Relato´rio e Plano RISPC - Portugal INCoDe.2030 · 2019-01-24 · componente de rede local nas...

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INCoDe.2030 Relatório e Plano RISPC Plano de criação e instalação de uma Rede Integrada de Serviços Públicos de Comunicações GTRISPC dezembro de 2018

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INCoDe.2030 

Relatório e Plano RISPC Plano  de  criação  e  instalação  de  uma  Rede  Integrada  de  Serviços  Públicos  de Comunicações 

GT‐RISPC dezembro de 2018  

   

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Índice  

Lista de Acrónimos, Abreviaturas e Siglas  4 

Sumário Executivo  5 

Introdução  7 

Objetivos  7 

PARTE I  8 

Cenário atual  10 

FCT Computação Científica Nacional  10 

Serviços de conetividade  11 

RCTS VoIP  13 

eduroam  13 

Serviços de Computação  13 

Serviços de Colaboração  14 

Banco de Vídeo  16 

Filesender  16 

Serviços na área do Conhecimento  17 

Educast  18 

PTCRIS  19 

Projeto NAU  19 

Serviços de Segurança  19 

DGEEC Direção‐Geral de Estatísticas da Educação e Ciência  21 

RAE Rede Alargada da Educação  21 

LAN Redes de Área Local  25 

Catálogo de Serviços  30 

Escol@Segura Videovigilância e Intrusão  30 

Piloto Cloud@Escolar  31 

Piloto VoIP nas escolas  32 

Centro de Processamento de Dados da Educação  33 

As freguesias e a organização democrática do Estado  34 

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Organização administrativa do território  34 

Atribuições e competências  36 

Descentralização e subsidiariedade  37 

Diversidades e assimetrias territoriais  38 

Inquérito no âmbito do estudo do acesso às redes públicas de comunicações móveis e fixas nas freguesias  41 

PARTE II  44 

Análise e Oportunidades para Melhorar  45 

Aspetos infraestruturais  45 

Requisitos técnicos e necessidades de infraestrutura e serviços, por parte da comunidade escolar  48 

Princípios orientadores  50 

Arquitetura proposta  51 

POINTS  52 

Backbone  52 

Conetividade externa  53 

Redes de Acesso  53 

Redes Locais  54 

Equipa operacional  54 

Equipas de suporte  54 

Governança  56 

Aspetos de governança  56 

Proposta do Modelo de Governança  57 

Plano de Atividades  58 

Backbone  58 

Ligações externas internacionais  59 

Ligações externas nacionais  60 

Redes de Acesso  60 

Redes locais  61 

Planos de Ação  62 

Ações de curto prazo  62 

Ações de médio prazo  62 

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Custos  63 

Criação e operacionalização da RISPC  63 

Reforço do volume de tráfego da RAE para a Internet  63 

Reforço da conetividade externa internacional por criação da RISPC  64 

Reforço da conetividade externa nacional por criação da RISPC  64 

Contratação de serviços de acesso das Escolas e Freguesias  64 

Rede Local  65 

Conclusões  66 

Referências  67 

Anexos  68 

Anexo 1 – Modelo de Manutenção de Redes Escolares na Europa  68 

 

   

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Lista de Acrónimos, Abreviaturas e Siglas  

AMA  Agência para a Modernização Administrativa, I.P. 

b‐on  Biblioteca do conhecimento online 

BELLA   Building the Europe Link with Latin America 

BGP  Border Gateway Protocol 

CCP  Código dos Contratos Públicos 

CDN  Content Delivery Networks 

CEAL  Carta Europeia da Autonomia Local 

CERT  Computer Emergency Response Team 

CRP  Constituição da República Portuguesa 

DaaS  Desktop as a Service 

DGE  Direção‐Geral da Educação 

DGEEC  Direção‐Geral de Estatísticas da Educação e Ciência 

eduroam  Education Roaming  

EaD  Ensino a Distância 

ESRaD  Ensino Secundário Recorrente a Distância 

eSPap   Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública, I. P.  

FCT  Fundação para a Ciência e a Tecnologia 

GDS  Global Dialling Scheme 

ISP  Fornecedor de Serviço Internet 

ME  Ministério da Educação 

MOOC  Massive Open Online Course  

NREN   National Research and Education Network  

NUTS  Nomenclatura das Unidades Territoriais para Fins Estatísticos 

PTE  Plano Tecnológico da Educação 

RAE  Rede Alargada Educação  

RAM  Random Access Memory  

RCAAP  Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal 

RCM  Resolução do Conselho de Ministros 

RCTS   Rede Ciência, Tecnologia e Sociedade  

RED  Recursos Educativos Digitais 

RICOME  Rede de Informação e Comunicação do Ministério da Educação 

RISPC  Rede Integrada de Serviços Públicos de Comunicações  

TCS  Trusted Certificate Service 

UAARE  Unidade de Apoio ao Alto Rendimento 

VoIP  Voice over Internet Protocol 

VPN  Rede Privada Virtual 

 

   

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Sumário Executivo O presente  relatório  configura  o  resultado  do  grupo  de  trabalho,  criado  pelo Despacho  n.º 

1124/2018 ‐ DRE n.º 22/2018, Série II de 2018‐01‐31, com o objetivo de estudar e elaborar um 

plano para a criação e instalação de uma Rede Integrada de Serviços Públicos de Comunicações 

(RISPC) para o sistema educativo e científico nacional, e de promoção de uma cidadania digital 

inclusiva através da ligação de todas as juntas de freguesia. 

A Rede Ciência, Tecnologia e Sociedade (RCTS) é gerida e operada pela unidade de computação 

científica nacional da FCT, I.P., com uma equipa dedicada de cerca de 63 colaboradores. A FCCN 

disponibiliza  um  largo  portfólio  de  serviços  à  sua  comunidade  de  ensino  superior,  de 

investigação e inovação, tais como serviços avançados de conetividade, serviços de alojamento 

em  datacenter,  serviços  de  segurança,  serviços  de  computação  avançada,  serviços  de 

colaboração e serviços orientados à gestão de conhecimento. Por seu turno a Rede Alargada da 

Educação (RAE) é gerida pela DGEEC com uma equipa de 6 colaboradores, auxiliados por outros 

15  em  regime  de  outsourcing.  Esta  estrutura  foi  responsável  pela  realização  do  Plano 

Tecnológico da Educação e presta atualmente um  conjunto de  serviços de comunicações às 

escolas e organismos do Ministério da Educação, que inclui a conetividade de acesso, a gestão 

das  infraestruturas de rede  local das escolas, bem como serviços aplicacionais às escolas. As 

duas  redes encontram‐se  interligadas em dois pontos  redundantes  com uma  capacidade de 

17 Gbit/s e partilham a conetividade exterior. 

As duas principais fragilidades identificadas são precisamente a atual capacidade da interligação 

entre as redes e o apoio à utilização e à manutenção dos equipamentos e das infraestruturas 

dentro das escolas. No contexto das  juntas de  freguesia, não existem dados definitivos, mas, 

como seria de esperar, existe um grande “digital divide” e um grande número de  juntas sem 

ligação  à  Internet.  Por  outro  lado,  a  Lei‐quadro  da  transferência  de  competências  para  as 

autarquias  locais  e  para  as  entidades  intermunicipais,  representa  um  desafio  e  uma 

oportunidade para que alguns municípios possam vir a assumir uma maior  responsabilidade 

neste contexto, quer para as escolas, quer para as juntas de freguesia, sendo, para tal necessário 

assegurar  a  existência  de  um  referencial  que  garanta  a  interoperabilidade  com os  sistemas 

centrais e demais  serviços e adaptar a RISPC para  receber  tráfego, pelo menos em  todas as 

capitais de distrito. 

A sinergia entre estas duas redes pode ir muito além da atual partilha de conetividade para o 

exterior.  Tendo  por  base  a  RCTS,  que  inclui  um  vasto  conjunto  de  serviços  nas  áreas  da 

conetividade, computação, colaboração, conhecimento e de segurança, para as comunidades 

académica, de investigação e de inovação, quer as escolas, mas também, em alguns casos, as 

juntas  de  freguesia,  podem,  com  alguma  facilidade  usufruir  de  novos  serviços  de 

webconference, de mobilidade semelhante à da “eduroam”, ou serviços avançados de reação a 

ciberincidentes.    

Por outro lado, importa prever as necessidades futuras no tocante à utilização de serviços de 

comunicações no contexto educativo, nomeadamente a generalização do ensino das TIC a todos 

os  anos  da  escolaridade  básica,  a  progressiva  utilização  de  manuais  escolares  digitais  (já 

fornecidos gratuitamente aos alunos), ou a tendência crescente para o uso de vídeos educativos, 

a utilização de videoconferência nos projetos colaborativos entre escolas e entre estas e outras 

entidades/parceiros  externos.  O  somatório  destes  fatores  coloca  cada  vez mais  pressão  e 

requerem maior agilidade na gestão de boas infraestruturas de rede de cabo e Wi‐Fi nas escolas 

e uma boa rede de acesso, transporte e conetividade externa. Igualmente importante é rever o 

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modelo  de  apoio  à  utilização  e  à manutenção  dos  equipamentos  e  das  infraestruturas  nas 

escolas, atualmente suportado, na maioria das escolas, pelos professores das áreas TIC através 

do “crédito horário” atribuído a cada escola. 

No  caso  particular  das  juntas  de  freguesia  deve  começar‐se  por  definir  e  operacionalizar  a 

componente de rede  local nas  juntas de freguesia, dotando as mesmas de, pelo menos, dois 

postos de trabalho (computadores pessoais) com leitor de cartões, uma infraestrutura de rede 

Wi‐Fi que, à semelhança do que existe com a rede “eduroam”, permita aos cidadãos acederem 

de uma forma segura e com mobilidade a nível nacional, com recurso ao sistema de autenticação 

existente para o cartão de cidadão, aos serviços disponibilizados na rede (tal como por exemplo: 

marcação de consultas online no SNS, receitas sem papel, acesso ao portal das Finanças, etc.) e 

contarem com um monitor para auxiliar os utilizadores mais necessitados. 

Importa,  igualmente,  integrar e melhorar a atual  forma de contratação pública das redes de 

acesso  e  transporte,  considerando‐se  que  haveria  vantagens  em  contratualizar  um  Acordo 

Quadro para o conjunto das entidades servidas. 

Posto isto, este relatório termina com a apresentação de um plano de trabalhos para a RISPC e 

uma estimativa de custo para a sua execução, definindo, desde logo, como condição necessária 

para a sua efetivação, a adoção de um modelo de governança com a criação de uma estrutura 

para a sua gestão e operacionalização. 

Como ações de curto prazo, são identificadas: (a) a adaptação da atual infraestrutura RCTS com 

a  criação de POINTS prioritários para  coleta de  tráfego;  (b)  a definição de  referenciais para 

ligação de redes de acesso a estes POINTS; (c) o reforço da ligação da rede das escolas dos atuais 

17 Gbit/s para 200 Gbit/s ou superior; (d) o reforço da infraestrutura de gestão e segurança da 

ligação externa da  rede das escolas  (pontos  focais) para gerir 200 Gbit/s;  (d) contratação de 

serviços de acesso à RISPC para as escolas e juntas de freguesia; (e) definição de um catálogo de 

serviços partilhados da RISPC; (f) a definição de referenciais para  infraestrutura e serviços de 

rede  local para as escolas e  juntas de  freguesia;  (g) a definição de mecanismos de suporte a 

utilizadores; e (h) a identificação de outras infraestruturas de rede de acesso existentes. 

Como ações de médio prazo,  são  identificadas:  (a) a contratualização dos procedimentos de 

facilitação  de  aquisição  de  redes  locais:  Acordos  Quadro  e  outros  mecanismos  legais  de 

aquisição;  (b)  a  adaptação  da  atual  infraestrutura  RCTS  com  a  criação  de  POINTS 

complementares  para  coleta  de  tráfego;  (c) Atualização  tecnológica  e  integração  na  gestão 

centralizada, dos controladores e dos pontos de acesso Wi‐Fi para  tecnologia  IEEE 802.11ac, 

incluindo a instalação de novos pontos de acesso para expandir a cobertura Wi‐Fi; (d) Criação 

de infraestrutura e serviços de rede local nas restantes Escolas; (e) Criação de infraestrutura e 

serviços de rede local nas Freguesias; e (f) Implementação e operacionalização dos mecanismos 

de suporte aos utilizadores.   

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Introdução A proposta de criação de uma Rede  Integrada de Serviços Públicos de Comunicações  (RISPC) 

parte  de  um  conjunto  de  pressupostos  e  pretende  atingir  uma  lista  de  objetivos,  tal  como 

definido no Despacho n.º 1124/2018 ‐ DRE n.º 22/2018, Série II de 2018‐01‐31.  

Neste Despacho n.º 1124/2018 é criado um grupo de  trabalho com o objetivo de estudar e 

elaborar um plano para a criação e instalação de uma Rede Integrada de Serviços Públicos de 

Comunicações para o sistema educativo e científico nacional, e de promoção de uma cidadania 

digital inclusiva através da ligação de todas as juntas de freguesia. 

O Grupo de Trabalho (GT) teve a seguinte composição: 

a) Lino Santos, do Centro Nacional de Cibersegurança, como Coordenador; 

b) João Nuno Ferreira, da Unidade Orgânica da Computação Científica Nacional da FCT, 

I. P.; 

c) Ana Tavares Pinto, da Unidade Orgânica da Computação Científica Nacional da FCT, I. P.; 

d) Miguel Andrade, da Unidade Orgânica da Computação Científica Nacional da FCT, I. P.; 

e) Joaquim Muxagata, da Direção‐Geral das Autarquias Locais; 

f) José Vítor Pedroso, da Direção‐Geral de Educação; 

g) Teresa Evaristo, da Direção‐Geral de Estatísticas da Educação e Ciência; 

h) Daniel Marques, da ANAFRE ‐ Associação Nacional de Freguesias; 

i) João Neves,  do  Instituto  de  Engenharia  de  Sistemas  e  Computadores,  Tecnologia  e 

Ciência ‐ INESC TEC, como Relator. 

Também  participaram  por  convite  ou,  quando  foi  necessário,  em  representação  de  um 

elemento deste GT: 

a) Carla Reis, da ANAFRE ‐ Associação Nacional de Freguesias; 

b) Fábio Mortari, do Departamento da Sociedade da Informação da FCT, I. P.; 

c) Jorge Santos, da Direção‐Geral de Educação; 

d) Maria João Horta, da Direção‐Geral de Educação; 

e) Carlos Oliveira, da Direção‐Geral de Estatísticas da Educação e Ciência; 

f) Jorge Teixeira, da Direção‐Geral de Estatísticas da Educação e Ciência. 

Para  endereçar  a  resposta  à  lista  de  objetivos,  foi  elaborado  este  documento  que  está 

organizado em duas partes distintas.  

Na “Parte I” está incluída a análise do cenário atual das infraestruturas de redes e serviços das 

escolas e freguesias, que deverão interagir ou fazer parte da RISPC. 

Na  “Parte  II” estão  incluídas as  secções  relativas ao plano de  criação e  instalação da RISPC, 

nomeadamente: Análise e Oportunidades para Melhorar; Princípios Orientadores; Arquitetura 

proposta, Governança; Planos de Ação; Custos; Conclusões. 

   

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Objetivos Sistematizando os objetivos definidos, podem‐se considerar como objetivos técnicos a atingir 

com a RISPC, os seguintes: 

1. Ter como base as infraestruturas da atual Rede Ciência, Tecnologia e Sociedade (RCTS); 

2. Interligar todos os estabelecimentos públicos e privados, da educação pré‐escolar e dos 

ensinos básico e secundário, regular e especializado; 

3. Ligar de pelo menos um ponto de acesso em todas as juntas de freguesia; 

4. Suportar  serviços  adicionais  para  as  escolas  e  as  juntas  de  freguesia,  incluindo 

videovigilância, VoIP e videoconferência; 

5. Ter  escalabilidade  da  capacidade  de  acesso  para  todas  as  instituições,  públicas  e 

privadas, de ensino superior e do sistema científico nacional, assegurando a extensão a 

todo o território nacional, nomeadamente no Algarve, Beira Alta, Trás‐os‐Montes e Alto 

Douro; 

6. Reforçar as ligações a Espanha, rede GÉANT e restante Internet; 

7. Dispor de ligação transatlântica por cabo submarino, interligada de forma adequada à 

rede nacional e europeia GÉANT; 

8. Concretizar sinergias e interligações com as redes das Regiões Autónomas dos Açores e 

da Madeira, no respeito pela autonomia regional; 

9. Rentabilizar  os  investimentos  em  fibra ótica  a  nível  nacional  em  que  se  verificaram 

comparticipações com fundos comunitários e/ou nacionais; 

10. Dispor  de  capacidade  de  evolução  no  sentido  de  se  assegurarem  interligações 

crescentes por satélite ou por outras tecnologias de cobertura alargada, que venham a 

assegurar uma total cobertura em todo o território nacional, garantindo o acesso em 

casa de todos os jovens e estudantes; 

11. Dispor de capacidade de evolução no sentido da disponibilização gradual de conteúdos em  português  a  nível  internacional,  com  ênfase  em  países  e  regiões  de  expressão 

portuguesa. 

   

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PARTE I  

Diagnóstico    

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Cenário atual Neste capítulo está  incluída a análise do cenário atual das  infraestruturas de redes e serviços 

das escolas e freguesias, que deverão interagir ou fazer parte da RISPC. 

Tópicos analisados para a compreensão e esclarecimento do cenário atual: 

• Apresentação  RCTS,  portfólio  de  serviços,  constrangimentos,  projeto  RCTS100, 

interligação RAE com RCTS, possíveis sinergias; 

• Apresentação  da  RAE,  portfólio  de  serviços,  constrangimentos,  planos  de  evolução, 

possíveis sinergias; 

• Requisitos  técnicos  e  necessidades  de  infraestrutura  e  serviços  por  parte  da 

comunidade escolar; 

• Redes locais nas escolas: arquitetura, gestão, serviços e suporte; 

• Infraestrutura de voz nas escolas, planos de evolução;  

• Infraestrutura para videovigilância nas escolas; 

• Infraestrutura VoIP@RCTS; 

• Ligação das juntas de freguesia à Internet, possíveis sinergias com RCTS; 

• Possibilidade de utilização das redes rurais para ligação de escolas e juntas de freguesia; 

• Ligação transatlântica BELLA e conetividade internacional. 

 

FCT Computação Científica Nacional A FCCN é a unidade da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), que tem como missão 

principal o planeamento e gestão da Rede Ciência, Tecnologia e Sociedade (RCTS). 

À data a equipa da unidade FCCN é  constituída por 63  colaboradores,  sendo que 77 %  tem 

formação académica superior (2 % bacharéis, 69 % licenciados, 22 % mestres e 6 % doutorados). 

Em termos de atuação, 63 % da equipa desempenha funções técnicas.  

A equipa é constituída por 70 % de homens e 30 % de mulheres, com uma média de idade de 40 

anos e uma antiguidade média na instituição de 10,7 anos. 

A RCTS é a Rede Portuguesa de  Investigação e Educação  (conhecida no  seu acrónimo  inglês 

como NREN), uma plataforma de serviços de comunicações, datacenters de ciência e aplicações 

avançadas  e  de  alto  desempenho,  dedicada  a  responder  aos  exigentes  requisitos  dos 

investigadores,  professores  e  alunos  nacionais.  Esta  plataforma  de  serviços  é  crucial  para 

interligar, de forma segura e eficiente, os investigadores de todo o mundo entre si e providenciar 

o acesso às  restantes  infraestruturas de eScience,  sejam estas  concentradas, distribuídas ou 

virtuais. 

A RCTS, como rede de alto desempenho possui um backbone que assenta numa infraestrutura 

de fibra ótica, com mais de 993 km de cabo de fibra ótica (48 fibras) e cerca de 300 km de fibra 

ótica,  que  é  alavancada  por  uma  plataforma  de  transmissão  ótica,  cuja  expansão  e 

reestruturação  está  programada  no  âmbito  do  projeto  RCTS100.  A  ligação  à  Internet  é 

assegurada via ligações redundantes à rede GÉANT, ao GigaPIX (que é uma plataforma de troca 

de tráfego IP também operada pela Unidade FCCN), à rede académica espanhola RedIRIS e via 

ligação direta a um Fornecedor de Serviço Internet (ISP) Tier 1. 

O desempenho no acesso a conteúdos com elevada procura é garantido por nós locais à RCTS 

das mais populares Content Delivery Networks (CDN).  

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Na figura seguinte é apresentado o mapa de rede da RCTS: 

 

 

A RCTS é assim uma das mais antigas redes de alto débito nacionais, constituindo‐se como uma 

infraestrutura crítica para a comunidade de investigação científica (cerca de 30.000 utilizadores) 

e de ensino  superior  (cerca de 400.000 utilizadores), garantindo a  ligação das entidades de 

ensino superior, Laboratórios e Organismos de  I&D. A RCTS assegura também a conetividade 

externa da Rede Alargada da Educação (RAE).  

O catálogo de  serviços da RCTS abrange  cinco áreas de atuação: conetividade,  computação, 

colaboração, conhecimento e segurança. 

Serviços de conetividade A  plataforma  de  serviços  avançados  RCTS  disponibiliza  à  sua  comunidade  um  conjunto  de 

serviços de conetividade, a saber: Serviços de conetividade RCTS IP, RCTS Lambda, RCTS Plus e 

RCTS Fibra. 

RCTS IP 

O RCTS IP é o principal serviço de conetividade, permitindo a comunicação direta entre todas as 

entidades ligadas à rede de forma prática e eficiente usando o protocolo IP. Este serviço garante 

a  comunicação  direta  entre  todas  as  entidades  ligadas  à  rede  e  a  ligação  à  Internet  global 

assegurada via ligação à rede académica europeia GÉANT. 

O RCTS  IP assegura  igualmente acordos de peering  com dezenas de operadores no GigaPIX, 

plataforma de troca de tráfego  IP também operada pela FCCN, bem como a  rede académica 

espanhola através de duas ligações redundantes. O serviço disponibiliza acessos com capacidade 

entre os 100 Mbit/s e os n x 10 Gbit/s, suportando as versões v4 e v6 do protocolo IP, em Unicast 

e Multicast e vários níveis de redundância. 

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O RCTS  IP permite o acesso a  todo o portefólio da plataforma de  serviços RCTS,  sejam eles 

serviços de conetividade, de colaboração, de conhecimento, de computação ou de segurança. 

Trata‐se  da  plataforma  base,  comum  e  universal  de  comunicação  entre  todas  as  entidades 

ligadas e destas com a Internet. 

O  serviço  RCTS  IP  é  atualmente  assegurado  a  um  total  de  82  entidades  distribuídas 

geograficamente por todo o país, incluindo nas regiões autónomas. A capacidade de acesso total 

entregue  é  de  cerca  de  239 Gbit/s,  sendo  a maior  fatia  usada  pelas  instituições  de  ensino 

superior público. A capacidade de acesso à rede mais frequente é o 1 Gbit/s logo seguida pelas 

ligações de 10 Gbit/s. 

Atualmente este serviço já é fornecido à RAE de forma a garantir o acesso à Internet desta rede 

e dos seus utilizadores. 

RCTS PLUS 

O RCTS Plus fornece um conjunto de recursos avançados, na camada de comunicação  lógica, 

projetados para atender a aplicações que exigem conetividade comutada de alto desempenho, 

bem como a criação de redes privativas e a dedicação de recursos para projetos específicos. 

O serviço permite topologias ponto a ponto ou multiponto, com diversas larguras de banda de 

acesso e opção de redundância. O RCTS Plus garante  isolamento de tráfego, sendo entregue 

numa porta física distinta do serviço RCTS IP. O RCTS Plus poderá ser estendido a outras redes 

académicas europeias ligadas à rede GÉANT através do equivalente serviço GÉANT Plus. 

Em  termos de utilização, o  serviço RCTS Plus é  atualmente  fornecido  a  23 projetos, que  se 

traduzem na entrega de uma capacidade agregada de cerca de 120 Gbit/s.  

RCTS Lambda 

Por  seu  turno,  o  RCTS  Lambda  baseia‐se  em  ligações  ponto‐a‐ponto  com  1 Gbit/s  ou 

n x 10 Gbit/s de capacidade assegurada e compatível com diversos protocolos de  rede como 

Ethernet  ou  Fibre  Channel.  Este  serviço  destina‐se  a  aplicações  que  precisem  de  transferir 

elevados  volumes  de  dados  entre  locais  pré‐definidos,  com  muito  baixa  latência  e  jitter 

constante. 

Este  serviço  é  extensamente  usado  no  backbone  da  RCTS,  sendo  que  no  total  existem  48 

instâncias ativas do serviço. 

Este serviço está apenas disponível em locais onde a RCTS possui presença através de fibra ótica 

e tem infraestrutura de transmissão ótica. 

RCTS Fibra  

Por último, o serviço RCTS Fibra é o mais infraestrutural pois oferece às entidades utilizadoras 

da RCTS a possibilidade de criarem redes de fibra ótica à medida das suas necessidades. O RCTS 

Fibra  disponibiliza  um  par  de  fibra  ótica,  sem  qualquer  equipamento  ativo  de  permeio, 

oferecendo assim isolamento total do tráfego e maiores níveis de segurança. 

O Serviço RCTS Fibra possibilita aos seus utilizadores a escolha das tecnologias a usar no par de 

fibra ótica disponibilizado, conferindo assim a liberdade de escolha da solução que melhor se 

adequa às necessidades de cada entidade, sem imposição de limitações. 

Este serviço satisfaz requisitos elevados de segurança da informação e segregação de tráfego, 

dado fornecer um meio de transporte totalmente isolado. 

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RCTS VoIP A  voz  sobre  Internet, VoIP  (Voice over  Internet Protocol), é uma  tecnologia que permite  ao 

utilizador estabelecer chamadas  telefónicas através de uma  rede de dados, convertendo um 

sinal de voz analógico num conjunto de sinais digitais, posteriormente enviados através de uma 

ligação à Internet sob a forma de pacotes com endereçamento IP. 

O RCTS VoIP é o serviço de VoIP da FCCN que permite obter redução de custos nas comunicações 

de voz ao mesmo tempo que proporciona funcionalidades avançadas. 

Esta  redução  é  conseguida,  não  só  pelo  encaminhamento  de  chamadas  para  diferentes 

operadores  através  da  rota  de menor  custo, mas  também  porque  são  criadas  ligações  IP, 

virtualmente dedicadas, entre as  instituições aderentes ao serviço, possibilitando a realização 

de chamadas entre estas sem qualquer custo associado. 

O  serviço  RCTS  VoIP  constitui  uma  rede  privativa  de  voz,  onde  todo  o  tráfego  entre  as 

instituições que compõem essa rede flui sobre a RCTS. 

eduroam O eduroam (Education Roaming) é um serviço de mobilidade desenvolvido para a comunidade 

de ensino e investigação internacional. 

Este  serviço  garante  acesso  seguro  à  Internet  a  estudantes,  docentes,  investigadores  e 

colaboradores  institucionais,  através  da  rede  sem  fios  da  sua  instituição  ou  de  qualquer 

instituição aderente que estejam a visitar. 

Com  o  serviço  eduroam,  as  entidades  aderentes  oferecem  aos  utilizadores  visitantes  a 

possibilidade de acederem à sua rede Wi‐Fi com o mesmo login que usam na sua instituição de 

origem.  Isto significa, por exemplo, que um professor de uma universidade portuguesa pode 

usar o seu login habitual quando quiser aceder à rede Wi‐Fi de uma universidade estrangeira. 

Basta que ambas as instituições participem na rede eduroam. 

Em Portugal, o acesso à rede eduroam é assegurado em grande parte das entidades de ensino 

superior e investigação.  

Atualmente a rede eduroam é disponibilizada em 85 países, sendo que em Portugal são 61 as 

entidades aderentes. As estatísticas confirmam o sucesso deste serviço, em 2017 a assinalar um 

aumento de 18 % nas autenticações internacionais, tendo‐se registado mais do que 834 milhões 

de autenticações em roaming. 

Em Portugal a tendência de aumento também se mantém, tendo‐se registado 54 milhões de 

autenticações em roaming nacional. 

Serviços de Computação 

RCTS Housing 

O  serviço  RCTS Housing  garante  o  alojamento  de  equipamento  informático  em  datacenter. 

Através deste serviço, as entidades utilizadoras usufruem de todas as vantagens do datacenter 

gerido pela FCCN ou dos datacenters geridos via parcerias com a FCCN. 

Os datacenters, nome habitualmente dado a centros de processamento de dados, são espaços 

físicos especialmente  condicionados para alojar equipamentos  informáticos, num  regime de 

funcionamento de longa duração, com alta disponibilidade e performance. 

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O RCTS Housing  disponibiliza  um  serviço  de  datacenter  integrado  na  RCTS,  com  excelentes 

condições de conetividade para aos equipamentos alojados e estruturado em vários níveis. 

O serviço de alojamento pode assumir uma das seguintes formas: 

● Em datacenter gerido pela FCCN, integrado no backbone da RCTS; 

● Em datacenter da Administração Pública com ligação dedicada à RCTS; 

● Em datacenter comercial com ligação dedicada à RCTS. 

A decisão será feita caso a caso, após apreciação da proposta e a análise de fatores como as 

disponibilidades técnicas e a relevância do projeto para a missão da FCCN. Devido à natureza do 

serviço RCTS Housing, nomeadamente com os custos de energia expressivos e muito variáveis, 

os custos financeiros do serviço não estão incluídos no serviço de ligação à RCTS, havendo lugar 

a uma proposta separada, que, em alguns casos, poderá ser apoiada pela FCCN. No caso de 

utilização de datacenters de terceiros a entidade utilizadora deverá celebrar um acordo direto 

de serviço, incluindo as condições financeiras, com essa entidade terceira. 

RCTS Engine 

O  RCTS  Engine  é  um  serviço  de  disponibilização  de  servidores  virtuais  para  computação 

administrativa, em datacenter estabilizado e através de uma rede de alto desempenho. 

Cada  instituição  ligada à RCTS poderá  solicitar gratuitamente um  servidor virtual Linux, com 

2 Gbyte de RAM e 20 Gbyte de espaço em disco. 

O  serviço  RCTS  Engine  destina‐se  a  computação  e  storage  do  tipo  administrativo,  para 

instituições  ligadas  à  RCTS  e  unidades  orgânicas ministeriais  no  desenvolvimento  das  suas 

atividades de ciência, tecnologia e ensino superior. 

O utilizador interessado deverá submeter um pedido através dos contactos de suporte do RCTS 

Engine, indicando nome, instituição de origem, requisitos técnicos (em especial de RAM e disco) 

e o propósito da instância da submissão de pedido RCTS Engine. 

A  Unidade  de  Computação  Científica  Nacional  verificará  o  pedido,  as  condições  de 

adequabilidade e a sua viabilidade técnica, de acordo com a capacidade de infraestrutura e seus 

serviços de suporte. 

GÉANT IAAS CLOUD 

A GÉANT realizou um Acordo Quadro Europeu de serviços Cloud IaaS para entidades ligadas as 

redes  académicas  nacionais.  As  instituições  aderentes  ligadas  à  RCTS  poderão  usar  estes 

serviços, tirando partido das condições especiais desse Acordo Quadro. 

Os serviços têm ligação às redes GÉANT e RCTS e são compatíveis com os recursos de gestão de 

identidades em vigor. O portfólio de serviços da  IaaS Framework  fornece termos contratuais 

padronizados  que  a  Unidade  de  Computação  científica  Nacional  facultará  às  instituições 

interessadas. 

Serviços de Colaboração 

COLIBRI – Colaboração Multimédia 

O COLIBRI é um serviço de colaboração que permite realizar reuniões à distância entre dois ou 

mais participantes da comunidade académica e científica, permitindo a realização de reuniões, 

trabalhos de grupo, aulas e tutoriais, através da Internet. 

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O  serviço possibilita a partilha de áudio, vídeo,  texto,  imagens, quadro branco e o ecrã dos 

computadores dos participantes. Inclui mecanismos de gravação para registo e disponibilização 

posterior das sessões. 

A  FCCN  disponibiliza  apoio  para  a  integração  deste  serviço  com  ferramentas  de  e‐learning 

utilizadas pelas instituições ligadas à RCTS. 

O COLIBRI é oferecido em dois ambientes: Conferência Web e Videoconferência. 

O ambiente Conferência Web é orientado para um ambiente  rico de  colaboração em que a 

partilha de documentos, interação entre os participantes fundamental. 

O ambiente Videoconferência é orientado para sessões em que a qualidade de vídeo é superior 

e a interoperabilidade com terminais tradicionais é fundamental para a sessão. 

O COLIBRI tem como destinatários professores, alunos e funcionários associados a instituições 

utilizadoras da RCTS. 

O acesso ao serviço é feito através de autenticação integrada com o RCTSaai. 

Integrado com o serviço COLIBRI, a FCCN disponibiliza igualmente serviços e infraestruturas de 

videoconferência através da RCTS. 

Salas de videoconferência Tejo e Douro HD 

As salas TejoHD e DouroHD oferecem um serviço de videoconferência em alta definição com 

visionamento  panorâmico,  som  envolvente  de  alta  fidelidade  e  meios  de  partilha  de 

documentos num ambiente intuitivo e imersivo. 

Estão disponíveis duas salas, uma em Lisboa e outra no Porto. 

Rede de Videoconferência 

A rede de videoconferência é uma  infraestrutura técnica e humana que disponibiliza serviços 

aos utilizadores e gestores das salas de videoconferência das entidades  ligadas à RCTS. Neste 

âmbito são prestados os seguintes serviços: 

• Aconselhamento  –  apoio  técnico  à  compra  e  operação  de  equipamentos  de 

videoconferência nos mais diversos cenários de utilização; 

• Agendamento – sistema para agendamento de salas de videoconferência, em que os 

gestores de sala podem pré‐agendar salas remotas e partilhar os dados de ligação; 

• Registo e endereçamento – integrado com o Global Dialling Scheme (GDS), o serviço de 

registo via Gatekeeper H.323 é fundamental para registar e permitir o endereçamento 

do terminal de e para localizações remotas; 

• MCU  Virtual  –  serviço  de multiponto  virtual  que  permite  que  dois  ou mais  locais 

participem numa mesma sessão. Este serviço é parte integrante do serviço COLIBRI, na 

sua componente de videoconferência. 

Videocast  

O VideoCast é um serviço que permite a transmissão de eventos em direto para todo o mundo, 

via Internet. 

Através deste serviço, a FCCN disponibiliza uma página web onde são apresentados o vídeo e o 

áudio que lhe chega do evento. 

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Esta é a página a que podem aceder todos os que queiram acompanhar a transmissão em direto. 

Pode tratar‐se de um evento, uma aula, programação de canal interno de TV ou qualquer outro 

acontecimento que queira difundir pela Internet. 

Este  serviço  destaca‐se  de  outros  serviços  de  difusão  na  Internet  pois  permite  o  envio  em 

simultâneo do vídeo do orador e do seu ecrã, sendo o conteúdo integrado na página Web e nos 

fluxos para os dispositivos móveis, em tempo real. 

Esta  ferramenta não  limita nem  filtra o  conteúdo. Este  serviço não  sobrepõe anúncios nem 

interrompe o fluxo com períodos publicitários. 

A página web disponibilizada pelo serviço VideoCast é compatível com os principais browsers de 

Internet e já está preparada para ser vista corretamente através de dispositivos móveis, como 

smartphones ou tablets.  

O serviço de VideoCast destina‐se às instituições ligadas à RCTS, com enfoque nos promotores 

de eventos e equipas gestoras de anfiteatros. 

Estúdio 

Um estúdio de nível profissional para a produção de conteúdos audiovisuais em alta definição. 

Seja  para  a  produção  de  vídeo  em  alta  definição  ou  para  a  captura  de  áudio,  o  Estúdio 

disponibilizado  pela  FCCN  oferece  à  comunidade  utilizadora  da  RCTS  um  espaço  com 

equipamento avançado para a produção de conteúdos multimédia de cariz educativo, científico, 

cultural ou artístico. 

O  estúdio  de  vídeo  destina‐se  à  comunidade  servida  pelas  instituições  ligadas  à  RCTS, 

designadamente  investigadores,  professores  e  alunos  do  ensino  superior  que  procurem  no 

vídeo um suporte à divulgação científica. 

Banco de Vídeo O Banco de Vídeo é um portal web onde a comunidade produtora de vídeo pode arquivar o seu 

espólio de imagens, vídeo e fotografia em bruto. 

Esta é uma  infraestrutura redundante que preservará o seu conteúdo, podendo, mais tarde, 

pesquisá‐lo e reutilizá‐lo em novos conteúdos. 

Filesender O Filesender é uma solução segura para enviar e partilhar temporariamente grandes ficheiros 

com qualquer pessoa. 

Trata‐se de uma aplicação web que permite a utilizadores autenticados enviar e armazenar 

temporariamente ficheiros de elevada dimensão. A autenticação dos utilizadores é feita através 

do serviço RCTSaai. 

É  a  solução que precisa para  aquelas  situações em que o  ficheiro que quer enviar  tem um 

tamanho demasiado grande para poder ser enviado por email. 

O Filesender foi desenvolvido tendo em conta requisitos específicos da comunidade académica 

e  científica,  sendo  suportado  pelas  seguintes  organizações:  AARNet,  HEAnet,  SURFnet  e 

UNINETT, entidades gestoras de redes académicas nacionais na europa.  

Este serviço destina‐se à comunidade servida pelas instituições ligadas à RCTS.  

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Serviços na área do Conhecimento 

b‐on – Biblioteca do Conhecimento Online 

A b‐on – Biblioteca do conhecimento online disponibiliza às  instituições de  investigação e do 

ensino superior acesso ilimitado e permanente a milhares de periódicos e ebooks de alguns dos 

principais fornecedores de conteúdos científicos internacionais. 

Online desde março de 2004, a b‐on é hoje uma referência no acesso à  informação científica 

internacional. 

Para  além de  garantir o  acesso  a um  vasto número de publicações de natureza  científica  e 

serviços eletrónicos à comunidade académica e científica nacional, a b‐on desempenha ainda 

um papel ativo e participativo na construção da Sociedade do Conhecimento. 

A b‐on é hoje um serviço que estimula a comunidade para o consumo e produção de conteúdos 

científicos, fomenta a cooperação entre as entidades do sistema académico e científico nacional, 

e permite a racionalização de custos através de uma negociação centralizada com as editoras e 

demais fornecedores de conteúdos. 

A  biblioteca  do  conhecimento  online  destina‐se  à  comunidade  científica  e  académica, 

nomeadamente estudantes, professores e investigadores, tendo um tarifário um próprio. 

RCAAP – Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal 

O RCAAP ‐ Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal é a iniciativa nacional de acesso 

aberto e visa armazenar, preservar, promover o acesso ao conhecimento científico produzido 

em Portugal. 

Através  do  portal  RCAAP  pode  aceder‐se  a  milhares  de  artigos  de  revistas  científicas, 

comunicações,  teses  e  dissertações  que  se  encontram  dispersos  por  inúmeros  repositórios 

portugueses das entidades nacionais de ensino superior e outras organizações de I&D. 

Como ponto central de pesquisa e acesso, o RCAAP assume um papel importante na promoção 

da  adoção  do movimento  de  acesso  aberto  ao  conhecimento  científico  em  Portugal  e  no 

aumento da  visibilidade dos  resultados da  atividade  académica  e  científica  portuguesa. Um 

benefício não só para a própria comunidade académica, mas também para a sociedade em geral. 

O RCAAP está aberto à participação de todas as instituições do sistema científico e do ensino 

superior português. 

Arquivo.pt  

O Arquivo.pt é um serviço online que permite pesquisar e aceder a páginas da Web preservadas 

desde 1996. 

Todos os dias são publicadas milhões de páginas na Web. No entanto, 80 % desta informação 

desaparece 1 ano após a sua publicação e fica inacessível. 

Periodicamente,  o  Arquivo.pt  recolhe  e  armazena  a  informação  publicada  na  Web.  Esta 

informação é depois processada para que fique pesquisável e acessível. 

Este  processo  de  preservação  é  realizado  de  forma  automática  através  de  um  sistema 

informático. A pesquisa e acesso podem ser feitos através do site Arquivo.pt. 

O  Arquivo.pt  preserva  informação  publicada  na  Web  de  interesse  para  a  comunidade 

portuguesa e relacionada com investigação e educação.  

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O Arquivo.pt é um serviço público e gratuito aberto a todos os utilizadores da Internet. 

Destina‐se a qualquer pessoa que necessite de pesquisar o passado desde 1996. 

Memorial do ARQUIVO.PT 

Existem  websites  que  já  não  são  atualizados  com  novos  conteúdos, mas  que  têm  de  ser 

mantidos online porque disponibilizam informação importante, como por exemplo, os websites 

de projetos concluídos.  

O custo de manutenção destes sites aumenta com o passar do tempo devido à obsolescência 

das tecnologias que os suportam e que muito frequentemente causa perigosas vulnerabilidades 

de segurança.  

Algumas organizações vêem‐se na obrigação de investir significativos recursos para manter um 

elevado número de websites  criados ao  longo do  tempo. O  serviço Memorial do Arquivo.pt 

oferece uma preservação de alta‐qualidade do conteúdo de websites que já não são atualizados 

com a possibilidade de manutenção do domínio original.  

Por  exemplo,  o  domínio  www.umic.pt  mantem‐se  ativo,  mas  aponta  para  uma  versão 

preservada  no  Arquivo.pt.  Os  responsáveis  por  este  site  deixaram  de  ter  de  manter  a 

infraestrutura que o suportava (ex. servidores, eletricidade, sistema de gestão de conteúdos) 

passando a ter de manter apenas o domínio ativo.  

Coleções Colaborativas das Eleições 

Os sites eleitorais são de manifesta  importância histórica. Contudo, são difíceis de  identificar 

porque aparecem e desaparecem rapidamente, e muitas vezes são apenas referenciados em 

meios impressos (ex. cartazes). 

Para ajudar, basta sugerir endereços de páginas ou sites relacionados com as Eleições para que 

o Arquivo.pt os preserve. 

Por exemplo, foi lançado o apelo à comunidade para contribuir sugerindo sites relacionados com 

as eleições Autárquicas de 2017, para que o Arquivo.pt os preservasse para acesso futuro. 

Foram realizadas 2 recolhas, durante e após o período de campanha eleitoral, que partiram da 

lista de 410 sites sugeridos pela comunidade, e de 13 887 sites relacionados com as eleições 

encontrados automaticamente através de motores de busca. 

O resultado foi um arquivo de 2.265.887 ficheiros recolhidos da Web (360 Gbyte). 

Nos sites recolhidos encontram‐se por exemplo os sites oficiais das campanhas dos candidatos 

aos vários concelhos e freguesias, notícias na comunicação social, blogs e artigos de opinião. 

Educast O educast é um serviço que permite gravar, editar e publicar aulas, eventos ou outros conteúdos 

educativos. Com o educast é possível gravar aulas,  fazer o upload para um  servidor central, 

editar e publicar. É possível integrar as aulas gravadas em sistemas de e‐learning, portais e sites 

das instituições de ensino superior. 

O  sistema  central  educast  garante  o  pós‐processamento  necessário  para  que  as  gravações 

fiquem disponíveis através da Internet em múltiplos formatos: Flash, Quicktime e Mobile. 

A plataforma educast coloca ainda ao dispor das entidades utilizadoras: 

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• Um Gestor de Conteúdos, para gerir e editar os conteúdos produzidos; 

• Um Portal que permite pesquisar os  conteúdos multimédia disponíveis nas diversas 

áreas científicas; 

• Um Site de Ajuda com informação sobre as condições de uso, adesão e boas práticas. 

O educast destina‐se aos membros das instituições ligadas à RCTS, nomeadamente professores, 

investigadores e equipas de e‐learning e audiovisuais. 

As entidades utilizadoras devem estar  integradas na RCTSaai e possuir  sistemas audiovisuais 

compatíveis com a plataforma. 

PTCRIS O PTCRIS é um projeto que visa promover a  integração de vários sistemas de  informação de 

suporte à atividade científica e assim criar um ecossistema aberto do qual  todos os agentes 

podem facilmente beneficiar, com vantagens para todos. 

Através do PTCRIS pretende‐se facilitar os processos de gestão, produção e acesso a informação 

fidedigna, completa e atualizada, sobre a atividade científica nacional. 

O ecossistema PTCRIS promoverá a excelência da ciência em Portugal, dando‐lhe uma maior 

visibilidade junto de todos os intervenientes nacionais e internacionais. 

Projeto NAU O Projeto NAU, uma atividade liderada pela FCT, financiada no âmbito do Portugal 2020, tem 

como objetivo disponibilizar uma plataforma de ensino a distância para grandes audiências. 

Orientado para o ensino superior e para a administração pública, para além de veicular cursos 

em formato Massive Open Online Course (MOOC) para todos os interessados, poderá ser usado 

para  ações de  formação  de  grupos  restritos de participantes  autorizados, permitindo  assim 

apoiar as instituições num grande número de situações.  

O  Projeto  NAU  assume‐se  como  um  canal  à  disposição  destas  entidades  para  formar 

colaboradores e cidadãos, podendo ainda potenciar e promover Portugal e a cultura portuguesa 

no mundo. 

Este projeto destina‐se a  Institutos Públicos, Direções Gerais, Empresas Públicas, Municípios  

(áreas  metropolitanas,  …),  Projetos  e  Programas  estatais  (INCoDe.2030)  mas  também  a 

destinatários  Individuais  (para  participação  nos  cursos)  pertencentes  a  grandes  grupos 

profissionais  (formação profissional e  formação ao  longo da vida/carreira) como Professores, 

médicos,  enfermeiros,  bombeiros  e  funcionários  públicos  mas  também  a  Estudantes 

(complemento  de  formação),  Ensino  Secundário  (10.º  ano  ou  superior),  Ensino  Superior  e 

Formação ao longo da vida, Cidadão (utentes de serviços), Saúde em bem‐estar e procedimentos 

administrativos/estado, Cidadão cultura (Cultura Portuguesa, turismo, novas tecnologias). 

Serviços de Segurança 

RCTS CERT 

O RCTS CERT é um serviço de resposta a incidentes de segurança informática cuja origem ou o 

alvo seja a RCTS. 

A  missão  do  RCTS  CERT  é  contribuir  para  o  esforço  de  cibersegurança  no  contexto  da 

comunidade  utilizadora  da  RCTS,  nomeadamente  através  do  tratamento  e  coordenação  da 

resposta a incidentes. 

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Numa componente mais preventiva, o RCTS CERT disponibiliza um serviço de alerta e produz 

recomendações  referentes a potenciais  riscos de  segurança e atividades maliciosas. Um dos 

objetivos desta vertente é desenvolver uma cultura de segurança na Internet. 

O  RCTS  CERT  obteve  a  certificação  Trusted  Introducer  em  janeiro  de  2015,  tornando‐se  a 

primeira equipa certificada a nível nacional. 

RCTS Certificados 

RCTS Certificados é o serviço que assegura o fornecimento de vários tipos de certificados digitais 

às entidades pertencentes à RCTS. 

Este  serviço  tem  como  objetivo  promover  a  segurança,  autenticidade,  confidencialidade  e 

integridade à informação enviada e recebida através da Internet. 

A FCCN garante este serviço através do serviço Trusted Certificate Service (TCS), disponibilizado 

pela Associação GÉANT. 

O serviço RCTS Certificados disponibiliza às  instituições de ensino superior e  investigação um 

portal único para a emissão dos seguintes tipos de certificados digitais: 

Certificados de Servidor: um servidor dotado de um certificado reconhecido garante que o site 

é seguro e confiável através da criação de um canal criptográfico entre um servidor web e um 

navegador (browser). 

Certificados  Pessoais:  certificados  que  permitem  a  identificação  do  utilizador  como  sendo 

elemento de uma instituição, podendo ser usados para assinar e cifrar mensagens de email ou 

assinar documentos. 

Certificados GRID (Pessoais e Servidor): são utilizados para permitir o acesso às infraestruturas 

de GRID. 

Assinatura de código: certificados que permitem a assinatura de código e aplicações, garantindo 

a sua origem, integridade e segurança. 

O serviço RCTS Certificados está disponível a alunos, professores e funcionários das entidades 

ligadas à RCTS. 

Federação RCTSaai 

O serviço RCTSaai disponibiliza uma infraestrutura de autenticação e autorização com o objetivo 

simplificar o acesso das comunidades de ensino e investigação a serviços web. 

A RCTSaai permite que os  fornecedores de serviços disponibilizem aos utilizadores de outras 

entidades “federadas” o acesso a serviços de forma simplificada e segura: não é necessária a 

gestão  local  das  credenciais  dos  utilizadores  e  a  autenticação  é  realizada  na  instituição  de 

origem, em ambiente protegido e cifrado. 

Com a RCTSaai o utilizador realiza apenas um  login com a sua conta institucional para aceder 

aos vários serviços. 

Os serviços integrados na RCTSaai beneficiam de um conjunto vasto de utilizadores para os quais 

não é necessária a gestão local de credenciais. 

A federação de Identidade RCTS está disponível para as entidades ligadas à RCTS. 

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Alunos, professores e  funcionários das  instituições participantes na RCTSaai, utilizando a sua 

conta institucional, têm acesso ao conjunto de serviços web disponíveis na federação. 

 

DGEEC Direção‐Geral de Estatísticas da Educação e Ciência Historicamente, desde 2004, que a Direção‐Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC), 

ex‐GIASE e ex‐GEPE, assumia as competências de gestão da Rede de Informação e Comunicação 

do Ministério da Educação (RICOME) com a Rede das Escolas e toda a coordenação tecnológica 

do Plano Tecnológico da Educação (PTE). 

Atualmente, e no enquadramento da Agenda Portugal Digital, a DGEEC no âmbito da medida 

“Resposta aos desafios societais” é a entidade da área de governação da Educação responsável 

pelo capítulo “Melhor Educação”. Este tem por objetivo melhorar o serviço de comunicação de 

dados na educação: promover o acesso unívoco e eficaz em todos os espaços educativos e de 

apoio à gestão das escolas básicas com 2.º e 3.º ciclos e ensino secundário. Cabe ainda à DGEEC 

no âmbito deste capítulo, promover a criação de uma plataforma de serviços partilhados para 

as  escolas  e  organismos  da  Educação,  utilizando  tecnologias  de  CloudComputing,  a  que  se 

designou por Cloud da educação. 

A DGEEC assume ainda competências na área governativa da educação na Estratégia TIC 2020, 

aprovada pela Resolução do Conselho de Ministros (RCM) n.º 108/2017, de 26 de julho. 

RAE Rede Alargada da Educação Iniciado em setembro de 2008, o projeto “Rede Alargada da Educação ‐ RAE”, promovido pelo 

Ministério da Educação (ME), garante serviços de comunicações e sistemas de informação tanto 

aos organismos  como aos agrupamentos e escolas não agrupadas, no  território de Portugal 

Continental. O projeto RAE teve como seu antecessor a rede RICOME, que se iniciou em 1994 e 

foi finalizado no ano 2008, ano em que se iniciou o projeto RAE. 

De entre os serviços disponibilizados pela RAE, são garantidas as ligações à Internet de todos os 

estabelecimentos de ensino da rede pública, que ministram desde o 1.º ciclo do ensino básico 

até ao ensino secundário, bem como de todos os organismos regionais e centrais do ME. 

Volvidos mais de dez anos, desde o início do projeto e conceção da RAE, os objetivos dos serviços 

contratualizados e/ou protocolados preconizam a melhoria das condições de  funcionamento 

das  redes  no  que  respeita  à  implementação  de  melhores  acessos  físicos  às  escolas  e, 

consequentemente, à melhoria efetiva nos serviços de interligação (serviços internos à rede) e 

do  acesso  à  Internet,  (otimizando  e  aumentando  a  largura  de  banda,  possibilitando  e 

potenciando melhores condições pedagógicas), através da ligação desta à RCTS.  

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Para  além  dos  serviços  disponibilizados  às  escolas  existe  um  conjunto  alargado  de  serviços 

disponibilizados aos vários organismos do ME, nomeadamente: a rede nacional de comunicação 

de dados (WAN); a estrutura de diretórios; o sistema de correio eletrónico; a gestão do sistema 

de  resolução de nomes  (DNS); vários  tipos de alojamento de plataformas e virtualização; os 

sistemas de VoIP; Desktop as a Service  (DaaS); sistemas de gestão e alojamento de bases de 

dados  diversas;  componente  de  cibersegurança  de  toda  a  rede  dos  organismos  do ME  em 

conjunto com os serviços disponibilizados pelo Fornecedor de Serviço Internet (ISP)  e pela FCT. 

No que diz respeito ao serviço de Internet prestado às escolas, na atual configuração, cada lote 

de agrupamentos e escolas não agrupadas constituem uma Rede Privada Virtual (VPN) num total 

de 3, que se interligam fisicamente através de meios de comunicação ao ponto focal. O ponto 

focal garante as medidas de  interligação e de segurança, assim como a entrega e receção de 

todo o tráfego de e para a Internet. Por sua vez a componente de Internet é disponibilizada pela 

RCTS. 

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Em 2013, aquando do  início da  ligação à RCTS, o projeto visava a otimização e ampliação de 

disponibilização  de  recursos  às  escolas  na  área  do  acesso  à  Internet  tem  entre  outros  os 

seguintes objetivos: 

● melhorar a conetividade interna (entre escolas e entre estas e o ponto focal); 

● melhorar a conetividade externa, com um aumento de largura de banda na saída para 

a  Internet e a sua otimização através de  ligações mais diretas quer aos  ISP nacionais, 

quer  a  alguns  serviços  internacionais,  tais  como  os  disponibilizados  pelas  empresas 

Google e Microsoft, possibilitadas pela FCCN. 

No  atual  projeto  a  gestão  dos  endereços  IPs  públicos  dos  agrupamentos  e  escolas  não 

agrupadas, passaram a estar sob a responsabilidade da DGEEC. São ainda prestados os serviços 

de partilha de ficheiros e aplicações entre as diversas escolas agrupadas e as escolas sede de 

Agrupamento, interno à rede de dados, de forma a não congestionar, ainda mais, a largura de 

banda  de  acesso  à  Internet.  Estes  serviços  são  de  extrema  importância  para  a  eficácia  do 

funcionamento de todos os processos relacionados com a gestão escolar e permitem, na prática, 

que vários polos geograficamente  separados do mesmo agrupamento de escolas  funcionem 

como se estivessem no mesmo edifício. Aumentam também os mecanismos de segurança e de 

transmissão dos dados, aspetos que são  fundamentais para a utilização segura dos meios de 

comunicação. 

A RAE suporta a nível de infraestrutura tecnológica e dos sistemas de informação, um conjunto 

de sistemas de recolha de dados utilizados para a produção da informação estatística oficial na 

área da educação, da ciência e tecnologia e da sociedade da informação, em conformidade com 

o Código de Conduta para as Estatísticas Europeias e no quadro do Sistema Estatístico Nacional, 

da responsabilidade da DGEEC. 

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A  nível  das  plataformas  suportadas  são  mantidos  os  serviços  tecnológicos  referentes  ao 

Escola 360, ao Portal das Escolas, Info Escolas, Info Cursos, Portal das Qualificações, Sistema de 

Informação e Gestāo da Oferta Educativa e Formativa (SIGO), Sistema de importação, gestão e 

armazenamento de dados das escolas e agrupamentos (MISI), SciELO ‐ biblioteca eletrónica que 

abrange uma coleção selecionada de periódicos científicos.   

A RAE é porventura uma das maiores redes a nível nacional, dado o número elevado de escolas 

e agrupamentos de escolas que interliga (no total de 4.435), o número de utilizadores alunos e 

docentes,  administrativos  ao  qual  dá  suporte  (mais  de  1 milhão)  e  aos  tipos  de  serviços 

envolvidos: administrativo; pedagógicos entre outros. 

 

 

Ainda subjacente à gestão da RAE, a DGEEC atua ainda como Computer Emergency Response 

Team (CERT) nas questões de segurança informática e de cibersegurança de toda a rede. 

A RAE é caraterizada, na ligação para a Internet, pelos seguintes números: 

● Acesso à Internet para um universo superior a 1 milhão de utilizadores, com cerca de 

2 milhões de dispositivos; 

● A taxa de simultaneidade é bastante elevada pelo que tal acesso deverá ser 

(i) seguro; (ii) com elevada disponibilidade; (iii) controlado para evitar uma utilização abusiva ou ilegal. 

● De ressalvar que as medidas acima devem ser operacionalizadas num contexto de: 

○ Mais de 5.000 redes lógicas; 

○ Média de sessões simultâneas superior a 3.000.000  (em casos de ataques de 

DDoS este número de sessões simultâneas poderá ser muito superior); 

○ Média de 30.000 novas sessões por segundo (durante ataques de DDoS há picos 

de novas sessões por segundo com uma ordem de grandeza muito superior); 

○ Mais de 90 % do tráfego é de Web Browsing. 

● Mais  de  1,3 milhões  de  pedidos  HTTP  por  segundo  dos  quais mais  de  1 milhão  é 

referente a sessões HTTP com menos de 1 kbyte; 

● Mais de 60 % do tráfego detetado na rede é composto por pacotes de dimensão inferior 

a 128 bytes; 

● Comunicações em IPv4 e IPv6. 

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A RAE é ainda caraterizada por: 

● Nas escolas a partir do 2.º ciclo (inclusive) são acessos simétricos, com o mesmo débito 

de download e upload, garantindo‐se que, além dos pedidos para a Internet, a escola 

consiga,  com  o  restante  débito,  prestar  serviços  à  comunidade  ou  às  suas  escolas 

agrupadas; 

● Identidade  fixa  da  escola,  possibilitando  que,  com  o  endereçamento  fixo  (IPs)  que 

possui, a escola consiga publicar serviços na Internet a partir das suas instalações e com 

os seus equipamentos; 

● Filtragem de conteúdos e controlo aplicacional (de notar que, por exemplo, conteúdos 

bloqueados  numa  escola  do  1.º  ciclo  não  serão  os  mesmos  que  numa  escola 

secundária); 

● Segurança da informação e gestão de ameaças; 

● Monitorização dos acessos e gestão de avarias. 

Neste momento,  como principal  constrangimento, aponta‐se o débito do acesso  à  internet, 

manifestamente insuficiente, para a existência de fluidez nas comunicações RAE ‐> Internet. Os 

atuais  17  Gbit/s  contrastam,  de  forma  nítida,  com  os  mais  de  300  Gbit/s  existentes  na 

conetividade interna, sendo urgente a alocação de 200 Gbit/s na conetividade externa (RAE ‐> 

Internet). 

Outra limitação patente, decorrente das dificuldades de obtenção de autorização de assunção 

de encargos plurianuais,  impossibilita a DGEEC de assumir estratégias de médio/longo prazo 

para a prestação de serviços públicos de comunicações às instituições de ensino. 

LAN Redes de Área Local  Iniciado em  setembro de 2008, o projeto  “Operação Escola em Rede” está neste momento 

presente em 1.165 escolas com 2.º e 3.º ciclos e ensino secundário, assumindo a DGEEC a gestão 

das redes privadas de cada uma dessas escolas.  

São mais de 50.000 equipamentos, que estruturam as redes locais por perfilagem, em mais de 

350.000 pontos de rede. 

O objetivo deste projeto consiste em alcançar, quer com a conetividade  interna (a serviços e 

servidores), quer com a conetividade externa (na RAE ou no acesso à Internet) todos os locais 

administrativos, de apoio e pedagógicos das escolas. Essa conetividade é conseguida através de 

vários equipamentos de acesso cablado ou por Wi‐Fi. 

O projeto possibilita generalizar condições de acesso em todas as escolas a serviços avançados 

de  comunicações  (VoIP,  videoconferência,  videovigilância,  …)  e  potenciar  a  utilização  de 

Recursos Educativos Digitais (RED). 

Trata‐se de um projeto que começa agora a atingir a plenitude dos seus proveitos: 

a) Na diminuição da contratualização externa relativa a atividades de assessoria e apoio 

(i.e., gestão de servidores e de clientes); 

b) Na criação de condições eficazes de utilização e manutenção dos recursos tecnológicos 

das escolas  (i.e., gestão de computadores,  terminais de acesso e cartão eletrónico e 

impressoras); 

c) Na  garantia  de  maior  eficiência  na  gestão  dos  recursos  tecnológicos  dos 

agrupamentos/escolas  não  agrupadas  (i.e.,  na  definição  e  apoio  de  configurações  a 

efetuar para permitir a comunicação entre escolas de um agrupamento – fator crítico à 

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uniformização dos dados e na gestão de um agrupamento de escolas e desenho de 

soluções de voz sobre IP); 

d) Na  definição  e  implementação  de  um  conjunto  de  estratégias  de  atuação  que  se 

traduzam no acompanhamento, na prestação de apoio e no desenvolvimento de um 

conjunto de  iniciativas que promovam a  integração pedagógica das TIC em contexto 

educativo  (i.e.  permissão  de  acesso  à  Internet  em  todos  os  espaços  escolares,  sem 

recurso à contratação de  linhas de dados adicionais por parte dos agrupamentos de 

escolas e escolas não agrupadas e adoção de manuais digitais). 

De  notar  que  sob  a  rede  de  área  local  assentam  também  todos  os  equipamentos  da 

videovigilância e intrusão nas escolas, sistemas de comunicações de dados, bem como, nas que 

os possuem, os sistemas de gestão energética e de comunicações sobre IP. 

No quadro da execução do projeto supracitado, desde a conclusão das primeiras instalações que 

existe um núcleo de suporte às escolas (NSO), em regime de full outsourcing, responsável por 

gerir  e  dar  suporte  a  todas  as  redes  de  área  local  existentes.  Exerce  atualmente  um  papel 

preponderante  no  apoio  às  escolas,  permitindo‐lhes  alcançar  todos  os  propósitos  atrás 

elencados. Além disso é ainda responsável pelo registo de todas as operações que envolvem as 

redes de área local (permitindo e desenvolvendo soluções que se adaptam à multiplicidade dos 

pedidos de  suporte), bem  como no  registo e  configuração das  soluções  comunicacionais do 

sistema de videovigilância e intrusão. É também o responsável pela resolução de avarias e troca 

de equipamentos (quando aplicável), permitindo que o tempo de  interrupção de serviços nas 

escolas seja diminuto (i.e.: exportação de dados, funcionamento do sistema de cartão eletrónico 

para controlo de entradas e de refeições, etc…). 

A perfilagem na rede é feita através de um servidor Radius, com possibilidade de integração com 

os diretórios locais, combinando a sua atuação com equipamentos de L3 (core) e de acesso (L2). 

A gestão da componente Wi‐Fi é também  local, por meio de controladoras. Toda a gestão de 

utilizadores está delegada nas escolas. 

A  perfilagem  é  realizada  sob  a  forma  de Virtual  LAN  (VLAN)  numa matriz  de  conetividade. 

Associadas a esta matriz de conetividade são também estabelecidas prioridades na alocação de 

reservas e limites de largura de banda no acesso à Internet. Possibilita: 

● O acesso/negação de acesso a servidores e clientes internos e externos; 

● A atribuição de reservas de tráfego para aplicações e sítios de  reconhecido  interesse 

pedagógico  e  administrativo,  deixando  apenas  o  tráfego  não  catalogado  como 

interessante de forma concorrencial; 

● A alteração do endereçamento privado das escolas de forma a se obter endereçamento 

privado único, no mínimo, para as redes de VoIP, Professores e Administrativos; 

● A criação de redes privadas para RED e Salas Técnicas e Específicas; 

● As funcionalidades de comunicação interna entre escola sede e escolas agrupadas, bem 

como uma maior flexibilização na gestão local. 

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Eis um quadro síntese onde se elencam os principais objetivos/tarefas de cada uma das VLANs: 

Nome VLAN  Objetivo 

Clientes 

Professores 

Clientes cujo utilizador autenticado tem o perfil de “Clientes Professor”. 

A  cada  cliente  será  atribuído um  IP único em  toda a RAE, podendo, desta  forma, 

integrar sem problemas um domínio do agrupamento. 

Capacidade para cerca de 500 clientes simultâneos, em cada escola. 

Alunos  Clientes cujo utilizador autenticado tem o perfil de “Aluno” apenas para a rede Wi‐Fi. 

É a antiga rede de “Alunos”, com menos recursos, e apenas presente na rede Wi‐Fi. 

Este será o perfil onde existirá a maior restrição na saída e receção de dados de e para 

a  Internet pelo que se sugere que migrem com celeridade as Salas TIC, Centros de 

Recursos e demais espaços para a rede “Clientes Alunos Salas TIC”. Por outro lado, se 

na escola existir algum projeto que privilegie o uso de dispositivos móveis deverá 

adicionar esses dispositivos à rede RED. 

Trata‐se  de  uma  rede  onde  os  IPs  localmente  são  todos  diferentes, mas  que  se

repetem entre escolas. 

Capacidade para cerca de 2.040 clientes simultâneos em cada escola. 

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Clientes Alunos 

Salas TIC 

Clientes cujo utilizador autenticado tem o perfil de “Aluno”, mas apenas para a rede 

cablada. 

Este perfil partilhará a  largura de banda e as reservas de  tráfego com a  rede RED. 

Poderá  partilhar  as  credenciais  de  acesso  com  os  alunos  pois  esta  rede  não 

autenticará via Wi‐Fi. 

Trata‐se  de  uma  rede  onde  os  IPs  localmente  são  todos  diferentes, mas  que  se 

repetem entre escolas. 

Capacidade para cerca de 2.040 clientes simultâneos em cada escola. 

Clientes 

Administrativos 

Clientes cujo utilizador autenticado tem o perfil de “Clientes Administrativo”. 

A  cada  cliente  será  atribuído um  IP único em  toda a RAE, podendo, desta  forma, 

integrar sem problemas um domínio do agrupamento. 

Capacidade para cerca de 250 clientes simultâneos em cada escola. 

Guest  Clientes cujo utilizador autenticado tem o perfil de “Convidado”.

Trata‐se  de  uma  rede  onde  os  IPs  localmente  são  todos  diferentes, mas  que  se 

repetem entre escolas. 

Este perfil partilhará a largura de banda e as restrições de tráfego com a rede “Clientes 

Alunos”. 

Capacidade para cerca de 250 clientes simultâneos. em cada escola. 

Videovigilância  Todos os equipamentos de videovigilância geridos pela DGEEC.

A cada cliente será atribuído um IP único em toda a RAE. É uma rede que não está 

exposta à Internet. 

Capacidade para 30 clientes simultâneos em cada escola. 

Recursos 

Partilhados 1 

Instalação de  recursos partilhados  (servidores,  impressoras, videoprojetores, etc.), 

aos quais os alunos não têm acesso. Os recursos aqui partilhados na escola “Central” 

estarão também acessíveis nas restantes escolas agrupadas. 

A cada recurso será atribuído um IP único em toda a RAE. Aconselha‐se um máximo 

de 32  recursos pois nas  comunicações entre esta VLAN e as  restantes podem  ser 

consumidos outros IPs além dos atribuídos aos recursos a partilhar. 

Recursos 

Partilhados 2 

Instalação de  recursos partilhados  (servidores,  impressoras, videoprojetores, etc.), 

aos quais  todos os utilizadores  têm acesso. Os recursos aqui partilhados na escola 

“Central” estarão também acessíveis nas escolas agrupadas. 

A cada recurso será atribuído um IP único em toda a RAE. Aconselha‐se um máximo 

de 32  recursos pois nas  comunicações entre esta VLAN e as  restantes podem  ser 

consumidos outros IPs além dos atribuídos aos recursos a partilhar. 

GTC  Rede exclusiva para soluções de Gestão Técnica Centralizada.

Trata‐se  de  uma  rede  onde  os  IPs  localmente  são  todos  diferentes, mas  que  se 

repetem entre escolas. 

Capacidade para cerca de 250 clientes simultâneos em cada escola. 

Quarentena  Tem a função de alocar os utilizadores que não efetuem uma autenticação válida na 

rede da escola (mantém as funções atuais). 

Esta VLAN poderá  também ser utilizada para permitir a  ligação de um servidor de 

reposição de imagens. 

Trata‐se  de  uma  rede  onde  os  IPs  localmente  são  todos  diferentes, mas  que  se 

repetem entre escolas. 

Capacidade para cerca de 500 clientes simultâneos em cada escola. 

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Híbrida  Trata‐se  de  uma  rede  sem  autenticação  e  que  tem  por  objetivo  possibilitar  a 

diferenciação  entre  redes de Centros de  Formação de Associação de Escolas  e  as 

próprias escolas onde estes se encontram a funcionar. 

Pode também ser usada para práticas laboratoriais na área de informática. 

Trata‐se  de  uma  rede  onde  os  IPs  localmente  são  todos  diferentes, mas  que  se 

repetem entre escolas. 

Capacidade para cerca de 500 clientes simultâneos em cada escola. 

VoIP  Rede exclusiva para soluções VoIP.

Poderá ser utilizada pelas escolas que possuam soluções locais de voz sobre IP. 

A cada cliente será atribuído um IP único em toda a RAE, podendo, desta forma, existir 

endereçamentos diferentes em todos os clientes de um agrupamento. 

Capacidade para cerca de 250 clientes simultâneos em cada escola. 

Terminais Vending Esta rede  foi criada sobre o antigo endereçamento da rede “Administrativos” para 

que os terminais e autómatos anteriormente configurados não tenham agora que o 

ser novamente. 

Servirá exclusivamente para  terminais e  autómatos que exijam  IP  fixo para o  seu 

funcionamento  (exemplo:  terminais  de  cartões, máquinas  de  venda,  torniquetes, 

etc.…), cabendo à escola a tarefa de gerir o endereçamento. 

Esta rede, por razões de segurança, não está exposta à Internet. 

Trata‐se  de  uma  rede  onde  os  IPs  localmente  são  todos  diferentes, mas  que  se 

repetem entre escolas. 

Capacidade para cerca de 30 clientes simultâneos em cada escola. 

RED  Rede  apenas Wi‐Fi,  com  ou  sem  autenticação  Radius  (a  forma  de  autenticação  é 

escolhida pela escola), e oculta,  específica  apenas para projetos que  fomentam  a 

utilização pedagógica de dispositivos móveis. 

Alerta‐se que a gestão desta rede é feita exclusivamente pela escola pelo que não 

deverão fornecer as suas credenciais aos utilizadores de forma massiva. A rede deverá 

ser adicionada, manualmente, nos dispositivos. Não utilizar em contextos BYOD, caso 

contrário terão sempre de alterar a sua password uma vez que os alunos a passarão 

a utilizar. 

Trata‐se  de  uma  rede  onde  os  IPs  localmente  são  todos  diferentes, mas  que  se 

repetem entre escolas. 

Capacidade para cerca de 250 clientes simultâneos em cada escola. 

 

Este projeto tem um contrato válido até 2021 onde se prestam os seguidos serviços: 

● Manutenção de todos os equipamentos ativos, com troca de equipamentos assegurada 

no dia útil seguinte (NBD); 

● Manutenção dos passivos de rede instalados pelo projeto; 

● Apoio à modernização dos passivos de rede através da coordenação dos projetos de 

requalificação autárquica; 

● Prestação dos  serviços de  suporte e de pedidos de alteração  (cerca de 100 pedidos 

diários); 

● Prevê a  substituição de equipamentos avariados e em  fim de vida ou de venda, por 

modelos  atuais  com  caraterísticas  iguais  ou  superiores  (por  exemplo  switches  com 

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portas a 10 Gbit/s e pontos de acesso Wi‐Fi da norma IEEE 802.11a/b/g para a norma 

802.11a/b/g/n (por enquanto) ou norma 802.11ac (no futuro). 

 

Perante  a  volumetria  de  pedidos  de  suporte  e  de  alteração,  a  equipa  da  DGEEC  é 

complementada  por  uma  outra  equipa  de  full  outsourcing  para  atendimento,  gestão, 

monitorização e suporte da infraestrutura de rede local, garantindo‐se assim a consistência de 

disponibilidade e nível de serviço para todas as escolas. 

A nível de constrangimentos reportam‐se apenas dois: i) o desempenho e cobertura da rede Wi‐

Fi  instalada em 2008  insuficiente para um nível de utilização decorrente da generalização da 

utilização  dispositivos  móveis,  uma  vez  que  o  modelo  de  troca  de  equipamentos  por 

manutenção e avarias é feito muito lentamente e ii) algumas redes locais instaladas por outras 

entidades  não  permitem  a  gestão,  VLANs  e,  por  conseguinte,  a  adoção  de  uma, matriz  de 

conetividade. 

Catálogo de Serviços A combinação dos projetos RAE e LAN possibilita à DGEEC a prestação de inúmeros serviços para 

os organismos do ME e para as escolas, a saber: 

Organismos ME  Escolas 

● Diretório de utilizadores; ● Sistema de correio eletrónico; ● Comunicações de voz ‐ VoIP ‐ que 

incluí presença e instant messaging interno; 

● Gestão de domínios; ● Alojamento de servidores virtuais; ● Alojamento housing e hosting; ● Alojamento de bases de dados (em 

SGBD); ● DaaS; ● Plataforma Digital da Educação ‐ 

alojamento de sistemas de informação; 

● Acesso por VPN a partir do exterior ● Public Key Infraestructure interna ‐ 

criação e gestão de certificados internos; 

● Core de fibras LAN; ● Segurança de perímetro; ● Serviço de backups (dados e 

máquinas); ● Serviço de File Share. 

● Gestão de identidades; ● Escola 360 ‐ Sistema de Gestão de 

Alunos; ● Sistema de Informação e Gestāo da 

Oferta Educativa e Formativa (SIGO); ● Sistema de importação, gestão e 

armazenamento de dados das escolas e agrupamentos (MISI); 

● Portal da Escolas e acesso privilegiado a recursos educativos digitais; 

● Funcionamento dos softwares de gestão escolar e gestão financeira; 

● Controlo de acessos e cartão do aluno; 

● Serviços para encarregados de educação;  

● Segurança – videovigilância e alarmística nas escolas; 

● Centralização de servidores (em curso); 

● DaaS (em curso); ● VoIP (apenas para as escolas que o 

possuam). 

 

Escol@Segura Videovigilância e Intrusão Este projeto  foi realizado com o  intuito de que o aumento significativo das  infraestruturas e 

ativos (e.g. equipamentos informáticos) nas escolas deveria ser acompanhado por um reforço 

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de medidas de segurança nas escolas, prevenindo furtos, roubos e atos de vandalismo. Além 

dos  equipamentos  informáticos  previa  ainda  um  efeito  dissuasor  sobre  atos  de  vandalismo 

contra o edificado escolar. 

Concomitantemente, terminaram as funções dos “guardas noturnos” nas escolas, tendo a sua 

grande maioria  ficado sem quaisquer elementos que garantissem a segurança dos espaços e 

equipamentos escolares durante as noites e dias não úteis. 

A solução, instalada em 1.051 escolas, é uma solução 100 % IP, suportada na LAN da escola e na 

RAE, com um Centro de Monitorização e Receção de Alarmes de âmbito nacional que recebe, 

regista  e  reage  a  alarmes  dos  sistemas  de  intrusão  ou  dos  sistemas  de  videovigilância  das 

escolas. 

Além  das  câmaras  (5  interiores  e  5  exteriores) o  projeto  contemplou  ainda  a  instalação de 

sensores volumétricos, de contacto magnético, sísmico para cofre, sirenes externas e internas e 

teclados de arme e desarme, tudo ligado a uma unidade central (local) de controlo. 

As escolas podem visualizar, em tempo real, as imagens captadas pelas câmaras de vigilância. 

O Centro de Monitorização e Receção de Alarmes dispõe de um sistema de gestão de eventos 

que,  além de  gerir  todos os  eventos  rececionados,  está  integrado,  em  cloud privada,  a um 

sistema de gestão de gravações após receção de alarme. 

A  inexistência  de  contratos  de  manutenção,  leva  à  inoperacionalidade  dos  sistemas  e  ao 

acumular de avarias e  falência das baterias que  inviabilizam a total segurança dos edifícios e 

equipamentos escolares, além de perturbarem a ordem pública (com o despoletar das sirenes 

causadas por falsos alarmes). 

A articulação com as autarquias também não tem sido satisfatória. Os sistemas implementados 

por  estas,  aquando  dos  processos  de  requalificação  escolar,  não  contemplam  o 

reaproveitamento dos equipamentos instalados pelo ME e introduzem novos equipamentos não 

compatíveis com a central nacional de receção de alarmes. Após obras, as escolas acabam por 

ficar vulneráveis, ou têm de retroceder para contratos de segurança locais sem recurso a vídeo. 

Neste  momento,  apenas  um  quarto  das  escolas  instaladas,  permanece  com  o  sistema 

totalmente ou globalmente (acima de 90 %) funcional. 

 

Piloto Cloud@Escolar Foi realizado um piloto que visava a virtualização de servidores administrativos, de storage, web 

e híbridos para efeitos pedagógicos, além de ‐ através de sinergias num nó central ‐ se virtualizar 

também os postos de trabalho. 

O piloto teve o objetivo de centralizar todos os servidores administrativos, web e pedagógicos 

das escolas,  possibilitando  ainda  a  adoção de  terminais  leves  (VDI) por parte das escolas  e 

autarquias.  Com  a  infraestrutura  central  em  operação  às  autarquias  competia  apenas  a 

aquisição dos equipamentos terminais que seriam adicionados ao nó central. 

Tal piloto permitiu aferir a total capacidade dos desenhos da rede de área local estruturada e da 

RAE para o realizar: 

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O piloto possibilitou uma candidatura SAMA 2020, que foi realizada após serem inquiridos todos 

os agrupamentos de escolas e escolas não agrupadas sobre quatro dimensões: 1) quantidade e 

qualidade dos servidores aplicacionais; 2) presença na web com webservers próprios ou hosting; 

3)  necessidades  de  storage  e  de  servidores  para  simulação  pedagógica  e  laboratorial;  4) 

quantidade e antiguidade dos PCs. 

A candidatura previu assim: 

● Dotar  de  servidores  aplicacionais,  storage  e  híbridos  (pedagógicos)  os  250 

agrupamentos e escolas não agrupadas mais carenciadas; 

● Dotar de servidores web, com domínio “edu.gov.pt” ‐ de acordo com a RCM n.º� � � � � � 34/2016 ‐ todos os agrupamentos de escolas e escolas não agrupadas; 

● Dotar com 7.140 terminais leves as 71 escolas mais carenciadas a nível de PCs. 

Para efeitos de crescimento o projeto foi concebido de forma a permitir: 

● A adição local de terminais em escolas que deles necessitem, sendo que localmente se 

adquiriam os  terminais, monitores e demais  componentes, e  centralmente a DGEEC 

trataria do crescimento (caso necessário) da infraestrutura e licenciamento; 

● O mesmo para o  crescimento a nível de  servidores a alocar a mais agrupamentos e 

escolas não agrupadas. 

De ressalvar que todos os dados, softwares e uso continuava de uso autónomo por parte de 

cada agrupamento e escola não agrupada. 

 

   

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Piloto VoIP nas escolas A nível de VoIP, os pilotos realizados foram muito superficiais e sem grandes conclusões. Se por 

um  lado  as  escolas  têm  grande  dificuldade  em  identificar o  que  contratam  totalmente  aos 

operadores ‐ neste caso circuitos básicos, alguns primários e centrais ‐ na sua maioria analógicas, 

com uma antiguidade assinalável. 

Em algumas escolas requalificadas pelas autarquias foi possível alterar este cenário ajudando a 

autarquia e as escolas a contratarem o circuito ideal, tendo ficado a cargo da DGEEC quer o nível 

operacional quer o financeiro (pois nenhuma autarquia aceitou estas duas camadas de gestão), 

a configuração, otimização, e a possibilidade de interligar através da RAE por voz interna todas 

as restantes escolas de cada agrupamento. 

Mais tarde, e com o crescimento do mercado na venda serviços partilhados e de funcionalidades 

de central virtual  foi  readaptada a matriz de VLANs das  redes de área  local estruturada das 

escolas de forma a que as comunicações de voz da escola sede e das escolas agrupadas saiam 

pelo router do operador, até que existam pontos de ligação à rede pública, terrestre e móvel, 

nos pontos  focais da RAE, alcançando‐se assim a constituição da  rede de voz da educação e 

interligação, via RAE, às soluções autárquicas e da FCCN. 

 

Centro de Processamento de Dados da Educação O projeto do Centro de Processamento de Dados da Educação (CPD Educação) esta preparado 

para ser iniciado e visa a centralização de todos os SI do ME (administrativos e pedagógicos) que 

facilitem a gestão e entrega de comunicações (atualmente estão dispersos em mais de 20 locais), 

contribuindo ativamente para mais e melhores soluções a entregar às comunidades educativas. 

 

 

   

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As freguesias e a organização democrática do Estado A  organização  democrática  do  Estado  compreende  a  existência  de  autarquias  locais 

configuradas como formas de administração autónoma, entidades jurídicas próprias, detentoras 

de  órgãos  representativos  legitimados  pelo  voto  e  assumindo‐se  como  um  instrumento  ao 

serviço da satisfação dos interesses próprios das populações, no seu âmbito de intervenção [1]. 

A Constituição da República Portuguesa de 1976, a primeira Lei das Finanças Locais (Lei n.º 1/79, 

de 2 de janeiro) e a Carta Europeia da Autonomia Local (CEAL), são o resultado emergente da 

consequente  separação  de  poderes,  livre  e  independentemente  constituídos,  garantes  da 

implantação  dos princípios da  democraticidade  e  da  autonomia, da  autodeterminação e  da 

pluralidade partidária. 

O poder local democrático, tal como previsto constitucionalmente, consubstancia‐se, hoje, na 

existência de municípios e freguesias, dotados de órgãos próprios, com efetiva capacidade para 

regulamentar e gerir  sob  sua  responsabilidade,  com  vista  a  satisfação das necessidades das 

populações que representam. Se a consagração do princípio da autonomia local foi um passo de 

gigante, não menos importante foi a definição dos princípios que garantiram a independência 

funcional das freguesias, face aos municípios. 

A  freguesia,  autarquia  local  reconhecida  pela  Lei  Fundamental  portuguesa,  tem,  por  sua 

natureza  jurídica  e  fática,  um  papel  significativo  no  quadro  da  administração  pública, 

proporcionando  e  tornando  possível  o  exercício  da  democracia  próximo  dos  cidadãos. 

Freguesias  e municípios,  configuradas  como  formas de  administração  autónoma,  têm  como 

escopo “a prossecução dos interesses próprios das populações respetivas”, organizando, no seu 

desempenho,  o  serviço  público  inerente,  exercendo  funções  e  coordenando  atos  de 

administração. A autonomia que  lhes  foi conferida dita o dever de  respeito pelos princípios 

constitucionais da subsidiariedade e da descentralização [2]. 

A administração autárquica pauta‐se pela conformidade à lei, que não prevê qualquer relação 

de  dependência  hierárquica  entre  freguesias  e  municípios,  as  duas  autarquias  locais 

constitucionalmente  consagradas.    Declarando  a  existência  do  poder  local  bipartido,  a 

autonomia  e  a  independência  institucional,  embora  posicionados  numa  relação  de 

complementaridade funcional recíproca, mais acentuada no sentido município – freguesia.  

Apesar de  imperar a separação de poderes, no exercício autonómico das respetivas  funções, 

reconhece‐se a vantagem de uma relação complementar em que umas e outros compatibilizem 

programas e critérios de execução, articulando‐se na concertação de tarefas.  

A sua atividade processa‐se em obediência ao respeito mútuo pela autonomia de umas perante 

os  outros  e  do  papel  essencial,  não  subsidiário,  das  freguesias,  como  protagonistas  do 

desenvolvimento económico e social das populações que ambos visam alcançar [2].  

Organização administrativa do território NUTS é o acrónimo de “Nomenclatura das Unidades Territoriais para Fins Estatísticos”, sistema 

hierárquico de divisão do território em regiões. 

Esta nomenclatura foi criada pelo Eurostat no início dos anos 1970, visando a harmonização das 

estatísticas dos vários países em  termos de  recolha, compilação e divulgação de estatísticas 

regionais. 

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A nomenclatura subdivide‐se em 3 níveis (NUTS I, NUTS II, NUTS III), definidos de acordo com 

critérios populacionais, administrativos e geográficos. 

Em 2015 entrou em vigor uma nova divisão regional em Portugal – NUTS 2013. Em relação à 

versão anterior – NUTS 2002, traduz‐se por significativas alterações de número e de composição 

municipal das NUTS III, as quais passaram de 30 para 25 unidades territoriais, agora designadas 

de  “unidades  administrativas”.  Essas  unidades  administrativas  correspondem  às  "Entidades 

Intermunicipais", "Região Autónoma dos Açores" e "Região Autónoma da Madeira". Quanto às 

NUTS I e II, esta nova versão de 2013 não implicou alterações, tendo apenas a designação da 

NUTS II "Lisboa" passado para "Área Metropolitana de Lisboa". 

 

As 3092 freguesias agrupam‐se em 308 municípios de Portugal agrupam‐se em 25 NUTS III, 7 

NUTS II e 3 NUTS I. 

A  divisão  administrativa  de  Portugal  [3]  pode 

ser  consultada  no  portal  da Direção Geral  do 

Território. 

A  distribuição  das  freguesias  pelo  território 

pauta‐se  por  assimetrias  em  número  e  área 

territorial, existem municípios com apenas uma 

freguesia  (Barrancos,  São  Brás  de  Alportel, 

Castanheira de Pera, Santo Tirso, São  João da 

Madeira  e  Alpiarça),  existe  também  um 

município  que  não  tem  qualquer  freguesia 

instalada  (Corvo nos Açores), em  contraponto 

existem  municípios  com  trinta  ou  mais 

freguesias  (Barcelos,  Guimarães,  Guarda, 

Bragança, Chaves, Ponte de Lima, Braga, Arcos 

de Valdevez, Vila Nova de Famalicão, Vila Verde, 

Macedo de Cavaleiros, Mirandela, Sabugal). 

 

   

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Atribuições e competências Municípios e freguesias, entidades  jurídicas detentoras de órgãos próprios, representativos e 

legitimados pelo voto, assumem‐se, no âmbito da sua intervenção pública, como instrumentos 

ao serviço e satisfação dos interesses das populações locais. 

A sua autonomia traduz‐se no direito e na capacidade efetiva de regulamentar e gerir, sob sua 

responsabilidade, uma parte dos assuntos públicos.  

Tal  implica necessariamente uma delimitação entre a esfera de atribuições da administração 

central e a esfera de atribuições das autarquias  locais,  implicando, também, forçosamente, a 

mesma delimitação entre a esfera de atribuições dos municípios e das freguesias.  

Estas atribuições regem‐se de complementaridade e de articulação de funções de acordo com 

o previsto na Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro ‐ as atribuições dos municípios e das freguesias, 

distribuem‐se nas seguintes áreas: 

 

Freguesias 

● Equipamento rural e urbano;  

● Abastecimento público;  

● Educação;  

● Cultura, tempos livres e desporto;  

● Cuidados primários de saúde;  

● Ação social;  

● Proteção civil;  

● Ambiente e salubridade;  

● Desenvolvimento;  

● Ordenamento urbano e rural;  

● Proteção da comunidade; 

● As atribuições das freguesias 

abrangem ainda o planeamento, a 

gestão e a realização de 

investimentos nos casos e nos 

termos previstos na lei. 

 

 

Municípios 

● Equipamento rural e urbano;  

● Energia;  

● Transportes e comunicações;  

● Educação, ensino e formação 

profissional;  

● Património, cultura e ciência;  

● Tempos livres e desporto;  

● Saúde;  

● Ação social;  

● Habitação;  

● Proteção civil;  

● Ambiente e saneamento básico;  

● Defesa do consumidor;  

● Promoção do desenvolvimento;  

● Ordenamento do território e 

urbanismo;  

● Polícia municipal;  

● Cooperação externa.

 

 

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Descentralização e subsidiariedade  Se  inicialmente  o  conceito  de  descentralização  se  materializou,  fundamentalmente,  no 

reconhecimento às comunidades locais de atribuições próprias ‐ que estas deveriam prosseguir 

através dos seus órgãos eleitos e sujeitos a reduzido controlo governamental ‐ posteriormente 

veio a abarcar a  criação pelo Estado de pessoas  coletivas de direito público,  incumbidas de 

prosseguir atribuições estatais. Da estatuição do n.º 1 do artigo 6.º da Constituição da República 

Portuguesa  (CRP)  que  determina  que  o  Estado,  na  sua  organização,  respeita  o  princípio  da 

descentralização, podemos concluir que por imposição constitucional o sistema administrativo 

português é um sistema descentralizado. 

A revisão constitucional de 1997 acrescentou a referência, no mesmo preceito, ao princípio da 

subsidiariedade, no sentido de ser mais um limite a observar pelo Estado nas suas relações com 

as regiões autónomas e com as autarquias locais. 

A subsidiariedade, visando na distribuição vertical de poderes uma aproximação dos cidadãos 

ao poder político, constitui um limite aos poderes de uma instância superior que, precisamente 

por causa deste limite, só deve chamar a si aquelas tarefas que não possam, de forma mais eficaz 

e adequada, ser prosseguidas pelas instâncias inferiores. Pelo que, a norma constitucional em 

referência, em cumprimento dos dois princípios citados, determina que as matérias que possam 

ser resolvidas ao nível das regiões autónomas ou das autarquias locais não devem ser resolvidas 

pelo Estado. 

Assim, enquanto  a promoção e defesa dos  interesses  regionais  (artigo 225.º, n.º  2 da CRP) 

caberá às entidades territoriais das regiões autónomas, a prossecução de  interesses próprios 

das populações das autarquias locais (artigo 235.º n.º 2 da CRP) caberá às entidades autárquicas 

mais próximas dos cidadãos (municípios e freguesias). 

No mesmo sentido vai a CEAL, quando no n.º 3 do seu artigo 4.º estabelece que “regra geral, o 

exercício das  responsabilidades públicas deve  incumbir, de preferência, às autoridades mais 

próximas dos cidadãos.  

A atribuição de uma responsabilidade a uma outra autoridade deve ter em conta a amplitude e 

a natureza da tarefa e as exigências de eficácia e de economia”. Importa, todavia, salientar que 

o  princípio  da  subsidiariedade  não  atua  apenas  ao  nível  das  relações  entre  o  Estado  e  as 

autarquias  locais e regiões autónomas, mas, também, entre estas: as tarefas que possam ser 

melhor prosseguidas pelas freguesias não devem ser confiadas aos municípios e aquelas que 

possam ser atribuídas aos municípios não devem ser às regiões autónomas nem administração 

central.  

Assim, as atribuições e competências das autarquias  locais são‐lhes atribuídas por  lei  ‐  lei da 

competência exclusiva da Assembleia da República, salvo autorização ao Governo (alínea q) do 

n.º 1 do artigo 165.º) – estando a atuação do Estado neste domínio vinculada aos princípios da 

descentralização administrativa e da subsidiariedade.  E, diga‐se, a importância conformadora 

do  princípio  da  descentralização  e  da  subsidiariedade  é  insofismável,  dada  a  ausência  de 

concretização pelo legislador constitucional do conjunto de matérias que devem ser atribuídas 

às autarquias locais (ressalvada a estatuição do artigo 65.º relativo à habitação e urbanismo) e 

da definição do que deve entender‐se por interesses próprios das autarquias locais.  

   

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Diversidades e assimetrias territoriais As freguesias, resultam da evolução das antigas paróquias, acompanharam desde a reconquista 

a  definição  do  território  de  Portugal,  do  seu  povoamento,  ordenamento  e  distribuição  da 

população,  desde  que  houve  a  preocupação  com  o  seu  desenvolvimento mais  equilibrado. 

Integradas na organização do Estado, desde que se reconheceu ser necessária a criação de uma 

unidade administrativa próxima dos cidadãos que desempenhassem competências de primeira 

ordem,  coexistindo  com os municípios desde  a primeira metade do  séc. XIX, quando  foram 

consagradas no Código Administrativo de 1836. As freguesias são, para um observador externo 

à  realidade  nacional,  uma  originalidade  da  organização  política  e  administrativa,  podendo 

constituir uma potencialidade para a estrutura organizacional do Estado,  

Um olhar global sobre o comportamento desta realidade no conjunto do território do território 

põe em evidência de alguns aspetos marcantes, tais como as assimetrias na distribuição pelo 

território nacional e dentro dele, apontado para as principais clivagens espaciais (interior/litoral; 

norte/sul; rural/urbano).  

A diversidade territorial (geográfica, económica, social, cultural, política, etc.) que se encontra 

espelhada na realidade que as freguesias desenham, deve estar presente em qualquer reflexão 

prospetiva  as  freguesias,  nomeadamente  no  que  diz  respeito  ao  número  de  freguesias  por 

região, população e área da freguesia. 

 

 

Figura 1 ‐ N.º de freguesias por NUTII [4] 

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Figura 2 ‐ População por NUT II [4]  

 

 

Figura 3 ‐ Área em km das freguesias agrupado por NUTII [4] 

 

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A transferência de atribuições e competências (“Lei‐quadro da transferência de competências 

para as autarquias  locais e para as entidades  intermunicipais,” 2018) rege‐se pelos seguintes 

princípios e garantias: 

a) A transferência efetua‐se para a autarquia local ou entidade intermunicipal que, de 

acordo com a sua natureza, se mostre mais adequada ao exercício da competência 

em causa; 

b) A preservação da autonomia administrativa, financeira, patrimonial, e organizativa 

das autarquias locais; 

c) A garantia de qualidade no acesso aos serviços públicos; 

d) A coesão territorial e a garantia da universalidade e da igualdade de oportunidades 

no acesso ao serviço público; 

e) A eficiência e eficácia da gestão pública; 

f) A  garantia  da  transferência  para  as  autarquias  locais  dos  recursos  financeiros, 

humanos  e  patrimoniais  adequados,  considerando  os  atualmente  aplicados  nos 

serviços e competências descentralizados; 

g) A estabilidade de financiamento no exercício das atribuições cometidas. 

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Inquérito no âmbito do estudo do acesso às redes públicas de comunicações móveis e 

fixas nas freguesias A forma de comunicar e de disseminar informação tem conhecido alterações significativas nos 

últimos anos. O acesso expedito à informação, nomeadamente por via de utilização da Internet 

constitui uma ferramenta essencial. Neste sentido e no âmbito do GT nasceu a necessidade de 

conhecer com rigor a cobertura de banda larga em Portugal. 

Esta informação é elemento determinante para a definição de políticas nacionais e comunitárias 

no plano das telecomunicações bem como para a definição das agendas de negociação entre o 

estado e as operadoras móveis. 

Como tal, foi solicitado à DGAL, no âmbito do horizonte 2030, enquanto interlocutor privilegiado 

das autarquias locais, percebesse o estado atual das coberturas de rede freguesia a freguesia e 

do acesso das entidades públicas e da população à Internet de banda larga. 

Privilegiou‐se o contacto  telefónico uma vez que a concretização do  inquérito por outra via, 

designadamente por correio eletrónico, poderia desvirtuar os resultados, na medida em que 

excluiria logo à partida aquelas que não têm endereço institucional ou que não o utilizam com 

frequência. 

A referência concreta no inquérito a operadores de comunicações não tem fins comerciais. O 

que se pretende é comparar aqueles que são os dados fornecidos pelas operadoras – na relação 

com o Estado – com dados oficiais fornecidos por entidade que não tenha interesse direto na 

matéria. 

O inquérito divide‐se em cinco grupos, que são: 

1. Caraterização da freguesia; 

2. Dados sobre o acesso da população das freguesias a redes públicas de comunicações 

móveis; 

3. Dados sobre o acesso da população das freguesias a redes públicas de comunicações 

fixas; 

4. Dados sobre o acesso da população a redes Wi‐Fi disponibilizadas pela Freguesia; 

5. Dados sobre o acesso à Internet disponibilizado à população pela Freguesia. 

 

Resultados do Inquérito 

Abaixo estão alguns resultados importantes do inquérito realizado às freguesias, ao qual foram 

obtidas 1340 respostas, o que constitui cerca de 43 % do total de 3091 freguesias. 

 

Questões  

2.1 Na área da freguesia há cobertura de sinal de rede para comunicações móveis?  

3.1 Na área da  freguesia está disponível à população o acesso à rede fixa dos operadores de 

comunicações?  

4.1 É disponibilizado à população o acesso Wi‐Fi à Internet na freguesia?  

5.1 Disponibilizam postos fixos (PC) de acesso à Internet?  

5.4 É disponibilizado apoio técnico ou auxílio na utilização? 

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Questões 

2.1.1 A rede Móvel MEO está disponível e acessível à população e qual a cobertura do sinal de 

rede?  

2.1.2 A rede Móvel NOS está disponível e acessível à população e qual a cobertura do sinal de 

rede?  

2.1.3 A rede Móvel Vodafone está disponível e acessível à população e qual a cobertura do sinal 

de rede?  

2.1.4 A rede móvel (2G (GSM)) está disponível na área da freguesia?  

2.1.5 A rede móvel (3G (LTE)) está disponível na área da freguesia?  

2.1.6 A rede móvel (4G) está disponível na área da freguesia?  

 

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Questão 

2.1.X Na área da freguesia há cobertura de sinal de rede para comunicações móveis?  

Distribuição pelo país das respostas com “Acesso muito difícil” 

 

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PARTE II 

Propostas    

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Análise e Oportunidades para Melhorar  O presente capítulo reúne o conjunto de constrangimentos das atuais RCTS, da RAE e da ligação 

à  Internet das  juntas de  freguesia,  identificados por este grupo de  trabalho, apontando um 

conjunto de opções possíveis, de curto e médio prazo, para a sua solução. Por outro lado, são 

igualmente identificadas possíveis sinergias que potenciam a eficácia do portfólio de serviços a 

estas comunidades de utilizadores, a  racionalização de  recursos, bem como a qualidade dos 

serviços prestados. 

O conjunto de aspetos aqui analisados pode ser dividido, quanto à sua natureza, em aspetos 

infraestruturais e arquiteturais, aspetos administrativos e aspetos de governança desta RISPC. 

Os primeiros tratam as  insuficiências atuais, as adaptações necessárias para a  integração das 

redes e para a extensão da RCTS para receber as ligações das juntas de freguesia; os segundos 

analisam  as  dificuldades  sentidas  na  contratação  periódica  de  serviços  de  comunicações 

eletrónicas,  de  operação  e manutenção  de  redes  locais  nas  escolas,  bem  como  da  gestão 

centralizada de infraestruturas com elevada densidade e capilaridade; e os terceiros analisam 

os atuais modelos de governança das infraestruturas de comunicações e de serviços do MCTES 

e do ME apontando soluções para uma gestão integrada e convergência das funções informática 

destas áreas governativas.   

Aspetos infraestruturais 

A parte infraestrutural da RISPC pode ser dividida em três grandes blocos, a saber: componente 

de segurança e conetividade para o exterior, componente de acesso e componente de redes 

locais.  

Na  componente  de  segurança  e  conetividade  para  o  exterior,  o  tráfego  agregado  da  RAE 

consome, atualmente, a totalidade dos 17 Gbit/s de largura de banda de ligação ao backbone 

da  RCTS  para  conetividade  exterior,  que  se  reflete  em  lentidão  no  acesso  e  uma  péssima 

experiência para o utilizador dentro da escola. Tendo em conta a capacidade instalada, sugere‐

se  o  upgrade  desta  ligação  para  200 Gbit/s,  bem  como  os  necessários  investimentos  na 

componente de segurança do ponto focal de forma a suportar este aumento de tráfego e na 

componente de conetividade internacional.  

Sobre este mesmo  assunto, e  tendo em  conta que o  custo da  conetividade  internacional é 

suportado  pela  FCCN,  é  necessário  encontrar  o  instrumento  legal  que  permita  à  DGEEC 

contribuir com a sua parte para o contrato que conetividade da FCT com o seu prestador de 

serviço, GÉANT, e formalizar essa partilha de custos.  

Este mesmo modelo de conetividade externa pode facilmente ser utilizado para o conjunto dos 

acessos das juntas de freguesia, estimando‐se aqui uma capacidade de ligação ao backbone da 

RCTS de 20 Gbit/s.  

Na componente de acesso podemos encontrar as maiores oportunidades de melhoria. A RCTS 

possui uma  infraestrutura de elevada capacidade que  liga todas as Universidades e  Institutos 

Politécnicos do continente e das regiões autónomas. Esta  infraestrutura pode  facilmente ser 

adaptada para transporte de tráfego entre praticamente todas as capitais de distrito e os seus 

dois nós de comutação, localizados em Lisboa e no Porto, que, por sua vez, estão interligados 

com os principais prestadores de conteúdos, mediante  cache  local, com os  fornecedores de 

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serviços  de  comunicações  eletrónicas  nacionais,  através  do GigaPIX,  com  a  rede  académica 

espanhola e com a Internet.  

Transformar cada um destes nós, em cada uma das capitais de distrito, em pontos de acesso 

(POINTS) e de serviços para as escolas e para as juntas de freguesia da região, permitiria tirar 

proveito  de  infraestruturas  locais  ou  regionais  já  instaladas  para  realizar  a  componente  de 

acesso.  Como  exemplo  desta  oportunidade,  vários  Municípios  instalaram  e  operam 

infraestruturas de fibra ótica para interligação dos seus vários serviços, e que podem, em muitos 

casos, realizar a ligação das escolas urbanas ao POINT da RCTS. Outro exemplo que merece ser 

referido  diz  respeito  às  infraestruturas  designadas  de  redes  rurais  e  que  apresentam  uma 

capilaridade suficiente para servir as escolas e freguesias em ambiente rural das regiões norte, 

centro e sul.  

Finalmente, observando a evolução contínua da qualidade e  largura de banda disponibilizada 

pelas diversas tecnologias de acesso, tais como HFC, FTTH, xDSL e 4G, e prevendo o surgimento 

de novas tecnologias como redes de satélite de comunicações de baixa altitude e latência ou o 

5G, e tendo em conta que, no limite, diferentes tecnologias são disponibilizadas por diferentes 

operadores, sugere‐se olhar o acesso de cada uma das escolas e de cada uma das  juntas de 

freguesia  de  forma  individual,  definindo  os  requisitos  de  ligação  à  RCTS  sem  referência  à 

tecnologia a usar.  

Neste  contexto,  sugere‐se  a  agregação  da  contratação  de  serviços  de  acesso  à  RCTS  para 

entidades do sistema de ensino superior e de ciência, entidades do sistema de ensino básico e 

secundário e juntas de freguesia, com base num referencial comum de ligação à RCTS, mas que 

salvaguarde as especificidades de cada um.  

Na componente de redes locais, existe um conjunto de cerca de 30 escolas que ainda não têm 

infraestrutura  de  rede  local  organizada.  Trata‐se  de  escolas  novas  ou  que  sofreram 

recentemente intervenções de construção civil profundas e que precisam agora de ver as suas 

infraestruturas de rede local reinstaladas. 

Por outro lado, o modelo de arquitetura de rede local igual para todas as escolas não responde 

de  forma eficaz o conjunto de escolas com maior maturidade, que não conseguem  inovar e 

desenvolver a sua atividade educativa. Este modelo de “one‐size‐fits‐all”, bem utilizado na fase 

de criação da infraestrutura inicial das escolas que realizou o PTE, não é um bom modelo para o 

presente  e  para  o  futuro.  É  perfeitamente  aceitável  e  até  desejável  que  as  escolas mais 

dinâmicas procurem soluções mais avançadas que cumpram os seus objetivos educativos. Por 

esta razão, o atual modelo leva a que um considerável número de escolas contrate no mercado 

serviços  de  comunicações  alternativos,  resultando  numa  duplicação  de  custos,  ineficácia 

funcional  e  riscos  de  segurança  acrescidos.  É muito  importante  que,  dentro  das  escolas,  a 

direção, o pessoal administrativo, os professores e o pessoal auxiliar precisam de ter confiança 

na sua infraestrutura, para que o uso da internet e aplicações educativas seja efetivo.  

Importa ainda considerar aqui a iniciativa do Governo para delegação de competências no poder 

local e a respetiva negociação com as autarquias. A distribuição da componente de gestão de 

redes  locais, porque  realizada em proximidade, é uma excelente oportunidade para mitigar 

alguns dos constrangimentos do atual modelo, e permite juntar, de forma eficaz, as funções de 

gestão de infraestrutura de rede local (atualmente feita de forma centralizada) e de gestão de 

dispositivos (feita localmente pela escola) com ganhos de eficácia a todos os níveis.  

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Neste cenário, a gestão e operação da componente de rede local das escolas deve ser feita pelos 

municípios respeitando um referencial e um conjunto de requisitos definidos centralmente de 

forma a assegurar a interoperabilidade entre escolas e entre estas e os serviços centrais do ME, 

pelo que importa, desde já definir esse referencial.  

Uma outra visão é apresentada pela DGEEC, a quem está atribuída a competência da gestão das 

redes de área local das escolas. Esta advoga que um modelo misto, como o atualmente em vigor, 

é  o  que  melhor  serve  as  comunidades  educativas,  presas  a  uma  largura  de  banda 

manifestamente insuficiente e marcada pela falta de profissionais que assumam a execução de 

competências técnicas. 

Assim, com base na sua experiência, a DGEEC considera que: 

● A contratação de circuitos paralelos à infraestrutura nacional advém da fraca fluidez de 

conetividade à Internet desde o início do projeto e que, atualmente, ainda não minorou 

o espectro de  lentidão nalguns perfis de rede, sendo totalmente  ineficaz no perfil de 

alunos. 

● A  segmentação  nacional das  redes de  área  local  foi  sendo  trabalhada  a pedido  das 

escolas,  possuindo  estas  mecanismos  de  gestão  self‐service  que  lhes  possibilita 

adicionar  todo  o  tipo  de  clientes  à  perfilagem  de  rede  existente.  Essa  perfilagem 

existente está limitada, apenas e só, pelo facto de a largura de banda na conetividade 

externa estar bastante limitada, estando preparada para que, assim que essa limitação 

esteja ultrapassada,  cada  escola possa  criar  as  suas  redes  internas  de  forma  livre  e 

independente e que corresponda às suas necessidades pedagógicas, refletindo‐se quer 

na componente cablada, quer na Wi‐Fi, possibilitando‐se, sempre que necessário, mais 

mecanismos  ou  opções  que  reforcem  o  catálogo  de  serviços  central  ou  local 

disponibilizado às escolas. 

● Reforça‐se assim que a perfilagem existente está, de  facto,  intrinsecamente  ligada à 

necessidade  de  se  aplicar mecanismos  de  qualidade  de  serviço  que  se  reflitam  na 

otimização de utilização dos 17 Gbit/s que se ligam à Internet. Tal segmentação, a não 

existir, tem também impacto imediato em todo o auxílio que se pode prestar às escolas 

nas dimensões de segurança e de acesso a sistemas de informação críticos para o ME 

tais como a gestão centralizada de vencimentos, de alunos, de estabelecimentos, entre 

outros. 

● Assim, e atendendo ainda ao facto de toda esta gestão centralizada, incluindo as tarefas 

de manutenção e de troca de hardware no dia útil seguinte, apenas custaram cerca de 

70 €/mês/escola, dificilmente  se pode conceber outra  forma de gestão que  seja  tão 

económica e eficaz e, sobretudo, que não coloque em perigo as constantes recolhas de 

dados obrigatórias para o funcionamento do sistema educativo português. 

A nível de articulação com os municípios urge definirem‐se referenciais de infraestrutura passiva 

e ativa das redes, para as escolas cujo edificado passará para a esfera local, bem como um, cada 

vez mais útil, apoio técnico  informático contínuo em cada agrupamento de escolas ou escola 

não agrupada. 

Por último é necessário definir e operacionalizar a  componente de  rede  local nas  juntas de 

freguesia, dotando as mesmas de, pelo menos, dois postos de trabalho (computadores pessoais) 

com leitor de cartões, uma infraestrutura de rede Wi‐Fi que, à semelhança do que existe com a 

rede “eduroam”, permita aos cidadãos acederem de uma forma segura e com mobilidade a nível 

nacional,  com  recurso  ao  sistema  de  autenticação  existente  para  o  cartão  de  cidadão,  aos 

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serviços disponibilizados na rede (tal como por exemplo: marcação de consultas online no SNS, 

receitas sem papel, acesso ao portal das Finanças, etc.) e contarem com um monitor para auxiliar 

os utilizadores mais necessitados. Também aqui sugere‐se o envolvimento dos municípios na 

componente de gestão e operação da infraestrutura montada.  

 

Requisitos  técnicos  e  necessidades  de  infraestrutura  e  serviços,  por  parte  da 

comunidade escolar O uso das TIC nas escolas carateriza‐se por uma grande heterogeneidade, muito dependente 

dos  recursos  informáticos disponíveis,  da qualidade  da  ligação  à  Internet,  da  formação  dos 

professores e da própria cultura de escola quanto à utilização das TIC. 

Uma  larga maioria dos Agrupamentos/Escolas (811) não agrupadas têm um site Web, mas as 

estruturas e conteúdos não estão uniformizados porque dependem do critério de cada escola. 

Também muitas escolas utilizam o Moodle, sendo a sua utilização variável. Todas as escolas têm 

endereço de  correio eletrónico. Algumas  atribuem  endereço email  aos  seus docentes e um 

número inferior de agrupamentos/escolas não agrupadas atribui endereço individual aos seus 

alunos. 

Apesar de já estar definida a nível nacional uma política de atribuição de nomes de domínios IP 

para escolas (atribuídos pela RCTS), esta não é adotada por todas escolas, sendo que algumas 

preferem nomes de domínio resultantes do seu livre‐arbítrio. 

Como referido anteriormente, muitas escolas usam o Moodle mas, pelo aparente sucesso que 

novas  ferramentas  (tal como as da Google ou o “Microsoft Office 365”) direcionadas para o 

mercado educacional estão a ter, prevê‐se o alargamento e a intensificação da utilização destas. 

Esta  mudança,  aliada  ao  aumento  do  recurso  a  serviços  na  Cloud,  implicará  uma  maior 

necessidade de largura de banda. 

Grande número de escolas possui sistemas de acesso e pagamentos com cartão eletrónico. 

Genericamente  encontramos  problemas/fatores  críticos  que  podemos  sistematizar  nas 

seguintes áreas: 

1. Apoio à utilização e à manutenção dos equipamentos e das infraestruturas. 

Este apoio é suportado, na maioria das escolas, pelos professores das áreas TIC através 

do  “crédito horário” atribuído a  cada escola, o que permite alocar professores para 

atividades  de  manutenção  e  gestão  dos  recursos  tecnológicos.  Algumas  escolas 

contratam empresas de informática para prestarem este apoio, mas não é uma prática 

generalizada.  Algumas  autarquias,  nomeadamente  as  que  possuem  contratos  de 

transferência  de  competências,  prestam  o  apoio  técnico  às  escolas  através  de  uma 

equipa  IT da autarquia. É de  referir que, pela  sua antiguidade, e por uma utilização 

intensiva,  os  equipamentos  instalados  nas  escolas  têm muitos  problemas  técnicos, 

exigindo  um  apoio  constante.  Assim,  a  existência  de  uma  equipa  TIC  nas  Escolas  é 

fundamental, equipa essa que terá de ter pessoas de formação técnica especializada, 

mas também capacitada para apoio aos utilizadores. 

2. Largura de banda 

A progressiva utilização de manuais escolares digitais (já fornecidos gratuitamente aos 

alunos) obriga à disponibilização de boas infraestruturas Wi‐Fi nas escolas, o que não se 

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verifica  atualmente.  Esta  alteração  de  paradigma  deve  ser  tida  em  conta  no 

dimensionamento a  curto e médio prazo da  rede. Por outro  lado, a necessidade de 

consulta e utilização de um conjunto alargado e diversificado de fontes de informação 

por parte de alunos e professores torna crítico a inexistência de acesso à Internet. De 

referir ainda a  tendência  crescente para o uso de vídeos educativos, a utilização de 

videoconferência  nos  projetos  colaborativos  entre  escolas  e  entre  estas  e  outras 

entidades/parceiros externos que exigem o reforço das redes das escolas. Esta utilização 

por parte das escolas de  videoconferência, para projetos nacionais e  internacionais, 

torna  interessante a disponibilização, por parte da FCCN, do serviço Colibri e clientes 

ZOOM para as escolas. De referir que existem escolas que realizam ensino a distância 

por diversas razões, integradas em modalidades de ensino: Ensino a Distância (EaD) a 

Escola  Secundária  Fonseca  Benevides  ou  Ensino  Secundário  Recorrente  a  Distância 

(ESRaD) as escolas Secundárias de Mangualde e Camões em Lisboa. Existem ainda 15 

escolas Unidade de Apoio ao Alto Rendimento (UAARE) para atletas de alto rendimento, 

em que há a necessidade de assegurar uma ainda maior largura de banda, para casos 

específicos  de  projetos  devidamente  validados  pela  tutela.  Também  as  Escolas 

Profissionais, nomeadamente as que possuem cursos na área da Informática (mas não 

só), têm necessidade de uma maior  largura de banda, por especificidade de tipos de 

usos avançados das tecnologias digitais. Com a publicação do Decreto‐Lei n.º 55/2018 

de 6 de julho, foi generalizado o ensino das TIC a todos os anos da escolaridade básica 

(1.º ao 9.º ano) e criada a disciplina do 5.º ao 9.º ano. Esta generalização torna mais 

premente a existência e renovação de equipamentos e a disponibilização de acesso à 

Internet aos cerca de 800.000 alunos que frequentam estes anos de escolaridade. Um 

número crescente destes alunos possui equipamentos próprios cujas potencialidades 

para a aprendizagem se revestem já de grande mais‐valia. 

3. Gestão integrada da Rede e Segurança 

A previsão de um sistema robusto de gestão da rede das escolas, integrado com outras 

redes nacionais deve ser equacionado tendo em conta, simultaneamente as questões 

de  segurança  e  de  proteção  das  escolas  e  dos  seus  membros  contra  conteúdos 

desadequados. Muitas  escolas manifestam  necessidade de  participar  ativamente  na 

gestão de filtros para conteúdos. 

4. Infraestrutura Wi‐Fi 

Necessidade de atualização e aquisição de novos pontos de acesso Wi‐Fi, para suportar 

a crescente necessidade de múltiplos acessos, capazes de responder aos requisitos de 

conetividade e desafios da mobilidade. 

5. Rede de acesso  

Necessidade de introduzir acessos de backup nas escolas. 

 

   

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Princípios orientadores  Após  análise  dos  objetivos  e  levantamento  alargado  da  realidade  considerou‐se  apropriado 

definir um conjunto de objetivos orientadores, que guiaram a elaboração da proposta de rede, 

que são: 

● Separação contratual das componentes de rede 

Dado  que  a  rede  pretendida  será  forçosamente  heterogénea,  tanto  a  nível  de 

fornecedores como de utilizadores, é fundamental evitar soluções globais monolíticas e 

rígidas. Através da desagregação das várias componentes de rede (acesso, agregação, 

transporte,  housing,  serviços,  etc.)  será  possível  adotar  uma  arquitetura  modular, 

evolutiva, que tire partido das melhores ofertas comerciais em cada momento e que 

assegure flexibilidade nos serviços a prestar às diferentes comunidades servidas. 

● Subsidiariedade na utilização dos serviços 

Dado que as comunidades a servir pela RISPC têm diferenças significativas, com ligações 

a ministérios diferentes e com graus de autonomia muito distintos, é essencial que se 

evitem  soluções  do  tipo  “top‐down”,  “one‐size‐fits‐all”,  com  obrigatoriedades 

temporais e financeiras síncronas entre elas. Devem adotar‐se soluções que permitam 

que  a  rede  evolua  ao  longo  do  tempo,  alargando  ou  reduzindo  a  sua  cobertura  e 

catálogo  de  serviços,  em  função  dos  enquadramentos  legais,  das  disponibilidades 

financeiras ou simplesmente da capacidade técnica das comunidades utilizadoras. 

● Integração com as redes existentes 

Os  requisitos previstos para  a RISPC  têm uma  abrangência que  poderão  ser  úteis  a 

outras áreas da administração pública. Nesse sentido é importante prever soluções de 

integração e interligação com infraestruturas existentes, nomeadamente outras redes 

ministeriais, salas técnicas (data centres) e pontos de troca de tráfego da administração 

pública.  

● Governança técnica simples e clara 

Assegurar serviços de qualidade, numa rede tão heterogénea, implica rigor na definição 

dos papéis de cada entidade, ao nível dos direitos e obrigações. Mesmo assumindo que 

a  base  será  a  RCTS,  outras  entidades  terão  responsabilidades  ao  nível  dos  serviços 

prestados e das soluções adotadas.  

● Modelo de sustentabilidade simples e claro 

Assegurar uma forma de calculo simples da imputação a realizar a cada uma das áreas 

de governativas. 

   

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Arquitetura proposta A arquitetura proposta para a RISPC baseia‐se no conceito de POntos de INTegração de Serviços, 

denominados  de  POINTS,  que  são  locais  técnicos  “charneira” onde  irão  convergir meios  de 

transmissão  de  dados  e  onde  serão  instalados meios  de  terminação,  agregação,  routing  e 

controlo dos fluxos de dados. 

De um lado serão ligados a estes POINTS os serviços de rede de acesso da RISPC, que poderão 

basear‐se em diversas tecnologias e fornecedores, mas que terão uma forma normalizada de 

interligação  com  os  POINTS,  nomeadamente  através  de  interfaces  de  elevada  capacidade, 

10 Gbit/s ou superior. 

De outro  lado, serão  ligados os serviços de conetividade externa da RISPC, nomeadamente a 

ligação  a  outras  redes  da  administração  pública,  ligações  para  pontos  de  troca  de  tráfego 

comerciais e da administração pública,  ligações para a  Internet, bem como  ligações a outros 

prestadores  cujos  serviços  façam  sentido  na  RISPC.  Por  exemplo,  poderá  ser  vantajoso  ter 

ligações diretas para fornecedores Cloud ou de conteúdos. 

As redes locais, com ou sem fios, constituem uma componente muito específica da arquitetura, 

pois cobrem geralmente domínios privados, com soluções de gestão muito variadas, para cada 

comunidade  servida. Algumas destas  redes,  senão a  sua maioria, poderão necessitar de um 

serviço de rede de acesso comercial, que cubra a extensão de domínio público, até um ou mais 

POINTS. 

 

 

Diagrama da arquitetura proposta 

 

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POINTS  Os POINTS seriam  instalados em  locais estratégicos, de modo a facilitar a  integração entre os 

fornecedores  de  serviços  e  as  comunidades  a  servir.  Nomeadamente,  considera‐se  que 

inicialmente deveria haver POINTS nos seguintes locais: 

● Em Lisboa, nas duas moradas do GigaPIX e na morada do Ponto de Troca de Tráfego da 

Administração Pública (PTT), instalado na eSPap; 

● No Porto, em duas moradas, sendo que uma seria no nó da RCTS e outra em  local a 

definir, eventualmente na sala técnica da IP Telecom em Contumil; 

● Na Região Autónoma da Madeira, em local a definir, eventualmente tão próximo quanto 

possível da Estação de cabos submarinos; 

● Na Região Autónoma dos Açores, em local a definir, eventualmente tão próximo quanto 

possível da Estação de cabos submarinos. 

A estes POINTS iniciais, poderiam ser adicionados outros, sempre que se identificassem locais 

com  condições  técnicas  adequadas  e  que  sejam  geradores  de  poupanças  económicas  ou 

melhorias de qualidade de serviço. Por exemplo, poderá fazer sentido instalar POINTS próximos 

ou mesmo co‐localizados com os locais de agregação das Redes de Nova Geração (norte, centro 

e  sul)  ou  das  Redes  Comunitárias,  nomeadamente  quando  o  backbone  da  RCTS  tenha  nós 

próximo. Também na Região Autónoma dos Açores poderá  fazer sentido  instalar POINTS em 

mais  ilhas, de modo a agregar todo o tráfego e a manter  local o tráfego que não se destina a 

fora da ilha.  

Salienta‐se que as  funções dos POINTS e do PTT não se sobrepõem ou confundem, pois têm 

contexto de atuação diferentes, concretamente o PTT apenas assegura as interligações internas 

e privadas entre redes ministeriais. Essa não seria a  função dos POINTS, que assegurariam a 

interligação da conetividade externa das comunidades a servir. Eventuais integrações de redes 

ministeriais,  seriam  apenas  nessa  vertente  de  conetividade  externa.  Ao  colocar‐se  um  dos 

POINTS junto ao PTT, ficaria assegurado que ambos se poderiam interligar, de forma controlada, 

de modo a estender mutuamente os seus serviços, sempre que necessário. 

A  configuração  técnica  dos  POINTS  poderia  ser  variada  ao  nível  das  capacidades  de 

processamento e de terminação de ligações, mas teriam todos que ter funções de terminação, 

agregação e encaminhamento de  informação, o que  implica terem capacidade de routing  IP, 

nomeadamente de  routing externo, de modo a poder  trocar  informação entre domínios de 

gestão de redes diferentes, de forma segura e controlada.  

No  caso específico da RAE, a  função de  filtragem do  tráfego,  seria  instalada nos POINTS de 

entrega dos serviços de acesso desta comunidade, tal como já é feito hoje. Assim, todo o tráfego 

de e para as escolas estaria sempre devidamente  tratado, de acordo com as especificidades 

definidas para estes utilizadores. 

Backbone A interligação dos POINTS, isto é, o transporte de longa distância que constituirá o backbone da 

RISPC seria assegurada por uma rede troncal de elevada capacidade assente na infraestrutura e 

recursos da RCTS, mas assegurando sempre a segregação e isolamento do tráfego da RISPC do 

tráfego da RCTS. Assim haverão vantagens claras, em termos de reaproveitamento de recursos, 

dos vários POINTS serem instalados em salas técnicas da RCTS ou partilharem equipamento com 

a RCTS, através de  funções de virtualização de rede. Em determinados casos poderá haver a 

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necessidade de estender esta rede a novos locais. No entanto, antecipa‐se que inicialmente a 

maioria dos POINTS ficaria em locais onde a RCTS já tem equipamento. 

Para  além  dos  POINTS  centrais  com  capacidade  de  routing  IP,  e  de  forma  a  aproveitar  a 

capilaridade da RCTS, recomenda‐se a criação de POINTS mais simples, POINTS de acesso, com 

capacidades apenas de transmissão e transporte da informação desde um ponto de entrada da 

RCTS até aos POINTS centrais. 

Na vertente da escalabilidade da capacidade de acesso para todas as  instituições, públicas e 

privadas, de ensino superior e do sistema científico nacional, assegurando a extensão a todo o 

território nacional, seria necessário reforçar a RCTS. 

Conetividade externa Da mesma forma que o backbone da RISPC, as ligações externas seriam asseguradas pela RCTS, 

dado grande parte da infraestrutura necessária para garantir este serviço já existir, precisando 

apenas de ser reforçada. Salientam‐se as já detalhadas ligações diretas a Espanha, ao GÉANT e 

à Internet já em operação.  

Adicionalmente a RCTS tem já ligações de elevada capacidade para o GigaPIX, um dos principais 

pontos de troca de tráfego dos operadores comerciais em Portugal. Existe igualmente ligação 

redundante  para o PTT  em  cuja  sala  técnica,  já  se  encontram presentes  as  restantes  redes 

ministeriais. 

No caso de não ser possível, por limitações de política de uso, partilhar determinadas ligações 

externas por todas as comunidades da RISPC, seria necessário instalar recursos adicionais, sem 

essas limitações para servir essas comunidades. 

Redes de Acesso As redes de acesso poderão basear‐se em diversas tecnologias, tais como fibra ótica, HFC (Hybrid 

Fiber Coax), 2/3/4/5G, satélite ou mesmo ADSL, nos  locais em que ainda não existam outras 

alternativas. Deste modo será possível assegurar uma cobertura máxima do território. 

Muitos Municípios dispõem  já de  infraestruturas de  fibra ótica que poderão ser usadas para 

interligação de escolas e/ou Juntas de Freguesia a POINTS de acesso. Deverá ser efetuado um 

trabalho de levantamento destas infraestruturas e da sua possível utilização para este âmbito.  

Independentemente da tecnologia de suporte, as coletoras de agregação das redes de acesso 

deverão ter capacidade para entregar tráfego IP em dois ou mais POINTS, através do recurso ao 

protocolo BGP (Border Gateway Protocol). Ou seja, estas redes constituirão VPN‐IP, de tamanho 

variável.  

Antecipa‐se que poderão existir dois tipos de VPN‐IP. Um tipo mais simples, em que o único 

ponto de saída, seriam os POINTS e através destes seria garantida toda a conetividade. E um 

tipo mais elaborado, em que a VPN‐IP teria capacidade para encaminhar o tráfego para diversos 

pontos de saída, para os POINTS ou diretamente para a Internet, como base em informação de 

routing fornecida dinamicamente. Esta segunda modalidade, poderia ser utilizada sempre que 

uma  comunidade  de  utilizadores  preferisse  ou  tivesse  que  assegurar  autonomamente  uma 

ligação externa à  Internet,  sem perder as vantagens de uma  ligação  interna e direta para a 

restante RISPC. Há, no entanto, implicações de segurança e capacidade de filtragem do tráfego 

nesta  segunda  opção.  No  entanto,  ambas  as  modalidades  de  acesso  podem  ser  as  mais 

adequadas em situações diversas. 

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Estas VPN‐IP terão que ter capacidade para prioritizar o tráfego IP consoante a sua natureza ser 

de tempo real ou não, de modo a assegurar que serviços como a videoconferência e o VoIP não 

são afetados por níveis elevados de tráfego que não é de tempo real. 

Redes Locais As  redes  locais,  serão  a  componente  da  arquitetura que mais  vai depender  da dimensão  e 

natureza  das  entidades  ligadas.  No  caso  da  rede  das  escolas,  existe  já  um  conhecimento 

acumulado de vários anos, sobre como se devem ligar. No caso dos municípios e das juntas de 

freguesia, apesar do objetivo explícito de se vir a ter pelo menos um ponto de acesso, poderá 

haver condições muito distintas em diferentes regiões do país. Deverá por isso, definir‐se uma 

norma  técnica  simples, que cubra a componente  fixa e  sem  fios, com  suporte para diversos 

níveis de serviços. No caso da infraestrutura de rede Wi‐Fi, à semelhança do que existe com a 

rede  “eduroam”,  deverá  permitir  aos  cidadãos  acederem  de  uma  forma  segura  e  com 

mobilidade a nível nacional, com recurso ao sistema de autenticação existente para o cartão de 

cidadão. Desta forma seria possível, cada entidade ou comunidade depois, de forma autónoma 

atuar e organizar‐se do modo que considerasse mais adequado aos seus objetivos e recursos. 

Nesta vertente, antecipa‐se que seria fundamental existir um centro de aconselhamento e de 

validação prévia das soluções que se pretendem adotar, em especial ao nível dos equipamentos 

ativos.   

Equipa operacional Uma  das  mais  importantes  sinergias  que  a  RISPC  pode  realizar  é  o  aproveitamento  dos 

conhecimentos da equipa técnica da RCTS na gestão de redes IP, para assegurar as funções de 

gestão e operação da RISPC. Este será um dos principais fatores diferenciadores, no processo de 

desagregação proposto. Para se poder obter os graus de flexibilidade e controlo desejados, é 

fundamental  ter  capacidade para assegurar de  forma autónoma a gestão  técnica dos vários 

elementos  da  rede.  Mas  dado  que  a  RISPC  representa  um  alargamento  significativo  das 

comunidades servidas através da RCTS, com aumento do número de equipamentos a gerir, é 

fundamental que a atual equipa seja ajustada para o novo nível de esforço. Foi considerado que 

seriam necessários dois elementos adicionais, na equipa da RCTS, para que se possa assegurar 

a adequada operacionalidade, me resultado do alargamento para a RISPC. 

Equipas de suporte  Igualmente importantes são as equipas de suporte às comunidades de utilizadores. Uma rede 

complexa como esta necessita de um apoio contínuo de reparação das falhas que vão surgindo, 

em resultado da operação do dia a dia. Mas o suporte não se limita a repor os serviços no seu 

estado  de  operacionalidade,  desempenhando  igualmente  um  papel  fundamental  no 

aprovisionamento de novos serviços, alteração ou descontinuação de serviços existentes. Por 

fim, refere‐se que, com comunidades tão alargadas, o apoio aos utilizadores simplesmente no 

sentido de os informar dos serviços e funcionalidades existentes e de como podem ser utilizar é 

uma  função muito  importante.  Esta  será  também  uma  das  principais  diferenças  entres  as 

comunidades servidas hoje pela RCTS, essencialmente entidades de ensino superior, e as novas 

comunidades da RISPC. Nas primeiras existe geralmente boa capacidade técnica  interna para 

gerir  serviços de  apoio  aos utilizadores de  forma  autónoma. Com  as escolas e  as  juntas de 

freguesia,  essa  autonomia  não  existirá  na  maioria  dos  casos,  obrigando  a  que  sejam 

disponibilizados serviços de apoio aos utilizadores mais abrangentes.  

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Considera‐se que este apoio pode e deve assumir diversas formas, de modo a complementarem‐

se mutuamente, maximizando a audiência atingida. Descrevem‐se a seguir os principais meios 

a considerar na RISPC. 

Uma das abordagens principais será a preparação de recursos de apoio, completos e rigorosos, 

que  possam  ser  usados  autonomamente  pelos  utilizadores,  sem  intervenção  de  equipas 

humanas. Nesta vertente incluem‐se manuais, folhetos, vídeos, webinares sobre como utilizar e 

configurar os serviços disponibilizados. Mais recentemente e para formações mais abrangentes, 

passou a estar disponibilizada a plataforma NAU, de alojamento de MOOCs. Através dela seria 

possível  desenvolver  cursos  para  formação  a  distância  de  elementos  das  comunidades,  no 

sentido  de  os  tornar  aptos  a  gerir  os  serviços,  a  proceder  a  diagnósticos  de  problemas  e 

eventualmente proceder à sua resolução.  

Mas a disponibilização de recursos documentais de apoio não será suficiente. É desejável que 

exista uma primeira e uma segunda linha de apoio. Em relação à primeira linha, duas abordagens 

serão possíveis: com recursos humanos com capacidade para atuar  localmente nas entidades 

utilizadoras,  em  permanência  ou  deslocando‐se  a  pedido  aos  locais;  ou  recursos  humanos 

remotos, disponíveis via centros de apoio contactáveis através de vários canais, tais como email, 

telefone, vídeo, etc. Uma primeira linha remota, tendo o potencial de ser mais barata e de poder 

de atualizada mais facilmente, tem sempre as limitações inerente ao facto de estar remota e de 

não  poder  atuar  fisicamente  sobre  os  equipamentos,  nomeadamente  em  articulação  com 

equipas  de  segunda  linha  remotas.  Mesmo  considerando  as  capacidades  crescentes  de 

diagnóstico e reconfiguração remotos, há operações que podem requerer proximidade física. 

Por outro lado, o apoio aos utilizadores pode ser mais eficaz através de contacto direto. Nesse 

sentido, sempre que economicamente possível,  recomenda‐se a existência de algum  tipo de 

apoio de primeira linha local.   

Relativamente ao apoio de segunda linha, considera‐se que poderá ser essencialmente remoto, 

pois  terá  um  conjunto menor  de  problemas, mas  de maior  complexidade,  devendo  estar 

próximo das equipas de engenharia no sentido de promover as melhorias técnicas necessárias 

que obviem problemas recorrentes.  

Por fim refere‐se que, não menos importante, é a existência de um plano de comunicação que 

de  forma  continuada,  mantenha  os  utilizadores  informados  dos  serviços  existentes  e  das 

alterações que  forem sendo  implementadas nos mesmos, orientando‐os para os recursos de 

apoio  que  foram  referidos  anteriormente.  No  caso  de  haver  equipas  locais  este  plano  de 

comunicação deverá ter um componente especializada para esses elementos, no sentido de os 

manter atualizados e capacitados para darem o apoio mais efetivos às suas comunidades de 

utilizadores.   

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Governança A questão de qual o melhor modelo institucional a adotar é central para o sucesso da gestão de 

serviços de redes, como o que atualmente é assegurado pela RCTS. Com o alargamento a mais 

comunidades servidas, através da RISPC, essa importância aumenta.  

Aspetos de governança 

A RCTS é gerida e operada pela FCCN, com uma equipa dedicada de cerca de 70 colaboradores. 

A FCCN disponibiliza um largo portfólio de serviços à sua comunidade de ensino superior e de 

investigação  tais  como  serviços  avançados  de  conetividade,  serviços  de  alojamento  em 

datacenter, serviços de segurança, serviços de computação avançada, serviços de colaboração 

e serviços orientados à gestão de conhecimento. Neste contexto refira‐se que a FCCN não é 

responsável  pela  componente de  sistemas  de  informação das  áreas  governativas do  Ensino 

Superior e Ciência, cuja gestão e operação se encontra distribuída pelos seus vários organismos.  

Por seu turno, a RAE é gerida pela DGEEC com uma equipa de 6 colaboradores, auxiliados por 

outros 15 em regime de outsourcing. Esta estrutura  foi responsável pela realização do PTE e 

presta atualmente um conjunto de serviços de comunicações para os organismos do ME e para 

as escolas. Também aqui, as aplicações informáticas de negócio são da responsabilidade de cada 

organismo.  

O  objeto  principal  deste  grupo  de  trabalho,  nomeadamente  a  integração  dos  serviços  de 

comunicações das escolas com a rede académica é um modelo experimentado em vários países 

europeus, tais como a Irlanda, a Eslováquia, a Sérvia, a Holanda ou o Luxemburgo [5]. Também 

em Portugal, com o Programa Internet na Escola, entre 1997 e 2004 a FCCN geriu e operou três 

gerações da rede escolar (excluindo a componente de redes locais das escolas) e, hoje, existe 

uma forte ligação entre as duas redes, concretamente com o alojamento de equipamento em 

datacenter  e  a  conetividade  para o  exterior,  com  claras  vantagens  funcionais  e  financeiras, 

decorrentes da proximidade ao principal ponto de  troca de  tráfego nacional e da partilha e 

largura de banda internacional.  

No entanto, e para benefício da ambas as comunidades, esta  integração pode  ir mais além, 

bastando, para tal, olhar de forma sistemática a oferta de serviços às escolas tendo como base 

o  portfólio  de  serviços  prestado  à  comunidade  académica  e  promover  a  criação  de  uma 

estrutura de governança para a RISPC. 

 

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Desta  forma  sugere‐se a  criação de um  catálogo de  serviços para a RISPC baseado no atual 

portfólio  da  RCTS,  promovendo  desta  forma  um  acesso  mais  rápido  a  informação  e 

conhecimento, a disponibilização de ferramentas de comunicação e colaboração, bem como o 

acesso conveniente a instrumentos de aprendizagem. As Juntas de Freguesia podem igualmente 

beneficiar, para além dos serviços de conetividade da RISPC, de serviços de colaboração e de 

conhecimento. 

Esta integração de serviços deve ser feita, numa primeira fase, para as camadas de Serviços de 

Suporte, Serviços de Rede, Serviços Nucleares e Micro Informática. Transversais a estas camadas 

devemos  implementar  instrumentos de Cibersegurança e Privacidade e de Governança. Para 

assegurar uma gestão eficaz destes serviços sugere‐se a criação de estrutura de gestão para a 

RISPC e  concentração da  função  informática, à  semelhança do que existe para outras áreas 

governativas. Note‐se que o  facto de  esta estrutura  vir  a  servir  várias  áreas  governativas  e 

diferentes públicos‐alvo não diminui a sua capacidade de ação. Bem pelo contrário, a reunião 

dos recursos, humanos e técnicos, alavanca o potencial de desenvolvimento de serviços. 

Proposta do Modelo de Governança Analisando  os  vários modelos  adotados  por  outros  países,  verifica‐se  que  quase  sempre  as 

infraestruturas digitais são geridas por entidades com elevada autonomia, de natureza privada, 

mesmo quando controladas pela administração pública.  

No caso da rede de  investigação Europeia GÉANT, o modelo adotado é o de uma associação 

privada. Trata‐se de uma entidade que é uma referência neste contexto a nível mundial.  

Em  Espanha, essa  função é desempenhada por uma  Entidade Pública  Empresarial  (EPE),  tal 

como acontece em Portugal com a SPMS – Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, EPE.  

No caso de França, onde existe uma grande partilha de recursos entre a rede de investigação 

(Renater)  e  as  redes  ministeriais,  como  seria  o  caso  da  RISPC,  foi  adotado  um  modelo 

institucional específico de França, que são os “Groupement d’intérêt public”, que são entidades 

que permitem juntar entidades públicas e empresas. Mas salienta‐se que se trata de um modelo 

muito autónomo.  

No caso de Itália foi adotado o modelo de associação privada para a entidade de rede (GARR).  

Também no caso da Holanda foi um modelo  institucional privado, através de uma associação 

cooperativa.  

O  modelo  privado,  tipicamente  consubstanciado  na  criação  de  uma  associação,  terá  as 

vantagens  associadas  a  uma maior  flexibilidade  de  atuação,  nomeadamente  nas  seguintes 

áreas:  

Recursos Humanos ‐ Permite contratação mais ágil no mercado ao abrigo da figura do contrato  individual  de  trabalho,  sem  aplicação  dos  constrangimentos  aplicáveis  à contratação de recursos humanos na esfera pública. De uma forma geral permite uma liberdade de definição de política remuneratória e demais benefícios.  Contratação  Pública  ‐  Uma  associação  criada  para  este  efeito  estaria  com  grande probabilidade sujeita ao regime do Código dos Contratos Públicos  (CCP), o que se vê como uma vantagem. Contudo, não estaria sujeita a muitos dos constrangimentos que rodeiam  a  contratação  pública  e  que  constituem  fatores  impeditivos  de  uma contratação célere e eficaz. Estão neste caso os pareceres prévios da Agência para a 

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Modernização Administrativa, I.P. (AMA) para compras TIC, os pareceres das Finanças para  aquisições  de  serviços,  os  pareceres  do  INA  para  aquisições  de  serviços  e recrutamento  de  trabalhadores,  a  aplicação  das  restrições  resultantes  da  lei  do orçamento à aquisição de serviços (artigo 58.º) ou o regime decorrente da chamada lei dos compromissos. 

O  modelo  associativo  tem  também  a  vantagem  de  mais  facilmente  poder  sustentar  os mecanismos  de  contratação  in  house  previstos  no  CCP,  que  dispensam  que  as  entidades adjudicantes  sigam  a  parte  II  do  CCP  quando  se  verifiquem  um  conjunto  de  condições, nomeadamente,  o  exercício  pela  entidade  adjudicante  sobre  a  entidade  vendedora,  de  um controlo análogo ao que exerce sobre os seus próprios serviços. Este controlo é mais facilmente verificável numa associação do que num  instituto público. Os associados poderiam  comprar bens e serviços a associação sem a aplicação da parte II do CCP. 

O modelo público, tipicamente consubstanciado na execução das atividades a levar a cabo por 

um instituto público carateriza‐se, por contraposição ao modelo privado, de uma maior ligação 

ao  governo,  resultante  dos  poderes  de  tutela  e  superintendência  a  que  estão  sujeitos  os 

institutos  públicos  e  que  permitem  uma  intervenção  do  governo  na  atuação  dos  institutos 

públicos. Este modelo tem também a possível vantagem de maior estabilidade, resultante da 

inscrição de dotações financeiras para financiar a atividade dos institutos públicos no orçamento 

do Estado. 

Outra solução possível dentro do universo público será a de um modelo empresarial, o qual tem 

a vantagem da sujeição ao direito privado e, em especial, em matéria de recursos humanos, da 

possibilidade recrutamento ao abrigo do regime jurídico do contrato individual de trabalho. No 

entanto, em matéria de compras públicas há aplicação de alguns dos constrangimentos não 

aplicáveis a associações privadas, como é o caso da necessidade de parecer da AMA, a aplicação 

das restrições resultantes da lei do orçamento à aquisição de serviços (artigo 58.º). 

Pelos motivos aqui apresentados, considera‐se fundamental que se adote um modelo privado, 

com a missão de assegurar a gestão de redes como a RCTS e a RISPC, bem como outros serviços 

relacionados com infraestruturas digitais, tais como de computação e de gestão de dados.  

Plano de Atividades Nesta  secção  são apresentados  inicialmente, de  forma  sucinta, diversos processos que  já  se 

encontram em implementação e que poderiam beneficiar uma futura RISPC. A seguir estão os 

planos de ações a curto prazo (a realizar em 2019) e de ações a médio prazo. 

Backbone A nível nacional, está em curso um importante projeto de financiamento de upgrade da RCTS, 

denominado RCTS100, integrado nos financiamentos do Roteiro Nacional de Infraestruturas e 

Investigação, com os seguintes objetivos principais: 

● extensão da cobertura de fibra até o interior norte e sul do país; 

● instalação de capacidade de transporte de 100 Gbit/s nas principais ligações; 

● construção de um centro de dados no norte do país, dedicado a alojar equipamentos de 

suporte à ciência, nomeadamente sistemas de computação avançada, mas também de 

ensino e educação. 

Este projeto irá assegurar um novo ciclo tecnológico no backbone da RCTS, com capacidade para 

transportar  elevadas  quantidades  de  informação,  podendo‐se  assumir  que  não  haveria 

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constrangimentos em assegurar bom desempenho com o tráfego das comunidades  ligadas à 

RISPC, desde que assegurados os melhoramentos necessários. 

Na vertente dos POINTS centrais, seria necessário identificar fontes de financiamento adicionais, 

em especial para os  locais que precisarem de capacidade de comutação IP, mais exigente em 

termos de equipamentos. No caso dos POINTS de acesso, com alguns melhoramentos pontuais 

seria possível rentabilizar equipamentos existentes, uma vez que em todas as capitais de distrito 

já existem PoP da RCTS, localizados nas entidades de ensino superior, dotados de equipamentos 

de transmissão e/ou comutação com algumas das funcionalidades necessárias.  

Ligações externas internacionais Na vertente de  conetividade  internacional, a RCTS dispõe do  conhecimento necessário para 

garantir o reforço das atuais  ligações  internacionais e a adição de novas  ligações de trânsito 

global. Esta capacidade, que para ser usada poderá implicar alguns custos de investimento e de 

operação, está em processo de melhoria nas suas diversas vertentes, que passamos a elencar. 

As  ligações  à  rede  congénere  de  Espanha  (RedIRIS)  também  irão  ser melhoradas,  tal  como 

politicamente assumido na Cimeira Ibérica de 2017 em Vila Real. Estas ligações, em Valença e 

Badajoz, deverão também passar a ter capacidade de 100 Gbit/s. Está igualmente a decorrer na 

RedIRIS  um  programa  de  investimentos  dos  equipamentos  ativos  da  sua  rede,  no  qual  se 

pretende enquadrar estas melhorias das  ligações com Portugal. Adicionalmente, é expectável 

que os novos equipamentos de transmissão da RedIRIS removam limitações atuais ao nível da 

partilha de  espectro ótico, de modo  a permitir  soluções de  transmissão de  longa  distância, 

usando “alien‐wavelengths”, interligando a RCTS com outras partes da Europa.  

Este  cenário  será  explorado  no  contexto  dos  processos  de melhoria  previstos  para  a  rede 

GÉANT,  no  âmbito  das  novas  prioridades  da  Comissão  Europeia,  nomeadamente  no  novo 

programa Digital Europe. Estas melhorias preveem mais e melhores recursos de transmissão em 

toda a Europa, nomeadamente com melhorias significativas para Portugal e Espanha, ao nível 

da flexibilidade e capacidade das soluções adotadas. 

Complementarmente à conetividade académica com a Europa, assegurada pela rede GÉANT, 

esta organização disponibiliza o serviço GÉANT World Service de conetividade para a Internet. 

Este serviço que tem sido sempre acedido na RCTS através da rede GÉANT, passará a ter um 

novo acesso, direto, no Porto. Deste modo não só se assegura a redundância geográfica das 

ligações à Internet Global, como se aumenta a capacidade de ligação da rede. Esta nova ligação 

tem uma flexibilidade acrescida, uma vez que sendo direto, não impacta a ligação à rede GÉANT. 

Está  igualmente  assegurada  a  ligação  facilitada  a  fornecedores  do  mercado  nacional  de 

conetividade global, dado que a RCTS, para além de  já dispor de  ligações diretas a diversos 

operadores nacionais nas suas instalações de Lisboa e Porto, também está presente com elevada 

capacidade no principal local de entrega de serviços comerciais em Portugal, na Equinix. 

Em relação à ligação transatlântica por cabo submarino, a RCTS, através da FCT, é uma das cinco 

redes académicas do consórcio BELLA ‐ Building the Europe Link with Latin America, que concluiu 

com sucesso a contratação de capacidade muito elevada de transmissão, entre Portugal (Sines) 

e Brasil (Fortaleza), para interligação das comunidades dos dois continentes. Esta nova ligação 

será destinada a suportar Ensino, Investigação e Inovação. A ligação de Sines ao resto da Europa, 

via rede GÉANT, passando por Lisboa e Madrid, está prevista no projeto.  

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Por  fim  refere‐se  que  outras melhorias  das  ligações  internacionais  na  Europa  estão  a  ser 

estudadas, na vertente de suporte à supercomputação Europeia. 

Estão  assim  em  marcha  melhorias  significativas  das  ligações  externas  da  RCTS,  quer 

bilateralmente  com  Espanha,  como  com  a  rede GÉANT  e  a  ligação  à América  Latina. Neste 

sentido, considera‐se que não haverá  limitações tecnológicas a uma adequada capacidade de 

serviço por parte da RCTS, às solicitações de uma futura Rede Integrada de Serviços Públicos de 

Comunicações.  Nestes  requisitos  foi  considerada  a  necessidade  de  garantir  o  aumento  da 

ligação da RAE e a necessidade de acesso, à conetividade global, da rede de acesso das juntas 

de freguesia, escolas privadas e jardins de infância.  

Saliente‐se  ainda que, para efeito de  análise,  considerou‐se que uma  junta de  freguesia  irá 

requerer uma capacidade de acesso similar ao de uma escola média, isto é 32 Mbit/s, do que 

resulta uma estimativa da capacidade agregada efetiva para o acesso à Internet de 20 Gbit/s.  

Ligações externas nacionais Na vertente das ligações aos operadores já instalados no mercado nacional de comunicações, a 

RCTS dispõe hoje de condições ímpares de acesso através do GigaPIX, principal ponto neutro de 

troca de  tráfego em Portugal. Nesta plataforma a RCTS  tem estabelecidas  ligações paritárias 

(peerings)  com  todos  os  operadores  presentes,  incluindo  os  operadores  de  conteúdos  de 

referência, tais como Google/Youtube, Microsoft, etc. [6]. Deste modo fica assegurada a boa 

qualidade das interligações a estes operadores. Em 2018 o GigaPIX, passou a estar igualmente 

presente nas instalações da Equinix, que é o principal local de interligação de infraestruturas dos 

operadores comerciais. Deste modo tem sido possível aumentar o número e capacidade das 

ligações paritárias, com um baixo custo. A RISPC poderia beneficiar destas  ligações paritárias, 

via ligação à RCTS. 

Na vertente de  ligação a outras redes da administração pública, nomeadamente outras redes 

ministeriais,  a RCTS  também  tem  condições  facilitadas  para  assegurar  uma  boa  integração. 

Destaca‐se neste ponto a ligação de elevada capacidade (max. 80 Gbit/s) que a RCTS já dispõe 

até às instalações da eSPap, onde está instalado o Ponto de Troca de Tráfego da Administração 

Pública(PTT), com presença de praticamente todas as redes ministeriais. Salienta‐se a rede do 

Ministério de Administração Interna, que inclui a Direção Geral das Autarquias Locais, pela sua 

relevância no contexto da RISPC. 

Dependo do modelo institucional de governança que vier a ser adotado poderão existir custos 

diferenciados para esta componente. 

Redes de Acesso Nas  redes  de  acesso  será  onde  se  poderão  adotar  soluções  tecnológicas  mais  variadas. 

Sobretudo ao nível das entidades contratantes e da agregação da procura. Poderiam coexistir 

compradores de  grande  volume,  como  a DGEEC,  responsável  pelas  ligações de milhares  de 

escolas, como poderíamos ter juntas de freguesia individuais a adquirir a sua ligação de acesso 

apenas.  Entre  estes  dois  extremos,  todas  as  combinações  seriam  possíveis,  juntando 

agrupamentos  de  juntas  de  freguesia,  definidas  por  qualquer  fator  que  determine  a  sua 

associação (ex: proximidade, acesso a financiamento), municípios ou associações de municípios, 

bem como quaisquer outras entidades públicas que se considerassem adequadas para aceder à 

RISPC (ex: bibliotecas). 

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Esta componente terá que ser contratada no mercado dos operadores de telecomunicações. 

Apesar do modelo dos POINTS não impor à partida qualquer forma de contratação das redes de 

acesso,  considera‐se que haveria vantagens em  contratualizar um Acordo Quadro para esse 

serviço. Desse modo ficaria facilitada a adoção por parte das entidades utilizadoras, com uma 

maior garantia de cumprimento dos requisitos técnicos por parte dos operadores responsáveis 

por  prestar  o  serviço.  Este  Acordo Quadro  poderia  ser  realizado  pela  eSPap,  dado  que  se 

destinaria a servir vários ministérios e áreas governativas.  

Outras formas, mais inovadoras de contratação, tais como os Sistemas de Aquisição Dinâmicos 

poderiam  igualmente  ser  exploradas  no  sentido  de  agilizar  e  flexibilizar  o  processo  de 

contratação dos serviços de redes de acesso, para interligar as redes locais aos POINTS. 

Considerar‐se  uma VPN  autónoma  para  as  escolas  privadas,  incluindo  novas  tecnologias  de 

acesso que respondam mais facilmente à sua mutação geográfica. 

Os estabelecimentos do ensino pré‐escolar público devem integrar as VPN existentes, contudo 

de  forma  a  responder  à  sua mutação  geográfica  deveria  considerar‐se  a  adoção  de  outras 

tecnologias de acesso. 

A  evolução  das  tecnologias  da  informação  e  a  dependência  que  os  processos  de  ensino  e 

aprendizagem têm destas tecnologias colocam um desafio constante na evolução da tecnologia 

de acesso mantendo‐as alinhadas com as sugestões da União Europeia [7]. 

Desta feita propõe‐se a adoção para as escolas das seguintes tipologias de acesso, que variam 

de  acordo  com o número de utilizadores,  a  forma  e necessidade de  acesso  e  as  atividades 

pontuais que realizam:  

 

 

   

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Redes locais Equipamento para as redes locais das escolas e freguesias. 

Infraestrutura Wi‐Fi  para  as  freguesias para disponibilizar um  acesso  seguro  aos  cidadãos  e 

mobilidade a nível nacional, com um modo de funcionamento semelhante à “eduroam”, com 

recurso ao sistema de autenticação existente para o cartão de cidadão. 

Escolas: 

● Incremento  do  número  de  pontos  de  acesso  Wi‐Fi  ao  dispor  das  comunidades 

educativas; 

● Continuar  com os  serviços geridos, manutenção e gestão atuais, adicionando‐se aos 

contratos existentes os equipamentos acima; 

● Continuar  a  articulação  com  as  autarquias  que,  à  medida  das  intervenções  de 

requalificação, vão substituindo as componentes passivas; 

● Estruturar a LAN das 30 escolas em falta; 

● Alargar o cenário das LAN estruturadas aos grandes centros escolares do 1.º ciclo. 

 

Planos de Ação Adoção de um modelo de Governança Garantir a criação da estrutura necessária à gestão e operacionalização da RISPC. 

Ações de curto prazo 1. Criação de estrutura de gestão para a RISPC; 

2. Criação de POINTS prioritários; 

3. Definição de referenciais para ligação das redes de acesso aos POINTS; 

4. Reforço do débito de acesso da RAE à Internet, para 200 Gbit/s ou superior; 

5. Atualização do Ponto Focal para as Escolas, que atualmente tem capacidade para gerir 

até L7 cerca de 50 Gbit/s; 

6. Contratação de serviços de acesso das Escolas e Freguesias; 

7. Definição de catálogo de serviços partilhados da RISPC; 

8. Definição de referenciais para infraestrutura e serviços de rede local nas Escolas e 

Freguesias; 

9. Definição dos mecanismos de suporte aos utilizadores; 

10. Identificação e levantamento de outras infraestruturas de rede de acesso existentes. 

Ações de médio prazo 1. Contratualização dos procedimentos de facilitação de aquisição de redes locais: Acordos 

Quadro e outros mecanismos legais de aquisição; 

2. Criação de POINTS complementares; 

3. Contratação de serviços de acesso das Escolas e Freguesias; 

4. Atualização tecnológica e  integração na gestão centralizada, dos controladores e dos 

pontos de acesso Wi‐Fi para tecnologia IEEE 802.11ac, incluindo a instalação de novos 

pontos de acesso para expandir a cobertura Wi‐Fi; 

5. Criação de infraestrutura e serviços de rede local nas restantes Escolas; 

6. Criação de infraestrutura e serviços de rede local nas Freguesias; 

7. Implementação e operacionalização dos mecanismos de suporte aos utilizadores. 

 

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Custos Nesta secção estão algumas estimativas para as rubricas relevantes, excluindo a dos recursos 

humanos, e para as quais foi possível ter valores unitários de referência, como majorantes, para 

as escolas e as  freguesias. Alguns dos  custos unitários apresentados, poderão alterar‐se em 

função do modelo de gestão que vier a ser adotado. 

 

Criação e operacionalização da RISPC Tal  como  detalhado,  a  RISPC  irá  assentar  na  partilha  de  recursos  já  existentes  da  RCTS, 

nomeadamente em termos de infraestrutura de fibra ótica e transporte dos dados, no entanto 

recomenda‐se a segregação dos POINTs centrais em equipamentos dedicados a estas funções. 

Ao nível do acesso deverá ser efetuada sempre que possível o reaproveitamento dos ativos RCTS 

existente, no entanto, poderá haver situações que seja necessário efetuar o reforço também da 

infraestrutura existente. 

A  arquitetura  apresentada  para  a  RISPC  contempla  a  criação  de  uma  infraestrutura  central 

desenhada para garantir alta disponibilidade, pelo que assim prevê‐se a ativação de seis POINTs 

centrais com o seguinte investimento unitário: 

 

Ativo  Caraterísticas  Custo investimento Custo 

manutenção/ano 

POINT Central  Equipamento de routing IP com portas a 100/40/10 Gbit/s 

120.000 € 13.200 €

POINT Central  Equipamento de routing IP com portas a 40/10 Gbit/s

75.000 € 8.250 €

POINT Acesso  Equipamento de comutação 

12.000 € 1.320 €

 

Reforço do volume de tráfego da RAE para a Internet Nesta rubrica está incluído o upgrade ao ponto focal e routers.  

Para  fornecer  à  RAE  uma  conetividade  à  Internet  de  200  Gbit/s  estima‐se  que  os  custos 

associados ao upgrade aos servidores do Ponto Focal e aos routers do lado da RAE, serão: 

● Investimento 

Reforço do Ponto Focal (segurança)        1.000.000 € 

Reforço de equipamento de comutação e Routing    500.000 €  

● Manutenção              500.000 € / ano 

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Reforço da conetividade externa internacional por criação da RISPC  A criação da RISPC e o expectável aumento do número de redes de acesso e consequentemente 

de comunidades (juntas de freguesia, escolas privadas e jardins de infância), ligadas aos POINTS 

irá  requerer  o  aumento  da  conetividade  externa  atualmente  disponibilizada  da  RCTS.  Na 

contratação  desta  conetividade  para  a  Internet  pretende‐se  usufruir  do  efeito  de  escala  já 

presente na RCTS, por agregação da procura de conetividade com os restantes membros da rede 

GÉANT. 

Na orçamentação desta componente são usados os valores de referência disponibilizados no 

âmbito da RCTS que se traduzem num custo do Mbit/s de 1,00 € por mês. 

 

Reforço da conetividade externa nacional por criação da RISPC  Em termos de conetividade externa nacional, o aumento de tráfego por agregação do acesso de 

mais  comunidades  aos  POINTS  não  se  traduzirá  no  aumento  dos  custos  operacionais.  No 

entanto, a médio prazo poderá ser necessário reforçar estas ligações, nomeadamente através 

do aumento das atualizações existentes para a RCTS. 

 

Contratação de serviços de acesso das Escolas e Freguesias Para  esta  rubrica  são  usados  como  referência  para  as  freguesias  os  custos  atuais  com  a 

contratação de serviços de acesso para as escolas. Estes são cerca de 4.000.000 € por ano. 

Os custos unitários mensais, por classe de débito, incluindo o suporte e atendimento, são: 

Classe  Débito  Custo/mês 

E1  16 Mbit/s        28,00 €

E2  32 Mbit/s  61,00 €

E3  64 Mbit/s  89,00 €

E4  100 Mbit/s  103,00 €

E5  200 Mbit/s  180,00 €

E6  500 Mbit/s       340,00 €

E7  1 Gbit/s  540,00 €

E8  10 Gbit/s   2.450,00 €

E9 4 Mbit/s 1 Mbit/s 

15,00 €

E10 8 Mbit/s 1 Mbit/s 

18,00 €

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E11 16 Mbit/s 2 Mbit/s 

28,00 €

O1  30 Mbit/s  110,00 €

O2  30 Mbit/s  120,00 €

O3  100 Mbit/s  160,00 €

O4  200 Mbit/s  180,00 €

O5  1 Gbit/s  540,00 €

O6  10 Gbit/s  2.450,00 €

  

Rede Local Tendo como referência os custos da infraestrutura e serviços de rede local nas escolas: 

1. Custo anual para suporte e manutenção       1.200.000 € 

 (custo médio mensal de 70,00 €/mês/escola) 

2. Aquisição de infraestrutura e serviços de rede local nas restantes Escolas 

2.1. Criar a infraestrutura para cerca de 30 escolas     800.000 €  

(incluindo equipamentos ativos e passivos) 

2.2. Atualização da infraestrutura Wi‐Fi das escolas    4.500.000€ 

(todas as escolas do 2.º, 3.º ciclos e ensino secundário) 

2.3. Criar infraestrutura Wi‐Fi nas escolas do 1.º ciclo  8.000.000 €  

(custo unitário médio de 2.000 €) 

 

   

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Conclusões O  presente  relatório  configura  o  resultado  do  grupo  de  trabalho,  criado  pelo  Despacho 

n.º 1124/2018 ‐ DRE n.º 22/2018, Série II de 2018‐01‐31, com o objetivo de estudar e elaborar 

um  plano  para  a  criação  e  instalação  de  uma  Rede  Integrada  de  Serviços  Públicos  de 

Comunicações (RISPC) para o sistema educativo e científico nacional, e de promoção de uma 

cidadania digital inclusiva através da ligação de todas as juntas de freguesia. 

Ao longo de dez sessões, este grupo de trabalho identificou diversas oportunidades de melhoria 

e  sinergias  que  alavancam  serviços  existentes  ou  permitem  criar  novos  serviços  para  as 

comunidades de ensino, educação e ciência, mas também para o cidadão em geral através da 

criação de pontos de acessos nas juntas de freguesia.    

Este relatório termina com a apresentação de um plano de trabalhos para a RISPC que, entende 

este  grupo  de  trabalho,  responde  de  forma  cabal  aos objetivos  propostos,  bem  como  uma 

estimativa de custo para as rubricas relevantes, excluindo a dos recursos humanos, e para as 

quais foi possível ter valores unitários de referência, para a sua execução, definindo, desde logo, 

como condição necessária para a sua efetivação, a adoção de um modelo de governança com a 

criação de uma estrutura de gestão e operacionalização. 

Como ações de curto prazo, são identificadas: (a) a adaptação da atual infraestrutura RCTS com 

a  criação de POINTS prioritários para  coleta de  tráfego;  (b)  a definição de  referenciais para 

ligação de redes de acesso a estes POINTS; (c) o reforço da ligação da rede das escolas dos atuais 

17 Gbit/s para 200 Gbit/s ou superior; (d) o reforço da infraestrutura de gestão e segurança da 

ligação externa da rede das escolas  (pontos  focais) para gerir 200 Gbit/s;  (d) contratação de 

serviços de acesso à RISPC para as escolas e juntas de freguesia; (e) definição de um catálogo de 

serviços partilhados da RISPC; (f) a definição de referenciais para  infraestrutura e serviços de 

rede  local para as escolas e  juntas de  freguesia;  (g) a definição de mecanismos de suporte a 

utilizadores; e (h) a identificação de outras infraestruturas de rede de acesso existentes. 

Como ações de médio prazo,  são  identificadas:  (a) a contratualização dos procedimentos de 

facilitação  de  aquisição  de  redes  locais:  Acordos  Quadro  e  outros  mecanismos  legais  de 

aquisição;  (b)  a  adaptação  da  atual  infraestrutura  RCTS  com  a  criação  de  POINTS 

complementares  para  coleta  de  tráfego;  (c) Atualização  tecnológica  e  integração  na  gestão 

centralizada, dos controladores e dos pontos de acesso Wi‐Fi para  tecnologia  IEEE 802.11ac, 

incluindo a instalação de novos pontos de acesso para expandir a cobertura Wi‐Fi; (d) Criação 

de infraestrutura e serviços de rede local nas restantes Escolas; (e) Criação de infraestrutura e 

serviços de rede local nas Freguesias; e (f) Implementação e operacionalização dos mecanismos 

de suporte aos utilizadores.   

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Referências 1. Assembleia da República. Constituição da República Portuguesa. Diário Da República, 

86/1976. pp. 75–78. 

2. Grupo Técnico para a definição de critérios para a avaliação da reorganização do território 

das freguesias. Avaliação da reorganização do território das freguesias. Diário da República. 

Despacho n.º 7053‐A/2016. 

3. Direção Geral do Território. Lei‐quadro da transferência de competências para as 

autarquias locais e para as entidades intermunicipais. [Online] 2018. 

http://mapas.dgterritorio.pt/viewer/index.html 

4. Pordata. Base de Dados Portugal Contemporâneo. [Online] 2018. 

https://www.pordata.pt/Municipios/Freguesias‐54 

5. GÉANT Compendium. A self portrait of national research and education networking in 

Europe and beyond. [Online] 2018. https://compendium.geant.org 

6. Membros GigaPIX. A lista completa dos membros do GigaPIX. [Online] 2018. 

http://www.gigapix.pt/en/members/ 

7. Bring Your Own Device FOR SCHOOLS. Figure 10: SETDA broadband capacity 

recommendations. European Schoolnet. August 2017. 

http://www.eun.org/documents/411753/817341/BYOD_Technical_guide_full_v7.pdf 

 

 

 

 

   

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Anexos 

Anexo 1 – Modelo de Manutenção de Redes Escolares na Europa 

Email enviado  “The Portuguese Government created a working group to elaborate a set of recommendation 

regarding, among other, how to improve the connectivity to the schools network. Your contact 

was provided to me by GÉANT, as a NREN that also connects or connected schools. We would 

like to ask a few questions regarding the model of maintenance you adopted. 

1‐ Assuming that you have both wired and wireless local physical infrastructures at a significant 

percentage of your schools, how is maintenance assured? 

Namely, do you have a centralized contracts for all schools, including passive network elements 

and active elements (both wired and wireless), or do you have a de‐centralized approach (ex: 

having municipalities  contracting  the maintenance),  or  do  you  have  different  contracts  for 

passive and active elements? 

2‐ Do you have any local first response capability at the schools, someone capable of doing some 

diagnostics and contacting repair entities or be a liaison for remote expert teams? 

Any  info  on  this  questions would  be  very  helpful.  If  you  are  not  the  right  person  for  this 

questions, but know who is, we would be glad if you could refer these questions.” 

 

ROEdunet ‐ Roménia Via Valeriu Vraciu <[email protected]>, anterior ao envio do email. 

"A couple of years ago there was a project (named "Internet in your school") which connected 

~2500 schools from disadvantaged areas in Romania. Hardware was installed in each of those 

schools  and  in  RoEduNet  regional  nodes.  Connectivity  is  provided  by  2  commercial  ISPs, 

depending  of  existing  coverage  or  plans,  using  L3VPN  terminated  in  those  regional  nodes. 

Basically,  the  school  is connected using VPN  through a  third‐party  to RoEduNet. There  is an 

infrastructure for network management, equipment can be administered from a central point. 

Several people  from  the Ministry of  Education  and  from RoEduNet were  trained  about  this 

network and management components. Any problem related to connectivity  is announced to 

one of those third‐party providers, they open tickets and try to solve issues themselves or with 

the second provider, if needed. Also, some equipment provider is involved for hardware failures 

support. Related to networks inside schools, there should be a person from the school dealing 

with it (this is a general policy applicable to every RoEduNet connected institution, we do not 

interfere inside institution network). As schools are small, probably this person is not dedicated 

for  this  job  (network  admin). Most  probably  they  had  some  kind  of  training  and  have  a 

procedure how  to deal with this connection. Also, some remote support  is provided by us  if 

there are issues with connections." 

 

KIFU ‐ Hungria Informação verbal via Mohacsi Janos <[email protected]>, anterior ao envio do email, segundo o 

qual existe atualmente um instituto público que trata de todas as manutenções das entidades 

públicas.  

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CARNET ‐ Croácia “e‐Schools:  a  comprehensive  informatization  of  school  operation  processes  and  teaching 

processes aimed at the creation of digitally mature schools for the 21st century 

Equipping  schools with passive  and  active  LAN elements  is only one, but  significant part of 

overall project activities/goals. Building wireless part of LANs is in focus. Till today we have built 

(pilot) LAN/Wi‐Fi on cca. 200 locations (150 schools), and we are currently preparing for major 

project (2019‐2022) that will include additional cca. 1500 locations (1200 schools). 

More information related to this project you can find: 

https://www.e‐skole.hr/en/e‐schools/project‐description/ 

Technical part of this project: 

https://www.e‐skole.hr/en/results/adequate‐ict‐infrastructure‐in‐pilot‐schools/ 

On the other hand, CARNET connects schools on our backbone from 2005, and it's not related 

to this project (but it's one of prerequirements, like minimal bandwidth, quality of connection, 

etc.). Support for this is done by our NOC, e2e monitoring of CPEs, diagnostics, etc. 

So, to answer your question, and related to local networks in e‐Schools: 

1.  In pilot we have had centralized support contracts for passive and active LAN elements (in 

major project  it will be separated), and  it  includes support  in case of some  failures  in school 

networks. We also have contracts with  local governments  responsible  for schools,  to enable 

dedicated personnel in some region and provide on‐site support if needed. 

2. Part of this already answered in 1.), we have written this in all contracts as a requirement and 

we  have  some  dedicated  personnel  for  every  schools  (not  necessary  sitting  in  schools,  but 

responsible for range of schools, in some cases employees of schools), but in practice there are 

schools  with  different  level  of  technical  knowledge,  required  for 

diagnostics/escalations/liaison_for_remote_teams  as  you mention,  so  some  could  act more 

independently, some rely on help from CARNET NOC, some could pinpoint ICT problems, some 

call us or vendor by default etc. 

This  is  just  a brief  description on  this  topic, but  if  you  think  that we  could  help more with 

details/experiences/lessons_learned, please  feel  free to contact us  (in that case  I suggest VC 

meeting to exchange info).” 

 

ARNES ‐ Eslovénia Via Avgust Jauk [email protected]  

“Arnes has been connecting schools for more than 20 years. During that period we learned that 

is is much more difficult to provide services to schools in comparison to universities due to the 

lack of skilled IT personnel on their side. 

1) Maintenance of the school network 

Page 71: Relato´rio e Plano RISPC - Portugal INCoDe.2030 · 2019-01-24 · componente de rede local nas juntas de freguesia, dotando as mesmas de, pelo menos, dois postos de trabalho (computadores

 

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Historically  there  used  to  be  a well  defined  border  of  responsibility  regarding  the  network 

connectivity: 

‐ Arnes manages the router connecting the school to our network, configures security and QoS 

features,... We also contact the provider of the link in case of problems. 

‐ schools takes care of their LAN in a completely decentralised way. 

Each school has to find  its own solution. Some are  lucky enough to have teachers with some 

knowle, other subcontracted commercial companies. That was always rather problematic due 

to a very diverse level of expertise by teachers and/or local commercial companies. A need for 

a more centrally organized approach which would provide a more even level of user experience 

has been identified several times, both by the schools and by Arnes. 

Last year Arnes started a project "WLAN2020" with a goal to build WLAN networks on primary 

and secondary schools. In the period 2018‐2020 we have to cover all 950 locations. The project 

includes all the necessary elements: structured cabling, LAN switches, routers, WLAN controlers 

and management tools. With this project Arnes responsibility moves deeper into the school LAN. 

While the physical construction of the WLANs  is subcontracted to commercial companies, we 

take care of configuring and managing all the equipment. 

Schools have to provide help to their users while Arnes provides support to the contact person 

at the school. 

Since the project covers only WLAN and consequently only those ethernet switches needed to 

connect WLAN access points, schools still have to take care of their existing ethernet switches, 

which are used to connect computers. While this is not an optimal solution it represents a big 

step  in  the  right  direction.  In  case  a  school  decides  to  replace  their  existing  switches with 

switches compatible with our tools we are able to take over management of the complete LAN. 

2) Local first response 

At each school there is a person acting as a contact for our NOC. They have a very different levels 

of technical expertise. With the help of our NOC they are, at least in most cases, able to perform 

some basic diagnostics in case of problems with the network connectivity. 

Management of other IT resources at the school (local servers, printers, computers,...) is still the 

responsibility of the school. 

Arnes is providing schools with a wide range of services in our "cloud", from email, LMS, CMS, 

video conferencing to storage and virtual machines. That way we are helping schools to get rid 

of at least some of the work necessary to provide modern IT.”