Relatório s.f.g.

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SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO – SEMED – BRAGANÇA/PA PROGRAMA PROJOVEM CAMPO SABERES DA TERRA – BRAGANÇA EIXO: CIDADANIA ORGANIZAÇÃO SOCIAL E POLÍTICAS PÚBLICAS DISCIPLINAS: MATEMÁTICA. DATA: 14/05/2011 ASSUNTO: ÁGUA E CASAS DE FARINHA COMUNIDADE SÃO FRANCISCO DOS GONZAGAS – BRAGANÇA/PA Aos catorze dias do mês de maio de 2011, educandos e educadores do Programa Projovem Campo Saberes da Terra – Bragança; fizeram uma visita de intervenção na Comunidade de São Francisco dos Gonzaga com objetivo de pesquisar o consumo e preservação da água dos rios, igarapés, lagos, poços escavados ou amazonas e até cacimbas (poço de pequena profundidade escavado na maioria das vezes nas encostas das nascentes de rios ou em áreas alagadas, sua profundidade é de mais ou menos 2 metros, ficando sempre descoberto, é de fácil acesso) e casa de farinha. Após a formação das equipes de pesquisas cada grupo começou as investigações, os moradores mostraram-se receptivos e colaboradores com o trabalho ali realizado, alguns dos educandos são moradores dessa comunidade o que facilitou ainda mais as entrevistas. Diante de algumas situações bem diferentes dos padrões de higiene exigidos pela saúde, ainda ouvimos relatos sobre o uso das

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Relatório da atividade de pesquisa refente ao uso da água na Comunidade de São Francisco dos Gonzagas, Bragança Pará e também sobre casas de farinhas e sua utilidade n comunidade para vários usuários.

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SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO – SEMED – BRAGANÇA/PA

PROGRAMA PROJOVEM CAMPO SABERES DA TERRA – BRAGANÇA

EIXO: CIDADANIA ORGANIZAÇÃO SOCIAL E POLÍTICAS PÚBLICAS

DISCIPLINAS: MATEMÁTICA. DATA: 14/05/2011

ASSUNTO: ÁGUA E CASAS DE FARINHA

COMUNIDADE SÃO FRANCISCO DOS GONZAGAS – BRAGANÇA/PA

Aos catorze dias do mês de maio de 2011, educandos e educadores do Programa Projovem Campo Saberes da Terra – Bragança; fizeram uma visita de

intervenção na Comunidade de São Francisco dos Gonzaga com objetivo de pesquisar o consumo e preservação da água dos rios, igarapés, lagos, poços escavados ou amazonas e até cacimbas (poço de pequena profundidade escavado na maioria das vezes nas encostas das nascentes de rios ou em áreas alagadas, sua profundidade é de mais ou menos 2 metros, ficando sempre descoberto, é de fácil acesso) e

casa de farinha.

Após a formação das equipes de pesquisas cada grupo começou as investigações, os moradores mostraram-se receptivos e colaboradores com o trabalho ali realizado, alguns dos educandos são moradores dessa comunidade o que facilitou ainda mais as entrevistas. Diante de algumas situações bem diferentes dos padrões de higiene exigidos pela saúde, ainda ouvimos relatos sobre o uso das águas de modo geral para a produção da farinha d’água e registramos alguns hábitos não muito agradáveis, como por exemplo: no momento em que algumas pessoas descascam a mandioca que já está amolecida no leito do rio, outra pessoa da família entra na água com um cavalo carregando mandioca dura para o mesmo lugar de onde ainda estava sendo retirada a mandioca mole e o

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cavalo suado e sujo permanece dentro da mesma água aguardando seu cavaleiro retirar toda a mandioca dura e jogar na água pra amolecer. Ver vídeo. http://youtu.be/mViPKH0CPYw.

Também podemos observar as condições de uma casa de farinha em situação precária; masseira suja com marcas de pés de galinhas a prensa usada para enxugar a massa, demonstrando madeira apodrecida em fase de decomposição. Quanto à paisagem em geral não registramos sujeiras como sacos plásticos, pneus, isopor ou outros.

Porém quanto ao uso das casas de farinha existentes in loco, os

depoimentos foram de vários tons como: “eu uso, mas limpo para deixar para o outro e quando alguns dos acessórios usados são danificados por quem está fazendo a farinha naquele dia, esta pessoa responsabiliza-se em recuperá-lo, mas, quando é uma casa de farinha inteira que deve ser recomposta, todos os usuários juntam-se em forma de mutirão e fazem o que deve ser feito para ter de volta o ambiente de trabalho”.

Após a pesquisa feita encerramos o primeiro período com o almoço e assim que descansamos reunimos novamente para prepararmos o material da socialização das informações obtidas nesta e em outra pesquisa anteriormente concluída em outras comunidades. Foram formados dois grupos por educandos e educadores. Cada item perguntado teve sua resposta questionada e comentada com orientações para serem feitas aos comunitários, haja vista, que estes não estavam participando daquilo que estava sendo feito em favor da melhoria de suas próprias vidas, ou seja, estávamos fazendo algo de seus

interesses sem que estes estivessem sabendo, por isso, deixamos por conta de cada educando, morador da comunidade, a responsabilidade da conscientização para que sejam notados por seus familiares e vizinhos de suas habilidades e competências adquiridas no curso a qual estão participando. Sendo estes a partir desta data pessoas esclarecidas que podem fazer a

diferença junto aos seus. Um educando teve a missão de comentar os itens

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questionados e nos mostrou soluções para alguns casos dentro das atividades da produção de farinha e suas respectivas casas. Ver vídeo. http://youtu.be/X0ZJVZEZikc

De volta a sala de aula cada representante de grupo fez a exposição dos itens discutidos anteriormente para que ambos ficassem situados do trabalho que cada equipe desenvolveu. Um membro da comunidade e representante da Cáritas de Bragança fez um breve resumo sobre os 3 R’s (Reciclar, Reduzir e Reutilizar)e informou os locais e rotas e datas do automóvel que faz a referida coleta. Após toda essa discussão, novamente a merenda e o encerramento por volta de 17h.

Enquanto isso..., numa conversa informal com um dos educandos do Projovem, que falava de seu trabalho no campo este se referiu ao termo “dia redondo”, isto me chamou atenção e perguntei-lhe, você está falando de: preço, horário, quantidades de horas trabalhadas? O mesmo falou-me. (Ver vídeo). http://youtu.be/oMgzdfx-8dE. Dia redondo, é uma forma de trabalhar sem intervalo para descanso, por 8 horas, recebendo por uma diária completa, esta opção é geralmente do trabalhador, para usufruir algumas horas do dia para outras atividades.