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Relatório preliminar dos trabalhos arqueológicos na fábrica de lanifícios de Serralves, Porto - FLS.07 - PORTO, Julho 2007 José Jorge Argüello Menéndez Sara Alexandra Mendes Peixoto

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Relatório preliminar dos trabalhos arqueológicos na fábrica de lanifícios de Serralves, Porto

- FLS.07 -

PORTO, Julho 2007

José Jorge Argüello Menéndez

Sara Alexandra Mendes Peixoto

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Relatório preliminar dos trabalhos arqueológicos na Rua de Serralves- Lordelo do Ouro 2

Índice

INTRODUÇÃO 4

PLANO GERAL DOS TRABALHOS ARQUEOLÓGICOS 4

METODOLOGIA DOS TRABALHOS 4

ÁREAS DE INTERVENÇÃO 5

RECURSOS HUMANOS 6

MEDIDAS DE SEGURANÇA 6

METODOLOGIA DO TRABALHO DE GABINETE 6

ENQUADRAMENTO GEOGRÁFICO E HISTÓRICO DO LOCAL 7

DESCRIÇÃO DOS TRABALHOS ARQUEOLÓGICOS 9

Fabrica do século XX 9

Sondagem 7 9

Sondagem 8 12

Fabrica do século XIX 13

Sondagem 1 13

Sondagem 3 16

Sondagem 4 19

Sondagem 5 22

Sondagem 6 25

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Zona de Implantação do Forte de Serralves 27

Sondagem 2 30

Sondagem 11 33

Sondagem 12 36

Sondagem 9 39

Sondagem 10 41

CONCLUSÕES E MEDIDAS DE MINIMIZAÇÃO PROPOSTAS 45

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Relatório preliminar dos trabalhos arqueológicos na Rua de Serralves- Lordelo do Ouro 4

Introdução

O projecto para a reabilitação para habitação da antiga fábrica de lanifícios de

Serralves terá afectação no subsolo, pelo que o projecto foi sujeito a trabalhos de

sondagens prévias de avaliação abrangendo uma superfície mínima de 88 m2 de acordo

com o Caderno de Encargos elaborado pelo Gabinete de Arqueologia da Câmara do

Porto realizou o Caderno de Encargos, em cumprimento do solicitado pelas entidades de

Tutela.

Plano geral dos trabalhos arqueológicos

• Análise da estratigrafia do subsolo e observação das eventuais estruturas

preexistentes com vista ao estabelecimento de sequências e tipologias de

ocupação do local.

• Valorização do potencial científico patrimonial do lugar.

Metodologia dos trabalhos

1. Escavação do lugar até ao nível geológico por camadas arqueológicas (Método

Harris), registadas e desenhadas em unidades de registo particulares.

2. Desenho das sondagens por unidades estratigráficas à escala 1:20, com indicação

das eventuais estruturas aparecidas, e das secções e alçados mais representativos,

todos eles com indicação altimétrica.

3. Implantação e desenho das sondagens e eventuais estruturas detectadas durante

as escavações numa planta geral da área intervencionada.

4. Fotografia a cor, preto e branco e diapositivos de sondagens, secções, alçados e

estruturas.

5. Lavagem, organização e catalogação do espólio arqueológico exumado

(cerâmica, metais, vidros, ossos, madeiras, etc.) de acordo com o indicado pelas

entidades de tutela.

6. Execução de relatório preliminar e execução de relatório final.

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Relatório preliminar dos trabalhos arqueológicos na Rua de Serralves- Lordelo do Ouro 5

Áreas da intervenção

Os trabalhos arqueológicos previstos compreenderam a realização de dez

sondagens arqueológicas distribuídas pela área a intervencionar de forma a caracterizar

o potencial arqueológico do local: sondagem 1 de 4 m x 3 m ( 12 m2) , sondagem 2 de 2

m x 5 m ( 10 m2), sondagem 3 de 4 m x 2.5 m ( 10 m2), sondagens 4 e 5 de 3 m x 2 m (

6 m2), sondagem 6 de 3 m x 1.5 m ( 4.5 m2), sondagem 7 de 3 m x 3 m ( 9 m2),

sondagem 8 de 3 m x 3.5 m ( 10.5 m2), sondagem 9 de 2,5 m x 7.5 m ( 18.75 m2) e

sondagem 10 de 2.5 m x 6.5 m ( 16.25 m2), correspondendo a um total de 103 m2.

A metodologia implementada de acordo com a reunião prévia aos trabalhos

realizada com os responsáveis do Gabinete de Arqueologia Urbana visava a

identificação e caracterização da estratigrafia. De acordo com o Caderno de Encargos

deviam ser realizados 36 m2 na zona da fábrica do século XX, 36 na zona da fábrica do

século XIX e 16 na zona do possível forte militar das guerras liberais. A estratégia de

realização das sondagens era a redistribuição dos m2 de acordo com os resultados de

cada uma das sondagens. Desta forma foi decidido realizar 2 sondagens (7 e 8) com

extensão de 19,5 m2 na zona da fábrica do século XX, onde os resultados foram muito

pobres, 5 sondagens (1, 3, 4, 5, 6) na zona da fábrica do século XIX, com extensão de

38,5 m2, e de 3 sondagens (2, 9 e 10) na zona da possível implantação do forte, com

extensão de 45 m2. Destas 3 sondagens 2 (9 e 10) se encontram em zona que esta fora

da propriedade da Cooperativa.

Concluídas as sondagens de avaliação foi considerado necessário um

alargamento para permitir uma melhor avaliação das estruturas do possível forte. Foram

assim realizadas 2 sondagens (11 e 12) com extensão de 32 m2 que permitiram

identificar e caracterizar as estruturas e estabelecer uma relação com o Forte de

Serralves.

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Recursos humanos

Os trabalhos arqueológicos foram realizados pelos Arqueólogos Sara Peixoto e

Jorge Menéndez com apoio de 6 assistentes de Arqueólogo entre os dias 10 de Julho e

20 de Agosto de 2007.

Medidas de segurança

Durante os trabalhos de campo foram cumpridas as medidas regulamentares de

segurança como o uso de capacete e vestuário de protecção (luvas e botas de

segurança).

Metodologia do trabalho de gabinete

O acrónimo da intervenção arqueológica foi atribuído após reunião com o

Gabinete de Arqueologia da Câmara Municipal do Porto com o código FLS.07.

O objectivo deste acrónimo é o correcto registo da informação obtida na

intervenção e a marcação do espólio arqueológico aparecido durante as escavações, para

mostrar de forma clara a procedência de cada um dos objectos arqueológicos

recuperados.

Este material permanecerá em depósito provisório junto dos responsáveis da

intervenção arqueológica até à realização do relatório final dos trabalhos. O depósito

final dos materiais será o armazém do Gabinete de Arqueologia Urbana da Câmara

Municipal do Porto.

O Relatório Final será entregue, juntamente com o conjunto dos materiais

arqueológicos recuperados, devidamente marcados, organizados e catalogados.

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Enquadramento geográfico e histórico do local

A área onde decorreu a intervenção situa-se administrativamente na Rua de

Serralves, freguesia de Lordelo do Ouro, concelho do Porto. Tem como coordenadas

geográficas de 41º 39’ 08” lat. N e 08º 09’ 19” long. O (GAUSS 84), na Carta Militar de

Portugal à escala 1:25 000 n.º 122 (Porto), com uma altimetria aproximada de 54

metros.

Implantação do local na carta militar 1:25.000 nº 122

A Fábrica de Lanifícios de Lordelo, conhecido nos seus primórdios como

“Fábrica de Panos”, foi fundada em 1805 por Plácido Lino dos Santos Teixeira que

construiu este edifício com dois andares: o primeiro seria para a sua habitação e o piso

térreo para a fábrica de lanifícios.

No relatório apresentado ao Excelentíssimo Senhor Governador Civil do distrito

do Porto em 1881 refere que a Fábrica de Lanifícios de Lordelo foi criada com a

protecção das leis protectoras do Marquês de Pombal.

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O local onde a fábrica está implantada acabou por ter influência, dado que a

zona virada a Oeste tem a Ribeira da Granja. Este género de indústria carece de energia

hidráulica como força motriz e de água limpa para o processo de fabrico, como a

lavagem de lãs, fabrico dos tintos e o acabamento dos tecidos. Assim, as águas da

Ribeira da Granja possibilitariam todas estas operações.

Paralelamente o local em causa estaria rodeado de uma boa rede terrestre:

estradas para o Porto e Matosinhos, consideradas como sendo as duas principais

direcções; rede marítima através do Cais do Ouro possibilitando um fácil desembarque

da matéria-prima, neste caso a lã, e o embarque do produto acabado, que seriam panos,

tecidos, entre outros.

Estes factos talvez acabassem por influenciar Plácido Lino dos Santos Teixeira

na escolha do local para implantar a sua fábrica de lanifícios.

A Fábrica de Lanifícios de Lordelo seria uma das primeiras indústrias deste

género a instalar-se no local. Não existe nenhum registo de plantas da fábrica antiga o

que impede saber quais eram as características das fases do edifício do século XIX.

Joaquim Morais Oliveira indica no seu estudo sobre a unidade industrial a existência de

dois momentos construtivos entre 1805 e 1832. O primeiro seria a construção da fábrica

ao estilo inglês e o segundo a ampliação com acrescento de outras naves até formar um

pátio central.

O edifício fabril estaria distanciado da estrada de Matosinhos. Não fazia fachada

para a rua, pelo contrário assumia-se como algo interiorizado. A frente urbana era

ocupada pela habitação do proprietário.

Como já foi referido a água era fundamental para todas as operações. Deste

modo, era fulcral garantir a chegada e saída da água. Daí o desvio da Ribeira da Granja

e o seu encosto ao edifício na fachada Sul. Realizou-se o encanamento da água limpa e

outro para a suja. Este poderá corresponder à levada, que actualmente ainda se encontra

no local.

Em 1832 altura do cerco do Porto, a fábrica deixa de funcionar e é ocupada

militarmente pelas tropas de D. Miguel.

Nesta altura verifica-se uma destruição do estabelecimento. No relatório de

apresentado ao Excelentíssimo Senhor Governador Civil em 1881 na descrição feita do

edifício antigo refere que as paredes se encontram esburacadas, muito provavelmente

pelos impactes de projecteis durante o cerco do Porto. No que resta do edifício antigo

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numa das paredes virada a Oeste verificam-se varias marcas produtos de impactes

balísticos.

A actividade industrial foi retomada por volta de 1852 com a sociedade Garcia

& Barbedo. O edifício foi alugado por Francisco Garcia a José Joaquim Fernandes de

Sousa. Contudo, Francisco Garcia acabou por se associar a esta sociedade e fundaram a

já referida colectividade.

A firma reparou o edifício, encontrando-se talvez em muito mau estado devido

ao cerco do Porto. A uma escala limitada adquiriu algumas máquinas e começou a

fabricar lanifícios.

Em 1853 assiste-se a uma viragem nesta unidade industrial. A manufactura passou a ser

uma sociedade anónima, pertencendo a diversos indivíduos, com o nome Companhia de

Lanifícios de Lordelo.

Descrição dos trabalhos arqueológicos

O objectivo principal da realização dos trabalhos arqueológicos foi avaliar a

natureza do local a remodelar dada a sua localização na zona classificada, ou seja,

confirmar a existência de possíveis estruturas existentes na zona e de níveis

arqueológicos associados a elas.

Desta forma foram realizados trabalhos arqueológicos em três áreas bem

diferenciadas correspondentes à fábrica do século XX, construída em 1918, à fábrica do

século XIX e a zona de possível implantação do forte militar construído pelas tropas

miguelista em 1832.

FABRICA DO SÉCULO XX

Sondagem 07

A sondagem foi implantada junto do junto da fachada da fábrica construída em 1918. A

estratigrafia identificada corresponde apenas as valas de fundação da fábrica e as valas

correspondentes a infra-estruturas de águas datadas do século XX. Estas valas cortam

terras com materiais correspondentes a data de construção do edifício que assentam

sobre níveis estéreis.

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U.E. 700: Camada de terra de coloração castanha escura, compacta, heterogénea, com manchas de

saibro e argila, com inclusões de pedras de granito e material de construção.

U.E. 701: Enchimento de coloração castanho claro, desagregada, heterogénea, granolumetria

média, com inclusões de pedras de granito de médio e pequeno calibre.

U.E. 702: Parede da fachada de fábrica.

U.E. 703: Interface vertical correspondente à parede e alicerce da fábrica com a U.E 702.

U.E. 704: Enchimento de coloração castanha, compacta, heterogénea, granolumetria fina, com

inclusões de pedras de granito de pequeno calibre.

U.E. 705: Interface vertical correspondente à U.E 704.

U.E. 706: Camada de terra de coloração amarelada, compacta, heterogénea, com manchas de

saibro.

U.E. 707: Interface vertical correspondente à canalização com a U.E 709.

U.E. 708: Enchimento de terra de coloração castanha, compacta, heterogénea, granolumetria

média, com inclusões de saibro e pedras de variado calibre.

U.E. 709: Canalização coberta por tijolos.

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Sondagem 7, U.E 705

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Sondagem 08 Realizada dentro dos hangares da fábrica do século XX. A estratigrafia é quase

inexistente com as terras geológicas estéreis debaixo do pavimento da fábrica. Os

únicos materiais arqueológicos são tijolos e telhas do século XX no interior da vala de

fundação do hangar.

U.E. 800: Pavimento de cimento da fabrica

U.E. 801: Enchimento da Vala de fundação do muro do hangar.

U.E. 802: Muro do hangar.

U.E. 803: Vala de fundação do muro do hangar.

U.E. 804: Camada de terras finas e argilosas. Nível geológico.

U.E. 805: Camada de saibros e argilas. Nível geológico.

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FABRICA DO SÉCULO XIX

Sondagem 01 A sondagem foi realizada junto do cunhal da fábrica do século XIX na zona de

passagem para a zona existente entre a unidade industrial e o rio. Os trabalhos

permitiram a identificação de 2 fases cronológicas. A segunda corresponde aos

momentos de construção e ocupação da fábrica e apresenta materiais do século XIX

(Unidades 100, 101, 102, 103, 104, 105, 106, 107, 108, 109, 110, 111, 115). A primeira

corresponde apenas a uma camada de terra castanha escura (Unidade 112) com alguns

materiais que podem ser datados do século XVIII e XIX e que é anterior a construção da

fábrica. Esta camada assenta directamente sobre uma estratigrafia formada por pedras e

areias de rio que atinge os 3 metros de profundidade em que aparece o afloramento

rochoso.

U.E. 100: Parede do edifício construído nos inícios do século XIX, feita em blocos de granito, de

dimensão variada, ligados por argamassa e pedras de granito de pequeno calibre,

aparelho irregular.

U.E. 101: Muro feito em blocos de granito, com acabamento irregular e de dimensão variada,

ligados por argamassa.

U.E. 102: Canalização feita em telha vermelha e assente em argamassa.

U.E. 103: Interface vertical correspondente à caleira com U.E 103.

U.E. 104: Camada de terra de coloração castanha escura, compacta, argilosa, com inclusões de

pedras de granito de diferente calibre.

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U.E. 105: Alicerce da parede constituído por pedras de granito de média dimensão, ligadas por

argamassa.

U.E. 106: Enchimento de terra de coloração castanha, compacta, granolumetria médio/fino, com

algumas intrusões ferrosas e pequenas manchas de carvão.

U.E. 107: Enchimento de terra de coloração castanha, desagregada, heterogénea, com inclusões de

pedras de granito de variado calibre, de carvões e argamassas.

U.E. 108: Interface vertical correspondente à caleira com a U.E 111.

U.E. 109: Interface vertical correspondente à U.E 107.

U.E. 110: Camada de terra de coloração castanha, compacta, homogénea, granolumetria

média/fina, argilosa, com uma considerável quantidade de fragmentos de cerâmica.

U.E. 111: Canalização feita em telha.

U.E. 112: Camada de terra de coloração castanha escura, compacta, homogénea, com inclusões de

pedras de granito de variado calibre, com poucos fragmentos de cerâmica.

U.E. 113: Camada de terra de coloração amarela, desagregada, heterogénea, com inclusões de

areias, seixos rolados e pedras de granito de pequeno calibre.

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U.E. 114: Enchimento de terra de coloração castanha, desagregada, heterogénea, com inclusões de

saibro e pedras de granito de pequeno calibre.

U.E. 115: Interface vertical correspondente ao muro com U.E 101.

U.E. 116: Lajeado constituído por pedras de granito de pequeno calibre, faseadas num dos lados.

U.E. 117: Preparação para a colocação do lajeado.

Plano final da Sondagem 1

Sondagem 1, U.E 112

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Sondagem 03

Sondagem realizada no centro do pátio da fábrica do século XIX. Os trabalhos

permitiram identificar duas fases cronológicas. A primeira corresponde a um pavimento

lajeado que se estende pelo pátio e que foi construído após a destruição de duas alas da

fábrica na segunda metade do século XX. A este pavimento vão associadas estruturas de

canalização. A primeira corresponde a construção de uma estrutura de canalização de

águas relacionada com a primeira fase da fábrica. Os materiais arqueológicos

identificados correspondem a segunda fase e estão datados nos séculos XIX e XX.

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U.E. 300: Camada de terra de coloração castanha, muito compacta, heterogénea, com manchas de

saibro, granolumetria média /grossa, com inclusões de tijolo, telha e pedras de granito

de pequeno e médio calibre.

U.E. 301: Lajeado feito de pedras de granito de pequeno calibre, faseadas em alguns lados.

U.E. 302: Conduta feita em pedra de granito ligada por argamassa e tijolos. Parcialmente foi

destruída na altura da construção do lajeado U.E 301, bastante rudimentar, com uma

largura aproximada de 70cm.

U.E. 303: Camada de argamassa de coloração amarela, diferente da argamassa que liga as pedras

que constituem a conduta.

U.E. 304: Enchimento de entulho de telha e tijolo, concentrado no canto virado a Oeste da

sondagem.

U.E. 305: Derrube de pedras de granito de pequeno e médio calibre.

U.E. 306: Enchimento de entulho de telha e tijolo concentrado no canto virado a Este da

sondagem.

U.E. 307: Interface vertical correspondente ao derrube com a U.E 306.

U.E. 308: Interface vertical correspondente ao derrube com a U.E 304.

U.E. 309: Enchimento de entulho de material de construção e pedras de granito de pequeno

calibre.

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Relatório preliminar dos trabalhos arqueológicos na Rua de Serralves- Lordelo do Ouro 18

U.E. 310: Anulada. A U.E foi anulada porque o tubo ao qual foi atribuído a unidade pertence à

estrutura com a U.E 302.

U.E. 311: Interface vertical correspondente ao entulho com a U.E 309.

U.E. 312: Interface vertical correspondente ao entulho com a U.E 309.

U.E. 313: Camada de terra de coloração castanha, compacta, homogénea, argilosa, granolumetria

média.

U.E. 314: Interface vertical correspondente à U.E 303.

U.E. 315: Enchimento residual da conduta com a U.E 302.

U.E. 316: Camada de terra de coloração castanha, desagregada, homogénea, com inclusões de

pedras de pequeno e médio calibre.

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Sondagem 3, U.E 305

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Sondagem 04

A sondagem 4 foi realizada na zona Norte do pátio com o objectivo de identificar

possíveis estruturas relacionadas com a ala Norte do Pátio destruída na segunda metade

do século XX. Os trabalhos arqueológicos permitiram apenas identificar duas fases

cronológicas associadas a conduções de águas datadas do século XX. Estas infra-

estruturas cortam terras correspondentes ao nível do rio com areias e pedras que

assentam no nível geológico.

U.E. 400: Camada de terra de coloração castanha, compacta, heterogénea, com manchas de argila

e saibro, com inclusões de pedras de granito de pequeno e médio calibre.

U.E. 401: Conduta feita em pedras de granito de acabamento irregular, faseadas no interior e

ligadas por cimento.

U.E. 402: Camada de argamassa de coloração amarela, pouco compacta, de grão grosso, espessura

máxima de 7cm.

U.E. 403: Enchimento de terra de coloração castanho escura, pouco compacta, heterogénea, com

inclusões de areia e saibro.

U.E. 404: Lajeado feito em pedras de granito de pequeno calibre, faseadas em algum dos lados.

U.E. 405: Interface vertical correspondente à conduta com a U.E 401.

U.E. 406: Canalização em grés composta por três tubos com 50cm de comprimento por 12cm de

largura, encaixados entre si.

U.E. 407: Interface vertical correspondente à canalização com U.E 406.

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U.E. 408: Camada de terra de coloração castanha escura, compacta, heterogénea, argilosa,

granolumetria média/ fina, com inclusões de pedras de granito de pequeno e médio

calibre e alguns seixos de rio.

U.E. 409: Camada de terra de coloração castanha com inclusões de pedras de granito de grande

porte.

U.E. 410: Camada de terra de coloração amarela, desagregada, heterogénea, com inclusões de

areias, seixos rolados e pedras de granito.

U.E. 411: Enchimento de abandono do aqueduto 401

Sondagem 4, U.E 409

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Sondagem 05 Sondagem realizada com o objectivo de identificar as estruturas da ala Este do Pátio da

fábrica do século XIX. Os trabalhos permitiram identificar 2 fases cronológicas. A

primeira corresponde a construção no século XX de uma estrutura com parede de tijolo

ligada com cimento. A primeira, cortada em parte pela vala do muro de tijolo, esta

formada por um aqueduto em pedra com base de cimento, paralelo ao muro da fachada

da Ala Este do pátio da fábrica, destruída na segunda metade do século XX. As

estruturas desta primeira fase estão associadas a materiais cerâmicos do século XIX e

cortam terras barrentas e limosas, estéreis, correspondentes aos níveis geológicos.

U.E. 500: Enchimento de coloração preta, desagregada e heterogénea, com manchas de areia e

material de construção.

U.E. 501: Muro de tijolos vermelhos ligados com cimento

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Relatório preliminar dos trabalhos arqueológicos na Rua de Serralves- Lordelo do Ouro 23

U.E. 502: Interface vertical do muro 501 que cortou o aqueduto 505

U.E. 503: Camada de terra de coloração castanha clara, desagregada, homogénea, granulometría

media, com inclusões de algumas pedras de granito de pequeno calibre.

U.E. 504: Câmara de terra de colocação castanha escura, compacta, homogénea, argilosa.

U.E. 505: Canalização em forma de aqueduto com base de cimento

U.E. 506: Camada de terra de coloração amarelada, desagregada, heterogénea com inclusões de

areias e seixos rolados.

U.E. 507: Muro da Ala Este do Pátio da fábrica do século XIX.

U.E. 508: Enchimento do Aqueduto 505

U.E. 509: Interface vertical de fundação do aqueduto 505

U.E. 510: Interface do Muro 507.

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Sondagem 5

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Relatório preliminar dos trabalhos arqueológicos na Rua de Serralves- Lordelo do Ouro 25

Sondagem 06 A sondagem 6 foi realizada no interior da Ala Sul da fábrica do século XIX. Os

trabalhos permitiram identificar apenas uma canalização do século XX e a vala de

fundação da parede do edifício. Os níveis geológicos aparecem imediatamente a seguir

ao pavimento de cimento.

U.E. 600: Placa de cimento.

U.E. 601: Camada de terra de coloração castanha, compacta, heterogénea, com inclusões de saibro

e pedras de granito de diferente calibre. O contacto com o saibro em certas partes

confere-lhe uma tonalidade amarela.

U.E. 602: Enchimento de coloração castanha, desagregada, homogénea, granolumetria média.

U.E. 603: Canalização com orientação Sul-Norte, feita em tijolos, assentes em argamassa amarela.

A parte mais larga tem aproximadamente 20cm.

U.E. 604: Interface vertical correspondente à canalização com U.E 603.

U.E. 605: Enchimento de coloração castanha, desagregada, heterogénea, com inclusões de areia.

U.E. 606: Alicerce correspondente à parede Norte dom edifício industrial construído nos inícios

do século XIX. O alicerce é constituído por pedras de granito ligadas por argamassa.

U.E. 607: Interface vertical correspondente ao alicerce com a U.E 606.

U.E. 608: Camada de terra de coloração preta, compacta, homogénea, argilosa, com inclusões de

pedras de granito e seixos.

U.E. 609: Camada de terra de coloração esverdeada, compacta, homogénea, argilosa, com

inclusões de pedras de granito de variado calibre.

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Relatório preliminar dos trabalhos arqueológicos na Rua de Serralves- Lordelo do Ouro 26

Sondagem 6 U.E. 609 Nível geológico

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Relatório preliminar dos trabalhos arqueológicos na Rua de Serralves- Lordelo do Ouro 27

ZONA DO FORTE DE SERRALVES

A análise da documentação histórica, plantas e fotografias aéreas permitem inferir dois

possíveis lugares de assentamento para o Forte de Serralves.

Até o momento foi considerado que a cisterna construída pela fábrica no início do

século XX aproveitaria as estruturas do reduto militar das guerras liberais. Em apoio

desta teoria estariam as características construtivas da base da estrutura com muros

inclinados que poderiam corresponder as técnicas militares da época.

Paramento da base da cisterna

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Relatório preliminar dos trabalhos arqueológicos na Rua de Serralves- Lordelo do Ouro 28

Em contra deve-se indicar que na planta de Telles Ferreira de 1892 não aparece

nenhuma estrutura com características parecidas às que apresentam as plantas do reduto

datadas do século XIX.

Montagem da planta de Telles Ferreira de1892 sobre a fotografia aérea de 1939

A segunda localização possível da bateria e forte se justifica pela existência na

fotografia área de 1939 de linhas que parecem sugerir uma estrutura soterrada entre a

fábrica e a área de implantação da cisterna.

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Relatório preliminar dos trabalhos arqueológicos na Rua de Serralves- Lordelo do Ouro 29

Linha da possível implantação do Forte

Estas linhas no parecem coincidir com as estruturas existentes na planta de Telles

Ferreira e destruídas já em 1939. Estas estruturas corresponderiam a varias anexos à

fábrica que ligavam com a travessa da Mouteira e com uma estrutura ligada a levada de

água e que seria utilizada no processo industrial.

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Relatório preliminar dos trabalhos arqueológicos na Rua de Serralves- Lordelo do Ouro 30

Sobreposição da fotografia aérea de 1939 e possível implantação do forte

Por contra estas linhas parecem coincidir com as plantas do reduto do século XIX, não

existindo incompatibilidades com a abertura das canhoneiras. A existência de redutos

encostados a edifícios não é estranha nesta época, assim o caso do reduto localizado

junto do Seminário no Porto. Igualmente a planta do Forte não coincide com as

estruturas da planta de Telles Ferreira o que poderia sugerir que a estrutura foi aterrada

no momento de recuperação da fábrica nas décadas centrais do século XIX.

As sondagens arqueológicas previstas para esta zona visaram responder às dúvidas

sobre a implantação exacta do forte. Desta forma realizadas inicialmente 3 sondagens de

avaliação na zona existente entre a fábrica de lanifícios e a cisterna existente junto ao

rio de forma a tentar identificar as estruturas correspondentes ao forte de Serralves.

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Relatório preliminar dos trabalhos arqueológicos na Rua de Serralves- Lordelo do Ouro 31

Sondagem 02

A sondagem foi realizada perpendicular ao edifício da fábrica de lanifícios do século

XIX na zona de possível passagem da estrutura do forte. Os trabalhos arqueológicos

permitiram identificar a destruição de uma estrutura que não corresponde com as

identificadas para a 2 metade do século XIX e que se encontra a uma cota inferior à do

alicerce da fábrica. Os materiais arqueológicos desta estrutura estão datados na segunda

metade ao século XIX. Igualmente foi identificada uma vala paralela e no exterior desta

estrutura que poderia corresponder a trincheira existente a volta do Forte de Serralves.

Uma vez que os resultados não foram suficientemente esclarecedores foi decidido

realizar uma segunda fase de sondagens que permitissem avaliar e caracterizar esta

estrutura. Uma das sondagens (11) foi realizada em terrenos da cooperativa e outra (12)

em terreno propriedade da Câmara Municipal do Porto.

U.E. 200: Camada de terra humosa/vegetal de coloração castanha, desagregada e homogénea que

encosta à parede da fábrica do século XIX. Apresenta materiais do século XX.

U.E. 201: Camada de escorias com materiais do século XX

U.E. 202: Muro da fabrica do século XIX

U.E. 203: Interface vertical da vala de fundação do Muro da Fábrica do Século XIX.

U.E. 205: Enchimento de vala, terras amareladas com presencia de saibros. Provável vala de

trincheira.

U.E. 210: Enchimento de vala, terras amareladas com presencia de saibros. Provável vala de

trincheira.

U.E. 211: Vala paralela a estrutura 216, escavada nas terras do nível geológico.

U.E. 212: Derrube de pedras, telhas e argamassas que selam a destruição da estrutura 216.

U.E. 214: Nível geológico em forma de terras argilosas.

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Relatório preliminar dos trabalhos arqueológicos na Rua de Serralves- Lordelo do Ouro 32

U.E. 215: Vala de fundação da estrutura 216.

U.E. 216: Estrutura com pequenas pedras que encosta ao edifício da fábrica e sai em diagonal em

direcção à cisterna.

Possível vala de trincheira no corte Oeste (U.E. 205, 210 e 211)

U.E. 212 que sela a destruição da estrutura 216.

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Relatório preliminar dos trabalhos arqueológicos na Rua de Serralves- Lordelo do Ouro 33

Sondagem 11

A sondagem foi realizada com o objectivo de identificar a continuidade da Estrutura

216 identificada na sondagem 2. Os trabalhos permitiram identificar 4 fases

construtivas. A última fase corresponde as camadas depositadas no século XX e

apresentam numerosos materiais relacionados com o abandono da fábrica. A fase três

corresponde com o alicerce de um muro perpendicular ao cunhal da fábrica, que aparece

na planta de Telles Ferreira de 1892. A fase 2 corresponde a um aterro formado por

materiais de construção, cerâmicas e metais da segunda metade do século XIX. Estes

materiais assentam sobre a destruição de 2 estruturas ligadas por uma pavimento em

forma de calçada. Um dos muros (1109) corresponde ao muro 216 da sondagem 2. O

outro paralelo à estrutura da fábrica apresenta silhares ligados com argamassa de saibro.

A fase 1 está formada pela ocupação desta estrutura que parece corresponder ao forte de

Serralves. Na fina camada de lama que cobre o pavimento e directamente depositada no

lajeado foi encontrada uma bala de chumbo que pode relacionar estas estruturas com o

sucesso do cerco do Porto.

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Relatório preliminar dos trabalhos arqueológicos na Rua de Serralves- Lordelo do Ouro 34

U.E. 1100: Camada de brita correspondente ao abandono da fábrica no fim do século XX.

U.E. 1101: Camada de terra humosa/vegetal de coloração castanha, desagregada e homogénea que

encosta à parede da fábrica do século XIX. Apresenta materiais do século XX. Igual à

camada 200 da sondagem 2.

U.E. 1102: Derrube formado por pedras, telhas, material de construção e argamassas que sela as

estruturas 1109 e 1109. Os materiais correspondem a segunda metade do século XIX.

U.E. 1103: Argamassas amareladas que correspondem a um dos muros da segunda metade do

século XIX que aparecem na planta de Telles Ferreira.

U.E. 1104: Derrube formado por pedras, telhas, material de construção e argamassas que sela as

estruturas 1109 e 1109. Os materiais correspondem a segunda metade do século XIX.

Como a U.E. 1102 corresponde as unidades 212, 205 e 210 da sondagem 2.

.

U.E. 1105: Interface vertical da vala de fundação do muro 1103 correspondente à segunda metade

do século XIX.

U.E. 1106: Terras que selam o abandono do pavimento 1107 e nas que foi encontrada uma bala em

chumbo.

U.E. 1107: Lajeado formado por pequenas pedras que corresponde ao ultimo momento de ocupação

dos muros 1108 e 1109.

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Relatório preliminar dos trabalhos arqueológicos na Rua de Serralves- Lordelo do Ouro 35

U.E. 1108: Muro construído com silhares bem esquadrados ligados com argamassas de saibro. No

lado Norte faz cunhal em direcção a zona da cisterna e no lado Sul encosta na estrutura

1109.

U.E. 1109: Muro construído com pedras de pequenas dimensões ligadas com argamassas. Trata-se

da mesma estrutura identificada na sondagem 2 com o número 216.

U.E. 1111: Nível de terras cinzentas e argilosas que correspondem ao nível geológico.

U.E. 1112: Vala de fundação do muro 1108 que corta terras cinzentas, argilosas dos níveis

geológicos.

U.E. 1113: Vala de fundação do muro 1109 que corta terras cinzentas, argilosas dos níveis

geológicos.

Possíveis estruturas do forte de Serralves

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Relatório preliminar dos trabalhos arqueológicos na Rua de Serralves- Lordelo do Ouro 36

Sondagem 12

A sondagem foi realizada com o objectivo de identificar a face interna da Estrutura 216

identificada na sondagem 2 e a estratigrafia existente no interior da estrutura. Os

trabalhos permitiram identificar, como na sondagem 11, 4 fases construtivas. A última

fase corresponde as camadas depositadas no século XX e apresentam numerosos

materiais relacionados com o abandono da fábrica. A fase três corresponde com o

alicerce de um muro perpendicular ao cunhal da fábrica, que aparece na planta de Telles

Ferreira de 1892. Trata-se do mesmo muro identificado com o número 1103 na

sondagem 11. Esta estrutura assenta sobre a fase 2 correspondente a um aterro formado

por materiais de construção, cerâmicas e metais da segunda metade do século XIX.

Estas unidades correspondem às 1102 e 1104 da sondagem 11 e com as 205 e 212 da

sondagem 2. Estes materiais assentam sobre a destruição de 2 estruturas. Um dos

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Relatório preliminar dos trabalhos arqueológicos na Rua de Serralves- Lordelo do Ouro 37

muros, conservado apenas numa parte do alicerce, corresponde ao 216 e 1109 da

sondagem 11.O outro muro apresenta características parecidas à estrutura 1108 da

sondagem 11. Muro formado por silhares bem ligados por argamassas de saibro e com

boa esquadria. Apresenta no centro uma vala de poste realizada no momento da

construção, com 50 cm de profundidade, que pode indicar uma estrutura de pedra e

madeira. Neste sentido é interessante observar a grande quantidade de vestígios de

madeira existente nos aterros que selam estas estruturas. Como no caso da sondagem 11

este muro parece estar ligado ao 216-1109, embora uma vala para extracção de pedras

dificulta em parte a observação. Os materiais arqueológicos encontrados nos derrubes

que selam as estruturas têm materiais arqueológicos do século XIX.

A fase 1 seria a formada pela ocupação destas estruturas. Não foram em qualquer caso

identificados vestígios de pavimentos o superfícies de ocupação que se possam por em

relação com estes dois muros.

U.E. 1201: Camada de terra humosa/vegetal de coloração castanha, desagregada e homogénea que

encosta à parede da fábrica do século XIX. Apresenta materiais do século XX. Igual à

camada 200 da sondagem 2 e a 1101 da sondagem 11.

U.E. 1202: Camada de terras amareladas que sela o alicerce de uma estrutura da segunda metade do

século XIX perpendicular a estrutura da fábrica.

U.E. 1203: Alicerce de uma estrutura da segunda metade do século XIX perpendicular a estrutura

da fábrica. Igual a 1103 da sondagem 11.

U.E. 1204: Derrube formado por pedras, telhas, material de construção e argamassas que sela as

estruturas 2105 e 2106. Os materiais correspondem a segunda metade do século XIX. A

U.E. 2104 corresponde às unidades 1102 da sondagem 11 e 212, 205 e 210 da

sondagem 2.

.

U.E. 1205: Muro formado por pequenas pedras. Igual às U.E. 1109 da sondagem 11 e 216 da

sondagem 2.

U.E. 1207: Vala de fundação do muro 2105 escavada em terras cinzentas e argilosas dos níveis

geológicos.

U.E. 1208: Vala de fundação do muro 2113 escavada em terras cinzentas e argilosas dos níveis

geológicos.

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Relatório preliminar dos trabalhos arqueológicos na Rua de Serralves- Lordelo do Ouro 38

U.E. 1209: Enchimento de buraco de poste existente no muro 2106.

U.E. 1210: Nível de terras cinzentas e argilosas que correspondem ao nível geológico.

U.E. 1213: Muro formado com pedras esquadradas e ligadas com argamassas. Sincroniza-se com os

muros 216, 1109 e 1108.

Possíveis estruturas do forte de Serralves

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Relatório preliminar dos trabalhos arqueológicos na Rua de Serralves- Lordelo do Ouro 39

Sondagem 9

A sondagem 9 foi realizada com o objectivo de identificar às relações estratigráficas dos

muros da cisterna e a possível existência de muros do Forte de Serralves de acordo com

a análise da fotografia aérea de 1939. Embora a zona de implantação se encontrava fora

da área de propriedade da cooperativa foi decidida a realização da sondagem após

reunião com o Gabinete de Arqueologia Urbana e com autorização do promotor.

Os trabalhos arqueológicos permitiram identificar uma estrutura com paramentos

deflectores que poderia corresponder com o Forte de Serralves. Esta estrutura foi

posteriormente aproveitada pela fábrica como uma das paredes laterais do acesso criado

desde a Travessa da Mouteira.

U.E. 900: Aterro depositado no século XX para elevar a cota do terreno e que aterro o caminho

que ligava a fábrica com a Travessa da Mouteira.

U.E. 901: Muros da cisterna construída com posteridade a 1892.

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Relatório preliminar dos trabalhos arqueológicos na Rua de Serralves- Lordelo do Ouro 40

U.E. 902: Camada de saibro geológico que se encontra debaixo do muro da cisterna.

U.E. 903: Muro formado por pedras ligadas com argamassa de saibro. As pedras foram colocadas

em diagonal criando uma superfície deflectora ao exterior e recta ao interior.

.

U.E. 904: Camada de argamassas debaixo do muro 903

U.E. 905: Nível geológico

U.E. 903

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Relatório preliminar dos trabalhos arqueológicos na Rua de Serralves- Lordelo do Ouro 41

Sondagem 10

A sondagem 10 foi realizada com o objectivo de identificar a continuidade do muro 903

da sondagem 9 em direcção à sondagem 2. Os trabalhos realizados permitiam identificar

grandes alterações na estratigrafia produzidas durante o fim do século XIX e no século

XX. De acordo com os resultados dos trabalhos se pode indicar que a cota de circulação

do terreno a começos do século XX estava 2 metros mais abaixo da actual. Da análise

da estratigrafia se pode concluir a existência de 3 fases cronológicas datadas no século

XX. A 3 fase corresponde o nível de abandono da fábrica a fins do século XX e se

caracteriza por uma camada vegetal com plásticos e materiais de construção e varias

valas que estão cheias por escórias e materiais de construção das estruturas industriais

preexistentes. A 3 fase corresponde um momento de aterro que elevo a cota do terreno e

selou uma estrutura de um forno construído com tijolos. A 2 fase esta formada pelo

abandono da estrutura do forno completamente aterrado com terras formadas por

argamassas, fragmentos de tijolos da estrutura e pequenas escórias. A 1 fase relacionada

com momentos de utilização do forno, ainda em fase de estudo, correspondem a

estrutura do forno e um lajeado em pedra.

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Relatório preliminar dos trabalhos arqueológicos na Rua de Serralves- Lordelo do Ouro 42

U.E. 1000: Camada de terra castanha e humosa com numerosos plásticos e materiais de construção.

U.E. 1001: Enchimento de uma vala que corta o aterro do forno e um depósito de escorias. O

enchimento está formado por terras humosas, argamassas, tijolos do forno e escórias.

U.E. 1002: Vala que corta o aterro do forno e um depósito de escórias.

U.E. 1003: Enchimento de uma vala que corta o aterro que elevou a cota do terreno. O enchimento

está formado por escórias ligeiras de combustível. Aparentemente não estão ligadas à

actividade do forno.

.

U.E. 1004: Vala que corta o aterro que elevou a cota do terreno cheia pelo depósito de escórias.

U.E. 1005: Aterro que sela o abandono do forno. Camada formada por terras, argamassas, tijolos e

pequenos fragmentos de escorias.

U.E. 1006: Forno construído em tijolo. Apresenta uma câmara circular com porta de entrada. Toda

a estrutura esta reforçada com uma parede quadrangular.

U.E. 1007: Aterro com argamassas, materiais de construção, telha e tijolos que sela o pavimento e

encosta à estrutura do forno. Trata-se do aterro que serviu para subir a cota de

circulação do terreno. Provavelmente esteja relacionado com o momento de construção

do grande hangar da última fase da fábrica.

U.E. 1008: Lajeado em pedra que provavelmente ligava com a entrada existente junto da Travessa

da Mouteira.

U.E. 1009: Nível geológico.

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Relatório preliminar dos trabalhos arqueológicos na Rua de Serralves- Lordelo do Ouro 43

Estrutura do forno

Aterros que cobrem a estrutura do forno

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Relatório preliminar dos trabalhos arqueológicos na Rua de Serralves- Lordelo do Ouro 45

Conclusões e medidas de minimização propostas

1.- Fábrica do Século XX.

As 2 sondagens realizadas permitiram identificar uma estratigrafia de escassa potencia

com os níveis geológicos quase a superfície e materiais arqueológicos escassos e muito

fragmentados dos séculos XIX e XX.

Não se considera necessária a realização de mais sondagens arqueológicas de avaliação.

2.- Fábrica do Século XIX.

As sondagens realizadas permitiram identificar um conjunto de estruturas associadas à

construção da fábrica e em especial aos sistemas de abastecimento e canalização de

águas. Não foram encontrados níveis de ocupação relacionados com as estruturas

industriais. Os materiais arqueológicos são escassos e correspondem os séculos XIX e

XX.

Não se considera necessária a realização de mais sondagens arqueológicas de avaliação.

2.- Zona de Implantação do Forte de Serralves.

As sondagens realizadas permitiram identificar estruturas industriais dos séculos XIX-

XX em forma de um forno construído com tijolo e em bom estado de conservação. Uma

vez esta estrutura se encontra fora da área do projecto e em terreno propriedade da

Câmara Municipal não se considera adequado implementar mais medidas de

minimização.

Igualmente fora da área de propriedade da cooperativa foram identificadas estruturas

que podem corresponder ao Forte de Serralves, pelo que não também não se considera

adequado implementar novas medidas de minimização.

Na zona mais próxima à estrutura da fábrica foi identificada uma possível estrutura do

Forte de Serralves na sondagem nº 2. Foi solicitado em reunião de obra por parte das

entidades de tutela o alargamento da área escavada o que foi aceite pelo promotor.

Desta foram escavados mais 32 m2, parte em terrenos da cooperativa e parte em terreno

camarário. Nestes trabalhos a mais foram identificadas novas estruturas relacionadas

com o forte de Serralves. Os trabalhos arqueológicos permitiram caracterizar as

estruturas e a sua cronologia.

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Relatório preliminar dos trabalhos arqueológicos na Rua de Serralves- Lordelo do Ouro 46

Uma vez que o projecto não considera desaterros ou escavações nesta zona e que as

estruturas se desenvolvem em terrenos propriedade da Câmara Municipal do Porto, não

se considera adequado implementar novas medidas de minimização a excepção da já

prevista de acompanhamento arqueológico da Obra.

Porto, 21 de Agosto de 2007

José Jorge Argüello Menéndez

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Relatório preliminar dos trabalhos arqueológicos na Rua de Serralves- Lordelo do Ouro 47

Ficha Técnica

RUA DE Serralves Relatório preliminar das sondagens de avaliação arqueológica

― FLS.07 ―

Autores

José Jorge Argüello Menéndez

Sara Alexandra Mendes Peixoto

Editado em Agosto de 2007

Cópias para Dono de Obra, CMP, IPA, IPPAR e AA.