Relatório posto 9 passarela

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Agrupamento de escolas de Casquilhos Relatório Peddypaper (Des)Igualdade de Género Barreiro, 6 de dezembro de 2013 Neusa Martins Patrícia Bargado Zetília Sebastião

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Agrupamento de escolas de Casquilhos 

Relatório Peddy‐paper (Des)Igualdade de Género 

Barreiro, 6 de dezembro de 2013 

Neusa Martins 

Patrícia Bargado 

Zetília Sebastião 

 

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Índice Introdução: .................................................................................................................................... 3 

Desenvolvimento: ......................................................................................................................... 4 

Discussão: ...................................................................................................................................... 7 

Conclusão: ................................................................................................................................... 10 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Introdução: O  nome  do  nosso  posto  foi  “Passarela”.  Neste  posto  os 

participantes tiveram de apertar parafusos e em seguida superar um percurso com obstáculos com saltos altos. No fim, tiveram de responder a um simples questionário.  

O  objectivo  deste  posto  foi  testar  a  capacidade  dos participantes  na  realização  de  actividades  estereotipadas  para um determinado género. 

 

Introduction: 

The  name  of  our  post  was  "Passarela".  In  this  post,  the participants  had  to  tighten  screws  and  then  overcome  an obstacle course with high heels. In the end, they had to answer a simple questionnaire. 

The  purpose  of  this  post  was  to  test  the  ability  of  the participants  in  performing  stereotyped  activities  to  a  certain genre. 

 

  

 

 

 

 

 

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Desenvolvimento:   Na primeira parte da atividade, o grupo teve de apertar 16 parafusos, de 4 tipos diferentes, em dois minutos. Tinham a sua disposição  várias  ferramentas  para  o  efeito. Nesta  parte  eram atribuídos  no máximo  6  pontos  se  todos  os  parafusos  fossem apertados, 5 ou 4 se faltasse um tipo de parafusos, 1 ou 2 se só tivessem apertado um tipo de parafusos, de acordo com o grau de dificuldade. 

  Na  segunda parte da  actividade, o  grupo  teve de  superar um  percurso  com  quatro  obstáculos  de  saltos  altos  em  3 minutos. No primeiro obstáculo o grupo teve de passar por cima de 2 cordas, no segundo teve de andar em ziguezague á volta de pinos, no terceiro o grupo teve de dividir‐se em dois e cada dois teve  de  andar  cerca  de  2 metros  sempre  dentro  de  um  arco, entrando no arco, subindo o arco e pondo o arco á  frente e no quarto  e último  obstáculo o  grupo  teve de dar  toques  com  as raquetes e os volantes de Badmínton. Cada um dos obstáculos que fosse superado valia 1 ponto.  

As regras destas atividades eram as seguintes: 

1‐ Os parafusos  tinham de estar bem  colocados e  com as porcas apertadas; 

2‐ Não podiam começar o percurso sem todos os membros do grupo terem os saltos altos postos; 

3‐ No  primeiro  obstáculo  não  podiam  tropeçar  em nenhuma das cordas; 

4‐ No  segundo obstáculo  tinham de  fazer  corretamente o ziguezague; 

5‐ No  terceiro  obstáculo  não  podiam  dar  nenhum  passo, sem ser dentro do arco; 

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6‐ No  último  obstáculo  podiam  deixar  cair  o  volante,  no entanto não podiam andar sem dar toques pelo que, se o volante  caísse,  tinham de partir do ponde de onde o apanharam. 

Após cada grupo terminar as tarefas, fizemos um pequeno questionário  em  que  pedíamos  aos  rapazes  e  às  raparigas  em separado para atribuírem as características Equilíbrio, Gentileza, Vaidade, Violência e Força á mulher ou ao homem. 

Para  a  realização  de  todas  as  atividades  do  nosso  posto necessitámos de: 

• Dezasseis  parafusos  (quatro  com  porcas,  dois pequenos e oito de sextavada); 

• Uma tábua; 

• Duas  sextavadas, duas  chaves de  fendas, uma  chave em estrela e uma chave de fendas multifunções; 

• Cinco pares de sapatos salto alto (um com número 35, dois 39, um 40 e um 41); 

• Duas cordas; • Quatro cadeiras; • Seis pinos; • Dois arcos; • Quatro raquetes e quatro volantes de badmínton. 

Necessitámos ainda de material para criar o cenário, que foi: 

• Dois coletes refletores; • Um apito; 

• Um triângulo de perigo. 

 

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Discussão:   Na preparação da atividade não tivemos nenhum obstáculo relacionado com os materiais que necessitávamos, conseguimos arranjar tudo com a ajuda de familiares, amigos e colegas e com a especial ajuda do Departamento de Educação Física da escola. Apesar  disso,  a  nossa maior  dificuldade  foi  a  distribuição  dos pontos, o tempo de deveríamos dar, o número de parafusos que devíamos  usar,  os  obstáculos  que  deviam  estar  no  percurso  e como  dividir  as  tarefas  pelos  participantes.  Estávamos  muito indecisas quanto a estes assuntos, pelo que mudamos de decisão várias vezes o que nos levou a tomar a decisão definitiva apenas poucas horas antes do Peddy‐paper. 

  Durante  a  atividade  tivemos  alguns  imprevistos  e  houve coisas  que  não  correram  da  melhor  maneira.  No  início  da atividade  tivemos uma  aglomeração de dois ou  três  grupos no nosso  posto,  em  contraste  com  o  fim  da  atividade,  quando estivemos muito  tempo  sem nenhum  grupo.  Esta  aglomeração fez  com  que  ficássemos  stressadas,  confusas  e  sobre  pressão. Muitos grupos vinham ao nosso posto, ficavam lá á espera algum tempo e só depois é que percebiam que não estavam no posto certo! Acrescentando a isso havia muita gente a assistir e alguns “invadiram” o espaço onde estavam a decorrer as atividades do nosso posto. Para além disto, sentimos que alguns grupos eram bastante  desatentos  e  não  ouviam  a  explicação  da  atividade, outros,  e  infelizmente  a maioria,  eram muito  desorganizados, não atavam os sapatos e deixavam os volantes  fora do  lugar, e por  isso perdemos um deles. Aconteceu  também um grupo  ter saído do nosso posto  sem  a pontuação, o que  achamos muito 

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estranho, mas que acabou por ser resolvido devido ao  facto de nos lembrarmos da sua pontuação. 

O nosso maior imprevisto foi o facto de termos pensado ser capazes de desapertar os parafusos no intervalo entre um grupo e  o  seguinte,  uma  vez  que  a  nossa  atividade  só  demorava  5 minutos,  no  entanto  não  foi  assim,  o  que nos  levou  a  não  ter tempo de desapertar os parafusos, pelo que tomamos a decisão de  um  grupo  apertar  e  o  seguinte  desapertar  e  assim sucessivamente, o que não  foi  injusto uma  vez que desapertar aqueles parafusos era  tão difícil quanto apertar. E por  fim não sinalizamos  bem  os  buracos  para  pôr  os  parafusos  pelo  que houve muitos  enganos,  a  sorte  foi que  todos os buracos  eram aproximadamente do mesmo tamanho! 

Embora tenhamos tido muitos imprevistos, as atividades do nosso  posto  correram muito  bem,  o  cenário  estava  bonito,  a maioria dos participantes gostaram das atividades desenvolvidas no  nosso  posto,  todos  eles  conseguiram  calçar  um  par  de sapatos (apesar de uns terem tido mais dificuldades ao fazê‐lo), no momento de maior stresse conseguimos gerir bem as coisas, apoiámo‐nos umas às outras, trocamos de funções, trabalhamos bem em equipa! 

Se  voltássemos  a  fazer  este  Peddy‐paper  verificaríamos  o passaporte de cada grupo que chegasse ao nosso posto para ver se  de  facto  vinham  do  posto  anterior,  teríamos  gerido  os parafusos  para  apertar  de  outra maneira  e  teríamos mostrado um pouco de mais autoridade de modo a garantir a atenção da parte dos participantes e dos assistentes. 

No  decorrer  das  atividades  do  nosso  posto  observamos que, como  já  tínhamos previsto, quando o grupo  se dividia em 

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dois  para  o  terceiro  obstáculo  do  percurso,  apenas  1  dos  8 grupos  de  dividiu  em  duas  equipas mistas,  os  outros  7  grupos formaram  grupos de dois  rapazes e duas  raparigas. Para nossa surpresa, observamos que as raparigas têm mais “talento” para apertar  parafusos  do  que  os  rapazes,  o  que  vai  contra  o estereótipo  da  nossa  sociedade. Os  resultados  do  questionário que fizemos no fim, foram: 

o 100%  das  raparigas  e  67,5%  dos  rapazes  atribuíram Equilíbrio à mulher enquanto apenas 25% dos rapazes atribuem‐no ao homem; 

o 100%  das  raparigas  e  62,5%  dos  rapazes  atribuíram Gentileza  à  mulher  enquanto  apenas  37,5%  dos rapazes atribuem‐na ao homem; 

o 87,5% das  raparigas e 62,5% dos  rapazes  atribuíram Vaidade  à  mulher  enquanto  apenas  12,5%  das raparigas  e  37,5%  dos  rapazes  atribuem‐na  ao homem; 

o 100%  das  raparigas  e  87,5%  dos  rapazes  atribuíram Violência  ao  homem  enquanto  apenas  12,5%  dos rapazes atribuem‐na à mulher; 

o 87,5%  das  raparigas  e  100%  dos  rapazes  atribuíram Força  ao  homem  enquanto  apenas  12,5%  das raparigas atribuem‐na à mulher. 

 

 

 

 

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Conclusão:   O nosso trabalho correu bem, todos os membros do grupo trabalharam em equipa e todos fizeram a sua parte.  

  Uma das conclusões que tiramos é que, aparentemente, as raparigas estereotipam mais do que os rapazes, o que podemos observar no questionário que  fizemos em que as  raparigas  têm opiniões  muito  parecidas  ao  contrário  dos  rapazes  que  têm opiniões mais divergentes. 

  Na nossa opinião, a preparação deste tipo de atividade no contexto escolar é muito  importante pois  infelizmente hoje em dia  a  nossa  sociedade  tem  vários  estereótipos  e  preconceitos que precisam  ser ultrapassados. Um  simples exemplo é o  facto de quem olhar para este  relatório, mesmo sem  ler o nome dos autores, vai associar a cor das páginas com o facto de os autores serem do sexo feminino, o que não é necessariamente verdade! Achamos que este tipo de atividades deve ser desenvolvido com mais frequência.