Relatório TCC - Toy Art

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“VOCÊ é um BRINQUEDO” Dando Vida a Toy Art Rafael Vedovoto Zoccoler RELATÓRIO Trabalho de Conclusão de Curso Bauru, Junho de 2009

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Relatório do Trabalho de Conclusão de Curso de Rafael Vedovoto Zoccoler - UNESP Bauru, 2009.

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“VOCÊéum

BRINQUEDO”Dando Vida a Toy Art

R a f a e lVedovotoZoccoler

RELATÓRIOTrabalho de Conclusão de CursoBauru, Junho de 2009

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UNESP - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”FAAC - Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação

Departamento de Desenho IndustrialCurso de Desenho Industrial, Habilitação em Programação Visual

TCC - Trabalho de Conclusão de Curso“Você é um brinquedo” - Dando Vida a Toy Art.

Orientação: Prof. Dr. Dorival Campos RossiOrientando: Rafael Vedovoto Zoccoler

RA: 532321

Grupo de Pesquisa: PIPOL - UNESP

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“- VOCÊ-É-UM-BRINQUEDO!Você não é o verdadeiro Buzz Lighter, é só um boneco com movimento! Você é o brinquedo de uma criança...

- Você é um homem muito triste e estranho. Morro de pena. Adeus!”

Woody e Buzz Lighter - Toy Story

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“É preciso viver com criatividade e beber desta ver-tente inesgotável que dá sentido à vida.

A arte sempre foi minha linguagem e comunicação com o mundo, o grande olho que tudo vê, tudo sente e tudo percebe.

Me sinto um artista visionário que reflete sobre a sua condição de ser, interajo com meu meio, a partir da visão que tenho do mundo, assim, construo uma ponte para que a minha expressão plena se transporte.”

Rafael Piffer - Artista multidisciplinar

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A minha família, que fez de tudo para permitir minha faculdade e meus sonhos.

Aos meus pais, que mesmo sem entender o que era Toy Art no começo, me apoiaram incondicionalmente, e no final, sabem tanto quanto eu. Me acompanharam nas madrugadas, nas revisões de textos, nas novas idéias e nos momentos de ansiedade.

Aos amigos de faculdade para os quais nem tenho palavras para dizer o quanto sou grato pelos melhores anos de convivência.

A todos aqueles que de alguma forma me ajudaram, em especial aos que se dispuseram a customizar meus paper toys, contribuindo para o enriquecimento deste trabalho.

Ao meu orientador, que em todos os anos de faculdade sempre se preocupou em nos transmitir os mais novos conceitos em design.

Agradecimentos

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Índice13

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Resumo

Introdução

HistóriaToy Art no BrasilTipos de ToysBrincando com Papel

Projetando os toysProcesso Criativo

Snake

O suporte para Impressão

Plugins

ROBOX: Paper System

Customizando os ToysDivulgando o Projeto

Conclusão

Referências

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ResumoO

presente trabalho tem por objetivo mostrar os pro-cessos criativos na produção de Paper Toys, linha da Toy Art que cada vez mais conquista adeptos no Brasil e no exterior; e busca, não somente usar os preceitos

desta arte como também conciliar as diferentes formas do brin-car de antigamente.

Descrevendo todo o processo de desenvolvimento de al-guns toys, este projeto de conclusão de curso visa auxiliar fu-turos designers e interessados a se aventurar nessa área e assim, aumentar sua divulgação.

O produto final resultou em um livro com vários toys para serem recortados e montados, a partir dos conceitos que serão descritos a seguir, para estimular maior interesse do consumidor pela aquisição do produto.

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Ao atingir a reta final de meu curso de Desenho Indus-trial (Design), percebi que minha vida sempre me mostrou que havia algo a mais no brincar do que eu imaginava. A infância de brincadeiras, o uso dos mais

variados brinquedos, desenhos animados, megazords e tantos outros, estavam mais ligados ao meu “o que você vai ser quando crescer” do que eu pensava. Quando me lembro do filme “Quero ser Grande”, com Tom Hanks, vejo com maior sentido meus son-hos infantis criando diretrizes firmes para serem parte do meu perfil profissional criativo como designer.

Portanto, com este trabalho inicio minha produção e profissionalização em design de brinquedos; buscando continu-amente experiências e conhecimentos para atingir a perfeição e o êxito profissional nessa área.

Introdução

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A tendência dos Toys Art virou febre no exterior e agora se espalha pelo Brasil. Projetados por artistas plásticos, ilustradores, quadrinistas, grafiteiros ou designers de moda, a Toy Art, Designer Toys ou Urban Vinyl, brinquedos

feitos de plástico, vinyl, pano ou papel, teve seu início entre os colecionadores de brinquedos e os colecionadores de arte e hoje é uma tendência de consumo. Os brinquedinhos, bonequinhos coloridos com os mais variados temas, têm em média de cinco a vinte centímetros de tamanho, existindo também versões em tamanhos grandes. Não há qualquer preocupação com a utilidade dos Toys Art além de serem um encanto para olhar e divertir.

Os Toys Art surgiram em meados dos anos 90 quando grifes de streetwear japonesas como Bounty Hunter e A Bathing Ape começaram a fabricar bonecos para promover suas roupas; embora haja quem diga que essa arte foi iniciada pelo artista plástico americano Jeff Koons, que já fazia toy art nos anos 80, com sua escultura “Rabbit”, um coelho metalizado parecendo um balão, que ganhou prêmios no mundo.

Também o japonês Takashi Murakami, pode ser considerado um precursor com suas esculturas inspiradas em personagens de mangá japonês.

História

Ao lado imagem da escultura “Rabbit”, de Jeff Koons, feita em 1986.

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Outra corrente credita o surgimento da Toy Art aos designers chineses Michael Lau e Eric So, que fizeram releituras urbanas dos bonecos Comando em Ação; sendo que, com o sucesso, outros artistas foram estimulados a criar outras figuras customizadas.

Continuando as pesquisas, chega-se também ao nome de Keiko Miyata, artista plástica e designer que teria começado a criar bonecos em uma fábrica de brinquedos em Tóquio.

Assim, quando se fala nas origens do movimento surge, além dos já citados, os nomes de: James Jarvis, Bounty Hunter, Brothersfree, Jason Siu, Tim Tsui, Jakuan, Furi Furi, entre outros.

Os primeiros toys são considerados itens de colecionador, vendidos inicialmente por US$ 20,00, hoje chegam a valer mais de US$ 10.000,00.

Na mesma época, colecionadores de brinquedos japoneses e lojas de brinquedos colecionáveis começaram a organizar convenções. Os artistas plásticos de Hong Kong, Lau e Eric So, que já criavam toys para grifes streetwear, começaram a fazer seus toys baseados em quadrinhos criados por eles e os apresentavam nessas convenções. A seguir, as lojas se transformaram em fabricantes de Toys Art e vendiam por atacado. Nomes como Toy2R, Flying Cat e Red Magic financiavam a produção dos primeiros Toys Art na Ásia. A partir desses eventos a moda pegou e se espalhou mundo afora, com lojas de Toy Art e Urban Vinyl em todas as grandes cidades do mundo e galerias de arte exibindo as pequenas esculturas em plástico e vinyl.

Michael Lau, principal artista a quem se credita o surgimento da Toy Art.

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Nos Estados Unidos a Kidrobot, a Toy Tokyo e a Strangeco passaram a produzir e vender os cobiçados brinquedinhos de adulto. A Cerealart, de um colecionador de arte, passou a produzir Toys Art de artistas consagrados.

Um Toy Art pode ser totalmente projetado por um artista, ou pode ser apenas um boneco customizado, como as diversas séries de Munnys, Dunnys, Ci boys, Be@rbricks e Kubricks. Os bonecos podem ser vendidos sem nenhuma pintura, para serem customizados pelo próprio comprador: são os toys DIY, de “do it yourself” ou “faça você mesmo”. Os grandes nomes da Toy Art da atualidade são: Michael Lau, Eric So, Nathan Jurevicious, Kaws, Frank Kozik, Dalek, Yoshitomo Nara, Pete Fowler, Gary Baseman e coletivos como Touma, Superdeux, Amos Novelties e Friends With You.

Cada toy tem tiragem de no máximo cinco mil peças, mas a maioria tem tiragem entre quatrocentas e mil peças. A tendência é que os toys passem a ser fabricados em massa, por grandes indústrias de brinquedos, já que a atividade é hoje uma forte tendência de consumo, que envolve um público jovem, ávido por novidades e que compra seus toys principalmente em sites de venda exclusiva pela internet e em lojas especializadas, principalmente em New York, Tokyo e Hong Kong.

Munny

Be@rbrick

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Toy Art noBRASIL

Assim como no exterior, a toy art começa a fazer sucesso cada vez mais em nosso país. A produção nacional é feita de modo artesanal e em grande parte utilizando-se de panos para confecção.

O cenário atual dos designers adeptos da toy art é crescente a cada dia. A precursora do movimento aqui foi a artista baiana Andrea May, que mantem o site Toy Centro (www.toycentro.blogspot.com) para divulgar seus trabalhos.

Em 2006, em São Paulo, a galeria Melissa realizou a primeira exposição voltada para a produção brasileira, a Mocotoy.

No Brasil, já temos nomes que começam a se consagrar no ramo da toy art e não somente utilizando tecidos para seus trabalhos. Nomes como: Roberto Stelzer e Nelson Schiesari (Troyart), Daneil Medeiros (Tosco Toys), Denise Brandt (Bonecas de Papel), Carlo Giovani (Paper Toys), Delfina Renck Reis (Dodô Dadá Toy Art), Daniela Dinamarco (dlunatick), Angela Covacs e Mariana Martins (Toy Toy!), Rui Amaral (Bicudo), Ismael Lito (Paleolito) entre outros.

U-Toy, de Andrea May

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Os papers toys ecológicos de Carlo Giovani

Bicudo, de Rui Amaral Troyart de Nelson Schiesari e Roberto Stelzer

A toy art ganha prestigio dia a dia e cada vez mais vê-se exposições culturais sobre o assunto, assim como estudos acadêmicos na área.

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Tipos de

ToysDIY

Séries

Customs

No melhor estilo americano de “faça você mesmo”, os Do It Yourself são toys sem desenho, veem em branco para possibili-tar a pessoa uma customização pessoal e exclusiva. Estes toys podem ser derretidos, cortados, modificados das mais diversas formas que o usuário desejar.

Baseando-se num modelo, a série demonstra as variações gráficas possíveis feitas por outras pessoas. Também podendo ter variações quanto ao tema, ou formas dentre um assunto es-pecífico. As séries podem ter diferentes ratios, toys secretos e normalmente tem de 10 a 15 variações.

As customizações ou Customs, são feitas por artistas so-bre um toy já produzido. Segue a idéia do DYI, mas produzida por pessoas específicas.

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BLIND BOX

Paper Toys

OPEN BOX

Insitando a aleatoriedade numa compra, os Blind Box são caixas com toys que o cliente não sabe qual personagem está comprando. Para isso servem as variações de ratio, nos quais mostra-se a porcentagem de conter determinado toy naquela embalagem. Com isso, tentativas de abrir a embalagem antes de comprar são inevitáveis, e sendo assim, algumas empresas colocam seus toys em embalagens metálicas, que não mostram seu conteúdo nem com raio-x.

Paper Toy é um ramo que usa papel e cola para dar forma às idéias dos designers. Uma de suas vantagens é o custo, já que o papel é barato e ainda pode ser reutilizado em vários casos. Este é o tipo de toy que será abordado neste trabalho.

Além dos tipos mencionados, há toys produzidos com vinyl, metal, madeira, pano, acrílico e inúmeros outros materiais e formas para produção de um toy.

As OPEN BOX são embalagens que já vem abertas ou que mostram para o comprador qual toy contém.

Toy art de madeira da Take-G Toy

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Desde a criação do papel há relatos sobre objetos feitos desse material que se assemelhavam a bonecos. As chamadas bonecas de papel, tiveram suas primeiras aparições nos centros de Veneza,

París, Berlim e Londres. Eram pintadas a mão por artistas, com várias roupas para o divertimento de adultos ricos.

A arte do origami também remete a esse início do brincar com dobras num papel, que se desenvolve no Japão desde 1603.

Como o próprio nome diz, brinquedos de papel geralmente são personagens impressos, recortados e montados, que se transformam num objeto interativo.

“Arte é um fenômeno cultural. Regras absolutas sobre arte não sobrevivem ao tempo, mas em cada época, diferentes grupos (ou cada indivíduo) escolhem

como devem compreender esse fenômeno.” Wikipédia

Brincando com

PAPEL

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Assim, os Paper Toys são brinquedos feitos com as idéias da toy art, para serem usados como peças de coleção e/ou decoração.

Dentre vários artistas destacam-se: - Shin Tanaka, artista plástico e designer japonês. - Carlo Giovani, designer gráfico e ilustrador brasileiro. - Jon Greenwell, do blog Chiba. - Matts Hawkins – do Custom Paper Toys. - Glo Man – sul-africano. - Mark James – mistura vinil e papel em suas peças. - Sjors Trimbach – artista holandês. - Ken Munk – combina duas tendências – antlers (galhadas) e toys. - Marteen Janssens – designer dinarmaquês.

Boneca de papel de 1880

Toy de Shin Tanaka

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Projetando os toys

As possibilidades da criação sempre fizeram com que os brinquedos surgissem sem eu saber exatamente como seriam. Depois de explorar as idéias em minha mente e começar a produzir, é que os mesmos tomavam suas

formas definitivas. Mas, conforme minha produção se desenvolvia, vários fatores foram agregados aos conceitos de criação.

Alguns dos aspectos interessantes e que justificam as tentativas de criação de brinquedos com papel são: baixo custo de produção, fácil distribuição, facilidade de customização, contemporaneidade da Toy Art feita com papel e a maior acessibilidade a qualquer usuário com vontade de ter um objeto da Toy Art.

Com a atual situação mundial, tentamos utilizar formas de preservar o meio ambiente e lutar contra o desperdício de materiais. Assim, buscou-se diminuir a necessidade do uso de cola nos toys, utilizando-se mais encaixes. Porém, em alguns deles, houve a necessidade de se manter pontos com cola para não atrapalhar a montagem, e outros, dão a possibilidade do usuário escolher se prefere um encaixe ou uma colagem.

Uma das barreiras na disseminação da Toy Art se deve aos valores das peças. Há lojas em São Paulo, onde você encontra

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produtos cujos preços variam entre R$ 20,00 e R$ 5.000,00, produzidos em vinyl ou em outros materiais. Já no caso dos paper toys, embora o custo de impressão seja baixo, o usuário pode se assustar com o valor, por exemplo, de R$ 40,00 para um único objeto. Os fatores financeiros que rodeiam um toy se devem a exclusividade do modelo, dificuldade de encontrá-lo, baixa escala de produção e também, pelo conceito do artista que produziu determinada peça.

Ainda que se leve em consideração valores elevados de papers toys encontrados no mercado, existe também a cultura de disseminação dessa arte, via web – “open source”, através da qual o usuário pode fazer downloads de vários modelos de toys gratuitamente.

É exatamente neste ponto que culmina este projeto e sua produção final. Um livro de paper toys.

Ainda que se alegue que um brinquedo de papel pode se deteriorar facilmente, e, com isso, provocar a perda de interesse pelo usuário, podemos destacar as vertentes de reciclagem e ecologia.

Hoje em dia, quando optamos por um novo projeto em design temos que pensar em preservar o meio ambiente. Assim sendo, considerar o consumo excessivo de papel e resina de látex entre outros materiais que serão utilizados na confecção dos produtos, poderiam, a princípio, ser contrários aos atuais conceitos ecológicos.

Porém, o material dos brinquedos descartados poderão ser reutilizados através da reciclagem.

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ProcessoCriativo

Há várias formas e metodologias para um processo de criação de um produto em design.

Meus processos de criação sempre foram “estalos” de uma idéia que surgia e, depois de efetivamente desenvolve-la, pesquiso sobre o conceito para aperfeiçoá-la e repenso as possíveis similaridades encontradas.

Este processo é o contrário da lógica normal, na qual primeiro surge o problema, desenvolve-se pesquisa acerca do assunto e em seqüência desenvolve-se o projeto.

Entretanto, sempre produzi da forma contrária, então minha pesquisa pós-produção sempre foi no sentido de ver o que já havia de similar no mercado e aprimorar a peça. O objetivo de procurar por similares não tem o intuito de plagiar outros trabalhos já existentes. Assim, alguns dos produtos desenvolvidos e apresentados neste trabalho, foram criados originalmente e depois aperfeiçoados com pesquisas, o que não impede que existam idéias e objetos semelhantes.

Acredito em parte que esse processo de produção se dê ao meu “background” adquirido nas pesquisas e conversas durante anos e que, mesmo sem querer, me davam a linha de idéia necessária para poder desenvolver algo sem ter que pesquisar antecipadamente sobre aquele assunto, entretanto, nunca deixei a pesquisa em segundo plano.

Nos tópicos a seguir, discorrerei como foram os projetos dos paper toys contidos neste trabalho, com o objetivo de esclarecer meus processos de criatividade e de produção.

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O suporte paraImpressão

Os brinquedos apresentados neste trabalho podem ser confeccionados em qualquer tipo de papel, apenas lembrando que, quanto maior a gramatura do papel, mais firmes e duráveis serão os toys.

Tal suporte foi escolhido dentre outros materiais que se produz toy art devido a facilidade com que qualquer pessoa pode adquiri-lo; pelo seu baixo custo e a possibilidade de sua impressão ser tanto caseira como em uma gráfica rápida.

Outro fator importante para essa escolha é que, sendo o papel reciclável, não é necessário ter-se a preocupação de estragar o produto, permitindo uma maior interação com o brinquedo.

O público-alvo da toy art é focado em adultos, colecionadores, designers e jovens aficionados por tal arte. Sendo assim, não busca um público infantil. No meu trabalho, tentei criar brinquedos que não tivessem esse mote de “adulto” e sim algo que remetesse ao lúdico, a nostalgia do brincar e a qualquer público interessado.

Os brinquedos, na verdade, primam pela interação com seu usuário; precisando apenas do entendimento necessário para suas montagens através do recorte e colagem da folha impressa. Ou seja, para uma criança poder brincar com ele, só precisa da ajuda de um adulto na fase de recortar e montar. Ao permitir que o público infantil participe desta interação de montagem, estimula-se a sua coordenação motora.

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ROBOX - Paper System

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ROBOX - Paper SystemT

alvez todo grande projeto na vida de uma pessoa surja de um “estalo” ou “insight”. Em férias, sem propósito certo, este foi o primeiro projeto que criei depois de me deparar com a inquietação dos designs maravilhosos

que via pela internet. A idéia surgiu depois de pensar na forma da caixa de fósforos. Observava o movimento que a caixa de fósforos tinha e relembrando uma propaganda da Ford (próxima página) pensei: Por que não poderia sair um robô daqui?

Tudo isso teve início nos seriados japoneses nos quais víamos zords se auto-montando e desmontando-se, criando os megazords e nos indagávamos como isso era possível - e depois de vermos na TV, pedíamos de presente os robôs de plásticos montáveis. Uma das premissas de quando se cria um brinquedo é o mistério por dentro dele. Como ocorrem os desdobramentos das pequenas peças plásticas e como pequenos blocos se separam e se reencaixam gerando novas formas.

Depois de refletidas dobras e junções somente em minha mente, cortei em meio a meus retalhos de cartolina, um mock-up simples, usando durex para juntar as partes. O modelo tinha aproximadamente 10 cm de altura na forma de robô. Logo coloquei em um programa vetorial a idéia, ainda primitiva, para imprimir outros testes.

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Cheguei a trabalhar melhor no projeto, mas com o início das aulas e as novas idéias pulsando em minha mente, deixei-o de lado, só vindo a terminá-lo agora. A estética de criar algo semelhante a outro produto, mas que, quando visto com atenção descobre-se outro objeto é uma das idéias que mais ocupa minha mente, e o visual real da caixa de fósforos me pareceu muito interessante para ser trabalhado.

Remodelando totalmente o projeto, alterando os tamanhos e o design para parecer com uma caixa de fósforos, comecei a produzir vários mock-ups e a cada impressão, encontrava e consertava algum detalhe que percebia, buscando a perfeição.

Feitos alguns ajustes e colocando-se os pontos certos de cortes, dobras e desdobras, dei realmente vida ao meu primeiro “Frankenstein”.

ROBOX é uma simples caixa de fósforos que quando aberta e feita sua “transformação”, torna-se um robô de aspecto simples, mas interativo, com personalidade.

Durante a pesquisa na época, o designer que mais estudava era Shin Tanaka, e que mesmo com seus designs maravilhosos, ainda sentia falta de movimento num trabalho com paper toys. Foi através dele e do ROBOX que comecei todo o meu projeto e pesquisa em criar brinquedos interativos e articuláveis através do papel e da Toy Art.

Acima, a propaganda da Ford que aju-dou a dar o “insight” para o ROBOX. Embaixo, fotos de um dos primeiros mock-ups montados.

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Snake

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Logo após ter iniciado o conceito do ROBOX, pensava como brincar com as várias dobras de um objeto, como criar algo que brincasse com um objeto dentro de outro, e de outro, e de outro, como naquelas brincadeiras de

dar um presente pequeno, como um anel dentro de várias caixas, uma maior que a outra só para a pessoa ter a expectativa de que talvez, a próxima caixa é a que está a surpresa.

Com tudo isso, lembrei-me do famoso jogo de celular, mini-game e vídeo-game denominado “Snake” (Cobra), no qual o usuário controla uma cobra atrás de comida e outros itens e que, a cada ingestão, aumenta seu corpo, tendo assim o desafio de continuar a se mover sem bater em si própria ou nas paredes da tela.

A partir do fator de crescimento infinito da cobra, criei uma estrutura em papel que se assemelha ao comportamento de aumento do objeto, deixando ao usuário a possibilidade de aumentar ou diminuir seu tamanho como desejar; criando assim, a idéia de que a “cobra”, se modifica.

Um dos primeirosprotótipos montados

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Usando os princípios da dobradura, de encaixes e da di-minuição de espaço a um mesmo ponto, recriei o movimento de aumento com tendência ao infinito.

Isso se deve ao fato de que, tendo a última peça da cauda um tamanho fixo, e que cada segmento, aumente a uma razão fixa, podemos aumentar a quantidade de segmentos tantas vezes quantas forem desejadas, só dependendo do tamanho do suporte que será feito.

Determinado o ponto final, somente temos que usar a maior peça como cabeça.

Como os compartimentos se encaixam um dentro do outro, o tamanho pode ser modificado como desejado, e assim também dão possibilidade de movimento ao brinquedo.

Deixando o objeto totalmente fechado, o mesmo limita-se a ocupar apenas o espaço de um cubo, o que facilita seu ar-mazenamento e transporte para qualquer lugar.

CortarDobrarColarCola

CortarDobrarColarCola

CortarDobrarColarCola

Tela baseada no jogo de celular “Snake”.

As facas possíveis de Snake nas versões “blank”e com a estampa original.

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CortarDobrarColarCola

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PLUGINS

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Desde pequeno até a adolescência, deparei-me com os bons e velhos blocos de montar, como “Futuro Engenheiro®”, “MegaBLOCKS®”, “LEGO®”, “Lig-Lig®” entre outros. A fascinação pelo criar infinitas variáveis

me atiçava e me entretinha durante horas, compenetrado em algum canto da casa ou no tapete da sala, com várias pecinhas coloridas à minha volta, olhos que procuravam determinadas peças e a mente a bolar as “N” possibilidades.

Quando iniciei meus projetos em Toy Art, sempre desejei que eles pudessem ter um efeito de mudança, de mobilidade, de montagem e desmontagem, por infinitas vezes. Em suma, buscava novas interpretações para minhas idéias como, por exemplo, as de blocos de montar, na forma de novas expressões em papel.

Pensando em todos esses conceitos, concebi os “Plugins”, paper toys fáceis de montar e com partes encaixáveis. É a idéia básica do bloco de montar sendo inserida na toy art e com possibilidade de infinitas criações.

De início desenvolvi um bloco básico, retangular, que tinha “membros” que podiam se encaixar com outro bloco e também, optando pela idéia de possibilidades, abas que dariam mais de uma faceta para o “personagem”.

Com o desenvolvimento do projeto, tentei adicionar mais acessos de encaixe para poder trabalhar outros pontos de

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montagem para assim, expandir as variáveis. Entre testes e mais testes, tentei explorar a idéia de que esse toy não utilizasse cola para montagem. O resultado final foi partes que se encaixam e conseguem montar o toy sem necessitar de uma colagem para brincar com ele.

Nesse ponto há um fator que se mostrou complicado de trabalhar pois, sendo o modelo impresso num papel rugoso (canson), o mesmo tinha suas junções firmes, enquanto que os de papel mais liso (couché) prejudicam um pouco que o toy fique totalmente montado. Com isso instaurou-se um problema de qualidade de impressão versus qualidade de junção.

A impressão do livro foi feita em papel couché para obter-se melhor qualidade, o que não impede que os Plugins sejam montados. Mas, se o usuário sentir que a junção ficou “fraca”, ele tem a alternativa de utilizar cola nas abas; somente não colando a junção da parte da face, para permitir sua troca.

Peças de LEGO® e Fu-turo Engenheiro®.

Os vários testes feitos para se obter o resultado final.

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PLUGINS

PLUGINS

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CortarDobrar

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Customizando

os Toys

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A idéia da customização da toy art é um dos fatores mais interessantes desse segmento. A facilidade que um paper toy dá para os artistas produzirem suas idéias foi um ponto que sem dúvida não poderia faltar na produção

deste livro.

Para tal tarefa convidei amigos, designers, artistas, tatuadores e pessoas que gostariam de expressar alguma idéia através de meus toys.

Aqui selecionei o trabalho de algumas dessas pessoas para demonstrar algumas das possibilidades para um determinado modelo.

Os convidados que colaboraram para este livro são:

- Arthur de Pádua – Designer formado pela UNESP Bauru. - Beatriz Chaim – Designer formada pela Faculdade Belas Artes de São Paulo e sócia da Pipa Design e Propaganda, de Leme/SP, foi minha professora no Curso Técnico de Design Gráfico da Escola Técnica “Dep. Salim Sedeh”. - Daniel Moreno – Tatuador e desenhista. - Dudu Tessari – Tatuador e body piercier. - Edgar Yamada – Designer graduando pela UNESP Bauru. - Elisa Carvalho Paulillo – Designer graduanda pela UNESP Bauru. - Helena van Kampen – Designer graduanda pela UNESP Bauru. - José Leonardo Gallep – Designer graduando pela UNESP Bauru. - Regiane Bueno – Tatuadora e desenhista. Foi minha professora de desenho, e quem começou a me mostrar o mundo das artes.

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Conforme descrevi em outros tópicos, a toy art tem um grande valor agregado de design, coleção e diferencial que cria valores às vezes exorbitantes, e no caso dos paper toys, buscam um design mais acessível. Tendo

esses pontos em mente e através das pesquisas pela internet, percebi que o melhor modo de juntar estes argumentos seria produzir um livro de toys com vários modelos para se cortar e montar. Sendo assim, por maior custo que possa ter ao usuário, o livro contém vários toys num só produto. A idéia não é nova, mas é uma das opções mais interessante para finalizar este projeto.

Para o presente Trabalho de Conclusão de Curso - TCC, resolvi compilar neste livro alguns dos designs que fiz durante o período acadêmico, além de alguns desenvolvidos especificamente para este trabalho. Inclui toys “em branco” para serem customizados e inseri redesigns elaborados por amigos designers, desenhistas e tatuadores.

Essa foi a melhor forma de expor o meu projeto com os preceitos de baixo custo, customização, interatividade e disseminação e suas inúmeras possibilidades de estampas.

Divulgando o

Projeto

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Umas das formas de trabalho utilizada pelos designers de toy art, mais especificamente, de paper toys, é a divulgação através de sites, no qual o usuário pode criar seu toy ou fazer download, imprimí-lo em sua própria casa ou numa gráfica rápida e montá-lo. Sem dúvida essa idéia me atrai e será incorporada numa próxima fase do projeto. No momento, o usuário poderá contar com um CD integrado ao livro contendo todos os toys para serem impressos e novamente customizados. Visando também a divulgação para futura comercialização, pretendo apresentar minhas idéias e projetos para empresas da área de Toy Art e de brinquedos, com o objetivo de lançar esses produtos e outros ainda em desenvolvimento, e, assim, difundir ainda mais esses objetos que misturam arte, design e a nostalgia do brincar.

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Percebi, no transcorrer dos anos que passei na faculdade, com todas as experiências que vivenciei, aulas e conversas com professores, amigos e também com este trabalho, que o brincar está mais vivo na nossa profissão

do que imaginava. Algumas pessoas podem não interpretar bem a frase acima, mas digo que esse brincar é sério, esse brincar me mostrou que, citando a Profª. Drª. Salete Alberti da Silva,durante palestra no InterDesigners 2006: “Ser designer é celebrar a vida!”. Agora percebo o que ela e tantos outros me falavam.

Com este trabalho, celebro minha vida como designer, meus pensamentos, anseios, vontades, e idéias.

Sem dúvida, aprendi que a Toy Art, matéria de estudo deste TCC é uma das novas formas de mídia da atualidade e que cada dia mais está ganhando seu espaço; e um dia, quem sabe, num livro de história da arte, provavelmente terá seu capítulo.

Finco aqui meu primeiro marco na minha história pessoal, profissional e num próspero futuro de designs inovadores e contemporâneos.

Conclusão

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Atualmente, com a disseminação da internet basta colocarmos as tags certas num site de busca para conseguirmos várias fontes de pesquisa para nossos trabalhos.

Busquei, além do meio virtual, material de pesquisa em livrarias, com resultados frustrantes, tendo em vista que não há livros teóricos sobre a Toy Art, mas apenas e tão somente, livros de referências visuais de trabalhos de designers. Tais obras, sem dúvida, têm seu interesse, contudo, a meu ver, deixaram a desejar, uma vez que não trazem material de pesquisa acadêmica. Com isso senti a necessidade de produzir um livro com mais informação do que imagem sobre o assunto. Esse é um projeto que pretendo concretizar visando contribuir com mais informações para futuras pesquisas sobre a Toy Art e já insiro aqui uma idéia para mestrado.

Assim, apresento a seguir, alguns dos resultados obtidos na busca por mais conhecimento sobre o assunto.

Referências

LojasColeciona. Rua Augusta, 2299 – Cerqueira César. São Paulo, SP.

Plastik. R. Dr. Melo Alvez, 459 – Cerqueira César. São Paulo, SP.

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Siteshttp://pt.wikipedia.org/wiki/Toy_arthttp://www.jeffkoons.com/http://www.michaellau-art.com/http://www.baixocalao.com/andreamay/http://toycentro.blogspot.com/http://www.troyart.com/http://www.toscotoys.com/http://bonecasdepapeldenisebrandt.blogspot.com/http://carlogiovani.com/http://www.opolvo.com.br/?ch=noticiasInt&codNoticia=4638http://pt.wikipedia.org/wiki/Boneca_de_papelhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Origamihttp://shin.co.nr/http://www.izip.com.br/blog/caixa-de-fosforo-ford-com-cabine-estendida/http://en.wikipedia.org/wiki/Snake_(video_game)http://www.lego.com/en-US/default.aspxhttp://www.brinquedosraros.com.br/http://www.papercritters.com/http://www.nicepapertoys.com/http://toygershop.blogspot.com/http://tubeland.wordpress.com/http://www.worldsgreatesttoys.com/index.phphttp://www.galeriadosbrinquedos.com.br/index.htmhttp://www.abril.com.br/noticia/diversao/no_259492.shtmlhttp://bitsmag.com.br/20070418243/artes/art-toy-revolution.htmlhttp://www.kidrobot.com/http://imagem-papel-e-furia.com.br/http://brinquedoslegais.blogspot.com/http://saladejusticabr3.blogspot.com/2009/06/materia-toy-art-herois-da-era-de-ouro.htmlhttp://www.creativecloseup.com/100-exceptional-free-paper-models-and-toyshttp://bananasuicida.com.br/http://www.mundogump.com.br/dicas-rapidas-para-fazer-toy-art/

LivrosBUDNITZ, Paul. I Am Plastic: The Designer Toy Explosion. 368 páginas.

LONGMAN. Dicionário Escolar Inglês-Português – Português-Inglês. Editora Longman.

KISHIMOTO, Tizuco Morchida. O brincar e suas teorias. Editora Cengage Learning. 2002

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Filmes

RevistasCamara, Alana e Tarcízio Silva. Artistas de Brinquedo. Revista Fraude, Salvador, Ano 05, edição 6, página 18-21. 2008/09. Disponível em: http://revistafraude.blogspot.com.

__________. Design de Embalagem. Revista Computer Arts Projects, edição 1, São Paulo: Editora Europa. 2009.

__________. Impressão. Revista Computer Arts Projects, edição 3, São Paulo: Editora Europa. 2009.

__________. Design de personagens e toy art. Revista Computer Arts Projects, edição 4, São Paulo: Editora Europa. 2009.

__________. Design japonês. Revista Computer Arts Projects, edição 5, São Paulo: Editora Eu-ropa. 2009.

O Incrível Robô (“SHORT CIRCUIT”). Fantasia. Estados Unidos. 1986. 99 min. Direção: John Bad-ham. Distribuição: Flashstar Home Vídeo.

Quero ser grande (“BIG”). Comédia. Estados Unidos. 1988. 104 min. Direção: Penny Marshall. Distribuição: 20th Century Fox Film Corporation

Toy Story (“TOY STORY”). Animação Computadorizada. Estados Unidos. 1995. 81 min. Direção: John Lasseter. Distribuição: Buena Vista International

Toy Story 2 (“TOY STORY 2”). Animação Computadorizada. Estados Unidos. 1999. 92 min. Direção: John Lasseter. Distribuição: Buena Vista International e Walt Disney Pictures.

Transformers (“TRANSFORMERS”). Aventura. Estados Unidos. 2007. 144 min. Direção: Michael Bay. Distribuição: Dreamworks SKG, Paramount Pictures e UIP.

Wall-E (“WALL-E”). Animação. Estados Unidos. 2008. 97 min. Direção: Andrew Stanton. Dis-tribuição: Walt Disney Studios Motion Pictures.

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Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”UNESP - Campus Bauru

FAAC - Faculdade de Aquitetura, Artes e ComunicaçãoJunho de 2009