Relatório IV- Paralelismo de Geradores Síncronos

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  • PARALELISMO DE ALTERNADORES Lucas Dorneles, Lucas Nunes, Maicon Nat, Ricardo Oliveira,

    Rodrigo Andrade.

    [email protected], [email protected],

    [email protected], [email protected],

    [email protected].

    Resumo A aula prtica sobre paralelismo de alternadores

    realizada na disciplina de Mquinas Eltricas I do curso de

    engenharia eltrica da Universidade Federal do Pampa, teve como

    objetivo, estudar as operaes necessrias para se acoplar duas ou

    mais mquinas em paralelo.

    Palavras-chave Mquinas Eltricas; Gerador Sncrono;

    Paralelismo.

    I. INTRODUO

    O estudo de operaes de mquinas em paralelo de

    suma importncia para o funcionamento de usinas,

    subestaes interligadas, assim como para qualquer sistema

    eltrico de potncia.

    A utilizao de mquinas em paralelo apresenta diversas

    vantagens em relao a uma mquina isolada, porm deve-se

    ter alguns cuidados com o controle das mquinas para que

    no haja problema no funcionamento.

    No decorrer do relatrio ser apresentada uma reviso

    terica descrevendo as vantagens citadas acima e, tambm, as

    condies para que se opere nesta caracterstica.

    II. FUNDAMENTAO TERICA

    2.1 Operaes em paralelo de Geradores Sncronos

    Atualmente no mundo muito difcil achar um gerador

    sncrono operando sozinho, ou seja alimentando a carga

    diretamente. Esta operao acontece somente em casos

    especficos como por exemplo em geradores de emergncia.

    Em todas as outras operaes h geradores operando em

    paralelo para satisfazer a demanda desejada pelas cargas. Um

    grande exemplo disto a rede eltrica do Brasil onde h

    milhares de geradores operando em paralelo para suprir a

    demanda de energia.

    2.2. Vantagens do Paralelismo

    Define-se algumas vantagens a seguir como:

    A carga total pode ser atendida por vrias

    mquinas menores. No caso de uma futura

    expanso de carga, ao invs de trocar o gerador,

    dota-se a adio de uma ou mais mquinas em

    paralelo.

    vantajoso economicamente e apresenta uma

    maior comodidade ao proprietrio, pois

    dificilmente todas as mquinas em paralelo

    apresentaram defeito no mesmo instante.

    Maior rendimento proporcionado pela operao a

    plena carga dos geradores. No caso de reduo de

    carga, algumas unidades podem ser desligadas.

    Maior confiabilidade para o sistema, dificilmente a

    carga deixar de ser atendida.

    A presena de muitos geradores em paralelo

    permite que um ou mais deles sejam removidos

    para desligamento e manuteno preventiva.

    Quando um gerador est operando e no est perto

    da plena carga ento ele est sendo ineficiente,

    portanto quando h muito mais mquinas menores

    em paralelo e possvel operar apenas com uma

    frao delas e as que estiverem realmente operando

    estaro funcionando perto da plena carga, ou seja,

    sero eficientes.

    2.3. Condies de Paralelismo

    A figura 1 mostra um gerador sncrono G1 que est

    alimentando uma carga e um gerador sncrono G2 que est

    ligado em paralelo com o primeiro gerador, s no est

    operando porque h uma chave S1 que est aberta. Quando

    essa chave for fechada esse paralelismo ter que atender

    algumas condies que sero analisadas a seguir.

    Figura 1-Um gerador sendo ligado em paralelo com um sistema

    que j est operando.

    mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]
  • Se est chave for fechada a qualquer momento, os

    geradores podero sofre danos irreversveis e

    consequentemente a carga ir rapidamente perder potncia.

    Se as tenses no forem exatamente as mesmas nos

    condutores haver um fluxo muito grande de corrente aps o

    fechamento da chave S1. Para evitar esse problema os

    geradores tero que ter o valor de tenso e ngulo de fase, ou

    seja a fase a no gerador G1 tem que ser exatamente igual a

    fase a do gerador G2.

    As condies para o paralelismo de geradores so:

    As tenses eficazes de linha devem ser iguais

    nos dois geradores.

    Os dois geradores devem ter a mesma sequncia

    de fase.

    Os ngulos de fase das duas fases a e a devem

    ser a mesma.

    A frequncia do novo gerador conectado rede

    deve ser ligeiramente menor que a do outro

    gerador.

    2.4 Mtodos de Sincronizao.

    Para ligar o gerador G2 em paralelo com o gerador G1

    como mostrado na figura 2 devemos seguir os seguintes

    passos.

    Figura 2-Mtodos das trs lmpadas para verificao das fases.

    O primeiro passo utilizar voltmetros para que a corrente

    de campo que est entrando em paralelo deve ser ajustada at

    que a tenso terminal seja igual tenso de linha do sistema

    j em operao.

    O segundo verificar a sequncia de fases do gerador que

    est entrando, se a mesma do gerador que j est operando.

    Um dos mtodos para fazer isso ligar dois pequenos

    motores de induo nos terminais de cada gerador e verificar

    se os motores esto girando no mesmo sentido, se os dois

    estiverem no mesmo sentido as sequncias so a mesma, se

    por acaso girarem em sentidos contrrios esto com

    sequncia de fases diferentes e dois condutores do gerador

    que est entrando devem ser invertidos.

    Um mtodo alternativo de identificar as sequncias de

    fases e o mtodo das trs lmpadas. Neste caso trs lmpadas

    incandescentes devem ser conectadas nos terminais abertos

    da chave que liga o sistema como mostrado na figura 2.

    medida que as fases se modificam entre os dois sistemas as

    lmpadas brilham fortemente e logo aps brilham

    fracamente. Se as trs lmpadas brilharem e apagarem ao

    mesmo tempo ento o sistema tem mesma sequncia de

    fases, se as lmpadas brilharem em sequncia ento as fases

    esto opostas, e umas das sequncias ter que ser invertida.

    O terceiro passo e verifica e ajustar a frequncia do

    gerador que est entrando na rede. Devemos ajustar para uma

    frequncia ligeiramente mais elevado do que o gerador que j

    est operando, assim quando entrar em operao ele ir

    fornecer potncia para o sistema no tendo o perigo de ele

    sofrer motorizao absorvendo potncia da rede.

    Logo as frequncias tornaram-se prximas e a fase das

    tenses ir se alterar vagarosamente, e quando os ngulos de

    fases forem iguais a chave ir fechar, fazendo o correto

    paralelismo dos geradores.

    O mtodo das trs lmpadas incandescentes no muito

    exato. Ento um mtodo melhor a ser empregado o mtodo

    do Sincronoscpio e um aparelho que mede a diferena no

    ngulo de fase entre as fases a e a do sistema. O dial mostra

    a diferena de fases entra as duas fases a, estando em 0 no

    topo e 180 na parte inferior. Como as sequncias dos dois

    sistemas so ligeiramente diferentes, o ngulo de fase do

    medidor mudar vagarosamente. Se o sistema ou gerador que

    estiver entrando em paralelo for mais veloz que o sistema que

    est operando, ento ngulo de fase adianta-se e a agulha do

    sncronoscpio girar no sentindo horrio, se a mquina que

    est entrando no sistema for mais lenta, a agulha ir girar em

    sentido anti-horrio. Quando a agulha estiver em vertical, as

    tenses estaro em fase e a chave poder ser fechada para

    ligar os dois sistemas.

    III. EXECUES

    Para comprovar a teoria, montamos o circuito proposto na

    figura 3, e foram realizados testes atravs do mtodo das trs

    lmpadas (fogo girante). Foi utilizado o gerador CC em

    bancada que est disponvel no laboratrio de eletrotcnica

    do campus.

    Figura 3- Esquema de ligao.

    Depois de feita a ligao como mostrada na figura 4,

    ligando os bornes nos seus devidos lugares e as lmpadas de

    forma adequada. Verificou-se as condies de paralelismo e

    o mtodo do fogo girante.

    Figura 4-Ligao do fogo girante.

  • Foram propostas perguntas sobre o experimento, as quais

    sero listadas e comentadas abaixo.

    A primeira pergunta foi pedida para explicar

    superficialmente os mtodos de sincronismo. Anteriormente

    no tpico mtodos de sincronizao foram citados dois tipos

    principais de mtodos: Mtodos das trs lmpadas, e mtodo

    do sincronoscpio, onde foi explicado com detalhes como a

    execuo de cada um e como chegar aos resultados. J o

    mtodo do fogo girante consiste basicamente em duas

    lmpadas piscando e uma terceira apagada, o sincronismo e

    dado quando as duas lmpadas de fora estiverem acessas e a

    de dentro apagada.

    A segunda pergunta foi qual o inconveniente do mtodo

    das lmpadas apagadas. O inconveniente vem do pressuposto

    que o mtodo no plenamente confivel, ou seja poder

    haver uma pequena queda de tenso entre os geradores mas

    mesmo assim insuficiente para acender as lmpadas.

    A terceira pergunta foi pedido para explicar qual a

    consequncia da ligao do gerador rede se as sequncias

    de fase estiverem trocas, como j descrito anteriormente o

    que ocorre que haver uma grande corrente circulando nos

    condutores da rede e isso pode danificar seriamente as

    mquinas.

    A quarta pergunta pediu para descrever o comportamento

    da mquina sncrona nos quatro quadrantes. A frequncia e a

    tenso de terminal do gerador so controladas pelo sistema

    ao qual ele est conectado. O que controla a potncia ativa

    o ponto de ajuste no regulador do gerador, que por sua vez

    essa potncia ativa fornecida pelo gerador para a rede, e

    quem controla a potncia reativa a corrente de campo do

    gerador fornecida ao sistema.

    A quinta e ltima pergunta e como podemos verificar a

    sequncia de fase do sistema, como foi mostrado na seo de

    mtodos de sincronismo. No caso do mtodo das trs

    lmpadas quando as trs desligarem o sistema est em fase,

    j no mtodo do sincronoscpio quando a agulha estiver na

    posio vertical o sistema est em fase. Ainda tambm como

    foi descrito anteriormente podemos conectar dois motores de

    induo nos terminais dos geradores, se eles girarem no

    mesmo sentido o sistema est em fase, se girarem em

    sentidos contrrios no temos a mesma sequncia de fase, e

    teremos que inverter duas fases do gerador que est sendo

    conectado rede.

    IV. CONCLUSES

    Este relatrio apresentou a descrio do experimento IV

    da disciplina de Mquinas Eltricas I. Os experimentos

    executados apresentam resultados satisfatrios.

    Foram vistos os tipos de mtodos de sincronismos, e os

    passos para serem executados.

    Para a correta ligao em paralelo vimos que temos

    condies para que isso ocorre de forma adequada, como por

    exemplo a mesma sequncia de fases, assim evitando danos

    aos equipamentos.

    Portanto verificou-se que no s os geradores sncronos

    so importantssimos para o atual sistema eltrico, mas

    tambm o mtodo que eles so conectados. Vimos as

    inmeras vantagens do uso do paralelismo. Assim quando o

    paralelismo dos geradores executado corretamente temos

    um sistema confivel, e at um certo ponto seguro, pois se

    precisarmos fazer a manuteno preventiva ou at mesmo um

    gerador falhar ainda temos o outro em operao sendo que

    este estar possivelmente a plena carga, assim assegurando

    pelo menos o mnimo da demanda.

    V. REFERNCIAS

    [1] S. J. Chapman and P.W. Daly, Eletric Machinery

    Fundamentals, 4 ed. Boston: McGraw-Hill, 2005.

    [2] I. L. Kosow and P. W. Daly, Mquinas eltricas e

    Transfomadores. Pretince-Hall, 1972.

    [3] F. Grigoletto, Roteiro de Aula Prtica IV- Operao de

    Geradores Sncronos em Paralelo. UNIPAMPA 2014.