Relatório Final III CNIJMA

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III Conferência Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente

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Relatório Final III CNIJMA

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  • III Conferncia Nacional Infanto-Juvenilpelo Meio Ambiente

  • 2 Sumrio

    1. APRESENTAO

    2. INTRODUO E CONTEXTO

    3. OBJETIVOS

    4. TEMAS

    5. PRINCPIOS CONCEITUAIS

    6. ESTRATGIAS METODOLGICAS

    6.1. GESTO

    Gesto Centralizada: Nacional

    Gesto Descentralizada: Estados e Distrito Federal

    6.2. ETAPAS

    Conferncia de Meio Ambiente na Escola de agosto a novembro de 2008

    Conferncias Regionais/ Estaduais (opcionais) de novembro/2008 a maro de 2009

    Formao de Jovens Facilitadores de 30 de maro a 02 de abril de 2009

    Conferncia Nacional de 03 a 08 de abril de 2009

    7. EVENTOS PARALELOS

    Encontro dos Acompanhantes

    Encontro dos Observadores Internacionais

    8. ESTRATGIAS DE COMUNICAO

    9. PRODUTOS

    10. AVALIAO

    11. CONSIDERAES FINAIS

    12. ANEXO

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  • 3APRESENTAO

    Este documento contm o relatrio do evento final da III Conferncia Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente, realizada pelo Ministrio da Educao em parceria com o Ministrio do Meio Ambiente, que ocorreu em Luzinia/GO, de 03 a 08 de abril de 2009. Descreve tambm os processos e resultados do perodo de mobilizao das escolas e Estados durante o ano de 2008 e incio de 2009, com sua programao, metodologia e resultados.

    2. INTRODUO E CONTEXTO

    A Conferncia Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente (CNIJMA) foi inspirada nas Conferncias Nacionais, que se constituram numa proposta de participao e controle social implementada pelo Governo Federal, como instrumento de formulao de polticas pblicas. A verso infanto-juvenil surgiu em 2003, juntamente com a primeira Conferncia Nacional de Meio Ambiente, como um desejo da ento ministra Marina Silva, hoje senadora da Repblica, em responder a uma pergunta de sua filha se era possvel realizar uma conferncia para crianas.

    A idia tomou corpo como uma grande ao de educao ambiental capaz de contribuir para a formao de jovens ambientalistas aptos a intervirem nas polticas pblicas de Meio Ambiente e Educao, dando respostas ao cenrio de grave crise ambiental global.

    Nestes seis anos, a fora da mobilizao e a paixo com que as escolas abraam a proposta surpreendem desde a primeira verso, em 2003. Mais de 12 milhes de crianas, adolescentes e jovens se envolveram no processo.

    A Conferncia Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente, realizada por adeso espontnea das escolas do segundo segmento do Ensino Fundamental, representa um marco na gesto das polticas pblicas de educao ambiental no Brasil. Seu sucesso se reflete nos nmeros: a primeira edio, em 2003, envolveu 15.452 escolas e mobilizou 5.658.877 pessoas em 3.461 municpios em todo o pas; a II Conferncia, em 2005/2006, atingiu 11.475 escolas e comunidades de aes afirmativas e 3.801.055 pessoas em 2.865 municpios. A III CNIJMA, em 2008/2009, aconteceu em 11.631 escolas, envolvendo mais de 3,7 milhes de participantes em 2.828 municpios, debatendo o tema das Mudanas Ambientais Globais.

    E os processos de Conferncia Infanto-Juvenis tm desdobramentos: a construo de Coletivos Jovens de Meio Ambiente (CJs), totalizando aproximadamente 150 grupos em todo o Brasil, a organizao da Rede de Juventude pelo Meio Ambiente e Sustentabilidade (REJUMA), que j articula mais de 600 pessoas, e as milhares de Com-Vidas Comisses de Meio Ambiente e Qualidade de Vida nas escolas.

  • 4Longe de ser apenas um evento, a Conferncia tem continuidade, pois parte de uma viso sistmica das aes de Educao Ambiental implementadas pela Coordenao Geral de Educao Ambiental (CGEA/ MEC) e includas no Programa Vamos Cuidar do Brasil com as Escolas, que engloba a formao continuada de professores e a criao de Com-Vidas - espaos estruturantes que promovem o intercmbio entre a escola e a comunidade e aprofundam a Educao Ambiental nos sistemas de ensino.

    Em 2008/2009, a III Conferncia Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente aconteceu em meio ao enfrentamento de dois grandes desafios: um planetrio - pesquisar, estudar e debater nas escolas as alternativas civilizatrias e societrias para as mudanas ambientais globais; o outro, educacional, que acontece no bojo do Plano de Desenvolvimento da Educao (PDE), devendo envolver a todos, pais, alunos, professores e gestores, nesta iniciativa que busca a qualidade do processo de ensino-aprendizagem e a permanncia do aluno na escola, com base nos resultados do ndice da Educao Bsica (Ideb), alm de incentivar a incluso das questes socioambientais e da sustentabilidade no Plano Poltico-Pedaggico das escolas.

    Em 2008, a III Conferncia chegou s salas de aula de 59 mil instituies do segundo segmento do Ensino Fundamental e seis mil instituies do primeiro segmento do Ensino Fundamental localizadas em comunidades indgenas, quilombolas e de assentamentos rurais, que receberam o material didtico-pedaggico para o fomento s discusses e debates de questes urgentes que envolvem o pensar e agir global e localmente, assumindo responsabilidades e aes, comprometendo-se com a melhoria da educao, da qualidade de vida e do meio ambiente.

    3. OBJETIVOS

    Objetivo Geral:

    Fortalecer a educao ambiental nos sistemas de ensino, como prope a Poltica Nacional de Educao Ambiental (PNEA), propiciando atitude responsvel e comprometida da comunidade escolar com as questes socioambientais locais e globais, com nfase nos processos de melhoria das relaes de ensino-aprendizagem e em uma viso de educao integral.

    Objetivos especficos:

    Incluir no Plano Poltico Pedaggico das escolas o conhecimento e o empenho na resoluo dos problemas socioambientais;

    Melhorar o desempenho das escolas participantes com base nos resultados do IDEB;

    Fortalecer o papel da escola na construo de polticas pblicas de educao e de meio ambiente;

  • 5 Contribuir para que as escolas se tornem comunidades interpretativas de aprendizagem;

    Fortalecer e criar Com-Vida - Comisso de Meio Ambiente e Qualidade de Vida nas escolas, bem como uma rede de Com-Vidas, incorporando o agir cotidiano em prol da vida de maneira dialgica e construtivista;

    Apoiar a integrao em rede dos diversos atores socioambientais, tendo como foco a comunidade escolar;

    Fortalecer a Rede da Juventude pelo Meio Ambiente e os Coletivos Jovens de Meio Ambiente nos estados;

    Contribuir para as Metas do Milnio e a Dcada da Educao para o Desenvolvimento Sustentvel, ambas iniciativas das Naes Unidas.

    Reafirmar valores e aes propostos por documentos da sociedade civil, como o Tratado de Educao Ambiental para Sociedades Sustentveis e Responsabilidade Global, a Carta da Terra, a Carta das Responsabilidades Humanas e a Agenda 21

    4. TEMAS

    Em consonncia com a Conferncia Nacional de Meio Ambiente, pensou-se em tratar na III CNIJMA o tema Mudanas Climticas. Com o intuito de construir o material didtico, um grupo de especialistas contribuiu para a estruturao do material, bem como para a abordagem da temtica Mudanas Ambientais Globais, sugerida por Carlos Nobre, cientista do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais INPE, na qual as mudanas no devem ser consideradas como somente climticas, mas ambientais, sistmicas e complexas.

    Esta temtica, desafiadora para a sociedade e as escolas, foi debatida em uma perspectiva sistmica e integrada, produzindo contedos de forma intra e transdisciplinar, integrando abordagens das cincias, histria, geografia e linguagens. O livro-texto, distribudo s escolas do ensino fundamental, descreve de maneira didtica e provocativa os problemas relacionados aos quatro elementos da natureza terra, gua fogo e ar.

    Os subtemas - a atmosfera e as mudanas climticas; a biodiversidade e a questo da homogeneizao, das queimadas e desmatamento; a gua e o problema da escassez, da poluio e da desertificao; energia e mobilidade, com a questo do modelo energtico atual e dos transportes - foram trabalhados em duas dimenses. A primeira, na perspectiva das cincias e dos saberes tradicionais, traz as bases de sustentao da vida das sociedades humanas no planeta; e a outra mostra como se deu a interveno tecnolgica, intensificada aps a II Guerra Mundial, e executada de forma desvinculada de uma tica voltada para a sustentabilidade, causando impactos profundos sobre as condies de qualidade de vida.

  • 65. PRINCPIOS CONCEITUAIS

    Jovem escolhe Jovem demarca-se que so os prprios jovens os mais indicados para tomarem decises relativas a processos de escolha, sem a interferncia de indivduos e/ou organizaes do chamado mundo adulto. Fala-se, dessa forma, em protagonismo juvenil, identificado por uma srie de concepes variadas por trs deste termo, e entende-se que o princpio do Jovem escolhe Jovem um bom exemplo de exerccio cotidiano deste esprito protagnico, que coloca o jovem no centro da tomada de deciso, a qual feita pelos prprios jovens e no por terceiros.

    Jovem educa Jovem O papel dos jovens como sujeitos sociais que vivem, atuam e intervm no presente, e no no futuro, tambm reconhecido nesse princpio. Assume-se que o processo educacional pode e deve ser construdo a partir das experincias dos prprios adolescentes, respeitando e confiando em sua capacidade de assumir responsabilidades e compromissos em aes transformadoras.

    Uma gerao aprende com a outra Na Conferncia incentivada a parceria entre as diversas geraes envolvidas. Mesmo privilegiando os adolescentes como protagonistas, o dilogo entre geraes fundamental. Na Educao Ambiental este princpio se torna especialmente importante, pois trata de conceitos inovadores que os filhos levam para seus pais e mestres. Nesse sentido, os adultos podem aprender com as crianas e vice-versa, tanto no uso de novas tecnologias de informao e comunicao quanto nos conceitos de EA. Enquanto os adolescentes e jovens se apropriam facilmente de tendncias transformadoras, depende dos adultos darem condies para que as necessrias mudanas ocorram a partir do aprofundamento dos conhecimentos e da abertura para a participao efetiva.

    Responsabilidade O reconhecimento das responsabilidades individuais e coletivas o eixo desencadeador do processo, considerando que as responsabilidades so diferenciadas. Cada cidado e cidad, cada coletivo, responsvel pelo planeta dentro de seus limites e na proporo de seu acesso informao e ao poder.

    Formao de comunidades interpretativas de aprendizagem (Com-vidas) Estas contribuem para transformaes na qualidade de vida a partir de aes e intervenes nas realidades locais, por meio de processos cooperativos em que os objetivos so comuns, as aes so compartilhadas e os resultados benficos para todos.

  • 76. ESTRATGIAS METODOLGICAS

    6.1. Gesto

    Gesto Centralizada: Nacional

    A formulao das diretrizes, a articulao e o acompanhamento de todas as etapas da Conferncia em escala nacional fi cou a cargo de uma instncia central - a Coordenao Executiva Nacional - composta pela equipe de coordenao e enraizamento da CGEA/Secad/MEC, responsvel pela coordenao poltico-tcnico-administrativa dos processos desenvolvidos. A coordenao contou com o apoio do Ministrio do Meio Ambiente, do Grupo de Trabalho MEC (envolvendo diversas secretarias e suas respectivas coordenaes), e teve a colaborao da Comisso Orientadora Nacional (CON), composta por rgos governamentais e organizaes sociais de abrangncia nacional, com atuao direta em educao, incluso, diversidade e meio ambiente (ver relao na fi cha tcnica ao fi m do documento).

    A Coordenao Executiva Nacional foi responsvel pelas aes seguintes:

    criao, produo e distribuio do documento orientador Passo a passo para a Conferncia de Meio Ambiente a todas as escolas do segundo segmento do ensino fundamental e s escolas de primeiro segmento de comunidades indgenas, quilombolas e de assentamentos rurais das redes pblica e privada;

    divulgao da Conferncia por meio da produo e veiculao do VT publicitrio (30 segundos) na TV aberta e rdios de todo o pas;

    Formao de enraizadores para articulao e orientao das Comisses Organizadoras Estaduais, por meio de visitas presenciais, videoconferncias, comunicados;

    captao de recursos;

    planejamento, organizao e superviso do evento nacional.

    Gesto Descentralizada: Estados e Distrito Federal

    A organizao do processo foi descentralizada por meio de 27 Comisses Organizadoras Estaduais (COEs), coletivos de rgos pblicos e organizaes sociais compostos pelas Secretarias Estaduais de Educao, pelos Coletivos Jovens de Meio Ambiente, Undime, ONGs e por mltiplos segmentos da sociedade. Ao compartilhar os mesmos objetivos, as diferentes instituies pblicas e os setores da sociedade civil trabalharam conjuntamente para possibilitar a capilaridade e a adaptao realidade regional da proposta de mobilizao nacional.

  • 8As COEs realizaram a mobilizao de escolas e comunidades, organizaram oficinas preparatrias de formao para estudantes, professores, jovens, gestores e demais atores da sociedade civil envolvidos no processo (oficinas de conferncia), apoiaram o cadastramento e seleo das escolas, realizaram conferncias regionais/estaduais e os encontros preparatrios para o evento final.

    A articulao de instituies e setores envolvidos - governo, sociedade civil, juventude, educao, meio ambiente, diversidade tnico-racial gerou conflitos e contradies que so superados com prticas que consolidam uma teia de relaes que contribuem para o enraizamento de polticas pblicas de EA no Brasil.

    Foi de fundamental importncia a atuao dos Coletivos Jovens de Meio Ambiente (CJs), grupos de jovens (de 15 a 29 anos) e organizaes juvenis que se mobilizam em torno da temtica socioambiental. Em parceria com o MEC, os CJs atuam em seus estados na mobilizao das escolas, na facilitao dos eventos estadual e nacional e na implementao das Comisses de Meio Ambiente e Qualidade de Vida (Com-Vidas) nas escolas.

    Um grande diferencial da III CNIJMA em relao s edies anteriores foi o repasse de recursos do MEC, via FNDE (resoluo n 54/2007) para os estados realizarem todo o processo de conferncia.

    A resoluo previa as seguintes aes:

    I. A pesquisa escolar, a realizao de Conferncia de Meio Ambiente na Escola, e a de Com-Vida - Comisso de Meio Ambiente e Qualidade de Vida e a construo da Agenda 21 na Escola;

    II. A realizao de Oficinas de Conferncia e Pr-Conferncias Regionais;

    III. A realizao de Conferncia Estadual/Distrital de Meio Ambiente e o encontro preparatrio da delegao estadual ou distrital para a Conferncia Nacional.

    No total, foram fechados 25 convnios entre os estados e o FNDE/MEC; apenas os estados de Minas Gerais e So Paulo no apresentaram projetos. Dessa forma, foram repassados quase seis milhes de reais, divididos da seguinte forma:

    UF Valor conveniado AC R$ 75.214,27AL R$ 108.964,00AM R$ 178.416,00AP R$ 93.128,00BA R$ 356.465,44CE R$ 535.104,00DF R$ 121.792,00ES R$ 167.897,00GO R$ 189.008,89MA R$ 331.360,50MS R$ 156.191,51MT R$ 108.028,40PA R$ 434.826,76PB R$ 144.114,20PE R$ 148.694,00PI R$ 150.460,50PR R$ 679.059,05RJ R$ 139.819,00RN R$ 322.747,00RO R$ 238.881,16RR R$ 244.927,00RS R$ 366.599,40SC R$ 198.015,20SE R$ 285.809,09TO R$ 155.400,00

    TOTAL R$ 5.930.922,37

  • 96.2. Etapas

    Quadro sinttico das EtapasAtividade Perodo de realizao

    Lanamento da III CNIJMA 05 de Junho de 2007Ofi cinas de Conferncia Fevereiro a Agosto de 2008Conferncias nas Escolas At 15 de novembro de 2008Conferncias Estaduais (optativas) At 08 de maro de 2009Ofi cina de Preparao de Facilitadores 30 de maro a 02 de abril de 2009Conferncia Nacional Infanto-Juvenil 03 a 08 de abril de 2009

    Conferncia de Meio Ambiente na Escola de agosto a novembro de 2008

    Trata-se da mobilizao de escolas do segundo segmento do ensino fundamental (5 a 8 sries) e escolas de 1 a 4 sries de comunidades de aes afi rmativas. A partir do material pedaggico e documento-base Passo a Passo para a Conferncia de Meio Ambiente na Escola- cada escola e comunidade elege uma delegada ou um delegado e seu suplente (entre 11 e 14 anos), assume uma responsabilidade, defi ne uma ao com base nas temticas abordadas no texto, e cria um cartaz que traduza o compromisso coletivo. Os resultados de cada conferncia so cadastrados no site do MEC, via internet, pela escola e a carta-resposta com o cartaz enviada pelo Correio para a Comisso Organizadora Estadual, confi rmando a realizao da Conferncia.

    As aes afi rmativas asseguram o direito de participao de adolescentes e jovens de escolas em comunidades onde no existem os anos fi nais do ensino fundamental comunidades indgenas, quilombolas e de assentamentos rurais. Nesses casos, os/as delegados/as e suplentes devem ter entre 11 e 14 anos de idade, sem restrio de srie.

    Na III CNIJMA, o material didtico trazia um novo desafi o s escolas, com a proposta de realizarem projetos de pesquisa sobre os subtemas da Conferncia. Assim, a formao de professores com contedos aprofundados e com projetos oportunizou aos alunos e alunas se apropriarem dos contedos de maneira mais ativa e autnoma.

    Alm disso, o material trouxe tambm o conceito de educomunicao, oferecendo, assim, a possibilidade dos jovens ampliarem a criatividade e os meios de expresso como ferramentas poderosas de interveno direta na sua realidade cotidiana.

    Conferncia na Escola - Centro Municipal de Educao Encantado (Encantado - RS)

  • 10

    Na etapa de mobilizao da III Conferncia Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente, foram realizadas 11.631 conferncias nas escolas, sendo 98 delas em escolas de 1 a 4 sries de comunidades indgenas, quilombolas e de assentamento rural. No total, essas conferncias envolveram diretamente mais de 3,7 milhes de pessoas em 2.828 municpios. Os grficos e tabelas abaixo apresentam o retrato da etapa nas escolas:

    UFEscolas Municpios

    AC 104 15,8 17 77,3AL 253 29,7 62 60,8AM 160 7,2 18 29,0AP 52 14,9 9 56,3BA 465 9,4 158 37,9CE 2.241 49,4 181 98,4DF 62 18,0 1 100ES 351 33,3 65 83,3GO 263 13,0 95 38,6MA 779 14,3 138 63,6MG 513 9,5 247 29,0MT 147 8,6 47 33,3MS 168 18,8 43 55,1PA 335 9,0 62 43,4PR 734 29,5 255 63,9PB 195 14,1 87 39,0PE 265 10,0 85 45,9PI 611 30,0 138 61,9RJ 335 9,8 75 81,5RN 442 34,0 128 76,6RO 340 44,6 48 92,3RR 98 21,4 15 100RS 967 18,8 242 48,8SC 284 13,4 110 37,5SP 850 10,5 321 49,8SE 191 25,6 52 69,3TO 426 46,7 129 92,8

    Brasil 11.631 - 2.828 -

    Realizaram conferncia

    % em relao s escolas que receberam material

    Realizaram conf nas escolas

    % em relao ao nmero total de municpios da UF

    AC AL AM AP BA CE DF ES GO MA MG MT MS PA PR PB PE PI RJ RN RO RR RS SC SP SE TO

    15,8

    29,7

    7,2

    14,99,4

    49,4

    18,0

    33,3

    13,014,39,5 8,6

    18,8

    9,0

    29,5

    14,110,0

    30,0

    9,8

    34,0

    44,6

    21,418,813,410,5

    25,6

    46,7

    % de escolas que realizaram conferncias em relao ao n de escolas que receberal o material

  • 11

    Temas debatidos Dentre os quatro temas trabalhados pela conferncia, nota-se uma predominncia na discusso dos temas gua e Terra.

    Perfil das Escolas

    Do nmero total de escolas participantes 11.631:

    49,35% realizaram a I Conferncia;

    54,20% participaram da II Conferncia;

    66,24% participaram de oficina de Conferncia

    36,99% possuem Com-Vida.

    AC AL AM AP BA CE DF ES GO MA MG MT MS PA PR PB PE PI RJ RN RO RR RS SC SP SE TO

    77,3

    60,8

    29,0

    56,3

    37,9

    98,4100,0

    83,3

    38,6

    63,6

    29,033,3

    55,143,4

    63,9

    39,045,9

    61,9

    81,576,6

    92,3100,0

    48,837,5

    49,8

    69,3

    92,8

    % de municpios com escolas que realizaram conferncias em relao ao total de municpios da UF

    34

    1045

    11

    % dos temas debatidos nas escolas

    TERRA

    FOGO

    GUA

    AR

  • 12

    Em relao ao tipo de administrao:

    48,39% so Estaduais;

    48,33% so Municipais;

    3,28% so Privadas; e

    0,01% so Federais;

    Em relao s escolas de aes afirmativas:

    Perfil dos Participantes

    Perfil dos ParticipantesEstudantes de 1 a 4 srie 15,06%Estudantes de 5 a 8 srie 53,94%Estudantes Ensino Mdio 10,28%Professores 4,40%Comunidade 3,28%

    Em relao aos delegados eleitos:

    64,87% so meninas;

    35,15% so meninos;

    Do total, 0,89% so portadores de necessidades educacionais especiais.

    Quanto a autodeclarao em relao cor ou etnia (%):

    Observaes:Negra o percentual de pardos e pretos somados

    Escolas de 1 a 4 srie NmeroIndgenas 22

    Assentamentos 48Quilombola 28

    TOTAL 98

    Indgena Amarela Branca Negra

    1,21 1,69

    47,24 49,86

  • 13

    Conferncias Regionais/ Estaduais (opcionais) de novembro/2008 a maro de 2009

    As Comisses Organizadoras Estaduais (COEs) de 21 estados optaram por promover encontros regionais e/ou Conferncia Estadual Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente. Esta etapa rene os delegados eleitos nas escolas do Estado em um processo presencial para propiciar um espao de debate e de aprendizagem, consolidando e aprofundando os temas debatidos. Os Estados elaboraram uma Carta de Responsabilidades Estadual, encaminhada s autoridades locais e enviada Conferncia Nacional (ver anexo 1).

    As conferncias estaduais tm regulamentos prprios, defi nidos por cada COE, e defi nem a delegao estadual para a etapa Nacional.

    Conferncia Estadual de Roraima

    Conferncia Municipal de Santarm

  • 14

    O processo estadual pode ser dividido em duas etapas: ofi cinas de conferncia e encontros e/ou conferncias regionais/estaduais.

    A) Ofi cinas de Conferncia

    A ofi cina de conferncia um instrumento estratgico na preparao e formao de gestores e professores para realizarem as Conferncias nas Escolas. o momento de se conhecerem as temticas da Conferncia e de simular a realizao de uma Conferncia na Escola. aprender fazendo, experimentando e avaliando os resultados obtidos.

    Entre fevereiro e agosto de 2008, as COEs organizaram 185 ofi cinas em 16 estados, com a participao de mais de 12 mil pessoas.

    Ofi cinas de Aes Afi rmativas: o MEC, em parceria com as Secretarias Estaduais de Educao da Bahia e de Gois, promoveu duas ofi cinas voltadas para aes afi rmativas:

    Ofi cina para escolas quilombolas realizada em Lauro de Freitas / BA, de 29 a 31 de agosto de 2008, reuniu 163 professores de 27 municpios pertencentes a 12 territrios de identidade, representando 60 comunidades quilombolas. Participaram tambm representantes dos Fruns Estaduais de Educao e Diversidade tnico-Racial dos Estados do Acre, Alagoas, Bahia, Gois, Piau, Rio de Janeiro, Rondnia e Tocantins.

    Ofi cina para escolas de assentamentos rurais realizada na Cidade de Gois / GO, de 28 a 30 de setembro de 2008, em que participaram 80 professores e professoras que atuam em escolas de assentamentos rurais na regio.

    B) Encontros e/ou conferncias regionais/estaduais

    Aconteceram, no total, 21 conferncias estaduais, envolvendo mais de 5.600 participantes. Apenas os Estados de Minas Gerais, Mato Grosso, Paraba, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Sergipe no realizaram essa etapa. Entretanto, o Estado do Rio Grande do Sul promoveu uma mostra estadual dos trabalhos produzidos nas escolas.

    Formao de Jovens Facilitadores de 30 de maro a 02 de abril de 2009

    A equipe de facilitao, responsvel pela conduo do evento, foi composta por 80 integrantes dos Coletivos Jovens de Meio Ambiente. Seguindo o princpio jovem educa jovem, foram defi nidos os papis e vivenciadas todas as atividades previstas para a Conferncia, o que possibilitou a apropriao da metodologia e sua readequao a partir da avaliao e sugestes da equipe de facilitao.

  • 15

    A semana de facilitao seguiu a programao abaixo:

    Os jovens foram preparados para a conduo de grupos de trabalho e ofi cinas com os adolescentes. A metodologia e o contedo das ofi cinas foram planejados e conduzidos por especialistas ofi cineiros nas reas especfi cas de cada uma das atividades. Alm de instrumentalizar os jovens, foi trabalhada a relao entre o ofi cineiro e o facilitador, de forma a proporcionar autonomia ao facilitador.

    Os jovens foram instrudos a, tambm, manter relao direta com os acompanhantes, por meio de dilogos, feedback, fl uxo de informaes, ateno aos casos especiais e comportamentos-problema.

    Perodo 30/03 - SEGUNDA 31/03 - TERA 01/04 -QUARTA 02/04 QUINTA

    Manh

    - Boas Vindas / Abertura

    - Momento Inicial: apresenta-es; princpios que cada um traz; acordo de convivncia; programao.

    - Mediao de Grupos (labo-ratrio, feedback, problematizao, formulao de conceitos).

    - Ofi cinas. - Programao Geral da CNIJMA + Logstica da CNIJMA;

    - Habilidades Sociais: arrumando a baguna;

    - Relacionamento facilitador /ofi cineiro / acompanhantes / OI.

    - Momento Com-Vida (conduzido pelos ofi cineiros da REJUMA).

    Tarde

    Momento Conceitual: (4 temas da Conf.; perguntas & respostas dos facilitadores / complementos de especial-istas).

    - Ofi cinas. - Ofi cinas. Socializao das Ofi cinas / Possvel.

    Intervalo Lanche Intervalo Lanche

    Priorizao de responsabi-lidades (at 8 subgrupos de CJs facilitados pela equipe de enraizadores repasse dos passos metodolgicos).

    - Acordos de Equipe (posturas, compro-missos, responsabilidades);

    - Encaminhamentos;

    - Avaliao Final.

    NoiteAvaliao Retrospectiva (dirio de bordo).

    Avaliao Retros-pectiva (dirio de bordo).

    Avaliao Retros-pectiva (dirio de bordo).

    Atendimento personalizado (Tira-Dvi-das) - Concentrao para o incio da Conferncia.

    Formao dos jovens facilitadores

  • 16

    Conferncia Nacional de 03 a 08 de abril de 2009

    A III Conferncia foi um espao de celebrao de um amplo processo de mobilizao. No evento fi nal foram respeitados e vivenciados todos os princpios orientadores do processo, como o adensamento conceitual das quatro temticas, a construo das responsabilidades, o respeito ao papel dos jovens como sujeitos que atuam e intervm no momento presente e a formao de Com-Vidas.

    O eixo central foi a possibilidade de dilogo e construo de compromissos coletivos entre adolescentes de todas as regies e realidades do pas. Foi um momento mpar de trocas de olhares e experincias, vivenciando toda a diversidade existente regional, social, cultural, tnico-racial. Nesse ambiente de juventude e diversidade est a possibilidade de surgimento das grandes idias inovadoras, capazes de transformar a realidade atual rumo sustentabilidade planetria.

    Foram produzidos materiais de educomunicao e elaborada a Carta das Responsabilidades para o Enfrentamento das Mudanas Ambientais Globais, a qual apresenta os compromissos e propostas dos adolescentes.

    O evento aconteceu no Centro de Treinamento Educacional da Confederao Nacional dos Trabalhadores da Indstria (CTE/CNTI), no municpio de Luzinia-GO, 45 km de distncia de Braslia. Participaram mais de 642 adolescentes delegados e delegadas, de 26 Estados brasileiros e do Distrito Federal, reunidos num ambiente de interveno poltica e de aprendizagem coletiva, celebrando o trabalho desenvolvido no decorrer de 2008 em todo o pas. Foi uma oportunidade de encontro das experincias realizadas nos diversos Estados e um ato pblico que afi rmou a importncia de gerar canais de participao social para adolescentes.

    Plenria da III CNIJMA

  • 17

    Dois encontros paralelos aconteceram durante a III Conferncia:

    Encontro dos Acompanhantes

    Encontro dos Observadores Internacionais.

    A. Quadro sinttico de participantes

    B. Programao

    Delegados das escolas 581Delegados das escolas de comunidades indgenas, quilombolas e de assentamento rural

    61

    Coletivos Jovens/ facilitadores 82

    Observadores Internacionais 64

    Acompanhantes 128

    Equipe tcnica 30

    Oficineiros 35

    TOTAL 981Pesquisadores, visitantes, jornalistas

    30

    03/04/09 04/04/09 05/04/09 06/04/09 07/04/09 08/04/097h - 8h30 Caf da manh

    9h - 10h30 Chegada Momento inicial

    Oficinas Oficinas Socializao das oficinas

    Sada

    10h30 - 11h Lanche11h - 12h30 Chegada Dilogo

    conceitualOficinas Oficinas Socializao das

    oficinasSada

    12h30 - 14h Almoo14h30 - 16h Chegada Grupos de

    trabalhoOficinas Momento

    Com-VidaEntrega da Carta

    autoridades em Braslia

    Sada

    16h - 16h30 Lanche16h30 - 18h Chegada Grupos de

    trabalhoOficinas Momento

    Com-VidaEntrega da Carta

    autoridades em Braslia

    Sada

    18h30 - 20h Abertura Jantar20h30 22h Abertura Atividades culturais Encerramento

    23h - 6h Silncio

  • 18

    Abertura

    Composio da mesa pelo Secretrio de Educao Continuada, Alfabetizao e Diversidade do Ministrio da Educao, Sr. Andr Lzaro; Secretria de Articulao Institucional e Cidadania Ambiental do Ministrio do Meio Ambiente, Sra. Samyra Crespo; Senadora da Repblica, Sra. Marina Silva; representante da UNESCO no Brasil, Sr. Vincent Defourny; e representante da REJUMA, Srta. Ana Carla Franco. A cerimnia foi fi nalizada com apresentao da Orquestra Filarmnica de Braslia com a pea musical Pedro e o Lobo. Toda a abertura foi conduzida por mestres de cerimnia jovens, escolhidos entre os facilitadores da conferncia.

    Solenidade de abertura

    Cerimonial de abertura

  • 19

    Dilogo Conceitual

    O objetivo do dilogo conceitual foi o de estimular o aprofundamento conceitual e a problematizao de questes socioambientais nacionais relacionadas s mudanas ambientais globais. Para esse momento, estiveram presentes a Senadora da Repblica Marina Silva e o professor Jos Eli da Veiga, que responderam a perguntas e questionamentos sobre a temtica, elaboradas pelos participantes.

    Para alcanar tal objetivo, optou-se por um dilogo e no palestras dos convidados, para que as participantes e os participantes fossem provocados a refl etir e aprofundar conhecimentos sobre os quatro temas da Conferncia (Terra, gua, Fogo e Ar), partindo de suas prprias questes, curiosidades e interesses.

    Grupos de Trabalhos Temticos

    Momento de construo das principais idias para as ofi cinas de Educomunicao e composio da Carta das Responsabilidades, orientados pelo texto-base (Anexo 2). Os trabalhos seguiram a metodologia de diviso dos participantes em quatro grupos, um para cada elemento (terra, fogo, gua e ar). Os quatro grupos se dividiram em pequenos subgrupos de, no mximo, nove participantes.

    Os trabalhos foram conduzidos pelos jovens facilitadores e os participantes, aps se apresentarem, responderam s perguntas motivadoras: O que te motiva a dialogar sobre o elemento escolhido? Qual foi a responsabilidade escolhida na conferncia de sua comunidade escolar? Como a responsabilidade assumida pela escola pode enfrentar a principal questo socioambiental de sua comunidade? Em sua comunidade, quais mudanas sero geradas se a responsabilidade for assumida?

    Convidados ao dilogo

  • 20

    Conhecidas as diferentes realidades, participantes foram estimulados a perceber conexes com suas realidades a partir da seguinte pergunta: Qual realidade aqui apresentada mais se parece com a sua? Assim, os participantes relacionaram as responsabilidades escritas com as do texto-base.

    Em seguida, o grupo foi estimulado a dilogo livre com problematizaes de contedo feitas pelo mediador, partindo da seguinte pergunta: Como estas responsabilidades contribuem para cuidarmos do Brasil? Aps o dilogo, participantes valoraram uma a uma as responsabilidades a partir da seguinte questo: Qual o grau de contribuio desta responsabilidade para cuidarmos do Brasil?

    As propostas foram valoradas e o resultado do trabalho foi a priorizao das responsabilidades, que serviram de subsdio para a redao da Carta das Responsabilidades e para as ofi cinas de educomunicao e TeatrAo ambiental, que as transformaram em outras linguagens.

    Ofi cinas

    As idias debatidas nos Grupos de Trabalho foram expressas de forma criativa em Ofi cinas de Educomunicao - seguindo os princpios expressos no material enviado s escolas para a Conferncia de Meio Ambiente nas Escolas alm de ofi cinas da Carta, de TeatrAo Ambiental e Trilha da Vida.

    Para facilitar a reedio de algumas dessas ofi cinas em suas localidades, cada participante recebeu um documento chamado Possvel (Anexo 3), que apresenta dicas de continuidade.

    Grupo de trabalho

  • 21

    Carta das Responsabilidades

    Nesta ofi cina foi escrita a Carta das Responsabilidades para o Enfrentamento das Mudanas Ambientais Globais (Anexo 4), documento entregue para autoridades do Governo Federal e representantes do Congresso Nacional em Braslia. A carta ser distribuda para todas as escolas que realizaram conferncias no pas, comunicando para a sociedade brasileira os compromissos dos jovens com o Meio Ambiente.

    Comunidade Virtual

    Esta ofi cina impulsionou a comunidade virtual da III CNIJMA, possibilitando a interao futura dos participantes, bem como o intercmbio de informaes com pessoas que no participaram do evento nacional.

  • 22

    Fanzine

    Os participantes aprenderam a utilizao do fanzine e seu tipo de linguagem, usando a escrita de forma signifi cativa. Depois de produzidos e editados, os fanzines foram enviados para seus familiares e escolas.

    Publicidade

    A ofi cina de publicidade instrumentalizou os jovens para a utilizao de uma linguagem capaz de fortalecer e multiplicar idias transformadoras que ajudem a criar novos valores para as relaes socioambientais. A atividade despertou o potencial criativo para a expresso das responsabilidades por meio de smbolos, marcas e outras tcnicas de comunicao.

  • 23

    Rdio

    Nessa ofi cina, os delegados vivenciaram todas as etapas de produo de um programa de rdio e elaboraram vinhetas. Com isso foram capacitados a produzir e divulgar notcias sobre o contexto socioambiental de sua realidade.

    TeatrAo Ambiental

    Esta ofi cina foi um convite expresso teatral de questes socioambientais. Os participantes, de maneira criativa e coletiva, decidiram os temas que queriam enfocar e como poderiam represent-los. Foi uma oportunidade para conhecer elementos da produo cultural, jogos e tcnicas teatrais para a mobilizao social.

  • 24

    Trilha da Vida

    Atividade para desvendar a diversidade biolgica e cultural do Brasil, atravs dos sentidos. Nela, as pessoas vivenciaram diferentes situaes, de olhos vendados, intensifi cando os outros sentidos - tato, olfato, paladar e audio. Houve estmulo para descobertas e refl exo crtica visando reaproximao dos sujeitos com os aspectos naturais, sociais e histricos da vida.

    Vdeo

    Nesta atividade os participantes puderam conhecer as etapas da produo de um vdeo, da proposta inicial edio, passando pelo roteiro e a operao de cmera. O objetivo foi facilitar a mobilizao de pessoas e divulgar idias com recursos tecnolgicos simples.

  • 25

    Momento COM-VIDAS

    Foi idealizado e conduzido pela REJUMA Rede de Juventude pelo Meio Ambiente e Sustentabilidade, com o apoio dos facilitadores jovens. Teve como objetivos: sensibilizar e animar delegados e acompanhantes para apoiar a formao da rede de Com-Vidas nos Estados; fortalecer as j existentes e fomentar novas comisses; contribuir para o enraizamento de uma Educao Ambiental crtica e transformadora.

    importante destacar que os Coletivos Jovens de Meio Ambiente e a REJUMA vm promovendo as Com-Vidas e atuando na mobilizao e implementao da proposta nas escolas de forma militante. Como grupos de jovens que discutem questes referentes Agenda 21, o Tratado de Educao Ambiental para Sociedades Sustentveis e Responsabilidade Global, a participao na poltica pblica de EA, tais coletivos colaboram com o acompanhamento e a formao de outros jovens e adolescentes que vo animar o processo nas escolas.

    O momento se iniciou com a contextualizao da REJUMA como experincia de Trabalho em Rede, com foco no acompanhamento de polticas pblicas e controle social e dos CJs nos processos de Conferncia. Aps contextualizao, foram relatadas experincias exitosas e apresentados os principais conceitos que fundamentam as Com-Vidas.

    Os participantes foram divididos em grupos por unidade federativa para que pudessem planejar uma ao de fortalecimento e construo de Com-Vidas, respondendo s seguintes perguntas: O que minha escola precisa para ter uma Com-Vida atuante?, O que minha Comunidade Escolar pode oferecer para fortalecer Com-Vidas em outras Escolas?

    Em seguida, os grupos foram estimulados a fazer conexes observando as possveis articulaes em rede sobre as possibilidades de uma Rede de Com-Vidas nos seus Estados ou algo semelhante e responderam coletivamente s perguntas: Quais iniciativas e oportunidades existem no nosso Estado que podem promover a construo de Com-Vidas?; Como posso contribuir com a formao dessa Rede?. Com base nas respostas, cada grupo elabora uma ao para a continuidade ps-Conferncia no respectivo Estado.

    Momento Com-Vidas

  • 26

    Plantio simblico de rvores em Luzinia

    Com o intuito de avaliar o impacto ambiental causado pela Conferncia, foi estabelecida uma parceria com a Universidade Catlica de Braslia, a Rede Sementes do Cerrado e a Prefeitura de Luzinia. A reduo da chamada pegada ecolgica foi debatida pelo professor Genebaldo Freire, que fez uma refl exo sobre a importncia de rever as posturas e valores frente ao mundo.

    Como um ato simblico, os delegados participantes da ofi cina da carta das responsabilidades foram em grupo at a cidade de Luzinia e plantaram, em parceria com alunos de escolas da regio, 100 mudas de 20 espcies nativas do cerrado em uma via da cidade. Os jovens moradores da cidade se comprometeram a cuidar das rvores. A Rede Semente do Cerrado cadastrou os jovens para que registrem o crescimento de cada uma das mudas.

    Plantio em Luzinia

    Professor Genebaldo Freire

  • 27

    Atividades Culturais

    Todas as noites, durante a conferncia, foram realizadas apresentaes culturais que manifestaram as expresses artsticas de diferentes regies do pas.

    03 de abril Apresentao de Pedro e o Lobo pela Orquestra Filarmnica de Braslia.

    04 de abril Apresentao Cultural de percusso corporal do Instituo Batucar.

    Orquestra Filarmnica

    Apresentao do instituto Batucar

  • 28

    05 de abril Noite dos Brasis momento onde indgenas, quilombolas e assentados rurais compartilharam as suas histrias e experincias de vida com os demais participantes.

    06 de abril - Apresentao cultural de cada delegao, mostrando a cultura, saberes e costumes do seu Estado.

    Brasil Indgena

    Delegao do Maranho

  • 29

    07 de abril Festa de encerramento com o grupo brasiliense Mambembrincantes.

    Encerramento

    A Cerimnia de Encerramento aconteceu em Braslia, no Teatro Nacional Claudio Santoro, onde foi montada a exposio dos cartazes selecionados nos Estados e realizado o ato poltico de entrega da Carta das Responsabilidades aos Ministros da Educao, Fernando Haddad, e do Meio Ambiente, Carlos Minc, para a senadora Marina Silva, para o Secretrio de Educao Continuada, Alfabetizao e Diversidade/ MEC, Andr Lzaro, para a Secretria de Articulao Institucional e Cidadania Ambiental / MMA, Samyra Crespo, e para a Coordenadora Geral de Educao Ambiental, Rachel Trajber.

    Durante a cerimnia, foi lanado o selo personalizado da III Conferencia Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente (Anexo 5).

    Ciranda dos Quatro Elementos

    Saudao do Ministro da Educao, Fernando Haddad

  • 30

    Lanamento do selo comemorativo

    Exposio de cartazes da III CNIJMA

    Entrega da Carta das Responsabilidades s autoridades

  • 31

    7. EVENTOS PARALELOS

    Encontro dos Acompanhantes

    As delegaes de cada Estado da III Conferncia Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente incluam trs ou quatro adultos membros da COE, sendo um, necessariamente, representante da Secretaria Estadual de Educao.

    Foi proposta uma pauta especfi ca de trabalho para esse grupo de adultos, aberto para os professores acompanhantes dos adolescentes indgenas e dos adolescentes com necessidades educacionais especiais.

    O trabalho desenvolvido com os acompanhantes teve os objetivos de:

    Socializar e avaliar o processo de Conferncia nas Unidades Federativas;

    Refl etir e compartilhar as experincias para potencializar o enraizamento da Educao Ambiental;

    Potencializar articulaes entre as COEs de todo o pas;

    Produzir um documento que revele as possibilidades de trabalhar, nas Unidades Federativas, as temticas da Conferncia; e

    Elaborar estratgias para a continuidade das aes em 2009.

    Agenda do Encontro

    03/04/09 04/04/09 05/04/09 06/04/09 07/04/09 08/04/097h - 8h30 Caf da manh9h - 10h30 Chegada Momento inicial Socializao e

    avaliao dos processos esta-

    duais

    Trilha da Vida / Documento

    Possvel

    Socializao das o cinas

    Sada

    10h30 - 11h Lanche11h - 12h30 Chegada Dilogo concei-

    tualSocializao e avaliao dos

    processos esta-duais

    Trilha da Vida / Documento

    Possvel

    Socializao das o cinas

    Sada

    12h30 - 14h Almoo14h30 - 16h Chegada Socializao e

    avaliao dos processos esta-

    duais

    Trilha da Vida / Documento

    Possvel

    Momento Com-Vida

    Entrega da carta autoridades em

    Braslia

    Sada

    16h - 16h30 Lanche16h30 - 18h Chegada Socializao e

    avaliao dos processos esta-

    duais

    Trilha da Vida / Documento

    Possvel

    Momento Com-Vida

    Entrega da carta autoridades em

    Braslia

    Sada

    18h30 - 20h Jantar20h30 22h Abertura Atividades culturais Encerramento

  • 32

    A troca de experincias proporcionada pela metodologia permitiu que os adultos, a exemplo dos delegados e delegadas, assumissem responsabilidades e compromissos com a Educao Ambiental em seus Estados. Esses compromissos foram escritos em um documento nacional intitulado de Possvel. ( Anexo 6).

    Trabalho em plenrio

    Crculo de encerramento do GT

  • 33

    Encontro dos Observadores Internacionais

    O Encontro de Observadores Internacionais reuniu 64 pessoas representantes de Ministrios de Educao e da sociedade civil de 40 pases (ver Anexo 7) com o objetivo de compartilhar experincias, dialogar sobre a temtica e observar o evento nacional, com o intuito de levar a seus pases o relato das experincias vividas para motivar a realizao de uma conferncia internacional que ocorrer em 2010.

    Durante o Encontro, os convidados internacionais tiveram uma programao especfi ca, porm integrada III CNIJMA. Destacam-se quatro momentos na programao:

    momentos de observao das atividades da CNIJMA ;

    momentos de vivncias - simulao de uma conferncia na escola;

    momentos de preparao para a Conferncia Internacional Infanto-Juvenil Vamos Cuidar do Planeta (ver Anexo 7B, Regulamento da Confi nt);

    momentos reservados para compartilhar as experincias e aes desenvolvidas por cada uma das instituies e pases presentes, no que se refere educao ambiental.

  • 34

    \

    8. ESTRATGIAS DE COMUNICAO

    Direcionada a todas as escolas do Ensino Fundamental e comunidades para divulgao do processo, desde 2008:

    mdia nacional - veiculao nacional de VT e spots de rdio (ambos de 30 segundos) em horrios de utilidade pblica, atravs da parceria MEC/ABERT.

    veiculao na TV Escola da Srie Salto para o Futuro - Mudanas Ambientais Globais, com programas de debates sobre a temtica;

    pgina eletrnica hospedada no Portal MEC: www.mec.gov.br/conferenciainfanto2008;

    comunidade virtual de aprendizagem em parceria com a Educa-Rede: www.educarede.org.br/conferencia;

    Artigos e matrias em jornais impressos de veiculao nacional (Ver clipping no anexo 8).

    9. PRODUTOS

    Carta das Responsabilidades para o Enfrentamento das Mudanas Ambientais Globais, transformada em outras linguagens produzidas pelos estudantes nas ofi cinas;

    Material de Educomunicao fanzine, spots de rdio e cartazes produzidos pelas escolas;

    Banco de dados das escolas participantes disponvel na pgina eletrnica http://iiicij.mec.gov.br

    Encontro de Observadores Internacionais

  • 35

    10. AVALIAO

    O evento final foi avaliado pelos participantes atravs de um questionrio que apontava trs conceitos (Bom, Mdio e Ruim) para que o participante opinasse em relao aos itens infra-estrutura, atividades e organizao.

    Ao todo foram respondidos 561 questionrios, o equivalente a 73,71% do total, sendo 469 de delegados, 57 de acompanhantes e 35 de facilitadores. Os resultados sero apresentados em percentuais, de acordo com o perfil dos participantes.

    O que achou do evento em relao infraestrutura?

    Bom Mdio Ruim0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    70

    80

    62

    38

    66,7

    31,6

    1,8

    64,2

    34,3

    1,5

    Alojamento

    FacilitadoresAcompanhantesDelegados

    Avaliao

    Porc

    enta

    gem

    Bom Mdio Ruim0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    30,3

    45,5

    24,2

    50,9

    45,6

    3,5

    Alimentao

    FacilitadoresAcompanhantesDelegados

    Avaliao

    Porc

    enta

    gem

  • 36

    Bom Mdio Ruim0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    70

    80

    90

    60,6

    36,4

    3

    78,9

    19,3

    1,8

    84

    15,3

    0,6

    Salas Atividades

    FacilitadoresAcompanhantesDelegados

    Avaliao

    Porc

    enta

    gem

    Bom Mdio Ruim0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    70

    60,6

    27,3

    12,1

    46,4

    37,5

    16

    60,6

    31,4

    8

    Limpeza Geral

    FacilitadoresAcompanhantesDelegados

    Avaliao

    Porc

    enta

    gem

    Bom Mdio Ruim0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    70

    80

    90

    61,3

    35,5

    3,2

    66

    28,3

    3,8

    80,4

    18

    1,6

    Enfermaria

    FacilitadoresAcompanhantesDelegados

    Avaliao

    Porc

    enta

    gem

  • 37

    O que voc achou do evento em relao s atividades?

    Bom Mdio Ruim

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    70

    80

    90

    100

    68,8

    31,2

    85,9

    14

    87,5

    11,4

    0,9

    Abertura

    FacilitadoresAcompanhantesDelegados

    Avaliao

    Porc

    enta

    gem

    Bom Mdio Ruim

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    70

    80

    90

    78,1

    21,9

    83,3

    14,8

    1,8

    75,6

    22,2

    1,7

    Dilogo conceitual

    FacilitadoresAcompanhantesDelegados

    Avaliao

    Porc

    enta

    gem

    Bom Mdio Ruim

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    70

    80

    90

    100

    82,7

    17,2

    92,5

    7,3

    0,2

    Grupos de trabalho

    FacilitadoresAcompanhantesDelegados

    Avaliao

    Por

    cent

    agem

  • 38

    Bom Mdio Ruim0

    20

    40

    60

    80

    100

    120

    96,4

    3,6

    96,8

    3,2

    90,2

    8,41,1

    Oficina

    FacilitadoresAcompanhantesDelegados

    Avaliao

    Porc

    enta

    gem

    Bom Mdio Ruim

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    70

    80

    90

    56,3

    40,6

    3,1

    60

    30

    80,5

    19,5

    Momento Com-Vida

    FacilitadoresAcompanhantesDelegados

    Avaliao

    Porc

    enta

    gem

    Bom Mdio Ruim0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    70

    80

    90

    65,6

    34,4

    75,5

    20,8

    1,9

    84,7

    14,6

    0,7

    Apresentaes Culturais

    FacilitadoresAcompanhantesDelegados

    Avaliao

    Porc

    enta

    gem

  • 39

    Como voc avalia o trabalho das equipes de organizao?

    Bom Mdio Ruim0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    70

    80

    90

    4753

    74,5

    23,6

    1,8

    77,5

    21

    1,5

    Momento Socializao

    FacilitadoresAcompanhantesDelegados

    Avaliao

    Porc

    enta

    gem

    Bom Mdio Ruim

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    70

    80

    90

    100

    51,548,5

    77,8

    20,4

    1,8

    87,3

    12,3

    0,4

    Equipe de coordenao

    FacilitadoresAcompanhantesDelegados

    Avaliao

    Porc

    enta

    gem

    Bom Mdio Ruim0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    70

    80

    90

    10090,3

    9,7

    77,4

    22,6

    87,1

    12,9

    Facilitadores

    FacilitadoresAcompanhantesDelegados

    Avaliao

    Porc

    enta

    gem

  • 40

    Para uma avaliao mais qualitativa, inclumos trs tpicos no questionrio (Que bom, Que pena e Que tal). Seguem alguns depoimentos para se ter uma pequena amostra das respostas dos delegados.

    Que bom:

    - Que aprendemos muito com os outros e trocamos opinies sobre todos os assuntos relacionados ao Meio Ambiente. (12 anos)

    - Que arrumei vrios amigos e tive vrias idias de como construir a Com-Vida em minha escola. (12 anos)

    - Que a III CNIJMA me fez perceber que o Meio Ambiente faz parte de mim. (14 anos)

    - Ter vivenciado uma experincia nica em minha vida; saber que aprendi bastante sobre Meio Ambiente e que poderei repassar tudo isso para minha comunidade, ajudando a cuidar do Brasil. (14 anos)

    Que pena:

    - Que o presidente Lula no pde comparecer ao encerramento no Teatro Nacional, mas na prxima espero que ele comparea. (14 anos)

    - Que a Conferncia est se acabando e que irei voltar para casa, mas vou continuar meu trabalho que defender o meio ambiente e os seus quatro elementos. (12 anos)

    - Que durou apenas cinco dias e que eu no vou poder participar outra vez. (13 anos)

    Que tal:

    - Que no ano que vem possamos elaborar e escolher as atividades. (13 anos)

    - Que os delegados virem Cjs e continuem sua jornada pelo Meio Ambiente. (14 anos)

    - Abrir a oportunidade para mais estudante.( 12 anos)

    - Uma conferncia Infanto-juvenil indgena. (13 anos)

    Um aspecto importante a destacar foi a formao dos facilitadores dos Coletivos Jovens de Meio Ambiente, que permitiu o aprofundamento de questes tcnicas, conceituais e a atuao responsvel dos jovens envolvidos, o que contribuiu para a qualidade dos produtos finais das oficinas.

    O local do evento com a sua estrutura de alojamento e salas, enfermaria, refeitrio, auditrios e materiais utilizados foi considerado bom. (Nos conceitos utilizados para a avaliao, Bom o melhor conceito entre os demais) .

  • 41

    As metodologias das oficinas e atividades em geral foram muito bem avaliadas pela grande maioria dos participantes, bem como as atividades culturais e artsticas, que tiveram quase a unanimidade de conceito positivo, tendo sido a mdia de respostas, pelos delegados, superior a 80%. Ressalta-se que mais de 92% de todos os participantes que responderam ao questionrio avaliaram as oficinas como positivas.

    O tpico alimentao apresentou avaliao pouco satisfatria. 50% avaliaram como mdio, 13,8% avaliaram como ruim e 36% como bom. O cardpio seguiu um conceito de alimentao saudvel, balanceada, respeitando os princpios nutricionais e sustentveis. Contudo os participantes, principalmente os delegados, no possuam hbitos alimentares saudveis e estranharam o sabor dos alimentos. Em suas avaliaes, reclamaram a falta de refrigerantes, chocolates e outras guloseimas que no existiam no local, pois foram estrategicamente excludos durante os dias do evento, sendo substitudos por alimentos saudveis e, na medida do possvel, menos industrializados. Mesmo entendendo que mudanas de hbito acontecem de forma processual a conferncia permitiu uma experincia nova em termos de alimentao.

    A equipe de coordenao foi muito elogiada pela conduo de todo o processo e as crticas nesse tpico vm dos facilitadores que gostariam de estar mais envolvidos em toda a construo metodolgica. No entanto mais de 50% dos facilitadores avaliaram como Bom o trabalho da equipe de coordenao.

    O evento, de uma forma geral, foi muito bem avaliado por todos os participantes, como demonstra o quadro abaixo:

    Bom Mdio Ruim

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    70

    80

    90

    65,11

    31,63

    3,26

    72,3

    23,9

    2,6

    77

    17,6

    2,4

    Avaliao Geral

    FacilitadoresAcompanhantesDelegados

    Avaliao

    Porc

    enta

    gem

  • 42

    Vrios momentos de avaliao ocorreram de forma processual atravs da escuta, observao, depoimentos e anlise dos questionrios aplicados. A forma de gesto compartilhada, a autonomia e responsabilidades dos jovens, as cartas de responsabilidades construdas pelas conferncias estaduais e a postura dos delegados e delegadas demonstraram a importncia de um evento que possibilita vivncias de democracia direta, de construo e escolhas coletivas para uma ao transformadora. Um dos principais dados reveladores da dimenso do processo diz respeito ao nmero significativo de pessoas e instituies envolvidas: 11.631 escolas aderiram III CNIJMA, e envolveram 3.723.442 pessoas em 2.828 municpios brasileiros.

    A Conferncia foi reconhecida pelas Secretarias Estaduais de Educao e pelas Comisses Organizadoras Estaduais como uma grande propulsora de aes e projetos de Educao Ambiental nas escolas, de acordo com observaes feitas nos documentos tcnicos sobre o processo de conferncia nas escolas. Ainda, a anlise dos documentos elaborados pelos acompanhantes e dos questionrios aplicados permite afirmar que a III CNIJMA ofereceu ao pblico participante um espao educador com objetivos e propsitos bem definidos.

    As responsabilidades e aes assumidas pelas escolas, a formao de professores e a construo de Com-Vidas so aes estruturantes da EA que as Secretarias assumem como importantes nos desdobramentos da III Conferncia.

    O encontro de acompanhantes fez ainda um sumrio de pontos fortes e fracos do processo. Os pontos foram aglutinados por similaridade. Destacaremos os que se repetem e os mais recorrentes.

    Pontos Fortes:

    Envolvimento dos estudantes e qualidade da delegao (AL,BA,RJ,SP,TO,CE);

    Fortalecimento e atuao do CJ ( AL,GO,MA,MG,MT,PB,RN,RJ,RS,SE);

    Processo de formao e ciclos de debate (CE,GO,RN,PE,SC, RS);

    Boa atuao, integrao da COE e fortalecimento da EA nas Secretarias de Educao ( CE,GO,RN,RS,SC, RJ);

    Qualidade do material pedaggico (ES, MA);

    Realizao das etapas de confercia (escola, regional e/ou estadual)

    (ES,GO,PE,PI,PR,RN,TO,BA);

    Encontro preparatrio (ES, MG,MT,SC);

    Repasse de recursos-resoluo/FNDE (ES,MA,PB,PI,PR,TO);

    Apoio e suporte do MEC (BA,MS,MT,PI,RJ,SE);

    Aumento de participao das escolas (RN,RS).

  • 43

    Pontos fracos:

    Mudanas das datas (AL,BA,MA,MG,PE,PR,RN,RS,SC,SE);

    Dificuldades burocrticas, pouco tempo para reelaborar os PTAs e para a utilizao dos recursos (AL,GO,PB,PE,PR,RN,SC,SE);

    Atraso na distribuio e desvio do material pedaggico enviado s escolas ( BA,CE,GO,MA,MG,MS,PB,PE,PI,PR,RN,TO,SE,RS,SC);

    Interferncia do processo eleitoral de 2008 e troca de gestores municipais (CE,MA,TO,PI);

    Pouco envolvimento dos parceiros da COE (ES,MT,PB,PI,RN);

    Pouca participao e interesse das escolas privadas (CE,ES,MA,SE);

    Diminuio do nmero de escolas (GO,MT);

    Pouca participao das escolas de comunidades tradicionais (MA,ES,SC);

    Desarticulao da CIEA (MS,RN);

    Ausncia de parceiros como a UNDIME e o IBAMA (MMA) (RN,RJ).

    Depoimentos colhidos no encontro de acompanhantes revelaram que a temtica da conferncia teve uma importncia fundamental no adensamento conceitual de professores e alunos e que os temas debatidos devem se transformar em contedos para a formao continuada. O repasse de recursos por parte do MEC/FNDE foi impulsionador do fortalecimento da Educao Ambiental no mbito, no apenas das Secretarias, mas tambm dos estabelecimentos de ensino envolvidos no processo da III CNIJMA.

    Como no poderia deixar de ser registrado, algumas situaes contriburam para que a capilaridade do processo no atingisse nmeros mais expressivos. Contudo, os princpios da Conferncia foram garantidos e todos os objetivos propostos foram alcanados.

  • 44

    11. CONSIDERAES FINAIS

    Apesar de a Educao Ambiental no ser uma disciplina, pois tem carter transversal e transdiciplinar (Lei 9795/99), o censo INEP de 2004 traz a universalizao da Educao Ambiental nos sistemas de ensino. No entanto, ainda h distanciamento das escolas e das redes de ensino em relao realidade socioambiental onde esto inseridas, tendo em vista seu papel como espao de reflexo, produo de conhecimento e interveno transformadora.

    Assim, necessrio dar continuidade ao trabalho de enraizamento da educao ambiental de qualidade nas escolas, fortalecendo a formao inicial e continuada de professores e professoras, alm de aes estruturantes, como a criao da Com-Vida (Comisso de Meio Ambiente e Qualidade de Vida nas Escolas), aprofundando novas tecnologias sociais e educacionais, como a Conferncia Infanto-Juvenil.

    A riqueza da aprendizagem aconteceu prioritariamente nas escolas e no dilogo com as comunidades envolvidas no processo. A conferncia pode ser considerada quase que um pretexto pedaggico para que temticas como Mudanas Ambientais Globais possam ser abordadas de maneira crtica, percebendo-se a ao humana nos rumos das condies de vida no planeta e no modelo de desenvolvimento, de produo e de consumo. Iniciativas como a III CNIJMA propiciam o desenvolvimento de uma cidadania baseada em valores voltados para a sustentabilidade social, ambiental, econmica, cultural e poltica.

  • 45Anexo

    ANEXO 1 Cartas das Responsabilidades escritas nos Estados

    Carta das responsabilidades do Acre

    Na I Conferncia Estadual Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente (CEIJMA) do Estado do Acre, realizada dos dias 03 a 05 de Dezembro de 2008, no Horto Florestal em Rio Branco Acre, reuniram-se aproximadamente 50 delegados vindos das escolas municipais, estaduais e particulares do estado para discutir as temticas ambientais, tendo como pano de fundo as Mudanas Ambientais Globais e propor aes que possam renovar o Amor que temos pela Natureza, de forma especial pela Amaznia, sendo porta vozes do futuro com o objetivo de ajudar a mudar o que est acontecendo com nosso planeta, para que as geraes futuras tenham uma condio de vida melhor do que se est predestinado.

    Para isso, ns, os delegados da I CEIJMA, que estamos reunidos e preocupados com o nosso prprio futuro discutimos os quatro elementos gua, Terra, Fogo e Ar para assumirmos como responsabilidade coletiva:

    1. Por conta da liberao de gases emitidos pelos veculos automotores necessrio reduzir a utilizao de automveis particulares e incentivar o uso de transporte coletivo e bicicletas, atravs de campanhas de conscientizao, criao de frotas ecolgicas, construo de ciclovias, implantar o sistema de rodzios amparados por Lei.

    2. Reduo dos desmatamentos e queimadas Atravs de reflorestamentos nas reas rurais, arborizao da zona urbana e a adoo da agricultura itinerante ou manejo do solo;

    3. Buscar apoio na criao de polticas pblicas para que as comunidades tenham acesso aos meios geradores de energia renovvel.

    4. Buscar recursos necessrios para combater as queimadas, tanto os lixos domsticos, como tambm a prpria terra que utilizamos para o plantio e renovao de pastagem, EX.: coletores de lixos e arados, assim estaremos combatendo a poluio no meio ambiente evitando que as crianas e os idosos adquiram doenas causadas por este problema;

    5. Levar para as escolas, pessoas dos rgos competentes, para ministrar palestras no que se refere queimadas e derrubadas, conscientizando tanto os alunos quanto a comunidade em geral;

    6. Amenizar a poluio causada por lixo domstico nas ruas, nas margens de rios, igaraps e audes, tanto no espao urbano como no rural;

    7. Conscientizar e orientar a populao de como fazer a coleta seletiva, atravs de palestras, entrega de panfletos e oficinas de reciclagem de lixo (orgnico e inorgnico), buscando parcerias com rgos competentes como: IMAC, SEMA, SEMEIA e o IBAMA.

    8. Incentivar os agricultores a utilizar tcnicas adequadas para evitar a desnutrio do (rotao de culturas);

    9. Mutires para a revitalizao de igaraps, rios, lagoas e lagos.10. Projeto de estao de tratamento de esgoto.11. Cada escola se comprometer em buscar meios e parcerias para identificar cuidar e

    proteger os recursos hdricos da sua proximidade.12. Sair do documento e levar em considerao a prtica de fiscalizao do meio ambiente.

    Tendo a Esperana de que nossas propostas sero atendidas e sabendo que algum dia os Senhores governantes da nossa Nao possam contribuir e fazer valer tudo o que foi escrito nesta carta, que esta assinada por todos ns delegados e delegadas.

    Agradecemos ateno e a colaborao para a realizao destas propostas. Ns tomamos uma atitude inicial e esperamos a colaborao de todos.

  • 46Anexo

    Carta das responsabilidades: Vamos Cuidar de Alagoas 2009

    Ns Jovens Alagoanos, representantes dos demais estudantes do nosso estado, reconhecemos nossas responsabilidades diante do panorama ambiental do estado de Alagoas. Assumimos a responsabilidade de lutar e defender o meio ambiente, no apenas buscando o conhecimento e o entendimento, mas tambm realizando aes para sanar os problemas ambientais.

    Como agentes construtores da sociedade e por conhecermos os nossos direitos e deveres atravs das leis, devemos realizar aes que levem a uma mudana positiva da nossa relao com o meio ambiente. Para que isso acontea, assumimos as seguintes responsabilidades:

    1. Frente aos problemas causados pelo acmulo de lixo, ns jovens alagoanos assumimos a responsabilidade de realizar a coleta seletiva nas nossas escolas, para amenizar os transtornos ambientais causados pelos resduos slidos.

    2. Vamos participar das COM-VIDAs (Comisses de Meio Ambiente e Qualidade de Vida) das nossas escolas, e nelas realizar aes que contribuam para a construo de escolas sustentveis.

    3. Iremos elaborar e executar projetos de arborizao nas escolas e nas comunidades vizinhas, com o objetivo de amenizar os problemas causados pela emisso de CO2 na atmosfera e evitar a desertificao.

    4. Iremos desenvolver atividades educativas para sensibilizar as comunidades sobre as questes socioambientais locais, enfatizando a importncia das leis ambientais. Conscientizando a tod@s sobre a utilizao correta dos recursos naturais.

    5. Iremos alertar a populao alagoana sobre o esgotamento da gua potvel nas comunidades, incentivando o uso devido da mesma nas diversas atividades humanas.

    6. Realizaremos aes atravs de projetos que discutam o saneamento bsico nas comunidades, evitando a poluio dos nossos mananciais de gua, como: rios, mares, lagos e lagunas.

    7. Desenvolveremos mecanismos para sensibilizar as pessoas sobre a importncia das matas ciliares.

    8. Iremos consumir produtos ecologicamente corretos, estimular a coleta seletiva e a reciclagem, contribuindo para a criao de cooperativas em nossas comunidades. Tambm iremos praticar os cinco 5 Rs no nosso cotidiano: repensar,reduzir, recusar, reutilizar e reciclar.

    9. Iremos propor que as escolas do estado e as instituies utilizem energias renovveis nas suas dependncias, como energia elica e energia solar. Contribuindo assim para a diminuio do aquecimento global.

    10. Realizaremos atividades de educomunicao que denunciem as prticas causadoras da desertificao, tais como: queimadas, desmatamentos e uso indevido de agrotxicos.

    11. Utilizaremos a compostagem como meio de transformar a matria orgnica em adubo para as reas verdes das escolas e para o seu entorno.

    03 de Maro de 2009,

    Delegados e delegadas da III Conferncia Estadual Infanto-Juvenil Pelo Meio Ambiente de Alagoas.

  • 47Anexo

    Carta das Responsabilidades Sobre Problemas AmbientaisAmap, rico em gua, pobre em conscincia

    Somos delegados escolhidos nas escolas do Amap, queremos reivindicar a todos, mais responsabilidade com o meio ambiente. No que no queiramos o crescimento de nosso Estado, mas queremos um desenvolvimento de forma sustentvel. O mundo est se transformando e as mudanas ambientais globais exigem um compromisso da nossa gerao com as futuras pela preservao do planeta.

    Vivemos em um Estado, cuja capital a nica do Brasil banhada pelo rio Amazonas e ao mesmo tempo cortada pela linha do Equador. Nosso Estado o mais preservado da Amaznia e abriga o Parque Nacional Montanha do Tumumaque.

    Com a Conferncia percebemos que enfrentamos diversos problemas, entre os quais a poluio dos rios (lixos domsticos, dejetos industriais radioativos, esgoto e falta de saneamento bsico), bem como o aterramento de reas de ressacas; o mau costume de fazer queimadas, que provocam o desmatamento e o esgotamento do solo; alm do lixo jogado nas ruas e nos lixes a cu aberto. Por fim, detectamos o desperdcio de energia eltrica, instalaes inadequadas e os desvios de energia atravs de gatos.

    hora de criar uma nova conscincia ambiental para mudar essa situao dolorosa. Queremos ter a certeza de que atravs deste documento conseguiremos mudar a histria da humanidade. Para que nesse solo venham pisar geraes mais felizes.

    Nesse sentido, para que possamos compartilhar, concretizar e vivenciar mudanas socioambientais necessrias, nos propomos aos seguintes compromissos:

    1) Proteo e valorizao da meio ambiente: Promoo de palestras, campanhas educativas, produo de cartilhas e panfletos visando conscientizao do povo amapaense para preservar nossos mananciais de gua, do nosso solo e nosso ar;

    2) Criao de um ambiente urbano saudvel: a) incentivar o plantio de rvores em todas as reas urbanas do Amap; b) estimular a criao nas escolas de jardins, hortas e pomares; c) instalar nas escolas lixeiras de coleta seletiva; d) introduzir nas escolas a Educao no trnsito;

    3) Parceria entre a escola e a comunidade: a) ofertar aos alunos e comunidade prxima da escola, cursos de reciclagem de lixo; b) promoo de mutiro nos bairros para fazer a limpeza de terrenos, ruas e rios;

    4) Formao de multiplicadores ambientais: a) criar grupos de intercmbio para a divulgao da Conferncia nas escolas; b) firmar parcerias entre a escola e outras instituies na resoluo de problemas ambientais.

  • 48Anexo

    Carta das Responsabilidades da Bahia

    BRASIL: Qual o princpio da nossa mudana?

    Somos seres humanos considerados racionais porque pensamos. Agimos de forma to egocntrica que acabamos esquecendo as questes ambientais. Que racionalidade essa? Talvez seja por isso que o mundo esteja cada vez mais degradado. No estamos pensando no prximo, nem no meio ambiente. Sendo assim no pensamos em ns mesmos.

    A terra nossa fonte de vida, nela que ns moramos, plantamos e colhemos; e como tudo que se planta se colhe, temos que plantar bons frutos agora, para que as atuais e futuras geraes possam usufruir de tudo que ela nos oferece. Ela um dos motivos da existncia humana, bvio falar que precisa ser preservada, mas por incrvel que parea, este bvio no seguido. No podemos compreender em que transformamos o mundo. Ns jovens, chegamos ao ponto de dizer que necessrio ser irracional para alcanarmos a racionalidade. Alcanamos um patamar de inverso de valores altssimo.

    A Constituio Federal Brasileira traz no seu artigo 225, que todos tm o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder pblico e coletividade o dever de defend-lo para as presentes e futuras geraes. Este belssimo texto no sai da teoria. No queremos teorias, queremos PRTICA! Queremos que isso saia do papel, que vire realidade! triste ver uma criana chorar ao contar que bebe gua poluda, por falta de opo. Pergunto-lhes: esse o Brasil que vocs querem para seus filhos e netos? Nos perguntamos se as geraes passadas tinham tantas preocupaes e inseguranas em relao ao meio ambiente... Se escutavam que sua cidade podia ser coberta pelo aumento do nvel dos oceanos; que teriam uma maior probabilidade de desenvolver cncer de pele; que poderiam ter uma intoxicao ao consumir uma gua poluda; que seus filhos no teriam a oportunidade de ver e presenciar a diversidade da fauna e da flora.

    Temos como objetivo melhorar a qualidade do ar que respiramos e ajudar a preservar o nosso meio ambiente, por meio de nossas atitudes sempre pensando primeiro em nossa comunidade. Ns, a sociedade, temos que nos responsabilizar em conscientizar a todos(as), sobre o acmulo do lixo e principalmente sobre os destinos inadequados do mesmo, realizando atividades com as escolas e comunidades. E envolvendo principalmente o poder pblico na implementao de uma poltica pblica de coleta seletiva e destinao adequada dos resduos slidos.

    Iremos dialogar com a populao com a finalidade de assumir nossas responsabilidades em relao preservao da fauna e flora. Para isso realizaremos aes com a comunidade para amenizar as queimadas, o desmatamento, a desertificao e o trfico de animais.

    Cada um de ns precisa ter o compromisso de diminuir o consumo de energia eltrica por meio de atos bsicos, como: no deixar a luz acesa sem necessidade, estimular a criao de projetos para o uso de energias renovveis nos municpios e utilizar racionalmente os eletrodomsticos.

    A gua o elemento de maior importncia para o ciclo da vida. Atualmente ela est sendo o principal alvo da poluio. O ser humano o causador desse problema e tambm a prpria vtima. Os fatores que contribuem para a escassez da gua potvel so: a poluio dos rios, a falta de saneamento bsico, contaminao, desertificao, dentre outros.

    Para minimizar esses problemas devemos buscar parcerias com rgos pblicos e instituies no governamentais, para construir aes de revitalizao dos rios e de recuperao das nascentes. necessrio realizar palestras socioambientais que conscientizem e mobilizem a populao para a preservao das regies afetadas e dos biomas como um todo.

    Temos que entender que no adianta apenas reclamar, temos que fazer a nossa parte. Devemos parar de criticar as atitudes humanas sem nos incluirmos nesta humanidade. Antes de culpar o outro por no agir de forma sustentvel, pare um instante e reflita: EU ESTOU FAZENDO A MINHA PARTE? EU ASSUMO MEU PAPEL E MINHAS RESPONSABILIDADES NA SOCIEDADE? Tudo parte de dentro para fora. Do micro pro macro, pois no adianta voc pensar

  • 49Anexo

    no mbito federal e na sua comunidade no existir uma colaborao. Uma base bem estruturada surge primeiro dentro da casa de cada um; e de casa para o mundo. Um micro bem estruturado reflete-se num macro tambm com uma boa estruturao. Ns brasileiros devemos acreditar que podemos fazer a diferena para o pas, e sermos agentes construtores de um mundo melhor, no aceitando tudo passivamente.

    Diante do exposto, informamos que, para alcanarmos o nosso objetivo preciso que estejam de mos dadas nesse processo, o governo, a sociedade (famlias e escolas), e as empresas; sem essa unio esse trip no se estabelecer e consequentemente o elo no estar formado. Propomos uma parceria, um processo reeducativo, um novo projeto socioeconmico, poltico e ambiental. Para assim chegarmos a uma conscientizao maior, a um meio ambiente saudvel e prpria preservao humana.

    Devemos direcionar o entendimento de empresrios no sentido de que a produo de produtos no deve continuar a visar apenas lucratividade, e alertar a sociedade que o consumo pelo consumo campo minado. Esses fatores so imprescindveis para a construo de uma sociedade mais igualitria e justa; inserida num contexto ambiental saudvel, conforme os princpios de qualidade de vida e bem estar.

    O mundo todo deve estar voltado para a qualidade de vida da espcie humana e dos demais seres vivos, quem estiver contrrio a isso est contra si mesmo e aos descendentes que viro.

    Salvador, Bahia, 19 de novembro de 2008Delegados e Delegadas da I Conferncia Estadual Infanto-Juvenil de Meio Ambiente

  • 50Anexo

    Carta das Responsabilidades do Cear

    Ns, delegadas e delegados da I Conferncia Estadual Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente, nos expressamos atravs dessa carta para cuidar do Cear. Percebemos que a falta de conhecimento, ao e conscincia so grandes responsveis pela crise ambiental que vivemos atualmente. Mas no s isso. O Meio Ambiente destrudo tambm devido ao atual modelo de produo e consumo. Portanto, a ao destruidora no um ato isolado, mas sim um reflexo das relaes culturais, sociais, ambientais e tecnolgicas de uma sociedade. Logo, de suma importncia assumir responsabilidades que transformem o nosso meio ambiente e consequentemente a nossa vida. Assim, assumimos os seguintes compromissos:

    1- Trabalhar as relaes interpessoais entre a comunidade escolar e o aluno para que atravs de uma melhor educao ambiental possa haver uma maior sensibilizao e consequentemente mudar os seus hbitos e influenciar no meio em que vive;

    2- Sensibilizar as pessoas atravs da educomunicao para que consumam de forma consciente os recursos naturais;

    3- Usar a educomunicao para divulgar as atividades em prol do meio ambiente, engajando a comunidade escolar com palestras e oficinas;

    4- Sensibilizar a comunidade sobre os males que as queimadas e a fumaa provocam e sobre as aes do homem e suas consequncias na atmosfera com base nas leis ambientais;

    5- Implantar a coleta seletiva na escola em parceria com outras instituies, transformando o que aparentemente lixo em algo produtivo, que no polua o meio ambiente;

    6- Fazer uma horta/horto com produtos orgnicos e compostagem de acordo com a realidade da escola;

    7- Preservar as lagoas, praias e rios, sensibilizando as comunidades atravs de aulas de campo mostrando que a lagoa ainda pode se tornar um local agradvel e de lazer para todos;

    8- Realizar arborizao no ambiente escolar e arredores, proporcionando melhor arejamento e tornando o ambiente mais agradvel;

    9- Fazer uma excurso com os alunos e professores para saber quais os principais problemas da nossa comunidade;

    10- Exigir a formao de COM-VIDAs nas escolas, tendo apoio da gesto escolar, dando condies de trabalho como sala, computador, voz na direo;

    11- Incentivar a participao dos alunos nos conselhos escolares; 12- Realizar uma campanha publicitria de educomunicao em reaproveitamento e

    monitoramento das guas; 13- Realizar uma campanha em nossos municpios sobre o turismo sustentvel que

    respeite a comunidade local; 14- Criar equipes de sensibilizao para atuarem junto a associaes de agricultores

    locais no sentido de faz-las compreender os danos que as queimadas provocam tanto no solo, quanto na atmosfera.

    Assumindo assim essas responsabilidades, contribumos para manter o equilbrio do nosso estado, do nosso pas e do nosso planeta. Delegadas e delegados da I Conferncia Estadual Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente Cear.

  • 51Anexo

    Deliberaes da II Conferncia Estadual Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente de Gois

    Por meio dessa singela carta, ns, delegadas e delegados da II Conferncia Estadual Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente de Gois, expressamos nosso sentimento de honra por fazer parte deste processo de aprendizagem. Durante a conferncia vivenciamos novas experincias e com isso adquirimos novos conhecimentos.

    Agradecemos a todas as instituies presentes no processo de organizao e realizao da Conferncia; em especial Comisso Organizadora Estadual coordenada pela Secretaria Estadual da Educao, atravs do ncleo de Educao Ambiental. A todas essas e demais pessoas que somaram para realizar esta Conferncia, nos proporcionando vontade de lutar pela causa ambiental e assim nos garantindo maior visibilidade da situao em que o planeta est.

    Durante os trs dias em que estivemos nesse ambiente mgico de construo, sentimos o desejo sincero de reflorestar ambientes degradados, utilizar os 5Rs, criar as COM-VIDAs, reconstruir ambientes naturais em reas de convivncia, sensibilizar a populao local de nossos municpios e promover coletas seletivas com destino apropriado. Com determinao e empenho, ns nos comprometemos a criar Coletivos Jovens pelo Meio Ambiente em nossos municpios que ainda no tem e fortalecer outros j existentes com a nossa atuao.

    Viemos de lugares variados, tanto em diversidade cultural quanto em situaes contraditrias, e estamos retornando com um objetivo construtor e revolucionrio:

    1- Vamos zelar pelos bens naturais e materiais da escola, cuidando do ambiente do qual fazemos parte, diminuindo a produo de lixo e praticando os 5Rs, transformando a escola num espao ambientalmente saudvel.

    2- Vamos trabalhar para manter a exuberncia do Cerrado, evitando as queimadas, e tornando a nossa escola um espao de envolvimento da comunidade.

    3- Vamos promover palestras nas escolas para melhorar a qualidade de vida na nossa comunidade, sensibilizando todas as pessoas para a preservao das nascentes e o reflorestamento das reas degradadas.

    4- Vamos motivar as pessoas a compreender a importncia da gua para a sobrevivncia de todas as espcies que habitam o planeta, aplicando solues de modo individual e coletivo para o consumo sustentvel da gua em nossa comunidade.

    5- Vamos assumir nossa responsabilidade de cuidar do ambiente onde vivemos, informando aos agricultores sobre a necessidade de evitar as queimadas, usando mtodos adequados de plantio para manter a fertilidade do solo.

    6- Vamos utilizar as fontes de energia de modo sustentvel e equilibrada em casa, na escola e nos espaos da comunidade, apagando as luzes e desligando os aparelhos que no esto sendo utilizados.

    7- Vamos utilizar nossos meios de comunicao para orientar e repassar nossos conhecimentos com o intuito de modificar as aes humanas que ameaam a biodiversidade: desmatamento, trfico ilegal de animais, poluio ambiental, ocupao de grandes reas florestais, uso excessivo de recursos naturais, desperdcio de gua e uso exagerado de agrotxicos.

    8- Vamos assumir uma atitude que promova uma sociedade justa e equilibrada que valorize a vida no Cerrado.

    Vamos juntos com a juventude de Gois, firmar todos ns que amamos o Cerrado, os compromissos aqui declarados!

  • 52Anexo

    Carta das Responsabilidades do Maranho

    So Lus, 12 de fevereiro de 2009.

    Saudaes,

    O nosso maior compromisso, nos dias atuais, sensibilizar as pessoas sobre os problemas que esto acontecendo e que envolvem o descuido com o ambiente, seja natural ou construdo. Por este motivo, participamos da I Conferncia Maranhense Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente.

    Essa Conferncia aconteceu em So Lus, nos dias 10, 11 e 12 de fevereiro de 2009 e contou com a participao de 129 (cento e vinte e nove) municpios representados por ns alunos delegados eleitos nas Conferncias realizadas nas escolas, bem como professores, tcnicos em educao e autoridades, que expressaram o mesmo objetivo: lutar pela conservao do meio ambiente.

    O compromisso de todos ns despertar a sociedade para a importncia do meio ambiente para a vida, pondo em prtica aes que venham, de fato, contemplar as questes socioambientais.

    Por isso, nos sentimos no dever de desenvolver as responsabilidades que assumimos durante a Conferncia nas nossas escolas, garantindo a sobrevivncia do planeta, mantendo o equilbrio entre os quatro elementos: gua, Terra, Fogo e Ar, para a conservao da vida.

    Conscientes de que, mudando os nossos hbitos com o planeta, estaremos garantindo a vida de todos ns, assumimos, aqui, as responsabilidades:

    Sensibilizar as pessoas de que a gua fundamental para a vida no planeta. Para isso, no bastam s palavras, mas, sobretudo aes. Precisamos de indivduos conscientes e aptos a atuar na realidade socioambiental de um universo comprometido com o bem estar da humanidade.

    Promover palestras informativas sobre a importncia da conservao das guas, das matas ciliares, dos rios, lagos e igaraps de nossa regio, para que futuramente no venham a desaparecer. Tambm reduzir o desperdcio da gua em nossas residncias e locais pblicos da nossa comunidade.

    Sensibilizar, incentivar e promover uma campanha junto comunidade, sobre a importncia da gua e os prejuzos causados pela poluio, orientando-os a preservar a gua, de forma a contribuir para o bem estar do meio ambiente para as prximas geraes.

    Promover, uma vez por ms, reunio nos bairros da cidade, sensibilizando as famlias acerca da necessidade de economizar gua para que, num futuro bem prximo, no falte gua potvel.

    Plantar rvores, reciclar o lixo, despertar a comunidade para a importncia de evitar o uso de produtos facilmente descartveis, com embalagens desnecessrias, que logo vo para o lixo.

    Evitar o aumento das reas desrticas que vem sendo provocado, principalmente, pelo desmatamento das florestas, por algumas formas de minerao e pela agropecuria predatria, causando grandes problemas ao solo, atmosfera e aos seres vivos em geral.

    Desenvolver aes concretas e contnuas, a fim de evitar a degradao do meio ambiente, provocada por desmatamento, queimadas, assoreamento dos rios, proliferao do lixo

  • 53Anexo

    domstico, eroso, secas e enchentes desproporcionais.

    Contribuir para a preservao do meio ambiente atravs de mudana de atitudes e prticas pessoais, adotando posturas na escola, em casa e na comunidade que favoream interaes construtivas na sociedade, destacando a relao existente entre a qualidade de vida e o ambiente saudvel.

    Levar a comunidade a refletir sobre os impactos causados pela ao humana, tendo em vista a colaborao de cada um para que possamos fazer com que o meio que nos cerca seja mais saudvel e melhor para se viver.

    Propor um trabalho conjunto com a comunidade, motivando a busca de solues para a agricultura sustentvel, atravs de sindicatos e rgos competentes, para o reaproveitamento do solo no cultivo diversificado.

    Conservar o ambiente, considerando que o fogo foi de grande ajuda no passado, a preocupao do presente e poder ser motivo de alerta para o futuro.

    Alertar a comunidade a respeito da poluio do ar, no sentido de manter o ar puro. Ns, alunos, nos comprometemos em termos mais responsabilidade com o ar que respiramos.

    Fazer campanha para diminuir a emisso de gases poluentes emitidos diariamente pelas indstrias, bem como utilizar o transporte coletivo para diminuir a circulao de veculos, grandes emissores de gases poluentes.

    Desenvolver aes que visem a sensibilizar e esclarecer a populao sobre a importncia da preservao de nossas matas/florestas e, assim, combater o desmatamento e as queimadas que contribuem para a poluio do ar e o aquecimento do planeta.

    Evitar o desmatamento, atravs da sensibilizao de lavradores sobre os benefcios de arar a terra, pois as queimadas desgastam o solo, poluem o ar e provocam o aquecimento global.

    Criar e/ou implementar, juntamente com a comunidade escolar, a Comisso de Meio Ambiente e Qualidade de Vida na Escola (COM-VIDA), com vistas a dar continuidade s aes iniciadas no processo de Conferncia de Meio Ambiente.

  • 54Anexo

    Carta de Responsabilidade Ambiental do Mato Grosso do Sul

    Nossas RESPONSABILIDADES relacionadas aos temas AR, GUA, TERRA e FOGO:

    Reduzir a gerao de lixo, aplicando a coleta seletiva para melhorar o aproveitamento ou reutilizao dos materiais reciclveis.

    Recusar produtos que causem danos irreversveis ao meio ambiente, incentivando a melhoria dos processos industriais.

    Levar a sensibilizao e conscientizao da necessidade da preservao ambiental aos ambientes familiares dos alunos e comunidades.

    Evitar a queima de lixos nos ptios da escola e residncias. Ampliar as palestras e exibio de filmes sobre assuntos relacionados ao meio ambiente,

    inclusive ensinando tcnicas de compostagem. Incentivar as escolas criao de viveiros de mudas para a arborizao da escola e para a

    distribuio comunidade e outras regies. Criar um espao de denncias sobre queimadas nas reas urbanas e convidar estas

    pessoas para palestras e filmes esclarecendo sobre as causas de suas atitudes. Evitar o desperdcio e o uso irracional da gua. Preservar as matas, principalmente perto de nascentes, rios e crregos. Estudar e pensar no melhor aproveitamento de nossas riqussimas fontes de recursos

    hdricos. Desenvolver trabalhos, palestras e exibio de filmes conscientizando sobre os problemas

    de assoreamento de nossas nascentes, rios e crregos. Proporcionar uma conscientizao coletiva sobre o que representa a gua, pois, somente

    com qualidade e quantidade suficiente teremos produo de alimentos que atendam nosso consumo.

    Implantar aulas de campo para o estudo das fontes naturais de gua em nosso municpio. Promover parceria com o IBAMA e Secretarias Municipal e Estadual de Meio Ambiente

    para realizar projetos com visitas peridicas de acompanhamento da recuperao do local atingido.

    Sensibilizar a populao sobre as doenas e as alteraes que iro ocorrer com as mudanas climticas.

    Criao de bosques de lazer dentro da rea da escola ou nas praas e parques usando adubo orgnico, preparado pelos alunos.

    Implantar a coleta seletiva dentro da escola, com reutilizao de materiais aproveitados para as oficinas de artesanato.

    Criao de novas receitas para o aproveitamento das sobras da merenda. Organizao de pequenos grupos responsveis por aes especficas como o recolhimento

    do leo de cozinha usado. Produzir um viveiro de frutas, verduras e legumes para complementar nosso lanche. Preparar um viveiro de flores para transformar nossa escola, parques, praas e canteiros de

    ruas em um ambiente mais bonito e saudvel. Desenvolver em parceria com o Corpo de Bombeiros um trabalho de conscientizao e

    mudana de hbitos sobre queimadas do lixo, terrenos baldios, pastagens, entre outros. Criao de um blog ou um site que disponibilizaria a troca de informaes entre as escolas

    das atividades por elas desenvolvidas relacionadas ao meio ambiente e assuntos correlatos. Conscientizar o comrcio local sobre a utilizao de sacolas biodegradveis, a importncia

    da separao do lixo e o aumento de pontos com lixeiras seletivas. Desenvolver atividades priorizando as energias alternativas e renovveis. Organizar projetos de conscientizao para o uso racional de combustveis fsseis. Conscientizar as comunidades rurais sobre a necessidade de eliminar as queimadas da

    cana de acar e controlar a produo de carvo vegetal. Criao da Cooperativa Mirim de Reciclagem dos Resduos Slidos.

    Foram eleitos alunos das escolas Municipais e Estaduais do MS para a entrega deste documento ao Governador Andr Puccinelli. Tambm ser indicado um representante por municpio para a entrega da carta s Cmaras de Vereadores em 2009.

  • 55Anexo

    Carta de Responsabilidades Vamos Cuidar do Par Belm, 03 de Dezembro de 2008. Saudaes caboclas! Ns, estudantes, crianas e jovens do estado do Par, participantes e construtores da nossa I Conferncia Estadual Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente, realizada nos dias 01, 02 e 03 de Dezembro de 2008, viemos atravs desta Carta de Responsabilidades, que assumimos e encaminhamos a Exma. Governadora do Estado, Ana Jlia de Vasconcelos Carepa, apresentar todas as propostas e deliberaes, a seguir:

    1) Compromisso de todos pela sensibilizao, conscientizao e cooperao para que todas as escolas do Par tenham COM-VIDAs (Comisses de Meio Ambiente e Qualidade de Vida) funcionando e atuantes pela preservao socioambiental das comunidades;

    2) Reaproveitamento e reutilizao da gua da chuva com incentivo e investimento do Governo e apoio da comunidade;

    3) Fiscalizao dos rgos competentes em relao ao uso e acesso de gua boa e de qualidade para todos os cidados paraenses. Ex: caixas dguas, poos artesianos em comunidades carentes e instalao de estaes de tratamento de esgotos em todas as cidades e regies;

    4) Pl