Relatório - Ensaio de Tração

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Curso de Graduação em Engenharia de Materiais Relatório 1 Propriedades Mecânicas Guilherme Henrique Spinelli Jéssica Grüber Lessa Rafael Machado da Conceição Florianópolis, 17 de Junho de 2011

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Page 1: Relatório - Ensaio de Tração

Curso de Graduação em Engenharia de Materiais

Relatório 1

Propriedades Mecânicas

Guilherme Henrique Spinelli

Jéssica Grüber Lessa

Rafael Machado da Conceição

Florianópolis, 17 de Junho de 2011

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Introdução

Um ensaio de tração consiste, basicamente, em submeter um corpo de prova a uma taxa de aumento de força trativa até sua ruptura. O corpo de prova é preso às garras de fixação da máquina, então se inicia a aplicação de força. A máquina fornece dados que possibilitam obter um gráfico que relaciona tensão e deformação ao longo da amostra. Através disto obtém-se dados quantitativos das características mecânicas do material. Nesse experimento foram utilizados dois corpos de prova, ambos com 4,9 mm de raio e 50 mm de comprimento, de aço SAE1045. Cada um dos corpos de prova possui um tipo de tratamento térmico. A partir dos dados obtidos no ensaio de tração foi possível obter informações complementares do material.

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Desenvolvimento

1. Amostras 1 (CP 9) e 2 (CP 11)

O material das amostras é um aço 1045 com raio de 4,9(mm).

Após receber os dados obtidos no ensaio:

Tempo (mm), Deformação(mm) e Força(N)

Procuraram-se outros dados como:

●Deformação (mm/mm) - dividindo-se a deformação da peça pelo comprimento inicial.

●Área (mm²): Tendo o r=raio(mm) ( A=π r2).

●Tensão (MPa): dividiu-se a Força(N) pela área da seção transversal (mm²).

A partir dessas informações o seguinte gráfico foi construído:

0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.250

2

4

6

8

10

12

Tensão (MPa) x deformação (mm/mm)

Deformação (mm/mm)

Tens

ão (M

Pa)

Gráfico 1: Tensão (MPa) pela deformação (mm/mm) para amostra 1.

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0 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.060.0

200.0

400.0

600.0

800.0

1000.0

1200.0

1400.0

Tensão (MPa) x Deformação (mm/mm)

Deformação (mm/mm)

Tens

ão (M

Pa)

Gráfico 2: Tensão (MPa) pela deformação (mm/mm) para amostra 2.

Analisando os gráficos 1 e 2 obteve-se:

1.1. Resiliência: Capacidade de um material acumular energia elasticamente.

0 0.0002 0.0004 0.0006 0.0008 0.001 0.0012 0.0014 0.0016 0.00180

2

4

6

8

10

12

Tensão(MPa) x deformação(mm/mm)

Deformação (mm/mm)

Tens

ão(M

Pa)

Gráfico 3: Tensão (MPa) pela Deformação(mm/mm) para amostra 1.

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0 0.0005 0.001 0.0015 0.002 0.0025 0.003 0.0035 0.004 0.00450.0

100.0200.0300.0400.0500.0600.0700.0800.0900.0

1000.0

f(x) = 216042.278589623 x − 7.31061122705819

Tensão x Deformação (regime elástico)

Deformação (mm/mm)

Tens

ão (M

Pa)

Gráfico 4: Tensão (MPa) pela Deformação(mm/mm) para amostra 2.

Sabendo que:

Resiliência = 1/2.(tensão de escoamento).(deformação no escoamento)

Então, resiliência para amostra 1 = 0,236 J/mm³ e para amostra 2 = 1,77J/mm³.

Tensão de escoamento: limite elástico do material, que foi de 300 MPa para amostra 1

e 870,9 MPa para amostra 2.

Deformação no ponto de escoamento: Ponto máximo que o material consegue ser

deformado elasticamente.

1.2. Tenacidade: Energia necessária para romper um material.

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0 0.02 0.04 0.06 0.08 0.1 0.12 0.14 0.160

2

4

6

8

10

12

f(x) = 0

Tensão (MPa) x deformação (mm/mm)

Deformação(mm/mm)

Tens

ão(M

Pa)

Gráfico 5: Tensão (MPa) pela Deformação(mm/mm) para amostra 1.

0.015 0.02 0.025 0.03 0.035 0.04 0.045 0.051125.01130.01135.01140.01145.01150.01155.01160.01165.01170.0

f(x) = − 62839.8673374201 x² + 5063.48599333174 x + 1062.46692627974

Tensão x Deformação (regime plástico)

Deformação (mm/mm)

Tens

ão (M

Pa)

Gráfico 6: Tensão (MPa) pela Deformação(mm/mm) para amostra 2.

A tenacidade pode ser calculada através da área abaixo da curva do gráfico, que neste caso foi feita pelo cálculo integral com o auxílio da ferramenta matemática Maple. O valor obtido para a tenacidade para a amostra 1 foi de 585 J/mm³ e a da amostra 2 foi 32 J/mm³.

1.3. Módulo de elasticidade: Medida de rigidez, coeficiente angular da zona elástica em relação ao eixo x dos gráficos 3 e 4.

Pode ser calculado pela fórmula:

Page 7: Relatório - Ensaio de Tração

E= Módulo de Young ou módulo de elasticidade.σ= Tensão aplicada (MPa)ε= Deformação elástica longitudinal (mm/mm)

Módulo de elasticidade amostra 1=205 GpaMódulo de elasticidade amostra 2=216 Gpa

1.4. Coeficiente de encruamento: Agrupamento de discordâncias ou encontro de discordâncias, que impede o deslizar dos planos cristalográficos no material.

Encontra-se o valor do coeficiente de escoamento através de ln [1+ (deformação no ponto de fratura)]

Coeficiente de encruamento amostra 1 = 0,182Coeficiente de encruamento amostra 2 = 0,04

1.5. Limite de resistência: Máxima tensão suportada pelo material antes de ocorrer estricção ou empescoçamento.

É o ponto máximo do gráfico, pode ser encontrado nos gráficos 1 e 2. O ponto máximo do gráfico apresenta uma tensão de 597 MPa para amostra 1 e 1164 MPa para amostra 2.

2. Análise das fotos:

Imagem 1: Fratura Dúctil.

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A primeira imagem mostra uma fratura dúctil, pois apresente pescoço definido, borda “cisalhada” e centro plano abaixo do nível da borda

Imagem 2: Fratura frágil.

A segunda imagem mostra uma fratura frágil, perpendicular à tração exercida e fraturas acompanhando o direcionamento de grãos.

Conclusão

Após analisar todos os dados e valores obtidos, comparou-se com as informações fornecidas, assim pode-se concluir que a amostra 1 sofreu o tratamento térmico de recozimento pois se mostra dúctil, com 20% de deformação, e com tenacidade 20 vezes maior que a amostra 2. A amostra 2 foi temperada e depois revenida pois sofreu uma deformação de 5%, é duas vezes mais resiliente e com uma tenção de escoamento 3 vezes maior em relação a amostra 1. Analisando as fraturas, a imagem 1 é da amostra 1 e a imagem 2 é da amostra 2.

Referencias:

Souza, Sergio Augusto-Ensaios Mecânicos de Materiais MetalicosCallister, Willian D.-Ciência e Engenharia de Materiaishttp://www.mspc.eng.br/matr/resmat0140.shtmlhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ensaio_de_tra%C3%A7%C3%A3o