RELATÓRIO FINAL Deputado GILMAR SOSSELLA, Relator · E a maior prova disso é o fato de ainda...
Transcript of RELATÓRIO FINAL Deputado GILMAR SOSSELLA, Relator · E a maior prova disso é o fato de ainda...
Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul
Comissão de Segurança e Serviços Públicos
Subcomissão dos Municípios sem Asfalto
RELATÓRIO FINAL
Deputado GILMAR SOSSELLA, Relator
Porto Alegre,
Dezembro de 2013
1
Comissão de Segurança e Serviços Públicos
Presidente: Deputado Nelsinho Metalúrgico (PT)
Vice-Presidente: Deputada Stela Farias (PT)
Membro Titulares:
Deputados Daniel Bordignon (PT), Miriam Marroni (PT), Nelson Harter
(PMDB), Gilmar Sossella (PDT), Frederico Antunes (PP), Mano Changes
(PP), Ronaldo Santini (PTB), Marcelo Moraes (PTB), Elisabete Felice
(PSDB), e Paulo Odone (PPS).
Membros Suplentes:
Deputados Ana Affonso (PT), Altemir Tortelli (PT), Marcos Daneluz (PT), Raul
Pont (PT), Alexandre Postal (PMDB), Dr. Basegio (PDT), João Fischer (PP),
Silvana Covatti (PP), Aloísio Classmann (PTB) e Pedro Pereira (PSDB).
2
Composição da Subcomissão dos Municípios sem Asfalto
Presidente: Deputado Nelsinho Metalúrgico (PT)
Relator: Deputado Gilmar Sossella (PDT)
Membros: Deputados Ronaldo Santini (PTB), Miriam Marroni (PT), Marcelo
Moraes (PTB), Daniel Bordignon (PT), Elisabete Felice (PSDB) e Paulo
Odone (PPS).
3
ÍNDICE
Apresentação 5Histórico 10Audiência Pública na Assembleia Legislativa 12Reuniões no Interior 18Conclusões 29Encaminhamentos 31
4
APRESENTAÇÃO
Nosso Estado é paradoxal: convive harmoniosamente – ou nem tanto –
com uma grande metrópole, que é a nossa Capital, diversas cidades com
altíssimo desenvolvimento econômico e social, como Caxias do Sul, Santa
Maria, Pelotas, Passo Fundo, Santa Rosa, entre outras, e com quase uma
centena de municípios condenados a viver como nos albores do século
passado, sem a mais básica das infraestruturas – acesso asfáltico.
Esse triste fato nos leva a índices preocupantes de desenvolvimento
social – na comparação entre os levantamentos do Índice de
Desenvolvimento Humano Municipal, cujo índice é a média dos índices de
educação, renda e longevidade de todos os municípios de cada estado, de
2000 e 2010, o Rio Grande do Sul caiu da 4.ª para a 6.ª posição, sendo
ultrapassado por Santa Catarina e Paraná. No quesito educação, fomos
piores ainda, atrás ainda do Espírito Santo e Goiás.
Isso demonstra que o Estado que revolucionou a educação, na época
do Governador Leonel Brizola, que construiu mais de 6.000 escolas e legou
gerações de cidadãos politizados, empreendedores e qualificados, parou no
tempo. E a maior prova disso é o fato de ainda existirem comunidades sem
acesso asfáltico. Em Santa Catarina, todos os municípios possuem asfalto;
no Paraná, a preocupação é asfaltar as rodovias alternativas aos pedágios
que existem no Estado. Os acessos municipais estão todos concluídos.
5
Aqui não. Por anos a fio, a grande preocupação, em um Estado com
uma dívida previdenciária e federativa altíssima, era a questão financeira. A
partir do final dos anos 1980 e início dos anos 1990, com a explosão do
movimento emancipacionista, a preocupação com os acessos asfálticos
tornou-se prioritária, pois as comunidades recém-emancipadas tinham
vantagens como uma máquina pública enxuta, ausência de dívidas,
população empolgada com a nova realidade, possibilidade de atração de
investimentos, mas muitas esbarravam na falta de acesso asfáltico.
Municípios emancipados a essa época e que já possuíam asfalto
cresceram vertiginosamente, como é o caso de Nova Santa Rita, Ipiranga do
Sul, Westphalia, Victor Graeff, entre outros de maior ou menor sucesso. Já
cidades como Dom Feliciano, Barão do Triunfo, Lajeado do Bugre,
Jaquirana, Benjamin Constant do Sul e Charrua, não por acaso, figuram
entre as dez cidades com pior IDH do Estado.
Então, os acessos municipais foram pauta de atenção de todos os
governos estaduais desde então, com ênfase a partir do Governo Antonio
Britto (1995-1998), que, como é de conhecimento de todos, implantou a
plataforma neoliberal no Estado, privatizou empresas estatais e fez
programas de concessões, como o Programa Estadual de Concessões
Rodoviárias, o malgrado PECR/RS, com a justificativa de que “o dinheiro que
usaríamos para conservar as estradas concedidas usaremos para fazer
asfalto aos municípios sem acesso”. Foram licitadas todas as obras de
acesso em 1998, a todos os quase 150 municípios então sem asfalto.
No entanto, o que era para ser um grande programa tornou-se um
grande problema, pois as licitações, realizadas no afogadilho, em período
pré-eleitoral, foram feitas sobre o projeto básico, e não sobre o projeto de
engenharia completo. O resultado é que, quinze anos depois, ainda existem6
contratos sem previsão de pontes ou que não previram o trecho completo,
ocasionando um sem-fim de aditivos e outras burocracias que emperram a
execução dos contratos.
Para acabar com essa triste realidade, a Assembleia Legislativa nunca
se furtou a debater o tema dos municípios sem asfalto. Líderes como os
Deputados Alexandre Postal e Adolfo Brito já presidiram Comissões
Especiais sobre o tema.
Nossa atenção com a questão dos municípios sem asfalto iniciou-se
quando presidimos a Famurs, em 2005, e propomos, conjuntamente com o
então Prefeito de Boqueirão do Leão João David Goergen, a criação da
Comissão dos Municípios sem Asfalto, para ser instrumento de luta no
debate com o Estado sobre o problema. Já na Assembleia Legislativa,
presidimos a Comissão Especial da Ligação Asfáltica (2008/2009) e a
Comissão Especial dos Municípios sem Asfalto (2011).
Em ambas as oportunidades, a principal preocupação do colegiado era
a busca por financiamento para as obras. Na primeira oportunidade, foi
amplamente debatido o Duplica RS e criada a condição para a destinação,
pelo Poder Executivo, de R$ 170 milhões da venda das ações do Banrisul
para os municípios sem asfalto. Na Comissão Especial dos Municípios sem
Asfalto de 2011, a principal conquista foi o incremento de 20% da destinação
do empréstimo com o BNDES tomado pelo Governo Tarso Genro para as
obras de acesso asfáltico, subindo a previsão de R$ 500 milhões para R$
600 milhões.
O Governo Tarso, aliás, tomou os acessos municipais como obra
prioritária de sua gestão. Enquanto o Governo Rigotto caracterizou-se pela
7
conclusão da RST 453, a Rota do Sol1, e o Governo Yeda Crusius destacou-
se pela conclusão da RST 4712 – obras importantíssimas, cumpre destacar –
já em 2011, no primeiro ano de seu mandato, o Poder Executivo, através do
DAER e da Secretaria de Infraestrutura e Logística, lançaram o Plano de
Obras Rodoviárias, em 20 de maio de 2011, dividindo as obras em três lotes
e fazendo as devidas previsões sobre o reinício dos trabalhos.
No entanto, o tempo decorrido demonstrou que não faltava somente
dinheiro para o reinício das obras, pois o empréstimo foi concedido pela
instituição financeira, os lotes de obras foram organizados, e mesmo assim,
muitas obras não reiniciaram.
Preocupado com essa situação, este Relator propôs a presente
Subcomissão, junto a Comissão de Segurança e Serviços Públicos da
Assembleia Legislativa, para diagnosticar o atual estado de todos os
contratos de pavimentação de acessos municipais e buscar, conjuntamente
com municípios, entidades e órgãos públicos como o DAER, Fepam,
Famurs, Secretarias de Estado como a de Infraestrutura, Fazenda,
Planejamento, entre outros atores, as soluções para efetividade do Plano de
Obras Rodoviárias.
Os trabalhos da Subcomissão tiveram o apoio indispensável do
Deputado Nelsinho Metalúrgico, Presidente da Comissão de Segurança e
Serviços Públicos, e de sua equipe – e aqui vai um agradecimento todo
especial aos servidores da CSSP Cristiano Becker e Antonio Gianechine.
A Subcomissão, no entanto, não conseguiu, dentro do seu prazo
1 Que beneficiou municípios como Três Forquilhas e Cambará do Sul, que não possuíam acesso.
2 Beneficiando Gramado Xavier e Herveiras, que não possuíam acesso asfáltico. Mesmo assim, no GovernoYeda foram concluídas várias obras de acesso nesse período, como as obras de Dilermando de Aguiar,Charrua, São Domingos do Sul e Vanini.
8
regimental, cumprir todo o Plano de Trabalho que se propôs quando de sua
aprovação. No entanto, surtiu efeitos e demonstrou, mais uma vez, que
enquanto houver um município sem asfalto no Estado, deverá este
Parlamento incessantemente debater, cobrar e fiscalizar, pois o Rio Grande
do Sul somente retomará seu pleno desenvolvimento quando não houver
disparidade de oportunidades entre as suas diversas comunidades.
9
HISTÓRICO
A Subcomissão dos Municípios sem Asfalto foi aprovada em 18 de abril
de 2013, com duração regimental de 120 dias, devendo encerrar-se em 15
de agosto de 2013.
Aprovada a Subcomissão, foi imediatamente apresentado requerimento
de Audiência Pública para realizar o debate sobre a situação dos 104
municípios sem asfalto do Estado conforme disposto no Plano de Obras
Rodoviárias de 20/05/2011, com a presença da Secretaria Estadual de
Infraestrutura e Logística, a Assessoria Superior do Governador, a
Secretaria-Geral de Governo e a Casa Civil, conjuntamente com o DAER,
FAMURS, AGM, UVERGS, Fórum dos COREDES, Comitê de Controle
Social, CREA e Sociedade de Engenharia do Rio Grande do Sul.
Ocorre que, infelizmente, houve uma sucessão de reuniões frustradas
da Comissão de Segurança e Serviços Públicos – por questões alheias a
Subcomissão – com sucessivas retiradas de quórum, prejudicando
sobremaneira os trabalhos da Subcomissão, que teve essa Audiência
Pública – indispensável para as demais Audiências previstas no seu Plano
de Trabalho – aprovada somente no final do mês de junho, mais de sessenta
dias após o início dos trabalhos.
Dessa forma, foi realizada a Audiência Pública com o DAER, para
apresentação dos dados do Plano de Obras Rodoviárias, somente em 04 de
julho de 2013, na Sala da Convergência da Assembleia Legislativa, com a
presença de mais de 200 pessoas, cujo teor será objeto de capítulo próprio.
10
Não restaram outras datas para a pretendida interiorização da
Subcomissão, o que levou ao Presidente Nelsinho Metalúrgico a autorizar a
realização de Reuniões para tratar do assunto, em nome da Subcomissão
mas sem sua oficialidade, pois já havia expirado o prazo regimental de 120
dias, lembrando que, neste período, ainda houve o recesso de julho da Casa
Legislativa.
Foram realizadas Reuniões nas cidades de Barão do Triunfo, Capitão,
Garruchos, Guabiju, Planalto e Santo Expedito do Sul, todas contando com a
da presença do DAER, que entendeu a importância do tema e gentilmente,
mesmo sem oficialidade, deslocou seus servidores para prestarem
esclarecimentos para as comunidades.
Assim, ao final de todo o período em que o tema foi debatido, é
apresentado o presente Relatório, consignando que a prejudicialidade das
manobras regimentais não impediu que a Casa Legislativa fizesse seu
trabalho e levasse às comunidades as respostas, fossem elas as esperadas
ou não.
11
AUDIÊNCIA PÚBLICA
LOCAL: SALA DA CONVERGÊNCIA, ASSEMBLEIA LEGISLATIVA
DATA: 04 DE JULHO DE 2013, 9H30MIN
A aguardada Audiência Pública para apresentação da situação das
obras de acessos municipais ocorreu em 04 de julho de 2013, na sala da
Convergência Adão Pretto, da Assembleia Legislativa.
A solenidade contou com a presença do Relator da Subcomissão
Deputado Gilmar Sossella, dos Engenheiros Laércio Toralles, então Diretor
de Infraestrutura Rodoviária do DAER, e dos Engenheiros ____. Pela
Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística, esteve presente o Diretor
de Infraestrutura da Seinfra José Luiz Barbosa Gonçalves. Além deles,
participaram o Presidente da Confederação Nacional dos Municípios Paulo
Ziulkoski, e os Deputados Estaduais Gerson Burmann, Vinicius Ribeiro,
Ronaldo Santini, Paulo Odone, Altemir Tortelli, Nelson Harter, Adolfo Brito,
Ernani Polo, Silvana Covatti, Catarina Paladini e Frederico Antunes.
Estiveram presentes nada menos que 22 Prefeitos, 8 Vice-Prefeitos e
32 Vereadores de 37 municípios:
• Água Santa: Jacir Miorando, Prefeito;
• Amaral Ferrador: Elizeu Viegas Araujo, Prefeito, Ronivan Fontoura
Braga, Vereador, João Carlos Martins, Vereador, Paulo Silva, Vereador,
Léo Augusto, Vereador, Laureni Garcia Pagini, Vereador, Carlos Rafael
Silva da Silva, Vereador, Márcio Machado de Vasconcellos, Vereador;
• Ametista do Sul: Gilmar da Silva, Vice-Prefeito;
12
• Barão do Triunfo: Rui Spotti, Prefeito, Gilmar Francisco, Vice-Prefeito,
Rodrigo Semeatto de Lima, Vereador, Tiago Pacheco Goroni, Vereador,
Marcos Cesar Garcia, Vereador;
• Barra do Rio Azul: Ivonei Márcio Caovilla, Prefeito;
• Benjamin Constant do Sul: Itacir Hachmann;
• Boqueirão do Leão: Luiz Augusto Schmidt, Prefeito, Edson Jonas da
Silva, Vereador, Luiz Carlos Carlesso, Vereador;
• Campinas das Missões: Ademar Renato Wegel, Prefeito, Nelmo Vieira
Rorig, Presidente da Comissão Pró-Asfalto, Valdir Knapp, Vereador;
• Candido Godói: Lauri Royer, Vereador;
• Capão Bonito do Sul: Felippe Rieth Junior, Vice-Prefeito, Carlos Alberto
de Moraes, Vereador, Luis Ori Nunes Junior, Vereador;
• Capitão: Fabiano Daltoe, César Beneduzzi, Prefeito;
• Centenário: Wilson Carlos Lucacheski, Prefeito;
• Cerro Grande do Sul: Breno Garcia, Vereador;
• Cerro Largo: Canisio Roque Schmidt, Vice-Prefeito, Melchior Mallmann,
UFFS;
• Coqueiro Baixo: Veríssimo Caumo, Prefeito;
• Cristal: José Nicolau Duarte Trescatro, Vereador;
• Cruzaltense: Kely José Longo, Prefeito;
• Dom Feliciano: Márcio Rosiak, Vereador;
• Faxinal do Soturno: Dirceu José Casarin, Vice-Prefeito;
• Gentil: Fábio Fernandes, Vereador, Alcenir Dalmago, ex-Prefeito,
Vanderlei Ramos do Amaral, Prefeito, Odair Bianchin, Vereador, Arlindo
Franceschetto, Vice-Prefeito;
• Itatiba do Sul: Adriana Tozzo, Prefeita;
• Mariana Pimentel: Gabriel Bolzan, Vereador;
• Montauri: Marcelo Boff, Prefeito;
• Muliterno: Maurílio Piton, Prefeito;13
• Pirapó: Arno Augusto Werle, Prefeito
• Planalto: Geferson Luiz Giacobo, representante do Prefeito;
• Rosário do Sul: Luiz da Silva Guma Junior;
• Santa Cecília do Sul: Douglas André Gratini, Vereador, Jusene
Peruzzo, Prefeita, Vagner Luiz Ceresoli, Vereador, Valdir Pegoraro,
Vereador, João Pelissaro, Vice-Prefeito, Edimar Fontana, Vereador;
• Santo Antonio do Palma: Jandir Zembruski, Sec. Administração, Leonir
Sczimanski, Vereador, Fábio Reginatto, Vereador, Gerson Richatto,
Prefeito;
• Santo Cristo: Otávio de Wallau;
• Santo Expedito do Sul: Osmar Biazus, Sec. Urbanismo, Volmir Segatto,
Sec. Agricultura, Amarildo Negrini, Vice-Prefeito, Altair Roveda,
Vereador;
• São Jorge: Ilto Nunes Abrão, Prefeito;
• Segredo: Alencar José Feron, Prefeito;
• Sertão Santana: Vladimir Dalben;
• Severiano de Almeida: Ademar José Basso, Prefeito;
• Tupanci do Sul: Delcio Luiz Marchiori, Vereador, Genor Marcon,
Prefeito;
• União da Serra: Cleomir Tauffer, Vereador, Luiz Mateus Cenci, Prefeito,
Cloir Dambros, Vereador.
Tomaram a palavra os Deputados Estaduais presentes, o
representante da Seinfra e o Presidente da CNM, todos no sentido de
ressaltar a importância dos acessos municipais e a insatisfação com a
reiteração sucessiva do debate. O presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, falou
que “os municípios estão sobrecarregados com cada vez mais obrigações
repassadas pelo Estado e União, mas não há contrapartida, como, por
exemplo, os acessos asfálticos”.
14
Após, foi passada a palavra para o Diretor de Infraestrutura Rodoviária
Laércio Toralles, do DAER, que apresentou a situação da aplicação do Plano
de Obras Rodoviárias3:
• Onze obras concluídas, todas do Lote 1: Arambaré, Dom Feliciano,
Itapuca, Charrua, Capão do Cipó, Vista Alegre do Prata, Novo
Machado, Nova Candelária, Forquetinha, Gramado dos Loureiros e
Ametista do Sul;
• Oito obras parcialmente concluídas, também todas do Lote 1: Boa Vista
do Cadeado, Chiapetta, Floriano Peixoto, Mampituba, Novo Xingu, Rio
dos Índios, Sagrada Família e Três Forquilhas. São obras pendentes
apenas de sinalização ou correção de trechos;
• 25 obras em andamento, dos Lotes 1 e 2: Sertão Santana, Coqueiros
do Sul, Nicolau Vergueiro, Carlos Gomes, Mariano Moro, Pinhal
Grande, Jacuizinho, Maçambará, Rolador, Ubiretama, Itacurubi, Santo
Antonio do Palma/Gentil, Campo Novo, Vista Gaúcha/Barra do Guarita,
Esmeralda, Sério, Relvado, Canudos do Vale, Cerro Grande, Novo
Tiradentes, Lajeado do Bugre, Nova Boa Vista, Pinhal/Jaboticaba,
Pedras Altas e Arroio do Padre;
• 21 obras reiniciadas e paralisadas, dos Lotes 1 e 2: Amaral Ferrador,
Mariana Pimentel, Cerro Grande do Sul, Entre Rios do Sul,
Cruzaltense, Ponte Preta, Ivorá, André da Rocha, São José do
Inhacorá, Caraá, Vanini, Capão Bonito do Sul, Jaquirana, Água Santa,
São José do Hortêncio, Linha Nova, Boqueirão do Leão, Pinheirinho do
Vale, Planalto e Cerrito;
• 39 obras não iniciadas, sendo uma do Lote 1, onze do Lote 2 e todas
do Lote 3: Centenário, Barão do Triunfo, Eugênio de Castro,
Garruchos, Montauri, Muliterno, Santa Cecília do Sul, Guabiju,
Travesseiro, União da Serra, Dois Irmãos das Missões, Monte Alegre
3 A apresentação encontra-se no anexo do presente relatório.15
dos Campos, Pirapó, Quatro Irmãos, Quevedos, Santo Expedito do Sul,
São Martinho da Serra, São Valério do Sul, Tunas, Tupanci do Sul,
Coqueiro Baixo, Toropi, Capitão, Engenho Velho, Alegria, Lagoa Bonita
do Sul, Nova Ramada, Pinhal da Serra, Porto Vera Cruz, São José das
Missões, São Pedro das Missões, Sede Nova, Lagoão e Senador
Salgado Filho.
Na mesma apresentação, Toralles explicou que as obras paralisadas e
as não iniciadas dos Lotes 1 e 2 tiveram, em todas as hipóteses, problemas
contratuais, especialmente com as empreiteiras, que ou não possuem mais
capacidade técnica e/ou financeira para tocar a obra, ou não possuem
interesse em tocá-la. Já as obras parcialmente concluídas estavam
dependendo de obras remanescentes, como sinalização ou correção de
trechos.
Quanto às obras não iniciadas do Lote 3, Toralles demonstrou uma
subclassificação dessas obras, dentro do mesmo grupo, dividindo-as em
classe A, B ou C, dependendo se possuem os requisitos para a ordem de
início: Decreto de Utilidade Pública, Licença Ambiental, Repactuação dos
Contratos da Obra, de Projeto e de Supervisão e Pedreira. De todas as obras
previstas no grupo 3, apenas as ligações de Toropi e Coqueiro Baixo
demandariam mais de um ano de previsão de ordem de início.
Em seguida, tiveram a palavra vários Prefeitos, Vereadores e cidadãos
dos municípios sem asfalto, inclusive com manifestações através de faixas e
palavras de ordem, como a comitiva do município de Amaral Ferrador.
Dentre as manifestações dos participantes da Audiência Publica,
ganhou destaque a sugestão do Prefeito de Segredo, Alencar José Feron,
que deu testemunho do sucesso da iniciativa da municipalidade em constituir16
uma Comissão que tratou da obra diretamente com o DAER, auxiliando o
órgão nas demandas para regularização das pendências contratuais e da
própria obra, ficando a sugestão como encaminhamento da reunião, que se
estendeu por mais de três horas.
De posse das informações, mas, como já mencionado, impossibilitado
de realizar outras Audiências Públicas, a Subcomissão dos Municípios sem
Asfalto realizou outras seis reuniões no interior do Estado, para debater e
constituir, em cada região, a Comissão ou Grupo de Trabalho para dar
andamento e efetividade para as obras de acesso asfáltico aos municípios
gaúchos.
17
REUNIÕES ORGANIZADAS PELA SUBCOMISSÃO NO INTERIOR DO
ESTADO
Primeira Reunião – Câmara Municipal de Barão do Triunfo
02 de setembro de 2013
Obras de Acesso aos Municípios da Região da Costa Doce e Zona Sul
A primeira reunião da Subcomissão foi em Barão do Triunfo, com a
presença dos Deputados Gilmar Sossella e Marcelo Moraes, alem de
representação dos Gabinetes dos Deputados Estaduais Edson Brum, Lucas
Redecker e do Deputado Federal Sérgio Moraes e o Diretor da
Superintendência do DAER em Pelotas Luis Antonio Teixeira. Estiveram
presentes o Prefeito Municipal de Barão do Triunfo Rui Spotti, os Vice-
Prefeitos de Barão do Triunfo Gilmar da Silva e de Mariana Pimentel Valdir
Battocchia, os Vereadores de Barão do Triunfo Diogo Vaz, Elomar
Kologestki, Ido Lombardi, Marcos Cesar Garcia, Nercio Silva Ambos, Osmar
Silveira de Souza, Rodrigo Semensatto de Lima e Tiago Pacheco Govoni; os
Vereadores de Mariana Pimentel Adriano Amaral, Gabriel Bolzan e Laerte
Deviti, os Vereadores de Amaral Ferrador João Carlos Martins e Paulo Silva;
os representantes da Procon Construções Cláudia Boeira e Rui Dorfman; os
Secretários Municipais de Barão do Triunfo Cilene de Souza Trindade
(Fazenda), Madalena Schuchow (Saúde), Silvia Pacheco (Educação) e
Leandro Prado dos Santos (Agricultura).
Após as manifestações da mesa, especialmente dos Deputados e
seus representantes, bem como o Prefeito de Barão do Triunfo, pelo
representante do DAER foi afirmado que a obra de Barão do Triunfo
dependia apenas de ordem de início, pois não havia pendências maiores que
impossibilitassem a sua retomada, afirmação saudada pelos presentes.
18
Já com relação à obra de Mariana Pimentel, a situação é mais
complicada, em vista de que a empreiteira titular da obra possui sérios
problemas financeiros, inclusive com penhora judicial trabalhista incidindo
sobre as rendas do contrato com o DAER. A solução proposta foi a imediata
rescisão do contrato e abertura de nova licitação.
Relativo às demais obras da região, o DAER informou que as obras de
Arroio do Padre e Pedras Altas estavam em bom andamento, sendo que a
primeira já estaria em fase de conclusão, e a de Sertão Santana estava
temporariamente paralisada para as obras de retiradas de postas de energia
elétrica pela CEEE. Já com relação à obra de Amaral Ferrador, faltaria a
definição quanto ao projeto, especialmente quanto ao traçado, o que seria
encaminhado para solução pelo DAER nos próximos dias.
Em vista da existência de ativas Comissões Pró-Asfalto em Barão do
Triunfo e Amaral Ferrador, o encaminhamento da Reunião foi a criação de
uma Comissão em Mariana Pimentel para, conjuntamente com a local e os
Deputados presentes e representados, trabalharem em conjunto com o
DAER para solução dos problemas dos contratos.
Posteriormente, houve reunião no DAER, com o Diretor Geral Carlos
Eduardo de Campos Vieira, com as Comissões de Barão do Triunfo e
Mariana Pimentel, onde foram reiteradas as informações prestadas na
Reunião, estando iminente a ordem de início de Barão do Triunfo e
complicada a situação de Mariana Pimentel, pois a empresa não teria
demonstrado interesse na rescisão amigável do contrato, restando ao DAER
a rescisão litigiosa, o que demandará mais demora a o reinício da obra.
19
Segunda Reunião – Câmara Municipal de Planalto
06 de setembro de 2013
Obras de Acesso aos Municípios da Região da Produção
Em Planalto, a Reunião da Subcomissão foi requerida pelo Vereador
Leandro Barros, do PDT, e foi presidida pelo Deputado Gilmar Sossella, com
a presença dos representantes do DAER Engenheiros Luis Carlos Soares e
Nelson Haeser.
Estiveram presentes a solenidade o Vice-Prefeito de Planalto, Gabriel
Olkoski, representando o Prefeito Antonio Carlos Damin, que não pode ser
fazer presente ao evento; o Prefeito de Alpestre Alfredo de Moura e Silva; o
Vice-Prefeito de Trindade do Sul Odair Pelicioli; os Vereadores de Planalto
Dirceu Fontana, Valmir Gronoski, Leonir Bongiorno e Leandro Barros, este
último o requerente da Reunião; os Vereadores de Ametista do Sul José
Oliveira Garcia, Antonio Tonet, Adilson Pavulkicvitz e Agostinho Zanatta; os
Secretários Municipais de Planalto Marcelino Granoski (Agricultura), Eugenio
Zanatta (Obras), Luiz de Oliveira (Adjunto de Obras) e Auristela Barros
(Saúde); o Presidente do PDT de Frederico Westphalen Márcio José Minuzzi.
Em Planalto, debateu-se a situação das obras dos municípios da Zona
da Produção, a que mais possui municípios sem asfalto, Nada menos que
dezesseis obras de acesso. Dessas, duas já foram concluídas (Ametista do
Sul e Gramado dos Loureiros), três em fase de conclusão (Novo Xingu, Rio
dos Índios e Sagrada Família) e cinco em obras (Cerro Grande, Lajeado do
Bugre, Nova Boa Vista, Novo Tiradentes e Pinhal/Jaboticaba).
No entanto, cinco obras terão que reiniciar do zero, por problemas com
as empreiteiras: 20
)a Pinheirinho do Vale, pois a empreiteira Camargo Correa não possui
mais interesse na obra;
)b Engenho Velho, São José das Missões, São Pedro das Missões e Dois
Irmãos das Missões, porque a Construtora Brasil não tem mais
condições de tocar as obras.
Também quanto à obra de acesso entre Iraí e Planalto, o DAER estava
aguardando a resposta da empreiteira Ivaí sobre o interesse em retomar a
obra, paralisada há mais de seis meses.
Quanto ao pedido do Vice-Prefeito de Trindade do Sul, para construção
de um trevo de acesso a Agroindústria Danielli, o DAER informou que a
licitação para a obra estava prestes a ser lançada.
Entre boas e más notícias para a comunidade, constituiu-se uma
Comissão para acompanhar especialmente as negociações quanto às
rescisões de contratos das obras, composta por representantes dos
seguintes municípios:
• Planalto: Valdir Petkovicz, Walter Zanella, Vice-Prefeito Gabriel Olkoski,
Vereadores Leonir Bergamo e Leandro Barros;
• Alpestre: Prefeito Alfredo de Moura e Silva;
• Ametista do Sul: Vereadores José de Oliveira Garcia, Agostinho
Zanatta, Antonio Tonet e Adilson Pavulkicvitz;
• Trindade do Sul: Vice-Prefeito Odair Pelicioli,
• Portão: Nelson Batista e Ezequiel de Souza Neto
• Frederico Westphalen: Márcio José Minuzzi;
• Palmitinho: Pedronildo Garcia.
21
Terceira Reunião – Câmara Municipal de Capitão
30 de setembro de 2013
Obras de Acesso aos Municípios de Capitão e Coqueiro Baixo
A pedido da Vereadora Presidente da Câmara de Capitão Margarida
Frölich, a Subcomissão, representada pelo Relator Deputado Gilmar
Sossella, reuniu-se na Câmara de Vereadores de Capitão para debater as
obras de acesso a municípios do Vale do Taquari. Foi a única das reuniões
que não teve a participação de representante do DAER.
Estiveram presentes a solenidade os Prefeitos Cézar Beneduzzi, de
Capitão, Gilnei Agostini, de Nova Bréscia, Sidinei Eckert, de Arroio do Meio e
Veríssimo Caumo, de Coqueiro Baixo; o Vice-Prefeito Paulinho Vian, de
Nova Bréscia; os Presidentes das Câmaras de Vereadores de Capitão
Margarida Angelica Frölich, e de Coqueiro Baixo Jocimar Valer; o Presidente
da AVAT Leo Mota; os Vereadores de Capitão Aires Grando, Cristiano
Fachini, Donato Giaretta, Ereno Blatt e Sedenir Bruxel; de Arroio do Meio
Airton Schmidt, Aloisio Schwarzer, Cloé Agostinho Scheidt, Darci Hergessel,
Paulo Grassi e Romano Kuztler; de Fazenda Vilanova Alvaro Brandão; de
Nova Bréscia Dalton Nichel e Elizabete Cigolini; de Lajeado Lorival Silveira e
Osmar Pedro Mezacasa; os representantes da Deputada Silvana Covatti
Meri Schmitt Bombardelli e Marcos Bombardelli; o representante da
Secretaria Estadual do Planejamento, Gestão e Participação Popular
Maurício Rocha; os Secretários Municipais de Capitão Valmir Morscheider
(Agricultura), Cristiano de Almeida (Saúde) e Jorge Fachini (Obras).
Após a abertura dos trabalhos, a Vereadora Margarida Frölich
apresentou fotos e filmagens dos problemas causados pela falta de asfalto
em Capitão, lamentando, assim como os demais participantes da Mesa, a22
falta do representante do DAER. O Deputado Gilmar Sossella entrou em
contato com o Diretor Laercio Toralles, que manifestou preocupação com a
situação das obras de Capitão a Arroio do Meio e Coqueiro Baixo a Nova
Bréscia: a empresa vencedora das duas obras, Beter Engenharia, de São
Paulo – SP, está em recuperação judicial, havendo sérias dúvidas sobre a
retomada das obras.
Após a manifestação dos presentes, foi encaminhada a criação de
Grupo de Trabalho, com a presença dos Prefeitos e Presidentes de Câmara
presentes, além do presidente da AVAT, para reunião com o DAER para
acompanhar a negociação no sentido de que, se a empresa não demonstrar
interesse ou capacidade para retomar a obra, que seja realizada imediata
nova licitação dos dois trechos.
A reunião com o DAER foi realizada em ____, obtendo-se a promessa
do Diretor-Geral Carlos Eduardo de Campos Vieira, de que na semana
seguinte seria marcada reunião entre DAER, Comissão e empreiteira,
solenidade esta que até o presente momento não foi designada pela
Autarquia, causando mais descrédito ainda da comunidade com o Estado.
Quarta Reunião – Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Guabiju
25 de outubro de 2013
Obras de Acesso aos Municípios da Serra
A quarta Reunião foi realizada na sede do Sindicato dos Trabalhadores
Rurais de Guabiju, para tratar das obras de acesso aos municípios da Serra,
especialmente a obra da ERS 126, entre Nova Araçá e São Jorge.
23
Sob a Presidência do Deputado Gilmar Sossella, a reunião teve a
presença do Superintendente Regional do DAER em Passo Fundo Julio
Huber; do ex-Deputado Federal Pompeo de Mattos, dos Prefeitos de Guabiju
Braulio Garda, de São Jorge Ilto Nunes Abraão, de União da Serra Mateus
Cenci e de Nova Araçá Aícaro Ferrari; da Primeira-Dama de Ibiraiaras Paola
Fabris; do ex-Prefeito e atual Secretário de Administração de Montauri Jairo
Roque Roso; do Vice-Prefeito de Guabiju Felipe Balzan Bendo; dos
Vereadores de Guabiju Ildo Beto Fransozi, Aneli Garda e Moacir Tolotti, e de
São Jorge Jovenilda Menin, Moacir Frozi, Valmor Galvan e Andréia Battistel;
dos Secretários Municipais de Guabiju Vanir Salvalaggio (Agricultura),
Bortolo Garda (Obras), Leocir Frison (Saúde); dos Presidentes dos
Sindicatos Rurais de Guabiju Enio Frozzi e de São Jorge Luciano Viapiana;
dos empresários Roberto Brezolin, da Coopibi, e Domingos Costella, da
Oleoplan; além do Padre da Paróquia de Guabiju Valdemar Pagnoncelli.
Após as manifestações iniciais, o representante do DAER Julio Huber
reafirmou termos de ofício lido pelo Prefeito Aícaro Ferrari, subscrito pelos
Deputados Daniel Bordignon e Ronaldo Santini, dando conta que não há
entraves maiores ao reinício das obras de pavimentação da ERS 126 entre
Nova Araçá e São Jorge, passando por Guabiju. Huber foi enfático em dizer
que o único entrave era um parecer da PGE autorizando a utilização de brita
comercial em substituição à exigência de pedreira para a obra. Resolvido
este fato – que já havia sido encaminhado pela Seinfra – já poderia ser dado
reinício a obra, notícia que empolgou os presentes a Reunião.
Destaca-se a fala do ex-Deputado Federal Pompeo de Mattos, que
afirmou ser esta obra a mais importante entre todos os acessos municipais,
eis que, além de pavimentar o acesso a Guabiju e São Jorge, ainda liga duas
regiões importantíssimas no Estado. Além de Pompeo, os empresários
Roberto Bresolin e Domingos Costella também fizeram manifestações24
importantes quanto aos prejuízos econômicos de toda a região pela falta de
asfalto.
Quanto aos demais municípios presentes, Huber colocou a obra de
Montauri na mesma situação de Guabiju, pois é a mesma empresa e o
mesmo problema: na falta de pedreira licenciada, a necessidade de
aquisição de brita comercial. Já em relação a União da Serra, não houve
melhores informações, pois a obra é de responsabilidade da
Superintendência do DAER de Bento Gonçalves, mas o problema conhecido
é que a empreiteira Brasil, vencedora da licitação, está declinando de todos
os contratos, como já havia sido noticiado em Planalto para as obras daquela
região.
Ao final, foi montada uma Comissão de Acompanhamento dos
Trabalhos, composta pelos Prefeitos, Vereadores e Empresários presentes a
reunião, com o encaminhamento de designação de nova audiência com o
DAER, em Porto Alegre.
Quinta Reunião – Câmara Municipal de Garruchos
01 de novembro de 2013
Obras de Acesso aos Municípios das Missões
Em 01 de novembro de 2013, Garruchos sediou a quinta Reunião da
Subcomissão dos Municípios sem Asfalto. É o município com o mais longo
trecho para pavimentação, cerca de 60Km entre a BR 285 e a sede do
Município, na divisa com a Argentina, tanto que a obra é divida em dois lotes.
Garruchos é o símbolo do atraso provocado pela falta de acesso
asfáltico: com um potencial de crescimento favorável, em vista da existência25
da conversora de energia entre o Brasil e a Argentina e a iminência da
construção da Usina de Garabi-Panambi, também binacional, poderia ser um
oásis de investimentos federais na região. No entanto, é uma cidade
deprimida, sem comércio ativo, sem calçamento, com uma população
desacreditada e desgostosa, pois, conforme afirmado pelo Prefeito Municipal
Carlos Cardinal, uma gestante não consegue sair de Garruchos até o
Hospital de Santo Antonio das Missões sem entrar em trabalho de parto.
Estiveram presentes a reunião o representante do DAER Ricardo Klein
Novroth, da Superintendência de Santa Rosa; os Prefeitos de Garruchos
Carlos Cardinal e de São Luiz Gonzaga Junaro Rambo Figueiredo; o Vice-
Prefeito de Garruchos João Vicente da Rosa; o Assessor do Prefeito de
Santo Antonio das Missões Marcelo Chagas; os Presidentes das Câmaras de
Vereadores de Garruchos Marcos Schwaab (requerente da Reunião), de
Santo Antonio das Missões Rômulo Barros e de Pirapó Jair Soares; os
Vereadores de Garruchos Carlos Gilberto Machado, Francisco Solano
Marques, João Carlos Sarmento, Pedro Anschau Rauber e Elizete Obregon
Santiago, e de Santo Antonio das Missões Antonio Rui Pereira; os Secretário
Municipais de Garruchos Sérgio Batista (Saúde) e José Dorval Diniz dos
Santos (Administração).
Em vista do fato que a Superintendência do DAER responsável pela
obra de Garruchos ser a de Santiago, o Engenheiro Ricardo Novroth deu
informações precisas apenas sobre a obra de Pirapó, que pende de
regularização da licença ambiental da obra e da pedreira, havendo previsão
de reinício da obra apenas para meados de 2014. O Deputado Gilmar
Sossella, então, entrou em contato telefônico com o Engenheiro Alexandre
Toniollo, do DAER de Porto Alegre, que reafirmou que a obra está pronta
para reinício, sem qualquer pendência. Apenas – incrivelmente – está
faltando a localização da empresa TORC, responsável pela obra, para26
repactuação e ordem de início.
Tal fato deu certa esperança para os garruchenses, mas nota-se um
descrédito muito grande com as notícias advindas dos órgãos responsáveis
pela obra. Foi formada uma Comissão, composta pelos Prefeitos,
representantes e Presidentes de Câmara para posterior reunião na
Secretaria da Infraestrutura e Logística para acompanhamento das
negociações com a empresa e ordem de início do Lote 1 da obra de
pavimentação de Garruchos, e acompanhamento do trâmite das licenças de
Pirapó.
Sexta Reunião – Casa de Cultura de Santo Expedito do Sul
08 de novembro de 2013
Obras de Acesso aos Municípios da Região Nordeste
Na bela e espaçosa Casa de Cultura do Município de Santo Expedito
do Sul deu-se a última Reunião da Subcomissão dos Municípios sem Asfalto,
para debater as obras de acesso aos municípios da Região Nordeste do
Estado.
Estiveram presentes a solenidade, presidida pelo Deputado Gilmar
Sossella, o Engenheiro do DAER de Erechim Luis Fernando Souza e seu
Assessor Ubiraci Antonio Amaral; os Prefeitos de Santo Expedito do Sul Jair
Mendes da Silva, de Tupanci do Sul Genor Marcon, de São José do Ouro
Benhur Francisco Vanz, de Tapejara Seger Menegaz e de Cacique Doble
Clairton Pasinato; os Presidentes das Câmaras Municipais de Vereadores de
Santo Expedito do Sul Etibere da Rosa, de Tupanci do Sul Valderi Fragoso, e
de Tapejara Ramir José Sebben; os Vereadores de Santo Expedito do Sul
Altair Roveda e Eliane Pelisser Simionatto, de Cacique Doble Aldonir27
Mendes, Amarildo Bortolotto, Claudio Fortuna e Odailson Pasinato, de
Tupanci do Sul Cedenir Micke e Cintia Ester Piva, e de Santa Cecília do Sul
Vagner Luis Cerezoli; os Secretários Municipais de Santo Expedito do Sul
Osmar Biazus (Urbanismo), de Cacique Doble Daltro Beltrame
(Planejamento) e de Tupanci do Sul Antonio Romualdo Tumelero (Saúde).
Aberto os trabalhos pelo Deputado Gilmar Sossella, e após as
manifestações da mesa, o Engenheiro Luis Fernando Souza, do DAER,
afirmou que as obras de acesso a Santo Expedito do Sul e Tupanci do Sul
estaria pendentes, apenas, dos licenciamentos ambientais. A obra de Santa
Cecília do Sul está em andamento, pois fora dada ordem de início das obras
ainda no mês de outubro.
Assim, criou-se um Grupo de Trabalho com a participação dos
Prefeitos e Presidentes das Câmaras Municipais para acompanhamento do
processo de licenciamento ambiental. Esse GT reuniu-se no dia 03 de
dezembro de 2013 no DAER, para verificar a situação do contrato e marcar
uma audiência com o órgão ambiental – Fepam – para levar o sentimento de
prioridade para o licenciamento.
28
CONCLUSÕES
Da Audiência Pública realizada pela Subcomissão, cominada com o
extraído das Reuniões no interior do Estado, podemos concluir que:
a) O atual problema não é dinheiro – somente dos recursos gestionados
pelas Comissões Especiais da Ligação Asfáltica e dos Municípios sem
Asfalto, há certamente mais de R$ 600 milhões para essas obras. O que há
são problemas administrativos, gerenciais e burocráticos, que emperram o
andamento dos contratos e das obras;
b) O Governo Tarso Genro está esforçando-se para cumprir o Plano de
Obras Rodoviárias, sendo, no entanto, vencido em algumas questões pela
burocracia existente em seus órgãos executivos – como o DAER e a Fepam
– em virtude dos problemas conceituais e temporais dos contratos de
acessos municipais;
c) Esse esforço vem demonstrado nas ordens de início das obras que o
DAER desde a Audiência Pública de 04 de julho emitiu para as obras de
Santa Cecília do Sul, Muliterno, Senador Salgado Filho e para obras da
Região do Alto Uruguai, bem como a disposição da Secretaria Estadual da
Infraestrutura e Logística em atender as Comissões, Comitivas e Grupos de
Trabalho, como ficou estampado em duas oportunidades em que Comitiva de
Prefeitos e Lideranças do Alto Uruguai esteve resolvendo problemas das
suas obras de acesso;
d) As empresas que venceram as licitações há quinze anos, e tiveram mais
29
ou menos esse período de paralisação das obras, tem problemas para
reassumir os contratos ou não possuem interesse em fazê-lo, o que
prejudica a Estado e comunidade;
e) O DAER, conforme reconhecido pela sua própria diretoria, não possui
condições materiais e humanas para dar a celeridade necessária nas
diversas repactuações, aditivos e renegociações dos contratos, o que causa
descrédito e irritação nas comunidades a serem beneficiadas pelas obras;
f) Há um recente esforço advindo da nova gestão da Secretaria da
Infraestrutura e Logística em resolver as pendências contratuais juntamente
com as comunidades, fomentando a criação de grupos de trabalho e/ou
comissões pró-asfalto.
Em resumo, são essas as conclusões que chegamos após os trabalhos
da Subcomissão.
30
ENCAMINHAMENTOS
De todo o exposto, apresentamos os seguintes encaminhamentos ao
presente relatório:
a) Organização de uma Força-Tarefa, entre DAER, Fepam, Secretaria da
Infraestrutura, do Planejamento e PGE, para, conjuntamente com as
Comissões e Grupos de Trabalho constituídos nas localidades, centralizar
informações, negociações e licenciamentos, economizando tempo nos
trâmites para desemperrar os contratos;
b) Sistematização dos Grupos de Trabalho e Comissões Pró-Asfalto criadas
no âmbito da Subcomissão e também os pré-existentes, para organização do
acesso aos órgãos de Estado;
c) Negociações diretas entre DAER, PGE e empreiteiras para retomada ou
rescisão, amigável ou litigiosa, dos contratos que não tenham interesse ou
condições de prosseguimento, pois as comunidades não podem ficar reféns
dos contratos;
d) Prioridade para as obras da ERS 126 e para a retomada do acesso a
Garruchos, em vista das peculiaridades que diferenciam essas obras das
demais.
Esses são os encaminhamentos possíveis num ambiente restrito como
o presente. Agradeço a todos os Deputados membros da Subcomissão e os
31
que participaram mesmo não fazendo parte do colegiado, baseados na
relevância da matéria. Que possamos, a partir desse trabalho, afinar os
esforços de todos os atores interessados para pavimentar o caminho
definitivo ao pleno desenvolvimento do nosso Estado.
Comissão de Segurança e Serviços Públicos, dezembro de 2013.
GILMAR SOSSELLA
Deputado Estadual - PDT
32