Relatório Prática Nº2

download Relatório Prática Nº2

of 14

Transcript of Relatório Prática Nº2

  • 7/27/2019 Relatrio Prtica N2

    1/14

    Disciplina de Qumica Inorgnica Experimental

    Professora: MSc.Maria Beatriz Pereira Mangas

    RELATRIO DA AULA PRTICA N2:

    BORO E ALUMNIO

    Aluno: Matson Edwards Pereira Matrcula: UC09037383

    Taguatinga-DF, agosto de 2013

  • 7/27/2019 Relatrio Prtica N2

    2/14

    INTRODUO

    Os elementos do grupo 13, boro, alumnio, glio, ndio e tlio, tm diferentes e

    interessantes propriedades qumicas e fsicas. O primeiro membro do grupo, o boro,

    essencialmente no metlico, enquanto as propriedades dos outros elementos so

    claramente metlicas. O alumnio o elemento comercialmente mais importante,

    sendo produzido em grande escala para uma grande variedade de aplicaes.(1)

    O grupo 13 da Tabela Peridica o primeiro grupo do bloco p. Seus

    elementos possuem configurao eletrnica ns2np1 e seu maior numero de oxidao

    +3. Entretanto, os elementos mais pesados do grupo tambm formam compostos

    com o metal no estado de oxidao +1, e este estado aumenta de estabilidade medida que se desce no grupo. Esta tendncia particularmente evidente para os

    haletos. A estabilidade relativa de um estado de oxidao menor que o frequente do

    grupo se deve ao efeito do par inerte, um tema recorrente dentre os elementos do

    bloco p. Esse efeito atribudo grande energia necessria para remover os

    eltrons ns2 depois que o np1 foi removido.

    A famlia do boro, como tambm conhecido o grupo 13, apresenta tambm

    uma anomalia conhecida como efeito alternante. Esse efeito explica o fato de o glioser mais eletronegativo que o alumnio, mesmo estando em perodo maior. Isto

    uma conseqncia do aumento da carga nuclear efetiva dos elementos 4p devido a

    presena dos eltrons 3d, que tm baixo efeito de blindagem.

    O boro uma exceo regra do octeto, uma vez que se estabiliza com 6

    eltrons na camada de valncia (2 a menos que o convencional). O boro forma

    sempre ligaes covalentes, em nmero de trs e com ngulos de 120, utilizando-

    se de hibridao sp

    2

    . Por apresentar um orbital vazio, esse elemento tambm podeatuar como cido de Lewis nas reaes qumicas.

    O alumnio o metal mais abundante e o terceiro mais abundante, em peso,

    da crosta terrestre. Trata-se de um elemento essencialmente metlico, embora

    algumas vezes classificado como metalide devido ao seu carter anfotro.

    extrado da bauxita (Al2O3) atravs de uma eletrlise. Sua reao com o oxignio

    forma uma camada de xido que protege as partes mais internas do metal. Por isso

    ele muito utilizado no revestimento de outros metais, como forma de proteo

    contra oxidao.

  • 7/27/2019 Relatrio Prtica N2

    3/14

    Os elementos do grupo 13 formam complexos com maior facilidade que os

    elementos do bloco s, por causa de seu menor tamanho e sua maior carga. Alguns

    complexos so tetradricos com hidretos e haletos como o Li[AlH4] e H[BF4],

    entretanto a maioria deles octadrico, tais como o [GaCl6]-3, [InCl6]-3, [TlCl6]-3. Os

    complexos octadricos mais importantes so aqueles formados com grupos

    quelantes, tais como -dicetonas, on oxalato, cidos dicarboxlicos, pirocatecol, e

    tambm 8-hidroxiquinolina. Esse ltimo utilizado na determinao gravimtrica de

    alumnio.

    OBJETIVOS

    Observar as caractersticas e reatividade da Famlia 13

    Sintetizar compostos de Boro e de Alumnio atravs de reaes.

    MATERIAIS E REAGENTES

    cido Brico

    xido de boro Manitol

    Tetraborato de sdio

    Soluo 1% de fenolftalena

    cido sulfrico concentrado

    Tetrafluorborato de potssio

    Tricloreto de alumnio

    Lminas de alumino Solues de HCl 1 M e 6 M

    Soluo deNaOH 10%

    Amonaco concentrado

    Cloreto de mercrio

    Soluo de cloreto de alumnio Almen

    cido perclrico

    Cloreto de brio

    Tubos de ensaio

    Garra de madeira

    Bico de Bunsen

    Basto de vidro Fita de pH

    Pipeta de Pasteur

    Rolha vazada

    PROCEDIMENTOS

    BORO1 Procedimento: cido Brico, xido de boro e boratos.

  • 7/27/2019 Relatrio Prtica N2

    4/14

    a) Aqueceu-se um pouco de cido brico (slido) num tubo de ensaio

    seco.

    b) Dissolveu-se um pouco de cido brico em gua destilada e

    comprovou-se o pH da soluo utilizando fitas de pH.

    c) Adicionou-se soluo de cido brico o indicador fenolftalena. Em

    seguida, adicionou-se certa quantidade de uma soluo de hidrxido

    de sdio (NaOH 10%) at que a soluo adquirisse uma colorao

    rosa. Logo aps, adicionou-se uma ponta de esptula de manitol (n-

    pentanopentol) e observou-se a variao do pH.

    d) Dissolveu-se um pouco de tetraborato de sdio (borax) em gua

    destilada e verificou-se o pH da soluo com uma fita de pH.

    2 Procedimento: Obteno do ster metlico do cido brico B(OCH3)3.

    a) Colocou-se num tubo de ensaio seco um pouco de cido brico e

    adicionou-se 1 mL de cido sulfrico concentrado e 2 mL de metanol.

    b) Aqueceu-se o tubo de ensaio cuidadosamente e, com o auxlio de um

    palito de fsforo aceso, verificou-se a liberao de calor dos vapores

    na boca do tubo.

    3 Procedimento: Obteno de trifluoreto de boro.

    a) Colocou-se num tubo de ensaio seco 1 g de tetrafluoroborato de

    potssio, 0,2 g de xido de boro e 3 mL de cido sulfrico concentrado.

    b) Fechou-se o tubo com uma rolha furada que levava um tubo estreito de

    vidro.

    c) Aqueceu-se o tubo de ensaio.

    ALUMNIO

    1 Procedimento: Reatividade qumica e estabilidade do alumnio.

    a) Observou-se a reao do alumnio (pedaos em fita) com os seguintes

    reagentes:

    cido clordrico diludo e concentrado;

    cido ntrico diludo e concentrado;

    Hidrxido de sdio (10%);

    Soluo concentrada de amonaco; aquecer se for necessrio.

  • 7/27/2019 Relatrio Prtica N2

    5/14

    b) Os tubos onde no foram constatadas reaes instantneas foram

    aquecidos em um bico de bunsen.

    2 Procedimento: Ativao do alumnio por amalgamao.

    a) Limpou-se a superfcie de um pedao de lmina de alumnio com uma

    lixa.

    b) Esfregou-se a superfcie com algumas gotas de soluo de cloreto de

    mercrio.

    c) Deixou-se a lmina tratada exposta algum tempo ao ar livre.

    3 Procedimento: Hidrxido de alumnio e anfoterismo.a) Adicionou-se uma soluo de cloreto de alumnio gota a gota,

    hidrxido de sdio diludo at observar um precipitado. Depois se

    adicionou hidrxido de sdio em excesso, agitou-se at dissolver todo

    o precipitado.

    b) Realizou-se o mesmo procedimento com soluo de amonaco em vez

    de hidrxido de sdio.

    4 Procedimento: Hidrxido de sais hidratados de alumnio

    a) Dissolveu-se cloreto de alumnio hidratado em gua destilada e

    comprovar o pH da soluo com fita de pH.

    5 Procedimento: Cloreto de alumnio

    a) Aqueceu-se um pedao de cloreto de alumnio num tubo de ensaio

    seco.b) Dissolveu-se um pedao de cloreto de alumnio em gua.

    6 Procedimento: Alume, um sal duplo: KAl. (SO4)2.12H2O

    a) Dissolveu-se alume, sulfato de potssio e alumnio, em gua destilada.

    b) Dividiu-se a soluo em trs tubos de ensaio.

    c) Reagiu-se a soluo do tubo 1 com cido perclrico concentrado.

    d) Reagiu-se a soluo do tubo 2 com amonaco concentrado.

    e) Reagiu-se a soluo do tubo 3 com cloreto de brio.

  • 7/27/2019 Relatrio Prtica N2

    6/14

    RESULTADOS E DISCUSSO

    BORO

    1 Procedimento: cido Brico, xido de boro e boratos.

    Quando adicionado o acido brico slido no tubo de ensaio e aproximado da

    chama do bico de Bunsen, este entrou em fuso e logo em seguida em ebulio

    formando bolhas. Aparentemente, as paredes do tubo de ensaio ficaram midas e

    aps o aquecimento, um slido branco permaneceu grudado no tubo de ensaio.

    O ponto de fuso do acido brico de 170 C e seu ponto de ebulio de

    300 C. O cido brico entrou em ebulio reagindo com o oxignio e formando o

    sesquixido de boro, o slido branco que restou. Todos os elementos desse grupoformam sesquixidos quando aquecidos em atmosfera de oxignio (2). O B2O3

    convenientemente obtido pela desidratao do cido brico. Abaixo segue a reao

    qumica que descreve o fenmeno:

    2H3BO3(s) + calor B2O3(s) + 3H2O(l)

    Colocado o cido brico no tudo de ensaio e logo em seguida adicionadogua destilada. Mediu-se o seu pH e o valor encontrado foi 3, indicando um meio

    cido. Entretanto, o acido brico no se comporta como na maioria dos cidos. Ele

    no doa prtons para o solvente como a maioria dos cidos, mas aceita ons OH-.

    Isso faz com que ele seja classificado como um cido de Lewis. Alm disso, reage

    parcialmente em gua, o que justifica o fato de ele no ser usado para fazer

    titulaes. Quando o acido brico recebe um par de eltrons, so liberados ons

    H3O

    +

    na soluo.H3BO3(s) + 2H2O H4BO4

    -(aq) + H3O

    +

    Abaixo segue a equao da constante acido brico na sua primeira

    desprotonao. O valor de seu Ka de 6,4 x 10-10, o que demonstra a sua baixa

    tendncia em ionizar como um cido de Arrhenius.

    [] [

    ]

    []

  • 7/27/2019 Relatrio Prtica N2

    7/14

    Ao adicionar-se soluo de cido brico o indicador fenolftalena a soluo

    permaneceu incolor, comprovando que o meio estava cido. Logo aps, adicionou-

    se certa quantidade de hidrxido de sdio (NaOH 10%) at a soluo adquirir cor

    rosa, indicando a basificao do meio. Ao adicionar-se o manitol (n-pentano-pentol),

    a soluo foi agitada e voltou a ficar incolor, indicando uma reduo no pH (medido

    em 7 utilizando uma fita de pH) e um conseqente .aumento na acidez do meio.

    O manitol um acar que tem vrios grupos funcionais do tipo OH ligados.

    Por isso, o manitol e classificado como um poliol ou polilcool. A adio de certos

    compostos orgnicos polihidroxilados como glicerol, manitol ou acares formam

    complexos com o cido brico. Estes complexos so os alcoxiboranos e formam-se

    pela seguinte reao geral:(2)

    H3BO3 + 3ROH B(OR)3 + H2O

    Adicionando-se compostos orgnicos polihidroxilados, o H3BO3, ou B(OH)3

    como pode ser representado, se comporta como cido monobsico forte. Nessas

    condies ele pode ser titulado com NaOH e o ponto final da reao pode ser

    determinado utilizando-se fenolftalena como indicador, que muda de cor em pH de8,3-10. Segue abaixo a reao do cido brico com o hidrxido de sdio:

    H3BO3(aq) + NaOH(aq) Na[B(OH)4](aq)

    Na2BO2 + 2H2O

    (metaborato de sdio)

    Para que se observe um aumento da acidez, necessrio que o composto

    adicionado seja um cis-diol (possui grupos OH em tomos de carbono adjacentes,

    na conformao cis). Os cis-diis formam complexos muito estveis com o [B(OH)4]-

    formado na reao direta, removendo-o da soluo. Assim, a efetiva remoo de um

    dos produtos da reao desloca completamente o equilbrio para a direita, de modo

    que todo o reagente transformado em produto. (3) Por isso, o H3BO3 se comporta

    como uma cido forte, resultando em uma diminuio do pH.

  • 7/27/2019 Relatrio Prtica N2

    8/14

    Dissolveu-se o tetraborato de sdio em gua e adicionou-se fenolftalena. A

    soluo ficou com a cor rosa. Em contato com a gua o brax libera uma base forte

    de Arrhenius. Essa base se dissocia em agua liberando ons OH - em maior

    quantidade que o cido brico formado. A colorao rosa, indica que a soluo

    bsica. Segue abaixo a reao do tetraborato de sdio em gua:

    Na2B4O7 + 7H2O 4H3BO3 + 2NaOH

    2 Procedimento: Obteno do ster metlico do cido brico B(OCH3)3.

    Colocou-se em um tubo de ensaio cido brico, cido sulfrico e metanol.

    Agitou-se e verificou-se uma reao exotrmica, pois houve liberao de calor.Houve tambm a liberao de um gs pelo tubo. Logo em seguida acendeu-se um

    fsforo e colocou em contato com esse gs, que ao inflamar, proporciona uma

    colorao verde para a chama.

    A reao do cido brico com o metanol, na presena de acido sulfrico,

    conduz a formao de steres simples de boratos. Abaixo segue a reao qumica.

    B(OH)3(s) + CH3OH(l) B(OCH3)3(aq) + 3H2O(l)

    O cido sulfrico atua como um catalisador na reao, fazendo com que ela

    acontea de forma mais rpida. Quando aquecida a reao, os reagentes se

    processam mais rapidamente produzindo mais borato de metila, que muito voltil,

    que colocado na presena de fogo este produz uma chama verde.(1)

    3 Procedimento: Obteno de trifluoreto de boroQuando colocado o tetrafluoroborato de potssio e o oxido de boro e

    adicionado o cido sulfrico em um tubo de ensaio nada de perceptvel aconteceu.

    Quando aquecido a soluo liberou um gs. Abaixo a reao qumica.

    6[BF4]K(aq) + B2O3(s) + 6H2SO4(aq)6KHSO4(aq) +8BF3(g) + 3H2O

    A partir da reao formou se o trifluoreto de boro que um gs, de odor ruim,

    alm de ser muito txico.(1)

  • 7/27/2019 Relatrio Prtica N2

    9/14

    Todos os tri-haletos de boro, exceto o BI3, podem ser preparados pela reao

    direta entre os elementos. Entretanto, o mtodo preferido para o BF3 a reao do

    B2O3 com CaF2 em H2SO4. Esta reao impulsionada em parte pela reao do

    cido forte H2SO4 com os xidos e a afinidade do tomo B duro pelo flor:

    B2O3(s) + 3CaF2(s) + 6H2SO4(l)2BF3(g) + 3[H3O+][HSO4

    -](sol) + 3CaSO4(s)

    Os tri-haletos de boro consistem de molculas BX3, trigonais planas.

    Diferentemente dos haletos dos outros elementos do grupo, eles so monomricos

    em estado slido, lquido e gasoso. O trifluoreto de boro e o tricloreto de boro so

    gases, o tribrometo um lquido voltil e o triiodeto um slido. Esta tendncia navolatilidade consistente com o aumento da intensidade das foras de disperso

    com o aumento do nmero de eltrons nas molculas. Segue abaixo a reao de

    obteno do tricloreto de boro:

    3[BF4]K(s) + AlCl3(s) + calor3BF3(g) + 3KCl(aq) + AlF3(aq)

    ALUMNIO1 Procedimento: Reatividade qumica e estabilidade do alumnio.

    a) HCl concentrado/diludo

    Quando adicionado o alumnio em cido clordrico concentrado, observou-se

    uma liberao violenta de gs e notou-se que a temperatura do tubo de ensaio

    aumentou de forma considervel.

    Ao se acrescentar o alumnio no cido clordrico diludo, nenhuma reao

    pde ser percebida a olho nu. Entretanto, quando o tubo de ensaio contendo oscompostos foi aquecida, uma reao aconteceu, com grande liberao de gs,

    assim como aconteceu com o cido clordrico concentrado.

    O alumnio se dissolve em cidos liberando gs hidrognio. Abaixo a reao

    qumica que representa o fenmeno.

    2Al(s) + 6HCl(aq) 2Al3+ +6Cl- + 3H2(g)

    b) HNO3 concentrado/diludo

  • 7/27/2019 Relatrio Prtica N2

    10/14

    Foi colocado acido ntrico concentrado na presena de alumnio dentro de um

    tubo de ensaio. A reao liberou um gs de cor castanha e percebeu-se aumento

    considervel de temperatura.

    No momento em que foi adicionado cido ntrico diludo ao tubo que continha

    alumnio, nenhuma reao foi perceptvel. Contudo, quando o tubo foi aquecido,

    houve reao vigorosa, tambm com a liberao de um gs de cor castanha.

    Na reao de alumnio com cido ntrico h a formao do dixido de

    nitrognio, o gs que foi visto na reao. Embora o alumnio tenha facilmente se

    dissolvido em cido ntrico diludo, o cido concentrado forma uma camada de xido

    metlico que protege o metal de posterior oxidao, o que chamado passivao.

    Segue abaixo a reao do alumnio com o HNO3:

    Al(s) + 6HNO3(aq) Al(NO3)3(aq) + 3NO2(g) + 3H2O(l)

    c) Hidrxido de sdio 10%

    O alumnio e o Hidrxido de sdio foram colocados em um tubo de ensaio. No

    momento percebeu-se que a soluo ia adquirindo uma colorao branca. Houve

    tambm a liberao de um gs e aumento de temperatura.O fato de alumnio tambm ter reagido com uma base pode ser explicado pelo

    seu carter anftero. Quando o NaOH adicionado ao Al, este por sua vez se

    dissolve, formando aluminato de sdio e a liberao de gs hidrognio. Abaixo

    segue a reao qumica.

    2Al(aq) + 2 NaOH(aq) + 4H2O(l) 2NaAl(OH)4(aq) + 3H2(g)

    d) Amonaco

    Quando adicionado hidrxido de amnio em alumnio, no houve nenhuma

    reao qumica perceptvel. Aps o aquecimento, a soluo adquiriu um aspecto

    turvo, e houve tambm a liberao de um gs.

    O hidrxido de amnio uma base fraca e muito instvel. Ela est em

    constante equilbrio entre amnia e gua como pode ser visto na equao abaixo:

    NH4OH(aq) NH3(g) + H2O(l)

  • 7/27/2019 Relatrio Prtica N2

    11/14

    Quando a soluo foi aquecida, esse equilbrio foi deslocado para a direita,

    fazendo com que houvesse um grande desprendimento de amnia, e em soluo a

    reao acontece da seguinte maneira:

    Al(s) + 3NH3(g) + 3H2O(l)Al(OH)3(aq) + 3NH4+

    2 Procedimento: Ativao do alumnio por amalgamao

    Sobre uma placa de alumnio raspada com lixa, foram pingadas algumas

    gotas de cloreto de mercrio. Depois de certo tempo, a placa de alumnio escureceu

    na regio onde foi pingada a soluo, e quando um papel foi esfregado para tirar o

    excesso de cloreto de Mercrio, houve a formao de um p cinza/branco na reaonde foi colocado o cloreto de mercrio.

    De acordo com a tabela de potencial de reduo, o mercrio tem um potencial

    de reduo no valor de + 0,85 V enquanto o potencial padro de reduo do

    alumnio de -1,66 V. Dessa forma, possvel concluir que ele reduz a mercrio a

    zero. Abaixo a equao:

    2Al0 + 3Hg2+ 2Al+3 + 3Hg0

    O mercrio na presena de gua oxida formando oxido de mercrio, este o

    precipitado branco acinzentado visto no final da reao. Houve tambm a liberao

    de gs hidrognio, como pode ser visto na reao abaixo:

    4Al(s) + 6HgCl2(aq) + 6H2O(l) 6HgO(aq) +4AlCl3(aq) + 6H2(g)

    3 Procedimento: Hidrxido de alumnio e anfoterismo.Quando adicionado uma soluo de sulfato de alumnio em hidrxido de sdio

    diludo observou-se um precipitado gelatinoso da cor branca. Quando adicionado

    hidrxido de sdio em excesso o precipitado foi totalmente dissolvido. Segue abaixo

    a equao da reao:

    Al2(SO4)3(aq) + 2NaOH(aq)2NaAl(OH)4(aq) + H2O(l)

    Quando no sulfato de alumnio foi adicionado o hidrxido de amnio, houve

    tambm a formao de precipitado, porm, quando colocado hidrxido de amnio

  • 7/27/2019 Relatrio Prtica N2

    12/14

    em excesso, o precipitado no desapareceu como no experimento anterior. Abaixo a

    equao da reao:

    Al2(SO4)3(aq) + 6NH4OH 2Al(OH)3(s) + 3(NH4)2SO4(aq)

    Essas reaes acontecem devido ao carter anftero do alumnio, que

    dependo da substncia com quem estiver reagindo, pode se comportar tanto como

    cido tanto como base. O precipitado no desaparece no com o hidrxido de amnio

    porque esta uma base muito fraca, que, em soluo desprende muita amnia em

    forma de gs.

    4 Procedimento: Hidrxido de sais hidratados de alumnio

    Foi dissolvido sulfato de alumnio hidratado em gua destilada e em seguida

    foi medido o pH da soluo e obtido o valor de 3. O pH medido indica uma soluo

    cida, que pode ser explicado pelas seguintes reaes:

    Al2(SO4)3(aq) 2Al3++ 3SO4

    + (1)

    H2O(l) OH-(aq) + H

    +(aq) (2)

    Al2(SO4)3(aq) + 6H2O(l) 2Al(OH)3(aq) + 3H2SO4(aq) (3)

    Na reao 1 est representado o equilbrio do sal sulfato de alumnio e seus

    ons. A reao 2 representa o equilbrio de auto-ionizao da gua e a reao 3 a

    reao do sulfato de alumnio com a gua, formando hidrxido de alumnio e cidosulfrico. Como o cido sulfrico considerado um cido forte e o hidrxido de

    aluminio uma base fraca, o pH tende a ser menor do que 7.

    5 Procedimento: Cloreto de alumnio anidro

    Em um tubo de ensaio foi adicionado cloreto de alumnio hidratado e

    aqueceu-se. Houve a formao de um slido branco e tambm a liberao de um

    gs.

    Pelo fato de ser hidratado, o cloreto de alumnio perde gua quando atinge os

    100C. Sua forma anidra tem uma estrutura especial: embora seja um halogeneto de

  • 7/27/2019 Relatrio Prtica N2

    13/14

    um metal altamente eletropositivo, as ligaes qumicas so principalmente

    covalentes (e no inicas como se poderia esperar). Este resultado faz com que

    AlCl3 sofra derretimento temperaturas baixas, e que o estado lquido conduza

    eletricidade, contrariamente a outros halogenetos inicos tais como cloreto de sdio.

    Este composto existe na forma slida, sob o formar uma rede

    hexacoordenada e se funde formando um dmero tetracoordenado. O Al2Cl6 pode se

    pulverizar, dissociando-se em temperatura mais elevada para formar uma espcie

    AlCl3 semelhante ao BF3.

    6 Procedimento: Almen, um sal duplo: KAl[SO4]2.12H2O.

    Preparou-se uma soluo de almen com gua destilada e separou-a em trstubos de ensaio, para reagir com cido perclrico concentrado, com amonaco

    concentrado e com cloreto de brio.

    a) cido perclrico concentrado

    Houve a precipitao de um slido branco, com uma aparncia de sal de

    cozinha. O precipitado foi o perclorato de potssio, e segue abaixo a reao qumica

    da formao deste:

    2HClO4(aq) + 2KAl[SO4]2(aq) 2KClO4(s) + Al2(SO4)3(aq) + H2SO4(aq)

    b) Amonaco concentrado

    Houve a precipitao de um slido branco e gelatinoso. O precipitado foi o

    hidrxido de alumnio, e abaixo segue a reao qumica:

    6NH4OH(aq) + 2KAl[SO4]2(aq) 2Al(OH)3(s) + K2SO4(aq) + 3H2SO4(aq) + 6NH3(g)

    c) Cloreto de brio

    Houve a precipitao de um slido gelatinoso com uma cor branca, bem

    limpa. O slido precipitado foi o sulfato de brio, e segue abaixo sua reao qumica:

    2BaCl2(aq) + KAl[SO4]2(aq) 2BaSO4(s) + AlCl3(aq) + KCl(aq)

    O almen uma espcie de sal duplo. Sais duplos so uma classe decompostos de adio que se formam quando quantidades estequiomtricas de dois

    compostos estveis so misturadas. Tais compostos perdem sua identidade em

  • 7/27/2019 Relatrio Prtica N2

    14/14

    soluo, existindo, portando, apenas no estado cristalino. Pode-se dizer de uma

    maneira simplificada, que um sal duplo formado pela unio de dois sais simples,

    organizados em um retculo. Os sais ligam-se entre si atravs de ligaes

    covalentes, que so quebradas quando o composto solvatado.

    Os chamados sais complexos formam a segunda classe dos compostos de

    adio. Assim como no caso dos sais duplos, eles se formam quando juntam-se

    quantidades estequiomtricas de duas ou mais substancias estveis, mas, ao

    contrrio dos sais duplos, em soluo os sais complexos mantm a sua identidade.

    Compostos que os chamados ons complexos so conhecidos como compostos de

    coordenao, uma vez que estes ons so constitudos por um on central e

    rodeados por ligantes coordenativamente.

    CONCLUSO

    O grupo 13 apresenta uma grande variedade de caractersticas fsicas e

    qumicas. Dentre os elementos testados (boro e alumnio), comprovou-se que o

    alumnio tem carter anftero e reage dificilmente com cidos diludos temperatura

    ambiente devido formao de uma camada protetora de xido que protege asuperfcie do alumnio. Afere-se tambm que o boro um ametal que apresenta uma

    propriedade diferente na forma de cido, ou seja, no se comporta como os demais

    cidos inorgnicos que desprotonam, e sim, recebe os nions vindos das bases.

    REFERNCIAS

    1. ATKINS;SHRIVER.Qumica Inorgnica. 4 EDIO. Inglaterra: Bookman,

    2006. 848 p.

    2. SKOOG.Qumica analtica fundamental. 8 EDIO. Eua: Thonson, 2009.

    1026 p.

    3. LEE, J. D.. Qumica Inrganica No To Concisa. 5 EDIO. Inglaterra;

    Edgar Blcher, 1999. 180-201 p.