Relatório preliminar: Condições de trabalho na Cooperativa...

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0 Relatório preliminar: Condições de trabalho na Cooperativa de Material Reciclável Miguel Yunes. São Paulo, novembro 2005.

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Relatório preliminar:

Condições de trabalho na

Cooperativa de Material Reciclável Miguel Yunes.

São Paulo, novembro 2005.

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EQUIPE TÉCNICA:

CRST Santo Amaro:

Ana Regina C. Parra (RF 134.093.002- Educadora em Saúde Pública).

Claudete Lima (RF 591.523.603 – Auxiliar De Enfermagem),

Sonia Mayumi Nakano Felipone (RF 647.057.2.00 Terapeuta Ocupacional)

Simone Silva e Santos - Estagiária em Terapia Ocupacional

Marilene dos Santos Dotte – estagiária em Terapia Ocupacional

CRST Freguesia do Ó:

Laís Isabel Affinso de André (RF 567.136.100 Cirurgiã Dentista) e

Ana Marta Pires Martins de Abreu (630.218.100 Psicóloga)

Fundacentro – Ministério do Trabalho e Emprego:

Tereza Luiza Ferreira dos Santos – Tecnologista/pesquisadora

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RESUMO: Em meados de 2003 técnicos do CRST – Santo Amaro foram contatados

pela Coordenadoria de Ação Social da Sub – Prefeitura de Santo Amaro, para

colaborar na discussão das atividades relacionadas à Pré-Central de Triagem de

Santo Amaro.

Em agosto de 2004, a convite do Assessor Técnico de Secretária de

Serviço e Obras, técnicos do CRST de Santo Amaro e da Fundacentro

compareceram na instalação do referido empreendimento. No Grupo de Trabalho,

de Economia Solidária e Saúde, foram discutidas necessidades de intervenção e

encaminhamentos necessários, a fim de propor condições de trabalho seguras e

saudáveis para esse tipo de atividade.

Palavras chaves: cooperativa, material reciclável, cooperados, saúde, riscos.

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I – IDENTIFICAÇÃO:

A – Cooperativa

Denominação: Coleta, Triagem e Beneficiamento de Material Reciclável Miguel

Yunes – COOPERMYRE.

End. R. Miguel Yunes, 343. Bairro Usina Piratininga – Campo Grande

CEP: 04444-000. Tel: 56124723

CNPJ: 07143925/001-30

Ramo de Atividades: Segundo a Portaria SMS.G0297/04 de 03.05.04, trata – sede

Estabelecimento de Prestação de Serviços Coletivos e Sociais. CNAE: 51.55-1-03

Comercio atacadista de resíduos de papel e papelão recicláveis. (segundo

documento da própria cooperativa)

Grau de Risco: 3

Início das atividades: em 02.08.2004

No primeiro contato, em 04.08.04 fomos recebidos por uma liderança a qual foi

substituída pela Diretória que assumiu os trabalhadores, em Assembléia no dia

30.10.04, cujos cargos e eleitos são:

Presidente: Francisco Pedro Moisés

Secretário: Antônio Alfeu Lima

Tesoureiro: Fábia Gabriela Messias Marcelino

Fazem Patê também 1° vogal e 2° vogal

Conselho Fiscal: com 6 representantes (3 titulares e 3 suplentes)

Duração do mandato por 1 ano

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B –Sindicato Dos trabalhadores:

Não existe sindicato. Existe Federação Nacional das Cooperativas, e órgão

estadual e internacional _ OCB, OCESP e ACI Aliança Cooperativa Internacional

respectivamente.

C – Equipe do Grupo de Trabalho de Economia Solidária e Saúde do Trabalhador: CRST Santo Amaro:

Ana Regina C. Parra (RF 134.093.002- Educadora em Saúde Pública).

Claudete Lima (RF 591.523.603 – Auxiliar De Enfermagem),

Sonia Mayumi Nakaro Felipone (RF 647.057.2.00 Terapeuta Ocupacional)

Simone Silva e Santos - Estagiária em Terapia Ocupacional

Marilene dos Santos Dotte – estagiária em Terapia Ocupacional

CRST Freguesia do Ó:

Laís Isabel Affinso de André (RF 567.136.100 Cirurgiã Dentista) e

Ana Marta Pires Martins de Abreu (630.218.100 Psicóloga)

Fundacentro – Ministério do Trabalho e Emprego:

Tereza Luiza Ferreira dos Santos – Tecnologista/pesquisadora

D – Informantes

Cooperativa:

Francisco Pedro Moises – Presidente Eleito em 30.10.04

Antônio Alfeu Lima – Secretário

No dia 01 de dezembro de 2004, compareceu ao local o Sr. Fábio – Supervisor da

secretária de Serviços e Obras que forneceu algumas informações. No dia 18 de

fevereiro de 2005 estavam presentes Márcia Munhoz Forti e Sandra – BR + 10

E – CIPA: Inexistente.

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F – Dados ao local: 04/08/20041, 01/12/2004, 21/02/2005.

II. – INFORMAÇÕES SOBRE A COOPERATIVA: A – Número de trabalhadores:

Segundo o Presidente da cooperativa, são 38 o número de Cooperados na sede,(

sendo 23 homens e 15 mulheres) e 53 no setor de Captação de material das

Unidades do Pão de Açúcar (34 unidades).

B – Edificação

• Local é sede e estabelecimento único, isolado, destinado para tal fim

(Croquis em anexo).

• Inauguração da edificação e início da atividade: 02/08/04

• Cessão por contrato de comodato por 2 anos pela PMSP

Área total construída (m²): aproximadamente 600m² e terreno de 3000m².

Não está prevista a pavimentação da área externa, segundo informações do Sr.

Francisco.

C – Características do Processo Produtivo:

- Trata –se de Estabelecimento de Reciclagem de Sucatas de Alumínio, outras

sucatas metálicas, e sucatas não metálicas diversas (papéis branco e misto,

Papelão, vidros plásticos, PET, borrachas, artigo têxtil e de vestiário, resíduos com

produtos químicos, por exemplo, chapas de RX).

- Origem do material: É proveniente das 34 ”estações” postos de coleta

existentes nas unidades dos supermercados da rede “Pão de Açúcar”.

1 As fotografias em anexo foram feitas na primeira visita á esta Cooperativa em

04/08/2004.

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- Da organização do trabalho/ gerenciamento:

- De acordo com informações das técnicas da BR +10, há uma Carta Acordo

com o grupo Pão de Açúcar se responsabilizando pela captação do material

reciclável nos postos de coleta da sua rede de lojas e a Prefeitura realiza o

transporte do mesmo e fornece a infra - estrutura necessária pra o

funcionamento das centrais de triagem. Para tanto o Pão de Açúcar

contratou os serviços da BR + 10 para Intermediar / gerenciar as atividades

entre a Empresa e a Cooperativa de trabalhadores.

No momento da inspeção encontramos os cooperados em atividades nos

seguintes setores: 9 mulheres no setor de triagem de plástico,03 na triagem de

papel, e 01 no setor de limpeza, 04 homens no setor de triagem de plásticos, 02

no setor de prensa, 6 no setor de Carga/Descarga e 01 na Vigilância Noturna (dos

38 que trabalham na sede)

- Setores de captação de material: Localiza-se nas unidades do Pão de Açúcar. Segundo o Supervisor Fábio, da

Secretaria de Serviços e Obras “há uma Carta de Intenções entre a PMSP e o

Grupo Pão de Açúcar que a Prefeitura entra com a Infra – estrutura necessária

para a separação do material reciclável e o grupo Pão de Açúcar realiza a

captação do material através dos seus clientes”.

Os trabalhadores do Setor são selecionados pela empresa BR + 10 dentre o total

de Cooperadores, pois, as lojas estão espalhadas pelo Município de São Paulo.

Este setor não foi verificado ainda. São 38 homens e 16 mulheres na função de

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receber os clientes, esvaziar os conteúdos, garantir a devida separação dos

materiais na fonte de coleta, orientar os clientes quanto a preservação do meio

ambiente e quanto a higienização dos materiais entregues.

2 – Setor de Carga/ descarga e transporte: O material é transportado por 5 caminhões, sendo um tipo de “Muki”, às terças e

quintas, e nos de mais que chega para ser triado é depositado na Área externa.

No dia 01.12.2004, a área externa estava ocupada por sacos amontoados com

matérias a serem separados ao redor de toda edificação e matérias já triado,

aguardando a compra, com espaço mínimo para a circulação dos caminhões.

Todo o material fica exposto às intempéries, sujeito à ação de roedores, insetos, e

outros animas.

O piso da área externa é de terra.Na ausência das chuvas, há suspensão de

poeiras que interferem na qualidade do ar respirado. Na época das chuvas,

formam-se poças de água, gerando riscos de quedas e acidentes, contribuindo

para deixar sujo continuamente.

A PMSP – SSO fornecerá por 2 anos, os caminhões, o combustível, a

manutenção e os motoristas.

Os seis trabalhadores que carregam e descarregam os caminhões são da própria

Central.

3 – Setor de Pré – Triagem: periodicamente, dois trabalhadores do setor de

triagem são alocados na área externa para fazer a triagem do papel e papelão dos

outras matérias, pois, não vêm devidamente separados da fonte, gerando

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retrabalho. O material triado é transferido manualmente para o interior da central.

Os trabalhadores puxam os sacos para a esteira ou para a triagem de papel.

Todo o processo de trabalho de entrada e saída é feito manualmente, com esforço

excessivo e posturas inadequadas do ponto de vista ergonômico.

4 – Setor de Triagem da esteira:

No dia 01.12.04, operavam no setor 12 trabalhadores, sendo 9 mulheres e 3

homens. A maioria não usava EPI Adequado. Relatam ter recebido uniformes e

botas das PMSP, mas justificam que estes itens foram roubados.

Foi relatado que no dia anterior, uma trabalhadora cortou o pé, pois usava chinelo

e havia pedaços de vidro de lâmpada no chão. Não foi registrado a acidente de

trabalho.

O material não chega a central não está higienizado adequadamente. Durante a

passagem da matéria pela esteira, observou-se que havia resíduos de groselha,

chá, maionese, suco, refrigerante, molhos condimentos, iogurtes, migalhas de pão

e biscoito, resíduos de shampoo, produtos de higiene pessoal, aí incluídas

embalagens tipo aerossol.

Materiais com pilhas, médico-hospitalares e bobinas de filmes fotográficos

estavam sendo triados indevidamente, gerando risco químicos e biológicos aos

trabalhadores.

Resíduos potencialmente perigos como sobras de tintas, solventes e similares,

não podem constar e serem reciclados. As presenças destes contaminantes

químicos e biológicos geram riscos á saúde dos trabalhadores.

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O material que não foi triado, chega ao final da esteira onde é depositado em uma

sacola.

A sacola (bag) encontra –se sobre um fosso que não oferece nenhuma proteção

e/ou quedas. A rampa, que dá acesso ao fosso, é íngreme, não dispondo de

recurso para remoção mecânica daquela sacola, nem escada para acesso

humano para limpeza do fosso. Pela não remoção e esvaziamento da sacola de

maneira freqüente, o fundo do fosso está sujo propiciando a proliferação de

pragas e vetores. Além do mais, o processo de instalação da sacola no suporte é

de difícil execução, propiciando riscos de queda e ergonômicos.

Não foram observadas dispositores de parada automática em saco de

emergência.

Os recipientes com material triado são posicionados ao lado da esteira, com risco

ergonômico ao transportar os recipientes cheios.

Após ser triado, o material é transferido para uma caçamba externa que é coberta

com plástico, para protege contra as chuvas, aguardando até que o comprador

venha retirar.

5 – Setor de triagem de papel:

Três trabalhadores usam caixas de papelão ou sacolas tipo “bag” para separar os

tipos de papéis: branco, especial, papelão, colorido, capas de livro e revistas.

Embalagens laminadas são destacadas. Realizam atividades sentadas em caixas

de papelão, pilha de papel ou banqueta improvisada. O material é triado em

sacolas ou caixas de papelão que posteriormente são carregados manualmente e

depositadas em caçambas ou sacolas tipo “bag”.

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6 – Setor de prensagem do material:

Há duas prensas com proteção, que são acionados manualmente. Porém, o

trabalhador alimenta a presa colocando a mão na zona de perigo, acionando o

botão de comando ainda com a mão na área de trabalho. O material prensado é

do tipo “pet”. Como o ritmo de trabalho é intenso e volumoso o trabalhador que

opera a prensa usa ferramenta improvisada para empurrar as garrafas que estão

caindo com a prensa em movimento. Ainda o mesmo trabalhador alterna, nas

mesmas circunstâncias apontadas a cima, o uso da ferramenta improvisada pela

da própria mão esquerda acionando a prensa com a mão direita. Além do risco de

acidentes com os membros superiores, há risco de acidentes na face e

principalmente na região dos olhos, pois, o trabalhador não dispõe de óculos de

óculos de proteção. Muitas garrafas do tipo “pet” ao serem prensadas ainda estão

com as tampas e com a compressão estouraram em direção à região da face do

trabalhador.

O “pet” fica amontoado próximo à prensa, sendo empurrado por outro trabalhador

usando uma caixa plástica vazia como se fosse pá e desta forma enche outra

caixa. Esse movimento, além de repetitivo e com sobrecarga, é realizado em

postura inadequada promovendo torção e flexão de tronco desnecessária, por não

dispor de equipamentos para evitá-los.

Cabe destacar que o trabalhador que abastecia a prensa ensinava ao mesmo

tempo o trabalhador que acionava, a prensa, pois, para este, era o seu primeiro

dia de trabalho.

Havia outra prensa no local que não opera no momento. Foi relatado que as duas

máquinas não podem funcionar ao mesmo tempo com as luzes acesas e a

balança ligada, pois, há sobrecarga de energia em todo o prédio. No período

noturno há outro trabalhador que opera a prensa compensando assim ao trabalho

não realizado durante o dia. Fomos informados que a sobre carga elétrica ocorre

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por que o fornecimento de energia para o funcionamento das máquinas e

iluminação da sede da central é feito pela rede de distribuição da edificação

vizinha, que não pertence à Cooperativa.

As prensas também são usadas para papelão, latas de alumínio.

O horário da prensa é das 8:00 às 17 horas.

7 – Pesagem: Havia duas balanças que não estava operando por falta de energia elétrica, sendo

uma digital e uma mecânica, e uma terceira, mecânica que está na embalagem.

8 – Salão com bancadas:

Atrás da área de triagem há um salão, com bancadas no lado direito e tanques de

inox, empoeirados e sujos, que não estavam sendo utilizados. No lado esquerdo

um banheiro para deficiente com a porta arrombada que servia de depósito para

as embalagens tipo aerossóis. Uma outra pequena sala, em frente ao banheiro,

com matérias inservíveis. Na maior parte do salão havia duas bancadas

separadas Por uma mesa e cadeiras, empoeiradas e sujas. Numa das bancadas

estavam todos os equipamentos de combate a incêndio-extintores. Os

trabalhadores desconhecem os seus usos, bem como, o local ideal de instalação

na área de trabalho. Cabe ressaltar que na área de trabalho há três mangueiras

para combate a incêndio, porém todas se encontravam obstruídas pela

desorganização e excesso de material presente. Na outra bancada, havia botijões

vazios de gás para refrigeração. Durante a nossa permanência eles foram

comercializados.

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9- Limpeza: Há uma única trabalhadora para realiza a limpeza dos banheiros, da cozinha e

pátio dos fundos. O material de limpeza utilizado é o disponível no momento e

comprado pela Cooperativa. A trabalhadora não recebeu treinamento, procedendo

à limpeza segundo o seu critério caseiro. Foi relatado que há mais de quinze dias

não havia água tratada. Usavam de dispositivo improvisado para armazenar a

água em latão, que originalmente era de material tóxico, cuja rotulagem foi

arrancada parcialmente. A água, de cor amarronzada, provinha de poço localizado

na edificação vizinha próxima ao aterro desativado.

O transporte é feito de maneira inadequada em carrinho manual sem proteção

lateral. O latão permanece nos findos da edificação, externamente, para que as

pessoas usem para a higiene pessoal. Para tal fim aspiram a água com a boca

com mangueira improvisada.

O espaço da área de trabalho é limpo pelos próprios trabalhadores, porém, o

espaço estava desorganizado, sujo e com risco de acidentes (quedas) e

facilitando a proliferação de pragas e vetores.

10- Banheiros: São banheiros separados para homens e mulheres. Divididos em área de

chuveiro, sanitária, pia e armários. Cada trabalhador tem o seu armário. Não são

armários duplos. A roupa limpa é guardada no mesmo ligar onde fica o uniforme

usado. Todos os armários estão com as portas arrombadas.

Não havia água, conforme já relatado.

Não há área externa para lavar os uniformes e EPIs. O trabalhador leva para a

lavagem em casa, estendendo assim, o risco de contaminação para os seus

familiares.

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11- Cozinhas: Há um fogão doméstico, um aquecedor de marmitas, uma geladeira doméstica e

uma pia. O GLP está embaixo da pia. O salão ao lado deveria ser ocupado como

refeitório, porém não há cadeiras, mesa, ficando um local subutilizado.

12- Escritório

Consiste em uma pequena sala, localizada posteriormente a área de produção,

com duas escrivaninhas e um arquivo. Não há máquina de escrever ou

computador. O espaço utilizado é para receber pessoas, efetuar cálculos e

contatos.

13- Dispositivos de prevenção e combate a incêndio As três mangueiras de água dispostas no salão central estão obstruídas pelo

acúmulo de material, por falta de sinalização adequada e pela desorganização

geral. Os extintores estavam amontoados no salão posterior, empoeirados. Os

trabalhadores desconhecem o seu uso, bem como, a sua localização ideal no

espaço de trabalho. As portas de saída laterais e aos fundos, também estão

obstruídas pelo amontoado de materiais e desorganização do espaço.

Conseqüentemente, em caso de incêndio os trabalhadores correm risco de vida,

quer pelo desconhecimento do uso do equipamento, bem como, pela obstrução

das áreas de escape.

14- Tratamento e Destinação de resíduos A edificação é contígua ao aterro sanitário desativado.

Esgoto?

Quanto à coleta do lixo fomos informados que há coleta, pela manhã e quando há

acúmulo eles vem pegar, pois, estão ao lado.

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III – PRINCIPAIS RISCOS E IRREGULARIDADES DO AMBIENTE DE TRABALHO E RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS

1- Ausência de conhecimento do trabalho Cooperado, gerando precarização

do mesmo.

Recomendação: formação em cooperativismo, planejamento administrativo-

financeiro, organização do trabalho e saúde do trabalhador na autogestão.

2- Ausência de conhecimento específico sobre prevenção de acidentes e

doenças, no trabalho de triagem e separação de material reciclado. Incluir

os conteúdos: cargas de trabalho, fatores de risco, ritmo de trabalho,

equipamentos e instrumentos específicos e o trabalho saudável na

atividade autogestionária de reciclagem de material.

3- Ausência de conhecimento específico sobre prevenção e combate a

incêndio no trabalho de triagem e separação de material reciclado gerando

risco de incêndio, de acidentes e de vida.

4- Ausência de instalação dos dispositivos de combate a incêndio.

5- Obstrução das áreas de saída e de acesso dos hidrantes.

6- Sobrecarga elétrica.

7- Falta de água

Recomendação: instalação imediata dos dispositivos de combate a incêndio,

segundo sua categoria de risco, sinalização adequada, possibilitando o

controle de incêndio.

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Recomendação: sinalização predial vertical e horizontal nos equipamentos de

combate a incêndio a fim de haver rápido localização, identificação e acesso.

Recomendação: desobstrução das áreas dos hidrantes.

Recomendação: desobstrução das áreas de escape.

Recomendação: sinalização horizontal e vertical para os circulantes.

Recomendação: manutenção dos dispositivos de combate a incêndio.

Recomendação: reaquecimento da rede elétrica para pleno uso dos

equipamentos existentes e iluminamento adequado.

Recomendação: restabelecimento imediato do fornecimento de água.

Recomendação: treinamento imediato e permanente de todos os trabalhadores

em prevenção e combate a incêndio no trabalho de triagem e separação de

material reciclável.

Recomendação: inspeção imediata da edificação pelo Corpo de Bombeiros.

Recomendação: formação de brigada contra incêndio.

8- Ausência de controle médico-ocupacional específico para atividade de

triagem e separação de material reciclável, gerando sobrecarga, problemas

osteo-musculares, acidentes, irritação das vias respiratórias, mucosas e

dermatoses ocupacionais.

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Recomendação: controle médico ocupacional para avaliar a capacidade física

e mental dos trabalhadores/trabalhadoras que previna acidentes e doenças

ocupacionais.

9- Falta de iluminamento

Recomendação: reequacionar a rede elétrica para possibilitar iluminamento

compatível com a atividade durante toda a jornada de trabalho.

10- Risco de acidentes e quedas

Recomendação: no setor de separação de papel orientar para técnica de

separação do papel que dificulte ferimentos cortantes

Recomendação: pavimentação da área externa.

Recomendação: sinalização horizontal e vertical das áreas de carga e

descarga e dos circulantes.

Recomendação: sinalização interna das áreas de trabalho, principalmente da

área, que previnam acidentes, inalação de poeiras e proliferação de pragas e

vetores.

Recomendação: treinamento para procedimentos de limpeza.

Recomendação: estabelecimento de cronograma de remoção do lixo pela

LIMPURB.

Recomendação: instalação de dispositivo mecânico que remova a sacola ao

final da esteira, no setor de triagem.

Recomendação: adequar o acesso ao fosso – diminuir a inclinação da rampa e

instalar corrimão e apara-corpo.

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Recomendação: uso de EPIs: luvas, botas, uniformes, óculos de proteção de

maneira correta e com manutenção.

RISCO FÍSICO

1- Na área externa exposição a intempéries:

Recomendação: pavimentação da área externa evitando inalação de poeiras

que originam irritação das vias respiratórias.

RISCO ERGONÔMICO

1- Ausência de assentos e apoios para os pés, pois, o trabalho é realizado em

pé.

2- Adoção de posturas viciosas, movimentos repetitivos de MMSS.

3- Ausência de bancadas no setor de separação de papel.

4- Ausência de mecanismo que facilite o transporte do material a ser prensado

até a prensa.

5- Ausência de pausas regulares.

6- Sobrecarga da coluna devido a mudanças constantes de nível nos setores

de pré-separação de material para alimentação da esteira e no setor de

alimentação propriamente dito (flexão da coluna e dos membros inferiores).

Recomendação: adequar mobiliário.

Recomendação: apresentar projeto para a alimentação da esteira e no fosso

no final da esteira, para que não ocorra flexões de coluna vertebral e membros

superiores.

Recomendação: dotar o setor de separação de papel e de prensagem com

assentos, bancadas e dispositivos como carrinho para transporte do material

até o local do processamento, e posterior armazenamento.

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Recomendação: estabelecer local adequado de descanso.

Recomendação: estabelecer jornadas de oito horas, com pausas regulares. As

atividades que impliquem em funcionamento ininterrupto, devem manter

sistema de turnos.

RISCO QUÍMICO E BIOLÓGICO

1- Presença de material reciclado, sujo, com resíduos de substâncias

químicas, perigosas, contaminantes biológicos (fungos/bolores) e objetos

não recicláveis (dentre outras embalagens de aerossóis) gerando

processos irritativos e alérgicos da pele e das vias respiratórias.

2- Manipulação inadequada no setor de separação de papel promovendo

inalação de contaminantes biológicos e poeiras, além do contato mecânico

com a pele, gerando processos irritativos e alérgicos da pele e das vias

respiratórias.

3- Ausência do uso de EPI.

Recomendação: orientar o gerador do resíduo a promover a dispensação e

higiene prévia do material a ser reciclado por categorias que impeçam a

entrada de resíduos perigosos químicos e biológicos e/ou geradores de

acidentes.

Recomendação: supervisionar e treinar o trabalhador do setor de captação de

material a fim de que o gerador do resíduo não coloque itens que gerem risco a

saúde dos trabalhadores na central de triagem.

Recomendação: cabe a empresa autogestionária definir os requisitos de

captação de material junto a seus fornecedores de forma a promover o

trabalho saudável.

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Recomendação: cabe a empresa autogestionária fornecer folhetos educativos

listando os itens a serem reciclados, sua forma de higienização e dispensação

que gerem risco a saúde do trabalhador.

Recomendação: manter fornecimento adequado e em número suficiente de

EPI´s.

Recomendação: organizar o setor de separação de papel evitando a formação

de poeiras.

Recomendação: instalação de pia, sabonete líquido, toalhas descartáveis e

cestos de papel, acessíveis a todos os trabalhadores na área de produção.

Recomendação: restabelecer imediatamente o abastecimento de água.

Recomendação: Instituir procedimentos e rotinas por escrito, para lavagem das

mãos e afixados em local visíveis.

Recomendação: não violar as embalagens tipo aerossóis após a sua

separação. O trabalhador que improvisa o destaque da parte plástica da

embalagem metálica corre o risco de acidente, acidente, além de inalar as

substâncias químicas no interior da embalagem, podendo sofrer processos

irritativos e alérgicos de pele e vias respiratórias.

Recomendação: atualizar a vacinação dos trabalhadores contra tétano e

hepatite.

Recomendação: controle de pragas urbanas e de vetores.

Recomendação: instituir procedimentos regulares de limpeza, assim como,

retirada de aparas e inservíveis pela LIMPURB.

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A elaboração deste Relatório preliminar foi proposta em reunião com o

Assessor Técnico da Secretaria de Serviços e Obras, responsável pela

implantação dos Centros de Triagem de Material Reciclável, Sr. Rubens Xavier

Martins, no dia 20 de julho de 2004, com participação da FUNDACENTRO e

técnicos do CRST SA. A partir de então, foram realizadas visitas às Centrais

de Triagem da região Sul (Santo Amaro - Coopercaps). De acordo com o Sr.

Rubens, o plano de implantação deveria ser de 19 centrais de triagem no

Município e nesta oportunidade, convidou-nos para conhecer e avaliar, através

do olhar da Saúde do Trabalhador, as condições de trabalho nessas Centrais.

Com esta abertura, os técnicos do CRST-SA levaram ao conhecimento do

Grupo de Trabalho de Economia Solidária e Saúde do Trabalhador, por se

tratar de um extenso projeto envolvendo toda a cidade de São Paulo. Este

Grupo Técnico é composto por técnicos dos CRSTs do Município. Ao tomarem

conhecimento do projeto, o Grupo aceitou participar do trabalho e levou ao

conhecimento de COVISA, através da Dra. Magda Andreotti. Ao tomar

conhecimento do conteúdo coletado na primeira visita a Cooperativa de Miguel

Yunes, realizada por técnicos do CRST –SA e FUNDACENTRO, Dra. Magda

avaliou que deveria ser adequado dentro dos moldes e termos de inspeção

sanitária. A seguir foram realizadas duas visitas do Grupo de Trabalho de

Economia Solidária à Cooperativa de Miguel Yunes, e iniciada a redação deste

Relatório. No decorrer desse processo, ocorreram divergências quanto a

termos, posturas, concepções de vigilância em Economia Solidária dificultando

o término do Relatório. Trata-se de empreendimento novo do nosso município,

aliadas, às mudanças ocorridas no Governo Municipal, na estrutura da

Secretaria Municipal da Saúde, com a falta de um interlocutor na Área da

Saúde do Trabalhador, mudanças na equipe da Coordenadoria de Saúde de

Santo Amaro e SUVIS, e também na Diretoria do CRST – SA. Ao serem

retomadas as reuniões do Grupo de Trabalho de Economia Solidária colocou-

se em pauta o encaminhamento do Relatório sendo decidido que o CRST - SA

teria autonomia para definir a redação final do mesmo, uma vez que a

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Cooperativa está localizada na região de Santo Amaro. Portanto, a junção de

todos esses fatores prorrogaram apresentação deste documento.

Ressaltamos mais uma vez que a Prefeitura, através da Secretaria de Serviços

e Obras é co-responsável para que o empreendimento se efetive de maneira

adequada e dentro das normas técnicas e tratando-se de um Projeto de ordem

social, que realiza captação de trabalhadores excluídos do mercado de

trabalho, devemos considerar os possíveis desdobramentos quanto a

procedimentos administrativos de vigilância, bem como, com a continuidade do

Projeto neste Governo, que podem comprometer a saúde e a subsistência dos

trabalhadores envolvidos. Assim sendo, encaminhamos para conhecimento e

apreciação.

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ANEXOS

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Armários novos e simples (não são duplos) para a guarda de pertences

localizados nos banheiros feminino e masculino.

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Sanitários com chuveiros elétricos e adaptados para portadores de deficiência

física.

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Mictórios masculinos recém instalados.

Armário vestiário com pés elevados por uma pedra devido ao desnível do piso –

risco de queda do armário e potencial risco de acidente de trabalho.

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Utilização de fogão industrial de seis bocas para aquecimento de marmitas.

Utilização de pia para preparo e limpeza de utensílios, ainda com a falta de

abastecimento de água no local.

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Sala ao lado da cozinha destinada para refeitório dos trabalhadores.

Bancada existente na área multiuso.

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Área de multiuso, tanques, tomadas, balcão.

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B. GALPÃO DE TRABALHO

VISTA INTERNA DO GALPÃO

Local reservado para o hidrante (ainda sem hidrante).

Área de prensas (para enfardamento do material) e papelão já separado. Fosso no

final da esteira, sem grade de proteção de corpo, com risco de queda.

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Vista do fosso e da área do fosso do final da esteira e também da área de

separação de papel (ao fundo).

Equipamento – balança para pesagem do material.

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Prensa

Improvisação de calços de madeira em dois pés da prensa, devido ao desnível do

solo, risco de queda do equipamento e acidente.

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TRIAGEM DE MATERIAL

Bag de tetrapak.

Processo de separação de papel. Flexão de coluna dos trabalhadores.

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Vista da área de recepção de material, próximo à “boca” de alimentação da esteira

e área de separação de papel.

Separação de papel – flexão do tronco do trabalhador.

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Alimentação manual com material plástico da boca da esteira. Esforço ergonômico

mostrando flexão da coluna.

Material plástico sendo lançado no fosso do inicio da esteira. Uso de vassoura

como instrumento de movimentação do material.

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Visualização do interior do fosso inicial da esteira.

Material plástico sendo despejado diretamente no fosso.

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Área de transição de nível da esteira: visão da base de nivelamento de resíduo.

Esforço ergonômico e necessidade de intervenção do trabalhador para desenroscar

os materiais.

Processo de triagem de sacos plásticos.

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Alimentação com material plástico da boca da esteira. Esforço ergonômico, flexão

da coluna.

Transporte do material triado com esforço ergonômico sem uso de equipamento

para transporte.

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Material triado sendo colocado em sacos maiores.

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Estratégia do trabalhador usando um balde para triagem de objetos menores.

Mãos: instrumento de trabalho e cada par de luva delimita um posto de trabalho na

esteira.

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Mão esquerda segurando o balde continuamente gerando contração estática do

membro superior esquerdo.

Separação de bandejas de isopor.

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Inclinação do tronco do trabalhador para alcançar o material – Esforço ergonômico.

Bag contendo rejeitos no final da esteira.

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Vista panorâmica: pausa para almoço

Portão de entrada do galpão.

Vista da esteira.

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Bag com rejeito.

Trabalhadores almoçando.

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EQUIPE TÉCNICA E COOPERADA