Relatório Gestão de Pessoas

8/8/2019 Relatrio Gesto de Pessoas

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SERVIO-ESCOLA UNIA / ANHANGUERA

RELATRIO DE ESTGIO EXTERNO 4

ANO: 2009 SEMESTRE: ( X ) 1. ( )2.

I - IDENTIFICAO DO ESTGIO

ESTGIO: Gesto de Pessoas

LOCAL DO ESTGIO: Criare Mveis

INCIO DAS ATIVIDADES / ATENDIMENTOS: 08/05/2009

TRMINO DAS ATIVIDADES / ATENDIMENTOS: 05/06/2009

TOTAL DE ATIVIDADES/ATENDIMENTOS REALIZADOS: 5

TOTAL DE HORAS DE ESTGIO: 15h

II MODALIDADE DO TRABALHO REALIZADO

( ) Individual ( X ) Grupal

Caractersticas: Grupo de 4 vendedores mais um gerente de uma unidade da rede Criare

de Mveis.

III IDENTIFICAO DO(S) ESTAGIRIO(S) RESPONSVEL(IS)

NOME RGM1. Juliana Bauer Fonseca 644495

2.

Assinatura do Supervisor:.....................................................................CRP ........................

Assinatura da Estagiria:..........................................................................RGM ........................


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IV - ATIVIDADES DESENVOLVIDAS:

Realizei um levantamento sobre as queixas e pontos favorveis em relao empresa depois da

fuso com o grupo Sidlar e propus um questionrio de autoconhecimento.

Iniciei as atividades em 08/05/2009, data em que fui at a unidade e apresentei a proposta do

estgio ao gerente.

Primeiro encontro 08/05/2009 Incio s 16h20 e trmino s 18h50.

Cheguei na loja por volta de 15h40, mas tive que aguardar o gerente finalizar um atendimento

para que pudesse conversar sobre a proposta do estgio.

Me apresentei como sendo estagiria do 5 ano de Psicologia e informei sobre a matria de

Gesto de Pessoas, explicando que eu precisaria fazer uma atividade que envolvesse a equipe.

Houve um certo receio da parte do gerente, pois com as mudanas de cultura, existia o medo de

no ser permitido o trabalho na loja ou mesmo que eu fosse uma espcie de espi do escritrio

central, mas depois de eu explicar exatamente o que pretendia fazer, ele aceitou e apenas me

pediu pra que respeitasse ao mximo a rotina da loja, pois por se tratar de varejo, o dia a dia

imprevisvel.

Nesse mesmo encontro ele me apresentou os vendedores. Todos estavam presente na minha

visita. So eles:

Leandro gerente / projetista h um ano e oito meses na rede (formado em Decorao pela

Belas Artes);

Guilherme projetista / vendedor h um ano e trs meses na rede (formado em Design deInteriores pela Uniban);

Carolina vendedora h trs meses na rede (sem formao tcnica / superior);

Vagner vendedor h um ano e um ms na rede (sem formao tcnica / superior);

Daiana vendedora h um ms na rede (estudante do primeiro semestre de Design te

Interiores na Uniban).

A diferena entre projetista e vendedor que os projetistas so graduados.

Na conversa que tive com eles, fui informada que todos com exceo da Daiana vieram de outras


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unidades.

Por se tratar de comrcio, a todo momento a conversa era interrompida por clientes que

entravam na loja ou ligaes referentes a projetos, oramentos, etc.

O Leandro me apresentou a loja e se demonstrou disposto a colaborar. Teve algumas dvidas

sobre confidencialidade que foi questionada diversas vezes durante minhas idas loja. Eu

sempre reforcei que esse estudo era totalmente acadmico, se limitando a discusses em sala

de aula sobre Gesto de Pessoas e que manteria o sigilo.

Segundo encontro 15/05/2009 Incio 15h20 e trmino s 18h

Esse encontro foi provavelmente o mais produtivo, pois foi quando conversei com cada

funcionrio isoladamente, tentando levantar as informaes sobre as maiores queixas e pontos

positivos da empresa.

De acordo com eles, num geral interessante trabalhar l, porm a compra da Criare pela Sidlar

tem causado desconforto geral.

As maiores queixas citadas foram:

Ausncia de benefcios (no h vale transporte, vale refeio, assistncia mdica ou qualquer

outro tipo de ajuda de custo);

Presso do novo dono da empresa (vendedores ficam assustados e initimidados com a presena

constante do presidente);

Desentendimento entre a equipe (com relao a vendas e clientes).

J como pontos favorveis, foram mencionados:

Bom relacionamento da equipe fora da empresa ou de assuntos relacionados ao trabalho

(conhecem os cnjuges, saem juntos);

Comisses e premiaes atraentes;

Proximidade do local da residncia.

Com conversas grupais, os vendedores comentaram que fazem bastante treinamento, porm em

seus certificados nem sempre consta o nmero de horas ou a data do evento. Tambm falaram


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sobre a ausncia do RH. No conhecem ningum e no sabem de outras atividades relacionadas

a essa rea que no seja Administrao de Pessoal. Foi falado por um deles do novo esquema

de folga (3 dias seguidos), que antes no existia.

Terceiro encontro 18/05/09 Incio s 18h10 e trmino s 21h30

Estive l para colher mais algumas informaes e levar direto pra superviso, mas com o

movimento da loja e as conversas extensas com os participantes, acabei ficando at o

encerramento do expediente.

O gerente me explicou no que consiste suas atividades. Disse que a cobrana muito alta sobre

a venda da loja e que a parte mais crtica o trabalho que eles chamam de boy, que a

burocracia que envolve todo sistema da unidade. ele quem leva pessoalmente os documentos

na matriz, localizada no Parque So Lucas e lida diretamente com o administrativo da Sidlar.

Segundo ele, no h muitas vantagens em se ocupar esse cargo porque no se pode vender,

apenas auxiliar os vendedores para que fechem o maior nmero de projetos possveis. A

cobrana muito grande vinda da superviso e ele freqentemente chamado a ateno para a

postura e comportamentos da equipe.

Ele comentou que terminantemente proibido enviar projetos por e-mail, pois isso facilitaria o

cliente a buscar o melhor preo com base num trabalho feito por um dos vendedores. Todos os

e-mails enviados so lidos pela central antes de serem entregues ao destino, para se certificar

que no h nem projetos, nem assuntos particulares sendo tratados por esse meio.

Conversei tambm com a Daiana, que era nova na empresa. Ela demonstrava grande

descontentamento com as polticas e o trabalho em si. Alegou que no sabia por quanto tempo

aguentaria permanecer trabalhando na rede.

Presenciei diversos atendimentos pessoais e via telefone. Todos so muito educados e

prestativos. Demonstram grandes conhecimentos e segurana sobre o que falam. Muitas vezes

repetem diversas vezes a informao para se assegurar que esto falando a mesma lngua que o

cliente.

Nesse dia, tambm assisti uma leve discusso sobre uma venda barrada, que como eles

chamam quando dois vendedores atendem o mesmo cliente. Houve desentendimento entre eles

e o que finalizou a venda se recusou por fim, a dividir a comisso com o primeiro que havia


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atendido, provocando um mal estar que para minha surpresa, durou at que um novo cliente

entrou.

A postura de todos elegante. No h risadas altas ou clima de descontrao excessivo. Todos

permanecem contidos, sempre se ajeitando em suas cadeiras e falando em tom de voz

adequado. As roupas sempre esto impecveis e o linguajar utilizado tambm compatvel com

o pblico que frequenta a loja. Se um est atendendo, o outro procura dar suporte e ser gentil,

oferecendo caf aos clientes e agilizando o lado burocrtico quando necessrio.

Pude observar bastante nesse encontro, pois como freqentemente era necessrio interromper aconversa, permanecia olhando cada um deles. Foi nesse dia, inclusive, que eu me questionei

sobre as queixas versus comportamento, pois embora cada um tivesse relatado diversas

dificuldades, todos trabalhavam de forma bastante profissional, sem demonstrar qualquer tipo de

m vontade seja com o colega, seja com o cliente.

Ao final do expediente, tive dvidas sobre como trabalhar num cenrio assim, pois h a

dificuldade em poder reunir toda equipe para alguma atividade e tambm para um contexto como

o varejo, um nico trabalho no seria eficaz por muito tempo. Levei essa questo superviso.

Quarto encontro 25/05/09 Incio s 16h e trmino s 18h40

Depois da superviso, decidi elaborar um questionrio a fim de no s conhecer melhor as

perspectivas dos funcionrios, mas tambm para que eles refletissem um pouco sobre o futuro

profissional de cada um.

Conversei com o Leandro a fim de saber se era possvel essa atividade e expliquei os objetivos e

informei que no s os dados colhidos nos questionrios, mas tambm todas as entrevistas econversas casuais eram confidenciais. Isso o tranquilizou e permitiu que eu trabalhasse com

esse instrumento.

Como no possvel parar todos de uma nica vez, fui chamando um a um para uma mesa

disposta nos fundos da loja e entreguei o questionrio, dando a seguinte instruo: responda

todas as perguntas da forma mais sincera possvel, sem se preocupar com o impacto que a

resposta pode causar. As informaes so confidenciais e nem seu colega nem o seu superior

tero acesso s mesmas. Fica a seu critrio comentar com eles sobre suas respostas.


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No houve dvida por parte de nenhum deles e foi possvel que todos respondessem sem

interrupo. Alguns demoraram muito pra formular as respostas, especialmente o gerente que

verbalizou ter medo de dar um tiro no prprio p sendo to sincero quanto pedi.

As questes levantadas foram:

Voc se sente satisfeito com seu trabalho?

Se pudesse trabalhar em outra funo dentro da empresa, qual seria?

Se pudesse escolher outra profisso, qual seria?

O que o mantm trabalhando na Criare?Como pretende estar daqui cinco anos?

Entreguei e recolhi os questionrios no mesmo dia, porm no sbado seguinte meu carro foi

furtado em frente faculdade e todos os documentos de estgio, cadernos, anotaes e outros

itens pessoais foram levados juntos sem que eu tivesse digitado e salvo. Os dados a seguir

foram feitos a partir da minha leitura assim que fui recolhendo as folhas.

Leandro, o gerente, diz que pretende ficar na empresa por no mximo mais um ano e que depois

pensa em trabalhar fora do pas. Seu irmo j mora na Austrlia h quase dois anos e ele pensa

em trabalhar como chef com ele l, embora no saiba nada sobre gastronomia;

Guilherme quer trabalhar com restaurao de carros antigos (mecnica / funilaria) e tem

reservado seu dinheiro pra montar uma oficina, que segundo ele, j est bem estruturada;

Daiana est cursando o primeiro semestre de Design de Interiores mas tm dvidas sobre o

futuro profissional. Diz que seu sonho era ser arquiteta, porm no pde arcar com o valor do

curso;

Carol no fez nenhum curso superior e diz que no momento pretende se dedicar a aprender os

programas que utilizam-se nas lojas de mveis, pois se perder o emprego numa rede, pode

facilmente se recolocar em outra. Antes disso trabalhava com o pai numa loja de materiais de

construo.

Vagner diz que se sente realizado no seu trabalho, pois antes vivia de bicos e a atual funo o

proporciona um certo status e tambm estabilidade. Disse que finalmente pde ter um carro novo

e que embora seja penoso trabalhar de segunda a segunda, pra uma pessoa sem nenhuma


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formao universitria, ele se considera algum com sorte.

Soube depois que a Daiana havia se desligado da empresa por iniciativa prpria.

Quinto encontro 09/06/09 Incio s 15h e trmino s 17h

Estive l apenas para fazer um fechamento e agradecer aos participantes pela colaborao. O

clima na loja estava tenso, pois o presidente havia estado l na vspera e foi dito anteriormente,

deixou todo mundo nervoso e apreensivo. Tive a oportunidade de perguntar se haviam gostado

de conversar com algum que no do meio deles e apenas o Guilherme no se manifestou. Osdemais comentaram sobre o questionrio que tinham respondido, dizendo que entre si, tinham

compartilhado o receio de parecerem ser pouco ambiciosos ou ambiciosos demais. Eu expliquei

que o questionrio tinha sido para provocar um questionamento prprio sobre a viso do futuro e

no para que eu avaliasse o que estava certo ou errado. Mais uma vez o Vagner reforou a

questo de ter se descoberto um grande vendedor e que no pretendia retornar aos estudos

enquanto aquela atividade proporcionasse prazer a ele.

Na semana anterior, todos haviam participado de um treinamento de vendas na matriz e estavam

visivelmente motivados, comentando sobre exemplos que ouviram l, das conversas que tiveram

com vendedores de outras unidades, entre outros.

Agradeci e finalizei minhas visitas loja, reforando mais uma vez que tudo que foi tratado

comigo l era estritamente confidencial e seria utilizado apenas como material de estudo.

V ANLISE DAS ATIVIDADES, ARTICULAO TERICO-PRTICA E CONTEDO DAS

SUPERVISES:

A atividade iniciou-se em 08 de maio de 2009, quando apresentei ao gerente da loja a proposta

para levantamento de necessidades dos colaboradores a partir da queixa sobre a fuso da Criare

com a Sidlar.

A insegurana com relao ao mercado de trabalho contribui para o stress dos colaboradores,

fazendo com que muitos permaneam em suas atividades embora no se sintam realizados.

(GIL, 2006)

Essa observao foi feita durante o estgio realizado na loja, na qual os vendedores e o prprio


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gerente se mostram desmotivados e com planos profissionais diferentes das funes que

exercem hoje.

Tambm foi verificada a baixa qualidade de vida, j que todos sem exceo trabalham aos finais

de semana, feriados, muitas vezes numa carga horria de 12 horas. Desde a Revoluo

Industrial, quando as oficinas artess foram extintas, foi percebido a necessidade da separao

entre trabalho e casa, de forma que o indivduo pudesse ter sua vida separada em duas

vertentes: vida pessoal e vida profissional (REVISTA EXAME, 2000).

No passado, acreditava-se que a motivao era uma fora externa (professor, gestor), pormhoje, sabe-se que a motivao tem sempre origem numa necessidade. Assim, cada um de ns

dispe de motivaes prprias geradas por necessidades distintas e no se pode, a rigor, afirmar

que uma pessoa seja capaz de motivar a outra (GIL, 2006).

A motivao a conseqncia de necessidades no satisfeitas. Essas necessidades so

intrnsecas s pessoas. No podem, portanto, os gerentes colocar necessidades nas pessoas.

Isso significa que os gerentes no so capazes de motivar, mas de satisfazer s necessidades

humanas (ARCHER, 1990).

Essa teoria se refora com o trabalho realizado na loja, no qual foi constatado que embora os

colaboradores tenham planos direcionados a outro segmento que no o comrcio moveleiro,

todos trabalham em sintonia, tentando se ajudar e com uma motivao prpria.

VI TCNICAS EMPREGADAS:

Entrevistas abertas;

Observaes;

Questionrios;Pesquisas na internet.

VII - CONSIDERAES SOBRE O ESTGIO REALIZADO:

Considerei o estgio regular, pois muito difcil trabalhar no varejo, com uma estrutura

organizacional atpica. Alm disso, h tambm a questo da disponibilidade, pois num comrcio

complicado paralisar todos os colaboradores de uma vez, mesmo que por alguns minutos. Em

contra partida, fui muito bem recebida por todos e sempre teve disposio do grupo em

colaborar. Creio que para que o estgio pudesse ser melhor, seria necessrio dar continuidade

no trabalho, mas de forma regular, j que o prprio RH da empresa no pratica a Gesto de


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Pessoas.

VIII PREVISO DE CONTINUIDADE:

( ) Sim ( X) No

Propostas:

IX- REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS:

GIL, Antonio Carlos. Gesto de Pessoas So Paulo: Atlas, 2006.

COHEN, David. Beleza fundamental...mas nem tanto. Exame, So Paulo: Abril, 26 agosto.2000.

ARCHER, Ernest R. O mito da motivao. In: Bergamini, Ceclia Whitaker; CODA, Roberto.

Psicodinmica da vida organizacional: motivao e liderana. So Paulo: Pioneira, 1990.

X ANEXOS

Boletim de Ocorrncia do furto do meu carro no qual se encontrava meus cadernos, anotaes e

questionrios.

OBSERVAES:Todos meus questionrios e fichas de estgio foram furtados junto com meu carro. As fichas eu

refiz, mas os questionrios, segundo a Prof. Nilva, no seria adequado aplicar novamente e num

espao to curto de tempo.

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