Relatório óleo essencial

8/7/2019 Relatrio leo essencial

1/8

PS-GRADUAO EM AGROQUMICAVINICIUS DE OLIVEIRA RAMOS

RELATRIO DE FITOQUMICA

Extrao de leos essenciais

LAVRAS2009


2/8

1 INTRODUO

A cada dia o mercado se torna mais exigente com relao qualidade e utilizao de

conservantes, flavorizantes e corantes sintticos. O uso de substncias extradas de vegetais vemsubstituindo grande parte destes compostos na indstria, o que condizente com o interesse dos

consumidores por uma alimentao mais natural.

Alguns vegetais possuem aplicaes como temperos, conservantes, aromatizantes

dentre outras. Grande parte destas qualidades devida presena de leos essenciais.

Estes leos so produzidos como metablitos secundrios, ou seja, sem funo direta no

desenvolvimento da planta, mas de alguma forma fornecem vantagens adaptativas ao meio

ambiente, como atrao de insetos polinizadores, inibio do crescimento de espcies vizinhas e

toxicidade aos predadores. Apresentam baixa solubilidade em gua, mas pequenas

concentraes j so suficientes para conferir sabor mesma, e grande afinidade por solventes

apolares.

2 LEO ESSENCIAL DE Citrus limon

O leo extrado da casca do limo tem grande procura no mercado, possuindo preo

mais elevado que os leos de laranja, toranja e tangerina (Kirbalaret. al., 2006) devido as suas

propriedades aromticas e flavorizantes. utilizado em produtos alimentcios, cosmticos,

como mascarador do sabor desagradvel em frmacos e em bebidas como o licor italiano

chamado limoncello. (Poiana et. al, 2006)

Em seu trabalho, Kirbalaret al. (2006) determinaram a composio percentual do leo

extrado a frio das cascas de limo cultivados na Turquia. Cerca de 89,9% do leo corresponde

a monoterpenos, sendo o limoneno o de maior expresso (61,8%). A secunda maior classe de

metablitos secundrios presente foram os sesquiterpernos (3,3%), o -bisaboleno foi o

composto com a concentrao mais elevada desta classe (1,6%).

Os aldedos presentes no leo essencial de limo talvez estejam entre as classe de

metablitos de maior interesse, pois eles so os responsveis pelo cheiro e sabor do produto e

sua concentrao utilizada como indicador da qualidade do leo. Sua proporo no leo

1


3/8

extrado foi de 2,4%, sendo que 83% dos aldedos presentes correspondem mistura de geranial

e neral, tambm chamados de citral. (Kirbalaret. al., 2006)

3 HIDRODESTILAO

Um dos mtodos mais utilizados para extrao de leos essenciais a hidrodestilao,

onde esto presentes gua, vapor e a amostra em um mesmo recipiente aquecido. O vapor

arrasta consigo os constituintes mais volteis, que so condensados e recuperados, obtendo-se

assim o hidrolato (Cardoso, 2009). O princpio da destilao vapor baseia-se no fato de que a

presso total de vapor de uma mistura de lquidos imiscveis igual a soma da presso de vapor

dos componentes puros individuais, essa a chamada Lei de Dalton. A presso total de vapor da

mistura torna-se igual a presso atmosfrica (e a mistura ferve) numa temperatura menor que o

ponto de ebulio de qualquer um dos componentes.

Para dois lquidos imiscveis A e B:

Ptotal = PoA + PoB

onde PoA e PoB so as presses de vapor dos componentes puros. ( Oliveira, 2008 )

4 MATERIAL E MTODOS

4.1 Amostragem

Os frutos de limo taiti, juntamente com as folhas que iriam ser desidratadas, foram

coletadas no pomar da UFLA no dia 16/09/2009 s onze horas da manh, com temperatura

amena e dia ensolarado. As folhas frescas foram coletadas sob as mesmas condies no dia

30/09/2009.

2


4/8

As folhas destinadas desidratao foram picadas obtendo-se 310 g de amostra, que

foram colocadas em estufa ventilada 30C por oito dias. As folhas coletadas no dia 30/09/2009

forneceram 337, 63 g de amostra, 5 g foram utilizados no teste de umidade e o restante,

332,63 g, foram utilizados na hidrodestilao. Os frutos foram descascados, obtendo-se 861 g de

cascas, 436 g foram colocadas em estufa ventilada 30C por oito dias, 420 g de cascas frescas

foram destinadas hidrodestilao e 5 g foram utilizados na determinao do teor de umidade

4.2 Determinao do teor de umidade

Para se encontrar o teor de umidade, 5 g de amostra foram colocadas em um balo com

70 mL de cicloexano, este foi acondicionado em manta trmica e conectado por meio de junta

cnica esmerilhada um dispositivo para medida da gua presente ( Figura 1 ). A amostra

permaneceu sob aquecimento por duas horas.

Figura 1 Representao do equipamento para determinao do teor de umidade

4.3 Hidrodestilao

3


5/8

A amostra foi colocada dentro de um balo com capacidade para 5 L e foi recoberta

com gua, tomando-se o cuidado de no ultrapassar a metade do volume do balo. O balo foi

conectado a um Clevenger modificado (Figura 2) para recuperao do leo essencial eacondicionado em manta trmica por duas horas.

Figura 2 - Representao do aparato tipo Clevenger modificado

O leo obtido ento centrifugado e colocada em pistola de secagem para remoo do

restante da umidade.

5 RESULTADOS E DISCUSSO

A determinao do teor de umidade tem por finalidade possibilitar o clculo do

rendimento da extrao dos leos essenciais da casca e da folha do limo Taiti. O teor

aproximado de umidade encontrado foi de 66% tanto nas folhas e quanto nas cascas.

4


6/8

A quantidade de leo obtido nas cascas frescas e desidratas foi 1,75 g e 0,2311 g

respectivamente com rendimento de 1,39% para cascas frescas e 0,1767% para as desidratadas.

Foram obtidos 0,9065 g de leo essencial a partir das folhas frescas e 0,1514 g das desidratadas

com rendimento de 0,8% e 0,1436% respectivamente.

6 CONCLUSO

Os dados obtidos durante o experimento sugerem que a desidratao propicia a perca de

alguns constituintes do leo essencial, tanto da folha quanto da casca dos frutos, diminuindo

assim a quantidade de leo extrado.

Contudo, impossvel afirmar que essa perca influenciou positiva ou negativamente na

qualidade dos constituintes sem uma anlise mais aprofundada.

5


7/8

Referncias

CARDOSO, M. G. Comunicao oral. 16 de setembro. 2009KIRBALAR, . I.; BOZ, I.; KIRBALAR, F. G. Composition of Turkish Lemon andGrapefruit Peel Oils J. Essent. Oil Res., Vol. 18, pag 525-543 Setembro/Outubro 2006

OLIVEIRA, M. M. Atividade antifngica do leo essencial de Syzygiumaromaticum(cravo-da-ndia) no fungo Penicillium roqueforti. 2008. 35 f. Orientador:Juraci Loureno Teixeira. Trabalho de Concluso de Curso (Graduao em Qumica)Centro Universitrio de Formiga UNIFOR-MG, Formiga

POIANA, M.; ATTANASIO, G. ALBANESE D.; DI MATTEO M. Alcoholic ExtractsComposition from Lemon Fruits of the Amalfi-Sorrento Peninsula. J. Essent. Oil Res., Vol.18, pag. 432-437 Julho / Agosto 2006

6


8/8

SUMRIO

1 INTRODUO....................................................................................................................... 012 LEO ESSENICAL DE Citrus limon..................................................................................... 013 HIDRODESTILAO............................................................................................................ 024 MATERIAL E MTODOS..................................................................................................... 024.1 Amostragem.......................................................................................................................... 024.2 Determinao do teor de umidade........................................................................................ 034.3 Hidrodestilao..................................................................................................................... 045 RESULTADOS E DISCUSSO............................................................................................. 046 CONCLUSES....................................................................................................................... 05Referncias................................................................................................................................. 06

7

Relatório óleo essencial

Documents

Transcript of Relatório óleo essencial