os educadores
que permaneceram de 10h a 40h, contando com a colaboração das equipes estaduais, coordenação
macrorregional e demais coordenações. Considerou-se fundamental a presença dos consultores do
Ministério da Saúde dos Departamentos de Atenção Básica, da Coordenação de Saúde Mental e dos
apoiadores da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SEGETS) nas formações
de orientadores e tutores da etapa de implantação do projeto. Esta presença reforçou a presença
local dos representantes das políticas nos estados.
Em um segundo momento do projeto, de regionalização, a partir da metade do ano de 2014,
a atuação das equipes nacionais foi modificando sua participação, imprimindo maior protagonismo
para os atores locais (estaduais e municipais) nas formações de tutores.
4.1.1 Objetivos do curso de Orientadores:
● Apresentar o projeto caminhos do cuidado: objetivos; estrutura; fluxos etc.,
reforçando os eixos que sustentam a proposta.
● Contextualizar o papel do orientador, suas atribuições e funções ao longo do curso, tanto na
atividade presencial de formação dos tutores, quanto na EaD, através da Comunidade de
Práticas.
● Debater o cuidado em Saúde Mental na Atenção Básica
● Conhecer e compreender o método de ensino em educação à distância e a Comunidade de
Práticas
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
● Conhecer e compreender o curso presencial dos tutores do projeto e o material educativo do
curso do tutor
● Ser avaliado, conhecer os métodos de avaliação do tutor e avaliar a oficina
● Vivenciar algumas metodologias do processo formativo dos ACS e ATEnfs.
● Ter caráter classificatório e eliminatório na seleção do projeto
4.1.2 Objetivos do Curso de Tutores:
● Apresentar o projeto caminhos do cuidado: objetivos; estrutura; fluxos etc., reforçando
os eixos que sustentam a proposta.
● Contextualizar o papel do tutor na atividade presencial de formação dos ACS/ATEnf
● Debater a Saúde Mental na Atenção Básica
● Conhecer e compreender o método da educação à distância e a Comunidade de Práticas suas
atribuições e funções ao longo do curso para acompanhamento no módulo II do curso de
tutores do projeto.
● Conhecer e compreender o curso presencial dos ACS/ATEnf do projeto e o material
educativo
● Vivenciar a maioria das metodologias do processo formativo dos ACS e ATEnfs.
● Debater os aspectos pedagógicos envolvidos no projeto
● Ser avaliado e avaliar o curso presencial.
● Ter caráter classificatório e eliminatório na seleção do projeto
As programações estão no (APÊNDICE 02
4.2 Seleção de Tutores/Orientadores (elaboração dos Termos
de Referência/articulações locais)
A seleção de orientadores e tutores no projeto se deu em duas etapas. A primeira etapa
compreendeu a apresentação do currículo exigido para cada cargo, que teve seus critérios
estabelecidos e foi avaliado pelas equipes nacionais e estaduais sob os cuidados da coordenação
acadêmica do projeto. Após a análise do currículo, os candidatos aprovados participaram do
segundo momento, que compreendeu as oficinas de formação de orientadores/tutores com a
participação da equipe nacional e local, coordenação estadual e/ou corpo das ETSUS. Somente após
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
concluída a formação e aprovado na avaliação final o orientador/tutor (titular ou suplente) pôde
exercer as atividades no projeto.
4.3.Formação presencial dos tutores e orientadores
A formação de orientadores e tutores teve início em setembro de 2013. Foram realizadas 53
turmas no total, entre 2013 e 2015, sendo 06 de orientadores e 47 de tutores. O número de
participantes em cada formação variou de 10 a quase 200 candidatos a orientadores e tutores.
O curso de orientadores se realizou em 24h presenciais em uma primeira etapa, e o
acompanhamento de ao menos uma turma de formação de tutores como co-facilitadores dos grupos
de tutores.
O curso de tutores se desenvolveu em dois módulos. O módulo I presencial de 40h,
classificatório e eliminatório para a seleção de tutores do projeto. O módulo II na modalidade de
educação à distância (EAD), onde os orientadores coordenaram as Comunidades de Práticas (CdP),
plataforma utilizada para este módulo da formação com carga horária de 84h.
A estruturação dos cursos presenciais teve a mesma organização teórico-metodológica
proposta para o curso de ACS/ATEnf. A proposta de condução dialógica, de valorização da
experiência, na proposição de reflexão sobre o cotidiano do trabalho e sua relação com a temática
do curso, proporcionando debates de concepções de cuidado e de discussão de situações-limite.
Para a efetiva participação dos educandos, como em grande maioria das formações o
número de participantes superava as 60 pessoas, utilizaram-se estratégias de organização para o
desenvolvimento das atividades de sala de aula entre pequenos grupos, grupos intermediários,
denominados médios grupos, e o grande grupo onde todos os participantes se encontravam,
principalmente na abertura e encerramento do curso. No apêndice 02 exemplificam-se os planos de
aula para as 40h, desenvolvido no curso de tutores em 05 ou em 04 dias (desenvolvido para turmas
menores que vinte participantes).
4.4 Elaboração de instrumentos de avaliação para a
classificação/seleção
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
Na primeira etapa do projeto, as oficinas de formação eram classificatórias para orientadores
e tutores. Essa experiência apontou a necessidade de se realizar uma avaliação mais criteriosa, que
pudesse desclassificar alguns candidatos que não se identificavam com o objetivo do projeto ou que
teriam muita dificuldade em exercer a atividade de orientador ou tutor. Assim, definiu-se um ponto
de corte para a classificação dos candidatos a partir das avaliações que vinham sendo realizadas
para a classificação dos candidatos. Este ponto de corte foi de 30% relativo ao aproveitamento final
do candidato/a, ou seja, a média final da avaliação deveria ser acima de 03 pontos em 10 para ter a
possibilidade de ocupar a vaga de orientador ou tutor.
A avaliação dos candidatos a orientadores e tutores durante o curso de formação, contou
com dois instrumentos de avaliação. No primeiro, o orientador/tutor era avaliado quanto às
habilidades, participação e compreensão crítica demonstrada ao longo da formação, nos trabalhos
de grupos. Para isso, foi utilizado um instrumento norteador utilizado por uma equipe composta por:
- educador, apoio pedagógico, coordenação estadual do Projeto e representante da ETSUS
na avaliação de orientadores;
- orientador, educador, apoio pedagógico, coordenação estadual do Projeto e representante
da ETSUS na avaliação de tutores.
A segunda etapa, compreendia em uma avaliação escrita baseada em um caso ou de CdP
(postado pelos tutores em forma de relato) ou de sala de aula respectivamente. Para ambos os casos
elaborou-se um roteiro para a correção no qual os parâmetros considerados como conteúdos
essenciais do projeto foram analisados.
Ao longo do processo, houve uma qualificação dos instrumentos avaliativos da seleção de
orientadores/tutores na formação presencial. As propostas de melhoria se deram a partir da
experiências vivenciadas durante as formações de orientadores e tutores do Projeto.
O apêndice 03 traz os instrumentos de avaliação e gabaritos correspondentes.
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
4.5. Formações realizadas (nº, local, nº de aprovados)
Tabela com as formações dos orientadores de aprendizagem
Data Local Estados participantes
Educadores Apoio Pedagógico
Equipe de EAD
Coordenação
09 à 11 de setembro de
2013
Brasília PE, AC, RS, PR, SP
Marco Sérgio Marise Dênis
Karina Rita
Pedro
Alexandre Nilva
Renata Sueli
Edelves
14 a 18 de outubro de
2013
São Paulo SP Marco Dênis
Stefanie Bia
Lancetti
Karina Pedro Rita
Alexandre Nilva
Renata
20 a 22 de novembro de
2013
Brasília GO, MS, SC, AL, AM, TO, PR, RJ, DF
Natale Renata
Pilar Marco Sérgio Marise Dênis
Karina Pedro
Angélica Thaís
Alexandre João
Renata
08 a 10 de janeiro de 2014
Brasília AM, GO, BA, AP, PA, MS
Hellizett Marco Marise Natale Sérgio
Angélica Filipe Pedro
Alexandre
Renata
03 a 05 de fevereiro de
2014
Belo Horizonte
MG, SE, RO, ES, MT, RR
Marise Lancetti
Dênis
Giulia Karina Pedro
Rossana
Nilva Charles
Renata
24 a 26 de fevereiro de
2014
Brasília CE, PB, RN, PI, MA, RO Pilar
Denis
Gabriely Juliana
Rita
Alexandre Nilva
Charles Renata
Tabela com as formações dos tutores de aprendizagem
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
Data Local Estados participantes
Educadores Apoio Pedagógico
Equipe de EAD
Coordenação
30 de setembro a 04 de outubro
de 2013
Recife AC, PE Stefanie Marco Marise Sérgio
Karina Rita
Pedro Renata
Alexandre Cadu
Renata Sueli
07 a 11 de outubro de
2013
Curitiba DF, RS, PR
Marco Marise Sérgio
Karina Rita
Pedro Thaís
João Matheus
Renata
14 a 18 de outubro de
2013
São Paulo João Matheus
Cadu
Renata
25 a 29 de novembro de
2013
São Paulo SP Stefanie Lancetti
Pilar Marise Marco Sérgio
Pedro Rita
Karina Thaís
Juliana Filipe
João Matheus
Edelves Renata
09 a 13 de dezembro de
2013
Florianó- polis
SC, RS
Pilar Stefanie
Bia Dênis
Marise Sérgio
Karina Rita
Alexandre Molon
Renata
09 a 13 de dezembro de
2013
Goiânia GO, MS
Natale Renata Marco
Hellizett
Juliana Filipe Thaís Pedro
João Matheus
Renata
16 a 20 de dezembro de
2013
Brasília DF, AL, TO Dênis Hellizett Marise Sérgio
Thaís Pedro Juliana
João Matheus
Renata
16 a 20 de dezembro de
2013
Rio de Janeiro
RS, RJ Pilar Marco Bia ?
Natale Lanceti Renata
Rita Karina
Angélica Filipe
Alexandre Molon
Renata
20 a 24 de janeiro
Salvador BA, GO Marco Pilar
Renata
Karina Rita
Angélica
João Molon
Renata Edelves
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
Natale Marise
Giulia Rossana
Filipe
20 a 24 de janeiro
Belém PA, AP Bia Dênis
Hellizett Sérgio
Stefanie
Gabriely Juliana Pedro
Matheus Charles
Renata
27 a 31 de janeiro
São Paulo SP, PE, MT, RJ, DF
Pilar Sérgio Marco
Bia Renata
Stefanie Lancetti
Karina Giulia
Rossana Angélica
Filipe
João Molon
Renata
27 a 31 de janeiro de 2014
Salvador BA Natale Dênis
Hellizett Marise
Pedro Gabriely Juliana
Rita
Matheus Luciano
Renata
03 a 07 de fevereiro de
2014
Manaus AP, RR, AM
Marco Pilar
Juliana Gabriely
Filipe Angélica
Luciano João
10 a 14 de fevereiro de
2014
Porto Alegre RS, SC Dênis Stefanie
Bia Natale
Giulia Juliana Pedro
João Charles
Renata Odete
17 a 21 de fevereiro de
2014
Belo Horizonte
MG Marco Pilar
Marise Renata Sérgio Dênis
Stefanie Bia
Natale Hellizett Lancetti
Karina Rita
Pedro Angélica
Filipe Juliana Giulia
Gabriely Rossana
João
Alexandre Charles
João Luciano
Renata Edelves
03 a 07 de março de 2014
Belém PA,MA Marco Sérgio
Angélica João
Giulia Rossana
Alexandre Charles
Renata
10 a 14 de Fortaleza CE, SE Sérgio Giulia Matheus e Edelves
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
março de 2014 Natale
Filipe Juliana
João
Charles
10 a 14 de março de 2014
Vitória ES, SE Dênis Pilar Bia
Stéfanie
Angélica Rita
Karina Pedro
João Douglas
Renata
10 a 14 de março de 2014
Foz do Iguaçu
Marco
Aurélio Rossana Gabriely
João Douglas
17 a 21 de março de 2014
Fortaleza CE
Marise Natale Pilar
Gabriely Rossana Angélica
Alexandre Adriane
Renata
17 a 21 de março de 2014
João Pessoa PB Denis Marco Sandra
Giulia Filipe
Juliana João
João Luciano
17 a 21 de março de 2014
Natal RN Sérgio Bia
Hellizett
Karina Rita
Alexandre Adriane
Renata
24 a 28 de março de 2014
Teresina PI Dênis Bia
Renata Stefanie Natale
Gabriely Rossana Juliana
Alexandre Charles
Renata
24 a 28 de março de 2014
Cuiabá MT, MS, RO Sandra Pilar
Marise Paula
Karina Angélica
Giulia João Filipe
João Adriane
Renata
31 de março a 04 de abril de
2014
São Luis MA, RJ Marco Pilar
Sérgio Paula
Gabriely Rossana Angélica
Rita
Matheus Felipi
Renata
02 a 06 de junho de 2014
Maceió AL Renata Natale
Juliana Luis
João Adriane Renata
11 a 15 de Porto Alegre RS Marco Giulia João Renata
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
agosto de 2014 Aurélio Rafael Débora Andréia
Odete
11 a 15 de agosto de 2014
São Paulo SP Bia Lancetti Stefanie
Filipe (suporte remoto)
Renata
18 a 22 de agosto de 2014
Campo Grande
MS
(suporte remoto) Renata
18 a 22 de agosto de 2014
São Luis MA
Luis Karina
(suporte remoto)
25 a 29 de agosto de 2014
São Luis MA Sérgio Rafael (suporte remoto)
26 a 29 de agosto de 2014
Montes Claros
MG Sandra Andréia (suporte remoto)
25 a 29 de agosto de 2014
Goiânia GO,DF Stefanie Débora (suporte remoto)
25 a 29 de agosto de 2014
Aracaju SE
Luis (suporte remoto)
25 a 29 de agosto de 2014
Ji-Paraná RO Dênis Pedro ?
(suporte remoto)
01 a 05 de setembro de
2014
Manaus AM Dênis Juliana (suporte remoto)
01 a 05 de setembro de
2014
Rio de Janeiro
RJ Aline Pilar
Karina (suporte remoto)
02 a 05 de setembro de
2014
Florianó- polis
SC Marco Andréia Débora
(suporte remoto)
08 a 11 de setembro de
2014
Belém PA
Juliana (suporte remoto)
08 a 11 de setembro de
2014
Imperatriz MA
Luis (suporte remoto)
15 a 19 de setembro de
2014
Cruzeiro do Sul
AC
Karina (suporte remoto)
Renata
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
15 a 18 de setembro de
2014
Cuiabá MT Stefanie Angélica Rafael
(suporte remoto)
22 a 25 de setembro de
2014
Boa Vista RR Dênis
(suporte remoto)
29 de setembro a 03 de outubro
de 2014
Feira de Santana
BA
Angélica (suporte remoto)
29 de setembro a 03 de
outubro de 2014
Itabuna BA
Aline Luis (suporte remoto)
9 a 22 de janeiro de 2015
São Luís
MA Pilar
Luís
(suporte remoto)
23 a 26 de fevereiro de
2015
Manaus AM
Juliana (suporte remoto)
4.6. Análise singular das oficinas de formação
Na tabela abaixo encontram-se os relatos das impressões pessoais dos participantes da
equipe pedagógica nas formações de tutores e orientadores.
Pode-se considerar que houve duas grandes etapas de formação de orientadores e tutores. A
primeira respeitou as etapas de implantação do projeto nacionalmente. Encerrou-se primeiro a
formação de orientadores apesar de terem sido realizadas de forma concomitante, e ocorreram de
setembro de 2013 a fevereiro de 2014. Nesse período todos os estados e distrito federal tinham
tutores e orientadores para a implementação do projeto. A segunda etapa de formações de tutores
iniciou em junho de 2014, intensificando-se no segundo semestre e finalizando em março de 2015.
Estas formações direcionaram-se para grupos menores de alguns estados que não tinham alcançado
o número necessário de tutores.
Data
Formação
Local
Coordenação
Apoio Pedagógico
Educadores
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
Estados participantes
09 a 11 de setembro de 2013 Orientadores
Brasília PE, AC, RS, PR
Marco, Karina, Renata, Sérgio, Rita, Sueli, Marise, Pedro, Edelves, Lancetti.
Relato dos Formadores Primeira formação onde estávamos nos encontrando pela primeira vez toda a equipe para o fazer
educativo. Experimentamos na prática as atividades que vínhamos compondo para o curso.Já nos
conhecíamos da construção e criação coletiva dos cursos, como vamos colocar esses debates em prática? A
infra-estrutura não comportava o número de participantes nas salas, começamos a partir daqui com o
processo de reinvenção. Algumas das atividades fizemos no saguão da ETSUS em Brasília. Esta primeira
oficina serviu para que revíssemos algumas organizações previas, a exemplo da primeira dinâmica, a do
barbante. Revendo seu fazer em GG para PG, para que de fato pudéssemos fazer uma escuta qualificada
da “bagagem” de cada participante.
Embora já nos conhecêssemos, havia uma expectativa muito grande de saber, como seria mediar essa
oficina, saber como as pessoas responderiam às dinâmicas e rodas de conversas, a vivência nestes dias de
formação, enfim, reforçando a oficina de validação do material pedagógico, ocorrida em março. Esta
primeira oficina foi muito bem sucedida. Os participantes se envolveram, mergulharam na proposta e
mostraram-se dispostos a serem multiplicadores em seus estados. Tivemos na correção das avaliações
escritas, realizada no processo final da formação para os orientadores, um grande sentimento por aqueles
que não entraram no processo, naquele momento, devido ao nível satisfatório dos candidatos presentes.
Um nível excelente de profissionais presentes. Enfim, apostas de qualidade nos territórios. Nesta primeira
formação, ainda não tínhamos o material oficial, que seguiria no curso, contávamos com cópias impressas
e necessidade de improvisos como tamanho das salas, trazendo alguns problemas a formação. Pudemos
também conversar sobre as dificuldades prováveis, de locais e populações específicas, problematizando
questões que pudessem trazer um rico debate em sala e em EAD. Essa formação ocorreu na ETSUS de
Brasília, sob a Coordenação de Tereza Cristina e demais apoiadores, que nos receberam e foram excelentes
no acolhimento de todos. A primeira atividade da teia, atividade de apresentação dos participantes foi
muito lenta, porque que foi realizada com todos os participantes, de uma única vez num pequenos espaço
físico. Nossa primeira experiência. A partir desta e outras experiências, fomos ajustando no decorrer dos
caminhos. E como saldo final, todos saíram contemplados nas discussões e trocas que pudemos promover,
e nós, satisfeitos e mais seguros para as próximas oficinas.
30 de setembro a 04 de outubro de 2013 Tutores Recife AC, PE
Stefanie Karina Renata Marco
Rita Sueli
Marise Pedro Sérgio Renata
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
Relato dos Formadores A distância e o trânsito de Recife dificultaram o cumprimento dos horários. Primeira formação de tutores,
testando a programação vendo se correspondia aos objetivos. Muitas discussões, debates, desconstruções,
foram os primeiros resultados da oficina. Tínhamos um grupo de candidatos a tutores heterogêneos,
vindo de regiões bem diferentes, com especificidades e necessidades muito singulares. Para tantos o teor
das discussões de SM e AB era totalmente diferentes. Percebia-se as diferenças nas falas, nos relatos dos
candidatos e na rede estabelecida. Contudo, pudemos também perceber uma potência nessas diferenças e
explorar nas discussões, os modos de como se organizavam para estabelecer o cuidado na rede existente.
Já nesta formação, estávamos um pouco mais experientes, mas ainda sim, na expectativa de uma oficina
com mais dias de vivências, e mais temáticas a aprofundar. Contávamos com a presença dos orientadores
de aprendizagem, aprovados na oficina realizada em BSB, como coordenadores dos pequenos gruposPGs,
junto conosco, Apoiadores, Educadores e Consultores. Marcelo, Renata, Lorena, Caroline, de Pernanbuco e
Bruno do Acre. As turmas tinham um número previsto de participantes. Os pequenos grupos haviam sido
organizados e preparados anteriormente ao encontro, para que pudéssemos fazer uma oficina muito
produtiva, e assim se fez. Neste encontro a diversidade regional, deixou tatuado as muitas especificidades
e discussões locais, dentro de um mesmo Sistema Único de Saúde- SUS. Pudemos perceber os avanços e
algumas dificuldades na materialização das ações socioeducativas, disponibilidades no acesso aos recursos
e dispositivos de saúde no território, as possibilidades de discutir sobre as formas de cuidado em Saúde
Mental na Atenção Básica, reconhecimento do trabalho dos ACS e ATenfs e RD. Algumas discussões que
em alguns territórios já vinham acontecendo. Enfim, questões que o Projeto Caminhos do Cuidado,
também pode ser facilitador, por meio das discussões e relato de experiências em outros locais. Saímos
com um saldo positivo deste encontro, e percebendo que a cada formação íamos nos refazendo e
fortalecendo os nossos traços, através das trocas produzidas.
07 a 11 de outubro de 2013 Tutores Curitiba
DF, RS, PR
Marco Karina Renata Marise
Rita Sérgio Pedro Thaís
Relato dos Formadores A formação teve problemas com a estrutura, salas muito cheias, grupos grandes, muita dificuldade na apresentação da CdP, estabeleceu-se número máximo de participantes (30) por sala para a formação relacionada com a plataforma na EAD. O grupo por estado muito diferentes, uma potencia nos debates de médios grupos. Os do RS com uma maior clareza da RD e desinstitucionalização, O PR resistente para pensar outras formas de cuidado em SM. . Os candidatos eram menos receptivos e de fato bem resistentes à redução de danos
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
14 a 18 de outubro de 2013 Orientadores
São Paulo SP
Karina Dênis
Stefanie Rita
(Lancetti)
Relato dos Formadores Problemas com a distância entre o hotel e a escola onde ocorreu a formação. Houve muita perda de tempo nos deslocamentos matutinos e vespertinos, e também no deslocamento para o almoço, que ocorria em um shopping relativamente distante do local da formação. O grupo era muito díspare, alguns com a história da reforma psiquiátrica em sua história e outros muito distantes desse cuidado em SM, focados na internação psiquiátrica como excelência de cuidado em SM.
20 a 22 de novembro de 2013 Orientadores
Brasília GO, MS, SC, AL, AM, TO, PR, RJ, DF
Natale Karina Renata Renata Pedro Pilar
Angélica Marco Thaís Sérgio Marise Dênis
Relato dos Formadores Primeira reunião do grupo todo constituindo o núcleo pedagógico com a entrada de novos educadores e apoios. Definimos sobre as participações nas formações. Minha primeira formação. Nos chamou atenção negativamente a apresentação da mesa do MS da parte tanto da SM quanto da AB, criando um certo murmurinho na platéia em momentos da apresentação. No grupo menor fiquei com o pessoal de Santa Catarina e do Rio de Janeiro. Alguns profissionais da saúde mental muito bons e outros, nem tanto. Alguns orientadores do RJ que, como verificado posteriormente, não deveriam ter sido selecionados, pois a fragilidade demonstrada na formação, se refletiu por todo o tempo na CdP. Lembro que nesse momento, ainda não se excluíam candidatos, ficando os menos capacitados ou mesmo sem condições, na lista de suplência. Recém apresentada ao Projeto, tinha tido a compreensão de que os orientadores viriam com uma boa noção da discussão na área de SM e AD para servirem de suporte aos tutores nas suas dúvidas, através da EaD, o que, infelizmente, não foi o quadro que se apresentou nesta e em outras capacitações. Assim, os 03 dias previstos para uma capacitação de orientadores se mostraram insuficientes para poder esclarecer os tópicos que seriam necessários, pelo pouco conhecimento apresentado.
25 a 29 de novembro de 2013 Tutores
São Paulo SP
Stefanie Pedro
Edelves Lancetti
Rita
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
Renata Pilar
Karina Marise Thaís
Marco Juliana Sérgio Filipe
Relato dos Formadores Um grupo com disparidades na compreensão dos eixos do Projeto. Intensa discussão sobre Reforma Psiquiátrica, havendo profissionais com vivências a partir do manicômio. Além disto, foi necessário intensificar a discussão sobre cuidados de saúde mental a partir da atenção básica, já que os profissionais não tinham tal formação tão presente. Hoje, rememorando todas formações sejam as de tutores, sejam as de orientadores das quais participei,
não hesito em concluir que o projeto contou com um grupo de candidatos extremamente frágil, com muita
dificuldade de compreensão dos textos, dificuldade de leitura e interpretação e praticamente nenhum
conhecimento da área de SM e AD. Em especial, o grupo do interior de SP, majoritariamente da AB.
09 a 13 de dezembro de 2013 Tutores
Florianópolis SC,
Pilar Karina Renata
Stefanie Rita Bia
Dênis Marise Sérgio
Relato dos Formadores Os tutores de Santa Catarina demonstravam pouca aproximação com a política de Saúde Mental, mas com
um debate positivo e criativo para a compreensão dos temas propostos. Houve um momento muito rico e
curioso, em que os participantes aceitaram sustentar uma roda de conversa sobre Redução de Danos em
um local pouco convencional (o deck do hotel, que avançava sobre o mar), em um horário bastante
estendido, avançando até perto das 20 horas. Foi uma das rodas de conversa em que mais se concretizou o
espírito de uma roda muito produtiva. Uma das tutoras presentes havia participado de uma das primeiras
experiências brasileiras de Redução de Danos, na cidade portuária de Itajaí, e seus relatos trouxeram muito
conteúdo para a atividade.
09 a 13 de dezembro de 2013 Goiânia
Natale Renata Marco
Hellizett Juliana Filipe Thaís Pedro
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
Grande resistência ao conteúdo do projeto em relação ao cuidado em Saúde Mental e uso de drogas por parte da maioria dos candidatos, sendo que alguns colocaram-se frontalmente contra as propostas da reforma psiquiátrica e a redução de danos. A partir dessa formação, decidiu-se não ser mais possível evitar a exclusão do projeto de candidatos que o grupo do Núcleo Pedagógico percebesse como não apto a levar adiante a proposta que o curso pretendia.
16 a 20 de dezembro de 2013 Tutores Brasília
DF, AL, TO
Dênis Thaís
Renata Hellizett
Pedro Marise Juliana Sérgio
Relato dos Formadores Percebeu-se que os tutores de AL demonstravam ser uma primeira aproximação a muitos conceitos que estão na matriz curricular, excetuando-se os trabalhadores com experiência no Consultório na Rua, que demonstravam bom acúmulo à respeito da Redução de Danos e aos princípios e diretrizes da Reforma Psiquiátrica, além de uma imensa bagagem oriunda de suas experiências cotidianas com o trabalho desenvolvido diretamente no território, com pessoas em situação de rua e usuários de álcool e outras drogas. Já os tutores de Tocantins apresentaram suas preocupações e experiências com a questão indígena, muito presente no cotidiano daquele território. Ainda entre os tutores do TO, percebeu-se uma forte influência das igrejas pentecostais nas suas concepções de vida e também de cuidado em SM. A potência das atividades de dramatização foi muito importante para as discussões deste grupo. Alguns tutores de AL e DF se destacaram pelo bom conhecimento do campo da SM e AD.
16 a 20 de dezembro de 2013
Tutores RS, RJ
Pilar Rita
Renata Marco Karina Bia ?
Angélica Natale Filipe
Lanceti Renata
Relato dos Formadores Tivemos muitas discussões sobre Saúde Mental na Atenção Básica, a partir do trabalho em território dos trabalhadores ali presentes, um grupo bastante implicado com a discussão do trabalho em território e um número significativo de trabalhadores mais da área de saúde mental. No que diz respeito ao eixo temático de Redução de Danos, o grupo tinha pouca discussão, mas foi possível fazer encontro com a temática. Apesar de realizada no Rio de Janeiro, a ETSUS local não se fez presente na formação. Pudemos contar com a presença constante da coordenação estadual, contudo. A mesa de abertura foi uma mesa realmente interessante e que, pela primeira vez, pode contar com Leon Garcia, representante da SENAD. Lembro que terminamos a quinta-feira com uma Roda de Samba do CAPS AD Mané Garrincha que não só impressionou a todos os presentes pela qualidade como contribuiu para a desmistificar o lugar do usuário de drogas, tema a que nos dedicamos no dia seguinte, quando da Roda de Redução de Danos.
08 a 10 de janeiro de 2014 Hellizett
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
Orientadores Brasília
AM, GO, BA, AP, PA, MS
Angélica ?
Marco Filipe
Marise Pedro Natale Sérgio
Relato dos Formadores Oficina com um grupo com muitas diferenças, mas um distanciamento dos temas centrais do curso. As experiências distintas de práticas entre os estados. Forte compreensão manicomial do cuidado, em relação ao cuidado com usuários de droga e ainda uma visão da potencia da religião como espaço de cuidado.
20 a 24 de janeiro Tutores Salvador BA, GO
Marco Karina Renata
Pilar Rita
Edelves Renata
Angélica Natale Giulia
Marise Rossana
Filipe Relato dos Formadores
Formação de tutores com participação dos orientadores e pouca participação da Coordenação estadual e nenhuma da ETSUS Bahia. Ainda estávamos em um momento de lançarmos olhar para as composições com outros atores para além da equipe nacional do projeto. A formação contou com um número bastante significativo de tutores (117) de diferentes regiões do Estado. A formação se deu no mesmo espaço de hospedagem, o que facilitou o trabalho e horários com os grupos. Os tutores tinham pouca afinidade com a Redução de Danos, mas muitos vinham de espaços de trabalho dentro da RAPS e estavam bastante abertos para compor com este olhar de saúde mental na atenção básica.
20 a 24 de janeiro 2014 Tutores Belém PA, AP
Bia Gabriely Renata Dênis
Juliana Hellizett
Pedro Sérgio
Stefanie Relato dos Formadores
O impacto da (re) construção o olhar para um problema. O Pará foi dos estados brasileiros nos quais jamais
houve qualquer investimento na construção de uma política de Redução de Danos. O resultado é um
profundo desconhecimento a respeito das práticas concretas, e também da ética da Redução de Danos. Foi
preciso trabalhar profundamente estes aspectos, partindo de questões muito básicas, e isto foi feito,
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
sobretudo por meio de uma grande roda de conversa sobre Redução de Danos, protagonizada por Sérgio
Alarcon (que trouxe elementos referentes às relações entre as transformações no conceito de saúde
disparadas pela Reforma Sanitária e o campo da Saúde Mental) e Dênis Petuco (que compartilhou aspectos
históricos da Redução de Danos). Foi a primeira vez que esta roda foi realizada com este formato, que
voltaria a repetir-se em diversas outras formações. Apesar da fragilidade de discussões anteriores ao
Projeto, o grupo de tutores se mostrou bastante aberto a questionar as lógicas de cuidado que vinham
desenvolvendo e a transformar seu entendimento a partir dos eixos que o Projeto propõe.
27 a 31 de janeiro 2014 Tutores
São Paulo SP, PE, MT, RJ, DF
Pilar Karina Renata Sérgio Giulia Marco
Rossana Bia
Angélica Renata Filipe
Stefanie Lancetti
Relato dos Formadores Nesta formação a atividade do sociodrama foi muito destacada, comandada por Antonio Lancetti, abriu para debates muito intensos. A presença de tutores de estados diferentes que ficaram juntos nos pequenos grupos foi criticada por diminuir as potências para trocas entre os tutores. Criticada por uns, elogiada por outros, que entenderam nesse encontro entre diferentes estados/regiões do país a possibilidade de conhecer e trocar diferentes vivências/experiências. Foi uma formação bastante intensa, porém de muitas trocas. Com o grupo de SP, pudemos discutir muito a questão da Reforma Psiquiátrica e os movimentos no Estado, tendo candidatos com criticas interessantes quanto a esta lógica e com apostas importantes no cuidado em território. Este grupo também trouxe a Educação Permanente como uma grande aposta, tendo estes já passado por formações em EPS. Trabalhamos bastante com o papel do ACS, discussão bastante enfatizada e pouco olhada até então pelos trabalhadores.
27 a 31 de janeiro de 2014 Tutores Salvador
BA
Natale Pedro
Renata Dênis
Gabriely Hellizett Juliana Marise
Rita Relato dos Formadores
Uma das formações mais potentes. Tutores instigados, com grande abertura para o uso de técnicas
teatrais, proporcionando momentos em que questões controversas podiam aparecer com naturalidade,
permitindo o debate e a reflexão. Também chamou atenção o bom conhecimento da maioria dos
participantes sobre a história, as técnicas e os princípios éticos construídos ao longo da experiência
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
brasileira da Redução de Danos. Seria possível imaginar que isto se deve, ao menos em parte, ao
protagonismo e à vanguarda da Bahia no que se refere ao desenvolvimento de ações de Redução de Danos
desde os anos 90, e, sobretudo ao pioneirismo do CETAD (Centro de Estudos e Terapia de Abuso de
Drogas), centro de pesquisa e extensão ligado à Faculdade de Medicina de UFBA.
03 a 05 de fevereiro de 2014 Orientadores
Belo Horizonte MG, SE, RO, ES, MT, RR
Marise Giulia
Renata Lancetti Karina Dênis Pedro
Rossana Relato dos Formadores
Ao longo do processo, identificamos problemas no modo como vínhamos conduzindo as atividades voltadas a formação de orientadores. Ficou clara uma grande diferença na potência dos processos dirigidos a tutores e orientadores. Identificou-se que o tempo da formação de orientadores, além de curto (apenas 3 dias), vinha sendo mal aproveitado. Decidiu-se que haveria uma redefinição do cronograma da formação de orientadores, para as atividades que ainda viriam. Contamos com orientadores mais preparados, atentos as discussões trazidas pelo projeto, com uma roda de conversa conduzida pelo educador Dênis e finalizamos com um Sociodrama conduzido pelo Consultor Lancetti. As notas nas avaliações foram muito satisfatórias, tal era o nível dos candidatos, alguns militantes da SM e bem apropriados da temática de RD, com algumas ações de facilitadores nos territórios. Saímos com bons orientadores selecionados.
03 a 07 de fevereiro de 2014 Tutores Manaus
AP, RR, AM
Marco Juliana Renata
Pilar Gabriely
Filipe Angélica
Relato dos Formadores Nesta formação tivemos um conflito inicial que se deu junto com um grupo de profissionais da rede do município de Manaus, que estiveram presentes no primeiro dia de formação, sem estarem inscritos. Os mesmos alegavam que não haviam sido notificados e convidados para participar desta seleção e que tinham muito desejo por participar deste processo. Após negociações com equipe pedagógica, coordenação Macrorregional e coordenação Estadual, avaliaram que diante da demanda de número de tutores e do desejo destes de vivenciar esta formação, deveríamos abrir esta exceção. Contudo, os candidatos passaram pelo mesmo critério de seleção de currículo, permanecendo apenas os que estavamde acordo com o termo de referência daquela formação. Com relação à formação, esta foi bastante rica em termos de trocas entre os tutores e de olhar para seus territórios. Recebemos muitas questões sobre o projeto para as comunidades indígenas. Com relação ao tema, os tutores tinham pouco conhecimento sobre redução de danos e as práticas de cuidado em saúde mental ainda avançando. Tivemos um sociodrama muito rico, que permitiu explorar os papéis de cada um e intervir em cenas do trabalho destes em território, o que aponta uma modificação para além da formação, mas também da prática cotidiana em saúde no território. A questão indígena trazida por alguns tutores nos brindou não só novos dados da realidade brasileira, mas também trouxe ao projeto novos desafios para adequar uma metodologia pensada em 5 encontros
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
semanais em uma nova organização que possibilitasse que o projeto chegasse nas distantes áreas e de difícil acesso da população indígena e ribeirinha.
10 a 14 de fevereiro de 2014 Tutores
Porto Alegre RS, SC
Dênis Giulia
Renata Stefanie Juliana Odete
Bia Pedro Natale
Relato dos Formadores Desde o início, ficou evidente a diferença de acúmulo entre os tutores do Rio Grande do Sul e de Santa
Catarina (o que não deve ser tomado como uma diferença entre os trabalhadores dos dois estados, mas
chamar nossa atenção para os caminhos diferenciados pelos quais passaram as divulgações das seleções
em cada estado brasileiro). Diferentemente dos catarinenses, os gaúchos presentes demonstravam
profundo conhecimento e compromisso militante com os princípios e diretrizes das reformas sanitária e
psiquiátrica, e também com respeito à Redução de Danos. Como estratégia para enfrentar este problema,
os educadores e apoiadores presentes decidiram modificar alguns aspectos da formação, ampliando o
número de atividades em grande grupo, promovendo mais encontros entre os tutores dos dois estados. A
estratégia mostrou-se acertada, permitindo uma tensão criativa e produtiva que ampliou os horizontes de
todos os participantes. Além disto, ficou patente que o decorrer do projeto ampliava o entrosamento e a
sintonia entre os envolvidos na condução dos processos formativos, tornando mais consistentes os
eventuais “improvisos” disparados pelas equipes envolvidas nas formações.
17 a 21 de fevereiro de 2014 Tutores
Belo Horizonte MG
Marco Karina
Renata P. Pilar Rita
Marise Pedro
Renata Angélica Sérgio Filipe Dênis
Juliana Stefanie
Giulia Bia
Gabriely Natale
Rossana Hellizett
João Lancetti
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
Relato dos Formadores Foi a formação com o maior número de participantes, demandando a presença de todos os membros da equipe pedagógica. Como não poderia deixar de ser, aconteceram muitos problemas, como o vazamento de som das salas de aula, dificultando as atividades. Não obstante, a capacidade de improviso resultante do entrosamento construído ao longo das formações foi fundamental para garantir que os inúmeros pequenos problemas que iam aparecendo fossem contornados com eficiência. As tensões vivenciadas pela equipe pedagógica neste intenso processo colocou a sensibilidade de seus membros em ação, potencializando, de certa forma a formação sensível de tutores. Merece registro o show do Trem TanTan, grupo formado por usuários de serviços de Saúde Mental da cidade de Belo Horizonte e dirigido pelo músico Babilak Bah, que garantiu um momento não apenas lúdico, mas profundamente inspirador quanto à potência da arte no trabalho em Saúde Mental. O grupo de tutores que trabalham próximo ao manicômio de Barbacena fez intensas discussões sobre o respeito à diferença disparado pela Reforma Psiquiátrica. Pela grande quantidade de alunos, a distribuição das turmas de EaD gerou um certo stress, afetando
principalmente os alunos das primeiras turmas, que tiveram que ser trocados de uma sala para outra, pela
lotação excessiva em uma; a falta de cadeiras, o que fez que começássemos tardiamente essas primeiras
turmas. Até esse momento a responsabilidade de apoio nas aulas de EaD ficava mais a cargo dos apoios
pedagógicos. Esse episódio serviu para que reavaliássemos a importância dos educadores acompanharem
também essas aulas e assim, iniciamos uma divisão entre todos do NP na participação dessa atividade. Um
outro ponto que pesou na avaliação dos tutores, foi a dramatização da parte da tarde. Confusões de
horários informados e reais, cansaço da equipe que já tinha assumido a mesma atividade na parte da
manhã e, principalmente, o fato de ambos os grupos (manhã e tarde) serem grupos extremamente
grandes, fora do padrão com o qual vínhamos trabalhando, contribuíram para que o grupo da tarde não
pudesse usufruir dessa atividade tão especial, que sempre é um sucesso na condução de Antonio Lancetti.
24 a 26 de fevereiro de 2014 Orientadores
Brasília CE, PB, RN, PI, MA, RO
Pilar Gabriely
Denis Juliana
Rita Renata P.
Relato dos Formadores Primeira formação depois da reconfiguração do processo dirigido aos orientadores. Inserimos mudanças que tornaram a formação mais consistente, garantindo espaço para uma roda de conversa no cronograma. Orientadores se mostraram com bom acúmulo teórico e boa bagagem de experiências. No último dia, alguns dos presentes ligados ao CEFOR da Paraíba solicitaram uma reunião para falar de seu desconforto por sentirem-se deslocados ao longo da formação. A intervenção dos paraibanos foi muito potente em chamar nossa atenção para o fato de que vínhamos desperdiçando a potência da participação destes importantes atores ao longo de boa parte das formações realizadas em todo o Brasil. Seria necessário repensar a participação destes parceiros nas atividades formativas, de modo que o convite parasua participação não se configurasse em mera formalidade diplomática. Equipes estaduais com menor percurso nas discussões propostas pelo Projeto, a formação destes atores se mostra ainda mais necessária, pois conduzem o processo a nível local. Se desejarmos a transformação de práticas de cuidado, precisamos transformar os modos de gestão que facilitem e potencializem tais processos de mudanças nas práticas profissionais com usuários.
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
03 a 07 de março de 2014 Tutores Belém PA, MA
Marco Angélica Sérgio João
Giulia Rossana
Renata P. Relato dos Formadores
No grupo do MA, a grande maioria dos profissionais não tinham contato com a Atenção Básica e demonstraram dificuldades para visualizar as ações no território. Percebeu-se a aproximação ao longo da semana em relação às Políticas de Saúde. O grupo de candidatos à tutores do Estado do Pará trouxe um debate que contemplava mais o cuidado em
atenção básica com dificuldades em perceber as questões de integralidade, uma vez que não percebiam a
saúde mental e a questão de álcool e outras drogas como questões para a Atenção Básica, o que foi
bastante (des)construído ao longo da formação, buscando trabalhar muito a partir das experiências
singulares de cada um, para que estes pudessem lançar outros olhares para o cuidado. Pautou-se muito a
questão do trabalho com os indígenas e a importância de uma formação como esta também nestes
territórios.
10 a 14 de março de 2014 Tutores
Fortaleza CE, SE
Sérgio Giulia
Edelves Natale Filipe
Juliana João
Relato dos Formadores A formação se deu com disparidades entre os pequenos grupos. Enquanto alguns grupos os Tutores
demonstravam descaso, desrespeito as atividades e aos Integrantes da equipe pedagógica, outros grupos
realizaram produções criativas e sensibilização aos temas. Houve grande questionamento da Coordenação
estadual quanto aos critérios de avaliação do curso durante toda a semana. Esta formação foi desafiante
para a equipe nacional, pois colocou em questionamento a abertura que tivemos a demanda de tutores de
efetivação da formação a partir da educação popular, historicamente fortalecida neste estado. Em alguns
grupos as discussões sobre o modo de formação e de atuação com usuários se conectava e potencializava.
Apesar das dificuldades enfrentadas em alguns grupos nesta formação, houve grupos que a intensidade de
trocas foi tal que o tempo de formação extrapolou as 40h previstas, ampliando tempo em sala de aula.
17 a 21 de março de 2014 Tutores
Fortaleza CE
Marise Gabriely
Renata P. Natale
Rossana Pilar
Angélica Relato dos Formadores
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
A segunda formação na cidade de Fortaleza contou com a presença de candidatos à tutores, que foram divididos por região. Na região do Cariri tivemos trabalhadores bastantes dispostos a discutir os conteúdos propostos pela formação e com uma importante discussão sobre saúde mental, o que ocasionou um debate sobre o cuidado com o usuário na Atenção Básica. Sobre a questão do cuidado com o usuário de drogas tivemos mais dificuldades, mas que foram se desdobrando em importantes problematizações ao longo da formação.
17 a 21 de março de 2014 Tutores
João Pessoa PB
Dênis Giulia Marco Filipe
Sandra Juliana
João Relato dos Formadores
Esta formação contou com 93 candidatos a tutores para o estado da Paraíba, com a participação das 16
regiões de saúde, segundo divisão estadual. As atividades seguiram nos grupos revelando-nos a força da
presença da Estratégia de Saúde da Família no estado, uma vez que a PB possui 98% de cobertura da ESF e,
portanto, as práticas em saúde trazem um quotidiano marcado pelas ações de suas equipes. Tal
intensidade da atenção básica refletiu-se nas discussões propostas pelas oficinas, sobretudo ao deixar
entrever as tensões existentes entre esta e o cuidado ao sofrimento psíquico na perspectiva da Saúde
Mental. Além disto, cabe registrar que a Paraíba possui uma importante e histórica interface entre
Educação Popular e Saúde, a partir de trabalhos de professores como Eymard Vasconcelos e Emmanuel
Falcão, e que é especialmente influente entre trabalhadores da Atenção Básica.
A abordagem ao tema da desinstitucionalização, principalmente através das representações e
dramatizações, expôs de forma mais espontânea as opiniões pessoais e formas com que os profissionais
enfrentam as situações de sofrimento psíquico e de uso prejudicial de álcool e outras drogas.
Outro diferencial, para além da cobertura quase total em termos de Saúde da Família, é que a Paraíba é
também o estado brasileiro com o maior número de CAPS por habitante, não apenas na região
metropolitana de João Pessoa, mas também em todo o interior do estado.
O grupo de tutores mostrou-se heterogêneo em suas elaborações e aprofundamentos sobre os conteúdos colocados em debate a partir das atividades, mas, em geral, pode-se afirmar que tiveram um bom trânsito pelos temas saúde mental, o cuidado psicossocial e o reconhecimento da atenção básica como lugar privilegiado de cuidado para o uso prejudicial de álcool e outras drogas. A desconstrução do conceito de drogas e das noções de uso e dependência, como de costume, provocaram movimentos claudicantes, mas reflexivos, de abertura para outras formas de conceber o fenômeno da droga, e que pudessem abrir caminhos para as práticas da Redução de Danos. Ao final, 88 foram selecionados e passaram a atuar como tutores no estado. Já a participação dos orientadores na formação teve, sobretudo uma função de apoio para o pedagógico do projeto durante as atividades, com pouca participação nas discussões temáticas propriamente ditas. Também merece destaque a intensa colaboração e participação, ao longo de todos os cinco dias da formação, dos técnicos do CEFOR, nome dado ao centro de formação ligado à Secretaria Estadual de Saúde, e responsável pelos processos de Educação Permanente no estado da Paraíba. Esta parceria foi resultado do intenso trabalho desenvolvido pela coordenação macro regional, e também das conversas realizadas em Brasília, durante a formação de orientadores. Por fim, cabe salientar a participação de grupos musicais ligados a dois CAPSad da região metropolitana de João Pessoa, que além de animar os participantes, ajudou a reforçar a ideia de que a arte é uma
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
importante ferramenta no trabalho em Saúde Mental.
17 a 21 de março de 2014 Tutores
Natal RN
Sérgio Karina
Renata P. Bia Rita
Relato dos Formadores A formação ocorreu em um hotel na praia Ponta Negra, bem afastada do centro da cidade. Trabalhamos com quatro pequenos grupos, contamos com os orientadores coordenando cada um dos grupos. a equipe estadual participou, mas de modo mais tímido do processo de formação, mas devido alguns questões a resolver com infra-estrutura do hotel e regiões de tutores, ficaram mais focado nestas questões. Foi uma formação tranquila, onde conseguiu-se discutir os cuidados possíveis em SM, RD e equipe de trabalho, dentro das realidade local, sem muitas dificuldades. o educador Sergio Alarcon fez uma roda de RD onde todos fizeram muitas contribuições, e saíram muito satisfeitos com as trocas realizadas.
24 a 28 de março de 2014 Tutores Teresina
PI
Dênis Gabriely Renata
Bia Rossana
Renata P. Juliana
Stefanie Natale
Relato dos Formadores Esta formação foi bastante peculiar, em que sentimos transformação intensa da turma ao longo da
semana, reafirmado pela avaliação final das tutoras. Pelo adoecimento de um colega, precisamos
reorganizar os pequenos grupos e a programação para que Denis pudesse trazer a discussão da redução de
danos já no primeiro dia. Trouxe um belo relato de sua experiência de vida, inclusive como redutor de
danos, onde trabalhamos a escuta, preconceitos e ética da redução de danos de forma mais intensa, desde
o primeiro dia. As tutoras eram enfermeiras da atenção básica em sua maioria, trazendo a riqueza da
complexidade dos território de atuação.
“Ao final de cinco consecutivos intensos dias de formação no estado do Piauí, na roda sobre
Redução de Danos, uma trabalhadora da atenção básica faz um apelo: “entendi que preciso pensar sobre
as práticas, que saúde mental está atravessando todos os casos que atendo do território, que usuários de
drogas também tem direito a saúde e não precisam ficar abstinentes, que precisamos investir em escuta
produzindo bons encontros que permitam as pessoas pensar sobre si. Entendi, to conseguindo entender a
lógica de trabalho. Mas e na escola, como faço? Não posso deixar de dizer que as drogas são terríveis!”.
Enquanto o grupo ia respondendo, ela mostrava certo sofrimento em ver que não havia um protocolo em
como lidar com essa questão na escola na comunidade dela. Ela teria que pensar a partir daquela realidade
o que é possível construir a partir da ética da RD. Após a devolutiva do grupo, ela meio desanimada me
olha e pergunta com quem ela pode seguir pensando sobre essa ética e se nós iremos voltar ao Piauí. Conto
que teremos o espaço virtual para conversar, mas o mais importante era ela criar junto a sua equipe de
saúde. Pensei que podemos acompanhar o desamparo necessário para a criação. Ela estava titubeante na
crença que alguém podia ter a verdade sobre a melhor forma do cuidado, começou a questionar essa
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
verdade e estava com medo do vazio criador.” (Diário de campo de Juliana, abril de 2014) Nesta formação, foi marcante a intensidade com que o tema das violações de direitos, associadas
às formas tradicionais de tratamento dirigidas a pessoas com uso problemático de álcool e outras drogas, reverberou nos presentes. Com isto, ultrapassávamos a discussão em torno das técnicas de cuidado e seus efeitos desejados, ingressando no terreno do debate ético, em que se torna possível refletir sobre o potencial iatrogênico de nossas práticas cotidianas. O curso foi mobilizador para novos olhares e o grupo também muda a percepção de si, a partir dos debates, descobre seus fazeres como potência na intervenção possível na saúde mental da atenção básica.
24 a 28 de março de 2014 Tutores Cuiabá
MT, MS, RO
Sandra Karina
Renata P. Pilar
Angélica Marise Giulia Paula João Filipe
Relato dos Formadores A semana de formação que reuniu este três estados aspirantes à tutoria em seus respectivos estados. Com relação à formação de tutores para acompanhar o estado de Rondônia, os dias transcorreram com os marcantes relatos acerca das inundações causadas pelo Rio Madeira e as chuvas da estação, contexto este que apareceu em diversas atividades, e que foi problematizado dentro da perspectiva do sofrimento psíquico advindo dos transtornos à vida daquela população. Os candidatos, de modo geral, sustentaram um bom nível de discussão em torno dos conteúdos propostos pelo projeto, apoiados em suas práticas de saúde mental e no trabalho desenvolvido na interface saúde mental-atenção básica, ainda que alguns presentes reivindicassem com afinco um discurso moralista sobre o uso de drogas e a hegemonia do modelo hospitalocêntrico mesmo após o desenvolvimento de diversas discussões que justamente propunham apresentar a ética e a estética de cuidado da redução de danos e da clínica psicossocial na dimensão de suas práticas ampliadas e de base territorial-comunitária. Sendo assim, deste coletivo, alguns não alcançaram os requisitos para compor o trabalho no Projeto Caminhos do Cuidado na função de tutor/a. As orientadoras que estiveram presentes à formação não tiveram boa participação no decorrer das
atividades. Praticamente não fizeram intervenções durante as atividades apesar de incentivadas para que
aproveitassem mais aquele espaço de formação e de estabelecimento de vínculos de trabalho com os
tutores que iriam acompanhar. No entanto, sua participação foi de grande ajuda na avaliação final dos
tutores pois, com o olhar observador que elas mantiveram durante as oficinas, as mesmas puderam
complementar nossas avaliações individuais ao trazer outros pontos de vista que a nos escaparam durante
a condução do cronograma estabelecido.
Em um dos grupos tivemos a participação de uma orientadora que vinculou-se bastante com a turma e
com a qual pudemos fazer combinações ao final da formação sobre a s dificuldades e potências a serem
trabalhadas no espaço em EaD. Durante o sociodrama percebemos uma dificuldade no manejo com as
questões de saúde mental, seja pelo não reconhecimento das ferramentas e rede, quanto pela dificuldade
do trabalho interdisciplinar, porém pudemos trabalhar um pouco destas questões afim de provocar
questões e movimentos nos candidatos.
Talvez uma das formações mais difíceis. Pode-se perceber que os candidatos selecionados por, processo de indicação, contavam na sua grande maioria com membros da ETSUS-MT. Nem todos
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
tinham propriedade acerca da temática de SM. As discussões eram de pouco aprofundamento, tendo sido necessário uma intervenção da educadora Pilar, com uma explicação/aula, sobre Residenciais Terapêuticos e demais dispositivos RAPS, para tutores que eram profissionais de SM. Existia uma ausência em sala de aula muito grande dos tutores, muitas justificativas e esvaziamentos. No último dia contamos com roda de conversa com as educadoras Sandra e Marise, pensando com os tutores a Saúde Mental na Atenção Básica. Ainda assim, aconteceram muitas discussões e dúvida dos tutores sobre o objetivo do Projeto, de qual lógica seguia, com perguntas no último dia de formação, se Caminhos do Cuidado trabalhava na lógica da internação compulsória. Enfim uma formação mais difícil, pois as concepções de cuidado em saúde mental e desta na AB mostraram-se muito distintas àquelas do projeto e uma grande resistência a possibilidade de mudanças.
31 de março a 04 de abril de 2014 Tutores São Luis MA, RJ
Marco Gabriely
Pilar Rossana Sérgio
Angélica Paula Rita
Renata P. Relato dos Formadores
Na formação com os candidatos a tutores do Estado do MA tivemos uma discussão muito rica sobre os cuidados em saúde mental, principalmente pelos tutores que tinham uma experiência significativa em saúde mental e que traziam uma discussão importante sobre os cuidados em saúde mental apesar de no manejo em seus territórios ainda enfrentarem muitas dificuldades. Tivemos a participação de uma orientadora com uma discussão bastante interessante sobre a rede de cuidados do Estado. Com relação à discussão sobre o uso drogas, os candidatos a tutores expressaram um desconhecimento sobre a rede e como articular a mesma, contudo foram bastante abertos para o debate, o que possibilitou muitas afecções a partir das vivências sobre o tema a partir das metodologias propostas na formação. Os orientadores dessa formação foram excepcionalmente ativos, permanecendo todo o tempo em sala de aula e nos ajudando na avaliação do conselho de classe e na correção das avaliações.
02 a 06 de junho de 2014 Tutores Maceió
AL
Renata Juliana
Renata P. Natale
Luis Relato dos Formadores
A segunda formação de tutores de Alagoas foi para um número reduzido de tutores e consequentemente um grupo menor de formadores. Caracterizou-se por uma dureza da turma em relação ao modo de cuidado proposto. Ao mesmo tempo a turma tensionava fortemente o espaço pela via da seleção que estava colocada. Nesse processo foi perceptível que muitos tentavam ajustar seus discursos às questões que estavam colocadas pelos formadores. Porém mesmo com isso vimos que a turma movimentou muitos pensamentos a partir das atividades propostas. Vimos que muitos preconceitos apareceram e foram colocados para discussão. Um caso claro foi uma relação direta, que um pequeno grupo fez, entre as casas de religião africanas e prostituição, apontando para essa prática como uma espiritualidade menor, suja, que necessita uma intervenção de saúde. Com isso foi possível discutir tanto o acolhimento das múltiplas práticas espirituais e religiosas como fator importante para criação de vínculos, seja qual for a religião ou prática espiritual. Discutimos também o trabalho de prostituição e todos os preconceitos associados a ele,
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
assim como os riscos, olhando para os princípios da liberdade de escolha, da singularidade histórica de cada sujeito e do direito fundamental a saúde e a vida. Percebemos que os conceitos e práticas para os quais apontávamos eram desconhecidos para a maioria e fez com que eles tomassem um ar de novidade e muitas vezes de suspeita. Ao longo do curso foi possível redimensionar esse olhar mostrando práticas e ações que no cotidiano de trabalho se pautam pelos direitos humanos, pela integralidade do cuidado e pela redução de danos. No decorrer do curso percebemos a necessidade de aprofundar algumas questões sobre a atenção básica, pois a maior parte dos tutores vinham da saúde mental. Para isso fizemos grupos de conversa que discutiram algumas das principais questões relativas à atenção, como direito à saúde e acesso, acolhimento e território, entre outras. A seleção do curso foi muito difícil, pois as avaliações escritas mostraram que os tutores estavam com dificuldade para relacionar o conteúdo trabalhado no curso aos casos da avaliação.
11 a 15 de agosto de 2014 Tutores
Porto Alegre RS
Marco Giulia
Renata Rafael
Débora Andréia
Relato dos Formadores A formação ocorreu na sede ESP, com a pactuação de que algumas pessoas vinculadas à escola iriam
participar da formação. Apesar de alguns imprevistos com o material didático, (material não organizado,
equipe local ausente), a formação iniciou no horário previsto. Estavam presentes 14 Tutores, em que a
grande maioria já tinha experiência na área de saúde mental e atenção básica. Apesar da pactuação com a
equipe da ESP, não houve a presença dos integrantes durante a formação. As discussões foram bem
produtivas, com a participação da maioria. No momento da roda de Redução de Danos, não conseguimos
ampliar a discussão para todos do grupo, e esse tema poderia ter sido mais aprofundado. A formação
ocorreu em 4 dias, sendo o 5º dia um encerramento e um espaço de EP com a presença de Tutores de
diversas regiões do RS.
11 a 15 de agosto de 2014 Tutores
São Paulo SP
Bia Filipe
Renata Lancetti Stefanie
Relato dos Formadores
18 a 22 de agosto de 2014 Tutores
Campo Grande MS
Renata Relato dos Formadores
Esta formação foi a primeira de muitas onde tínhamos um número bem menor de tutores em formação e, por esta razão, foi possível manter as 40h de formação em apenas 4 dias, utilizando-se uma parte do início da noite para tanto. Observou-se que por ter um menor número de pessoas, as participações mesmo que
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
intensas necessitou-se de um tempo menor de debate, o que ajudou a ser menos cansativa a formação, mesmo em um tempo menor. Considerou-se que houve um bom rendimento dos alunos, com compreensão dos temas e oportunidades para todas as manifestações. A partir dessa experiência, foi possível realizar as formações de tutores com número igual ou menor que 20 participantes em 04 dias.
18 a 22 de agosto de 2014 Tutores São Luis
MA Luis Karina
Relato dos Formadores A formação em São Luís foi realizada para um grupo que vinha do interior do estado, para atuar em suas regiões. O grupo era composto por uma maioria de trabalhadores da atenção básica e com alguns atores da saúde mental. Essa composição permitiu que os elementos do cotidiano da saúde família se articulassem aos modos de cuidado da saúde, relacionando as práticas dos trabalhadores da saúde mental e da família na construção do conhecimento. Foi se criando no grupo, assim, um saber sobre modos de cuidar que se colocava nas práticas cotidianas realizadas, mas que também extrapolava elas. O coletivo foi se constituindo grupo na medida em que uma identificação entre sujeitos foi possível. Essa identificação começou na produção dos territórios, onde os tutores perceberam que certas cenas eram comuns nos diversos territórios. Na medida em que pudemos desnaturalizar as práticas repressoras e estigmatizantes, como por exemplo uma relação de proximidade entre as religiões de matriz africana e a prostituição, mostrando que estas não são os únicos olhares possíveis, a turma em geral, mostrou disposição e compromisso com a proposta da formação. O grupo conseguiu se aproximar bastante do modo de formação proposto, com as qualidades da educação popular. Essa proximidade ficou clara na leitura do texto “paciente impacientes” do caderno do aluno, se concretizando nas avaliação do curso feita pelos tutores, onde eles colocaram de modo enfático o quanto haviam se deslocado de seus lugares comuns a partir das atividades pedagógicas propostas. leituras, vídeo passado e roda de conversa com os tutores, mesmo sendo a grande maioria da AB. Esta formação, mesmo diante de um quadro tenso da Equipe Estadual, momento de fragilidade vivido na ETSUS, contou com 100% de protagonismo da equipe/apoiadores estaduais no processo de formação. A equipe muito bem organizada e apropriada, conhecedora dos tutores, fragilidade/ pontecialidades das regiões, realizou conosco muitas intervenções. Um grupo ímpar, atentos a todo processo, acolheu muito bem os tutores nas dificuldades que surgiram, o que nos possibilitou realizar uma formação tranquila e muito proveitosa. As avaliações foram de modo geral boas. Pôde-se discutir sobre Redução de Danos,e houve grande interesse em esgotar a temática. Nas discussões que faziam, traziam exemplos de suas realidades, a fim de pensar juntos, outras formas possíveis de cuidado em SM na AB. No último dia o grupo presenteou o grupo os Apoiadores Pedagógicos, com uma apresentação, forma de coral, com uma musicatipica de SL. A organização da oficina foi muito bem amarrada pelao trabalho feito com a coordenação estadual.
25 a 29 de agosto de 2014 Tutores São Luís
MA
Sérgio Rafael
Relato dos Formadores A formação em São Luís contou com o apoio da coordenação estadual (ESP), que mostrou os resultados de ações prévias da equipe do apoio pedagógico visando a sustentabilidade do acompanhamento dos
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
desdobramentos do projeto no estado. As atividades da formação tiveram seu acompanhamento dividido entre duas turmas em espaços físicos diferentes, e foram facilitadas em conjunto com apoio pedagógico, educador e a equipe da ESP. Acompanhamos ao longo da semana um processo no qual o conteúdo do projeto, e especialmente o eixo transversal da reforma psiquiátrica, fizeram com que a troca de experiências profissionais dessem lugar à troca de experiências pessoais. Parte da turma de tutores(as) identificava familiaridade com a produção acadêmica, enquanto que outras trajetórias davam conta de uma atuação focada na Atenção Básica. O eixo transversal da Redução de Danos pôde se fazer presente nas discussões através dos dispositivos de discussão de casos, bem como na problematização dos mapas desenhados em conjunto pelos grupos. Houve prejuízo na elaboração de alguns temas ao longo da formação, quando o tempo maior dedicado à discussão sobre reforma psiquiátrica acabou cobrindo o tempo que seria dedicado à leitura, em grupos, do material sobre educação popular (que sugeriu-se à turma a leitura em casa, para posterior problematização). Os efeitos desta ausência foram notados sobretudo na elaboração das avaliaçãoes, quando na resposta diante dos casos, notou-se um certo receio na exposição de dúvidas e metodologias mais abertas, aliado a um maior apego à busca por soluções e encaminhamentos com fluxo mais fechado ou definido, à revelia da escuta das demandas que poderiam estar envolvidas; mesmo entre participantes que já haviam demonstrado ao longo das dinâmicas potencialidades neste sentido. Ao fazer esta análise mais abrangente entre a prudência e certa dureza trazida pelas avaliações, que contrastava por vezes a abertura e maior dialogicidade vivenciada junto à turma, pudemos levar em conta a relevância e potência da educação popular, ao potencializar e autorizar os saberes das pessoas envolvidas no projeto; e levamos em conta o menor tempo dedicado a esta temática ao fazer a avaliação final da turma.
26 a 29 de agosto de 2014 Tutores
Montes Claros MG
Sandra Andréia
Relato dos Formadores Esta formação caracteriza-se por ter ocorrido num momento de pleno andamento das turmas nos territórios da Unimontes, e das ações de educação à distância, o que permitiu uma integração entre os trabalhos já em execução e a própria formação dos novos tutores para a região. A Formação foi realizada para um grupo de 16 tutores, sendo 15 da região da Unimontes e 1 da região da ESP, contou com a presença de representantes da Escola, gestores e trabalhadores da rede de saúde, orientadores, tutores já em atividade, e alunos (ACS/ATenf já formados), convidados para as diversas atividades, como rodas de conversa, dinâmicas e outras. O Núcleo Pedagógico (orientadores, educador e apoio) se dividiu na condução das atividades de cada dia, compondo duplas. O grupo de tutores se apresentou de forma bem heterogênea, alguns com poucos conhecimentos sobre as temáticas de Saúde Mental, outros mais preparados em função de suas inserções profissionais na rede de saúde pública. Desta forma, diversos temas foram fomentados e discutidos e, de um modo geral, o próprio grupo de tutores construiu e compartilhou conhecimentos e aprendizagens com o suporte e intervenções do núcleo pedagógico presente. Percebeu-se que algumas temáticas precisaram de maiores discussões, como: Apoio Matricial e Redução de Danos. Do grupo em formação, apenas duas pessoas não foram aprovados como tutores, pois apresentaram dificuldades em algumas temáticas importantes para as discussões de sala de aula. Destaca-se a participação de alunos já formados nas rodas de conversa do curso de tutores. Os alunos de uma turma de ACSs e ATENFs apresentaram-nos uma atividade de dispersão, tendo isto vivificado o próprio projeto que pôde, já desde aquele momento de formação de tutores, se mostrar em pleno funcionamento. Esta oportunidade de formação de tutores conjugada com a formação dos ACsS e ATENFs (que ocorria no mesmo local) possibilitou a ampliação do olhar dos presentes frente às ações e realidades do dia-a-dia dos ACS/ATenf trazidas e debatidas por eles durante o curso.
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
Outro ponto valioso desta formação, ocorrida já em fase de amadurecimento do trabalho nas comunidades de práticas, foi a presença constante dos orientadores da região durante as oficinas. As 05 orientadoras da região puderam, desde aquele momento, estabelecer laços de compromisso com as tarefas em EAD. Além disso, aproveitamos a oportunidade deste encontro com as orientadoras para fazermos alguns ajustes e propostas para o trabalho de acompanhamento das tarefas em EAD nas CDPs, e para esclarecermos sobre a escrita dos relatos por eixo, tal qual proposto pelo Projeto.
25 a 29 de agosto de 2014 Tutores Goiânia GO, DF
Stefanie Débora
Relato dos Formadores Houve a participação de apenas 06 candidatos, com isso as discussões e debates foram mais aprofundados e a equipe não percebeu uma grande resistência a respeito dos eixos discutidos
25 a 29 de agosto de 2014 Tutores Aracaju
SE Luis
Relato dos Formadores A formação se deu para 09 candidatas à tutoria e um candidato. Uma característica forte dessa formação foi mais intimista na qual ela se desenvolveu. Isso se deu tanto pelo tamanho reduzido do grupo, quanto pela própria composição do coletivo que se permitiu entrar no método e no conteúdo de modo tranquilo, com humildade e desejo pelos temas propostos. Duas cenas interessantes qualificaram essa formação. A primeira foi o silêncio revelado após uma tarde de conversa com o professor Domiciano Siqueira, que após fazer uma fala sobre a genealogia do senso comum, pôde mostrar que certas produções sociais tomadas como naturais, não o são. Desse certos desconfortos vieram à tona, mas acabaram sendo trabalhados no outro dia do curso. A segunda cena é de um candidato a tutor que tensionou boa parte das discussões a partir de um discurso fatalista em relação aos usuários de drogas. Porém percebemos que o discurso foi perdendo força, tanto no grupo como nele próprio e na avaliação escrita esse tutor mostrou outro discurso com relação aos usuários de droga, muito impulsionado pela fala de Domiciano e pelas discussões propostas nos 5 dias de formação. Essas duas cenas apontam para a potência da formação como modo de sensibilização de atores e de mudanças de olhar. A formação com um menor número de participantes permite a criação de vínculos mais fortes e, consequentemente, conversas com uma maior abertura para o olhar da cidadania proposta pelos direitos humanos e pelo caminhos do cuidado.
25 a 29 de agosto de 2014 Tutores
Ji-Paraná RO
Dênis Pedro
Relato dos Formadores Esta formação teve um início bastante truncado, em decorrência do atraso na entrega dos cadernos, e também no depósito das diárias dos tutores. A transportadora responsável informava que os materiais
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
haviam sido entregues no CAPSad, para uma pessoa de nome desconhecido para todos os trabalhadores do serviço. No segundo dia, o mistério prosseguia, e as atividades iam sendo desenvolvidas com dificuldade. Usáva-se a estratégia de projetar o caderno por meio do datashow, e nas atividades em pequeno grupo, foram feitas cópias de trechos do caderno. Apenas no final da tarde do segundo - na metade da formação, portanto - os cadernos foram finalmente entregues no CAPSad, pela própria transportadora. Ou seja: a informação de que os mesmos já haviam sido entregues não passava de uma grande mentira. Depois que este ponto foi resolvido, emergiu com força o problema das diárias. A orientadora local dizia que foi informada, pela coordenação nacional do projeto, de que não haveria atraso no pagamento das diárias, em hipótese alguma, e que por isto a formação havia sido agendada. Explicava que esta garantia era fundamental para a formação, pois os tutores não teriam recursos próprios para pagar por sua hospedagem e alimentação. Este impasse tornou o clima da formação extremamente difícil, abalando a necessária empatia e confiança que deve permear as relações entre educador e educandos. Com a chegada do coordenador macro regional, foi possível equalizar a situação de algumas pessoas, com recursos tirados do próprio bolso do coordenador. No quarto dia de formação, as diárias foram finalmente depositadas, resultando em novos problemas para a formação em si, já que os tutores precisaram ir a uma agência para retirar recursos com os quais poderiam pagar suas hospedagens e alimentação. Em resumo, esta foi uma formação em que os problemas logísticos e burocráticos comprometeram em muito a qualidade do processo pedagógico.
01 a 05 de setembro de 2014 Tutores Manaus
AM
Dênis Juliana
Relato dos Formadores Foi possível perceber os olhares e perspectivas transformando-se ao longo da semana. O desconhecimento acerca da Redução de Danos e de questões pertinentes à Reforma Psiquiátrica eram quase totais, mas isto mudou sensivelmente durante a formação. Um momento por demais impactante ocorreu durante a atividade de leitura do caderno, quando uma das tutoras perguntou de que maneira se deveria agir com ACS’s analfabetos. A questão disparou uma reflexão muito importante sobre o processo de seleção de trabalhadores de saúde, sobretudo quando um dos participantes disse que estes ACS’s sem letramento talvez tivessem dificuldades para executar suas atividades cotidianas, mas certamente seriam muito eficientes para arrecadar votos durante o período eleitoral (seus cargos seriam, portanto, um prêmio por seu compromisso com este ou aquele candidato). A formação ocorreu na ETSUS, onde havia sérios problemas com internet, o que dificultou demais a formação em EAD, onde utilizou-se o guia construído para esta atividade, mas com quase nenhuma possibilidade de atuação direta na CdP exemplo. O formato de formação em grupo menor facilitou o processo de construção mais coletiva das discussões, oportunizando mais tempo para que mais tutores colocassem suas questões ao grupo.
01 a 04 de setembro de 2014
Tutores Belém
PA
Juliana
Esta formação foi direcionada a uma grupo bastante pequeno, permitindo discussões intensas entre todos participantes. A participação de três orientadores do estado foi bastante importante, tanto para contribuir com o debate, quanto para seguir formando os orientadores que apresentavam fragilidade em algumas discussões propostas pelo Projeto. A turma construiu vínculo importante que permitiu trazer seus preconceitos para a discussão. A metodologia foi bastante elogiada pela turma que trouxe a importância da ETSUS trabalhar mais nesta direção.
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
01 a 05 de setembro de 2014 Tutores
Rio de Janeiro RJ
Aline Karina Pilar
Relato dos Formadores Foi uma das melhores turmas, mais homogêneas em termos de perfil e conhecimento afim do Projeto, do estado do Rio de Janeiro. Realizada num período de 4 dias com uma carga horária diária de 10 a 12 horas, essa turma apresentou bastante interesse e qualidade na formação, sendo composta, em sua maioria, por profissionais da rede de saúde mental do estado. Contamos com alguns membros da ETSUS Izabel dos Santos, no processo, vivenciando a formação de modo que pudessem se apropriar da metodologia e conteúdo do curso, com vistas a disseminação do tema pela Escola. E tambémcom a parceria de alguns orientadores de aprendizagem, coordenando grupos, auxiliando nas discussões e trazendo exemplos vivenciados na tutoria em EAD . De fato foi uma formação muito completa que contou com poucos recursos, realizada no Instituto Philippe Pinel e a EaD na Escola Politécnica, quando contamos com a alimentação do kit, distribuída para tutores, orientadores e núcleo pedagógico. A roda de conversou contou a presença do educador Sergio Alarcon. Os tutores demonstram interesse interagindo, contando de suas experiências e realidades. Foi uma formação em que selecionaram-se tutores melhor preparados e dispostos a disseminarem novos modos de cuidado em SM na ABS nos territórios. Também contamos com apresentações de relatos de experiência de tutores e de ACS/Atenf, possíveis a partir do curso CC, organizado pela coordenação estadual e macrorregional referência do RJ. Nós também estávamos mais experientes, não apenas nas formações presenciais mas também em relação a CdP/EaD. Assim, foi possível apontar nessa formação exemplos, situações, critérios que realmente possibilitaram um maior envolvimento dessa turma na CdP.
02 a 05 de setembro de 2014 Tutores
Florianópolis SC
Marco Andréia Débora
Relato dos Formadores A formação ocorreu em quatro dias com 24 Tutores, na ESP, sem a participação dos integrantes da escola. No primeiro dia, os materiais estavam prontos e a formação iniciou no horário previsto. Participou da formação uma Orientadora (ex Tutora), referência para o grupo em formação. O grupo foi bem participativo, destacamos o crescimento do primeiro ao último dia, onde as discussões se apresentaram de acordo com as premissas do projeto. Alguns Tutores não foram muito participativos durante a formação, porém destacaram-se na avaliação final contemplando de forma esperada os temas abordados.
08 a 11 de setembro de 2014 Tutores
Imperatriz MA
Luis
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
Relato dos Formadores A formação em Imperatriz se deu pela necessidade de interiorizarmos os tutores no projeto, em especial no sul do estado do Maranhão. Na formação havia uma turma mista, entre profissionais da atenção básica, saúde mental e até urgência e emergência. Ficou claro o distanciamento do território com as práticas de redução de danos e a problematização a respeito do uso de drogas. Isso ficou claro em uma fala ao final quando uma das tutoras relatou nunca ter escutado pessoas falarem sobre drogas com tanta naturalidade como feito no curso. Ainda vimos uma dificuldade na visualização de práticas de saúde mental fora dos especialismos. Alguns trabalhadores chegaram com títulos de especialização em saúde mental, buscando mostrar seu saber e na medida em que as dinâmicas do curso iam apresentando o modo de cuidado e o modo de produção de saber que buscamos, foi possível deslocar os tutores do lugar comum, do saber instituído e das verdades proferidas. O caso de Francisco do caderno de texto mostrou que nas propostas de cuidado ofertadas ao menino os trabalhadores ainda tiveram muitas dificuldades em se colocar no lugar do outro e vê-lo como sujeito potente. No decorrer da discussão a turma conseguiu rever algumas propostas e incluir alguns desejos e potencialidades do sujeito para propor intervenções. Esse exercício mostrou como as posições foram revisitadas e realocadas na medida em que alguém problematizava a ação traçada no território ficticio. A educação permanente foi uma estratégia utilizada para problematizar as praticas cotidianas, em especial dos trabalhadores da saúde mental. Foi também necessário discutir a intima e as vezes distante relação entre moral e ética, pois alguns tutores não conseguiam entender como é possível produzir cuidado “ofertando” drogas (ao discutirmos estratégias de substituição de drogas). Para isso realizamos uma discussão onde o cuidado moral e o cuidado ético foram colocados em pauta e diferenciados (na medida do possível, ja que muitas vezes o trabalho moral e o ético andam de mãos dadas, enquanto em muitas outras estão a quilometros de distancia um do outro).
15 a 19 de setembro de 2014 Tutores
Cruzeiro do Sul AC
Karina Renata
Relato dos Formadores Devido as especificidades locais esta formação teve um tempo de realização especial. fechamos numa proposta de oficina a ser realizada em quatro dias. Foi necessário ter um olhar especial para as articulações de cuidado em saúde mental na atenção básica, muito mais do que avançar nas discussões da ética da redução de danos. Recebemos tutores de regiões afastadas, do seringal, de cruzeiro do sul, os tutores tinham muitas fragilidades na qualificação do cuidado primário na atenção básica. Foi uma formação mais sintética, realizada em Cruzeiro do Sul, para tutores indicados pela coordenação estadual que ja tivessem uma caminhada na AB e SM. Contamos com candidatos a tutores vindo do seringal e demais regiões afastadas. os quais se deslocaram por dois dias de viagem para chegar até o local da formação. Esta foi uma formação diferenciada, que levou em consideração estas e outras especificidades, discussões presentes no territórios, e possíveis rearranjos para pensar o cuidado em SM dentro de uma realidade mais simples. As avaliações não foram das mais satisfatórias, mas também refletiu o nível e acesso a discussão, neste território. A organização foi muito bem pensada, em relação aacessibilidade, pela equipe estadual, que esteve presente todos os dias. A formação ocorreu na Escola Técnica do Estado e pudemos contar em alguns dias/turnos, com a presença do Orientador de aprendizagem do Acre, Bruno. O saldo final foi produtivo
15 a 18 de setembro de 2014 Tutores
Stefanie Angélica
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
Cuiabá MT
Rafael
Relato dos Formadores
Em Cuiabá, tivemos como pontos altos da formação o retorno, pela turma participante, de como os temas trabalhados puderam não somente ampliar a apropriação em estratégias de cuidado em saúde, trazidas pelos eixos temáticos do projeto, como além disso a troca e as metodologias ativas fizeram surtir um efeito de renovação de compromissos éticos e políticos na atuação profissional de participantes, diante das durezas institucionais dos processos de trabalho nos quais boa parte da turma estava inserida; a saber, em serviços da RAPS, cujas constantes pressões político-partidárias endureciam o processo de trabalho e faziam perder a crença que levava muitas pessoas a identificarem-se com sua profissão em primeiro lugar. Que este efeito tenha sido mencionado ao término da avaliação foi de grande importância para que também a equipe do projeto envolvida na organização retomasse a importância do mesmo e o seu potencial de mudar relações, olhares e saberes nos lugares que pudéssemos chegar. A dinâmica que pudemos notar como divisora de águas na compreensão e interesse pela temática do projeto foi o relato da educadora Stefanie ao comentar sobre o histórico da reforma psiquiátrica, que contemplou não só experiências pessoais mas uma história das diferentes práticas de cuidado, e a diferença que o cuidado em saúde mental em liberdade podia operar nas vidas de pessoas em sofrimento, bem como o papel da desconstrução do estigma sobre loucos e drogados neste processo; dentre outros tópicos que foram sendo lembrados pela turma nas dinâmicas seguintes, ajudando também a dar conta de compreender dinâmicas anteriores. Já o debate sobre o eixo temático da redução de danos foi prejudicado por conta de uma metodologia mais expositiva, escolhida como estratégia para otimização do tempo, o que trouxe prejuízos à construção de uma dialogicidade, e para que dúvidas e eventuais resistências tivessem um lugar na discussão deste tópico em específico. Isso foi melhor trabalhado, portanto, através de outras dinâmicas, como a elaboração dos mapas de territórios, e na tentativa de aproximar a questão das drogas das outras demandas em saúde que já estavam sendo vistas com uma perspectiva mais ampla. Também foi de difícil compreensão a apresentação da plataforma EaD, mas consideramos também que a apropriação de ferramentas interativas se daria principalmente com a sua utilização no cotidiano. Esta segunda formação também contou a presença de uma orientadora de aprendizagem que pode trazer um pouco mais sobre os processos do Projeto Caminhos do Cuidado nos territórios do Estado a partir de experiências de outros tutores já atuantes, o que foi muito significativo, uma vez que aproximou os candidatos a tutores da formação em sala de aula, sob um olhar das mudanças desencadeadas pela formação junto aos ACS e ATENfs. No que diz respeito às práticas destes trabalhadores, pudemos problematizar o cuidado interdisciplinar, integral, e em território, uma vez que muitos destes traziam praticas mais endurecidas quanto as trocas de saberes e uma dificuldade com processos hierárquicos dentro das equipes. Realizamos um sociodrama que possibilitou a vivencia em muitos papéis, buscando ofertar outras possibilidades de cuidado que fizessem sentido a estes trabalhadores e que pudesse ser passada no trabalho em sala de aula.
22 a 25 de setembro de 2014 Tutores
Boa Vista RR
Dênis Pedro
Relato dos Formadores Formação realizada em um formato reduzido, em quatro dias e com apenas um único componente da equipe nacional, juntamente com a orientadora local. O encontro foi realizado na ETSUS, com exceção do módulo EAD, para o qual estabeleceu-se parceria com uma faculdade privada local. Participaram desta etapa cerca de trinta candidatas à tutoria, além de três pessoas ligadas à própria ETSUS. Turma
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
diversificada, formada por pessoas com experiência na Atenção Básica, na Saúde Mental, e também em serviços da rede hospitalar. Não houve nenhuma grande dificuldade. Destaque para a roda de conversa sobre Redução de Danos articulada pela orientadora local, e que contou com a presença do coordenador municipal de Saúde Mental, e também de redutores de danos ligados à uma ONG local. Esta participação foi muito importante para dar mais consistência aos aspectos históricos e teóricos apresentados, e também para aproximar as tutoras da prática cotidiana de Redução de Danos desenvolvida em Boa Vista.
29 de setembro a 03 de outubro de 2014 Tutores
Feira de Santana BA
Angélica Relato dos Formadores
A formação ocorrida na cidade de Feira de Santana foi realizada no período de 05 dias, com encontros manhã e tarde se deu na FTC (Faculdade de Tecnologia e Ciência de Feira de Santana), onde tivemos a formação de tutores das regiões próximas ao Município. A formação contou com a presença de muitos trabalhadores da Atenção Básica, alguns da Saúde Mental e também de gestores de saúde. A formação foi bastante participativa, onde os trabalhadores candidatos a tutores encontravam-se bastante receptivos às discussões a cerca das ferramentas de cuidado, tal como na discussão sobre o uso de drogas. O processo foi de um encontro em que a Educação Permanente esteve transversalizando a formação o tempo todo, uma vez que os trabalhadores compartilharam muitas experiências de seus trabalhos a partir das temáticas propostas pelo projeto, em seus territórios. Na formação tivemos um sociodrama que permitiu aos tutores trazerem suas dificuldades em relação à compreensão sobre o cuidado e o trabalho em rede, o que foi bastante trabalhado com os mesmos, bem como o papel do ACS e ATEnfs, já bastante reconhecido pelos mesmos. Quanto à questão sobre a saúde mental, esta foi amplamente discutida e ‘matriciada’ pelos trabalhadores da saúde mental, oportunizando uma problematização e reconhecimento de ferramentas por parte dos trabalhadores da Atenção Básica. Também tivemos a oportunidade de trabalhar dando mais sentido à ferramenta em EaD, onde buscamos trabalhar com a continuidade dos processos de Educação Permanente, como ocorridos presencialmente. Tivemos a participação de uma orientadora durante toda a formação, também docente da ETSUS/BA, o que foi muito importante para que a mesma pudesse levar esta discussão para dentro da Escola.
29 de setembro a 03 de outubro de 2014 Tutores Itabuna
BA
Aline Luis
Relato dos Formadores
Relato dos Formadores A formação se deu para tutores da região sul do estado da Bahia. Na maioria eram trabalhadores da rede de saúde mental, trabalhadores de CAPS e alguns trabalhadores da rede básica de saúde. Durante a formação a turma acolheu bem o cuidado proposto pelo curso, mostrando que existia uma forte demanda da rede pela discussão em torno da saúde e mental e do uso de drogas. Observamos que a turma trazia muitos relatos da suas realidades de trabalho e até mesmo de vida em relação ao uso de drogas e partir disso foi possível tocar na questão dos diferentes usos possíveis de drogas. Além disso, a turma, de
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
maneira geral, trouxe uma importante discussão sobre a importância de considerarmos os contextos de vida na compreensão das demandas de saúde, bem como na construção de projetos de cuidado. Importante destacar também que os profissionais apontaram as questões inerentes à gestão quanto à consolidação do SUS. As discussões realizadas proporcionaram reflexões que traziam o acolher e o não julgar como eixos fundamentais do cuidado em saúde, especialmente em saúde mental. Uma das candidatas à tutoria mostrou muita dificuldade em acolher a ética de cuidado proposta. Ficou claro que sua posição como gestora municipal estava enraizada e ela teve dificuldade de se descolar desse lugar e pensar um cuidado menos prescritivo e mais inclusivo. Essa foi a única candidata não apta da formação. O restante da turma não teve dificuldade em olhar para sua rede de saúde com lentes críticas e pôde reconhecer as potências e os nós que compunham a rede de saúde. Essa possibilidade foi aberta pelo acolhimento dos formadores e da equipe estadual presentes na formação, além da abertura da própria turma para o método e assunto trabalhados. Vale apontar ainda que essa metodologia favoreceu a experimentação dos processos de reflexão das práticas e de consideração do protagonismo dos sujeitos na cena do cuidado.
19 a 22 de janeiro de 2015
Tutores São Luís
Maranhão
Luis Pilar
Relato dos Formadores A formação se deu pela falta de tutores em certas regiões do estado, que pelo seu tamanho torna dificil os deslocamentos e ida de tutores ao territorios de formação. Se deu inicialmente para um número de 20 tutores, sendo que pela disseminação da informação acabamos com 30 canditatos a tutoria. O grupo era divido entre trabalhadores da saúde mental, atenção e gestores. Esse arranjo permitiu que conseguissemos promover trocas intensas a partir do diferentes olhares que os sujeitos lançavam sobre o cuidado e sobre a educação em saúde. As discussões por vezes eram atravessadas por um discurso mais conservador, da droga como algo ruim por si, sem olhar para as relações possíveis no uso das substancias. Assim que a cena que mais me chamou atenção foi a roda de discussão sobre redução de danos, na qual não foi colocado um conceito, mas construído pelo grupo através de uma dinâmica. Nesse momento o grupo conseguiu discutir tanto a redução de danos e as práticas de cuidado que a envolvem, como a fluidez dos conceitos e dos entendimentos sobre as práticas de RD. Em dois momentos toda turma negou um dos conceitos escritos por um dos tutores o que mostrou que quem escreveu pôde rever seu conceito e se reposicionar. Acredito que o reposicionamento, tanto de olhares, como de conceitos e pré-conceitos deu a tona a formação. Isso ficou claro nos posicionamentos ao final do curso na medida em que o discurso da turma, de modo geral, foi se refazendo e se aproximando da proposta de cuidado integral. Ao final foram selecionados 20 tutores.
23 a 26 de fevereiro de 2015
Manuas AM
Juliana
Formação bastante potente, direcionada a docentes da CETAM, sendo fundamental a discussão sobre metodologia de aula que foi considerada inovadora pelo docentes. Os docentes do curso técnico de enfermagem não mostraram conhecimento sólido sobre o Política Nacional de Atenção Básica, e apresentaram outras fragilidades de discussão como a redução de danos e reforma psiquiátrica, sendo necessário que as discussões fossem densas nessa formação. Com o apoio das duas orientadoras do estado, esta formação se mostrou potente e intensa na transformação do entendimento do modo de cuidar e de ensinar. A participação da equipe estadual que havia mudado a poucos meses foi muito
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
4.7 Sociodrama como estratégia formativa Realizou-se sociodramas especialmente na formação de tutores, mas o consultor Antonio
Lancetti dirigiu outros em eventos de grande a Amostra de Atenção Básica ocorrida em Brasília e
que contou com a participação de mais de 6000 pessoas
(https://www.youtube.com/watch?v=EiygGhE2gDc), conferências o Projeto Caminhos do Cuidado
à Rede Unida em Fortaleza em abril de 2014, a cursos de formação de redutores de Danos como o
acontecido em Maceió.
Os sociodramas se iniciavam com uma apresentação do diretor, um aquecimento
inespecífico, isto é andar, respirar fundo, alongar, etc. Em alguns sociodramas como os dois
acontecidos em Belo Horizonte com aproximadamente 100 pessoas cada um o aquecimento foi
dirigido para Renata Vasconcellos. Ela dirigiu um trabalho de corpo, com respiração, auto
percepção do corpo e exercício de massagens. Feitos em parceria, essa prática, além de manifestar a
facilidade de entrosamento do núcleo pedagógico, permitiu um clima muito mais favorável para o
trabalho grupal. Depois do aquecimento inespecífico, seguia o aquecimento específico que poderia
ser um psicodrama interno, isto é fechar os olhos e pensar numa cena do cotidiano, uma divisão do
grupo entre usuários e ACSs e auxiliares de enfermagem etc. As vezes propôs-se conversas em
pares para trocar as cenas ou situações geradas nesse começo de trabalho coletivo. As vezes
dramatizaram situações de acolhimento, de visitas domiciliares, de discussões de caos nas unidades
de saúde, etc. Outras em que os tutores administravam aula para ACSs auxiliares de enfermagem ou
técnicos de enfermagem. Em todas essas ocasiões desenvolveu-se cenas onde era possível operar as
ferramentas de trabalho propostas pelo Projeto Caminhos do Cuidado e outras situações dramáticas.
Na própria cena foi possível enfrentar obstáculos epistemológicos e dificuldades de transmissão. Na
penúltima parte discutia-se as cenas produzidas de modo a facilitar a desconstrução de preconceitos
e, dessa forma, incorporar o entendimento de conceitos que exigem uma plasticidade psíquica que,
facilitou o processo pedagógico e a própria mobilização que se expandiu ao longo do Brasil. No
final dos sociodramas, compartilhou-se a experiência vivida e na maioria absolutas dos casos os
participantes expressaram a intensidade vivida e a facilitação da compreensão dos conceitos
propostos pelo núcleo pedagógico dos Caminhos do Cuidado. Eles falaram que o exercício grupal
lhes facilitava a compreensão dos conceitos fundamentais e a posterior transmissão dos mesmos.
Num sociodrama acontecido em São Paulo se desenvolveu uma cena na qual um grupo de tutores
dava aula para ACSs Técnicos de enfermagem e Auxiliares de enfermagem. Num costado da cena
havia um grupo que representava o Ministério da Saúde e os Educadores de Caminhos do Cuidado.
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
Uma protagonista estava explicando dramaticamente conceitos de Redução de Danos. A mulher fez
um ato falho e disse Redução de Donos. Marco Aurélio Jorge, que acompanhava a dramatização fez
a intepretação analítica e a tutora dramática fez o insight e disse; “eu achava que o Projeto era do
Governo ou da Fiocruz, agora sinto que o Projeto é meu”. No Shering final (compartilhamento) ela
disse que saiu de lá diferente da maneira como havia chegado. Outras pessoas também disseram que
o Projeto tinha mudado as maneiras de ver o mundo e de entender o trabalho de atenção básica.
4.8 Certificação - componente presencial
A certificação do momento presencial dos cursos de formação de tutores e orientadores foi emitida, por meio do site, para todos os presentes, na modalidade participantes, mesmo os que não foram aprovados na seleção foram certificados, sendo exigido um mínimo de 75% de frequencia.
5 COMUNIDADE DE PRÁTICAS
Uma das estratégias fundamentais no processo de formação na modalidade Educação à
Distância (EAD) dos tutores são as Comunidades de Prática (CdPs), que proporcionaram espaço
de encontro e produção compartilhada de conhecimento entre os diversos atores do projeto,
cumprindo a função de educação permanente. Esta estratégia, do uso da tecnologia virtual se
amplia quando utilizada na perspectiva da territorialização do Projeto, tanto no sentido do
monitoramento e avaliação, bem como para a gestão locorregional, descentralizada.
A Educação Permanente é balizada por um Política Nacional (BRASIL, 2009), e visa
complementar os desafios colocados pela prática da capacitação, ou da educação continuada,
principalmente dando ênfase à dimensão pedagógica da produção de conhecimento no encontro
entre pares, bem como na experiência com o território vivido. Ela remete à concepção do curso e
das metodologias participativas no Projeto Caminhos do Cuidado, que prevê atividades de
dispersão nos territórios dos ACS e ATEnfs, posteriormente divididos nas turmas, bem como a
projeção, em grupos, de potenciais parcerias no território para a promoção e garantia das
estratégias de vínculo, acolhimento e escuta de pessoas que usam drogas e/ou são portadores de
sofrimento mental.
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
Neste contexto mais amplo que o projeto propõe, o lugar da CdP é também o de uma troca
de experiências entre pares, porém com uma temporalidade específica, que não é a do encontro
presencial, mas o da interação virtual por meio de postagens de estudos de casos que surgiram
nas turmas, dentre outras questões, através de textos, links, vídeos, artigos e dúvidas diversas
surgidas entre tutores(as).
No Projeto Caminhos do Cuidado, a CdP constitui um espaço virtual por meio do qual se
pretendeu a construção de reflexão, compartilhamento e aprofundamento de questões e temas
presentes em sala de aula. Deste modo, ela deve acompanhar o processo presencial no que
tange ao desenvolvimento da proposta pedagógica do curso e do tema em pauta.
Antes de relatar o que pudemos aprender ao longo do projeto sobre a CdP como
ferramenta de acompanhamento das turmas do Caminhos do Cuidado, passemos a descrever,
adiante, quem são as figuras que habitaram este espaço virtual.
● Participantes:
Moderadores(as) - o papel da moderação é facilitar a construção coletiva de conhecimento dos
grupos de orientadores(as) e tutores(as), trazendo elementos para o debate, problematizando as
questões e dúvidas trazidas pelos participantes, entre outras.
Participantes - tem o compromisso de trazer questões das suas vivências por meio dos relatos
dos encontros com os ACS e ATEnfs, interagindo/problematizando as vivências e intervenções
com demais colegas;
Observadores(as) - têm o papel de monitoramento e acompanhamento do projeto. Esse status
permite a visualização das interações que ocorre na CdP e o acompanhamento das atividades
sem a permissão de interlocuções diretas. Podem observar uma CdP específica ou um grupo de
CdPs.
Quadro: Membros Comunidade de Práticas
Status Membros
Moderador Orientador, Educador e Apoiador Pedagógico
Participante Tutores
Observador Técnicos do Ministério da Saúde, Coordenação Macrorregional, Coordenação
Estadual e ETSUS/ESP
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
Além das CdPs orientador-tutor, foram criadas subcomunidades onde Orientadores são
organizados por estado ou mais de um estado (conforme seu quantitativo), para interagirem com
o Núcleo Pedagógico nacional (educadores, apoiadores e coordenação), assim como com
ETSUS/ESP, coordenação estadual, coordenação macrorregional e técnicos de referência do MS.
Estas subcomunidades também são espaços de educação permanente dos seus participantes.
5.1. O EAD na educação permanente em saúde (tutor e
orientador- comunidade de tutoria)
O projeto estruturou dois espaços distintos de Educação à Distância, que se propõem a
cumprir a necessidade da educação permanente e do próprio acompanhamento das atividades
relacionadas às oficinas de formação dos ACSs e ATENFs: a comunidades de tutores, composta por
um orientador (moderador), um grupo de tutores (modalidade participantes), apoio pedagógico e
educador (como observadores), e a subcomunidade de orientadores, integrada por um grupo de
orientadores (enquanto participantes), educador e apoio pedagógico (ambos na qualidade de
moderadores). Além destes, as distintas plataformas são também integradas por outros na
modalidade da observação, segundo suas inserções diferenciadas no projeto (macrorregional,
membros das equipes estaduais e das escolas técnicas do SUS e Saúde Pública).
Uma das principais potencialidades da Comunidade de Práticas é a de disponibilizar um
espaço rico de trocas entre seus participantes. Em cada comunidade, composta pelos tutores do
curso e por um orientador, foi possível que fossem trocadas diversas experiências, além da
postagem de fotos, relatórios, casos e outras produções dos ACSs e dos ATenfs. A cada postagem
foi possível que qualquer participante da comunidade interagisse e fizesse comentários acerca
daquela situação relatada. Isso possibilitou que os tutores conhecessem diversas turmas formadas
em sua região, compartilhando anseios e tirando dúvidas por suas turmas. Além disso, foi um
espaço de discussões conceituais acerca dos temas presentes na formação como redução de danos,
projeto terapêutico singular, rede de atenção psicossocial, atenção básica e etc.
Nos espaços das subcomunidades, composta pelo conjunto de orientadores de cada região, o
apoio pedagógico e educadores, foi possível fazer a interlocução do que era discutido nas
comunidades de tutoria, além de trocar situações presentes e dúvidas que emergiram no decorrer do
processo de formação presencial e em EAD das turmas.
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
Apesar da interlocução possibilitada pela plataforma entre moderadores e participantes, e
também entre estes últimos, as comunidades de práticas, não raro, enfrentam seus desafios de
promover e de manter aquecido o exercício da comunicação através deste espaço virtual que, em
parte, tem como membros pessoas que não se conhecem pessoalmente e que, ainda assim, precisam
estabelecer pactos de trabalho mediados também à distância, ainda que sob a contundente chancela
de um Projeto desta magnitude nacional e institucional. Sendo assim, uma das dificuldades
encontradas diz respeito à frouxidão da rede de relação com que alguns membros - sejam estes
moderadores ou participantes-, estabeleceram com as suas comunidades de práticas, refletindo-se
em baixo e/ou inadequado uso desta ferramenta para os fins a ela destinados. Neste sentido, a
função do apoio pedagógico e do educador foi fundamental para provocar um aumento e para
qualificar as atividades nas comunidades e nas subcomunidades por meio de sua abordagem direta
com os orientadores: o exercício da educação permanente do orientador. De fato, com as
intervenções realizadas ao longo do tempo nas subcomunidades e, ainda, colhendo os efeitos
positivos dos encontros presenciais que ocorreram entre núcleo pedagógico e orientadores, foi
possível observar um incremento de participação em algumas comunidades, ratificando sobretudo o
papel estratégico do orientador enquanto provocador para as discussões temáticas e produções dos
relatos, bem como acompanhando para que as dúvidas, sejam de conteúdo, metodológicas e/ou de
natureza infralogística, pudessem ser sempre atendidas em suas demandas.
Outro ponto importante que diz respeito às produções nas CDPs aponta para as atividades de
escrita de relatos por eixos temáticos e relatos de casos discutidos em sala de aula com os ACSs e
ATENFs e sobre a sala de aula, estes como parte integrante e necessária à obtenção da certificação
no módulo II, como será explicado mais adiante. Aqui, se observa, com relação à qualidade do
produto, duas dificuldades que obstacularizam as construções narrativas: de um lado, as limitações
pessoais que um grande número de tutores apresentaram em relação à atividade da escrita. Muitos
deles desenvolvem boas conduções das oficinas formativas com os alunos, sustentaram discussões
importantes para os propósitos do Projeto e apresentaram com destreza seus manejos em sala de
aula. No entanto, parte deles têm dificuldade com a representação escrita, cuja qualidade muitas
vezes se mostra aquém da própria experiência no curso. Neste caso, o auxílio do orientador é capaz
de localizar as fragilidades da narrativa e buscar qualificar o que foi relatado, considerando os
limites que suas intervenções encontraram com cada um. De outro, encontramos as dificuldades na
compreensão quanto à abordagem de cada um dos três eixos temáticos dos relatos e na construção
dos relatos de caso. Para superar esta barreira, o núcleo pedagógico, através do apoio pedagógico e
do educador, exerceu importante função de orientar na construção destes relatos avaliando, junto
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
aos orientadores, o conteúdo de alguns trabalhos específicos. Por fim, outro fator que incide sobre
as produções em EAD guarda relação com a contratualidade dos tutores quanto a esta tarefa, uma
vez que ela, ainda que presente entre os compromissos assumidos frente ao projeto CC no TR, não
se configurou como um condição para o recebimento da bolsa de tutor, que estava vinculada à
execução das turmas de ACS/ATEnf.
5.2 Desenvolvimento e utilização da plataforma de
Comunidades de Práticas do Caminhos do Cuidado
5.2.1 Requisitos de Interação, Colaboração e Aprendizagem
A plataforma de comunidades de práticas utilizada no projeto Caminhos do Cuidado propicia um espaço para a troca de experiências entre pares, prioritariamente de forma assíncrona (com cada participante interagindo na plataforma no seu tempo), usando postagens de estudos de casos, comentários, textos, links, vídeos, artigos e dúvidas orientadas em Fóruns. A interação propicia o relacionamento entre tipos variados de conteúdos organizados em espaços que facilitam o acesso e a recuperação das informações. Além disso, todas as postagens devem ser passíveis de receber comentários, propiciando a construção coletiva de conhecimentos através da interlocução e avaliação entre pares.
O processo de avaliação individual dos Tutores prevê a realização e acompanhamento de atividades específicas que foram centralizadas no espaço de Portfólio (produção individual) para facilidade de acesso de Tutores, dos Orientadores, bem como dos demais atores que participaram da avaliação. Outras postagens gerais da comunidade estão localizadas em um espaço denominado Acervo (produção coletiva).
As atividades de avaliação e acompanhamento de Tutores e Orientadores foram conduzidos em um espaço específico na comunidade, através do preenchimento de formulários definidos e desenvolvidos para esta finalidade.
Para as demais atividades de aprendizagem colaborativa e interação social, outras ferramentas foram integradas, tais como Fórum, Chat, notificações por email, calendário e acervo de conteúdos.
5.2.2 Arquitetura da Informação O portal de Comunidades de Práticas para o projeto Caminhos do Cuidado foi especialmente organizado em função das necessidades e requisitos apresentados na seção anterior, estruturado da seguinte forma, como ilustrado na Figura 1:
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
1. Página Inicial: página de apresentação exibindo as definições do Projeto Caminhos do Cuidado;
2. Novidades: esta seção exibe uma linha do tempo de todos os conteúdos atualizados em todas as comunidades que o usuário participa, fornecendo uma visão global das atividades que estão acontecendo na área de comunidades do portal. Com isto, o usuário tem sempre uma noção de quais atividades recentes ele pode monitorar para se manter atualizado;
3. Comunidades do Caminhos do Cuidado: seção destinada a conter as comunidades dos tutores, orientadores e apoio pedagógico do projeto. Este espaço é hierarquicamente organizado para listar todas as comunidades por Estado, comunidades para orientadores com respectivas subcomunidades por região de orientação, além de comunidades de gestão para o apoio pedagógico;
4. Ajuda: este espaço está reservado para informações de ajuda ao usuário e agrupa quatro subseções de ajuda:
a. Novidades nas comunidades apresenta todas as novas funcionalidade e atualizações com suas descrições e explicações de uso;
b. Orientações gerais para correção de problemas e encaminhamentos de defeitos específicos que ocorrem do lado do usuário;
c. Tutorial Online que apresenta o tutorial para o usuário da plataforma, em uma forma navegável com menu apresentando os principais pontos de funcionalidade sobre o uso e funcionamento da plataforma;
d. Perguntas Frequentes agrupa as principais dúvidas do usuário, sistematizadas pela equipe do suporte aos usuários;
5. Gestão: esta seção agrupa funcionalidades de gestão de acesso e comunicação dos membros da plataforma. A partir desta seção é possível, por exemplo, enviar mensagens para todos os usuários cadastrados na plataforma;
6. Fale conosco: seção com um link para o canal de comunicação do Projeto Caminhos do Cuidado para esclarecimento de dúvidas gerais e funciona como um elo entre o Projeto e o cidadão.
Figura 1 0
Figura 5xx - Arquitetura da informação para o espaço de comunidade de prática do Caminhos do Cuidado
5.2.3 Plataforma de Comunidades de Práticas O produto CommunitiesofPracticePlataform (CoPPla) oferece uma plataforma genérica para construção de comunidades de prática virtuais, disponibilizando uma série de ferramentas de comunicação e colaboração integradas em um ambiente voltado para o compartilhamento de conhecimento, onde a criação de conteúdo e a manipulação de objetos é flexível e intuitiva. A plataforma oferece recursos para o gerenciamento da comunidade, possibilitando a criação, o armazenamento e o acesso a seus conteúdos e participantes. O conjunto de ferramentas de gestão, comunicação e publicação são configuráveis e envolvem a manipulação de textos, imagens, páginas web, links, eventos, fóruns de discussão e espaços para experiências de aprendizagem. Os usuários tem a habilidade de criar e gerenciar suas comunidades como um espaço para compartilhar conhecimento envolvendo atividades de aprendizagem.
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
O produto CoPPla disponibiliza espaços para a criação de conteúdo e interação entre os participantes através de:
� Timeline: funcionalidade de visualização prática e flexível que lista todas as atividades na comunidade permitindo um rápido acesso ao seu autor e conteúdo, além de permitir inserção rápida de comentários;
� Calendário: onde eventos podem ser criados por participantes e moderadores; � Acervo: armazena o conteúdo geral da comunidade, podem ser inseridos arquivos, imagens,
links, páginas e pastas; � Portfólio : u tilizado para publicação de produções individuais, disponibiliza a criação de
arquivos, imagens e páginas; � Tarefas: utilizado para entrega de trabalhos; � Fórum de discussão: nas comunidades discussões podem surgir em comentários dos itens
publicados ou através de um ambiente de conversas; � Notificações: utilizam-se duas formas de notificação nas comunidades. A primeira delas é
um mecanismo que permite aos moderadores o envio direto de mensagens aos participantes e a segunda é através de um resumo diário (Digest) das atividades da comunidade enviado por e-mail;
� Perfil dos usuários: exibe informações referentes ao usuário bem como seu conteúdo compartilhado;
� Lista de participantes: exibe os participantes e moderadores da comunidade, sendo possível a pesquisa e o acesso ao perfil de cada um;
� Nível de atividade: ferramenta desenvolvida para verificar o nível de interação nas comunidades, tanto coletivo quanto individual;
� Pesquisa: armazena todo o conteúdo produzido pelos participantes, pode-se pesquisar por conteúdos específicos utilizando filtros como nome, data de criação, quem publicou, temas relacionados, entre outros.
� Convite: ferramenta para envio de convites por e-mail, onde é possível anexar mensagens personalizadas.
� Perfil da comunidade: através da página inicial de uma comunidade é possível encontrar seu nome, imagem, descrição, lista de participantes e histórico.
Um tutorial navegável completo de utilização está disponível no portal de comunidades do Caminhos do Cuidado e pode ser acessado através do link:
� http://comunidades.otics.org/ajuda/tutorial/o-que-e-a-plataforma-para-comunidades-de-pratica-coppla.
5.2.4 Funcionalidades desenvolvidas especificamente para o Caminhos do Cuidado
Durante o andamento do projeto, foram realizadas diversas alterações na plataforma, buscando atender a novos requisitos e/ou dar melhor suporte a determinadas atividades. Nas primeiras oficinas realizadas foi feito um estudo de usabilidade com os participantes, o que deu subsídios para compreender melhor como eles estavam usando a plataforma e quais as dificuldades encontradas. As atualizações realizadas na plataforma procuraram contemplar melhorias que cobrissem estas dificuldades. Entre as novas funcionalidades desenvolvidas se destacam:
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
� Gestão das Notificações: foi desenvolvida uma funcionalidade para permitir a gestão do recebimento das notificações em um conjunto grande de comunidades. Isto era especialmente crítico para os Observadores e Moderadores que acompanhavam um grande número de comunidades;
� Sala de Chat: foi desenvolvida uma ferramenta de mensagem instantânea (Chat), com uma sala de bate-papo disponível em cada comunidade/subcomunidade;
� Detalhamento da ferramenta de Atividades: foi realizado um maior detalhamento das atividades monitoradas através da ferramenta Atividades. Além disto foi criada uma nova camada, permitindo visualizar o resumo das atividades do conjunto das comunidades (disponível para Observadores e Moderadores Master);
� CoPAnalytics: foi desenvolvida uma ferramenta para monitorar o acesso ao ambiente por parte dos participantes. A ferramenta Atividades contemplava o acompanhamento das ações realizadas pelos participantes na plataforma, mas não a sua navegação. Com esta ferramenta se tornou possível acompanhar o número de vezes que cada participante acessou a plataforma em determinado período, bem como as páginas visitadas. Embora esta ferramenta tenha sido desenvolvida e colocada em operação durante o andamento do projeto, não disponibilizando acesso a estas informações desde o seu início, ela foi útil para acompanhar a participação de tutores e orientadores nas fases subsequentes;
� Formulário de acompanhamento dos Tutores: foi criado um formulário para que os orientadores fizessem o registro das atividades desenvolvidas pelos seus respectivos tutores, alinhado com o modelo de avaliação utilizado no projeto;
� Novos papéis: foram criados os papéis de Observador, Observador Master e Moderador Master na plataforma, permitindo que outros atores do processo tivessem acesso às comunidade, seja como observadores, seja como gestores, tanto de comunidades individuais, como do conjunto das comunidades;
� Post Simplificado: foi desenvolvido um novo tipo de postagem (inserção de conteúdos), para posts simples (apenas texto), onde é possível inserir uma mensagem diretamente na timeline da comunidade. Isto pode ser usado para enviar recados, ou começar uma conversa menos estruturada (ou mais informal) com o grupo. Essa foi uma demanda dos participantes, quando buscavam uma forma mais simples e direta de enviar uma mensagem para sua comunidade;
� Atualização do Fórum de Discussão: a ferramenta Fórum foi simplificada, ao invés de salas de fórum com tópicos dentro delas (ou seja, dois níveis de organização das conversas), passou a ter um Fórum em cada comunidade, onde é possível realizar diversas conversas. Também foi feito um ajuste nas permissões, possibilitando que todos os participantes da comunidade pudessem criar estas conversas (isso não fica mais restrito aos moderadores).
5.2.5 Problemas encontrados no uso da plataforma
Durante o andamento do projeto foram encontrados diversos problemas que tiveram impacto no acesso e/ou uso da plataforma de comunidades de práticas. Embora eles tenham sido tratados com a maior urgência possível, cabe registrar quais foram e os devidos encaminhamentos:
� Não recebimento das notificações com as novidades das comunidades: com o crescimento do número de participantes nas comunidades, e consequente aumento no número de emails enviados pela plataforma (em especial com as novidades diárias), foi necessário mudar a forma como era feito o envio destas notificações. Deixou-se de utilizar um email do Gmail (que possui uma quota diária de envios) para utilizar um servidor de email próprio (sem limites). Isso teve como efeito colateral a dificuldade na entrega das notificações para
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
diversos provedores, em especial Yahoo e Hotmail. Foram tomadas diversas medidas para reduzir o problema: foi feito contato com os administradores destes provedores para desbloqueio dos emails; foi dada orientação aos participantes de como informar nos respectivos provedores que o endereço de email que estava sendo utilizado não era indesejado.
� Problema no uso do Chat em alguns locais: a ferramenta desenvolvida para o Chat utiliza portas diferentes para a comunicação com o servidor, o que faz com que em contextos onde as redes locais tem restrições (nos respectivos firewalls), pode acontecer da comunicação não acontecer. Nestes casos cabe fazer contato com o administrador da rede local onde o problema está acontecendo e verificar se é possível liberar o acesso nas portas utilizadas para o Chat.
� Efeitos colaterais nas atualizações da plataforma: foram realizadas muitas atualizações na plataforma, introduzindo diversas novas funcionalidades, durante o andamento do projeto. Em alguns momentos foram identificadas incompatibilidades e/ou efeitos colaterais (na performance por exemplo), que precisaram ser sanados. A criação dos novos papéis mudou significativamente os fluxos nas comunidades, e foi onde pode ser observado o maior número destes problemas.
� Queixas com relação à performance da plataforma: em diversos momentos houveram queixas dos participantes com relação à performance da plataforma. Em alguns casos (como citado acima, no que diz respeito às atualizações), isso era procedente e foram tomadas as devidas medidas. No entanto, na maioria dos casos o problema estava na conexão com a internet, que não oferecia uma performance adequada para o acesso à plataforma. Cabe aqui um esclarecimento, como cada página dentro das comunidades é criada especificamente para o participante que está fazendo o acesso/visualização, não é possível usar o mecanismo de cache (ou pelo menos não no mesmo nível), normalmente utilizado por sites onde o conteúdo é estático. Isso com que o volume de dados transmitidos desde o servidor até o navegador do participante seja um pouco superior. Para identificar estas situações, os participantes foram orientados a utilizar um programa de teste de performance da conexão (SIMET - simet.nic.br) antes de reportar um problema de lentidão.
5.3 Oficinas de uso das Comunidades de Práticas Como o trabalho com comunidades de prática apresenta diferenças em relação aos processos de ensinar e aprender quando comparado com Ambientes de Aprendizagem tradicionais, mostrou-se necessário e indispensável preparar os participantes para o uso das Comunidades de Práticas. Assim, foram organizadas e desenvolvidas oficinas presenciais, por região, para capacitação dos integrantes do projeto. As oficinas foram organizadas contemplando dois momentos principais:
1) Oficina Pedagógica/Metodológica: Nesta ocorreu a apresentação e discussão dos referenciais teóricos que orientam as formas
como as interações devem ocorrer em um ambiente virtual desta natureza. Este momento caracterizou-se pela apresentação dos conceitos estruturantes: aprendizagem social e colaborativa, papel dos atores de comunidades de prática, ensino e aprendizagem em ambientes virtuais, potencias e limitações do uso de comunidades de prática; formas de mobilizar para a construção de conhecimentos em comunidades de prática; origem, tipos e características das comunidades de prática, entre outros.
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
2) Oficina Técnica: Oficina prática sobre o uso da ferramenta tecnológica, com demonstração e treino de cada participante.
A oficina Pedagógica/Metodológica se destinou aos Orientadores, enquanto as oficinas Técnicas foram dirigidas a todos os participantes do projeto.
5.4 Especificação do processo de avaliação Foram realizadas reuniões com o núcleo condutor para definição do processo de avaliação (variáveis que seriam levadas em conta, aspectos definidores do processo) e formas de realizá-la na plataforma. A partir do resultado destas reuniões, foram feitos os ajustes necessários na Plataforma e identificados aspectos a serem levados em conta para definir se as habilidades e competências propostas pelo processo estavam sendo desenvolvidas.
A avaliação do trabalho realizado foi de processo e de produto. A avaliação de processo ocorreu pela observação da qualidade e frequência das interações, bem como da disponibilidade de colaborar com a aprendizagem dos colegas nas comunidades. A avaliação de produto se deu pela observação de aspectos mensuráveis, tais como o número de interações, a postagem de materiais, a execução das tarefas e atividades propostas.
5.5 Acompanhamento técnico/pedagógico Foi construída uma estrutura de atendimento para suporte aos usuários do Projeto, consistindo de um atendimento on-line via chat e e-mail, na própria plataforma para os usuários tirarem as dúvidas diretamente. Esta estrutura de suporte ficou disponível das 8h30 da manhã até às 21h30 de segunda a sexta e, nos sábados, até as 17h30 - com intervalo das 12h30 às 13h30. Durante o período off-line, os usuários ainda poderiam enviar suas dúvidas pela mesma ferramenta de acesso do Chat que encaminha as mensagens via e-mail para disponibilizar aos operadores no próximo turno de atendimento.
Desde que o atendimento através do chat foi ativado (11/10/2013), foram realizados 1157 atendimentos, correspondendo a um total de 624.145 minutos de atendimentos on-line.
5.6 Participações
5.6.1 Volume total de postagens
A tabela abaixo mostra um resumo das atividades (postagens) na plataforma de Comunidades de Práticas. Não estão sendo contabilizadas aqui as comunidades usadas nas formações (1 a 4 comunidades por formação, dependendo do número de participantes).
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
Comunidades ativas no final do projeto
155
Participantes 3.315
Arquivos 22.119
Imagens 15.819
Páginas 3.609
Eventos 161
Links 753
Comentários 45.073
Fórum 8.999
Formulários 7.096
Total de postagens 103.638
5.6.2 Volume total de acessos
Os dados apresentados a seguir correspondem às estatísticas de acesso à plataforma de Comunidades de Práticas do Caminhos do Cuidado. Os dados foram obtidos com o uso do Google Analytics, para o período de 01 de janeiro de 2014 a 30 de agosto de 2015:
O número total de sessões no período foi de 135.310. Para um total de 20 meses, isso corresponde a uma média mensal de 6.765 sessões por mês, ou 225 sessões por dia. O gráfico abaixo mostra a média de sessões por dia ao longo do período. Como se pode observar, durante o ano de 2014 (período mais intensivo das formações) a média de sessões foi sensivelmente superior que no ano de 2015. 0
O número total de visualizações de páginas no período foi de 2.054.828. Para um total de 20 meses, isso corresponde a uma média mensal de 102.741 páginas visualizadas por mês, ou 3.424 páginas visualizadas por dia. O gráfico abaixo mostra a média de visualizações de páginas por dia. Como pode-se observar durante o ano de 2014 (período mais intensivo das formações) a o número de páginas visualizadas por dia foi sensivelmente superior que no ano de 2015.
0
O tempo médio que os participantes permaneceram acessando a plataforma em cada acesso (duração média da sessão) foi de 16min e 24 seg. Este número se manteve consideravelmente estável ao longo do período todo.
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
O número médio de páginas visitadas pelos participantes em cada acesso à plataforma
(média de páginas acessadas por sessão) foi de 15,19. Este número se manteve consideravelmente estável ao longo do período todo.
5.6.3 Volume total de atividade por comunidade
A tabela abaixo mostra os dados referentes às atividades (postagens) na plataforma de Comunidades de Práticas, discriminado por comunidade. São apresentados os dados das principais comunidades, em especial as usadas para acompanhamento dos Tutores e Orientadores. Não estão sendo contabilizadas aqui as comunidades usadas nas formações (01 a 04 comunidades por formação, dependendo do número de participantes).
Comunidade Data de criação
Partici-pantes
Arquivos Imagens Páginas Eventos Links Comentários Fóruns Formulários Total de postagens
Orientadores CO (GO-MT-DF-MS)
12/04/2014 23 28 0 3 2 5 273 24 25 360
Orientadores Do Programa Caminhos Do Cuidado
08/09/2013 256 154 56 51 10 17 1175 353 17 1833
Orientadores N (PA-AM-RO)
03/04/2014 17 42 43 39 2 5 358 177 16 682
Orientadores N (TO-AC-RR-RO)
21/05/2014 15 15 9 26 0 3 175 44 6 278
Orientadores NE (AL-SE-MA)
10/03/2014 24 27 3 6 1 8 273 80 22 420
Orientadores NE (BA-PE)
12/04/2014 24 39 2 35 0 12 541 207 48 884
Orientadores NE (CE-PI)
12/04/2014 16 16 1 8 0 1 295 84 17 422
Orientadores NE (RN-PB)
19/02/2014 18 27 1 9 1 6 263 130 14 451
Orientadores SE (MG)
12/04/2014 26 212 6 4 5 13 2045 878 30 3193
Orientadores SE (RJ-ES)
11/02/2014 25 48 3 19 9 7 475 213 30 804
Orientadores SE (SP)
04/03/2014 26 22 1 29 0 1 500 101 25 679
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
Orientadores Sul (RS-PR-SC)
10/03/2014 20 33 0 17 0 2 517 93 95 757
Tutores AC(Grupo Bruno)
29/10/2013 32 236 81 34 0 11 253 43 54 712
Tutores AL (Grupo 2 Maria Luiza)
11/01/2014 34 261 29 90 0 0 401 110 33 924
Tutores AL (Grupo Maria Luiza)
11/01/2014 28 203 73 94 1 8 593 117 71 1160
Tutores AM (Grupo 2 Patrícia Melo)
02/04/2014 38 61 26 47 2 4 132 34 29 335
Tutores AM (Grupo Maria De Lourdes Siqueira)
02/04/2014 34 76 69 25 2 2 80 11 16 281
Tutores AP (Grupo Juliana Naomi)
02/04/2014 16 167 53 13 0 0 264 12 32 541
Tutores BA (Grupo 2 Ester Gelman)
10/02/2014 24 89 73 25 2 1 104 1 46 341
Tutores BA (Grupo 2 Glaucia Ventura Esteves)
10/02/2014 16 201 71 18 0 6 186 0 62 544
Tutores BA (Grupo 2 Renata Cunha)
10/02/2014 20 454 37 10 1 1 240 28 53 824
Tutores BA (Grupo 3 Ester Gelman)
10/02/2014 15 271 123 16 0 11 210 54 104 789
Tutores BA (Grupo Ester Gelman)
10/02/2014 19 181 156 7 0 2 445 20 32 843
Tutores BA (Grupo Glaucia Ventura Esteves)
10/02/2014 24 124 118 3 0 1 331 30 34 641
Tutores BA (Grupo Patrícia Carvalho)
10/02/2014 30 534 359 37 0 1 343 58 77 1409
Tutores BA (Grupo Renata Cunha)
10/02/2014 21 110 109 51 1 7 193 36 27 534
Tutores BA (Grupo Victor Ribeiro)
10/02/2014 27 39 47 5 0 3 142 160 29 425
Tutores CE (Grupo 07/04/2014 19 83 68 1 3 0 19 5 0 179
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
2 Alexandre Nogueira)
Tutores CE (Grupo 2 Raylene Da Silva)
08/04/2014 20 410 328 4 1 8 266 6 74 1098
Tutores CE (Grupo AdryanaTrummer)
08/04/2014 14 33 14 1 0 1 76 0 24 149
Tutores CE (Grupo Alexandre Nogueira)
07/04/2014 18 181 33 7 0 10 202 25 48 507
Tutores CE (Grupo Carolina Castro)
08/04/2014 19 326 143 6 0 15 256 91 98 935
Tutores CE (Grupo Milena Bastos)
08/04/2014 16 270 188 15 0 49 573 2 68 1165
Tutores CE (Grupo Neusa Goya)
08/04/2014 18 373 52 15 6 0 409 3 78 936
Tutores CE (Grupo Raylene Da Silva)
08/04/2014 14 171 190 12 0 4 149 13 55 594
Tutores CE (Grupo Regina Cavalcante)
08/04/2014 14 180 138 1 0 3 153 0 16 491
Tutores DF (Grupo Rossana)
11/01/2014 17 100 71 1 3 2 191 15 26 409
Tutores ES (Grupo Alexandra)
25/03/2014 4 117 217 9 1 4 507 27 102 984
Tutores ES (Grupo Andrea)
25/03/2014 4 252 66 31 3 7 641 0 49 1049
Tutores ES (Grupo Cláudia)
25/03/2014 4 126 354 3 2 16 149 52 44 747
Tutores ES (Grupo Élem)
25/03/2014 4 155 26 19 2 6 241 2 77 532
Tutores ES (Grupo Necia)
25/03/2014 4 157 116 15 0 3 195 7 62 555
Tutores ES (Grupo Paula)
25/03/2014 4 185 22 13 0 6 105 83 36 450
Tutores GO (Grupo Gleydson)
06/02/2014 23 453 380 30 0 2 81 3 126 1075
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
Tutores GO (Grupo Maria Salette)
18/12/2013 18 83 57 8 0 0 155 41 35 379
Tutores GO (Grupo Yanne Teles)
18/12/2013 24 230 89 14 6 1 153 42 62 597
Tutores MA (Grupo Maria Milhomem – Janete Valois)
12/04/2014 20 74 57 6 0 6 222 23 36 424
Tutores MA (Grupo Patrícia Melo – Izabel Santos Da Silva)
12/04/2014 23 82 182 30 0 2 115 43 50 504
Tutores MA (Grupo José Adailton Roland Diniz )
12/04/2014 18 63 102 3 3 0 39 42 38 290
Tutores MA (Grupo Lia Cardoso Aguiar)
06/10/2014 22 93 77 3 0 0 57 11 38 279
Tutores MA (Grupo Luciana Albuquerque De Oliveira)
06/10/2014 26 71 74 2 0 0 97 26 28 298
Tutores MA (Grupo Maria De Fátima)
12/04/2014 19 125 305 4 0 7 69 13 51 574
Tutores MA (Grupo Maria Dos Remédios Da Silva Lira)
12/04/2014 27 120 86 7 0 1 74 0 33 321
Tutores MG (Grupo 2 Dinalva)
25/03/2014 19 292 315 83 0 2 661 18 97 1468
Tutores MG (Grupo 2 Eveline)
25/03/2014 18 286 115 17 0 2 494 205 142 1261
Tutores MG (Grupo 2 Jania)
25/03/2014 24 180 126 40 0 6 660 56 58 1126
Tutores MG (Grupo 2 Luiza Portella)
25/03/2014 16 189 37 27 0 0 165 16 45 479
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
Tutores MG (Grupo 2 Verônica)
25/03/2014 15 158 41 91 0 2 407 73 54 826
Tutores MG (Grupo 2 Viviane)
25/03/2014 18 43 16 18 0 1 127 0 12 217
Tutores MG (Grupo 2 Waleska)
25/03/2014 18 75 34 15 0 2 275 26 36 463
Tutores MG (Grupo 2 Wânier)
25/03/2014 15 221 98 45 0 1 360 8 55 788
Tutores MG (Grupo 3 Wânier)
25/03/2014 18 126 100 28 0 12 482 138 67 953
Tutores MG (Grupo Dinalva)
25/03/2014 20 220 334 11 0 2 926 124 103 1720
Tutores MG (Grupo Eveline)
25/03/2014 23 200 169 62 1 19 948 381 77 1857
Tutores MG (Grupo Jania)
25/03/2014 17 245 67 24 3 16 1092 159 57 1663
Tutores MG (Grupo Luiza Portella)
25/03/2014 20 279 206 44 0 13 520 65 92 1219
Tutores MG (Grupo Verônica)
25/03/2014 24 362 222 148 9 1 974 43 93 1852
Tutores MG (Grupo Viviane)
25/03/2014 20 133 47 5 0 3 559 62 51 860
Tutores MG (Grupo Waleska)
25/03/2014 16 142 211 16 0 19 698 320 62 1468
Tutores MG (Grupo Wanier)
25/03/2014 21 204 144 46 0 2 771 46 87 1300
Tutores MS (Grupo Ângela Gimenes)
18/12/2013 25 327 126 5 3 1 174 56 59 751
Tutores MS (Grupo Cassia Reis)
18/12/2013 21 58 21 3 2 0 24 12 18 138
Tutores MS (Grupo Erika Ferri)
07/04/2014 27 76 82 16 0 0 76 88 71 409
Tutores MS 07/04/2014 21 70 65 4 0 0 83 7 4 233
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
(Luzimeire Dos Santos Teixeira)
Tutores MT (Grupo Maria Milhomem)
22/04/2014 24 164 134 8 1 8 192 56 80 643
Tutores MT (Grupo Rosiene Pires)
22/04/2014 29 134 65 8 0 2 119 6 71 405
Tutores PA (Grupo 2 Cléucio Heleno)
06/04/2014 18 36 54 23 0 4 131 4 19 271
Tutores PA (Grupo 2 Denise Contente)
06/04/2014 15 70 86 44 0 1 125 21 13 360
Tutores PA(Grupo 2 FrancianniVinhote)
06/04/2014 19 47 41 35 0 1 90 6 2 222
Tutores PA(Grupo Cléucio Heleno)
06/04/2014 19 73 67 25 1 6 142 44 88 446
Tutores PA(Grupo Denise Contente )
06/04/2014 28 143 95 26 0 0 321 28 51 664
Tutores PA (Grupo FrancianniVinhote)
06/04/2014 18 122 83 36 2 0 359 9 37 648
Tutores PB (Grupo 2 Leandro Silva)
07/04/2014 21 70 210 8 0 0 75 18 39 420
Tutores PB (Grupo 2 Maria Milaneide)
07/04/2014 18 195 146 24 0 11 138 68 28 610
Tutores PB (Grupo 3 Leandro Silva)
07/04/2014 16 182 528 7 0 4 258 65 90 1134
Tutores PB (Grupo Leandro Silva)
07/04/2014 24 401 104 20 0 19 309 88 136 1077
Tutores PB (Grupo Maria Milaneide)
07/04/2014 20 196 124 21 0 12 226 97 64 740
Tutores PE (Grupo Lorena)
29/10/2013 20 108 73 9 1 16 291 52 16 567
Tutores PE (Grupo 2 Lorena)
27/02/2014 15 62 20 9 1 11 85 5 7 200
Tutores PE (Grupo 3 Lorena)
29/10/2013 20 59 6 23 0 5 259 11 2 365
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
Tutores PE (Grupo 4 Lorena)
29/10/2013 20 33 17 10 3 7 172 14 0 256
Tutores PE (Grupo 5 Lorena)
27/02/2014 19 65 26 29 1 12 232 1 36 402
Tutores PE (Grupo 6 Lorena)
29/10/2013 20 101 166 75 0 11 434 263 36 1086
Tutores PI (Grupo 2 Conceição)
09/05/2014 25 132 60 12 0 4 119 22 54 403
Tutores PI (Grupo 2 Sammia)
09/05/2014 26 157 112 43 4 1 165 23 69 574
Tutores PI (Grupo Conceição)
09/05/2014 24 72 119 208 0 4 737 33 103 1276
Tutores PI (Grupo Sammia)
09/05/2014 23 156 79 32 0 5 156 62 47 537
Tutores PR (Grupo Adriano Brischiliari)
22/04/2014 18 67 60 3 0 0 110 5 26 271
Tutores PR (Grupo Adriano)
29/10/2013 22 28 16 13 1 0 51 65 29 203
Tutores PR(Grupo Márcia Avelar)
22/04/2014 17 74 142 14 0 1 69 0 77 377
Tutores PR (Grupo Rejane)
29/10/2013 20 110 52 4 0 1 277 132 27 603
Tutores PR(Grupo Sheila)
29/10/2013 21 122 125 7 1 1 200 70 21 547
Tutores PR (Grupo Silvana Aparecida Valentim)
22/04/2014 18 62 45 9 0 2 54 14 39 225
Tutores RJ (Grupo 2 Júlio Cesar)
15/04/2014 22 87 102 17 0 0 227 13 41 487
Tutores RJ (Grupo Ana Silveira)
08/01/2014 34 591 503 146 2 4 1954 20 177 3397
Tutores RJ (Grupo Júlio Cesar)
08/01/2014 22 97 89 23 1 1 424 15 44 694
Tutores RJ (Grupo Maria Alice Ii)
08/01/2014 19 299 311 27 3 6 435 47 47 1175
Tutores RJ(Grupo 08/01/2014 24 236 214 54 3 8 663 5 12 1195
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
Maria Alice)
Tutores RN (Grupo Deivson)
05/04/2014 19 224 372 16 4 2 83 187 71 959
Tutores RN (Grupo Lannuzya Oliveira)
07/04/2014 19 191 44 22 0 18 523 131 28 957
Tutores RN (Grupo Liege)
07/04/2014 21 386 537 64 7 1 369 5 95 1464
Tutores RN (Grupo Wilka)
05/04/2014 21 183 197 71 1 9 141 21 76 699
Tutores RO(Grupo 2 Ednéia Do Nascimento)
22/04/2014 20 63 16 17 0 13 66 0 14 189
Tutores RO (Grupo Ednéia Do Nascimento)
22/04/2014 21 50 105 20 0 12 136 1 10 334
Tutores RR(Grupo Patrícia Melo)
26/03/2014 24 194 61 24 0 4 297 97 65 742
Tutores RS (Grupo Henrique)
29/10/2013 17 40 7 13 0 0 122 60 13 255
Tutores RS (Grupo Márcia)
08/01/2014 19 140 78 7 0 4 165 67 58 519
Tutores RS (Grupo Shana)
28/03/2014 22 171 102 9 0 7 419 61 26 795
Tutores RS (Grupo Vânia)
29/10/2013 30 32 35 8 0 5 111 61 14 266
Tutores SC (Grupo Alessandra)
19/12/2013 17 137 84 41 1 4 549 18 71 905
Tutores SC (Grupo Gisele)
19/12/2013 19 142 42 16 0 1 220 0 24 445
Tutores SC (Grupo Heloisa Luz)
22/04/2014 23 377 135 9 0 7 175 27 125 855
Tutores SC (Grupo Luciane)
19/12/2013 19 274 134 34 0 0 516 0 49 1007
Tutores Sc (Grupo Patricia Pereira)
30/09/2014 28 164 78 22 0 1 384 51 68 768
Tutores SE (Grupo Flávia Tenório)
25/03/2014 22 160 179 87 3 10 361 44 100 944
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
Tutores SE (Grupo Rosiane Cerqueira)
25/03/2014 22 206 111 28 2 11 504 89 68 1019
Tutores SP(Grupo Rossana - Valéria Pugin)
29/10/2013 26 157 46 8 0 2 202 115 50 580
Tutores SP (Grupo Valéria Ferreira)
29/10/2013 39 115 68 30 0 2 279 16 38 548
Tutores SP (Grupo 2 Andrea Dias)
09/04/2014 27 56 40 4 0 2 91 3 7 203
Tutores SP (Grupo Andrea Dias)
29/10/2013 25 165 42 9 1 24 524 141 15 921
Tutores SP(Grupo Juliana)
29/10/2013 24 160 220 9 3 2 443 64 34 935
Tutores SP (Grupo Paula Calipo - Sônia Gouvêa)
09/04/2014 24 66 362 30 11 2 143 45 49 709
Tutores Sp (Grupo Paula Calipo)
09/04/2014 33 225 289 73 0 4 207 46 107 951
Tutores SP (Grupo Regina Bichaff – Luana)
29/10/2013 27 111 70 10 6 6 179 23 25 430
Tutores SP (Grupo Regina Bichaff)
29/10/2013 30 162 148 8 0 4 549 23 96 990
Tutores SP (Grupo Rossana)
29/10/2013 32 300 159 34 0 3 499 341 111 1447
Tutores SP (Grupo Valéria Ferreira – Cecília)
29/10/2013 20 179 28 5 1 1 176 12 52 454
Tutores TO (Grupo Ester)
11/01/2014 20 197 155 18 2 10 256 21 58 717
Tutores TO (Grupo Neydemar)
11/01/2014 23 375 191 27 4 4 181 90 88 960
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
5.7. Regionalização e subcomunidades
Após todos os estados terem tutores e orientadores formados, regionalizou-se o
acompanhamento pedagógico pela equipe nacional. Este processo aproximou educadores e
apoiadores pedagógicos de orientadores e tutores nos seus locais de atuação. Além destes,
participaram da regionalização das comunidades de práticas outros atores nacionais e locais como
as coordenações macrorregionais, técnicos do Ministério da Saúde, coordenações estaduais do
projeto e representantes das escolas técnicas do SUS nos seus respectivos estados.
Os critérios para a regionalização e distribuição dos orientadores baseou-se nas regiões
territoriais e na relação entre número de orientadores e as duplas da equipe nacional (educador e
apoio pedagógico). Assim formaram-se subcomunidades regionais a partir da comunidade geral de
orientadores. Foram dividas da seguinte forma: Região Norte- Subcomunidades: AC-TO-RR-RO
e AM-PA-AP; Região Nordeste Subcomunidades: AL-SE-MA, BA-PE, CE-PI e RN-PB; Região
Centro-Oeste Subcomunidade: GO-MT-DF-MS; Região Sudeste Subcomunidades: RJ-ES,
MG, SP; Região Sul Subcomunidade: PR-RS-SC.
A Educação Permanente na educação à distância teve como foco apoiar os orientadores de
aprendizagem para que esses fizessem as intervenções pedagógicas necessárias para apoio aos
tutores. Tanto nos aspectos de conteúdos dos temas em debate quanto nas problematizações com os
tutores sobre os processos em sala de aula. O uso da plataforma, a exploração de seus recursos,
também foram debatidos, assim como ela se tornou um importante meio de comunicação entre a
equipe pedagógica nacional e os orientadores de aprendizagem.
A ferramenta das subcomunidades foi explorada de diversas maneiras, dando vazão a
questões e dificuldades que se apresentavam nas diferentes regiões. Assim cada subcomunidade
apresentou desenhos e modos de operar a educação a distância, muito particulares e diferentes entre
si. Em algumas identificam-se grandes potencias, trocas de experiência, debates sobre as questões
trazidas pelos tutores, outras centraram-se mais em debates temáticos, todas com maior ou menos
participação. Uma questão muito presente e de certa forma uma limitação do uso da plataforma é
que ela por vezes levava muito tempo para carregar, com internet mais frágil, isso fica ainda mais
difícil. Muitos orientadores utilizaram-se de outras mídias e formas de comunicação.
Abaixo alguns relatos dos movimentos provocados nas subcomunidades:
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
DISTRITO FEDERAL: O estado contou com as atividades de apenas uma comunidade e
orientadora. No geral, o estado foi bem com trocas de experiências potentes e cumpriu com as
expectativas. Ocorreram algumas dificuldades de comunicação por um certo período pela mudança
no apoio pedagógico e saída do educador.
GOIÁS (GO): Nesse estado, ocorreram discussões em três comunidades, dividido entre os três
orientadores. Após as primeiras formações, notou-se uma participação ativa dos tutores, entretanto,
ao longo do tempo, o número de postagens foi diminuindo.
O EAD nesse estado não cumpriu com as expectativas de ser um espaço potencial de trocas
de educação permanente. No geral, as postagens se restringiram a descrever brevemente algumas
ações no território. As intervenções dos tutores e dos orientadores nas postagens dos colegas
também não foram satisfatórias. Esse fato poder ter sido decisivo na não participação dos outros
colegas e da qualidade das postagens.
Após a visita de educação permanente com os orientadores no território em novembro,
houve um significativo aumento na participação na CdP, com aumento dos comentários e postagens
até a finalização do projeto em dezembro.
MATO GROSSO: O estado teve duas comunidades, com a organização de dois orientadores. As
comunidades se desenvolveram bem e com boas trocas. A presença ativadora das orientadoras
também foi muito importante para o uso desse espaço de educação permanente. Algumas
dificuldades técnicas ocorreram ao longo do período, mas sem comprometer a qualidade das
discussões.
MATO GROSSO DO SUL: Esse estado foi composto por quatro orientadores e comunidades. O
espaço da CdP nesse local foi rico, com discrepâncias significativas na quantidade e qualidade entre
as comunidadade. Essas diferenças entre as comunidades ocorreu principalmente pela frequência de
participação dos orientadores. Alguns orientadores relataram dificuldades de acesso em alguns
períodos, ficando muito tempo sem entrar na CdP. Além disso, houve dificuldades técnicas com a
ferramenta, que dificultaram as trocas.
MINAS GERAIS: Ao longo dos meses, o acompanhamento da Subcomunidade de Minas Gerais
foi crescendo. Fóruns, arquivos, indicações de leituras e materiais produzidos pelos tutores eram
postados e discutidos entre todos os participantes. Para dar conta e compreender melhor o material
produzido pelos tutores, assim como as dúvidas de orientação que surgiam, foi inevitável o
mergulho nas CdPs de Orientador-tutor, o qual foi realizado em dupla (apoio e educador), sempre
priorizando a troca entre ambos para sincronizar as orientações. Desta forma, conseguiu-se
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
fortalecer o trabalho da equipe pedagógica na Subcomunidade, assim como trocar experiências,
ampliando também o conhecimento do território o qual acompanhamos.
Entre as atividades realizadas em dupla, procuramos orientar as escritas dos relatos e dos casos
escritos pelos tutores, analisar o material postado (e o tutor sugerido para certificação), realizar a
avaliação de processos de trabalho dos orientadores ao longo do tempo, entre outras. Criamos
alguns materiais que nos auxiliaram nesse acompanhamento, sendo estes os mais importantes: I)
tabela de acompanhamento de tutor (anteriormente ao Formulário criado para todas as
subcomunidades do projeto, e que então passou a ser utilizado em seu lugar); II) fórum específico
para discussão das certificações, onde orientador, apoio e educador discutem caso a caso; III)
relatório do orientador com seu olhar sobre cada tutor e território acompanhado, de acordo com os
eixos do projeto; IV) material de orientação pormenorizada sobre as escritas dos relatos por eixos
temáticos, identificando os dias e as atividades desenvolvidas durante a formação dos alunos, para
que o tutor possa localizar em sua experiência em sala de aula os debates que compõem cada
narrativa.
Em relação às produções nas comunidades observadas pelo apoio e pelo educador percebeu-
se, sobretudo no começo das ações na plataforma, narrativas meramente descritivas das
experiências em sala de aula, assim como dos relatos de eixo, deixando encoberta uma perspectiva
reflexiva e problematizadora do que foi trabalhando com os ACSs e ATENFs em sala de aula.
Assim, perdia-se a dimensão que os debates e atividades engendravam entre os alunos para
descrições que basicamente contavam sobre o cronograma das oficinas. De outro lado, foi também
observada a frequência de intervenções superficiais por parte dos orientadores, o que acentuava o
risco do empobrecimento daquela ferramenta de educação permanente. Paralelamente a isso, as
plataformas foram ocupadas por questões de infralogística relacionadas à formação das turmas, uma
vez que se avolumavam as dúvidas e os problemas a ela relacionados Deste modo, apoio e educador
precisaram centrar esforços para promover um espaço de interlocução mais potente nas
comunidades, trazendo para as subcomunidades elementos encontrados nas comunidades tutores-
orientadores, a fim de apontar para os orientadores as discussões que poderiam ser fomentadas com
seus tutores. Os fóruns de discussão foram criados para colocar em movimento alguns assuntos
mais recorrentes e que elegeram-se como prioritários para qualificar o debate dentro das CDPs.
A interação com os orientadores se deu prioritariamente na própria CdP, sendo utilizado em
poucos casos a ferramenta “notificação”, assim como os e-mails e telefonemas. Estes últimos
apenas nos casos de não respostas na comunidade, e sempre indicando o retorno das conversas para
a CdP. Também foram utilizados quando a situação exigia presteza na resposta.
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
O monitoramento e avaliação dos orientadores foi feita de forma sistemática e ao longo do
tempo, principalmente a partir de setembro de 2014 quando percebemos algumas ausências
importantes de interação orientador-tutor e do orientador na Subcomunidade. A ferramenta
“Atividades” foi essencial neste processo, demonstrando mês a mês a quantidade de intervenções de
cada um nas CdPs. Nesta tabela inserimos o total de postagens e a média por mês, tendo alguns
orientadores uma média de postagens mensais de 16,7 na Subcomunidade e 79 na CdP orientador-
tutor, e outros com baixas produções, apresentando uma média de 0,5 e 1,6, respectivamente. Com
estas avaliações quantitativas, juntamente com uma avaliação qualitativa das intervenções de cada
um, iniciamos o processo de desligamento dos orientadores que não estavam cumprindo com suas
tarefas conforme Termo de Responsabilidade assumido. Em Novembro foram desligados dois e, em
dezembro, juntamente com a análise da diminuição de vagas ofertadas por território, solicitamos a
finalização de atividades de mais 08 orientadores. É importante salientar que antes dos referidos
desligamentos, e antes mesmo do necessário redimensionamento do projeto já em sua fase de
finalização paulatina das ações, foram feitas diversas abordagens aos orientadores que
apresentavam baixa atividade no sentido de dialogar sobre suas dificuldades e de tentar retificar sua
qualidade de participação.
5.8 Usos de outros meios de comunicação (Fragilidades e
Potências)
Devido à dificuldade de acesso a internet na região nortee centro-oeste do país, muitos
orientadores produziram outros meios de comunicação com os tutores, em geral por telefone. Em
algumas regiões, a internet é utilizada principalmente através do telefone, com aplicativos de fácil
acesso como WhatsApp, que funciona bem apesar do pouco sinal. As discussões nos grupos de
WhatsApp são menos aprofundadas, mas mantém o contato cotidiano e breves discussões sobre
algum tema mais polêmico vivido em sala de aula pelos tutores. Além disto, orientadores relatam
ter utilizado telefonemas e encontros presenciais para acompanhar alguns tutores, em períodos que
nem o WhatsApp está acessível. Para planejamento de outros cursos em EAD, sugere-se que haja
aplicativo da plataforma para telefone.
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
Outros orientadores lançaram mão do e-mail e de relatos enviados a eles dessa forma, pois
vários tutores alegaram que a plataforma era muito pesada e lenta para a qualidade de internet.
Certamente essa foi uma limitação em várias regiões do país, diminuindo a potência da EAD, pois
houve prejuízo de possíveis debates entre os tutores.
5.9 Estratégias de acompanhamento do trabalho do tutor
(orientadores, equipe estadual, equipe de referência)
O trabalho de acompanhamento do tutor, no segundo módulo do curso do tutores, realizado
pelo orientador, tinha duas intencionalidades: a primeira de ser um apoio temático e metodológico
ao tutor para a execução das turmas de ACS/ATEnf. A segunda foi de desafiar os tutores a
discutirem criticamente a partir da sua prática, da experiência da formação que ele está responsável.
A proposta de construírem relatos, narrativas sobre as práticas de sala de aula direcionou para um
enfoque metodológico de debater o trabalho a partir de sua construção em ato.
O acompanhamento dos tutores também foi realizado pela equipe nacional com técnicos de
referência: educador, apoio pedagógico, coordenação macrorregional e técnico do MS, constituindo
a equipe matricial ou de referência no processo de regionalização das atividades pedagógicas. O
acompanhamento deu-se por meio da plataforma virtual CdP e em encontros presenciais de
organização e educação permanente de orientadores e/ou tutores. A plataforma CdP já possuía
instrumentos próprios para esse acompanhamento além disso, criou-se um instrumento de
acompanhamento dos tutores na CdP – subcomunidades de orientadores – para sistematizar as
atividades obrigatórias para a certificação do módulo II do curso de tutores do projeto.
As equipes estaduais estiveram muito próximas aos tutores tanto na viabilização do curso
nos municípios como, muitas delas no apoio pedagógico com a promoção de encontros entre
tutores.
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
5.10 Estratégias de acompanhamento do trabalho do
orientador
Uma das estratégias de acompanhamento e avaliação dos Orientadores na CdP ocorreu
através de um monitoramento sistemático de suas atividades e postagens na plataforma, através da
ferramenta Atividades, disponível em todas as Comunidades. Esta ferramenta permite avaliar mês a
mês a quantidade de interações de cada participante, como postagens de comentários e arquivos,
criação de fóruns, formulários, eventos e atas. Para qualificar esses dados de “quantidade de
interações” é preciso acessar cada CDP e visualizar a forma de interação do orientador. Em muitos
estados, a Equipe Pedagógica realizou as análises quanti e qualitativas de cada orientador,
encaminhando feedbaks de seus trabalhos e direcionando mudanças necessárias em alguns casos.
Em virtude dessa avaliação do trabalho do orientador, alguns orientadores tiveram seu
contrato suspenso por insuficiência na realização do acompanhamento de seus tutores. Quando isso
ocorreu, outros orientadores do projeto foram convidados, e aceitaram, a assumir mais turmas.
Outra estratégia de acompanhamento de seus trabalhos foi através do Relatório Final do
Orientador, solicitado a todos os orientadores na maioria dos Estados. Este relatório foi solicitado
ao final das ações dos orientadores (de acordo com o término da formação de ACS/ATenf em cada
estado) e deveria conter uma avaliação sobre o território ao qual acompanhou através das escritas de
seus tutores, assim como identificar ações e produções de alunos no território. Ele não foi uma
solicitação obrigatória, entretanto um grande número de orientadores o fizeram.
5.11 Certificação - componente EAD
As atividades em Educação à Distância (EAD) fazem parte do Módulo II do Curso de
Tutores do Projeto Caminhos do Cuidado e da sua estratégia de Educação Permanente (EP). Do
total de tutores formados no primeiro módulo presencial, estavam na condição de ser certificados,
por ter realizado três turmas ou mais, 1726 tutores. Do total, 982 tutores responderam aos critérios
de certificação, e foram certificados no Segundo Módulo do Curso de Formação de Tutores
(56,8%).
O processo de EAD teve como objetivo o fortalecimento da rede mobilizada, após as
40 horas de formação presencial, a interação continua em um ambiente virtual entre os
Orientadores e os colegas na Comunidade de Práticas (CdP). Esse espaço possibilitou trocas
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
de saberes e experiências, facilitando a discussão das questões que emergiram em cada
território em relação aos eixos temáticos trabalhados no Projeto. Para cada turma realizada o
tutor foi orientado a postar três relatos baseados nos eixos do projeto, dois casos, imagens
contextualizadas, e realizar interações com seus colegas.
Nos relatos por eixo o tutor realizaria uma narrativa, descritiva, explicativa e
reflexiva, contando as experiências, relatando como aconteceram as discussões dos Eixos do
Curso, levantando questões que suscitaram dúvidas, dificuldades e/ou situações que
demonstraram as potencialidades do grupo. É orientado que nesta narrativa sejam destacadas
as contradições e conflitos vivenciados em sala de aula, o que possibilitaria o
aprofundamento do debate teórico-metodológico e subsidiaria o tutor para os futuros
desafios encontrados no campo da Saúde Mental (crack, álcool e outras drogas) na Atenção
Básica.
Na escrita dos Casos, os tutores foram orientados a escrever sobre as produção do
cuidado vivenciado pelos alunos em seu território de trabalho, de situações relatadas em sala
de aula pelos ACS/ATenf e um caso que apresentasse situações vivenciadas em sala de aula
(Manual de atividades em EAD- Apêndice 04)
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
6 TERRITORIALIZAÇÃO E
REGIONALIZAÇÃO
As estratégias de territorialização do projeto foram direcionadas pela divisão dos
orientadores em subcomunidades e com o acompanhamento da equipe pedagógica nacional como
descrito no item 5.3. Além do acompanhamento em EAD foram realizadas atividades de educação
permanente nos territórios e mostras de finalização em diversos estados. Estas atividades
envolveram tutores, orientadores, equipes estaduais e das escolas técnicas do SUS nos seus
respectivos territórios, além da participação intensa dos alunos (ACS e ATEnf) nas mostras de
finalização do projeto. A equipe nacional, em especial as coordenações macrorregionais, educador e
apoio pedagógico do local e eventual participação de consultores e/ou coordenação do projeto.
No próximo item seguem relatos de algumas atividades de educação permanente realizadas
nos territórios.
6.1 Educação permanente no território
Rondônia (RO): Buscando atuar junto às orientadoras do estado que apresentavam
fragilidades no uso da plataforma e nas discussões que o Projeto propõe, foi proposto pela
apoiadora pedagógica um encontro no dia 20 de outubro de 2014 em Porto Velho. Em um primeiro
momento, conversamos com equipe da ETSUS sobre andamento do Projeto e, posteriormente
realizado encontro com as orientadoras sobre funcionamento da plataforma, ações necessárias das
orientadoras no espaço virtual e envio de materiais.
Goiás (GO): No dia 10 de novembro de 2014 realizou-se uma reunião em Goiás com as
orientadoras, apoio pedagógico e equipe estadual. O objetivo foi compartilhar as experiências,
dificuldades e potencialidades do processo até aquele momento. Nessa reunião os orientadores
falaram sobre a participação tímida na comunidade de práticas por parte dos tutores. Os motivos
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
para isso seriam a falta de acesso regular à internet em algumas cidades, a lentidão da ferramenta,
além da desmobilização com a falta de interação no grupo. Foi proposto uma maior participação e
uma força tarefa para a finalização no processo. Alguns casos expostos na CdP foram discutidos
com o grupo, a fim de ter um posicionamento mais crítico por parte dos orientadores ao trabalho
realizado nas CdPs.
Mato Grosso do Sul (MS): No dia 12 de novembro de 2014, semelhante à atividade
desenvolvida em Goiás, ocorreu uma reunião com os orientadores do Mato Grosso do Sul. Nesse
encontro os orientadores relataram estar desmotivados com seu trabalho, devido ao esvaziamento
das CdPs. Foi reforçado a necessidade dos orientadores ter esse papel de promover a interação do
grupo e pactuado as datas para a finalização. Após esses dois encontros no centro-oeste se pode
perceber uma nova energia nas atividades da comunidade de prática. A participação dos
orientadores e tutores mais que dobrou nas semanas seguintes, revelando a importância de estar
junto no território.
Sergipe (SE): No estado de Sergipe, foram realizados duas atividades de educação
permanente. A primeira aconteceu em Abril de 2014, na Fundação de Saúde do Estado do Sergipe
(FUNESA) com o tema relação entre atenção básica e saúde mental. Esse encontro foi coordenado
pela equipe pedagógica, e teve participação de gestores da atenção básica e saúde mental do
município de Aracaju.
A segunda atividade ocorreu em outubro de 2014 e contou com tutores, orientadores e
estudantes universitários. Essa atividade teve como tema central as redes de atenção psicossocial e a
religiosidade e uso de drogas. O encontro aconteceu em dois dias. No primeiro dia o tema da
religiosidade e uso de drogas foi abordado em uma oficina com todos os participantes, realizada
pelo parceiro estadual do projeto Domiciano Siqueira e pelo tutor José Augusto, ambos apoiadores
institucionais do município de Aracaju.
Essa oficina foi atravessada pela fala provocadora de Domiciano, que tensionou certos pré-
conceitos postos como naturais, buscando mostrá-los como produções sociais que podem e devem
ser modificadas. Mostrando os três olhares que incidem sobre os usuários de drogas (crime, pecado,
doença), ele construiu a base para falar do quarto olhar que é o olhar da cidadania, pautado pelos
direitos humanos e pelo acolhimento a liberdade de escolha e singularidade do outro, que passa a
ser olhado como sujeito de direitos.
No segundo dia da EP, as atividades foram facilitadas pela equipe pedagógica de referencia
do projeto no estado (Renata Vasconcelos e Luis Carlos Vieira). Nesse dia foi realizada uma
atividade na qual os participantes puderam ter um maior contato com seus corpos e seus
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
movimentos, buscando um estado de maior abertura dos corpos para a discussão. À tarde foram
feitas discussões em grupo sobre os temas do encontro (Redes de Atenção Psicossocial e
Religiosidade x Uso de drogas). Nos grupos foram trazidos casos de sala de aula que poderiam
mostrar como esses temas apareceram no território. Os grupos fizeram discussões muito potentes
sobre ambos os temas e conseguimos perceber que as discussões que o projeto fez no estado
tomaram corpo nas práticas de muitos tutores em sala de aula, o que consequentemente afetou o
território de cuidado da atenção básica e saúde mental, aproximando-os. Ao final do encontro foi
passado o vídeo “O riso do Outros” (disponível no youtube) que mostra como o humor, por mais
inocente que possa parecer, também contribui para produção e manutenção de estigmas e
preconceitos, mas que pode ser transformador de realidades. Fizemos uma breve discussão sobre as
possibilidades de ampliar o olhar da cidadania, não deixando ele apenas para os usuários de drogas
ou que sofrem por questões de saúde mental, mas a todos os que vivem a margem da nossa
sociedade.
Alagoas (AL): A atividade de educação permanente no estado de Alagoas foi realizada em
espaço cedido pela UFAL em 2014 e reuniu em torno de 30 tutores do projeto, além da equipe
estadual, da educadora e do apoiador pedagógico de referencia para o estado. Nela foram feitos
relatos dos tutores sobre as situações em sala de aula com os agentes e técnicos de enfermagem e
discutidas em grupo. Ainda foi feita uma discussão sobre o filme “Guerra ao Drugo” que foi
assistido no encontro.
Ao final a educadora propôs uma atividade de dramatização sobre algumas das situações que
ocorreram em sala de aula e mais uma vez discutimos os efeitos do projeto na rede de saúde. Boa
parte das análises feitas pelos tutores sobre o curso mostraram o potente efeito do projeto na rede e
o impacto que ele teve em práticas de muitos agentes e técnicos de enfermagem. Mesmo assim
certas dificuldades também apareceram, como a dificuldade de dialogar com o discurso religioso,
muito presente em diversas regiões do estado. Trouxemos que o diálogo é sempre importante, mas
que não podemos confundir as práticas de cunho religioso e moral daquelas que se aproximam da
redução de danos e dos direitos humanos.
Minas Gerais (MG): A Educação permanente no Estado de Minas Gerais ocorreu em três
momentos no ano de 2014:
● Oficina de Planejamento da ESP (9 e 10/06/2014)
● Encontro com Orientadores de Montes Claros (25/8) e Formação de tutores (26 a 29/8/2014)
● Encontro Equipe Estadual de Belo Horizonte (16/10) e Encontro de Orientadores da ESP
(17/10/2014)
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
A Oficina de Planejamento da ESP ocorreu em dois dias e contou com representantes da
Saúde Mental, Atenção Básica, Equipe Estadual e Nacional. Esta oficina foi pensada e desenvolvida
para compartilhar com a escola (ESP) as questões referentes à formação de tutores, visando
sobretudo possibilitar que a escola fizesse a formação de tutores de forma descentralizada,
incorporando mais organicamente os elementos característicos de seu próprio território, e de acordo
com as premissas do Projeto. Alguns representantes da escola haviam participado da formação de
tutores e orientadores que ocorrera em fevereiro de 2014, refizeram a leitura do caderno do tutor
previamente à oficina. No encontro repassamos os objetivos e as atividades do curso de tutor,
realizamos algumas dinâmicas e discutimos a formação (tempos, avaliações, etc). Como a oficina
ocorreu em apenas dois dias, faltou tempo para aprofundar algumas leituras e atividades, como a
parte de EAD (Cdp) e as avaliações. Após a oficina, a ESP realizou a Primeira Formação de
Tutores Descentralizada, que ocorreu de 24 a 30 de junho, na ESP. Esta formação foi realizada
unicamente com a presença de docentes da ESP e convidados locais, e contou com a importante
contribuição de uma das orientadoras da região da ESP, que desenvolveu diversas atividades
previstas nos dias de formação. A formação contou com suporte remoto dos professores da
comunidade de práticas e com a disponibilidade se fosse necessário deste suporte à distância da
equipe nacional. Em compartilhamento posterior (via videoconferência) foi discutido com todos o
andamento da formação. De um modo geral, ocorreu tudo conforme orientado na oficina, com a
realização das atividades propostas. Devido ao tempo, não realizaram a leitura do Texto de Paulo
Freire, o que acreditamos ter sido uma perda lamentável posto que este texto é muito importante
para a condução do tutor em sala de aula. As avaliações dos tutores foram feitas pela equipe da ESP
e compartilhadas com a equipe nacional/matricial através de e-mail e reunião por Skype.
O Encontro de Orientadores e a Formação de Tutores da região de Montes Claros
ocorreu em agosto de 2014. Todos os orientadores estiveram presentes no primeiro dia (Encontro) e
se revezaram para acompanhar a formação de tutores durante a semana, conforme disponibilidade.
O encontro com Orientadores permitiu conhecer melhor suas atividades, dificuldades na Cdp e
pactuar algumas ações coletivas. Entre as pactuações destacamos a combinação de realizar um
mapeamento do território que acompanham a partir dos materiais postados pelos tutores e de acordo
com os eixos do Projeto. Foi sugerido que durante a formação se praticasse a escrita de um relato
por eixo e de um caso para melhor compreensão das atividades a serem postadas na CdP. A
Formação de Tutores de Montes Claros foi muito rica em termos de debates. Contou com um grupo
bem diversificado de tutores, alguns com boas compreensões das temáticas do Projeto, e outros
com visões bem diferentes. Esta heterogeneidade de composição possibilitou discussões potentes e
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
uma grande troca de conhecimentos entre os atores. A participação de tutores, ACSs e Atenf na
formação, conforme descrito em ítem acima sobre as formações, foi uma experiência muito rica e
positiva, onde a palavra do aluno e suas vivências em sala de aula e no dia a dia foram fundamentais
para muitos tutores reconsiderarem suas crenças e fomentou o aprendizado das temáticas de saúde
mental e do uso de drogas.
O Encontro em Belo Horizonte com a Equipe Estadual e os Orientadores ocorrido em
outubro/2014 possibilitou uma aproximação importante com os articuladores da escola, assim como
com os outros membros da equipe. As reuniões trouxeram pactuações importantes quanto à
possibilidade de continuidade do Projeto no Estado, assim como as dificuldades enfrentadas pela
equipe. Entre os tópicos levantados, discutimos sobre a CdP, as interações e o trabalho dos
orientadores da ESP na comunidade, a possibilidade de alguns desligamentos de orientadores- via
monitoramento e avaliação-, as tarefas dos tutores e o possível resgate das atividades postadas para
o conhecimento da escola sobre o território. O encontro com os Orientadores contou com a presença
de apenas seis (dos 12) orientadores desta região que foram convidados, sendo uma orientadora
acompanhando via Skype. Em um primeiro momento pedimos que cada um pudesse falar do seu
processo de trabalho. Os relatos foram das experiências como orientador, atuação nas CdPs,
relações com tutores, dificuldades e facilidades das ferramentas. Foi solicitado previamente à
reunião, que cada um fizessem um relatório sobre o território e sobre a avaliação dos tutores que
acompanham. Assim, cada orientador pôde falar sobre seus territórios e tutores, alguns com
apresentação visual (slides, escritas em word e etc). Entre as pactuações do encontro, destaca-se a
definição de turmas e regiões que seguiram com formações, a escrita de um novo relatório dos
orientadores com atualização das turmas, a possibilidade de desligamento de orientadores que não
conseguem atuar nas CdPs conforme o contrato - mínimo de 15 horas mensais e trabalho efetivo nas
CdPs.
O encontro presencial com os orientadores afirmou-se como uma estratégia importante de
fortalecimento da contratualidade das ações de educação à distância e, neste sentido, avaliamos o
quanto teria sido potente para o projeto em Minas Gerais se outros como esse tivessem ocorrido em
etapas diferentes do Caminhos do Cuidado, uma vez que ajudaram a estreitar os laços de trabalho e
a fazer os seus ajustes necessários e processuais.
Paraíba (PB): O primeiro encontro com a equipe matricial ocorreu no CEFOR-RH/PB em
João Pessoa. Estavam presentes a equipe estadual, a Macrorregional Francéli F. Dos Santos e a
Apoiadora Pedagógica Giulia Costa. Na manhã do dia 02/09/2014, Giulia conversou com a equipe
estadual, sobre a Comunidade de Práticas, de como a equipe poderia utilizar esse espaço para
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
comunicação e interação com os orientadores, não só da Paraíba, mas do Rio Grande do Norte
também. À tarde, tivemos uma conversa com os Orientadores, à qual, estavam presentes os
orientadores, Shenia, Leandro, Roberto e Milaneide, pois Maura não pôde estar presente. Iniciamos
com relato de experiências dos Orientadores, também sobre os encontros presenciais que alguns
Orientadores relataram. Shenia relatou que esteve bastante ausente na CdP e que pretende retomar
as atividades. Não realizou nenhum encontro presencial. Leandro trouxe que a maior demanda nos
encontros é a dificuldade com as ferramentas da Comunidade de Práticas. Ele diz que sempre após
os encontros presenciais o pessoal interage mais, mas que essa interação vai decaindo com o tempo.
Milaneide relata que teve que repassar toda parte do EaD para os Tutores e que achou que na
formação presencial essa parte deixou a desejar. Ela relatou também que alguns Tutores optaram
por não postarem as atividades, por medo de exposição (temíam que as informações cheguessem
aos gestores). Milaneide fala também que se sentia desmotivada, pelo não retorno e participação dos
tutores na Plataforma. Roberto disse que esteve ausente por alguns meses da CdP por motivos
pessoais e que percebeu o esvaziamento do espaço. Ele disse que tentava estimular os Tutores,
como atividades presenciais fora da plataforma, como o encontro em Aracajú de Redução de Danos.
Relata também a dificuldade de acesso dos tutores à internet no interior. Disse também que os
Tutores relataram que a metodologia adotada na formação está gerando novas necessidades de
discussão sobre processo de trabalho e linhas de cuidado. Paulo Rodrigues, coordenador estadual
relatou um pouco sobre os Tutores acompanhados pela Orientadora Maura, que fizeram um
encontro e os tutores relataram dificuldades no sistema acadêmico. O encontro foi no formato de
mini oficinas para sanar dúvidas e discutir o processo em sala e na Comunidade. Encaminhamentos:
Acesso/intervenção mínima dos Orientadores de uma vez semana na CdP dos Tutores e
Orientadores (RN e PB). Dessa forma, essa proposta poderia gerar questionamentos e debates na
CdP, fortalecendo o processo de Educação Permanente. Giulia mostrou as ferramentas disponíveis
na plataforma e como o Orientador deveria avaliar o tutor para a certificação através da ferramenta
formulários. Giulia reforçou formas de problematização através de fóruns, como um Cordel que foi
postado no CdP e também o usou para rediscutir a papel do Orientador na Comunidade.
Na manhã do dia 03/09, aconteceu uma roda de conversa, onde estiveram presentes a equipe
ampliada, tutores, coordenação pedagógica do CEFOR e ACS. Paulo apresenta o painel com
números do Estados. Os Tutores compartilharam relatos de suas experiências. Foram apresentadas
algumas produções dos alunos, dentre elas o “Martelo agalopado” do ACS Sebastião Araújo de
Macêdo. No final, foi feita uma breve avaliação. Encaminhamentos: Cada Orientador criar um
fórum na CdP para a discussão dos pós projeto. Saíram algumas priopostas a serem encaminhadas
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
pelos atores locais do projeto: estimular os tutores a inscreverem trabalhos na mostra proposta pelo
CEFOR- I Congresso Rede Escola SUS-PB e I Mostra de Experiência do CEFOR-RH/PB, dias 18 a
20/11 e participar do evento de RD em Aracajú. Escrever uma carta ao Ministério com solicitação
de ampliação do Projeto para outras profissões. Realizar uma grande Mostra ao final do projeto com
as produções do Estado.
O segundo encontro com a Equipe Matricial do estado da Paraíba ocorreu nos dias 20 e 21
de novembro de 2014 e estavam presentes a equipe estadual, a Macrorregional Francéli e a
Apoiadora Pedagógica Giulia. No dia 20, pela manhã, realizamos uma Oficina de Sociodrama
juntamente com o consultor do projeto Antônio Lancetti na I Mostra de experiências do CEFOR-
RH/PB. Estavam presentes muitos estudantes de graduação, profissionais da rede e alguns tutores
do projeto. Foi feito um stand do Caminhos do Cuidado e ao final da Oficina, Lancetti autografou
alguns guias de saúde mental para os presentes.
No dia 21, realizou-se uma reunião sobre o descomissionamento das equipes e finalização e
fechamento do projeto no estado da Paraíba.
Rio Grande do Norte (RN): O encontro com a equipe matricial ocorreu nos dias 29 e
30/09/2014. Estavam presentes, a equipe estadual, a Macrorregional Francéli, a Apoiadora
Pedagógica Giulia, o Educador Sérgio Alarcon e o Técnico do DEGES Marco Aurélio. No dia 29,
pela manhã, deu-se uma conversa com a equipe estadual. Eles relataram que a equipe estadual está
mais próxima dos tutores do que os Orientadores. Discutiu-se o papel de cada ator na CdP e fora
dela (apoio, educador, orientador, tutor). Venina coloca a necessidade de encontros presenciais dos
tutores/orientadores, pois os tutores não se sentem a vontade para postar algumas questões.
Encaminhamentos: auto avaliação dos Orientadores, estratégias de aproximação das equipes
nacional e Orientadores/Tutores, utilização do telessaúde para aproximação dos Orientadores/
Tutores e equipe pedagógica, Mostra de práticas do Caminhos do Cuidado regional. À tarde,
realizou-se uma roda de conversa com os Orientadores. Estavam presentes, Lannuzya, Liége e
Deivson. Wilka não pode comparecer por motivo de doença. Inicia-se com um relato de
experiências. Liége inicia, dizendo que a seleção dos tutores poderia ter sido mais criteriosa e que
viu o crescimento dos Tutores ao longo do projeto. Fala também da dificuldade de comunicação
dentro da plataforma e a difícil troca com os Tutores. Diz já ter tentado essa comunicação e não
teve retorno por essa razão sente a CdP se esvaziar. Acha que facilitaria ter um chat, um horário
marcado para todos estarem na Comunidade. Diz que a CdP fica muito como espaço tarefeiro e que
acha fundamental o papel do Orientador. Está marcando um momento presencial com os Tutores.
Lannuzya relata que uma tutora realizou 6 turmas presenciais mas que nunca entrou na CdP. Fala
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
que são sempre os mesmos tutores que se manifestam e que há uma dificuldade de inserir os
Auxiliares e Técnicos de Enfermagem nas discussões da Comunidade, e que percebe muita
discussão focada nos Agentes Comunitários. Deivson disse que no início postava materiais e que os
tutores demandavam mais dúvidas sobre o espaço acadêmico. Giulia, fala da baixa interação dos
Orientadores na Sub-Comunidade, pergunta se existe alguma dificuldade dos Orientadores em
relação a isso. Liége relata que não tem tempo para estar muito presente na Sub-Comunidade, pois
se fosse apenas as Comunidade dos tutores seria possível mas, a Sub-Comunidades torna inviável o
acesso frequente. Lannuzya falou que as postagens de materiais na CdP estão sendo importantes
para sua vida profissional também, pois se utiliza dos materiais de outros Orientadores. Deivson se
propõe fazer encontros presenciais com os tutores, já Lannuzya acha complicado, pois no território
dela os locais são muito distantes. Giulia reforça o preenchimento da ferramenta Formulários na
CdP. Encaminhamentos: fazer chats semanais da Equipe Pedagógica e Orientadores, encontros
presenciais com os tutores, Mostra Exitosa do Caminhos do Cuidado no estado.
No dia 30 pela manhã, foi feito a apresentação do Painel de
acompanhamento/monitoramento pelo Marco. Fizemos uma discussão sobre os dados, sendo que
nesse dia, 74% da meta já havia sido cumprida. Faltam 1403 alunos para se cumprir a meta.
Conversamos também sobre a Mostra do RN que pode ser feita através de parcerias, como com o
PET-Saúde ou com a Universidade.
Piauí (PI): A equipe estadual, solicitou que a equipe pedagógica do projeto Caminhos do
Cuidado fizesse uma roda de conversas sobre metodologias de aprendizagem com a Equipe de
educadores da Escola Técnica do SUS. A Escola técnica do SUS (ETSUS) do estado do Piauí,
oferta diversos cursos, entre eles, o curso de Agentes Comunitários de Saúde. Essa roda de
conversa, se deu no Auditório da ETSUS do Piauí, no dia 07/05/2015, com início às 14 horas.
Estavam presentes diversos Educadores, muitos destes também tutores do Projeto Caminhos do
Cuidado. Esses tutores relataram como as metodologias ativas apresentadas no Curso, auxiliaram na
dinâmica e participação dos alunos. Dentre esses relatos, foi citado o empoderamento dos Agentes
Comunitários frente às equipes de saúde.
No dia 08/05/2015, foi realizado uma Mostra de trabalhos do Projeto Caminhos do Cuidado
e experiências de Saúde Mental na Atenção Básica através da parceria entre a Escola Técnica do
SUS do Estado do Piauí e o Projeto Caminhos do Cuidado. O Objetivo da Mostra foi apresentar e
discutir experiências vivenciadas pelos diferentes atores (Agentes Comunitários de Saúde,
Auxiliares/Técnicos de Enfermagem, Tutores, Orientadores e Gestores) do Projeto Caminhos do
Cuidado e trabalhadores da rede de saúde, contemplando a temática do cuidado em Saúde Mental
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
na Atenção Básica, buscando reconhecer as diversas vivências no território do Estado do Piauí. O
evento teve início pela manhã, com a mesa de abertura, ao qual foi composta pelo secretário de
Estado de Saúde do Piauí, Francisco de Assis de Oliveira Costa; o diretor de gestão de pessoas da
Secretaria Estadual de Saúde, José Antônio Richarson; representando a Coordenação de Atenção
Básica, Luciana Sena; além da coordenadora da Escola Técnica do SUS do Piauí, Josélia Moreira; a
diretora do Centro Estadual de Educação Profissional em Saúde (CEEPS), Clarice Pereira; a
coordenadora estadual do projeto, Patrícia Samara Portela Oliveira e a coordenadora pedagógica do
projeto, Renata Pekelman. Após, ainda pela manhã, foram realizadas duas rodas de conversas: A
primeira, intitulada: Saúde Mental na Atenção Básica, foi coordenada pela Renata Pekelman
(Coordenadora Pedagógica do Projeto), juntamente com José Ivo dos Santos Pedrosa (Professor
Doutor da UFPI). A segunda Roda de Conversa, tratou do tema Redução de Danos como estratégia
de cuidado, e foi coordenada pela Renata Pekelman (Coordenadora Pedagógica do Projeto)
juntamente com Ricardo Cruz (Psicólogo e Redutor de Danos)
A tarde foi reservada para apresentações de trabalhos, que foram apresentados em forma
oral, declamações de poesias/cordéis e pôsters digitais. Os trabalhos apresentados foram os
seguintes: “O cuidar em Saúde Mental no Serviço de Residência Terapêutica: relato de experiência
do Cuidador”; “Saúde Mental na Atenção Básica e o papel do enfermeiro na notificação de
transtornos mentais decorrentes do trabalho”;“Estratégias para ampliação do cuidado em Saúde
Mental na Atenção Básica”; “Boca De Fumo”; “Projeto Bem Viver”; “O matriciamento como Elo
de Ligação entre Equipes de Saúde Mental e Atenção Básica”; “As redes formais e informais na
promoção da saúde”; “Importância do uso do planejamento estratégico situacional (PES) na UBS”;
“Histórias de Vida” ; “Caminhos do Cuidado um novo olhar”; “O cuidado e os caminhos
percorridos” e “Produções científica sobre drogas no estado do Piauí: uma revisão integrativa”. O
evento encerrou com a apresentação cultural do grupo Vozes da Rua que é articulado pelo
Consultório de Rua de Teresina.
Ceará (CE):
Em reunião na Escola de Saúde Pública em Fortaleza, em 24/09/14, com a presença dos
atores institucionais nos níveis nacional e estadual (MS, ESP, apoio pedagógico, educadora e apoio
estadual), a coordenação estadual apresentou novidades na distribuição das macrorregiões, que
pautou a divisão de tutores(as), bem como critérios para composição das duplas. Foram relatados
desafios no acompanhamento junto aos municípios, bem como da composição para regiões de
difícil acesso (Cariri e Sertão Central), considerando-se como estratégia a participação de
tutores(as) dos outros estados que fazem divisa com estas regiões.
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
Apresentou-se brevemente o andamento das turmas, bem como identificamos desafios e
estratégias para melhoria no acompanhamento na plataforma EaD, contando com a presença de boa
parte das orientadoras envolvidas no projeto.
Dentre os desafios levantados, listou-se a definição para uma estratégia de comunicação
entre orientadoras e coordenação estadual, bem como entre orientadoras e tutores(as), considerando
distâncias geográficas e a utilização de outras vias de acesso à internet, além de contatos telefônicos
e reuniões presenciais. Entre a coordenação pedagógica do projeto e a coordenação estadual,
pautou-se o agendamento de reuniões em videoconferência, e a maior visibilidade dos tutoriais já
construídos sobre acesso e utilização da plataforma Otics.
Quanto aos desafios próprios do acompanhamento pedagógico, falou-se sobre a baixa
procura da plataforma EaD enquanto espaço para consulta ou troca de experiências, com um
silenciamento entre as postagens (ou ausência de postagens) que poderia refletir, também, algo do
desafio que se dá nas aulas presenciais. Os relatos trouxeram a necessidade de repensar a ponte
entre aquilo que ocorre nas salas de aula e os processos de reflexão dentro da CdP, pois o modo de
escrita do relatório poderia ou não promover estas aberturas: por um lado, algumas vezes não
haveria qualquer tipo de anotação; enquanto que outros(as) tutores(as) estariam fazendo diários de
campo com descrição densa. A metodologia ativa foi vista como um desafio no cotidiano das
turmas, sendo que muitas vezes se constrói uma "postura professoral" no grupo, que mais provoca o
retraimento do que chama à participação. No ambiente da CdP, por vezes a postagem de relatos
longos e detalhados, devidamente elogiados, também poderia ser levado em conta no sentido de
pensar em que medida inibiria outras formas de relato e comunicação das experiências nas turmas.
Nisto, lembramos da educação popular como uma postura transversal e aposta ética no cotidiano do
projeto, visto que esta discussão se aliava também à falsa dicotomia colocada por Paulo Freire,
entre elitismo e basismo, trazida como texto de apoio no manual de tutores(as).
Retomamos a existência de pactuação de 10h semanais por turma que deveriam ser
dedicadas ao acompanhamento no ambiente EaD, bem como a melhoria no entendimento da relação
entre orientadores(as) e tutores(as).
Dentre orientadores(as), listou-se a necessidade de focar em capacitações que
contemplassem os eixos transversais do curso, como o da redução de danos. O acompanhamento da
compreensão efetiva do conteúdo foi colocada como tarefa do apoio pedagógico em conjunto com a
coordenação estadual, cuidando para que esta última não se sobrecarregasse junto às suas outras
demandas, tais como cumprimento de carga horária.
Em conversa aberta com seis orientadoras do projeto, foram levantados e debatidos os
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
seguintes tópicos: Como ampliar a compreensão da tutoria como processo de formação, trazendo o
fechamento de turmas como requisito à certificação; Importância de lidar com um equilíbrio na
intervenção nas comunidades de práticas (entre a “enxurrada” de postagens e a ausência de
provocações); Como contornar questões éticas que impediam a melhor compreensão dos eixos
temáticos do projeto (“queremos produzir mudanças ou falar para quem já concorda conosco?”);
Reavaliação do modo como a CdP foi apresentada nas formações, ressaltando-a mais
explicitamente como um ambiente interativo do que para postagens de tarefas ou relatórios, dentre
outros.
Pernambuco (PE):
No Estado de Pernambuco foram realizados dois encontros de Educação Permanente (EP)
junto aos Orientadores em parceria com equipe estadual e ESP-PE. Nos encontros tivemos a
participação da equipe pedagógica, bem como coordenação macro-regional.
O primeiro encontro se deu no dia 13 de agosto de 2014, na cidade de Recife, na sede do
Projeto Caminhos do Cuidado. Neste encontro discutimos com os orientadores os processos de
Educação Permanente em Saúde, dentro do espaço da comunidade de práticas e também nos
encontros presenciais organizados pela equipe estadual. Na oportunidade foi abordado o
acompanhamento dos tutores e certificações do Módulo II. Tivemos a participação de todos os
orientadores do estado, onde apresentou-se, em um primeiro momento, uma panorama sobre as
formações no estado e o acompanhamento realizado em loco pela equipe estadual.
O encontro seguiu com a discussão de algumas situações trazidas pelos tutores através da
comunidade de práticas e também as dificuldades do trabalho em EaD. Muitos manifestaram seus
movimentos de busca ativa dos tutores e o desejo destes de não realizarem o Módulo II da
formação, seja pela dificuldade em acessar a internet, como da realização das tarefas.
Retomou-se a pactuação realizada na formação dos tutores, onde o Módulo II ainda estava
se estruturando, não havendo o formato de atividades para certificação. Solicitamos a repactuação
dos orientadores com seus tutores e discutimos conteúdos trazidos por estes sobre seus territórios de
atuação. Tivemos também, neste encontro, muitos retornos positivos com relação à formação do
Caminhos do Cuidado, onde os orientadores compartilharam conteúdos trazidos pelos tutores, seja
no espaço da Comunidade de Práticas, como também em outros espaços (telefone, presencialmente,
e-mail, whats app). Retomamos a importância destes conteúdos migrarem para o espaço da
Comunidade, onde ficaram registrados os movimentos de EP.
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
Na oportunidade também acompanhamos tutores em sala de aula, atuando na cidade de
Recife. Esta experiência foi muito singular, pois pudemos perceber tutores mobilizados e ativadores
destes alunos na discussão do cuidado em Saúde Mental, Álcool de Outras Drogas. Contudo, estes
mesmos tutores que realizaram um processo de EP bastante rico, realizando um número grande de
formações, não habitaram o espaço virtual.
Tivemos anterior e posterior a este primeiro encontro presencial muitos encontros on-line,
onde realizamos reuniões, discussões e combinações referentes à formação dos tutores e destes dos
ACS e ATEnfs. Seguindo os critérios pactuados pela coordenação pedagógica sobre a finalização
do Projeto no Estado, o acompanhamento dos tutores seguiu sendo realizados por apenas uma
orientadora, ficando esta responsável por acompanhar os tutores ainda ativos em território de
formação.
O segundo encontro com os orientadores do Projeto Caminhos do Cuidado aconteceu na
data do dia 27 de novembro de 2014, data que antecedeu à I Mostra em Saúde Mental da ESP-PE.
Neste encontro discutimos as dificuldades dos tutores em realizar o Módulo II, sendo manifesto por
muitos o não interesse na certificação. Cabe ressaltar que, diante dos números atingidos no Estado e
nos retornos obtidos pela coordenação estadual, tivemos muitas formações potentes e modificadoras
das práticas de cuidado. Durante a Mostra fomos encontrando diversos orientadores e buscando
retornos destes sobre seus processos de trabalho no Projeto, bem como realizamos a discussão do
segmento do acompanhamento em EaD, buscando estratégias de mobilizar os tutores que seguiriam
no processo de formação.
Seguindo os movimentos de EP em território, tivemos ainda a I Mostra em Saúde Mental da
ESP-PE (compartilhando experiências para multiplicar práticas de cuidado em saúde mental). Essa
Mostra foi realizada com a parceria do Projeto Caminhos do Cuidado, através da equipe nacional e
estadual, junto com a Escola de Saúde Pública de Pernambuco. Tivemos a participação do
Consultor Antônio Lancetti, bem como da equipe pedagógica no papel do Apoio Pedagógico e
Educadora. Durante a Mostra muitas atividades referentes às práticas em sala de aula foram
apresentadas, seja pelos tutores, quando por ACS que ali estavam. As produções vieram das mais
diversas formas, seja no formato de cordel, poesia, apresentação de experiências e relatos de
vivências.
Durante a Mostra nos deparamos com uma infinidade de práticas movimentadas pelo
Projeto. Acessamos estas via apresentação de trabalhos, como através de “conversas de corredor”,
vislumbrando assim uma série de intervenções que se desdobraram em novas práticas de cuidado. A
questão do uso de drogas e a mobilização desta temática junto aos ACS e ATEnfs apresentou uma
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
série de encontros com usuários de saúde, onde a escuta e o vínculo puderam aproximar estes. A
Mostra mobilizou não somente quem, de alguma forma fez parte do Projeto, mas também a rede em
geral, uma vez que os debates se deram com trabalhadores/usuários/gestores dos diversos pontos na
rede (Consultório de Rua, CAPS, ESF, Residência Multiprofissional, dentre outros).
Bahia – (BA)
O Estado da Bahia contou com dois momentos de EP. O primeiro foi realizado nos dias 29
de janeiro e 30 de janeiro de 2015, contando com a presença de cinco orientadores, equipe estadual
em uma parceria com a EFTSUS/BA, equipe nacional no papel do apoio pedagógico, educador,
coordenação pedagógica e coordenação macro-regional. Este foi o primeiro encontro presencial
realizado com os orientadores do Projeto Caminhos do Cuidado.
O encontro contou com a presença dos orientadores que haviam permanecido no
acompanhamento dos tutores após a finalização de 2015, sendo que o contato com os demais, que
não continuaram o período de prorrogação do Projeto havia se dado até então de forma virtual,
através de reuniões por Skype e vídeo-conferências.
Naquele momento foram discutidas inúmeras questões, sendo as principais: avaliação do
processo de acompanhamento; avaliação e apresentação do acompanhamento da sala de aula a
partir da interação dos tutores; estratégias de qualificação do processo de acompanhamento e da
prática de sala de aula; critérios de certificação dos tutores; construção dos formulários de
acompanhamento. Como metodologia de revisão e aprofundamento dos conteúdos apresentados
pelo projeto, cada um dos orientadores trouxe um caso de sala de aula apresentado pelos tutores na
CdP, no qual localizasse um tema importante a ser debatido. As principais questões que apareceram
foram: identificação em sala de aula do atravessamento das práticas religiosas na problematização
do uso de drogas; a possibilidade que o Projeto ofereceu de refletir sobre o “olhar” do profissional
de saúde; a importância do Projeto trabalhar na desconstrução do processo de culpabilização do
usuário de drogas; o apontamento da importância da inclusão da família e do entorno do paciente na
construção de uma proposta de cuidado; reconhecimento do território como promotor de diálogo e
de relações. Discutimos a importância de considerar as singularidades das questões e dos contextos
onde apareceram, buscando colocar em questão o acesso à saúde, que muitas vezes não consegue
ser garantido por parte das equipes, considerando as diversas dificuldades existentes nos diferentes
âmbitos, diferente por exemplo dos espaços religiosos que aceitam o usuário para que possam
realizar as intervenções que consideram como cuidadoras.
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
Neste encontro também trabalhamos a questão da interação no ambiente da comunidade de
práticas e de quais as estratégias e recursos para realização de um acompanhamento mais vivo,
mesmo que no formato à distância. Discutimos as formas de divulgação e estímulo à participação
dos tutores e dos ACSs e ATenfs na Mostra de Saúde Mental que seria realizada como atividade de
encerramento do Projeto no Estado da Bahia. Trabalhamos também com o uso das ferramentas de
acompanhamento.
No que concerne à avaliação do processo de acompanhamento realizado através da CdP,
foram destacados os seguintes pontos: dificuldades dos tutores realizarem as tarefas de acordo com
o previsto pelo Manual; insatisfação dos tutores quanto à infra estrutura das salas de aula; o formato
das ferramentas da CdP não estimulou maior participação dos tutores; a fragmentação da CdP em
relação ao processo presencial da sala de aula; importância de avaliação dos conteúdos postados
pelos tutores de forma a balizá-los de acordo com os Eixos do Curso.
No segundo encontro presencial com os Orientadores, realizado em 24 de março de 2015,
realizamos uma roda de conversa, buscando reconhecer junto a eles as intervenções realizadas até
aquele momento, bem como um levantamento dos trabalhos realizados pelos mesmos para a
Mostra.
O segundo momento no Estado da Bahia ocorreu no período de 24 a 26 de março de 2015 e
compreendeu a formação dos docentes da EFTSUS/BA. A formação foi realizada em três dias,
buscando contemplar as metodologias pedagógicas usadas no Projeto Caminhos do Cuidado, bem
como os conteúdos relativos ao cuidado em saúde mental, álcool e outras drogas. Durante a
formação junto ao corpo docente da escola, discutimos a proposta de cuidado em saúde mental na
atenção básica, de forma a construir esta problematização junto aos professores, buscando ampliar o
olhar sobre o cuidado integral.
Identificamos, tanto na Oficina de formação quanto em nas reuniões realizadas junto à
direção da escola, que a prática docente da Escola apresentava discussões que pouco abordavam as
questões de saúde mental e uso prejudicial de álcool e outras drogas, fato reconhecido pelos
próprios profissionais. A participação na Oficina se deu de forma contínua para alguns docentes e
para outros, no entanto, não foi possível uma participação integral no período da formação, o que
dificultou o aprofundamento da discussão e a apropriação dos conteúdos e metodologias propostas
pelo Projeto. De maneira geral, a questão do uso de álcool e outras drogas também foi um tema
novo para os docentes, sendo apresentada a política de atenção integral ao usuário de drogas de
forma a pensar as possibilidades de cuidado a partir das singularidades do território. Abordamos
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
ainda a lógica da Redução de Danos, buscando trazer uma aproximação de suas práticas com o
cuidado em território do usuário.
Como finalização da Oficina de Formação, realizamos uma vivência de Sociodrama,
coordenado por Antônio Lancetti, consultor do Projeto, na qual abordamos as práticas formativas e
a discussão dos cuidados em saúde através do princípio da integralidade, buscando discutir as
ferramentas do cuidado em saúde mental a serem trabalhadas por todos os profissionais da rede de
cuidados em seus respectivos territórios.
No dia 27 de março de 2015 foi realizada a I Mostra de Saúde Mental na Atenção Básica:
Caminhos do Cuidado e Outras Experiências, evento de encerramento do Projeto Caminhos do
Cuidado na Bahia.Os objetivos desse evento foram: possibilitar o encontro dos diversos atores que
participaram do Projeto, possibilitar a apresentação dos trabalhos que aconteceram nos territórios e
na CdP, favorecer o debate sobre a temática da Mostra, agregar outros atores institucionais e
profissionais do campo na discussão.
A programação da Mostra compreendeu, na parte da manhã: uma Mesa de Abertura, com a
participação da Escola, que falou sobre os movimentos do Projeto em todo território Baiano, da
Coordenação Estadual, que apresentou o histórico de implantação e desenvolvimento do Projeto no
Estado, e da Coordenação Nacional; e uma Conferência com Antônio Lancetti, seguida de espaço
para debate. No período da manhã contamos com a presença de professores, orientadores, tutores,
alunos (ACS e ATENfs), bem como de alunos de Programas de Residência, estudantes e
trabalhadores locais.
No período da tarde aconteceu a Mostra de trabalhos. Inicialmente, a proposta de
apresentação dos trabalhos era de acordo com os temas alinhados aos Eixos do Curso (“Política e
Território” e “Estratégias de Cuidado: Redução de Danos e Desinstitucionalização”). A pedido dos
presentes e apresentadores, optamos pela apresentação dos trabalhos no mesmo espaço, de modo a
permitir que os presentes assistissem a todos os trabalhos e pudessem compartilhar suas práticas de
formas mais coletivas. A Mostra contou com trabalhos escritos, vídeos, relatos, poesias, que
buscaram trazer as experiências vivenciadas por cada um em seu território a partir do Projeto
Caminhos do Cuidado e a partir da prática como profissional de saúde em outros contextos. Na
apresentação de trabalhos por atores do Projeto, alunos, residentes e demais trabalhadores da rede
de saúde, discutiu-se muito sobre a construção do cuidado em saúde mental a partir das experiências
locais, bem como do cuidado às pessoas com uso abusivo de álcool e outras drogas, a partir das
práticas que tinham como temas transversais as diretrizes da reforma psiquiátrica e a lógica da
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
redução de danos. Ao final da Mostra fizemos uma breve discussão com todos ali presentes,
buscando compartilhar afetos a partir dos relatos e trabalhos apresentados.
A Mostra contou ainda com uma apresentação artística, Coral, e com a presença de uma
tenda de acarajé, com uma baiana a caráter oferecendo degustação desta comida aos presentes.
Mato Grosso (MT):
No Estado do Mato Grosso tivemos um encontro presencial de EP, junto aos Orientadores
do Projeto. Este se deu no dia 02 de abril de 2015, na cidade de Cuiabá, onde discutiram-se
questões pertinentes aos conteúdos trazidos pelos tutores, bem como aos processos de EP no espaço
virtual. As orientadoras relataram muitas dificuldades referentes à postagem dos alunos. Na
oportunidade presenciamos o recebimento dos relatos e casos de um tutor por pen-drive. Esta
questão está ligada diretamente à dificuldade acesso à internet no Estado, principalmente nas
regiões mais longes da capital.
O Estado do Mato Grosso surpreendeu muito as Orientadoras e Equipe Estadual, pelas
intervenções que ocorreram nos territórios. Desde a mobilização de ACS frente aos serviços, quanto
da mudança de práticas relatadas por estes. Tivemos acesso a muitos relatos carregados de emoção
e mudanças de paradigmas que não apareceram no espaço da comunidade, mas que fizeram grandes
intervenções no território.
Ao trabalharmos com a ferramenta de acompanhamento dos tutores (formulário disponível
na Comunidade de práticas), as orientadoras relataram muitas situações onde os tutores, na ausência
de acesso a internet, enviam as produções pedagógicas relativas ao curso, via pendrive, whatsapp,
impressões (via correio), ligações e e-mail.
Para que houvesse a garantia da certificação, combinamos que as mesmas irão postar o
material recebido pelos tutores em suas comunidades, problematizando as produções com os
demais; Uma das orientadoras construiu uma tabela de acompanhamento que viabiliza um
panorama sobre o território e as intervenções nele realizadas. As mesmas apresentaram memoriais
fotográficos realizados pelos tutores. Este material além de trazer um número grande de imagens
contextualizadas faz também um link entre todos os processos do projeto, pois apresenta uma
construção cronológica das intervenções em território.
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
Discutimos muitos casos e questões relacionadas ao curso trazidas pelos tutores. Abrimos
portfólios e slides enviados pelos tutores; Problematizamos a questão da religião e do cuidado em
saúde mental, bem como do cuidado através de espaços como as comunidades terapêuticas.
Neste encontro as orientadoras se dispuseram a fazer uma escrita dando um panorama por
regiões de saúde do Projeto Caminhos do Cuidado para ser postado no site da SES-MT e do
Projeto, bem como elaboraram uma apresentação do que foi o Projeto no Estado para ser
apresentada como devolutiva a CIB-MT no dia 07 de maio de 2015.
Por final propõem uma articulação com as conferências de saúde municipais e estaduais de
saúde que acontecerão neste ano, levando como pauta, a inserção de propostas de implementação de
ações de saúde mental na atenção básica, a partir da experiência do Projeto Caminhos do Cuidado.
Este encontro também desdobrou em uma articulação com os Centro de Referência Regional
de Formação em crack, álcool e outras drogas/ UFMT (CRR), buscando a divulgação dos impactos
do Projeto Caminhos do Cuidado, enquanto ação formativa na temática, abrangendo a saúde mental
na Atenção Básica. O encontro contou com a presença do Apoio Pedagógico, Coordenação Macro-
Regional e Equipe Estadual.
Região Sul (RS/PR/SC)
Realizaram-se poucos encontros de EP nestes estados. No RS realizou-se um encontro de
tutores junto com a última formação de tutores do RS em 15/0814. Foi interessante esse encontro
entre os ingressantes e os que já tinham desenvolvido experiência. Este encontro ocorreu com a
presença do educador Marco Aurélio Jorge e os apoiadores pedagógicos em especial com alguns
que estavam ingressando na atividade de apoiador.
No Paraná realizou-se encontro de EP com os orientadores incluindo orientadora de SC
quando houve a prorrogação do prazo de término do projeto com objetivo de atingir as metas em
ambos estados.
Ao término do projeto realizou-se um encontro entre o educador e os docentes da ETSUS do
PR para debate e aprofundamento dos temas do projeto CC, e como eles podem permanecer em
debate nos cursos realizados pela escola.
Espírito Santo (ES)
O primeiro encontro EP aconteceu em 15/04/2014. Havia sido percebido durante a formação
a dificuldade em relação ao matriciamento em Saúde Mental. Considerando o momento em que o
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
Estado passava, de instalação de novos Núcleos de Apoio de Saúde da Família, elegeu-se o tema
“Matriciamento em Saúde Mental na AB”, por necessidade e pertinência, conduzido pela
Educadora do ES, que apresentou alguns dados e provocou o debate sobre o assunto. Todos os
orientadores estavam presentes e a grande maioria dos tutores assim como a coordenação estadual
do projeto, a diretora da Escola e a coordenação pedagógica da ETS. Também presentes da
coordenação macrorregional e o apoio pedagógico do Estado.
O encontro também possibilitou espaço para a discussão de algumas situações trazidas pelos
tutores e orientadores, através da Comunidade de Práticas, como as dificuldades do trabalho em
EaD.
O segundo encontro foi nos dias 05 e 06/06/2014. No dia 05 pela manhã com diretora da
ETS, Coordenação Estadual do CC, Coordenadora Pedagógica da ETS, Coordenação de
Macrorregional, Educadora e Apoio Pedagógico.
A diretora da Escola fez um breve relato do percurso da ETS e dos projetos que estão
acontecendo concomitantemente ao projeto CC, reafirmando que o projeto está sendo executado,
em sua potencialidade máxima pela ETS, e se desenha muito bem estruturado no Estado com o
apoio da Gestão, que se demonstra muito mobilizada para atender ao Projeto em tempo hábil. Nesse
encontro foi solicitada uma capacitação para 10 Técnicos Pedagógicos sobre o tema -
Compartilhando a construção de um projeto: os aspectos pedagógicos e metodológicos, com
objetivo de potencializar o núcleo pedagógico da Escola, na construção de um material pedagógico,
e também disseminar apropriação do Processo Formativo do CC.
Na parte da tarde desse dia acompanhamos a reunião com o Colegiado Gestor, no qual foi
dado o informe sobre o monitoramento das turmas no Estado e, demais estratégias de divulgação do
CC em espaços potentes, com a divulgação através do Tele-saúde. Sugerido levar a esse espaço
debates e diálogos da realidade da SM e AB no Estado e estratégias possíveis possibilizadas pelo
curso. Fortalecimento da EP em ato.
No dia 06 aconteceu o encontro com orientadores, coordenação estadual do projeto,
educadora e apoio pedagógico. A discussão central foi sobre a qualidade das postagens na CdP,
sobre estratégias de estímulo aos tutores que ainda não vinham postando ou postando com pouca
regularidade, e o debate de situações delicadas como o fato da religião, bem permeado nos trabalhos
finais dos ACS sem uma crítica por parte dos tutores e pouca por parte dos orientadores.
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
Esse momento também propiciou que a Educadora pudesse conversar com os profissionais
da Escola envolvidos em cursos de saúde mental sobre as perspectivas e desdobramentos futuros
dos cursos da ETS nessa área.
O último encontro EP foi em 13/10 na parte da manhã e atendendo a solicitação do encontro
anterior, apresentamos experiências metodológicas e pedagógicas, em especial as do Caminhos do
Cuidado, e também as experiências de duas Escolas Técnicas: a do GHC e da Fiocruz. Essa reunião
contou com vários técnicos da ETS além da coordenadora estadual do projeto, a coordenadora
executiva do projeto, a coordenadora macrorregional, educadora e apoio pedagógico. A Escola
pretende oferecer, em 2015, um curso de aperfeiçoamento em saúde mental para profissionais de
nível médio da atenção básica, no qual será possível utilizar ferramentas e conteúdo do curso do
Caminhos do Cuidado. Espera-se conseguir produzir material didático específico para esse curso, o
qual já ocorreu em ‘piloto’, em 2011. Conversamos sobre os cursos que a Escola já oferece e a
maioria deles já trabalha com metodologias ativas. A ETS capacita profissionais de nível médio e
nível superior da rede, mas não podem titular os profissionais de nível superior, e por isso, fazem
parceria com outras instituições.
A tarde nos reunimos com os orientadores, coordenação estadual, macrorregional,
educadora e apoio pedagógico, quando avaliamos novamente as postagens, critérios de
acompanhamento e avaliação da EaD, com materiais extraídos da CDP, sinalizando aos
orientadores questões ainda possíveis de intervenção com seus tutores (devido o tempo restante);
abordamos as dificuldades, dúvidas em relação ao material de finalização - relatório das ações
enquanto orientadores de aprendizagem.
Chegou-se à conclusão de que mesmo face a algumas dificuldades de postagens por parte
de alguns tutores, a experiência de conhecer o que vem sendo apresentado pelos ACS e Atenfs em
sala de aula permite que se tenha um desenho da atual situação da atenção a saúde mental no
Estado. Avaliamos também que os encontros presenciais, mensais, que vem sendo realizados entre
os orientadores com seus tutores e da Coordenação Estadual com os orientadores - organização não
estava prevista no Projeto -, vem trazendo como consequência o percurso de sucesso do CC no ES.
Pactuamos uma proposta para o encerramento do Caminhos no ES que aconteceria em
12/12, na qual os orientadores teriam a atribuição de apresentarem o território de saúde no qual
ficaram como referência, incluindo na apresentação dados demográficos, dados de saúde, tutores,
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
turmas realizadas e relato de algumas experiências em sala de aula e sua percepção no processo em
que esteve como orientador de aprendizagem.
No último encontro de 12/12 finalizamos no Estado o Projeto CC com alcance acima do
esperado nas metas, no prazo, com qualidade e irradiação no processo de EP. Iniciamos com as
apresentações das produções organizadas pelo Orientadores, do seu processo de trabalho,
construindo via CdP, com a “Equipe Matricial” (Educadora/Apoiadora e Macrorregional). As
apresentações de modo geral comtemplaram o pactuado. Foram abordados os tópicos combinados
no encontro anterior, com apresentações mais aprofundadas de informações e discussões e outras
menos, retrato do processo apreensão enquanto orientadores de aprendizagem e também, das
experiências profissionais na área SM e AB. Esses reflexos fizeram que alguns orientadores se
apropriassem melhor das discussões via comunidade prática com os seus tutores, e possibilitou a
construção um desenho mais aproximado do panorama das regiões tutoreadas. De modo geral, até
mesmo os que não tinham muita experiência puderam realizar trocas ricas nos encontros presenciais
e em EaD, por meio das postagens em fóruns, chats e também com as discussões entre orientadores
com tutores, orientadores com educador e apoio e com os demais orientadores do Brasil,
participantes da CDP. Em um segundo momento nos reunimo-nos com alguns ACS, representantes
de SM e AB do Estado numa perspectiva de uma roda de conversa, para partilharmos tanto as
experiências exitosas quanto as não tanto, a fim de compreendermos a “ caminhada” do Curso CC
nas regiões e as discussões/construções possíveis para qualificar a SM na AB. Obtivemos como
retorno uma fala de impactos positivos por parte dos ACS e uma reivindicação de extensão proposta
do curso CC para os demais níveis, por entenderem a sua importância no cuidado integral.
Rio de Janeiro (RJ)
O RJ contou com 4 capacitações de tutores e em todas elas os orientadores estiveram
presentes o que propiciou um incremento na compreensão da lógica da Educação Permanente, por
parte dos orientadores.
O primeiro encontro com o grupo de orientadores, a coordenação estadual e o núcleo
pedagógico (macro, educadora e apoio) aconteceu em 20/05/2014 no Instituto Philippe Pinel,
quando foi possível compartilhar as experiências, dificuldades e potencialidades do processo até
aquele momento, como por exemplo, as fragilidades dos locais para a realização das formações, as
principais discussões no cotidiano e nós trazidos pelos ACS com a gestão e regime de trabalho. Os
orientadores comentaram sobre a participação tímida na CdP por parte dos tutores. Os motivos
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
alegados seriam a lentidão da ferramenta e a dificuldade em compreender o seu funcionamento,
considerando os diversos locais de postagens. Foram discutidas estratégias para convocar os tutores
a uma maior participação, como ao divulgar a previsão de início de novas turmas, não apenas o
tutor fosse avisado/lembrado por e-mail, mas que no mesmo e-mail se copiasse o orientador,
educador e apoio. Assim, o orientador, decorrido de dois a três dias do início da turma, entraria em
contato pela notificação da CdP com seu tutor, em busca de notícias, ao invés de aguardar a
postagem do tutor. Aproveitamos o encontro para discutir alguns casos postados na CdP buscando
uma compreensão mais homogênea do grupo. Em um segundo momento os tutores também
estiveram presentes, o que foi importante também para que pudéssemos nos reunir para além do
espaço virtual, acreditando que essa aproximação presencial cria laços e funciona como um
facilitador para postagens futuras.
Nosso encontro seguinte foi a última formação de tutores para completar turmas em regiões
mais distanciadas, que possuíam poucos tutores para a realização do curso. Construímos com a
Coordenação Estadual, Macrorregional e Núcleo Pedagógico, uma formação para um número
menor de pessoas com mesma qualidade num período menor de dias concentrados. Esta aconteceu
em parte no Instituto Municipal Philippe Pinel e na Escola Politécnica Joaquim Venâncio, em
06/09/2014. Presentes nesta formação estavam membros da ETIS participando do curso como até
então não havia acontecido.
Em 18/12/2014 realizamos um encontro apenas com a coordenação estadual,
macrorregional, educadora, apoio e orientadores para falarmos da mudança, a partir de janeiro, da
nova coordenação estadual, assim como pactuar com os três orientadores selecionados entre os
cinco, a nova redistribuição dos tutores e os desdobramentos para o ano de 2015.
No outro encontro, no dia 10/03/2105, na Escola Ana Nery, já com os tutores redistribuídos
entre os três tutores, combinamos com os orientadores um encontro que abordasse as dificuldades
que estavam tendo em convocar alguns tutores mais ausentes à CdP para compreender as razões da
ausência, as dificuldades em realizarem os relatos das turmas feitas, sua importância no processo de
EP. Nessa reta final deixar ainda mais claro como o trabalho ficava difícil quando os tutores não
postavam as listagens das turmas, a confirmação do total de alunos em sala de aula no início do
curso, assim como abordamos a responsabilidade dos orientadores com os tutores nas
observações/avaliações para que estes pudessem ter seus certificados liberados.
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
Educadora e apoio montaram uma apresentação de slides para que pudessem compreender o
uso possível de suas postagens, as informações pertinentes que as mesmas possibilitavam, desde
que compartilhadas. Iniciamos com um pequeno vídeo de Emerson Merhy a fim de sensibiliza-los
acerca do processo de “estar com o outro”, de ouvi-lo e compreender a sua fala e demanda.
Entender o outro como sujeito, fazendo uma analogia a fala de Merhy quanto a semelhança
observar uma obra de arte com o trabalho na saúde. A importância despir-se do conceito pronto e
sensibilizar-se em ouvir o que outro tem a dizer, para além do visível, dos protocolos. Os
orientadores e os tutores puderam falar de suas impressões no processo de aprendizagem por pares,
a dificuldade da ferramenta e os enfrentamentos que estavam tendo no território, e muitas vezes a
demora na resposta dos orientadores. Realizamos algumas pactuações, falamos da nova fase que
entraria o projeto com a prorrogação do prazo, convidando os tutores a permanecerem. Muitos
verbalizaram a vontade de permanecer e fazer novas turmas. Combinamos de construir com a
Equipe Estadual/ matricial a construção de uma tabela com os melhores dias de realizações de
turmas, locais/ áreas programáticas e demais regiões. A partir desse encontro tivemos mais avanços
nas postagens e melhora na comunicação entre coordenação estadual, tutores, orientadores e Equipe
matricial. Para este encontro foi repactuado a divisão de tutores por orientadores, visto o
redimensionamento que passava o projeto e as metas já atingidas. A Equipe estadual/ matricial e
orientadores fizeram juntos as divisões e adesões de novos tutores, respeitando os limites e
considerando suas áreas de trabalho para facilitar na discussão em EaD. Organizamos também
postagens de manuais de movimentações na plataforma.
Por último realizamos nova formação simplificada, para completar o quadro de tutores para
as turmas abertas. Optamos por aproveitar membros da equipe anterior que trabalharam como apoio
da coordenação estadual em regiões do estado, ou seja, pessoas que já tinham uma familiaridade
com projeto, não sendo necessário dispensar muitos dias de formação, devido a apropriação dos
mesmo com o projeto. Realizamos o processo com duas articuladoras da Equipe Estadual e uma
professora da Etis. Depois do processo simplificado as tutoras já assumiram turmas. Assim,
seguimos fortalecendo as trocas no ambiente virtual, qualificando o processo de Educação
Permanente.
A finalização contemplou de modo muito satisfatório todos esses esforços, qualificação da
equipe, responder a demanda do grande populacional de turmas com qualidade e pouca
disponibilidade/oferta de tutores, mantendo a qualidade das discussões no espaço EaD, impacto no
território e estreitamento da distância da SM e AB. Aspectos medidos de modo empírico através
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
das falas dos ACS quanto a modificação de seus olhares no cotidianos de trabalho, das
apresentações dos trabalhos contendo: paródias, casos e demais comentários em sala de aula, acesso
aos usuários não antes abordados, todos possibilitados a partir do curso. A palavra ressoada nos
depoimentos era de mudança de olhar a uma população, presente no território, porém, antes
invisibilizada pelo (pre) conceito e fragilidade da rede.
A macrorregional, educadora e apoio organizaram, através de fotos, poesias, frases e
comentários na CdP, um varal que possibilitou que os participantes pudessem conhecer um pouco
do que foi o CC no Estado do Rio de Janeiro. Além disso, havia sido solicitado aos municípios que
tivessem interesse, que trouxessem pôsteres que contassem um pouco do percurso do CC no seu
território. O município do RJ atendeu em peso ao chamado e as 10 áreas programáticas da saúde
expuseram suas experiências. Niterói, S.João de Meriti, Duque de Caxias, entre alguns outros,
também optaram por apresentar através de um banner, sua experiência.
A coordenadora macrorregional nos presenteou com um vídeo musicado de momentos dos 2
anos de CC no Estado. Os coordenadores estaduais também apresentaram dados e vivências do
Projeto.
O evento aconteceu na Biblioteca Parque de Manguinhos. Pudemos contar com o cine-teatro, o
saguão vizinho a ele onde ficaram varal e pôsteres e ainda um local para o buffet, já que foi servido
um brunch para os presentes.
Participaram do evento de encerramento do CC, 01/09/2015, representantes das Coordenações das
Áreas Programáticas de Saúde do município do RJ e demais regiões do Estado abrangidos pelo CC,
Equipe Pedagógica, Macrorregional, Executiva Nacional, DEGES, Orientadores, Tutores, ACS’s e
Representantes da SM, ABS e EP do Estado. Cada região pode apresentar suas impressões,
experiências e desenho do curso na região e foi aberto, ao final, para que tutores e orientadores
assim como demais pessoas presentes ao evento, pudessem falar.
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
6.2 Atividades do colegiado de gestão
A participação da equipe pedagógica junto aos colegiados de gestão dos estados foi eventual
e em alguns poucos estados. Esse dispositivo de gestão do projeto quando existente foi um fator de
potencialização do projeto nos territórios pois propunha a participação das áreas de SM e AB
estaduais, CONASEMS, entre outros sendo propulsor do debate sobre a Rede de Atenção
psicossocial (RAPS).
6.3 Desenvolvimento das ações junto à ETSUS
As atividades da equipe nacional mais específicas com as ETSUS e seus colaboradores
tomaram lugar mais na finalização do projeto. Denominadas como Oficinas de compartilhamento,
em algumas escolas desenvolveram-se oficinas do projeto com o objetivo de formação de tutores,
MG, SP; em outras com objetivo de debater as práticas educativas das escolas referentes a saúde
mental e à saúde mental e atenção básica, como ES, BA, PI. As atividades desenvolvidas já foram
descritas em outros itens deste relatório.
6.4. Outros
7 SUPORTE DA EQUIPE PEDAGÓGICA NACIONAL
Preciso de Ajuda e Fale Conosco
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
Para auxiliar os participantes das CdPs quanto à dificuldades de acesso, perda de senha,
problemas para postagem de material, entre outras, foram criadas e disponibilizadas duas
ferramentas: Preciso de Ajuda e o Fale Conosco.
O Fale Conosco é o suporte dado por email. Os emails enviados com dúvidas, sugestões,
dificuldades e outros, foram acessados pelo grupo da coordenação acadêmica, que respondia aos e-
mails referente a questões acadêmicas e encaminhou ao Apoio Pedagógico as questões pedagógicas,
relativas ao acesso da CdP, assim como certificações, dúvidas, comentários, reclamações e etc.
O Preciso de Ajuda é uma janela virtual acessada no canto inferior da plataforma onde é
possível conversar online com o suporte do site. Esse suporte é disponibilizado em horário
comercial e o suporte é dado pelos técnicos da OTICS, responsáveis pela manutenção, alterações e
aprimoramento da plataforma, explicado em outro item deste relatório.
8. CONSIDERAÇÕES SOBRE AS ATIVIDADES DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
O núcleo pedagógico foi de certa forma o coração do projeto. A partir das concepções
iniciais no âmbito dos conteúdos e na proposta metodológica o projeto foi se constituindo.
O encontro entre a perspectiva pedagógica de centralidade no sujeito e a perspectiva de
cuidado a partir da redução de danos que propõe a centralidade no sujeito foi a grande potência do
curso. Isto foi visto tanto na formação dos formadores como na formação dos alunos.
Destaca-se alguns momentos que foram importantes no largo e intenso caminho dos
Caminhos do Cuidado como o núcleo pedagógico se mostrou altamente eficaz nos encontros
acontecidos em Brasília e em Porto Alegre. Além da maneira rápida de encontrar uma linha
pedagógica e uma organização suficientemente clara e ao mesmo tempo aberta, de maneira a ser
operada nos mais diversos locais do extenso território brasileiro. Um destaque especial merece a
organização e produção de textos. Todos eles foram escritos e reescritos inúmeras vezes. Isso
aconteceu com o caderno do Tutor na escolha de textos guias, de casos para discussão. Muitos dos
textos foram reescritos pelos consultores, educadores, apoiadores pedagógicos e coordenadoras e
entre os vários companheiros o clima de doação e criatividade foi permanente. Merece destaque a
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
produção do Guia de Saúde Mental que reescrita aproximadamente 30 vezes. Porém considera-se
que esse pequeno livrinho é o ponto alto da produção bibliográfica do projeto.
O núcleo pedagógico (NP) esteve à frente de um grande desafio, o de formar orientadores e
tutores para atuarem em todo o Brasil, em todas as regiões de saúde, o número de 1280 projetados
foi em muito superado. Ao final foram 2761 pessoas formadas/selecionadas em formações em sua
maioria de 40h (exceto 06 de orientadores de 24h), que foram coordenadas presencialmente por um
grupo de dez educadores, dez apoiadores pedagógicos, 2 consultores, equipe OTICS, 2
coordenações. Todos os participantes deste núcleo contavam com uma coerência teórica nos eixos
do curso e com uma coerência metodológica que foi se reconstruindo e reforçando ao longo do
processo. A organização e infraestrutura permitiu que mesmo quando os grupos de tutores eram
grande, conseguiu-se ampliar a discussão de forma participativa e reflexiva. Ao final das formações
comentários comuns eram que “você entra de uma forma no curso e sai de outra”; “o que muda é o
olhar”; “é possível fazer”...
Encontrou-se muitas visões sobre o cuidado em saúde mental entre os trabalhadores de
saúde. Do nada a fazer a grandes potências de inclusão (como na letra do samba mineiro (...)
esquizofrênico também tem sentimento (...)). Uma forte influência de uma visão manicomial do
cuidado em saúde mental, mas em contraponto uma forte visão de cuidado em liberdade com
equidade. O curso com suas dinâmicas, com a potência dos debates promovidos pelo NP promoveu
nas formações de orientadores e tutores uma compreensão do cuidado em saúde mental na atenção
básica, no acolhimento e no vínculo como grande potência de cuidado, e a construção de redes para
esse cuidado. A principal mudança percebida foi o deslocamento de olhar, da substância ou doença
para o sujeito que sofre. A metodologia centrada nos alunos com o deslocamento do genérico para
si, encontra o mesmo sentido do conteúdo, isso também desperta a mudança do olhar.
Havia uma projeção de término de formações de orientadores em fevereiro de 2014 (o que
ocorreu) e de tutores em março de 2014. Entretanto o NP realizou formação presencial para tutores
até março de 2015.
A partir de junho de 2014 educadores e apoiadores foram distribuídos regionalmente para o
acompanhamento em EAD nas comunidades de práticas. A interação foi muito diferenciada na
participação nas CdPs. Alguns interagiram muito, produziram excelente diálogo entre orientadores,
educadores e apoios, melhorando a intervenção com os tutores, outros tiveram muito pouca
interação com os orientadores, tanto em relação aos apoiadores como em relação aos educadores.
Pelas CdP pode-se perceber como o projeto foi um disparador de debates nos municípios, de
questionamentos tanto de si, como de relações familiares, relações entre a equipe de saúde, desta
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
com outros membros da rede e com a gestão local dos serviços. Apesar de muitos dos relatos dos
tutores nas CdPs terem sido burocráticos, muitos expressaram a riqueza do debate que se fazia em
sala de aula entre os ACS e ATEnf., como o curso estava provocando uma mudança, até mesmo na
valorização do trabalhador ACS/ATEnf, pois o curso propõe partir do cotidiano, do saber local e a
partir daí gerar reflexão. É possível acessar uma parte dessa produção no site
www.caminhosdocuidado.org .
A utilização da plataforma virtual para a realização da educação permanente dos tutores foi
de uso irregular. Algumas regiões pelas dificuldades de conexão, outras pela pouca intimidade com
meios virtuais, outras pela própria dificuldade de construir relatos/narrativas do fazer cotidiano.
Houve uma grande dificuldade de atuação de muitos orientadores que deveriam cumprir um papel
de animador de debates, de comentar a produção dos tutores, assim como teve tutores que apesar do
esforço do orientador, não responderam aos chamados, ou muitos permaneceram na
superficialidade.
Durante a finalização do projeto, permaneceram apenas os orientadores considerados mais
ativos e participantes do processo, o que potencializou a produção virtual nas últimas etapas do
projeto.
Pode-se concluir que os momentos presenciais foram extremamente potentes para o
questionamento inicial, para a mudança de olhar; que o período virtual foi menos impactante e que
realizar EP no território beneficiou os grupos que participaram, ampliando a participação nas CdPs.
8.1 Potencialidades e fragilidades dos Educadores
A grande potencialidade dos educadores foi sua experiência. A coerência teórica quanto aos
eixos do curso, o entusiasmo na construção de um debate nacional a respeito de redução de danos
no cuidado em saúde mental, do cuidado em liberdade e o apoio nos direitos humanos no cuidado
em saúde mental e uso prejudicial de drogas. Os encontros de formação presenciais foram de muita
troca teórica, grupos de discussão muito potentes, rodas de conversa. Potencializar o espaço virtual
provocando os orientadores, animando os debates, ampliando o escopo teórico do grupo. Quando as
formações ficaram menores alguns educadores eram os únicos facilitadores do curso
As fragilidades foram, por vezes não poder permanecer toda a formação impactando nas
avaliações e a pouca participação de alguns no ambiente virtual.
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
8.2 Potencialidades e fragilidades dos Apoios Pedagógicos
As potencialidades dos apoios pedagógicos também baseou-se nas experiências do grupo e
sua participação entusiasmada tanto do momento de elaboração dos matérias do projeto como no
planejamento e execução das formações de tutores e orientadores. Toda organização em relação a
materiais pedagógicos e acadêmicos das formações ficaram sob a responsabilidade dos apoios. A
entrega das aprovações e reprovações para a coordenação acadêmica. Os apoios tiveram também
durante a realização dos cursos papel fundamental coordenando os pequenos grupos e os médios
grupos também, em parceria com os educadores e orientadores. Quando as formações ficaram
menores muitos colegas do apoio eram os únicos facilitadores do curso.
Nas CdPs tiveram papel importante nas subcomunidades junto com os educadores nos
debates temáticos e de orientação aos tutores e estiveram apoiando a gestão acadêmica da CdP junto
aos orientadores. Toda certificação do módulo II do curso de tutores do Projeto Caminhos do
Cuidado foi feita em conjunto entre apoiadores e orientadores. A finalização das comunidades ficou
como responsabilidade dos apoios.
Dentre as fragilidades tinha-se que alguns tinham mais vivência ou na AB ou na SM e essas
diferenças que foram potentes mas por vezes geraram conflitos. Essa fragilidade refletiu-se por
vezes nas coordenações de grupos e no debate temático com orientadores. A saída de alguns e a
necessidade de repor novos colegas, muitos que não tiveram a vivência das formações presenciais
dos tutores dificultou um pouco o trabalho nas CdPs.
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. A Política do Ministério da Saúde para Atenção Integral a Usuários de Álcool e outras Drogas. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2004. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Grupo Hospitalar Conceição. Fundação Osvaldo Cruz. Projeto Caminhos do Cuidado: formação de agentes comunitários de saúde, auxiliares e técnicos de enfermagem da saúde da família – em saúde mental ênfase em crack, álcool e outras drogas. Brasília: MS/GHC/FIOCRUZ, 2013. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Grupo Hospitalar Conceição. Fundação Osvaldo Cruz. Site do Projeto Caminhos do Cuidado: formação de agentes comunitários de saúde, auxiliares e técnicos de enfermagem da saúde da família – em saúde mental ênfase em crack, álcool e outras drogas. Brasília: MS/GHC/FIOCRUZ, 2014. Disponível em: http://www.caminhosdocuidado.org/. Acesso em: 05 dez 2014. [Sugestão de como referenciar textos de site assinado por jornalista] TORRES, Odete Messa[ou OM]. [Nome da matéria]. IN: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Grupo Hospitalar Conceição. Fundação Osvaldo Cruz. Site do Projeto Caminhos do Cuidado: formação de agentes comunitários de saúde, auxiliares e técnicos de enfermagem da saúde da família – em saúde mental ênfase em crack, álcool e outras drogas. Brasília: MS/GHC/FIOCRUZ, 2014. Disponível em: http://www.caminhosdocuidado.org/[ENDEREÇO DO LINK DA MATÉRIA]. Acesso em: [DATA/MÊS/ANO DE ACESSO] 05dez 2014.
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
APÊNDICE 01 Programações alternativas para o curso de ACS/ATEnf. 1. Formato alternativo I do curso de alunos ACS/ATEnf para demanda inicialmente da
região norte, acabou sendo utilizada em outros locais do Brasil.
1º Encontro Território e introdução a temática das drogas
2º Encontro Políticas de Saúde Redução de Danos
• Atividade de acolhimento 1: 1h e 45 • Construção do território e mapas: 2horas • Intervalo: 15 min.
• Discussão das questões: 1h45min • Texto Saúde Mental e Saúde Coletiva-
para leitura e 2h para debate • Intervalo: 15min
• Substituição da atividade de dispersão: leitura e debate do texto de DomicianSiqueira -são realizadas nas equipes que os alunos identificam como redução de danos.
• Intervalo: 15min• Vídeo “Pedras nos caminho”: 1h30min• Texto Paixões e Químicas e debates:
1h15min • Apresentação dos grupos, debates e
leitura do texto de apoio: 2h • Intervalo: 15 min • Vídeo: Não é o que parece- Fora de Si -45
min. • Dinâmica dos prazeres e debate – 45 min • Combinar atividade de dispersão – 15
min.
• Fragmentos da Política e Debates: 1h45min
• Atividade do Filme/ Contos: 2h • Combinar atividade de dispersão –
15min.
• Dinâmica da Troca: 1h30m• Intervalo: 15min• Leitura dos Instrumentos de Intervenção:
1h para leitura e 1hora para debate• Atividades de Dispersão: 15min
INTERVALO DE 2 A 3 SEMANAS
TURNO EXTRA
4º Encontro Caixa de Ferramentas
5º Encontro Redes de Cuidado
MANHÃ • Apresentação das
Atividades da dispersão nº. 2 e 3 – 2h
• Intervalo: 15min • Atividade dos grupos-
leitura das ferramentas: 1h30min
• Apresentar e debater as propostas elaborados pelos grupos: 1he15min
• Dinâmica da Caixa de Ferramentas: 45min
• Intervalo: 15min • Debate das Principais
Ferramentas: 1h45min
• Apresentar na Roda de Conversa a atividade de Dispersão nº. 04: 1h
• Retomar os mapas (atividade de dispersão) e jogo da rede: 1h45min
• Intervalo: 15min • Debater as questões: 1h
TARDE
• • Leitura e debate do texto de apoio: 45h
• Elaborar substituição da atividade de dispersão por equipe de ESF: planejamento de uma intervenção educativa da atividade de
• Em grupos construir a proposta das atribuições ACS/ATEnf: 45min
• Compartilhar e construir uma proposta coletiva para turmas: 45min
• Intervalo: 15min
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
dispersão nº4: 2h • Intervalo: • Apresentação dos
grupos:
• Apresentar as experiências: 1h45min
• Processo de avaliação- formulário: 30min
SUBSTITUIÇÃO DA TAREFA DE DISPERSÃO Nº 04 ROTEIRO PARA PLANEJAMENTO DE ATIVIDADE EDUCATIVA DA DISPERSÃO Nº 4/ Por grupos de ESF: TEMA: OBJETIVOS DA ATIVIDADE: PÚBLICO ESPERADO: FORMAS DE MOBILIZAÇÃO DAS PESSOAS: RECURSOS A SEREM UTILIZADOS (FILME, CARTILHA, VÍDEO, ETC): DINÂMICA DA ATIVIDADE: como vai ser realizada a atividade, qual a dinâmicas de apresentação ou de descontração a ser utilizada; como serão utilizados os recursos ou materiais educativos? AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE: o que vai ser avaliado? Como vai ser avaliado? 2. Formato alternativo II
1º Encontro Território e introdução a temática das drogas
2º Encontro Políticas de Saúde Redução de Danos
• Atividade de acolhimento 1: 1h e 45 • Construção do território e mapas: 2horas • Intervalo: 15 min.
• Discussão das questões: 1h45min • Texto Saúde Mental e Saúde Coletiva-
para leitura e 2h para debate • Intervalo: 15min
• Substituição da atividade de dispersão:leitura e debate do texto de Domiciano Siqueira -são realizadas nas equipes que oidentificam como redução de danos.
• Intervalo: 15min• Vídeo “Pedras nos caminho”: 1h30min• Texto Paixões e Químicas e debates:
1h15min • Apresentação dos grupos, debates e
leitura do texto de apoio: 2h • Intervalo: 15 min • Vídeo: Não é o que parece- Fora de Si -45
min. • Dinâmica dos prazeres e debate – 45 min • Combinar atividade de dispersão – 15
min.
• Fragmentos da Política e Debates: 1h45min
• Atividade do Filme/ Contos: 2h • Combinar atividade de dispersão –
15min.
• Dinâmica da Troca: 1h30m• Intervalo: 15min• Leitura dos Instrumentos de Intervenção:
1h para leitura e 1hora para debate• Atividades de Dispersão: 15min
INTERVALO DE 2 A 3 SEMANAS
4º Encontro DISPERSÃO
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
Caixa de Ferramentas MANHÃ
• Apresentação das Atividades da dispersão nº. 2 e 3 – 2h
• Intervalo: 15min • Atividade dos grupos- leitura das
ferramentas: 1h30min
Realizar a tarefa de dispersão nº 4 no município na região – 4h
• Retomar os mapas (atividade de dispersão nº 01) e jogo da rede: 1h45min
• Intervalo: 15min• Debater as questões sobre rede de cuidado:
1h • Em grupos construir a proposta das
atribuições ACS/ATEnf: 45min
TARDE • Apresentar e debater as propostas
elaborados pelos grupos: 1he15min • Dinâmica da Caixa de Ferramentas:
45min • Intervalo: 15min • Debate das Principais Ferramentas:
1h45min
• Apresentação da tarefa de dispersão nº 04 – 2h
• Leitura e debate do texto de apoio da caixa de ferramentas e relacionar com a atividade de dispersão: 45h
• Compartilhar e construir uma proposta coletiva para turmas: 45min
• Intervalo: 15min • Apresentar as experiências: 1h45min• Processo de avaliação
3. Formato alternativo III
1º Encontro Território e introdução a temática das drogas
2º Encontro Políticas de Saúde Redução de Danos
• Atividade de acolhimento 1: 1h e 45 • Construção do território e mapas: 2horas • Intervalo: 15 min.
• Discussão das questões: 1h45min • Texto Saúde Mental e Saúde Coletiva-
para leitura e 2h para debate • Intervalo: 15min
• Substituição da atividade de dispersão: leitura e debate do texto de DomicianoSiqueira -
• Intervalo: 15min• Vídeo “Pedras nos caminho”: 1h30min• Texto Paixões e Químicas e debates:
1h15min • Apresentação dos grupos, debates e
leitura do texto de apoio: 2h • Intervalo: 15 min • Vídeo: Não é o que parece- Fora de Si -45
min. • Dinâmica dos prazeres e debate – 45 min • Combinar atividade de dispersão – 15
min.
• Fragmentos da Política e Debates: 1h45min
• Atividade do Filme/ Contos: 2h • Combinar atividade de dispersão –
15min.
• Dinâmica da Troca: 1h30m• Intervalo: 15min• Leitura dos Instrumentos de Intervenção:
1h para leitura e 1hora para debate• Atividades de Dispersão: 15min
4º Encontro
Caixa de Ferramentas 5º Encontro
Redes de cuidado MANHÃ
• Apresentação das Atividades da dispersão nº. 2 e 3 – 2h
• Intervalo: 15min • Atividade dos grupos- leitura das
ferramentas: 1h30min
• Apresentar na Roda de Conversa a atividade de Dispersão nº. 04: 1h
• Retomar os mapas (atividade de dispersão) e jogo da rede: 1h45min
• Intervalo: 15min • Debater as questões: 1h
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
TARDE • Apresentar e debater as propostas elaborados
pelos grupos: 1he15min • Dinâmica da Caixa de Ferramentas: 45min • Intervalo: 15min • Debate das Principais Ferramentas: 1h45min
• Em grupos construir a proposta das atribuições ACS/ATEnf: 45min
• Compartilhar e construir uma proposta coletiva para turmas: 45min
• Intervalo: 15min • Apresentar as experiências: 1h45min • Processo de avaliação- formulário: 30min
TURNO ESTENDIDO OU UM TURNO A MAIS
• Leitura e debate do texto de apoio: 45h • Elaborar atividade de dispersão:
planejamento e relato de uma intervenção educativa da atividade de dispersão nº4: 2h
ROTEIRO PARA PLANEJAMENTO DE ATIVIDADE EDUCATIVA DA DISPERSÃO Nº 4 TEMA: OBJETIVOS DA ATIVIDADE: PÚBLICO ESPERADO: FORMAS DE MOBILIZAÇÃO DAS PESSOAS: RECURSOS A SEREM UTILIZADOS (FILME, CARTILHA, VÍDEO, ETC): DINÂMICA DA ATIVIDADE: como vai ser realizada a atividade, qual a dinâmicas de apresentação ou de descontração a ser utilizada; como serão utilizados os recursos ou materiais educativos? AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE: o que vai ser avaliado?
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
APÊNDICE 02 Programações dos cursos presenciais para orientadores e tutores
Oficina de Formação e Seleção de Orientadores
1º DIA - 20/11 2º DIA - 21/11 3º DIA - 22/11
MANHÃ
9h -10h- Credenciamento 10h-10h15min: Abertura 10:15- 10:30min: Apresentação do Projeto – Grupo Condutor e/ou Executiva 10:30- 11:15h: Contextualização do trabalho do orientador de aprendizagem 11:15h – 12h: Apresentação dos participantes da oficina 12-13h: Intervalo almoço.
Grupo A 8h30- 10h30 – EAD – Comunidade de Práticas 10h30-10h45 – Intervalo 10h45 – 11h30 -– EAD – Comunidade de Práticas 12h30-13h30: Intervalo de almoço ___________________________________ Grupo B 8h30 – 10h30h: Conversa sobre programação do curso dos Tutores: Leitura da programação, junto com o Caderno do Tutor. 10h30-10h45min: Intervalo 10h45h – 12:30h: Orientar as dinâmicas, aprofundar as temáticas da Programação e do Curso ACS/ATENFs.
8h30-10h30 - Exercício de Imersão sobre processo de orientação - Educadores e apoio pedagógico. 10h30- 10:45min: Intervalo 10h45 - 12h30: Continuação da atividade 12h30- 13h: Intervalo almoço.
TARDE
13-13:30 min: Vídeo Crack? Crack! 13:30 min -16h: Roda de Conversa: Atenção Básica/Saúde Mental no Cuidado à Saúde – DAB e SM 16 -16:15 min: Intervalo 16:15 – 19h: EAD – Comunidade de Práticas
Grupo A 13h30 – 15h30h: Conversa sobre programação do curso dos Tutores: Leitura da programação, junto com o Caderno do Tutor. 15h30-15h45min: Intervalo 15h45h – 18h: Orientar as dinâmicas, aprofundar as temáticas da Programação e do Curso ACS/ATENFs. ___________________________________ Grupo B 13h30- 15h30 – EAD – Comunidade de Práticas 10h30-10h45 – Intervalo 15h45 – 16h30 -– EAD – Comunidade de Práticas
13h30 – 15h: Avaliação de conteúdo/ Conselho de classe 15h – 15h15min: Intervalo 15h15min - 16h: Conversa sobre avaliação dos Tutores 16h-17h: Roda de conversa: Avaliando a oficina. 17h-17h30min: Encerramento com leitura do poema
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
1. Formação em 05 dias grupos de 60 a 200 participantes.
FORMAÇÃO PRESENCIAL DE TUTORES – 27 a 31 de Janeiro de 2014 – São Paulo/SP 1º DIA - MANHÃ 2º DIA - MANHÃ 3º DIA - MANHÃ 4º DIA - MANHÃ
8h30min-9h30min: Grande Grupo - Apresentação do projeto e do plano de curso dos ACS e dos tutores 9h30min-10h: - Apresentação da programação e orientação sobre a organização do curso 10h – 10h15min: Intervalo 10h15min- 11h: Médio Grupo - Dinâmica da teia (pág. 21) 11h- 12h30min: Pequeno Grupo - Dinâmica do Retrato Falado e construção do Mapa (pág. 23) 12h30 13h30m: Intervalo almoço
8h30min-9h30min: Grande Grupo - Vídeo “Pedras no Caminho” 9h30min -11h: Médio Grupo - Dinâmica da Troca (pág. 49) - Leitura coletiva e debate do texto “Paixões e Químicas” (pág. 92) 11h- 11h15min: Intervalo 11h15min-12h30min: Pequeno grupo - Leitura dos instrumentos de intervenção e reflexão a partir do caso nº1 – Ueslei (pág. 51) 12h30min-13h30min: Intervalo almoço
8h30min-9h30min: Pequeno Grupo Jogo da Rede (pág. 78) 9h30min – 10h15min: Médio Grupo - Apresentar a proposta de Dramatização sobre a Atribuição dos ACS e ATENFs e seu papel na Rede de Cuidados em Saúde Mental - Dinâmica de descontração 10h15min- 10h45min: Pequeno grupo -Preparação das cenas 10h45 – 11h:Intervalo 11h- 12h30min: Médio Grupo - Apresentação e Debate -Construção de painel com as atribuições dos ACS e ATENFs levantadas pelos grupos. 12h30min-13h30min: Intervalo almoço
GRUPO A Médio Grupo Leitura do caderno de apoio dos alunos - Escolha das temáticas e definição dos grupos para roda de conversa GRUPO B 8h30min- 12h30min:Médio Grupo - Capacitação em EAD12h30min-13h30min: Intervalo almoço
1º DIA - TARDE 2º DIA - TARDE 3º DIA - TARDE 4º DIA - TARDE
13h30min-15h: Grande Grupo - Roda de conversa Atenção Básica e Saúde Mental (MS/DAB) 15h- 15h15min: Grande grupo - Vídeo de clown 15h15- 15h30min: Intervalo 15h30mnin- 16h45min: Médio Grupo - Dinâmica Múltiplos Prazeres (pág. 25) - Leitura coletiva e debate da entrevista do Domiciano, a partir das questões norteadoras (pág 86) 16h45- 17h30min: Grande Grupo - Vídeo “Não é o que parece – Fora de si - Leitura coletiva e debate do texto “Drogas e cultura” (pág 176)
13h30min-15h45min: Pequeno Grupo - Leitura de textos e discussão de casos Intrumento de intervenção (pág. 68) 15h45min-16h: Intervalo 16h-17h30min: Médio grupo - Dinâmica da Caixa de Ferramentas (pág. 70)
13h30min-17h30min: Pequeno Grupo 13h30min-15h30min: -Atividade dos Contos 15h30min- 15h45min: Intervalo 15h45min – 17h30min: - Leitura sobre metodologias de aprendizagem
GRUPO A 13h30min-17h30min:Médio Grupo - Capacitação em EAD GRUPO B Médio Grupo Leitura do caderno de apoio dos alunos - Escolha das temáticas e definição dos grupos para roda de conversa
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
FORMAÇÃO PRESENCIAL DE TUTORES – 27 a 31 de Janeiro de 2014 – São Paulo/SP 1º DIA - MANHÃ 2º DIA - MANHÃ 3º DIA - MANHÃ 4º DIA - MANHÃ
8h30min-9h30min: Grande Grupo - Apresentação do projeto e do plano de curso dos ACS e dos tutores 9h30min-10h: - Apresentação da programação e orientação sobre a organização do curso 10h – 10h15min: Intervalo 10h15min- 11h: Médio Grupo - Dinâmica da teia (pág. 21) 11h- 12h30min: Pequeno Grupo - Dinâmica do Retrato Falado e construção do Mapa (pág. 23) 12h30 13h30m: Intervalo almoço
8h30min-9h30min: Grande Grupo - Vídeo “Pedras no Caminho” 9h30min -11h: Médio Grupo - Dinâmica da Troca (pág. 49) - Leitura coletiva e debate do texto “Paixões e Químicas” (pág. 92) 11h- 11h15min: Intervalo 11h15min-12h30min: Pequeno grupo - Leitura dos instrumentos de intervenção e reflexão a partir do caso nº1 – Ueslei (pág. 51) 12h30min-13h30min: Intervalo almoço
8h30min-9h30min: Pequeno Grupo Jogo da Rede (pág. 78) 9h30min – 10h15min: Médio Grupo - Apresentar a proposta de Dramatização sobre a Atribuição dos ACS e ATENFs e seu papel na Rede de Cuidados em Saúde Mental - Dinâmica de descontração 10h15min- 10h45min: Pequeno grupo -Preparação das cenas 10h45 – 11h:Intervalo 11h- 12h30min: Médio Grupo - Apresentação e Debate -Construção de painel com as atribuições dos ACS e ATENFs levantadas pelos grupos. 12h30min-13h30min: Intervalo almoço
GRUPO A Médio Grupo Leitura do caderno de apoio dos alunos - Escolha das temáticas e definição dos grupos para roda de conversa GRUPO B 8h30min- 12h30min:Médio Grupo - Capacitação em EAD12h30min-13h30min: Intervalo almoço
1º DIA - TARDE 2º DIA - TARDE 3º DIA - TARDE 4º DIA - TARDE
13h30min-15h: Grande Grupo - Roda de conversa Atenção Básica e Saúde Mental (MS/DAB) 15h- 15h15min: Grande grupo - Vídeo de clown 15h15- 15h30min: Intervalo 15h30mnin- 16h45min: Médio Grupo - Dinâmica Múltiplos Prazeres (pág. 25) - Leitura coletiva e debate da entrevista do Domiciano, a partir das questões norteadoras (pág 86) 16h45- 17h30min: Grande Grupo - Vídeo “Não é o que parece – Fora de si - Leitura coletiva e debate do texto “Drogas e cultura” (pág 176)
13h30min-15h45min: Pequeno Grupo - Leitura de textos e discussão de casos Intrumento de intervenção (pág. 68) 15h45min-16h: Intervalo 16h-17h30min: Médio grupo - Dinâmica da Caixa de Ferramentas (pág. 70)
13h30min-17h30min: Pequeno Grupo 13h30min-15h30min: -Atividade dos Contos 15h30min- 15h45min: Intervalo 15h45min – 17h30min: - Leitura sobre metodologias de aprendizagem
GRUPO A 13h30min-17h30min:Médio Grupo - Capacitação em EAD GRUPO B Médio Grupo Leitura do caderno de apoio dos alunos - Escolha das temáticas e definição dos grupos para roda de conversa
1. Formação em 04 dias para grupos menores do que 20 pessoas.
FORMAÇÃO PRESENCIAL DE TUTORES NO MA - 04 DIAS
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
1º DIA – MANHÃ (25/08) 2º DIA – MANHÃ (26/08) 3º DIA – MANHÃ (27/08) 4º DIA – MANHÃ
8:30-9:00 Entrega de materiais 9h- 9:30h -Abertura – Colegiado Gestor - Apresentação do projeto e do plano de curso dos ACS e dos tutores (Sérgio) - Apresentação da programação e orientação sobre a organização do curso. (Rafael e Sérgio) 9:30-10:00h - Dinâmica da teia (pág. 21) 100:00h-10h15min Intervalo 10:15h- 12h - Dinâmica do Retrato Falado e construção do Mapa (pág. 23)- 12h- 13:30h – Intervalo almoço
8h30min - 9h30min - Dinâmica da Troca (pág. 49) - Leitura coletiva e debate do texto “Paixões e Químicas” (pág. 92) 9h30min -10h - Leitura dos instrumentos de intervenção e reflexão a partir do caso nº1 – Uéslei (pág. 51) 10:00h-10h15min Intervalo 10h15min-10:45h Apresentação e debate a partir do caso Ueslei 10:45h - 12h - Leitura de textos e discussão de casos Instrumento de intervenção (pág. 68) 12hmin-13h30min: Intervalo almoço
8h30min-12:00 Formação para EAD (grupo A) Dinâmica de descontração(grupo B) - Apresentar a proposta de Dramatização sobre a Atribuição dos ACS e ATENFs e seu papel na Rede de Cuidados em Saúde Mental - Preparação das cenas 10:00-10:15 Intervalo 10:15 – 12:00 - Apresentação e Debate 12h -13h30min Intervalo almoço
8h30min- 10h Leitura do caderno de apoio do Tutor 10h-10h15min Intervalo 10h15min- 12h Roda de Conversa- Redução de Danos e o cuidado em SM na AB. 12hmin-13h30min Intervalo almoço
1º DIA – TARDE 2º DIA - TARDE 3º DIA – TARDE 4º DIA - TARDE13h30min -16h - Vídeo crack?crack! - Dinâmica Múltiplos Prazeres (pág. 25) - Leitura coletiva e debate do texto: Prazer e Risco da Cartilha “Drogas e cultura” (pág 176) 16h-16h15min - Intervalo 16h15min - 17h30min Política de SM na AB textos do segundo dia, trabalho em 4 grupos (pg.31) 18:00-18:30 Intervalo- 18:30- 19:00 Vídeo: Fora de si Vídeo “Pedras no Caminho” Debate
13h30min-14:30 h -Apresentação dos instrumentos e os casos - Dinâmica da Caixa de Ferramentas (pág. 70) 14:30 – 16:00 -Atividade para debate da desinstitucionalização -Utilizar os contos como material de apoio. 16:00h-16h15min Intervalo 16:15 – 18:00 Jogo da Rede (pág. 78) 18:00-18:30 Intervalo 18:30 – 19:00 Leitura do texto Paulo Freire apresentação e debate
13h30min-18:00 Formação para EAD (grupo B) 13:30 – 15:30 - Dinâmica de descontração (grupo A) - Apresentar a proposta de Dramatização sobre a Atribuição dos ACS e ATENFs e seu papel na Rede de Cuidados em Saúde Mental - Preparação das cenas 16:00-16:15 Intervalo 16:15 – 18:00 - Apresentação e Debate 18:00-18:30 Intervalo 18:30 – 19:00 Roda de Conversa- Atenção Básica e Saúde Mental e o papel dos ACS e ATENF no cuidado em SM.
13h30min – 15:00h Avaliação escrita 15h- 16h - capacitação em gestão acadêmica 16:00-16:15 Intervalo 16:15h- 18h Reunião da coordenação estadual com os tutores/orientadores Encerramento
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
APÊNDICE 03 Instrumentos de avaliação de conteúdo e participação Instrumento de avaliação de conteúdo da Oficina de Formação de Orientadores do Projeto nas primeiras formações/seleção junto com o gabarito para correção:
PROJETO CAMINHOS DO CUIDADO
Nome:
Estado:
AVALIAÇÃO DE CONTEÚDO
ORIENTADORES
A seguir apresentamos uma situação de sala de aula para que, a partir da experiência da
oficina de orientadores, você discorra sobre as possibilidades de intervenção. Responda, com no
máximo 15 linhas, às questões abaixo apresentadas:
O tutor José Jean relata na comunidade de práticas, que teve dificuldade no
desenvolvimento do debate sobre redes. Ele conta que a turma tem dito nas discussões que os
conceitos e idéias previstas nas políticas são muito ideais, os alunos têm apresentado dificuldades
de visualizar e colocar em prática os conteúdos no seu cotidiano. O tutor narra o exemplo da ACS
Flávia que falou em uma aula que no seu município não existe rede, contou: - “Fica difícil assim,
sem apoio nenhum. Eu não trabalho com os casos de saúde mental porque não sei o que falar
para as pessoas. O que eu digo para alguém que têm depressão? Isso é para psicólogo, psiquiatra.
A gente vai lá, dá uma palavrinha, mas é só isso! ”
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
AVALIAÇÃO ORIENTADORES
Gabarito para o texto-resposta: 1)- Problematizou a questão na comunidade de práticas de modo que convide os outros tutores para o debate. (1 ponto) 2) Problematizou se as ações que a ACS descreve compõe o processo de cuidado em saúde mental (1 ponto) 3) Referiu ferramentas para o processo de cuidado em saúde mental. (0,5 ponto) 4) Problematizou a noção de ideal frente ao trabalho que acontece no dia-a-dia. (1 ponto) 5) Considerou o saber do tutor buscando mapear ações ou ferramentas que o tutor dispõe para o trabalho em sala de aula (1 ponto) 6) Sugeriu atividade complementar para sala de aula e/ou para o tutor . (0,5 ponto)
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
Instrumento de avaliação de conteúdo do Módulo I do Curso de Tutores do Projeto nas primeiras formações/seleção junto com o gabarito para correção:
TUTORES
A seguir apresentamos duas situações de sala de aula para que, a partir da experiência do curso de tutores, você discorra sobre as possibilidades de intervenção. Escolha uma das situações e responda, de 15 a 25 linhas, às questões abaixo apresentadas: Situação de sala de aula 1 Em um trabalho de pequeno grupo, após a oficina de caixa de ferramentas, Vladimir Michel disse ao tutor, de modo que todos da turma pudessem ouvir, que “ferramenta para tratar de drogado é a cadeia”. Isso gerou um silêncio na sala. Após alguns instantes, Vladimir, que é técnico de enfermagem do ESF Vila Formosa, disse que assiste todos os dias nos noticiários “que quem usa drogas tem apenas dois destinos: o caixão ou a cadeia”. Vladimir disse também que quem usa drogas o faz porque quer, logo, o posto não tem obrigação de atender essas pessoas, pois elas teriam escolhido fazer mal para o próprio corpo. De que forma, você, tutor, lidaria com a manifestação de Vladimir?
Situação de sala de aula 2 Em aula, Flávia, que é ACS da ESF Irmã Cunha, diz, em tom de desabafo, que é muito difícil de trabalhar. Relata que no seu município não existe rede, diz: - “Fica difícil assim, sem apoio nenhum. Eu não trabalho com os casos de saúde mental porque não sei o que falar para as pessoas. O que eu digo para alguém que têm depressão? Isso é para psicólogo, psiquiatra. A gente vai lá, dá uma palavrinha, mas é só isso!” Como você tutor(a) trabalharia com o anseio de Flávia?
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
Gabarito para o texto-resposta situação 1: 1) Propôs discussão coletiva com a turma sobre a questão de Vladimir (2 pontos) 2) Utilizou de pelo menos uma das metodologias ativas de aprendizagem: dinâmica, problematização, princípios do Freire, etc. (1 ponto) 3) Problematizou sobre pelo menos um dos itens abaixo: (1 ponto) a: direito ao acesso à saúde b: singularidade dos usos de drogas c: drogas lícitas e drogas ilícitas 4) Articulou questões acerca da desinstitucionalização e da Reforma Psiquiátrica e da Atenção básica e o cuidado no território (1 ponto) 5) Referiu variadas alternativas de cuidado para pessoas que usam drogas (1 ponto)
Gabarito para o texto resposta situação 2: 1)-Propôs discussão coletiva com a turma sobre a questão de Flávia (2 pontos) 2)- Utilizou de pelo menos uma das metodologias ativas de aprendizagem: dinâmica, problematização, princípios do Freire, etc. (1 ponto) 3)- Referiu pelo menos duas ferramentas ou intervenções para o cuidado em saúde mental, como: acolhimento, vínculo, co-responsabilização, escuta, apoio matricial, etc. (1 ponto) 4) Reforçou as ações que a ACS realiza como sendo Ferramentas (1 ponto) 5)- Problematizou a noção de ausência de rede citada por Flávia, abordando ao menos um dos itens (1 ponto) :
-Abordar sobre as redes informais existentes no território: afetiva, familiar, comunitária.
- Abordar sobre as redes formais existentes no território: serviços de saúde, assistência social, educação, justiça, controle social.
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
Instrumento de avaliação de conteúdo aprimorado do Módulo I do Curso de Tutores do Projeto nas últimas formações/seleção junto com o gabarito para correção: Nome:_________________________________________________________________
Data de nascimento:________________
Orientador:_____________________________________________________________
A seguir apresentamos três situações de sala de aula para que, a partir da experiência do curso de tutores,
você discorra sobre as possibilidades de intervenção enquanto tutor. Escolha uma das situações e
responda, de 15 a 25 linhas, às questões abaixo apresentadas:
Situação de sala de aula 1
Em um trabalho de pequeno grupo, após a oficina de caixa de ferramentas, Vladimir Michel disse
ao tutor, de modo que todos da turma pudessem ouvir, que “ferramenta para tratar de drogado é a
cadeia”. Isso gerou um silêncio na sala. Após alguns instantes, Vladimir, que é técnico de enfermagem do
ESF Vila Formosa, disse que assiste todos os dias nos noticiários “que quem usa drogas tem apenas dois
destinos: o caixão ou a cadeia”. Vladimir disse também que quem usa drogas o faz porque quer, logo, o
posto não tem obrigação de atender essas pessoas, pois elas teriam escolhido fazer mal para o próprio
corpo.
De que forma, você tutor(a) lidaria com a manifestação de Vladimir em sala de aula?
Situação de sala de aula 2
Na discussão sobre atividades dos contos, Flávia, que é ACS da ESF Irmã Cunha, diz em tom de
desabafo que é muito difícil de trabalhar. Relata que no seu município não existe rede, diz: - “Fica difícil
assim, sem apoio nenhum. Eu não trabalho com os casos de saúde mental porque não sei o que falar para
as pessoas. O que eu digo para alguém que têm depressão? Isso é para psicólogo, psiquiatra. A gente vai lá,
dá uma palavrinha, mas é só isso!”
Como você tutor(a) trabalharia com as questões trazidas por Flávia em sala de aula?
Situação de sala de aula 3
Na discussão sobre o vídeo Pedras no Caminho, o ACS Riobaldo relata – “tenho dificuldade em
cuidar de casos de saúde mental ou de quem abusa de drogas como apareceu no vídeo, mas entendo a
importância do posto como porta de entrada, apesar da rede não funcionar na prática”. Lisbela, auxiliar de
enfermagem, responde que “quem tem que tratar destas pessoas são especialistas, pois os viciados
produzem violência e estão dizendo por aí que é preciso varrer as ruas, tirar essas pessoas que fazem mal a
sociedade”.
Tutor (a), como você lidaria com essa discussão em sala de aula?
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
Gabarito para as questões da Avaliação Escrita:
- Atuação enquanto Tutor : o candidato se coloca como tutor em sala de aula? Compartilhou a questão
com a turma? Propõe metodologias ativas de aprendizagem? Valorizou a questão trazida pelo aluno?
Problematizou a questão? Baseou-se nos Princípios de Freire? (até 3 pontos)
- Papel dos ACS e Atenf: Identifica no papel de ACS e Atenfs potências, saberes, estratégias de cuidado
em saúde mental? Reconhece a importância deles no trabalho da equipe? (até 1 pontos)
- Ferramentas de cuidado em saúde mental: apresenta na escrita o entendimento das ferramentas de
cuidado (escuta, acolhimento, vínculo, corresponsabilização, apoio matricial)? Amplia para os instrumentos
de intervenção (Rede de Atenção Psico Social, Mobilização Social, Genograma e Ecomapa, Projeto
Terapêutico Singular)? Articula esse entendimento das ferramentas de cuidado com as suas propostas de
intervenção, aliando teoria e prática? (até 2 pontos)
- Cuidado no território: Identifica espaços de cuidado no território (rede formal: serviços de saúde,
assistência social, educação, justiça, controle social e/ou informal: afetiva, familiar, comunitária)? Propõe
outras possibilidades de cuidado? Aborda possibilidades de atuação em rede (rede real x ideal)? (até 2
pontos)
- Trabalho em equipe e Redes de atenção: Refere a importância do trabalho em equipe, considerando o
trabalho compartilhado? Coloca o profissional de saúde enquanto ator potente da produção da RAPS?
Identifica dispositivos da RAPS? (até 2 pontos)
- Produção social de estigmas: problematiza relação entre drogas lícitas e ilícitas? Problematiza discurso
do senso comum em relação às drogas e à loucura? (até 2 pontos)
- Redução de Danos: descreve os princípios, cita estratégias e traz em seu discurso a ética da redução de
danos? (até 2 pontos)
- Políticas públicas: Abordou questões de direito à saúde, a integralidade do cuidado e a singularidade do
indivíduo? Articulou acerca das políticas (Política Nacional de Atenção Básica, Atenção Integral à saúde
mental, Política para Atenção Integral a usuários de álcool e outras drogas, Desinstitucionalização, Reforma
Psiquiátrica, Reforma Sanitária, Princípios do SUS, Princípios da Atenção Primária, Política de
Humanização, etc)? Refere outras políticas que venham a agregar no cuidado (por exemplo, políticas de
assistência social)? (até 1 ponto)
/3 =
Soma dos Pontos (Max – 15 ptos) Total
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
Instrumento de avaliação presencial para a seleção de orientadores e tutores utilizado nas primeiras etapas do projeto
CONSELHO DE CLASSE - ORIENTADORES/TUTORES PROJETO CAMINHOS DO CUIDADO
ALUNO:
PARTICIPAÇÃO (DE 1 A 5): - Mobilização do grupo - Iniciativa - Interesse - Escuta - Propositividade
DISPONIBILIDADE PARA AS TURMAS (DE 1 A 5) - Tempo disponível por semana - Disponibilidade em viajar - Flexibilidade
COMPROMETIMENTO (DE 1 A 5): - Disponibilidade de realizar tarefas - Receptividade - Respeito às combinações - Pontualidade
HABILIDADES (DE 1 A 5): -Capacidade crítica - Proposição de debates - Comunicação com o grupo - Compreensão dos eixos temáticos do curso
TOTAL
RELATÓRIO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
O instrumento de avaliação foi aprimorado ao longo do projeto e foi substituído:
AVALIAÇÃO DE PROCESSO - TUTORES PROJETO CAMINHOS DO CUIDADO
PARTICIPAÇÃO (DE 1 A 5 PONTOS) PONTUAÇÃO
AVALIADORES MOBILIZAÇÃO DO GRUPO: Dispara questões no grupo? Incentiva a participação de outros na
partilha de conhecimentos e experiências favorecendo uma convivência colaborativa e
complementar?
INICIATIVA: Demonstra disposição para agir, executar, expor opiniões e questões, mesmo
não sendo solicitado ou demandado pelas circunstâncias? Se dispõe para debates e
questionamentos?
INTERESSE: Mantém-se atento e curioso (pergunta/indaga) nas atividades propostas? Busca
compreender os eixos e temas levantados na oficina?
ESCUTA: Respeita opiniões de colegas no grupo? Respeita a singularidade e o ponto de vista
diferente do seu (verbal/não verbal)? Permite espaço para diálogos?
PROPOSITIVIDADE: Propõe composições a partir das demandas que aparecem no grupo?
Propõe-se e é inventivo diante das atividades propostas durante a oficina? Propõe
alternativas de construção para os debates que surgirem no grupo? Compõe e coletiviza
diálogos e experiências?
COMPROMETIMENTO (DE 1 A 5 PONTOS) PONTUAÇÃO
AVALIADORES DISPONIBILIDADE EM REALIZAR TAREFAS: Demonstra responsabilidade com as
atividades? Realiza as atividades propostas no curso? Participa ativamente da construção dos
saberes?
RECEPETIVIDADE: Demonstra refletir sobre os temas abordados? Consegue dialogar com
experiências trazidas pelos colegas? Demonstra abertura para produção de
sentidos/significados a partir dos temas trabalhados?
RESPEITO AS COMBINAÇÕES: . Respeita os acordos feitos no grupo?
ASSIDUIDADE/PONTUALIDADE: é assíduo e pontual no curso?
COMPROMETIMENTO COM A PROPOSTA FORMATIVA: Demonstra interesse no processo
de educação permanente? Demonstra interesse no trabalho enquanto tutor? Demonstra
comprometimento com princípios do curso?
HABILIDADES (DE 1 A 5 PONTOS) PONTUAÇÃO
AVALIADORES CAPACIDADE CRÍTICA: Indaga, investiga, questiona, problematiza, contextualiza as
experiências e eixos temáticos trabalhados no grupo?
ENTENDIMENTO DE CONCEITOS/EIXOS TEMÁTICOS DO CURSO: Demonstra compreender
os conceitos chaves correlacionado aos eixos temáticos do curso (território/redes de
atenção/políticas e práticas de cuidado em saúde mental, caixa de ferramentas, etc.)? Se sente
à vontade com as propostas metodológicas do curso e de conteúdos/eixos?
RECONHECIMENTO DE PRÁTICAS: Identifica experiências em saúde mental e redução de
danos que já estão sendo desenvolvidas no território e que estão em consonância com o
referencial dos eixos temáticos do curso? Reconhece a rede de cuidado formal e informal
existente no seu território?
ARTICULAÇÃO DE SABERES: Durante o curso, fez articulação entre os diferentes saberes de
modo horizontal (compartilhamento de saberes)? Se coloca a partir dos princípios de Freire
trabalhados?
TOTAL DE PONTOS OBTIDOS (Pontuação máxima 15/3):
JUSTIFICAR NOTA A PARTIR DA PARTICIPAÇÃO, COMPROMETIMENTO E HABILIDADES: (usar o verso) ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________